Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB Bahia ANO XXII Nº 238 JUL/AGO/2015 ACEITAM-SE BOAS IDEIAS SENAI mantém incubadora e aceleradora para estimular empreendedores e estudantes a desenvolverem projetos de inovação

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Aceitam-se boas ideias SENAI mantém incubadora e aceleradora para estimular empreendedores e estudantes a desenvolverem projetos de inovação.

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ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB

Bahia

aNo XXII Nº 238 Jul/ago/2015

AceitAm-se boAs ideiAs

SENAI mantém incubadora e aceleradora para estimular

empreendedores e estudantes a desenvolverem projetos de inovação

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editoRiAL

Pensar fora da caixa

ter uma ideia incrível pode não ser o bastante

quando se tem um espírito inovador e empre-

endedor. É preciso que ela tome forma, se de-

senvolva e se transforme em ação ou produto. O ca-

minho para que isso aconteça é muitas vezes árduo.

Sem apoio, grandes inovações acabam se perdendo.

Foi para evitar que ideias originais ou quem sabe, re-

volucionárias, tenham a gaveta como destino que o

SENAI Bahia resolveu dar uma forcinha para quem

tem uma ideia brilhante na cabeça e não sabe o que

fazer com ela.

Desde 2012 foi estruturado o Programa de Empre-

endedorismo e Inovação do SENAI, de onde tem saí-

do boas surpresas. Algumas delas estão demonstra-

das nas páginas da matéria de capa desta edição da

Revista Bahia Indústria e revela um pouco do que

a Bahia tem a oferecer em soluções para a sociedade

e, em especial, para a indústria.

Ao todo, são 27 projetos que recebem o suporte do

SENAI: 15 em processo de pré-incubação (uma etapa

inicial, de seleção e validação de ideias), seis já in-

cubados (em fase de desenvolvimento e/ou implan-

tação) e outros seis sendo acelerados. Nesta última

etapa, o projeto recebe um aporte financeiro que per-

mite ao empreendedor acessar o mercado mais rapi-

damente. Por meio do Start Up Brasil, programa do

Governo Federal que atua por meio de aceleradoras

qualificadas como o SENAI, são oferecidos aos em-

preendedores recursos de até R$ 200 mil em bolsas

de pesquisa e desenvolvimento para os profissionais.

Sejam incubados ou acelerados, os perfis dos proje-

tos são dos mais variados, contemplando áreas como

robótica e automação, impressão 3D, supercomputa-

ção, telecomunicações e equipamentos para a cadeia

de petróleo e gás. Igualmente diversificado é o perfil

dos empreendedores. Há casos de estudantes, jovens

recém-formados ou mesmo profissionais mais expe-

rientes que decidem tirar seus protótipos da garagem e

abrir uma start-up – pequenas empresas que apostam

em negócios de risco, com investimento inicial baixo,

mas potencial de crescimento e retorno rápidos.

Para dar suporte a esta iniciativa o SENAI Cima-

tec estruturou o Laboratório Aberto. Recentemente

inaugurado, o espaço oferece aos usuários recursos

São 27 projetos que recebem o suporte do SENAI: 15 em processo de pré-incubação (uma etapa inicial, de seleção e validação de ideias), seis já incubados (em fase de desenvolvimento e/ou implantação) e outros seis sendo acelerados.

Rafael Brito, técnico do SENAI, com um dos projetos da incubadora

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para modelagem computacional,

impressão 3D, circuitos e sistemas

automatizados, além de bancadas

de eletroeletrônica, equipamen-

tos de marcenaria e soldagem e

o apoio de um quadro de pessoal

especializado do SENAI.

O espaço do Cimatec faz parte

de uma rede de laboratórios aber-

tos que serão inaugurados em to-

do o Brasil e integra o Programa

SibratecShop, desenvolvido pelo

Ministério de Ciência, Tecnolo-

gia e Inovação em parceria com

o SENAI e o SEBRAE. A iniciativa

prevê a disponibilização de R$ 1

milhão por laboratório, de modo

a permitir às empresas custear

matéria-prima, assessoria técnica

e o aluguel das máquinas para o

desenvolvimento de seus projetos.

Fica o convite para conhecer

nas páginas desta edição o que o

SENAI Bahia vem realizando pa-

ra estimular a inovação no nosso

estado. Para o SENAI, o futuro é

isso: pensar fora da caixa.

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4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e

tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS

e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-

daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira

Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,

mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-

ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,

detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS

de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.

antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]

/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-

toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS

do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica

e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-

comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material

elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-

toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS

de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato

da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da

conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria

do eStado da Bahia, [email protected]

filiada à

Bahia

fiEBPRESIDENTE Antonio ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-

-PRESIDENTE Carlos henrique Jorge gantois. VICE-

-PRESIDENTES Josair Santos bastos; mário Augusto

rocha pithon; Edison Virginio Nogueira Correia;

Alexi pelagio gonçalves portela Junior. DIRETORES

TITULARES Eduardo Catharino gordilho; Alberto

Cánovas ruiz; Eduardo meirelles Valente; renata

lomanto Carneiro müller; leovegildo oliveira de

Sousa; fernando luiz fernandes; Juan Jose rosario

lorenzo; theofilo de menezes Neto; José Carlos

telles Soares; Angelo Calmon de Sa Junior; Jeffer-

son Noya Costa lima; fernando Alberto fraga; luiz

fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-

TORES SUPLENTES mauricio toledo de freitas; gui-

lherme moura Costa e Costa; gladston José Dantas

Campêlo Waldomiro Vidal de Araújo filho; Cléber

guimarães bastos; Jorge Catharino gordilho; marce-

lo passos de Araújo; Antonio geraldo moraes pires;

roberto mário Dantas de farias

conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-

TRIAL Carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE

ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS mário Augusto

rocha pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR

Angelo Calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-

MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio Ser-

gio Alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos

galindo pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO

E TECNOLOgIA José luis gonçalves de Almeida;

CONSELhO DE MEIO AMBIENTE Jorge Emanuel reis

Cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRABALhISTAS

homero ruben rocha Arandas; CONSELhO DE

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL marconi

Andraos oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS

INDUSTRIAIS Eduardo faria Daltro; COMITê DE PE-

TRóLEO E gáS humberto Campos rangel; COMITê

DE PORTOS Sérgio fraga Santos faria

ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

Jorge Emanuel r. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Car-

los Antonio b. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE

roberto fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene

Aparecida Vilpert; benedito Almeida Carneiro filho;

Cleber guimarães bastos; luiz da Costa Neto; luis

fernando galvão de Almeida; marcelo passos de

Araújo; mauricio lassmann; paula Cristina Cánovas

Amorim; hilton moraes lima; thomas Campagna

Kunrath; Walter José papi; Wesley Kelly felix Carva-

lho. DIRETORES SUPLENTES Antonio fernando Suzart

Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Dé-

cio Alves barreto Junior; Jorge robledo de oliveira

Chiachio; fernando Elias Salamoni Cassis; José luiz

poças leitão filho; mauricio Carvalho Campos; Su-

dário martins da Costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS

luiz Augusto gantois de Carvalho; rafael C. Valen-

te; roberto Ibrahim Uehbe. CONSELhO FISCAL – SU-

PLENTES felipe pôrto dos Anjos; rodolpho Caribé de

Araújo pinho Neto; thiago motta da Costa

SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

Antonio ricardo Alvarez Alban.

SUPERINTENDENTE Armando da Costa Neto

SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio ricardo A. Alban.

DIRETOR REgIONAL luís Alberto breda

DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO leone peter Andrade

iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

Antonio ricardo Alvarez Alban.

SUPERINTENDENTE Evandro mazo

DIRETOR ExECUTIVO DA FIEB

Vladson menezes

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

Unidades do Sistema FIEB

SESI – SERVIçO SOCIAL DA INDúSTRIA

Sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – SERVIçO NACIONAL DE APRENDIzAgEM INDUSTRIAL

Sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – INSTITUTO EUVALDO LODI

Sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - CENTRO DAS INDúSTRIAS DO ESTADO DA BAhIA

Sede: (71) 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

Editada pela gerência de Comunicação Institucional

do Sistema fieb

CONSELhO EDITORIAL mônica mello, Cleber borges e patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-

RIAL Cleber borges. EDITORA

patrícia moreira. REPORTAgEM

patrícia moreira, Carolina men-donça, marta Erhardt, Emília Valente, luciane Vivas e Décio Esquivel (estagiário). PROJETO

gRáFICO E DIAgRAMAçãO Ana Clélia rebouças. FOTOgRAFIA Coperphoto. ILUSTRAçãO E IN-

FOgRAFIA bamboo Editora. IM-

PRESSãO gráfica trio.

FEDERAçãO DAS INDúSTRIAS

DO ESTADO DA BAhIA

rua Edístio pondé, 342 – Stiep, CEp.: 41770-395 / fone:

71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da fIEb.

Page 5: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Publicação

atualiza

regulamentação

para licenciamento

ambiental

Manual de licenciaMento

Projeto registra 15% de evasão, um dos

mais baixos índices entre as 21 cidades

do país onde o SESI adota o projeto de

ressocialização. Na Bahia, uma nova

turma de 160 jovens foi diplomada

ViraVida na Bahia é destaque nacional

Sinditabaco propõe criar a Rota do

Charuto, roteiro turístico pelo

Recôncavo com visitação às fábricas

de produção artesanal e contato com

a cadeia de produção

roteiro reVela tradição do taBaco Baiano

Empresas e

estudantes

reuniram-se para

workshop e

premiação anual

12º PrêMio de estágio

SENAI vira celeiro

de boas ideias

com a incubadora

e aceleradora de

projetos voltados

para a indústria

acelerando a inoVação

sumáRio jul/ago 2015

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Capa: Ana Clélia Rebouças

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6 Bahia Indústria

Por Marta Erhardt

Workshop e premiação marcaram

a 12ª edição do prêmio IEl de Estágio, que reuniu empresas e estudantes na fIEb

Destaques em estágio

Com um projeto de adequa-

ção tarifária, no qual efe-

tuou o estudo dos contratos

de fornecimento firmados

entre os consumidores de energia

de alta tensão e as concessionárias,

a estudante de Engenharia Elétrica

da Faculdade Área 1, Regiane Ba-

tista, reduziu em R$ 70 mil, em me-

nos de um ano, os custos com o in-

sumo na empresa na qual trabalha.

Iniciado em setembro de 2014,

em 10 filiais da empresa Máquina

a formação acadêmica dos alunos.

Entre as instituições de ensino

finalistas, a Faculdade Maurício

de Nassau se destacou. “Esse prê-

mio é uma forma de despertar um

olhar mais delicado para a prática

de estágio, sem a qual a gradua-

ção não está completa”, pontuou

a analista de Carreiras da institui-

ção, Ivonildes Silva.

Na categoria empresas, a Sof-

twell Solutions (do segmento de

software) levou, pela segunda vez,

o prêmio entre as organizações de

pequeno porte; o Sebrae ficou com

o primeiro lugar entre as de médio

porte; e a Máquina de Vendas Bra-

sil (varejista do segmento de eletro-

eletrônicos) foi vencedora entre as

de grande porte. “O mais impor-

tante de tudo é que a gente forma

pessoas e fortalece os valores dos

estudantes”, ressaltou a gerente de

Desenvolvimento de RH da Máqui-

na de Vendas Brasil, Priscilla Brei-

tenbauch, sintetizando o sentimen-

to dos demais vencedores.

de Vendas, na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do

Norte, o projeto foi ampliado para outras 22 lojas da

rede e a estimativa é reduzir, até o final do ano, mais

R$ 150 mil com os ajustes.

Regiane foi vencedora do Prêmio IEL de Estágio na

categoria Estagiário, incluída na premiação nesta 12ª

edição. “Não é impossível. A gente tem que acreditar

no nosso sonho. A ferramenta do sucesso está no co-

nhecimento”, comemorou.

A premiação também homenageou as empresas

com melhores práticas de atração, desenvolvimento

e retenção de estagiários e as instituições de ensino

que apoiam e incentivam a prática de estágio durante

ieL pRemiA

Page 7: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 7

ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb

Raymundo Dórea, ao lado do Mapa

Estratégico de Inovação da empresa,

destaca os benefícios do JOIN

A entrega do Prêmio IEL de Es-

tágio fez parte da programação do

16º Workshop de Estágio, no Dia do

Estagiário (18.8), em cerimônia no

auditório da Federação das Indús-

trias do Estado da Bahia (FIEB).

