Resenha Cap. 6 Introdução a Economia Concluida

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 Nome: Isamara d os Santos de França RA: 139855 Data: 16/05/2014 CE-172   Introdução à Economia - Turma C CANO, Wilson. Moedas, Bancos, e o Sistema Financeiro In Cano, Wilson I ntr o d uçã o à e conom i a: Uma abordagem critica. 2. Ed. São Paulo: Unesp, 2007. P. 17-48.  Cano inicia o capítulo “Moedas, Bancos e sistema financeiro”, abordando a forma como era realizada primeiros tipos de trocas. Segundo o autor, no inicio a  produção era voltada pra o autoconsumo, em seguida a produção de bens em excesso era utilizada para trocar por outros bens, esses tipos de trocas era realizada de forma direta sem qualquer intervenção monetária. Posteriormente com a expansão dos comércios e com a divisão do trabalho a troca passou a ser realizada de forma indireta em que os bens com durabilidade, raridade, facilidade de transporte, dificuldade de fraude passaram a ser utilizados como f erramenta para facilitar os meios de pagamentos, obviamente que os metais preciosos como ouro e prata continha em maior grau essas  propriedades, com esses instrumentos era possível comprar (meio de pagamento), guardar para uma futura compra (reserva de valor) e por último  podia-se utiliza-lo como  padrão para preços, custos, lucros, salários (unidade de conta). O crescimento do comércio entre as cidades e as nações dificultou o transporte desses metais nobres pelos comerciantes e pelas demais pessoas induzindo-os a criar um novo instrumento que fosse igualmente aceito pela coletividade, tendo para isso uma entidade na qual a coletividade confiava: Os banqueiros e governantes. Os banqueiros e os governantes eram responsáveis pelo poder de emissão de moedas metálicas. Em seguidas a moedas passaram a ser feitas de metais raros, alumínio, níquel, cobre e tendo, seu valor era expresso de acordo com o ouro e com a  prata depositados j unto a seus emissores, ou seja, bancos e governos. Essas entidades emitiam também recibos de depósito de ouro ou prata, papéis que circulavam como moeda, denominada moeda-papel. A moeda-papel não são, de fato, conversíveis em ouro e prata, sua circulação é forçada e garantida pelo poder público e pela confiança dos seus portadores, tratando-se de emissão fundiária. Com a escassez de metais  preciosos e a necessidade de novas emissões o poder público passou a emitir papel- moeda tal qual conhecemos hoje. Após abordar os meios de pagamentos, o autor passar a explicar o surgimento e o desenvolvimento dos bancos ou banqueiros. Na antiguidade os ourives guardavam ouro ou prata e emitiam recibos aos proprietários, eles então  passaram a perceber que apenas uma parte do metal era reclamada pelos seus  proprietários, pas saram então a em prestar para terceiros, surge então à origem d o crédito e do financiamento. Cano introduz a controvertida questão em teoria monetária, que discuti qual a quantidade de meios de pagamento (e também de crédito) que uma sociedade necessita para realizar suas diferentes transações econômicas ? O autor supõe que todas as transações se resumissem à aquisição de bens e serviços finais, a quantidade de moeda necessária deveria ser superior, igual ou inferior à renda? Se fosse superior à renda nacional, haveria excesso de recursos monetários no sistema e se fosse igual? Para responder, é preciso considerar que a renda nacional é um fluxo e os meios de pagamento é um estoque. O montante monetário do sistema varia em função do número de “giros” que a moeda faz para efetuar as transações de  pagamento/rece bimento. Portanto, o estoque monetário não deverá ser maior ou igual ao volume de renda ou do total de transições efetuadas durante o ano, pois o montante monetário aumenta ou diminui de acordo com o numero de giro que a moeda teria que fazer. Uma série de fatores determina a necessidade de um maior ou menor grau de liquidez em relação à quantidade de meios de pagamentos que depende do volume e valor total das transações econômicas, sendo eles: periodicidade de fluxos de

