Revista Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

36
ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB Bahia ANO XXII Nº 240 2015 UM ANO DE DESAFIOS Agravamento da crise econômica, política e social vai exigir mais do setor produtivo baiano em 2016

description

Um ano de desafios Agravamento da crise econômica, política e social vai exigir mais do setor produtivo baiano em 2016

Transcript of Revista Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Page 1: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB

Bahia

aNo XXII Nº 240 2015

Um ano de desafios

Agravamento da crise econômica,política e social vai exigir mais dosetor produtivo baiano em 2016

Page 2: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015
Page 3: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

ediToRiaL

O impacto da crise no social

D esajustes de natureza fiscal, acumulados nos últimos anos,

deram origem à crise que, reforçada por problemas como in-

flação muito acima da meta, câmbio volátil e juros estratosfé-

ricos, tomou de assalto a economia brasileira. Sozinhos, os proble-

mas econômicos seriam suficientes para conturbar completamente

o ambiente de negócios, mas, potencializados pela crise de nature-

za política, criaram um buraco negro que consome todo o esforço

produtivo e ameaça colapsar a economia, com forte impacto social.

Os números falam por si mesmos: as economias emergentes

fecharam 2015 com crescimento médio de 4%, enquanto o Bra-

sil estima uma queda de 3,6% no seu PIB. Segundo projeções do

FMI, em 2016 a economia brasileira deve cair 2,7%, enquanto o

México prevê alta de 2,8%, China, 6,3% e Índia, 7,5%.

A indústria tem sido o setor que mais se ressente na crise. As

últimas estimativas dão conta de que fechou o ano passado com

queda de 7,5%. Poucos de seus segmentos, os voltados para o co-

mércio internacional, conseguem escapar ilesos, por conta do Real

desvalorizado. Mas em áreas como automotiva, construção civil,

alimentos e metalurgia, as vendas despencam. A consequência

imediata disso é a queda nos índices de emprego, que tende a se

agravar, o pode vir a ser o principal problema nacional em 2016.

Se é verdade que essa é uma crise com várias facetas – tem o

lado econômico, o político e o social – é igualmente verdadeiro

que não há como arriscar uma previsão sobre seu ciclo. Essa in-

definição, fruto da paralisia do setor público e de sua incapacida-

de em enfrentar a crise com remédios apropriados e na dosagem

acertada, turva o horizonte com incertezas. Como sabemos, crises

se alimentam de incertezas.

Os efeitos da crise afetam muito o Sistema Indústria. O fecha-

mento de empresas, a redução das vendas e, por conseguinte, o

aumento do desemprego, reduziu receitas do SESI e do SENAI.

Apesar disso, o Sistema FIEB pretende manter os investimentos

projetados, tanto em Salvador quanto no interior do estado, bem

como garantir o mesmo patamar na oferta de produtos e serviços

para o setor industrial em 2016.

O SENAI, por exemplo, investirá R$ 61,4 milhões em obras na

capital e interior e R$ 2,3 milhões com reposição de equipamentos

e material didático. O SESI investirá R$ 43,8 milhões em cons-

trução, requalificação e aparelhamento de unidades em vários

municípios. Remando contra a maré da crise, o Sistema FIEB con-

tinuará apoiando as indústrias locais e colaborando na atração

de novos investimentos.

Se é verdade que essa é uma crise com várias facetas – tem o lado econômico, o político e o social – é igualmente verdadeiro que não há como arriscar uma previsão sobre seu ciclo

Ricardo Alban garante a manutenção dos investimentos do Sistema FIEB em todo o estado

marce

lo g

andra/c

oper

pho

to/S

iSte

ma F

ieB

Page 4: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e

tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS

e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-

daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira

Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,

mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-

ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,

detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS

de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.

antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]

/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-

toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS

do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica

e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-

comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material

elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-

toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS

de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato

da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da

conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria

do eStado da Bahia, [email protected]

