Revista e-kletic@ novembro 2015
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1
e-kletic@ revista
Nº 0003
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Porque a e-kletic@ é digital?
O preço da brancura
Os impactos da produção do papel já são bem conhecidos, e tão desastrosos que há anos a Europa tratou de "terceirizar" o
setor. É claro, para os países em desenvolvimento, onde a fragilidade das leis ambientais, a carência por postos de trabalho e a
necessidade de gerar divisas acenaram, e ainda acenam, com boas-vindas para essa que é uma das mais impactantes indústrias do
planeta.
Para produzir uma tonelada de papel são necessárias duas a três toneladas de madeira, uma grande quantidade de água (mais
do que qualquer outra atividade industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). O uso de
produtos químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também representa um sério risco para a saúde
humana e para o meio ambiente - comprometendo a qualidade da água, do solo e dos alimentos.
O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis endossam o rol das atividades humanas mais nocivas ao
planeta. O consumo mundial cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo dados do Worldwatch Institute,
podendo chegar a mais de 300 kg per capita ao ano em alguns países. E na esteira do consumo, cresce também o volume de lixo, que
é outro sério problema em todos os centros urbanos.
De acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar
significativamente os recursos hídricos. Só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi
introduzido no estado.
Quando a indústria de celulose chegou ao Espírito Santo na década de 1960, se iniciou um rápido processo de devastação da
Mata Atlântica e expulsão de comunidades rurais. "A empresa Aracruz Celulose invadiu áreas indígenas em processo de demarcação
e expulsou índios tupiniquins e guaranis de 40 aldeias. No norte do estado, a empresa ocupou terras quilombolas, expulsando cerca
de 10 mil famílias".
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Matéria-prima básica da indústria do papel, a celulose é um material fibroso presente na madeira e nos vegetais em geral. No
processo de fabricação, primeiro a madeira é descascada e picada em lascas (chamadas cavacos), depois é cozida com produtos
químicos, para separar a celulose da lignina e demais componentes vegetais. O líquido resultante do cozimento, chamado licor negro,
é armazenado em lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de retornar aos corpos d'água.
A etapa seguinte, e a mais crítica, é o branqueamento da celulose, um processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e
clarear a pasta que será usada para fazer o papel.
Mesmo com o tratamento de efluentes na fábrica, as dioxinas permanecem e são lançadas nos rios, contaminando a água, o solo e
consequentemente a vegetação e os animais (inclusive os que são usados para consumo humano). No organismo dos animais e do
homem, as dioxinas têm efeito cumulativo, ou seja, não são eliminadas e vão se armazenando nos tecidos gordurosos do corpo.
Texto retirado do site http://www.ecolnews.com.br/papel.htm
Por isso somos digital!
Por isso somos verde!
Por isso somos e-kletic@!
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Ao Leitor
Essa nossa edição está recheada de muitas coisas boas!
Vamos falar sobre sonhos! É...aquela foto na capa não era só para atrair sua atenção e seu paladar.
Vamos falar do sonho que é docinho com uma receita bem legal.
Também falar dos sonhos que são locais onde podemos viajar como a cidade de Fortaleza, do sonho que todo aquele que
escreve sempre sonha que é o sonho de conseguir publicar o seu livro e para falar sobre esse sonho, entrevistamos um escritor lá de
Portugal e também uma escritora daqui do Rio de Janeiro.
A e-kletic@ chegou a Moçambique e com isso também ganhamos o prazer de ter entre nossos colunistas um Moçambicano.
É como muita satisfação que teremos seus primeiros escritos nesta edição. Um sonho! Tanto termos chegados até lá e também para
o nosso novo colunista de ter chegado até aqui para nos deliciar com suas palavras.
E por falar de sonhos, também temos uma entrevista com um dos sócios da Sonheria, uma loja em São Paulo que é
literalmente uma fábrica de sonhos.
Como sempre, as matérias sempre bem elaboradas dos nossos colunistas e nossa grande alegria de fazer uma revista
recheada de boas coisas para nossos leitores e-kleticos.
Temos também uma homenagem a todos os negros desse nosso Brasil maravilhoso mais ainda cheio de preconceitos e
diferenças sociais, escrita pelo nosso colunista que também é palhaço.
E também em cada início das colunas teremos uma mini biografia dos nossos colunistas para que você, nosso leitor, possa
estar conhecendo cada um, um pouco mais.
Deliciem-se com esse nosso sonho que é mais uma publicação da e-kletic@
Seja você! Seja e-kletic@!
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Qual escritor não sonha com a publicação do seu livro?
Sonho!
Realidade!
Publicar!
Poder ler!
Poder ser lido!
Leitores
Sonhadores!
Foi em meio a familiares, animadores de rua do
Contigo Acreditar, também do Responsável do Centro
Comunitário da Terra do Chá, sem falar da presença de
um músico ao violão e uma quantidade bastante numerosa
de amigos e amantes de uma boa leitura, que se deu a noite
de publicação do livro de Carlos Ramos – UMA VIDA
POETICAMENTE ESCRITA.
E é com esse novo escritor português de Angra do
Heroísmo – Portugal, que estaremos conversando nesta
nossa edição recheada de sonhos.
Que essa pequena entrevista venha ser de grande
valia para todos os escritores que vierem a visitar nossa
revista a continuarem firmes em seus sonhos de
publicarem seus escritos.
E agora com vocês:
Carlos Ramos
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Logo de cara podemos ver
pela pagina do Facebook criada para
divulgar o livro de Carlos Ramos o
seguinte texto:
“Esta página foi criada com o
intuito de realizar um sonho que
consiste em publicar um livro do
jovem Carlos Ramos. Tornado
real em 28-07-15”.
Um sonho luta para que
chegue logo a data e que ele possa
ser realizado. E essa data consta na
página que foi criada para divulgar o
livro de Carlos Ramos
e-kletic@: Carlos nos conte
como foi esse processo de realização
desse sonho que foi publicar o seu
primeiro livro. Se você contou com a
ajuda de alguém, do material que
separou para compor o livro e tudo o
mais que culminou na publicação.
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Carlos Ramos: Faço questão, primeiramente, de me apresentar. Sou o Carlos, tenho 19 anos, o meu signo é Gêmeos,
sou uma pessoa reservada, mas muito extrovertida no dia-a-dia com os amigos e família. Sou uma pessoa completamente aberta a
tudo o que me rodeia, compreensivo, honesto e entre outras, leal. Estudo Artes, atualmente, no 12ºano de escolaridade! Realizar um
sonho nunca foi fácil e confesso que até cheguei a pensar que não o ia conseguir concretizar. Mas na verdade quanto mais pensava
que não ia conseguir maior se tornava a ânsia de lutar para o alcançar e desta forma concretizar este sonho!
“Uma Vida Poeticamente Escrita” foi um livro que demorou um ano e cerca de um mês para ser publicado. Não por questões
da editora, porque só tenho a agradecer á “Chiado Editora” por toda a amabilidade, amizade, simpatia, disponibilidade, e entre
muitos outros aspetos positivos, mas apenas por questões financeiras!
A princípio cheguei a pensar em desistir! Depois obtive a ajuda da Valência de Animação de Rua "Contigo Acreditar” do
Centro Comunitário da Terra Chã, que desenvolveu um projeto chamado “Um Livro Por Uma Causa”, com o intuito de ajudar a
angariar fundos para a publicação do meu livro.
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Outro dos objetivos deste projeto foi a criação de uma sala de estudo para
incentivar os jovens da valência a estudar e ter como exemplo que a edição do meu
livro é a prova de que tudo é possível desde que não percamos o norte dos nossos
objetivos!
Com a Valência de Animação de Rua “Contigo Acreditar”, consegui obter
ajuda de muitas pessoas como também a ajuda da “Junta de Freguesia da Terra
Chã” e da “Vice-presidência do Governo Regional dos Açores”.
O conteúdo do meu livro foi se desenvolvendo ao longo dos meus 18 anos, o
qual fui editando e juntando mais alguns poemas até me ser possível publicá-lo!
Já agora queria descrever toda a magia inerente ao lançamento do meu livro
que foi realizado no dia 28 de Julho de 2015 pelas 20h no Museu de Angra do
Heroísmo. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida!
Contei com a presença de amigos, colegas, conhecidos, familiares,
contribuidores, professores e em especial do cantor Flávio Cristóvão. Foi um evento repleto de alegria, musica e palavras que me
marcaram.
