Resumo - Revista "o electricista" 31

21
LUZES energia solar fotovoltaica. que custos no fim de vida dos painéis? 2 REDES ENERGÉTICAS NACIONAIS REN investe no escoamento de renováveis 4 ESPAÇO VOLTIMUM.PT 2º seminário Voltimum 6 ESPAÇO AMB3E 8 ESPAÇO QUALIDADE métricas de monitorização dos processos 10 o triplo filtro 12 NOTÍCIAS 14 ARTIGO TÉCNICO quadros eléctricos – envolventes 30 CCTV – sistemas de video vigilância 34 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS sistemas de bombagem - 1.ª parte 38 FORMAÇÃO lições de electricidade 42 notas biográficas 48 práticas de electricidade 50 ventilação 54 BIBLIOGRAFIA 56 ENTREVISTA “não sentimos a falta de dinamismo no mercado da indústria” - entrevista a Jorge Mota Director-Geral da RITTAL PORTUGAL 58 REPORTAGEM BRESIMAR optimiza a produção das empresas 60 ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL PHOENIX CONTACT: fontes de alimentação 66 SEW-EURODRIVE expande a sua gama de consolas de operação DOP11B 70 POCON, Power Connection da WEIDMÜLLER 72 SIEMENS: novas classes de eficiência para motores de baixa tensão trifásicos (IE) 74 CALENDÁRIO DE FEIRAS E CONFERÊNCIAS 78 MERCADO TÉCNICO 80 TABELA COMPARATIVA motores eléctricos 96 PROJECTO 104 Director Custódio João Pais Dias [email protected] Director Técnico Josué Morais [email protected] Direcção Executiva Coordenador Editorial: Miguel Ferraz T. 225 899 628 [email protected] Director Comercial: Júlio Almeida T. 225 899 626 [email protected] Chefe de Redacção: Helena Paulino [email protected] Assessoria Ricardo Silva [email protected] Design Jorge Brandão Pereira em colaboração com Publindústria, Lda. Webdesign Martino Magalhães [email protected] Assinaturas T. 225 899 620 [email protected] Colaboração Redactorial Custódio Dias, Josué Morais, Ana Vargas, Pedro Lacerda Vale, Maria Manuel Costa, Cláudio Maia, José Cordeiro, André Sá, Jorge Castilho Cabrita, Manuel Teixeira, Paulo Peixoto, Carlos Coutinho, João Pratas, José Alberto Catarino, Beatriz Salvador, Lúcia Miranda, Marta Maltez, Luís Peixoto, Nuno Couto dos Santos, António Gomes, Roque Brandão, Sérgio Ramos, Modesto de Morais, Luís Cristóvão, Bernd Gischel, Manuel Peneda, Xavier Gol, Hilário Dias Nogueira, Paulo Monteiro Miguel Ferraz, Helena Paulino Redacção e Administração Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto . Portugal T. 225 899 620 . F. 225 899 629 www.publindustria.pt [email protected] Propriedade Publindústria, Lda Empresa Jornalística Registo nº 213163 Impressão e Acabamento Publindústria, Lda. Publicação Periódica Registo nº 124280 | ISSN: 1646-4591 INPI Registo nº 359396 Tiragem 7000 Exemplares Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Protocolos Institucionais STIEN, SIEC, SIESI, AFME, SINDEL, Voltimum, ACIST-AET, CPI Patrocionador Institucional

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Revista técnico-profissional de energia, telecomunicações e segurança.

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luzesenergia solar fotovoltaica. que custos no fim de vida dos painéis? 2

Redes eNeRgéticas NacioNaisReN investe no escoamento de renováveis 4

esPaÇo VoltiMuM.Pt2º seminário Voltimum 6

esPaÇo aMb3e 8

esPaÇo Qualidademétricas de monitorização dos processos 10

o triplo filtro 12

NotÍcias 14

aRtigo técNicoquadros eléctricos – envolventes 30

cctV – sistemas de video vigilância 34

eFiciÊNcia eNeRgética e eNeRgias ReNoVÁVeissistemas de bombagem - 1.ª parte 38

FoRMaÇÃolições de electricidade 42

notas biográficas 48práticas de electricidade 50

ventilação 54

bibliogRaFia 56

eNtReVista“não sentimos a falta de dinamismo no mercado da indústria”

- entrevista a Jorge Mota director-geral da Rittal PoRtugal 58

RePoRtageMbResiMaR optimiza a produção das empresas 60

aRtigo técNico-coMeRcialPHoeNiX coNtact: fontes de alimentação 66

seW-euRodRiVe expande a sua gama de consolas de operação doP11b 70PocoN, Power connection da WeidMülleR 72

sieMeNs: novas classes de eficiência para motores de baixa tensão trifásicos (ie) 74

caleNdÁRio de FeiRas e coNFeRÊNcias 78

MeRcado técNico 80

tabela coMPaRatiVamotores eléctricos 96

PRoJecto 104

Directorcustódio João Pais dias [email protected]

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Miguel Ferraz, Helena Paulino

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Tiragem7000 exemplares

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Voltimum, acist-aet, cPi

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sendo Portugal um dos países europeus com maior valor

médio anual de horas de exposição solar é particularmente

adequado ao estabelecimento de instalações de produção de

energia eléctrica, baseada em painéis fotovoltaicos. Por isso,

têm sido criados incentivos ao estabelecimento destas insta-

lações, sobretudo na vertente da microprodução. No entanto,

simultaneamente, temos assistido à concretização de alguns

grandes investimentos na área da energia solar fotovoltaica,

tal como a central solar Fotovoltaica da amareleja, em Moura,

que constituiu um investimento de mais de duzentos milhões

de euros, tendo uma capacidade instalada de 46,41 MW de

pico e 35 MW de potência de injecção na rede e ocupando

uma área de terreno de cerca de duzentos e cinquenta hecta-

res, que é uma dos mais importantes instalações deste tipo a

nível mundial. Mais recentemente, perto do fim do ano pas-

sado, Portugal tornou-se também detentor da maior central

solar fotovoltaica do mundo instalada em ambiente urbano.

Refiro-me à central Fotovoltaica do Mercado abastecedor

da Região de lisboa (MaRl), situada em são Julião do tojal,

loures. um investimento de mais de trinta milhões de euros,

com uma potência de 6 MW, que compreende cerca de trinta

mil painéis solares de silício policristalino, cinquenta e nove

conversores dc/ac, onze postos de transformação de 315 kVa

e treze postos de transformação de 250 kVa ligados à rede

de 10 kV.

se, por um lado, o investimento em instalações de produção

de energia eléctrica com base em energias renováveis atesta

a nossa sensibilidade para o problema da sustentabilidade do

desenvolvimento e a nossa vontade de empreender acções que

visam melhorar a situação, por outro lado, o recurso à tecno-

logia fotovoltaica provoca-me algumas dúvidas, para as quais

ainda não encontrei resposta cabal. trata-se de saber o que

acontecerá no fim da vida útil dos painéis.

sabendo que a produção de energia eléctrica com base na

tecnologia fotovoltaica é um processo com baixo rendimento,

não atingindo ainda os vinte por cento nas soluções comer-

cialmente disponíveis, por cada KW a instalar a quantidade de

equipamentos que têm de ser utilizados é bastante superior ao

que seria necessário recorrendo a outras fontes de energia re-

novável. assim, para além de ser necessária uma maior quan-

tidade de materiais e, possivelmente, de energia para produzir

os equipamentos fotovoltaicos, sabemos que dentro de pouco

energia solar fotovoltaica. que custos no fim de vida dos painéis?

mais de duas décadas esses equipamentos chegarão ao fim da

sua vida útil, dado que o seu rendimento diminuiu para valores

desinteressantes, tendo de ser substituídos, o que na altura

porá a questão de saber o que fazer com a enorme quantidade

de painéis fotovoltaicos que serão retirados de uso.

embora pareça que o problema do fim de vida dos painéis

fotovoltaicos só se colocará nos grandes investimentos, como

os referidos anteriormente, tal não é verdade na medida em

que o microprodutor que tenha instalados na sua propriedade

alguns poucos painéis ver-se-á confrontado com a mesma di-

ficuldade, a diferença está apenas na escala do número. creio

que, por razões ambientais e de dimensão dos equipamen-

tos, estará fora de questão pegar nos painéis e ir colocá-los

no ecoponto. Haverá certamente um procedimento de reci-

clagem obrigatório, com custos. Que dimensão terão esses

custos relativamente ao preço de venda do painel em novo?