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 Nome: Isamara dos Santos de França RA: 139855 Data: 16/05/2014CE-172 –  Introdução à Economia - Turma C

CANO, Wilson. Moedas, Bancos, e o Sistema Financeiro In Cano, Wilson I ntrodução

 àeconomia: Uma abordagem critica. 2. Ed. São Paulo: Unesp, 2007. P. 17-48. Cano inicia o capítulo “Moedas, Bancos e sistema financeiro”, abordando a

forma como era realizada primeiros tipos de trocas. Segundo o autor, no inicio a produção era voltada pra o autoconsumo, em seguida a produção de bens em excessoera utilizada para trocar por outros bens, esses tipos de trocas era realizada de formadireta sem qualquer intervenção monetária. Posteriormente com a expansão doscomércios e com a divisão do trabalho a troca passou a ser realizada de forma indiretaem que os bens com durabilidade, raridade, facilidade de transporte, dificuldade defraude passaram a ser utilizados como ferramenta para facilitar os meios de pagamentos,obviamente que os metais preciosos como ouro e prata continha em maior grau essas

 propriedades, com esses instrumentos era possível comprar (meio de pagamento),guardar para uma futura compra (reserva de valor) e por último podia-se utiliza-lo como

 padrão para preços, custos, lucros, salários (unidade de conta). O crescimento do

comércio entre as cidades e as nações dificultou o transporte desses metais nobres peloscomerciantes e pelas demais pessoas induzindo-os a criar um novo instrumento quefosse igualmente aceito pela coletividade, tendo para isso uma entidade na qual acoletividade confiava: Os banqueiros e governantes.

Os banqueiros e os governantes eram responsáveis pelo poder de emissão demoedas metálicas. Em seguidas a moedas passaram a ser feitas de metais raros,alumínio, níquel, cobre e tendo, seu valor era expresso de acordo com o ouro e com a

 prata depositados junto a seus emissores, ou seja, bancos e governos. Essas entidadesemitiam também recibos de depósito de ouro ou prata, papéis que circulavam comomoeda, denominada moeda-papel. A moeda-papel não são, de fato, conversíveis emouro e prata, sua circulação é forçada e garantida pelo poder público e pela confiançados seus portadores, tratando-se de emissão fundiária. Com a escassez de metais

 preciosos e a necessidade de novas emissões o poder público passou a emitir papel-moeda tal qual conhecemos hoje. Após abordar os meios de pagamentos, o autor passara explicar o surgimento e o desenvolvimento dos bancos ou banqueiros. Na antiguidadeos ourives guardavam ouro ou prata e emitiam recibos aos proprietários, eles então

 passaram a perceber que apenas uma parte do metal era reclamada pelos seus proprietários, passaram então a emprestar para terceiros, surge então à origem do créditoe do financiamento. Cano introduz a controvertida questão em teoria monetária, quediscuti “qual a quantidade de meios de pagamento (e também de crédito) que umasociedade necessita para realizar suas diferentes transações econômicas”? O autor supõe

que todas as transações se resumissem à aquisição de bens e serviços finais, aquantidade de moeda necessária deveria ser superior, igual ou inferior à renda? Se fossesuperior à renda nacional, haveria excesso de recursos monetários no sistema e se fosseigual? Para responder, é preciso considerar que a renda nacional é um fluxo e os meiosde pagamento é um estoque. O montante monetário do sistema varia em função donúmero de “giros” que a moeda faz para efetuar as transações de

 pagamento/recebimento. Portanto, o estoque monetário não deverá ser maior ou igualao volume de renda ou do total de transições efetuadas durante o ano, pois o montantemonetário aumenta ou diminui de acordo com o numero de giro que a moeda teria quefazer.