"O IEL é uma instituição focada

em educação e, desde sua criação,

já encaminhou mais de 200 mil

estudantes para o mercado de tra-

balho”, destacou o vice-presidente

Josair Bastos, que representou a

FIEB no evento.

Já o superintendente do IEL,

Evandro Mazo, falou sobre a im-

portância do envolvimento das

universidades, empresas e dos es-

tudantes no processo de estágio,

ressaltando os desafios que de-

vem ser enfrentados por cada um

destes agentes diante do cenário

de mudança constante, que exige

soluções de problemas de forma

mais rápida.

“Para os estudantes, o desafio

é pensar globalmente, ter matu-

ridade para aprender e para lidar

com o ambiente de trabalho diver-

sificado. As instituições de ensino

precisam adequar seus planos de

trabalho e dinâmica de aulas às

demandas do mercado. Já as em-

presas precisam identificar e reter

seus talentos”, explicou.

WORKSHOPA programação do workshop

contou com a palestra Bahia, fico

ou vou embora?, ministrada pelo

publicitário Maurício Magalhães,

que fez algumas provocações ao

público. Além de abordar sua ex-

periência profissional, o comuni-

cólogo, que desenvolveu sua car-

reira na Bahia e atualmente mora

em São Paulo, também falou sobre

a possibilidade de crescimento

profissional na Bahia.

“Precisamos de um ambiente

de negócios melhor. A gente es-

tá virando fornecedor de mão de

obra. Em São Paulo, o baiano é

visto como mão de obra rara, tra-

balhadora e dedicada”, ressaltou.

Sócio-presidente da Agência

TUDO, uma empresa do Grupo

ABC, presidido por Nizan Guana-

es, Maurício Magalhães defendeu

uma postura mais ativa e partici-

pativa da sociedade – e dos jovens

em especial – para transformar

o ambiente local. “A força de São

Paulo está no coletivo, no todo.

Na Bahia, o charme está no indi-

víduo. É preciso mudar o perfil,

olhar o todo, se enxergar como

artífice de mudança”, destacou o

publicitário.

O Workshop de Estágio tam-

bém contou com a apresentação

do coral Os Pequenos Cantores

da Monsanto. Regidos pelo maes-

tro e pianista Alcides Lisboa, os

integrantes do coral, criado em

2001, encantaram o público com

interpretações de músicas como

Semente do Amanhã, de Gonza-

guinha. [bi]

>Confira a lista de finalistas no portal do Sistema FIEB (www.fieb.org.br)

Os vencedores

nas três

categorias da

edição 2015

do Prêmio;

o publicitário

Maurício

Magalhães

em palestra

durante o

Workshop

Page 8: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

8 Bahia Indústria

ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb

as micros, pequenas e médias empresas têm às

suas mãos agora um instrumento para auxiliar

na realização dos procedimentos para obtenção

e/ou renovação de licenças junto aos órgãos ambien-

tais. Trata-se do Manual de Licenciamento Ambiental.

Iniciativa do Sistema FIEB, em parceria com o Insti-

tuto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA)

e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE), a publicação foi apresentada oficialmente

a executivos dos mais diversos setores da indústria

baiana durante o V Evento FIEB de Meio Ambiente, no

dia 4 de agosto.

“É uma iniciativa muito bem-vinda, que está sen-

do lançada num momento oportuno para todo o em-

presariado”, acredita a gerente de Meio Ambiente e

Responsabilidade Social da FIEB, Arlinda Coelho.

Segundo a gerente, o manual atende à demanda ge-

rada pela mudança na legislação que regulamenta o

licenciamento ambiental no estado e que introduziu,

em novembro de 2014, alterações nos fluxos do pro-

cesso. Ilustrado com imagens da fauna e flora baia-

nas, a publicação traz, em suas 65 páginas, desde a

definição do que é uma licença ambiental até dados

sobre os processos, documentos e prazos para a ob-

tenção do anuência dos órgãos competentes, em lin-

guagem atraente e acessível.

guia de sustentabilidadefIEb lançou no V Evento de meio Ambiente manual que orienta empresas nos processos de licenciamento ambiental

Arlinda Coelho

destaca que

o Manual vai

auxiliar os

empresários

A iniciativa faz parte do projeto Indústria Baia-

na Sustentável. Lançado em 2013, como fruto de um

termo de cooperação entre FIEB, Inema e Sebrae, o

projeto presta apoio a micros, pequenas e médias em-

presas nos processo de licenciamento ambiental em

diversos níveis, incluindo a intermediação dos trâ-

mites para dar celeridade aos processos nos órgãos

ambientais. Até o momento, já foram atendidas 100

empresas associadas a 37 sindicatos filiados à FIEB,

representativos dos mais diversos segmentos produ-

tivos em 42 municípios baianos.

EvENtO dE MEIO AMBIENtEO lançamento do manual foi apenas uma das ati-

vidades do V Evento de Meio Ambiente, que atraiu

mais de cem executivos à FIEB. Com o tema Desa-

fios e Oportunidades Ambientais para o Setor Empre-

sarial Baiano, o evento colocou em pauta questões

que estão na ordem do dia para a competitividade

das empresas, como mudanças climáticas, gestão de

resíduos sólidos, recursos hídricos e a relação entre

inovação e sustentabilidade.

“O que precisamos neste momento é de agendas

positivas”, enfatizou o presidente da FIEB, Antonio

Ricardo Alban, ressaltando os desafios do atual ce-

nário de crise, que demandam uma visão ampla da

sustentabilidade, e a preocupação ainda maior com

a agilidade e a eficiência. Ao lado do presidente da

FIEB, estiveram à mesa de abertura o superintenden-

te de Estudos e Pesquisas Ambientais da Secretaria

do Meio Ambiente, Luis Ferraro, representando o se-

cretário de Meio Ambiente Eugênio Spengler, o dire-

tor superintendente do SEBRAE Adhvan Furtado e o

secretário de Cidade Sustentável de Salvador, André

Fraga, além do coordenador do Conselho de Meio

Ambiente da FIEB e vice-presidente do Centro de In-

dústrias do Estado da Bahia (CIEB), Jorge Cajazeira.

Com formato inspirado no programa Roda Vida,

o evento deste ano foi concebido para estimular o

debate e a interação entre os participantes. Quatro

conferencistas fizeram apresentações e responderam

questões colocadas por especialistas convidados. [bi]

Page 9: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

circuito

Bahia Indústria 9

Por cleBer Borges

Reação leva governo a recuar na CPMFO recuo do governo federal em

reeditar a Contribuição Provisória

para Movimentação Financeira

(CPMF) deveu-se à reação

contrária do setor produtivo e dos

demais segmentos representativos

da sociedade. Na Bahia, OAB,

Federação das Câmaras de

Dirigentes Lojistas, Associação

Comercial, Fecomércio e FIEB

divulgaram conjuntamente na

imprensa nota pública na qual

salientavam que a criação de mais

um imposto reduziria a

competitividade das empresas e

penalizaria a sociedade, que não

tem responsabilidade sobre o

descontrole nas contas públicas.

Dificuldades na indústria da construçãoAssim como aconteceu no

fechamento do primeiro semestre,

a indústria da construção civil

terminou julho com 40% de

ociosidade do seu parque

industrial. É o que revela a

Sondagem Indústria da

Construção, da Confederação

Nacional da Indústria, para quem

as dificuldades enfrentadas pelo

setor se agravaram em julho. Os

indicadores revelam queda na

atividade e no emprego. Conforme

a pesquisa, feita com 596

construtoras de todo o país, o

índice de nível de atividade

acumula uma queda de 13,8

pontos em 12 meses e é o mais

baixo da série histórica, que

começou em dezembro de 2009. A

maior ociosidade foi registrada

nas pequenas empresas,

segmento em que a utilização da

capacidade de operação foi de

apenas 55%.

“Quando escrita em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro

representa oportunidade.”John Fitzgerald Kennedy, presidente dos EUA (1961–1963), ao conclamar os norte-americanos a investir, apesar das crises durante seu governo

Sistema tributário reprovado por 70% das indústrias O sistema tributário brasileiro está muito longe do ideal. Além da elevada carga

tributária, o número de impostos é grande, a estrutura é muito complexa e pouco

transparente, não respeita direitos e garantias do contribuinte e traz insegurança

jurídica. Essa é a conclusão de pesquisa feita pela Confederação Nacional da

Indústria com 2.622 empresários de todo o país. Segundo eles, o ICMS, a Cofins e as

contribuições previdenciárias são os impostos que mais afetam a competitividade.

Mais de 70% das empresas reprovam a estrutura tributária brasileira. O número de

impostos foi o item com a pior avaliação: 90% dos entrevistados o consideraram

ruim ou muito ruim. O item simplicidade teve 85% de respostas muito ruim ou ruim.

Ociosidade é a maior dos últimos 12 anosA utilização da capacidade

instalada da indústria

brasileira recuou 0,9 ponto

percentual em julho, em

relação a junho, baixando para

78,6%, o menor resultado da

série histórica, que começou em

2003. Todos os indicadores

caíram, o que reforça o quadro

recessivo da indústria, informa

pesquisa da CNI. No mesmo

período, o faturamento da

indústria caiu 0,2% e as horas

trabalhadas na produção

diminuíram 2,3%. Para a CNI, a

desvalorização cambial

contribuirá para melhorar a

competitividade da indústria,

mas não será suficiente para

reverter a situação atual.

Page 10: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

10 Bahia Indústria

sindicatos ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb

ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEbOs principais alvos de fiscalização em empresas de abate e processa-

mento de carnes e derivados foram discutidos durante o Seminário NR 36,

promovido pelo Sindicato de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sin-

car), na FIEB, no dia 10 de agosto. Representando a FIEB, o vice-presidente

Mário Pithon destacou a relevância do diálogo entre empresários e o órgão

fiscalizador. “Nós queremos a aplicação da lei, mas o poder de polícia de-

ve ser aplicado com razoabilidade”, ressaltou. A importância da aproxi-

mação da Superintendência com o setor industrial também foi destacada

pelo presidente do Sincar, Júlio Farias, e pelo superintendente Regional

do Trabalho, Severiano Alves de Souza.

O vice-presidente da FIEB, Mário Pithon, representou a instituição

Armando Neto e Carlos henrique Passos

seminário debate fiscalização do trabalho em frigoríficos

Sindiplasf participa de encontro em SC

O presidente do Sindiplasf, Luiz

da Costa Neto, participou, dia 23.7,

do 2º Intercâmbio de Lideranças

Setoriais da Indústria do Plástico,

na Federação das Indústrias de

Santa Catarina. O encontro reuniu,

em Florianópolis, 14 presidentes e

dois diretores de sindicatos. "Foi

uma oportunidade de discutir as

dificuldades do setor, levantar su-

gestões e definir ações conjuntas",

avaliou Luiz Neto. O Intercâmbio

faz parte do Programa de Desen-

volvimento Associativo.

Visitas aproximam Simmefs das empresas

Para apoiar as demandas do

setor e fortalecer o associativismo,

Simmefs realiza visitas técnicas às

empresas da região. O coordena-

dor regional da FIEB, Antônio Luiz

Gomes, e o executivo do sindicato,

Geraldo Nicacio, apresentam as

instituições e prestam orientação

sobre questões trabalhistas, jurí-

dicas, fiscais e administrativas.

Nas visitas, representantes do SE-

SI, SENAI e IEL apresentam os pro-

dutos e serviços oferecidos para as

indústrias.

Encontro discute liderança e SST na indústria da construção

O Sinduscon-BA e o SESI lançaram o Progra-

ma de Treinamento para Lideranças, desenvol-

vido pelo Programa Nacional de Segurança e

Saúde no Trabalho para a Indústria da Constru-

ção (PNSST-IC), durante encontro ocorrido, dia

28.7. O programa visa desenvolver e aprimorar

as habilidades das lideranças em três níveis

hierárquicos: mestres e encarregados, geren-

tes e engenheiros e diretores e empresários. “É

preciso transformar a construção, estimulando

a mudança da cultura para a prevenção de aci-

dentes de trabalho e de doenças ocupacionais”,

afirmou o presidente, Carlos Henrique Passos.

quimbahia reelege diretoriaEm eleição realizada em junho, a di-

reção do Sindicato das Indústrias de Pro-

dutos Químicos para Fins Industriais e de

Produtos Farmacêuticos da Bahia (Quim-

bahia) foi reeleita para mandato até 2018. Segundo o

presidente reeleito, João Augusto Tararan, “o foco

estará na ampliação do número de associados”.

