Resumo - Revista "o electricista" 33

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LUZES energia eléctrica sem fios 2 ESPAÇO VOLTIMUM.PT O Voltimum junto dos seus utilizadores 4 ESPAÇO AMB3E o papel da juventude na sensibilização ambiental 6 ESPAÇO QUALIDADE A metodologia 5’s – aplicação 8 NOTÍCIAS 14 ARTIGO TÉCNICO ABC do osciloscópio: 2.ª Parte – princípio de funcionamento e características 28 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS eficiência energética na indústria: 2.ª parte - análise de facturas de energia eléctrica 36 FORMAÇÃO práticas de electricidade 44 ventilação 52 BIBLIOGRAFIA 54 REPORTAGEM MATELEC 2010: uma aposta segura no sector eléctrico e electrónico 56 ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL SIEMENS: sistema de controlo distribuído SIMATIC PCS 7 60 gama WEIDMÜLLER de blocos de bornes WMF 64 SEW EURODRIVE: accionamentos eficientes 66 gama OVR - ABB: protecção contra sobretensões 70 SALICRU: novidades na Matelec 2010 74 CASA FÉLIX: protecção das turbinas de energia eólica 76 CALENDÁRIO DE FEIRAS E CONFERÊNCIAS 78 DOSSIER protecções de instalações eléctricas 80 MERCADO TÉCNICO 112 PROJECTO 132 Director Custódio João Pais Dias [email protected] Director Técnico Josué Morais [email protected] Direcção Executiva Coordenador Editorial: Miguel Ferraz T. 225 899 628 [email protected] Director Comercial: Júlio Almeida T. 225 899 626 [email protected] Chefe de Redacção: Helena Paulino [email protected] Assessoria Ricardo Silva [email protected] Design Jorge Brandão Pereira em colaboração com Publindústria, Lda. Webdesign Martino Magalhães [email protected] Assinaturas T. 220 104 872 [email protected] www.engebook.com Colaboração Redactorial Custódio Dias, Josué Morais, Ana Vargas, Fernando Lamy da Fontoura, Pedro Lacerda Vale, Mário Ferreira Alves, Carlos Gaspar, Manuel Teixeira, Paulo Peixoto, Daniel Alves, João Pratas, Manuel Delgado, Alexandre Cruz, Bruno Serôdio, Pedro Magalhães, Miguel Leichsenring Franco, Manuel Melo Queiroz, Sérgio Costa, Hilário Dias Nogueira, Paulo Monteiro, Miguel Ferraz, Helena Paulino Redacção e Administração Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto . Portugal T. 225 899 620 . F. 225 899 629 www.publindustria.pt [email protected] Propriedade Publindústria, Lda Empresa Jornalística Registo nº 213163 Impressão e Acabamento Publindústria, Lda. Publicação Periódica Registo nº 124280 | ISSN: 1646-4591 INPI Registo nº 359396 Tiragem 7000 Exemplares Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Protocolos Institucionais STIEN, SIEC, SIESI, AFME, SINDEL, Voltimum, ACIST-AET, CPI Patrocionador Institucional

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revista técnico-profissional de energia, telecomunicações e segurança

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luzesenergia eléctrica sem fios 2

esPAÇO VOlTIMuM.PTO Voltimum junto dos seus utilizadores 4

esPAÇO AMb3eo papel da juventude na sensibilização ambiental 6

esPAÇO QuAlIDADeA metodologia 5’s – aplicação 8

NOTÍCIAs 14

ARTIGO TÉCNICOAbC do osciloscópio: 2.ª Parte – princípio de funcionamento e características 28

eFICIÊNCIA eNeRGÉTICA e eNeRGIAs ReNOVÁVeIseficiência energética na indústria: 2.ª parte - análise de facturas de energia eléctrica 36

FORMAÇÃOpráticas de electricidade 44

ventilação 52

bIblIOGRAFIA 54

RePORTAGeMMATeleC 2010: uma aposta segura no sector eléctrico e electrónico 56

ARTIGO TÉCNICO-COMeRCIAlsIeMeNs: sistema de controlo distribuído sIMATIC PCs 7 60

gama WeIDMülleR de blocos de bornes WMF 64seW euRODRIVe: accionamentos eficientes 66

gama OVR - Abb: protecção contra sobretensões 70sAlICRu: novidades na Matelec 2010 74

CAsA FÉlIx: protecção das turbinas de energia eólica 76

CAleNDÁRIO De FeIRAs e CONFeRÊNCIAs 78

DOssIeRprotecções de instalações eléctricas 80

MeRCADO TÉCNICO 112

PROJeCTO 132

DirectorCustódio João Pais Dias [email protected]

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Publicação PeriódicaRegisto nº 124280 | IssN: 1646-4591

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Tiragem7000 exemplares

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uma das características das sociedades mais desenvolvidas da nossa civilização é a mobilidade. A necessidade de nos deslocarmos frequente e rapidamente tem sido o motor de grandes desenvolvimentos. Os meios e as infra-estruturas de transporte desenvolveram-se e, por isso, actualmente pode-mos mudar de local mais ou menos rapidamente. esta mo-bilidade deu origem a outras necessidades relacionadas com os equipamentos que mais utilizamos. Assim, as telecomu-nicações tornaram-se portáteis e mesmo os telefones ditos de “fixos” estão disponíveis em versões “sem fios”, o que nos permite pequenas deslocações, os meios de cálculo tornaram-se portáteis e as funcionalidades que obrigavam à existência de uma ligação com fios entre o computador e qualquer ou-tro equipamento existem actualmente em versões “sem fios”. estamos, então, definitivamente na era do wireless. Como a alimentação de todos estes equipamentos tem por base a energia eléctrica a lógica diz que esta deve também seguir esta tendência e evoluir no sentido de também poder esta-belecer-se sem fios. No entanto, até hoje isso não aconteceu e, em alternativa, os equipamentos surgem dotados de um acumulador de energia eléctrica, vulgarmente conhecido por bateria, que depois de ser carregado (ligado através de fios eléctricos a um ponto onde exista energia eléctrica disponí-vel) permite alguma autonomia e nos possibilita deslocá-los, mas todos nós conhecemos as limitações actuais das baterias, sobretudo no caso dos equipamentos mais consumidores de energia. Por isso, seria mesmo bastante útil poder dispôr de uma alimentação eléctrica sem fios.

A ideia de fazer transmissão de energia eléctrica sem fios não é inovadora, nem actual. Já há mais de cem anos atrás, Nikola Tesla se propunha desenvolver um sistema capaz de o fazer e de um modo que fosse comercializável. Conseguiu o seu propósito a uma escala laboratorial, com distâncias pequenas, mas falhou a tentativa de industrialização que necessaria-mente obriga à cobertura de grandes distâncias. Abandonou-se por isso a ideia.

Decorrido um século dessa tentativa falhada a ideia voltou à mesa de trabalho de alguns investigadores dessa área da electrotecnia e têm sido apresentados desenvolvimentos ba-seados no efeito de indução electromagnética descrito por Michael Faraday no século dezanove. basicamente trata-se do efeito de indução mútua entre bobinas, em que uma é

energia eléctrica sem fios

alimentada com corrente alternada, criando um campo mag-nético cuja variação no tempo irá criar uma força electromo-triz em todas as bobinas que se situem na sua vizinhança e que sintam a acção das suas linhas de fluxo. Obviamente que a necessidade de mobilidade da bobina influenciada faz com que não possa prever-se qualquer tipo de ligação física entre esta e a bobina geradora do campo e, por isso, não possa existir qualquer guia de fluxo (como o núcleo dos transfor-madores). Consequentemente, a dispersão do fluxo é grande e a quantidade dele que vai influenciar a segunda bobina é reduzida e muito dependente de vários factores exteriores ao sistema. Cai-se, assim, de novo na limitação da distância máxima entre as bobinas e na necessidade de estabelecer um conjunto de outras restrições na utilização do sistema que o tornam pouco prático para uma utilização generalizada. um efeito que tem sido estudado e explorado na actualida-de, verificando-se que contribui positivamente para a eficácia do sistema, é o estabelecimento de um circuito lC paralelo ressonante, tanto na geração do campo magnético como na geração da força electromotriz na segunda bobina. Através do efeito de ressonância consegue-se valores de corrente eléc-trica bastante elevados sem que tenha de ser a fonte de ener-gia eléctrica que alimenta o sistema a fornecê-la. Contudo, as distâncias de transmissão são sempre limitadas.

Há outras formas de transmitir energia eléctrica à distância, como por exemplo através de microondas, mas também aqui a mobilidade está comprometida, dado que é necessário es-tabelecer um canal de transmissão. A transmissão de micro-ondas de elevada potência tem efeitos adversos e até destru-tivos, sobretudo nos sistemas biológicos e, por isso, não pode fazer-se sem que haja um canal dedicado, em que a circula-ção das microondas possa fazer-se sem seguramente causar qualquer dano.

Chegamos, por isso, à conclusão que, embora o assunto da alimentação eléctrica sem fios esteja na ordem do dia, não se vislumbra ainda uma solução técnica viável do ponto de vista industrial.

Custódio Pais DiasDirector

luzes

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O Voltimum junto dos seus utilizadores

ESPAÇO VOLTIMUM.PT

Aceda ao nosso portal em www.voltimum.pt e registe-se para usufruir gratuitamente dos nossos serviços.

www.voltimum.pt toda a informação sobre o sector eléctrico à distância de um click!

Mais especificamente, o Voltimum aproveitou a realização da Tektónica, na FIL, Parque das Nações, em Lisboa, durante os dias 11 a 14 de Maio para realizar, logo no primeiro dia de feira, o 2º Seminário Voltimum. Há semelhança do que aconteceu no 1º Seminário, a responsabilidade da apresentação dos diversos te-mas coube a especialistas das empresas parceiras do Voltimum – ABB | Legrand | OSRAM | Philips | Prysmian e Schneider Elec-tric, seleccionaram as temáticas actuais de maior relevância para a actividade dos profissionais do sector: Iluminação com LEDs; Eficiência Energética em Edifícios; ITED nas Redes de Cablagem Estruturada; Cálculo de Secções em Instalações Fotovoltaicas fo-ram alguns desses temas.

A audiência com mais de 150 profissionais, entre electricistas, engenheiros electrotécnicos e arquitectos mostrou-se global-mente satisfeita com o seminário, identificando os seus pontos fortes e fracos e, referindo ainda as temáticas que gostariam de ver abordadas em futuros seminários.

Durante o passado mês de Maio, com o objectivo de reforçar mais ainda a sua presença e responder às necessidades profissionais do seu público-alvo, o Voltimum saiu do âmbito da internet, participando em alguns eventos de referência do sector da construção e electrotécnico a nível nacional, nomeada-mente, na Tektónica e nas Jornadas Tecnológicas.

As Jornadas Tecnológicas, cumprindo com a sua vocação itinerante, realizaram-se este ano em Viana do Castelo, entre 19 e 21 de Maio. Nos três dias de duração do evento, foram apresentados 3 painéis – Energias Renováveis, Eficiência Energética e Manutenção de Insta-lações Eléctricas e Telecomunicações.

A presença do Voltimum teve fundamentalmente como objectivo a promoção do portal e o esclarecimento dos profissionais para as po-tencialidades do uso da ferramenta Web nos seus trabalhos diários.

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ções mais jovens desempenham um papel crucial, e por essa ra-zão temos vindo a concentrar esforços para informar e sensibilizar aqueles que irão dar continuidade à tarefa a que nos propomos. Através do projecto Escola Electrão, que conta com o apoio da APA - Agência Portuguesa do Ambiente e do Ministério da Educação, lançámos, em Setembro de 2008, um desafio às escolas nacionais do 2.º, 3.º ciclo e Secundário. Com uma forte vertente pedagógica disponibilizámos no website da Escola Electrão material sobre a te-mática dos REEE, que julgamos poder servir de fonte de informação para alunos e professores. Mais uma vez, a aposta foi ganha, ava-liando a motivação de toda a comunidade escolar. Na última edição contámos com a adesão de 603 escolas inscritas, envolvendo cerca de 405.000 alunos em todo o território nacional, e cuja sessão de encerramento, mais uma vez presidida por Sua Excelência o Secre-tário de Estado do Ambiente reuniu 1.200 pessoas.

Nunca o Ambiente esteve tão em foco em artigos, conversas e de-cisões. O Verde, e mais ainda ser verde tornou-se um conceito que vende, presente mesmo no sector da moda, e que ao longo dos tem-pos deverá vingar como imperativo em qualquer tomada de decisão. A questão deixará de ser “quem é verde” mas sim “quem não é”.

Fernando Lamy da Fontoura

Somos um país de brandos costumes, não sendo fácil, por ve-zes incutir na sociedade portuguesa novas práticas e atitudes, muitas vezes impostas pelas alterações que a própria sociedade vai sofrendo ao longo dos tempos e que não raras vezes são necessárias para a sua subsistência.

Numa retrospectiva aos finais do século anterior, surpreende-nos os avanços registados em sectores como o científico, tec-nológico, industrial, e em particular, revestindo-se de especial interesse, o sector do ambiente, em especial dos resíduos. A entrada em funcionamento das Entidades Gestoras dos Flu-xos Específicos de Resíduos, cujos licenciamentos pelo Estado se iniciaram pelo Fluxo de Resíduos de Embalagens, evoluíram pelas Pilhas, Pneus, Veículos em fim de vida, Medicamentos e respectivas embalagens, Óleos minerais usados e Embalagens de produtos, e há 4 anos com o fluxo de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, reflecte essa preocupação em definir estratégias e medidas que permitam contribuir para a sustenta-bilidade do ambiente.

