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88 Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

O imprescindível papel do fomento mercantil paraa economia brasileira, o atual cenário em que atuam asempresas do setor, as tendências, inovações, soluções edesafios para a atividade foram algumas das pautas doIX Congresso Brasileiro de Fomento Mercantil, maiorevento do segmento no País, que aconteceu de 18 a 20de junho, no Hotel Transamérica em São Paulo.

Durante os três dias do Congresso, cerca de 600empresários, profissionais e autoridades dos 26 esta-dos da Federação participaram de uma programaçãointensa, variada e estratégica, conduzida pelos mais ca-pacitados especialistas, que trataram da atividade defactoring, sob a ótica econômica, jurídica, contábil e téc-nica. Além disso, o Congresso propiciou um espaço deconvivência e integração, em que os participantes tive-ram a oportunidade de trocar experiências, fechar ne-gócios com as empresas expositoras e participar de ex-pressivos momentos sociais, como o jantar de confra-ternização que encerrou o evento.

Outro destaque do evento foi a presença de um re-presentante do factoring internacional, o secretário ge-ral da Assifact - Associação Italiana de Factoring, Ales-sandro Carretta, que teceu um panorama da atividade

de fomento mercantil na Itália, delineando uma escla-recedora comparação com o factoring brasileiro.

Um consenso entre os palestrantes, de renome na-cional e até internacional, foi a defesa unânime daregulamentação da atividade de fomento mercantilno País, através da aprovação da PLC nº13/2207, quetramita atualmente no Senado Federal. Para os espe-cialistas, a lei vai permitir que as factoring tenhamcondições de ampliar sua atuação e contribuir aindamais com o crescimento das pequenas e médias em-presas do País. Outra questão presente em diversaspalestras foi a importância das empresas de fomentoinvestirem na prestação de serviços, oferecendo aosseus clientes, além de capital de giro, uma estratégi-ca orientação em gestão e finanças, imprescindívelpara a condução de seus negócios.

A partir destas reflexões, os participantes foram con-vocados pelo presidente da ANFAC, Luiz Lemos Leite, apensar no futuro e agir no presente. “As nossas empre-sas filiadas devem programar-se para enfrentar uma fasede profundas mudanças em seu mercado, cuidando damodernização de seu ambiente de negócios, em que ocrescimento se transformou em uma experiência mar-

IX Congresso Brasileiro deFomento MercantilEvento demonstra consagração do fomento e da ANFAC no País

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99Fomento Mercantil - Maio/Junho2008

cada pelo risco. Do ponto de vista da gover-nança corporativa é de se considerar que asempresas de fomento mercantil, deverão,desde já, desenvolver processos, procedi-mentos e práticas de gestão empresarialtransparente e eficiente de desempenhooperacional detalhado, coerente e exeqüí-vel, que demonstrem visão de futuro e gos-to pela inovação.”

No final do evento, os participantes de-ram nota 11 para o IX Congresso, elogian-do a organização e alta qualidade e rele-vância dos conteúdos expostos.

Na seqüência, serão apresentados todosos temas discutidos, questões essenciais àconsolidação do fomento mercantil, comoa influência da crise internacional na eco-nomia brasileira, a Reforma Tributária pro-posta pelo governo, a competitividade em-presarial, a experiência internacional do factoring na Itá-lia, as ferramentas para a gestão de risco, a Lei do Fo-mento Mercantil, os contratos digitais, entre diversosoutros temas de igual relevância para os empresáriosdo segmento.

Autoridades destacam a relevânciasocioeconômica do fomento mercantilNa noite de abertura, dia 18, todas as autoridades

presentes enfatizaram a importante contribuição queo movimento do fomento mercantil tem trazido paraa economia do País, estimulando e subsidiando o em-preendedorismo das pequenas e médias empresasbrasileiras.

A deputada estadual Célia Leão (PSDB-SP) declarouque as empresas de factoring realizam um trabalhoimprescindível para o Brasil, para a América Latina epara o mundo. Ela elogiou a composição da mesa deabertura da qual era uma das integrantes, lembrandoque estavam ali representantes do Poder Executivo, Le-gislativo e Judiciário, o que, segundo ela, demonstra oreconhecimento que a ANFAC tem merecidamentealcançado na sociedade, nestes últimos anos.

“Quem tem comprometimento com o factoring,tem comprometimento com o desenvolvimento eco-nômico do País, pois faz crescer aquele que pode equer crescer, mas que precisa de uma ajuda, de umaconfiança. E tem sido essa a missão da ANFAC e desuas empresas associadas nestes últimos 26 anos”, des-

tacou a deputada.Ao falar da contribui-

ção que a atividade temagregado à dinâmica eco-nômica do Brasil, CéliaLeão lembrou que as em-presas clientes das facto-ring são as principais res-ponsáveis pela geração depostos de trabalhos, pa-gamento de tributos econsolidação do cresci-mento do País. “A molapropulsora do progressodo Brasil são as pequenase médias empresas, querecebem a confiança dasempresas e dos empresá-rios de factoring.”.