Sindicer participa de encontrodo setor em Teresina

Com o objetivo de intensificar a interação e a troca

de experiências, empresários da indústria de cerâmi-

ca vermelha participaram, em junho, do 20º Encon-

tro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste

e da 10ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha,

realizados em Teresina. O diretor do Sindicer-BA,

Paulo Barbosa, representou o sindicato baiano.

Page 11: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 11

Eduardo gordilho com a diretoria da FIEB e do CIEB, na inauguração

sindifite inaugura nova sede com melhor infraestrutura

ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb

mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb

Sinprocim reúne trabalhadores em dia de atividades esportivas

Cerca de 300 trabalhadores de nove empre-

sas associadas ao Sindicato das Indústrias de

Produtos de Cimento (Sinprocim-BA) participa-

ram da 5ª edição da Jornada de Esporte e Lazer

Sinprocim, realizada dia 11 de julho, no SESI Si-

mões Filho. Este ano, a Jornada contou com dis-

putas em 11 modalidades esportivas. A empresa

Desal ficou em primeiro lugar na competição,

seguida pela IBPC e Postes Nordeste. “Esse é um

momento de integração entre os trabalhadores

das empresas do setor”, ressaltou o presidente

do Sinprocim, José Carlos Soares.

Dirigentes de sindicatos de reparação de veículos

Líderes de sindicatos de repara-

ção de veículos de 13 estados brasi-

leiros participaram, em junho, da

2ª reunião do Sindirepa Nacional,

na sede da FIEB. A associação re-

úne sindicatos patronais de repa-

ração de veículos de 18 estados. A

queda da arrecadação sindical foi

um dos temas tratados no encon-

tro. “A reunião nos permite discu-

tir os problemas comuns e buscar

soluções em prol do segmento”,

avaliou o presidente do Sindirepa-

-BA, Reginaldo Rossi.

Com a presença de empresários, dirigentes sindicais e da Federação

das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Sindicato da Indústria de

Fiação e Tecelagem (Sindifite), inaugurou, no dia 21.07, sua nova sede,

localizada na Avenida Tancredo Neves, em Salvador. Para o presidente

da entidade, Eduardo Gordilho, com a nova estrutura, o sindicato in-

tensificará os trabalhos, apoiando a política de interiorização da FIEB.

“Teremos um local exclusivo e com estrutura adequada para atender

às demandas das empresas e desenvolvimento de ações, com foco na

ampliação no quadro de associados”, afirmou Gordilho. Atualmente o

Sindifite conta com 17 empresas associadas, que geram 4.500 empregos.

Empresários relatam experiência associativa

A convite da CNI, o diretor do

Sinprocim-BA, Jarilson Santa-

na, participou do Diálogo sobre

a Competitividade da Indústria,

ação do Programa de Desenvolvi-

mento Associativo (PDA) que tem

o propósito de mostrar que muitos

dos problemas enfrentados pelas

empresas podem ser superados

por meio da ação coletiva. O en-

contro foi promovido pela Federa-

ção das Indústrias do Maranhão

(FIEMA), dia 22 de julho, na cida-

de de São Luís.

Workshop discute tributação para o setor de cosméticos

Empresários e representantes de empresas do

setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

tiveram a oportunidade de entender melhor os tribu-

tos federais e estaduais voltados para o setor, com o

workshop Tributação do Setor de HPPC: Entendendo e

Praticando, realizado na Federação das Indústrias do

Estado da Bahia, em 7 de julho.

O evento foi promovido pelo Sindicato das Indús-

trias de Cosméticos e Perfumaria do Estado da Bahia

(Sindcosmetic), em parceria com ABIHPEC, FIEB e Se-

brae. “Além de a carga tributária ser alta, a legislação

é complicada, o que dificulta o entendimento do em-

presário e o desenvolvimento da empresa”, ressaltou

o presidente do sindicato, Raul Menezes.

Futsal foi uma das 11 modalidades disputadas

Page 12: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

12 Bahia Indústria

Por EMília ValEntE

Em meio à crise econômica, indústrias de base florestal ostentam números positivos

Na contramão do cená-

rio de crise econômica,

o setor florestal vive um

momento de expansão,

com balança comercial favorável,

exportações em alta e aumento no

volume de área plantada. Os núme-

ros positivos constam do Relatório

Ibá 2015 e do anuário Abaf – Bahia

Florestal 2015. Lançadas dia 6 de

agosto na sede da FIEB, em evento

promovido pela Indústria Brasi-

leira de Árvores (Ibá), Associação

Baiana das Empresas de Base Flo-

restal (Abaf) e Sindicato das Indús-

trias de Papel, Celulose, Papelão,

Pasta de Madeira para Papel e Ar-

tefatos de Papel e Papelão no Es-

tado da Bahia (Sindpacel), as duas

publicações traçam um panorama

animador da cadeia produtiva de

base florestal tanto no estado da

Bahia como no Brasil.

“Precisamos ser contagiados

pelo otimismo que anima hoje o

setor florestal, aprender com as li-

ções e méritos deste segmento que

navega hoje num mar de almiran-

te”, sinaliza o presidente da FIEB,

Antônio Ricardo Alban. Para a

presidente executiva do Ibá, Eli-

sabeth Carvalhaes, “os dados con-

solidados nos anuários dão uma

dimensão da relevância econô-

mica, social e ambiental do setor

agroflorestal”. Um dos cinco mais

importantes do Brasil, o segmento

é responsável por 1,1.% de toda a

riqueza gerada no país, por 5,5%

do PIB indústria e pela geração de

5 milhões de empregos.

cENáRIOOs números são ainda mais sig-

nificativos, levando em conta o ce-

nário global da economia brasilei-

ra. Em 2014, o PIB do setor cresceu

1,7%, alavancado principalmente

pela expansão do volume de ex-

portações de celulose (12,6%). A

expansão é 17 vezes maior do que a

do PIB brasileiro – e muito superior

à de segmentos como agropecuária

(0,4%), indústria (-1,2%) e serviços

(0,7%). Entre os fatores que contri-

buíram para o bom desempenho

estão a desvalorização do real em

relação ao dólar, a elevação do pre-

ço da celulose no mercado interna-

cional e a alta produtividade das

árvores plantadas no país. Só para

ter uma ideia, no Brasil, a área flo-

restal necessária para a produção

de 1,5 milhão de toneladas de celu-

oásis de crescimento

lose por ano é de 140 mil hectares – um quinto da área

necessária em um país como a Escandinávia.

Localmente, os números do anuário Abaf espe-

lham a tendência nacional. O PIB do segmento no

Estado cresceu 6,5% de 2013 para 2014, atingindo um

volume de recursos da ordem R$ 9,02 bilhões. Em

paralelo, o montante arrecadado com as compras ex-

ternas chegou a US$ 1,67 bilhão, garantindo aos pro-

dutos do segmento o primeiro lugar no ranking de ex-

portações do estado, à frente de setores tradicionais

como combustíveis e derivados, produtos químicos e

orgânicos. Mais expressiva ainda é a contribuição do

setor para a balança comercial baiana. Em 2014, as

indústrias de base florestal registraram um superávit

positivo na comparação entre suas exportações e im-

portações, da ordem de US$ 1,64 bilhão. O número é

60 vezes maior que o saldo da balança comercial do

estado no mesmo período.

“E a boa notícia é que o segmento tem um poten-

cial enorme para crescer na Bahia”, comemora o pre-

sidente da Abaf, Sérgio Bornstein, lembrando que a

área de plantio no Estado corresponde a apenas 1,2%

do território baiano. No ranking dos principais es-

tados produtores de florestas no Brasil, ocupamos o

quinto lugar, com 671 mil hectares de área plantada.

Em contrapartida, somos benchmarking mundial em

produtividade de eucalipto, com uma performance

(42 metros cúbicos de hectare por ano) superior tanto

à média brasileira como a de outros importantes paí-

ses produtores de florestas.

Do ponto de vista do impacto social do segmento,

também há dados animadores: os municípios que se-

Page 13: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 13

Setor vive

momento de

expansão,

com balança

comercial

favorável

fotoS VAltEr poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb

diam indústrias de base florestal vêm apresentando

uma evolução mais favorável no Índice do Desenvol-

vimento Humano (IDH), que avalia critérios como

educação, longevidade e renda. “Entre os anos de

1991 e 2010, a média de crescimento do IDH dos mu-

nicípios florestais, como Eunápolis e Mucuri, chegou

a 84%, contra apenas 63% dos municípios não-flores-

tais”, informa Bornstein.

Em meio às boas notícias, o presidente do Sin-

dpacel, Jorge Cajazeira, alerta, no entanto, para dois

grandes desafios enfrentados pelo setor: a segurança

fundiária e os fatores logísticos. “Atualmente, é a au-

sência do porto na região Sul do Estado que impede a

expansão do setor na Bahia”, resume.

dOAÇÃO dE MUdASDurante o evento de lançamento do Relatório Ibá

2015 e do anuário Abaf – Bahia Florestal 2015. tam-

bém foi realizada a assinatura de um termo de coope-

ração ambiental entre a Prefeitura Municipal de Sal-

vador e as entidades ABAF e Sindpacel para a doação

de 10 mil mudas de espécie de Mata Atlântica, que

serão plantadas em diversos locais da cidade. A ceri-

mônia contou com a presença do vice-governador do

Estado, João Leão, do secretário de Cidade Sustentá-

vel de Salvador, André Fraga, além do presidente do

Sindpacel, vice presidente do Centro das Indústrias

do Estado da Bahia (CIEB) e coordenador do Conselho

de Meio Ambiente, Jorge Cajazeira. [bi]

EXPORTAÇÃO DO SETOR DEBASE FLORESTAL BAIANO

US$ 1,67Bilhão

68%

22%

5%

5%

Celulose

CeluloseSolúvel

Papel

FerroLiga

Bahia

Brasil100%

14,9%

EXPORTAÇÕES DO ESTADO DA BAHIABilhão US$

0,52 Cobre

1,67Produtos de Base Florestal

1,37Combustíveis e Derivados

1,26Produtos Químicos Orgânicos

0,90Grãos, Sementes e Frutos Diversos

fotoS DIVUlgAção AbAf

Page 14: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

14 Bahia Indústria

o Projeto ViraVida foi im-

plantado na Bahia em

maio de 2010 e destaca-

-se no cenário nacional

apresentando um dos mais baixos

índices de evasão entre os 21 esta-

dos do país que adotam o projeto,

com 15% de desistência, face à mé-

dia nacional de 20%.

Idealizado pelo Departamento

Nacional do SESI e conduzido pe-

la Gerência de Educação do SESI

Bahia, o projeto já atendeu 427

jovens em situação de vulnerabili-

dade no estado. No dia 17 de agos-

to, o ViraVida diplomou mais uma

turma de 160 alunos, em solenida-

de no SENAI Cimatec. Na ocasião,

foram apresentados os 100 novos

educandos que passaram a inte-

grar o projeto.

Realizado pelos departamentos

regionais do SESI em parceria com

as entidades do Sistema S (SENAI,

Senac, Sesc e Sebrae), o projeto

também conta com o apoio de or-

ganizações sociais, que atuam no

acolhimento e encaminhamento

dos jovens de 16 a 21 anos. As em-

presas também são parceiras ao

abrir espaço para eles no mercado.

Do total de inscritos, 87% dos

egressos estão trabalhando, após

passarem por capacitação. Os 160

formandos da turma de 2015 foram

capacitados pelo SENAI em cursos

como manutenção de microcom-

putadores, assistente administra-

tivo e auxiliar de rotinas adminis-

trativas e de obras.

O Senac ofereceu cursos de re-

cepcionistas em meios de hospe-

dagem, inglês aplicado a serviços

turísticos, balconista de farmácia

e operador de caixa de supermer-

cado. Destes jovens, 121 estão in-

seridos no mercado de trabalho,

atuando na indústria, empresas

de comércio e serviços.

Formatura

reuniu os 160

educandos

do projeto no

SENAI Cimatec

Os jovens recebem formação

pedagógica para competar o ciclo

de estudos. Dentre eles, 63% dos

que já foram acolhidos pelo Vira-

Vida concluíram o ensino básico

na rede pública. Um total de 5%

dos estudantes está cursando o

ensino superior e 2% curso técni-

co do SENAI.

