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Para compreendermos a dinâmica da gestação e eclosão desse movimento, ocorridoentre 1905 e 1907, na África Oriental Alemã, temos qe nos ater a dois pontoscentrais! 1"concepção contextualizada dos movimentos de Resistência em África,quando de sua partilha pelos europeus; #" a especificidade da região, tanto nos

fatores que favoreceram a implantação do movimento - Mai-mais - quanto asconsequências do mesmo no fomento do ideal de li!ertação em momentos posteriores"

Pensar os $ovimentos de %esist&ncia na África ' pensar em territ(rios, onde oprocesso de dominação econ)mica se fe* mais presente+ egndo -i./ero 197#2, adominação erop'ia não foi efetiva em todos os espaços, ficando detidamentecircnscrita aos centros e arredores dos territ(rios economicamente prodtivos e aolongo dos camin3os e vias de escoamentos dessas riqe*as+ 4 stamente nesseslgares qe apareceram os movimentos mais organi*ados de contestação 6 presençade estrangeiros qe, a partir da onfer&ncia de 8erlim 1712, mantin3am m proeto

de colonialismo qe era aseado na e:ploração total do continente econseqentemente dos indiv;dos+

 Assim, os #udaneses $%&''-%&'(); os *g+pcios e sua revolução ra!ista $%.'-%/)e os #omalis $%(-%&() ante o 0mp1rio 2rit3nico; os #oni4es do #enegal $%&-%&'%) contra o dom+nio francês e os nossos Mai-Mais , reeldes contr<rios aosalemães são grandes representantes da primeira =vaga> de contestação e liertação+

$esmo locali*ados em lgares distintos do continente africano e estando integrados am sistema colonial, qe na maioria das ve*es lançava mão de estrat'gias espec;ficaspara cada realidade, ?ernande* #0052 recon3ece algns pontos qe os nifica,

principalmente, em se tratando dos fatores disseminadores dos movimentosorgani*ativos prol liertação+ @e acordo a atora são eles! confisco de terras, forma

compulsória de trabalho, cobrança abusiva de impostos e a violência em todas

as esferas. odos esses, foram comns a e:peri&ncia do colonialismo e nidos foramagregadores, ma esp'cie de fermento para a %evolção+

omados aos pontos anteriores, algns otros devem ser tra*idos 6 tona e refletidos+Bles são ao mesmo tempo conseqC&ncias dos primeiros e respons<veis pelamatridade dos movimentos+ @essa forma, temos! a perda de so!erania dosterrit5rios, que!ra de legitimidade dos chefes locais, a repressão cultural e o desprezodas id1ias religiosas tradicionais como motivadores das ideologias protonacionalistas

e disseminadoras de um discurso capaz de cooptar e recrutar as populaç6esaut5ctones para a luta"

 Apenas nesse ;nterim podemos compreender os $ai.mais, movimento qe nasce em1905, na então África Oriental Alemã, qe mesmo reprimido em menos de dois anos,destaco.se pela sa organi*ação e conteDdo ideol(gico, como tam'm por sas estrat'gias de ação e gerril3a+ O poder desse movimento pode ser notado nalonga dração de ses ideais, qe não ficaram resmidos apenas aos $ai.mais+ Pelocontr<rio, serviram de farol para inDmeros otros movimentos, estando presentes deforma significativa na independ&ncia de fato da região, em 195E, e na nificação doterrit(rio, defendida por Flis GHrere . intelectal nacionalista qe se transformo no

primeiro presidente do pa;s . propiciando a nião 6 il3a de /an*iar, formando a atalan*ânia+

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 A principal caracter;stica dos $ai.$ais foi a demonstração do qanto as sociedadesafricanas e os ses poderes pol;ticos estavam imricados com a religiosidade local+Go momento qe a coloni*ação se fe* pertradora, a religião foi respons<vel pelatomada de consci&ncia, organi*ando os levantes e convertendo.se em instrmento deoposição+ Para se ter ma id'ia, -iniIitile GgJale K l;der dos $ai.$ais K tili*o a

religião e a magia como agltinadores das inDmeras etnias qe coe:istiam na região Keram cerca de #0 grpos 'tnicos K contra os qase vinte anos de e:ploração einstiças desenvolvidas pela dominação alemã+

Para promover a nidade entre as etnias, -iniIitile K enforcado ainda em agosto de1905 K lanço mão da constrção de m templo, denominado =asa de @es>, qetin3a o oetivo de promover a integração e congregação dos grpos, al'm de setornar o espaço sado para preparar o $ai, <ga tida como medicinal e sagrada, como poder de proteger todos os africanos qe a eessem, contra a artil3aria ranca+

 Al'm de tdo aqilo qe foi aqi relatado, não posso dei:ar de falar sore o estopim

para a organi*ação dos $ai.mais+ 4 consenso na 3istoriografia qe a introdçãoda cltra do algodão e sa pol;tica de escravi*ação dos indiv;dos, estaelecendotraal3o forçado em troca de m sal<rio irris(rio, contrapondo.se a ma economiatradicionalmente dom'stica, serviram como principais motivadores para a formação dogrpo+ Os $ai.mais foram, sem dDvida algma, at' aqele per;odo o movimentocontestador mais organi*ado e centrali*ado, 3aa vista qe consegi nir ma grandediversidade em torno de m processo de liertação+ Al'm disso, ses ideais passarama permear o imagin<rio de qaisqer organi*açLes qe tentassem promover mnacionalismo no continente africano+