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1010 Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

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Pioneirismo Considerado como o decano do factoring no País,o empresário Gastão Fráguas fez uma retrospectivados avanços alcançados pela ANFAC nos últimos anos,associando o sucesso da atividade ao pioneirismo esignificativo esforço do presidente Luiz Lemos Leitena criação, desenvolvimento e representação do seg-mento no País.

Neste sentido, Fráguas lembrou de momentos histó-ricos para o fomento mercantil, em que o presidente daANFAC, Luiz Lemos Leite, defendeu com diplomacia etotal empenho, a legalização da atividade frente a di-versos desafios, como a resistência inicial do Banco Cen-tral em reconhecer a legitimidade das operações de fo-mento mercantil. “Graças à sua determinação em es-clarecer as autoridades brasileiras a respeito das diver-sas contribuições que as factoring poderiam trazer aoPaís, elucidando os exemplos internacionais e explican-do detalhadamente todos os aspectos da atividade defactoring, hoje nós podemos comemorar com dignida-de os diversos avanços do fomento mercantil no País.”

O empresário Gastão Fráguas também fez um elogioaos políticos que durante a trajetória do factoring no Paísaderiram à causa da ANFAC, se empenhando na elabo-ração e defesa de uma legislação específica para o setor,como é o caso do deputado Federal Arnaldo Faria de Sáe do atual prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, que,quando senador, foi um dos articuladores do projeto delei do fomento mercantil, como seu autor fazendo suadefesa no Senado Federal.

Fráguas encerrou seu discurso ressaltando o papel es-tratégico das sociedades de factoring para o cenário eco-nômico brasileiro e a luta histórica de Luiz Lemos Leite emfavor de seu desenvolvimento. “Se não fosse a atividadede fomento no País, hoje, grande parte das pequenas e

médias empresas já teria fechado suas portas. Por isso, éfundamental valorizar a contribuição de Luiz Lemos Leitepara a economia brasileira e, não apenas conhecer, mastambém reconhecer os seus feitos.”

Questão de interesse nacionalRepresentando a magistratura, o desembargador

presidente do Tribunal da Justiça de Pernambuco, Jo-nes Figueiredo, declarou que “a inquestionável condu-ta da ANFAC nestes últimos anos convoca o Poder Ju-diciário a um novo olhar sobre as questões nacionais designificativa importância para a economia brasileira,como a atividade de factoring”. O desembargador ain-da defendeu um aparelho normativo adequado parasubsidiar o trabalho das sociedades de fomento, fazen-do referência ao projeto de lei do fomento mercantil.

O presidente do SINFAC-SP, Pio Daniele, durante seupronunciamento, falou que o movimento de fatoringtem passado por importantes transformações e foi en-fático ao afirmar que os empresários do setor devemestar preparados para este novo momento. “Não po-demos mais compor nossas receitas com 70% em com-pras de ativos. Cada vez mais, teremos de agregar ser-viços às nossas atividades.”

Compuseram a mesa da cerimônia de abertura doevento o presidente da ANFAC, Luiz Lemos Leite, o Se-cretário Geral da Assifact - Associação Italiana de Fac-toring , Alessandro Carretta, o presidente do SINFAC-SP, Pio Daniele, o desembargador presidente do Tribu-nal da Justiça de Pernambuco, Jones Figueiredo, a de-putada estadual (PSDB-SP), Célia Leão, o presidente daempresa Santa Cruz Fomento Mercantil, Gastão Frá-guas e o coordenador de planejamento e avaliação daSecretaria de Economia e Planejamento do Estado deSão Paulo, no ato representando o governador do Es-tado José Serra, Pedro Pereira Benvenuto.

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1111Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

Luiz Lemos Leite faz diagnóstico do factoring no Brasil e no mundo

Em sua palestra de abertura do IX Congresso Brasi-leiro de Fomento Mercantil, o presidente da ANFAC,Luiz Lemos Leite, mencionou os resultados da atividadede factoring no Brasil e no mundo .“A história do fac-toring se repete na maioria dos paises onde foi implan-tado. Superada a confusão de natureza conceitual comoutros institutos, a atividade cresceu e prosperou e hoje67 países praticam factoring nos cinco continentes,com o volume de negócios da ordem de 1 trilhão e 300bilhões de euros.”

O presidente da ANFAC enfatizou ainda que os 26anos de história do factoring no Brasil são marcadospor um trabalho diuturno, persistente e sério: “Cons-truímos um arcabouço institucional capaz de sustentarum volume cada vez mais crescente de negócios que,em seu cerne, só existe porque se destina a apoiar aspequenas e médias empresas, um segmento com enor-me potencial de crescimento.”

Avaliando este contexto, Luiz Lemos Leite fezapostas positivas com relação ao futuro da ativida-de, afirmando que o fomento mercantil deve pas-sar por um momento promissor especialmente nossegmentos de agronegócios, celulose, metalurgia,mineração, energia, sucro-alcooleira, biocombus-tível, construção civil.