FORMAtURAA solenidade de formatura con-

tou com a presença do presidente

do Conselho Nacional do SESI, Gil-

berto Carvalho, do vice-presidente

da FIEB, Edison Virgínio, que re-

presentou o presidente Ricardo Al-

ban, do superintendente do SESI

Bahia, Armando Neto, além dos

representantes das organizações

parceiras, que foram homenagea-

dos pelo apoio ao projeto.

Na abertura, o Núcleo de Prá-

ticas Orquestrais do SESI Bahia,

formado por estudantes da Esco-

la Bernardo Martins Catharino e

do Centro de Apoio à Inclusão do

SESI, recepcionou os formandos,

executando duas peças musicais e

o Hino Nacional.

O vice-presidente Edison Virgí-

nio fez a saudação aos formandos

e agradeceu os apoiadores do Vi-

ra Vida. “Meus parabéns a todas

estas instituições que fazem com

que este projeto aconteça e aos for-

mandos, que graças à persistência

chegaram até aqui e agora têm

uma nova perspectiva de vida”.

O presidente do Conselho Na-

cional do SESI, Gilberto Carvalho,

lembrou que o ViraVida foi ideali-

zado por Jair Meneghelli, que teve

a sensibilidade de identificar uma

solução para acolher jovens em si-

tuação de risco social.

Mas o principal ponto desta-

cado pelo presidente do Conselho

Nacional foi o fato de o projeto re-

Page 15: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 15

bAhiA é

projeto de ressocialização de jovens registra um dos mais

baixos índices de evasão do país

Por patrícia MorEira

gistrar um baixo índice de evasão,

na Bahia. “O SESI Bahia soube

encontrar uma forma de atrair o

jovem e fazer com que eles não de-

sistam”, destacou Carvalho.

O conselheiro do SESI Bahia,

Carlos Cohim Silva acrescentou

que o ViraVida é uma iniciativa

que oferece uma expectativa de

futuro aos jovens. “A gente vê o

quanto este projeto oferece incen-

tivo para que estes adolescentes

resgatem sua história e sua cida-

dania quando vemos aqueles que

já passaram por aqui encaminha-

dos profissionalmente”, destacou.

fotoS mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb

Cláudia Libório, gerente do ViraVida leu uma mensa-

gem para os jovens faando da importância de sempre

recomeçar e persistir.

Para os formandos, o momento foi de comemorar.

“Fui capacitado em auxiliar administrativo indus-

trial e hoje estou atuando como jovem aprendiz. Este

momento aqui é emocionante e gratificante para mim

que, antes do projeto, estava sem perspectiva de vida

e não conseguia sonhar. Hoje, acredito que posso rea-

lizar meus sonhos”, declarou João (nome fictício), um

dos 160 formandos.

Para Natália, o ViraVida foi o lugar onde sua vida

se transformou. “Aprendi a interagir com as pessoas

e agradeço a todos os que me ‘puxaram a orelha’. O

ViraVida foi para mim um ponto de partida”, destaca

a jovem, formada em auxiliar administrativo. [bi]

destaque noViRAVidA

Page 16: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

16 Bahia Indústria

Com apoio dos processos de incubação e aceleração do SENAI, pequenas empresas dão seus primeiros passos apostando na inovação para driblar a crise

a vez Dasstartups

Por EMília ValEntE

DIV

Ulg

Ação

Pó colorido abre portas para empreendedorNa Índia – berço dos Holi Festivals, onde as pessoas saúdam a chegada da primavera, atirando tinta umas nas outras – ele é conhecido como gulal. Nos Estados Unidos, color powder. O pó colorido que virou febre em festivais de música eletrônica abriu as portas do mundo do empreendedorismo para Pablo Arruti. Formado em filosofia, Pablo fazia performances em festas, quando decidiu fabricar em casa sua versão do produto. Com o Zim – um pó biodegradável à base de amido de milho e corante comestível – ele se tornou o primeiro fabricante em larga escala do Brasil. E os negócios cresceram rapidamente. A produção subiu de 7 toneladas em 2013 para 70 em 2014. Hoje, são 15 toneladas por mês, com previsão de faturamento de R$ 3,2 a 3,8 milhões no ano.A consultoria do SENAI permitiu a Pablo reformular o seu processo produtivo, usando técnicas mais limpas e eficientes. Agora, o desafio é garantir a sobrevivência do negócio para além do mercado de entretenimento. "Nossa meta é atingir o público infantil em 2016, com um novo produto, o Zim Bio, antialérgico e inteiramente natural", diz Pablo. O pó poderá substituir produtos como a tinta guache em atividades lúdicas e educativas. Para isso, porém, o produto precisa do selo do Inmetro. "Espero que o processo de incubação me ajude a superar os entraves burocráticos ao lançamento no mercado", diz Pablo.

Page 17: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 17

Page 18: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

18 Bahia Indústria

m tempos de oferta

de emprego formal

em baixa, apostar

em ideias inovado-

ras pode ser uma

saída para reverter

o cenário adverso.

Criado em 2012, o

Programa de Empreendedorismo

e Inovação do SENAI vem atraindo

um número crescente de indivídu-

os e empresas interessados em em-

preender com o suporte dos pro-

cessos de incubação e aceleração

da instituição. “De 2013, quando

lançamos o primeiro edital do pro-

grama, a 2014, o volume de inscri-

tos cresceu seis vezes”, contabiliza

Flávio Marinho, responsável pela

coordenação do programa.

E o avanço não é apenas numé-

rico. Uma conquista do programa

tem sido atrair empreendimentos

mais qualificados e com maior

foco no universo da indústria. “O

amadurecimento das propostas

é visível”, garante Marinho. Uma

vez selecionados nos editais, os

empresários passam a contar com

facilidades em infraestrutura (la-

boratórios, salas de reunião, tele-

fonia, internet), acesso a instru-

mentos de financiamento, orien-

tação tecnológica, treinamentos e

consultorias.

Hoje, 27 projetos recebem o su-

porte do SENAI: 15 em processo de

pré-incubação (uma etapa inicial,

de seleção e validação de ideias),

seis já incubados (em fase de de-

senvolvimento e/ou implantação)

e outros seis sendo acelerados.

Nesta última etapa, o projeto rece-

be um aporte financeiro para aces-

sar o mercado mais rapidamente,

que pode vir tanto de investidores

externos quanto por meio do Start

Up Brasil. O programa do Governo

Federal, que atua por meio de ace-

leradoras qualificadas como o SENAI, oferece

aos empreendedores até R$ 200 mil em bolsas

de pesquisa e desenvolvimento.

Sejam incubados ou acelerados, os perfis

dos projetos são dos mais variados, contem-

plando áreas como robótica e automação,

impressão 3D, supercomputação, telecomu-

nicações e equipamentos para a cadeia de

petróleo e gás. Igualmente diversificado é o

perfil dos empreendedores. Há estudantes,

jovens recém-formados ou mesmo profissio-

nais mais experientes que decidem tirar seus

protótipos da garagem e abrir uma start-up

– pequenas empresas que apostam em negó-

cios de risco, com investimento inicial baixo,

mas potencial de crescimento e retorno rápi-

dos. Em outros casos, empresas já estabeleci-

das no mercado criam uma célula externa pa-

ra desenvolver um projeto com liberdade em

relação às contingências do dia-a-dia. Nas

próximas páginas, reunimos sete histórias de

serviços e produtos inovadores que estão sen-

do desenvolvidos ou acabam de desembarcar

no mercado com o apoio do SENAI e o espírito

empreendedor de seus criadores.

LABORAtóRIO ABERtOMas não são apenas as empresas incuba-

das que podem ter acesso ao ambiente de ino-

vação oferecido pelo SENAI. Recentemente

inaugurado, o Laboratório Aberto do SENAI

Cimatec está oferecendo ao público um es-

paço para transformar ideias inovadoras em

protótipos de produtos. Lá, pequenas empe-

sas, empreendedores e mesmo amadores dis-

põem de recursos para modelagem compu-

tacional, impressão 3D, circuitos e sistemas

automatizados, além de bancadas de eletro-

eletrônica, marcenaria e soldagem, entre ou-

tros equipamentos.

O espaço faz parte de uma rede de labo-

ratórios inaugurados em todo o Brasil, como

resultado do Programa SibratecShop, do Mi-

nistério de Ciência, Tecnologia e Inovação em

parceria com SENAI e SEBRAE. A iniciativa

prevê recursos de R$ 1 milhão por laborató-

rio, de modo a permitir às empresas custear

matéria-prima, assessoria técnica e o aluguel

das máquinas.

Rafael Brito, técnico do SENAI, apresenta o veículo híbrido guel

Page 19: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb

Bahia Indústria 19

Portal aposta no agronegócioEm 2012 e 2013, o sertão passou por uma das piores secas da sua história. Para evitar perdas, pecuaristas tentaram às pressas alugar pastos para transferir seus animais. Foi diante deste cenário que um grupo de universitários teve um click: criar um site para alugar pastos. Nascia a ideia do Pastar, que hoje funciona como uma vitrine online de serviços agropecuários, intermediando a comercialização de propriedades e animais (bovinos, caprinos, equinos e ovinos). Um dos sócios, o aluno de Ciência da Computação Caio Lima conta que o formato do portal mudou desde a primeira versão, em 2014. Um impulso foi dado com a seleção no Start-up Brasil, que injetou recursos da ordem de R$ 90 mil. A mais importante reformulação é recente: com o suporte do SENAI, o portal passou a permitir ao usuário comparar ofertas, exibindo anúncios de sites de negócios agropecuários e localizando os preços mais baratos. “Saltamos de 40 mil acessos ao ano para 30 mil por mês”, festeja Caio. Por enquanto, o Pastar não cobra dos anunciantes. A ideia é focar no aumento do número de transações, antes de buscar retorno financeiro.

Aparelho põe fim à cama molhadaA enurese noturna – o popular "xixi na cama", que tira o sono de muitas famílias – é um distúrbio de difícil tratamento. A técnica mais eficaz resolve apenas 50% dos casos. Consiste em um aparelho com sensor de umidade ligado a um circuito que aciona um alarme quando a criança está prestes a urinar. "Em geral, a criança tem um sono pesado, e quando os pais a acordam a cama já está molhada", conta o urologista Ubirajara Barroso. Foi este cenário que sugeriu ao médico a ideia de um novo aparelho. Nele, o sensor provoca um estímulo sem dor que contrai a musculatura da uretra, impedindo a micção. "A criança é acordada com a bexiga ainda cheia, e pode ser condicionada a levantar para fazer xixi". Com o nome provisório de Nowet, o aparelho – premiado em congressos no Brasil e exterior – está sendo desenvolvido no SENAI Cimatec com recursos da Embrapii e foi selecionado também no edital SENAI de Inovação. "O próximo passo é abrir uma empresa, com a ajuda dos processos de incubação, para comercializar o produto", explica Ubirajara.

Ubirajara Barroso mostra o Nowet

Os sócios da Pastar, Caio Lima e Mateus Ladeia (E)

Ideal no trânsito ou na ciclovia Ao se deslocar pelo Rio de Janeiro, onde mora, o engenheiro Yuri Berezovoy usa cada vez menos carro ou moto. Seu meio de transporte é a Guel, o protótipo de um veículo que ele e dois sócios desenvolvem com apoio dos processos de incubação e aceleração do SENAI Bahia. “A Guel é um híbrido de bicicleta elétrica com cicloelétrico, com facilidades dos dois veículos”, conta Yuri. A um apertar de botão, o usuário escolhe entre andar no modo ciclovia ou no modo trânsito. No primeiro, a velocidade máxima é de 20 km/hora, sem aceleração manual e com potência de 350 watts. Já no segundo, a potência triplica e é possível chegar a 50 km/hora. “É um modo adequado às condições de trânsito nas grandes cidades; anda como uma moto cinquentinha, só que sem ruído e poluição”, explica.Outra vantagem é a facilidade de manutenção. As bicicletas elétricas no Brasil são montadas com componentes chineses – se o motor quebra, é preciso importar um novo. Para o protótipo, a equipe da Guel adaptou um motor elétrico de baixo custo, usado pelo setor automobilístico. “Com isso, revertemos recursos para itens de segurança e design”, diz Yuri. Até agora, já foram injetados cerca de R$ 1,5 milhão no projeto, incluindo recursos do Edital SENAI de Inovação e do Start-up Brasil. A meta agora é lançar uma edição limitada de 50 veículos, para consumidores selecionados.