Filiada à

Bahia

fiEBPRESIDENTE antonio ricardo alvarez alban. 1° VICE-

-PRESIDENTE carlos henrique Jorge gantois. VICE-

-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; mário augusto

rocha pithon; edison Virginio nogueira correia;

alexi pelagio gonçalves portela Junior. DIRETORES

TITULARES eduardo catharino gordilho; alberto

cánovas ruiz; eduardo meirelles Valente; renata

lomanto carneiro müller; leovegildo oliveira de

Sousa; Fernando luiz Fernandes; Juan Jose rosario

lorenzo; theofilo de menezes neto; José carlos

telles Soares; angelo calmon de Sa Junior; Jeffer-

son noya costa lima; Fernando alberto Fraga; luiz

Fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-

TORES SUPLENTES mauricio toledo de Freitas; gui-

lherme moura costa e costa; gladston José dantas

campêlo Waldomiro Vidal de araújo Filho; cléber

guimarães Bastos; Jorge catharino gordilho; marce-

lo passos de araújo; antonio geraldo moraes pires;

roberto mário dantas de Farias

conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-

TRIAL carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE

ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS mário augusto

rocha pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR

angelo calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-

MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL antonio Ser-

gio alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos

galindo pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO

E TECNOLOgIA José luis gonçalves de almeida;

CONSELhO DE MEIO AMBIENTE Jorge emanuel reis

cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRABALhISTAS

homero ruben rocha arandas; CONSELhO DE

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL marconi

andraos oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS

INDUSTRIAIS eduardo Faria daltro; COMITê DE PE-

TRóLEO E gáS humberto campos rangel; COMITê

DE PORTOS Sérgio Fraga Santos Faria

ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

Jorge emanuel r. cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE car-

los antonio B. cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE

roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES arlene

aparecida Vilpert; Benedito almeida carneiro Filho;

cleber guimarães Bastos; luiz da costa neto; luis

Fernando galvão de almeida; marcelo passos de

araújo; mauricio lassmann; paula cristina cánovas

amorim; hilton moraes lima; thomas campagna

Kunrath; Walter José papi; Wesley Kelly Felix carva-

lho. DIRETORES SUPLENTES antonio Fernando Suzart

almeida; carlos antônio Unterberger cerentini; dé-

cio alves Barreto Junior; Jorge robledo de oliveira

chiachio; Fernando elias Salamoni cassis; José luiz

poças leitão Filho; mauricio carvalho campos; Su-

dário martins da costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS

luiz augusto gantois de carvalho; rafael c. Valen-

te; roberto ibrahim Uehbe. CONSELhO FISCAL – SU-

PLENTES Felipe pôrto dos anjos; rodolpho caribé de

araújo pinho neto; thiago motta da costa

SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

antonio ricardo alvarez alban.

SUPERINTENDENTE armando da costa neto

SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO antonio ricardo a. alban.

DIRETOR REgIONAL luís alberto Breda

DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO leone peter andrade

iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

antonio ricardo alvarez alban.

SUPERINTENDENTE evandro mazo

DIRETOR ExECUTIVO DA FIEB

Vladson menezes

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

Unidades do Sistema FIEB

SESI – SERVIçO SOCIAL DA INDúSTRIA

Sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – SERVIçO NACIONAL DE APRENDIzAgEM INDUSTRIAL

Sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – INSTITUTO EUVALDO LODI

Sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - CENTRO DAS INDúSTRIAS DO ESTADO DA BAhIA

Sede: (71) 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

editada pela gerência de comunicação institucional

do Sistema Fieb

CONSELhO EDITORIAL mônica mello, cleber Borges e patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-

RIAL cleber Borges. EDITORA

patrícia moreira. REPORTAgEM

patrícia moreira, carolina men-donça, marta erhardt, emília Valente, luciane Vivas e décio esquivel (estagiário). PROJETO

gRáFICO E DIAgRAMAçãO ana clélia rebouças. FOTOgRAFIA coperphoto. ILUSTRAçãO E IN-

FOgRAFIA Bamboo editora. IM-

PRESSãO gráfica trio.

FEDERAçãO DAS INDúSTRIAS

DO ESTADO DA BAhIA

rua edístio pondé, 342 – Stiep, cep.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

tria_online

as opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FieB.

