REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA...

56
REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE História Geral Idade Moderna e Idade Contemporânea Nome: Nº: Turma:

Transcript of REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA...

Page 1: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

REVISÃO DE HISTÓRIA

1ª FASE

História Geral

Idade Moderna e Idade Contemporânea

Nome: Nº: Turma:

Page 2: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

2

Gabarito

A B C D E

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

A B C D E

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

A B C D E

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

111

112

113

114

115

116

117

118

119

120

Page 3: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

3

Page 4: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

4

HISTÓRIA MODERNA

Formação das Monarquias Européias e Absolutismo

1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas

artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados."

(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578.)

Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias européias recorrerem

ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à

necessidade de:

a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.

b) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.

c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.

d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.

e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.

2. (Fuvest 2002) Segundo Marx e Engels, há períodos históricos em que as classes

sociais em luta se encontram em tal equilíbrio de força que o poder político adquire

um acentuado grau de independência em relação a elas. Foi o que aconteceu com:

a) a Monarquia absolutista, em equilíbrio entre nobreza e burguesia.

b) a Monarquia feudal, em equilíbrio entre guerreiros e camponeses.

c) o Império romano, em equilíbrio entre patrícios e plebeus.

d) o Estado soviético, em equilíbrio entre capitalistas e proletários.

e) o Estado germânico, em equilíbrio entre sacerdotes e pastores.

3. (Unifesp 2005) Nos reinados de Henrique VIII e de Elisabeth I, ao longo do século

XVI, o Parlamento inglês "aprovava 'pilhas de estatutos', que controlavam muitos

aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis estáveis de salários e preços,

padrões de qualidade dos produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos

preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais".

(Lawrence Stone, 1972.)

Essas "pilhas de estatutos", ou leis, revelam a:

a) inferioridade da monarquia inglesa sobre as européias no que diz respeito à

intervenção do Estado na economia.

b) continuidade existente entre as concepções medievais e as modernas com relação às

políticas sociais.

c) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia conquistado sua condição

de um poder independente.

d) especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o bem-estar e o

aumento da população.

Page 5: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

5

e) característica comum às monarquias absolutistas e à qual os historiadores deram o

nome de mercantilismo.

4. (Unifesp 2007) Sobre as cidades européias na época moderna (séculos XVI a XVIII),

é correto afirmar que, em termos gerais:

a) mantiveram o mesmo grau de autonomia política que haviam gozado durante a Idade

Média.

b) ganharam autonomia política na mesma proporção em que perderam importância

econômica.

c) reforçaram sua segurança construindo muralhas cada vez maiores e mais difíceis de

serem transpostas.

d) perderam, com os reis absolutistas, as imunidades políticas que haviam usufruído na

Idade Média.

e) conquistaram um tal grau de auto-suficiência econômica que puderam viver isoladas

do entorno rural.

5. (Unifesp 2008) Do ponto de vista sociopolítico, o Estado típico, ou dominante, ao

longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser

definido como:

a) burguês-despótico.

b) nobiliárquico-constitucional.

c) oligárquico-tirânico.

d) aristocrático-absolutista.

e) patrício-republicano.

6. (Unesp 93) O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de

transformações humanística, artística, cultural e política. A concentração do poder

promoveu um tipo de Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram

fundamentar o Absolutismo:

a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria.

b) a História se explica pelo valor da raça de um povo.

c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes.

d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu representante na

Terra.

e) a soberania máxima reside no próprio povo.

7. (Unesp 97) "A monarquia absoluta foi uma forma de monarquia feudal diferente da

monarquia dos Estados medievais que a precedeu; mas a classe dominante

permaneceu a mesma, tal como uma república, uma monarquia constitucional e uma

ditadura fascista podem ser todas [elas] formas de dominação burguesa."

Page 6: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

6

(Christopher Hill, "Um comentário", citado por Perry Anderson em LINHAGENS DO

ESTADO ABSOLUTISTA.)

O texto apóia a seguinte afirmação:

a) os Estados medievais precederam a monarquia.

b) a expressão "monarquia feudal" não é aplicável aos Estados medievais.

c) os Estados medievais podem ser considerados Estados de transição.

d) o absolutismo foi uma forma de dominação feudal.

e) o absolutismo foi politicamente neutro do ponto de vista social.

8. (Unesp 98) "O soberano não é proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua

liberdade e seus bens em conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve

governar de acordo com os costumes, verdadeira constituição consuetudinária. (...) O

príncipe apresenta-se como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor

a sua vontade aos mais poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que

esses necessitam dessa arbitragem."

(André Corvisier, HISTÓRIA MODERNA.)

Esta é uma das caracterizações possíveis

a) dos governos coloniais da América.

b) das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes.

c) do Império Carolíngio.

d) dos califados islâmicos.

e) das monarquias absolutistas.

9. (Enem 2006) O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do

príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os

pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto

pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita

quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de

"classe média" na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas

ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar.

(Adaptado de ELIAS, Norbert. Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p.

18.)

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em

estamentos: nobreza, clero e 3º Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao

fazer referência à "classe média", descreve a sociedade utilizando a noção posterior

de classe social a fim de:

a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que pertenciam ao

3º Estado.

b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais

trabalhadores manuais.

Page 7: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

7

c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros

do

3º Estado.

d) distinguir, dentro do 3º Estado, as condições em que viviam os "criados de libré" e os

camponeses.

e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os

trabalhadores manuais.

10. (Fatec 2000) "A França é uma monarquia. O rei representa a nação inteira, e cada

pessoa não representa outra coisa senão um só indivíduo ante o rei. Em

conseqüência, todo poder, toda autoridade, reside nas mãos do rei, e só deve haver

no reino a autoridade que ele estabelece. Deve ser o dono, pode escutar os

conselhos, consultá-los, mas deve decidir. Deus que fez o rei dar-lhe-á as luzes

necessárias, contanto que mostre boas intenções."

(Luiz XIV - "Memórias sobre a Arte de Governar")

Podemos caracterizar o absolutismo monárquico posto em prática nos países

europeus durante a Idade Moderna como:

a) uma aliança entre um monarca absolutista e a burguesia mercantil, a fim de dominar e

excluir o poder da nobreza.

b) uma aliança bem-sucedida entre a burguesia e o proletariado.

c) uma forma de governo autoritária, cujo poder está centralizado nas mãos de uma

pessoa que exerce todas as funções do Estado.

d) um sinônimo de tirania exercida pelo monarca sobre seus súditos.

e) um poder total concentrado nas mãos da nobreza, no qual cabia aos juízes e

deputados a tarefa de julgar e legislar.

Page 8: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

8

Expansão Ultramarina e Mercantilismo

11. (Ufg 2008) Leia o texto.

“Colombo fala dos homens que vê unicamente porque estes, afinal, também fazem parte

da paisagem. Suas menções aos habitantes das ilhas aparecem sempre no meio de

anotações sobre a Natureza, em algum lugar entre os pássaros e as árvores.”

(TODOROV, Tzvetan. "A conquista da América: a questão do outro". São Paulo:

Martins Fontes, 1993. p. 33.)

A passagem acima ressalta que a atitude de Colombo decorre de seu olhar em relação ao

outro. Essa posição, expressa nas crônicas da Conquista, pode ser traduzida pela

a) interpretação positiva do outro, associando-a à preservação da Natureza.

b) identificação com o outro, possibilitando uma atitude de reconhecimento e inclusão.

c) universalização dos valores ocidentais, hierarquizando as formas de relação com o

outro.

d) compreensão do universo de significações do outro, permitindo suas manifestações

religiosas.

e) desnaturalização da cultura do outro, valorizando seu código lingüístico.

12. (Enem 2007) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma

diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e

brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que

começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus

habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho

às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à

colonização do continente africano e de seus povos.

(MUNANGA, K. Algumas considerações sobre a diversidade e a

identidade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e

experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.)

Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que

a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse

continente.

b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem

esse continente.

c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.

Page 9: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

9

d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão européia do início da

Idade Moderna.

e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a

Europa.

13. (Fuvest 2003) "Antigamente, a Lusitânia e a Andaluzia eram o fim do mundo, mas

agora, com a descoberta das Índias, tornaram-se o centro dele." Essa frase, de

Tomás de Mercado, escritor espanhol do século XVI, referia-se:

a) ao poderio das monarquias francesa e inglesa, que se tornaram centrais desde então.

b) à alteração do centro de gravidade econômica da Europa e à importância crescente

dos novos mercados.

c) ao papel que os portos de Lisboa e Sevilha assumiram no comércio com os marajás

indianos.

d) ao fato de a América ter passado a absorver, desde então, todo o comércio europeu.

e) ao desenvolvimento da navegação a vapor, que encurtava distâncias.

14. (Fuvest 2008) "Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram

situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os

espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao

Imperador [Carlos V]; os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente,

pois deste modo entrariam em sua jurisdição."

(Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527.)

O texto remete diretamente:

a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.

b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.

c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.

d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.

e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.

15. (Ufscar 2001) Antes deste nosso descobrimento da Índia, recebiam os mouros de

Meca muito grande proveito com o trato da especiaria. E assim, o grande sultão, por

mor dos grandes direitos que lhe pagavam. E assim também ganhava muito Veneza

com o mesmo trato, que mandava comprar a especiaria a Alexandria, e depois a

mandava por toda a Europa.

(CASTANHEDA, Fernão Lopes de. História do descobrimento e

conquista da Índia pelos portugueses: 1552-1561. Apud INÁCIO, Inês da

Conceição; LUCA, Tânia Regina de. Documentos do Brasil Colonial. São

Paulo: Ática, 1993. p. 19.)

O texto refere-se:

Page 10: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

10

a) à união política e militar entre venezianos e mouros, contrários às navegações

portuguesas.

b) à chegada dos navegantes portugueses à Índia, comprovando empiricamente a

esfericidade da Terra.

c) ao enriquecimento do grande sultão muçulmano, à custa do empobrecimento das

cidades italianas.

d) ao deslocamento do comércio lucrativo de especiarias da região do Mar Mediterrâneo

para o Oceano Atlântico.

e) ao projeto de expansão marítima da coroa portuguesa, preocupada em difundir a fé

cristã.

16. (Unifesp 2003) “Se como concluo que acontecerá, persistir esta viagem de Lisboa

para Calecute, que já se iniciou, deverão faltar as especiarias às galés venezianas e aos seus mercadores.”

("Diário de Girolamo Priuli", Julho de 1501.) Esta afirmação evidencia que Veneza estava:

a) tomada de surpresa pela chegada dos portugueses à Índia, razão pela qual entrou em

rápida e acentuada decadência econômica. b) acompanhando atentamente as navegações portuguesas no Oriente, as quais iriam

trazer prejuízos ao seu comércio. c) despreocupada com a abertura de uma nova rota pelos portugueses, pois isto não iria

afetar seu comércio e suas manufaturas. d) impotente para resistir ao monopólio que os portugueses iriam estabelecer no

comércio de especiarias pelo Mediterrâneo. e) articulando uma aliança com outros estados italianos para anular os eventuais

prejuízos decorrentes das navegações portuguesas. 17. (Fuvest 2003) Ao longo do século XVII, vegetais americanos como a batata-doce, o

milho, a mandioca, o ananás e o caju penetraram no continente africano. Isso deve ser entendido como:

a) parte do aumento do tráfico negreiro, que estreitou as relações entre a América Portuguesa e a África e fez do sistema sul-atlântico o mais importante do Império Português.

b) indício do alinhamento crescente de Portugal com a Inglaterra, que pressupunha a consolidação da penetração comercial no interior da África.

c) fruto de uma política sistemática de Portugal no sentido de anular a influência asiática e consolidar a americana no interior de seu império.

d) imposição da diplomacia adotada pela dinastia dos Braganças, que desejava ampliar a influência portuguesa no interior da África, região controlada por comerciantes espanhóis.

e) alternativa encontrada pelo comércio português, já que os franceses controlavam as antigas possessões portuguesas no Oriente e no estuário do Prata.

Page 11: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

11

18. (Unesp 2007) “A conquista sanguinária da América espanhola é dominada por [uma] paixão frenética. Rio da Prata, Rio do Ouro, Castela do Ouro, Costa Rica, assim se batizavam as terras que os conquistadores desvendavam ao mundo...”

(PRADO, Paulo. Retrato do Brasil. 1928.) A "paixão frenética" da conquista da América a que se refere o autor está relacionada:

a) à irracionalidade da expansão comercial e marítima européia, realizada sem conhecimentos tecnológicos adequados.

b) às condições de crise econômica das populações nativas dominadas pelo império dos astecas e dos incas.

c) à ação da burguesia espanhola que agiu isoladamente, dado o desinteresse do governo espanhol pelos territórios americanos.

d) ao acordo entre banqueiros e sábios europeus para ampliar o conhecimento científico e facilitar a exploração econômica da região.

e) ao esforço de solucionar a crise da economia européia motivada pela escassez do meio circulante.

19. (UFPR 2008) Observe a imagem do mapa de Waldseemuller e leia o texto a seguir.