Contudo, o presidente da ANFAC alertou: “Só sebeneficiarão deste novo cenário aquelas empresas quesouberem se adequar às novas exigências do mercado,que envolvem, dentre outras, atualização tecnológica,capacitação profissional, identificação de problemas enecessidades, atendimento personalizado à clientela,além de adequado nível de capitalização”.

Números do Factoring

67 países praticam a atividade nos 5 continentes

1 trilhão e 300 bilhões de euros movimentadosem 2007

26 anos de atividades no Brasil

130 mil pequenas e médias empresas clientesdas empresas associadas à ANFAC

2,1 milhões de empregos diretos e indiretos

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12 Fomento Mercantil - Maio/Junho 200812

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1313Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

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Fomento Mercantil - Maio/Junho 200814

E n t r e v i s t a

Experiência internacionalItaliana: foco na prestaçãode serviçosUma das maiores personalidades no cenário do

factoring internacional, o secretário geral da Asso-ciação Italiana de Factoring - Assifact, AlessandroCarretta, que também é membro das principaisentidades empresariais da Europa, proferiu pales-tra no IX Congresso Brasileiro de Fomento Mer-cantil, em que falou sobre as modalidades de fo-mento mercantil em seu país, fazendo um paralelocom as características da mesma atividade no Bra-sil. Neste contexto, ressaltou o destaque que a Itá-lia vem conquistando no ranking mundial de fac-toring, explicando sobre o trabalho feito em seupaís, que resultou na posição de segunda maiormovimentação financeira em operações de facto-ring do mundo, em 2007.

Em entrevista à Revista Fomento Mercantil, Car-retta esclareceu os principais aspectos abordadosem sua palestra, como as características do facto-ring na Itália, o papel do fomento para o desenvol-vimento econômico das empresas e a as tendênci-as do mercado de fomento mercantil na Itália.

Qual o cenário econômico e legal em que atu-am as empresas de factoring na Itália?

Apesar do PIB da Itália estar relativamente baixo, comuma leve contenção de emprego, o país mantém a inflaçãonos níveis exigidos pela comunidade européia. A grande

maioria das empresas italianas é de pequeno porte e decaráter familiar, sendo que poucas empresas são públicas ede grande porte. As transações comerciais de factoring ocor-rem com empresas medianamente endividadas e que ne-cessitam de orientação gerencial.

O factoring se apresenta como uma boa opção de cré-dito para estas empresas, tanto que, em 31 de dezembrode 2007, o volume de factoring na Itália foi de 115 bi-lhões de euros, representando 8% do PIB italiano. Naverdade, o fomento mercantil exerce um papel funda-mental para a sobrevivência e consolidação destas em-presas, que estariam falidas se não fossem o apoio querecebem das factoring.

Alessandro Carretta - secretário geral da AssifactAssociação Italiana de Factoring

“A grande maioria das empresas italianas é de pequeno porte e decaráter familiar e o factoring se apresenta como uma boa opção decrédito para empresas, tanto que, em 31 de dezembro de 2007, o

volume de factoring na Itália foi de 115 bilhões de euros,representando 8% do PIB italiano.”

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15Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

Como a ativida-de tem se evoluídono país?

É importante dizerque o factoring teve umgrande desenvolvimentona Itália nos anos 90, mashouve um declínio acen-tuado nos últimos anos,e agora, recentementeestá tomando fôlego no-vamente. O fomento mercantil na Itália sempre acompa-nhou o desenvolvimento econômico do país, sendo o pri-meiro a sentir os sintomas da economia, quando as ativida-des econômicas vão bem, o factoring cresce, quando vãomal, há uma queda das operações.

Hoje o factoring apresenta custos acessíveis com ou semgarantia de devedor, ou seja, com a cláusula ‘pro soluto’ ou‘pro solvendo’.

Qual o principal diferencial da atividade de fo-mento na Itália em relação ao Brasil?

Uma característica interessante das empresas de fomen-to mercantil italianas é a boa relação com o sistema ban-cário. O fomento mercantil possui um fator mais baixoque as operações bancárias e possui um nível de inadim-plência mais baixo que o sistema bancário. Apesar disso,o factoring tem maior impulso quando crescem os finan-ciamentos bancários a curto prazo. O fomento jamais irásubstituir os financiamentos, muito pelo contrário, ele oscomplementa, pois são mais eficientes na recuperação decréditos, e também no aspecto da gestão. É este o grandediferencial das sociedades de factoring italianas, o focona prestação de serviços gerenciais e na recuperação decréditos.

Além disso, o factoring na Itália é praticado diretamen-

te pelos bancos – que têm estatuto de banco - ou por ban-cos intermediadores - que não têm estatuto de banco, massão empresas especializadas de natureza financeira, que uti-lizam o factoring para regular débitos e créditos. Há cercade 10 anos, existiam cerca de 800 bancos que operavamcom factoring, no ano passado existiam apenas 32 e, esteano, apenas 14. Ou seja, existe uma tendência de concen-tração de grupos bancários que praticam o fomento mer-cantil no país.

