Resistencia materiais
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Trabalho Prático
Resistência de Materiais II
Nuno Almeida

Trabalho Prático Resistência de Materiais II 2012/2013
1
Resumo
Este trabalho prático é parte integrante da avaliação contínua da unidade curricular de Resistência
de Materiais II..

Trabalho Prático Resistência de Materiais II 2012/2013
2
1 | Introdução ....................................................................................................................................... 5
2 | Propriedades da secção ................................................................................................................... 7
3 | Valor máximo de P ........................................................................................................................... 8
3.1 | Diagramas esforços................................................................................................................... 8
3.2 | Secção mais desfavorável ....................................................................................................... 10
3.3 | Estudo da secção mais desfavorável (secção F) ..................................................................... 10
3.3.1 | Flexão composta (N+M)................................................................................................... 11
3.3.2 | Tensão tangencial (devido ao esforço transverso - V) .................................................... 12
3.3.3 | Pontos mais desfavoráveis .............................................................................................. 14
3.4 | Verificação segurança (regime elástico) ................................................................................. 14
4 | Dimensionamento das barras AD, BE e CF .................................................................................... 16
4.1 | Diagramas de esforços ............................................................................................................ 16
4.2 | Secções mais desfavoráveis .................................................................................................... 18
4.3 | Dimensionamento barra AD ................................................................................................... 18
4.3.1 | Pré-dimensionamento – flexão composta ...................................................................... 18
4.3.2 | Pontos mais desfavoráveis .............................................................................................. 21
4.3.3 | Verificação da segurança ................................................................................................. 21
4.4 | Dimensionamento barra BE .................................................................................................... 24
4.4.1 | Pré-dimensionamento ..................................................................................................... 24
4.4.2 | Verificação da segurança ................................................................................................. 26
4.5 | Dimensionamento barra CF .................................................................................................... 27
4.5.1 | Pré-dimensionamento ..................................................................................................... 27
4.5.2 | Verificação da segurança ................................................................................................. 28
5 | Conclusões ..................................................................................................................................... 30

Trabalho Prático Resistência de Materiais II 2012/2013
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Índice de Figuras
Fig. 1 – Estrutura fornecida para análise ............................................................................................... 5
Fig. 2 – Secção Transversal fornecida .................................................................................................... 6
Fig. 3 – Secção Transversal – Geometria e propriedades ..................................................................... 7
Fig. 4 – Diagrama de Momento Fletor .................................................................................................. 8
Fig. 5 – Diagrama de esforço transverso ............................................................................................... 9
Fig. 6 – Diagrama de esforço axial ......................................................................................................... 9
Fig. 7 – Esforços atuantes na secção F ................................................................................................ 10
Fig. 8 – Flexão composta e pontos de interesse ................................................................................. 11
Fig. 9 – Diagrama de tensões (cálculo de τc) ....................................................................................... 12
Fig. 10 – Diagrama tensões (cálculo de τmáx) ...................................................................................... 13
Fig. 11 – Diagrama de Momento Fletor .............................................................................................. 16
Fig. 12 – Diagrama de esforço transverso ........................................................................................... 17
Fig. 13 – Diagrama de esforço axial ..................................................................................................... 17
Fig. 14 – Orientação do perfil .............................................................................................................. 18
Fig. 15 – Perfis IPE ............................................................................................................................... 20
Fig. 16 – Diagramas de tensões e pontos desfavoráveis ..................................................................... 21
Fig. 17 – Orientação do perfil .............................................................................................................. 24
Fig. 18 – Perfis metálicos IPE240 e IPE300 .......................................................................................... 25
Fig. 19 – Orientação do perfil .............................................................................................................. 27