"Este mapa é de fundamental significação na história da cartografia. Sintetizou a

revolução dos vinte anos precedentes na geografia e ampliou a imagem contemporânea

do mundo, proporcionando uma visão essencialmente nova dele. (...) Seu histórico é

conhecido indubitavelmente a partir do tratado geográfico Cosmographiae Introductio que

acompanhou sua publicação em 1507. (...) Este mapa tem uma importância histórica

única. Nele, o Novo Mundo recebe o nome de América pela primeira vez. Colombo

aparentemente nunca abandonou sua convicção de que as ilhas das Índias Ocidentais

que descobriu eram próximas à costa leste da Ásia. Vespúcio, entretanto, descobriu a

verdade, ou seja, que era um novo mundo. Waldseemuller aceitou essa visão e propôs –

para honrar Vespúcio – conceder seu nome à nova terra."

(WHITIFIELD, Peter. The image of the world: 20 centuries of World

Maps.

Page 12: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

12

San Francisco: Pomegranate Artbooks & British Library, 1994, p. 48-

49.)

Com base no mapa, no texto e nos conhecimentos sobre a epopéia dos

descobrimentos na Época Moderna, é correto afirmar:

a) O mapa de Waldseemuller foi elaborado para reforçar a concepção bastante difundida

durante a Idade Média de que a Terra era plana, contribuindo assim para afirmar a

tese da impossibilidade de atingir o Oriente navegando para o Ocidente.

b) O uso da expressão "descoberta da América", para designar o ocorrido em 1492,

revela uma construção a posteriori da historiografia, que assim estabelece uma

representação simbólica da presença européia no continente pela primeira vez na Era

Moderna.

c) Afirmar que Vespúcio foi o responsável pela "descoberta do Novo Mundo" significa

evidenciar um traço da mentalidade greco-romana da Antiguidade, que prescrevia a

experimentação científica como método para obter o conhecimento da verdade das

coisas.

d) A verificação empírica da verdade dos "descobrimentos" possibilitou, ao longo do

século XVI, uma nova epistemologia para as ciências humanas, que passou a fundar-

se no testemunho direto dos acontecimentos como critério para o estabelecimento

dos fatos.

e) Pelo relato sobre os "descobrimentos", explicitado no texto, fica evidente que havia,

no período da publicação do mapa de Waldseemuller, uma nítida separação entre a

perspectiva de análise geográfico-cartográfica e a abordagem histórica dos eventos

da expansão marítima.

20. (FGV 2006) Nos anos 1526-1550, antes do deslanche do tráfico para o Brasil, saía da

Guiné-Bissau e da Senegâmbia uma média de mil cativos por ano. Cifra

representando 49% dos indivíduos deportados do Continente Negro. Da África Central

vinham outros 34%, enquanto 13% eram provenientes do golfo da Guiné. Versos

célebres de Garcia de Rezende retratam o lucro e os fluxos do trato de africanos para

Sevilha, Lisboa, Setúbal, Cabo Verde, Madeira, Canárias, São Tomé. E para o Caribe.

(Luiz Felipe de Alencastro, "O Trato dos Viventes")

O impacto do processo descrito nas sociedades africanas foi a:

a) introdução de práticas econômicas fundamentadas no liberalismo, desorganizando as

antigas sociedades de auxílio mútuo.

b) implantação da escravidão como modo de produção dominante, determinando a

extinção da servidão anteriormente existente.

c) implantação de redes internas de tráfico, com envolvimento de sociedades locais, que

passam a ter nesse negócio uma fonte fundamental de recursos.

d) introdução da escravidão nas sociedades africanas, que até então desconheciam

qualquer forma de exploração do trabalho.

e) dissolução do tradicional caráter igualitário predominante nas sociedades africanas,

sendo substituído por regimes rigidamente hierarquizados.

Page 13: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

13

Renascimento Cultural e Reforma Protestante

21. (PUC-SP) Renascimento cultural, Reformas religiosas, Expansão marítima: esses três

movimentos simbolizam um mundo em transformação. Apresentaram características comuns, mas desenvolveram-se em áreas e com objetivos bastante diferentes. Sobre suas semelhanças e diferenças, podemos destacar que os três movimentos demonstraram o desejo de:

a) romper com as temáticas religiosas, tão presentes na Idade Média, mas ocorreram

em locais bastante distintos: o Renascimento ocorreu na Itália, as Reformas deram-se na Alemanha e na Suíça e a Expansão Marítima partiu da Península Ibérica.

b) recuperar os valores éticos e estéticos da Antiguidade Clássica, mas buscaram modelos distintos: o Renascimento retomou padrões da arquitetura greco-romana, as Reformas restauraram o politeísmo e a Expansão Marítima reconquistou o Mediterrâneo.

c) ampliar a influência européia para outras partes do planeta, mas dirigiram seus esforços para regiões variadas: o Renascimento foi levado às colônias africanas, as Reformas lutaram contra o islamismo no Oriente Médio e a Expansão Marítima permitiu a conquista da América.

d) valorizar o humano, mas se preocuparam com aspectos diferentes de suas possibilidades: o Renascimento voltou-se a uma visão científica do mundo, as Reformas privilegiaram o livre-arbítrio e a Expansão Marítima rompeu limites da mentalidade medieval.

e) revitalizar as cidades, mas recorreram a estratégias diferentes: o Renascimento atraiu visitantes aos museus, as Reformas produziram construções de imponentes catedrais e a Expansão Marítima trouxe novas mercadorias para o comércio urbano.

22. (Fuvest 2000) "Os próprios céus, os planetas e este centro [a Terra]

Respeitam os graus, a precedência e as posições. Como poderiam as sociedades, Os graus nas escolas, as irmandades nas cidades, O comércio pacífico entre praias separadas, A primogenitura e o direito de nascença, Os privilégios da idade, as coroas, cetros, lauréis, Manter-se em seu lugar certo – não fossem os graus?"

Esses versos de Shakespeare (da peça Troilo e Cressida) revelam uma visão de mundo:

a) moderna e liberal, ao tratarem das cidades, do comércio e, virtualmente, até do novo

continente. b) medieval e aristocrática, ao defenderem privilégios, graus e hierarquias como

decorrentes de uma ordem natural.

Page 14: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

14

c) universal e democrática, ao se referirem a valores e concepções que ultrapassam seu próprio tempo histórico.

d) clássica e monarquista, ao mencionarem instituições, como a monarquia e o direito de primogenitura, que eram características do mundo greco-romano.

e) particularista e elitista, ao expressarem hierarquias, valores e graus exclusivos da Inglaterra do século XVI.

23. (Fuvest 2004) "No campo científico e matemático, o processo da investigação racional

percorreu um longo caminho. Os Elementos de Euclides, a descoberta de Arquimedes

sobre a gravidade, o cálculo por Eratóstenes do diâmetro da Terra com um erro de

apenas algumas centenas de quilômetros do número exato, todos esses feitos não

seriam igualados na Europa durante 1500 anos."

(FINLEY, Moses I. Os gregos antigos)

O período a que se refere o historiador Finley, para a retomada do desenvolvimento

científico, corresponde:

a) ao Helenismo, que facilitou a incorporação das ciências persa e hindu às de origem

grega.

b) à criação das universidades nas cidades da Idade Média, onde se desenvolveram as

teorias escolásticas.

c) ao apogeu do Império Bizantino, quando se incentivou a condensação da produção

dos autores gregos.

d) à expansão marítimo-comercial e ao Renascimento, quando se lançaram as bases da

ciência moderna.

e) ao desenvolvimento da Revolução Industrial na Inglaterra, que conseguiu separar a

técnica da ciência.

24. (Unesp 2002) "... tenho sido, durante muitos anos, um aderente à teoria de Copérnico.

Isto me explica a causa de muitos fenômenos que são ininteligíveis por meio de

teorias geralmente aceitas. Eu tenho coligido muitos argumentos para refutar estas

últimas, mas eu não me arriscaria a levá-los à publicação. Há muito tempo que estou

convencido de que a Lua é um corpo como a Terra. Descobri também uma multidão

de estrelas fixas, a princípio invisíveis, ultrapassando mais de dez vezes as que se

podem ver a olho nu, formando a Via Láctea."

(Carta de Galileu a Kepler, 1597.)

Galileu não se arriscava a publicar essas idéias por temer:

a) a oposição que sofreria por parte de seus alunos e colegas da Universidade de Pisa,

onde lecionava.

b) ser considerado um plagiador das idéias heliocêntricas defendidas por Copérnico e

por alguns sábios florentinos.

Page 15: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

15

c) que seus pressupostos geocêntricos contribuíssem para aumentar as hostilidades

contra a Igreja Católica.

d) que seus superiores o expulsassem da Ordem dos Franciscanos, à qual pertencia

desde a adolescência.

e) ser acusado de heresia e ter de enfrentar o poderoso Tribunal do Santo Ofício,

mantido pela Igreja.

25. (Unesp 2003) Nascido na Itália, o Renascimento – movimento intelectual, científico,

artístico e literário – espalhou-se pela Europa, mas de forma desigual. Considere as seguintes afirmações a respeito desse movimento.

I. A arte renascentista tinha como característica principal a exploração dos motivos

religiosos, recebendo, dessa maneira, o apoio do clero e dos mecenas. II. O Renascimento foi um movimento que valorizou o antropocentrismo, o hedonismo, o

racionalismo, o individualismo e o naturalismo. III. No plano político, sua principal conseqüência foi contribuir para o advento do

Absolutismo, ao laicizar a sociedade e revalorizar o Direito Romano. IV. O combate central das idéias renascentistas residiu na defesa das concepções de

mundo baseadas no teocentrismo e na escolástica, então emergentes. V. A Itália acumulou maior quantidade de capital e alcançou desenvolvimento comercial

e urbano invejável, gerando excedentes econômicos para se investir em obras de arte.

Está correto apenas o contido em:

a) I, II e III. b) I, IV e V. c) II, III e IV. d) II, III e V. e) III, IV e V. 26. (Fuvest) No fim da Idade Média e início da Idade Moderna, o rompimento dos

monopólios que os letrados mantinham sobre a cultura escrita e os clérigos sobre a religião criou uma situação nova, potencialmente explosiva. Esse duplo rompimento deveu-se:

a) aos descobrimentos e às invenções científicas. b) à invenção da imprensa e à Reforma. c) ao Renascimento e ao Estado absolutista. d) ao aparecimento do alfabeto e das heresias. e) ao humanismo e à Inquisição. 27. (Fuvest) "Depois que a Bíblia foi traduzida para o inglês, todo homem, ou melhor, todo

rapaz e toda rapariga, capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e que entendiam o que Ele dizia." Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679):

Page 16: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

16

a) ironiza uma das conseqüências da Reforma, que levou ao livre exame da Bíblia e à

alfabetização dos fiéis. b) alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma, instou os leigos a que não

deixassem de ler a Bíblia. c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que seus súditos escolhessem

entre as várias igrejas. d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento do absolutismo

monárquico. e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à leitura da Bíblia pelas

igrejas protestantes.

28. (Unifesp 2008) No século XVI, nas palavras de um estudioso, "reformar a Igreja

significava reformar o mundo, porque a Igreja era o mundo". Tendo em vista essa

afirmação, é correto afirmar que:

a) os principais reformadores, como Lutero, não se envolveram nos desdobramentos

políticos e socioeconômicos de suas doutrinas.

b) o papado, por estar consciente dos desdobramentos da reforma, recusou-se a iniciá-

la, até ser a isso obrigado por Calvino.

c) a burguesia, ao contrário da nobreza e dos príncipes, aderiu à reforma, para se

apoderar das riquezas da Igreja.

d) os cristãos que aderiram à reforma estavam preocupados somente com os benefícios

materiais que dela adviriam.

e) o aparecimento dos anabatistas e outros grupos radicais são a prova de que a

reforma extrapolou o campo da religião.

29. (Unesp) “Em cada letra da página divina [a Bíblia] há tantas verdades sobre as

virtudes, tantos tesouros de sabedoria acumulados, que apenas aquele a quem Deus

concedeu o dom do saber [dela] pode usufruir plenamente. Poderiam estas ‘pérolas’

ser distribuídas aos ‘porcos’ e a palavra a ignorantes incapazes de recebê-la e,

sobretudo, de propagar aquilo que receberam?”

(Texto escrito pelo inglês Gautier Map, por volta de 1181.)

Comparando o conteúdo do texto com a história do cristianismo, conclui-se que o

autor

a) interditava aos pecadores a leitura da Bíblia, reservando-a à interpretação coletiva nos

mosteiros medievais.

b) considerava aptos para interpretarem individualmente a Bíblia todos os fiéis que

participassem do culto católico.

c) postulava a exigência de comunicação direta do fiel com Deus, independentemente

da leitura dos textos sagrados.

d) referia-se a um dogma da Igreja medieval abolido pela reforma católica promovida

pelo Concílio de Trento.

Page 17: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

17

e) opunha-se a um princípio defendido por heresias medievais e que foi retomado pelas

reformas protestantes.

30. (Fuvest) Em 1748, Benjamin Franklin escreveu os seguintes conselhos a jovens

homens de negócios:

"Lembra-te que o tempo é dinheiro... Lembra-te que o crédito é dinheiro... Lembra-te que o dinheiro é produtivo e se multiplica... Lembra-te que, segundo o provérbio, um bom pagador é senhor de todas as bolsas... A par da sobriedade e do trabalho, nada é mais útil a um moço que pretende progredir no mundo que a pontualidade e a retidão em todos os negócios."