Agora que posso finalmente afirmar que o meu livro se encontra no conforto das livrarias algo in descritível me invade, algo
que vai com toda a certeza para além da felicidade.
e-kletic@: Porque poesia e de onde veio suas influências?
Carlos Ramos: A poesia é nada mais nada menos que um refúgio! É nela que consigo encontrar a minha paz interior.
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Comecei a escrever desde muito novo e recordo-me
claramente que este meu gosto pela escrita foi crescendo devido a
um caderno repleto de poemas que encontrei lá em casa e que mais
tarde descobri que pertencia á minha mãe! A minha mãe, que tem
como nome Maria de Fátima, foi com toda a certeza a minha maior
influência e inspiração no mundo da poesia.
Outra das minhas influências foi a vida! Uma vida de
inúmeros sentimentos que me suscitou maior vontade de expressar para o papel, tudo o que sentia dificuldade em expressar no dia-a-
dia, ou seja, todo o meu mundo de pensamentos, emoções, desejos, nada mais que uma lista inacabável de temáticas de um ser
romântico e sensível!
Por essa mesma razão dei como titulo á minha obra de “Uma Vida Poeticamente Escrita”!
e-kletic@: O título do seu livro é de um bom gosto maravilhoso e gostaríamos de saber mais sobre suas produções e o que
está por vir.
Carlos Ramos: O título do meu livro descreve inteiramente o conteúdo da minha obra e fico muito feliz por sentir que
não podia ter feito melhor escolha.
Continuo a escrever sempre que me invade aquela
onda de inspiração.
Já comecei a desenvolver novas ideias e a dar inicio a
uma nova obra, embora ainda seja tudo muito recente, mas
jamais devemos, com toda a certeza, parar de sonhar! Mesmo
depois de alcançarmos um dos muitos sonhos que nos
habitam a alma. Devemos apostar sempre em ir mais longe.
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e-kletic@: Até onde a poesia já levou Carlos Ramos e até onde Carlos Ramos se deseja ser levado pela poesia?
Carlos Ramos: A poesia já me levou a conhecer o meu verdadeiro eu. Foi graças à poesia que me tornei mais forte e
que consegui demonstrar o meu verdadeiro ser. Já me levou a uma entrevista com a rádio “RWR” e a ser entrevistado pela revista
“e-kletic@”. Levou-me também a fazer algumas apresentações e em estar em contacto com o público, o que aumentou a minha
autoestima e me tornou mais confiante, com mais garra para continuar no mundo da escrita!
Desejo que Carlos Ramos me leve muito mais longe e que me leve a concretizar cada desejo, me traga muito sucesso, mas que
para além de tudo, me traga conforto, alegria e orgulho!
O livro pode ser adquirido online sim, no site da editora,
www.chiadoeditora.com, na Bertrand, Fnac, Wook e entre outros.
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Hoje a e-kletic@ vai bater um papo com Marco da Costa assessor de comunicação das Soluções urbanas/ Arquiteto de Família. E falaremos sobre um tipo de sonho, já que sonho é a pauta de novembro, e será sobre sonhos realizados. E é auxiliando a realização de sonhos de outras pessoas que Marcos, junto com mais realizadores de sonhos se unem para ajudar moradores do Morro Vital Brasil
em Niterói a concretizarem a realização de um sonho que é a melhoria da moradia e um ganho na qualidade de vida.
e-kletic@: Marco, antes de mais nada, parabéns para todos vocês que se empenham em demonstrar que é possível sim nesse
nossos dias onde o individual estar tão presente nas relações, demonstrar que as pessoas estão sim dispostas a colaborarem pe lo bem do outro como os moradores das comunidades e principalmente vocês, os profissionais que se dispõem a ir ter com os moradores para dar um direcionamento que, a principio, nunca teriam condições para melhorem suas casas e também adquirirem uma melhor
qualidade de vida. Com isso tudo, gostaríamos de saber como surgiu o projeto Arquiteto de Família?
Marco: O Projeto
Arquiteto de Família surgiu no Centro de Arquitetura e Urbanismo
do Rio de Janeiro, o CAU, como proposta de política pública. Eu era Diretor e a atual Presidente da
ONG Soluções Urbanas, Mariana Estevão uma jovem recém formada
em arquitetura que se interessou em nosso chamado de participação de vizinhos e estudantes de urbanismo.
Ela elaborou um projeto baseado em voluntariado e começamos a
aplica- lo na comunidade Tavares bastos, no Catete, em 2001. Em 2002 eu sai e fui viver nos EUA e a
Secretaria de urbanismo abandonou
Arquiteto de Família
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o projeto. Mariana e um grupo de profissionais então formaram uma ONG para tocar a ideia e desde lá muita coisa foi incorporada,
modificada. Hoje Mariana Estevão é uma arquiteta e urbanista reconhecida nacionalmente e o projeto um sucesso. Voltei ao Brasil em 2008 e desde então voltei a fazer parte da equipe.
e-kletic@: Sabemos que nada nessa vida é possível fazer sem que haja o dinheiro envolvido mesmo que seja de uma forma
indireta com patrocínios ou até mesmo doações. Como funciona para manter os profissionais de diversas áreas no projeto? Há alguma parceria ou instituição que os apoiam e como foi para conseguir essa ajuda?
Marco: Sim. Temos o apoio - fundamental e valioso - do Instituto Vital Brazil. Temos parcerias com o setor público e
privado. Também ganhamos muitos prêmios que investimos 100% no projeto. Estamos iniciando campanhas de fundos, para manter e ampliar o projeto.
e-kletic@: Sabemos das dificuldades financeiras dos moradores de comunidades e do quanto é caro fazer uma obra. Há
alguma iniciativa do Arquiteto de Família em viabilizar a compra de materiais com algum desconto ou com algum tipo de ajuda d e
terceiros? E sobre a mão de obra? Como funciona para o beneficiado ter o projeto feito por vocês sendo colocado em prática?
Marco: Nós elaboramos somente o projeto e as famílias arcam com os custos. Muitos já estavam planejando ampliações e
reformas. Temos uma pequena linha de crédito para compra de material, realizamos uma feira de trocas solidárias e criamos até uma
moeda social para uso na feira. A mão de obra é composta pelos moradores da casa, em mutirão. Para ter um projeto o morador precisa solicitar a nossa equipe um estudo de viabilidade. Nem toda casa pode ser ampliada ou reformada. existem construções em áreas de
risco que não permitem isso.
e-kletic@: Sobre quem vai receber a visita dos Arquitetos de Família, como funciona? Há uma fila de espera?
Marco: Atuamos em uma área geográfica determinada. Mapeamos todas as casas e famílias e oferecemos o serviço. Há uma
metodologia para aplicar o projeto, com etapas bem definidas. Todos podem ter acesso fácil aos nossos arquitetos e tirar dúvidas.
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e-kletic@: Até onde os profissionais envolvidos querem levar o Projeto Arquiteto de Família e até onde o Projeto arquiteto de
família já os levaram?
Marco: Queremos que a arquitetura publica vire política publica na área da habitação e que a reforma e ampliação também
seja incluída nos projetos de habitação das cidades. O Projeto é uma pequena amostra dessa possibilidade.
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E foi numa noite muito especial cercada de amigos, (e ali
tinham só amigos e não deviria nem poderia ter outro tipo de
pessoas até porque Gabrielle é um daqueles seres humanos que
cultiva amizades por onde passa), que nós da e-kletic@ fomos
prestigiar o lançamento do livro Poderia Ser Uma Crônica, o qual
ela organizou.
Uma noite maravilhosa e cheia de arte e música.
Sem falar também da presença dos escritores que junto com
ela, fazem parte dessa coletânea de confiança, amizade,
experiências e muita vida.
Saímos de lá encantados com a presença da Gabrielle e o
tempo que estivemos lá, o que se vimos foi muito amor pela escrita.
E hoje o que teremos aqui é uma conversa muito rica e bastante
banhada em gratidão com nossa Gabrielle Astier que também é
nossa colunista.
e-kletic@: Segundo seu terapeuta, você teria que
assumir que é sim uma escritora. Afinal, como ele mesmo te
disse: “Se você escreve, é uma escritora.”
Bom, somos podados e doutrinados pela ideia de que
profissões devem ser sempre constituídas através de
instituições pré estabelecidas como “fabricantes do saber”
como escolas e faculdades, e de que qualquer outra forma de
trabalho não tem tanto valor ou respeito se o “profissional”
não passar por essas instituições. Mas sabemos que querer
escrever se nasce. É um algo que está já em nosso DNA de
escritor.