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Índice de Tabelas
Tabela 1 – Dados fornecidos ................................................................................................................. 6
Tabela 2 – Propriedades da secção transversal .................................................................................... 7
Tabela 3 – Influência dos esforços nas secções .................................................................................. 10
Tabela 4 – Perfis IPE ............................................................................................................................ 19
Tabela 5 – Tensões máximas ............................................................................................................... 20
Tabela 6 – Tensões máximas ............................................................................................................... 22
Tabela 7 – Tensões de referência ........................................................................................................ 22
Tabela 8 – Perfis IPE ............................................................................................................................ 25
Tabela 9 – Tensões máximas ............................................................................................................... 26
Tabela 10 – Tensões de referência ...................................................................................................... 27
Tabela 11 – Perfis IPE .......................................................................................................................... 28
Tabela 12 – Tensões máximas ............................................................................................................. 28
Tabela 13 – Tensões de referência ...................................................................................................... 28

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Capítulo Um
1 | Introdução
Este trabalho prático consiste na análise de uma estrutura em aço sujeita a um determinado
carregamento. Esta análise deverá incidir sobre o valor máximo que podem valer as cargas atuantes
(neste caso P), numa determinada barra (viga), para uma determinada secção transversal
fornecida, de modo a verificar a segurança – em regime elástico.
Posteriormente, para as restantes barras (pilares), deverá ser feito o dimensionamento utilizando
perfis metálicos, com base no valor de P calculado anteriormente.
Fig. 1 – Estrutura fornecida para análise

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Fig. 2 – Secção Transversal fornecida
Os dados fornecidos, para os parâmetros em falta na estrutura foram os indicados na
Tabela 1.
Tabela 1 – Dados fornecidos

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Área (cm2): 91,361
Momentos Inércia (cm4): y 4736,728
z 10295,764
Capítulo Dois
2 | Propriedades da secção
O primeiro passo foi o de encontrar as propriedades da secção fornecida, e para tal recorreu-se ao
software da Autodesk – Autocad. Sabendo que a secção fornecida era cotada em relação à linha
média, procedeu-se ao desenho da secção real (Fig. 3), e determinaram-se as suas propriedades
conforme indicado na Tabela 2.
Fig. 3 – Secção Transversal – Geometria e propriedades
Tabela 2 – Propriedades da secção transversal

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Capítulo Três
3 | Valor máximo de P
O que é pedido é que se calcule o valor máximo que P pode assumir, de modo a verificar a
segurança, em regime elástico (será portanto a carga de cedência – a que leva a que a primeira
fibra da barra entre em cedência). Este cálculo é pedido para a barra DEF.
3.1 | Diagramas esforços
O passo seguinte, com recurso ao software F-Tool, foi o de obter os diagramas de esforços a que a
estrutura está sujeita para que se consiga perceber em que zonas (secções), a estrutura está sujeita
aos maiores esforços, pois será aí que irá ceder em primeiro lugar.
Fig. 4 – Diagrama de Momento Fletor

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Fig. 5 – Diagrama de esforço transverso
Fig. 6 – Diagrama de esforço axial

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Secção Eesq
Edir
Ebaixo
F
M -76,1P -76,1P 0P -96,5P
V -51,3P 45,9P 6,4P -50,1P
N -17,8P -11,5P -97,1P -50,1P
3.2 | Secção mais desfavorável
Uma vez obtidos os diagramas de esforços, pode-se denotar que a secção aparentemente mais
desfavorável é a F, pois é lá que se apresentam os maiores esforços. No entanto poderá haver
alguma dúvida relativamente à secção E, que possui um esforço axial superior ao da secção F
(embora os outros não o sejam).
Se analisarmos o quadro seguinte,
Tabela 3 – Influência dos esforços nas secções
Podemos facilmente concluir que a conjugação de esforços em F é maior que em qualquer das
outras secções. Desta forma o estudo da secção mais desfavorável irá incidir na secção F.
3.3 | Estudo da secção mais desfavorável (secção F)
Serão agora calculados as tensões máximas a que esta secção está sujeita para de seguida se
proceder à verificação de segurança da mesma.
Fig. 7 – Esforços atuantes na secção F