Tendo em vista a rigorosa educação religiosa do autor, esses princípios econômicos

foram usados para exemplificar a ligação entre: a) protestantismo e permissão da usura. b) anglicanismo e industrialização. c) ética protestante e capitalismo. d) catolicismo e mercantilismo. e) ética puritana e monetarismo.

Revoluções Inglesas 31. (Fatec 2005) Guilherme de Orange foi proclamado rei com o nome de Guilherme III,

depois de ter assinado o Bill Of Rights, com as limitações impostas pelo Parlamento à monarquia. Sobre essas limitações é correto dizer que:

a) instituíam um ministério composto pela nobreza latifundiária e a burguesia urbana. b) instituíam o anglicanismo como religião oficial da Inglaterra e a tolerância a todos os

cultos, o que foi confirmado pelo rei, apesar de ele ser católico extremado. c) combatiam a liberdade de imprensa, a liberdade individual e a propriedade privada. d) dispensavam a aprovação das Câmaras para o aumento de impostos. e) configuraram um conjunto de medidas que acabou por substituir a monarquia

absoluta vigente por uma monarquia constitucional. 32. (Fuvest 96) No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que

culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). Apesar de as transformações significativas terem se verificado na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o período final que ficou conhecido como "Revolução Gloriosa". Isso se explica porque:

a) em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o comércio mundial, tornando-se

a potência mais rica da Europa. b) auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em 1688 forças contra-

revolucionárias que, no continente, ameaçavam as conquistas de Cromwell. c) mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a tradição liberal

inglesa desejou celebrar a nova monarquia parlamentar consolidada em 1688.

Page 18: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

18

d) as forças radicais do movimento, como Cavadores e Niveladores, que assumiram o controle do governo, foram destituídas em 1688 por Guilherme de Orange.

e) só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia e a burguesia, anulando-se as aspirações políticas da "gentry".

33. (UFMG 2004) Durante a Revolução Inglesa, no século XVII, foi formado o Exército de

Novo Tipo, liderado por Oliver Cromwell, de que participavam, além da classe

mercantil, da ‘gentry’, dos pequenos proprietários camponeses e de trabalhadores

urbanos, segmentos mais radicais, que defendiam reformas profundas no Estado

inglês. É CORRETO afirmar que esses segmentos eram constituídos:

a) pelos ‘tories’, que visavam ao fechamento do Parlamento e à instituição de um

governo popular, e pelos ‘whigs’, defensores da abolição da propriedade privada.

b) pelos ‘levellers’, que reivindicavam a democratização, a extensão do sufrágio e uma

maior igualdade perante a lei, e pelos ‘diggers’, defensores da posse comum das

terras.

c) pelos ‘landlords’, que buscavam a implantação do sufrágio universal e a extensão do

voto às mulheres, e pelos ‘warlordists’, que pregavam a luta armada do povo contra o

Parlamento.

d) pelos ‘saint-simonistas’, que defendiam o fim do sistema monárquico, e pelos

‘owenistas’, defensores da abolição da Câmara dos Lordes.

34. (UFRS 2002) No século XVII, o processo de transformação política da Inglaterra

culminou com a derrota da "Restauração Stuart", na Revolução Gloriosa. Como

conseqüência, desenvolveu-se a monarquia constitucional. Como esta era

caracterizada?

Considere as respostas a seguir.

I - Pelo poder de governo concentrado no rei, com aconselhamento do Parlamento.

II - Pelo governo de maioria parlamentar chefiado pelo primeiro-ministro.

III - Pela divisão e independência dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.

IV - Pela subordinação definitiva do rei ao Parlamento.

Quais estão corretas?

a) Apenas I, II e III.

b) Apenas I, II e IV.

c) Apenas I, III e IV.

d) Apenas II, III e IV.

e) I, II, III e IV.

35. (UFRS 2002) Os Atos de Navegação promulgados por Oliver Cromwell, na Inglaterra,

em 1651, foram decisões políticas de alcance mundial. Por quê?

Page 19: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

19

Considere as respostas a seguir.

I - Porque confirmaram a superioridade britânica decorrente da Revolução Industrial.

II - Porque levaram à colonização da América do Norte e à conquista da África.

III - Porque impediram a Holanda de transportar mercadorias estrangeiras para a

Inglaterra.

IV - Porque foram conseqüência da união da Inglaterra e Escócia sob o nome de Grã-

Bretanha.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas II e IV.

e) Apenas I, III e IV.

36. (UFU 2006) Leia o trecho a seguir.

"Enriquecendo os cidadãos ingleses, o comércio contribuiu para torná-los mais livres,

e, por sua vez, a liberdade ampliou o comércio. A grandeza do Estado veio como

conseqüência.

O comércio estabeleceu pouco a pouco as forças navais, tornando os ingleses senhores

dos mares."

(VOLTAIRE. Sobre o comércio. In: Cartas Inglesas (1734), São Paulo: Abril Cultural,

1984. p. 16.)

Considerando o trecho apresentado e o contexto em que foi escrito, assinale a

alternativa correta:

a) Para Voltaire, o sucesso militar dos ingleses é associado à adoção de um sistema

político "livre", no qual os cidadãos (representados pelo Parlamento) interessam-se

pelo incremento das atividades comerciais da burguesia.

b) Voltaire vê a Inglaterra como um Estado tipicamente absolutista, que precisou

fortalecer-se militarmente de modo a sufocar os anseios da burguesia comercial por

participação política e pela liberdade.

c) Para Voltaire, o comércio tornou os cidadãos ingleses livres por causa da grandeza do

Estado, que favoreceu o comércio, ainda que à custa da restrição da liberdade da

burguesia.

d) Por conta de suas idéias contrárias ao "Estado de guerra" inglês, Voltaire pode ser

considerado um precursor da Revolução Francesa e do Jacobinismo.

Page 20: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

20

37. (Unesp 91) O "Ato de Navegação" de 1651 teve importância e conseqüências

consideráveis na história da Inglaterra porque:

a) favoreceu a Holanda, que obtinha grandes lucros com o comércio inglês.

b) Oliver Cromwell dissolveu o Parlamento e se tornou ditador.

c) contribuiu para aumentar o poder e favorecer a supremacia marítima inglesa no

mundo.

d) considerava o trabalho como a verdadeira fonte de riqueza nacional.

e) abolia todas as práticas protecionistas.

38. (Unesp 2003) “... o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado e

a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia

desenvolver-se livremente.”

(HILL, Christopher. A revolução inglesa de 1640)

O autor do texto está se referindo:

a) à força da marinha inglesa, maior potência naval da Época Moderna.

b) ao controle pela coroa inglesa de extensas áreas coloniais.

c) ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supremacia política do Parlamento.

d) ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente dos produtos de lã.

e) às disputas entre burguesia comercial e agrária, que caracterizaram o período.

39. (Unesp 2005) Gerald Winstanley, líder dos escavadores da Revolução Puritana na

Inglaterra (1640-1660), definiu a sua época como aquela em que "o velho mundo está

rodopiando como pergaminho no fogo". Embora os escavadores tenham sido

vencidos, a Revolução Inglesa do século XVII trouxe mudanças significativas, entre as

quais destacam-se a:

a) instituição do sufrágio universal e a ampliação dos direitos das Assembléias

populares.

b) separação entre Estado e religião e a anexação das propriedades da Igreja Anglicana.

c) liberação das colônias da Inglaterra e a proibição da exploração da mão-de-obra

escrava.

d) abolição dos domínios feudais e a afirmação da soberania do Parlamento.

e) ampliação das relações internacionais e a concessão de liberdade à Irlanda.

40. (Unifesp 2003) “Nas outras monarquias da Europa, procura-se ganhar a benevolência

do rei; na Inglaterra, o rei procura ganhar a benevolência [da Câmara] dos Comuns.”

(DELEYRE, Alexandre. Tableau de l'Europe. 1774)

Essa diferença entre a monarquia inglesa e as do continente deve-se:

Page 21: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

21

a) ao rei Jorge III, que, acometido por um longo período de loucura, tornou-se

dependente do Parlamento para governar.

b) ao fato de a casa de Hannover, por sua origem alemã, gozar de pouca legitimidade

para impor aos ingleses o despotismo esclarecido.

c) ao início da rebelião das colônias inglesas da América do Norte contra o monarca,

que o obrigou a fazer concessões.

d) à peculiaridade da evolução política inglesa, a qual, graças à Magna Carta, não

passou pela fase da monarquia absolutista.

e) às revoluções políticas de 1640 (Puritana) e 1688 (Gloriosa), que retiraram do rei o

poder de se sobrepor ao Parlamento.

Independência dos EUA e Iluminismo

41. (Fuvest 2003) Da Independência dos Estados Unidos (1776), da Revolução Francesa

(1789) e do processo de independência na América Ibérica (1808-1824), pode-se

dizer que todos esses movimentos:

a) decidiram implementar a abolição do trabalho escravo e da propriedade privada.

b) tiveram início devido à pressão popular radical e terminaram sob o peso de execuções

em massa.

c) conseguiram, com o apoio da burguesia ilustrada, viabilizar a revolução industrial.

d) adotaram idéias democráticas e defenderam a superioridade do homem comum.

e) sofreram influência das idéias ilustradas, mas variaram no encaminhamento das

soluções políticas.

42. (Enem 2007) “Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a

constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e

justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas

para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos

inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o

poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos

governados.

Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com

maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França.”

(Adaptado de COSTA, Emília Viotti da. Apresentação da

coleção. In: POMAR, Wladimir. Revolução Chinesa. São

Paulo: UNESP, 2003.)

Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução

Francesa, assinale a opção correta:

Page 22: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

22

a) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto

histórico, mas se baseavam em princípios e ideais opostos.

b) O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência

norte-americana no apoio ao absolutismo esclarecido.

c) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo

reconhecimento dos direitos considerados essenciais à dignidade humana.

d) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no

desencadeamento da independência norte-americana.

e) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as

independências das colônias ibéricas situadas na América.

43. (Fatec 2002) A Lei do Açúcar (1764), a Lei do Selo (1765) e a Lei Townshend (1767)

representaram, quando implementadas, para:

a) os EUA, um estopim à declaração de guerra à França, aliada, incondicionalmente, aos

interesses ingleses.

b) a França e a Inglaterra, formas de arrecadação e controle sobre o Quebec e sobre as

Treze Colônias.

c) os EUA, uma excepcional oportunidade, pela cobrança destes impostos, à ampliação

de seus mercados interno e externo.

d) as Treze Colônias, uma medida tributária que possibilitou a expansão dos negócios

da burguesia de Boston na Europa, marcando, assim, o início da importância dos EUA

no cenário mundial.

e) a Inglaterra, uma alternativa para um maior controle sobre as Treze Colônias, e,

também, uma medida tributária que permitisse saldar as dívidas contraídas na guerra

com a França.

44. (Fuvest 99) Pode-se dizer que o ponto de partida do conflito, entre as colônias

inglesas da América do Norte e a Inglaterra, que levou à criação dos Estados Unidos

em 1776, girou em torno da reivindicação de um princípio e de uma prática que

tinham uma longa tradição no Parlamento britânico. Trata-se do princípio e da prática

conhecidos como:

a) um homem, um voto (one man, one vote);

b) nenhuma tributação sem representação (no taxation without representation);

c) Declaração dos Direitos (Bill of Rights);

d) equilíbrio entre os poderes (checks and balances);

e) liberdade de religião e de culto (freedom of religion and worship).

45. (Unifesp 2004) O que queremos dizer com a Revolução? A guerra? Isso não foi parte

da Revolução; foi apenas um efeito e conseqüência dela. A Revolução estava nas

Page 23: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

23

mentes das pessoas e foi levada a cabo de 1760 a 1775, no curso de quinze anos,

antes que uma gota de sangue fosse derramada em Lexington.

(De John Adams para Jefferson, 1815.)

O texto:

a) considera que a Independência dos Estados Unidos se fez sem idéias.

b) confirma que a guerra entre os Estados Unidos e a Inglaterra foi uma revolução.

c) sustenta que na Independência dos Estados Unidos não houve ruptura.

d) defende que a criação dos Estados Unidos foi precedida de uma revolução.

e) demonstra que os norte-americanos não aceitaram as concessões inglesas.

46. (Fuvest 2004) "A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do Estado

(...) O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no contrato de submissão..."

(DIDEROT, artigo "Autoridade política", Enciclopédia. 1751.)

Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é correto afirmar que o autor: a) pressupunha, como os demais iluministas, que os direitos de cidadania política eram

iguais para todos os grupos sociais e étnicos. b) propunha o princípio político que estabelecia leis para legitimar o poder republicano e

democrático. c) apoiava uma política para o Estado, submetida aos princípios da escolha dos

dirigentes da nação, por meio do voto universal. d) acreditava, como os demais filósofos do Iluminismo, na revolução armada como único

meio para a deposição de monarcas absolutistas. e) defendia, como a maioria dos filósofos iluministas, os princípios do liberalismo político

que se contrapunham aos regimes absolutistas. 47. (Unesp 2002) Adam Smith, autor de A Riqueza das Nações (1776), referindo-se à

produção e à aquisição de riquezas, observou: "Não é com o ouro ou a prata, mas com o trabalho que toda a riqueza do mundo foi provida na origem, e seu valor, para aqueles que a possuem e desejam trocá-la por novos produtos, é precisamente igual à quantidade de trabalho que permite alguém adquirir ou dominar."

