Resumo Aos 14 anos a escolha profissional depois de ler um livro, comprado numa feira no jardim do Méier (que guardo até hoje) intitulado Sob O olhar de Deus, memórias de um cirurgião, do médico alemão Hans Killian. 1972- A alegria de conseguir uma disputadíssima vaga no curso de medicina da Uni –Rio. 1976- A escolha pela pediatria. 1977- último ano do curso médico denominado internato , no serviço de pediatria do HPM 1977 A formatura. 1978 e 1979- Residência médica em pediatria. 1979- 1983- Exercício profissional como pediatra em clinicas e hospitais no Rio de Janeiro. 1981- Nascimento do meu único filho; com o nascimento do Gabriel percebi a imensa dificuldade de comunicação entre famílias e pediatras. Mesmo sendo médica, e até por causa disso precisei escolher um pediatra que não me conhecesse, que não ,e soubesse médica e que me tratasse como á qualquer outra mãe. Consegui me manter no anonimato por quase um ano. 1983-1985- Morei em Chicago, aperfeiçoei o inglês e refleti sobre mudanças que desejava imprimir na vida profissional quando na volta ao Brasil. 1985- Inicio uma formação psicanalítica de Grupo na Spag-EG. 1987 - Começo a trabalhar como terapeuta no hospital; peço transferência do serviço de pediatria para o de Psicologia médica e começo a trabalhar com a questão da comunicação. Atendo pacientes individuais, tanto no ambulatório quanto nas enfermarias do Hospital. Após fazer um curso de psicologia da gravidez na clinica São Vicente, e um de Assistência Integral á Saúde da Mulher, na Fiocruz passo a trabalhar no hospital com grupos de gestante e de puerperas. A comunicação entre os profissionais de saúde e os pacientes é um dos principais focos de interesse nesse trabalho. 1991-1996-Formação psicanalítica na Sociedade Brasileira de Psicanálise. Continuo fazendo psicoterapia em âmbito hospitalar , em consultório e em equipes de cirurgia, realizando pré e pós- operatório em pacientes submetidos à grandes cirurgias. 1992-1996- Trabalho em emergência psiquiátrica, como plantonista em hospital estadual—a experiência de atender pacientes em crise. 1997- Inicio no curso de medicina da Universidade Estácio de Sá. Coordeno desde o inicio do curso um núcleo de apoio aos estudantes de medicina, que tem por objetivo oferecer apoio aos estudantes durante as crises acadêmicas ou pessoais que podem surgir ao longo dos seis anos de curso. Todos os alunos recebem os meus telefones no primeiro dia de aula e tanto eles como seus familiares podem me procurar se sentirem necessidade. 2000- até o presente momento introduzo os calouros na assistência integral à saúde da família. A parte prática da disciplina acontece na Ong Ressurgir, que dá apoio às famílias s em dificuldades sociais do Rio Comprido e adjacências.O Ressurgir recebe as crianças que passam por várias internações no hospital municipal Sales Neto e a partir daí iniciam um sofisticado projeto de inclusão social dessas famílias. Por dois anos os alunos visitavam as famílias na residência delas no morro do Turano. O Ressurgir e o nosso programa foi alvo de uma reportagem do jornalista Caco Barcellos que o mostrou na Globo News. Em 2004 fui convidada a levar a experiência à um congresso na Áustria, em Salzburg, patrocinado pela Fundação kellogs. Atualmente por conta do aumento da violência na região não visitamos as residências no Turano, mas os alunos continuam entrevistando os moradores da região na sede da Ong e no Hospital Salles Neto. Além do trabalho realizado na Ong, sou professora do terceiro período, no hospital Miguel Couto, e do sexto com a disciplina Habilidade de Comunicação. 2006- Concluo mestrado em Saúde da Família, com a dissertação, A Comunicação na Formação do Estudante de Medicina.

Em 2005, o retorno à prática pediátrica. Trabalho inicialmente no Hospital geral de Bonsucesso, e no hospital Getulio Vargas. A partir de 2007 passo a trabalhar em emergência pediátrica no estado de São Paulo, para onde me mudo nos finais de semana. Atualmente exerço o cargo de médica plantonista em AMAS, administrados pela UNIFESP e pelo Hospital Israelita Albert Eistein.