Então Gabrielle, nos conte um pouco sobre como foi
esse processo da construção da escritora Gabrielle Astier e
também como se deu o brotar do livro Poderia Ser Uma
Crônica?
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Gabrielle Astier: Antes de responder as perguntas, gostaria
de agradecer a oportunidade dessa entrevista, é sempre um prazer
poder compartilhar um pouco do que pensamos nossa história, nossos
sonhos e prazeres. Quero deixar claro aqui que qualquer resposta que
eu der, pode ser modificável com o tempo, visto que o que contamos
geralmente vem de nossa memória, e a minha não é lá muito confiável
(rs).
Bom, pelo que me lembro, e reiterando o que você coloca
como “DNA do escritor”, descobri a escrita em mim como a melhor
forma que encontrei de me expressar no mundo. Desde pequena
escrevia, e na época do Natal, escrevia cartas para minha família e
dava de presente. Acreditava que as minhas palavras eram o melhor
que eu pudesse dar. Acho que herdei isso de minha avó paterna. Me
lembro bem que ela passava horas no birô, escrevendo para seus
familiares e amigos da Europa. Acredito que mantinha esse costume
por ter passado pela guerra, e no período de guerras tinha-se muito
esse costume de se corresponder por cartas, afinal era o meio que se
tinha para comunicação. Enfim, isso para explicar que sou apenas a continuidade de gerações que me antecederam e continuo o papel
de registrar minha vida, meus anseios, minhas angústias, devaneios, insights, etc, como forma de suportar viver. A escrita pra mim,
mais do que forma de expressão, é quase que meu sustento, minha válvula de escape. Minha avó mantinha um diário com todos os
registros, inclusive e, sobretudo na época da guerra, mas infelizmente ela queimou tudo, acredito que por querer esquecer uma épo ca
tão triste e pesada em sua vida. Eu tenho um montão de diários, desde a época da escola, claro que muitos eu joguei fora, mas os que
sobreviveram estão comigo, bem guardados. Faz parte da minha história, e gosto de revisitá- los mesmo que não com frequência. Vejo,
através deles, o meu progresso pessoal. Acredito muito no ser humano e como podemos mudar constantemente a fim de evoluir
sempre. Eu mudei e mudo muito, e as vezes mudo muito rapidamente. Todos mudamos, mas alguns resistem as mudanças. A vida me
ensinou a me adaptar a diversas circunstâncias, não por escolha, mas as vezes por falta dela.
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Voltando a pergunta (rs): desde que aprendi escrevo. Tiveram alguns períodos que menos, como na faculdade de Arquitetura e
Urbanismo que cursei, e depois o mestrado (me ative mais a temas acadêmicos). Mas de fato, me reconhecer como escritora, isso foi
no ano passado mesmo com ajuda de meu terapeuta. Passei por uma crise fortíssima existencial, após o término de um relacionamento,
o qual dei cria ao texto “noite indesejável” que está no livro. Depois que publiquei me questionei se deveria mesmo o ter publicado.
Um texto forte, um desabafo, uma desnudez, uma “metamorfose” como descreveu a amiga Katia Franco (também escritora que está
no livro). Refletindo sobre o meu processo, agora penso que sim, mesmo que não represente o meu momento atual. Esse texto foi de
extrema importância em minha vida, pois foi através dele que descobri a potência que é a escrita: de transformar, de aliviar dores, de
cura. Depois que “vomitei” esse texto me senti tão aliviada como curada. E sei que não sou a primeira, nem única a passar por isso. A
existência humana é um grande mistério no qual passaremos o resto de nossas vidas sem desvendá- lo, e isso não me angustia mais,
mas faz perceber a beleza e dádiva que é viver.
Sobre o “brotar” do Poderia Ser Uma Crônica, acho que essa é a melhor palavra para defini- lo. Ele nasce naturalmente, na
estrada que leva a Lumiar, com Kelly Regina (escritora e também organizadora do livro). Uma vontade de transformar ou transmutar
sentimentos em palavras. Primeiro eu e Kelly, que adoramos escrever e trocar textos sobre a vida, existência, filosofia, literatura,
pensamos em fazer um apanhado de textos nossos, e, ao longo do percurso, fomos descobrindo amigos e conhecidos que escreviam
também e que, na maioria, não se diziam escritores. Foi um processo muito delicioso esse: primeiro a descoberta de si (Kelly e outros
amigos foram bastante importantes no incentivo para meu processo pessoal), depois a descoberta do outro (através de e-mails,
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publicações em redes sociais, blogs, etc), e finalmente o convite à participação do livro (essa parte pra mim foi extremamente
prazerosa). Claro que depois tem toda a parte mais “pé no chão” de fazer a coisa sair da ideia e se concretizar. A princípio eu ia
publicar com a Editora Urutau, que são amigos meus de Campinas e tenho uma grande admiração pelo trabalho deles, depois me
deparei aqui no Rio com a Editora Organograma que simpatizei muito também pelo trabalho deles, e pela praticidade de estar na
mesma cidade, e foi quem concretizou essa história comigo. A Kelly esteve comigo grande parte do processo, admiro e respeito muito
as suas opiniões e sugestões que deu na escolha dos textos. Por estar muito atarefada com outras atividades (dentre elas o doutorado),
acabou me deixando guiar o barco com a minha própria companhia. Deixo expressas aqui minhas palavras de gratidão a ela.
e-kletic@: Sabemos da dificuldade de se publicar um livro no Brasil e gostaríamos de saber como foi esse processo e se
contou com a ajuda de terceiros para esse lindo projeto.
Gabrielle Astier: A ajuda que tive de terceiros foi no processo de seleção dos textos com Kelly, Robert Pechman, entre
outros amigos que leram, e claro da editora.
Sim, há dificuldades de se publicar atualmente no Brasil, devido a custos, que não são baixos se você preza um trabalho de
qualidade, como foi o caso do Poderia Ser Uma Crônica. Acabei arcando com esses custos com parte do que recebi de meu trabalho
pessoal. O que mais me estimulou nesse projeto é a possibilidade em poder divulgar novos escritores que não estão inseridos no
mercado editorial. O que começou com uma “brincadeira” de escritora passou a ser algo mais sério e concreto no sentido de poder
publicar (tornar público) pessoas que estão “fora do circuito”, (claro que tem suas exceções, mas a maioria…). Seria como um
cardápio de “degustação” desses autores (rs) (até para outros que queiram publicar um ou outro em especial).
e-kletic@: Nós da revista, ficamos muito honrados e satisfeitos em poder ter participado desse seu início no mundo da
escrita e mesmo sabendo que ainda é cedo e que seu foco agora é a divulgação do livro, gostaríamos que nos falasse um pouco dos
novos projetos que devem estar aí fervilhando em sua cabeça.
Gabrielle Astier: Novos projetos sempre fervilham a minha cabeça. Nem sempre em relação a escrita em si. Continuo
escrevendo sempre, mas mais pra mim agora. Sou arquiteta urbanista, como mencionei a cima, e posso dizer que sou militante por uma
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arquitetura mais consciente, ecológica e que preze mais o social que o econômico. Também trabalho com projetos, de casas, edifícios,
etc, mas tudo na área ecológica/sustentável. Estou me preparando para retomar os estudos acadêmicos. Projetos de livros agora só mais
pro futuro…(rs). Minha vontade mesmo é ter tempo o suficiente para realizar tudo que se passa na minha cabeça, como publicar livros
exclusivos de autores que estão, inclusive, no livro.
e-kletic@: Nos diga como foi a montagem do livro com os autores/escritores e como se deu a escolha de cada texto.
Gabrielle Astier: Foi um processo natural. Como escrevi: “contos do cotidiano, contos contados, contos lembrados, contos
assaltados” uma brincadeira para dizer que li, gostei e peguei. Depois foi que pedi. Algumas pessoas foram indicações, como a migas,
etc. Mas a maioria foram “achados”… poucos foram os “encomendados”… Mas cada texto, cada pessoa que no livro se encontra, foi
escolhido a dedo. Todos expressam um grande potencial em sua escrita.
Todos os escritores gostaram da ideia de ter seu texto publicado, e combinamos de que cada um ganharia seu exemplar em
troca do texto no livro. Foi a solução mais fácil que encontrei de retribuir cada parte doada pelos autores.
e-kletic@: Até onde o Livro Poderia Ser Uma Crônica já levou a Gabrielle Astier e até onde a escritora Gabrielle Astier
quer levar o Livro Poderia Ser Uma Crônica.?
