Revista Brasil 21 1#2
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COPA 2014Os preparativos para a Copa Verde
ENTREVISTAProjeto Rock Verde da Banda Súbita
Economia Criativa & Energia Fotovoltaica
Casa VerdeIdeias para deixar
a sua casa mais sustentável
Telhado Verde
Madeira Certificada
ReciclagemEnergia Solar
LED
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Cisterna para águaChuveiro com arejador
E MAIS
ANO 1 NÚMERO 2 Setembro\ Outubro de 2012
![Page 2: Revista Brasil 21 1#2](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022052605/568c4d8f1a28ab4916a46d30/html5/thumbnails/2.jpg)
Gramas e flores transformam o telhado em jardim, calhas levam a água da chuva para
um reservatório, o lixo orgânico vira adubo para as plantas: criati-vidade e pensamento ecológico se unem para transformar a sua casa em um ambiente mais sustentável. A segunda edição da Brasil 21 traz algumas dessas ideias que deram certo na Europa e outras desenvol-vidas na reserva El Nagual, localiza-da na cidade de Magé, RJ. Ainda no tema sustentabilidade, esta edição fala sobre as mudanças que os está-dios de futebol vêm realizando para se adequar ao selo LEED (Lideran-ça em Energia e Design Ambiental) para a Copa de 2014.
Outro destaque é o avanço nas pesquisas voltadas à Energia Solar desenvolvidas em algumas univer-sidades brasileiras: a equipe Vento Sul, composta por estudantes e pro-fessores da Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, parti-cipou de uma competição com bar-cos movidos a energia solar na Ho-landa.
Boa leitura.
Carta ao leitor
Olá, leitor!
Equipe Brasil 21
Ano1 Número 2 Setembro\Outubro de 2012
Editoração gráfica:Beatriz AguiarRosângela MenezesTaynara Macedo
Arte: Beatriz AguiarRosângela Menezes
Colaboladores:Beatriz AguiarJéssica Sant’AnaTaynara Macedo
EdiçãoRosângela Menezes
Capa: Rosângela Menezes
Contato:[email protected]@ revistabrasil21
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Sumário 4
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EM FOCO
ECONOMIA
ECO SHOPPING
CAPA
ENTREVISTA
ENERGIA
As adequações dosestádios brasileiros para aCopa Sustentável de 2014
Economia Criativa movimenta R$ 400 bilhões por ano no Brasil
Novos produtoscomprometidos com oMeio Ambiente
Cresce a procura por residências sustentáveis no Brasil
Banda Súbita:“O Projeto Rock Verde existe desde maio de 2010 e já distribuiu uma média de 5 mil mudas.”
Brasil investe em projetos experimentais com Energia Fotovoltaica
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EM FOCO
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Copa sustentável em 2014 Brasil segue exemplo europeu e investe em energia solar para o funcionamento dos estádios da próxima copa
Com a realização da Copa em 2014, o legado que o Brasil quer deixar para o mundo é o da construção civil sustentável. Pela primei-ra vez na história, uma Copa será disputa-
da em estádios com certificação de edifícios verdes. O LEED, sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental, concedida pelo Conselho Ame-ricano de Edifícios Verdes (USGBC), é um selo de reconhecimento internacional que atesta que uma edificação foi construída atendendo aos princípios da sustentabilidade para a construção civil.
A certificação foi uma exigência da Fifa e é pré--condição para que os projetos dos estádios acessem o financiamento do BNDES (Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social). No ano passado, foi aprovado um financiamento de 3,6 bilhões de reais para construir as arenas de 8 das 12 cidades sedes. Esse ano, o BNDES aprovou os projetos de Curitiba e São Paulo, fornecendo, respectivamente 131 milhões para a reforma da Arena da Baixada e 400 milhões para o estádio do Corinthians. A cidade de Porto Ale-gre e Brasília ainda aguardam aprovação da linha de crédito.
Para que um estádio possa ser considerado “verde”, é necessário que a sua construção atenda as exigências de sustentabilidade estabelecidas pelo USGBC. Os
principais requisitos são: localização ecológica, redu-ção na emissão de gás carbônico, uso racional da água, otimização de materiais e recursos, eficiência energé-tica e limitação na geração de resíduos.
