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REVISÃO FINAL TRE-SP Analista Judiciário – Área Judiciária Analista Judiciário – Área Administrativa AUTORES: Danilo da Cunha Sousa, Duda Nogueira, Edem Nápoli, Emannuelle Gouveia, Giovanna Carranza, Jaime Barreiros Neto, Lidiane Coutinho, Luciano Alves Rossato, Paulo Henrique Boldrin, Robnei Stefanes e Rodolfo Gracioli. COORDENAÇÃO Henrique Correia INCLUI Dicas separadas e organizadas por disciplina Esquemas e resumos DISCIPLINAS Gramática e interpretação de texto da lín- gua portuguesa Noções de Informática Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo - TRE-SP Código de Ética do Tribunal Regional Elei- toral de São Paulo - TRE-SP Estatuto da Pessoa com Deficiência Plano Estratégico do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo para o período de 2016-2021 Temas de redação Direito Constitucional Direito Administrativo Direito Eleitoral Direito Civil Direito Processual Civil Direito Penal Direito Processual Penal Administração Pública Administração Financeira e Orçamentária Revisão Final TRE-SP-Correia-1ed.indb 3 04/11/2016 15:40:02

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REVISÃO FINAL

TRE-SPAnalista Judiciário – Área Judiciária

Analista Judiciário – Área Administrativa

AUTORES: Danilo da Cunha Sousa, Duda Nogueira, Edem Nápoli, Emannuelle Gouveia, Giovanna

Carranza, Jaime Barreiros Neto, Lidiane Coutinho, Luciano Alves Rossato, Paulo Henrique Boldrin, Robnei Stefanes e Rodolfo Gracioli.

COORDENAÇÃOHenrique Correia

INCLUI• Dicas separadas e organizadas por

disciplina• Esquemas e resumosDISCIPLINAS• Gramática e interpretação de texto da lín-

gua portuguesa• Noções de Informática• Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos

Federais• Regimento Interno do Tribunal Regional

Eleitoral de São Paulo - TRE-SP• Código de Ética do Tribunal Regional Elei-

toral de São Paulo - TRE-SP

• Estatuto da Pessoa com Deficiência• Plano Estratégico do Tribunal Regional

Eleitoral de São Paulo para o período de 2016-2021

• Temas de redação• Direito Constitucional• Direito Administrativo• Direito Eleitoral• Direito Civil• Direito Processual Civil• Direito Penal• Direito Processual Penal• Administração Pública• Administração Financeira e Orçamentária

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PARTE II – FONOLOGIA

Capítulo 1. Ortografia

1. INTRODUÇÃO

Ortografia deriva das palavras gregas ortho que significa “correto” e graphos que signi-fica “escrita”. Assim sendo, trata-se da escrita correta das palavras.

Torna-se importante seu estudo por ser um tópico pedido em concursos. Dicas para facilitar o estudo, já que não é aconselhável ler todas as regras:

1) Ao se deparar com palavras novas, ou seja, desconhecidas, procure o significado no dicionário e anote para que fixe melhor.

2) Faça muitos testes de concursos, pois as palavras exigidas pelas bancas repetem.

2. O ALFABETO

O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras (21 consoantes e 5 vogais). Cada letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:

a A (á) g G (gê ou guê) m M(eme) s S (esse) y Y (ípsilon)

b B (bê) h H (agá) n N (ene) t T (tê) z Z(zê)

c C (cê) i I(i) o O (ó) u U (u)

d D (dê) j J (jota) p P (pê) v V (vê)

e E (é) k K (cá) q Q(quê) w W (dáblio)

f F (efe) l L (ele) r R (erre) x X (xis)

Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.

3. EMPREGO DAS LETRAS K, W E Y

REGRA EXEMPLO

Em nomes de pessoas originários de outras línguas e seus derivados.

Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.

Em nomes próprios de lugar originários de outras lín-guas e seus derivados.