Os pontos de vista de Adam Smith opõem-se às concepções:

a) mercantilistas, que foram aplicadas pelos diversos estados absolutistas europeus. b) monetaristas, que acompanharam historicamente as economias globalizadas. c) socialistas, que criticaram a submissão dos trabalhadores aos donos do capital. d) industrialistas, que consideraram as máquinas o fator de criação de riquezas. e) liberais, que minimizaram a importância da mão-de-obra na produção de bens.

Page 24: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

24

48. (UEL 2006) “Na última parte do século XVIII, as necessidades de coesão e eficiência estatais, bem como o evidente sucesso internacional do poderio capitalista, levaram a maioria dos monarcas a tentar programas de modernização intelectual, administrativa, social e econômica.”

(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1997. p. 39.)

Assinale a alternativa que apresenta corretamente como ficou conhecida a modernização referida pelo autor.

a) Anarquismo, porque os reis perderam a autoridade nos setores administrativo, social e econômico.

b) Socialismo utópico, porque os reis desejavam transformações impossíveis de serem realizadas.

c) Despotismo esclarecido, visto que os monarcas se apropriaram de alguns preceitos iluministas.

d) Socialismo cristão, pois os monarcas desejavam reformas administrativas e econômicas com base nos preceitos religiosos.

e) Totalitarismo, uma vez que os reis almejavam o poder absoluto nas instâncias intelectual, administrativa, social e econômica.

49. (UFF 2004) O Iluminismo do século XVIII abrigava, entre seus valores, o racionalismo.

Tal perspectiva confrontava-se com as visões religiosas do século anterior. Esse

confronto anunciava que o homem das luzes encarava de frente o mundo e tudo nele

contido: o Homem e a Natureza. O iluminismo era claro com relação ao homem: um

indivíduo capaz de realizar intervenções e mudanças na natureza para que essa lhe

proporcionasse conforto e prazer. Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que, para o

Homem das Luzes, a Natureza era:

a) misteriosa e incalculável, sendo a base da religiosidade do período, o lugar onde os

homens reconheciam a presença física de Deus e sua obra de criação.

b) infinita e inesgotável, constituindo-se um campo privilegiado da ação do homem,

dando em troca condição de sobrevivência, principalmente no que se refere ao seu

sustento econômico.

c) apenas reflexo do desenvolvimento da capacidade artística do homem, pois ajudava-o

a criar a idéia de um progresso ilimitado relacionado à indústria.

d) um laboratório para os experimentos humanos, pois era reconhecida pelo homem

como a base do progresso e entendimento do mundo; daí a fisiocracia ser a principal

representante da industrialização iluminista.

e) a base do progresso material e técnico, fundamento das fábricas, sem a qual as

indústrias não teriam condições de desenvolver a idéia de mercado.

50. (UFMG 2008) Leia este trecho:

"[As] camadas sociais elevadas, que se pretendem úteis às outras, são de fato úteis a

si mesmas, à custa das outras [...] Saiba ele [o jovem Emílio] que o homem é

Page 25: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

25

naturalmente bom [...], mas veja ele como a sociedade deprava e perverte os homens,

descubra no preconceito a fonte de todos os vícios dos homens; seja levado a estimar

cada indivíduo, mas despreze a multidão; veja que todos os homens carregam mais ou

menos a mesma máscara, mas saiba também que existem rostos mais belos do que a

máscara que os cobre."

(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da educação. São Paulo: Martins Fontes, 1985. p.

311.)

A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é

CORRETO afirmar que o autor

a) compreende que os preconceitos do homem são inatos e responsáveis pelos

infortúnios sociais e pelas máscaras de que este se reveste.

b) considera a sociedade responsável pela corrupção do homem, pois cria uma ordem

em que uns vivem à custa dos outros e gera vícios.

c) deseja que seu discípulo seja como os homens do seu tempo e, abraçando as

máscaras e os preconceitos, contribua para a coesão da sociedade.

d) faz uma defesa do homem e da sociedade do seu tempo, em que, graças à

Revolução Francesa, se promoveu uma igualdade social ímpar.

Page 26: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

26

IDADE CONTEMPORÂNEA

Revolução Industrial

51. (Enem 2001) "... Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro

corta, um quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer

a cabeça do alfinete requerem-se três ou quatro operações diferentes..."

(SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua

Natureza e suas Causas. Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1985.)

A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes afirmações:

I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual são submetidos os operários.

II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal.

III. Ambos contêm a idéia de que o produto da atividade industrial não depende do

conhecimento de todo o processo por parte do operário.

Dentre essas afirmações, apenas

a) I está correta.

b) II está correta.

c) III está correta.

d) I e II estão corretas.

e) I e III estão corretas.

52. (Fatec 2003) A Revolução Industrial caracterizou-se por uma evolução tecnológica e

por uma verdadeira revolução social. Considere o que se afirma sobre ela:

I. Pode ser considerada essencialmente a passagem da sociedade rural para a

sociedade industrial, a mudança do trabalho artesanal para o trabalho assalariado, a

utilização da energia a vapor no sistema fabril em lugar da energia humana.

II. Foi determinada por fatores econômicos: acumulação de capitais, conquistas de

mercados consumidores e mercados fornecedores de matéria-prima.

III. Na Inglaterra, o Anglicanismo estimulou o enriquecimento, considerado como um sinal

de salvação.

IV. As invenções que a tornaram possível foram causa do investimento de capitais e

experiências científicas.

Deve-se dizer que são corretas as afirmações

Page 27: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

27

a) I e II apenas.

b) I, II e III apenas.

c) II e IV apenas.

d) II, III e IV apenas.

e) I, II, III e IV.

53. (Fuvest 2000) Evolução da economia britânica

A - Porcentagem da renda nacional gerada pelo setor.

B - Porcentagem da população ativa empregada no setor.

C - Milhões de pessoas empregadas no setor.

Os dados anteriores evidenciam:

a) o colapso da agricultura inglesa ao longo do século XIX, devido à manutenção de

formas feudais de exploração da terra.

b) o crescimento econômico do setor industrial, efeito direto da Revolução Industrial das

duas últimas décadas do século XVIII.

c) o papel do capitalismo financeiro, que sustentara o setor de serviços desde a

Revolução Gloriosa e que manteve sua estabilidade durante todo o século XIX.

d) o relativo papel econômico da indústria, pois sua renda nunca superou o somatório da

renda gerada por todos os demais setores da economia.

e) a manutenção dos níveis de renda do setor primário, ao longo do século XIX, como

resultado da política mercantilista do Estado inglês.

54. (Fuvest 2002) "... cabanas ou pequenas moradias espalhadas em grande número,

nas quais residem os trabalhadores empregados, cujas mulheres e filhos estão

sempre ocupados, cardando, fiando etc., de forma que, não havendo desempregados,

todos podem ganhar seu pão, desde o mais novo ao mais velho".

(DEFOE, Daniel. Viagem por toda a ilha da Grã-Bretanha, 1724.)

Essa passagem descreve o sistema de trabalho

a) manufatureiro, no qual um empregador reúne num único local dezenas de

trabalhadores.

b) da corporação de ofício, no qual os trabalhadores têm o controle dos meios de

produção.

c) fabril, no qual o empresário explora o trabalho do exército industrial de reserva.

Page 28: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

28

d) em domicílio, no qual todos os membros de uma família trabalham em casa e por

tarefa.

e) de co-gestão, no qual todos os trabalhadores dirigem a produção.

55. (Fuvest 2008) "O livre-comércio é um bem – como a virtude, a santidade e a retidão –

a ser amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo

o resto do mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males – como

o vício e o crime – a serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em

todos os tempos."

(The Economist, em 1848.)

Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia

particularmente os interesses

a) do comércio internacional, mas não do inglês.

b) da agricultura inglesa e da estrangeira.

c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.

d) da agricultura e da indústria estrangeiras.

e) dos produtores de todos os países.

56. (UFPEL 2005) "O juiz do condato de Broghton, presidindo uma reunião da prefeitura

de Nottingham [Inglaterra], em 14 de janeiro de 1860, declarou que, naquela parte da

população, empregada nas fábricas de renda da cidade, reinavam sofrimentos e

privações em grau desconhecido do resto do mundo civilizado... Às duas, três e

quatro horas da manhã, crianças de 9 e 10 anos são arrancadas de camas imundas e

obrigadas a trabalhar até as 10, 11 ou 12 horas da noite, para ganhar o indispensável

à mera subsistência. Com isso, seus membros definham, sua estatura se atrofia, suas

faces se tornam lívidas, seu ser mergulha num torpor pétreo, horripilante de se

contemplar (...) O sistema (...) constitui uma escravidão em sentido social, físico,

moral e intelectual (...)".

A situação do trabalho infantil na Inglaterra.

Page 29: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

29

(DECCA, Edgar de. Fábricas e Homens: a Revolução Industrial e o

cotidiano dos trabalhadores. São Paulo: Atual, 1999.)

Os textos expressam:

a) a exploração da mão-de-obra escrava que caracterizou a industrialização capitalista,

nos séculos XIX e XX.

b) as violências impostas aos trabalhadores durante a Revolução Industrial, iniciada no

século XVIII.

c) o trabalho escravo e assalariado, nos períodos das Revoluções Comercial e Industrial,

nas colônias inglesas.

d) as características de superexploração do trabalho, inerentes ao modelo mercantilista

inglês, no século XIX.

e) o capitalismo industrial, iniciado no século XIX, na Inglaterra, com suas relações de

trabalho essencialmente escravocratas.

57. (UFSCAR 2003) Analise os três textos seguintes.

“Eu vi o ferro incandescente sair da fornalha; eu o vi como se tecer em barras e fitas,

com uma velocidade e facilidade que pareciam maravilhosas.”

(Engenheiro James Nasmyth, 1830)

“... como parecia estranho viajar naquilo, sem nenhuma causa visível do avanço a não

ser a máquina mágica, com sua flutuante exalação branca e marcha ritmada, invariável,

entre aquelas paredes rochosas (...) Senti como se nenhum conto de fadas fosse tão

maravilhoso quanto a metade do que via.”

(Atriz Fanny Kemble, 1829)

“Pobreza, pobreza, pobreza, em perspectivas quase infindáveis: e carência e

desgraça cambaleando de braços dados por essas ruas miseráveis (...) Ali, cerca de

quinze pés abaixo da calçada, agachada numa imundice indescritível, com a cabeça

inclinada, estava a figura do que fora uma mulher. Seus braços azuis cingiam no colo

lívido duas coisas mirradas como crianças, que se inclinavam em direção a ela, uma de

cada lado. A princípio eu não sabia se estavam vivas ou mortas.”

(Herman Melville, 1839)

O contexto histórico dos textos apresentados refere-se

a) ao conflito entre capital e trabalho, na cidade e no campo, provocado por migrações e

pobreza nas pequenas cidades inglesas, onde estavam os antigos centros

manufatureiros.

b) ao grande desenvolvimento industrial norte-americano e à pobreza vivida por

operários na cidade de Nova Iorque.

c) à segunda etapa da Revolução Industrial, realizada pela expansão da indústria do

aço, e ao empobrecimento da população como conseqüência das revoltas operárias.

Page 30: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

30

d) à expansão do imperialismo inglês na África e à miséria desencadeada pela

imposição às populações locais de um modo de vida urbano e segregacionista.

e) às contradições geradas pela Revolução Industrial inglesa, que promoveu

desenvolvimento tecnológico e, ao mesmo tempo, gerou desemprego e pobreza.

58. (UFSCAR 2004) Considere o processo de consolidação do capitalismo na Europa e

analise as cinco afirmações seguintes.

I. Por meio da expropriação da terra do camponês, grandes massas humanas, privadas

de seus meios de subsistência, foram lançadas no mercado de trabalho como

proletárias.

II. A terra se transformou em mero artigo de comércio e em área de grande produção

agrícola.

III. Os trabalhadores expulsos do campo foram absorvidos imediatamente como

assalariados nas manufaturas, enquadrando-se logo na disciplina exigida pela nova

ordem de produção.

IV. Camponeses expropriados de suas terras transformaram-se em mendigos, ladrões,

vagabundos, tendo sido criada na Inglaterra uma legislação contra a vadiagem e o

crime.

V. Os Trades Unions foram reconhecidos no século XIX, mas a legislação seguinte

limitou o poder do proletariado, cerceando as greves, transferindo essa questão para

as leis comuns, ou seja, para o direito penal.

Estão corretas as afirmações:

a) I, II e III, apenas.

b) II, III e IV, apenas.

c) I, III e V, apenas.

d) I, II, IV e V, apenas.

e) I, II, III, IV e V.

59. (UFSCAR 2005) Chegando aqui [a Bolton] após ter passado por Chowbent,

encontramos na estrada uma turba de várias centenas de homens. Creio que eram

bem uns quinhentos; perguntamos a um deles por que estavam reunidos em tão

grande número, e ele nos disse que acabavam de destruir algumas máquinas e

pretendiam fazer o mesmo em toda a região.

