Resenha Do Conto o Enfermeiro

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  • 7/31/2019 Resenha Do Conto o Enfermeiro

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    Como fazer uma resenha

    Todo mundo que freqenta o blog est acostumado a ler vriasresenhastoda semana,

    mas afinal, o que e o que precisamos saber para escrever um texto desse tipo?

    Como um gnero textual, uma resenha nada mais do que um texto em forma de sntese

    que expressa a opinio do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um

    livro, um filme, peas teatrais, exposies, shows etc.

    O objetivo da resenha guiar o leitor pelo emaranhado da produo cultural que cresce

    a cada dia e que tende a confundir at os mais familiarizados com todo esse contedo.

    Como uma sntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura

    descrio com momentos de crtica direta. O resenhista que conseguir equilibrar

    perfeitamente esses dois pontos ter escrito a resenha ideal.

    No entanto, sendo um gnero necessariamente breve, perigoso recorrermos ao erro de

    sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais

    caractersticas do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de

    argumentar em determinados pontos e nunca usar expresses como Eugostei ou Eu

    no gostei.

    Tipos de Resenha

    At agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados so

    suficientes para voc j esboar alguns pargrafos.

    Contudo, as resenhas apresentam algumas divises que vale destacar. A mais conhecida

    delas a resenha acadmica, que apresenta moldes bastante rgidos, responsveis pela

    padronizao dos textos cientficos. Ela, por sua vez, tambm se subdivide em resenha

    crtica, resenha descritiva e resenha temtica.

    Na resenha acadmica crtica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma

    produo completa:

    1. Identifique a obra: coloque os dados bibliogrficos essenciais do livro ou artigo quevoc vai resenhar;

    2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o contedo dotexto a ser resenhado;

    3. Descreva a estrutura: fale sobre a diviso em captulos, em sees, sobre o foconarrativo ou at, de forma sutil, o nmero de pginas do texto completo;

    4. Descreva o contedo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 pargrafos para resumir claramente otexto resenhado;

    5. Analise de forma crtica: Nessa parte, e apenas nessa parte, voc vai dar sua opinio.Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparaes ou atmesmo utilizando-se de explicaes que foram dadas em aula. difcil encontrarmosresenhas que utilizam mais de 3 pargrafos para isso, porm no h um limiteestabelecido. D asas ao seu senso crtico.

    http://www.lendo.org/resenhas-de-livros/http://www.lendo.org/resenhas-de-livros/http://www.lendo.org/resenhas-de-livros/http://www.lendo.org/resenhas-de-livros/
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    6. Recomende a obra: Voc j leu, j resumiu e j deu sua opinio, agora hora deanalisar para quem o texto realmente til (se for til para algum). Utilize elementossociais ou pedaggicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.

    7. Identifique o autor: Cuidado! Aqui voc fala quem o autor da obra que foi resenhadae no do autor da resenha (no caso, voc). Fale brevemente da vida e de algumas

    outras obras do escritor ou pesquisador.8. Assine e identifique-se: Agora sim. No ltimo pargrafo voc escreve seu nome e falaalgo como Acadmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)

    Na resenha acadmica descritiva, os passos so exatamente os mesmos, excluindo-se o

    passo de nmero 5. Como o prprio nome j diz, a resenha descritiva apenas descreve,

    no expe a opinio o resenhista.

    Finalmente, na resenha temtica, voc fala de vrios textos que tenham um assunto

    (tema) em comum. Os passos so um pouco mais simples:

    1. Apresente o tema: Diga ao leitor qual o assunto principal dos textos que serotratados e o motivo por voc ter escolhido esse assunto;2. Resuma os textos: Utilize um pargrafo para cada texto, diga logo no incio quem o

    autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;3. Conclua: Voc acabou de explicar cada um dos textos, agora sua vez de opinar e

    tentar chegar a uma concluso sobre o tema tratado;4. Mostre as fontes: Coloque as referncias Bibliogrficas de cada um dos textos que

    voc usou;5. Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrio do tipo Acadmico

    do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

    Concluso

    Fazer uma resenha parece muito fcil primeira vista, mas devemos tomar muito

    cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas

    prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.

