Resolucao Simulado Enem-Anglo09

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US E N LG T M P-1 MA E T ICA E S A T C O O IASQuesto 1 As medidas das alturas de trs irmos esto em progresso geomtrica. Se os dois maiores medem 1,60 m e 1,80 m, a altura do menor , aproximadamente, igual a: A) 1,36 m D) 1,54 m B) 1,42 m E) 1,30 m C) 1,48 m Resoluo Sendo x a altura do menor, usando a propriedade da mdia geomtrica temos: 2,56 x 1,80 = 1,602 x = x 1,42 (metros) 1,80 Resposta: B Esse tringulo de cartolina ficaria em equilbrio se o apoissemos, preferencialmente, no ponto: A) R D) U B) S E) V C) T Resoluo Entre as alternativas, a nica que aparentemente indica o ponto de encontro de duas medianas apresenta como baricentro o ponto T. Resposta: C

Questo 3 Duas grandezas X e Y tm suas medidas relacionadas pela equao x y = k, onde k uma constante. A figura mostra o esboo grfico dessa relao.y

Questo 2 Num tringulo, o baricentro o ponto de encontro das medianas. Uma mediana une um vrtice ao meio do lado oposto. A palavra baricentro vem do grego barys, que significa pesado ou grave. Podemos entender o baricentro como o centro de gravidade de uma superfcie triangular. Quando soltamos um objeto no ar, ele cai no cho, como se estivesse sendo atrado para baixo, por conta da fora da gravidade. Na figura seguinte, observe que, quando se apia uma superfcie triangular pelo seu baricentro, ela tende a ficar parada, ou seja, em equilbrio.

P

45 O x

Se, quando x = to P : A figura seguinte representa um tringulo de cartolina, em que esto destacados os pontos R, S, T, U e V. A) 1 B) 2 C) 2 2 ResoluoR S V T U

1 , tem-se y = 8, ento a abscissa do pon4 2 2 E) 4 2 D)

x=

1 1 ey=8 8=k 4 4

k=2

Temos, ento: x y = 2. Como OP forma 45 com o eixo x, o ponto P da forma 0. P(a, a); a Assim: a a = 2 a2 = 2 a = 2 Resposta: B1

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Questo 4 De uma cidade A para uma cidade B, distantes 240 km uma da outra, um carro, usando somente gasolina, percorre 12 km com cada litro desse combustvel; usando somente lcool, percorre 8 km com cada litro. Se o litro de gasolina custa R$ 2,40, qual deve ser o preo do litro de lcool para que os gastos com esses combustveis sejam iguais? A) R$ 1,60 B) R$ 1,65 C) R$ 1,72 D) R$ 1,75 E) R$ 1,80 Resoluo 240 = 20 litros 12 Custo: 20 2,40 = 48,00 Gasolina: 240 = 30 litros 8 Sendo x o preo do litro do lcool, devendo ter: 30 x = 48 x = 1,60 lcool: Resposta: A

Podemos concluir que, no total, o aparelho ficou no modo conversao durante: A) 2 horas e 15 minutos B) 2 horas e 30 minutos C) 2 horas e 45 minutos D) 3 horas E) 3 horas e 15 minutos Resoluo Sendo Q a carga inicial da bateria, temos: a carga usada em 1 hora no modo conversao a carga usada em 1 hora no modo espera Q , 4

Q . 148 Com x horas de conversa e (58 x) horas no modo espera, toda a carga Q foi usada: x Q Q + (58 x) =Q 4 148

x 58 x + =1 4 148 Multiplicando ambos os membros por 148, temos: 37x + 58 x = 148 36x = 90 x = 2,5 (horas) Logo, no total, o celular ficou no modo conversao durante 2 horas e 30 minutos. Resposta: B

Questo 5 Em dezembro de 2008, com a crise mundial, uma empresa foi obrigada a demitir, em massa, 60% dos seus empregados. Como, nestes ltimos meses, as posies melhoraram muito, os diretores decidiram reabrir as vagas, para a empresa voltar a ter o nmero de empregados que tinha antes da crise. Para isso, o nmero atual de empregados dever ser aumentado em: A) 40% B) 60% C) 100% D) 120% E) 150% Resoluo Nmero de empregados antes da demisso em massa: N Nmero de empregados depois da demisso de 60% deles: 0,40N Para voltar a ter N empregados, a empresa deve promover um aumento de 0,60N em 0,40N. 0,60N = 1,5 = 150% 0,40N Resposta: E

Questo 7 Os pontos cardeais norte, sul, leste e oeste foram criados pelos seres humanos para facilitar a orientao e a localizao. Voc j deve ter observado que o Sol sempre nasce do mesmo lado da sua casa e realiza no cu um movimento no sentido oposto ao lado em que nasceu. O Sol nasce no lado leste e se pe no lado oeste. Uma maneira de identificar os pontos cardeais norte e sul sem usar bssola , numa manh ensolarada, com os braos abertos, apontar a mo direita para o lado em que nasce o Sol (leste) e apontar a esquerda para o lado em que ele se pe (oeste); assim, seu rosto apontar para o norte e suas costas, para o sul. Observe o esquema:

Questo 6 A bateria do celular do Pedro retm uma carga suficiente para 4 horas de conversa ou para 148 horas no modo de espera do aparelho (ligado, mas sem conversar). Pedro, que no desligou o celular, usou-o para vrias conversas e constatou que a bateria descarregou completamente em 58 horas.

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2

traj et ria

do

S

no ol

u c

Sol

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Note que os pontos cardeais indicam duas direes, cada uma com dois sentidos:N

O enunciado a seguir abrange as questes 8 e 9. A produo de certo tipo de alimento numa determinada propriedade rural pode ser modelada pela funo x N(x) = 320 + 180 sen 3 2 , onde x representa o ms do ano (1 para janeiro, 2 para fevereiro, 3 para maro, e assim sucessivamente) e N(x) o nmero de toneladas produzidas no ms x.

O

P

L

S

sentido norte (da semi-reta PN) sentido sul (da semi-reta PS ) sentido leste (da semi reta PL ) direo leste-oeste sentido oeste (da semi-reta PO) Na figura seguinte, as retas NS e LO so perpendiculares entre si no ponto P. Considerando a reta NS como indi cao da direo norte (N)-sul (S) e a reta LO como indicao da direo leste (L)-oeste (O), imagine: o ponto A, na direo norte-sul, sentido norte, tal que PA = 3 cm; o ponto B, na direo norte-sul, sentido sul, tal que PB = 3 cm; o ponto C, na direo leste-oeste, sentido oeste, tal que PC = 3 cm. direo norte-sulN

Questo 8 A maior e a menor quantidade produzidas, em toneladas, so respectivamente iguais a: A) 320 e 140 D) 500 e 140 B) 500 e 320 E) 410 e 230 C) 500 e 280 Resoluo A produo mxima quando sen

x3

2

= 1.

A produo mnima quando sen

Assim: Nmx = 320 + 180 1 = 500

x3

2

= 1.

Assim: Nmn = 320 + 180 (1) = 140 Resposta: D

L

Questo 9 Os meses do ano em que a produo mxima so: A) janeiro e julho. D) abril e outubro. B) fevereiro e agosto. E) maio e novembro. C) maro e setembro. Resoluo Resolvendo a equao sen

O

P

S

Nessas condies, a medida do ngulo ACB, em graus, igual a: A) 30 D) 75 B) 45 E) 90 C) 60 Resoluo Do enunciado, temos a figura, cotada em cm:N A

x3

2

= 1, temos: = + h2, h Z Z

x3

2

=

2

+ h2, h Z Z

x3

x = 3 + 6h, h Z Z Assim, a produo mxima ocorre nos meses 3 e 9, isto , maro e setembro.Resposta: C

L

45 3 45 3 45

Questo 10 A figura ilustra um bloco retangular de madeira com dimenses 12 cm, 20 cm e 24 cm.

OC

P 3 45 B S

12

Note que os tringulos retngulos PCB e PCA so issce les. Assim, AC B = 45 + 45 = 90. Resposta: ESIMULADO ENEM/2009

20 24

3

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Queremos cort-lo segundo planos paralelos s suas faces, de modo a obtermos cubos iguais, sem haver sobra de material. Se os cubos obtidos devem ter as arestas com a maior medida possvel, quantos cubos obteremos com esses cortes? A) 48 D) 86 B) 60 E) 90 C) 72 Resoluo A medida da aresta do cubo deve ser o MDC das dimenses do bloco. MDC(12, 20, 24) = 4 Logo, o nmero de cubos que obteremos ser: 24 20 12 n= = 90 4 4 4 Resposta: E

O ano 2200 no ser bissexto, pois 2200 mltiplo de 100 e no mltiplo de 400. Resposta: C

Questo 12 Com duas torneiras A e B, abertas simultaneamente, consegue-se encher um tanque de gua em 6 minutos. Encher esse tanque com a torneira A aberta e a torneira B fechada demora 5 minutos a mais do que com a torneira A fechada e a torneira B aberta. O tempo necessrio para encher o tanque abrindo apenas a torneira A : A) 15 minutos B) 15 minutos e 30 segundos C) 16 minutos D) 16 minutos e 30 segundos E) 18 minutos Resoluo Se x o tempo, em minutos, necessrio para encher o tanque somente com a torneira A, ento o tempo, em minutos, necessrio para encher o tanque somente com a torneira B x 5. Logo, devemos ter x 5. Em 1 minuto, enchemos torneira A. Em 1 minuto, enchemos a torneira B. 1 1 + do tanque com as x x5 torneiras A e B abertas juntas. 1 Do enunciado, sabemos que em 1 minuto enchemos 6 do tanque com as torneiras A e B abertas juntas. 1 1 1 De + = , temos: x x5 6 Em 1 minuto, enchemos x5+x 1 = x(x 5) 6 x(x 5) = 6(2x 5) x2 17x + 30 = 0 x = 2 ou x = 15. Da condio x 5, temos x = 15. Resposta: A 1 do tanque somente com x5 1 do tanque somente com a x

Questo 11 A Terra completa uma volta ao redor do Sol em 365,242190 dias aproximadamente, e no em 365 dias. Para corrigir essa diferena, existem os anos bissextos, com 366 dias. Convencionou-se que um ano n bissexto se, e somente se, uma das seguintes condies for verificada: condio 1: n um mltiplo de 400. condio 2: n um mltiplo de 4 e n no mltiplo de 100. Com base nessa conveno, podemos afirmar que: A) poder haver um ano n bissexto, sem que n seja um mltiplo de 4. B) se n, n 2012, divisvel por 4, ento o ano n ser bissexto. C) o ano 2200 no ser bissexto. D) o ano 2400 no ser bissexto. E) o ano 2500 ser bissexto. Resoluo Considerando como universo U o conjunto dos nmeros naturais n, o diagrama representa a conveno mencionada.U M4 M100 M400

exemplos de anos bissextos pela condio 1: 2000, 2400, 2800 exemplos de anos no bissextos: 1900, 2100, 2200 exemplos de anos bissextos pela condio 2: 2004, 2008, 2012 exemplos de anos no bissextos: 2001, 2002, 2003, 2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011SIMULADO ENEM/2009

Questo 13 Um comerciante, ao reajustar seus produtos em 25%, sem querer cometeu um engano: no caso de um dos produtos, ao invs de aumentar o preo, ele o reduziu em 25%. Nesse produto, o prejuzo que ele ter, em relao ao preo que deveria ser, ser de: A) 25% B) 33,33% C) 40% D) 50% E) 66,66%

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Resoluo Preo inicial: P Com aumento de 25%: 1,25P Com reduo de 25%: 0,75P Assim: Preo % 1,25P 100 0,75P x x = 60 Logo, o prejuzo ser de 40%. Resposta: C