Gabrielle Astier: Fiz o primeiro lançamento na Blooks, no Espaço Itaú de cinemas da Praia de Botafogo, no dia 22 de
outubro. Pretendo ainda esse ano, fazer os lançamentos do livro em outros lugares, como: Campinas, São Paulo, Belo Horizonte e
Ouro Preto. Estou aberta a propostas! Gostaria cada vez mais poder “descobrir” escritores e poder auxiliar a dar oportunidade para que
outras pessoas tenham contato. Acho que hoje, mesmo com todas as dificuldades, é muito mais fácil do que antigamente, graças a
internet e toda tecnologia que temos a nosso dispor. Esse livro não nasceria sem essas ferramentas, inclusive.
Gostaria de finalizar aqui com uma frase de Natália, que inicia a apresentação do livro:
“que a escrita esteja por aí, onde as palavras tem sabor”. Natália Goulart
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A sua
opinião
importa...
Um olhar novo sobre o que está acontecendo
Na e-kletica você lê, reflete, divulga e pode dar sua opinião.
Diga o que gostaria na próxima edição.
E se quiser trocar uma ideia: [email protected]
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Sonhar faz bem
pra alma ...quem não
gosta de sonhar ? E há
quem goste de comer
sonhos rs.
Hoje vamos falar
dessa iguaria portuguesa
muito conhecida em
nossa infância : sonho de
padaria.
Delicado pãozinho
frito recheado com creme
de gemas ou doce de leite...não há limite para sonhar ...então recheie seus sonhos com brigadeiro, Nutella , beijinho
de coco ou doce de amêndoas.
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Vamos à receita: SONHO DE PADARIA
INGREDIENTES: Massa: 45 g de fermento para pão (biológico) 1 xícara (chá) de leite morno ½ lata de leite condensado ½ xícara (chá) de manteiga 3 gemas 1 pitada de sal 5 xícaras (chá) de farinha de trigo
Recheio:
½ lata de leite condensado ½ medida (da lata) de leite ½ colher (sopa) de maisena 1 gema 200 gramas de creme de leite Óleo para fritura Canela em pó e açúcar para polvilhar
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MODO DE PREPARO: 1. Dissolva o fermento no leite e reserve.
2. Coloque o leite condensado, a manteiga, as gemas e o sal e misture bem.
3. Junte a farinha aos poucos, amassando até obter uma massa lisa que solte das mãos.
4. Pegue pequenas porções da massa e enrole sobre uma superfície lisa, fazendo movimentos circulares com a mão, formando os
sonhos.
5. Coloque os sonhos em uma assadeira enfarinhada.
6. Cubra com um pano e deixe crescer em local abafado até dobrar o volume.
7. Enquanto isso prepare o recheio.
8. Em uma panela, misture bem o leite condensado, o leite, a maisena e a gema.
9. Leve ao fogo baixo por cerca de 10 minutos até obter consistência cremosa.
10. Retire do fogo, junte o creme de leite, misture e deixe esfriar bem.
11. Frite os sonhos em óleo não muito quente, em fogo baixo, dourando-os por igual.
12. Escorra em papel absorvente, corte-os ao meio e recheie com o creme.
13. Polvilhe com a mistura de açúcar e canela e sirva a seguir.
Rendimento: 30 porções
Bom apetite !!!
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Nº 0003
27
Colmeia Por Gabriela Gonçalves
O Colmeia é um evento Coletivo Laboral Multicultural de
Experimentações e Intervenções Artística, que reúne os artista de
Blumenau e região.
Em sua quarta edição, o COLMEIA 2015 ocorreu novamente no
Teatro Carlos Gomes, em Blumenau/SC.
Regado a muita arte, o evento proporciona atrações que vão desde
dança, teatro, artes visuais, gastronomia, literatura, oficina, até artesanato.
É gratuito e aberto a comunidade. Houve estimativa de que
passaram cerca de 12 mil pessoas pelos andares do teatro, durante os dois dias do
evento, 19 e 20 de setembro.
Os artistas visuais fizeram uma homenagem ao idealizador do evento,
Clóvis Truppel, o Risco, como era conhecido. Clóvis nos deixou no dia 7 de
novembro de 2014, deixando um legado sobre arte, paz, amor e o que é coletivo.
Foram cerca de 216 atrações ocorrendo ao longo dos dois dias de evento. Este ano,
mostrou-se muito unido e organizado, mesmo sem seu idealizador. Só podemos
aguardar a edição 2016!
Para mim foi uma honra e alegria muito grande participar do evento. É a
segunda vez que aproveito essa oportunidade, em 2014 também expus fotografias
analógicas, e os demais anos compareci ao evento. Foi muito forte a união e
dedicação deste ano. Creio que temos mostrado a riqueza de arte que temos em
nossa cidade e na região. É bom ver tantas atrações e pessoas envolvidas. A troca
é muita rica, e é sempre um aprendizado conhecer outros artistas.
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Miguel Luís é o nosso mais novo colunista.
Ele é de Moçambique .
É!!!! A e-kletic@ chegou em Moçambique. Também estamos em Portugal e o Miguel faz parte de um projeto maior que é ter outros colunistas que escrevem em nossa maravilhosa língua portuguesa.
Colunista de vários lugares desse planeta que tem a língua portuguesa como algo que nos une.
Aqui atrás temos as cores da bandeira de Moçambique para homenagearmos esse nosso mais novo colunista.
Segue abaixo o primeiro texto do Miguel que é uma carta a Mia Couto pseudónimo de António Emílio Leite Couto, é um grande escritor moçambicano. Deliciem-se com os escritos desse rapaz
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Querido Mia, gatafunho-te estas palavras exilado no ermo dos pensageiros, a frondosa varanda do Frangipani. Por aqui, tudo
jora pensamentos mais sentimentos e nada se faz oculto, aos contrários, se faz intermitente dos vagares de quem se exila numa terra sonâmbula, ausentando-se do mundo que ainda está por nascer.
Ontem, amanheci fungando teus escritos na esperança de visitar outros mundos, sentir chuvas pasmadas e espraiar minhas existências em vivências de quem pensa tempos. Porém, o que se sucedeu foi enraizar minhas paixões pelos teus escritos, doze como as tribos de Israel, âncorar minhas realidades e perscrutar alegrias e tristezas de não viventes, detentores de poentes jubilares.
Por isso em dias semelhantes aos de ontem, só o excerto que Arcanjo Baleiro robou no caderno do escritor me define: “Andei por abrigos extensos. Mas não encontrei sombra senão na palavra".
Desculpe-me se te canso com estas tépidas confissões, resto do talvez, ou seja, poeira do sim e do não. É que quando o assunto é falar, me sinto ignorante, por isso tudo faço para dignificar os momentos. Fique tranquilo, por enquanto não o voltarei a fazer.
Quero nestes humildes gatafunhos de um leitor apaixonado, te revelar a imensidão de sensações que me correm a alma quando
saboreio as palavras por ti coleccionadas numa frase, num paragrafo, num texto, ou num livro. São mil penas as palavras serem auto insuficientes para te poder transmitir essa miscelânea de reverberos e prantos. Mas se fores paciente e realmente os quiseres sentir
transcenda o teu parecer até onde nasce e finda o mar , hermético louva-eu. Na tua poesia, vejo aquilo que são as intempéries de quem se treslouca para sementeiras celestes, tradutor de chuvas. Por isso,
assumindo cumplicidades com o teu eu, gozo da palavra e me apresento à ti nos seguintes termos:
Carta a Mia Couto, o Doutor Honoris Causa
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Eudemonia de Poesia Ser poeta é ser louco,
Viver abastado de pouco... Nascer e morrer em tudo.
Menos entendido e nunca mudo.
Moro em utopias,
Me malucando para a mim exprimir. E se eu exprimisse o que vive esse!
Nem vivendo me acordo...
Trabalho enterros e nasço desterros,
Sentimentos em tal vez Pensamentos no às vezes.
Sem medo confesso
É essa louca cura que é eudemonia,
Ataraxia e seiva do meu dia.
Alguns te oferecem títulos honoríficos, outros te fazem passaporte para a ataraxia, eu porém, te gatafunho estas palavras, na esperança de que continues me traduzindo chuvas, e que faças do leito do universo , o peito do qual me fazes sugar vidas e beber estórias abensonhadas no desterro do Jesusalém, onde confecciono o "Pensamentos Mais Sentimentos.
De quem tanto te vive.
Miguelluís
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e-kletic@ Conversa
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Minibio
29 anos, formada em Marketing, colunista, curiosa, adora viagens, músicas e filmes.