Kuwait, kuwaitiano.

Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.

K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilôme-tro), Watt.

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Revisão Final – TRE-SP58

4. EMPREGO DE X E CH

4.1. Emprega-se o X

REGRA EXEMPLO EXCEÇÃO

Após um ditongo. caixa, frouxo, peixerecauchutar e seus derivados

guache, caucho

Após a sílaba inicial “en”. enxame, enxada, enxaqueca

palavras iniciadas por ch que rece-bem o prefixo en-: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher)

Após a sílaba inicial “me-”.mexer, mexerica, mexicano,

mexilhãomecha

Em vocábulos de origem indí-gena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.

abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu

chapecó, alcachofra, chafariz, cachaça, cochicho, cochilar

Nas seguintes palavras

bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.

4.2. Emprega-se o dígrafo CH

REGRA EXEMPLO

Ao passar do latim para o por-tuguês, as sequências “cl”, “pl” e “fl”, transformaram-se em “ch”

• afflare → achar

• clamare → chamar

• planus → chão

Em palavras com origem fran-cesa.

• Avalanche (Avalónch), Cachê (Cachet)

• Cachecol (Cacher), Chalé (Chalet)

• Chassi (Chânssis), Champanhe (Champagne)

• Champignon (Champignon), Chantilly (Chantilly)

• Chance (Chance), Chapéu (Chapeau)

• Chantagem (Chantage)

5. EMPREGA-SE O G

REGRA EXEMPLO EXCEÇÃO

Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem

barragem, miragem, viagem, ori-gem, ferrugem

pajem

Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio

estágio, privilégio, prestígio, reló-

gio, refúgio

Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g

engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)

Nos vocábulos

algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hege-monia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.

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Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa 59

6. EMPREGA-SE O J

REGRA EXEMPLO

Nas formas dos verbos termina-dos em -jarou –jear

• arranjar – arranjo, arranje, arranjem

• despejar– despejo, despeje, despejem

• gorjear– gorjeie, gorjeiam, gorjeando

• enferrujar– enferruje, enferrujem

• viajar– viajo, viaje, viajem

Nas palavras de origem tupi,

africana, árabe ou exóticabiju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji

Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j

laranja- laranjeira, loja- lojista, lisonja- lisonjeador, nojo- nojeira, cereja- cere-jeira, varejo- varejista, rijo- enrijecer, jeito- ajeitar.

Nos vocábulos berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento

7. EMPREGO DAS LETRAS S E Z

7.1. Emprega-se o S

REGRA EXEMPLO

Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical

análise- analisar, catálise- catalisador, casa- casinha, casebre, liso- alisar

Nos sufixos -ês e -esa, ao indi-carem nacionalidade, título ou origem

burguês- burguesa, inglês- inglesa, chinês- chinesa, milanês- milanesa

Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa

catarinense, gostoso- gostosa, amoroso- amorosa, palmeirense, gasoso- gasosa, teimoso- teimosa

Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa

catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose

Após ditongos coisa, pouso, lousa, náusea

Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados

pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos

quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos

repus, repusera, repusesse, repuséssemos

Em nomes próprios personati-vos (de pessoas)

Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás

Nos vocábulos

abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigé-simo, visita, etc.

7.2. Emprega-se o Z

REGRA EXEMPLO

Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical

deslize- deslizar, razão- razoável, vazio- esvaziar, raiz- enraizar, cru-z-cruzeiro

Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem subs-tantivos abstratos a partir de adjetivos

inválido- invalidez, limpo-limpeza, macio- maciez, rígido- rigidez,

frio- frieza, nobre- nobreza, pobre-pobreza, surdo- surdez

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Revisão Final – TRE-SP60

REGRA EXEMPLO

Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos

civilizar- civilização, hospitalizar- hospitalização, colonizar- coloni-zação, realizar- realização

Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita

cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita

Nos vocábulosazar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.

