Resenha

8
FACULDADE RUY BARBOSA LARISSA SILVA DA PAIXÃO RESENHA DO TEXTO – DESEJO LOGO EX-SISTO E AS CINCO LIÇÕES DE PSICANÁLISE

description

Desejo logo existo e lições de Freud

Transcript of Resenha

Page 1: Resenha

FACULDADE RUY BARBOSA

LARISSA SILVA DA PAIXÃO

RESENHA DO TEXTO – DESEJO LOGO EX-SISTO E AS CINCO LIÇÕES DE

PSICANÁLISE

SALVADOR – BAHIA

2012

Page 2: Resenha

LARISSA SILVA DA PAIXÃO

RESENHAS DO TEXTO – DESEJO LOGO EX-SISTO E AS CINCO LIÇÕES

DE PSICANÁLISE

Resenha do texto para obtenção de nota

parcial na disciplina Teorias e Sistemas:

Psicanálise, da Faculdade Ruy Barbosa,

com orientação da Prof.ª Maria Luiza

Sarno.

SALVADOR – BAHIA

2012

Desejo logo ex-sisto

Page 3: Resenha

No preâmbulo desejo logo ex-sisto a definição de sujeito se dar a partir da

seguinte pergunta “o que sou eu”? Tratando de procurar a verdade nas

ciências sujeito passa a ser definido através do método cartesiano onde dúvida

do que lhe trás duvida, Descarte pressupõe: o que é verdadeiro é o que pode

ser concebido “clara e distintamente unicamente pela razão” (pag. 11). Como

para ele tudo só é verdadeiro a partir da razão ele passa a descartar toda a

ideia dos sentidos, afirmando que Deus é um ser enganador assim como o

próprio corpo, de acordo com o texto “o que eu vejo,o que eu ouço,apalpo ou

sinto não me dizem o que eu sou tampouco me define”. (pág. 11), assim ele

conclui que sujeito é um ser pensante, pois se deixar de pensar logo deixara de

existir.

Com a definição de Descartes, a psicanálise que foi desenvolvida por Freud

pode dar inicio a definição de sujeito considerando também o sujeito como um

ser pensante, no entanto do pensamento inconsciente que desaparece que se

esvaece, ou seja, o “sujeito” é inconsciente na falta de alguma coisa, naquele

vazio é que se encontra o sujeito.

Essa semelhança do conceito de “sujeito” entre Freud e Descartes passa a

divergir, pois a psicanálise crer em um sujeito sem substância que se encontra

na dúvida com o pensamento barrado ou apagado sem um significante um oco

onde na falta de algo é que manifesta o desejo de ser, de ter, já Descartes

pressupõe que o sujeito tem uma substância um eu psicológico substantificado,

é um ser pensante, de acordo com o texto “o sujeito esta no pensamento, La

onde penso eu sou” (pág. 13).

Com tudo as contribuições de Descartes para definir sujeito iluminaram muito

a psicanálise, pois Freud só pode ter uma conclusão precisa do sujeito a partir

do pensamento de Descartes, contribuições essas que levam a concluir que o

sujeito é desejo de não ser, de não ter, assim manifesta-se na dúvida que tal

dúvida se trata do pensamento inconsciente, sendo o “eu” consciente e o

“sujeito” inconsciente.

O não aparecer que nos dar a possibilidade do outro aparecer, sendo assim, o

não articular uma ideia ou ação agindo inconscientemente é que aparece o

Page 4: Resenha

“sujeito” e quando age consciente de suas ações com o coletivo é que se

manifesta o “eu”.

Cinco Lições de Psicanálise

No decorrer das cinco lições Freud comenta sobre a psicanálise como ela foi

descoberta e desenvolvida. Dando inicio com a primeira lição, Freud descreveu

um caso de uma paciente de Joseph Breuer, apesar de ele não ter participado

diretamente do tratamento, este contribuiu muito nos estudo de Histeria que na

época alguns médicos leigos em relação ao aparelho psíquico em seu modo

subjetivo, alegavam que pacientes que apresentava sintomas de histeria como

paralisia em partes do corpo, perturbações oculares, repugnância por

alimentos, impossibilidade de beber água por diversas semanas, alterações de

personalidade denominada absence, era fingimento.

Em busca de uma solução para o quadro que se apresenta na paciente Freud

trás uma nova concepção pela via da clinica do olhar que constituiu a histeria

uma patologia, onde método de tratamento era a hipnose, que consiste em

hipnotizar o paciente repetindo as palavras soltas para incitá-la a associar a

ideias, assim o método da hipnose foi perdendo a consistência, pois apesar do

paciente se sentir aliviado, o bem estar durava poucas horas e o sintoma não

desaparecia definitivamente.