O plano ambiental do estádio Governador Maga-lhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte, inclui a coleta de até seis milhões de litros d’água da chuva para uso nos sanitários e irrigação do gramado. Para reduzir a emissão de gás carbônico, houve preferên-cia para a contratação de fornecedores com empresas próximas ao estádio. Os resíduos que sobraram da demolição do antigo Mineirão foram reaproveitados para a sua própria reforma e aqueles que não puderam ser utilizados foram doados para outras obras. Mas o projeto se destaca por priorizar a geração de energia limpa. Serão instalados seis mil painéis de silício cris-talino por cima da cobertura do estádio. Esses painéis fotovoltaicos ao receber a luz do sol são capazes de gerar eletricidade e fornecerão 80% da energia para o funcionamento e manutenção da arena. Nos dias que não houver jogos, a produção abastecerá a cidade, for-necendo energia elétrica para cerca de 1500 casas.
O estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, também vai converter a energia luminosa dos raios solares emeletricidade. As placas instaladas em toda a superfí-cie que cobre as arquibancadas serão capazes de gerar
Por: Jéssica Sant’Ana
1 Conservação de Energia e mudanças Climáticas
Sete passos para Copa Verde
2 Água
3 Gestão Integrada de Resíduos
Como diminuir a emissão de Carbonojogada na atmosféra
Como promover a conservação da água através da redução do consumo
Como reduzir, reutilizar e reciclar resíduos com oapoio dos catadores de modo a incluí-los no processo de gestão
4 Transportemobilidade eacessoComo alcançar a eficiência energética, pelo uso de meios universais e acessíveis de transporte que minimizem a poluição
5 Paisagem ebiodiversidadenaturalComo conservar a biodiversidade, por meio da promoção da paisagem natural
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Longe dos holofotes da Copa do Mundo está o primeiro Ecoestádio do Brasil, o Janguito Malucelli, apelidado de Janguitão. Localizado ao lado do Parque Barigui, o estádio se destaca por ser simples e eco-logicamente correto.
Com uma capacidade para 6 mil pes-soas, as estruturas físicas do Janguitão foram construídas com madeira reaprovei-tada e ferro de dormentes de ferrovias de-sativadas. Não há concreto no banco de reservas, no placar do jogo e nas escadas de acesso à arquibancada e ao vestiário. Todas essas estruturas têm como matéria-prima apenas a madeira.
As arquibancadas foram construídas em cima do morro que existia no terreno. Cadeiras de plásticos foram instaladas e grama foi plantada no local. O placar não é eletrônico para evitar o desperdício de en-ergia. O resultado do jogo é fixado manu-almente por um funcionário do clube. Para representar o time local, há o desenho de uma casa e para o time visitante, um ôni-bus.
O estádio Janguito Malucelli foi con-struído no ano de 2007 e pertence ao Cor-inthians Paranaense, time fundando após uma parceria entre o Sport Club Corinthi-ans Paulista e o J. Malucelli Futebol.
A arquibancada foi construída aproveitandoa estruturaacidentada doterreno
O primeiro ecoestádio brasileiro foi construídona cidade de Curitiba
518 mil kwh por ano, fornecendo cerca de 20% da energia média utilizada. O inves-timento de seis milhões de reais evitará o despejo de 2,5 mil toneladas de gás car-bônico na atmosfera.
Em Brasília, o destaque fica para a co-bertura do estádio Mané Garrincha. A es-trutura será revestida com PTFE (politetra-fluoretileno) e dióxido de carbono. Essas substâncias, ao entrarem em contato com o sol, são capazes de decompor em oxigênio os óxidos de nitrogênios, emitidos por ve-ículos automotores e prejudiciais a saúde. A cobertura contará ainda com uma mem-brana autolimpante, reduzindo os custos de manutenção.
A alternativa que a cidade de Curitiba encontrou para evitar o desperdício de energia, durante e após a reforma da Are-na da Baixada, é a utilização de lâmpadas de baixo consumo. E o uso do ar condi-cionado deve ser reduzido em 60%. Uma proteção que impede que os raios solares incidam diretamente nas arquibancadas será instalada para garantir a temperatura ambiente no local.
A adoção de medidas sustentáveis para a construção de estádios eleva em até 7% o orçamento das obras. Mas, segundo o Conselho Brasileiro de Construção Susten-tável (CBCS), os custos com a manutenção das arenas é menor quando comparado a edifícios sem planejamento ecológico, além da imensa economia de recursos na-turais. Para o CBCS, é possível economizar até 40% em energia, 30% na eletricidade e reduzir em 35% a emissão de gás carbônico na atmosfera.