Nos vocábulos homófonos (mesmo som), estabelecendo distinção no con-traste entre o S e o Z

cozer (cozinhar) e coser (costurar)

prezar (ter em consideração) e presar (prender)

traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)

Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z: exame, exato, exausto, exemplo, existir, exótico, inexorável.

8. EMPREGO DE S, Ç, X E DOS DÍGRAFOS SC, SÇ, SS, XC, XS

8.1. Emprega-se o S

REGRA EXEMPLO

Nos substantivos derivados de verbos terminados em “andir”, ”ender”, “verter” e “pelir”

expandir – expansão, pretender – pretensão, verter – versão, expelir –

expulsão, estender – extensão, suspender – suspensão, converter – con-versão, repelir - repulsão

8.2. Emprega-se Ç

REGRA EXEMPLO

Nos substantivos derivados dos verbos ter e torcer

ater – atenção, torcer – torção, deter – detenção, distorcer -distorção, man-ter – manutenção, contorcer – contorção

8.3. Emprega-se o X

REGRA EXEMPLO

Em alguns casos, a letra X soa como Ss

auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe

8.4. Emprega-se SC

REGRA EXEMPLO

Nos termos eruditos

acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascí-nio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.

8.5. Emprega-se SÇ

REGRA EXEMPLO

Na conjugação de alguns ver-bos

• nascer → nasço, nasça

• crescer → cresço, cresça

• descer → desço, desça

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Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa 61

8.6. Emprega-se SS

REGRA EXEMPLO

Nos substantivos derivados de verbos terminados em gredir, mitir, ceder e cutir

agredir – agressão, demitir – demissão, ceder – cessão, discutir – discus-

são, progredir – progressão, transmitir – transmissão, exceder – excesso, repercutir – repercussão

8.7. Emprega-se o XC e o XS

REGRA EXEMPLO

Em dígrafos que soam como Ss exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar

Observações sobre o uso da letra X

REGRA EXEMPLO

O X pode representar os seguintes fonemas

/ch/ – xarope, vexame

/cs/ – axila, nexo

/z/ – exame, exílio

/ss/ – máximo, próximo

/s/ – texto, extenso

Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-

excelente, excitar

9. EMPREGO DAS LETRAS E E I

9.1. Emprega-se o E

REGRA EXEMPLO

Em sílabas finais dos verbos ter-minados em -oar, -uar

magoar - magoe, magoes

continuar- continue, continues

Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)

antebraço, antecipar

Nos vocábulos cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.

9.2. Emprega-se o I

REGRA EXEMPLO

Em sílabas finais dos verbos ter-minados em -air, -oer, -uir*

cair- cai

doer- dói

influir- influi*

Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)

Anticristo, antitetânico

Nos vocábulos aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc.

*Regra MUITO pedida em provas da Fundação Carlos Chagas.

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Revisão Final – TRE-SP62

10. EMPREGO DAS LETRAS O E U

REGRA EXEMPLO

A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras.

comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização)

soar (emitir som) e suar (transpirar)

Grafam-se com a letra O bolacha, bússola, costume, moleque.

Grafam-se com a letra U camundongo, jabuti, Manuel, tábua

11. EMPREGO DA LETRA H

Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.

11.1. Emprega-se o H

REGRA EXEMPLO

Inicial, quando etimológico hábito, hesitar, homologar, Horácio

Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh flecha, telha, companhia

Final e inicial, em certas interjeições ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.

Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico

anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.

Observações:

1) No substantivo Bahia, o h sobrevive por tradição.

2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não pos-suem a letra h na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h.

1) Note que nos substantivos derivados como baiano,

baianada ou baianinha ele não é utilizado.

2) herbívoro, hispânico, hibernal. herbívoro, hispâ-

nico, hibernal.

12. EM CONCURSOS

12.1. Emprego dos porquês

Regras Exemplos

Por que

equivale a pelo qual Este é o caminho por que passo.

vem acompanhado pela palavra razão(mesmo que subentendida)

Por que você foi embora logo?