(Carta a Th. Bentley, 3 de outubro de 1779.)

Sobre o documento, é correto afirmar:

a) Refere-se ao período anterior à Revolução Francesa, de revolta dos camponeses

contra os grandes proprietários rurais.

b) Refere-se ao período da Revolução Industrial Inglesa, quando os operários destruíam

as máquinas porque acreditavam que elas eram as responsáveis pelo desemprego.

Page 31: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

31

c) Os homens envolvidos no episódio eram operários, artesãos, comerciantes e

camponeses protestando contra os abusos do poder absolutista na cobrança de

impostos.

d) O protesto era da burguesia, contra a legislação que a obrigava a investir no

aperfeiçoamento das máquinas empregadas na indústria.

e) Era uma manifestação de operários, lutando pelos investimentos técnicos nas

fábricas, ou seja, pela substituição do antigo tear manual pelo tear a vapor.

60. (Unesp 2000) "Não queremos destruir a vossa fortuna, mas se não arranjardes

maneira de nos dardes trabalho não poderemos deixar de atentar contra vós e contra

as máquinas. (...) Se ao fim de 8 dias não retirardes as lãs das máquinas para dar

trabalho às 500 pessoas que vos batem à porta e para as quais nem sequer vos

dignais olhar, não vos espanteis se virdes um levantamento cair sobre vós e sobre as

máquinas, de tal modo sofremos, pobres operários, por nós e pelos nossos filhos."

(Anúncio anônimo afixado nas ruas de Clermont, França, em 1818.)

O tipo de manifestação descrita está relacionado

a) ao movimento anarquista.

b) à constituição dos partidos comunistas.

c) às origens dos partidos liberais.

d) à organização dos partidos socialistas.

e) ao movimento ludista.

61. (Unesp 2003) Dentre as condições determinantes da Revolução Industrial na

Inglaterra, podem ser citadas:

a) a conquista de mercados internos futuros, a acumulação de capitais, a existência de

mercados fornecedores de bens semi-duráveis e a transformação da estrutura

agrária.

b) a conquista de mercados coloniais consumidores, a poupança forçada dos

trabalhadores urbanos, a existência de mercados fornecedores de matérias-primas e

a transformação da estrutura do setor terciário.

c) a conquista de mercados semi-internos, a acumulação de capitais, a existência de

mercados fornecedores de manufaturados e a transformação da estrutura agrária.

d) a conquista de mercados coloniais consumidores, a poupança induzida dos

trabalhadores rurais, a existência de mercados fornecedores de matérias-primas e a

transformação da estrutura de serviços.

e) a conquista de mercados coloniais consumidores, a acumulação de capitais, a

existência de mercados fornecedores de matérias-primas e a transformação da

estrutura agrária.

62. (Unesp 2006) Leia os dois textos seguintes.

Page 32: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

32

"No Ocidente Medieval, a unidade de trabalho é o dia (...) definido pela referência

mutável ao tempo natural, do levantar ao pôr-do-sol. (...) O tempo do trabalho é o tempo

de uma economia ainda dominada pelos ritmos agrários, sem pressas, sem preocupações

de exatidão, sem inquietações de produtividade".

(GOFF, Jacques Le. O tempo de trabalho na 'crise' do século XIV.)

"Na verdade não havia horas regulares: patrões e administradores faziam conosco o

que queriam. Normalmente, os relógios das fábricas eram adiantados pela manhã e

atrasados à tarde e em lugar de serem instrumentos de medida do tempo eram utilizados

para o engano e a opressão."

(Anônimo. "Capítulos na vida de um menino operário de Dundee", 1887.)

Entre as razões para as diferentes organizações do tempo do trabalho, pode-se citar:

a) a predominância no campo de uma relação próxima entre empregadores e

assalariados, uma vez que as atividades agrárias eram regidas pelos ritmos da

natureza.

b) o impacto do aparecimento dos relógios mecânicos, que permitiram racionalizar o dia

de trabalho, que passa a ser calculado em horas no campo e na cidade.

c) as mudanças trazidas pela organização industrial da produção, que originou uma

nova disciplina e percepção do tempo, regida pela lógica da produtividade.

d) o conflito entre a Igreja Católica, que condenava os lucros obtidos a partir da

exploração do trabalhador, e os industriais, que aumentavam as jornadas.

e) a luta entre a nobreza, que defendia os direitos dos camponeses sobre as terras, e a

burguesia, que defendia o êxodo rural e a industrialização.

63. (Unifesp 2002) Sobre a Revolução Industrial, do final do século XVIII, é correto afirmar

que:

a) surge do desenvolvimento científico estimulado pelo governo inglês e ao qual o

capitalismo só recorre depois de comprovadas suas vantagens econômicas.

b) prepara o desenvolvimento do capitalismo, o qual só iria, contudo, se tornar um

sistema econômico estável depois de superada a etapa imperialista.

c) gera o aparecimento do capitalismo, o qual só pode existir com o sistema

manufatureiro, única forma que permite o trabalho assalariado.

d) resulta da utilização da política econômica de livre câmbio adotada pelo governo

inglês, com base nas teses a favor do capitalismo do economista Adam Smith.

e) decorre do desenvolvimento do capitalismo e dá a este, com a produção fabril, os

meios tecnológicos para se tornar um sistema economicamente dominante.

64. (Fatec 2007) O movimento ludita e o cartismo foram respectivamente:

Page 33: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

33

a) uma reação de defesa dos trabalhadores franceses que foram aprisionados pelos

alemães na guerra franco-prussiana; e uma ação pacífica em defesa dos

trabalhadores irlandeses explorados pelos ingleses.

b) uma reação da camada operária inglesa, quebrando máquinas, pois as identificavam

como causadoras de desemprego; e uma das primeiras tentativas de organização da

classe operária por meio de reivindicações contidas na "Carta do Povo".

c) um movimento operário inglês, que reivindicava melhores condições de trabalho por

meio da introdução de máquinas; e um movimento operário que defendia um governo

socialista.

d) uma ação isolada de trabalhadores ingleses que, influenciados por Karl Marx,

reivindicavam a introdução das máquinas; e um movimento de trabalhadores

escoceses que defendiam o fim da servidão em seu território.

e) um movimento, liderado por Willian Ludd, que defendia melhores condições de

trabalho; e uma reação liderada por Lord Strangford em defesa de 8 horas de

trabalho, por meio da "Carta do Povo".

65. (Fatec 2007) A reação operária aos efeitos da Revolução Industrial fez surgirem

críticos ao progresso industrial, os quais propunham reformulações sociais e a

construção de um mundo mais justo – os teóricos socialistas.

Sabe-se que:

a) Pierre Joseph Proudhon propunha a formação de uma sociedade em que não haveria

ociosos nem a exploração do homem pelo homem.

b) Robert Owen tornou-se o líder do anarquismo terrorista ao apontar a violência como a

única forma de alcançar uma sociedade sem Estado e sem desigualdade.

c) Friederich Engels acreditava ser possível reorganizar a sociedade com a criação dos

falanstérios, fazendas coletivistas agroindustriais.

d) Charles Fourier implantou na Escócia uma comunidade de alto padrão e de igualdade

absoluta; contudo, suas críticas à propriedade e à religião o forçaram a abandonar a

Grã-Bretanha.

e) Karl Marx considerava inevitável a ação política do operariado, a Revolução

Socialista, que inauguraria a construção de uma nova sociedade.

Page 34: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

34

Revolução Francesa

66. (Uerj 2008) De um modo geral, observa-se como numa sociedade a intervenção dos

detentores do poder no controle do tempo é um elemento essencial (...). Depositário dos

acontecimentos, lugar das ocasiões místicas, o quadro temporal adquire um interesse

particular para quem quer que seja, deus, herói ou chefe, que queira triunfar, reinar,

fundar.

(JACQUES LE GOFF - Adaptado de "Memória-História". Lisboa: Imprensa Nacional;

Casa da Moeda, 1984.)

Diversas experiências políticas contemporâneas alteraram as representações do tempo

histórico, na forma como são mencionadas no texto.

Uma ação política que exemplifica essa intervenção no controle do tempo, e que resultou

na implantação de um novo calendário, ocorreu no contexto da revolução denominada:

a) Cubana

b) Francesa

c) Mexicana

d) Americana

e) Chinesa

67. (Enem 2004) Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa

podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra "restaurante".

Desde o final da Idade Média, a palavra 'restaurant' designava caldos ricos, com

carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local

onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores.

Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos

'restaurateurs', que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e

servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas

limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões,

refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria.

Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da

palavra restaurante com o sentido atual.

A mudança do significado da palavra restaurante ilustra:

a) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da

nobreza.

b) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores

da nobreza.

Page 35: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

35

c) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da

burguesia.

d) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens

remontam à Idade Média.

e) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo

igualitária.

68. (Fatec 99) A Revolução Francesa foi o modelo clássico de revolução burguesa. No

plano político, alçou a burguesia ao poder; pela profundidade das transformações que

causou e pela extensão de sua influência, tornou-se o marco divisório entre o fim da

Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea.

A Revolução Francesa significou:

a) o fim do Antigo Regime, a eliminação das práticas feudais e a criação de instituições

impulsionadoras do capitalismo.

b) o fim do Antigo Regime, a manutenção de algumas práticas feudais e da sociedade

baseada nos três estados, a criação de instituições impulsionadoras do capitalismo.

c) o fim do Antigo Regime, a manutenção dos privilégios da nobreza e a criação de

instituições impulsionadoras do feudalismo.

d) a manutenção do Antigo Regime, a eliminação de algumas práticas feudais e a

criação de instituições impulsionadoras do capitalismo.

e) o fim do Antigo Regime, a eliminação das práticas feudais, a criação de instituições

impulsionadoras do capitalismo e a manutenção do clero e da nobreza como camadas

sociais dominantes.

69. (Fatec 2006) Nas diversas etapas da Revolução Francesa, a Constituição Civil do

Clero, a execução de Luís XVI e o fim da rebelião da Vendéia ocorreram,

respectivamente:

a) durante o Terror Jacobino, à época de Napoleão Bonaparte e no período da

Monarquia Constitucional.

b) durante o Consulado, à época do Terror Jacobino e no período da Convenção

Thermidoriana.

c) durante a Monarquia Constitucional, à época da Convenção e no período de

funcionamento do Diretório.

d) durante o Terror Jacobino, à época da Monarquia Constitucional e no período de

Napoleão Bonaparte.

e) Durante a convenção thermidoriana, à época de Napoleão Bonaparte e no período da

Monarquia Constitucional.

70. (Fatec 2008) "Artigo 6 – A lei é a expressão da vontade geral; todos os cidadãos têm

o direito de concorrer, pessoalmente ou por seus representantes, à sua formação; ela

Page 36: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

36

deve ser a mesma para todos, seja protegendo, seja punindo. Todos os cidadãos,

sendo iguais a seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares

e empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outras distinções que as de

suas virtudes e de seus talentos."

("Declaração dos direitos do homem e do cidadão", 26 de agosto de 1789.)

O artigo acima estava diretamente relacionado aos ideais:

a) socialistas que fizeram parte da Revolução Mexicana.

b) capitalistas que fizeram parte da Independência dos EUA.

c) comunistas que fizeram parte da Revolução Russa.

d) iluministas que fizeram parte da Revolução Francesa.

e) anarquistas que fizeram parte da Inconfidência Mineira.

71. (Fuvest 2000) Há controvérsias entre historiadores sobre o caráter das duas grandes

revoluções do mundo contemporâneo, a Francesa de 1789 e a Russa de 1917; no

entanto, existe consenso sobre o fato de que ambas

a) fracassaram, uma vez que, depois de Napoleão, a França voltou ao feudalismo com

os Bourbons e a União Soviética, depois de Gorbatchev, ao capitalismo.

b) geraram resultados diferentes as intenções revolucionárias, pois tanto a burguesia

francesa quanto a russa eram contrárias a todo tipo de governo autoritário.

c) puseram em prática os ideais que as inspiraram, de liberdade e igualdade e de

abolição das classes e do Estado.

d) efetivaram mudanças profundas que resultaram na superação do capitalismo na

França e do feudalismo na Rússia.

e) foram marcos políticos e ideológicos, inspirando, a primeira, as revoluções até 1917, e

a segunda, os movimentos socialistas até a década de 1970.

72. (Fuvest 2005) A "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão", votada pela

Assembléia Nacional Constituinte francesa, em 26 de agosto de 1789, visava

a) romper com a Declaração de Independência dos Estados Unidos, por esta não ter

negado a escravidão.

b) recuperar os ideais cristãos de liberdade e igualdade, surgidos na época medieval e

esquecidos na moderna.

c) estimular todos os povos a se revoltarem contra seus governos, para acabar com a

desigualdade social.

d) assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo, iriam fundar a nova constituição

francesa.

e) pôr em prática o princípio: a todos, segundo suas necessidades, a cada um, de

acordo com sua capacidade.

73. (Puccamp 2002) Observe os detalhes da caricatura.

Page 37: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

37

(MELLO, Leonel ltaussu A.; COSTA, Luís César Amad. História

moderna e contemporânea. São Paulo: Scipione, 1994. p. 360.)