Quem assumirá esse custo? será o proprietário do painel a

pagá-lo quando o depositar no centro de recolha? ou, pelo

contrário, não haverá lugar a qualquer pagamento, pois esse

custo já está incluído no preço de venda dos painéis, tal como

a ecotaxa que actualmente é aplicada na venda de pneus e

óleos no ramo automóvel. Para um cabal esclarecimento do

público seria bom que alguém de direito desse resposta a es-

tas questões, para que o investidor, sobretudo o micro, me-

nos conhecedor destas dificuldades e por isso menos atento a

elas, não se veja no futuro a braços com uma situação para a

qual não foi alertado e que poderá gorar, pelo menos parcial-

mente, as suas expectativas de lucro.

obviamente, que a análise do custo de uma instalação na pers-

pectiva de uma análise de ciclo de vida não se coloca só para

as fotovoltaicas, coloca-se para todas. contudo, creio que a

análise financeira comparativa entre as diferentes tecnologias

de produção de energia eléctrica com base em fontes renová-

veis, actualmente disponíveis ao grande público consumidor,

deve incluir os custos que terão após o fim de vida, sob pena de

estarmos a falsear os resultados dessa comparação.

Custódio Pais DiasDirector

luzes

Page 3: Resumo - Revista "o electricista" 31

Espaço QualidadE

Para o estudo em questão, foi julgada interessante a abordagem relativa à me-dição dos processos:

1. Gestão de recursos Pessoas, outros recursos

2. Realização do produto / serviço Negócios

3. Medição e análise

Resultado do negócio Resultado da satisfação cliente Resultado da satisfação colaborador Impacto na sociedade (ambiental, so-

cial, mecenato, entre outros)

Referências:8.2.3 “Monitorização e medição dos processos (ISO 9001 / 2008)”

Espaço QualidadE

Métricas de monitorização dos processos

por Pedro Lacerda Vale

10

Primeira Hipótese

CiClo “PDCA” PARA A Gestão Do PRoCesso

› “P” do planeamento:1. Desdobramento e alinhamento dos objectivos estratégicos pelos processos;2. Lógica da gestão por processos “versus” estrutura departamental; 3. Ligação da avaliação do desempenho dos colaboradores, aos objectivos do processo;4. Papel do gestor dos processos (determinação dos indicadores a usar na gestão dos pro-

cessos);

› “D” do (construção dos indicadores):1. Indicadores qualitativos e quantitativos;2. Indicadores de processos por áreas/actividades distinguindo as críticas das débeis;3. Considerar quatro tipos de indicadores: Tempo; Satisfação dos clientes (out); Fornecedores (in); Valor acrescentado (recursos “versus” resultados).

› “C” + “A” check-act (avaliação e revisão)1. Indicadores para quê? Com que objectivo?;2. Estabilidade da revisão “versus”: Actualização da mudança; Sistemas de medição.3. Maturidade processos / sistema (principais dificuldades; formulação de indicadores, actualização das ferramentas, equilí-

brio da informação).

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

30

quadros eléctricos – envolventes

Uma outra característica do quadro é a protecção de pessoas contra contactos directos e indirectos das partes activas dos equipamentos e barramentos.

A falta de conhecimento ou inexperiência sobre quadros eléctricos conduz ao seu incorrecto dimensionamento levando, a diversas situações de perigo e mau desempenho da instalação. É nesse sentido que surge este artigo de apoio aos profissionais do sector electrotécnico. O artigo desenvolve a escolha dos vários tipos de envolventes e suas características (protecção, isolamento e compartimentação).

1› Tipo de envolvenTeCaracteriza-se com o tipo de matéria-prima que é construído, dividindo-se principalmente pelas seguintes categorias:

Tabela 1 . Tipo de envolvente segundo a matéria-prima.

Cláudio MaiaAccout Manager da Rittal Portugal

Um elemento fundamental no apoio à segurança de pesso-as e equipamentos nas instalações eléctricas é sem dúvida o quadro eléctrico. Apesar de ser um elemento que passa des-percebido, está presente desde a produção de energia até ao sector industrial e doméstico. O quadro suporta e protege a aparelhagem eléctrica de corte e protecção, medida, automa-ção, entre outros.

Com estes materiais, temos outras versões:

› Compatibilidade electromagnética (EM-C) - Blindagem contra campos eléctricos que, em muitos casos, dispensa o uso de equipamentos EMC. Material em chapa de aço com revestimento em liga de alumínio/zinco, acabamento externo com pintura electrostática a pó, superfícies internas me-tálicas sem revestimento. Aplicações, como por exemplo, telecomunicações.

› Risco de explosão (EX) - Blindagem à prova de explosão e contra campos eléc-tricos. Materiais em inox ou fibra de vidro. Armários pressurizados. Aplicações em zo-nas de combustíveis, zonas Atex.

2› Índice de proTecção ip e iKA International standard IEC 60529 define o grau de protecção contra a intrusão de objectos sólidos (incluindo partes corporais como mãos e dedos), poeiras, contactos acidentais e água nos quadros eléctricos. A norma tem como objectivo fornecer aos utilizadores uma informação detalhada e inequívoca. O código IP, International Pro-tection Rating, é composto por dois dígitos e uma letra opcional – ver Tabela 2.

Material Caracter íst icas Exemplo de apl icações

Chapa de Aço Aplicação comum, espessura de 2.5 mm, pintura

electroforética por imersão, com acabamento externo de pintura electrostática a pó com pintura texturada.

Automação industrial, residencial.

Aço Inoxidável Aço inoxidável (AISI 304 ou AISI 316L com

acabamento melhorado). Indústria alimentar, indústria química.

Poliéster Policarbonato reforçado com fibra de vidro.

Resistência aos raios UV e a líquidos. Ideal para zonas expostas à intempérie.

Exteriores.

Alumínio Forte resistência à intempérie e vandalismo. Constituído

normalmente por Alumínio de 2,0 mm, AlMg3.

Armários telecomunicações (ex: auto-estradas,

controlo de trafico).

EX Blindagem à prova de explosão e contra campos

eléctricos. Materiais em inox ou fibra de vidro. Armários pressurizados.

Zonas de combustíveis, Zonas Atex.

Page 5: Resumo - Revista "o electricista" 31

revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

34

CCTV

Embora a maioria dos sistemas de CCTV existentes, seja analógico, baseado na trans-missão de vídeo composto através de cabo coaxial, a tendência actual do mercado está a mudar, adoptando-se cada vez mais a tec-nologia IP.

Figura 1 . Interface de controlo via computador.

O que é a VigilânCia iP?Actualmente, a vigilância IP está a ser muito usada como uma solução de segurança efi-caz que oferece funções de monitorização e controlo avançadas. Com o surgimento da época digital que veio expor as falhas da sua predecessora analógica, aliado ao facto de se verificar uma cada vez maior sociedade on-line, estão, por isso, a ser implementadas várias vantagens sobre os anteriores siste-mas CCTV.

José CordeiroMKTi – Domótica e Iluminação

A vigilância IP é composta por câmaras CCTV que utilizam o Protocolo de Internet (IP) para transmitir dados de imagem e con-trolar sinais numa Rede Ethernet ou numa Rede sem fios. Isto é normalmente conse-guido através da instalação de câmaras IP juntamente com um gravador de vídeo em rede (NVR), que então dá origem a um siste-ma de registo e reprodução completo.

A vigilância IP oferece todas as funcionali-dades superiores de um sistema CCTV ana-lógico eficaz, ao mesmo tempo que oferece vantagens adicionais, tais como uma maior acessibilidade, alertas em tempo real, maior poupança de custos, armazenamento virtual ilimitado e distribuição de imagem segura.

COmO insTalar O sisTema de VigilânCia iP?Quer comece a instalação do princípio, faça um alargamento de uma rede IP existente ou actualize uma solução CCTV, as soluções de vigilância IP podem ajudá-lo a tirar o máximo partido da solução, minimizando os custos. E dado que a maior parte das orga-nizações já têm uma infra-estrutura de rede a funcionar, a instalação da solução de vigi-lância IP é um processo simples e sem falhas

CCTV (Closed-Circuit Television) em português circuito fechado de televisão define os sistemas de vídeo vigilância. Os Siste-mas de CCTV, tal como o nome indica, são compostos por um conjunto de câmaras fixas ou rotativas em circuito fechado, transmitindo imagens para um gravador central que permite captar e gravar imagens do que se está a passar num deter-minado local.