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20 Bahia Indústria

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Mira digital protege policiais Garantir segurança aos policiais e precisão no uso das armas de fogo é o objetivo da Mira Digital, um projeto desenvolvido no SENAI Cimatec pela Think Tank, do Rio de Janeiro, com recursos do Start-up Brasil e do Edital SENAI de Inovação. O equipamento traz uma tela de LCD acoplada a um óculos especial que fornece imagens para que o policial faça a mira sem se expor. "A tecnologia também permite conferir imagens para investigação", conta a engenheira Luana Carvalho, da Think Tank. Segundo ela, só há equipamentos do gênero hoje em uso pelas forças armadas de países como Estados Unidos e Israel.

Equipamento previne acidentes em plataformas Um dos maiores riscos aos processos de exploração e produção de petróleo e gás natural consiste no surgimento das chamadas "golfadas", bolsões de gás que podem provocar graves acidentes e perdas financeiras. "No processo produtivo, não temos como saber com precisão o volume que sai de água, gás e petróleo", explica o engenheiro elétrico com mestrado em Engenharia Mecatrônica, Marcelo Pessoa, da start-up Echo Flow. Diante desse desafio, Marcelo criou o Fluxviz, um visualizador de fluxos que permite identificar mudanças na interação entre líquidos e gases, detectando em tempo real a formação de golfadas. O projeto já tem aprovados hoje recursos da ordem de R$ 800 mil, do Star-up Brasil e do Edital SENAI de Inovação. Até 2018, Marcelo calcula que irá precisar de mais aproximadamente R$ 2,3 milhões para colocar seu produto no mercado. "Já estamos fazendo negociações com empresas como Petrobras, Odebrecht e a britânica BG Group", revela.

Marcelo Pessoa (D) e a equipe envolvida no projeto Ecoflow

Luana Carvalho, engenheira da Think Tank

Editora virtual começa a decolar Empreender sempre foi o negócio de Ricardo Nery. Mas o “pulo do gato” da sua carreira chama-se Editora Viva. A start-up criada em parceria com os sócios Rafael Santos e Marcos Sepúlveda é um dos projetos incubados pelo SENAI em fase mais adiantada. A editora criou a primeira multiplataforma virtual de educação superior do Brasil para o fornecimento de ebooks, videoaulas, audiolivros e palestras acessadas por meio de dispositivos móveis, como tablets e celulares.Com só seis meses no mercado, a Viva já atua nas áreas Jurídica e de Finanças em parceria com empresas como a JusPodivm, do setor de vendas de material jurídico, e o grupo Azimut, especializado em gestão de recursos. O próximo passo é produzir conteúdo para a indústria. Para outubro, está previsto o lançamento de um primeiro módulo de cursos. Para formatar este modelo de negócio, a consultoria do SENAI foi fundamental. “Nossa ideia inicial era um site para contratação de recursos humanos; depois, percebemos que a demanda maior das empresas era em qualificação de mão-de-obra”, relata Ricardo. Em 2013, a Daten, do Polo de Ilhéus, injetou recursos que deram à editora fôlego para tocar seus projetos sem urgência do retorno financeiro. E os primeiros faturamentos vieram antes do planejado. “Hoje posso dizer que chego para trabalhar feliz”, comemora Ricardo. [bi]

Page 21: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 21

conselhos

Indústria apresenta Agenda Mínima para o setor de petróleoO Conselho Deliberativo da Organização Nacional

da Indústria do Petróleo (ONIP), do qual a

Federação das Indústrias do Estado da Bahia é

integrante, reuniu-se em 9 de julho, sob a liderança

do presidente da FIRJAN, Eduardo Eugênio Gouvêa,

para discutir uma proposta de “Agenda Mínima da

Indústria para o Setor Petróleo”. O objetivo do

documento, que será entregue ao Governo Federal,

é estimular os investimentos no setor de óleo e gás.

Entre os principais pontos para o avanço da

política setorial de petróleo e gás no País estão a

realização de leilões, o aperfeiçoamento do modelo

de partilha e do processo de licenciamento

ambiental, a definição de uma política industrial

para o setor e o fortalecimento da rede de

fornecedores, dentre outros.

Representante do Conselho de Petróleo defende interesses do segmentoO panorama do setor de construção naval e offshore

frente à crise da indústria brasileira foi o tema da

palestra do coordenador do Conselho de

Petróleo, Gás e Naval (CPGN) e diretor

de relações institucionais e

sustentabilidade da Enseada

Indústria Naval, Humberto Rangel,

durante a 12ª Marintec South América,

no dia 13 de agosto, no Rio de Janeiro. O

diretor da Enseada classificou como crise de

liquidez o momento vivido pelos estaleiros nacionais,

iniciada em novembro do último ano, após a

suspensão dos pagamentos à Sete Brasil, que levou à

paralisação das obras de construção das sondas.

Como consequência, Rangel sinalizou a demissão de

mais de 14 mil trabalhadores em todo o Brasil, nos

últimos nove meses, além da perda dos

investimentos em conhecimento e competitividade.

Para assegurar o futuro da indústria naval ele

defende que é necessário garantir, com urgência, a

reestruturação da Sete Brasil e seu plano de

investimento, a liberação dos recursos aprovados

pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM), o

engajamento dos agentes financeiros nos planos

alternativos de investimentos nas sondas e a

quitação, por parte da Sete Brasil, dos valores em

aberto dos serviços executados pelos estaleiros.

Executivos baianos tiveram a chance de conhecer

melhor os processos normativos que regulam as

operações de comércio exterior, durante o 36o

Seminário de Operações de Comércio Exterior,

ocorrido na Federação das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), no dia 12 de agosto. Promovido pela

primeira vez em Salvador, o evento foi uma

iniciativa da Secretaria de Comércio Exterior do

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio

Exterior (MDIC) em parceria com a FIEB, através do

Centro Internacional de Negócios (CIN/FIEB), com o

apoio do Conselho de Comércio Exterior da FIEB

(Comex). “As condições para este mercado de

exportação são difíceis: o mundo cria regras e por

isso precisamos cada vez mais de eventos deste tipo,

nos quais as empresas possam tirar dúvidas e obter

mais informações”, afirmou o coordenador do

Comex, Ângelo Calmon de Sá Junior.

Ministério orienta executivos sobre comércio exterior

Executivos

participaram

de evento do

MDIC apoiado

pelo Comex

mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb

guia de Produção e Consumo SustentáveisO Conselho de Responsabilidade Social (Cores) discutiu, em sua

última reunião mensal, o lançamento do Guia de Produção e

Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de

negócios e, as novidades sobre o Índice de Sustentabilidade

Empresarial (ISE) para 2015. A publicação do guia é fruto de uma

parceria entre o Pnuma e a Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo (Fiesp) e tem como objetivo a sensibilização e o

engajamento do setor industrial do Brasil e partes interessadas. O

documento tem como foco as pequenas e médias empresas por sua

capacidade de adaptação e flexibilidade e seu papel fundamental

como força transformadora.

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22 Bahia Indústria

tesouRo do RecôncAVoSindicato da Indústria do tabaco no Estado da bahia propõe criação de um roteiro turístico do charuto

mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb

Page 23: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 23

Centro econômico da Bahia e do Brasil entre os séculos

XVII e XIX, o Recôncavo Baiano atrai turistas pela sua di-

versidade cultural, história e acervo arquitetônico. Entre

as riquezas da região está a tradicional cultura do taba-

co, atividade econômica com volume de exportação da ordem de

US$ 17,7 milhões nos cinco primeiros meses deste ano. Além da

relevância econômica para a região, a cadeia produtiva do tabaco

pode ganhar viés turístico, com a criação da Rota do Charuto, pro-

posta pelo Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia

(Sinditabaco).

A ideia é fortalecer o roteiro já existente – desenvolvido pela

empresa Dannemann – com a inclusão de visitas a fábricas em

São Gonçalo dos Campos, São Félix e Cachoeira, além de pro-

dutores de Cruz das Almas. A proposta também inclui o contato

com outros atrativos culturais da região, a exemplo do tradicional

samba de roda. “Para o público interno, a rota vai proporcionar

uma experiência marcante, com a descoberta do processo de fa-

bricação do charuto baiano, que é de alta qualidade. Já o turista

de fora do país também vai conhecer a cultura do Recôncavo, que

tem forte história, gastronomia e religiosidade”, ressalta o diretor

executivo do Sinditabaco, Marcos Augusto Souza.

No total, o sindicato elaborou três roteiros: uma rota de um dia,

com foco nas visitas às fábricas; outra de dois dias, com ida por

terra, pela BR-324 e retorno de barco, via Maragojipe, com parada

em Itaparica e chegada ao terminal marítimo do Mercado Modelo.

A segunda opção inclui, além das visitas às empresas, atividades

culturais e visitas a pontos turísticos de algumas cidades, como

a Sociedade da Boa Morte, em Cachoeira. Há, ainda, uma opção

de rota náutica, de um dia, com partida do terminal marítimo do

Mercado Modelo em direção a Maragojipe.

Para avaliar a proposta do Sinditabaco, técnicos da Secretaria

de Turismo do Estado (Setur), da Bahiatursa e da Associação Bra-

sileira de Agências de Viagens da Bahia (ABAV) realizaram uma

visita técnica à região, em junho, seguindo o roteiro de um dia de

viagem, pela estrada. “A intenção é elaborar um diagnóstico do

que foi visto in loco e um plano de ação, apontando oportunida-

des de melhoria”, explica Gustavo Salles, diretor de Qualificação

e Segmentos Turísticos da Setur.

“Essa é uma experiência positiva. Não conhecia nada sobre o

charuto baiano e estou encantado com tudo o que vi. Acredito que

esse será um novo segmento para ser trabalhado e atrair um pú-

blico segmentado”, avalia o superintendente da Abav, Cláudio Al-

meida, explicando que, além de colaborar para o diagnóstico da

rota, o papel da instituição é divulgar o roteiro, posteriormente,

para as agências de viagem, operadoras e agências de receptivo

associadas.

Por Marta Erhardt

Page 24: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

24 Bahia Indústria

O acesso aos atrativos, infraestrutura, o tempo

de deslocamento e permanência nos pontos da rota,

além do roteiro seguido em cada local, são alguns

dos pontos observados durante a visita técnica, se-

gundo o coordenador de Desenvolvimento Turístico

da Bahiatursa, Divaldo Borges. “Além das fábricas,

avaliamos outros atrativos que podem ser agregados

ao roteiro”, conta.

A ROtAA primeira parada é no município de São Gonça-

lo dos Campos, a 114 km de Salvador, onde desde

1978 funciona a fábrica da Menendez e Amerino. O

processo de fabricação foi trazido de Cuba, onde a

família produziu os charutos Monte Cristo até a Re-

volução Castrista, quando a fábrica de Havana foi

expropriada. A aliança da tradição cubana com o

tabaco cultivado na Bahia foi possível graças à par-

ceria com o exportador baiano Mário Amerino da

Silva Portugal.

A história é contada aos visitantes, que acompa-

nham de perto o processo artesanal de fabricação dos

charutos, exportados para países como Alemanha,

Estados Unidos e Argentina. “Essa rota é importante

para que as pessoas conheçam e entendam a cultura

que está por trás do charuto. Ajudaria a dissociar a

imagem do charuto da do cigarro”, defende o super-

visor de produção da empresa, Joaquin Menendez.

Ao todo, a empresa conta com 75 funcionários,

sendo que a produção é toda feita por mulheres. Uma

delas é Rosilda Coutinho, que trabalha há 20 anos no

local. Os anos experiência a levaram a atuar no con-

trole de qualidade do produto. “Olho se estão no peso

e tamanho corretos, se há imperfeições”, conta.

De São Gonçalo dos Campos o roteiro segue até a

Fazenda Santo Antônio, situada no município de Go-

vernador Mangabeira, onde funciona o projeto de re-

florestamento da Mata Atlântica, Adote uma Árvore,

criado pela Dannemann. Mais de 160 mil árvores de

diferentes espécies foram plantadas desde o início do

projeto, em 2001. Na fazenda, de onde se tem a vista

do lago da barragem de Pedra do Cavalo, o visitante

pode ter a experiência de plantar uma árvore que le-

vará seu nome. Quem participa do projeto recebe um

certificado. A manutenção da área reflorestada é feita

por agrônomos contratados pela empresa.

