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    RESUMO INEUROFISIOLOGIA

    SISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSOCENTRAL:inclui encfalo e medula espinhalSISTEMANERVOSO PERIFERICO:inclui os receptores sensoriais, os nervossensoriais e os gnglios fora do SNC.

    A diviso sensorial ou aferente traz informao para o sistema nervoso em geral esteevento comea nos receptores visual, auditivo, qumico e somato sensorial, ainformao chega ao crtex.

    A diviso motora ou eferente conduz a informao do SN para a periferia. Contrao da musculatura esqueltica. Contrao da musculatura lisa e cardaca Secreo por glndula endcrina e excrina.

    MEDULA ESPINHAL: parte caudal do SNC.Contem 31 pares de nervos espinhais incluem os sensoriais e os motores. Ainformao trafega para cima e para baixo (via ascendente e descendente).TRONCO ENCEFALICO:10 dos 12 NC emergem dele.BULBO: a extenso anterior da medula espinhal. Contem centros autonmicos decontrole da respirao e presso sangunea, bem como coordena a deglutio, tossee vomito.PONTE:participa da regulao da respirao, retransmite informao dos hemisfrioscerebrais para o cerebelo.

    MESENCEFALO:participa dos movimentos oculares. Contem ncleos rel do sistemaauditivo e visual. CEREBELO: uma estrutura foliada que est presa ao troncoenceflico, com situao dorsal a ponte e ao bulbo.Funo: coordena movimento, planejamento e execuo dos movimentos,manuteno postural, coordena movimento da cabea e dos olhos.

    TALAMO E HIPOTALAMO:TALAMO:processa quase toda a informao sensorial que se dirige para o crtex cerebral e quase toda informao motora que seorigina do crtex dirigindo-se para o tronco e a medula espinhal.HIPOTALAMO:contem centros reguladores da temperatura, ingesto de alimentos e balano hdrico, tambm uma glndula endcrinacontrolada das secrees hormonais da hipfise, secreta hormnios de liberao e de inibio para o sangue porta hipofisrio paraproduzir liberao ou inibio da liberao da hipfise anterior, contem corpos celulares dos neurnios da glndula da hipfise posteriorque secretam hormnios antidiurticos e ocitocina.HEMISFRIOS CEREBRAIS:so formados pelo crtex cerebral, substancia branca subjacente e por 3 ncleos profundos (gngliosbasais, hipocampo e amigdala).Sua funo: percepo, funo motora superior, a cognio, a memoria e a emoo.CRTEX CEREBRAL:composto por 4 lobos (frontal, temporal, parietal, occiptal). Recebe e processa a informao sensorial e integra asfunes motoras.1. Crtex motor primrio contem os motoneuronios superiores, que se projetam diretamente para a medula espinhal, onde vo ativar osmotoneuronios inferiores, que inervam os msculos esquelticos.2. Crtex sensorial primrio consiste no crtex visual primrio, no auditivo e somato sensorial. Recebem poucas informaes originada noreceptor sensorial perifrico com apenas poucas sinapses em suas vias sensrias.3. As reas sensoriais e motoras, secundarias e tercirias circundam as reas primarias e esto envolvida no processamento maiscomplexo, por suas conexes com reas associao.GNGLIOS BASAIS, HIPOCAMPO E AMIGDALA:so 3 nucleos profundos dos hemisfrios cerebrais. Gnglio basal consiste noncleo caudado, no putmem e no globo plido. Recebe aferencia de todos os lobos do crtex e emitem projees, pelo tlamo, para ocrtex frontal, participando da regulao dos movimentos.HIPOCAMPO E AMIGDALA:fazem parte do sistema lmbico, o hipocampo est envolvido com a memria. A amigdala tem participaonas emoes e se comunica com o SNA, por meio do hipotlamo.

    CARACTERISTICAS GERAIS DO SISTEMA SENSORIAL E MOTOR

    REL SINPTICO formado por ncleo rel, onde toda mensagem que vai para o crtex processado por esses ncleos.ORGANIZAO TOPOGRAFICA: somatotopico de para localizaes corporais especificas. No sistema visual, auditivo, tonotopico, eretinotopico.DECUSSAES:as reas do encfalo que s contem axnios decussantes, so chamadas de comissura.TRANSDUO SENSORIAL: transduo sensorial o processo pelo qual o estimulo do ambiente ativa um receptor e convertido emenergia eltrica.CAMPO RECEPTIVO:define a rea do corpo que, quando estimulada, produz alterao da freqncia da descarga de um neurniosensorial. Esse variam qunato ao tamanho, quanto menor , mais preciso ser a sensao.CODIFICAO SENSORIAL:os neurnios sensrias so responsveis pela codificao do estimulo ambiental.Modalidade sensorialcodificada muitas vezes pela linha rotulada.A localizao espacial os estmulos so codificados pelo campo receptivo dos neuronios sensoriais melhorada pela inibio lateral.Limiar menor estimulo codificado.

    Intensidade do estimulo pode ser codificada pelo numero de receptores que so ativados. A intensidade pode ser codificada peladiferena entre as freqncias de descargas. A intensidade pode ser codificada pela a ativao dos diferentes receptores.Durao codificado pela durao da descarga do neurnios sensorial.

    TIPOS DE RECEPTORES SENSORIAIS

    Mecanoceptores:ativado por variao da presso. Tato(corpsculo de pacini), audio(clulas ciliadas), vestibular(clulas ciliadas).

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    Fotoceptores: ativados pela luz. Viso(bastonete e cone)

    Quimiceptores: ativado por componentes qumicos. Olfato(receptor olfatiovo), gustao( brotamento gustativo), PO2 arterial.

    Termoceptores: ativado pela variao de temperatura. Temperatura(frio e calor).

    Nociceptores: ativado por graus extremos de presso, temperatura, subtsncias nocivas. Extremo da dor e temperatura.

    SISTEMA SOMATOSENSORIAL E DOR

    Processa a informao sobre tato, presso, dor e temperatura. As duas vias so:O sistema da coluna dorsal: processa sensaes de tato, de presso, e descriminao de dois pontos, vibrao e proprioceptivas.