Quantas pessoas optaram pelo voto em branco? A) 200 B) 175 C) 125 D) 100 E) 75 Resoluo Graus Pessoas 360 1800 20 b 20 1800 b= = 100 360 Resposta: D

Questo 14 Informaes tcnicas Sejam A e B dois conjuntos disjuntos (interseco vazia) e no vazios. Se para a escolha de um elemento de A existem m possibilidades, e para a escolha de um elemento de B existem k possibilidades, ento: para a escolha de um elemento de A ou um elemento de B, existem m + k possibilidades; para a escolha, nesta ordem, de um elemento de A e de um elemento de B, existem m k possibilidades. Uma empresa multinacional tem na composio de sua diretoria 4 brasileiros, 5 japoneses e 3 italianos. Desejase destacar uma dupla de diretores para fazer uma apresentao a um cliente, com a condio de que os escolhidos sejam de nacionalidades diferentes. O nmero de opes para a formao dessa dupla : A) 43 B) 45 C) 47 D) 56 E) 60 Resoluo Podemos escolher 1 brasileiro e 1 japons, ou 1 brasileiro e 1 italiano, ou 1 japons e 1 italiano. Assim, temos: 4 5 + 4 3 + 5 3 = 47 Resposta: C

Questo 16 A figura ilustra uma praa circular de raio 20 metros.B

C

A

D

Se Marina, contornando a praa segundo a circunferncia ABCD, d 240 passos, quantos passos ela dar se fizer o percurso ABCD segundo os lados do quadrado ABCD? (Use = 3 e 2 = 1,4) A) 238 B) 232 C) 224 D) 220 E) 188 Resoluo Comprimento da circunferncia: C = 2 20 = 40 = 40 3 = 120 m (240 passos)B

Questo 15 Foi feita uma pesquisa com 1800 pessoas sobre suas preferncias em relao a trs candidatos, A, B e C, prefeitura de uma cidade. Cada pessoa optou por um nico candidato, ou ento votou em branco (b). Com os dados obtidos, construiu-se o diagrama de setores abaixo.90

20 B A b C 180 70 C 20 A

20

D

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Permetro do quadrado: (AB)2 = 202 + 202 (AB)2 = 800 AB = 20 2 = 20 1,4 = 28 Permetro = 4 28 = 112 m Comp. Passos 120 240 112 x x = 240 112 = 224 120

Resoluo Se fosse possvel andar com apenas um pneu, Pedro poderia rodar, no mximo, 180.000 km (= 5 36.000). Note 180.000 = 45.000. 4 Usando quatro pneus por vez, fazendo rodzios entre os cinco, a cada 9.000 km, Pedro poder rodar, no mximo, 45.000 km. que Resposta: D

Resposta: C

Questo 19I (R$) 270 C

Questo 17 Informaes tcnicas I. Fatorial: D1) Dado um nmero natural n, n n! = n (n 1) (n 2) 1 D2) 1! = 1 D3) 0! = 1 II. O nmero de combinaes simples de n elementos tomados p a p o nmero de grupos de p elementos distintos escolhidos entre os n elementos dados, com a condio de que a ordem de escolha dos elementos do grupo no importe. Esse nmero dado por: Cn,p = n! , {n, p} IN e n p! (n p)! p

2.

120

B

60 A

0

1400

2100

2900

R (R$)

De um grupo de 10 pessoas, do qual voc faz parte, devem ser escolhidas 3 para uma comisso. Quantas so todas as combinaes possveis para formar essa comisso, com a condio de que voc esteja includo nela? A) 36 B) 48 C) 60 D) 72 E) 90 Resoluo Estando voc includo na comisso, resta escolherem 2 pessoas entre as 9 restantes. Assim: 98 9! = = 36 C9,2 = 2! 7! 2 Resposta: A

O grfico acima indica o imposto a pagar I (em reais) sobre a renda mensal lquida R (em reais), com R 2900. Com base nesse grfico, uma pessoa que teve renda mensal lquida de R$ 2.200,00 dever pagar imposto no valor de: A) R$ 135,00 D) R$ 140,60 B) R$ 138,75 E) R$ 144,80 C) R$ 140,00 Resoluo R$ 2.200,00 de renda mensal lquida esto na faixa de R$ 2.100,00 a R$ 2.900,00, em que o imposto vai de R$ 120,00 a R$ 270,00 (no segmento BC). A reta suporte de BC tem coeficiente angular dado por 270 120 m= , ou seja, m = 0,1875. 2900 2100 O valor do imposto correspondente renda mensal lquida dado por I = 120 + m(2200 2100) I = 120 + 0,1875 100 I = 138,75 Resposta: B

Questo18 Pedro colocou 4 pneus e 1 estepe novos no seu carro e decidiu que nenhum deles rodaria mais que 36.000 km. Podemos concluir que, fazendo rodzios entre esses cinco pneus, ele poderia rodar, no mximo: A) 36.000 km B) 40.000 km C) 42.000 km D) 45.000 km E) 54.000 km

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Questo 20 Informao tcnica: Chama-se mdia aritmtica dos n valores x1, x2, x3, , xn o nmero tal que: x = x1 + x2 + x3 + + xn x nANGLO VESTIBULARES

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A mdia aritmtica das idades de um grupo de 40 pessoas 22 anos. A mdia aritmtica das idades das mulheres desse grupo 20 anos, e a das idades dos homens 25 anos. O nmero de mulheres igual a: A) 20 B) 24 C) 25 D) 28 E) 30 Resoluo Sendo x o nmero de mulheres, temos: x 20 + (40 x) 25 = 22 40

Para medir ngulos horizontais e verticais, os topgrafos contemporneos contam com um instrumento bastante caro, denominado teodolito, que est representado na figura a seguir:estaca

teod

olito

20x + 1000 25x = 880 5x = 120 x = 24

Resposta: B

Questo 21 Uma balana de dois pratos est em equilbrio, havendo num dos pratos bolinhas verdes com massas iguais e, no outro, bolinhas azuis com massas iguais, tais que a massa de uma bolinha verde o dobro da massa de uma azul. Se passarmos 2 bolinhas verdes para o outro prato, quantas bolinhas azuis precisaremos colocar no prato das verdes para restituirmos o equilbrio? A) 2 B) 1 C) 4 D) 8 E) 5 Resoluo Como a massa de cada bolinha verde o dobro da massa de cada azul, ento o nmero de bolinhas azuis o dobro do de verdes.verdes (n) azuis (2n)

Um topgrafo precisava medir a largura de um trecho de um rio com guas nada calmas e com margens paralelas, bem distantes entre si. No local, ele iniciou o esboo seguinte, cotado em metros, como sendo uma vista superior da situao. Note que esto indicados os pontos A e B numa mesma margem, distantes 120 m um do outro, e uma rvore C, referncia na outra margem:C margem

margem A 120 B

O topgrafo fixou uma estaca em cada um dos pontos A e B. A seguir, centrou o teodolito em A, mirou a rvore C e mediu BAC = 75. Ainda centrou o teodolito em B,

mirou a rvore C e mediu CBA = 30. Assim, ele completou o esboo e constatou que o rio tem de largura, em metros: A) 40 D) 70 B) 50 E) 80 C) 60Resoluo Do enunciado, temos a figura, cotada em metros, em que l a medida pedida:C 75 30 margem

Passando duas bolinhas verdes para o outro prato, a diferena entre o nmero de bolinhas dos pratos ser de 4 verdes. Portanto devemos colocar 8 azuis no prato das verdes. Resposta: D

Questo 2275

Arte e tcnica so igualmente necessrias para os profissionais que se dedicam Topografia, que a representao grfica das formas e dos detalhes, naturais ou artificiais, de uma determinada regio da superfcie terrestre. No de hoje que os topgrafos se destacam na construo de edificaes, estradas e barragens: h indcios arqueolgicos de que os povos antigos j faziam uso das bases da Topografia. As pirmides, por exemplo, so uma prova de que os antigos egpcios podiam executar medidas com boa exatido.SIMULADO ENEM/2009

30 120

60 B

margem

A

No tringulo ABC, sendo A = C = 75, podemos concluir que AB = BC = 120. No tringulo retngulo BDC, temos: BD 1 = l l = 60 sen30 = 120 BC 2 Resposta: C7ANGLO VESTIBULARES

Utilize as informaes seguintes para responder aos testes de 23 a 25. Entre os diversos tipos de brcolis, um dos mais sofisticados, pelo seu aspecto e sabor, o romanesco, originrio da Itlia. Note que, na foto abaixo, a parte destacada semelhante ao prprio brcolis romanesco e que mesmo as menores partes dele so semelhantes entre si. Essa repetio de padres muito comum na Natureza.

Figura II

Figura III

A Geometria Fractal (do latim fractus, fracionado, quebrado) uma parte da Matemtica que estuda, entre outras coisas, a repetio de padres. Um fractal pode ser imaginado como uma figura constituda por figuras que se repetem indefinidamente Observe a seguir o tringulo de Sierpinski, um fractal idealizado pelo matemtico polons Waclaw Sierpinski (1882-1969), em que a parte destacada semelhante ao todo:

A figura II surgiu tomando-se os pontos mdios dos lados do tringulo eqiltero de superfcie branca da figura I. A figura III surgiu tomando-se os pontos mdios dos lados dos tringulos eqilteros de superfcies brancas da figura II. Note que, quando se tomam os pontos mdios dos lados de um tringulo eqiltero de superfcie branca, surge bem no seu centro um tringulo eqiltero de superfcie preta. Desse modo, esse processo pode ser repetido vrias vezes, indefinidamente, criando as figuras IV, V, , que ainda no foram desenhadas.

8

Questo 23 Entre as alternativas seguintes, a que melhor representa a figura IV, que no foi desenhada aqui, : A)

Considere as figuras seguintes.Figura I

B)

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C)

D) Resposta: C

Figura IV

E) Resoluo De acordo com o texto, ao se tomarem os pontos mdios dos lados dos tringulos eqilteros de superfcies brancas da figura III, surgir a figura IV, cuja representao est na alternativa C. Observe:

Questo 24 Sendo X a rea do tringulo eqiltero de superfcie branca da figura I, a rea da superfcie preta na figura III igual a: A) B) C) D) E) X 2 2X 3 7X 16 9X 16 4X 9

Resoluo Sendo S a rea de um tringulo eqiltero de superfcie branca da figura III, do enunciado temos a figura em que os tringulos de rea S so congruentes:

S S S S

S S S S S S S

S S S S S

Logo, X = 16S

S=

X (I) 16

Figura III em transformao

Assim, sendo P a rea pedida, temos que P = 7S (II) 7X De (I) e (II) resulta que P = . 16 Resposta: C9ANGLO VESTIBULARES

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Questo 25 Dentre as alternativas seguintes, a que melhor representa o nmero de tringulos eqilteros de superfcies brancas na figura V, que no foi desenhada no texto, : A) 27 B) 32 C) 36 D) 54 E) 81

Resoluo De acordo com o texto, podemos observar que os nmeros de tringulos eqilteros de superfcies brancas das figuras I, II, III, IV, formam a P.G. (1, 3, 9, ) de razo 3. Sendo a5 o nmero pedido, temos: a5 = a1 q4 a5 = 1 34 Resposta: E

a5 = 81

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US E N LG S C P2 CI N IAS HU ANA E S A T C O O IAS MQuesto 26 Aps a Segunda Guerra Mundial, a corrida armamentista ampliou o nmero de pases que possuam armas atmicas. Para conter esse processo foi assinado, em 1968, o TNP (Tratado de No-Proliferao de Armas Nucleares), por meio do qual os pases possuidores de armas atmicas (EUA, URSS, Reino Unido, Frana e China) se comprometeram a elimin-las totalmente. Em contrapartida, os pases que no as possuam abririam mo de desenvolv-las, mas resguardando o direito de fazer pesquisas e usos pacficos da energia atmica. O TNP no teve adeso da ndia, do Paquisto e de Israel, que logo desenvolveram suas armas nucleares. No incio de 2008, os pases do clube atmico eram os seguintes: OGIVAS NUCLEARES Pas Total EUA 4.075 Rssia 5.189 RU 185 Frana 348 China 176 ndia 70 Paquisto 60 Israel 80 Total 10.183Fonte: SIPRI. Yearbook 2008. Estocolmo 2009.