{sisTemas de VideO VigilânCia}

que requer um investimento mínimo.O que é ainda mais importante é que as câ-maras de rede actuais são baratas e fáceis de instalar, sobretudo os últimos mode-los com a funcionalidade PoE (Power over Ethernet) – o que permite ter soluções ener-geticamente mais flexíveis e eficazes.

Figura 2 . Centro de controlo de sistema CCTV IP.

A instalação das Câmaras IP é muito sim-ples, basta ligar a alimentação e instalar o software. Através do software pode definir a resolução de visualização/gravação, o núme-ro de frames, a forma de gravação (contínua ou quando detecta movimento), entre outras. Para aceder via internet basta configurar o router, abrindo uma porta para a câmara.

Pode aceder à Câmara IP via software ou Browser (Internet Explorer ou outro). Usan-

Page 6: Resumo - Revista "o electricista" 31

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

42

liçõesLIÇÕES DE ELECTRICIDADE

58.3.2› Pilha elementarÉ possível realizar uma pilha elementar de di-versas formas. Uma delas consiste em obter um limão, um objecto de cobre (um fio eléc-trico ou uma moeda) e um objecto de zinco (de uma pilha usada, por exemplo). Estes dois últimos devem ser raspados para tornar as superfícies condutoras da electricidade e inseridos profundamente no limão. Com um voltímetro pode medir-se entre os dois uma tensão de cerca de meio volt. O ácido do li-mão funciona como electrólito e os dois me-tais como eléctrodos. Pode realizar-se uma experiência idêntica com outros electrólitos e outros metais, obtendo valores diferentes de tensão para metais diferentes.

58.3.3› Pilha de Volta

58.3.3.1› ConstituiçãoComo se indicou, cada elemento da pilha

de Volta é constituído por dois eléctrodos, um de zinco e outro de cobre, mergulha-dos numa solução aquosa de ácido sulfúrico (electrólito) (figura 264).

Ligando exteriormente o cobre e o zinco por um condutor eléctrico, verifica-se que há passagem de corrente do eléctrodo de cobre (pólo positivo) para o de zinco (pólo negativo).

58.3.3.2› Funcionamento

a) Diferença de potencial inicialMuitos metais mergulhados em água dissol-vem-se, pelo menos parcialmente. Ao mer-gulhar o zinco na solução de ácido sulfúrico, os átomos neutros de zinco perdem electrões 2 por cada átomo), originando iões positivos que passam para a solução, enquanto os electrões permanecem no metal do eléctro-do (figura 265). Isto conduz a um excesso de electrões no interior do eléctrodo de zinco. À medida que a dissolução continua, os iões de zinco junto do eléctrodo repelem novos iões de zinco que se pretendam criar, dificul-tando a continuação da dissolução e o au-mento do excesso de electrões no eléctrodo. Cada novo ião de zinco, ao ser repelido pelos restantes e ao entrar em contacto com dois electrões do eléctrodo regenera um átomo neutro de zinco. Nestas condições, o eléctro-do de zinco fica com um potencial negativo em relação à solução, pois no eléctrodo há

Jorge Castilho CabritaEngenheiro Electrotécnico (IST)/Professor do Ensino Secundário

Neste segundo artigo dedicado às pilhas primárias (não recar-regáveis) são analisadas a constituição e funcionamento de diversas pilhas, desde as primeiras até algumas mais recentes, mostrando um pouco da evolução verificada.

30º. pARTE capítulo II - corrente contínua

Electroquímica (5ª parte) – Pilhas primárias (2ª parte)

excesso de cargas negativas e na solução há excesso de cargas positivas.

figura 265 . Dissolução do zinco.

De forma similar, também o cobre se dissol-ve na solução (figura 266), produzindo iões positivos de cobre e electrões (2 por cada átomo) que ficam no interior do eléctrodo.

A capacidade de ionização depende de cada metal, sendo a do zinco mais fácil do que a do cobre. Por isso, o eléctrodo de zinco fica com maior excesso de electrões do que o de cobre. Assim, os potenciais dos eléc-trodos de cobre e de zinco são inferiores ao da solução, mas o do eléctrodo de cobre é superior ao do eléctrodo de zinco, pelo que o eléctrodo de cobre está a um potencial mais positivo que o de zinco. Desta forma se ge-rou uma f.e.m. entre os eléctrodos.figura 264 . Elemento da pilha de Volta.

pólonegativo

pólopositivo

COBREZINCO

(H2 SO4) aq

(H2 SO4) aq

Page 7: Resumo - Revista "o electricista" 31

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO - PRáticAs de electRicidAde o electricista

pira, provocada pelo seu movimento no campo magnético. Se o con-dutor ou espiras deixarem de rodar, deixa de haver causa (variação de fluxo) e portanto, também o efeito (f.e.m. induzida).

Quanto a lei de Hopkinson rege o estudo dos circuitos magnéticos e diz que:A força magnetomotriz Fm = NI de um circuito é igual ao produto do fluxo Φ no circuito pela relutância magnética Rm do mesmo: Fm= NI = Φ.Rm. A relutância magnética depende, como sabemos, apenas das características do circuito magnético. Portanto esta lei relaciona a corrente eléctrica na máquina com o fluxo magnético produzido pelo campo magnético existente e ainda com relutância (resistência magnética) do circuito.

Motores do tipo perendev› o que é um motor?Não é possível explicar o motor Perendev sem existir um conheci-mento prévio do que é no fundo, um motor. O motor é nada mais nada menos do que um dispositivo que converte outras formas de energia em energia mecânica, de forma a impelir movimento a uma máquina ou veículo.

› Motores do tipo perendevOs motores do tipo Perendev funcionam devido à indução magné-tica, são conhecidos já há algum tempo e têm chamado bastante atenção devido ao facto de não necessitarem de energia eléctrica. O girar do motor é explicado a partir apenas de considerações de mudança de fluxo magnético, resultando na aparição de um bi-nário magnético entre as partes. O motor a ser construído tem de obedecer à configuração demonstrada na figura seguinte.

ficha prática n.º 21{Motores perendev}

introduçãoNeste momento em que o preço do petróleo atinge valores recordes quase diariamente, e o aquecimento global assume uma importância cada vez maior na agenda pública, a necessidade de fontes de ener-gia alternativa nunca foi tão urgente.

O motor magnético permitirá um salto gigantesco na área energé-tica: fonte renovável, não poluidor e económico, são as vantagens sobre tudo o que temos hoje.

Como o ser humano tem demonstrado ao longo da história, precisa-remos apenas de algum tempo para desenvolvê-lo para substituir o motor de combustão interna. O motor magnético necessita apenas de um impulso inicial que pode ser mecânico ou eléctrico e, de se-guida, roda infinitamente.

princípios do MagnetisMoPara entender o funcionamento de um motor Perendev é necessário, primeiro entender os princípios do magnetismo, nos quais as leis de Lenz e Faraday e a lei de Hopkinson são fundamentais.

As leis de Lenz e Faraday dizem que, sempre que um condutor ou uma espira se movimenta dentro de um campo magnetico, cortando as suas linhas de força, aparece aos seus terminais uma força elec-tromotriz (f.e.m.) induzida, que tende a opor-se à causa que lhe deu origem; se o condutor ou espira forem ligados a uma carga, o circuito será percorrido por uma corrente induzida. A causa que originou a f.e.m. é, obviamente, a variação do fluxo através do condutor ou es-

Manuel Teixeira e Paulo PeixotoATEC

50

Figura 1 . Pólos Norte e Sul de um íman

Page 8: Resumo - Revista "o electricista" 31

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

54Texto cedido por Soler & Palau, Lda.

Determinação Das necessiDaDesRSECE – Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios, especificam-se os diversos caudais necessários de ar novo para diversos locais.

Para a ventilação deste tipo de locais é indicado um caudal de 15 l/s (54 m3/h) por cada m2 de superfície.