6 Edifícios verdes e estilos de vidasustentáveisComo promover a conscientização e estilo de vida sustentável
7 ConstruçõessustentáveisComo assegurar a construção sustentável nos processos construtivos e edificações
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Fonte: copa2014.gov.br
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ECONOMIA
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A roda da CRIATIVIDADE
Responsável por 10% da economia mundial e pela movimentação fi-nanceira de mais de US$ 3 trilhões ao ano, a economia criativa ganha cada vez mais espaço no mercado brasileiro. O termo é novo: em 2011, o professor e escritor inglês John
Howkings definiu economia criativa como uma ati-vidade em que os indivíduos exploram o valor eco-nômico da criatividade pessoal. A área abarca vários setores, entre eles Arquitetura, Publicidade, Design, Moda, Artes Cênicas e Música. O fenômeno chamou a atenção do Ministério da Cultura, que oficializou em 1º de Junho a Secretaria de Economia Criativa
(SEC), com o objetivo de formular, implementar e monitorar políticas públicas para o desenvolvimento de empreendimentos criativos brasileiros. Embora o interesse pela área seja recente, a economia criativa vem rendendo lucros aos empresários do país nos úl-timos anos. Em 2011, o mercado da moda faturou R$ 130 bilhões, e existem hoje seis vezes mais cursos de nível superior em moda do que há dez anos, quando eram somente 24. As opções de carreira são muitas, e exigem criatividade do profissional: design de sapatos, joias, roupas, ou mesmo lançar a própria marca.
As áreas de atuação são diversas, mas as profis-sões que requerem criatividade começam a ganhar cada vez mais visibilidade e incentivo. A nova moda
Conheça a economia criativa, o novo fenômeno que tem chamado a atenção dos empresários e que vem conquistando
cada vez mais espaço no mercado brasileiroPor: Beatriz Aguiar
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ximadamente R$ 28 bilhões anualmente, ou seja, 2,8% do PIB brasileiro. A fatura se equipara ao ganho da tradicional indústria automobilística brasileira, que domina uma fatia de 3% do PIB. Entre as atividades mais exercidas no artesanato está o bordado,
presente em 75,4% dos municí-pios brasileiros.
A tarefa, realizada predomi-nantemente por mulheres, é en-sinada pelas avós e mães da fa-mília, repassada como tradição local. Alguns artesãos já investem na exportação de roupas feitas à mão, e o resultado têm sido pro-missor. De acordo com a pesqui-sa do Instituto Vox Pupuli, o nú-mero de artesãos que venderam produtos para o mercado inter-nacional no ano de 2010 dobrou em relação a 2009.
O artesanato movimenta cerca de R$ 28 bilhões por ano, ou seja, 2,8% do PIB do país
é o game designer, ou o designer de jo-gos, que se dedica à criação do conceito e do projeto do jogo para console, mobi-le ou computador. Com a popularização dos gadgets, ou aparelhos tecnológicos, no Brasil, o mercado nacional de jogos e ele-trônicos já é o segundo maior do mundo. Só no ano passado, a produção de aplica-tivos, movimentou aproximadamente US$ 15 bilhões. “Os temas são muito amplos, mas é difícil acertar alguma coisa legal que ainda não tenha sido pensada por outra pessoa”, diz Nara Vieira (31), que desen-volve aplicativos e jogos para celular há quatro anos.
Como o desenvolvimento de aplicativos para celulares era incomum no Brasil até a última década, empresários deixaram de lado a exigência profissional por experiên-cia com mobiles e procuraram por desig-ners com potencial. Os temas dos projetos desenvolvidos variam desde jogos simples até sistemas de operação bancária via apli-cativo. “Nós temos um público bem amplo e segmentado”, comenta Nara, que observa o crescimento do interesse do público bra-sileiro por aplicativos nos últimos anos.
Feito à mão - Longe do desenvolvi-mento de softwares e programas compli-cados, o artesanato brasileiro ganha força com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), existem hoje no Brasil mais de 8,5 milhões de artesãos, sendo 87% de-les do sexo feminino. A estimativa do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é de que o artesanato seja responsável por movimentar apro-
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O varejo de instrumentosmusicais no Brasil fatura cerca de R$ 1 bilhão ao ano
O ganho do artesão ao exportar é maior: um faturamento anual de R$ 12 mil em relação aos R$ 8,5 de quem comercializa para o mercado nacional.