Podemos afirmar que: A) todos os pases que possuem armas atmicas no so signatrios do TNP. B) ndia, Paquisto e Israel tm ogivas nucleares, mas seu objetivo o uso pacfico da energia atmica. C) a Coria do Norte no assinou o TNP porque j possua armas atmicas. D) o Ir precisa retirar-se do TNP, j que est desenvolvendo o ciclo atmico completo. E) o Ir, ao contrrio da Coria do Norte, faz parte do TNP e por isso pode desenvolver o uso de energia atmica para fins pacficos. Resoluo Com base nas informaes histricas e geopolticas fornecidas, verifica-se que o Ir e a Coria do Sul esto em posies diferentes frente questo atmica. O Ir, como membro do TNP, pode desenvolver o ciclo atmico para fins pacficos, embora sujeito a inspees da AIEA (Agncia Internacional de Energia Atmica). J a Coria do Norte, que se retirou do TNP, coloca-se na posio de pas que tem a inteno de produzir armas atmicas, como ndia, Paquisto e Israel, mostrados na tabela. As demais alternativas esto erradas porque: A) EUA, URSS, Reino Unido, Frana e China so signatrios do TNP e j possuam armas atmicas quando assinaram o tratado. B) se ndia, Paquisto e Israel tm ogivas nucleares, no se pode afirmar que seu objetivo seja o uso pacfico da energia atmica. C) a Coria do Norte assinou o TNP em 1968, no possua ainda armas atmicas e posteriormente retirouse do tratado para desenvolv-las. D) o Ir no precisa se retirar do TNP, j que o tratado prev a possibilidade de desenvolvimento do ciclo atmico completo para fins pacficos. Resposta: E

Ainda com relao a essa questo geopoltica, leia estas notcias: Texto I Recentemente a Coria do Norte retirou-se do TNP, realizou seu primeiro teste nuclear e, em abril de 2009, lanou um foguete que, segundo eles, faz parte de um teste para colocar satlites em rbita. A comunidade internacional acredita que, na verdade, o pas esteja desenvolvendo testes para lanamento de msseis de longo alcance e pressiona pelo fim do desenvolvimento do ciclo atmico no pas.(Adaptado da Agncia Estado, 12 de abril de 2009.)

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Questo 27 Leia os seguintes trechos de documentos: Decreto do Governo Provisrio de 11/11/1930: Art. 2 confirmada, para todos os efeitos, a dissoluo do Congresso Nacional, das atuais Assemblias Legislativas dos Estados (), Cmaras ou Assemblias Municipais e quaisquer outros rgos legislativos ou deliberativos existentes nos Estados, nos municpios, no Distrito Federal ou territrio do Acre e dissolvidos os que ainda no tenham sido de fato. Art. 5 Ficam suspensas as garantias constitucionais e excludos apreciao judicial os decretos e atos do governo provisrio ou dos interventores federais, praticados na conformidade da presente lei ou de suas modificaes ulteriores.

Texto II O Ir planeja obter a tecnologia necessria para fazer parte do exclusivo grupo de pases capazes de construir e desenvolver reatores nucleares, disse o subdiretor da Organizao Iraniana para a Energia Atmica. Ele anunciou ter completado o ciclo de produo de combustvel nuclear e negou mais uma vez a inteno de desenvolver um arsenal nuclear, afirmando que seu programa atmico se destina apenas gerao de eletricidade.(Adaptado de EFE, 13 de abril de 2009.)

SIMULADO ENEM/2009

ANGLO VESTIBULARES

Ato Institucional n 5 de 13/12/1968: Art. 2 O Presidente da Repblica poder decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assemblias Legislativas e das Cmaras de Vereadores por Ato Complementar em estado de stio ou fora dele, s voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da Repblica. Art. 11 Excluem-se de qualquer apreciao judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos. Os artigos selecionados nos dois instrumentos autoritrios de governo, de 1930 e de 1968, no Brasil, demonstraram especificamente qual caracterstica dos regimes vigentes em ambas as pocas? A) Desprezo pelo sistema representativo baseado em eleies livres, diretas e secretas. B) Organizao de um aparato repressivo voltado perseguio, priso e tortura dos opositores. C) Menosprezo ao princpio republicano liberal da autonomia dos trs poderes. D) Criao de um amparo legal censura e controle dos rgos de comunicao social. E) Desmantelamento do Estado federativo, substitudo pelo Estado unitarista. Resoluo Os artigos 2 de ambos os documentos permitem constatar a submisso imposta pelo Poder Executivo ao Legislativo, enquanto os demais artigos denotam o cerceamento imposto ao Poder Judicirio. Resposta: C

Sobre esse processo, correto afirmar-se que: A) em todos os estados amaznicos o desmatamento aumentou no perodo analisado. B) dos sete estados representados, o Tocantins foi o nico em que o desmatamento diminuiu em todos os anos analisados. C) o estado de Mato Grosso teve um grande crescimento do desmatamento em seu territrio, mas ele no faz parte da Amaznia, por se encontrar na Regio Centro-Oeste. D) o estado do Par se caracteriza por ser tambm uma rea de grande desmatamento, chegando a se igualar ao Mato Grosso no ano de 2002. E) embora o desmatamento em Rondnia, em termos absolutos, no tenha crescido muito, seu crescimento relativo foi o maior de todos. Resoluo Utilizando a escala de tempo apresentada no grfico para descrever as transformaes no espao geogrfico amaznico, possvel apenas afirmar que o estado do Par sofreu um grande processo de desmatamento no perodo e chegou a se igualar ao Mato Grosso no ano de 2002. Resposta: D

Questo 29 (UEL) Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi implantado, no exame vestibular, o sistema de cotas raciais, que desencadeou uma srie de discusses sobre a validade de tal medida, bem como sobre a existncia ou no do racismo no Brasil, tema que permanece como uma das grandes questes das Cincias Sociais no pas. Roger Bastide e Florestan Fernandes, escrevendo sobre a escravido, revelam traos essenciais do racismo brasileira, observando que: Negro equivalia a indivduo privado de autonomia e liberdade; escravo correspondia (em particular do sculo XVIII em diante) a indivduo de cor. Da a dupla proibio, que pesava sobre o negro e o mulato: o acesso a papis sociais que pressupunham regalias e direitos lhes era simultaneamente vedado pela condio social e pela cor.(BASTIDE, R. e FERNANDES, F. Brancos e negros em So Paulo. 2 ed. So Paulo: Nacional, 1959, p. 113-114.)

Questo 28 Observe o grfico abaixo, que retrata um dos mais graves problemas ambientais do Brasil: o desmatamento na Amaznia.EVOLUO DA TAXA DE DESMATAMENTO NA AMAZNIA (EM km2) (fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)

2004

2003

2002

2001 0 2000 Acre 4000 6000 8000 10000 12000 14000

Amap Maranho Mato Grosso Par Rondnia Tocantins

Fonte: http://www.ecoinforme.com.br/main_noticia.asp?id_noticia= 317&id_tipo_noticia=4&id_secao=106, Acesso em 5/4/09.

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a questo racial no Brasil, correto afirmar: A) O racismo produto de aes sociais isoladas, desconectadas dos conflitos ocorridos entre os grupos tnicos. B) A escravatura amena e a democracia nas relaes tnicas levaram elaborao de um racismo brando. C) As oportunidades sociais esto abertas a todos que se esforam e independem da cor do indivduo. D) Nas relaes sociais, a cor da pessoa tomada como indicador de posio social. E) O comportamento racista vai deixando de existir, paulatinamente, a partir da abolio dos escravos.12ANGLO VESTIBULARES

SIMULADO ENEM/2009

Resoluo O racismo compe uma das mais arraigadas heranas dos perodos colonial e monrquico de nossa histria. A escravido daqueles tempos fez do negro um smbolo do envilecimento do trabalho e da pobreza, para exortao do branco como ser superior e naturalmente dominante Resposta: D

Resoluo Confrontando as interpretaes e pontos de vista apresentados vemos que a proposta de Giuliani (texto I) de que previses relativamente precisas podem ser feitas pelo novo mtodo considerao com a qual no concorda Boschi que, segundo o texto II, afirma ter ele errado nos trs elementos necessrios para que uma previso seja correta. As demais alternativas esto erradas porque: A) o texto I no afirma que o mtodo de Giuliani seja olfativo, o que no permite concluir que ele no seja cientfico. B) Giuliani no apresentou nenhuma proposta, e quem afirma serem necessrias trs variveis para uma previso segura Boschi. C) Giuliani usou um mtodo cientfico baseado na elevao da concentrao de radnio. D) no se afirma, no texto I, que Giuliani faz previses mensais sobre terremotos e que elas so sempre erradas, e Boschi no disse que sismos so imprevisveis. Resposta: E

Questo 30 No dia 6 de abril de 2009 ocorreu na cidade histrica de LAquila (Itlia) um terremoto com escala de 6.3, matando mais de 270 pessoas e ferindo outras 1.100. Nos dias posteriores ao fato, divulgaram-se na imprensa as seguintes interpretaes: Texto I O sismlogo Gioacchino Giuliani alertou que haveria um grande sismo na regio, baseado em medies de elevao da concentrao de radnio, um gs radioativo raro em estado livre na atmosfera. Segundo ele, antes de erupes, movimentos no interior da crosta terrestre podem liberar grandes quantidades desse gs, indicando a iminncia de um grande sismo. Usando um carro com alto-falantes, ele chegou a pedir a evacuao do local, mas foi denunciado polcia e ameaado de priso, sob a acusao de levar pnico populao.Adaptado de La Reppublica, 12 de abril de 2009.

Questo 31PIRATAS DO TIET - LAERTE

TENHO UMA TEORIA.

Texto II O presidente do Instituto Nacional de Geofsica, Enzo Boschi, disse que uma previso, para ser eficaz, tem que apontar a magnitude do terremoto; a rea que ser atingida; e a data de sua ocorrncia. A previso de Giuliani falhou nos trs elementos. O problema real da Itlia que temos terremotos, mas depois esquecemos e no fazemos nada. No faz parte da nossa cultura tomar precaues ou construir de modo adequado em reas onde pode haver grandes terremotos, disse.Adaptado de Reuters, 14 de abril de 2009.

EU TAMBM.

A SUA EST GANHANDO!

ELA TEM PRTICA.