Assim, o caudal necessário será de:

Q = 400 x 35 = 14.000 m3/h

{Ventilação De um Pub}casos de aplicação

o Problema

DaDos a ter em consiDeração

Trata-se de ventilar um Pub que está em construção e no qual, nos dias de máxima ocupação, se prevê que possam estar cerca de 400 pessoas, o que provocará um alto grau de contaminação e de ambiente saturado.

O local tem uma superfície de 220 m2, 3 m de altura e um tecto falso com uma altura de 0,35 m. Uma das entradas dá para uma rua e a face oposta dá para um pátio interior. O local terá um sistema de ar condicionado por condutas, mas desconhece-se a capacidade das mesmas.

a soluçãoEm locais com ar condicionado através de condutas, uma parte da aspiração da unidade interior pode ser ligada a uma conduta que as-pire ar do exterior, para assim se irem diminuindo os contaminantes. No entanto, neste caso, dado o considerável caudal de ar a mover, deve prever-se um sistema independente de ventilação, tanto de im-pulsão como de extracção, de modo a que se consiga garantir uma adequada entrada de ar exterior.

Em consequência, propõe-se a instalação de ambos os sistemas com as seguintes características:

› referências dos equipamentos escolhidossistema de impulsãoCVTT-18/18-800/400 rpm 5,5/1,2 kWsistema de extracçãoCVTT-18/18-720/360 4,5/0,9 kW

› impulsãoInstalar-se-á uma caixa de ventilação do tipo CVTT-18/18–8000/400 rpm 5,5/1,2 kW juntamente com um filtro prévio para assim se evitar a entrada de pó do exterior para o interior. Este filtro foi calculado para uma perda máxima de 15 mmca.

Prevê-se também a instalação de um silenciador (com uma perda de carga admissível máxima de 15 mmca) colocado na boca de aspira-ção para assim se evitarem ruídos para os vizinhos.

Da caixa de ventilação sairá uma conduta, o mais quadrada possível, mas, devido ao facto de a altura do tecto falso ser de apenas 35 cm, deve prever-se a possibilidade de utilização de uma conduta de 1,6*0,35 m para se permitir a passagem do caudal previsto (seria pre-ferível que a conduta fosse maior). Dessa conduta sairão dois ramais de secção constante (por exemplo, 0,8*0,35) nos quais se instalarão, no mínimo, 6 grelhas em cada um.

Figura 1 . CVTT

Page 9: Resumo - Revista "o electricista" 31

calendárioFEIRAS . CONFERÊNCIAS

78

feira temática local data contacto

AMPER 2010 Feira Internacional de Electrotécnica Praga 13 a 16 Abril 2010 Terinvest Ltd. e Electrónica Rep. Checa [email protected] www.terinvest.com HAnnovER MEssE Feira Internacional de Tecnologias Hanover 19 a 23 Abril 2010 Câmara do Comércio e Indústria Luso-Alemã2010 Industriais Alemanha [email protected] www.hf-portugal.com ExPo ElECtRoniCA Exposição de Componentes Moscovo 20 a 22 Abril 2010 Crocus Expo2010 Electrónicos e Equipamentos de Rússia [email protected] Assemblagem www.primexpo.ru

EWEC 2010 Conferência e Exposição Europeia Varsóvia 20 a 23 Abril 2010 EWEC de Energia Eólica Polónia [email protected] www.ewec2009.info

ExPoConstRói 2010 Feira de Equipamentos e Materiais Batalha 21 a 25 Abril 2010 ExpoSalão para a Construção Civil Portugal [email protected] www.exposalao.pt tEktóniCA Feira de Construção e Obras Públicas Lisboa 11 a 15 Maio 2010 FIL - Feira Internacional de Lisboa Portugal [email protected] www.fil.pt

EnERGEtikA AnD Feira Internacional de Electrotécnica S. Petersburg 11 a 14 Maio 2010 Lenexpo ElEktRotEkHnikA e Electrónica Rússia [email protected] www.mvk.ru/eng REnExPo PoRtuGAl Feira e Conferência Internacional Lisboa 13 a 15 Maio 2010 REECO Portugal Unipessoal Lda. sobre Energias Renováveis e Portugal [email protected] Eficiência Energética www.renexpo-portugal.com

ExPoPoWER Feira da Indústria da Energia Poznan 18 a 20 Maio 2010 Poznan International Fair Polónia [email protected] www.mtp.pl/en

v JoRnADAs Jornadas Técnicas de Electricidade Viana do 19 a 21 Maio 2010 Revista “o electricista”tECnolóGiCAs e Energias Renováveis Castelo [email protected] Portugal www.jornadastecnologicas.pt

GEnERA 2010 Feira Internacional de Energia e Madrid 19 a 21 Maio 2010 Ifema (Feira de Madrid) Meio Ambiente Espanha [email protected] www.ifema.es

AMbinERGiA Feira de Ambiente, Energia e Porto 27 a 30 Maio 2010 Exponor Sustentabilidade Portugal [email protected] www.ambinergia.exponor.pt

PoWERtAGE 2010 Feira de Produção, Transporte e Zurique 1 a 3 Junho 2010 MCH Foire Suisse Distribuição de Energia suíça [email protected] www.messezh.ch

ElEktRo 2010 Feira Internacional de Electrotécnica Moscovo 7 a 10 Junho 2010 ZAO Expocentr e Electrónica Rússia [email protected] www-eng.expocentr.ru

AutoMátiCA 2010 Feira de Automação Munique 8 a 11 Junho 2010 MundiFeiras Alemanha [email protected] www.messe-muenchen.de

Page 10: Resumo - Revista "o electricista" 31

ARTIGO TÉCNICOgraus de protecção: selecção de equipamentos em função das condições

de serviço e das influências externas 105

não sejas apanhado pelo touro! 107

DOSSIERITED e ITUR 109

REPORTAGEMinterplay tour 2010: a interacção que faz a diferença 131

Está em contagem decrescente a chegada dos veículos automó-veis ligeiros com mobilidade apenas assente na energia eléctri-ca. As baterias de acumuladores, elemento fundamental para o armazenamento e disponibilização da energia necessária para o efeito, estão em desenvolvimento e em breve estarão disponí-veis. O governo anunciou a inclusão no Orçamento do Estado, de uma verba de vinte e cinco milhões de euros, corresponden-do ao financiamento/apoio com cinco mil euros a cada um dos primeiros cinco mil veículos eléctricos adquiridos.

Há um paradigma que se altera na mobilidade e ainda nas con-sequências que essa alteração trará ao sector eléctrico.

O uso de combustíveis fósseis poderá ser substancialmente re-duzido bem como as emissões de CO

2. As baterias dos veícu-los poderão vir a ser preferencialmente carregadas nas horas de vazio, altura em que a energia é mais barata e ainda com a possibilidade de se aproveitar essencialmente a energia prove-niente da geração eólica durante a noite. Nas horas de ponta, a rede poderá ser alimentada pelas baterias de acumuladores dos veículos que a ela estarão ligados, reduzindo o esforço e as perdas de transporte da energia nesses horários. As baterias dos veículos funcionariam assim como uma gigantesca bateria de acumuladores, ajudando a resolver um problema ancestral que é precisamente o da acumulação de energia que de outra forma seria desperdiçada, como é o caso da energia hidroeléctrica que por vezes, devido aos caudais afluentes elevados, leva ao des-carregamento e consequente desperdício de água por falta de capacidade de armazenamento da mesma. Na energia de pro-

mobilidade com tracção eléctrica

veniência termoeléctrica, quer convencional, quer nuclear (que ainda não temos por cá), a dificuldade de redução de carga em tempos relativamente curtos conduz a um excesso de produção pode também ser solucionada com recurso ao armazenamento nos veículos eléctricos.

Desta forma o diagrama de carga nacional poderia sofrer um “alisamento”, melhorando significativamente a sua eficiência.

Para tudo isto, é necessário que a solução de mobilidade eléc-trica seja compatível com as expectativas dos utilizadores, no que concerne à autonomia, ao peso e à durabilidade das bate-rias. Efectivamente, o peso das baterias na versão chumbo/ácido sempre se mostrou problemático, estando agora em desenvolvi-mento baterias de iões de lítio (Li-ion), que são muito mais leves, têm maior capacidade, descarregam-se a cem por cento sem problemas de durabilidade (as de chumbo ficam inutilizadas se isso acontecer), carregam-se sob fortes correntes reduzindo o tempo de carregamento e suportam temperaturas extremas (de -40º C a +80 ºC).