Fazendo música - A indústria musical brasileira anda em alta nos últimos anos, e a expectativa da Associação Brasileira de Música (Abemusica) é de que a receita do mercado musical no Brasil gire em torno de R$ 700 milhões este ano. Para um músico, as áreas de atua-ção são imensas: pode-se ocupar cargos de rede pública e particular, ministrar workshops, aulas parti-culares e oficinas, tocar em bandas, orquestras ou administrar o pró-prio estúdio para ensaios e grava-ções. “Sendo um bom profissional os resultados virão independente da área em que você estiver traba-lhando”, afirma o músico Henrique d’Avila, ou Hique, como é conheci-do no meio artístico. Hique é for-mado em Licenciatura em Música, pela UDESC, e seu interesse pelo ramo musical começou cedo, por influência do irmão mais velho.
Seu primeiro trabalho profissional foi aos dezessete anos, quando to-cava baixo para uma banda de pop rock. “Depender da criatividade não é um fardo no meu caso, e sim, um desafio saudável”, admite ele. Para muitos músicos, depender somente de uma atividade profis-sional pode ser um problema. Ao tocar em uma banda, a frequên-cia dos shows varia a cada mês, o que resulta em certa instabilidade financeira. Mas a solução pode ser aliar as atividades em palco com aulas particulares ou outras fun-ções que garantam conforto finan-ceiro ao músico.
Assim, as profissões baseadas na criatividade ganham um cará-ter de realização pessoal. Embora existam ainda muitos empecilhos para quem deseja ingressar nas profissões criativas, o esforço fi-nal acaba compensando. “Sempre quando estou um pouco cansado das minhas atividades, paro pra pensar no quanto eu quis isto para mim”, conta Hique, “e isso me con-forta e me centraliza novamente”.
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ECOSHOPPING
Velocidade VerdeA Nike lançou no mês passado a chuteira sustentável, apelidada pela empresa de Green Speed (velocidade verde). O calçado foi produzido na Itália, utilizando energia renovável em todo o processo e fabricado com materiais orgânicos e reclicados - a placa de tração é feita com uma mistura de mamona e plástico, a língua e o cadarço foram confeccionados com, pelo menos, 70% de material reciclado
Dinheiro SustentávelO Banco Imobiliário, um dos jogosmais famosos do mundo, ganhou uma versão mais verde - o Banco Imobiliário Sustentável. O sistema de trocasubstituiu o dinheiro por crédito de carbono; as ruas e bairros foram trocadas por reservas naturais, como o Pantanal, Rio São Francisco, Chapada dos Veadeiros e Serra da Mantiqueira. Na versão sustentável, ao invés dojogador ser presidente de um banco, ele pode ser dono de Companhias de Reciclagem Energética, Reflorestamento e Agricultura Orgânica. As peças plásticas foram produzidas compolietileno verde (fabricado com bagaço de cana). A embalagem, cartas e tabuleiro também foram confeccionadas inteiramente com papel reciclado.
Tempo movido à agua
Os relógios vendidos na loja virtual Greenvana (http://www.greenvana.com/), não utilizam baterias e componentes tóxicos como o chumbo, cádmio e mer-cúrio. O aparelho funciona apenas com água da torneira: os eletrodos do relógio
transformam os íons da água em energia para manter o relógio
funcionando por até 12 semanas com a mesma
água. Na hora da troca, não é necessário ajustar o relógio novamente. Além disso, alguns modelos possuem despertador e medidor de temperatura.
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De bem com a NATUREZA
Casas ecologicamente sustentáveis são a nova moda em alguns países da Europa e prometem trazer
benefícios ao meio-ambiente e ao bolso do moradorPor: Beatriz Aguiar
A princípio, parece só mais uma casa comum: paredes construí-das com blocos de concreto, um quintal extenso e bem-cuidado e janelas com persianas para con-trolar a luz que incide sobre os cômodos. Muitos se espantariam
ao saber que esta é na realidade uma casa sustentável, não muito diferente de uma residência convencional, exceto pelos materiais certificados e pelos cuidados redobrados com o meio-ambiente. As soluções são simples, e, por incrível que pareça, podem contar no bolso, apesar do investimento inicial. A longo prazo, as casas verdes, como são conhecidas, podem repre-sentar uma economia de 30% a 40% nos gastos de energia elétrica, água, gás e calefação. Hoje, o planeta conta com quase 3 bilhões de habitantes em áreas ur-banas e são coletados 11,2 bilhões de toneladas de lixo sólido anualmente, o que revive a preocupação com a natureza e o bem-estar nas cidades. Os benefícios são muitos: diferenciação e valorização, redução dos custos para manter a casa e dos impactos causados ao meio-ambiente.