Cada entidade gestora, actuando no âmbito do seu fluxo, tem desenvolvido campanhas com vista à sensibilização e adopção de novas práticas ambientais. Estamos cientes de que as gera-

ESPAÇO Amb3E

O papel da juventude na Sensibilização Ambiental

A participação activa dos jovens na protecção do meio ambiente e a sua capacidade de mobilizar apoio é fundamental para o fomento do desenvolvimento sustentável.

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Espaço QualidadEEspaço QualidadE

A metodologia 5’s – aplicação

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1› Benefícios da sua aplicação

Os 5’s são uma prática da qualidade idealizada no Japão na década de 70. O nome desta ferramenta, corresponde às iniciais de cinco palavras japonesas:

Seiri organizar Seiton arrumo Seiso asseioSeikets normalizaçãoShitsuke disciplina

A filosofia “5’s” centra-se sobre a orga-nização do local de trabalho, e a padro-nização dos processos e métodos de trabalho de modo a torná-los uma prá-tica efectiva. O objectivo do nosso tra-balho é suscitar o interesse das partes interessadas e dos responsáveis, com vista a promover e facilitar a aplicação desta ferramenta.

Sendo a metodologia “ 5’ s ” uma fer-ramenta sistemática, deve na verdade ser encarada como uma abordagem por processos, semelhante á preconi-zada pela gestão da Qualidade (NP-EN-ISO9001/2008).

por Pedro Lacerda Vale

Um Programa 5’s foca o ambiente de trabalho de uma organização, de forma a simplificar as ta-refas, e reduzir o desperdício através de aspectos como a Qualidade e a Segurança. Na verdade, trata-se de uma metodologia sistémica utilizando a abordagem por processos, preconizada pelas mais modernas técnicas de Gestão empresarial.

Tornam-se visíveis ainda que de forma indirecta:› As “entradas” e “saídas” das várias etapas na evolução da ferramenta;› O método de implementação;› O tipo de monitorização das várias etapas.

Este artigo visa divulgar a informação para uma eventual melhoria da performance empresarial a cinco níveis: organização, arrumação, limpeza, padronização e disciplina. Assim, qualquer empresa que adopte esta ferramenta deverá ter uma mais valia, caso os recursos disponíveis sejam bem implementados, utilizados, ordenados, limpos, conservados e finalmente reciclados (quando chegar ao fim o seu ciclo de vida).

Exemplo:Semelhança possível entre ciclo “PDCA” e sequência cronológica da metodologia 5’s:

Esta metodologia necessita de um trabalho longo, devidamente planeado e formalizado, obrigando a ter em conta e a tratar todas as falhas, mesmo as potenciais.

É necessário saber, que todo este exercício preventivo está longe de ser gratuito (só deve ser iniciado se justificado, ou julgado verdadeiramente importante).

Logo que se inicia, deve ser levado até ao fim de forma disciplinada, pois só assim tra-tará a vantagem esperada. Dito de forma simples, a metodologia dos 5’s tem como enfoque:

› A simplificação do ambiente de trabalho;› A redução do desperdício, das tarefas du-

plicadas, do re-trabalho;› O aumento da segurança;› Um maior nível de eficiência para a Qua-

lidade; › A eliminação das actividades que não

acrescentam valor (NP 4239/1994).

Trata-se assim, de uma filosofia profunda, mas de aplicação simples, que promove a melhoria das organizações valorizando as pessoas.

Impulsiona o trabalho em equipa, tendo em conta as diferentes opiniões dos profissio-nais envolvidos, comprometendo-os com um propósito comum, e cujos resultados são mutuamente responsáveis. Devem ser utili-zados, no entanto, parâmetros de desempe-nho e métodos bem estruturados.Utilizando a filosofia 5’s, e aplicando os seus princípios práticos, obtém-se:› Uma melhor definição do espaço;› Uma redução significativa do tempo de

execução das tarefas ou das actividades;› Um acesso mais fácil aos materiais e equi-

pamentos necessários (organização dolay-out).

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

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ABC do osciloscópio

1› PrincíPio de Funcionamento

1.1› osciloscópios analógicos e de amostragemOs osciloscópios podem ser classificados de acordo com diversos parâmetros. No entanto, uma característica que permite distingui-los logo à partida é a tecnologia utilizada: analógica ou digital. Os osciloscó-pios de tecnologia exclusivamente analógi-ca (doravante designados por “osciloscópios analógicos”) funcionam aplicando (quase) directamente o sinal medido ao ecrã. Nos osciloscópios de tecnologia digital são re-tiradas amostras do sinal original, amostras estas que são convertidas para um formato digital (binário) através da utilização de um conversor analógico/digital (ADC – Analog to Digital Converter). Esta informação digi-tal é armazenada numa memória e seguida-mente reconstruída e representada no ecrã (tal como num computador). Estes oscilos-cópios são designados neste documento como “osciloscópios de amostragem”.

Na língua inglesa, os osciloscópios analógi-cos são normalmente designados por ART (Analog Real-Time) e os osciloscópios de amostragem por DSO (Digital Storage Os-cilloscopes). Existem ainda uns osciloscó-pios de amostragem com uma arquitectura

Mário Jorge de Andrade Ferreira Alves Dep. de Engenharia Electrotécnica

Instituto Superior de Engenharia do Porto

Os osciloscópios podem ser classificados de acordo com diver-sos parâmetros. No entanto, uma característica que permite distingui-los logo à partida é a tecnologia utilizada: analógica ou digital.

{2.ª PArte › PrinCíPio de FunCionAmento e CArACterístiCAs}

ainda processar a informação digital do sinal ou enviar esses dados para um com-putador para serem processados e/ou arma-zenados. Como processamento entende-se, por exemplo, uma filtragem do sinal ou uma análise espectral do sinal (no domínio das frequências).

Para facilitar a utilização do osciloscópio, nomeadamente o correcto manuseamento dos seus comandos, é necessário conhecer um pouco melhor o seu princípio de fun-cionamento. Tal como foi referido atrás, os osciloscópios analógicos funcionam de ma-neira diferente dos de amostragem. Contu-do, alguns dos blocos internos são idênticos.

1.2› Princípio de funcionamento do osciloscópio analógicoA Figura 1 apresenta um diagrama de blocos onde são visíveis os principais blocos cons-tituintes de um osciloscópio analógico: sis-tema vertical, sistema de visualização (tubo de raios catódicos – CRT), sistema horizontal (base de tempo) e sistema de sincronismo (trigger).

Dependendo de como o utilizador ajusta a atenuação/amplificação vertical (comando normalmente designado por ‘VOLTS/DIV’), o

ligeiramente modificada – os DPO (Digital Phosphore Oscilloscopes), que pela sua es-pecificidade e pelo facto de ser exclusiva de um fabricante (Tektronix) não são aborda-dos neste documento.

Antes de os osciloscópios de amostragem adquirirem as potencialidades actuais, os osciloscópios analógicos eram preferidos quando era necessário visualizar sinais com variações muito rápidas (altas frequências) em tempo-real (ao mesmo tempo que ocor-rem). No entanto, actualmente o osciloscó-pio analógico está praticamente obsoleto, só se utilizando em situações em que o baixo custo é um requisito fundamental (como por exemplo, para fins didácticos). Mesmo nestas situações começam a aparecer no mercado osciloscópios de amostragem com muito mais funcionalidades que os analógi-cos, por preços cada vez mais próximos. Exis-tem ainda alguns modelos que combinam as duas funcionalidades – visualização em modo analógico ou modo de amostragem (por vezes denominados de combiscopes).

Os osciloscópios de amostragem permitem o armazenamento e posterior visualização das formas de onda, nomeadamente de acontecimentos que ocorrem apenas uma vez (regimes transitórios). Eles permitem

(continuação da última edição)

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revista técnico-profissionalEFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS o electricista

36Carlos Gaspar

Director Técnico, CMFG – Energia e Ambiente, Lda.

IntroduçãoActualmente, com o mercado livre da ener-gia eléctrica, qualquer instalação (indústria, serviços ou doméstico) pode escolher o seu fornecedor de energia eléctrica, contudo e independentemente dos comercializadores que subsistem no mercado, existe sempre um Comercializador de Último Recurso – a EDP Serviço Universal.

As tarifas dos comercializadores que actuam no mercado livre, e tal como o nome indi-ca, são livres, independentes do regulador (ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), no entanto existem alguns parâmetros que este comercializadores mantêm iguais ao serviço regulado, como é exemplo a energia reactiva.

O Comercializador de Último Recurso é obrigado a manter os preços regulados pela ERSE ao longo do ano, ou seja, mantém o preço definido pelo regulador, normalmen-te, no final do ano anterior.

Neste texto iremos abordar a constituição dos preços e as várias opções do comerciali-zador do mercado regulado, já que os preços dos diversos comercializadores do mercado livre diferem de comercializador para co-

mercializador e muitas vezes de contrato para contrato.

Assim, de forma reduzida e não exaustiva, concluiremos algumas constatações que poderão fazer se com base na análise das facturas de energia eléctrica, tendo em vista a economia de energia e/ou redução desta factura. Preferivelmente estas constatações deverão ser conjugadas com a análise de outros dados disponíveis, quando os houver (diagramas de carga, medições de consumos de sectores produtivos e evolução da produ-ção ao longo do período coberto pelas factu-ras). A análise das facturas eléctricas serve essencialmente para: verificar se a opção tarifária da empresa é a melhor; analisar a distribuição dos consumos pelos diferentes horários; se existe pagamento de energia re-activa ou não; e a evolução da Potência em Horas de Ponta e da Potência Contratada.

Estrutura das tarIfasAs tarifas de Venda a Clientes Finais são diferenciadas por nível de tensão e tipo de fornecimento, sendo constituídas por várias opções tarifárias. Cada tarifa inclui o paga-mento dos custos nas diversas actividades do sector eléctrico utilizadas pelos consumi-

eficiência energética na indústria

{2.ª partE - análIsE dE facturas dE EnErgIa EléctrIca}

dores a quem se aplica.

Assim, as opções são repartidas em três ní-veis de tensão de alimentação, que corres-pondem a intervalos de tensão conforme o tipo de cliente final:

BT Baixa tensão: tensão entre fases cujo valor é igual ou inferior a 1 kV (nor-malmente para clientes domésticos, serviços ou pequena indústria);

A BT pode ainda dividir-se em Baixa Tensão Normal (potência contratada igual ou inferior a 41.4 kW) e em Baixa Tensão Especial (com potência contra-tada superior a 41.4 kW;

MT Média Tensão: tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e igual ou inferior a 45 kV (grandes edi-fícios de serviços e indústria);

AT Alta Tensão: tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 45 kV e igual ou inferior a 110 kV (grande indústria);

MAT Muito Alta Tensão: tensão entre fa-ses superior a 110 kV (muito grande indústria).

Dentro de cada um destes níveis de tensão existem diferentes opções tarifárias e diferen-tes horários de entrega de energia eléctrica.

Page 8: Resumo - Revista "o electricista" 33

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO - PRáticAs de electRicidAde o electricista

› Características dos PiezomotoresIsto permite, primeiramente uma precisão nanométrica pois, uma série de impulsos, desloca o rotor apenas alguns nanómetros. As ve-locidades podem ir desde 1 µm/s até os 800 mm/s, apresenta binários até ao dobro da apresentada por motores eléctricos convencionais, podem ser extremamente pequenos e tem rendimentos extraordi-nários. Este motor tem prestações fantásticas para o seu tamanho!

› AplicaçõesEstes motores tem ínumeras aplicações em funções que necessitem de movimentos com binário resistente considerável e que necessi-tem de velocidades e precisões extraordinárias a pequena escala. Um mercado em que estes motores têm sido amplamente utilizados é na focagem das lentes em máquinas fotográficas.

ServomotoreS

› DefiniçãoUm servomecanismo, por definição, é um mecanismo que automati-camente com base num sinal de realimentação, consegue corrigir a “performance” de um determinado dispositivo. Assim, um servomo-tor, será um que tem um circuito de comando que recolhe informa-ções através de sensores quanto à posição do rotor, e daí, determina a correcção de um eventual erro de posição, providenciando que este seja corrigido.

Actualmente estão disponíveis servomotores AC, DC, DC brushless e AC brushless. Contudo, o princípio de funcionamento para todos será o mesmo havendo apenas algumas diferenças na sua pres-tação. Um servomotor terá sempre os seus constituintes básicos

ficha prática n.º 23{motoreS eléCtriCoS – robotS - PArte 2}

PiezomotoreS ou ultrASóniCoS

› PiezomateriaisO termo “Piezo” chega-nos do grego “espremer” ou “pressionar”. Os piezocristais, quando sujeitos a pressões ou forças, criam campos eléctricos. O contrário também é verdade. Quando um piezomaterial é sujeito a corrente eléctrica, sofre uma deformação física quer por expansão do material, quer por originar vibração e sinais de grande frequência. Actualmente existem os chamados piezomotores.