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3.3.1 | Flexão composta (N+M)
Fig. 8 – Flexão composta e pontos de interesse
Podemos perceber pela Fig. 8, que a tensão máxima atua no ponto A, e é nesse ponto que
devido aos esforços de momento fletor e esforço axial que a secção atinge a tensão de
cedência em primeiro lugar. Calcular-se-á a tensão máxima neste ponto, bem como nos
outros dois assinalados (B e C), mais tarde se explicará porquê.
Cálculo:
|��á�| =|�|
�+
|��|
� . ��á� +
|��|
� . ��á�
⇔ ��á� =11.5�
91.361 × 10��+
96.5�
4736.728 × 10�!× 12.05 × 10�"
⇔ ��á� = 246749.934�#�$

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Da mesma forma,
⇔ �% =11.5�
91.361 × 10��+
96.5�
4736.728 × 10�!× 5.95 × 10�" = 122476,385�#�$
A tensão no ponto B, conforme se pode verificar pelo diagrama da Fig. 8, é zero.
3.3.2 | Tensão tangencial (devido ao esforço transverso - V)
Agora calcular-se-á a tensão tangencial máxima a atuar na secção. Para tal irá ser
desenhado na linha média, o diagrama de tensões.
Fig. 9 – Diagrama de tensões (cálculo de τc)
Para o cálculo da tensão em C, recorre-se à seguinte expressão,

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'( =)�. *� �. +
Onde,
*� = �. ,
Logo,
*� = 20.5 × 6.45 = 132.225-./
'( =50,1� × 132,225 × 10�0
4736,728 × 10�! × 1 × 10�"= 13985,334�#�$
Da mesma forma calcula-se a tensão em B, que corresponde à tensão tangencial máxima.
Fig. 10 – Diagrama tensões (cálculo de ττττmáx)

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Assim,
*� = 120.5 × 6.452 +15.982 ∗ 2.972 = 149,992-./
'�á� =50,1� × 149,992 × 10�0
4736,728 × 10�! × 1 × 10�"= 15864,536�#�$
No ponto A, conforme se pode constatar pelo diagrama de tensões, a tensão tangencial é
zero.
3.3.3 | Pontos mais desfavoráveis
Inicialmente poderiam ter sidos considerados apenas os pontos de tensões máximas
(pontos A e B), para averiguar de seguida a segurança da estrutura. No entanto haviam
alguns outros pontos da secção que poderiam suscitar dúvidas, se pela conjugação de
tensões (normal e tangencial), não entrariam em cedência primeiro. Ou seja, as tensões
tangenciais no ponto A são nulas, mas as tensões normais são máximas. Da mesma forma
no ponto B, as tensões normais são nulas e as tangenciais máximas. No ponto C existe o
contributo de ambas, daí se fazer a verificação deste ponto (que parece ser o sítio onde a
contribuição conjugada das duas tensões é maior). Esta foi a razão pela qual se escolheram
estes pontos, e consoante as situações poderão ser escolhidos tantos pontos quanto
quisermos.
3.4 | Verificação segurança (regime elástico)
Agora que são conhecidas as tensões nos pontos mais desfavoráveis, será determinada, através da
fórmula de Von Mises a Tensão de Referência (�456), que nos permitirá comparar com a respetiva
tensão de cedência do material e aferir se realmente esta secção (que era a mais desfavorável da
barra DEF), verifica a segurança ou não.
Uma vez que desconhecemos um parâmetro que influencia a carga que está a atuar na estrutura (o
valor de P), é através deste cálculo que o iremos descobrir. Desta forma, e uma vez que a tensão de
referência vai ser comparada com a tensão de cedência, o valor de P obtido representa o valor
máximo que P pode assumir para verificar a segurança da barra DEF - em regime elástico.

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Então,
�456 = [�" + 3 × 1'2"]9.:
Por sua vez,
�456 ≤ <�
Faz-se então esta verificação para cada um dos pontos desfavoráveis considerados.
Em A,
�456= = [246749,934�" + 3 × 0]9.: ≤ 235000
⇔ � ≤ 0.952>�/.
Em B,
�456@ = [0" + 3 × 115864,536�2"]9.: ≤ 235000
⇔ � ≤ 8,552>�/.
Em C,
�456% = [1122476,385�2" + 3 × 113985,334�2"]9.: ≤ 235000
⇔ � ≤ 1,882>�/.
Assim, destes três valores terá que ser escolhido o menor, para garantir que a segurança seja
verificada.
Escolha final: A ≤ B. CDEFG/H