Page 5: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Estudantes de

nível técnico e

médio

apresentaram

seus projetos

ExpoInd BahIa

V Encontro de Compradores e

Fornecedores do IEL reuniu 75

empresas em rodada que encerrou

com perspectiva de fechar R$ 11

milhões em negócios futuros

IEL promovE rodada dE nEgócIos com EmprEsas

Robô de inspeção visual em 3D de

alta resolução é resultado de projeto

estratégico para atuar em águas

profundas, que envolve SENAI,

indústria e governo federal

sEnaI aprEsEnta o suBmarIno FLat FIsh

sUmáRio

14

Foto de Rafael Martinsnº 240 Nov/Dez.15

12

Presidente da FIEB analisa cenário e sinaliza perspectivas para o segmento em 2016

BAlAnço e projeções pArA A indústriA

16

22

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

angel

o p

onte

S/S

iSte

ma F

ieB

marce

lo g

andra/S

iSte

ma F

ieB

clo

do

ald

o r

iBei

ro

/SiS

tem

a F

ieB

raFael martinS/SiStema FieB/arqUiVo

Page 6: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

6 Bahia Indústria

enTRevisTa Bel Pesce

por Marta Erhardt

A importância do autoconhecimento e do com-

partilhamento para a realização de projetos

e sonhos foi o tema da palestra que a empre-

endedora e escritora Bel Pesce ministrou em

Salvador no dia 05.11, no SENAI Cimatec. A iniciativa

fez parte da rodada de encontros promovida em to-

das as capitais brasileiras pelo Instituto Euvaldo Lodi

(IEL) para fomentar o empreendedorismo e ressaltar a

importância do desenvolvimento de carreiras.

Durante o evento, que marcou o lançamento do

quarto livro da empreendedora A sua melhor versão

te leva além, que faz parte da coleção Meu Código

Aberto, da Editora Enkla, a fundadora da FazINOVA,

escola de desenvolvimento de talentos e inovação,

deu dicas para que as pessoas encontrem sua me-

lhor versão. Nesta entrevista, a escritora fala sobre

autoconhecimento, empreendedorismo e a necessi-

dade de se estabelecer parâmetros claros para a to-

mada de decisão.

Em seu novo livro, você propõe a criação de um movi-

mento de compartilhamento. Poderia explicar melhor?

Cada um de nós tem como se fosse um manual de ins-

truções que é muito único e, muitas vezes, na correria

do dia a dia, a gente não para para entender que ma-

nual é esse. A gente não para para se observar, para

entender o que tira a gente do sério, o que faz a gente

feliz. E se, em um momento, a gente não só parar para

se observar, mas também compartilhar aprendizados,

a gente pode ajudar um ao outro a se entender melhor.

Esse é o movimento que criei, que

se chama Meu Código Aberto. O

primeiro livro deste movimento, A

sua melhor versão te leva além, e o

aplicativo Meu Código Aberto estão

na internet (www.meucodigoaber-

to.com.br). A ideia é que as pessoas

possam ir em busca de sua melhor

versão, em busca deste código e

abrir algumas partes que podem

ajudar também outras pessoas a

encontrarem seus códigos.

qual a importância do autoconhe-

cimento na realização de projetos?

É imensa. É raríssimo alguém ter

alta produtividade se não for em

algo que faça sentido e esteja ali-

nhado com seu propósito. É raro al-

guém conseguir fazer bastante coi-

sas se não conseguir entender qual

o melhor momento para produzir e

o melhor momento para descansar.

Então, o autoconhecimento acaba

sendo uma ferramenta poderosís-

sima, não só para descobrir o que

você quer de verdade, que é algo

incrivelmente importante na sua

vida, mas também para alinhar

propósito, aumentar produtivida-

“A definição de sucesso é única para cada pessoa”

de, para realizar mais, dentro da-

quilo que faz sentido para você.

De que forma o autoconhecimento

colabora na tomada de decisões?

Para você conseguir encontrar sua

melhor versão, você precisa en-

contrar quais são seus reais parâ-

metros de decisão. Em um mundo

em que você tem muitas decisões

a tomar, muita gente acaba se ar-

rependendo, porque quando vo-

cê está diante de muitas opções

diferentes, é fácil ficar confuso.