Outra diferença primordial é que enquanto no Brasil ofactoring é apenas praticado com empresas privadas, na Itá-lia cerca de ¼ das operações de fomento são feitas com em-presas públicas. A empresa pública na Itália, em geral, temcaracterísticas especiais, ela paga com muito atraso, um até

dois anos, mas sempre paga.O pagamento vem com atra-so, mas é garantido, sendoassim, a empresa de facto-ring não pode abrir mãodesse mercado. O governoitaliano está estudando paradesenvolver melhor essaprática.

Por que as empresasitalianas recorrem aofactoring?

Na Itália, o factoringé utilizado mais freqüentemente por empresas onde ocapital de giro é fundamental para o desenvolvimentodo negócio. As empresas que utilizam o fomento mer-cantil estão satisfeitas financeiramente e em termosde gestão do negócio, enquanto as empresas que nãoconhecem a fundo a atividade de fomento, freqüente-mente têm uma visão distorcida do setor. Por isso, nósque praticamos o factoring em todo o mundo devemosdifundir um correto conceito da atividade.

Além disso, o fomento mercantil é menos arriscadoque uma operação financeira tradicional, isso graças à basetriangular da operação, onde atuam diretamente uma em-presa de factoring uma empresa cliente e os seus sacados.

Quais as principais tendências para a atividadede factoring no mundo?

A mensagem da Itália é que o factoring não é apenasconsiderado um serviço financeiro, mas um serviço deapoio e de gestão que resolve a situação das empresas,caracterizando-se como um importante instrumento au-xiliar ao seu desenvolvimento – na Itália o factoring é umlegítimo produto de varejo. Esta é uma tendência mundi-al, as empresas de fomento mercantil estão preparadas parafornecerem uma sólida orientação para as empresas cli-entes, dos mais diferentes segmentos.

“A mensagem da Itália é que ofactoring não é apenas considerado

um serviço financeiro, mas um serviçode gestão que revolve a situação dasempresas, caracterizando-se como um

importante instrumento auxiliarao seu desenvolvimento”.

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16262616 Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

1 9 d e J u n h o

Reforma Tributária: legislação complexa e aumento de impostos.

A necessidade de uma Reforma Tributária que de-sonere o contribuinte, simplifique o sistema de arreca-dação, gere mais competitividade empresarial e estimu-le o crescimento da economia brasileira é um consensoentre empresários, tributaristas e contribuintes em ge-ral. A Proposta de Emenda Constitucional - PEC 233/2008 - da Reforma Tributária, apresentada pelo Gover-no Federal ao Congresso Nacional em fevereiro desteano, entretanto, tem gerado polêmica e provocadomuitas críticas de diversos especialistas, que acreditamque o novo sistema irá tornar mais complexa a legisla-ção e elevar ainda mais a carga tributária do País.

Entre os críticos da proposta do Governo encontra-se o jurista Ives Gandra da Silva Martins, um dos maisrenomados tributaristas brasileiros, palestrante no IXCongresso Brasileiro de Fomento Mercantil, realizadopela ANFAC, onde esclareceu os aspectos mais relevan-tes do texto da PEC, enfatizando os efeitos que as trans-formações propostas teriam sobre as empresas, a socie-dade e a economia brasileiras.

Calibragem de ConfortoPara Ives Gandra, nesta PEC não existem chances de

haver redução do volume de impostos incidente sobreos contribuintes de modo geral. Ele afirma que o gover-

no tem hoje 60% da receita dos tributos recolhidos emtodo o País e não vai arriscar perder esta porcentagem.

“Para aprovar o texto proposto da Reforma Tribu-tária o governo acenou que todos os impostos fede-rais seriam compartilhados com os estados e os mu-nicípios. Entretanto, para cumprir essa promessa, semdiminuir sua arrecadação, terá de jogar para cima asalíquotas, porque caso tenha perdas com a alteraçãodo sistema, sua arrecadação será compensada de al-guma forma”, explicou. Esta estratégia utilizada, se-gundo ele, é chamada “calibragem de conforto”,pois permite a fixação de novas alíquotas, quando ogoverno projeta uma arrecadação mais do que é ne-cessário para evitar possíveis perdas por erros de cál-culos e projeção.

Outra severa crítica do tributarista com relação ao pro-jeto diz respeito à implementação do Imposto sobre oValor Agregado – IVA, que substituirá a Contribuição parao Financiamento da Seguridade Social - COFINS, a Con-tribuição para o Programa de Integração Social - PIS, aContribuição de Intervenção no Domínio Econômico -CIDE, e o salário-educação que equivaleria às bases so-madas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias eServiços – ICMS e do Imposto Sobre Serviços - ISS.

Nesse contexto Ives Gandra explicou que, ao reunir

“Não pode haver

simplificação do

sistema tributário

com acréscimo

de impostos”

Ives Gandra da Silva Martins

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172717Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

quatro contribuições sociais no IVA, mudando a naturezajurídica desses instrumentos, a União passará a ter direitoa oito impostos, em vez dos sete atuais, e continuará coma possibilidade de criar novas contribuições. “Não há sim-plificação com acréscimo de impostos”, enfatizou.