Poderão estar reunidas, a breve trecho, as condições para a ge-neralização da mobilidade eléctrica.

Todos esperamos, e o planeta agradece!

Josué MoraisDirector Técnico

nota técnica

ARTIGO TÉCNICO-COMERCIALWEIDmüLLER: instalações eléctricas para sistemas de telegestão

na área do ambiente 133

m&m ENGENHARIA: dicas para o EPLAN Electric P8 135

GENERAL CABLE: nova gama de cabos exzhellent solar para

instalações de energia fotovoltaica 137

FORMAÇÃO 139

ITEDficha técnica n.º 9 141

CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 143

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

105

graus de protecção

Diariamente, todos estamos sujeitos a agres-sões externas, muitas delas derivadas da época do ano em que nos encontramos. Pos-sivelmente não nos protegemos o suficiente e o nosso organismo começa a dar sinais de alguma fragilidade. À semelhança do que se passa com o nosso organismo, também os materiais e as estruturas de protecção de-vem ser as adequadas às influências externas a que podem estar sujeitas.

Numa instalação eléctrica deve ter-se em conta a selecção dos equipamentos em fun-ção das condições de serviço e das influên-cias externas. Nas situações em que o am-biente não é o ideal e que pode introduzir riscos maiores ou menores à segurança das pessoas e ao desempenho dos componen-tes da instalação, devemos cumprir com os graus de protecção indicados e as influências externas a que a instalação estará sujeita.

Nas Regras Técnicas (RTIEBT) cada condição de influência externa é designada por um código constituído sempre por um grupo de duas letras maiúsculas e um algarismo. A primeira letra designa a categoria geral das influências externas, sendo que: A – Ambien-te; B – Utilização; C – Construção dos Edifí-cios. A segunda letra designa a natureza da influência externa e o algarismo caracteriza a classe de cada uma das influências.

Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente con-seguimos saber quais os graus de protecção mínimos...

Os Índices de protecção são especificados no RTIEBT na Secção 321 – Codificação das Influências Externas e Secção 512 – Selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas – ver Tabela 1.

A Norma Europeia EN 60529 – “Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)” define os graus de protecção para os invólu-cros e a Norma EN 50102 – “Degrees of pro-tection provided by enclosures for electrical equipament against external mechanical im-pacts (IK Code)” define os graus de protecção contra impactos mecânicos para invólucros. Ambas as normas estão directamente rela-cionadas com as Regras Técnicas. Assim fa-cilmente consegue-se saber qual o grau de protecção indicado para uma determinada instalação.

Os códigos de protecção IP e IK indicam o grau de protecção dos invólucros para equi-pamento eléctrico, e ambos são seguidos de dois algarismos que de acordo com as nor-mas mencionadas têm significados distintos.O código IP indica o grau de protecção

Lúcia Miranda e Marta MaltezQUITÉRIOS

{SELECÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SERVIÇO E DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS }

Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente conseguimos saber quais os graus de protecção mínimos que devem estar assegurados para que possamos ter uma boa instalação.

contra a penetração de corpos sólidos e líquidos. É caracterizado por dois algaris-mos relativos às influências externas onde o equipamento será instalado. O código IK é caracterizado por um grupo de algarismos (00 a 10) e corresponde à protecção contra impactos mecânicos.

Os fabricantes de invólucros e equipamen-tos eléctricos são responsáveis por colocar no mercado produtos que cumpram com as normas em vigor. A verificação dos graus de protecção, contra corpos sólidos e líquidos, e impactos mecânicos deve ser realizada aos

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

107

não sejas apanhado pelo touro!

Sou do tempo em que a RTP sempre que abria um novo emissor regional, anunciava o facto publicitando-o em horário nobre, normalmente imediatamente a seguir ao telejornal.

Nessas alturas apesar dos meios técnicos serem comparativamente mais limitados dos que os actuais, e sobretudo, da capa-cidade de produção de conteúdos ser mais lenta, a RTP não se furtava a informar os telespectadores de que um novo emissor havia entrado em serviço:“Informamos que entrou em serviço o retransmissor de RTP1 e RTP2 de Lei-ria. Este emissor nos canais 33 e 36 irá servir as localidades de Leiria, Marinha Grande e Fátima. Os telespectadores desta zona deverão reorientar as ante-nas de UHF para uma melhor recepção do sinal de televisão”.

A RTP fomentava e divulgava a recepção da televisão analógica em todo o território nacional. A televisão chegava via hertziana aos locais mais remotos levando informa-ção, cultura e divertimento. O hábito da televisão implantou-se na população, e ver televisão passou a fazer parte do dia-a-dia do português.

Luís PeixotoTeleves

O processo de implantação de TDT, Televisão Digital Terrestre, não merece o mesmo des-taque junto da população. A entidade res-ponsável pela respectiva divulgação desta nova tecnologia nem de perto nem de longe, atingiu a população com o mesmo vigor e eficácia revelados pela RTP na altura do lan-çamento das emissões analógicas. A Portu-gal Telecom, entidade responsável por esta

divulgação e implantação da TDT em Portu-gal, exceptuando a criação de um Fórum na Internet, patrocinado pelo MEO, nada mais fez com visibilidade junto da população em geral, afim de promover a divulgação da TDT.A PT esqueceu-se mais uma vez da popula-ção do interior e sobretudo dos mais idosos. Esta franja da população – franja para os que estão em Lisboa sentados nos gabine-tes – não sabe o que se passa no panorama das emissões terrestres de televisão, a in-

formação deste importante acontecimento não é convenientemente canalizada aos mais interessados.

É pertinente questionar se interessará à PT que esta informação passe, sobretudo por-que este operador tem interesses económi-cos mais elevados no cobre, na fibra e no satélite, todos eles associados à marca MEO. Interesses que são antagónicos ao desen-volvimento e divulgação da TDT. Mais inte-ressante será para a PT ter os portugueses agarrados à Fibra, ao Cobre ou ao Receptor de Satélite, pois sempre cobrará milhares de euros em assinaturas e em mensalidades nos receptores.

Ao contrário, se os portugueses tiverem conveniente acesso ao sinal TDT, seja livre ou de assinatura, a PT deixa de ter os portugue-ses na mão. Em toda a Europa comunitária existe TDT livre e de assinatura e no caso da TDT por assinatura o consumidor, dentro da normal lógica da concorrência, selecciona o operador que lhe interessa e deslocando-se à grande superfície mais próxima adquire o modulo de acesso condicional correspon-dente que depois de introduzido no ecrã plano lhe garante o visionamento das emis-sões terrestres pagas.

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

109

dossierITED E ITUR

novas pREscRIçõEs TécnIcas ITUR E ITEDNuno A. Couto dos Santos

os novos aRmáRIos ITEDAntónio Gomes, Roque Brandão e Sérgio Ramos, Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto

os novos aRmáRIos ITUR António Gomes, Roque Brandão e Sérgio Ramos, Departamento de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto

ITURModesto de Morais, Instituto Electrotécnico Português

nova foRmação ITED E ITURPaulo Peixoto, ATEC Academia de Formação

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

111

novas prescrições técnicas ITUR e ITED

No dia 1 de Janeiro de 2010, entraram em vigor as novas prescrições técnicas que re-gulam, a nível nacional, o sector das infra-estruturas de telecomunicações, dentro e fora dos edifícios. Suportadas legalmente pelo decreto-lei N.º 123/2009 com a redac-ção que lhe foi conferido pelo 258/2009, estas prescrições respondem a um conjunto de necessidades existentes quer no âmbito da regulamentação técnica das infra-estru-turas de acesso até à casa dos utilizadores, quer na definição de novas arquitecturas de distribuição dos serviços dentro das próprias edificações.