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Fortaleza
dos sonhos
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Capital do Ceará,
conhecida por suas belas praias e
humor característico, recebe
milhares de turistas por ano. O
clima predominante é o tropical
semiúmido com temperaturas que
variam de 26º a 32º, agradando
assim os visitantes que buscam
tranquilidade e lazer.
O litoral tem uma extensão
de 34 quilômetros, totalizando em
15 praias. Sua mais conhecida é a
Beira Mar, famosa também pela
feirinha que acontece todos os
dias à noite. Lá você encontra
artesanato, especiarias como
castanhas de caju, cachaças e
doces da região, bares,
restaurantes e shows de comédia
realizados por artistas da terra. Além de um calçadão onde podem ser praticados patins, bicicletas e caminhadas. Outro símbolo não
menos importante é a Ponte Metálica e a Ponte do Aterro de Iracema, onde pode ser vista a estátua de Iracema, representante forte da
história da cidade.
Continuando nas proximidades desses pontos turísticos, encontramos o Centro Cultural Dragão do Mar, conhecido por sua
noite boemia nos bares e choperias. Porém você encontra programação o dia inteiro. Inclusive no Planetário, uma das atrações mais
desejadas de quem visita o local. Nas suas proximidades você também encontra a biblioteca municipal (que atualmente se encontra
fechada para reforma) e os museus de cultura cearense e o de arte contemporânea.
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Outros pontos turísticos muito requisitados são:
Mercado Central, Catedral Metropolitana, Praça do Ferreira,
Praça dos Leões, Passeio Público, Parque do Cocó, Beach Park
(maior parque aquático da América Latina), Centro das
Tapioqueiras, Passeios para outras praias do Ceará como:
Beberibe, Canoa Quebrada, Morro Branco e Jericoacoara.
Fortaleza é uma cidade com muitas atrações. Inclusive,
a famosa quinta do caranguejo, e os shows de humor que
acontecem na Praia de Iracema em casas noturnas.
Para mais dicas e informações, acesse: www.fortaleza.ce.gov.br/servicos/Turista
Viaje mais! Seja você, seja e-kletic@!
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Minibio Escritora
Instrumentadora cirúrgica
Palestrante para adolescentes
Eterna buscadora de conhecimento,
Adora o mar, a natureza e gente.
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Desejos “Eu tenho a luz das estrelas na
palma da mão! Eu posso andar no arco-
íris, da prata ao luar, mas o céu azul, o
azul do mar, quero poder te tocar!”
Roupa Nova
Eu quero tocar o azul do céu e do
mar, quero boa vontade, paz e amor no
coração de todos, saúde para lutar dia a
dia, matar um leão de cada vez. Força
para não desistir de nada, mesmo que os
obstáculos sejam tantos que me façam pensar que não consigo...
Eu quero uma casa enorme, com mil quartos, onde possa conviver com todos os que amo, minha família, meus amigos e ainda
assim preservar a privacidade de cada um.
Acho que mil quartos não iriam dar, porque eu amo tanta gente!!! Cada um de seu jeito, inigualáveis no seu ser, mas
escolheram um lugar no meu coração e se instalaram sem pedir licença...
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Eu quero uma vida sem
problemas e preocupações, para
poder todos os dias aproveitar o
nascer do sol ou o cair da chuva...
apreciar as tempestades, com seus
raios e trovões e depois um céu
limpo com estrelas pontilhando cada
canto e iluminando os caminhos...
Eu quero observar a fúria do
mar, me sentir pequena diante dessa
imensidão e depois apreciar a
calmaria e me sentir grande e única
diante do Universo, mesmo sabendo
que sou poeira cósmica, mas tenho o
meu valor!
Quero do fundo do meu
coração, que algumas pessoas
fiquem pra semente, não morram e
simplesmente desapareçam da minha
vida.
O vazio no peito não posso explicar, nem a sensação de impotência!
Queria que ficassem para sempre, enquanto quisessem, e só partissem quando assim fosse da sua vontade.
Tem pessoas que levam um pouco de nós... e aí?
Não posso colocar no lugar algo que não me pertence!
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Quero poder trazer felicidade, esbanjar sorrisos, acalmar almas...
Quero que as pessoas pensem no todo e não só em si mesmas...
Quero uma casa na praia, com um aquário enorme na sala e uma árvore no meio dela!
E um rio atravessando o meu jardim perfumado pelas belas
flores que Deus nos deu...
Quero sentir a brisa do mar sussurrando aos meus ouvidos
uma canção de paz e os eucaliptos perfumando todo o ar à volta.
E quero que todos se sintam bem lá!
Quero verdade.
E que a minha não seja igual a sua, mas e daí?
Quem tem o poder de dizer como ser feliz? A felicidade está
nas menores coisas...
Respirar, amar, acordar, dormir, andar, comer, beber, viver!
Falar a todos o quanto se ama e ser sincera. Os olhos são o
espelho da alma, eles dizem tudo!
Quero um refúgio, numa colina verdinha, com uma árvore frondosa
e um tronco bem forte, onde posso sentar olhar o tempo passar, onde
reine o silêncio e me sinta acolhida para respirar com calma e saber
que sempre estou aqui, inteira, dentro de mim, pro que der e vier!
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Minibio Sonhadora, sempre tem como propósito de vida ajudar os
outros.
Advogada por formação, funcionária de uma ONG, gosta mesmo é de compartilhar histórias e experiências, não importa como.
Vive a vida intensamente, ama a natureza, os animais e as pessoas.
Inicia o dia meditando, caminhando ou praticando yoga.
Criativa, precisa se expressar para os pensamentos darem uma trégua. Escritora por paixão, acredito que histórias inspiram, movimentam e transformam o mundo.
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Não falo de amor...ou melhor, acho que
seria amor mesmo. Amor no sentido mais puro da palavra.
Amor que alimenta amor que movimenta amor que inspira.
Eu sempre tive dificuldades pra
responder a essa pergunta. Fora as pessoas das minhas relações cotidianas (familiares e
amigos), eu não conseguia admirar um desconhecido. Ainda mais, se fosse famoso. Uma figura espiritual, então...mestres e gurus
eram lendas. Contos que serviam para as pessoas serem melhores. Fábulas!
Eu ouvia das outras pessoas o quanto
elas admiravam "X". O quanto seguiam os ensinamentos de "Y". E, confesso que eu ficava meio perdida. Aquilo não fazia sentido
nenhum pra mim. Mas com o tempo, isso foi mudando. Vou contar, um pouco, como isso aconteceu.
FLASH BACK Eu sempre gostei de espiritualidade. Desde os meus 5 anos, eu ia pra centro espírita. Fui até os meus 14. E comecei a entrar em
crise. A religião espírita não me servia mais, não respondia a todas as minhas questões. Passei alguns anos, estudando sobre religiões, experimentando, mas nada. Cada vez, era mais difícil.
Aos 18 anos, tive o meu primeiro contato com a meditação. Era uma fita k7. Uma meditação guiada. Na época, eu não tinha
noção do que era. Ganhei a fita de um ex-namorado e só o que eu fazia era ouvir. E adorava. Como era bom. Eu sentia uma paz. Mas, fiquei nisso. Não avancei. Não procurei saber o que era.
Também foi aos 18 anos que eu tive uma vontade incontrolável de ir pra Índia. Eu só falava disso. Comprei um livro sobre a Índia. Estudava tudo quanto era assunto holístico. Mas, era época de começar a faculdade e minha mãe não concordava nem um pouco com a ideia de que eu fosse pra Índia.
E o assunto morreu. Fiz faculdade, me formei, estudei pra concurso...a única atividade que eu mantive era a Yoga. Com o tempo, retomei a meditação. E, de vez em quando, ia em busca de um lugar novo, um curso que me desse ferramentas, que respondesse as
minhas respostas.
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E ENTÃO... Foi só quando resolvi parar de estudar pra concurso e dar uma reviravolta na
minha vida que voltei a me dedicar a espiritualidade. Yoga e meditação com
regularidade. Curso de formação de yoga. Cursos de meditação. Em diversos templos, com diversos mestres. Eu sou inquieta, gosto de experimentar. Junto um pouco de tudo
e aplico o que fica melhor pra mim. Eu não acredito que exista uma técnica. Mas, várias. E talvez você tenha que montar a sua. Somos seres tão diferentes...não existe fórmula mágica.