Baseados nos textos, podemos concluir que: A) por mais apurado que seja o olfato de Giuliani, ele usa um mtodo no cientfico, o que d razo a Boschi, que exige o acerto da magnitude, rea e data do evento. B) a proposta de Giuliani construir um sistema de preveno seguro, baseado em trs variveis, mas Boschi acha que o pas estaria mais seguro com uma reforma das leis de construo civil. C) Giuliani no usou um mtodo cientfico, mas Boschi concordou com ele sobre a necessidade de precaues e previses mais seguras de sismos. D) Giuliani conhecido por suas previses mensais sobre terremotos, sempre erradas, o que permite deduzir que Boschi est certo sobre a imprevisibilidade desses fenmenos. E) Giuliani pode ter uma nova forma de prever terremotos, mas Boschi acha que ele est errado, sendo melhor se construir bem, para reduzir os efeitos dos sismos.SIMULADO ENEM/2009

(Extrado da Folha de S. Paulo, 23/04/09, p. E13)

O humor da tirinha decorre: A) da sugesto de que a materialidade das idias permite seu confronto, que no apresenta resultado devido ao carter relativo da verdade. B) de um jogo de palavras entre teoria e prtica, sugerindo que uma teoria superior outra por estar mais vinculada prtica. C) da sugesto de que as teorias so como objetos materiais, no cabendo uma comparao entre elas e muito menos uma oposio. D) da idia de que a prtica uma atividade desvinculada da teoria, pois esta extrai seu substrato apenas e to-somente da atividade pura do pensamento. E) de um jogo de palavras entre teoria e prtica, sugerindo que uma teoria superior a outra por estar mais distante da prtica.13ANGLO VESTIBULARES

Resoluo Ao apresentar figurativamente o confronto entre duas teorias, afirma-se a vitria de uma por sua melhor adaptao prtica. H aqui uma discreta referncia ao marxismo, cujo fundador rejeitava qualquer separao mais profunda entre teoria e prtica. Resposta: B

Resoluo As duas faixas inferiores de renda at 5 salrios mnimos confirmam a alternativa, assim como apenas a maioria com escolaridade superior se posiciona contra a obrigatoriedade do voto na comparao com os entrevistados de nveis fundamental e mdio. Resposta: C

Contra 51 Indiferente 50 45 53 43 44 3set/1998

Questo 32 Em recente pesquisa realizada pelo Instituto DATAFOLHA a respeito da opinio dos brasileiros sobre o voto obrigatrio, constatou-se que a maioria dos pesquisados se posiciona a favor da obrigatoriedade. Observe a distribuio dos entrevistados segundo a estratificao social, nas tabelas abaixo, e aponte a afirmativa correta:A favor 53 42

Questo 33 Uma cano de autoria desconhecida assim se referia Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro em 1904: Bem no brao do Z Povo Chega o tipo e logo vai Enfiando aquele troo A lanceta e tudo o mais Mas a lei manda que o povo E o coitado do fregus V gemendo na vacina Ou ento v pro xadrez. E os doutores da higiene Vo deitando logo a mo Sem saberem se o sujeito Quer levar o ferro ou no Seja moo ou seja velho Ou mulatinha que tem visgo Homem srio, tudo, tudo, Leva ferro que servido. Aponte a crtica mais explcita contida nos versos: A) A vacinao obrigatria era muito cara para as posses da maioria da populao. B) Foi autoritarismo do governo obrigar a populao a vacinar-se sem fornecer esclarecimentos prvios sobre a vacina. C) A vacinao era feita sem os mnimos cuidados com a higiene. D) A vacinao priorizava os mais velhos, desprezando a populao jovem. E) Os mdicos tinham preconceito contra os mais pobres, negros e mestios. Resoluo A cano denuncia a truculncia da vacinao obrigatria, imposta por lei e sob a ameaa de priso aos infratores. Deixa clara ainda a prtica do saneamento forado, sem uma campanha de esclarecimento populao carioca. Resposta: B

3ago/1994

4ago/2006

3dez/2008

ESTRATIFICAOApoio ao voto obrigatrio Maioria a favor IDADE 16 a 24 25 a 34 35 a 44 45 a 59 60 ou mais Maioria contra Contra 38 42 50 48 38

A favor 59 55 48 49 53

ESCOLARIDADE Fundamental 58 51 Mdio Superior 38 RENDA FAMILIAR At 2 SM 60 De 2 a 5 SM 50 De 5 a 10 SM 40 Mais de 10 SM 44

37 46 59

35 46 59 54

Fonte: Folha de S. Paulo, 25/01/09

Questo 34 (UEL) Depois de viajar nas alturas durante toda a campanha eleitoral do ano passado e resistir bravamente em alta durante o comeo do governo Lula, o dlar finalmente comeou a voltar a seu valor de equilbrio, aquele em que reflete as condies econmicas do pas sem os sustos especulativos das eleies e outros terremotos emocionais que os mercados usam com maestria para obter lucros.(O dlar baixa a crista. Veja So Paulo, v. 36, n.17, p. 108, 30 abr. 2003.)

A) Os mais jovens e com escolaridade superior so contra o voto obrigatrio. B) Quanto menor a escolaridade e mais alta a renda familiar, maior a oposio ao voto obrigatrio. C) Os de mais baixa renda familiar e escolaridade apiam majoritariamente a obrigatoriedade do voto. D) A populao de meia idade amplamente contra o voto obrigatrio. E) Quanto mais jovem e mais alta a renda familiar, maior o apoio ao voto obrigatrio.SIMULADO ENEM/2009

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O texto expressa fenmenos tpicos da sociedade capitalista: fetichismo e alienao. Sobre esses fenmenos, considere as seguintes afirmativas. I. Na situao apresentada, eles integram um processo que, nesse caso, sujeita o capital financeiro a um comportamento racional cuja conseqncia a alocao tima de recursos. II. So fenmenos sociais nos quais as mercadorias e o capital aparecem s pessoas como possuidores de vida prpria. III. So fenmenos que, na situao apresentada, revelam a insensibilidade dos agentes econmicos s influncias da esfera poltica e aos eventos de carter psicossocial. IV. So fenmenos nos quais os homens, a exemplo da situao apresentada, no se reconhecem nas obras que criaram e deixam-se governar por elas. As afirmativas que sintetizam de forma correta as anlises sobre esses fenmenos so: A) I e II. D) I, III, IV. B) I e III. E) II, III, IV. C) II e IV. Resoluo Dentre as preocupaes recorrentes da Sociologia, destaca-se a questo da alienao e da fetichizao da realidade como fenmeno contemporneo. A mistificao das relaes sociais, reproduzida pela socializao das geraes, parece atribuir vida prpria e vontades s coisas, que assim parecem distanciar-se dos homens, seus verdadeiros criadores. O dinheiro, em particular, encarna esse papel, parecendo aos indivduos como possuidor de valor prprio, e no como a mera conveno social que concretamente . Resposta: C Texto para as questes de 35 a 37 Certamente, se formos julgar a rvore plantada por Scrates e regada por Plato por suas flores e folhas, ela ser a mais nobre das rvores. Mas se adotarmos o simples teste de Bacon para a julgarmos pelos seus frutos, ento nossa opinio sobre ela poder ser menos favorvel. Quando resumimos todas as verdades teis que devemos a essa filosofia, qual a sua importncia? Descobrimos, na realidade, provas abundantes de que alguns homens que a cultivaram eram de primeira ordem e intelecto. Encontramos, entre seus escritos, incomparveis exemplos de arte dialtica e retrica. No temos dvidas de que as antigas controvrsias eram teis, medida que serviam para exercitar a faculdade dos competidores; pois no h controvrsia mais incua que no possa ter alguma utilidade nesse aspecto. Mas, quando procuramos alguma coisa a mais, algo que acrescente algum conforto ou alivie as calamidades da raa humana, somos obrigados a nos confessar desapontados. Vemonos forados a dizer, como Bacon, que essa celebrada filosofia terminou em nada mais que disputas, e que ela no foi nem a viticultura nem a plantao de oliveiras, mas sim um intrincado bosque de espinhos, dos quais os que ali se perderam s trouxeram muitos arranhes e nenhum alimento.(T. Macauley, Critical and Historical Essays. Traduo livre)SIMULADO ENEM/2009

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Questo 35 O texto faz uma crtica ao pensamento de Plato (e sua base socrtica), usando como argumento as idias de Francis Bacon. Da sua leitura, percebe-se que, para Bacon, a funo da filosofia : A) estabelecer critrios precisos para distinguir o falso do verdadeiro. B) apresentar resultados prticos e utilitrios para a sociedade. C) criar um mecanismo prtico para a obteno da verdade a partir de postulados e demonstraes. D) definir normas de comportamento ticas, que possam nortear a vida em sociedade. E) oferecer ferramentas para uma argumentao de sucesso em caso de disputa retrica. Resoluo As palavras teis e utilidade se repetem no texto, bem como a referncia a algo que acrescente algum conforto ou alivie as calamidades da raa humana. De fato, para o utilitarismo de Francis Bacon, um edifcio terico como o que foi construdo por Plato era desprovido de sentido. Resposta: B

Questo 36 De acordo com o texto, a principal utilidade do platonismo est em: A) desenvolver um conhecimento prtico que possa melhorar a vida dos homens. B) servir para justificar e legitimar o regime poltico democrtico. C) ajudar a desenvolver a retrica, instrumento para obteno do conhecimento verdadeiro. D) fornecer ferramentas para aliviar calamidades e aumentar o conforto humano. E) exercitar as mentes dos competidores no caso de controvrsias. Resoluo Est explcito na seguinte passagem do texto: No temos dvidas de que as antigas controvrsias eram teis, medida que serviram para exercitar as faculdades dos competidores; pois no h controvrsia mais incua que no possa ter alguma utilidade nesse aspecto. Resposta: E

Questo 37 A expresso rvore plantada por Scrates e regada por Plato faz uma referncia: A) releitura medieval da obra de Scrates feita por Plato, a partir de textos preservados no Imprio Bizantino. B) ao fato de que Plato, ao dar continuidade obra de Scrates, inverteu alguns de seus princpios, conforme mostra o confronto entre os textos dos dois mestres.ANGLO VESTIBULARES

C) ao fato de que Plato foi discpulo e seguidor de Scrates, que aparece como personagem em inmeros dilogos platnicos. D) irnica ao fato de que o seguidor de Scrates foi Aristteles, no havendo qualquer ligao entre aquele e Plato. E) s Guerras Mdicas, que resultaram na destruio de Atenas e na perda do conhecimento socrtico, reinventado por Plato anos depois. Resoluo Plato foi discpulo de Scrates, que no deixou nenhum texto escrito, tendo sempre dado preferncia aos dilogos com cidados em suas andanas pela polis de Atenas. Aps a morte do mestre, Plato colocou-o como personagem em inmeros dilogos, apresentando suas idias e aprofundando-as. Este o sentido da rvore regada por Plato. Resposta: C

Questo 39 A discusso sobre os efeitos do aquecimento global e a necessidade de buscar alternativas que substituam os combustveis derivados do petrleo revalorizou a produo do lcool-combustvel. Como o Brasil o maior produtor e exportador de etanol combustvel do mundo, essa retomada deve implicar novas fronteiras agrcolas em nosso territrio. Essa a grande questo. Para alguns, essa expanso no trar conseqncias graves para o ambiente, pois h uma grande disponibilidade de terras ociosas (reas de lavouras e de pastagens, atualmente desocupadas ou subutilizadas), que podem permitir o aumento da produo de cana, sem a necessidade de desmatamentos, seja na Amaznia, seja nas regies de cerrado e pantanal. Para outros, no entanto, pode ocorrer um fenmeno em cadeia, pois a expanso da cana-de-acar no Sudeste seria acompanhada da expanso da soja no Centro-Oeste e da pecuria no Norte, ou seja, a expanso da fronteira agrcola no Brasil sofreria forte acelerao, implicando maiores taxas de converso, tanto do cerrado como da floresta amaznica, em reas de produo agrcola. Segundo essas informaes, possvel concluir que: A) a produo de etanol um dos mais srios problemas relacionados ao uso do solo no Brasil e para o qual no h uma soluo vivel. B) o plantio da cana-de-acar exige, necessariamente, solos muito frteis, que s podem ser encontrados em reas de matas nativas, como a Amaznia. C) a questo do aquecimento global extremamente sria, e no possvel evitar a devastao de uma parte da vegetao brasileira para diminuir a emisso de poluentes na queima de derivados de petrleo. D) o problema da expanso da cana est na perspectiva de se destrurem reas de vegetao nativa, que podero ser preservadas se o plantio se fizer em reas atualmente subutilizadas. E) o etanol, na verdade, a nica possibilidade que temos de produzir energia limpa, mesmo que isso custe a devastao de uma parcela de espaos vegetais, que, no contexto de extenso brasileira, representam muito pouco. Resoluo Confrontando as interpretaes e pontos de vista apresentados no texto, possvel afirmar que, se a expanso da cana se fizer em reas atualmente subutilizadas, pode-se evitar o problema da destruio de reas de vegetao nativa. Resposta: D Questo 40 Observe a tabela abaixo: Crescimento populacional nas 120 maiores cidades brasileiras 1980 1991 2000 Populao absoluta 62.390.783 80.885.091 96.951.317 Populao favelada 2.224.164 4.084.051 5.775.890 N de favelas 476.292 943.667 1.488.779Fonte: IPEA, 2006.