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Capítulo Quatro
4 | Dimensionamento das barras AD, BE e CF
O pretendido nesta fase é dimensionar os pilares da estrutura tendo em conta o valor de P que foi
anteriormente calculado. Para efetuar o dimensionamento de tais elementos serão utilizados perfis
metálicos (a escolha incidiu apenas na gama IPE para não dispersar muito a escolha) e não será tida
em conta a encurvadura.
Toda a sequência de cálculo é bastante semelhante ao realizado no capítulo anterior, logo a
apresentação desse mesmo cálculo será doravante mais resumida.
4.1 | Diagramas de esforços
Iniciamos este processo de dimensionamento, por traçar os diagramas de esforços atuantes na
estrutura, mais uma vez, para perceber onde se situam as secções mais desfavoráveis (sujeitas a
maiores esforços), nos respetivos pilares a dimensionar (AD, BE e CD), mas agora utilizando o valor
de P=0.952 kN/m.
Fig. 11 – Diagrama de Momento Fletor

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Fig. 12 – Diagrama de esforço transverso
Fig. 13 – Diagrama de esforço axial

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4.2 | Secções mais desfavoráveis
Com os diagramas traçados facilmente se verificam quais as secções mais desfavoráveis, elas são a
secção A, B e C, nos pilares AD, BE e CF respetivamente, pois são as que estão sujeitas a maiores
esforços.
4.3 | Dimensionamento barra AD
Uma vez que se desconhece o perfil a utilizar (é de resto esse o propósito do dimensionamento), irá
ser feito um pré-dimensionamento “escolhendo” alguns possíveis perfis e depois verificando a
segurança para os mesmos. Se verificarem, são adotados, se não verificarem temos que passar a
um perfil acima do anterior e voltar a fazer a verificação.
4.3.1 | Pré-dimensionamento – flexão composta
� Secção mais desfavorável: Secção A
� Perfil: IPE
� <� = 235�I$
� Orientação do perfil – o momento máximo deve atuar no eixo de maior inércia
Fig. 14 – Orientação do perfil
Sabendo que:

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Wel,y A
(cm3) (cm2)
300 557 53,8
360 904 72,7
400 1160 84,5
IPE
|��á�| =|J|
=+
|KL|
ML . ��á� +
|KN|
MN . O�á� (1)
Conseguimos determinar,
��á� ≤ <� ⇔ ��
P5Q,�≤ <�
⇔116,11
P5Q,�≤ 235000
⇔P5Q,� ≥ 494,09-./
Com o valor do módulo de flexão já é possível escolher um perfil com um valor aproximado a
este (sempre superior).
No entanto apenas foi verificada a segurança para a flexão composta e como é sabido a secção
está sujeita a mais esforços. Estes esforços podem inviabilizar uma possível escolha que se tenha
feito com base no valor do módulo de flexão anteriormente calculado. Existe para isso uma
regra prática que consiste em escolher um perfil que tenha aproximadamente o dobro do valor
do módulo de flexão calculado.
Para este caso em concreto será utilizado o módulo de flexão calculado inicialmente, e
paralelamente será utilizada a regra prática em termos comparativos.
Através das tabelas técnicas da Arcelor Mittal fornecidas na unidade curricular foram escolhidos
como “possíveis” perfis os IPE constantes na Tabela 4.
Tabela 4 – Perfis IPE

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σσσσmáx
(Mpa)
300 213,54
360 132,20
400 103,33
IPE
A= 53,8 cm2
Iy= 8356 cm4
Wel,y= 557 cm3
Wpl,y= 628 cm3
A= 72,7 cm2
Iy= 16270 cm4
Wel,y= 904 cm3
Wpl,y= 1019 cm3
Novamente através da fórmula (1), calculam-se as tensões máximas para cada perfil.
De onde se apuram os seguintes resultados:
Tabela 5 – Tensões máximas
Qualquer um destes valores é inferior à tensão de cedência do material (235MPa), apesar do
IPE300 ter um valor próximo do limite. Este é no entanto um resultado preliminar.
Adotaram-se os perfis IP300 e IPE360 para prosseguir o pré-dimensionamento (o IPE360 devido
à aplicação da regra prática).
Perfis:
Fig. 15 – Perfis IPE