Passei esse tempo todo investigando a minha fórmula. E, como seres impermanentes que somos, já sei que vou continuar investigando. Como diz o Osho, hoje não somos o mesmo de ontem e nem
seremos o mesmo de amanhã. Portanto, acredito que precisamos de pequenos ajustes diariamente. E falando em Osho, acho que ele foi meu primeiro mestre. Eu sempre tive dificuldade em me identificar com as pessoas. Ainda mais esses seres que são normalmente adorados. Parecem sempre tão distantes... Mas, o Osho conquistou meu coração. Foi amor ao primeiro livro. Respondeu todas as
minhas perguntas. Que humor! Até hoje, leio seus livros com prazer. As meditações do Osho, então, me fortaleceram. Eu fui capaz de criar energia de uma maneira que eu nunca tinha
experimentado antes. Mas, na minha contínua busca, conheci a Ama do Abraço. Não, não pessoalmente. Bem que eu queria. Mas, a figura dela já me passa uma tremenda paz. Que delícia. Conheci também o Sri Sri shankar. Da arte de viver. Que energia! Que vibração. E, há poucos dias, assisti ao documentário do Professor de Yoga, Hermógenes. Olha, vou te falar que não foi fácil não.
Começou o filme e eu comecei a chorar junto. No início, eu não sabia muito o que tava acontecendo comigo...foi uma invasão das minhas emoções...eu olhava pra ele e chorava sem parar. Incontrolável. E pensava...nossa que doida...por que vc tá assim...e,
assim, foi o filme todo. O filme é realmente encantador. A história da vida dele, os ensinamentos, o humor. Sem dúvidas, uma pessoa especial. Iluminado. E dava pra sentir essa vibração. Assustador né...por filme. O cinema todo ficou em êxtase. As pessoas aplaudiram
com veemência, cantaram, se emocionaram. Foi um banho de alegria.
Um encontro de almas. E foi assim que sai a pensar nos meus mestres. Guias. Gurus. Não no sentido de ser adorado ou bajulado. Não faço oferendas, nem
pedidos. Mas, são fontes de inspiração e aprendizados. Com os seus ensinamentos, eu crio energia para o meu dia a dia. Alimento a alma.
E VOCÊ? Tem alguém que admira? Alguém que faz os seus olhos brilharem? Ou que
você apenas se identifica”?
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Minibio Carioca,
Blogueira,
Estuda jornalismo
Gosta de ser gentil com o as pessoas.
Acredita que a fé é sua maior inspiração.
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Sonhar pode e faz bem Às vezes quando acostumamos com a pressão do dia a dia de compromisso e obedecer a regras ficando presa a rotina é uma
dura realidade. Isso faz as pessoas a desanimem. Mas quando sonhamos batalhamos por ele mesmo diante das dificuldades.
Sonhar nos inspira a sermos criativo para enfrentar a realidade, nos ajuda a construir metas Sonhar nos mostra que podemos ter
esperança, ou seja,esperar por algo que não podemos ver ou tocar , no entanto, pode um dia se tornar real. É o que podemos chamar
de fé.
É incrível como poder sonhar pode trazer motivação que é algo que vem de dentro da alma. Sonhar em um dia poder se formar
e trabalhar com o que gosta;
Sonhar em se casar com um verdadeiro amor;
Sonhar em ficar curado de uma grave doença, que o pegou de surpresa durante a vida;
Sonhar com a liberdade seja ela qual for;
Sonhar em poder voltar para sua terra natal que foi obrigado a fugir por causa da guerra;
Sonhar em ter um lar, pais e irmãos ou sonhar em encontrar com um filho que a muito se perdeu;
Sonhar faz parte da vida, por isso nunca desista de correr atrás para
conquistar o que durante toda a vida sonhou;
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Minibio
Escritora, Poetisa e Graduanda em Letras com ênfase em Literaturas pela UFRJ.
Apaixonada pelas artes e pela vida, ama leitura, mas, principalmente, a escrita. Escrever é, para esta carioca de 32 anos, não somente uma paixão desde que era pequena, mas, também, um ato de coragem em expressar os seus sentimentos e sua forma de ver o mundo.
Adora cinema, teatro, boa música e namorar. Aliás, o amor é ingrediente fundamental na vida desta romântica virginiana que faz questão de expressar este sentimento tão lindo através dos seus poemas em seu blog Letras de Mel:
letrascommeleacucar.blogspot.com.br
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“Mulheres aprendam: homem não gosta de mulher possessiva, mandona e dominadora”!
Ser namorada ou esposa não fará de você a dona dele. Ninguém é dono de ninguém e somos adultos dotados de livre-arbítrio. Amar é tão bom e esse momento mágico da vida acontece quando duas pessoas querem ficar juntas para compartilharem as
sensações de um sentimento tão bonito.
Há uns anos atrás, tive uma experiência de relacionamento sufocador e posso dizer: é algo desesperador. Infelizmente, não é difícil encontrar mulheres e homens que aprisionam os seus pares achando que isso tem algo a ver com amor.
O que era para ser doce torna-se amargo e sombrio. Duas almas são feitas para caminharem juntas na mesma direção, apoiando, vivendo a paz e nunca ditando regras na vida da outra. O belo laço colorido do amor vira um nó cego que resultará somente na infelicidade e enforcamento de ambos.
Quando chega a esse ponto, já deixou de ser amor, paixão ou qualquer outro sentimento bonito. O ciúme, quando na medida certa, é algo natural que nada mais é que o medo de perder a pessoa amada.
O complicado é quando o ciúme se torna uma constante e, também, uma espécie de arma para controlar a vida do outro. Não há como controlar a vida de outra pessoa. Somos humanos, imperfeitos e cheios de sentimentos e vontades. Tentar controlar a vida de outra pessoa equivale ao mesmo que tentar manipular uma marionete ou qualquer outro objeto que satisfaça apenas os nossos
interesses. Entrar em uma relação não é tomar posse de alguém. Um relacionamento maduro acontece quando, além do amor e do tesão,
sentimos o desejo e prazer em fazer o outro feliz em todos os sentidos. Fazer o parceiro feliz está muito além de dar carinho e satisfazê- lo sexualmente na cama (não que isso não seja ótimo. É sim muuito gostoso e essencial!!)
Fazer feliz quem a gente ama significa, principalmente, deixá- lo ser feliz com o que lhe dá satisfação. Ver a felicidade
estampada no olhar e no sorriso de quem amamos é uma alegria única. Amor é felicidade e não amargura. Quando amamos de verdade, queremos muito mais que estar ao lado de quem amamos. Sentimos prazer em incentivar o nosso
amor em tudo o que lhe traz realizações. Uma relação só dá certo quando há, além do amor e das afinidades, carinho, respeito, cumplicidade e confiança. Um ser
humano controlado traz somente a tristeza dentro de si, pela sensação de impotência e de não poder ser quem realmente é. Para um
relacionamento dar certo, é preciso acrescentar outros ingredientes além do amor. São necessárias, também, grandes doses e pitadas de temperos fundamentais para que o amor floresça sempre a cada dia.
Portanto, se você ama, deixe-o(a) respirar! Tentar controlar os passos do outro e mudá- lo não passa de uma atitude egoísta e muito longe de ser algo vindo de alguém que ama. Neste caso, o melhor a se fazer é terminar algo que só traz lágrimas, tristeza e desânimo, principalmente para quem se sente em um círculo de sofrimento sem fim.
A sensação de posse faz do parceiro um prisioneiro em uma gaiola emocionalmente solitária.
Relacionamento amoroso exige maturidade. Controlar o parceiro não passa de um ato egoísta e infantil de quem nunca amou.
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Relacionar-se com o outro é andar lado a lado rumo aos mais belos caminhos da felicidade plena. É respeitar o espaço do outro
e os seus desejos. Relacionar-se emocionalmente com o outro exige maturidade em lidar com a vida de alguém tão especial para você. “Este é o segredo de uma relação saudável, duradoura e feliz: quando duas almas se completam somando vida e não acabando com
ela.”
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Minibio Acredito que em essência, escrever nesta revista, representa o que
sou de verdade, mas o real em si e não uma percepção do que é visto como real.
Diariamente exercemos representações de papeis na sociedade e não nos relacionamos intersubjetivamente.
Não conhecemos o nosso semelhante.
Nos descrever discriminando e nos rotulando não é justo, pois há algo além da superfície.
De forma lúdica, brincalhona, posso me descrever aqui como designer de palavras, poeta metido a besta, arquiteto da semântica ou ex-participante de reality shows e DJ.
Mas não levem a sério e nem se levem a sério.