A caricatura retrata o jogo das relações entre os três estados que existiam na França

antes da Revolução de 1789. A imagem da caricatura representa a:

a) aliança da burguesia e da nobreza para combater os membros do clero.

b) convergência de interesses políticos do clero, da nobreza e do povo.

c) luta pela liberdade desencadeada pelos membros do clero e da nobreza.

d) queda dos membros do clero e a ascensão da alta burguesia e da nobreza.

e) exploração dos camponeses pelas classes privilegiadas.

74. (Unesp 2006) "... a Revolução de 1789 não fez nada pelo operário: o camponês

ganhou a terra, o operário está mais infeliz que outrora e os monarquistas têm razão

quando afirmam que as antigas Corporações [de Ofício] protegiam melhor o

trabalhador do que o regime atual."

("Jornal Le Matin", 7 de março de 1885.)

Com tal declaração, o escritor francês Émile Zola fazia um balanço dos efeitos sociais

da Revolução de 1789, referindo-se

a) aos confiscos dos bens dos nobres franceses emigrados e à política liberal

implementada pelo Estado.

b) à baixa participação dos trabalhadores urbanos nas lutas sociais na França do final do

século XIX.

c) ao apoio dos operários ao projeto de Restauração do absolutismo francês, como

garantia de melhoria social.

d) à liderança política dos camponeses franceses nas revoluções socialistas e

comunistas do século XIX.

e) à política de bem-estar social instituída pelo Partido Social Democrata francês ao

longo do século XIX.

Page 38: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

38

75. (Unesp 2007) Observe a gravura, produzida na época da Revolução Francesa de

1789.

Pode-se afirmar que os personagens da gravura representam:

a) o ideal que caracterizava o estado Absolutista, segundo o qual o poder do monarca

não conhecia limites.

b) os interesses da nobreza que, em aliança com a Igreja e os trabalhadores urbanos,

assegurou os privilégios feudais.

c) a exploração do terceiro estado pelo clero e pela nobreza, cuja contestação

desencadeou o processo revolucionário.

d) a insegurança durante a fase do Terror jacobino, que ocasionou o êxodo da

população civil para o campo, em busca de proteção.

e) a tentativa de unir a sociedade francesa para superar as dificuldades econômicas

enfrentadas nas vésperas da revolução.

76. (Unifesp 2007) No preâmbulo da Constituição francesa de 1791 lê-se:

"Não há mais nobreza, nem distinções hereditárias, nem distinções de Ordens, nem

regime feudal (...) Não há mais nem venalidade, nem hereditariedade de qualquer

ofício público; não há mais para qualquer porção da Nação, nem para qualquer

indivíduo qualquer privilégio nem exceção..."

Do texto depreende-se que, na França do Antigo Regime, as pessoas careciam de

a) igualdade jurídica.

b) direitos de herança.

c) liberdade de movimento.

d) privilégios coletivos.

e) garantias de propriedade.

77. (UEL 2006) "Revolução é sempre um tema fascinante. Comumente vem impregnado

dos ideais de liberdade e igualdade que, através dos tempos, acalentam gerações e

permanecem presentes no ideário das sociedades, tendo a possibilidade de se

cristalizarem em algum momento da história. No processo de construção de uma

revolução sobressaem personagens que passam a povoar o imaginário social e

Page 39: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

39

tendem a serem tomados como modelos, porquanto o seu agir parece converter a

utopia em realidade. São portadores do sonho: representam a universalidade

daqueles ideais, tentando forjá-los no cotidiano, nem sempre harmonioso, dos

confrontos revolucionários."

(SAINT-JUST, Louis Antoine Leon. O Espírito da Revolução e da

Constituição na França. São Paulo: UNESP, 1989. p. 9.)

Sobre a Revolução Francesa de 1789, é correto afirmar que defendia:

a) A soberania da aristocracia da França com base no sistema eleitoral censitário.

b) As instituições democráticas para a renovação da monarquia.

c) Ações revolucionárias para a consecução de um ideário da nobreza.

d) Os ideais anarquistas que, posteriormente, foram amplamente disseminados pelo

mundo.

e) Valores universais visando construir uma sociedade mais justa e igualitária.

78. (UFPEL 2005) A busca por uma sociedade mais justa tem, como elemento

fundamental, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

"Art. 1° - Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos; as distinções

sociais não podem ser fundadas senão na utilidade comum.

Art. 2° - O objetivo de toda associação política é a conservação de todos os direitos

naturais imprescritíveis do homem; estes direitos são a liberdade, a propriedade, a

segurança e a resistência à opressão.

(...) Art. 17 ° - A propriedade, sendo um direito inviolável, e sagrado, ninguém pode

ser dela privado senão quando a necessidade pública, legalmente constatada, o exija

evidentemente, e sob a condição de uma justa e prévia indenização."

Esse documento foi produzido durante a:

a) Revolução Gloriosa, tendo promovido a ascensão da burguesia, com o fim dos privilégios feudais.

b) Declaração de Independência dos Estados Unidos, que pôs fim ao colonialismo inglês.

c) Declaração de Independência dos Estados Unidos, servindo de base para todas as constituições democráticas contemporâneas.

d) Revolução Francesa, tendo favorecido o fortalecimento da burguesia, substituindo os privilégios de nascimento pelos da riqueza.

e) Revolução Francesa, na fase da Convenção Nacional, tendo terminado com qualquer tipo de discriminação social ou de gênero.

79. (UFPR 2008) "O Jacobinismo transpôs a linha diante da qual hesitavam os

constituintes. (...) Colocou-se no lugar de uma liberdade negativa que não atribui ao homem qualquer objetivo, uma liberdade dependente da ação virtuosa. Colocou-se no lugar da livre associação dos indivíduos independentes, anteriormente a qualquer

Page 40: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

40

sociedade, uma cadeia social que em toda parte e sempre manifestava sua preeminência sobre as individualidades. Em lugar da liberdade dos modernos, colocou-se a liberdade militante e mobilizada dos antigos. Nesse ponto naufragou o individualismo dos direitos do homem. É preciso reconhecer a coerência dos Jacobinos. Embora tenham continuado a evocar a liberdade em fórmulas paradoxais e exaltadas (o "despotismo da liberdade"), não camuflaram o reino do extraordinário. Opuseram a liberdade da Constituição à liberdade da Revolução: ‘A Constituição, disse Saint-Just, é o reino da liberdade vitoriosa e pacífica. A Revolução consiste na guerra da liberdade contra os seus inimigos’."

(OZOUF, Mona. Liberdade. In: OZOUF, M. & FURET, François. Dicionário crítico da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 784-785.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que estiveram em jogo no episódio da Revolução Francesa dois conceitos de liberdade:

a) aquele que se fundava no direito natural e se opunha à ordem aristocrática do Antigo Regime e aquele que se fundava na idéia de um contrato social que, por meio da vontade geral, regularia o estado civil.

b) o dos antigos, que definia liberdade como ausência de coerção, e o dos modernos, que a definia como vontade positiva; o segundo postulava uma representação objetiva da felicidade humana, e o primeiro não contemplava qualquer representação de tal felicidade.

c) um deles de concepção aristotélica, que subordinava os objetivos morais à liberdade, e o outro que submetia a vida humana à finalidade virtuosa e justificava, por antecipação, as restrições impostas à liberdade.

d) as liberdades no plural – franquias e privilégios – dos modernos em oposição à liberdade absoluta, isto é, a garantia da liberdade individual vigente no Antigo Regime em oposição ao aniquilamento dessas liberdades em favor do bem-estar coletivo preconizado pelos evolucionários.

e) a "liberdade francesa", que se define pela supressão da necessidade de igualdade, e a "liberdade inglesa", fundada na idéia de que os indivíduos apresentam uma mesma solução se confrontados com os termos de um mesmo problema político.

80. (UFRRJ 2006) "Prossigo: mil vozes servem de arauto para a novidade (...) 'A Bastilha

foi tomada' (...). Não acreditei e fui ver o cerco de perto (...) No meio da 'Greve'

encontro um corpo sem cabeça estendido no meio do riacho, rodeado por cinco ou

seis indiferentes. Faço perguntas (...) É o governador da Bastilha."

(BRETONNE, Restil de la. As Noites Revolucionárias, São Paulo: Estação Liberdade,

1989. p. 58.)

O episódio narrado marca o início de um dos momentos políticos mais importantes da

história européia, a Revolução Francesa. A tomada e destruição da fortaleza da

Bastilha explicita

a) o momento de maior radicalidade da Revolução, quando as camadas populares

rompem com a liderança burguesa e assumem o poder em Paris.

Page 41: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

41

b) a derrubada de Luís XVI e a proclamação da República francesa baseada na Razão e

na Justiça, sob influência do pensamento de Voltaire.

c) a consolidação do poder do grupo jacobino, tendo à frente Robespierre, sustentado

pela mobilização radicalizada dos "sans-culottes".

d) a chegada ao poder político do general Napoleão Bonaparte, que, como primeiro

cônsul, será fundamental na consolidação do novo poder.

e) o levante popular sob direção burguesa contra um dos maiores símbolos da opressão

política do Absolutismo.

Período Napoleônico a Primavera dos Povos

81. (UERJ 2004) Madame Clementiny, novamente chegada a esta Cidade, tendo dirigido

em França por espaço de dez anos uma casa de educação de meninas, propõe-se a

dar lições de música vocal, harpa, de piano e de língua francesa.

(Gazeta do Rio de Janeiro, 06/08/1817.)

A partir dos anos que se seguiram a 1815, o fato de ser francês, como se verifica no

anúncio acima, tornou-se um chamativo para o público no Brasil. No entanto, em anos

anteriores, os franceses, para oferecerem seus serviços, deviam justificar a sua

presença como pessoas respeitáveis por seus vastos conhecimentos e retidão.

O conjunto de fatores relacionados à conjuntura política européia que explica esta

mudança de hábitos, na vida cotidiana do Rio de Janeiro, é:

a) o fim da época do Terror, com a conseqüente derrota dos exércitos franceses na

Europa.

b) o início da monarquia burguesa de Luís Felipe, com a adoção de uma Carta

Constitucional.

c) a derrota dos exércitos napoleônicos, com a conseqüente restauração dos Bourbons

na França.

d) o término da Revolução Francesa, com o advento do governo autoritário de Napoleão

Bonaparte.

82. (Ufes 99) "A Revolução Francesa dominou a história, a própria linguagem e o

simbolismo da política ocidental, desde sua irrupção até o período que se seguiu à

Primeira Grande Guerra Mundial."

Do texto anterior, de Eric Hobsbawm, pode-se inferir ter sido a Revolução Francesa

um dos processos mais importantes do século XVIII. Entre os acontecimentos que a

marcaram, destaca-se o golpe de 18 Brumário de 1799, pelo qual

a) a burguesia girondina reassumiu o poder, retomando o controle da Revolução.

b) Napoleão Bonaparte assumiu o poder, na condição de Primeiro Cônsul.

c) se instalou a Ditadura Montanhesa, sob a liderança de Robespierre.

Page 42: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

42

d) se instalou o Regime do Terror, com a aprovação da Lei dos Suspeitos.

e) foi proclamada a República, após a vitória salvadora de Valmy.

83. (Fatec 98) A obra política de Napoleão Bonaparte pode ser considerada como

a) um complemento às realizações da Revolução, com o apoio da burguesia francesa.

b) uma tentativa de promover uma revolução industrial na França, seguindo o exemplo

inglês; suas bases estariam contidas no Código Civil francês.

c) uma obra de centralização administrativa, pelo fato de ter colocado seus irmãos como

chefes de governo em vários países da Europa.

d) uma política de alianças, após as vitórias militares contra os prussianos, os austríacos

e os russos, para conseguir o domínio absoluto de toda a Europa.

e) uma reação ao processo desenvolvido durante o período da Revolução Francesa, em

conseqüência da inflação, do período do Terror e da incapacidade administrativa.

84. (PUC-RIO 2008) Como general, cônsul e, depois, imperador, Napoleão Bonaparte

transformou a França de um país sitiado numa potência expansionista com influência

em todo o continente europeu. No entanto, a expansão francesa com seus ideais

burgueses encontrou muitas resistências, principalmente entre as nações dominadas

por setores aristocráticos.

Assinale a opção que identifica corretamente uma ação implementada pelo governo

napoleônico.

a) O estabelecimento do catolicismo cristão e romano como religião de estado.

b) A descentralização das atividades econômicas, o que permitia que as economias

locais prosperassem sem o pagamento de impostos.

c) A adoção do Código Civil, que garantia a liberdade individual, a igualdade perante a

lei e o direito à propriedade privada.

d) O estímulo, por parte das leis francesas, à criação de sindicatos de trabalhadores,

livres da influência do Estado.

e) A estatização de toda a propriedade agrícola, comercial e industrial nas regiões

dominadas pelo exército napoleônico.

85. (UFC 2006) Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma realização de

Napoleão Bonaparte, que representou uma consolidação das idéias da Revolução

Francesa.

a) O impedimento do retorno do uso de títulos de nobreza, reivindicado pelos seus

generais e pela burguesia francesa, que desejava tornar-se a nova elite do país.

b) A criação do Código Civil, inspirado no direito romano e nas leis do período

revolucionário, que, na sua essência, vigora até hoje na França.

c) A abolição da escravidão nas colônias francesas, reafirmando o princípio da liberdade

presente na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

d) A realização de uma reforma agrária, prometida, mas não efetivada, pelos jacobinos,

o que garantiu a popularidade de Napoleão entre os camponeses.