Reflexos nas Empresas de Fomento MercantilComo o IVA incidirá sobre operações com bens e

prestação de serviço, Ives Gandra lembrou que se apro-vada a Reforma proposta as empresas de fomento mer-cantil serão diretamente afetadas, correndo um sériorisco de enfrentarem a elevação dos impostos devidosem razão da mencionada calibragem de conforto. Quanto às alterações adotadas na cobrança do ICMS,a fim de se combater a “guerra fiscal”, o palestranteafirmou que a adoção do regime de destino, implicaráem perdas para os “estados exportadores líquidos” eganhos para os “estados importadores líquidos”, istoé, perda para os estados que vendem mais do que com-pram e ganho para os estados que compram mais doque vendem. Ives Gandra alertou ainda que com essemodelo tributário, estarão sendo prejudicando os cen-tros produtivos, geradores de emprego e renda.

A proposta do Governo prevê, entretanto, um siste-ma de compensação ou equalização que irá ressarcir osestados “perdedores”. Apesar disso, Ives Gandra enfati-

zou que ainda não existe no texto do projeto de ReformaTributária qualquer menção aos mecanismos ou diretri-zes desse sistema de compensação. “As indefinições arespeito do fundo de compensação do ICMS, bem comode projetos complementares e regulamentações neces-sárias para a implementação das alterações sugeridas,tornam a PEC um cheque em branco para o Governo, oque é muito perigoso”, ressaltou o tributarista.

Na lista das críticas de Ives Gandra ao projeto daReforma destaca-se também a implementação daContribuição Social da Saúde - CSS, em substitui-ção à extinta CPMF. “38% do PIB brasileiro é refe-rente ao pagamento de impostos, o que significa R$704 bilhões e o governo alega que não conseguetirar 8% para a saúde. Enquanto isso ele gasta cer-ca de R$ 130 bilhões somente com pagamento dosservidores”, comentou.

Por todas as razões expostas, o tributarista Ives Gan-dra da Silva Martins acredita que o atual projeto de Re-forma Tributária, se aprovado em sua forma original,não é bom para a sociedade, pois trará prejuízos para oempresariado brasileiro, tendo um efeito negativo so-bre a competitividade e o desenvolvimento do País.

Compuseram a mesa da palestra: Ives Gandra Mar-tins; José Góes, presidente do SINFAC/PR; e BartolomeuBueno, vice-presidente do Tribunal de Justiça/PE.

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1929Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

20 d e J u n h o

IX Congresso encerra-secom balanço positivoEspecialistas abrilhantaram o evento e traduziram aos participantes dados importantes sobreo momento atual do setor de fomento mercantil no Brasil e no mundo

No encerramento das atividades do IX CongressoBrasileiro de Fomento Mercantil, o presidente da co-missão organizadora do evento, Geraldo Majela dosSantos, fez um balanço e retrospectiva de tudo o quefoi apresentado aos participantes, com uma breve pres-tação de contas. “Cabe registrar o apoio e a colabora-ção recebidos dos meus colegas de comissão, dosSINFAC´s de todo o País, das entidades parceiras, dospalestrantes, dos apoiadores e dos 550 congressistas.Sem essa colaboração o evento não teria sido o sucessoque foi, fato que todos nós podemos constatar.”

O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, um dosmaiores defensores do fomento mercantil no Sena-do Federal, encerrou o ciclo de palestras, falandosobre o tema de extrema relevância para o setor, queé a regulamentação da legislação do fomento mer-cantil. “Ao conhecer Luiz Lemos Leite, quando re-presentante legislativo no Senado Federal, conheci

também a ANFAC e o inestimável serviço prestadopelo factoring às empresas brasileiras, notadamen-te as de pequeno e médio porte. Naquele momentome convenci de que a regulamentação do fomentomercantil era o único meio de separar o joio do tri-go nessas transações mercantis. Assim, ao encami-nhar o projeto de lei, eu não optava apenas pelaapresentação técnica, mas abraçava uma causa queconsidero justa e necessária para o País.”

Fogaça avaliou a luta e o trabalho realizados pelaANFAC como feitos de maneira diligente, inabalávele determinada. “As lideranças do fomento mercan-til, aqui representadas por Luiz Lemos Leite, queremum divisor de águas entre a exploração espúria daagiotagem e um verdadeiro factoring, feito com seri-edade e decência, voltado ao interesse coletivo e aodesenvolvimento econômico do Brasil”, destacou oprefeito de Porto Alegre.

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1830 Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

E s p e c i a l

Por sua vez, o presidente da ANFAC, agradeceupublicamente o trabalho e a dedicação da comissãoorganizadora, pelo planejamento, organização e reali-zação do evento, com absoluta perfeição; aos patroci-nadores e apoiadores que apostaram na iniciativa; aospalestrantes que brilhantemente enriqueceram o even-to, transmitindo conhecimentos indispensáveis ao dia-

a-dia dos empresários de fomento mercantil; e aos par-ticipantes, que com suas presenças emprestaram valore prestígio ao IX Congresso de Fomento Mercantil.