Uma série de fatores determina a necessidade de um maior ou menor grau de

liquidez em relação à quantidade de meios de pagamentos que depende do volume evalor total das transações econômicas, sendo eles: periodicidade de fluxos de

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 pagamentos/recebimentos, grau de monetização da economia, intensidade dofinanciamento e inflação de preços etc. Segundo o autor os meios de pagamentos sãoconstituídos de varias espécie que variam quanto ao grau de liquidez, por exemplo,

 papel-moeda (o mais líquido de todos), cheque (para sacar depósitos à vista), além deoutras espécies com menor liquidez. Por último, é preciso considerar que a economia é

aberta ao exterior, o que coloca uma série de complicações: transações em moedanacional e em outras moedas, efeitos sobre o estoque de meios de pagamento, a dívida pública interna, a taxa de juros e o movimento de entrada e saída de capitalinternacional etc.Após fazer essa breve introdução, Cano passa a discorrer sobre aformação e expansão dos meios de pagamentos. O autor denomina o total de estoquedas moedas metálicas e das notas de dinheiro emitidas como papel-moeda emitido(PME), porém parte do PME é retido como encaixe no banco central (EBC). O PME –  EBC é denominado papel moeda em circulação (PMC). Contudo, parte do PMC édepositada em bancos, sendo que uma fração menor do dinheiro emitido permanece nasmãos do pode público (PMPP). Para analisar os agregados monetários de um país criou-se a Base Monetária que nada mais é a soma do PMPP com as reservas bancárias.

Assim, o papel moeda é emitido de acordo com as necessidades impostas pelo volumede transações que se processam no sistema econômico e por outras circunstâncias. O

 poder dessas emissões concentra-se no governo, que designa essa tarefa ao bancocentral. Além disso, os bancos não atuam somente como meros depositários dedinheiro, os bancos são também financiadores de atividades econômicas através dosempréstimos que eles concedem a empresas e governo. É exatamente pela concessão denovos empréstimos que ele consegue captar novos depósitos e, assim, ativar ofenômeno da expansão secundária dos meios de pagamento, desencadeada pelos novosempréstimos, que gerará aumento dos depósitos a vista e não o aumento no saldo doPMPP.

 Nas economias em que o grau de mercantilização e o uso de cheques é menor, osistema bancário tem pequena dimensão e o sistema financeiro é precário, isso faz comque ativos monetários, papel-moeda e depósitos à vista, tenha participação alta emrelação a ativos não-monetários, títulos públicos e privados em poder do público edepósitos em poupança. Dessa maneira á medida que a economia se desenvolve, osativos não-monetários ganham importância, por outro lado á medida que ocorram

 processos inflacionários agudos e prolongados, ocorre a busca por correção monetária.O autor discorre também sobre a financeirização que tem sua origem na crise financeirainternacional a partir de meados da década de 1960, de início nos Estados Unidos emdecorrência de seus desequilíbrios fiscais e, por causa da importância da sua economiaem relação a outros países, tal fenômeno se alastrou pelo mundo. Cano passa a discuti

as entidades intervenientes. O sistema financeiro nacional até a reforma de 1965 eracomposto por bancos comerciais, bancos de desenvolvimento, bancos de operaçõesmistas Caixas Econômicas, Cooperativas de Crédito, Financeiras, Seguradoras e deCapitalização, Distribuidoras e Bolsas de Valores Instituições de previdência privada eo Banco do Brasil. A principal entidade do sistema financeiro e monetário é o BancoCentral, responsável por executar e fiscalizar as políticas monetárias. Cano discutitambém as formas de financiamento, sendo eles transações que contam com crédito deterceiros. O custo de cada operação financeira (juros, comissões e outras despesas) éexpressa pela taxa de juros de acordo com o tempo de concessão (curto, médio, longo

 prazo), tipo de empresa, tipo de atividade, tipo de bens envolvidos (duráveis ou nãoduráveis), etc. autor encerra o capitulo tratando de algumas particularidades do sistema

monetário financeiro no mundo subdesenvolvido que exercem pressões sobre o sistemamonetário e financeiro.