Page 43: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

43

e) A criação da Constituição Civil do Clero, que proibiu toda forma de culto religioso no

território francês.

86. (UFMG 2004) Leia este texto:

Antes, Napoleão havia levado o Grande Exército à conquista da Europa. Se nada

sobrou do império continental que ele sonhou fundar, todavia ele aniquilou o Antigo

Regime, por toda parte onde encontrou tempo para fazê-lo; por isso, também, seu reinado

prolongou a Revolução, e ele foi o soldado desta, como seus inimigos jamais cessaram

de proclamar.

(LEFEBVRE, Georges. A Revolução Francesa. São Paulo: IBRASA, 1966. p. 573.)

Tendo em vista a expansão dos ideais revolucionários proporcionada pelas guerras

conduzidas por Bonaparte, é CORRETO afirmar que:

a) os governos sob influência de Napoleão investiram no fortalecimento das corporações

de ofício e dos monopólios.

b) as transformações provocadas pelas conquistas napoleônicas implicaram o

fortalecimento das formas de trabalho compulsório.

c) Napoleão, em todas as regiões conquistadas, derrubou o sistema monárquico e

implantou repúblicas.

d) o domínio napoleônico levou a uma redefinição do mapa europeu, pois fundiu

pequenos territórios, antes autônomos, e criou, assim, Estados maiores.

87. (UFRRJ 2000)

As ordens de Napoleão: soldados franceses queimando importações britânicas em 1810.

(HENDERSON, W. O. A revolução Industrial: São Paulo, Verbo/EDUSP, 1979. p. 27.)

A explicação para o quadro anterior está:

a) na repulsa da população francesa aos produtos ingleses vendidos na Europa

Continental, em geral muito caros e de péssima qualidade.

b) no protesto de operários franceses contra o desemprego causado na Inglaterra pela

introdução de máquinas no processo produtivo (início da chamada "Revolução

Industrial').

Page 44: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

44

c) na disputa, até militar, entre uma Inglaterra já em acelerado estado de industrialização

e uma França que busca o mesmo intento, abrindo concorrência ao produto inglês.

d) na tentativa francesa de evitar que matérias-primas mais baratas, oriundas da

Inglaterra, arruinassem os produtos franceses.

e) na revolta dos franceses contra o apoio dado pela monarquia inglesa à Família Real

portuguesa quando esta decidiu retornar à Europa, após sua estada no Brasil.

88. (UFRS 2004) Por volta de 1811, o Império napoleônico atingiu o seu apogeu. Direta

ou indiretamente, Napoleão dominou mais da metade do continente europeu. Tal

conjuntura, no entanto, reforçou os sentimentos nacionalistas da população dessas

regiões. A idéia de nação, inspirada nas próprias concepções francesas, passou a ser

uma arma desses nacionalistas contra Napoleão.

Assinale a afirmação correta, relativa à conjuntura acima delineada.

a) Após o bloqueio continental, em todos os Estados submetidos à dominação

napoleônica, os operários e os camponeses, beneficiados pela prosperidade

econômica, atuaram na defesa de Napoleão contra o nacionalismo das elites locais.

b) A Inglaterra, procurando manter-se longe dos problemas do continente, isolou-se e

não interveio nos conflitos desencadeados pelos anseios de Napoleão de construir

um Império.

c) A Espanha, vinculada à França pela dinastia dos Bourbon desde o século XVIII, não

reagiu à dominação francesa. Em nome do respeito às suas tradições e ao seu

nacionalismo, a Espanha aceitou a soberania estrangeira imposta por Napoleão.

d) Em 1812, Napoleão estabeleceu sólida aliança com o Papa, provocando a adesão

generalizada dos católicos. Temporariamente, os surtos nacionalistas foram

controlados, o que o levou a garantir suas progressivas vitórias na Rússia.

e) Herdeira da Filosofia das Luzes, a idéia de nação, tal como difundida na França,

fundou-se sobre uma concepção universalista do homem e de seus direitos naturais.

Essa concepção, porém, pressupunha o princípio do direito dos povos de dispor sobre

si mesmos.

89. (UFU 2007) A chamada "Era Napoleônica" (1799-1814) foi uma época marcada por

grandes conflitos bélicos na Europa. Sobre esse momento e suas repercussões na

história do continente americano, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A necessidade financeira decorrente dos custos militares levou Napoleão Bonaparte a

vender territórios coloniais franceses na América do Norte. Nesse contexto, o vasto

território da Louisiana foi incorporado aos EUA.

b) O envolvimento da França em conflitos bélicos contra quase toda Europa favoreceu a

perda de colônias francesas na América. A independência do Haiti e a ocupação da

Guiana Francesa pelos portugueses são exemplos disso.

c) Durante o apogeu do Império Napoleônico, a Espanha tornou-se politicamente

dependente da França. Essa situação favoreceu anseios autonomistas na América

espanhola e levou a Inglaterra a apoiar movimentos de independência.

Page 45: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

45

d) Com o "bloqueio continental", a Inglaterra teve seus interesses comerciais na América

seriamente prejudicados. Nesse contexto, os britânicos invadiram a Argentina em

1806 e a controlaram até 1815, quando o Congresso de Viena decretou sua

independência.

90. (Unesp 2005) Durante o império de Napoleão Bonaparte (1804-1814), foi instituído um

Catecismo, que orientava a relação dos indivíduos com o Estado.

“O cristão deve aos príncipes que o governam, e nós devemos particularmente a

Napoleão 1º, nosso imperador, amor, respeito, obediência, fidelidade, serviço militar,

os impostos exigidos para a conservação e defesa do império e de seu trono; nós lhe

devemos ainda orações fervorosas pela sua salvação, e pela prosperidade espiritual e

material do Estado.”

(Catecismo Imperial de 1806.)

O conteúdo do Catecismo contradiz o princípio político da cidadania estabelecido pela

Revolução de 1789, porque

a) o cidadão participa diretamente das decisões, sem representantes políticos e

comandantes militares.

b) a cobrança de impostos pelo Estado impede que o cidadão tenha consciência de seus

direitos.

c) a cidadania e a democracia são incompatíveis com as formas políticas da monarquia

e do império.

d) o cidadão foi forçado, sob o bonapartismo, a romper com o cristianismo e o papado.

e) o cidadão reconhece os poderes estabelecidos por ele e obedientes a leis.

91. (Fuvest 98) O Tratado de Viena, assinado em 1815 tinha por principal objetivo:

a) estabelecer uma paz duradoura na Europa, que impedisse as guerras e revoluções,

consolidando o princípio da legitimidade monárquica.

b) ratificar a supremacia da Prússia, no contexto político da Europa ocidental, para

garantir triunfo de uma onda contra-revolucionária.

c) assegurar ao Império Austro-Húngaro o controle da Europa continental, assim como

da Inglaterra, a fim de impedir a expansão da Rússia.

d) impedir a ascensão da classe média ao poder, que iniciara uma série de revoluções

em vários países da Europa Ocidental.

e) criar um sistema repressivo capaz de conter as primeiras vagas do movimento

socialista na Europa, por meio da exclusão da influência da França.

Page 46: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

46

92. (UFC 2008) Entre 1792 e 1815, a Europa esteve em guerra quase permanente. No

final, os exércitos napoleônicos foram derrotados. Em seguida, as potências

vencedoras, Rússia, Prússia, Grã-Bretanha e Áustria, conjuntamente com a França,

reuniram-se no Congresso de Viena, que teve como conseqüência política a formação

da Santa Aliança. A partir do comentário acima, marque a alternativa que contenha

duas decisões geopolíticas aprovadas pelo citado Congresso:

a) defesa do liberalismo e auxílio aos movimentos socialistas na Europa.

b) restabelecimento das fronteiras anteriores a 1789 e isolamento da França do cenário

político europeu.

c) valorização das aristocracias em toda a Europa continental e ascensão dos girondinos

no governo da França a partir de 1815.

d) reentronização das casas reais destituídas pelos exércitos napoleônicos e criação de

um pacto político de equilíbrio entre as potências européias.

e) apoio aos movimentos republicanos e concentração de poderes na coroa britânica,

permitindo a esta a utilização da sua marinha de guerra como instrumento contra-

revolucionário.

93. (Unesp 89) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o Mundo Contemporâneo:

a) A Unificação Alemã, realizada por Bismarck, deu origem a uma questão, solucionada

pelo Tratado de Latrão (1929), que criou o Estado do Vaticano.

b) A queda de Napoleão (1815) acarretou a reação absolutista na Europa corporificada

no Congresso de Viena.

c) A Santa Aliança foi um pacto conservador de oposição aos movimentos liberais.

d) Por meio da Encíclica "Rerum Novarum", a Igreja procurou conciliar capital e trabalho.

e) A imposição de José Bonaparte como rei da Espanha provocou uma insurreição que

repercutiu na América.

94. (UEL 2001) A respeito da revolução de 1848 na Europa, é correto afirmar:

a) Restringiu-se a Paris e às pequenas cidades periféricas.

b) Contou com uma reduzida participação do proletariado.

c) Caracterizou-se pela disputa entre liberais, nacionalistas e socialistas.

d) Foi marcada pelo radicalismo dos camponeses republicanos.

e) Nela, os revolucionários defendiam a continuidade da monarquia e de Luiz Filipe à

frente do Governo.

Page 47: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

47

95. (UFRRJ 2003) Leia o texto abaixo.

"As revoluções de 1848 (...) tiveram muito em comum, não apenas pelo fato de terem

ocorrido quase simultaneamente, mas também porque seus destinos estavam cruzados,

todas possuíam um estilo e sentimento comuns, uma atmosfera curiosamente romântico-

utópica e uma retórica similar, (...) Era a 'primavera dos povos' – e, como primavera, não

durou."

(HOBSBAWM, Eric J. A Era do capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 33.)

A chamada "Primavera dos Povos", por sua amplitude e radicalidade, apresentou-se

como uma enorme esperança de mudanças políticas e sociais no continente europeu

e até fora dele (influência na Revolução Praieira em Pernambuco). A opção que

caracteriza corretamente um dos movimentos revolucionários daquele período é:

a) Em 1848, a rebelião popular em Viena não conseguiu depor o ministro Metternich,

dado o apoio do Império Russo ao governo conservador.

b) Na França, a partir da Revolução de Fevereiro, formou-se um governo com a

participação de socialistas, responsável pela criação das Oficinas Nacionais.

c) Influenciada pela rebelião ocorrida em Viena, a Lombardia-Veneza rebelou-se contra

os austríacos, com sucesso, tornando-se o centro do processo de unificação italiana.

d) Como resistência à invasão prussiana, operários franceses tomaram as ruas e

ocuparam as prefeituras das cidades, gerando o movimento da Comuna da Paris,

primeiro governo socialista vitorioso da história da humanidade.

e) Na França, a classe média com o apoio dos camponeses pequenos-proprietários se

rebelou contra Luís Bonaparte, que, apoiado pela burguesia, deu golpe de Estado e

implantou uma ditadura.

96. (UFRS 2000) O ciclo das revoluções européias de 1848 deu origem a vários

acontecimentos. Analise os itens abaixo.

I- Fim do reinado de Luís Felipe na França e início da II República.

II- Destruição do sistema conservador da restauração imposto sob a liderança de

Metternich no Congresso de Viena.

III- Revoltas nas províncias brasileiras durante a época da Regência.

Quais deles contêm acontecimentos históricos que tiveram origem no citado ciclo?

a) Apenas III.

b) Apenas I e II.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

Page 48: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

48

97. (UFRS 2001) Em 1830, o rei Carlos X, líder dos ultra-realistas da França, desfechou

um golpe com a intenção de restaurar o absolutismo, o que resultou nas jornadas

gloriosas de julho, em Paris, que tiveram como conseqüência a:

a) proclamação da República, em que se destacou Luiz Bonaparte, que organizou o

Partido da Ordem.

b) liquidação do absolutismo dos Bourbons e a instalação de uma monarquia liberal sob

o governo de Luiz Felipe de Orleans.

c) instauração do governo do comitê de salvação pública e a declaração de guerra à

Santa Aliança.

d) conquista do México para desviar a tensão política interna e restaurar o prestígio dos

Bourbons.

e) enunciação da Doutrina Monroe, prevendo a conquista do Oeste dos Estados Unidos

pela província francesa do Quebec.

98. (UFV 2001) “Tão logo pisei na rua, pela primeira vez respirei o ar das revoluções: o

meio da via pública estava deserto, as lojas não estavam abertas (...). As barricadas

estavam sendo construídas com arte e por um número pequeno de homens, que

trabalhavam com muito cuidado. Não agiam como culpados, perseguidos pelo medo

de serem flagrados em delito, mas com o aspecto de bons operários que querem

completar o trabalho rapidamente e da melhor forma (...). Somente o povo portava

armas, guardava os locais públicos, vigiava, comandava, punia. Era uma coisa

extraordinária e terrível ver, nas mãos unicamente dos que nada tinham, toda aquela

imensa cidade, cheia de tantas riquezas, ou melhor, aquela grande nação, porque,

graças à centralização, quem reina em Paris comanda a França. E, assim, foi imenso

o terror de todas as demais classes.”