Após a experiência de plantio, o tour prevê uma

pausa para almoço. Nesta parada, os visitantes se

deliciam com pratos típicos da região, preparados na

Fazenda Santa Cruz – Receptivo Turístico e Restau-

rante, que funciona em um casarão datado de 1854.

Localizado na cidade de Muritiba, o restaurante foi

inaugurado há 13 anos e só abre sob reserva. Da va-

randa, o turista tem uma vista panorâmica dos muni-

cípios históricos de São Félix e Cachoeira.

E é para esta última cidade que os visitantes são

levados, depois do almoço, para conhecer a história e

o processo de fabricação da empresa Leite Alves, que

desde 1936 produz charutos artesanalmente. O sócio-

-proprietário Renato Madeiro explica todo o processo

produtivo, que envolve diferentes tipos de folha de ta-

baco: o sapo (recheio), o capote (parte que envolve o

recheio) e a capa (folha que caracteriza, em até 30%,

o aroma e o sabor dos charutos).

Depois de capeado, os charutos são submetidos a

baixas temperaturas, para esterilizar, e levados para

Fazenda

Santa Cruz –

Restaurante

(alto);

Plantação de

fumo; Vista

da cidade de

Cachoeira

Page 25: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 25

sala de estocagem, onde tempera-

tura e umidade são controladas.

“A umidade relativa do ar ideal é

de 70%. Um ambiente muito úmi-

do pode mofar o produto e se for

muito seco não deixa o charuto

muito apropriado para consumo”,

destaca.

vISItAÇÃOA empresa recebe visitantes há

12 anos e, nos últimos seis, vem

investindo na melhoria da estru-

tura para recepcionar os turistas,

o que inclui a organização de um

pequeno museu com fotos antigas

da produção, reportagens e a pri-

meira máquina de cortar fumo da

fábrica.

Quem se interessa pelo uni-

verso dos charutos também não

pode deixar de visitar o Centro

Cultural Dannemann. Por isso, a

próxima parada do roteiro é no

município de São Félix, onde es-

tá situada a fábrica aberta pelo

fundador da empresa, Geraldo

Dannemann. Logo na entrada,

os visitantes encontram uma ex-

posição permanente de obras de

artistas do Recôncavo. Na parte

de dentro, encontra-se a área de

fabricação, onde as charuteiras,

vestidas com trajes típicos, traba-

lham. Cada uma delas produz, em média, cerca de

120 charutos por dia.

Com expertise em receber turistas, a Dannemann

oferece, aos visitantes interessados a opção de com-

prar uma caixa de charuto robusto personalizada. No

centro há uma loja de souvenires como cinzeiros, ma-

çaricos e porta cigarrilhas. O local pode ser visitado

gratuitamente, de terça a sábado.

Depois de São Félix, o passeio segue para o muni-

cípio de Cruz das Almas, onde pequenos produtores e

empresas que não têm centro de visitantes, a exemplo

da Sandes e da Monte Pascoal, expõem seus produ-

tos na Casa da Cultura (Fundação Cultural Galeno

D`Avelirio), antiga Cadeia Pública do município. No

local, os visitantes também conferem apresentações

culturais, com shows de cantores de música regional,

apresentações de samba de roda e capoeira.

fotoS mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb

Rota doCharuto

Roteiro 3Roteiro 3Roteiro 3

Roteiro 2Roteiro 2Roteiro 2

Roteiro 1Roteiro 1Roteiro 1Salvador • São Gonçalo dos CamposGovernador Mangabeira • MuritibaCachoeira • São Félix

ida e volta pela estrada | 1 dia

Salvador • São Gonçalo dos CamposGovernador Mangabeira • Muritiba • CachoeiraSão Félix • Cruz das Almas • CachoeiraMaragojipe • Itaparica • Salvador

ida pela estrada e volta de barco | 2 dias

Salvador • Maragojipe • Cachoeira • MuritibaSão Félix • Maragojipe • Salvador

ida e volta de barco | 1 dia

Salvador

São Gonçalodos Campos

GovernadorMangabeira

Muritiba

CachoeiraSão Félix

Cruz dasAlmas

Maragojipe

Itaparica

Page 26: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

26 Bahia Indústria

Menendez e AmerinoRua Corredor, nº 714, São Gonçalo dos Campos / www.menendezamerino.com.br

Fazenda Santa Cruz- Receptivo Turístico e RestauranteRua Dannemann, s/n, Muritiba / www.santacruzfazenda.tur.br

Leite AlvesAv. Antônio Carlos Magalhães, nº 82, Cachoeira / www.charutosleitealves.com.br

Centro Cultural DannemannAv. Salvador Pinto, nº 29, Centro, São Félix / www.centrodannemann.comFundação Cultural Galeno D`AvelirioRua Quinze de Novembro, nº 56, Cruz das Almas / www.galenodavelirio.blogspot.com.br

Conhecido como Mata Fina ou

Bahia-Brasil, o tabaco produzido

no Recôncavo é reconhecido inter-

nacionalmente pelo sabor encor-

pado e adocicado, característica

conferida pelas condições climáti-

cas e do solo da região. “O Recôn-

cavo Baiano reúne condições de

clima e solo favoráveis. Aqui cho-

ve no tempo certo e na quantidade

ideal para o cultivo do tabaco. A

quantidade de chuva influencia

no crescimento da planta, o que

contribui para que o aroma e sabor

do tabaco produzido na Bahia se-

jam únicos no mundo”, esclarece

o diretor executivo do Sinditaba-

co, Marcos Augusto Souza.

Por este motivo, o tabaco pro-

duzido no Recôncavo é utilizado

para compor o blend de charutos

fabricados em países como Hon-

duras e Nicarágua, por exemplo.

“O tabaco produzido nestes países

tem o sabor mais picante. Por isso

o tabaco do Recôncavo é utilizado

como uma espécie de tempero,

para quebrar a acidez e auxiliar

no equilíbrio do blend, proporcio-

nando uma fumada mais suave”,

explica o diretor do Sinditabaco.

ORIgEMPara fortalecer a imagem do

tabaco cultivado no Recôncavo

Baiano, o Centro de Internaciona-

lização da Federação das Indús-

trias do Estado da Bahia (CIN /

FIEB) tem apoiado o setor com di-

versas ações. Entre elas, está o su-

Tabaco cultivado na Bahia tem sabor único

porte na construção de um processo de denominação

de origem junto ao Instituto Nacional da Propriedade

Industrial (INPI), ação realizada em parceria com ou-

tras instituições, como o Sebrae, universidades, Apex

e Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Pela sua qualidade e genuinidade, o tabaco do

Recôncavo Baiano é passível de receber a denomi-

nação de origem. É importante ter um espectro mais

amplo de valor, não se limitando ao produto que se

fuma, mas englobando todo o papel que o tabaco

tem na região”, ressalta a gerente do CIN, Patrícia

Orrico, lembrando que os produtos são mais valo-

rizados quando esses aspectos não tangíveis são

agregados.

A proposta para o setor de charuto também en-

globa a promoção comercial, com a participação das

empresas em rodadas de negócios e feiras interna-

cionais, de forma a promover o produto junto a po-

tenciais mercados, a exemplo de países da Europa

e Ásia. A próxima ação neste sentido acontecerá em

setembro, quando empresas baianas do setor partici-

parão da feira Inter-tabac, em Dortmund, Alemanha.

“Também buscamos apresentar o charuto com ou-

tros produtos genuinamente baianos, cujo escopo, do

ponto de vista promocional, possa ser associado, como

chocolate e a cachaça”, destaca a gerente do CIN. [bi]

Produção na Menendez

e Amerino (alto);

Charuteiras na

Dannemann; e Renato

Madeiro, da Leite Alves (D)

fotoS mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb

Page 27: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 27

aluno, entre 2011 e 2013, da Escola Djalma Pes-

soa, do Serviço Social da Indústria (SESI), em

Salvador, o estudante Wesley Bomfim, 19 anos,

embarcou no dia 9 de agosto para os Estados Unidos.

Ele foi passar um ano estudando em uma universi-

dade americana pelo programa federal Ciência Sem

Fronteiras. No SENAI, cinco estudantes da Faculdade

de Tecnologia SENAI Cimatec viajaram para a França

para passar um ano. Eles foram selecionados para o

Programa Capes/Brafitec de intercâmbio entre uni-

versidades das especialidades de Engenharia.

As duas experiências revelam o esforço do SESI e

SENAI para melhorar o desempenho dos seus estu-

dantes, assegurando, no caso do Conexão Mundo,

o aprendizado do idioma estrangeiro, e no caso da

parceria com a França, o intercâmbio científico com

instituições de ensino do exterior.

Para Wesley Bomfim, a experiência do Conexão

Mundo – metodologia educacional do Sistema Indús-

tria que promove um intercâmbio linguístico com os

Estados Unidos para melhorar o aprendizado do inglês

no Ensino Médio –, favoreceu sua aprovação no teste

proficiência, garantindo sua seleção para a Missou-

ri University of Science and Tecnology, no estado do

Missouri, nos EUA. Sua meta é aproveitar a experiên-

cia para desenvolver um projeto de pesquisa de sua

autoria sobre materiais semicondutores poliméricos. A

instituição americana dispõe de laboratórios especia-

lizados que vão permitir a viabilidade do estudo.

Um dos sete estudantes do Conexão Mundo da tur-

ma de 2013 selecionados para ir aos Estados Unidos

na etapa presencial do programa, Wesley conta que

a experiência foi fundamental para despertar nele

a curiosidade científica e a vontade de se dedicar à

pesquisa. “Antes do Conexão eu não tinha certeza do

que queria fazer. Mas pude descobrir a quantidade de

oportunidades que o mundo tem a oferecer e, como fui

um dos sete selecionados para ir a Denver, tive contato

com uma universidade estrangeira. Assim que voltei

procurei de alguma forma conseguir ter acesso àquele

novo mundo que tinha descoberto”, conta.

A gerente do SESI e diretora da Escola Djalma Pes-

Novas fronteirasEx-aluno do Conexão mundo e estudantes de Engenharia do SENAI participam de intercâmbio

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Estudantes de

Engenharia

da Faculdade

SENAI Cimatec

no embarque

para a França;

Wesley Bomfim

(detalhe) foi

aluno do

Conexão

Mundo

soa, Cristina Andrade, observa que bons projetos

requerem estudantes comprometidos. “Wesley é um

deles. Dedicação e foco foram características impor-

tantes para o sucesso dele, alinhadas ao suporte dos

profissionais que integram o projeto. Estamos orgu-

lhosos e felizes”, destaca a gestora.

INtERcÂMBIO NA FRANÇAOs cinco estudantes da Faculdade de Tecnologia

SENAI Cimatec que viajaram para passar um ano na

França foram selecionados para o Programa Capes/

Brafitec de intercâmbio entre universidades das es-

pecialidades de Engenharia. Isa Moreira e Amanda

Dantas, do curso de Engenharia de Materiais, e Han-

na Silveira, Caio Amaral e Davi Ribeiro, do curso de

Engenharia Mecânica embarcaram no final do mês

de julho. Eles vão estudar na a Escola Politécnica

Universitária de Annecy, na região dos Alpes france-

ses, e o grupo de Engenharia de Materiais irá estudar

na Escola Politécnica de Montpellier.

“Minha expectativa é fazer um estágio e melhorar

meu currículo para voltar com melhores possi-

bilidades de emprego”, conta Amanda Dantas,

empolgada diante da oportunidade de fazer a

sua primeira viagem internacional. [bi]

Page 28: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

28 Bahia Indústria

indicAdoRes Números da Indústria

produção anualizada caiu 4,8% na Bahia

Somente três estados – Santa Catarina, pernambuco e pará – apresentaram queda maior

a taxa anualizada da pro-

dução física da indús-

tria de transformação da

Bahia caiu 4,8% no mês

de junho de 2015. Em razão dis-

so, a Bahia ocupou o 7º lugar no

ranking dos 14 estados que partici-

pam da Pesquisa Industrial Men-

sal - Produção Física R, do IBGE,

do qual apenas três apresentaram

desempenho positivo: Espírito

Santo (2,4%), Mato Grosso (2,3%)

e Goiás (0,9%). Os demais estados

registraram resultados negativos:

Amazonas (-12,5%), São Paulo

(-8,1%), Rio Grande do Sul (-7,7%),

Rio de Janeiro (-7,6%), Minas Ge-

rais (-7,2%), Paraná (-6,4%), Ceará

(-5,5%), Bahia (-4,8%), Santa Cata-

rina (-4,4%), Pernambuco (-2,4%) e Pará (-1,2%).

Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas

quatro apresentaram resultados positivos: Veículos

Automotores (11,3%), Couro e Calçados (3,4%), Produ-

tos Químicos (2,5%), Celulose e Papel (1,7%). Em sen-

tido contrário, apresentaram retração os segmentos:

Equipamentos de Informática (-53,2%), Metalurgia

(-19,2%), Bebidas (-9,5%), Refino de Petróleo e Bio-

combustíveis (-9,3%), Minerais Não Metálicos (-7,3%),

Alimentos (-2,5%) e Borracha e Plástico (-0,3%).

Na comparação de junho de 2015 com igual mês de

2014, a produção física da indústria de transforma-

ção baiana apresentou queda de 4,6%. Apenas qua-

tro dos onze segmentos industriais da Bahia apre-

sentaram resultados positivos: Veículos Automotores

(278,1% de crescimento, impulsionado não só pela

maior fabricação de automóveis, mas também pela

baixa base de comparação, uma vez que esta ativi-

dade assinalou recuo de 80,2% em junho de 2014);

Borracha e Plástico (7,8%, devido

à maior produção de pneus novos

de borracha para automóveis e de

filmes de material plástico para

embalagem); Refino de Petróleo e

Biocombustíveis (2,3%, com maior

produção de óleo diesel, naftas

para petroquímica e parafina); e

Couro e Calçados (0,7%).

Puxando a queda do agrega-

do, apresentaram retração em ju-

nho os segmentos: Equipamentos

de Informática (-64,1%, redução

na fabricação de computadores

pessoais de mesa - PC Desktop,

computadores pessoais portáteis

- laptops, notebook, handhelds,

tablets e semelhantes, gravador

ou reprodutor de sinais de áudio e

vídeo - DVD, home theater integra-

do e semelhantes -, além de peças

e acessórios para máquinas para

processamento de dados e suas

unidades periféricas); Metalurgia

(-20,6%, pela menor produção de

barras, perfis e vergalhões de co-

bre e de ligas de cobre); Bebidas

(-7,0%); Alimentos (-6,1%); Pro-

dutos Químicos (-5,9%, menor

produção de polietileno de alta

densidade - PEAD, policloreto de

vinila e acrilonitrila); Minerais

Não Metálicos (-3,2%) e Celulose e

Papel (-2,9%).

Tendo em conta o acumulado

nos seis primeiros meses deste

ano, em comparação a igual perío-

do de 2014, verifica-se uma queda

de 8,9% na produção da indústria

Page 29: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 29

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2015)

115

110

105

100

95

90

85

80

75

70

2012

20142013

2015

de transformação baiana. Tal desempenho foi de-

terminado pelo resultado dos seguintes segmentos:

Equipamentos de Informática (-66,4%, queda na

produção de computadores pessoais de mesa - PC

desktops - e gravador ou reprodutor de sinais de áu-

dio e vídeo - DVD, home theather e semelhantes); Me-

talurgia (-24,0%, menor fabricação de barras, perfis

e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes,

blocos e placas de aços ao carbono e vergalhões de

aços ao carbono); Refino de petróleo e biocombus-

tíveis (-21,0%, menor produção de óleo diesel, óleos

combustíveis, gasolina automotiva e naftas para pe-

troquímica); Bebidas (-14,0%); Minerais Não Metá-

licos (-9,5%); Alimentos (-5,4%, menor produção de

farinha de trigo, carnes de bovinos frescas ou refri-

geradas, manteiga, gordura e óleo de cacau e açúcar

cristal); e Produtos químicos (-4,7%, menor fabrica-

ção de amoníaco, polietileno de alta densidade (PE-

AD), ureia e policloreto de vinila - PVC).

Apresentaram resultado positivo: Veículos auto-

motores (31,6%, maior produção de automóveis e pai-

néis para instrumentos de veículos automotores, mas

também pela baixa base de comparação, pois esse se-

tor recuou 34,2% nos seis primeiros meses de 2014);

Couro e Calçados (3,7%); Celulose e Papel (2,6%); e

Borracha e Plástico (0,2%).

O setor industrial (brasileiro e baiano) registra de-

saquecimento, refletindo uma conjuntura doméstica

de retração. Do ponto de vista estadual, o desempe-

nho negativo de junho ainda é reflexo dos resulta-

dos negativos dos segmentos de refino de petróleo e

biocombustíveis e de metalurgia. Cumpre registrar a

bahia: pim-pf de junho 2015

Indústria de Transformação 4,6 -8,9 -4,8

refino de petróleo e biocombustíveis 2,3 -21,0 -9,3

Produtos químicos -5,9 -4,7 2,5

Veículos automotores 278,1 31,6 11,3

alimentos -6,1 -5,4 -2,5

celulose e papel -2,9 2,6 1,7

Borracha e plástico 7,8 0,2 -0,3

Metalurgia -20,6 -24,0 -19,2

couro e calçados 0,7 3,7 3,4

Minerais não metálicos -3,2 -9,5 -7,3

equipamentos de informática -64,1 -66,4 -53,2

Bebidas -7,0 -14,0 -9,5

Extrativa Mineral -4,0 -3,6 -2,6

VArIAção (%)

SETORES JUN15/JUN14 JAN-JUN15/ JUL14-JUN15/ JAN-JUN14 JUL13-JUN14

Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI

recuperação do segmento de Automóveis (+31,6% no

acumulado do ano), após o bem sucedido lançamen-

to de novo modelo de carro.

Quanto às perspectivas para 2015, há poucos ele-

mentos para uma recuperação expressiva da indús-

tria nacional. A estimativa é de queda da atividade

industrial de 5,2% este ano, com alguma recupera-

ção em 2016 (+1,2%). Alguns indicadores ilustram as

dificuldades: (i) inflação elevada (IPCA acumula alta

de 6,83% no ano até julho e de 9,56% em 12 meses,

contra um teto de meta de inflação de 6,5%); (ii) cons-

tante elevação dos juros, com a Selic já alcançando

14,25%; e (iii) crescimento do desemprego. [bi]

Page 30: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

30 Bahia Indústria

painel

Lançado Movimento Compre do Pequeno Negócio Gerar a conscientização da

sociedade em torno do

consumo de produtos e

serviços de micro e pequenas

empresas, para fortalecer a

economia brasileira. Com

este objetivo, o Movimento

Compre do Pequeno Negócio

foi lançado pelo Sebrae, no

dia 05.08, na FIEB. Ricardo

Alban, presidente da FIEB e

do Conselho Deliberativo

Estadual (CDE) do Sebrae

Bahia, lembrou que as

pequenas indústrias também

fazem parte do movimento.

“Queremos gerar uma

oportunidade para que elas

cresçam e cheguem ao médio

e grande porte”, destacou. Presidente da FIEB, Ricardo Alban, durante evento

Programação incluiu oficinas, mini cursos, núcleos de atendimento e apresentações culturais

mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmAfIEb

Alerta vermelho para as contas públicasO aumento de 10% no salário

mínimo – previsto para

janeiro de 2016 – vai gerar

impacto nas despesas

previdenciárias,

desestabilizando as contas

públicas e acirrando a crise

no governo federal. O alerta

foi dado pelo editor executivo

do Valor Econômico, Cristiano

Romero, dia 27 de julho, na

FIEB. Conferencista do evento

Desafio da Competitividade –

O Capital Humano no Desafio

da Competitividade da

Indústria, promovido pela

CNI e Associação Brasileira de

Recursos Humanos (ABRH), o

jornalista fez um diagnóstico

do cenário político-econômico

do Brasil.

Prepostos recebem capacitaçãoRepresentantes de indústrias

de diversos segmentos

participaram, dia 16/07, do

curso de capacitação de

prepostos promovido pela

FIEB. O grupo tirou dúvidas e

recebeu orientações para

representar adequadamente

as empresas em audiências

trabalhistas e cíveis, de modo

a garantir mais segurança.

Ministrado pelas advogadas

Manoela Gonçalves e Viviane

Pitanga, o curso abordou

diversos aspectos

relacionados aos prepostos,

desde orientações relativas a

vestimenta e postura durante

audiências, até as

peculiaridades dos processos

na Justiça do Trabalho e nos

Juizados Especiais.

márIo bIttENCoUrt

Mais de 2 mil pessoas participaram da VIII Feira de EstágioOficinas, mini cursos, feira de livros, seletivas de estágio e emprego, exposição de empresas,

núcleos de atendimento, apresentações culturais e atividades esportivas. Com programação

diversificada, a VIII Feira de Estágio de Vitória da Conquista reuniu mais de duas mil pessoas

na Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), nos dias 7 e 8 de agosto. A I Corrida pelo

Estágio foi um dos destaques desta edição do evento, que é promovido pelo Fórum de Estágio

da Bahia, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Page 31: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 31

Embaixador alemão (no alto), no Cimatec, e cônsul dos EUA, na FIEB

VAltEr poNtES/CopErphoto/SIStEmAfIEb

Agenda diplomática Em julho e agosto, diplomatas de vários países visitaram a FIEB e o SENAI

Cimatec. Confira:

• O embaixador da Alemanha no Brasil Dirk Brengelmann veio à Bahia

em junho para a inauguração do Complexo Acrílico da BASF, e aproveitou

para conhecer o SENAI Cimatec. “Hoje pude me dar conta da extensão e do

alto nível da cooperação entre o SENAI e institutos alemães em projetos

tecnológicos”, afirmou. Um dos projetos que mais o impressionaram foi o

Flat Fish, o submarino não tripulado desenvolvido para monitorar dutos e

instalações de plataformas do pré-sal em grande profundidade.

• Dia 22 de julho, o embaixador do Chile no Brasil, Juvenil Britto, conversou

com o presidente da FIEB, Ricardo Alban. Na pauta, as oportunidades de

parcerias e negócios entre empresários chilenos e executivos baianos.

• Já o cônsul-geral dos Estados Unidos do Rio de Janeiro James Story foi

recebido pelo vice-presidente Alexi Portela, no dia 7 de agosto. A viagem

foi a sua primeira a Salvador como titular do cargo. Na ocasião, executivos

da Federação e da Rede Bahia o apresentaram o fórum Agenda Bahia,

propondo uma parceria com o consulado. A ideia é incluir na agenda do

evento uma palestra com o professor de Empreendedorismo e Inovação da

University of California, Berkeley, Naeem Zaafer.

Sindicatos têm descontos em processos extrajudiciaisA FIEB firmou no final de julho um convênio

de cooperação com a Associação Comercial

da Bahia (ACB) para disseminar a utilização

dos Meios Extrajudiciais de Solução de

Conflitos (MESC’s). Com o convênio, a

Câmara de Conciliação, Mediação e

Arbitragem da ACB passou a fornecer

descontos aos sindicatos industriais,

empresas associadas e parceiros nas taxas

dos processos extrajudiciais. Os Meios

Extrajudiciais de Solução de Conflitos são

um procedimento alternativo para a solução

de litígios relativos a direitos patrimoniais,

de forma ágil, econômica e confidencial.

Federação adere ao Pacto pela EducaçãoA FIEB já está colaborando com o Pacto pela

Educação proposto pelo governo estadual

para alavancar a qualidade do ensino

público na Bahia. A adesão foi formalizada

em visita do secretário estadual de Educação

Osvaldo Barreto à Federação, no dia 3 de

agosto. “Vamos fazer tudo que for do nosso

limite de competência, para contribuir com o

programa”, garantiu o presidente Ricardo

Alban. Foi definida a criação de um grupo de

trabalho do Sistema FIEB para discutir as

iniciativas a serem implementadas.

Workshop orienta empresas afetadas pelo dumpingO Brasil é o país que mais adota medidas de

proteção à indústria local, com 30 a 40

medidas antidumping por ano. Ainda assim,

só 43% das investigações solicitadas por

empresas prejudicadas por importações

desleais resultam na aplicação de medidas

de proteção. Uma das razões é a dificuldade

das empresas em coletar dados para as

investigações. Para ajudar a reverter o

problema, a CNI realizou, dia 21 de julho, na

FIEB, o workshop A Indústria e as

Investigações Antidumping.