    As resenhas so ainda, alm de um timo guia para os apreciadores da arte em geral,

    uma ferramenta essencial para acadmicos que precisam selecionar quantidades

    enormes de contedo em um tempo relativamente pequeno.

    Agora questo de colocar a mo na massa e comear a produzir suas prprias

    resenhas!

    Voc gostou deste post?

    O conto O Enfermeiro uma obra de Joaquim MariaMachado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro.Era escritor, colunista e autor de muitas obras como Crislidas(1864), Helena (1876), Quincas Borba (1891), Memrias Pstumas deBrs Cubas (1881) e muitos outros. O Enfermeiro faz parte do livroVrias Histrias e foi publicado em 1896. Narrado em primeirapessoa, o conto trata do ltimo enfermeiro contratado pelorabugento coronel Felisberto.

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    A histria acontece em 1860, no ms de agosto, e, conta a histria doenfermeiro Procpio que tinha quarenta e dois anos quando foiconvidado por um padre para cuidar de um velho coronel quepadecia de vrias doenas. Chegando vila, teve ms notcias docoronel como insuportvel, exigente e outras coisas como gastava

    mais enfermeiros que remdio, mas, isso no o intimidou, erespondeu que no tinha medo de gente s, menos ainda de doentes.

    O coronel no o recebeu mal e, durante uma semana, viveramuma lua de mel, depois disso, comearam os mal-tratos. Procpiocuidava muito bem dele e encarava tudo com mansido e atribuatudo s molstias que ele sofria. Com o tempo, os mal-tratos foramaumentando e, na mesma proporo, a pacincia de Procpio iadiminuindo. Era chamado de burro, camelo, pedao d`asno,moleiro fora as bengaladas que levava. Um certo dia, enquantodormia, recebeu uma moringa na cabea atirada pelo Coronel

    Felisberto e ento perdeu a cabea e agarrou em sua garganta,apertou e, quando notou, o havia matado. Pensou em fugir maisseria como confessar o crime. Vestiu o corpo cobrindo toda agarganta e conseguiu que passasse o velrio e o enterro sem queningum descobrisse nada, ento, voltou para o Rio de Janeiro e ltinha um comportamento triste e melanclico por causa do peso naconscincia que carregava. Todos achavam que ele estava triste pelamorte do velho e at diziam para ele esquecer e tocar sua vida prafrente.

    Depois de algum tempo recebeu uma carta do vigrio dizendo

    que o testamento do velho foi encontrado e ele era o herdeirouniversal. O primeiro pensamento de Procpio foi que haviamdescoberto o crime e era uma cilada para o pegarem, mas, o vigriono serviria de instrumento para isso, ento, descartou essapossibilidade. Resolveu ir at a vila receber o prmio com opensamento de do-lo todo aos pobres como meio de resgatar ocrime com um ato de virtude.

    Quando chegou a vila, vieram muitas pessoas o cumprimentare elogiar a toda a pacincia e bondade com que tratou o velhocoronel. Procpio tentava apontar algumas virtudes, mas as pessoas

    sabiam muito bem que o velho no era nada disso e diziam que eleera o diabo. De tanto ouvir defeitos e crticas ao coronel, o peso naconscincia foi se desfazendo e a idia de doar toda a heranaProcpio considerou que era afetao. Doou algum dinheiro,levantou um tmulo de mrmore ao coronel e ficou com o restante,e, com o tempo, toda aquela imagem de terror foi se desfazendo eProcpio conseguiu, enfim, continuar sua vida quase normal, pois,de vez em quando, a imagem do velho lhe vinha na memria.

    Este conto um clssico, que Machado de Assis conseguedescrever o comportamento humano e segurar a ateno criandoexpectativas de como ser finalizada a trama e conseguindo dar umfinal muitas vezes inesperado pelo leitor.O conto tem algumas

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    dvidas e polemicas que o tornam cada vez mais interessante, poisserve tambm como objeto de estudo de vrias disciplinas comoPsicologia, Portugus e outras.