› Príncipio de Funcionamento dos Piezomotores Quer para os piezomotores rotativos, quer para os lineares, o princí-pio de funcionamento será o mesmo. Uma série de actuadores piezo-cerâmicos, estão ligados entre si e a um rotor. Ao serem percorridos por corrente, dá-se uma série de momentos vibratórios que causam a rotação do rotor. Um exemplo de um destes mecanismos apresenta-se na seguinte imagem:

No primeiro instante, nenhuma das piezocerâmicas, ligadas ao rotor, está a ser percorrida por corrente. Um dos cristais ao ser no instante (2), percorrido por corrente eléctrica expande e faz contacto com o rótor prendendo-o. No (3) cristal do meio expande, arrastando o rótor, causando o seu movimento rotativo. No (4) o cristal que pren-dia o rotor deixa de ser alimentado, e recua. Volta-se ao primeiro instante da sequência e daí há o loop que causa a rotação do rotor. O piezomotor pode ser rotativo, segundo a sequência já apresenta-da, ou pode também ser linear, por se montar um parafuso no meio do rotor e se vibrar em hoola hoop mode. Neste modo, o rotor trans-mite rotação e translacção ao parafuso, que se desloca descrevendo uma trajectória linear.

Por se aplicar uma frequência ao rotor, é claro que a expansão dos piezomateriais não é muito significativa não chegando a ser uma expansão de sequer 1%. Mas esta sequência é impulsionada por fre-quências, às vezes, de 5 MHz!

Manuel Teixeira e Paulo PeixotoATEC

44

Mecanismo de rotação

Pequeníssimo piezomotor da empresa SQUIGGLE

Page 9: Resumo - Revista "o electricista" 33

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

52

Texto cedido por Soler & Palau, Lda.

Determinação Das necessiDaDesA determinação do caudal necessário em captações por chaminé é dado em função das dimensões da própria chaminé, a altura a que a mesma se encontra do ponto de emissão e a velocidade de captação necessária.

Neste caso, tratando-se de água pulverizada quase ao nível do va-por, considerou-se uma velocidade de captação de 1 m/s.

Para obter o caudal necessário aplicou-se a seguinte fórmula:

Q = P x h x Vc x 3.600

Em que: Q › Caudal necessário em m3/h; P › Perímetro livre da chaminé em m; H › Altura da chaminé à zona de captação em m; Vc › Velocidade de captação em m/s.

{captação De água pulverizaDa}

casos de aplicação o problema

DaDos a ter em consiDeração

Uma empresa enviou-nos uma consulta para evacuação de água pulverizada, utilizada num tratamento de poli-mento do mármore.

No processo de polimento trabalha-se sobre uma mesa onde existe uma chaminé de captação de 2,5 m de compri-mento por 0,2 m de largura. A beira da chaminé situa-se a 5 cm da zona de geração da água pulverizada.

Com os dados de que dispomos:

Q = 5,4 x 0,05 x h x 3.600 = 972 m3/h

a soluçãoDadas as dimensões da chaminé e para repartir melhor o caudal de ar extraído propôs-se a instalação de duas condutas de 150 mm de diâmetro, a cerca de 70 cm de cada uma das beiras da chaminé, que por sua vez convergiam para uma conduta geral de 200 mm a que se ligou um extractor construído em polipropileno para evitar uma rápida deterioração devido à corrosão por humidade. Aconselhou-se também que a conduta de descarga respeitasse o diâmetro do tubo de descarga para evitar perdas de carga excessivas que reduziriam a eficácia da extracção.

› referências dos equipamentos escolhidos1 cmpt/4-200

Desenho da solução CMPT/4-200

Ø 200 mm

Ø 150 mm

Extractor CMPT/4-200

0,05

m

2,5 m

0,2 m

Page 10: Resumo - Revista "o electricista" 33

revista técnico-profissionalBIBLIOGRAFIA o electricista

5454

o electricista

Manual de doMóticaEste livro mostra ao leitor os aspectos mais relevantes da domótica, os protocolos e dispositivos utilizados, bem como os seus benefícios e principais aplicações. Esta leitura é imprescindível para conhecer o que significa o “lar digital” e permitirá adquirir os conhecimentos necessários para avaliar as aplicações que existem, conhecer os tipos de produtos necessários para “domotizar” a moradia ou edifício, seleccionar a tecnologia de acesso à Internet a utilizar na sua moradia inteligente, eleger os protocolos mais adequados para interligar os diferentes dispositivos, entre outros. Esta obra estrutura-se em 9 capítulos com o seguinte conteúdo: Introdução às soluções domóticas nos edifícios, as moradias bioclimáticas e os sistemas de segurança. Regulamentação básica do lar digital e fases de um projecto domótico; Descrição dos diferentes tipos de dispositivos que se encontram nos edifícios inteligentes: a entrada, o sistema de controlo centralizado, os sensores e actuadores, os electrodomésticos e dispositivos electrónicos inteligentes; Introdução a conceitos básicos de redes internas de interligação e aos diversos padrões, tecnologias e protocolos utilizados nas redes internas: a rede de dados, a rede de controlo, a rede multimédia, e as diferentes redes de comunicação do edifício com o exterior, com especial destaque para as tecnologias de banda larga; Aplicações e benefícios da domótica nos diferentes agentes implicados no mercado da construção. Esta obra complementa-se com uma série de referências bibliográficas. Esta obra destina-se a todos os utilizadores e profissionais (promotores, construtores, arquitectos, engenheiros, electricistas, e outros) interessados na incorporação das novas tecnologias nos edifícios, em particular os que estão relacionados com a automatização, a poupança energética, a segurança e o acesso à informação, para funções de lazer, entretenimento e conforto.› Índice: 1 . Introducción a la domótica; 2 . Introducción de la domótica en los edificios; 3 . Dispositivos en los edificios inteligentes;

4 . Bases de las redes internas de los edificios; 5 . La red de datos; 6 . La red de control; 7 . La red multimedia; 8 . Redes de

telecomunicaciones; 9 . Beneficios y aplicaciones de la domótica.

SiSteMaS eléctricoS trifáSicoS - a Média, alta e Muito alta tenSãoEste livro é consagrado ao exame de Problemas de Exploração dos Sistemas Eléctricos Trifásicos, em particular das Redes de Transporte e de Interligação a Alta e a Muito Alta Tensão e das Redes de Distribuição a Média Tensão. São examinados alguns dados básicos utilizados em aplicações nas redes eléctricas: as leis de base e os teoremas dos circuitos eléctricos, o estabelecimento e a evolução das correntes de curto-circuitos ou um método de cálculo dos regimes de curto-circuitos desequilibrados (com realce para a influência de uma corrente de carga preexistente ou para a de uma resistência de defeito). Não foram esquecidos aspectos como a classificação das redes eléctricas (nomeadamente no aspecto funcional), os regimes de neutro, a sincronização de disjuntores nas redes, as sobretensões transitórias nas redes, o fenómeno da ferroressonância ou mesmo as particularidades de “trabalhos em tensão”. O autor trata ainda de tópicos como os transformadores de potência (particularmente as propriedades dos grupos de ligação), o exame da utilização dos transformadores de medida (com destaque para as diferenças e implicações de núcleos saturáveis e linearizados e dos transformadores de medida de tipo Faraday e de tipo Pockels), a aplicação de transformadores desfasadores num mercado de energia liberalizado, bem como a religação automática nas redes (tanto a que é associada às protecções como a que é relativa à reconstrução da rede após um colapso de tensão). Entre os temas abordados não poderiam também faltar assuntos como a teleprotecção, a produção descentralizada da electricidade, e ainda o factor Qualidade da Electricidade. A obra termina com vários apêndices contendo diversos exercícios resolvidos que se revestem de grande interesse para os leitores.› Índice: 1 . Noções e dados básicos utilizados em aplicações práticas nas redes eléctricas; 2 . Estudo das correntes de curto-

circuitos em sistemas trifásicos; 3 . Caracterização de uma rede trifásica; 4 . Considerações gerais sobre a constituição das redes

eléctricas; 5 . Características funcionais das diferentes redes; 6 . Estudo dos regimes de neutro; 7 . Ligação manual de disjunto-

res e controlo de sincronismo nas redes; 8 . Considerações sobre a tensão da rede de distribuição em funcionamento normal;

9 . Estudo das sobretensões nas redes eléctricas; 10 . Protecção contra a ferroressonância nas subestações; 11 . Trabalhos em

tensão; 12 . Transformadores de potência; 13 . Transformadores de medida; 14 . Aplicação prática na rede de transformadores

de potência desfasadores; 15 . Religação automática associada às protecções nas redes a média, a alta e a muito alta tensão;

16 . Problema de reconstituição da rede após colapso de tensão; 17 . Sistemas de teleprotecção; 18 . Produção eléctrica des-

centralizada; 19 . Qualidade da electricidade.

autor Manuel Delgado

ISBN 978-972-89-5350-8

páginas 416

editora Publindústria

edição 2010

(Obra em Português)

venda on-line em www.engebook.com

autores J.M. Huidobro, R.J. Millán

ISBN 978-849-27-7937-6

páginas 218

editora Copyright

edição 2010

(Obra em Espanhol)

venda on-line em www.engebook.com

€ 24,20

€ 29,70€ 33,00

Page 11: Resumo - Revista "o electricista" 33

revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

56

matelec 2010

A 15.ª edição da MATELEC voltará a ser o ponto de encontro do sector eléctrico e electrónico, tanto a partir de diferentes con-gressos, conferências e jornadas técnicas, como através da exposição prática E-Doceo. Neste evento irá destacar-se o projecto, claramente dirigido para difundir as novas propostas e desenvolvimentos da inovação tecnológica. Para assegurar o êxito des-ta reedição do e-Doceo, a MATELEC conta novamente com a colaboração do principal grupo empresarial deste âmbito, a FENIE, a Federação Nacional de Empresários de Ins-talações Eléctricas de Espanha.

Além disso foi criada a Federação Madrile-na de Instaladores (FMI) que terá uma pre-sença activa no evento. Na passada edição, em 2008, a MATELEC obteve um balanço positivo com a presença de 1.041 empresas expositoras espalhadas por 54.000 metros quadrados, e contabilizou mais de 63.000 vi-sitantes profissionais. A internacionalização da feira deu-lhe um novo impulso, ao contar com 261 expositores estrangeiros oriundos de 29 países, e cerca de 5.300 visitantes profissionais internacionais interessados na oferta de uma das maiores feiras internacio-nais de Espanha e a segunda na Europa.

O acordo alcançado entre a Associação

Profissional de Empresários de Instalações Eléctricas e Telecomunicações de Madrid - APIEM e a ASEFOSAM - Associação de Em-presários de Canalização, Saneamento, Gás, Aquecimento, Climatização, Electricidade, Manutenção e Afins ilustra uma tendência futura de facilidades de mercado. O sector

eléctrico e electrónico encontra-se num momento de luta pela sustentabilidade, algo fundamental para fornecer mais qualidade ao serviço, uma melhor manutenção e re-forma, sem esquecer a importante reabili-tação das antigas instalações. Por isso num contexto onde prima a eficiência, a pou-pança energética e a aposta nas energias renováveis, a MATELEC 2010 apresenta-se como o pólo de atracção de todo o sector. São esperados promotores, arquitectos, en-genheiros, e demais público, e a MATELEC irá

mostrar-lhes o caminho a seguir, tanto atra-vés da sua oferta expositiva como do seu completo programa de jornadas técnicas. Os sectores presentes na MATELEC são: energia eléctrica, tecnologia da instalação eléctrica, iluminação, inter e telecomunicação, elec-trónica e equipamento industrial. E estarão presentes diversas associações como a AE-CIM, AFME, AMEC-AMELEC, AMITEL, ANFA-LUM, APIEM , FACEL, FENIE, e FENITEL.

AssociAções, encontros e espAços temáticos: tudo numA feirANo passado dia 15 de Dezembro de 2009 foi realizada uma Reunião Extraordinária da Associação Nacional de Fabricantes de Equi-pamentos de Iluminação (ANFALUM), onde foi demonstrada a capacidade inovadora da indústria. Esta inovação reflecte-se nos có-digos de ética e responsabilidade social em produtos mais eficientes energicamente, e numa clara aposta na internacionalização. Os dados do terceiro semestre de 2009 di-tam que houve uma redução de 32,5% na iluminação exterior, 49,3% na decorativa e de desenho, iluminação exterior de 7,7%, e nas fontes de alimentação de 23,5, e 30,9% nos componentes para luminárias. Os pro-fissionais e as empresas expositoras do mer-

{Uma aposta segUra no sector eléctrico e electrónico}

De 26 a 29 de Outubro de 2010, a Feria de Madrid acolherá o sector eléctrico e electrónico de referência na MATELEC 2010, ao qual se unirá a 2.ª edição da FERREMAD, o Salão de Fer-ragens, Bricolage e Fornecimentos Industriais que contou em 2008 com 74 expositores e cerca de 2.400 visitantes profissio-nais. Ambos os certames estão a ser organizados pela IFEMA, em colaboração com a TECNIEXPO.

Helena Paulino

Visite-nos no

stand 6n10!