Porque é uma explicação, equivale a pois.Fui embora logo porque estava muito

cansado.

Porquêé um substantivo, ou seja, nomeia. Não sei o porquê de sua demora.

Admite PLURAL O estudo da palavra porquê.

Por quê

Segue a regra da palavra que: quando utilizada no fim de uma frase, será sempre

acentuada. Ele faltou, mas não sei por quê.

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Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa 63

Em concurso:

Faltou ontem e não sabemos por quê. Regra: final de frase.

Faltou ontem e não sabemos o porquê. Regra: admite plural = não sabemos os porquês.

12.2. Mal e mau

Regras Exemplos

Malsubstantivo (nomeia) O mal que a televisão me fez.

advérbio (indica circunstância) Dormi mal a semana toda.

Mau é um adjetivo (qualifica) Ele é um mau aluno.

Facilitando: em provas fáceis, pode pensar na antiga dica de antônimos.

Mal x Bem

Mau x Bom

12.3. Viagem e viajem

Regras Exemplos

Viagem substantivo (nomeia) A viagem que farão.

Viajem verbo (pode ser conjugado) Que eles viajem bem.

12.4. Cessão, sessão e seção (ou secção)

Regras Exemplos

Cessão Ato de ceder A cessão de terras não será feita pelo governo.

Sessão reunião A sessão de cinema começará às oito horas.

Seção ou

secçãoparte, divisão Li a notícia na seção (ou secção) de esportes.

12.5. Onde e aonde

Regras Exemplos

OndeSignifica no lugar e equivale a em que,

no(a) qual O bairro onde fica a editora.= A editora fica no bairro.

Aonde Significa ao lugarA casa aonde iremos.= Iremos a casa.

12.6. Se não e senão

Regras Exemplos

Se nãoEquivale a caso não, quando não ou no caso de o se ser conjunção integrante.

Se não fossem meus amigos, não seria quem sou.

Perguntei aos alunos se não gostariam de estudar.

SenãoEquivale a caso contrário, do contrário,

de outro modo, a não ser, mas sim

Estude bastante, senão não conseguirá apren-der o suficiente.

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Revisão Final – TRE-SP64

12.7. Tão pouco e tampouco

Regras Exemplos

Tão poucomuito pouco, curto, pouca coisa, algo pequeno, escasso

Estudei tão pouco que nem vou fazer a prova.

Tampouco também não ou nem Não estudou, tampouco trabalhou.

12.8. De encontro a e ao encontro de

Regras Exemplos

De encontro a contra, em oposição a, para chocar-se com A decisão foi de encontro a nossos ideais.

Ao encontro

de

estar de acordo com, em direção a, favorável a, para junto de

Minha nota veio ao encontro do que dese-java.

12.9. Em vez de e ao invés de

Regras Exemplos

Em vez de Em lugar de Em vez de estudar, foi ao cinema.

Ao invés deAo contrário de, lado oposto. Utilizada para indicar ideias opostas, ideias contrárias.

Ao invés de rir, chorou muito.

12.10. Acerca de, a cerca de e há cerca de

Regras Exemplos

Acerca de a respeito de ou sobre Acerca do fato, não darei minha opinião.

A cerca de perto de, aproximadamente, próximo de O mar fica a cerca de 50 metros da pousada.

Há cerca de tempo decorrido Há cerca de 10 anos, foi aprovado.

12.11. Mas e mais

Regras Exemplos

Mas

• substantivo comum = um defeito, um senão

• conjunção = adversativa tem sentido de uma oposição ou limitação, podendo ser substituído por porém, todavia, contudo

• advérbio = enfatiza uma afirmação

• Nem mas nem meio mas, faça já o que mandaram.

• Não estudou, mas foi aprovado.

• Ele é bom aluno, mas tão bom aluno que tem sempre nota máxima nas provas.