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4.3.2 | Pontos mais desfavoráveis
Fig. 16 – Diagramas de tensões e pontos desfavoráveis
Conhecidos estes pontos, podem de seguida ser feitos os cálculos para cada perfil, das tensões
máximas em cada ponto, verificando desde logo se verificam individualmente a segurança ou
não.
4.3.3 | Verificação da segurança
|��á�| =|J|
=+
|KL|
ML . ��á� +
|KN|
MN . O�á� (1)
' =SN.TLML.U
(2)
*� = �. , = VWX,L
" (3)
Nota: Como as secções estão tabeladas, e devido ao facto de se ter de calcular o momento
estático relativamente a meia secção do perfil (simétrico), pode simplificar-se o cálculo
recorrendo à equação (3).

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A B C
300 0,000 213,540 198,307
360 0,000 132,200 122,873
A B C
300 15,200 3,729 11,239
360 11,240 2,605 8,272
IPE
σσσσmáx (Mpa)
ττττmáx (Mpa)
IPE
Secção B Secção C
300 213,64 199,26
360 132,28 123,71
σσσσref (Mpa)IPE
Daqui resultam os seguintes resultados:
Tabela 6 – Tensões máximas
E como se pode verificar todas as tensões são inferiores à tensão de cedência (235MPa), bem
como todas as tensões tangenciais inferiores a 6L
√/= 135,677��$.
Resta agora fazer a verificação segundo Von Mises, para se obter um valor de tensões que diz
respeito às várias tensões em conjunto.
�456 = [�" + 3 × 1'2"]9.: ≤ <�
Após realizar os cálculos e considerando a secção B e C novamente, pois ainda restam algumas
dúvidas de qual será a mais desfavorável, obtiveram-se as seguintes tensões de referência.
Tabela 7 – Tensões de referência
(Regra prática)

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Confirma-se então que a secção mais desfavorecida é a B e verifica-se ao mesmo tempo a
segurança, pois a tensão de referência é inferior à tensão de cedência do material.
Conclui-se também que o “método prático” foi eficaz, embora de modo bastante conservativo, e
deve por isso ser verificado, principalmente em casos em que os custos associados à escolha de
um perfil acima do necessário possam ser decisivos.
Perfil escolhido para o pilar AD: IPE300

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4.4 | Dimensionamento barra BE
O procedimento agora é idêntico ao anterior. Serão apresentadas apenas os pontos onde existem
diferenças.
4.4.1 | Pré-dimensionamento
� Secção mais desfavorável: Secção B
� Perfil: IPE
� <� = 235�I$
� Orientação do perfil – o momento máximo deve atuar no eixo de maior inércia
Fig. 17 – Orientação do perfil
Novamente, através dos esforços e da relação
��á� ≤ <� ⇔ ��
P5Q,�≤ <�
Obtemos o valor para o módulo de flexão, valor necessário para escolhermos o perfil.
P5Q,� ≥ 247,87-./
Se utilizarmos a regra prática - P5Q,� ≥ 2 × 247,87 = 495,74-./

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Wel,y A σσσσmáx
(cm3) (cm2) (Mpa)
220 252 33,4 258,80
240 324 39,1 203,40
300 557 53,8 121,00
IPE
A= 53,8 cm2
Iy= 8356 cm4
Wel,y= 557 cm3
Wpl,y= 628 cm3
A= 39,1 cm2
Iy= 3892 cm4
Wel,y= 324 cm3
Wpl,y= 367 cm3
Assim sendo, selecionaram-se os perfis:
Tabela 8 – Perfis IPE
Ao fazer-se a primeira verificação para a flexão composta, verifica-se desde já que o perfil
IPE220 não verifica a segurança pois a tensão máxima obtida é superior à tensão de cedência.
Prosseguem-se as verificações para os outros perfis.
Perfis:
Fig. 18 – Perfis metálicos IPE240 e IPE300