A primeira edição do manual ITUR – Infra--estruturas de telecomunicações em ur-banizações, loteamentos e conjuntos de edifícios, aprovada em Novembro de 2009 pelo ICP - ANACOM, define em termos de projecto e instalação os conceitos essen-ciais para a criação deste tipo de infra-es-truturas. Estas infra-estruturas de acesso, à data da publicação desta peça técnica, já eram executadas, mas não existia qualquer norma ou regulamento que definisse quais os preceitos a seguir de forma a constituir uma infra-estrutura que salvaguardasse

Nuno A. Couto dos SantosEng.ª Telecomunicações

Responsável Técnico ITEd/ITUR

as necessidades quer dos operadores, quer dos clientes finais. Esta regra técnica sur-ge como um suporte técnico à garantia da construção de infra-estruturas de teleco-municações que permitam um aceso livre e não discriminatório aos diversos operado-res, estimulando a concorrência e permitin-do aos operadores oferecer aos seus clientes melhores serviços e a um preço mais redu-zido. Uma das principais novidades deste regulamento é a definição de dois tipos de ITUR, as ITUR privadas – que são constituí-das por uma rede de tubagem e cablagem e são pertença de uma entidade privada (por exemplo, um condomínio) e as ITUR públi-cas – que sendo constituídas apenas pela rede de tubagem, após a sua conclusão, são entregues ao domínio municipal para sua gestão e manutenção. Será nestas infra-estruturas que os diversos operadores terão de fazer passar as suas redes de cablagem até chegar aos seus clientes. O manual ITUR juntamente com o dL N.º 123/2009 delegam no projectista e instalador toda a respon-sabilidade, quer da execução da obra como a aferição de conformidade. Assim, após a elaboração do projecto ITUR, o projectista terá como responsabilidade emitir um termo

de responsabilidade pelo projecto, que de-verá ser parte integrante do projecto e uma cópia do mesmo deverá ser enviada para o ICP - ANACOM. Quanto ao instalador, depois de realizar os ensaios previstos nos procedi-mentos de avaliação de ITUR definidos pelo ICP - ANACOM, deverá emitir um termo de responsabilidade pela instalação, que atesta que a mesma se encontra em conformida-de, quer com o projecto, quer com as regras técnicas aplicáveis. Só após a emissão deste termo de responsabilidade é que a obra se considera concluída, e aí os operadores de comunicações electrónicas poderão passar a usá-las. Também este termo de respon-sabilidade deverá ser enviado para o ICP - ANACOM num período máximo de 10 dias.

As ITEd baseadas no Manual ITEd 2ª Edição, sofreram um acréscimo significativo nos re-quisitos mínimos a salvaguardar em termos de cablagem. Exemplo disso é a utilização obrigatória de cabos de categoria 6, de ca-bos coaxiais com frequências de trabalho até aos 2,4 GHz e a instalação de fibras óp-ticas monomodo. Reflexo destas alterações surge também a necessidade de adaptar os elementos de distribuição das várias tecno-

{qUaIs as pRIncIpaIs alTERaçõEs InTRoDUzIDas?}

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

113

os novos armários ITED

1› INTRODUÇÃOA satisfação das necessidades e a defesa dos interesses dos consu-midores de comunicações electrónicas passa por infra-estruturas de telecomunicações modernas, fiáveis e adaptadas aos serviços dispo-nibilizados pelos operadores de telecomunicações.

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 120/2008, de 30 de Ju-lho, definiu como prioridade estratégica para o País no sector das comunicações electrónicas a promoção do investimento em redes de nova geração. O Decreto-Lei n.º 123/2009 de 21 de Maio e, posteriormente o De-creto-Lei n.º 258/2009 de 25 de Setembro de 2009, veio dar execu-ção à definição do enquadramento aplicável ao desenvolvimento e investimento por parte de investidores ou operadores de comuni-cações electrónicas em redes de nova geração, mas também para o funcionamento de um mercado que se quer concorrencial.

A 2.ª edição do Manual de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED) veio dar suporte técnico legal aos cumprimentos dos objectivos anteriormente mencionados, sendo significativamente inovador tanto em conceitos de infra-estrutura como em materiais, equipamentos e respectivas especificações, quando comparado com a 1.ª Edição. nesta nova edição do Manual verifica-se a clara e presente preocu-pação de dotar os edifícios de infra-estruturas de telecomunicações capazes de suportar os novos serviços disponibilizados pelos opera-dores de telecomunicações (Redes de nova Geração), bem como a adopção e cumprimentos das novas normas Europeias.

Assim, assiste-se a um incremento das soluções a adoptar nas insta-lações, relativamente a três tecnologias obrigatórias:

António Gomes, Roque Brandão, Sérgio RamosDepartamento de Engenharia Electrotécnica

Instituto Superior de Engenharia do Porto

O presente artigo visa expôr os novos armários de telecomuni-cações ITED decorrentes da recente alteração legislativa, verifi-cada neste sector em Portugal.

› Par de Cobre São admitidos apenas cabos de categoria 6 ou 7;› Cabo Coaxial São admitidos cabos da categoria TCD-C-H, frequência máxima de

3000 MHz;› Fibra Óptica São admitidos cabos de fibra óptica do tipo monomodo.

Assim, os armários ITED: Armário de Telecomunicações Individu-al (ATI), Armário de Telecomunicações de Edifício (ATE) e a Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar (CEMU) terão de ser projectados e concebidos de forma a suportar todos os equipamentos adaptados e necessários às três diferentes tecnologias, e que assegurem concomi-tantemente os requisitos funcionais de cada uma delas. O presente artigo visa expôr os novos armários de telecomunicações ITED decorrentes da recente alteração legislativa, verificada neste sector em Portugal.

2› ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES INDIVIDUAL – ATInas redes individuais de cabos é obrigatória a instalação de cabos de par de cobre, cabo coaxial e fibra óptica (no caso de fracções residenciais).

O Armário de Telecomunicações Individual (ATI) que faz fronteira en-tre a rede colectiva e a rede individual é constituído por três Repar-tidores de Cliente, designadamente:

› Repartidor de Cliente Par de Cobre – RC-PC;› Repartidor de Cliente Cabo Coaxial – RC-CC;› Repartidor de Cliente Fibra Óptica – RC-FO.

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

121

os novos armários ITUR

1› INTRODUÇÃOO Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, com a redacção conferida pelo Decreto-Lei n.º 258/2009 de 25 de Setembro, veio de-finir um conjunto de obrigações ao nível do projecto, com o objectivo de garantir a realização de infra-estruturas de comunica-ções electrónicas, abertas aos diversos ope-radores e capazes de assegurar os serviços disponibilizados pelos mesmos.

nesse sentido, o capítulo V do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, estabeleceu o regime de instalação das Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Ur-banizações e Conjuntos de Edifícios (ITUR) e respectivas ligações às redes públicas de comunicações electrónicas, bem como o re-gime de avaliação de conformidade de equi-pamentos, materiais e infra-estruturas.

Posteriormente, a primeira edição do Ma-nual ITUR veio determinar as especificações técnicas aplicáveis a este tipo de infra-es-truturas, criando uma clara distinção entre:

› Projecto de ITUR pública;› Projecto de ITUR privada.

no caso das ITUR públicas, é necessário o dimensionamento da rede de tubagens e câ-maras de visita para a instalação dos diver-

António Gomes, Roque Brandão, Sérgio RamosDepartamento de Engenharia Electrotécnica

Instituto Superior de Engenharia do Porto

sos cabos, equipamentos e dispositivos. nas ITUR privadas, além do referido para as ITUR públicas, é também obrigatório o dimensio-namento e a posterior instalação da cabla-gem par de cobre, cabo coaxial e fibra ópti-ca, bem como das instalações eléctricas de suporte a equipamentos e sistemas de terras.

O diploma define, claramente, uma fronteira entre as ITUR públicas e as ITUR privadas e, complementarmente, determina, nas ITUR privadas, a existência de um ponto de aces-so e derivação para cada rede colectiva dos diversos edifícios, por parte dos diferentes Operadores. Esse ponto, que deverá estar interligado com a rede de tubagens da urba-nização, é designado por Armário de Teleco-municações de Urbanizações (ATU) e o seu dimensionamento é da inteira responsabili-dade do projectista ITUR.

O presente artigo visa caracterizar os armá-rios de telecomunicações ITUR decorrentes da aplicação da recente alteração legislativa verificada no sector das comunicações elec-trónicas em Portugal.