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“Quando uma criatura humana, desperta para
um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua
alma, todo o universo conspira a seu favor “
Goethe
A presente edição de número três nos permite em analogia ao tarô, uma conexão com a carta
da imperatriz e com ela uma mensagem: O simbolismo da produtividade material, a natureza geradora
de uma nova vida em constante atividade e a união dos dois princípios anteriores. Essa leitura se aplica harmoniosamente ao trabalho
que todos nós estamos realizando para confecção da nossa revista colaborativa.
Na mitologia podemos associar a Deusa Deméter ou Ceres, a mãe
Terra, soberana da natureza e protetora das criaturas jovens e indefesas. Na
Mitologia grega era responsável pelo amadurecimento anual dos grãos de
ouro e ao final do verão, o povo lhe rendia graças pela fartura que o solo lhes
havia proporcionado. Ela regia os ciclos da natureza e de todas as coisas vivas.
Reunindo material e refletindo sobre o que inserir nesta nova edição, mergulho
vestido com meu escafandro na minha estante e entre cardumes de livros, avisto uma espécie de Moby Dick
literário, um livro do pai da psicanálise Sigmund Freud, chamado: A Interpretação dos sonhos, e tatuado no corpo
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do cachalote, o material dos sonhos – a matéria dos sonhos; Todo o material que compõe um sonho se origina de certa forma, da
experiência, ou seja, foi reproduzido ou lembrado no sonho.
Em um piscar de olhos, me encontro já na superfície, minha mente é invadida por um turbilhão de imagens surrealistas, os
surrealistas acreditavam que arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do dia-a-dia, para
poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos. Salvador Dalí e Luis Buñuel tiveram a inspiração para realizar através de
um sonho, um dos marcos do cinema surreal: Um Cão Andaluz. Caminho e a paisagem se modificam, tenho a sensação de estar em um
quadro de Tarsila do Amaral, meu corpo adquire formatos desproporcionais como um Abaporu de 1927. O cactus e o sol desta pintura
continuam se metamorfoseando e transformam se em uma pirâmide, uma figura antropozoomórfica com
cabeça de gata e corpo humano cantam angelicalmente em meus ouvidos uma canção de Ella
Fitzgerald :
“Estrelas brilhando acima de você Brisas da noite parecem sussurrar "eu te amo"
Pássaros cantando em uma figueira Sonhe um pequeno sonho comigo
Diga boa noite e me beije Apenas me abrace forte e me diga que você sente falta de mim
Quando eu estou sozinho e triste como pode ser Sonhe um pequeno sonho comigo”
Depois dessa doce passagem, um novo cenário dessa vez, com uma tensão maior,
perfilados em um octógono de MMA, Carl Gustav Jung versus Sigmund Freud. A batalha é
disputada mediante argumentos cortantes, após 13 horas, Jung ferozmente versa sobre a
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metamorfose símbolos da libido, Freud despenca no chão formado por símbolos cabalísticos e letras do alfabeto hebraico. Jung é
considerado vencedor pelo juiz e faraó Akhenaton. Na coletiva de imprensa, o repórter Miguel Serrano, pergunta: O senhor acredita,
doutor Jung, que é necessário analisar os próprios sonhos, dar lhes atenção?
E seria possível combinar isso com as práticas de yoga? Jung responde: Desde que voltei a analisa- los sinto que a minha
vitalidade cresceu, como se me tivesse incorporado tesouros ocultos da energia, que de outro modo se perderiam...
Sem dúvida conversei com Khrishnamurti na Índia, e ele me disse que os sonhos não têm maior importância, que o principal é
olhar, estar consciente, totalmente consciente do instante, do momento, para o qual se deve olhar tanto com o consciente quanto com o
inconsciente.
Disse-me ele que não sonha nunca, pois, como olha com todo o seu consciente e inconsciente, não lhe sobra mais nada para o
sono, quando unicamente repousa. Sim disse Jung, alguns cientistas que vivem com a atenção voltada, para a pesquisa pensam não
sonhar, um dia, contudo esse processo deixa de funcionar e então sonham...
Quanto a sua pergunta se é importante analisar os próprios sonhos, parece-me que o principal é seguir a natureza... Um tigre
deve ser um bom tigre, uma árvore uma boa árvore, também o homem deve ser homem...
Seguir a natureza e tudo mais chegará por si mesmo. Inesperadamente, como a rainha de Sabá. Mas nada é possível sem amor,
e isso inclui até mesmo o processo alquímico, uma vez que somente a pessoa apaixonada põe em jogo toda a sua personalidade e
arrisca até mesmo a vida...
Sem dúvida quando alguém afirma amar frequentemente, na verdade não ama ninguém.
Após a coletiva, Miguel Serrano me confidencia que lançará um livro chamado Círculo Hermético, estendendo sua pesquisa a
respeito de Jung e incluindo também Herman Hesse.
Ouço uma voz feminina novamente, dizendo-me em sussurros: Abre los ojos! Abre los ojos! Acorde! Acorde! Na minha frente,
sorrindo está Penélope Cruz beija minha testa e sobem os créditos.
Por hoje é só pessoal thats all folks!!!
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Minibio Psicoterapeuta, apaixonado pela profissão por música, cinema e literatura. Por gente e suas dores e delícias. Moro em João Pessoa, uma cidade cheia de verde, praias e contradições brasileiras. Sou pernambucano de nascimento e de convicções. Essas coisas percorrem minhas veias e me constroem. Além dessa coluna, escrevo na minha página do Facebook, no meu blog: opapafigo.com e no site: ParlamentoPB
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Todo mundo quer ter boa saúde, juventude e longevidade. Eu também quero. E por isso gosto de me cuidar, aprender sobre aquilo que é bom prá saúde e vai me manter jovem até os 99 anos, quando
finalmente vou começar a ficar velho... Pois bem, vamos lá, que é muito simples: devo praticar meditação todos os dias, uma hora mais ou menos.
Pilates duas vezes por semana. Uma atividade aeróbia diariamente, uma hora no mínimo. Musculação, de três a quatro vezes por semana. Um cochilo diário, meia hora a quarenta minutos. Terapia. Uma sessão
semanal. Ou duas.
Alimentação: beber um copo de água em jejum. Um copo de água com limão. Uma xícara de chá verde.
Comer alho, tomate, brócolis, folhas muito verdes de couve, castanhas do Pará, abacaxi, banana, melancia, gengibre, ovos (a gema foi liberada), gergelim, quinoa, feijões diversos, arroz integral, uma taça de vinho, chocolate 99%, mamão, melão, espinafre,
salmão e sardinha, linhaça, azeite extra virgem, inhame, macaxeira, tapioca. Tudo orgânico, claro. E todo dia.
Que é prá prevenir o câncer. Devo evitar glúten, lactose, açúcar, carne, gorduras.
Prá isso, devo ter uma lupa gigante e ...TEMPO, prá ler a composição dos alimentos no supermercado. Na vida cotidiana, devo evitar tudo que seja causador de stress: trânsito, preocupação com contas, pessoas negativas, pessoas
que convidam prá jogar Candy Crush...
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Devo dedicar um tempo para leitura, ouvir música, cantar e dançar, apreciar a natureza, cuidar de plantinhas, de um bichinho,
ligar para as pessoas queridas, até convidá- las prá um café (foi liberado também) ou até um lanchinho, que eu mesmo preparei, com esse tempo de sobra que você já percebeu que tenho. Sim, e pintar mandalas num livrinho para colorir.
Devo arranjar tempo para o meu amor. Criar um clima romântico em casa, acender velas, tomar um vinho, preparar um jantarzinho gostoso com ingredientes
afrodisíacos, que vou encontrar naquele passeio delicioso na feira livre, que segundo o manual, faz tão bem...
Antes, claro, um banho gostoso, tranquilo, com sabonetes especiais, ultra mega hiper hidratantes, passar um óleo essencial maravilhoso, escolher a trilha sonora perfeita e, depois de tudo, a recompensa: horas e horas de amor, com aquele tempo de sobra que
temos... Quem tem filhos... E aquele tempo...
Curtir as crianças, arranjar um tempo prá brincar com elas, ensinar as lições da vida e da escola, botar prá dormir, levar no parquinho, nas festas dos amiguinhos, reuniões da escola.
Mas isso de um jeito muito zen, cultivando pensamentos positivos, sem o peso da obrigação. Devo dormir de 6 a 8 horas por dia. Devo trabalhar por prazer, nunca por dinheiro.