    O sistema nterolateral: processa as sensaes de dor, de temperatura e tato fino.TRANSDUO SENSORIAL E OS POTENCIAIS DOS RECEPTORESTransduo sensorial o processo pelo qual o estmulo do ambiente ( Luz, compostos qumicos) ativa um receptor e convertido emenergia eltrica.Campos Receptivos:Define a rea do corpo que, quando estimulada, produz alterao da freqncia da descarga de um neurniosensorial.Os campos receptivos variam de tamanho. Quanto menor for o campo receptivo, mais precisamente ser localizada, ouidentificada, a sensao.

    CODIFICAO SENSORIALOs neurnios sensoriais so responsveis pela codificao dos estmulos do ambiente.Modalidade sensorialA localizaoO limiar o menor estmulo que pode ser detectadoA intensidade do estmuloA Durao

    SISTEMA NERVOSO AUTONOMO

    SISTEMA NERVOSO SOMATICO: o sistema voluntrio, formado por nico neurnio o motoneuronio, cujo corpo fica localizado no SNCe o axnio faz sinapse com os rgos inervados. O neurotransmissor liberado pelo pr sinaptico a Ach que si liga nos receptoresnicotnicos presente na placa motora do msculo esqueltico. Quando ativada induz a contrao do msculo.

    SISTEMA NERVOSO AUTONOMO: o sistema involuntrio, que controla e modula o funcionamento, primeiramente, dos rgoviscerais. formado por dois neurnios um pr-ganglionar e um neurnio pos-ganglionar. O corpo celular do pr-ganglionar fica no SNC eo axnio faz sinapse com o pos-ganglionar. O neurotransmissor liberado pelo pr-ganglionar Ach e o pos-ganglionar pode ser Ach ouNa. O SNA dividido em simptico e parassimptico.SNSimpatico: resposta luta ou fuga. Os gnglios do sistema simptico ficam localizados perto da medula espinhal. A localizao doneurnio pr-ganglionar toracolombar.O SNS as fibras psganglionares liberam Noradrenalina que se ligam a receptores muscarinicos presente nos rgos inervados.Exceto nas glndulas sudorparas onde o neurotransmissor a Ach.Ao taquicardia, vasoconstrio, diminuio do peristaltismo, broncodilatao, contrao do msculo destrusor da bexiga, aumentatransformao do glicognio em glicose pelo fgado.SNParassimpatico: os gnglios do sistema parassimptico ficam prximo dos rgo efetores. O neurnio pr-ganglionar origina-se dencleo dos nervos craniano, craniosacral.O SNP as fibras ps-ganglionares liberam Ach eu se ligam nos receptores muscarinicos presentes nos rgos efetores.Ao bradicardia, vasodilatao, relaxa o msculo destrusor da bexiga, broncoconstrio, aumenta os peristaltismos.Medula Supra Renal: um gnglio especializado da diviso simptica. A Ach estimula a medula supra renal a produzir adrenalina. Aadrenalina tem as mesmas funes da noradrenalina, a nica diferena que a noradrenalina um neurotransmissor enquanto aadrenalina um hormnio.

    PROTEINA GA protena G formada pela subunidades , dessas unidades a a que est envolvida na produo do segundo mensageiro. Essaunidade encontra-se ligada a uma molcula de GDP que ao receber o estimulo produzido pela ligao da substancia ao receptor, essamolcula de GDP trocada pela GTP que ir estimular o alvo caso essa unidade seja estimulatoria, da esse alvo ser estimuladosendo ativado. Esse alvo pode ser um canal inico que ativado abrir, ou pode ser uma enzima fosfolipase c que ira produzi um segundomensageiro o IP3 e DAG que estaro envolvidos no metabolismo celular, ou a adenilato ciclase que produzir GMPc que ativa a quinase

    A onde estar envolvida no metabolismo celular.

    LQUIDO CFALORAQUIDIANO (LCR).A superfcie do SNC est coberta por vrias camadas de tecido conjuntivo que formam a : Pia mater, aracnide e dura mater.O espao entre a pia mater e aracnide o espao Subaracnide contm o lquido cfaloraquidiano (LCR).O encfalo formado por 80% de lquido e a maior parte LCR.O LCR formado com intensidade 500ml por dia, pelas clulas epiteliais do plexo coride ( situado nos ventrculos laterais 3 e 4

    RESUMO IIFisiologia e Biofsica Profa. Juliana do ValleO Sistema Nervoso (SN) e o Sistema Endcrino (hormonal) desempenham a maioria das funes de controle do organismo- O SN controla atividades RPIDAS: contrao muscular, eventos viscerais que variam rapidamente, velocidade de secreo de algumasglndulas. - O S. Endcrino controla funes metablicas.A Unidade Funcional bsica do sistema nervoso o NEURNIO. Atuam tipicamente em grandes conjuntos de clulas associadas entre si(redes ou circuitos) e no isoladamente. Produzem e emitem pequenos sinais eltricos que codificam informaes do ambiente interno e

    externo, alm das informaes geradas no prprio SN. Esses sinais eltricos so chamados de impulsos nervosos e estes nada mais sodo que potenciais de ao que se propagam pela membrana do neurnio. Pode-se afirmar ento que neurnios geram e emitempotenciais de ao e atravs desses potenciais codificam informaes especficas.Apesar de possurem as mesmas caractersticas bsicas de outras clulas, os neurnios podem ser de morfologia bastante variada.