2› CONSTITUIÇÃO DO ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÕES (ATU)O Armário de Telecomunicações de Urbani-

O presente artigo visa caracterizar os armários de telecomu-nicações ITUR decorrentes da aplicação da recente alteração legislativa verificada no sector das comunicações electrónicas em Portugal.

zações (ATU) é o ponto de interligação das redes públicas de comunicações electróni-cas, com as redes de cabos da ITUR privada, sendo, ainda, o ponto de interligação com a rede colectiva dos edifícios no ATE, ou CEMU, no caso de moradias, caso não exista uma rede privada.

O ATU deve ser um espaço que possa alber-gar as três tecnologias de telecomunicações previstas no manual ITUR, nomeadamente a tecnologia de:

› Par de cobre;› Cabo Coaxial;› Fibra óptica.

Para cada uma das tecnologias deverá existir um Repartidor de Urbanização (RU) indivi-dual, constituído por dois primários por tec-nologia, cujo dimensionamento e instalação é da responsabilidade da entidade que ligar a rede de cabos das ITUR à rede pública de comunicações electrónicas, e por um secun-dário por tecnologia, onde se inicia a rede de cabos da ITUR.

Conforme designado no Manual ITUR, para cada uma das tecnologias anteriormente re-feridas existirá um RU que, basicamente terá as seguintes funções:

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

125

ITUR

O Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio, com a rectificação n.º 43/2009, de 22 de Ju-nho, e com a alteração ao Decreto-Lei n.º 258/2009, de 25 de Setembro, determina a revogação do Decreto-Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril. Este novo enquadramento legal, entre diversas novidades no que concerne às infra-estruturas aptas a albergar redes de comunicações electrónicas, impõe a subs-tituição das anteriores regras técnicas para as Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios – Manual ITED (que vigoravam desde Julho de 2004) por um novo conjunto de regras técnicas ITED (que vigoram desde Janeiro de 2009).

Estas novas regras técnicas introduzem al-gumas simplificações, mas ao mesmo tempo impõem saltos tecnológicos, pois a insta-lação das redes de acesso em fibra óptica até à casa do assinante (FTTH) passou a ser obrigatória em todos imóveis novos ou re-construídos. Para os imóveis já em utiliza-ção foram também estabelecidos requisitos técnicos e legais que enquadram a forma como os diferentes operadores de teleco-municações devem aceder a esses edifícios, favorecendo a partilha de infra-estruturas colectivas entre si.

Modesto de MoraisCoordenador da área de Redes de nova Geração

Instituto Electrotécnico Português

Com a liberalização progressiva das tele-comunicações e com a publicação da pri-meira versão da regulamentação ITED, em 2004, estabeleceu-se um vazio sobre a quem caberia a gestão das infra-estruturas de telecomunicações que têm vindo a ser criadas em domínio público. neste con-texto, o Decreto-Lei n.º 123/2009 (a partir do seu artigo 27.º) estabelece também um contexto legal, que permite a criação de re-gras técnicas para a construção e gestão de Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de edifícios – Manual ITUR.

O Manual ITUR, que vigora desde Janeiro de 2009, estabelece regras para a construção e gestão de infra-estruturas para albergar re-des de comunicação electrónica em espaços colectivos, públicos (loteamentos e urbani-zações) e privados (conjunto de edifícios - condomínios).

As ITUR privadas deverão conter, desde a sua construção, para além das condutas, caixas de acesso e armários, três tecno-logias de comunicações: pares de cobre, cabo coaxial e fibra óptica. Estas redes ITUR garantem a interligação entre as redes dos diferentes operadores de telecomunicações (em condições concorrenciais) e as redes de telecomunicações existentes nos diferentes edifícios (ITED) servidos directamente por essas redes ITUR. A gestão das ITUR priva-das é da responsabilidade dos condomínios respectivos.

As ITUR públicas são constituídas unicamen-te por tubagens, caixas de acesso e armá-rios. Estas infra-estruturas serão entregues à gestão dos municípios, à imagem do que acontece com as restantes infra-estruturas desenvolvidas em espaços públicos. nas ITUR públicas são os diferentes operadores

{InfRa-esTRUTURas de TelecomUnIcações em loTeamenTos, URbanIzações e conjUnTos de edIfícIos}

O Manual ITUR, que vigora desde Janeiro de 2009, estabelece regras para a construção e gestão de infra-estruturas para al-bergar redes de comunicação electrónica em espaços colectivos, públicos (loteamentos e urbanizações) e privados (conjunto de edifícios - condomínios).

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

127

nova formação ITED e ITUR

Com a entrada em vigor do novo Decreto-Lei N.º 123/2009 de 21 de Maio, a área das tele-comunicações sofreu profundas alterações.

Estas mudanças reflectiram-se não só ao nível conceptual da própria instalação com alterações na estrutura geral do sistema de telecomunicações no edifício, nível de qua-lidade de sinal, novas tecnologias de trans-missão e a criação do ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamento, Ur-banizações e Conjuntos de Edifícios), mas também ao nível da formação dos próprios técnicos que operam as redes ITED. Neste capítulo, toda a formação anteriormente vi-gente sofreu modificações de forma a quali-ficar os Técnicos de maneira apropriada para uma nova realidade, tendo como objectivo primordial a qualidade final do projecto e instalação.

Paulo Peixoto (Eng.º)ATEC Academia de Formação

Em 21 de Maio de 2009, as telecomunicações em edifícios sofre-ram uma alteração relevante decorrente da entrada em vigor do novo Decreto-Lei N.º 123/2009, alteração essa que se manifesta tanto a nível conceptual do próprio projecto e instalação, bem como ao nível da formação dos técnicos.

Com o Decreto-Lei N.º 59/2000 e com a 1.ª edição do manual ITED a formação estava organi-zada da seguinte forma:

› CURSO DE INSTALAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS ITED Com a duração de 90 horas numa fase inicial, alterando posteriormente para 100 horas,

com a organização das unidades em 4 UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração):

› CURSO DE PROJECTO ITED Com a duração de 70 horas numa fase inicial, alterando posteriormente para 75 horas,

com a organização das unidades em 2 UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração):

c Designação da UFCD Carga

Horária

1471 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - interpretação de projectos

25

1472 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - instalação de redes de tubagens

25

1473 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - instalação de redes de cabos

25

1474 Instalação e conservação de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios - orçamentação

25

c Designação da UFCD Carga

Horária

1475 Elaboração de projecto de infra-estruturas de telecomunicações em edifícios

50

1476

Competências informáticas de base

25

Page 19: Resumo - Revista "o electricista" 31

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

formação{Artigo técnico formAtivo nº. 11}

Hilário Dias Nogueira (Eng.º)com o patrocínio de: IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

Neste número, apresentamos a resolução do exercício proposto na revista anterior. Apresenta-se também um novo exercício cuja resolução será incluída na revista número 32.

139

Resolução do exeRcício 11

observação:1) Conforme foi proposto, e seguindo a legislação em vigor descri-

ta na secção 525 e 803.2.4.2 já indicadas no exercício anterior, apresenta-se a resolução do novo exercício que foi requerido de acordo com o enunciado.

Enunciado proposto na revista número 30: Qual a secção e protec-ção que deve ser escolhida para alimentar a potência de 20,7 kVA em cabo Trifásico XV (XLPE), que será estabelecido em vala de terreno muito seco (Cinzas), com protecção complementar e se destina ao troço de alimentação da instalação eléctrica de utilização de uso individual, com 58 metros de comprimento.

1º determinação da corrente de serviço por fase Utilizando a fórmula:

IB = S(VA) =

20700 = 29,87 A

3 x U x cos j 3 x 400 x 1

2º encontrar o Método de Ref. e determinar a corrente admissí-vel e respectiva secção dos condutores do cabo.

Segundo as Regras Técnicas (RTIEBT), na parte 5/ Secção 52, Qua-dro 52H, Ref.ª 61, encontra-se o modo de instalação da canaliza-ção escolhida (cabo mono ou multicondutor em condutas enter-radas), que é classificado como,

Método de Referência d(7)

A tabela a consultar para determinação da corrente admissível, da secção do cabo e o correspondente Método será:

Quadro Q 52-c30 – canalizações enterradas.

A corrente admissível da tabela: iZ ≥ iB : iZ ≥ 29,87 A

Dados a Utilizar

Potência Total

Canalização: cabo XV

Situação da canalização

Modo de Instalação

P = 20,7 kVA, circuito trifásico

58 metros

Enterrado em terreno seco-Cinzas

Protegida por conduta circular

Consultando o quadro, encontramos a corrente admissível,iZ = 31 A. (RTIEBT 523)

A correspondente secção será, s = 1,5 mm2.