Mais

Pode ser substantivo, conjunção, advér-

bio de intensidade, preposição, pro-

nome indefinido indicando noção de maior quantidade ou intensidade. Signi-fica também ainda os outros, os demais,

os restantes.

• Ela é a menina mais inteligente da turma.

• Dois mais dois são quatro.

• Isto é o mais que ele consegue fazer.

• Não faço mais nada do que pensar.

• Vou embora, os mais que se decidam.

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Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa 65

12.12. A fim e afim

Regras Exemplos

A fim Locução de finalidade, equivale a para Estudou a fim de ter salário fixo.

Afim Semelhante, que tem afinidade Nossos valores sempre foram afins.

12.13. Se quer e sequer

Regras Exemplos

Se quer Conjunção se + verbo querer = se desejar Se quer ter sucesso, trabalhe.

Sequer Ao menos = advérbioEstava doente e sequer tinha remédio em casa.

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TRE-SP: ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA

1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PRINCÍPIOS BÁSICOS

1.1. Regime jurídico administrativo. Conceito

É o conjunto de regras e princípios que ditam as relações que a Administração Pública tem com outras pessoas, no exercício da sua função administrativa. Caracterizam traços, conotações, prerrogativas e sujeições que serão usados nas relações, colocando a Adminis-tração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-administrativa.

Muitas dessas prerrogativas e sujeições são expressas na forma de princípios.

O regime jurídico da administração pública, para alguns doutrinadores, tem como pila-res os princípios da supremacia do interesse público sobre o interesse particular (prerroga-tivas) e indisponibilidade do interesse público (restrições).

Isto acontece porque alguns doutrinadores entendem que todos os demais princípios da administração pública são desdobramentos desses dois princípios em questão, cuja relevância é tanta que são conhecidos como supraprincípios da administração pública.

1.2. Princípios da administração pública

Princípios são proposições básicas, ideias, valores, que vão nortear a função estatal, no nosso caso, a função administrativa.

As principais características dos princípios são:

1) São de observância obrigatória;

2) Não existe hierarquia entre os princípios;

3) Podem ser explícitos ou implícitos (explícitos: o nome do princípio está expresso na lei; implícito: o nome não está expresso, mas a ideia do princípio aprece na lei ou ele é decorrente ou sinônimo de outro princípio).

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Revisão Final – TRE-SP1494

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

LEGALIDADEA legalidade se refere ao fato de que a Administração Pública somente pode agir quando autorizada ou permitida por lei.

IMPESSOALIDADE

A impessoalidade analisa a atuação do agente, que não pode ser embasada no inte-resse pessoal, nem em prejudicar uns em detrimento de outros. O agente público também não pode usar símbolos, imagens que caracterizem sua promoção pessoal.

MORALIDADE Para a moralidade não adianta somente seguir a lei, o agente deve ser probo, honesto, de boa-fé, ético e agir em conformidade com os bons costumes.

PUBLICIDADE

A publicidade é requisito de eficácia e moralidade. Em regra, os atos administrati-vos devem ser públicos, refletindo no dever de informar à população o que o seu agente está fazendo no exercício do mandato. Apenas em algumas ocasiões pode haver a incidência de sigilo, a exemplo dos atos que digam respeito à segurança nacional e os atos declarados sigilosos.

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Direito Administrativo 1495

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

EFICIÊNCIA

Elevado à categoria de princípio constitucional explícito com a EC19/98, o princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, per-feição e rendimento funcional, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e seus membros.

OUTROS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SUPREMACIA DO

INTERESSE PÚBLICO

SOBRE O PARTICULAR

Tal princípio se manifesta especialmente na posição de superioridade do poder público nas relações jurídicas mantidas com os particulares, superioridade essa justificada pela prevalência dos interesses coletivos sobre os interesses individuais. O interesse coletivo, quando conflitante com o interesse do indivíduo, deve pre-valecer.