Após o pronunciamento do presidente da ANFAC,foram realizados sorteios de prêmios aos participantes,ofertados pelos patrocinadores do evento.

Jan 28,07 30,67 8,36 6,64 4,55 4,79 4,52 4,20 3,80 3,89 4,42 4,24 4,55 4,52 3,96 3,96

Fev 25,64 32,96 8,32 6,73 4,43 4,75 4,85 4,16 3,77 3,88 4,40 4,40 4,57 4,51 3,95 3,95

Mar 24,73 34,56 8,90 6,61 4,28 4,64 5,10 4,12 3,83 3,82 4,40 4,40 4,60 4,51 3,94 3,95

Abr 27,00 36,80 9,29 6,51 4,25 4,55 4,92 4,01 3,89 3,83 4,40 4,39 4,62 4,42 3,92 3,98

Mai 26,64 35,30 9,07 6,23 4,24 4,50 4,82 3,99 3,89 3,81 4,43 4,41 4,63 4,35 3,91 4,00

Jun 27,09 35,40 9,00 5,89 4,20 4,42 4,79 3,97 3,93 4,10 4,39 4,40 4,64 4,31 3,90 4,01

Jul 27,42 9,85 9,02 5,60 4,20 4,33 4,75 3,91 4,10 4,04 4,36 4,42 4,63 4,29 3,90 4,05 *

Ago 28,22 10,40 8,49 5,44 4,15 4,20 4,70 3,88 4,04 4,04 4,34 4,43 4,63 4,24 3,91

Set 28,83 8,58 8,11 5,25 4,13 4,50 4,56 3,87 4,03 4,01 4,33 4,45 4,62 4,13 3,92

Out 28,55 8,46 7,85 5,02 4,10 4,55 4,40 3,85 3,97 4,25 4,28 4,46 4,61 4,06 3,93

Nov 29,47 8,71 7,72 4,78 4,96 4,50 4,39 3,87 3,95 4,37 4,25 4,49 4,58 3,99 3,94

Dez 31,26 8,36 7,28 4,70 4,80 4,49 4,35 3,83 3,90 4,38 4,24 4,51 4,55 3,96 3,96

F A T O R A N F A CF A T O R D E C O M P R A %

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

* Média até 11/07/2008

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1931Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

No período considerado, a participação da CARTEIRAANFAC, no PIB brasileiro, se deu de forma crescente. Parauma evolução do PIB brasileiro, no período de 162,75%, aCARTEIRA ANFAC teve uma expansão de 273,68%, ouseja, 68,16% a mais.

No período 1/01/2.004 a 31/12/2.007, período em que opaís conviveu com a mais extraordinária expansão do cré-dito, tanto o focado nas empresas como nas pessoas físi-cas, para uma evolução do PIB brasileiro de 50,52% aCARTEIRA ANFAC evoluiu 102,80%, o que demonstraefetivamente a relevância da atividade para o país, e é im-portante que se ressalte ser o público alvo das empresasassociadas à ANFAC as pequenas e médias empresas, seg-mento que enfrenta toda a sorte de dificuldades para sobre-viver.

Em termos de participação percentual no PIB, a CAR-TEIRA ANFAC teve uma evolução de 41,97%, no período

Quando determinamos o coeficiente de correlação, observa-mos que as taxas de juros referentes ao capital de giro e a taxa dedesconto de duplicatas têm uma correlação positiva e bem próxi-ma de um (0,960), significando uma CORRELAÇÃO QUASEPERFEITA. O mesmo procedimento efetuado com as taxas dejuros dos CDBs e das taxas de desconto de duplicatas mostrouuma correlação FORTEMENTE POSITIVA (0,792), significan-do haver entre elas um GRAU DE ASSOCIAÇÃO bastante con-siderável.

Quando adotamos igual procedimento, agora introduzindo avariável observada FATOR ANFAC, podemos verificar que:

a) O FATOR ANFAC e a variável observada taxa de juros doCDB estão, praticamente, PERFEITAMENTE CORRELACIO-NADOS POSITIVAMENTE (0,944), vindo isto a confirmar aevidência do benchmark adotado em sua concepção técnica, ouseja, as demais variáveis que entram na sua formulação não che-gam a distorcer a base de cálculo adotada.

b) O FATOR ANFAC e a variável observada taxa de jurospara capital de giro, utilizada pelo sistema financeiro, tambémestão muito próximas de serem consideradas PERFEITAMEN-TE CORRELACIONADAS POSITIVAMENTE (0,930), o quedemonstra a forte coerência teórica e conceitual na concepçãodessas variáveis e as suas destinações.

c) O FATOR ANFAC quando cotejado com a variável obser-vada taxa de juros da conta garantida mostrou CORRELAÇÃOPOSITIVA bastante considerável (0,860), inferindo – se daí que,embora as premissas de cálculo utilizadas nas formulações delassejam bastante diferentes, o GRAU DE ASSOCIAÇÃO entreelas é extremamente forte, justificando e confirmando assim arazão pela qual os produtos financeiros que essas variáveis re-presentam tenham tão forte presença nas atividades empresariaisno Brasil.

d) Quando comparamos, vis - a – vis, o FATOR ANFAC e avariável observada taxa de desconto de duplicatas, praticada pelosistema bancário, verificamos existir uma ALTA CORRELAÇÃOPOSITIVA entre elas (0,804), e, mais uma vez observamos que,ainda que a metodologia de cálculo e premissas adotadas paraessas variáveis, os valores usualmente praticados, para essas va-riáveis, são extremamente compatíveis e afins.