3º Verificação da queda de tensão absoluta e percentual (RTIEBT 525)

Vamos utilizar a fórmula simplificada, para circuitos Monofásicos, (aplicando o disposto no 803.2.4.2).

Sabendo que o comprimento do ramal é 58 metros, vamos de-terminar a queda de tensão, u em volt, e em percentagem (Δu%):

u = 2 x r x L x IB = 2 x 0,0225 x 58 x 31 = 53,94 V S 1,5

Δu% = 100 x u = 100 x 53,94 = 23,45% U0 230

Como a queda de tensão se situa acima de 1,5%, a secção da canalização, para aquele comprimento, é inadequada.Então, analisando a correspondente tabela calculada no exercício da revista anterior, verifica-se:

que para 20,7 kVA, pressupondo que uma fase possa estar em de-terminada altura com 30 A (6,9 kVA), a secção deve ser 25 mm², e o comprimento máximo não poderá exceder os 63 metros. Assim, como o comprimento da canalização indicada no exercício é 58 metro, o comprimento está dentro do previsto na secção já indi-cada - 803.2.4.2 das RTIEBT, e segundo os cálculos apresentados também a queda de tensão é menor do que 1,5%:

Circuitos Trifásicos - Condutores de cobre – Q.d.t 1,5 %

Secção em mm

6 10 16 25 35 50 70 95 120 150 Potência de Cálculo kVA

IB(A)/fase

Comprimento em metros

20,7 30 15 25 40 63 89 127 178 242 306 383

Page 20: Resumo - Revista "o electricista" 31

revista técnico-profissionalITED o electricista

RepaRtidoRes GeRaisOs repartidores gerais localizam-se regra geral num ATE, que faz par-te da rede colectiva de tubagens, com acesso condicionado e apre-sentando as seguintes tecnologias:› Pares de cobre: RG-PC;› Cabos Coaxiais: RG-CC;› Fibra Óptica: RG-FO. Exemplo da localização dos repartidores num ATE:

Cor Azul, para cabos Fibra Óptica;

Cor laranja, para cabos coaxiais;

Cor verde, para pares de cobre;

Cor cinzenta, para passagem comum das 3 tecnologias.

Repartidor Geral de Pares de Cobre (RG-PC)RG-PC é constituído por dois painéis de interligação (primário e se-cundário), bem como os cordões de interligação, que ligam o primá-rio ao secundário na categoria adequada.

A partir do secundário da RG-PC até ao RC-PC, dever-se-á utilizar uma distribuição em estrela, com o recurso a cabos de quarto pares de cobre, categoria 6 no mínimo.

Para comprimentos de cabos de PC superiores a 100 metros, deve-se criar pontos de distribuição intermédios, garantindo assim a catego-ria 6 entre os pontos de distribuição.

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ficha técnica n.º 9 {Requisitos técnicos GeRais, seGundo o manual de ited

2º edição de 24 de novembRo de 2009}

Sempre que o RG-PC for instalado em bastidores, recomenda-se a disposição destas unidades de acordo com a definição, descrição e desenho apresentado pelo projectista. Pelo que se apresenta um exemplo de ligação de um RG-PC em categoria 6.

O fornecimento de material e a instalação de órgãos de protecção para o primário do RG-PC é da responsabilidade dos operadores pú-blicos. A colocação destes órgãos deve ser feita em unidades modu-lares, e no caso de se aplicar descarregadores de sobretensão, estes devem ser ligados directamente ao terminal principal e terra do edi-fício por meio de um condutor que não seja identificado pela cor verde - amarela.

Repartidor Geral de Cabo Coaxial (RG-CC)RG-CC é constituído por dois painéis de interligação (primário e se-cundário), bem como os cordões de interligação que garantam a li-gação do primário ao secundário.

Nos edifícios com 2 ou mais fracções autónomas deverão existir dois RG-CC, estando um normalmente localizado no ATE superior, com distribuição descendente (associado a MATV ou SMATV), e outro no ATE inferior, com distribuição em estrela (associado a CATV), com término no RC-CC.

A rede CATV é obrigatória, e será sempre feita em estrela desde o

Paulo MonteiroFormador da ATEC - Academia de Formação

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revista técnico-profissionalConsultório ElECtrotéCniCo o electricista

consultório electrotécnicoIXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

O “Consultório Electrotécnico” continua a responder às questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos têm sido colocadas. O e-mail [email protected] está também disponível no website http://www.ixus.pt, onde também aguardamos pelas vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Dezembro e Fevereiro de 2010.

P1: Em que sub categoria, de estabelecimento recebendo públi-co, posso classificar um Lar residencial destinado a dormitório de pessoas com deficiências? Será do tipo hospitalar, ou do tipo turístico ou estabelecimento simular?R1: A classificação mais indicada é a de um Estabelecimento tipo Tu-rístico se não existir internamentos ou tratamentos, caso contrário, será do Tipo Hospitalar.

P2: Em todos os tipos de instalações abrangidas pelas RTIEBT, os quadros eléctricos devem garantir a classe II de isolamen-to? Mesmo que estes estejam em local técnico devem garantir a classe II?R2: De acordo com o anexo V, da Secção 4 das RTIEBT, o quadro pode ser da classe I, ligado à terra, mas com protecção diferencial de en-trada colocada de tal forma que assegure uma protecção idêntica à da classe II, ou ser dotado de isolamento suplementar durante a ins-talação, ou ser separados do invólucro (metálico) por um isolamento suplementar (ver Figura 47GU, no referido Anexo V).

P3: Gostava de saber o que é necessário fazer para adquirir car-teira profissional de electricista. Gostaria também de saber qual o custo a nível monetário, podendo assim assinar termos de res-ponsabilidade dos trabalhos por mim efectuados.R3: Para obter a carteira profissional de “Técnico Responsável por ins-talações eléctricas”, tem de possuir uma experiência de 7 anos e reali-zar um RVCC Profissional (Novas Oportunidades), existente ao abrigo de um protocolo entre a DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia) e o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional).Sabemos existirem Centros de Novas Oportunidades (CNO) no Cerco do Porto, em Vila Real, em Chaves e Seia, entre outros que deverão existir no País.Consulte o Centro de emprego, pois podem ajudá-lo lá. Entretanto

enviamos em anexo o Decreto-Lei N.º 229/2006 que altera o Estatuto de Técnico Responsável onde o assunto é referido no artigo 5º.

P4: Gostaria de saber qual o IP e IK do quadro, tomadas e ilumi-nação que devo ter para instalar numa dependência destinada a arrumos/adega? Qual deverá ser o valor máximo da terra que deverei ter.R4: O local em causa exige um IP55, devido aos gases eventualmente libertados (álcool). Quanto ao IK este deverá ser escolhido de acordo com as actividades do local. Se não existirem movimentos de cargas pesadas, poderá ser IK2. Caso haja movimentos de cargas pesadas, como por exemplo pipos ou outros equipamentos poderá ser neces-sário o IK7.O valor da resistência de terra segundo as Regras Técnicas, não deverá ultrapassar os 100 ohm nas condições mais desfavoráveis (Verão).

P5: Segundo pude ver nas regras e atendendo à classifica-ção dos locais, classifiquei-o da seguinte forma: AA4, AB4, AD1, AE2, AE4, BA1, BB1 O que me dá IP44 mínimo. A divi-são é uma divisão arejada com janela completamente reboca-da e pintada no interior com uma cuba em Inox (250L) para o vinho e completamente abrigado de qualquer entrada de água, sendo apenas a possível e natural humidade do ar. Quanto ao IK estava a pensar que IK 02, uma vez que não vão existir mo-vimentos de cargas pesadas. Que comentários tecem sobre esta análise?R5: Relativamente ao IK deverá ser em condições normais o IK04. Relativamente ao IP será insuficiente face à libertação eventual de vapores do vinho ou até a um eventual derrame. Neste caso não seria AD1, mas sim AD3, ou superior dependendo das circunstâncias. Se o espaço for lavável com mangueira (jactos de água) então o IP mínimo deverá ser IP55.

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