Questo 38 No navio em que samos de Angola () conheci um velho que afirmava ter sido amigo de meu pai. Ele recordou-me que na nossa lngua (e em quase todas as outras lnguas da frica ocidental) o mar tem o mesmo nome que a morte: Calunga. Para a maior parte dos escravos, portanto, aquela jornada era uma passagem atravs da morte.(Jos Eduardo Agualusa, Nao Crioula)

O fragmento acima refere-se a um aspecto da tradio cultural da frica ocidental, que os contingentes de escravos trazidos para o Brasil trouxeram consigo. Trata-se da idia de que: A) a escravido era considerada de uma forma positiva, havendo seitas msticas que viam no cativeiro uma possibilidade de renascimento. B) a tradio catlica foi incorporada pelos africanos, comparando-se a travessia do Atlntico com o episdio bblico do xodo. C) a escravido era impossvel na frica, local de vida, sendo apenas tolerada pelos africanos na Amrica. D) a vida deixada na frica era a nica vida possvel, sendo a travessia do Atlntico j considerada uma morte. E) a influncia islmica na frica negra via na Amrica local de ressurreio, equivalente ao paraso muulmano. Resoluo O sentido da palavra calunga (existente no quimbundo e em outras lnguas africanas ocidentais) reflete uma viso de mundo segundo a qual a experincia martima era impossvel, sendo identificada com a morte assim, a frica era tida como o nico local onde a vida podia ser efetivamente vivida. Em seu romance Nao Crioula, o escritor angolano Jos Eduardo Agualusa parte dessa constatao para justificar a relativa passividade com que alguns africanos aceitavam a escravido na Amrica: por pior que fosse, a existncia na Amrica ainda seria considerada uma sobrevida (o que no impediu, evidentemente, revoltas contra tal estado de coisas). Resposta: DSIMULADO ENEM/2009

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Analise os dados e escolha a alternativa que apresenta uma interpretao correta do que est representado. A) A populao absoluta das 120 maiores cidades brasileiras, no perodo, aumentou menos de 30%, portanto em um ritmo muito lento. B) O aumento da populao dessas cidades no perodo 1980-1991 foi muito menor que no perodo 19912000. C) O total de populao favelada nesse grupo de cidades, em 1980, representava quase 10% do total da sua populao absoluta. D) O aumento da populao favelada, no perodo de 1980 a 2000, ocorreu em ritmo muito menor que o aumento da populao absoluta dessas cidades. E) O nmero de favelas no conjunto dessas 120 cidades, no ano 2000, era cerca de 3 vezes maior que em 1980.

Resoluo Gerada pela evoluo do capitalismo, sobretudo a partir da Revoluo Industrial e seus efeitos, a Sociologia tem procurado decifrar causas e caractersticas dos fenmenos sociais contemporneos com base em mtodos cientficos, desenvolvidos pelo pensamento produzido pelas tcnicas de pesquisa. Resposta: B

Questo 42 Vinte e cinco anos depois da Campanha pelas Diretas J, apenas 35% dos brasileiros sabem exatamente o que foi aquela mobilizao popular no pas. Esse foi o resultado de uma pesquisa do DATAFOLHA que aferiu tambm a opinio pblica sobre os limites de poder do governo. Observe os resultados e identifique uma concluso correta:VOC J OUVIU FALAR DAS DIRETAS-J? Resposta estimulada e nica, em % OUVIU FALAR NUNCA OUVIU FALAR

Resoluo Utilizando a escala de tempo apresentada na tabela para descrever as variaes populacionais e as modificaes no espao geogrfico das 120 maiores cidades brasileiras, possvel apenas afirmar que o nmero de favelas nessas cidades, no ano 2000 (1.488.779), era cerca de 3 vezes maior que em 1980 (476.292). Resposta: E

57

43

Questo 417 28Considera-se mais ou menos informado

21Considera-se mal informado

(UEL) A Sociologia uma cincia moderna, que surgiu e se desenvolveu junto com o avano do capitalismo. Nesse sentido, reflete suas principais transformaes e procura desvendar os dilemas sociais por ele produzidos. Sobre a emergncia da Sociologia, considere as afirmativas a seguir. I. A Sociologia tem como principal referncia a explicao teolgica sobre os problemas sociais decorrentes da industrializao, tais como a pobreza, a desigualdade social e a concentrao populacional nos centros urbanos. II. A Sociologia produto da Revoluo Industrial, sendo chamada de cincia da crise, por refletir sobre a transformao de formas tradicionais de existncia social, bem como sobre as mudanas decorrentes da urbanizao e da industrializao. III. A emergncia da Sociologia s pode ser compreendida se for observada sua correspondncia com o cientificismo europeu e com a crena no poder da razo e da observao, enquanto recursos de produo do conhecimento. IV. A Sociologia surge como uma tentativa de romper com as tcnicas e mtodos das cincias naturais, na anlise dos problemas sociais decorrentes das reminiscncias do modo de produo feudal. Esto corretas apenas as afirmativas: A) I e III. B) II e III. C) II e IV. D) I, II e IV. E) I, III e IV.SIMULADO ENEM/2009

Considera-se bem informado

O QUE FOI O MOVIMENTO DAS DIRETAS-J? Resposta espontnea e nica, em %Manifestaes por eleies diretas Impeachment do presidente Movimento pela democracia Campanha contra o regime militar Movimento estudantil pr voto direto Movimento estudantil dos caras pintadas

35 5 5 2 1 1

O GOVERNO DEVE TER O DIREITO DE Resposta estimulada e nica, em %Concorda Indiferente Discorda No sabe

Proibir greves

30 5

62 3

Intervir em sindicatos

33 6

55 6

Proibir a existncia de um partido

20 6

69 6

Censurar jornais, TVs e rdios

18 5

73 4

Fechar o Congresso Nacional

14 6

74 7Fonte: Folha de S. Paulo, 25/01/09

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Repblica Democrtica do Congo 2,5 milhes 1996-

A) O desconhecimento da histria poltica explica o amplo apoio ao autoritarismo governamental. B) Quanto maior a desinformao poltica, maior o apoio ao regime ditatorial. C) Quanto mais distante no tempo, maior a influncia de um acontecimento na formao poltica da populao. D) Apesar da ampla desinformao sobre o passado recente, tambm amplo hoje o apoio ao regime democrtico. E) A vitria da Campanha das Diretas J, derrubando a ditadura militar, explica o apoio da maioria democracia no Brasil. Resoluo So majoritrios os grupos de entrevistados mal informados e de opositores a medidas autoritrias do governo. Resposta: D

Questo 44 Os dados do grfico a seguir referem-se ao nmero de mortos nas guerras mais letais acontecidas no mundo desde 1945.Coria 3 milhes 1950-53

Vietn 2 milhes 1965-76

Sudo 2 milhes 1955-

Afeganisto 2 milhes 1979-

Camboja 2 milhes 1975-98

Nigria 2 milhes 1967-70

Guerras mais letais Nmero de mortos desde 1945

Etipia 1,5 milhes 1962-91

Ruanda 1,3 milho 1959-

China 1 milho 1946-50

Questo 43 Leia o texto a seguir: As reservas ambientais na Amaznia realmente protegem a floresta contra queimadas? O estudo de um grupo de cientistas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, confirma que sim, mesmo quando essas reservas so cortadas por estradas () Nosso estudo comprovou que cerca de 90% das queimadas detectadas na Amaznia estavam a menos de 10 km de estradas (). No entanto, percebemos que h uma incidncia muito maior de incndios perto de estradas fora de reservas do que em seu interior.Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/ Acesso em 13/04/09.

Fonte: Smith, Dan. Atlas dos Conflitos Mundiais. 1 ed. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007, p. 38)

Segundo o texto, correto afirmar que: A) as reservas ambientais na Amaznia esto completamente protegidas contra incndios, porque nelas no se permite ocupao humana. B) o estudo dos cientistas norte-americanos confirma que a floresta amaznica est sendo intensamente devastada. C) a implantao de mais reservas ambientais na Amaznia servir para aumentar a proteo da floresta contra queimadas. D) a construo de estradas uma forma de impedir o processo de devastao da floresta na Amaznia, mesmo no interior das reservas. E) as queimadas ocorrem em todos os pontos da floresta, independendo de eles estarem dentro ou fora das reservas. Resoluo Analisando de forma quantitativa a situao-problema referente s queimadas nas reservas ambientais, percebe-se que elas ocorrem prximo das estradas, mas em maior nmero fora das reservas. Por isso, propor a implantao de mais reservas ambientais na Amaznia uma forma de interveno para reduzir o efeito da devastao ambiental, aumentando a proteo da floresta contra queimadas. Resposta: CSIMULADO ENEM/2009

Com base nessas informaes, pode-se afirmar que: A) o nmero maior de mortos concentrou-se nos pases desenvolvidos. B) no aconteceram conflitos na Europa nem na Amrica, no perodo mencionado. C) as guerras concentraram-se no Oriente Mdio, regio marcada por permanente instabilidade. D) o maior nmero de mortos concentrou-se nos pases da sia e da Oceania. E) as guerras que levaram ao maior nmero de mortes no perodo citado concentraram-se no continente africano. Resoluo Os pases que aparecem nesse conjunto de dados esto concentrados na sia e na frica. A soma do nmero de mortos nos pases africanos (Congo, Nigria, Sudo, Etipia, Ruanda e Moambique) maior que a soma do nmero de mortos dos pases asiticos. Resposta: E

Questo 45 O hispano-americano principia como uma justificao da independncia, mas se transforma quase imediatamente num projeto: a Amrica menos uma tradio a seguir que o futuro a se realizar. Projeto e utopia inseparveis do pensamento hispano-americano, desde o final do sculo XVIII at nossos dias.(Octavio Paz, Labirinto de Solido)

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Moambique 1 milho 1976-92

De acordo com o texto e levando em conta a formao dos estados latinos-americanos, pode-se afirmar que: A) a afimao sobre projeto e utopia vale apenas para o contexto histrico dos pases de origem espanhola, sendo tal trao cultural incompatvel com o contexto brasileiro. B) a permanncia das idias de projeto e utopia d aos estados latino-americanos uma forma incompleta, deslocando-se constantemente para o futuro a soluo de questes presentes. C) o projeto poltico republicano, presente no momento da independncia, continua sendo uma utopia nos estados hispano-americanos. D) ao se manifestar como um futuro a se realizar, o projeto nacional latino-americano no deixou espao para as velhas elites socioeconmicas, afastadas do contexto poltico j com as independncias. E) a tradio ibrica crist foi rompida com o desenvolvimento de uma idia que joga para o futuro o momento de redeno. Resoluo A idia apontada no texto bem conhecida por ns no Brasil, o pas do futuro. Se cada pas da Amrica Latina considerado um work in progress, facilita-se tremendamente o retardamento indefinido do combate a problemas cruciais, como, por exemplo, a misria, disseminada pelo continente. Mais uma vez, o exemplo brasileiro notvel, com o famoso princpio, que durante tanto tempo esteve em voga, de primeiro fazer o bolo crescer para depois distribu-lo. Resposta: B

Os textos acima: A) consideram que o crescimento do PIB sempre produz resultados benficos para a sociedade, na economia globalizada. B) se opem, pois o primeiro aponta um crescimento no PIB mundial, e o segundo, a m distribuio da riqueza. C) se opem, porque o primeiro considera que os padres de vida da classe mdia se ampliaram, e o segundo constata que tais benefcios favoreceram apenas aos mais pobres. D) embora com enfoques diversos, interpretam a realidade social ps-globalizao da mesma maneira. E) se complementam, entretanto interpretam a realidade social de maneiras diferentes.