Agora, se você consegue usar do

autoconhecimento para decidir

quais são os melhores parâmetros

numa decisão, você se arrepende

muito menos, porque neste mo-

mento você consegue tomar uma

decisão mais focada naquilo que

faz sentido para você. Por exem-

plo, quando entro em um projeto

tento entender qual o potencial

de impacto positivo para o outro

e qual o potencial de crescimento

para mim. Quando peso isso na

balança na hora da decisão, não

me arrependo, porque estava den-

tro dos meus maiores parâmetros.

considerada pela revista Forbes um dos 30 jovens mais promissores do Brasil, escritora e empreendedora lançou novo livro em Salvador

Page 7: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 7

João alVarez/SiStema FieB/arqUiVo

diV

Ulg

ação

Às vezes as pessoas mistificam muito o empreendedorismo. Parece algo glamoroso, mas é diferente disso. É uma responsabilidade muito grande

Em sua trajetória, quais fatores você acredita que fo-

ram essenciais para o sucesso?

A definição de sucesso é única para cada pessoa. Pa-

ra alguns, o sucesso é ser feliz; para outros, pode ser

algo com componente financeiro forte; para outras

pessoas, pode ser crescimento na carreira, então é

difícil chegar a uma só definição. Para mim, suces-

so é conseguir criar produtos e serviços que podem

tocar a vida de forma positiva, é conseguir criar con-

teúdos que fazem as pessoas darem mais passos em

direção aos seus sonhos. E o que me ajudou a con-

seguir crescer em direção a esses parâmetros que,

para mim, são o sucesso, tem a ver com habilidades

comportamentais, como autoconhecimento, produ-

tividade, iniciativa, determinação, dedicação, se re-

lacionar bem com as pessoas. Tudo isso me ajudou

muito.

Como você define empreendedorismo?

Empreendedorismo é criar produtos, serviços ou so-

luções que podem tocar a vida positivamente.

que conselho você dá para os jovens que pensam em

seguir por este caminho?

Às vezes as pessoas mistificam muito o empreende-

dorismo. Parece algo glamoroso, as pessoas pensam:

“que legal, não vou ter chefe”, “que legal, vou fazer

um dinheirão”, “que legal, não tem horário para tra-

balhar”, mas é muito diferente disso, na verdade. É

uma responsabilidade muito grande. No meu livro A

Menina do Vale 2, falo muito sobre isso, sobre empre-

endedorismo ser muito perto de um sinônimo para

responsabilidade. Um conselho que dou é: se você for

entrar nesse mundo, entra com uma cabeça de querer

agarrar o difícil, a responsabilidade, de querer cair e

levantar, porque senão você não vai aguentar, vai ser

mais difícil do que você imagina. Não entre achando

que é glamour.

Na sua concepção, como as pessoas que empreen-

dem devem agir quando algo não dá certo?

Se você quer criar algo grande, se você quer crescer,

não tem como só acertar, ainda mais se você quiser

criar algo inovador. Então é preciso se acostumar a

tropeçar e cair, mas de forma menor, para aprender

e poder crescer. O erro faz parte do aprendizado. Se

você vê dessa maneira, você vai cair e depois se le-

vantar e, assim, o erro será um parâmetro maior para

você continuar na direção certa. [bi]

Escritora faz

selfie com o

público no

Tour da Bel,

promovido

pelo IEL

Page 8: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

8 Bahia Indústria

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

Em meio à crise, é preciso en-

xergar oportunidades e bus-

car soluções. Esta foi a tônica

das palestras e debates durante

o 3° Fórum de Oportunidades de

Investimentos da Bahia, realizado

no dia 5 de novembro, na FIEB, em

Salvador. O evento foi promovido

pelo Grupo de Líderes Empresa-

riais (Lide), em parceria com a Fe-

deração das Indústrias do Estado

da Bahia (FIEB).

“Faz parte da nossa missão

apoiar os investimentos e mostrar

às empresas os vetores prováveis

de crescimento para a Bahia”,

disse o diretor da FIEB, Eduardo

Gordilho, na abertura do even-

to. O coordenador do Conselho

de Economia e Desenvolvimento

Industrial (Cedin) da Federação,

Antonio Sérgio Alípio ressaltou

que o Fórum tem como objetivo

fomentar o ambiente de negócios

e projetos, uma ação importante

neste momento de desafios para o

setor produtivo.