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    Legenda: Tipos bsicos de neurniosBipolar(interneurnio); Unipolar (n. sensorial); Multipolar(n. motor); Clula PiramidalNos circuitos neurais os neurnios recebeminformaes vindas de outros neurnios aos quaisest associado atravs de ramificaes do corpocelular chamadas dendritos. Um grande nmerode dendritos permite que o neurnio receba umavasta variedade de informaes vindas de clulasdiferentes. Um dos prolongamentos do corpo

    celular mais longo e fino, com poucas ramificaes a no ser na sua extremidade (terminal nervoso). Esse o axnio tambm chamadode fibra nervosa. Cada neurnio tem um nico axnio e por ele que o neurnio envia informaes para outras clulas.A regio de contato do terminal nervoso de um neurnio com os dendritos ou corpo (raramente com axnios) de outros neurnios chamada de sinapse e fundamental para o processamento da informao no SN. Entretanto, usaremos o termo sinapse como sinnimode processo fisiolgico de transmisso do impulso nervoso de um neurnio para uma outra clula.Ao analisar-se o SN de um vertebrado a olho nu notam-se partes dentro do crnio e da coluna vertebral e partes distribudas por todo oorganismo. As pores que ficam no crnio e coluna formam o Sistema Nervoso Central (SNC) e as demais formam o Sistema NervosoPerifrico (SNP).SISTEMA NERVOSO PERIFRICO (SNP): A maior parte das clulas nervosas encontra-se noSNC e o SNP contm menos clulas, mas possui um grande nmero de prolongamentos (fibras nervosas) agrupados em fileteschamados nervos. Os nervos so os principais componentes do SNP e uma de suas extremidades termina em um rgo e a outra estinserida no SNC, servindo como conexo entre os SNC e os rgos. A organizao morfolgica do SNP complexa e caracterstica decada espcie.Fisiologia e Biofsica Profa. Juliana do Valle

    Didaticamente podemos subdividir o SNP em dois: a DIVISO SENSORIAL e a DIVISO MOTORA. A diviso sensorial a poro doSNP encarregada de captar informaes em diferentes partes do ambiente interno e externo ao organismo e envilas o SNC, onde seroprocessadas. Tais informaes so captadas por neurnios especiais denominados receptores sensoriais. Os receptores sensoriaiscaptam sinais diferentes, transformam em impulso nervoso e enviam a informao, agora codificada, para o SNC. Como nas fibrasnervosas da diviso sensorial a informao trafega da periferia (diferentes partes do organismo) em direo ao SNC elas so chamadas

    de vias aferentes.

    A diviso motora a parte do SNP que coleta informaes j processadas pelo SNC e asenvia para diferentes partes do organismo para que o controle sobre os rgos/sistemas ea manuteno da homeostasia sejam possveis. As partes do organismo que recebem eexecutam um a ordem dada pelo SNC (conduzida pela diviso motora) so chamadas deefetores. Os efetores podem ser clulas musculares (cardacas, esquelticas ou lisas) ouglndulas (endcrinas ou excrinas). Portanto, as nicas ordens que o SNC pode mandarexecutar so contrao muscular e secreo glandular. Como nas fibras nervosas dadiviso motora a informao trafega do SNC em direo aos diferentes efetores elas sochamadas de vias eferentes. Os neurnios que enviam impulsos do SNC para msculosesquelticos so denominados neurnios motores. Os neurnios da diviso motora do SNPque enviam impulsos do SNC para msculo liso, cardaco e glndulas fazem parte doSistema Nervoso Autnomo (SNA).SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC): Anatomicamente pode-se dividir o SNC em duas

    grandes partes: encfalo (conjunto formado pelo crebro, cerebelo e tronco enceflico) que se encontra na caixa craniana; e medulaespinhal que se encontra no interior da coluna vertebral.

    Encfalo de diferentes vertebrados(da esquerda para direita)peixe (tubaro); anfbio (sapo); rptil (crocodilo); ave (ganso);mamfero (cavalo).A funo principal do SNC processar as informaes quechegam at ele atravs da diviso sensorial do SNP, demaneira que ocorram respostas motoras apropriadas. Esseprocesso requer a seleo das informaes relevantes e sabe-se hoje que mais de 9% de todas as informaes sensoriaisso descartadas pelo crebro como irrelevantes. Por exemplo,em geral no so percebidas as partes do corpo em contatocom as roupas, a presso do acento quando se est sentadoetc. Depois da informao sensorial ser selecionada ela

    conduzida para regies apropriadas do SNC (circuitos neurais) que tero o papel de processar essa informao e gerar a respostadesejada (quando necessrio). Essa canalizao da informao chamada de FUNO INTEGRADORA do SNC.Em que local se encontram os circuitos neurais responsveis por processar diferentes informaes? H 3 nveis principais deprocessamento da informao no SNC e cada um apresenta funes especficas:A. O nvel da MEDULA ESPINHAL: A medula no atua somente como um condutor de sinais partir da periferia do corpo para o crebro(ou na direo oposta) - controla funes mais simples como reflexos.Legenda (de cima para baixo): SNC; crebro; Medula espinhal; SNP; nervo perifricoFisiologia e Biofsica Profa. Juliana do Valle

    Muitas vezes os nveis superiores do SN operam enviando sinais para a medula e no diretamente para a periferia do corpoB. O nvel CEREBRAL INFERIOR: Muitas das atividades que chamamos de subconscientes do corpo so controladas nas reasinferiores do encfalo (tronco enceflico, hipotlamo, tlamo, cerebelo e gnglios da base). Ex.: o controle da presso arterial (PA) erespirao, controle do equilbrio, reflexos alimentares, padres emocionais (raiva, excitao, resposta sexual etc) reao dor etc.C. O nvel CEREBRAL SUPERIOR ou CORTICAL: O CRTEX um depsito extremamente grande de memria, nunca funciona sozinhosempre em associao com centros inferiores do SNC. Sem o crtex as funes do SNC inferior so muitas vezes imprecisas e, almdisso, ele essencial maioria dos processos de pensamento, mas tambm nesse sentido no funciona sozinho. Pode se dizer que cadaporo do SN desempenha funes especficas mas o CRTEX que abre o mundo para nossa mente.