Resoluo Os dois textos enfocam um mesmo perodo de maneiras diferentes. O primeiro considera que a recente onda de crescimento econmico criou riquezas e melhorou os nveis de vida em muitas naes. J de acordo com o segundo, as mudanas econmicas, se trouxeram um expressivo crescimento, no possibilitaram humanidade um mesmo padro de vida. Resposta: B

Questo 47 (UEL) A indstria cultural vende Cultura. Para vend-la, deve seduzir e agradar o consumidor. Para seduzi-lo e agrad-lo, no pode choc-lo, provoc-lo, faz-lo pensar, faz-lo ter informaes novas que perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova aparncia, o que ele sabe, j viu, j fez. A mdia o senso-comum cristalizado que a indstria cultural devolve com cara de coisa nova [...]. Dessa maneira, um conjunto de programas e publicaes que poderiam ter verdadeiro significado cultural tornam-se o contrrio da Cultura e de sua democratizao, pois se dirigem a um pblico transformado em massa inculta, infantil, desinformada e passiva.(CHAU, Marilena. Filosofia. 7 ed. So Paulo: tica, 2000. p.330-333.)

Questo 46 Textos para a questo 2 Texto 1 Os benefcios da expanso econmica nesta dcada foram amplamente distribudos. O PIB per capita mundial cresceu mais nos ltimos cinco anos que em qualquer qinqnio j registrado. Quase metade da humanidade, espalhada por mais de 40 naes, vive em pases cuja economia vem crescendo ao ritmo de 7% ou mais ao ano, um ndice que dobra o tamanho de uma economia em uma dcada. o dobro do nmero de naes que cresceram a essa velocidade entre 1980 e 2000 (). A estabilidade poltica e econmica, aliada ao crescimento econmico, facilitou o crescimento da classe mdia em vrios pases, elevando os padres de vida de muitos milhes de pessoas.(Norman Gall, Braudel Papers)

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre meios de comunicao e indstria cultural, considere as afirmativas a seguir. I. Por terem massificado seu pblico por meio da indstria cultural, os meios de comunicao vendem produtos homogeneizados. II. Os meios de comunicao vendem produtos culturais destitudos de matizes ideolgicos e polticos. III. No contexto da indstria cultural, por meio de processos de alienao de seu pblico, os meios de comunicao recriam o senso comum enquanto novidade. IV. Os produtos culturais com efetiva capacidade de democratizao da cultura perdem sua fora em funo do poder da indstria cultural na sociedade atual.19ANGLO VESTIBULARES

Texto 2 Durante os anos de 1980, de cada US$ 100 adicionados economia global, cerca de US$ 2,20 eram repassados para aqueles que estavam abaixo da linha de pobreza. Durante a dcada de 1990, esse valor passou para US$ 0,60. Essa desigualdade significa que, para que os pobres se tornem um pouco menos pobres, os ricos tm de ficar muito mais ricos.(Andrew Simms, New Economics Foundation)SIMULADO ENEM/2009

Esto corretas apenas as afirmativas: A) I e II. B) I e III. C) II e IV. D) I, III e IV. E) II, III e IV.

Questo 49 Segundo o Centro Nacional de Dados sobre a Neve e o Gelo (Universidade do Colorado-EUA), o degelo do rtico acelerou-se nas ltimas dcadas e pode causar uma sucesso de mudanas no planeta. O que se v um maior degelo no vero e um menor acmulo de gelo no inverno. O acmulo de gelo tem sido negativo desde 1979, ano em que teve incio o uso de satlites para a sua observao. Veja alguns dados relativos ao problema: MEDIES DA CALOTA POLAR1

Resoluo A autora faz aluso a um fenmeno marcante na realidade contempornea: a questo da produo cultural industrializada, massificada e alienante. Denuncia, assim, a utilizao fetichizadora da mdia a servio de interesses ideolgica e politicamente identificados (que no se relacionam com a Cultura, em suas variadas formas de expresso). Resposta: D

ANO 1979 1989 1999 2009

Extenso dos Parcela de gelo Parcela de geleiras gelos (km2) espesso2 sazonais3 16.100.000 15.990.000 15.650.000 15.200.000 27% 20% 15% 10% 40% 50% 60% 70%

Questo 48 Leia o texto: Isto nos leva imediatamente de volta natureza da alma: nesta, h por natureza uma parte que comanda e uma parte que comandada, s quais atribumos qualidades diferentes, ou seja, a qualidade do racional e a do irracional. () o mesmo princpio se aplica aos outros casos de comandante e comandado. Logo, h por natureza vrias classes de comandantes e comandados, pois de maneiras diferentes o homem livre comanda o escravo, o macho comanda a fmea e o homem comanda a criana. Todos possuem as diferentes partes da alma, mas possuem-nas diferentemente, pois o escravo no possui de forma alguma a faculdade de deliberar, enquanto a mulher a possui, mas sem autoridade plena, e a criana a tem, posto que ainda em formao.(Sfocles)

Traduzido e adaptado de Centro Nacional de Dados sobre a Neve e o Gelo e ICESat a NASA, 2009. 1. Medio no ms de fevereiro (inverno) 2. Acima de 274 centmetros 3. Derrete no vero seguinte

Com base nesses dados e nos conhecimentos sobre o assunto, s no podemos afirmar que: A) a reduo da rea do rtico indica menor volume de gelo, o que ir contribuir para a elevao do nvel dos oceanos. B) o aumento da parcela de gelo sazonal indica que, apesar do degelo, os invernos so mais rigorosos na regio. C) a reduo da parcela da camada de gelo espesso permite concluir que o volume total de gelo na regio est se reduzindo. D) o aumento da parcela de geleiras sazonais indica que os invernos esto mais amenos. E) os trs indicadores comprovam que os fenmenos naturais da regio esto sofrendo algum tipo de alterao.

Essas consideraes revelam: A) a concepo de igualdade que o grego antigo de Atenas tinha de toda a sociedade. B) em modelo de democracia que concedia a todos a condio de cidadania. C) a natureza submissa da mulher e do escravo na comunidade democrtica ateniense. D) a incluso da mulher e do escravo na mesma camada social. E) a xenofobia que pesava sobre a mulher e o escravo, considerados de natureza inferior.

Resoluo Os dados da tabela permitem reconhecer o carter no aleatrio dos fenmenos naturais relacionados ao problema do degelo do rtico. Continuamente o continente teve sua extenso de gelos reduzida, a parcela de gelos espessos tornou-se menor e a parcela de gelos sazonais aumentou. Os trs dados indicam que as temperaturas atmosfricas na regio esto se elevando, os invernos tornando-se mais curtos e mais amenos, e a quantidade de gelo acumulado, menor. Todos os dados confirmam alteraes, exceto os da alternativa B, que erra ao afirmar que o aumento da parcela de gelo sazonal indica invernos mais rigorosos, quando o que acontece o contrrio: a elevao da temperatura reduz os gelos permanentes e aumenta o sazonal. Resposta: B20ANGLO VESTIBULARES

Resoluo O texto de Sfocles evidencia a condio da mulher e do escravo na sociedade ateniense, mesmo no seu perodo democrtico. No entanto, vale lembrar que, embora fossem desprovidos de direitos de cidadania, a mulher e o escravo ocupavam posies sociais diferentes. Resposta: CSIMULADO ENEM/2009

Questo 50 Leia o texto e observe o grfico. A FUNCEME (Fundao Cearense de Meteorologia) analisou a temperatura dos oceanos e divulgou que a quadra chuvosa de 2009 deve ser boa. A expectativa de chuva dentro da mdia histrica e, em algumas regies, at acima da mdia. Pelo menos, o que diz um estudo feito pela FUNCEME sobre a previso do clima para os meses de fevereiro, maro, abril e maio.Fonte: http://tvverdesmares.com.br/bomdiaceara/2009. NMERO DE CASOS CONFIRMADOS DE DENGUE POR MS, NO CEAR, DE 2006 A 2009*16000

14000

12000

10000

8000

6000

4000

2000

0 Jan 2006 2007 2008 2009 820 743 1607 210 Fev 874 1217 2900 196 Mar 1511 2227 5370 1 Abr 2298 4013 14693 Mai 5242 4811 12845 Jun 5477 4249 4634 Jul 4276 2765 982 Ago 2458 1715 438 Set 972 1003 223 Out 642 916 261 Nov 768 757 212 Dez 231 610 79

* Dados sujeitos a reviso

Fonte: SESA/COPROM/NUVEP

Com base no texto e no grfico, coerente se afirmar que a maior concentrao de casos de dengue no Cear, nos meses de abril e maio, pode estar relacionada com: A) a maior concentrao de chuvas nesse perodo do ano, o que favorece a reproduo do mosquito transmissor. B) as maiores mdias trmicas do ano nesse perodo, o que faz com que as pessoas fiquem mais tempo fora de casa e tenham contato com a bactria. C) o fato de a populao, nessa poca do ano, estar com a sade mais fragilizada por causa das quedas na temperatura. D) a ocorrncia de longos perodos de estiagem durante o ano, o que favorece a ecloso dos ovos do mosquito, que s se reproduz em ambientes secos. E) a maior concentrao das chuvas nos meses da primavera e do vero, estimulando o consumo de bebidas mais quentes, o que favorece a reproduo do mosquito. Resoluo Analisando os fatores socioeconmicos e ambientais relacionados com a distribuio das chuvas durante o ano e associando-os s condies de vida e sade da populao cearense, possvel afirmar que a maior concentrao de chuvas nos meses de abril e maio favorece a reproduo do mosquito transmissor da dengue. Resposta: A

SIMULADO ENEM/2009

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US E N L G S - N U N P3 LI G AGE S, C I O E S A T C O O IA DG SQuesto 1 O texto a seguir foi extrado de um romance brasileiro. A partir de sua leitura, possvel extrair traos que permitam identificar o estilo literrio a que pertence. Assinale a alternativa que indique esses traos e a escola a que o trecho pode ser filiado. Caa a tarde. No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moa se embalanava indolentemente numa rede de palha presa aos ramos de uma accia silvestre, que estremecendo deixava cair algumas de suas flores midas e perfumadas. Os grandes olhos azuis, meio cerrados, s vezes se abriam languidamente como para se embeberem de luz, e abaixavam de novo as plpebras rosadas. Os lbios vermelhos e midos pareciam uma flor da gardnia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite; o hlito doce e ligeiro exalava-se formando um sorriso. Sua tez(1), alva e pura como um froco(2) de algodo, tingia-se nas faces de uns longes(3) cor-de-rosa, que iam, desmaiando, morrer no colo de linhas suaves e delicadas. O seu traje era do gosto mais mimoso e mais original que possvel conceber; mistura de luxo e simplicidade. Tinha sobre o vestido branco de cassa(4) um ligeiro saiote de rio(5) azul apanhado cintura por um broche; uma espcie de arminho(6) cor de prola, feito com a penugem macia de certas aves, orlava(7) o talho(8) e as mangas, fazendo realar a alvura de seus ombros e o harmonioso contorno de seu brao arqueado sobre o seio. Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em ricas tranas, descobriam a fronte alva, e caam em volta do pescoo presos por uma presilha finssima de fios de palha cor de ouro, feita com uma arte e perfeio admirvel. A mozinha afilada(9) brincava com um ramo de accia que se curvava carregado de flores, e ao qual de vez em quando segurava-se para imprimir rede uma doce oscilao.Notas: (1) pele; (2) floco; (3) tonalidades suaves; (4) tecido fino; (5) tecido de l: (6) tipo de agasalho; (7) enfeitava; (8) corte (do vestido); (9) fina.

Resoluo O trecho foi extrado do romance O guarani, de Jos de Alencar (Parte I, captulo V, Loura e morena). Nele, a caracterizao da personagem segue os princpios tpicos da esttica romntica: descritivismo, idealizao, associao com a natureza, requinte vocabular, expressividade sentimental e subjetiva. Resposta: E A tirinha a seguir serve de base para as questes 2 e 3. Observe-a com ateno:

LAMENTO, MAS ESTA A LEI DA SELVA!

LAMENTO, MAS ESTA A LEI DA GRAVIDADE!

http://www.niquel.com.br

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Questo 2 Comparando a fala do primeiro balo com a do ltimo, correto afirmar que: A) h uma relao intertextual entre elas, embora haja diferenas de estrutura sinttica entre uma e outra. B) sob o ponto de vista conceitual, a expresso lei da selva tem uma extenso mais ampla que lei da gravidade, que tem sentido especializado. C) a forma verbal Lamento sugere a relao respeitosa que as personagens estabelecem entre si na tirinha. D) a conjuno mas poderia ser substituda, somente no primeiro quadrinho, por porm ou no entanto. E) a expresso lei da gravidade no pode ser entendida, devido ao contexto sarcstico, como um termo tcnico da Fsica.

A) A sensualidade e animalizao que se associam personagem evidenciam traos naturalistas. B) A construo de uma imagem urbanizada e cosmopolita da figura feminina denuncia a esttica modernista. C) A colocao da personagem apenas como pretexto para tratar de aspectos da natureza revela o neoclassicismo. D) A imagem espiritualizada da mulher, de franca inspirao religiosa, aponta para a esttica barroca. E) A idealizao da mulher e seu envolvimento harmonioso com a natureza brasileira permitem aproximar a imagem do Romantismo.

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Resoluo A expresso lei da selva uma gria, um regionalismo brasileiro que remete tese de que o mais forte pode impor sua vontade aos mais fracos. No ltimo quadrinho, essa expresso substituda por lei da gravidade, que pertence ao universo terico da Fsica e, como tal, apresenta maior preciso conceitual. Resposta: B

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Questo 5 Textos para a questo 5 Texto 1 No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos cobertos de flores, Alteiam-se os tetos daltiva nao; So muitos seus filhos, nos nimos fortes, Temveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extenso. So rudos1, severos, sedentos de glria, J prlios2 incitam, j cantam vitria, J meigos atendem voz do cantor: So todos Timbiras, guerreiros valentes! Seu nome l voa na boca das gentes, Condo3 de prodgios, de glria e terror!(DIAS, Gonalves. I-Juca-Pirama.) Notas: 1) rudes; 2) guerras; 3) poder (entenda-se: o nome Timbiras teria o poder de evocar a fama de prodgios, de glria e terror atribuda a essa nao indgena).

Questo 3 A imagem no segundo quadrinho A) comprova que a lei da selva vlida em todas as situaes. B) incompatvel com o que ocorreu no primeiro quadrinho. C) refora o lamento do gato no comeo da tirinha. D) permite ao rato fazer a observao que est no ltimo balo. E) mostra a indignao do rato para com a postura do gato. Resoluo Quando, no segundo quadrinho, o gato quebra as telhas e cai, o rato pode fazer, no ltimo quadrinho, o comentrio de que a lei da gravidade implacvel. Assim, a imagem da queda do felino que permite a piada no balo final da tirinha. Resposta: D

Questo 4 O fragmento seguinte foi extrado do poema sida, do poeta portugus Al Berto. Seu ttulo a sigla da doena Sndrome de Imuno-Deficincia Adquirida que no Brasil designada pelo correspondente em ingls AIDS. Leia-o e assinale a alternativa correta sobre ele: aqueles que tm nome e nos telefonam um dia emagrecem partem deixam-nos dobrados ao abandono no interior duma dor intil muda e voraz A) Os versos usam de humor para falar de um tema delicado. B) O trecho trata da impotncia humana diante da morte. C) O texto faz uma crtica moralista da podrido humana. D) O poema explora basicamente a decepo amorosa. E) A crtica ao sistema de telemarketing mostra o carter moderno do texto. Resoluo O poema sida foi publicado em Horto de incndio (Ed. Assrio & Alvim, 1997). Dele, retirou-se a primeira estrofe, na qual o autor expressa a tristeza diante do desaparecimento de amigos, perdidos para a morte explicitada no prprio ttulo. Resposta: B

Texto 2 No fundo, que vem a ser o magnfico I-Juca-Pirama? a idealizao das prprias virtudes hericas da nossa raa, no no complexo dos sentimentos que ali se exaltam, a das do ndio ser to rude, to elementar, smbolo da incongruncia moral. Sabemos perfeitamente e j o sabiam os descobridores: ele uma criana que se vende ou vende os seus por um espelhinho, um berimbau ou um metro de baeta1. Isolado sempre foi assim, e hoje coletivamente o , nas malocas de pobre vencido, descrido2, muitas vezes reduzido a um bicho abjeto3, hidrpico4, por efeito do paludismo5, nas regies ribeirinhas onde o mosquito anda em nuvens.(VTOR, Nestor. Macunama, o heri sem nenhum carter. O Globo: Rio de Janeiro, 8/10/1928.) Notas: 1) tecido de algodo; 2) desacreditado; 3) desprezvel; 4) portador de molstia que se caracteriza pelo inchao resultante da reteno de lquidos no organismo; 5) malria.

Leia as asseres seguintes: I. Os dois textos apresentam vises bem diferentes a propsito da cultura e da condio dos povos indgenas. II. O Texto 1 um fragmento de poema que idealiza o ndio como heri, de acordo com a viso tpica do Romantismo, embora tal viso se baseie numa caracterstica fundamental da cultura indgena: a de ser uma cultura de povos guerreiros. III. O Texto 2 um fragmento de crtica literria que apresenta a cultura dos povos indgenas e a condio do ndio tal como se configuram de fato na vida real, de acordo com uma viso neutra e, at hoje, cientificamente vlida. IV. O Texto 2 compreende a cultura e a condio dos ndios de modo preconceituoso, embora se fundamente em observaes que podem corresponder, parcialmente, condio degradada a que foram submetidos os povos indgenas no Brasil ao longo da histria. (so) correta(s) a(s) assero(es): A) Apenas I e IV. D) Nenhuma, exceto a I. B) Apenas II, III e IV. E) A II, exclusivamente. C) Apenas I, II e IV.ANGLO VESTIBULARES

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Resoluo Apesar de apresentar um retrato que, parcialmente, poderia corresponder a situaes reais, a assero III apresenta uma viso antropolgica eurocntrica e, ideologicamente, deformada pelos preconceitos culturais herdados do cientificismo do sculo XIX, que se apia em teorias que consideravam os ndios, no suposto processo evolutivo das sociedades humanas, como crianas desprovidas de congruncia moral. Tal viso no pode ser caracterizada, hoje, como cientfica e, muito menos, neutra. Resposta: C

Textos para as questes 7 e 8 Leia atentamente a tira do cartunista Laerte, publicada no jornal Folha de S. Paulo de 25/03/2009, e a letra da cano Maracangalha, criada pelo compositor baiano Dorival Caymmi em 1956.PIRATAS DO TIET - LAERTEAL? A ANLIA EST?

Questo 6 O texto a seguir pertence ao livro Infncia (1945), de Graciliano Ramos. Leia-o e assinale a alternativa correta sobre ele. O ponto de reunio e fuxicos era a sala de jantar, que, por duas portas, olhava o alpendre(1) e a cozinha. Como falavam muito alto, as pessoas se entendiam facilmente de uma pea para outra. Nos feixes de lenha arrumados junto ao fogo, na prensa de farinha, nos bancos duros que ladeavam a mesa, a gente se sentava e ouvia as emboanas(2) do criado, um caboclo besta e palrador(3). Rosenda lavadeira cachimbava e engomava roupa numa tbua. () Vivamos todos em grande mistura e a sala de visitas era intil, com as cadeiras pretas desocupadas, uma litografia(4) de S. Joo Batista e uma do inferno, o pequeno espelho de cristal que Amncio, afilhado de meu pai, trouxera do Rio ao deixar o exrcito no posto de sargento.Notas: (1) varanda coberta; (2) conversas sem importncia; (3) falante; (4) espcie de pintura.QUANDO ELA VOLTA? O NIBUS J VAI SAIR SIM, URGENTE.

(Folha de S. Paulo, 25/03/2009)

MaracangalhaDorival Caymmi

1 3 5 7 9 11 13 15 17

A) No trecho, o narrador estabelece uma relao contrastante entre dois espaos domsticos distintos. B) Ao afirmar que a sala de jantar olhava o alpendre e a cozinha, o narrador cria uma metfora da vigilncia opressiva e autoritria sobre empregados. C) A inutilidade atribuda sala de visitas se explica pela condio de recolhimento em que vive a famlia do narrador, fechada em si mesma. D) O narrador se coloca em uma postura objetiva, estabelecendo um distanciamento em relao ao espao retratado. E) A separao ntida entre espaos de patres e de empregados funciona como evidncia e denncia do elitismo caracterstico da famlia patriarcal nordestina. Resoluo O trecho foi extrado do captulo Padre Joo Incio, de Infncia, de Graciliano Ramos. Nele, o narrador descreve dois ambientes, a sala de jantar (primeiro pargrafo) e a de visitas (segundo pargrafo). Esta ltima descrita como intil, por se distanciar de sua funo original de ambiente de convvio e de trocas afetivas funo cumprida, segundo o texto, pela sala de jantar, ponto de reunio e lugar onde a gente se sentava ouvindo as emboanas do criado. Resposta: ASIMULADO ENEM/2009

Eu vou pra Maracangalha Eu vou! Eu vou de uniforme branco Eu vou! Eu vou de chapu de palha Eu vou! Eu vou convidar Anlia Eu vou! Se Anlia no quiser ir Eu vou s! Eu vou s! Eu vou s! Se Anlia no quiser ir Eu vou s! Eu vou s! Eu vou s sem Anlia Mas eu vou!... Eu vou s!...

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Questo 7 Aponte a alternativa incorreta a respeito dos dois textos: A) Embora utilize uma outra linguagem, a tira estabelece uma clara relao intertextual com o contedo da cano, pois toma como reais as aes que o eu lrico da cano imaginara para seu futuro imediato. B) H uma evidente correspondncia entre o stimo verso da cano e o segundo quadrinho da tira. C) H uma evidente correspondncia entre o primeiro verso da cano e o ltimo quadrinho da tira. D) A tira reconstri a situao a que a cano se refere num cenrio mais contemporneo, conferindo um aspecto mais atual a elementos como os mencionados no terceiro e no quinto verso da cano. E) As afirmaes contidas nos cinco versos finais da cano so desmentidas pelo ltimo quadrinho da tira.ANGLO VESTIBULARES

Resoluo No h na tira nenhum indcio de que a personagem masculina deixar de embarcar no nibus que est prestes a partir. Ao contrrio, como a relao intertextual que se estabelece entre os textos de acordo, fica sugerido que a personagem ir para Maracangalha mesmo que no consiga fazer o convite para Anlia, tal como planejara. Resposta: E

25AL, QUERIDA? ESQUEA A VIAGEM QUE A GENTE IA FAZER NO REVEILLN. VOU TER QUE FICAR DE PLANTO NESTE FINAL DE ANO

Questo 9 A charge acima, do cartunista Benett, foi publicada no jornal Gazeta do Povo em 29/12/2008. Marque a alternativa que a analisa equivocadamente: A) A figura da caveira com a foice na mo representa o tema da morte. B) Quando a caveira sai de frias, significa que o contexto de paz. C) A caveira sempre est de planto, j que sempre ocorrem mortes. D) Quando a caveira est de planto o quadro de guerra. E) A charge faz aluso guerra entre palestinos e judeus. Resoluo verdade que sempre ocorrem mortes. Mas num quadro de guerra, elas so mais freqentes do que num quadro de paz. Por isso, no contexto, o fato de a caveira estar de planto significa que ir trabalhar mais, porque ocorrero mais mortes. A placa indicando Gaza, local em que moram palestinos, contextualiza a charge, apontando a zona de conflito com os judeus. Em 2008, o conflito se acentuou e foi deflagrada uma guerra entre eles, a que Benett faz aluso. Resposta: C Questo 10 Texto para a questo 10 Conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo de 2/5/2009 (p. B5), em conversa de Luiz Incio Lula da Silva com diretores da Petrobras num evento comemorativo do incio da explorao do petrleo abaixo da camada de Sal, na rea de Tupi maior reserva descoberta no mundo nos ltimos 30 anos , o presidente se expressou nos seguintes termos (com destaques nossos): Gente, estou aqui falando da nova era que tem incio hoje, falando de uma transcendncia incomensurvel. (...) Vocs esto acreditando que estou dizendo isso? Nem eu estou crendo em mim mesmo. Agora h pouco falei concomitantemente, daqui a pouco vou falar en passant e ainda nem usei o sine qua non. Para quem tomou posse falando menas laranja t bom demais. Sobre os comentrios de Lula, assinale a afirmativa incorreta: A) Numa primeira leitura, tem-se a impresso de que o anafrico isso tem como referncia a grande importncia do momento histrico que motivou o evento. B) Numa leitura mais atenta, percebe-se que isso tem como referncia a expresso transcendncia incomensurvel, configurando uso de metalinguagem. C) O prprio presidente faz humor sobre o grau de sofisticao que alcanou em matria de linguagem. D) Lula faz uma mistura inaceitvel de variantes lingsticas, ao juntar a expresso menas laranja com transcendncia incomensurvel. E) Entre concomitantemente, en passant (do francs; por alto, ligeiramente) e sine qua non (do latim; indispensvel, imprescindvel), nota-se uma gradao ascendente, orientada para o mais sofisticado.ANGLO VESTIBULARES

Questo 8 O terceiro verso da letra da cano de Caymmi aparece em algumas fontes de consulta grafado da seguinte maneira: Eu vou de liforme branco Observe os comentrios a seguir a respeito dos textos: I. A grafia liforme busca imitar uma pronncia popular de uniforme, reforando o efeito de oralidade produzido por meio de formas como pra e pelas frases curtas e repetidas. II. Os traos de coloquialidade presentes na cano colaboram para criar um efeito de verdade, uma impresso de sinceridade do poeta, o que um trao dos textos em que predomina a funo emotiva. III. As manifestaes de euforia do eu lrico na cano cedem lugar, na tirinha, para o pressentimento da personagem masculina, que est prestes a ver frustrada a sua aspirao de viajar com Anlia. Podem ser considerados corretos os comentrios: A) II, apenas. D) II e III, apenas. B) I e II, apenas. E) I, II e III. C) I e III, apenas. Resoluo Os trs comentrios esto corretos. A grafia liforme, no admitida pela norma padro, realmente se aproxima da pronncia popular da palavra, reforando o efeito de oralidade da cano, na qual evidente a explorao do universo emotivo do eu lrico, que expe sua alegria eufrica diante da expectativa de ir para Maracangalha no futuro imediato. Na tira, predomina a apreenso do personagem que quer urgentemente fazer contato com Anlia, que no estava em casa. Resposta: E Texto para a questo 9

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Resoluo Considerando a inteno evidente de fazer humor e de estabelecer uma relao de informalidade, a mistura de variantes se justifica. Resposta: D Texto para as questes 11 e 12 Modos de xingar Biltre! O qu? Biltre! Sacripanta! Traduz isso para portugus. Traduzo coisa nenhuma. Alm do mais, charro! Onagro! Parei para escutar. As palavras estranhas jorravam do interior de um Ford de bigode. Quem as proferia era um senhor idoso, terno escuro, fisionomia respeitvel, alterada pela indignao. Quem as recebia era um garoto de camisa esporte; dentes clarinhos emergindo da floresta capilar, no interior de um fusca. Desses casos de toda hora: o fusca bateu no Ford. Discusso. Bate-boca. O velho usava o repertrio de xingamentos de seu tempo e de sua condio: professor, quem sabe? Leitor de Camilo Castelo Branco. Os velhos xingamentos. Pessoas havia que se recusavam a usar o trivial das ruas e botequins, e iam pedir a Rui Barbosa, aos mestres da lngua, expresses que castigassem fortemente o adversrio (). Ladro, simplesmente, no convencia. Adotavam-se formas sofisticadas, como ladravaz, ladroao. Muitos preferiam larpio ()(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ningum diz. Record: Rio de Janeiro, 1997, p. 23-24.)

Questo 12 Marque a alternativa que analisa corretamente as referncias do texto s variantes lingsticas: A) Biltre e sacripanta no so formas antigas de xingamento. B) Ladravaz um xingamento mais ofensivo do que ladro. C) Charro e onagro so modos de xingar utilizados tanto por jovens quanto por idosos. D) Os modos de xingar no variam conforme a idade e a condio social de quem xinga. E) Pelo modo de xingar possvel imaginar a idade e a condio social do falante. Resoluo O trecho o velho usava o repertrio de xingamentos de seu tempo e de sua condio social: professor, quem sabe? Leitor de Camilo Castelo Branco indica que as maneiras de xingar variam conforme a idade e a condio social de quem xinga: uma pessoa mais velha e de mais cultura, no caso, usa um lxico mais sofisticado, um vocabulrio mais pomposo. Resposta: E

Questo 13 Texto para a questo 13 O texto a seguir foi extrado de uma novela do escritor francs George Perec e relata uma passagem da biografia fictcia de um self-made man alemo que fez fortuna na Amrica como cervejeiro e tornou-se grande colecionador de arte. Hermann Raffke sabia convenientemente que no conhecia grande coisa de pintura, fosse antiga ou moderna. Seu gosto pessoal o levaria de bom grado a adquirir somente quadros com motivos histricos ou cenas de gnero sobre assuntos reconfortantes, mas desconfiava de seu gosto pessoal, pelo menos no que respeita a constituir uma coleo que faria empalidecer de raiva os Tompkins e os Dillman, e por isso resolveu buscar conselho. Dos cerca de duzentos quadros que trouxera da Europa, apenas vinte os que chamava de Lieblingssnden, isto , seus pecadilhos foram comprados diretamente por ele e correspondiam a suas preferncias secretas. Os demais foram adquiridos por intermdio de conselheiros. Os mais eminentes crticos, os peritos mais escrupulosos, os historiadores de arte mais circunspectos sero os responsveis e os abonadores de minha coleo, que graas a eles ser uma das mais belas dos Estados Unidos da Amrica, escreveu mulher em 1875, quando cruzava pela primeira vez o Atlntico a bordo do S. S. Kaiser Wilhelm der Grosse. E bem parece que seguiu cegamente seus conselhos.(A coleo particular. 2 ed. Trad. Ivo Barroso. So Paulo: Cosac Naify, 2005, p. 37-38.)

Questo 11 A funo da linguagem predominante no texto a: A) emotiva, j que a crnica exprime a subjetividade do cronista, por meio de adjetivos e da 1 pessoa do singular. B) apelativa, uma vez que o cronista indiretamente pede ao leitor que no use palavras difceis. C) referencial, visto que conta uma histria com objetividade, usando a 3 pessoa e palavras de sentido denotativo. D) metalingstica, porque reflete sobre o prprio cdigo, no caso, os diferentes usos da lngua. E) potica, pois foi escrita pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, preocupado com a construo expressiva da mensagem. Resoluo A crnica, a comear pelo ttulo, uma reflexo sobre a linguagem mais especificamente, sobre as diferentes maneiras de usar a lngua. A funo metalingstica se caracteriza pela reflexo sobre o prprio cdigo: a linguagem sendo usada para fazer comentrios sobre a prpria linguagem. Resposta: D

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Do texto, depreende-se que: A) os conselheiros de Hermann Raffke desconfiavam do gosto do cervejeiro para as artes. B) provavelmente existia entre o cervejeiro e os Tompkins e os Dillman algum tipo de competio relacionada a obras de arte. C) todos os quadros com motivos histricos e cenas de gnero sobre assuntos reconfortantes eram considerados de bom gosto pelo cervejeiro. D) os quadros que Raffke chamava de seus pecadilhos compunham a mais bela coleo dos Estados Unidos da Amrica. E) os duzentos quadros da coleo de Raffke foram transportados da Alemanha para os Estados Unidos a bordo do S.S. Kaiser Wilhelm der Grosse em 1875. Resoluo Os Tompkins e os Dillman no empalideceriam de raiva ante uma requintada coleo de obras de arte se no tivessem algum tipo de envolvimento com esse universo, no qual o cervejeiro pretendia se destacar com a ajuda de especialistas. Resposta: B

subdesenvolvido, a elaborao de um mundo ficcional coerente sofre de maneira acentuada o impacto dos textos feitos nos pases centrais e, ao mesmo tempo, a solicitao imperiosa da realidade natural e social imediata.(Antonio Candido. De cortio a cortio. In: O discurso e a cidade. So Paulo / Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004, p.106-7/128-9, com adaptaes.)

Questo 14 Textos para a questo 14 Texto 1 Eram cinco horas da manh e o cortio acordava, abrindo, no os olhos, mas uma infinidade de portas e janelas alinhadas. (...) Sentia-se naquela fermentao sangunea, naquela gula viosa de plantas rasteiras que mergulham o p na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante sensao de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o cortio iam e vinham como formigas, fazendo compras.(Alusio Azevedo. O cortio. So Paulo: tica, 1989, p. 28-9.)

Assinale a opo em que a relao intertextual entre O Cortio e Germinal (textos 1 e 2, respectivamente) interpretada pela perspectiva crtica apresentada no texto 3, de Antonio Candido, acerca da ligao entre a obra de Alusio Azevedo e a de mile Zola. A) O texto de Alusio Azevedo um texto primeiro em relao ao de Zola porque foi escrito anteriormente e influenciou a produo naturalista do escritor francs. B) A relao de proximidade entre o texto de Azevedo e o de Zola evidencia que o dilogo entre os textos desvincula-os da realidade social em que foram produzidos. C) O texto de Alusio Azevedo, por suas condies de produo, est submetido ao modelo naturalista europeu, ao mesmo tempo em que atende a demandas da realidade nacional. D) O Cortio um texto segundo em relao ao texto de Zola porque , sobretudo, uma mera duplicao do modelo literrio francs e da realidade social das classes operrias europias. E) A presena de elementos do Naturalismo francs em O Cortio indicativa da troca cultural que ocorre no espao do intertexto, independentemente das realidades locais de produo.

Resoluo Tanto LAssommoir (1877), de mile Zola, como O cortio (1890), de Alusio Azevedo, narram histrias de trabalhadores pobres, alguns miserveis, amontoados numa habitao coletiva. Como no romance francs, um elemento central da narrativa de O cortio a degradao motivada pela promiscuidade. L, agravada pelo lcool; aqui, tambm pelo sexo e a violncia. O cortio tematicamente mais variado, porque Alusio concentrou no mesmo livro uma srie de problemas e ousadias que Zola dispersou entre os vrios romances da sua obra cclica a srie dos Rougon-Macquart. Isso no impede a identificao de traos comuns s duas obras: em ambos sobressaem as lavadeiras e sua faina, inclusive com uma briga homrica entre duas delas. Em ambos um regabofe triunfal serve de ocasio para um encontro de futuros amantes, cujas conseqncias sero decisivas. Em ambos h um pol