De acordo com o empresário

Mário Dantas, presidente do Lide

Bahia, “é hora de enfrentarmos os

medos com coragem, sem esperar-

mos soluções do governo. O DNA

do Fórum nasceu da iniciativa pri-

vada e é deste grupo de empreen-

dedores que também podem vir as

soluções”, pontuou.

O painel Perspectivas de Cres-

cimento Econômico contou com a

perspectivas e oportunidadesFórum do lide debateu o cenário econômico e de negócios no país face a um cenário de crise

Sérgio Alípio

e Eduardo

gordilho

ressaltaram

o papel das

entidades

empresariais

no fomento da

economia

participação de dois economistas

reconhecidos pelo mercado: o es-

trategista chefe do BTG Pactual

Assent Management, João Scan-

diuzzi, e o head da área de Inves-

timentos do Citibank, Mauro Mo-

relli. Ambos falaram do cenário

atual e destacaram as oportunida-

des para os empresários.

Scandiuzzi ponderou que o au-

mento de gastos do governo não

começou nas gestões do PT, mas

em 1997, quando a administração

pública passou a ampliar os pro-

gramas que contemplam direitos

sociais. Ele explicou que, em fun-

ção disso, foi-se aumentando a

carga tributária, a um ponto hoje

considerado inaceitável por boa

parte da população brasileira.

“Esta compensação também vem

sufocando a atividade industrial”,

acrescentou.

Para o estrategista do BTG, um

dos fatores de aumento desses

gastos governamentais é o sistema

previdenciário, que terá que sofrer

mudanças, pois já compromete

8% do PIB do país. Ele acredita

que o país sairá da crise até 2017,

desde que o governo continue

fazendo os ajustes fiscais, o que

também depende das articulações

políticas no Planalto.

Uma das oportunidades que

voltam a aparecer em meio ao ce-

nário atual – em que o Real está

desvalorizado e assim deve se

manter – é a de comércio de produ-

tos para o exterior. Com este tema,

foi realizado o painel Perspectivas

de Relações Internacionais e Co-

mércio Exterior.

O painel reuniu o embaixador e

consultor de empresas Jorio Daus-

ter e a gerente de investimentos

da Apex Brasil, Maria Luiza Cravo

Wittenberg.

No evento, os empresários

também puderam participar de

workshops setoriais, com base

nas principais cadeias produtivas

(Agronegócios; Energia; óleo, Gás

e Naval; Portos; Mineração) em

que o Estado oferece vantagem

competitiva para o fomento de no-

vos investimentos. [bi]

Page 9: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

circuito

Bahia Indústria 9

Empresas baianas no Edital SENAI SESI de Inovação A segunda fase do Edital SENAI-SESI de Inovação contemplou 32 projetos de

empresas de todo o país. Os vencedores foram anunciados em Brasília. Com isso, o

Edital bate a marca de 500 projetos contemplados desde que foi criado, em 2004.

Boa parte dos projetos selecionados nesta fase veio de startups. Três empresas da

Bahia tiveram trabalhos escolhidos. Whirlpool, com o projeto Ambiente de

Desenvolvimento Virtual; MH2 Soluções em Projetos Ltda, com o GPS – GeoProfit

Strategy; e a Luiz Guilherme Aun Fonseca, com o EXO 1, produto que transfere o

peso do braço para a cintura do operador de máquinas.

por cLEBEr BorgEs

Indústria brasileira encolherá 4,5% em 2016A economia brasileira continuará

encolhendo no ano que vem. O PIB

terá uma queda de 2,6%, puxado

pela retração de 4,5% na indústria.

O desemprego alcançará 11%, o

consumo das famílias diminuirá

3,3% e os investimentos cairão

12,3%. As estimativas são do

Informe Conjuntural, divulgado

pela CNI. "Pouco se avançou na

construção de um ajuste fiscal

crível e permanente, aliado a

mudanças estruturais capazes de

impulsionar a recuperação da

atividade econômica. Por isso, o

cenário para 2016 não difere do

observado em 2015", diz o estudo. A

CNI estima que a participação da

indústria no PIB ficará abaixo de

20%, a menor desde os anos 50. A

participação da indústria de

transformação será de 9,3%.