Em muitos países, as casas verdes têm se mostra-do como alternativas econômicas para os moradores. Nos jardins, árvores frutíferas e plantas diversas po-dem oferecer alimento e criar um ambiente agradá-vel para descansar. Nos telhados, técnicas permitem a
aplicação de solo e vegetação como um tapete verde, de maneira a proteger as telhas de chuvas fortes, ven-tos e sol constante. Tal artifício é conhecido como te-lhado verde, e já faz sucesso na Europa. Comuns desde o século XIX nos Estados Unidos, os telhados verdes começaram a ser aplicados em edifícios na Alemanha pela década de 1960, com o intuito de diminuir as va-riações térmicas, reduzir as ilhas de calor nas cidades, absorver a água da chuva, economizar energia e fazer um isolamento acústico ante a poluição sonora das cidades.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo ar-quiteto alemão Jörg Spangenberg no Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética da Fa-culdade de Arquiterua e Urbanismo da USP, a utili-zação de telhados verdes em larga escala nas grandes cidades poderia reduzir a temperatura em 1º C ou 2º C. A redução de temperatura nas lajes após a insta-lação dos telhados verdes é de cerca de 15º C, o que também influencia no gasto energético da residên-cia. Considerando a vegetação utilizada, a área e o sombreamento, a redução da carga térmica para um ar-condicionado pode ser de 240 kWh/ m². Além da redução dos gastos energéticos, os telhados verdes ainda contribuiriam para a diminuição da poluição das cidades, o que torna a alternativa ideal para gran-des aglomerados urbanos como São Paulo, Campinas, Cubatão e Rio de Janeiro.
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tA tecnologia que torna pos-síveis as casas sustentáveis já é utilizada em várias cidades do mundo. Na Cidade do Cabo, o Green Building, ou edifício verde, foi construído com madeira de reflorestamento, tijolos reciclados de cimento da região e projetado de maneira a eliminar o uso de ar-condicionado. Desenvolvido pelo arquiteto Mike Schroeder, em 2003, o Green Building utiliza painéis solares para produzir ele-tricidade e também para aquecer a água da cozinha e dos banhei-ros - inclusive de chuveiros, para os funcionários que pedalam até o local de trabalho.
Já no Brasil, a reserva El Na-gual vem botando em prática o desenvolvimento de uma ecovila com soluções criativas e sustentá-veis desde abril deste ano. Criada em 1989 por Eraldo Kaloch e Ma-riana Devoto, a RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural - abriga vestígios da vegetação tí-pica da Mata Atlântica, no muni-cípio de Magé, no Rio de Janeiro. Os planos para o futuro são cons-truir uma casa modelo no terreno
utilizando práticas sustentáveis e ecológicas. Para fornecer eletrici-dade às residências que já existem na reserva, foi instalado um gera-dor hidráulico, que desvia água da cachoeira no terreno e gera 800W/hora. Quanto ao abastecimento de água, os moradores utilizam a água da nascente; em períodos de estia-gem, também utiliza-se a água para regar as plantas do jardim. “Aqui
chove muito e a melhor maneira de captar água é aumentando o vo-lume de absorção do solo via sis-temas agroflorestais e nivelamento corretivo”, comenta Eraldo.
Os sistemas agroflorestais são práticas que consistem na combi-nação de espécies arbóreas e cul-tivos agrícolas, promovendo uma série de benefícios econômicos e ecológicos. Tal método também
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Os telhados verdes dão um colorido especial às construções, e ainda ajudam a regular a temperatura do ambiente
contribui para o controle de ervas daninhas, a recuperação da fertili-dade do solo e o fornecimento de adubos, usados nas plantações.
Na fazenda, as soluções são das mais variadas e criativas: painéis solares com termotanques são uti-lizados para aquecer a água e um biossistema integrado foi instala-do para o tratamento de dejetos de forma simples e ecológica. O
processo de tratamento ainda gera Metano, que é utilizado no Atelier de Velas (rende cerca de 2 ou 3 ho-ras de uso por dia).
Com tanto investimento e cria-tividade, será que compensa ter uma casa sustentável? Para Eraldo, sem dúvidas. “Melhor qualidade climática e de vida, sem alergias nem veneno”, responde ele, que não perdeu os traços do alemão,
sua língua mãe. Ao optarmos por uma vida sustentável, passamos a valorizar o respeito e a preserva-ção da natureza; em troca, ganha-mos qualidade de vida e mudanças de hábito. Novas tecnologias para o uso sustentável de materiais são desenvolvidas a cada dia no mun-do, e assim a escolha cabe a cada um de nós. E você, já realizou algu-ma prática sustentável hoje?