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    As informaes so transmitidas no SN principalmente sob a forma de POTENCIAIS de AONERVOSOS chamados de "IMPULSOS NERVOSOS" atravs de sucesses de neurnios. Os sinais nervosos so transmitidos de umneurnio para outro neurnio (ou outra clula) atravs de um processo chamado SINAPSE.H dois tipos bsicos de sinapses, as qumicas e as eltricas. Nas sinapses eltricas o impulso nervoso transmitido atravs da trocadireta de ons entre as clulas envolvidas. Nas sinapses qumicas a transmisso feita com auxlio de um intermedirio qumico chamadoneurotransmissor. A maioria das sinapses usadas para transmisso de sinais no SNC do ser humano so do tipo qumico.SINAPSE QUMICA: Nesse tipo de sinapse o primeiro neurnio secreta uma substncia qumica (neurotransmissor) na fenda sinptica eessa substncia qumica age sobre protenas receptoras presentes na membrana do prximo neurnio (ou clula) para excit-lo ou inib-lo (provoca alteraes de voltagem). Muitas substncias neurotransmissoras foram descobertas. Algumas das mais conhecidas so aacetilcolina, norepinefrina, histamina, cido gama-aminobutrico (GABA), serotonina, dopamina, glutamato etc.As sinapses qumicas tm uma caracterstica muito importante: transmitem os sinais nervosos EMUMA S DIREO, isto , do neurnio que secreta o neurotransmissor (NEURNIO PR-SINPTICO) para o neurnio (ou clula) sobre

    o qual age o transmissor (NEURNIO PS-SINPTICO). Esse o chamado PRINCPIO da CONUDO em MO NICA.CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS SINAPSES QUMICAS: As sinapses qumicas podem ser classificadas como EXCITATRIAS ouINIBITRIAS, de acordo com o tipo de alterao eltrica que provocam no neurnio ps-sinptico. Sinapse excitatria: A alteraoeltrica torna o neurnio ps-sinptico excitado, ou seja, gera uma alterao de voltagem que o deixa mais positivo do que era norepouso.Sinapse inibitria: A alterao eltrica gerada no neurnio ps-sinptico o torna inibido, ou seja, gera uma alterao de voltagem que odeixa mais negativo do que era no repouso.CLASSIFICAO FARMACOLGICA DAS SINAPSES QUMICAS: As sinapses qumicas podem ser classificadas comoIONOTRPICAS ou METABOTRPICAS, de acordo com o tipo de protena receptora presente na clula ps-sinptica.Sinapse ionotrpica: A protena receptora ps-sinptica um canal regulado por comportas, seletivo para diferentes ons. A ativaodesses canais depende de estmulo qumico (neurotransmissor) que atuar abrindo a comporta do canal.Sinapse metabotrpica: A protena receptora ps-sinptica uma enzima que depende do neurotransmissor para ser ativada.Fisiologia e Biofsica Profa. Juliana do ValleH dois processos bsicos envolvidos na transmisso sinptica: a secreo de neurotransmissor e a interao dessa molcula com as

    protenas receptoras ps-sinpticas.

    1- SECREO de NEUROTRANSMISSOR: A membrana plasmtica na terminao pr-sinptica ricaem CANAIS PROTICOS de Ca+2 sensveis a variaes de voltagem (outras reas da fibra nervosatm poucos ou no tem tais canais). Quando um POTENCIAL de AO despolariza a terminao, umagrande quantidade de ons Ca+2 flui para dentro da terminao por esses canais. O Ca+2 estimula aliberao do neurotransmissor por EXOCITOSE. Assim, se a concentrao de Ca+2 aumenta naterminao a secreo de neurotransmissor tambm aumenta.2- AO DOS NEUROTRANSMISSORES: A membrana do neurnio ps-sinptico contm um grandenmero de protenas receptoras ps-sinpticas. Cada protena receptora tem dois componentesimportantes:STIO DE LIGAO: poro protica que se projeta para a fenda sinptica e especfica para a ligaocom um neurotransmissor. A ligao do neurotransmissor ao stio da protena receptora ativa essa

    protena.COMPONENTE TRANSMEMBRANA: poro protica que atravessa a membrana e projetam-se para o interior do neurnio ps-sinptico.Esse componente pode ser um canal que permite a passagem de ons especficos ou uma enzima que ativa a sntese de molculasespecficas no interior da clula ps.A interao da molcula de neurotransmissor com a protena receptora sempre provoca alteraes eltricas (de voltagem) na clula ps-sinptica. Tais alteraes podem tornar a clula excitada ou inibida. Por serem geradas na clula ps-sinptica essas alteraes devoltagem so chamadas de Potenciais Ps Sinpticos (PPS).As alteraes de voltagem que deixam a clula mais positiva do que ela era no repouso so chamadas de Potenciais Ps SinpticosExcitatrios (PPSE). Aquelas que deixam a clula mais negativa do que ela era no repouso so chamadas de Potenciais Ps SinpticosInibitrios (PPSI).Como os PPS so gerados? Justamente pela interao do neurotransmissor com as protenas receptoras. So caractersticas especficasda protena receptora que determinam se o PPS ser excitatrio ou inibitrio.H protenas receptoras que so canais regulados por comportas. Quando a clula est em repouso, esses canais esto inativos esomente um estmulo especfico pode ativ-los. No caso das protenas receptoras o estmulo sempre qumico, ou seja, oneurotransmissor. Ao se ligar no stio de ligao da protena receptora o neurotransmissor provoca a abertura das comportas, ativando ocanal.

    Ao serem ativados os canais das protenas receptoras permitiro a passagem de ons especficos para dentro ou para fora da clula,gerando com isso PPSs.Protena receptora seletiva para Na+: Quando o neurotransmissor se liga ao stio especfico dessa protena, ativa (abre as comportas) docanal que seletivo para o Na+. Esse on passar pelo canal ativo, entrando na clula em pequenas quantidades. Como o Na+ umction provocar pequenas mudanas na voltagem da clula ps, tornando-a mais positiva do que ela era no repouso, ou seja, gera umPPSE. Considere, por exemplo, uma clula que em repouso apresenta voltagem de -70mV. Ao gerar-se um PPSE nessa clula ela se

    torna ligeiramente mais positiva (- 60mV).

    Fisiologia e Biofsica Profa. Juliana do ValleProtena receptora seletiva para K+: Quando o neurotransmissor se liga ao stio especfico dessaprotena, ativa (abre as comportas) do canal que seletivo para o K+. Esse on passar pelo canalativo, saindo na clula em pequenas quantidades. Como o K+ um ction provocar pequenasmudanas na voltagem da clula ps, tornandoa mais negativa do que ela era no repouso, ou seja,gera um PPSI. Considere, por exemplo, uma clula que em repouso apresenta voltagem de -70mV.