Page 12: Resumo - Revista "o electricista" 33

calendárioFEIRAS . CONFERÊNCIAS

78

feira temática local data contacto

BI-MU/SFORTEC Feira de Utensílios de Máquinas, Milão 5 a 9 Outubro 2010 CEU - Centro Esposizioni Ucimu SPA Robotização e Automação Itália [email protected] www.bimu-sfortec.com ENERGY SOLUTIONS Feira sobre Energia Sustentável Londres 6 a 7 Outubro 2010 Energy Solutions ExpoEXPO Reino Unido [email protected] www.energysolutionsexpo.co.uk BELEKTRO Feira de Engenharia Eléctrica Berlim 6 a 8 Outubro 2010 Messe Berlin GmbH Alemanha [email protected] www.belektro.com

RENEXPO Feira e Conferência sobre Energias Augsburgo 7 a 10 Outubro 2010 REECO GmbH Renováveis e Eficiência Energética Alemanha [email protected] www.energie-server.de

JORNAdAS TéCNICAS Congresso de Segurança contra Lisboa 19 a 22 Outubro 2010 APSEINFPA-APSEI Incêndio Portugal [email protected] www.nfpaportugalconference.com MATELEC Feira de Material Eléctrico e Madrid 26 a 29 Outubro 2010 Ifema Electrónico Espanha [email protected] www.matelec.ifema.es

EXPOBIOENERGIA Feira Internacional de Bioenergia Valladolid 27 a 29 Outubro 2010 Institución Ferial Castilla y León Espanha [email protected] www.expobioenergia.com SAIE Salão da Industrialização de Bolonha 27 a 30 Outubro 2010 SAIE BolognaFiere Construção Civil Itália [email protected] www.saie.bolognafiere.it

iENA Feira de Ideias, Invenções e Produtos Nuremberga 28 a 31 Outubro 2010 AFAG Messen und Ausstellungen GmbH Alemanha [email protected] www.iena.de

EXPO ENERGIA Feira e Conferência sobre Energias Lisboa 9 a 11 Novembro 2010 About Media Conferências Renováveis e Eficiência Energética Portugal [email protected] www.expoenergia2010.about.pt

EMAF Feira Internacional de Porto 10 a 13 Novembro 2010 Exponor – Feira Internacional do Porto Máquinas-Ferramentas e Acessórios Portugal [email protected] www.emaf.exponor.pt

SITE Feira de Termohidráulica e Roma 11 a 14 Novembro 2010 SENAF Engenharia Electrotécnica Itália [email protected] www.senaf.it

GREENERGY Feira de Energias Renováveis Milão 17 a 19 Novembro 2010 Artenergy srl Itália [email protected] www.greenergyexpo.eu

SPS/IPC/dRIVES Feira de Automação Eléctrica, Nuremberga 23 a 25 Novembro 2010 Mesago Messemanagement GmbH Sistemas e Componentes Alemanha www.mesago.de/en/SPS/home.htm

HONG KONG Exposição Internacional de Hong Kong 27 a 30 Novembro 2010 Hong Kong Trade Development CouncilINTERNATIONAL Iluminação China [email protected] FAIR www.hklightingfairae.hktdc.com

Page 13: Resumo - Revista "o electricista" 33

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

80

dossierprotecções de

instalações eléctricas

redes de transporte e de distribuição – a seGurança e a continuidade de aliMentação eléctricaManuel Delgado

reGiMes de neutro e protecção contra contactos indirectos e defeitos à terra - parte 1ABB, S.A.

sisteMas de captação de descarGas atMosféricasAlexandre Cruz, OBO BETTERMANN

protecção contra sobreintensidades nas instalações eléctricasBruno Serôdio, Hager S.A.

protecção de instalações eléctricas coM enerGia socorrida - upsPedro Magalhães, APC by Schneider Electric

PRO

TAG

ON

ISTA

S

Projectamos hoje protegendo o amanhã

Motores | Automação | Energia | Tintas

W22Um novo conceito em motores eléctricos

NOVOS MOTORES W22, ECODESIGN EM PERFORMANCE E FIABILIDADE

A sua classe de rendimento torna-os produtos verdadeiramente eficientes, cumprindo as mais recentes normas Globais ao nível de rendimento: IE1, IE2, IE3 e IE4 (Europa), NEMA Premium (EUA) e MEPS (Austrália).

Page 14: Resumo - Revista "o electricista" 33

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

82

redes de transportee de distribuição

› INTRODUÇÃOPara manter o mais elevado grau possível de continuidade de fornecimento da energia eléctrica, tudo deve ser feito para impedir, na medida das possibilidades, a interrupção não programada ou, no caso contrário, para minimizar o tempo de interrupção, sempre que condições intoleráveis aparecem.

Quando, devido aos erros de concepção ou de dimensionamento do sistema eléctrico, uma perturbação normal – isto é, uma per-turbação que devia ser absorvida sem con-sequência sobre a continuidade de serviço – leve até ao colapso de tensão, a rede está a falhar um dos seus objectivos essenciais, que é o de fornecer aos consumidores da manei-ra mais económica possível, com fiabilidade e segurança, a energia eléctrica em qualquer momento e qualquer que seja a quantidade pedida, dentro dos limites do contrato.

Os cortes não programados de fornecimen-to da energia eléctrica à totalidade ou a par-te duma clientela correspondem ao estado último da instabilidade da tensão: o colapso da tensão.

As causas para essa situação podem ser

Manuel DelgadoEngenheiro Electrotécnico

múltiplas e variáveis e, por vezes, diversos factores se imbricam para a explicar.

Só o conhecimento dos dados recolhidos pelos técnicos responsáveis da instalação permitirão fazer a análise acertada de cada incidente e chegar a possíveis conclusões.

A continuidade da alimentação eléctrica, em caso de imprevisto que afecte o sistema, não pode ser assegurada senão com o res-peito de um certo número de condições em termos de sua estrutura, por um lado, e de sua organização, por outro. Essas condições consubstanciam-se numa boa fiabilidade e segurança do sistema eléctrico.

A fiabilidade e a segurança no fornecimento da energia eléctrica podem ser aumentadas, de maneira significativa, por:

1. Uma concepção muito cuidada das redes para, por exemplo, evitar a sobrecarga permanente de transformadores ou de linhas e de cabos de transporte ou de distribuição, que degrada as suas carac-terísticas físicas e pode conduzir à sua danificação;

2. Uma coordenação de isolamento correc-

{A SEGURANÇA E A CONTINUIDADE DE ALIMENTAÇÃO ELÉCTRICA}

Uma grande continuidade e segurança no fornecimento da energia eléctrica constitui, com toda a evidência, a maior preocupação tanto dos responsáveis pela concepção do sistema eléctrico como dos responsáveis da exploração desse mesmo sistema.

ta e instalação de descarregadores de sobretensão, onde a sua necessidade se fizer sentir;

3. Uma utilização e uma manutenção pre-ventiva correctas, o que supõe a existên-cia de uma equipa de técnicos altamente competentes e treinados;

4. Um desdobramento de certos equipa-mentos (malhagem nas redes de Trans-porte ou estruturas de socorro nas redes de Distribuição), de maneira que a perda de um desses equipamentos não cause interrupções de serviço duma duração inaceitável.

5. Uma realização muito cuidadosa de ins-talações para diminuir, o máximo possí-vel, a possibilidade do aparecimento de defeitos ou de situações anormais duran-te o funcionamento da rede.

6. Um cálculo correcto dos elementos da rede de modo que eles possam resistir às solicitações mecânicas e térmicas devi-das às correntes de curto-circuitos.

7. Assegurar a manutenção de margens de funcionamento em relação aos limites físicos, pelo estabelecimento de proce-dimentos específicos tanto na fase do desenvolvimento da infraestrutura como na fase da exploração do sistema.

Page 15: Resumo - Revista "o electricista" 33

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

88

regimes de neutro e protecção

1› Protecção contra contacto indirecto em sistemas ttUm defeito à terra num sistema de neutro à Terra origina o circuito representado na Figura 1.

Figura 1

A corrente de defeito flui através dum enrolamento secundário do transformador, da linha condutora, da resistência de defeito, do con-dutor de protecção, e da resistência do eléctrodo de terra (RA, do utilizador da instalação e RB, do neutro).

De acordo com as recomendações da IEC 60364-4, norma da estru-

ABB, S.A.

tura base da legislação portuguesa, RTIEBT DL 226/2005, portaria n.º 949-A/2006, os dispositivos de protecção devem ser coordenados com o dispositivo de ligação à terra, de forma a cortar rapidamente a alimentação se a tensão de contacto atinge valores prejudiciais para o corpo humano. Valores estabelecidos em norma, conforme IEC/TR 60479. Antes de descrever estas recomendações, é útil saber os di-ferentes tipos de circuitos descritos na referida norma de referência;

{contra contactos indirectos e defeitos à terra - Parte 1}

O objectivo deste artigo técnico é fornecer ao leitor as infor-mações necessárias sobre os principais aspectos normativos em matéria de protecção contra defeitos à terra e contacto indirecto, esclarecento os problemas mais relevantes e encon-trando soluções caixa moldada ABB Sace.

13Distribution systems and protection against indirect contact and earth fault

RARB

L1

L2

L3

N

IK

IK

5 P

rote

ctio

n a

ga

inst in

dire

ct c

on

tac

t

5.3 Protection against indirect contact in TT

systems

An earth fault in a TT system originates the circuit repre-

sented in Figure 7.

Figure 7

ArTu ArTu ArTu ArTuArTu

SACE

SACE

SACE

ArTu

T TT

T TT

T TT

Distribution circuit

Final circuit

In a TT system, to achieve a correct protection against

indirect contact through the automatic disconnection of

the circuit, it is necessary to respect one of the following

Protection by means of residual current devices

ments), to achieve protection against indirect contact

by means of residual current devices it is necessary to

satisfy the following condition:

RA · I

n 50V then: R

A

50V

In

The fault current fl ows through the secondary winding of

the transformer, the line conductor, the fault resistance,

the protective conductor, and the earth electrode resist-

A, of the user’s plant, and R

B, of the neutral).

According to IEC 60364-4 prescriptions, the protective

devices must be coordinated with the earthing arrange-

ment in order to rapidly disconnect the supply if the touch

voltage reaches harmful values for the human body.

Before describing such prescriptions, it is useful to know

the different circuit types described in the above men-

tioned Standard; in particular, in a plant, the circuits can

be divided into:

nected.

where:R

A

and of the protective conductor of the exposed-con-ductive-parts1;

In is the rated residual operating current of the residual

current circuit-breaker.

1 The resistance of the earth electrode is in series with that of the protective conductor,

which is negligible if compared with the resistance RA; as a consequence, in the formula

it is possible to take into consideration only the resistance of the earth electrode of the

user’s plant.

13Distribution systems and protection against indirect contact and earth fault 

RARB

L1

L2

L3

N

IK

IK

5.3 Protection against indirect contact in TT systems

An earth fault in a TT system originates the circuit repre-sented in Figure 7.

Figure 7

ArTu ArTu ArTu ArTuArTu

SACE

SACE

SACE

ArTu

T TT

T TT

T TT

Distribution circuit

Final circuit

In a TT system, to achieve a correct protection against indirect contact through the automatic disconnection of the circuit, it is necessary to respect one of the following 

Protection by means of residual current devices

ments),  to  achieve protection against  indirect  contact by means of residual current devices it is necessary to satisfy the following condition:

RA · I n   50V  then: RA 50V

I n

The fault current fl ows through the secondary winding of the transformer, the line conductor, the fault resistance, the protective conductor, and the earth electrode resist-

A, of the user’s plant, and RB, of the neutral). According to IEC 60364-4 prescriptions, the protective devices must be coordinated with the earthing arrange-ment in order to rapidly disconnect the supply if the touch voltage reaches harmful values for the human body. 

Before describing such prescriptions, it is useful to know the different circuit types described in the above men-tioned Standard; in particular, in a plant, the circuits can be divided into:

nected.

where:RA

and of the protective conductor of the exposed-con-ductive-parts1;

I n   is the rated residual operating current of the residual current circuit-breaker.

1 The resistance of the earth electrode is in series with that of the protective conductor, which is negligible if compared with the resistance RA; as a consequence, in the formula it is possible to take into consideration only the resistance of the earth electrode of the user’s plant.

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

98

sistemas de captação de descargas atmosféricas

O sistema de captaçãoO objectivo de um sistema de captação é interceptar uma descarga atmosférica, con-duzir a corrente de forma segura, através de baixadas, e por último dissipar as correntes através do sistema de terras. Tem, como fi-nalidade, a protecção de vidas, edifícios e bens. O IEC (Comité Electrotécnico Internacional) sob a norma IEC 62305 define de forma clara e objectiva todas as premissas para a realização de um sistema de captação de descargas atmosféricas. Em ponto algum encontramos referências a pára-raios com dispositivos ionizantes não radioactivos. Po-demos reflectir sobre a existência de uma NP 4426, baseada numa norma espanhola (UNE 21186:1986) que por sua vez é uma tradução de uma norma francesa (NF C 17-102:1995) que tutela a utilização de dispositivos ioni-zantes não radioactivos e que é baseada na norma IEC61024, entretanto retirada.

O confronto normativoUm pára-raios activo, segundo vários fabri-cantes, apresenta um raio de protecção de 60m, com um mastro de 3 m de altura. A

Alexandre Cruz (Eng.)Coordenador do Departamento Técnico da OBO BETTErmANN

norma IEC 62305 considera um pára-raios activo uma simples haste captora Franklin (ponta de ferro), em que o raio de protecção é dado pelo método do ângulo (uma haste com 3m apresenta cerca de 12 m de raio de protecção). Ficará o engenheiro descansado ao preco-nizar para um sistema que segundo o IEC tem apenas um raio de protecção de 12m quando necessita de um raio de protecção mais elevado?