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Por: Rosângela Menezes
SúbitaBanda
Músicos criam projeto que associa rock, Meio Ambiente e sustentabilidade
ENTREVISTA
A banda for-mada pelos p a u l i s t a s F e r n a n d o P a l m e i r a
(guitarra) e Thiago Olivei-ra (baixo) e pelos amazo-nenses, Altamy Monteiro (voz e guitarra) e Altiery Monteiro (bateria) lançou o primeiro CD oficial – Ne-bulosa interface: o encontro dos mundos – em 2010 e no mesmo ano estreou o videoclipe da música Me-nininha na programação da MTV Brasil. A banda desenvolve um projeto chamado Súbita Rock Ver-de, em que distribui mu-das de árvores nos shows
durante a apresentação da música Parallelas. Em cada muda existe uma etiqueta contendo a espécie, dicas de como plantá-la e o ta-manho que ela atinge. A espécie varia com a região onde o show é apresenta-do. Os músicos também apoiam a ONG Reflorestar é Viver, que já distribuiu mais de 140 mil mudas de árvores pelo Brasil. No ano passado, a Súbita rea-lizou shows na Semana de Meio Ambiente do Sesc-SP e em vários eventos com a temática ambiental e sus-tentabilidade, em escolas e universidades nos estados de São Paulo e Amazonas.
Os integrantes da Banda Súbita no estúdio, durante a gravação do vídeoclipe da música Mais Perto
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B. S. - A distibuição acontece em todos os shows, a diferença é que no ambiente acadêmico distribuímos um número maior de mudas. B. 21 - Qual a reação do público diante do Projeto Rock Verde? As pessoas costumam levar todas as mudas para casa?B. S. - A reação do público é sempre muito bacana e toda muda adotada tem uma etique-ta dizendo sua espécie, como cultivar, altura que atinge e e--mail para envio de foto, assim temos respostas sobre nosso projeto.B. 21 - A distribuição das mu-das acontece geralmente duran-te a música Paralelas. Por que a Banda escolheu esse momento do show?B. S. - Por ser uma música emo-cionante, é o momente onde tentamos atingir a consciên-cia de cada um. Mais informa-ções podem ser encontradas no www.subita.com.br.
“O Projeto Rock Verde inicioupor termos a ideia de subir aopalco não sópara tocar e simpara passar algo a mais parao público.”
Brasil 21 - A Banda Súbita ficou conhecida por distribuir mudas de plantas durante os seus shows. Como surgiu a ideia do Projeto Rock Verde?Banda Súbita - A distribuição das mudas é um dos momentos marcantes durante o show, não temos um público grande porém temos público em vários lugares do país com a divulgação boca a boca e via internet. O Projeto Rock Verde iniciou por termos a ideia de subir ao palco não só pra tocar e sim pra passar algo a mais para o público que está ali nos assistindo. O fato de sermos do Amazonas influenciou na criação do Rock Verde e poder citar a importância do verde na vida de cada um, também é um momento marcante pra gente.B. 21 - Há quanto tempo a ban-da Súbita distribui mudas du-rante os shows? Quantas foram distribuídas até hoje?B. S. - O Projeto Rock Verde existe desde maio de 2010 já dis-tribuimos uma média de 5 mil mudas.B. 21 - Quais tipos des mudas são distribuídas? E onde são cul-tivadas?B. S. - São distribuídas diversas espécies de acordo com cada re-gião, por exemplo, em Manaus--AM, distribuímos mudas de Seringueira, Flambioã e Pau Pre-tinho. Também são distribuídas mudas de porte pequeno para quem vai plantar em casa ou em lugar onde há pouco espaço. Já distribuímos mudas de Eucalipi-
to, Areca Bambú (Palmeira), Murta, Pingo de Ouro, Sibipi-runa, Jaboticaba, Pata de vaca, Serissa e Pinus (Pinheiro). Um número pequeno é cultivado em casa, outra parte um ami-go biólogo cultiva em sua casa, apoiando o projeto. Compra-mos algumas e outra parte re-cebemos da ONG Reflorestar é Viver. Nós costumamos citar o nome da ONG durante o show e divulgamos o grande trabalho do Ativista Luíz Betoni que dis-tribui mudas há mais de 10 anos em vários lugares do país. B. 21 - A Banda já participou de Semanas do Meio Ambiente e fez show em várias Universi-dades. A distribuição das mudas acontece em todos os shows ou se limitam ao ambiente acadêmico?