    Ao gerar-se um PPSI nessa clula ela se torna ligeiramentemais negativa (-80mV).

    Protena receptora seletiva para Cl-: Quando oneurotransmissor se liga ao stio especfico dessa protena, ativa (abre as comportas) docanal que seletivo para o Cl-. Esse on passar pelo canal ativo, entrando na clula empequenas quantidades. Como o Cl- um nion provocar pequenas mudanas na voltagem daclula ps, tornando-a mais negativa do que ela era no repouso, ou seja, gera um PPSI.

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    Considere, por exemplo, uma clula que em repouso apresenta voltagem de -90mV. Ao gerar-se um PPSI nessa clula ela se tornaligeiramente mais negativa (-100mV).

    RESUMO III01. ORGANIZAO DO SISTEMA NERVOSO, FUNES BSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTNCIAS TRANSMISSORASAOrganizao do sistema nervoso

    Eixo sensorial somtico do SN (Ver fig. 45.2. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002)As informaes somticas so coletadas atravs de receptores sensoriais e enviadas para os diversos nveis do sistema nervoso central,onde so comparadas com informaes armazenadas.

    Eixo motor do SN (Ver fig. 45.3. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002)Controla a (1) contrao dos msculos esquelticos, (2) contrao dos msculos lisos nos rgos internos e (3) secreo pelas glndulasendcrina e excrinas

    Nveis principais da funo do SNCO nvel d a med ula es pin hal, formado pela medula espinhal, controla movimentos de marcha, reflexos de retirada, reflexos de sustentao

    contra gravidade, reflexos que controlam vasos sangneos localizados e movimentos gastrintestinais entre outros.O nvel c ereb ral in ferio r, formado pelo bulbo, ponte, mesen cfa lo, hi po tlam o, tlamo, gngl ios da base, controlam as atividades

    subconscientes. O controle subconsciente da presso arterial e da respirao feito no bulboe na ponte; O controle do equilbrio contacom a participao combinada do cerebelo, da substncia reticular do bulbo, da pontee mesen cfa lo; Reflexos alimentares, como asalivao em resposta ao gosto da comida e lamber os lbios so controlados por reas do bulbo, ponte, mesen cfa lo, amgdalaehi po tlam o.Obs. Muitos padres emocionais, como raiva, excitao, a resposta sexual, a reao dor e a reao ao prazer, podem ocorrer emanimais sem crtex cerebral (descorticados). Portanto, tais atividades tambm podem ser controladas pelo nvel cerebral inferior.

    O Nvel c ereb ral s up erio r formado pelo crtex cerebral, que um depsito extremamente grande de memria e funciona sempre emassociao com os centros inferiores do sistema nervoso.BFunes bsicas das sinapses1) ConceitoSinapse a juno entre dois neurnios. Representa a estrutura de comunicao entre o axnio terminal de um nervo (neurnio pr-

    sinaptico) e os dendritos ou corpo celular de um segundo nervo-alvo (neurnio ps-sinptico). o local por onde so transmitidos ossinais eltricos (potencial de ao) de uma clula parta outra. (Ver fig. 45.6. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIAMDICA , 10aed. 2002)2) MorfologiaAxodendrticaaxnio dendrito; Axossomticaaxniosoma; Axoaxnicaaxnio axnio; e Dendrodentrticadentrito dendrito (Ver fig. 45.5. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002).3) Sinapses eltricasNas sinapse eltricas, a variao do potencial de membrana de uma clula transmitida para outra clula, por meio de fluxo de corrente.Visto que a corrente flui diretamente entre duas clulas que formam a sinapse eltrica, a transmisso ocorre, praticamente, sem qualquerretardo sinptico e, de forma bidirecional.As clulas que formam sinapses eltricas so ligadas por junes abertas, que so estruturas em forma de placa que se formam quandoas membranas plasmticas de clulas acopladas ficam muito perto uma das outras (menos de 3 nm). Essas junes consistem em seissubunidades, circundando um canal central, que acessvel gua. Essa disposio hexagonal chamada de conexone, cada umadas seis subunidades protena nica (uma s cadeia polipeptdica) chamada de conexina(PM = 25 kDa).

    Nas junes abertas, os conexonsdas clulas acopladas so alinhados para formar os canais de conexon s(Ver fig.4.5. BERNE, RM;LEVY, MN. FISIOLOGIA, 4aed. 2000. Esses canais permitem passagem de molculas solveis em gua, com peso molecular de at 1,2a 1,5 kDa, de uma clula para outra e representam as vias para o fluxo o fluxo de corrente eltrica entre clulas.As clulas que so eletricamente acopladas podem ser desacopladas pelo fechamento dos canais de conexon s. Esses canais podemfechar-se em resposta ao da concentrao intracelular de Ca++ou de H+em uma das clulas, ou em resposta despolarizao de umaou de ambas as clulas.Ocorrem sinapses eltricas dispersas por todos os sistemas nervosos perifricos e centrais de invertebrados e vertebrados. As sinapseseltricas so particularmente teis nas vias reflexas, nas quais a rpida transmisso entre clulas (com pouco retardo sinptico) necessria, ou quando exigida a resposta sincrnica de diversos neurnios. Entre as muitas clulas no-neuronais que so acopladaspor junes abertas , incluem-se os hepatcitos, as clulas miocrdicas, as clulas musculares lisas intestinais e as clulas epiteliais docristalino.4) Sinapses qumicasA anatomia fisiolgica de uma sinapse pode ser vista na figura 45.6. (GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA ,10aed. 2002).Quando um neurnio forma uma sinapse qumica com outro neurnio, a terminao nervosa pre-sinptica se dilata para formar um bo toterminale, as membranas da pr e ps-sinptica esto em ntima aposio, ficando paralelas entre si.Devido a estrutura e organizao das sinapses qumicas, a conduo unidirecional e isso contribui para a organizao dos sistemasnervosos centrais dos vertebrados.Os sinais transmitidos pelas sinapses qumicas sofre retardo de aproximadamente 0,5 ms, que causado, principalmente, pelo temponecessrio para a liberao do neurotransmissor.5) Mecanismo de transmisso do potencial de aoO processo de transmisso comea quando um potencial de ao conduzido ao longo ao longo do axnio, at ao terminal axnico pr-sinptico. A despolarizao da membrana plasmtica do terminal axnico abre, transitoriamente canais de Ca++voltagem-dependentes. OCa++do lquido intersticial flui, ao longo de seu gradiente eletroqumico, para a terminao axnica. A concentrao aumentada de Ca ++no interior da terminao axnica faz com que as vesculas sinpticas se fundam com a membrana plasmtica, esvaziando o seucontedo na fenda sinptica, por exocitose. O neurotransmissor difunde-se atravs da fenda sinptica para ligar-se a protenas receptorasespecficas na superfcie externa da membrana do neurnio ps-sinptico. A ligao do neurotransmissor protena receptora (receptor)aumenta, transitoriamente, a condutncia da membrana ao on Na+, produzindo a despolarizao transitria da membrana do neurniops-sinptico.

    6) Receptores excitadores e inibidoresAlguns neurotransmissores, como a acetilcolina ou noradrenalina, ao serem liberados na fenda sinptica aumentam a condutncia do onNa+na membrana do neurnio ps-sinptico, o que determinar um potencial ps-sinptico excitador (PPSE). Por outro lado, se oneurotransmissor aumentar a condutncia do K+ou do Cl-, o potencial ps-sinptico ser inibidor (PPSI) (Ver fig. 45.9 (GUYTON, AC.;HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002).7) Remoo do neurotransmissor

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    O neurotransmissor liberado na fenda sinptica precisa ser removido para no continuar excitando o neurnio ps-sinptico. A acetilcolinapode ser removida da fenda sinptica por recaptao pelo neurnio pr-sinptico ou degradao pela enzima acetilcolinesterase, que atransforma em acetato mais colina, que ambos so utilizados para sntese de novas molculas de acetilcolina.A noradrenalina removida da fenda por degradao pela enzima COMT (catecol orto metil transferase)8) Transmissores de molcula pequena e de ao rpidaVer quadro 45.1 (GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002).Acetilcolina (excita / inibe); Noraepinefrina (excita / inibe); Dopamina (inibe); Glicina (inibe / abre canais para ons Cl-); GABA (inibe / abrecanais para ons Cl-); Glutamato (excita); Serotonina (inibe); xido ntrico (pouca alterao do potencial de membrana, porm modificafunes metablicas intracelulares que alteram a excitabilidade neuronal por segundos, minutos e, talvez, at por mais tempo).Obs. Os anestsicos gerais prolongam o tempo de abertura dos canais de Cl-receptores do GABA e, dessa forma, inibem os neurniosps-sinapticos nas sinapses GABArgicas. Os receptores para GABA podem ser o alvo principal dos anestsicos gerais.Obs. A alfa-toxinas do veneno de cobra ligam-se ao sitio fixador de Ach, na protena receptora de Ach impedindo, desse modo, a ligao

    da Ach e inibindo a sua ao. O curare tambm uma alfa-toxina, extrada de plantas usada para envenenar flechas, age de igual forma.9) Transmissores neuropeptdeos de ao lentaVer quadro 45.2 (GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002).02. RECEPTORES SENSORIAIS E CIRCUITOS NEURONAIS PARA O PROCESSAMENTO DA INFORMAOa) Receptores sensoriaisVer quadro 46.1 (GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002)

    Mecanoceptoresdetectam deformaes mecnicas do receptor ou dos tecidos adjacentes ao receptor (tato / corpsculos de Pacini /pele)

    Termoceptoresdetectam alteraes de temperatura (frio, calor / pele).Nociceptores(receptores de dor)detectam leses nos tecidos, tanto de natureza fsica quanto qumica (pele).Recepto res eletrom agnticos (Fotocep tores)detectam a luz sobre a retina do olho (retina)Quimioceptoresdetectam o gosto na boca, os cheiros no nariz, o nvel de oxignio no sangue arterial, a osmolalidade dos lquidos

    corporais e a concentrao do dixido de carbono entre outros (olfato / mucos olfativa; gustao / lngua; PO2arterial / corpos carotdeose articos; pH / bulbo).

    b) Circuitos neuronais:) Divergentes no mesmo feixe e em mltiplos feixesVer fig. 46.11 A e B (GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002).

    Convergentes de mltiplas fibras de entrada sobre um nico neurnioVer fig. 46.12 A e B (GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002).

    Circuitos reverberativosVer fig. 46.14 A e B (GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002)03. SENSAO SOMESTSICA E INTERPRETAO DOS SINAIS SENSORIAIS PELO ENCFALO

    ) Informao detectada por receptores e transmitida, atravs de cadeia neuronal, para o SNC.) As sensaes somticas podem ser do tipo:Exterocept ivaSo da superfcie do corpoPropriocept ivasSo as que tem a ver com o estado fsico do corpo (Sensao de posio do corpo; as sensaes dos tendes e dos

    msculos; as sensaes de presso da planta dos ps; sensao de equilbrio).VisceraisSo as das vsceras do corpo (rgos internos).

    Profundas- So as que vm dos tecidos profundos como os msculos e ossos.

    ) Essas informaes podem ser analisadas em diferentes reas do SNC (medula espinhal, tronco enceflico [bulbo, ponte e mesencfalo] etlamo), porm, a sensao fica melhor definida quando analisada no crtex somtico, principalmente na rea de associao somtica(AAS).04. FUNES MOTORAS DA MEDULA ESPINHAL E DO TRONCO CEREBRALA. Medula espinhal1. In tr oduoParte mais caudal do SNC, estendendo-se da base do crnio at a primeira vrtebra lombar. segmentada e contm 31 pares de nervosespinhais, que so formados por nervos sensoriais (aferentes) e motores (eferentes).2. Receptor es sen sor iais resp onsveis p ela pro duo d os reflexos med ulares

    ) Fuso muscular (Fig. 54.2. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA, 10aed. 2002)rgo em forma de fuso composto por feixes de fibras musculares modificadas, inervadas por neurnios sensoriais e motores. Os fusosmusculares ficam presos ao tecido conjuntivo e dispostos em paralelo com as fibras musculares extrafusais.Medem cerca de 100 m de dimetro por 10 mm de comprimento e encontram-se distribudos entre as fibras musculares.So abundantes nos msculos utilizados para movimentos finos, como os msculos extra-oculares ou pequenos msculos das mos. Nos

    msculos grandes, eles so mais abundantes naqueles ricos em fibras musculares de contrao lenta (tipo I).Funcionamento dos fusos musculares

    Quando o msculo estirado, as fibras extrafusais so alongadas. As fibras intrafusais tambm so alongadas, graas sus disposio emparalelo, no msculo;

    O aumento do comprimento das fibras intrafusais detectado pelas fibras aferentes sensoriais (grup o Ia). As fibras aferentes do g rupo Iadetectam a velocidade com que ocorre a variao do comprimento e as f ibras do grup o IIdetectam o comprimento das fibrasmusculares. Desse modo, quando o msculo estirado, o aumento do comprimento das fibras intrafusais ativa as fibras aferentessensoriais do grupo Iae do grupo II.

    A ativao das fibras aferentes do grupo Iaestimula os moto neurnios a,na medula espinhal. Esses mo toneurnios ainervam as fibrasextrafusais do mesmo msculo e, quand3o ativadas, fazem com que o msculo contraia (encurte). Assim, o estiramento inicial(alongamento) tem oposio, quando o reflexo produz a contrao e o encurtamento do msculo (Ver fig. 12.1BERNE, RM; LEVY, MN.FISIOLOGIA, 4aed. 2000).

    ) rgo tendinoso de Golgi (Ver fig. 54.7. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA, 10aed. 2002)Receptor de estiramento, encontrado nos tendes, que detecta a contrao (encurtamento) do msculo, quando ativa fibras aferentes do

    grupo Ib.Mede cerca de 100 mm de dimetro e 1 mm de comprimento.Cerca de 10 a 15 fibras musculares esto geralmente conectadas em srie com cada rgo tendinoso de Golgi, e o rgo estimuladopela tenso produzida por esse pequeno feixe de fibras musculares.Funcionamento:

    Quando o msculo contrai, as fibras extrafusais encurtam e ativam o rgo tendinoso de Golgi. Por sua vez, as fibras aferentes Ib, quefazem sinapse sobre interneurnios inibitrios, na medula espinhal, so ativadas. Esses interneurnios inibitrios fazem sinapse commotoneurnios a.

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    Quando os motoneurnios so ativados (ativados para inibir), inibem a descarga dos motoneurnios a, produzindo relaxamento do msculohomnimo (que estava contrado).

    medida que o msculo homnimo relaxa, o reflexo tambm faz que os msculos sinrgicos tambm relaxem, enquanto os msculosantagnicos contraiam.O rgo tendinoso de Golgi ativado por estiramento muscular ou por contrao do msculo. No entanto, a contrao do msculo oestmulo muito mais eficaz que o estiramento muscular. O estmulo a fora que se desenvolve no tendo que contm o rgo tendinosode Golgi.3. Reflexos medulares

    ) Reflexo flexor (Ver fig. 54.8. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA, 10aed. 2002)Promove a retirada ou afastamento da fonte geradora do estmulo. Ex. Alfinetada ou calor.Funcionamento:

    O estmulo doloroso ativa as fibras aferentes flexoras (grupos I, II e IV). Essas fibras aferentes fazem sinapses sobre mltiplos

    interneurnios, na medula espinhal (reflexo polissinptico)No lado ipsilateral ao estmulo doloroso, so ativados reflexos que fazem com que os msculos flexores contraiam, enquanto que os

    extensores relaxem. Essa parte do reflexo produz a flexo no lado ipsilateral (retirada da mo do fogo quente).No lado contralateral ao estmulo doloroso, so ativados reflexos que obrigam os msculos extensores a contrarem-se e os flexores

    relaxarem. Esta poro do reflexo produz extenso no lado contralateral, o chamado reflexo de extenso cruzada. Assim, se o estmulodoloroso atua sobre o lado esquerdo, o brao e a perna esquerdos vo se flexionar, afastando-se do estmulo, enquanto os membrosdireitos vo se estender, para manter o equilbrio.

    Uma descarga neural persistente (ps-descarga) ocorre nos circuitos polissinpticos. Em conseqncia da ps-descarga, os msculosassim contrados permanecem por certo tempo, aps ser ativado pelo reflexo.

    ) Reflexo de extenso cruzada (Ver fig. 54.8. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA, 10aed. 2002)Ocorre cerca de 0,2 a 0,5 s aps um estmulo provocar um reflexo flexor num membro, o membro oposto comea a se estender. Aextenso do membro oposto pode deslocar o corpo inteiro para longe do objeto que causa o estmulo doloroso no membro retirado.c) Reflexos medulares rtmicosCoar

    O reflexo de coar importante em alguns animais, sendo iniciado pela coceira e sensao de ccegase implica em duas funesdistintas: osentido de posio, que permite que a pata encontre o ponto exato da irritao na superfcie do corpo e um movimento decoar para frente e para trs.O movimento de coar para frente e para trscomo o das passadas da locomoo, envolve circuitos de inervao recproca queprovocam oscilao, passveis ainda de funcionar mesmo quando todas as razes sensoriais do membro oscilante estiverem seccionadas,tal como se verifica com os movimentos bsicos da marcha.O sentido de posiodo reflexo de coar altamente desenvolvido. Mesmo que uma pulga esteja se arrastando na altura do ombro deum animal espinhal (desmedulado) a pata traseira ainda pode encontrar sua posio, apesar de dezenove msculos terem que sercontrados simultaneamente num padro preciso para trazer a pata at a posio onde a pulga se arrasta. Para tornar o reflexo aindamais complicado, quando a pulga cruza a linha mdia, a primeira pata pra de coar e a pata oposta comea os movimentos para frente epara trs e, finalmente, encontra a pulga.Marcha ou de marcar passoSe um animal espinhal bem recuperado, com a transeco espinhal acima da rea das patas dianteiras for mantido acima de um8asuperfcie e permitido que suas patas fiquem suspensas (Ver fig. 54.12GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATA DO DE FISIOLOG IA MDICA ,10aed. 2002), o estiramento dos membros ocasionalmente provoca reflexos de pass8adas que envolvem todos os quatro membros. Emgeral, os movimentos de pas8sadas ocorrem diagonalmente entre as patas dianteiras e as traseiras, o que caracteriza manifestao dainervao recproca.d) Reflexos medulares autonmicosPeritonialOs reflexos peritnio-intestinais inibem a motilidade gastrintestinal em resposta irritao peritonial. Na apendicite, onde quase sempreocorre irritao do peritnio, o movimento do alimento pelo tubo gastrintestinal praticamente cessa, o que impede irritao adicional doapndice inflamado, ao mesmo tempo que permite o funcionamento dos processos de reparao do corpo, em nvel timo de eficincia.Sem esse reflexo, muitas pessoas morreriam de apendicite antes que pudessem receber os cuidados mdicos adequados.Controle vascularA resistncia ao fluxo sangneos nos vasos perifricos, em condies normais, controlado por sinais vasomotores que so transmitidosdo encfalo via medula espinhal. Aps transeco da medula espinhal, esses sinais no mais atingem os nervos perifricos, no entanto,os reflexos autonmicos medulares so capazes de modificar a resistncia vascular local, em resposta a fatores tais como dor, calor efrio.Vesicais e Retais