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A B C
240 0,000 203,400 186,789
300 0,000 121,770 113,084
A B C
240 4,620 1,077 3,405
300 3,210 0,788 2,375
IPE
σσσσmáx (Mpa)
ττττmáx (Mpa)
IPE
Os pontos mais desfavoráveis são nos mesmos locais que no cálculo da viga anterior e assim
passou-se à verificação de segurança.
4.4.2 | Verificação da segurança
|��á�| =|J|
=+
|KL|
ML . ��á� +
|KN|
MN . O�á� (1)
' =SN.TLML.U
(2)
*� = �. , = VWX,L
" (3)
Apuraram-se os seguintes valores:
Tabela 9 – Tensões máximas
Ambos os perfis verificam para já a segurança, naqueles pontos. Para o confirmar, e verificar a
segurança da estrutura, calculamos a tensão de referência de Von Mises (agora só para a secção
B, que é a mais desfavorecida).

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240
300
203,41
121,78
IPE σσσσref (Mpa)
Tabela 10 – Tensões de referência
(Regra prática)
Pode-se concluir que ambos os perfis verificam a segurança.
Em princípio a escolha do perfil recairia sobre o IPE240, mas irá ser feito o dimensionamento da
última viga (CF) e decidir nessa altura.
4.5 | Dimensionamento barra CF
4.5.1 | Pré-dimensionamento
� Secção mais desfavorável: Secção C
� Perfil: IPE
� <� = 235�I$
� Orientação do perfil – o momento máximo deve atuar no eixo de maior inércia
Fig. 19 – Orientação do perfil
Obtido o respetivo módulo de flexão:
P5Q,� ≥ 443.40-./

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Wel,y A σσσσmáx
(cm3) (cm2) (Mpa)
300 557 53,8 195,95
360 904 72,7 121,83
400 1160 84,5 95,48
IPE
A B C
300 0,000 195,950 181,972
360 0,000 121,830 113,230
A B C
300 10,810 2,678 7,995
360 8,000 2,940 5,884
IPE
σσσσmáx (Mpa)
ττττmáx (Mpa)
IPE
300
360
196,00
121,94
IPE σσσσref (Mpa)
E pela regra prática:
P5Q,� ≥ 2 × 443.40 = 886.80-./
Seleção de perfis:
Tabela 11 – Perfis IPE
Todos estes perfis verificam, para já a segurança, vamos no entanto prosseguir apenas com o
IPE300 e o IPE360. Considerando os mesmos pontos desfavorecidos, características das secções
(ver Fig. 16 e Fig. 15), fez-se a verificação da segurança da estrutura.
4.5.2 | Verificação da segurança
Tabela 12 – Tensões máximas
E finalmente as tensões de referência (para o ponto B, pois é o mais desfavorável).
Tabela 13 – Tensões de referência

Trabalho Prático Resistência de Materiais II 2012/2013
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(Regra prática)
Nesta viga, o perfil mais indicado é o IPE300, pois verifica a segurança (tensão de referência
menor que a tensão de cedência), e por uma questão de uniformização podemos agora dizer
que na viga anterior a escolha também será um IPE300 (em detrimento do IPE240).
Perfil escolhido para o pilar BE: IPE300
Perfil escolhido para o pilar CF: IPE300

Trabalho Prático Resistência de Materiais II 2012/2013
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Capítulo Cinco
5 | Conclusões
As conclusões que se retiram deste trabalho podem ser explanadas em alguns pontos:
� Deverão ser verificados vários pontos intermédios aos pontos de localização das tensões
máximas, pois a combinação de tensões pode provocar uma tensão total superior às
máximas de forma individualizada.
� Após o dimensionamento, talvez fosse necessário refazer os diagramas de esforços, mas
agora com as características dos perfis escolhidos e verificar se realmente há necessidade
de manter os mesmos perfis (uma vez que irão haver mudanças nos esforços devido às
alterações da geometria/propriedades dos perfis).
� O método da regra prática funcionou em todas as ocasiões, embora, neste caso de forma
conservativa – aumentando sempre um escalão à série do perfil.