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ENERGIA
ENERGIA FOTOVOLTAICA
Universidades brasileiras desenvolvem experimentos com usinas solares conectadas na rede de energia elétrica em sete estados
Brasil investe em pesquisas
A energia fotovoltaica é o resultado da interação da luz solar com os materiais semicondutores de uma célula fotovol-taica, geralmente produzida com silício. No interior das células, os fótons prove-
nientes da luz solar despertam os elétrons do material semicondutor, o que gera eletricidade – ou seja, quan-to maior a intensidade da luz, maior será a eletricida-de gerada.
No Brasil, institutos de pesquisas como o Labo-ratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratórios de Sistemas Fotovoltai-cos da Universidade Federal de São Paulo e Laborató-rio de Energia Solar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre outros, desenvolvem instalações experimentais conectadas em rede, com o objetivo de testar novas tecnologias para a popularização da Energia Solar.
Uma Pesquisa realizada pelo professor Roberto Zilles, do Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos da USP, e revisado pela equipe de Laboratório de Ener-gia Solar da UFSC, aponta que no Brasil existem 38
usinas nucleares conectadas em rede: apenas no esta-do de São Paulo, existem 11 sistemas fotovoltaicos em operação, enquanto em Santa Catarina existem 10. O projeto experimental com maior capacidade de gera-ção de energia solar fica no Centro de Pesquisas em Energia Elétrica, na cidade do Rio de Janeiro, RJ. A usina existe há dez anos e possui 16,3 kWp de potên-cia.
A região menos ensolarada no Brasil – Santa Cata-rina e Paraná – tem 40% a mais de insolação diária do que a região mais ensolarada da Alemanha, país líder na produção mundial de energia solar: são mais de 1 milhão de geradores fotovoltaicos, a maioria em casas ligadas às redes de baixa tensão. A fórmula do sucesso da Alemanha, Japão, Estados Unidos e Espanha está no incentivo concedido pelo governo para ampliar a utilização de sistemas fotovoltaicos. O governo ale-mão, por exemplo, disponibilizou empréstimos para a população através do programa 100 mil telhados. Já no Japão, o governo subsidiou o custo da instalação de sistemas fotovoltaicos residenciais. O subsídio em 2004 foi de 387 US$/kW, enquanto em 2005 foi de 172 US$/kW.
Em abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou as regras para instalação de sis-temas fotovoltaicos de pequeno porte conectados às redes de energia elétrica no Brasil. A norma cria o sistema de compensação energética, em que a ener-gia produzida pelas células fotovoltaicas que não for utilizada pelo consumidor é injetada na rede de dis-tribuição e transformada em créditos para os meses seguintes. O saldo poderá ser utilizado em até três anos e as informações sobre a quantidade de crédi-to de energia será informada na fatura. No entanto, ao contrário do que aconteceu na Alemanha e Japão, aqui o consumidor será responsável pelos custos da instalação e adequação ao sistema de compensação energética. Até abril a legislação brasileira não per-mitia que o consumidor residencial operasse um ge-rador solar fotovoltaico conectado a rede de energia.
Por: Rosângela Menezes
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Na sede da Eletrosul, em Florianópolis, SC, a Casa Eficiente tem seu funcionamento a partir de fontes renováveis
Projeto de casa em Santa Catarina é modelo em Energia FotovoltaicaPor: Taynara Macedo
Inaugurada em 2006 no pátio da Eletrosul Cen-trais Elétricas, em Florianópolis, SC, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Casa Eficiente é uma vitrine de tecno-logia de ponta. A construção aproveita as condi-ções climáticas locais, como a radiação solar e os ventos, para gerar energia.
Os materiais (madeira, bambu, tijolos e telhas) fo-ram extraídos de fontes re-nováveis das redondezas, reduzindo o gasto com com-bustível, enquanto as esqua-drias e telhados garantem conforto térmico de maneira natural, eliminando a necessidade de aquecimento elétrico. Para en-tender como a energia solar é captada numa re-sidência é preciso saber a diferença entre célula, módulo e painel. A célula fotovoltaica é a unida-de básica desenvolvida para realizar a conversão direta de energia solar em elétrica. O módulo é a unidade formada por um conjunto de células so-lares, interligadas eletricamente e encapsuladas,
com o objetivo de gerar eletricidade. Os painéis são dois ou mais módulos fotovoltaicos interliga-dos eletricamente, montados de modo a formar uma única estrutura.
