Resumo Dobb Capítulo 1

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RESUMO – CAPÍTULO 1 (DOBB, 1983)  Capitalismo – história – conceito não abstrato CONCEPÇÕES SOBRE CAPITALISMO:  1) Klismo (economicista): a) método de produção que  tempo de fabricação de mercadorias;   b) Uma das naturezas do Klismo; Não é a única. 2) Klismo (laisser faire/liberal): a) Livre concorrência;  b) sistema de empresa individual em que as relações econômicas e sociais são regidas  por contratos; c) homens são livres para buscar subsistência, sem restrições legais; d) Só Inglaterra e EUA se encaixam neste conceito. 3) Sombart: a) Acumulação de K : motivo da atividade econômica; Subordina tudo a este fim . 4) Weber: a) Klismo: está onde a provisão industrial para uma grupo social seja feita por empresa;  b) Espírito do Klismo: atividade que busca o lucro, racional e sistematicamente. 5) Material Histórico: Escola Histórica Alemã (EHA) a) Organização da produção para um mercado distante;  b) Feudalismo: Artesão vendia seus produtos no varejo; c) Klismo: separa produção e venda no espaço e tempo; i) Intervenção de um comerciante atacadista que adianta $ para compra de artigos com objetivo de venda com lucro; d) Feudalismo  Economia Natural; e) Klismo  Economia Monetária; f) Buscam a origem do Klismo nas primeiras transações comerciais sobre o prisma  puramente econômico e a economia natural do mundo medieval; g) Principais estágios do avanço do Klismo conforme as fases de expansão do mercado;

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RESUMO – CAPÍTULO 1 (DOBB, 1983)

•  Capitalismo – história – conceito não abstrato 

CONCEPÇÕES SOBRE CAPITALISMO: 

1)  Klismo (economicista):

a)  método de produção que ↓ tempo de fabricação de mercadorias; 

 b)  Uma das naturezas do Klismo; Não é a única.

2)  Klismo (laisser faire/liberal):

a)  Livre concorrência;

 b)  sistema de empresa individual em que as relações econômicas e sociais são regidas

 por contratos;

c) 

homens são livres para buscar subsistência, sem restrições legais;d)  Só Inglaterra e EUA se encaixam neste conceito.

3) 

Sombart:

a)  Acumulação de K : motivo da atividade econômica; Subordina tudo a este fim.

4)  Weber:

a)  Klismo: está onde a provisão industrial para uma grupo social seja feita por

empresa;

 b)  Espírito do Klismo: atividade que busca o lucro, racional e sistematicamente.

5)  Material Histórico: Escola Histórica Alemã (EHA)

a)  Organização da produção para um mercado distante;

 b)  Feudalismo: Artesão vendia seus produtos no varejo;

c)  Klismo: separa produção e venda no espaço e tempo;

i) 

Intervenção de um comerciante atacadista que adianta $ para compra de artigos

com objetivo de venda com lucro;d)  Feudalismo ⇒ Economia Natural;

e)  Klismo ⇒ Economia Monetária;

f)  Buscam a origem do Klismo  nas primeiras transações comerciais  sobre o prisma

 puramente econômico e a economia natural do mundo medieval;

g)  Principais estágios  do avanço do Klismo conforme as fases de expansão do

mercado;

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6)  Marx:

a)  Essência do Klismo: modo de produção (e não na empresa ou no uso da moeda);

 b)  Modo de produção: modo que se definia a propriedade dos meios de produção e

às relações sociais entre os homens que resultavam de suas ligações com o processo

de produção.

c)  Klismo: não é meramente um sistema de produção de mercadorias, mas um sistema 

que a própria capacidade de trabalho se configura em mercadoria e comercializada

como qualquer outro objeto de troca;

d)  Pré-requisito histórico: concentração da propriedade dos meios de produção 

 para uma classe (Klistas).

e)  Aparecimento de uma classe desprovida dos meios de produção (classe

trabalhadora), com propriedade apenas de sua capacidade de trabalho

i)  Venda da força de trabalho para a sua subsistência.

f)  Feudalismo: artesão são proprietários tanto dos meios de produção, quanto do

trabalho – não há divórcio;

g)  Apenas haver comércio, empréstimo de $, classes de comerciantes ou financistas

(mesmo com posses), não são suficientes para constituir uma socidade capitalista;

h) 

K  tem que ser usado na sujeição do trabalho à criação da mais-valia no processo de produção.

CRÍTICAS DE DOBB ÀS CONCEPÇÕES SUPRACITADAS:

1)  Sombart, Weber e EHA:

a)  atêm-se a aspectos comerciais e monetários – todos os períodos seriam capitalistas;

i)  O uso lucrativo do não é exclusivo dos tempos modernos.

b)  Se o Klismo é a criação do espírito klista, a gênese deste último  terá de ser

explicada antes do Klismo. Se é um produto histórico, o que o causou?

2)  Economicista:

a)   Não tem como ser explicado com conceitos puramente econômicos;

 b)  Um sistema econômico deve aparecer de uma IDEIA.

3)  Marx:

a)  Visão mais compartilhada na historiografia;

 b) 

Ênfase na diferenciação de classes entre Klista e Trabalhador e sua relação;

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c)  Lipson: traço fundamental é o sistema salarial, em que o trabalhador é proprietário

do seu trabalho, ao invés dos meios de produção que usa e dos artigos que fabrica.

VISÃO DO AUTOR:

a)  Sistemas: não se encontram na forma pura na história;

 b) 

Cada período histórico é modelado conforme a influência  preponderante de uma

forma econômica única;

c)  Depende mais do estágio em que essa forma se encontra e sua proporção;

d)  Modificações históricas são graduais e contínuos;

e)  DESENVOLVIMENTO - Dialético – ruptura e continuidade, e histórico.

f)  Conflito e interação entre dos elementos principais de uma sociedade formam o

fator principal de movimento e mudança;

g)  História de hoje – sociedade de classes, em que uma é dominante, que usa seu poder

 para conservar ou crescer sua parcela na renda total;

h)  Classe: pessoas com mesmo objetivo (não precisam estar no mesmo nível de renda);

i)  Marx: capitalismo é “qualquer outro modo de produção definido, condicionado a

certo estágio de produtividade social e à forma historicamente desenvolvida  das

forças produtivas”;

 j) 

Sociedade medieval: execução obrigatória de trabalho excedente pelos produtores;k)  Sociedade moderna: relação entre trabalhador e klista, como qualquer transação

de trocas de mercadorias – excedente pode ser acumulado;

l)  Passagem do feudalismo pro Klismo: inclui divisão do trabalho, desenvolvimento

de trocas, separação entre o  produtor e a terra e os meios de produção e o

aparecimento do proletário;

m) Essência do capitalismo: exploração do trabalho excedente dos outros por parte de

uma classe ociosa;

DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO:

a)   Não se pode falar de um capitalismo mercantil ;

 b)  Início do período capitalista: quando ocorrem mudanças no modo de produção, no

sentido de uma subordinação direta do produtor a um capitalista;

c)  Dois momentos decisivos do capitalismo:

i) 

Século XVII: transformações políticas e sociais desse período – luta dentro dascorporações privilegiadas e luta parlamentar contra o monopólio;

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ii)  Revolução Industrial do final do século XVIII e 1ª ½ Século XIX : importante

mais econômica, mas como impactos políticos.

(1) Transição de um estágio inicial e imaturo do capitalismo.

d)  Modo de produção feudal: já se encontrava desintegrado antes do modo de

 produção capitalista se desenvolver;

e)  Estágios de desenvolvimento capitalista: não coincidem para os países no mesmo

 período histórico – coleção de histórias do capitalismo;

f)  Desenvolvimento do capitalismo: ligou-se à transformação técnica da produção,

com a Revolução Industrial .

g)  Estado numa sociedade capitalista: controlar salários e restringir a liberdade do

movimento do trabalhador.

h)  Capitalismo: na ausência de regulamentação e controle, é que ele tem condições

favoráveis para a expansão – inimigo das leis antitruste.

i)  Monopólio: ajudou o aparecimento da burguesia e o progresso da acumulação de K

e, detendo o desenvolvimento técnico;

 j)  Interpretação do klismo: modificações no caráter da produção e nas relações

 sociais atreladas a ele, exerceram uma influência mais significativa do que as

mudanças nas relações comerciais.CONSIDERAÇÕES FINAIS:

a)  Desenvolvimento econômico: para sua compreensão, deve-se ultrapassar a visão

economicista, além de extinguir a distinção entre fatores puramente econômicos e

 sociais;

 b)  Essência do capitalismo: forma particular de apropriação de trabalho excedente por

uma classe possuidora de poder e privilégios econômicos, oculta por escamoteação.