Dados extraídos da palestra do Presidente da ANFAC na abertura do IX Congresso.

CARTEIRA ANFAC VERSUS PIB BRASIL

Ano Carteira PIB Carteira/ PIBANFAC BRASIL

1999 18.760 973.846 1,93%2000 24.250

Duplicatas e Capital de Giro: 0,9600Duplicatas e Conta Garantida: 0,5350Duplicatas e CDB: 0,7920

Fator ANFAC e Capital de Giro: 0,9300Fator ANFAC e Conta Garantida: 0,8600Fator ANFAC e CDB: 0,9440

Fator ANFAC e Duplicatas: 0,8040

2,20%2001 26.591 1.198.736 2,22%2002 30.062 1.447.822 2,08%2003 34.567 1.699.948 2,03%2004 42.674 1.941.498 2,20%2005 50.745 2.147.239 2,36%2006 60.345 2.332.936 2,59%2007 70.102 2.558.821 2,74%

Da análise estatística dos dados, ora compilados, veri-ficamos que tanto o FATOR ANFAC, como a taxa de des-conto de duplicatas, praticada pelas instituições financei-ras, AMBOS apresentam o MESMO COEFICIENTE DEVARIAÇÃO, ou seja, ambas apresentam o MESMO RIS-CO, ainda que as suas operacionalidades sejam razoavel-mente diferentes.

Por outro lado, vemos que o FATOR ANFAC, a taxa dejuros do capital de giro e a taxa de desconto de duplicatasapresentam, praticamente, o mesmo coeficiente de varia-ção, o que demonstra não haver entre elas qualquer distor-ção significativa.

FATORANFAC/

CDIMédia

CAPITALDE GIRO/

CDI

CONTAGARANTIDA/

CDI

DES.DUPLIC./

CDI

376,04% 204,72% 418,91% 290,70%

Desv. Padrão 55,88% 27,92% 89,92% 41,73%

Coef. Variação 14,86% 13,64% 21,46% 14,35%

Por sua vez verificamos que a variável observada contagarantida apresentou coeficiente de variação bastante ele-vado, cerca de 45% superior aos demais, o que evidencia oALTO RISCO dela, o que em certa parte é coerente com ascaracterísticas de crédito que essa variável representa.

1.101.255Coeficientes de Correlação

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1832 Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

O IX CongressoBrasileiro de Fomen-to Mercantil, alémde oferecer excelen-tes palestras ondeforam feitas análisesda conjuntura jurídi-ca, econômica, polí-tica e social do País,apontando tendên-cias e perspectivaspara as empresas defomento mercantil,também reservouum espaço, destina-do ao ‘Ambiente deNegócios’, em que,empresas parceirasda ANFAC, fornece-doras de serviçoscomo softwares degestão, seguros, informações cadastrais, certificação di-gital, informações legais, trabalhistas e tributárias e pro-dutos de alavancagem financeira como os FIDC’s, entreoutros, pudessem expor produtos e serviços, demons-trando aos empresários de factoring as novas tecnologiase inovações disponíveis no mercado.

Representantes das empresas que integraram o ‘Am-biente de Negócios’ do IX Congresso Brasileiro de Fo-mento Mercantil, entre elas: IBFM, Petra, Serasa, MapfreSeguros, Order By!, WBA, Comprova.com, Decisão Sis-temas, RGS Sys, Fisco Soft, Capital Consultoria, AnimaTI, Consult Brasil, Austing Rating, Stand By e RPost, fo-ram unânimes em afirmar que o evento foi muito impor-tante para sedimentar relacionamentos e firmar futurasparcerias de negócios, além de se caracterizar como umavitrine que mostrou aos empresários do fomento mer-cantil sua importância para o mundo corporativo econseqüentemente para o desenvolvimento do Brasil.

Segundo Ciro Macedo, da Anima Informáticacom o IX Congresso a empresa teve a oportunidadede tornar-se mais visível para os empresários de fo-mento mercantil que puderam conhecer de pertoseus produtos e serviços. “Recebemos diversas visi-tas, tanto de concorrentes quanto de pessoas que es-tão pensando em abrir uma factoring. O movimento dafeira foi muito bom”.

Ambiente de Negócios doIX Congresso de Fomento Mercantil Troca de informações, boas oportunidades comerciais e de relacionamento

Marcos Nader, da Comprova.com, entusiasmou-sefalando que o IX Congresso foi de excelente qualidadee apresentação. “Valeu muito a pena estar aqui, fize-mos mais de 200 bons contatos”.