Pesquisadores do LabEEE (Laboratório de Eficiência Energética de Edifi-cações/UFSC), que elaboraram o projeto da casa compõem a equipe do LMBEE (Laborató-rio de Monitoramento Biocli-mático e Eficiência Energética), responsável pelo desenvolvi-mento de pesquisas científicas na Casa Eficiente a cada quinze dias. Para o grupo, os módulos
fotovoltaicos da residência possuem eficiência de 14 %, valor considerado bom, uma vez que a mé-dia mundial para esta tecnologia é em torno de 11 a 12 %. O valor total gasto na construção foi de aproximadamente 477 mil reais. O custo deste tipo de projeto ainda é elevado para o consumi-dor, com esse valor é possível comprar um apar-tamento com três quartos e uma vaga na garagem, na mesma região da Casa Eficiente.
O valor gastona construção da casa foi de aproximadamente R$ 477 mil
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Vinte alunos, quatro barcos e um objetivo. A equipe Vento Sul de Barcos Sola-res, formada por alunos dos cursos de Engenharia Me-
cânica, Engenharia de Produção Elétrica, Engenharia Civil, Jornalismo e Nutrição, da Universidade Federal de Santa Cata-rina (UFSC), tem como propósito desen-volver embarcações movidas à energia solar fotovoltaica. A equipe existe desde 2009, quando foi convidada por alunos da Universidade Federal do Rio de Janei-ro (UFRJ) para participar do Desafio So-lar Brasil – maior rali de barcos solares do país – , a partir daí foi vitoriosa e hoje é tri-campeã invicta com o barco Guarapuvu I.
O projeto, coordenado pelo Prof. Dr. Orestes Alarcon, chefe do departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, visa desen-volver e testar novas tecnologias para um melhor aproveitamento da energia solar.
Para que os barcos sejam produzidos em escala industrial, basta que alguma empre-sa aproveite os estudos desenvolvidos pe-los estudantes. O investimento necessário
para a construção de um barco como os da equipe Vento Sul, varia de 40 a 60 mil reais.
Os barcos Vento Sul e Guarapuvu I foram produzidos para o Desafio Solar Brasil, com-petição nacional que acontece duas vezes ao ano, uma em Florianópolis, SC, e outra em Paraty, RJ. Para a competição conside-rada mundial, DONG Energy Solar Challen-ge, realizada na Frísia, ao norte da Holanda, foram produzidos os barcos Guarapuvu II, que pesa 20 kg a menos que a versão ante-rior, e o Oxum, que alcança até 22 km/h.
Na competição as equipes devem de-senvolver embarcações movidas exclu-sivamente por energia solar fotovoltaica e utilizá-la de forma eficiente durante a prova. Isso porque a potência obtida nos módulos que geram a energia é igual para todos os barcos de cada classe, e as bate-rias, que servem para complementar os módulos, também têm um limite de ar-mazenamento indicado pela competição.
A equipe Vento Sul se classificou em 13° lugar no ranking de barco solar mais rápi-do do mundo, na competição mundial que aconteceu entre os dias 8 e 14 de julho.
O estudante e capitão da
equipe Vento Sul, Pedro
Rocha, pilota o barco Oxum em
competição na Holanda
Estudantes da UFSC participam de competição internacional com Barco SolarNo projeto do barco os alunos testam novas tecnologias para a melhor captação da Energia
Por: Taynara MacedoF
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Equipe Fotovoltaicaprojeta barcopara alunos do Pará
A equipe formada por estu-dantes dos cursos de engenharia elétrica, civil, mecânica, produ-ção e do curso de arquitetura da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), coordenada pelo professor Ricardo Rüther trabalham para concluir o barco movido a energia solar, que irá transportar crianças ribeirinhas da comunidade de Santa Rosa, no município de Barcarena, no Pará.
O barco foi apresentado du-rante a Rio+20 e tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (CNPq), Eletrobrás, Weg e Insti-tuto Ideal .
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O barco solar tem capacidade
de percorrer o rios da Amazônia
durante cinco horas
A embarcação contará com módulos solares no teto com potência de 4 kWp (quilowatt--pico), conjunto de baterias para até cincos horas de na-vegação à noite e capacidade para 22 estudantes sentados.
Atualmente, o transporte dos alunos até a escola é reali-zados através de barcos contra-tos pela prefeitura do local.
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Na próxima edição:
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