O texto refere-se aos movimentos democráticos de 1848 na Europa, a respeito dos

quais podemos afirmar CORRETAMENTE que:

a) constituíram-se numa série de revoltas às quais se juntavam trabalhadores e

burgueses contra o Antigo Regime.

b) tiveram pouco significado histórico porque, além de sua curta duração, ficaram

restritos à França.

c) foram um conjunto de revoltas de iniciativa exclusivamente popular, contra o Golpe do

18 Brumário de Napoleão Bonaparte.

d) compuseram uma série de movimentos que eclodiram em toda a Europa, cuja

reivindicação principal era mudar a forma de governo de autocrática para

democrática.

e) significaram revoluções autênticas, de inspiração socialista, com ampla mobilização

popular, visando à mudança da ordem social.

Page 49: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

49

99. (Unifesp 2004) O movimento revolucionário de 1848, que abalou, mas não destruiu, a

ordem social vigente na Europa, pode ser caracterizado como um conflito no qual:

a) a burguesia, ou frações desta classe, face ao perigo representado pelo proletariado,

não tomou o poder.

b) o campesinato, em luta encarniçada contra a nobreza, abriu espaço para a burguesia

tomar o poder.

c) a nobreza, diante da ameaça representada pela burguesia, fez concessões ao

proletariado para se manter no poder.

d) o proletariado, embora fosse uma classe já madura e com experiência, ficou a

reboque dos acontecimentos.

e) não houve luta de classes, mas disputas derivadas das tensões e contradições

existentes entre ricos e pobres.

100. (Unifesp 2006) “Signos infalíveis anunciam que, dentro de poucos anos, as questões

das nacionalidades, combinadas com as questões sociais, dominarão sobre todas as

demais no continente europeu.”

(Henri Martin, 1847.)

Tendo em vista o que ocorreu século e meio depois dessa declaração, pode-se

afirmar que o autor:

a) estava desinformado, pois naquele momento tais questões já apareciam como

parcialmente resolvidas em grande parte da Europa.

b) soube identificar, nas linhas de força da história européia, a articulação entre

intelectuais e nacionalismo.

c) foi incapaz de perceber que as forças do antigo regime eram suficientemente flexíveis

para incorporar e anular tais questões.

d) demonstrou sensibilidade ao perceber que aquelas duas questões estavam na ordem

do dia e como tal iriam por muito tempo ficar.

e) exemplificou a impossibilidade de se preverem as tendências da história, tendo em

vista que uma das questões foi logo resolvida.

Page 50: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

50

As ideais socialistas

101. (Fatec) A reação operária aos efeitos da Revolução Industrial fez surgirem críticos ao

progresso industrial, os quais propunham reformulações sociais e a construção de um

mundo mais justo - os teóricos socialistas.

Sabe-se que

a) Pierre Joseph Proudhon propunha a formação de uma sociedade em que não haveria

ociosos nem a exploração do homem pelo homem.

b) Robert Owen tornou-se o líder do anarquismo terrorista ao apontar a violência como a

única forma de alcançar uma sociedade sem Estado e sem desigualdade.

c) Friederich Engels acreditava ser possível reorganizar a sociedade com a criação dos

falanstérios, fazendas coletivistas agroindustriais.

d) Charles Fourier implantou na Escócia uma comunidade de alto padrão e de igualdade

absoluta; contudo, suas críticas à propriedade e à religião o forçaram a abandonar a Grã-

Bretanha.

e) Karl Marx considerava inevitável a ação política do operariado, a Revolução Socialista,

que inauguraria a construção de uma nova sociedade.

102. (Fuvest) "Para mim, o mais absurdo dos costumes vale mais do que a mais justa das

leis. A nossa legislação alemã contenta-se com evocar o espírito atual, notadamente o

espírito francês, mas não faz alusão ao espírito do povo".

Essa frase do alemão William Gerlach, em 1810, exprime uma visão

a) liberal e democrática.

b) romântica e nacionalista.

c) socialista e comunitária.

d) teocrática e tradicionalista.

e) conservadora e realista.

Page 51: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

51

103. (Fuvest) No final do século XIX, a Europa Ocidental torna-se "teatro de atentados

contra as pessoas e contra os bens. Sem poupar os países do Norte... esta agitação afeta

mais a França, a Bélgica e os Estados do Sul... Na Itália e na Espanha, provoca ou

sustenta revoltas camponesas. Numerosos e espetaculares atentados são cometidos

contra soberanos e chefes de governo".

(R. Schnerb, "O Século XIX", 1969.)

O texto trata das ações empreendidas, em geral, por

a) anarquistas.

b) fascistas.

c) comunistas.

d) militaristas.

e) fundamentalistas.

104. (Mackenzie) Os primeiros socialistas, ao formularem profundas críticas ao progresso

industrial, estavam ainda impregnados de valores liberais. Atacando os grandes

proprietários, mas tendo, em geral, muita estima pelos pequenos, esses teóricos

acreditavam que pudesse haver um acordo entre as classes.

(Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo)

Os historiadores acima estão se referindo aos:

a) socialistas científicos.

b) socialistas utópicos.

c) anarquistas.

d) marxistas.

e) socialistas liberais.

Page 52: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

52

105. (Pucsp) "Para nós, a autoridade não é necessária à organização social; ao contrário,

acreditamos que ela é sua parasita, que impede sua evolução e utiliza seu poder em

proveito próprio de uma certa classe que explora e oprime as outras. Enquanto houver

harmonia de interesses em uma coletividade, enquanto ninguém quiser ou puder explorar

os outros, não haverá marcas de autoridade; mas, quando surgirem lutas internas e a

coletividade se dividir em vencedores e vencidos, então a autoridade aparecerá,

autoridade que, naturalmente, estará a serviço dos interesses dos mais fortes e servirá

para confirmar, perpetuar e reforçar sua vitória."

(Enrico Malatesta. Textos escolhidos. Porto Alegre: LPM, 1984, p. 25)

O fragmento acima defende postura

a) humanista: acredita na harmonia entre os homens e opõe-se a qualquer tipo de conflito

social.

b) anarquista: rejeita a necessidade da autoridade e a vê como instrumento de poder e de

dominação.

c) autoritária: concebe a autoridade como natural e exclui qualquer tentativa de utilizá-la

na vida em comunidade.

d) socialista: critica a autoridade exercida pela classe dominante e defende o poder nas

mãos dos trabalhadores.

e) liberal: celebra o valor universal da liberdade e recusa a imposição da vontade de uns

sobre outros.

Unificação Italiana e Alemã

106. (Fgv 2007) Até hoje se sonha com uma sociedade perfeita, justa e harmoniosa -

utópica. No século XIX, o Romantismo produziu muitas utopias, que influenciaram duas

correntes ideológicas diferentes: o socialismo e o nacionalismo. A partir de 1848, tais

idéias passaram para o campo concreto das lutas sociais na Europa. Já nas novas áreas

de domínio colonial, o nascente nacionalismo assumiu o caráter de luta contra a

exploração e a presença estrangeira.

Respectivamente, os movimentos que exemplificam o socialismo, o nacionalismo na

Europa e o nacionalismo contra o domínio europeu são

a) a Comuna de Paris, a unificação da Alemanha e a Revolta dos Boxers.

b) o ludismo, a independência da Grécia e a Guerra dos Cipaios.

c) a Internacional Socialista, a Revolução do Porto e a Guerra do Ópio.

d) a Revolução Praieira, a independência da Bélgica e a Guerra dos Bôeres.

e) o Cartismo, a unificação da Itália e a Revolução Meiji.

Page 53: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

53

107. (Puccamp 96) Na base do processo das unificações italiana e alemã, que alteraram

o quadro político da Europa no século XIX, estavam os movimentos

a) sociais, acentuadamente comunistas.

b) liberais, acentuadamente nacionalistas.

c) iluministas, acentuadamente burgueses.

d) reformistas, acentuadamente religiosos.

e) renascentistas, acentuadamente mercantis.

108. (Uerj 99) Em 1860, um contemporâneo da unificação da Itália afirmou:

"Fizemos a Itália; agora precisamos fazer os italianos."

(D'AZEGLIO, Massimo (1792-1866). Apoud HOBSBAWM, E. "A era do capital: 1848-1875". Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1977.)

Essa frase traduz uma particularidade da construção da unidade italiana, que é

identificada na:

a) divergência entre nacionalismo e nação-estado

b) fusão entre nacionalismo de massa e patriotismo

c) adoção da língua italiana no dia-a-dia da população

d) união entre os interesses dos partidários da Igreja e da República

109. (Unesp 2001) Nas últimas décadas do século XIX, na Europa, dois países ainda

lutavam pela unidade e pela consolidação de um Estado Nacional. Esses países são:

a) França e Itália.

b) França e Alemanha.

c) Itália e Espanha.

d) Alemanha e Itália.

e) Espanha e França.

Page 54: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

54

110. (Unesp 2004) As unificações políticas da Alemanha e da Itália, ocorridas na segunda

metade do século XIX, alteraram o equilíbrio político e social europeu. Entre os

acontecimentos históricos desencadeados pelos processos de unificações, encontram-se

a) a ascensão do bonapartismo na França e o levante operário em Berlim.

b) a aliança da Alemanha com a Inglaterra e a independência da Grécia.

c) o nacionalismo revanchista francês e a oposição do Papa ao Estado italiano.

d) a derrota da Internacional operária e o início da União Européia.

e) o fortalecimento do Império austríaco e a derrota dos fascistas na Itália.

Imperialismo

111. (Fuvest 2003) Tarzan, foto de 1931

Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o mundo, representam

a) o modelo de "bom selvagem" segundo a teoria do filósofo J. Jacques Rousseau.

b) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazi-facismo.

c) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela ideologia do "american

way of life".

d) a superioridade do "homem branco" segundo os defensores da expansão "civilizatória

ocidental".

e) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela cultura grega, a partir do

mito de Ulisses e Penélope.

Page 55: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

55

112. (Pucsp 2006) "Cessara de ser um espaço em branco ou um delicioso mistério - um

retalho sobre o qual um garoto podia sonhar sonhos de glória. Tornara-se um lugar

tenebroso."

Joseph Conrad. "O coração das trevas". Porto Alegre: LPM, 1997, p.13.

A observação anterior, feita por um personagem do romance de Conrad, de 1902, refere-

se à colonização da África por países europeus durante o século XIX. Considerando a

experiência histórica dessa colonização, pode-se dizer que as expressões "espaço em

branco ou um delicioso mistério" e "um lugar tenebroso" podem se referir,

respectivamente, à

a) necessidade de encontrar novas rotas de navegação e à crença de que havia um

abismo no mar.

b) disposição de buscar novas aventuras e às inúmeras doenças, inclusive a AIDS,

encontradas na África.

c) transformação da África numa zona de influência ocidental e à ausência de recursos

minerais no continente.

d) vontade de dominar novos territórios e às ações brutais que envolveram as investidas

européias.

e) perspectiva de ampliar as relações diplomáticas e aos problemas climáticos

enfrentados pelos europeus.

113. (Unesp 2002) Com a publicação do livro do economista inglês Hobson,

"Imperialismo, um estudo", em 1902, difundiu-se o significado moderno da expressão

"imperialismo", que passou a ser entendido como

a) um esforço despendido pelas economias centrais, no sentido de promover as

economias periféricas.

b) a condição prévia e necessária ao incremento do desenvolvimento industrial nos países

capitalistas.

c) um acordo entre as potências capitalistas, visando dividir, de forma pacífica, os

mercados mundiais.

d) a expansão econômica e política em escala mundial das economias capitalistas na fase

monopolista.

e) o "fardo do homem branco", um empreendimento europeu, procurando expandir a

civilização na África.

Page 56: REVISÃO DE HISTÓRIA 1ª FASE · PDF file4 HISTÓRIA MODERNA Formação das Monarquias Européias e Absolutismo 1. (Fuvest 2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos

56

114. (Unesp 2006) "É difícil acreditar na guerra terrível, mas silenciosa, que os seres

orgânicos travam em meio aos bosques serenos e campos risonhos".

("C. Darwin, anotação no Diário de 1839".)

Na segunda metade do século XIX, a doutrina sobre a seleção natural das espécies,

elaborada pelo naturalista inglês Charles Darwin, foi transferida para as relações

humanas, numa situação histórica marcada

a) pela concórdia universal entre povos de diferentes continentes.

b) pela noção de domínio, supremacia e hierarquia racial.

c) pelos tratados favoráveis aos povos colonizados.

d) pelas concepções de unificação européia e de paz armada.

e) pela fundação de instituições destinadas a promover a paz.

115. (Unifesp 2005) "Em meados da década de 1890, em meio à terceira longa depressão

em três décadas sucessivas, difundiu-se na burguesia uma repulsa pelo mercado não

regulamentado, em todos os grandes setores da economia".

O autor (Martin Sklar, 1988) está se referindo à visão dominante entre a burguesia no

momento em que o capitalismo entrava na fase

a) globalizada.

b) competitiva.

c) multinacional.

d) monopolista.

e) keynesiana.