A reflectir1. Sendo Portugal um dos membros do IEC, não deverá zelar para que as normas definidas e

desenvolvidas em conjunto se sobreponham às normas nacionais, muitas vezes impostas e definidas por lobbies de fabricantes?

2. Será a classe de engenharia suficientemente criteriosa na escolha e definição dos siste-mas, que têm por objectivo primário a protecção de vidas humanas?

COmO se define um sistemA de CAptAçãO?

1› Os pontos de captação› Hastes captoras (inclui todas as pontas metálicas sobrelevadas à cobertura)› Cabos em catenária› Condutores emalhados

2› posicionamento dos pontos de captaçãoOs métodos aceitáveis, para determinar o posicionamento dos pontos de captação, são os seguintes:› O método da esfera fictícia pode ser utilizado em todos os edifícios› O método do ângulo é intuitivo mas limitado para edifícios com alturas elevadas, como se

pode comprovar na Figura 2.› O emalhado é utilizado para proteger edifícios com cobertura plana.

A captação de descargas atmosféricas é um dos pontos do projecto electrotécnico mais descurado pela maioria dos projectistas. Exige, na pior das hipóteses, coordenação com o projecto de estruturas, arquitectónico e civil. É moroso na sua definição e no seu traçado. Verifica-se uma total ausência de espírito crítico na escolha dos sistemas a aplicar, deixando o marketing de sistemas milagrosos e de fácil instalação sobrepor-se à real função da engenharia.

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

102

protecção contra sobreintensidades

Estas protecções, quando bem dimensiona-das, garantem o funcionamento da instala-ção sem riscos para o utilizador, aumentam o tempo de vida de todos os seus compo-nentes e proporcionam uma melhor quali-dade de serviço. A utilização de aparelhos que não respeitem as normas em vigor, ou qualquer erro na sua execução ou utilização, põe em risco a instalação, daí podendo re-sultar num sobreaquecimento dos compo-nentes eléctricos levando à sua destruição, podendo originar incêndios e pondo em ris-co o património e vidas humanas.

SobreintenSidadeSUma sobreintensidade num circuito pode ter origem numa sobrecarga ou num curto-circuito. A primeira pode surgir numa ins-talação por várias razões, pelo aumento do consumo de uma carga (permanente), pelo arranque de um motor (instantâneo), entre outros. O segundo surge quando existe um caminho para a corrente, com uma resistên-

Bruno Serôdio (Eng.º)Gestor de Produto

Hager - Sistemas Eléctricos Modulares, S.A.

cia inferior à do percurso normal, como é o caso de um contacto directo ou indirecto com um condutor activo, ou ainda, quando os condutores activos contactam directamente entre si ou com o neutro.

O dimensionamento e a adequação das curvas de disparo das protecções aos cabos a utilizar e às condições da instalação e às cargas, na fase de projecto servem para prevenir danos nas instalações, estando em jogo diferentes opções sempre sujeitas a uma análise técnica e económica. As várias parcelas que constituem a instalação eléctrica, cabos e protecções têm de ser precavidas e por vezes sobredimensionadas para poderem dar resposta a aumentos expectáveis da potência consumida, evitando assim a sua posterior substituição. O valor deste investimento inicial deve ser avaliado e as diferentes soluções técnicas e económicas propos-tas ao investidor pelo projectista para o ajudar na tomada de decisão.

CondutoreSOs condutores devem ser dimensionados para suportarem quer uma sobrecarga quer um curto-circuito de curta duração sem se deteriorarem, evitando assim aquecimentos exces-sivos da canalização, que podem estar na origem de um incêndio da instalação. Quando as secções dos condutores são muito elevadas, em vez de cabos multipolares é recomendada a utilização de cabos monopolares, que facilitam as ligações aos aparelhos e a sua instalação. No dimensionamento dos condutores devem ser consideradas as distâncias das cargas aos Quadros de Eléctricos, bem como a localização destes. A escolha de outra localização ou de um outro traçado poderá ter implicações muito significativas no cálculo das secções dos condutores.

{naS inStalaçõeS eléCtriCaS}

A protecção das instalações eléctricas contra sobrein-tensidades foi sempre uma preocupação patente na mentalidade intrínseca dos projectistas e dos insta-ladores eléctricos, contando com a colaboração dos fabricantes que põem à sua disposição um conjunto de equipamentos produzidos de acordo com as mais exigentes normas internacionais e europeias em vigor. Pretende-se que os trabalhos destes intervenientes, fabricantes, projectistas e instaladores, contribuam para instalações eléctricas mais seguras.

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

108

protecção de instalações eléctricas

A utilização da energia eléctrica é hoje um factor comum na nossa vida diária, quer a nível doméstico quer a nível empresarial. Como qualquer outra forma de energia, a sua má utilização comporta riscos que, em casos extremos podem provocar a mor-te. Assim a electricidade deve ser utilizada minimizando, para o utilizador não técnico, todas as consequências da sua utilização.

A electricidade é uma forma de energia que não se vê, não cheira e não se ouve. Por isso as suas consequências só podem ser sentidas. A questão é que por vezes apenas mortalmente sentidas. Os acidentes ocorrem basicamente por ignorância quan-do se desconhece os riscos envolvidos, por imprudência quando se conhece mas não se previne, ou por negligência quando não se desenha de acordo com as normas de segu-rança de utilização.

Por isso foram legalmente definidos conjun-tos de parâmetros de segurança para utili-zação da energia eléctrica em ambiente de utilização pública.

Dois tipos de acidentes podem ocorrer; por contacto directo ou indirecto.

Pedro MagalhãesSystem Engineer da APC by Schneider Electric

O primeiro ocorre quando uma pessoa en-tra em contacto com uma fonte primária de energia, um cabo eléctrico, uma cabo de alta tensão, entre outros.

O segundo quando o contacto é indirecto, ou seja, quando uma pessoa entra em con-tacto com uma superfície não condutora mas que, por uma qualquer falha, se encon-tra com um potencial eléctrico.

Este artigo pretende analisar a especificida-de da utilização deste tipo de mecanismos de protecção das pessoas em ambientes técnicos especiais em que exista a utilização de uma UPS (Unidade de Alimentação Ininterrupta). Em muitas instalações eléctricas, quer in-dustriais quer terciárias, o recurso à utili-zação de uma UPS é frequente. Este equi-pamento tem como objectivo fornecer uma energia limpa e ininterrupta a cargas mais críticas em que o objectivo é, acima de tudo, garantir a sua continuidade de serviço.

Neste tipo de aplicações a utilização de me-canismos de protecção diferencial deve ser ponderada, uma vez que constituem um factor de diminuição da disponibilidade da solução implementada.

{com EnErgia Socorrida - UPS}

O artigo pretende analisar a especificidade da utilização de protecção das pessoas em ambientes técnicos especiais em que exista a utilização de uma UPS (Unidade de Alimentação Ininterrupta).

Figura 1 . UPS Industrial.

Importa pois distinguir o tipo de aplicação para a qual vamos utilizar a UPS. Se estiver-mos perante situação de utilização pública, ou seja, para alimentar computadores pes-soais de diferentes utilizadores num espaço de utilização pública, a utilização de diferen-ciais deverá ser obrigatória. Nesta situação cada circuito de saída deverá ser protegido por um disjuntor diferencial de sensibilidade

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ARTIGO TÉCNICOelevadores e a eficiência energética (2.ª parte) 133

REPORTAGEMjornadas tecnológicas:

um evento incontornável no sector electrotécnico 139

ENTREvIsTAINSTALCONTROL:

“ir ao encontro das expectativas dos clientes” 147

Após vários episódios não passou na Assembleia da República a polémica intenção de isentar as instalações de electricidade e de gás de qualquer inspecção após a sua realização. Várias vozes se levantaram, algumas dizendo que as instalações eléctricas até ficariam mais seguras sem o acto de certificação conferido pelas respectivas entidades certificadoras. Outras diziam que afinal apenas uma pequena parte das instalações seria inspec-cionada e, por isso, estar-se-ia a pagar por um serviço efectiva-mente não realizado.

Segundo terá sido então pré-acordado na Assembleia da Re-pública a intenção de que todas as instalações eléctricas de-veriam ser inspeccionadas. Na verdade não estaremos peran-te um retrocesso no processo de certificação das instalações eléctricas? Quando se dizia que as instalações eram certificadas sem inspecção, tal facto acontecia porque o técnico responsável pela execução da instalação eléctrica tinha anteriormente já um conjunto de instalações aprovadas sem “Não Conformidades”, e por isso a sua “classificação” na Certiel, que obedece a crité-rios bem definidos, permitia que fosse contemplado no proces-so automático de amostragem, com a aprovação administra-tiva de determinada instalação eléctrica. Era um justo prémio

Certiel: o volte face?

pelas suas boas Regras da Execução e da Arte nas instalações eléctricas, que devia ser incentivado. Não se tratava então de pagar uma certificação sem inspecção da instalação e sem ra-zões minimamente seguras de que deveria estar bem executada, mantendo-se o princípio da presunção da confiança que a nova lei pretendia pura e simplesmente banalizar, acabando com as certificações.

Agora, se for avante a ideia de que todas as instalações devem ser inspeccionadas, então acaba-se a confiança e o “prémio” para quem tem brio profissional suficiente para zelar sempre pelas boas Regras de Segurança e da Arte na execução das ins-talações eléctricas. Estamos a colocar todos os técnicos em pé de igualdade, sabendo-se que tal não é um princípio minima-mente verdadeiro ou justo, por razões várias.

Esperemos que o bom senso impere e que as alterações que venham a ser introduzidas na lei venham de encontro à defe-sa tanto das classes profissionais que operam no sector, como também à defesa da qualidade e segurança das instalações eléctricas para o utilizador final, que a Certiel tem até agora conseguido manter apesar das críticas que lhe são dirigidas.

Josué MoraisDirector Técnico

nota técnica

ARTIGO TÉCNICO-COMERCIALinstalações automatizadas com ABB NIESSEN - KNX 151

SAUTER IBÉRICA: novo software de gestão energética Sauter EmS 157

QENERGIA: protecção contra descargas atmosféricas 159

DEC.mEDIDA: calibres estendidos e protecção integrada 161

FORMAÇÃO 163

ITEDficha técnica n.º 11 169

CONsULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 173

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

133

Ascensores em movimento:Hipóteses para a redução do consumo de energia com o ascensor em movimento:

1. Modernização de ascensores existentes, através da substituição de máquinas com redutor (de 1 ou 2 velocidades) por má-quinas sem redutor, mas com controlo por variação de frequência.

2. A aplicação de variadores de velocidade por variação de frequência em ascensores com sistemas de tracção por máquinas de 1 ou 2 velocidades permitirá uma redução (estimada pelos fabricantes de máquinas) de até 30% no consumo de energia. Pa-ralelamente aumenta-se o conforto de utilização do ascensor (menores ruídos e menores vibrações), garante-se uma paragem mais nivelada ao piso e um me-nor desgaste mecânico do ascensor (os arranques e as paragens do ascensor são muito menos bruscas)6. Deverá recorrer-se a variadores de frequência de última geração), que produzirão menos perdas.

3. Prever sistemas de reinjecção de energia gerada pela máquina na rede (Recupera-ção de Energia através de VEV – Variado-res Eléctrónicos Regenerativos). Um as-

Miguel Leichsenring Franco (Engº) Administrador da Schmitt+Sohn Elevadores, Lda

ascensores numa mesma caixa instalados antes dos anos 90, tipicamente cada as-censor funciona em autonomia. Através da modernização do comando, mediante a instalação de um comando electrónico em grupo, será possível fazer a gestão de funcionamento da bateria. Desta forma será enviado apenas um ascensor de cada vez a cada solicitação, colocando-se em movimento o ascensor que se encontrar mais próximo do local onde foi enviado o comando externo. A avaliação do padrão de tráfego poderá ser feita no próprio as-censor ou por um sistema de gestão de tráfego centralizado no edifício, quando este tem vários ascensores instalados. Este sistema de gestão de tráfego disponibili-zirá então o(s) ascensor(es) necessário(s), optimizando o número de manobras a realizar pelos ascensores e distribuindo os passageiros a transportar pelos dife-rentes ascensores existentes no edifício.

Outras hipóteses de optimização:Apresentam-se em seguida outras acções, que, embora não estando relacionadas di-rectamente com o funcionamento do ascen-

elevadores e a eficiência energética

{2.ª pArte}

(continuação da última edição)

censor ideal deveria reinjectar na rede, em movimento ascendente, a mesma energia que consumiu anteriormente à descida (carga mínima e carga máxima, respecti-vamente, em ascensores eléctricos).

A relação energia reinjectada face à ener-gia absorvida seria de 1:1. Mas um ascen-sor real tem perdas devido à aceleração, à travagem, à paragem, aos atritos e ao próprio sistema de tracção. Esta ener-gia não é recuperável. Assim, o grau de recuperação de energia (relação entre a energia reinjectada durante a viagem as-cendente dividida pela energia necessá-ria para ambas as manobras – subida e descida) não ultrapassa normalmente os 50%. Em ascensores de dimensões redu-zidas o grau de recuperação de energia não ultrapassará os 30%. Logo, só fará sentido (do ponto de vista económico e energético) a instalação de um sistema de reinjecção em ascensores de grandes cargas e que realizem muitas manobras.

