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Reurbanização da favela do SapéSão Paulo, 2014Base 3 Arquitetos [Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa]

Desenho urbano

A reurbanização do Sapé é uma iniciativa da Secretaria da HabitaçãoMunicipal de São Paulo. Atende 2500 famílias em condições precárias demoradia no Bairro do Rio Pequeno. O conceito que estrutura o partidogeral da urbanização da favela do Sapé é a costura urbana entre as duasmargens do córrego a partir do desenho de espaços públicos. A leitura dascondições físicas e sociais da comunidade denota uma descontinuidadeurbana em vários níveis de precariedade.

170.03 habitação socialsinopses como citar

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Reurbanização da favela do Sapé, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetosMarina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaFoto Pedro Vannucchi

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Reurbanização da favela do Sapé, situação, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, aerofotogrametria da área, Rio Pequeno, SãoPaulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo eJorge PessoaImagem divulgação

Assim o projeto constitui-se como ferramenta de inclusão na medida em quesuas ações desenham oportunidades de conexão, encontro social, vivência etroca no espaço público urbanizado. Ao unir em desenho urbano, infra-estrutura e habitação, o projeto cria espaços para melhorar a mobilidadeurbana, a qualidade ambiental, a moradia, o lazer, o trabalho,possibilitando uma consciência de pertencimento que colabora para amanutenção e a melhoria da vida na cidade.

Reurbanização da favela do Sapé, situação anterior, Rio Pequeno, São Paulo,2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e JorgePessoaFoto divulgação

Bayer – Passarela sobreo Canal Guarapiranga

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Reurbanização da favela do Sapé, situação anterior, Rio Pequeno, São Paulo,2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e JorgePessoaFoto divulgação

Os principais objetivos da urbanização são a remoção das famílias emsituação de risco; a implantação de infra estrutura urbana para todas asmoradias, e a construção de novas residências na própria área. Destaforma, foi a partir das áreas remanescentes das remoções obrigatórias queestudou-se as possíveis áreas de assentamento vinculadas ao caminho verdejunto ao córrego do Sapé. A reurbanização criou três áreas para novosedifícios estruturando também os pontos de conexão da comunidade com obairro, como junto às escolas potencializando o espaço público.

Reurbanização da favela do Sapé, plano de remoções, Rio Pequeno, São Paulo,2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e JorgePessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, implantação, Rio Pequeno, São Paulo, 2014.Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

O projeto do sistema de drenagem do córrego do Sapé adotou comoreferência o projeto implantado pela SVMA a montante do córrego. Aodesenvolver a geometria das seções do canal procuramos respeitar atopografia original do leito sem alterar substancialmente cotas de fundoe suas larguras, realizando um desenho com várias seções hidráulicas (emT, mista e reta). Esta estratégia aproxima visualmente o nível de água dopasseio. Em ambas as margens a área non aedificandi foi utilizada para

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rearborizar o caminho, criar praças de encontro e atividades de lazer. Emfunção da baixa declividade de todo o caminho foi proposto uma cicloviaao longo da margem esquerda que conecta-se à ciclovia projetada para aAv. Politécnica e ao C.E.U. Butantã permitindo uma integraçãolongitudinal urbana aos 1800 metros de passeio.

Reurbanização da favela do Sapé, corte geral, Rio Pequeno, São Paulo, 2014.Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, planta da ponte, Rio Pequeno, São Paulo, 2014.Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, corte da ponte, Rio Pequeno, São Paulo, 2014.Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

No sentido transversal, o projeto estabeleceu duas novas conexõesviárias, melhorou as vielas de pedestre e o acesso as casasremanescentes, e construiu sucessivas pontes para facilitar atransposição do córrego. Todas as ruas internas serão compartilhadas compavimento intertravado, com guia rebaixada, como nos Woonerf inglesespriorizando o pedestre, e o carro circula controlado por elementos dedesenho urbano e paisagismo.

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Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto F-01, Rio Pequeno, SãoPaulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo eJorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto F-02, Rio Pequeno, SãoPaulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo eJorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto A-01, Rio Pequeno, SãoPaulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo eJorge PessoaImagem divulgação

O projeto proporciona uma relação de permeabilidade entre as áreaspúblicas, coletivas e privadas. Frente a altas declividades e anecessidade de contenções construiu-se um elemento físico que articulouestes lugares, deu unidade ao passeio sem ser uma segregação e resolveu osistema de contenções: uma mureta em concreto de até 120cm.