A não ser o dinheiro do Pilates, da academia, do terapeuta, do médico ortomolecular, do salmão, do azeite extra virgem, das coisinhas orgânicas, do pet shop, da ambientação zen, do workshop de meditação no recanto charmosinho no meio do mato ou à be ira
mar, dos brinquedinhos de madeira e material reciclado para as crianças. O livro de colorir é baratinho. E a caixa de lápis de cor. Esqueci pouca coisa eu acho: protetor solar, fio dental, roupas de algodão, umas sessões de acupuntura, massagem (permita-se,
você merece)... Viu como é simples?
E você com essa mania de complicar e dizer que não tem tempo! Ou dinheiro!
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Minibio Palhaço,
Educador,
24 anos,
Poeta,
Forrozeiro
Um evangélico que não escolheu esperar!
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Eu tenho um sonho
E você? Tem um?
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“I have a dream...” Eu tenho um sonho... Já fazem mais de 50 anos desde
que o Pastor Batista Martin Luther King Jr., nos degraus do
Lincoln Memorial em Washington, D.C , compartilhou com o
mundo e com os cerca de 250 mil presentes seu sonho de
liberdade. Em 28 de agosto de 1963 como parte da Marcha de
Washington por Empregos e Liberdade o reverendo discursou
uma das maiores dissertações da História, aludindo e baseando-
se fortemente na Declaração de Independência dos Estados
Unidos e – pasmem! – na Bíblia Sagrada.
King Jr. tinha sonhos visionários, sonhava com um
tempo de liberdade para todos os seus irmãos, sonhava com
justiça e igualdade. Sonhava com um novo tempo, com uma
ruptura histórica e quase epistemológica em que todas as
estruturas sociais pudessem ser refeitas e que a lógica de poder
fosse não apenas invertida, mas aniquilada. Um mundo onde as
montanhas agora são planas e os vales, planícies. Já fazem 50
anos e este sonho quase anárquico ainda está vívido no coração
de [quase] todos – consciente ou inconscientemente.
O reverendo teve um sonho e nós, os palhaços
sonhamos juntos com ele. Nosso coração de palhaço – eterno
otimista como deve ser – anseia por um tempo em que a ordem
será transgredida e subvertida. Para o palhaço este é o timing da
piada. Nós, os palhaços, só estaremos satisfeitos quando “a
justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa
corrente”.
Os batistas como o reverendo King chamariam isso de
“Ano do Jubileu - O ano aceitável do Senhor”. Os bobos da
corte chamariam de “Dia de Palhaçada”. O dia em que tudo é
repensado e que todas as usuras cometidas pela realeza são
cobradas. O dia em que o Bobo da Corte decidiu denunciar as
loucuras dos banquetes glutões da corte enquanto o camponês
sofre com fome e sem terras.
Há quem duvide que um bufão tenha todo este poder,
mas eu já lhes explico: todos tem o poder de sonhar! E os
palhaços sonham como ninguém e têm realizado este sonho de
subversão desde os tempos mais remotos. Explico de novo: os
palhaços quando proibidos de levar instrumentos musicais para
seus shows de rua usavam moedas para fazer música e garrafas
de vidro para gerar canções. Se as festas eram apenas para os
mais abastados, eles se infiltravam como parasitas e, fingindo
estar ali apenas para animar a festa, serviam-se do mais farto
banquete. Se o imperador tomava uma decisão que pudesse
sacrificar inutilmente a vida de seu povo, o joker fazia piada e,
enquanto os outros riam, ele denunciava a loucura e perversão
do soberano. Quando só gente de estirpe poderia frequentar os
palácios, o bufão sem sangue azul transitava pela realeza como
um conde ás custas de arrancar meros sorrisos.
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O palhaço tem o sonho de subverter a ordem como está
estabelecida. É que quem estabeleceu a ordem não parecia
muito preocupado com o bem-estar alheio. Este sonho parece
estar bem alinhado com o sonho que Luther King teve: O
palhaço tem o sonho de poder ir aonde quiser tal e qual o
menino negro que sonha não ser mais privado de sua dignidade
por placas onde se lê “somente para brancos”. Palhaços
sonham em poder brincar da forme melhor os saciar, como o
eleitor negro de Nova York que sonha em algo pelo que valha a
pena votar. É do palhaço o sonho de poder falar as verdades
pertinentes sem que o outro se sinta ofendido assim como
Martin sonhou que um dia seus discursos não mais ofenderiam
a ninguém. O palhaço sonha ser o que é e ainda ser aceito por
isso.
Ali, naquele agosto de 1963 Luther King tinha o
Lincoln Memorial em Washington, D.C... Hoje os palhaços têm
as ruas, os tablados e os picadeiros. O reverendo tinha um
microfone, os palhaços desde os tempos mais remotos têm seus
truques e brinquedos; Martin tinha um belo discurso, os
palhaços tem seu show; aquele tinha as palmas e as ovações do
publico, estes tem os sorrisos e o olhar curioso da plateia.
Martin Luther King tinha 250 mil pessoas, as rádios, as
câmeras e os televisores do mundo... Os palhaços tem você! E
quem seria melhor para compartilhar esse sonho do que você,
meu caro leitor? Eu sou um mero palhaço lhe perguntando
agora: você não quer dividir comigo estes meus sonhos alegres
e risíveis de liberdade?
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Nada melhor do que nesta edição nós da e-kletic@ trocarmos uma ideia com o pessoal da Sonheria. Uma verdadeira fábrica de sonhos que fica em São
Paulo. Criada por três irmãos da quarta geração da família que comanda a doceria Dulca há mais
de 60 anos e dois amigos, a Sonheria era, até então, itinerante.
Com suas food bike (três em operação e duas a caminho), há cerca de um ano a doceria vem participando de eventos corporativos, feiras orgânicas, festas infantis, casamentos, etc.
A Sonheria também desenvolveu uma linha de mini sonhos para lembrancinhas que já é um sucesso.
Essa é a história por trás dos deliciosos sonhos mas vamos saber mais:
e-kletic@: Conte-nos sobre a motivação da Dulca em criar essa opção focando em
apenas um dos seus produtos, como foi com os sonhos. Porque isso aconteceu?
Sonheria: O Sonho da Dulca já foi eleito pela Revista Veja como melhor doce em
2009, dessa forma a Sonheria nasceu com a missão de resgatar o hábito do brasileiro de comer
sonho, que andava esquecido, e o já tradicional doce da doceria Dulca, porém reinventando o doce com diferentes sabores além do Tradicional de creme de Baunilha.
e-kletic@: Infelizmente somos do Rio e não tivemos ainda a chance de conhecer a
Sonheria, mas percebemos que há um toque bem aconchegante na loja. Vocês acreditam que pra além do sonho em si, esse aconchego seria uma das razões do sucesso da Sonheria?
Sonheria. Uma Fábrica de Sonhos
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Sonheria: Com a loja decidimos criar um espaço lúdico, que misturasse
os sonhos lúdicos, aqueles que temos ao dormir, com o sonho doce. Esse espaço foi pensando, cuidadosamente, para ser um local agradável tanto para adultos e
crianças, promovendo assim o encontro de famílias e amigos, sejam eles solteiros, casados (com ou sem filhos). A ideia é que nos finais de semanas ocorram eventos
que promova o encontro de diferentes públicos e o torne mais agradável (realejo, mágico, contador de historias, oficina para crianças, música ao vivo, varal fotográfico, entre outros). Também buscamos trazer um ar de nostalgia na
decoração, pois a maioria das pessoas que comem sonhos, lembram da infância, seja do local que comiam ou da avó que fazia em casa. Dessa forma também queremos promover o encontro de gerações.
e-kletic@: Ficamos sabendo da Sonheria via Instagram, com uma postagem de uma amiga. Como as redes sociais têm
auxiliado na expansão e se há planejamento para ter Sonherias em outros estados.
Sonheria: Como uma marca que nasceu e busca ser inovadora, acreditamos
que as redes sociais são o caminho mais fácil, barato e eficiente de atingir o nosso público alvo. Dessa forma acreditamos muito na comunicação e investimento em redes
sociais para falar com o nosso público. No momento estamos expandindo nossa operação em São Paulo, mas em breve gostaríamos de expandir para outras cidades que acreditamos possuir o público da Sonheria, entre ela a cidade Maravilhosa do RJ
Sonheria Dulca
(11) 3082-0073
@sonheria
Facebook.com/sonheriadulca
www.sonheria.com.br
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Nós da e-kletic@ apoiamos a ActionAid e você também pode fazer a diferença.
Entre no site e faça a sua doação: http://www.actionaid.org.br/