4. Recurso a comandos electrónicos, que adaptem o seu funcionamento a uma melhor gestão do tráfego, por exemplo, através do funcionamento em grupo. Em edifícios de habitação, com dois ou mais

A redução do consumo de energia nos edifícios poderá ser obtida através de medidas de gestão da procura, no sentido de reduzir os consumos na utilização e através do recurso a equipamentos energeticamente mais eficientes. Daí que seja importante estudar também a optimização e a eficiência energética de ascensores.

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

139

jornadas tecnológicas

Como já é habitual, Custódio Dias, Professor do Instituto Superior Engenharia do Porto e Director da revista “o electricista”, abriu a 5.ª edição das Jornadas Tecnológicas, dando as boas vindas aos participantes. Aprovei-tou para realçar o sucesso das 5 edições já decorridas, que registaram um crescimento notável ano após ano, não esquecendo de mencionar a necessidade de eventos deste género em Portugal, onde ainda há uma grande falha no que diz respeito à forma-ção nos temas que foram abordados nas Jornadas Tecnológicas. Um dos participan-tes, Carlos Correia, electricista e fiscal da EDP, referiu “esta é a primeira vez que ve-nho às Jornadas Tecnológicas, e está a ser muito produtiva em termos de formação e superou totalmente as minhas expectativas. Faz muita falta um encontro deste género com as melhores empresas nacionais e ins-titucionais que nos informem das últimas novidades”.

O evento contou com mais de 600 partici-pantes – o que inclui fabricantes, distribui-dores, projectistas, instaladores e técnicos de manutenção – que enalteceram o espaço de informação e formação exigente e actu-

al, tal como o importante convívio e troca de ideias existente entre participantes e oradores.

As empresas participantes de renome, res-ponsáveis pelas comunicações de formação proferidas durante o evento, contribuem em muito para o sucesso do evento pela forma-ção de qualidade que garantem aos parti-cipantes que ouvem as suas comunicações. Por tudo isto não é de espantar a opinião dos profissionais que assistiram ao evento: Rui Cardoso ditou “é a segunda vez que ve-nho porque a primeira foi mesmo muito en-riquecedora para actualizar os meus conhe-cimentos. E, de facto, esta é uma iniciativa

muito positiva para os profissionais do meio electrotécnico como é o meu caso.” Marco dos Santos, Professor de Cursos Profissio-nais em Abrantes emitiu uma opinião se-melhante: “É a primeira vez que venho mas estou a gostar muito, sobretudo do convívio entre participantes e oradores, e das ques-tões pertinentes que já foram colocadas na sala de formação. Vários profissionais já me tinham falado do evento mas ainda não tinha tido oportunidade de participar, e agora que aqui estou julgo que foi um des-perdício não ter vindo nos anos anteriores.”

1.º dia: as EnErgias rEnovávEis Cláudio Monteiro, Director da revista “reno-váveis magazine”, moderou o primeiro pai-nel desta 5.ª edição das Jornadas Tecnológi-cas. Referiu o facto de Portugal ser um país onde se tem apostado bastante nas energias renováveis, mas aconselhou que é necessá-rio ter os conhecimentos correctos e actu-alizados sobre as instalações solares térmi-cas e de como elas funcionam, tal como as normas que as regem e como se deve fazer uma monitorização correcta a uma destas instalações.

{um evento incontornável no sector electrotécnico}

As Jornadas Tecnológicas estão de parabéns: 5 edições! A edi-ção deste ano decorreu de 19 e 21 de Maio na AIMINHO – Associação Industrial do Minho, em Viana do Castelo, e teve como temas fulcrais as Energias Renováveis, a Eficiência e Manutenção das Instalações Eléctricas e as Telecomunicações. A formação que receberam, o próprio conceito do evento, os temas escolhidos e as comunicações de elevada qualidade fo-ram, mais uma vez, evidenciados positivamente pelos parti-cipantes, muitos repetentes de anos anteriores e que fizeram questão de avisar que voltarão no próximo ano.

Helena Paulino

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revista técnico-profissional REPORTAGEMo electricista

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A Vulcano, por André Cruz, abordou as ins-talações solares térmicas individuais e co-lectivas. Explicou que em Portugal o sector doméstico normalmente utiliza o sistema de termossifão, um sistema económico e fácil de instalar, adaptável a todas as coberturas apesar de ter um rendimento mais baixo e uma estética menos agradável, ou em alter-nativa são utilizados sistemas de circulação forçada, mais economizadores e confortá-veis. No caso dos sistemas solares colectivos de fornecimento misto, a água é dada de forma individual por fracção, e ocorre uma produção de AQS com uma solução solar colectiva do condomínio. No sector terciário são utilizados sistemas solares centralizados de produção, onde é exigida uma zona téc-nica central, um circuito hidráulico de distri-buição de AQS mais complexo.

A Circutor já soma 35 anos de experiência na eficiência energética, e por isso, Lurdes Pereira abordou as auditorias feitas e como deve ser gerida a energia, de forma a redu-zir a factura anual de energia e melhorar a produtividade. Mas para que isto ocorra, a manutenção e o controlo energético são pontos que devem ser levados em conta. Lurdes Pereira explicou como deve ser feita uma adequada auditoria energética e quais as etapas básicas: nas medições eléctricas (motores eléctricos, sistemas de contagem e monitorização, transformadores eléctricos, equipamentos de filtragem de harmónicos, e outros) devem ser utilizados os medidores de rede, de forma a melhorar a eficiência energética.

Deodato Vicente, Director-Geral da filial da Weidmüller em Portugal, e Toni Betrui

aconselharam que devem ser escolhidos os melhores equipamentos e materiais, an-tes de iniciar o desenho de uma instalação fotovoltaica. Acrescentaram que um painel de qualidade pode evitar muitos problemas porque a caixa de ligações é um dos pontos mais críticos e importantes. Estes especialis-tas da Weidmüller advertiram que nem to-das as caixas de ligação de strings são iguais, e deixaram alguns conselhos: a caixa deve ser desenhada minuciosamente, o secciona-dor deve ter uma boa capacidade de corte, a cablagem deve cumprir as normas, e os fu-síveis devem ter um bom dimensionamento. Um bom sistema de monitorização das cai-xas de string também é muito importante, tal como os ligadores para evitar problemas de conexões.

Luís Bastos da Siemens esclareceu o estado da produção fotovoltaica, e traçou o cami-nho desde as células fotovoltaicas até às instalações fotovoltaicas. As células solares são compostas por semicondutores, e os módulos possuem células solares sobre uma camada de protecção transparente. As célu-las mais utilizadas são as cristalinas, de ele-vada potência, mas novos desenvolvimentos no mercado trarão a 3.ª geração de tecnolo-gias fotovoltaicas onde se incluem o CPV, os materiais thin-film com uma eficiência ain-da maior. As perdas de energia podem ocor-rer na cablagem da instalação fotovoltaica, no inversor, e nos componentes MV.

A comunicação apresentada por João Baca-lhau, da JDES, abordou as normas das insta-lações de sistemas solares do ponto de vista interno e externo, com protecções contra descargas atmosféricas, sobretensões, co-municações e segurança activa. Em ter-mos de normalização para sistemas solares existem Decretos-Lei obrigatórios, Normas Europeias (EN), Normas Portuguesas (NP), Normas Internacionais de Electrotecnia (IEC) e Guias Técnicos ou recomendações técnicas (GT). Segundo João Bacalhau a protecção interna implica a protecção dos equipamen-tos eléctricos e electrónicos, ligados às dife-rentes linhas da estrutura, e na qual se deve ter em conta os sinais eléctricos exteriores (rede eléctrica de baixa tensão, telefones e

dados, rádio-frequência e redes informáti-cas, e medição e controlo).

Nélio Marques, da Donauer Solar Systems, abordou a questão de como se projectam as centrais fotovoltaicas de média e gran-de dimensão, passando por todas as fases. Segundo aconselhou o especialista da Do-nauer, na fase de aquisição e desenvolvi-mento são analisadas a área, a infra-estru-turas e a localização disponível, os estudos de impacto ambiental realizados e o finan-ciamento necessário. Para o planeamento são fornecidas as condições técnicas locais, e escolhidos os equipamentos e o projecto, os trabalhos são planeados segundo um ca-lendário e os equipamentos começam a ser instalados. Para que nada seja deixado ao acaso são realizados testes e elaborado um bom plano de manutenção e monitorização. Nélio Marques lembrou que há muitas ca-racterísticas importantes relacionados com os módulos fotovoltaicos, os inversores, os cabos eléctricos, as caixas de ligação e as protecções, e mesmo relacionados com a própria estrutura da montagem.

A Carlo Gavazzi, através de Rui Costa, expli-cou que através de uma correcta monito-rização e controlo das instalações fotovol-taicas se conhece o estado da instalação e se identificam rapidamente as anomalias e a energia produzida. O sistema de monitoriza-ção deve ser encarado como uma ferramen-ta para a gestão energética diária da central: mede as variáveis do string, controla a perda de eficiência, gera alarmes definidos sobre as diversas variáveis e detecta problemas nas protecções, regista as variáveis com sistema datalogger. Nas maiores centrais fotovoltai-

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

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cas existem vários sistemas que comunicam entre si e permitem uma monitorização em tempo real através de autómatos, inverso-res e Centralização da Informação em Pos-to Central (SCADA). A informação eléctrica deve conter a informação meteorológica, os parâmetros elécricos do inversor e ainda a contagem da energia injectada na rede.

A Termografia tem um papel primordial na manutenção das instalações das energias renováveis, e foi isso mesmo que Vicente Ribeiro, Business Development Manager na Fluke Thermography, explicou no primeiro dia das Jornadas Tecnológicas. A termogra-fia detecta os pontos quentes nas células dos painéis solares, nos motores dos segui-dores, nos pontos de união dos cabos de DC. Com a termografia visualizamos padrões de calor que criam imagens de temperatu-ra com câmaras electrónicas especiais que processam as medidas de uma forma rápida, segura e precisa. E é tão simples utilizar uma câmara termográfica: basta apontar, focar e registar a imagem!

2.º dia – a Eficiência E ManutEnção das instalaçõEs EléctricasFernando Oliveira da ADENE abriu o segundo painel do evento – Eficiência e Manutenção das Instalações Eléctricas, onde falou sobre o Plano Nacional de Acção para a Eficiên-cia Energética (PNAEE) – Portugal Eficiência 2015, de que faz parte o SGCIE – Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia, uma medida de economia de energia que o plano sugere. O SGCIE destina-se aos consu-midores intensivos de energia, mas também pode ser utilizado em empresas com con-sumos inferiores e que pretendam celebrar acordos de racionalização de consumo de energia. O operador deve registar as suas instalações no Portal SGCIE (www.adene.pt/sgcie), fazer uma auditoria energética e um Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREn), depois de aprovado con-verte-se num Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia, e por fim, o operador deve entregar Relatórios de Execução e Pro-gresso (REP), bianuais.

A ABB, por José Vieira Pereira, abordou a eficiência energética e manutenção no que diz respeito à aparelhagem de baixa tensão. Podemos controlar a iluminação, por exem-plo, através de detectores de movimento e detectores fotoeléctricos, ou controlar a temperatura com reguladores e contro-ladores de horário, os estores através da detecção da iluminação de exterior e um gestor de temperatura e hora, e ainda com uma tecnologia de gestão de edifícios com painéis de gestão e informação, e variados cenários. Por outro lado, a ineficiência da rede eléctrica pode ser verificada nas falhas da alimentação, no mau funcionamento e redução do tempo de vida dos equipamen-tos, nos sobreaquecimentos, nas avarias em equipamentos sensíveis, nos problemas nas baterias de condensadores, nas interferên-cias nas comunicações electrónicas e nas perdas no sistema. As soluções passam pelas baterias de condensadores, filtros de har-mónicos, arrancadores suaves, conversores de frequência e motores eléctricos.

O KNX, o único protocolo aberto no mundo

para a gestão de edifícios criado em 2002 com a convergência dos 3 protocolos ante-riormente existentes, foi apresentado nas Jornadas Tecnológicas por Pedro Abreu da Hager. O KNX é o standard mundial de con-trolo de edifícios que interliga os diferentes componentes da instalação domótica dos edifícios, como por exemplo a iluminação, os sistemas de segurança, a gestão de ener-gia, os sistemas de AVAC e de monitorização. O KNX garante outras vantagens: interope-rabilidade entre produtos e equipamentos, tem mais de 100 fabricantes de materiais e equipamentos e 9 mil produtos disponíveis, e foi aprovado nos EUA e na China.

A KNX tem cerca de 200 membros em 29 países, 20.000 parceiros em 101 países, 148 centros de formação em 29 países, 65 par-ceiros científicos em 17 países, 9 user clubs em 8 países, 6 parceiros associados, 20 gru-pos nacionais, 15.000 licenças ETS vendidas em 72 países, 6.300 grupos de produtos certificados e 1 software como ferramen-ta de comissionamento. O primeiro evento KNX em Portugal decorreu a 3 de Novembro de 2009, onde foi apresentado um website com notícias e novidades, entre outras in-formações relevantes. Pedro Abreu da Hager apresentou também as mais recentes inova-ções no mercado da domótica e da gestão de energia nos edifícios.