Representante da Consult Brasil Obregon Soares,mencionou que é muito importante ter contato com osempresários de factoring para mostrar a ferramenta eapresentar o quanto ela é necessária para a empresa.

Para Válcio Leão, da Decisão Sistemas o IX Con-gresso foi decisivo para interagir com atuais e potenciasclientes, divulgando a empresa de forma mais ampla.Segundo Daniel Reichardt, da Order By “participar doevento como patrocinador é importante, pois consoli-damos ainda mais nossa marca, além de fazermos con-tato com os clientes atuais”.

Na ótica de Ricardo Gruber Bernstein da RGB Sys“A troca de informações que eventos como esse pro-porcionam são essenciais, principalmente, porqueesse encontro só acontece a cada dois anos, portan-to temos que aproveitar a oportunidade”.

Ernani Desbesel, da WBA, disse que estar presenteao IX Congresso foi extremamente relevante, pois oevento reuniu grandes personalidades para discutir te-mas importantes do cenário nacional e trouxe as maio-res e melhores empresas de fomento mercantil do Brasilpara São Paulo.

E s p e c i a l

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1933Fomento Mercantil - Maio/Junho 2008

Responsabilidade Social: AMEO já cadastrou130 mil doadores de medula óssea

Encontrar um doador compatí-vel para o transplante de medulaóssea não é tarefa fácil, muitos pa-cientes não conseguem resistir, comvida, à longa fila de espera em bus-ca da compatibilidade, e acabammorrendo sem encontrar um doa-dor. Na IX edição do Congresso Bra-sileiro de Fomento Mercantil, osparticipantes do evento tiveram aoportunidade de conhecer o traba-lho da Associação da Medula Ósseado Estado de São Paulo – AMEO,que participou do Congresso paracolaborações a entidade.

A AMEO é uma OSCIP - Organi-zação da Sociedade Civil de Interes-se Público e reúne um grupo de pa-cientes, familiares, voluntários, pro-fissionais da área de saúde, contan-do, ainda, com o apoio técnico doHemocentro da Santa Casa deMisericórdia de São Paulo. A pro-posta da entidade é viabilizar otransplante de medula óssea aos pa-cientes que não possuem doadorescompatíveis na família, dependen-do da solidariedade da sociedadecivil para terem suas vidas salvas.

Trabalho desenvolvidoPara isso, a AMEO atua em todo

o processo de apoio aos pacientes,investindo desde a conscientizaçãosobre a importância da doação vo-luntária de medula óssea, até o tra-balho junto à comunidade científi-ca, em busca de melhorias no trans-plante. Além disso, a Associação tempressionado os poderes públicosmunicipal, estadual e federal a inves-tirem, permanentemente, em pro-gramas de doadores e adequarem onúmero de leitos à atual demanda,garantindo o suporte necessário para o tratamento dos pacientes.

Depois de um intenso trabalho,desde o surgimento da entidade,

em 2002, a Associação já cadas-trou 130 mil doadores. Segundo acoordenadora de campanhas daAMEO, Denise Maknavicius, duran-te o Congresso, a Associação con-seguiu recrutar 50 novos doadores.“Este número é muito expressivo,visto que no registro nacional, RE-DOME, temos 640 mil doadores re-crutados nos últimos cinco anospor todo o País.”

A coordenadora avalia que oexemplo da ANFAC, comprometidacom a comunidade, pode contribuire modificar o quadro do País. “Aparceria do setor privado com o ter-ceiro setor tem se mostrado muitoeficaz, capaz de produzir mudançasde grande impacto na área da saú-de, transformando e melhorando aqualidade de vida da comunidade.”

De acordo com Denise, a campa-nha proporcionou informações e es-clarecimentos para todos os partici-pantes. “A ANFAC abriu suas portasno IX Congresso Brasileiro de Fomen-to Mercantil para a AMEO, desenvol-vendo uma campanha, onde os no-vos doadores puderam se sentir se-guros, certamente preparados paradesempenhar a missão com a qual

se comprometeram”, ressalta.Alexandre Dumont, vice-presi-

dente de responsabilidade social,explica que a ANFAC tem a preo-cupação não apenas com o lado fi-nanceiro, mas também com o ladosocial. Hoje, a doação de medulaóssea é pouco divulgada, há pou-co conhecimento sobre isso. Nósbuscamos chamar a atenção paraa deficiência de informação a esserespeito no País.

Muitas pessoas não sabem comofunciona o transplante de medula,desconhecem a importância e têmmedo de doar. A preocupação foialertar os empresários, presentes noCongresso, e conseguir um núme-ro expressivo de doadores. Esta é aprimeira de muitas que a ANFACpretende realizar.

Além do recrutamento destes do-adores, a AMEO realiza um trabalhocontínuo junto a eles, mantendo-osinformados e comprometidos com adoação de medula óssea. Graças aesse trabalho, o Programa Nacionalde Doadores de Medula Óssea come-çou a funcionar e os médicos come-çaram a encontrar doadores brasilei-ros para seus pacientes.

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