Contudo a hipnose foi abandonada, pois esse procedimento era incerto sendo

assim Freud consegue identificar outros aspectos do aparelho psíquico como: a

resistência que seria uma força que mantém o estado mórbido, sendo tal

esforço que ele faz para trazer ao consciente o que tinha esquecido, e a

repressão que é um mecanismo patogênico da histeria que age expulsando da

consciência algum desejo, e esse tal desejo que continua a existir no

inconsciente busca se revelar através da formação de um substituto do

reprimido, substituto que liga a mesma sensação de desprazer que se julga

evitar pela repressão assim são os escritos da segunda lição.

Então Freud inicia a terceira lição mostrando a ineficácia da hipnose como

forma de acesso ao inconsciente e ressalta que nem sempre por pressão de

Page 5: Resenha

sua parte o que estava esquecido se apresentava. Muitas vezes surgiram

pensamentos que os próprios pacientes tinham como insignificantes, mas, até

esses pensamentos, Freud entendia como sendo preciosos para á analise do

inconsciente, ou seja, julgava estar relacionado com o sintoma de maneira

indireta.

Freud então partindo das palavras indiretas, aborda os chistes (gracejos,

ironias), mostrando como o sentido, o valor das palavras representa o sujeito

inconsciente, assim partindo da ultima recordação do paciente em busca do

reprimido, Freud entende como possível desvendá-lo, caso o paciente

proporcione um determinado numero de associações livres que acontece

quando o paciente em análise, diz tudo o que quiser tudo o que pensa livre de

qualquer regra, mesmo que pareça absurdo.

Freud acreditava no determinismo psíquico segundo o qual os eventos

mentais precedem eventos anteriores que os determinam, aquilo que surgir á

mente esta mesmo que indiretamente ligado ao inconsciente, ou seja, as ideias

livres nunca deixam de aparecer, pois o tudo que é dito pelo paciente sempre

tem algo dele, mas é a resistência que irá selecionar o que será expresso com

palavras. Por fim com a terceira lição Freud reúnem a analise dos sonhos, pois

tal sonho tem a ver com desejos sendo um conteúdo manifesto quando

consegue lembrar e o conteúdo latente onde só é possível ter acesso através

de uma conversa com o analista, associação livre e atos falhos como caminho

para o inconsciente.

Passamos agora a tratar da sexualidade que para a psicanálise vai alem da

genital, pois qualquer parte do corpo pode ser erógena. Freud trás também

nesta quarta lição a definição de pulsão que é algo que mobiliza o homem,

sendo um instinto subvertido da linguagem e instinto algo pré-determinado,

inato. Aprofundando em seus estudos a partir desses conceitos Freud pode

concluir que os sintomas referem a um desejo que foi reprimido na infância que

ao passar dos anos cai no esquecimento vindo à tona na fase adulta.

Page 6: Resenha

Ele postulou também que a sexualidade não é algo somente dos adultos que

as crianças por sua vez também têm zonas erógenas como o exemplo: o peito

da mãe quando ele faz sucção do leite no momento à região da boca é a zona

de prazer buscando satisfazer seu próprio corpo de imediato à criança passa a

chupar seus dedos, a partir disso esse comportamento desviante enquadra-se

na perversão que nada mais que um desvio, aquilo que fica independente.

Em relação ao coplexo de Édipo, Freud diz “O pai em regra tem preferência

pela filha, à mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é

menino, o da mãe caso se trate da filha” (pag. 52), pois as crianças fazem dos

pais seu objeto da primeira escolha amorosa.

Nos escritos da quinta lição que encerra toda essa trajetória, ele retorna a

quarta lição, afirmando que o adoecimento se dar com esse vazio das

necessidades sexuais que fica reprimida, pois nem todos os nossos desejos

podem ser expressos no meio coletivo.

Postulou também o conceito de transferência sendo uma serie de sentimentos

que é canalizado ou depositado em seu medico analista, mesmo que o medico

não tenha dado causa a eles, “onde o paciente torna a vivê-lo nas relações

com o médico; e só por este ressurgimento na “transferência” é que o doente

se convence da existência e do poder desses sentimentos sexuais

inconscientes”.

A descrição que Freud fez dessas cinco lições contribuíram para a construção

do método psicanalítico.