A iluminação eficiente foi o ponto abordado por Pedro Pinto da Osram, engenheiro de aplicações. Desde Setembro de 2009 entrou em vigor a Directiva EuP que exige a não comercialização (phase-out) de iluminação menos eficiente. A União Europeia definiu requisitos para a indústria da iluminação

“As empresas participantes de renome, responsáveis pelas comunicações de formação

proferidas durante o evento, contribuem em muito para

o sucesso do evento pela formação de qualidade que

garantem aos participantes.”

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

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no que diz respeito à economia da energia – denominada ErP, ou seja, Ecodesign Re-quirements for Energy-related Products – exigindo-se a marcação CE. As lâmpadas de halogéneo ECO tem um maior fluxo lumino-so, menos energia e uma menor acumulação de calor no exterior da ampola, poupando cerca de 30%. A utilização de balastros electrónicos leva a um aumento do tempo de vida da lâmpada, uma redução no consu-mo de energia reactiva e do flicker. Antes de terminar, Pedro Pinto apresentou aplicações práticas como os problemas intrínsecos à iluminação de escritórios, e quais as melho-res soluções; ou as iluminações das lojas que utilizam imensa energia e quais as melhores soluções para reduzir o seu consumo e con-tinuar com uma óptima iluminação.

Paulo Almeida da Qenergia, do grupo Info-control, explicou que um sistema global de protecção eléctrica consegue capturar uma descarga, proteger as linhas de entrada de telefone e dados contra sobretensões, con-duzir a energia para a terra e equipoten-cializá-la, proteger equipamentos contra sobretensões no QGBT e quadros parciais, e ainda dissipa a energia com sistemas de ter-ra de baixa impedância. Assim o raio sai por um caminho preferencial e garante-se que as sobretensões geradas na sequência de uma descarga atmosférica não danificam o equipamento eléctrico e o electrónico. Pau-lo Almeida enumerou sistemas de protecção de descargas atmosféricas: protecção com haste vertical ou varetas, protecção com um emaranhado de condutores e ainda pro-tecção com pára-raios com dispositivos de avanço à ignição. Um pára-raios ionizantes antecipa a emissão de um traçador ascen-

dente quando comparado com um pára-raios formado por uma haste.

Carlos Coutinho e Michel Batista, da Phoe-nix Contact, abordaram várias soluções de manutenção. É sobejamente aceite a classi-ficação da manutenção em 3 níveis distin-tos: manutenção correctiva, preventiva e preditiva ou condicionada. A manutenção correctiva decorre de defeitos ou falhas nos equipamentos e representa altos custos para a empresa. Os programas habituais da manutenção preventiva passam pela lim-peza, apertos, lubrificação, ajustes (folgas), substituição de peças ou componentes de desgaste controlado. A manutenção pre-ditiva ou condicionada dita o acompanha-mento periódico dos equipamentos, basea-dos na análise de dados recolhidos através da monitorização ou inspecções no campo. Este tipo de manutenção inclui técnicas de monitorização como análise de vibração, ultra-som, termografia, monitorização de processo, inspecção visual, e técnicas de análise não-destrutivas ou relés de monito-rização de correntes de defeito.

Após uma breve introdução sobre Ethernet Industrial por parte de Deodato Taborda Vicente da Weidmüller, Luís Cristóvão da Instalcontrol tomou a palavra e abordou a temática das redes de comunicação indus-trial, e explicou que o mercado da automa-tização pede, actualmente, comunicações mais potentes, abertas e fiáveis, e além disso tem apenas um só ponto de ligação, transparência nas comunicações, manuten-ção e desenvolvimento por acesso remoto, integração de produtos. Luís Cristóvão falou das soluções de comunicações: a Ethernet Industrial que inclui os switches, routers, os adaptadores série, os gateways; o acesso local com a fibra óptica, os modems de loop de corrente, o fieldbus, os conversores de interface; o acesso remoto com os modems, o GSM, o GPRS, o ISDN, a ADSL, o 3G UMTS/HSDPA/EDGE.

Representado pela Bresimar, Luís Pedro Si-mões abordou algumas tecnologias para a redução do consumo energético na in-dústria. Em Portugal os edifícios são quem

consome mais electricidade, com 62%, ao que se segue a indústria com 35%. Na indús-tria a energia é mais utilizada na força motriz (77%): bombas (21%), compressores (25%), ventiladores (16%), e os restantes sistemas contabilizam 38%. A sobretensão causa um enorme desperdício de energia e reduz o tempo de vida dos sistemas de iluminação. Este desperdício de energia pode ser redu-zido através do controlo correcto da tensão, com lâmpadas mais eficientes (como iodetos metálicos, vapor sódio, vapor mercúrio, e flu-orescente). Com uma redução e estabilização da tensão na alimentação, o tempo de vida dos equipamentos aumenta substancialmen-te. Segundo Luís Pedro Simões, os motores são outro grande consumidor de energia, e por isso deve ser aplicada uma tecnologia para aumentar a sua eficiência.

Luís Sykes da Schneider Electric começou por explicar a intrínseca relação que a ener-gia tem nas economias actuais: a economia cresce e os consumos energéticos também. É necessário inverter esta tendência com sistemas de controlo mais eficientes, porque uma pequena poupança representa uma grande poupança na produção de energia: 100 unidades poupadas em casa represen-tam 300 poupadas na central eléctrica. Por tudo isto a gestão de energia é a chave para resolver o problema, segundo Luís Sykes. Os sistemas de gestão técnica minimizam os requisitos de manutenção, reduzem o con-sumo energético dos custos de operação, minimizam as emissões poluentes para a at-mosfera, e garantem uma precisão no con-trolo. Luís Sykes explicou as vantagens dos

“Os participantes nesta 5.ª edição das Jornadas Tecnológicas enalteceram o espaço de informação e formação exigente e actual, tal como o importante convívio e troca de ideias existente entre participantes e oradores.”

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

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sistemas abertos: facilidade de integração de vários fabricantes, descentralização ao nível do controlo, facilidade de manutenção, flexibilidade e rentabilidade.

3.º dia – as tElEcoMunicaçõEsJorge Miranda da ANACOM explicou as novas regras do ITED (Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios) e ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Conjuntos de Edifícios), focando as redes de nova gera-ção, a convergência e integração efectiva de aplicações e serviços, o contexto político e normativo, sem esquecer a formação, o contexto tecnológico e de mercado. O novo manual ITED – Redes de Nova Geração e a 1.ª edição do Manual ITUR, regulamentações técnicas mínimas, estão de acordo com as normas europeias. Cabe ao projectista ITED e ao projectista ITUR a elaboração de pro-jectos de acordo com o manual, disponibili-zar o termo de responsabilidade ao dono da obra e efectuar o envio do mesmo ao ICP-ANACOM, e assegurar o acompanhamento da obra, com confirmação final, no livro de obra, de que a instalação se encontra de acordo com o projecto. Com tudo isto, a ANACOM pretende uma fluidez nas comuni-cações: um ITED como sistema autónomo e integrado de telecomunicações com inova-ção e qualidade, e um ITUR com um sistema aberto de telecomunicação de urbanização com método e organização.

Lúcia Miranda da Quitérios apresentou o ITED como uma nova geração de redes. A Rede Individual e Colectiva num Edifícios ITED dita alterações na rede de tugabens,

na rede de cablagem e nos materiais e equi-pamentos. Há duas entradas obrigatórias num Edifício ITED: PAT (Passagem Aérea de Topo com 2 tubos ≥ 40 mm) e ES (Entrada Substerrânea com ligação obrigatória a uma Câmara de Visita Multi-Operador – CVM). A entrada aérea é proibida. A rede colectiva de tubagens deve possuir 3 tubos (um por tecnologia PC, CC, FO), uma caixa de colu-na por piso e ainda uma ligação da caixa de coluna ao ATI através de um tubo. A rede individual de tubagens foi projectada para permitir a instalação de três redes de cabos (pares de cobre, coaxial, fibra óptica), parti-lha de condutas para a passagem dos cabos (PC, CC e FO), e deve contemplar um ATI ou um bastidor com funções de ATI por cada fracção autónoma. O ATI pode ter uma ou duas caixas, e esta rede deve contemplar a interligação aos sistemas de video-porteiro, televigilância, fotovoltaicos, entre outros. As Zonas de Acesso Privilegiado (ZAP) concre-tizam-se pela chegada a um ponto comum de dois cabos de cada uma das tecnologias, provenientes do ATI (Armário de Telecomu-nicação Individual) constituído por uma ou duas caixas e pelos dispositivos de interliga-ção entre a rede colectiva e a rede individual de cabos.

Nas moradias unifamiliares, o ATI interliga os cabos provenientes da CEMU à rede in-dividual, no interior da referida moradia. O ATI deve ter sempre espaço para alojar no mínimo, no seu interior, dois equipamentos activos que façam o interface com as redes de acesso e a gestão interna de serviços. A caixa de apoio ao ATI denomina-se CATI e será colocada preferencialmente na zona lateral ou na zona superior do ATI, e este deve estar facilmente acessível. O Armário de Telecomunicações de Edifício (ATE) tem uma interligação com as redes públicas de telecomunicações ou redes provenientes ITUR, e deve ser instalada em edifícios com 2 ou mais fogos. Este ATE tem dois armários: um superior e um compartimentado ou um armário bastidor. Os ATE garantem a venti-lação por convecção, e disponibiliza espaço para 2 redes de operadores por tecnologia: secundário da responsabilidade e o primário da responsabilidade do operador.

Assemá Salim, da Legrand, também falou no novo Decreto-Lei referente à 2.ª edição do manual ITED, e nas suas aplicações em edifícios a construir ou nos edifícios já cons-truídos. As principais alterações dizem res-peito às Redes de Par de Cobre de CAT 6 e à obrigatoriedade de fibra óptica monomodo. Os cabos de fibra devem cumprir a norma EN 60794-1-1 e as fibras devem cumprir a norma EN 60793-2-50:2004. Apresentou todas as regras referentes à rede de tuba-gens indicadas, e indicou o mini-bastidor, como uma solução adequada pelas suas três tecnologias: par de cobre, coaxial, fibra óp-tica monomodo e um espaço para dois com-ponentes activos.

Paulo Peixoto da ATEC, responsável de for-mação de ITED/ITUR, falou sobre o novo enquadramento da formação ITED/ITUR. Começou por explicar que o Decreto-Lei 59/2000 de 19 de Abril de 2009 veio rec-tificar o Decreto-Lei n.º 59/2000 de 19 de Abril. E explicou que compete às associações públicas de natureza profissional assegurar que os técnicos nelas inscritos e habilitados para efeitos do presente Decreto-Lei, como técnicos ITED, actualizem os respectivos conhecimentos. A actualização de técnicos ITED deverá ser feita até 14 de Dezembro de 2010. No caso dos técnicos ITED não abran-gidos por associações públicas de natureza profissional, Paulo Peixoto advertiu que estes devem fazer prova junto do ICP-ANA-COM de que procederam à realização das acções de formação mencionadas, de forma a poderem renovar a carteira profissional. A formação de actualização destina-se aos instaladores e projectistas.

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revista técnico-profissional REPORTAGEMo electricista

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Rui Ramos da DEC.MEDIDA apresentou novas soluções para medidas em infra-es-truturas com cablagem de cobre e de fibra óptica, nas redes ITED e ITUR. A certificação é o único meio que assegura que o produ-to final cumpre com os standards definidos pela ISO/IEC/EN e proporciona informação sobre eventuais problemas e a sua localiza-ção. Certificar é, de facto, conhecer o “ta-manho” da tubagem através de MHz que nos fornece informações sobre unidade de frequência, descreve sinais eléctricos, e per-tence ao meio físico.

A Teka Portugal foi representada na 5.ª edição das Jornadas Tecnológicas por José Couto que falou sobre os projectos e solu-ções realizados de acordo com a 2.ª edição do Manual ITED. Nos projectos de MATV, José Couto explicou que as CR1 (Cabeças de Rede) devem ser ajustadas com uma pen-dente inversa de igual valor à pendente pro-vocada pela rede de distribuição, originando

revista técnico-profissional EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS

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o electricista

preendente em que o moderno e o tradicio-nal coabitam numa simbiose quase perfeita, a “cidade solar” da Alemanha é sem dúvida um exemplo de um bom aproveitamento dos recursos energéticos renováveis no meio ur-bano. Para saber mais sobre este interessante exemplo aconselho a visitarem o site http://madisonfreiburg.org/sustainablecity.htm.

No nosso país, a entrada em vigor em 2006 da legislação sobre a energia nos edifícios (Regulamento das Características de Com-portamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos Edifícios (RSECE) e Sis-tema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE)), vem trazer um enquadramento legal que possibilitará que as nossas cidades pos-suam melhores edifícios do ponto de vista do consumo energético e que possam inte-grar energias renováveis. A obrigatoriedade

de soluções passivas para aquecimento e arrefecimento, é um exemplo de integra-ção de sistemas fotovoltaicos em fachadas de edifícios. Possui também um parque de estacionamento com cobertura fotovoltai-ca que é uma solução interessante de uti-lização de renováveis em mobiliário urbano. Estes sistemas fotovoltaicos, integralmente projectados em Portugal, fornecem cerca de 75 % da energia da eléctrica consumida no edifício.

Como conclusão podemos referir que te-mos nas nossas mãos um conjunto de tecnologias, quer em termos de eficiência energética, quer em termos de produção de energia no meio urbano, recorrendo às energias renováveis, que devemos utilizar aproveitando melhor os nossos recursos naturais, contribuindo para termos cida-des sustentáveis e onde seja efectivamente bom viver.

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de instalação de colectores solares térmicos nos novos edifícios no âmbito do RCCTE é já uma realidade. Mais recentemente, no final de 2007, o DL 363/2007 vem propor o novo esquema de microgeração conferindo a cada possuidor de um contrato de fornecimento de electricidade a possibilidade de ser tam-bém produtor de energia eléctrica a partir de renováveis e com uma tarifa bonificada muito atraente.

No horizonte perfilam-se também algumas soluções urbanísticas (nomeadamente no sector do turismo) onde as questões da sus-tentabilidade, da energia e da integração de renováveis são tidas em conta.

Um exemplo de integração de energias reno-váveis em edifícios no nosso país é o Edifício Solar XXI do INETI, que se pode ver na figu-ra, que para além de ser um edifício ener-geticamente eficiente e com um conjunto

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nas tomadas referentes às ligações níveis de sinal equilibrados. Os pendentes (TILT) dessas curvas devem cumprir os limites, e José Couto ainda afirmou que o TILT deriva da diferença de comportamento da atenu-ação dos elementos da rede em função da frequência. Por exemplo, a atenuação dos cabos é directamente proporcional à fre-quência. Ou seja, é a diferença em dB entre o valor da atenuação a duas frequências dis-tintas para uma mesma tomada. Assim sen-do, o maior valor de TILT da rede CC ocorre geralmente na tomada mais desfavorecida da rede.

Pedro Nobre da APC Portugal foi respon-sável pela última comunicação das Jorna-das Tecnológicas de 2010. Explicou que a Infra-Estrutura Crítica de Rede (DataCenter Physical Infrastructure – DCPI) é um suporte sobre o qual as tecnologias de informação residem, e constatou que uma DCPI stan-dard, adaptável e integrável é essencial para

obter redes altamente disponíveis e geríveis. Nos centros de dados há três fases impor-tantes do projecto: análise e desenho (fer-ramentas de configuração), implementação (soluções modulares) e operação e manu-tenção (gestão integrada).

Com uma 5.ª edição em 2010 no norte do país, a equipa organizadora das Jorna-das Tecnológicas irá rumar a Sul do país, para mais um evento de sucesso no pró-ximo ano. A equipa organizadora quer agradecer a todos os que se dirigiram a Viana do Castelo, desde participantes, oradores e patrocinadores e a todos os que tornaram possível a realização da 5.ª edição das Jornadas Tecnológicas.

Para mais informações

REVISTA O ELECTRICISTA

Tel.: +351 225 899 626 . Fax: +351 225 899 629

www.jornadastecnologicas.pt

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revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

formação{Artigo técnico formAtivo nº. 13}

Hilário Dias Nogueira (Eng.º)com o patrocínio de: IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

Neste número, apresentamos a resolução do exercício proposto na revista anterior. Apresenta-se também um novo exercício cuja resolução será incluída na revista 34.

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Resolução do exeRcício 13

observação:1› Conforme foi proposto anteriormente, e seguindo a legislação

em vigor descrita na secção 54, apresenta-se a resolução do novo exercício que foi indicado anteriormente.

Enunciado: Eléctrodos de terra› Generalidades› Quais as verificações a fazer:

› Num eléctrodo de terra de um edifício;› Terminal principal de terra;› Canalização entre o eléctrodo de terra e o terminal principal de

terra;› Na canalização entre o terminal principal de terra e o quadro de

Colunas ou quadro de entrada;› Ligações equipotenciais;

GeneRalidadesO eléctrodo de terra é um elemento condutor que pode ser constitu-ído por vários elementos metálicos e devem ser enterrados em locais devidamente escolhidos, tão profundos quanto possível e nunca a uma profundidade inferior a 0,80 metros da superfície.

O comportamento em termos de resistência além da já indicada, está condicionada basicamente pela:

› Forma;› Dimensões e geometria da instalação;› Tipo de material utilizado;› Características especificas do terreno (resistividade do solo). Os eléctrodos devem ser enterrados em locais tão húmidos

quanto possível, de preferência em terra vegetal, fora das zo-nas de passagem de pessoas e animais e a uma distância con-veniente de depósitos de substâncias corrosivas que possam infiltrar-se no terreno.

Não é permitida a utilização de quaisquer elementos metálicos simples-

mente mergulhados em água.

ligações à terra e composição do sistemaO sistema de terra de protecção é fundamental para a protecção con-tra choques eléctricos tornando viável o escoamento das correntes de defeito através do dispositivo de protecção diferencial.

Todas as instalações eléctricas devem obrigatoriamente ter estabele-cido um sistema de protecção de terras, constituído por:› Eléctrodo de terra;› Condutor de terra;› Terminal principal de terra;› Condutor principal de protecção; › Condutores de protecção dos circuitos.

escolha do método de execução e tipo de eléctrodo de terra a utilizar consoante a resistividade do solo:

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revista técnico-profissionalITED o electricista

ELABORAÇÃO DO PROJECTO ITEDAs regras seguintes têm por objectivo esta-belecer procedimentos normalizados no que diz respeito aos projectos ITED. Estes proce-dimentos devem estar de acordo com a le-gislação (Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio) e com as normas Europeias aplicáveis.A elaboração de um projecto é apoiada por um conjunto de metodologias e regras, com o objectivo de satisfazer necessidades fun-cionais específicas.

O projecto técnico ITED define um conjunto de soluções de telecomunicações, baseadas nas regras técnicas do presente Manual, e nas necessidades de existência de serviços, expressas pelo dono de obra. O projectista deve, assim, com base nas necessidades e perspectivas do dono de obra, estabelecer as arquitecturas de rede a aplicar, definir as redes de tubagens, redes de cabos, materiais, dispositivos, equipamentos passivos e acti-vos, devida e justificadamente dimensiona-dos. Deverá ser efectuada uma estimativa de custos final, sempre que for solicitado pelo dono da obra. A solução apresentada deve contemplar as partes colectivas e individuais, cumprindo as regras técnicas do Manual ITED.

› DADOs E REquIsITOs funCIOnAIsAs informações mínimas necessárias à ela-boração de um projecto ITED, são:› Localização do edifício;› Tipo de edifício (Utilização);› número e características das FA ou unida-

des;› Definição dos interfaces de rede;› Tecnologias e topologias de rede a utilizar.

› COnDICIOnAnTEsUm projecto ITED é desenvolvido a partir da avaliação dos requisitos funcionais e dos se-

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ficha técnica n.º 11 {REquIsITOs TéCnICOs GERAIs, sEGunDO O mAnuAL DE ITED

2.º EDIÇÃO DE 24 DE nOvEmBRO DE 2009}

guintes tipos de condicionalismos:› Exequibilidade técnica (meios, tecnologias,

entre outros);› Classe ambiental associada à utilização do

edifício (Classificações MICE);› Custo dos materiais e da execução.

› ExequibilidadeOs principais factores (lista não exaustiva) que podem ter implicações em termos de exequibilidade de um projecto são:› Disponibilidade de materiais e ferramentas;› Âmbito do projecto;› Posicionamento dos elementos na rede;› Sistemas de cablagem;› Tecnologias disponíveis;› Protecção (Sigilo, segurança, e outros);› Obrigatoriedades regulamentares impos-

tas neste Manual ITED;› Recomendações provenientes deste Ma-

nual ITED;› necessidade de equipamentos activos (di-

mensões, características, entre outros);› Durabilidade;› Tempo e facilidade de execução;› Rastreabilidade;› Facilidade de verificações e ensaios;› necessidades especiais do utilizador e do

dono de obra, como sejam as acessibilida-des e a utilização adequada de novas tec-nologias.

Estes factores devem ser considerados nas diferentes fases da vida de um edifício ITED:› Instalação;› Utilização / Manutenção.

Todas as condicionantes em termos de ‘exe-quibilidade’ devem constar da Memória Descritiva, bem como as soluções encontra-das para as ultrapassar.O instalador poderá constatar a não exequi-bilidade de alguma parte ou partes do pro-jecto. nestas condições deverá ser consulta-

Paulo MonteiroFormador da ATEC - Academia de Formação

do o Procedimento de Alteração do projecto, constante do Ponto 4.6. do Manual ITED.

› Ambienteno que respeita às condicionantes ambien-tais, ver o Ponto 3 do Manual ITED (Classes Ambientais).

› CustoOs condicionalismos associados aos custos dos materiais e da execução têm normal-mente, um impacto relevante na elaboração de um projecto.

O projecto é um acto de engenharia, pelo que o projectista ITED tem a obrigação do cumprimento das boas práticas desse acto. Assim, para a avaliação do factor custo e uma correcta análise custo/benefício, o projectista deverá equacionar as diferentes alternativas possíveis e o custo associado a cada uma delas, bem como a relação com os outros factores condicionantes, se exis-tirem.

› REGRAsAs regras são as que constam no Manual ITED, e que constituem as Prescrições e Es-pecificações Técnicas ITED.

› méTODOAs boas práticas de engenharia têm por base o emprego de conhecimentos e métodos adequados às seguintes situações:› Uma clara interpretação do projecto, prin-

cipalmente pelo instalador;› Simplificação de cálculos, com o uso de

ferramentas adequadas;› Adaptação permanente do projectista a

novas realidades tecnológicas;› Responsabilização na indicação das me-

lhores soluções ao dono de obra.

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revista técnico-profissionalConsultório ElECtrotéCniCo o electricista

consultório electrotécnicoIXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

O “Consultório Técnico” visa esclarecer questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos são colocadas via email. O email [email protected] está também disponível no website www.ixus.pt. Aguardamos as vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Maio e Julho de 2010.

P1: Estou a realizar um projecto de uma clínica, a qual recebe utentes, os quais são o público. Desta forma deverei considerar todos os locais com risco de incêndio ou apenas aqueles em que claramente se armazenam matérias facilmente combustíveis? A questão coloca-se quanto aos cabos a utilizar se XV se XZ1?R1: Consultando as Regras Técnicas na Secção 32, encontramos em 322.5, “Natureza dos Produtos tratados ou Armazenados”, a classifi-cação por código (BE x) a usar, de acordo com os produtos efectiva-mente presentes para cada local. Na mesma tabela, à direita, encontra referência ás secções onde poderá obter a informação regulamentar para cada tipo de código a utilizar.

P2: Quais as principais alterações, actualmente, quando estamos a projectar uma ITED de uma vivenda?R2: Em relação às principais alterações numa ITED em moradia, exis-tem muitas. Começando pela ZAP, que é neste momento obrigatória.O diâmetros dos tubos deixa de ser diâmetro interior para ser o comer-cial. A rede de cablagem de pares de cobre, passa a CAT6 no mínimo. Na rede de tubagem entre a CEMU e o ATI temos de aplicar dois tubos de 32 mm.Os tubos da PAT deixam de ser dois de 32 mm diâmetros interiores para aplicarmos um de 40 mm, diâmetro exterior. Para os quartos, salas e cozinhas devemos ter duas tomadas RJ45 e uma tomada de cabos coaxiais. Entre a CEMU e o ATI não é obrigatória a aplicação da rede de cablagem seja ela de cabos coaxiais e mesmo de fibra óptica, contudo é igualmente obrigatória a cablagem em pares de cobre.Poder-se-ia mencionar mais, mas como se entende a questão é muito vasta, e depende do objectivo em questão.

P3: Gostaria de saber a que altura ficam os interruptores e as tomadas numa Habitação?R3: Nas Regras Técnicas, + na Secção 555, refere-se que as toma-das instaladas nos elementos de construção verticais deverão ficar

a 50 mm do solo para tomadas de corrente estipulada inferior a 32 A e a 120 mm para tomadas de corrente estipulada não inferior a 32 A. Exceptuam-se as tomadas colocadas no chão que deverão possuir pelo menos IK07 e IP24.

P4: Formação ITED/ITUR: Sou técnico projectista e instalador, IESxxxPI, e pretendo inscrever-me para formação só como ins-talador em Évora. O que devo fazer?R4: No que diz respeito à formação, sendo instalador (IES - Instalador Eléctrico Sul) tem de fazer formação de 50 horas ou de 75 horas, mas temos de saber se já fez formação ao nível de ITED ou não, para ser encaminhado para a formação correcta. Se fez formação de instala-ção de 90 / 100 horas vai ter de realizar 50 horas de actualização, se não for o caso terá de fazer 75 horas.

P5: Na sequência da minha presença na Sessão de esclarecimen-to ITED/ITUR com a IXUS em Évora, coloco a seguinte questão:Onde posso encontrar a simbologia a utilizar nas peças desenha-das em projecto, relativas à tecnologia em Fibra Óptica (toma-das terminais, RC-FO, RG-FO, ...)?R5: Na segunda edição do Manual de ITED não nos é indicada qual-quer tipo de simbologia, assim sendo o projectista poderá utilizar a simbologia existente que está na primeira edição do manual do ITED ou similar.Em resumo, o projectista poderá utilizar critérios de representação que identifique claramente a instalação, ou que entenda como mais adequados.

P6: Estou a efectuar a fiscalização de uma obra e foi proposto pelo empreiteiro a alteração de algumas luminárias com IP20 quan-do as previstas tinham IP40. Devo considerá-las equivalentes?Na análise de materiais propostos como alternativa aos previstos num projecto, que parâmetros devo ter em consideração? Existe

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