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Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto A-02, Rio Pequeno, SãoPaulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo eJorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto E-01, Rio Pequeno, SãoPaulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo eJorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto E-02, Rio Pequeno, SãoPaulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo eJorge PessoaImagem divulgação

Ele conteve, em arrimo, as bases das construções junto ao córrego e aocaminho verde, acomodou jardins, escadas e rampas no desenho urbano, e aomesmo tempo estabeleceu o limite dos condomínios de novas edificações.Com esta estratégia de desenho e construção o projeto urbano procuroutranspor as diferentes escalas da intervenção levando os conceitos doespaço público de mobilidade e lazer para a borda das construções, paradentro das vielas e das pequenas praças internas conformadas com as obras

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de infraestrutura.

Reurbanização da favela do Sapé, planta do quintal, Rio Pequeno, São Paulo,2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e JorgePessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, viela, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, viela, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

O diagnóstico social revelou a precariedade econômica da população e asações urbanísticas voltaram-se também para levantar vocações eoportunidades. Nesta direção, o projeto urbano considerou a diversidadede usos e criou espaços ao longo do caminho verde para que usosrelacionados aos serviços e comércios existentes e ainda aos novos delazer e a ciclovia, possam constituir oportunidades de renda eferramentas urbanas de integração física e social. Mesmo durante as obrasjá foi possível perceber que o alargamento dos passeios oferece esta

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oportunidade.

Reurbanização da favela do Sapé, obra, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaFoto divulgação

A escala do edifício

O projeto de arquitetura para a favela do Sapé está amparado por duaspremissas assim definidas:

Reurbanização da favela do Sapé, obra, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaFoto divulgação

Da unidade para o edifício: O projeto contempla sete tipologias deunidade habitacional: dois dormitórios, três dormitórios, duplex eunidade de acessibilidade integral, entre 50 e 46m2, além das unidades decomércio e serviços. A quantidade de cada tipo foi definida com olevantamento das famílias ao longo do trabalho. O sistema construtivoadotado foi otimizado com a padronização dos vãos para portas e janelas,das paredes hidráulicas com prumadas fixas e proporcionou a ventilaçãocruzada. A circulação horizontal avarandada coletiva transpôs para opavimento um espaço de convivência existente nas vielas da favela,criando a oportunidade de troca entre as famílias de um mesmo andar.

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Reurbanização da favela do Sapé, unidades, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaImagem divulgação

Da cidade para o edifício: A separação estrutural dos volumes dacirculação horizontal, da vertical, e do volume das unidades nos permitiucriar uma flexibilidade para implantar os edifícios. Resultou dasdiversas articulações entre estes três elementos uma implantação queacomodou-se a cada particularidade de cada terreno, da relação com oentorno, da situação do lote na paisagem. Ao incorporarmos a paisagem docaminho verde com sua vegetação nos vazios entre os volumes integramosestes espaços modulando a passagem das áreas públicas para as privadas,neste sentido procuramos sempre proporcionar uma entrada pela rua e outrapelo caminho verde para todos os condomínios. Neste exercício deacomodação topográfica, o edifício pousa no terreno originando unidadesno subsolo mais ligadas espacialmente ao caminho verde.

Reurbanização da favela do Sapé, obra, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge PessoaFoto divulgação

ficha técnica

projetoReurbanização do sapé

área de projeto82.000m2

população6.700 habitantes

total de famílias beneficiadas2.500

data de projeto2010 a 2014

coordenação geralPrefeitura do Município de São Paulo / Secretaria Municipal de Habitação

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colaboraçãoSecretaria Municipal de Habitação, Secretaria de Obras Públicas, SecretariaMunicipal do Verde e Meio Ambiente, Sub Prefeitura do Butantâ, Sabesp, CaixaEconômica Federal

projeto urbano e arquitetônicoBase 3 Arquitetos – Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa

projeto paisagismoBase 3 Arquitetos e Oscar Bressane

fotografiasPedro Vannucchi

execução de obraConsórcio Engelux Galvão e Etemp Croma

gerenciamento projetosConsórcio Domus

gerenciamento socialCobrape

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