ANgEl

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oNtE

S/C

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pho

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IStE

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Eb

Page 32: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

32 Bahia Indústria

Inovações na arbitragem brasileira

jurídico

Por ViVianE pitanga

No dia 26 de maio foi sancionada

a Lei nº 13.129/15, que altera a Lei

de Arbitragem nº 9307/96, com o

objetivo de aprimorá-la, conside-

rando sua importância como alter-

nativa para resolução de conflitos.

A nova lei ampliou o alcance da

arbitragem ao possibilitar a sua

aplicação à administração públi-

ca direta e indireta, pois, apesar

de haver previsão em outros di-

plomas legais de sua utilização

em contratos administrativos, as

possibilidades eram específicas e

encontravam grande resistência

por parte dos administrativistas.

A Lei 13.129/2015 acrescentou o

artigo 136-A à Lei das Sociedades

Anônimas (Lei nº 6.404/76), per-

mitindo que a aprovação da con-

venção de arbitragem no estatuto

social da empresa seja feita pela

maioria dos acionistas, possibili-

tando aos sócios minoritários que

tenham discordado da delibera-

ção o direito de retirar-se da com-

panhia mediante o reembolso do

valor das suas ações.

A nova Lei estabeleceu que as

partes podem, de comum acordo,

afastar algumas regras de regu-

lamentos dos órgãos arbitrais ou

entidades especializadas, para

que possam ter maior autonomia,

a exemplo da possibilidade de es-

colha de outros árbitros que não

estejam no órgão escolhido.

Ademais, foi instituído no texto

da Lei que a arbitragem interrom-

pe a prescrição, retroagindo à data

do requerimento da sua instaura-

ção, mesmo que extinta a arbitra-

gem por ausência de jurisdição

dos árbitros. Foi acrescido, ainda,

um dispositivo legal, que permite

aos árbitros proferir sentenças,

contemplando parte dos pedidos,

sendo possível, assim, o julga-

mento parcial do mérito.

Outra inovação implementada

foi a regulamentação das tutelas

cautelares e de urgência no próprio

texto da Lei (art. 22 A e 22 B). Isso

possibilita às partes recorrerem ao

Poder Judiciário para a concessão

destas medidas, antes de instituí-

da a arbitragem, sendo que, uma

vez instituída, caberá aos árbitros

manter, modificar ou revogar a

medida cautelar. Ressalte-se que,

se a arbitragem já estiver instituí-

da, a medida deverá ser requerida

diretamente aos árbitros.

Por fim, foi inserida no texto

da Lei a faculdade ao árbitro ou

ao tribunal arbitral de expedição

de carta arbitral para que o órgão

jurisdicional nacional pratique ou

determine o cumprimento, na área

de sua competência territorial, de

ato solicitado pelo árbitro. O le-

gislador determinou, ainda, que

o procedimento de cumprimento

da carta arbitral deverá observar

o segredo de justiça, desde que a

confidencialidade tenha sido esti-

pulada na arbitragem.

A reforma da Lei de Arbitragem

foi comemorada por incluir avan-

ços neste instituto, contudo, foram

vetados dispositivos que permiti-

riam o uso da arbitragem em con-

flitos trabalhistas e decorrentes de

relações de consumo, em atendi-

mento às ressalvas apontadas pelo

Ministério da Justiça e do Trabalho.

Publicado cronograma do e-SocialFoi publicada, em 25/06/15, a

Resolução nº 1 do Comitê

Diretivo do e-Social, que

definiu os prazos para

utilização obrigatória do

Sistema de Escrituração

Digital das Obrigações

Fiscais, Previdenciárias e

Trabalhistas (e-Social). O

início da obrigatoriedade

para microempresas e

empresas de pequeno porte,

ao micro empreendedor

individual com empregado,

ao empregador doméstico, ao

segurado especial e ao

pequeno produtor rural

pessoa física será definido

em atos específicos.

Dispositivos da NR-12 são alteradosA Portaria n.º 857/15, do

Ministério do Trabalho e

Emprego, alterou dispositivos

da Norma Regulamentadora

(NR 12), que define referências

técnicas, princípios

fundamentais e medidas de

proteção para garantir a saúde

e a integridade física dos

trabalhadores e estabelece

requisitos mínimos para a

prevenção de acidentes e

doenças do trabalho nas

fases de projeto e de

utilização de máquinas e

equipamentos de todos os

tipos. Dentre as alterações,

destacam-se as informações

que devem constar nos

manuais das máquinas e

equipamentos fabricados ou

importados antes da vigência

dessa Norma.

Viviane Pitanga é advogada da gerência Jurídica do Sistema FIEB

Page 33: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 33

ideiAs

Por FErnando Matos

A interpretação da literatura tri-

butária é complexa por várias

razões, a começar pelo ambiente

operacional das empresas. Se sua

interpretação é complexa para

profissionais que estão lidando

com o dia-a-dia das empresas, o

desafio é ainda maior para as au-

toridades fiscais, que têm o dever

de fazer proposições tributárias

e adequar essas proposições aos

diferentes ambientes operacionais

das empresas.

Não raro, estas interpretações

causam fenômenos atípicos. Foi

o que aconteceu com a IN RFB

1.515/14, complementada pela IN

RFB 1.556/15, quando interpretou

a Lei 12.973/14 e criou uma forma

nova e diferente da Lei para a tri-

butação da Depreciação Fiscal dos

Ativos Imobilizados, que exige

que as empresas antecipem o pa-

gamento de IRPJ e da CSLL.

As diferenças dos valores da

Depreciação Societária e da De-

preciação Fiscal iniciam-se com a

alteração do padrão da contabili-

dade brasileira para a contabilida-

de internacional, de acordo com o

International Financial Reporting

Standards (IFRS).

Para receber os ajustes relati-

vos aos diferentes valores entre

a contabilidade fiscal e a nova

contabilidade societária foi cria-

do pela Lei 11.941/09 o Regime

Tributário de Transição (RTT),

que permitiu a criação do Livro

da Contabilidade Fiscal (FCONT),

Efeitos da Depreciação Fiscal no fim do Regime Tributário de Transição

a fim de manter a neutralidade tributária.

A Lei 4.506/64 trata da depreciação fiscal e produz

efeitos até hoje, enquanto a Lei 6.404/76, art. 183, in-

ciso V, §2º, trata do registro na contabilidade societá-

ria do custo de aquisição e da depreciação.

As diferenças de critério e de taxas, entre a Depre-

ciação Fiscal e a Depreciação Societária, foi reconhe-

cida em 2011, pelo Parecer Normativo – PN RFB 01/11.

Diante dessas realidades, nasce a conclusão óbvia

de registrar a diferença, entre a depreciação fiscal e

societária, como parte do RTT e no FCONT.

Em 2014, foi publicada a Lei 12.973/2014, que ex-

tingue o RTT e cria os critérios de tributação inciden-

tes sobre as diferenças entre os valores dos ativos re-

gistrados na contabilidade fiscal e na contabilidade

societária, chamando-o de: “Da Adoção Inicial”, no

seu Capítulo IV.

Em 2015, foi publicada a IN RFB 1.556/2015, que

criou novidades na tributação das diferenças entre a

depreciação societária e fiscal, exigindo a antecipa-

ção da tributação da diferença de depreciação, o que

estaria em desacordo com a Lei.

Esse procedimento novo e incomum, criado com

base em um exemplo de Instrução Normativa, de

certa forma, intempestiva, por ser de 2015 para com-

plementar outra IN do ano anterior e produzir efeitos

fiscais retroativos para as empresas que optaram pela

adoção inicial em 2014, resulta em:

- Mudança no critério da depreciação fiscal;

- Não considera que a forma de tributação das di-

ferenças entre a depreciação societária e fiscal tem

regras tributárias próprias;

- Que a depreciação é uma conta de ativo com na-

tureza de passivo por ser uma conta credora;

- Que as contas de depreciação são contas inde-

pendentes das contas que recebem os lançamentos

de custos de aquisição dos ativos imobilizados e por

essa razão devem observar critérios próprios de reali-

zação; e principalmente,

- Antecipa a tributação das diferenças entre a de-

preciação societária e fiscal, quando o objetivo do

RTT foi de criar uma neutralidade tributária. [bi]

Fernando Matos é sócio na Deloitte na Consultoria Tributária

em 2015, foi publicada a instrução normativa rFB 1.556/2015, que criou novidades na tributação das diferenças entre a depreciação societária e fiscal, exigindo a antecipação da tributação da diferença de depreciação, o que estaria em desacordo com a lei

Page 34: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

livros

leitura&entretenimento

Em busca do sucesso Não existe fórmula para o sucesso, cada

processo de criação sempre começa do

zero. Em De zero a um: O que aprender

sobre empreendedorismo com o Vale do

Silício, Peter Thiel dissemina a ideia de

que é sim possível ser otimista quanto ao

futuro promissor de empresas que buscam

a inovação. Para ele, ser diferente é

sinônimo de prosperidade. Enquanto

algumas instituições lutam para competir

em busca do sucesso, monopolizar seria a

melhor condição de existência.

Liberalismo inconformadoMilton Friedman, Nobel de Economia, e

Rose Friedman discorrem sobre economia,

liberdade e a conexão entre esses dois

conceitos, traçando o modo como nossa

liberdade se desgastou e nossas riquezas

foram disfarçadas com o aumento de leis,

regulamentações e agências

governamentais. Em defesa do

liberalismo, eles analisam como as boas

intenções produzem resultados

indesejáveis quando o governo assume o

papel de intermediário.

De zero a um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício Peter thieleditora objetiva216 p. R$ 29,90

Livre para escolher: Um depoimento pessoalmilton Friedman e rose Friedmaneditora record476 p. R$ 48,00

34 Bahia Indústria

Artisticidade africanaComposta por tronos, máscaras de rituais, estatuetas,

esculturas, instrumentos musicais e utensílios que fazem

parte do acervo permanente do Centro Cultural Solar Ferrão, o

Palacete das Artes apresenta a exposição “Bahia é África

Também”, que evidencia a riqueza da produção africana do

século XX. As afinidades ancestrais entre Salvador e África,

cidade e continente interligados pelo mar, motivaram a

escolha do industrial italiano Claudio Masella para fazer a

doação da coleção, que integra o acervo do Instituto do

Patrimônio Artístico e Cultural do Estado. É a primeira vez

que as peças são expostas fora do seu espaço original.

DIVUlgAção

Mistura interativa Toda última terça-feira do mês, a orquestra Neojiba, realiza o

“Concertando no SESI”, projeto de música interativa que

mescla variedade de estilos e famílias de instrumentos

sinfônicos e populares, revelando uma multiplicidade

artística e musical do núcleo orquestral. Com esse conceito

artístico, quartetos de cordas, grupos de compositores,

quintetos de metais e de madeiras, cantores e violonistas,

entre outros músicos, são os protagonistas desta série, que

está na quinta edição e tem também como diferencial a

participação de artistas e grupos convidados. A iniciativa é

fruto de uma parceria com o Teatro SESI.

Não perca Teatro SESI, 29/9, 20h. R. Borges dos Reis, 9 - Rio Vermelho. Ingresso R$ 10 e R$ 5 (meia). Grátis trabalhador da indústria. (71) 3032-1073

Não perca Palacete das Artes, ter a sex, 13 às 19h. Sab, dom e feriados, das 14 às 19h. Até 25.8. Rua da Graça, 289, Graça. Grátis. (71) 3117-6997

show

exposiçãoléo DE AzEVEDo/DIVUlgAção

Page 35: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

Bahia Indústria 35

Foi a primeira vez na história que um país da América Latina recebeu a WorldSkills, a maior competição de

Mais de 1.200 competidores de 62 países mostraram suas habilidades em , durante 4 dias, em São Paulo, no Anhembi Parque.

Com a maior delegação brasileira de todos os tempos, nossa equipe mostrou seu talento, garra, determinação e conhecimento. E o resultado não poderia ter sido outro. Nos dois rankings mais importantes da Competição, conquistamos o 1º lugar por pontos e o 1º lugar no quadro geral de medalhas, entre todos os países participantes. Foram 27 medalhas, um recorde: 11 de Ouro, 10 de Prata, 6 de Bronze e 18

Parabéns a todos! como excelente escolha e oportunidade de transformação de vida para milhares de jovens.

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Page 36: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto