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    Criptococose

    uma micose rara, cosmopolita, com comportamento oportunista,

    causada pelo Cryptococcus neoformans. Etiologia

    O fungo Cryptococcus neoformansapresenta uma fase sexuada, naqual a reproduo ocorre aps conjugao de duas cepas compatveis, oque possibilita a grande diversidade gentica. !esse caso, forma"sepseudomiclio que d# origem a basdios e a basidisporos, de cujagerminao podem originar clulas leveduriformes.

    !as clulas leveduriformes ocorre a reproduo assexuada, por meio

    de brotamento $nico ou duplo, raramente m$ltiplos. Essa fase leveduriforme a %abitualmente encontrada na doena %umana ou animal. &presenta"secomo estruturas esfricas ou globosas, geralmente com uma c#psulaespessa que est# relacionada com a capacidade invasiva e patog'nica dofungo.

    O Cryptococcus neoformans pode ser dividido em duas variedades,sendo a variedade neofarmans a mais comum, inclusive no (rasil, etambm a associada com a doena em imunossuprimidos. & variedadegattii limitada a regi)es tropicais e subtropicais, #reas em que apresentaassociao com doena em %ospedeiros imunocompetentes. &s

    caractersticas da doena causada por essas duas variedades so asmesmas, bem como a sensibilidade a anfotericina (.

    Epidemiologia

    & criptococose ocorre mais frequentemente em %omens e em adultos,sendo rara no grupo pedi#trico.

    O fungo causador da doena encontrado no mundo todo, emdiversos tipos de solo e em tecidos, secre)es e excre)es de animais e doprprio %omem*alguns estudos valori+am o encontro em %#bitats depombos. !o entanto, o pombo raramente se infecta, provavelmente por sera sua temperatura corprea elevada, podendo inibir o crescimento do fungo.!o %# cont#gio inter"%umano e vem aumentando em frequ'ncia emdecorr'ncia do aumento do n$mero dos casos de indivduosimunossuprimidos.

    O car#ter oportunista existe em relao ao comprometimento daimunidade celular, sendo comuns nos linfomas, leucemias crnicas,sarcoidose, uso de corticosteroides, transplante de rgos e na &-/. !a co"infeco com a &-/, a criptococose incur#vel e requer terap'utica

    supressiva antif$ngica. & raridade da criptococose em crianas com &-/

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    outra faceta inexplic#vel desta micose e vem reforar a %iptese de que nosadultos o que ocorre a reativao e no a infeco prim#ria.

    & mortalidade na doena criptocccica elevada, mesmo com otratamento disponvel, e, nos casos de cura, so frequentes as sequelas

    neurolgicas. & recrudesc'ncia grande nos co"infectados aps otratamento, necessitando terap'utica de manuteno.

    0atogenia e patologia

    & infeco %umana geralmente ocorre pela inalao das formasleveduriformes no"encapsuladas ou com c#psula pouco espessa, uma ve+que uma levedura encapsulada pode ter di1metro que a impea de atingiras pequenas vias areas dos pulm)es. !o par'nquima pulmonar podemdeterminar rea)es tissulares e de defesa imunit#ria, principalmente amediada por clula, que solicitada lentamente, e normalmente bloqueia a

    infeco. !os casos em que no ocorre este bloqueio, a infeco podepermanecer locali+ada ou disseminar"se para outros rgos.

    Outras formas de infeco como a via gastrintestinal ou inoculaocut1nea so raras. Este fungo apresenta neurotropismo importante, cujomecanismo no con%ecido.

    iferente de outras micoses, no t'm ocorrido relatos de grandessurtos de pneumonia criptocccica associados a uma fonte ambientalcomum. -sto sugere que a maioria das infec)es prim#rias pode sersubclnica. & resist'ncia natural %umana ao Cryptococcus neoformans toimportante que, muitas ve+es, a criptococose pode ser o primeiro sinalde ima imunodepresso.

    ois fatores so fundamentais na patog'nese desta micose profunda2a virul'ncia do fungo e a resposta imunolgica do %ospedeiro.

    Os principais fatores de virul'ncia do fungo so a c#psula compostapor material mucopolissacardeo e produo de en+imas. Omucopolissac#ride possui propriedade antifagocit#ria permitindo que ofungo se albergue e prolifere no tecido, tambm indu+indo efeitos deletrios

    no sistema imune. & produo de en+imas em grande quantidade protege ofungo dos radicais livres sinteti+ados pelas clulas efetoras do %ospedeiro.

    & resposta do %ospedeiro a este patgeno a mais importante noaparecimento da doena, pois o espectro desta resposta muito amplo.3ma resposta imune normal do %ospedeiro elimina ou sequestra o fungo,que pode permanecer latente no organismo. &ltera)es importantes navigil1ncia imunolgica podem determinar imunodepresso transitria oupermanente, permitindo que a infeco prim#ria pelo fungo ou, maiscomumente, a reativao do fungo sequestrado em local org1nico especi4coleva 5 disseminao secund#ria, acometendo outros rgos. & disseminao

    %ematog'nica nos pacientes imunossuprimidos pode determinarmanifesta)es disseminadas ou focais.os locais do organismo mais

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    acometidos so2 /!6, pulm)es, mioc#rdio, peric#rdio, g1nglios linf#ticos,78-, fgado, bao, medula ssea, articula)es, sangue, ol%os, pele e aprstata, sendo esta reservatrio critico, mesmo nos pacientes tratados.

    & infeco criptocccica acompan%ada de uma resposta

    in9amatria mnima. &s les)es org1nicas esto correlacionadas com adurao da doena. :es)es mais recentes so gelatinosas, e as maisantigas, granulomatosas* embora possam ter necrose caseosa, a cavitao raramente observada.

    &s altera)es %istopatolgicas pulmonares iniciais caracteri+am"sepor ndulos gelatinosos ;criptococomas< constitudos por criptococosencapsulados com brotamento* a resposta in9amatria discreta. 6om aevoluo, os ndulos assumem apar'ncia de granulomas com poucosfungos, geralmente intracelulares, acompan%ados pelas mesmas clulasin9amatrias. =uando no %# resoluo local, pode ocorrer a disseminaopara os g1nglios linf#ticos %ilares. 6aso %aja disseminao %ematog'nica,outras estruturas podem ser acometidas com as mesmas caractersticas%istopatolgicas.

    !o /!6, os criptococomas ou granulomas geralmente se locali+am nasubstancia cin+enta periventricular e do aqueduto, e nos g1nglios da base.&s meninges podem ser acometidas com disseminao pelo lquor para oespao subaracnde* %# acumulo de exsudato mucinoso, principalmente nabase do cr1nio e ao redor do cerebelo.

    =uadro clnico&s principais formas da doena so a pulmonar e a do /!6.

    !a criptococose pulmonar ocorre desde coloni+ao assintom#ticadas vias areas at formas graves de disseminao local, causandosndrome do desconforto respiratrio do adulto.

    &s manifesta)es clnicas mais frequentes, quando existem, so2febre, tosse, expectorao, dor do tipo pleural e emagrecimento. O exameradiolgico dos pulm)es pode mostrar desde ndulos solit#rios at

    consolidao ou pneumonias intersticiais extensas e derrame pleural.O comprometimento pulmonar pode ser isolado ou associado a outras

    locali+a)es, e pode no ser evidente mesmo em casos de criptococcemia emeningite.

    & criptococose do /!6 a mais frequente manifestao clnica dadoena. &presenta incio brusco ou insidioso. !o primeiro caso so comunscefalia, febre, vmitos, altera)es visuais, rigide+ de nuca e outros sinaismenngeos, com durao de dias. !o segundo caso, quadro de cefalia ealtera)es mentais com durao de semanas ou meses. Em qualquer dos

    casos, pode ocorrer evoluo para torpor e coma.

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    & frequ'ncia do comprometimento do /!6 torna obrigatria a punoliqurica em doentes com criptococose de qualquer locali+ao. &saltera)es que geralmente esto presentes no lquor so2 %ipercelularidadecom predomnio de neutr4los , aumento de protenas e diminuio no"acentuada de glicorraquia. !os casos de &ids as altera)es do lquor pode

    mostrar pouco alterao ou at normalidade.

    & criptococose cut1nea pode apresentar manifesta)es vari#veis,desde p#pulas, p$stulas, abcessos e ulcera)es de pele at ndulos e$lceras de mucosas.

    O acometimento sseo acompan%a"se de doe e edema locais,podendo evoluir para 4stuli+ao e associar"se 5 artrite.

    iagnstico

    0ara o diagnstico, %# necessidade de pesquisa do Cryptococcusneoformansem material org1nico suspeito. Essa pesquisa pode ser a frescoou aps colora)es especiais que ressaltam a c#psula do fungo. !o entantoa pesquisa direta negativa no exclui o diagnstico.

    & cultura auxilia no acompan%amento do doente, sobretudo nasmeningites para avaliao da viabilidade do fungo aps o uso das drogasantif$ngicas.

    Existem, ainda, testes sorolgicos. Entretanto, todos pode, apresentarrea)es cru+adas com outras micoses, bem como alguns resultados falso"

    negativos nas formas locali+adas da doena.

    & reao intradrmica com antgenos do fungo pode ter import1nciaem estudos epidemiolgicos.

    7ratamento

    O tratamento da criptococose deve levar em conta a apresentaoclnica da doena, a presena e o tipo de imunossupresso e as drogasdisponveis.

    & locali+ao pode ser avaliada na forma pulmonar, em que o simplesac%ado do agente, em indivduos assintom#ticos, no indicao para o usode drogas.

    & presena de imunossupresso deve levar 5 an#lise da possibilidadede tratamento da doena de base ou da reduo ou suspenso de drogas,principalmente corticosteroides. & associao com a &ids leva 5necessidade de tratamentos prolongados e esquemas de manuteno ousupressivos a longo pra+o.

    >orma 0ulmonar :eve a moderada

    ou nosassintom#ticos

    ">lucona+ol ?@@ a A@@mgBdia, CO,

    inde4nidamente

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    com culturapositiva

    "-tracona+ol ?@@ a A@@mgBdia, CO,inde4nidamente

    ">lucona+olD>lucitosina ;esta $ltimano disponvel no (rasillucona+olA@@mgBdia por H@ semanas

    F-C positivo

    -nduoB6onsolidao2

    "&nfotericina ( por ? semanas, seguidade >lucona+ol por H@ semanas

    "&nfotericina J a H@ semanas ;com ousem 9ucitosina