INDISPONIBILIDADE

DO INTERESSE

PÚBLICO

São vedados ao administrador quaisquer atos que impliquem renúncia a direitos do Poder Público ou que injustificadamente onerem a sociedade. O Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público encontra-se em estreita relação com o Prin-cípio da Legalidade.

CONTINUIDADE DO

SERVIÇO PÚBLICO

Consiste na proibição da interrupção total do desempenho de atividades do ser-viço público prestadas a população e seus usuários. Entende-se que, o serviço público consiste na forma pelo qual o Poder Público executa suas atribuições essenciais ou necessárias aos administrados.

PRESUNÇÃO DE

LEGITIMIDADE

Presume-se legítimo e verdadeiro o ato praticado pelo agente público. Essa análise ocorre porque há que se entender que se o agente público praticou o ato é porque ele estava autorizado por lei. Ele tem fé pública.

AUTOTUTELA

É o princípio que analisa o controle que a Administração tem sobre os próprios atos. A Administração Pública pode rever seus próprios atos, para anulá-los ou revogá-los.

RAZOABILIDADE E

PROPORCIONALIDADE

A conduta administrativa deve ser proporcional, adequada e necessária. Também conhecida como o princípio da proibição dos excessos. Visa a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

SEGURANÇA JURÍDICA

Trata da relação de confiança que deve existir entre a Administração e adminis-trado. A análise desse princípio traz a ideia de vedação da aplicação retroativa de nova interpretação de lei, no âmbito da Administração Pública. Isso não significa que a interpretação da lei não possa mudar. O que não é possível é fazê-la retroagir a casos já decididos com base em interpretação anterior.

MOTIVAÇÃOO princípio da motivação exige que a Administração indique os fundamentos de fato e de direito de suas decisões.

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Page 14: Revisão Final TRE-SP-Correia-1ed€¦ · Revisão Final – TRE-SP58 4. EMPREGO DE X E CH 4.1. Emprega-se o X REGRA EXEMPLO EXCEÇÃO Após um ditongo. caixa, frouxo, peixe recauchutar

Revisão Final – TRE-SP1496

2. ATO ADMINISTRATIVO: CONCEITO; REQUISITOS; ATRIBUTOS; CLASSIFICAÇÃO;

ESPÉCIES; ANULAÇÃO; REVOGAÇÃO; CONVALIDAÇÃO; DISCRICIONARIEDADE E

VINCULAÇÃO

2.1. Conceito

2.2. Requisitos ou elementos

ANÁLISE DO ATO ADMINISTRATIVO

O ato administrativo pode ser analisado sob três aspectos: validade, existência (ou per-feição) e eficácia. Eles têm análises independentes.

ANÁLISE DE

VALIDADE

Analisa a conformidade do ato administrativo com OS REQUISITOS FIXADOS NO ORDENAMENTO para a sua correta produção. A doutrina fala em REQUISITOS, PRESSUPOSTOS OU ELEMENTOS para se referir às condições de validade do ato.

ANÁLISE DE

EXISTÊNCIA

(DE PERFEIÇÃO)

Importa verificar se o ato cumpriu integralmente o ciclo jurídico de formação, revestindo-se dos elementos e pressupostos necessários para que possa ser consi-derado um ato administrativo.

ANÁLISE DE EFICÁCIAAnalisa a aptidão do ato para produzir efeitos jurídicos (criar, modificar, preservar e extinguir direitos e obrigações).

DA ANÁLISE E COMBINAÇÃO DOS TRÊS PLANOS, VERIFICA-SE QUE O ATO PODE SER:

1) EXISTENTE, VÁLIDO E EFICAZ;

2) EXISTENTE, VÁLIDO E INEFICAZ;

3) EXISTENTE, INVÁLIDO E EFICAZ;

4) EXISTENTE, INVÁLIDO E INEFICAZ; ou

5) INEXISTENTE.

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