Resenha-benjamim
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Universidade Estadual de Maring
Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes
Departamento de Histria
Programa de Ps - Graduao
Informe de Leituras:
Obras escolhidas - Magia e Tcnica, arte e
poltica (Walter Benjamin)
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Sumrio
OBRAS ESCOLHIDAS - Magia e Tcnica, Arte e Poltica. ................................................................ 3
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OBRAS ESCOLHIDAS - Magia e Tcnica, Arte e Poltica.
Walter Benedix Schnflies Benjamin (Berlim, 15 de julho de 1892
Portbou, 27 de setembro de 1940) foi um ensasta, crtico literrio, tradutor,
filsofo e socilogo judeu alemo. Associado Escola de Frankfurt e Teoria
Crtica, foi fortemente inspirado tanto por autores marxistas, como Bertolt
Brecht, como pelo mstico judaico Gershom Scholem.
O texto pretende fazer uma breve introduo sobre a concepo de
histria em Walter Benjamin e, para tanto, se ampara na ltima obra escrita por
ele (que se tem notcia) antes de se suicidar, em 22 de setembro de 1940, a
saber: as teses Sobre o conceito de histria.
Nesse ensaio dividido em 18 aforismas, Benjamim busca fazer uma
reflexo crtica a respeito da histria e de seus desdobramentos ora quanto
escrita ora quanto sujeito histrico.
Fica clara a predileo do autor pela temtica marxista ortodoxa. Esse
declnio se mostrar ao longo de toda escrita do captulo. De sada, no primeiro
aforisma o autor faz uma comparao entre o materialismo histrico e a
teologia, buscando enquadrar o primeiro a uma estrutura nuclear que objetiva
sustentar-se e ser reconhecida.
Ao falar sobre felicidade o autor reflete sobre a busca dessa dentro do
tempo presente, aonde, todos os indivduos dentro de seu tempo, buscam esse
sentimento, no entanto, lanam suas bases de felicidades sobre tempos
anteriores para se apoiarem.
Ao denominar o historiador como cronista, Benjamim busca mostrar o
ofcio do historiador. Historiador esse voltado para a narrativa de grandes e
pequenos acontecimentos. Fica claro ainda seu declnio ao levar a cabo a ideia
de sociedade redimida, a qual, somente essa sociedade poder ter acesso
verdade histrica, essa redeno por sua vez, pode ser entendida dentro da
proposta social-comunista difundida por meio das escritas de Marx e Engels.
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Ao falar da luta de classes, o a autor chama nossa ateno para
cuidados em no acreditar que os despojos dessas lutas ficam
necessariamente nas mos do vencedor.
Ao falar sobre a articulao do passado, o autor nos chama a ateno
refletir sobre o que realmente esse passo foi. Conclui que, nada mais do que
o fruto de um retorno de olhar a partir de uma necessidade do presente, dessa
forma, pode-se falar, no s em histria, mas em historias.
Ao falar da tradio dos oprimidos, Benjamim nos mostra que no
estamos vivendo em um estado de exceo, mas em um estado de regra e,
sendo assim, o historiador deve construir conceitos que sustentem essa
percepo e no o camuflem.
Quando o autor toca na temtica de progresso, fica claro sua nsia em
trabalhar a ideia de progresso, porm, reluta em dizer que, nossa f no
progresso poltico se baseia no apoio das massas e essas massas tendem a
prevalecer inertes devido a seus hbitos mentais que recusam toda a
cumplicidade contrria.
No atoa que a temtica de conformismo vem na sequncia. Nesse
vis, o desdobramento econmico citado pelo autor, paira sobre a quebra de
1929 nos EUA. Vide o contexto do autor. Sobre essa gide fica clara sua
explanao acerca do desenvolvimento tcnico, o trabalho industrial sob a
sombra do progresso tcnico, tudo isso desemboca em uma conquista poltica
embasada em, como o autor chama o pior, nas ideias do protestantismo
econmico que visa sustentar a escravido humana.
Podem-se inferir nessas poucas pginas, portanto, o papel do
verdadeiro historiador, a quem Benjamin denomina de historiador materialista,
buscar no passado as razes de uma nova histria, uma histria que leve em
considerao os sofrimentos acumulados que busque inaugurar outro conceito
de tempo, um tempo dos agoras.