    Reflexos de evacuao para esvaziamento da bexiga e do clon, respectivamente. Quando tanto a bexiga como o 9reto ficamexcessivamente cheios, sinais sensoriais so transmitidos para os interneurnios da parte inferior da medula (Ver fig. 31.1; 63.6.GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA , 10aed. 2002). Os sinais apropriados so, ento, transmitidos por nervosparassimpticos de volta para a bexiga e para o clon, onde excitam o corpo dessas vsceras, mas, ao mesmo tempo inibem osesfncteres internos da uretra e do nus, o que permite o esvaziamento. Na pessoa normal, esses reflexos podem ser inibidos, at queocorra oportunidade adequada para o esvaziamento. Na criana e em alguns indivduos com transeco da medula espinhal, o reflexo dadefecao provoca esvaziamento automtico do intestino grosso em momentos inconvenientes durante o dia, devido falta de controleconsciente exercido atravs da contrao voluntria do esfncter anal externo.BFunes do tronco cerebral

    ) BulboNo bulbo esto os centros reguladores da respirao, da presso arterial, bem como os centros que coordenam os reflexos dadeglutio, da tosse e do vmito.

    ) PonteJunto com os centros bulbares, participa na regulao da respirao. Alm disso, a ponte retransmite informaes dos hemisfrioscerebrais para o cerebelo.

    ) Mesen cfa loparticipa do controle dos movimentos oculares. Contm ncleos rel dos sistemas auditivo e visual.

    05. CONTROLE DA ATIVIDADE MOTORA PELO CRTEX CEREBRAL, GNGLIOS DA BASE E CEREBELO.ACrtex cerebral) Os movimentos voluntrios dependem da interao entre as reas motoras do crtex cerebral, do cerebelo e dos gnglios da base.) reas motoras do crtex cerebral:) Crtex m oto r p rimriocontrola os msculos distais das extremidades) rea pr-moto racontrola os msculos proximais e axiais

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    ) Crtex moto r suplementarparticipa do planejamento motor e da coordenao) Campos oc ulares frontaisajudam a iniciar os movimentos sacdicos1[1] dos olhos

    BGNGLIOS DA BASE (VER FIG. 56.9, 56.10 E 56.11. GUYTON, AC.; HALL, JE.TRATADO DE FISIOLOG IA MDICA , 10aed.2002)Os gnglios da base participam da planificao e da execuo dos movimentos regulares, como cortar papel com tesoura, bater pregos,atirar uma bola de basquete dentro da cesta, passar por uma bola de futebol, os movimentos de cavar terra, alguns aspectos davocalizao, os movimentos controlados dos olhos e, virtualmente, qualquer outro dos nossos movimentos especializados.

    Ncleo cau dadoparticipa no controle cognitivo da atividade motora (planejamento da atividade motora). O controle cognitivo da atividademotora determina subconscientemente quais os padres de movimento que sero usados e em que seqncia para atingir um objetivocomplexo. Ex. Para uma pessoa fugir da presena de um animal feroz que se aproxima, ela responde instantnea e automaticamente (1)dando as costas ao animal, (2) comeando a correr (3) e mesmo tentando subir numa rvore. Sem as funes cognitivas, a pessoapoderia no ter a sabedoria instintiva, sem pensar muito, de responder rpida apropriadamente. O controle cognitivo da atividade motora

    determina subconscientemente quais os padres de movimentos que sero usados e em que seqncia para atingir um objetivocomplexo.

    Globo plido- Controla o posicionamento de fundo das grandes partes do corpo, quando uma pessoa comea a executar um padrocomplexo de movimento. Se uma pessoa deseja executar uma funo muito precisa com uma de suas mo, ela primeiro, posiciona seucorpo de modo apropriado e, em seguida, tenciona os msculos da parte superior do brao.Leses no globo plido freqentemente levam a movimentos reptantesespontneos, quase sempre contnuos, de uma das mos, de umbrao, do pescoo ou da face, movimentos estes chamados de atetose.

    Putmen- Funciona em conjuno com o ncleo caudado no controle dos movimentos intencionais grosseiros. Leses mltiplas noputmen levam a movimentos sbitosnas mos, na face e noutras partes do corpo, chamados de coria(doena de Huntington)

    Substncia negraleses na substncia negra levam a doena de Parkinson.Cerebelo (Ver fig. 56.1, 56.2 e 56.4. GUYTON, AC.; HALL, JE. TRATADO DE FISIOLOGIA MDICA, 10aed. 2002)

    ) Coordenao, planejamento e execuo dos movimentos; manuteno da postura e coordenao dos movimentos da cabea e dos olhos.) Funo amortecedora dos movimentos) Controle dos movimentos balsticosmovimentos sacdicos durante a leitura (mover os olhos de uma posio para a prxima durante a

    leitura ou quando se dirigem para pontos sucessivos ao longo da estrada quando a pessoa est de carro).