Dólar estimula exportações da indústriaA desvalorização do real frente ao

dólar leva indústrias brasileiras a

buscarem mercados no exterior. O

coeficiente de exportação, que

mostra a importância do mercado

estrangeiro para as empresas

brasileiras, aumentou 0,6 ponto

percentual no terceiro trimestre de

2015 em relação ao período

imediatamente anterior e alcançou

19,8%. Foi o terceiro aumento

consecutivo do indicador, informa

a CNI. Na indústria de

transformação, o coeficiente de

exportações subiu para 16,8% e

está 0,8 ponto percentual maior do

que o registrado no segundo

trimestre. Já o dólar alto inibiu as

importações, cuja participação no

consumo nacional ficou em 22,1%

no terceiro trimestre.

Brasileiros fecham 2015 pessimistas

O Índice Nacional de Expectativa

do Consumidor (INEC) voltou a

cair e alcançou 96,3 pontos em

dezembro. O indicador é 1,3

ponto percentual menor do que o

de novembro e 11,8 p.p. inferior

ao de dezembro de 2014, mostra

pesquisa da CNI. Desde

janeiro de 2015, o INEC está

abaixo da média histórica,

que é de 109,6 pontos. A queda

na confiança do consumidor

decorre do pessimismo quanto ao

emprego. O índice de expectativa

em relação ao emprego caiu 8,2%

e o da renda pessoal recuou 1,7%

na comparação com novembro. O

INEC ouviu 2.002 pessoas em 143

municípios do país.

“Estamos vivEndo aquElE momEnto mais difícil Em quE as mEdidas duras foram tomadas E a gEntE ainda não tEm nEnhum

bEnEfício dElas.”Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, refletindo sobre a atual conjuntura brasileira

Page 10: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

10 Bahia Indústria

sindicatos marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB

A competitividade na indústria automotiva foi tema do seminário

promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para

Veículos Automotores (Sindipeças), dia 01.12. O evento, realizado em

parceria com a SAE Seção Bahia, com o apoio da FIEB, reuniu

representantes de empresas do setor e estudantes no SENAI Cimatec.

“Nosso objetivo é trazer informações a respeito de técnicas de gestão e

ferramentas que possam tornar as empresas mais produtivas, de forma

que possam atender às expectativas do mercado automotivo”, explicou

o diretor regional do Sindipeças, Roberto Rezende.

O evento também contou com a presença dos diretores do Sindipeças

Marcelo Sena, Alexandre Gandra e Renato Rossi.

Público no

seminário

promovido

pelo

Sindipeças

sindipeças debate competitividade

A diretoria do Sindicato da Indústria de

Calcário (Sindical-BA), reeleita para o

período 2015/2018, tomou posse dia 06.11, na

sede da FIEB. O ato de posse contou com a

presença do presidente, Antônio Ricardo

Alban, e do primeiro vice-presidente da

instituição, Carlos Gantois. Presidente do

Sindical, o empresário Sérgio Pedreira

acredita que a reeleição demonstra a união

entre os associados em busca de melhorias

para o setor. Também em novembro,

diretores do sindicato participaram do

Encontro Nacional dos Produtores de Calcário

Agrícola do Brasil, em Cuiabá.

Sincafé participa de encontro nacionalA Bahia sediou o 23º Encontro

Nacional das Indústrias de Café

(Encafé), promovido pela

Associação Brasileira da Indústria

de Café (Abic), de 11 a 15 de

novembro. O encontro, que

ocorreu na Ilha de Comandatuba,

reuniu empresários e dirigentes

sindicais do setor de todo o país,

que tiveram acesso a tendências

de mercado e de consumo. A

participação dos diretores do

Sincafé no evento contou com o

apoio da Federação.

Sindileite leva laticinistas em missão à AlemanhaMissão internacional promovida

pelo Sindileite-BA, em outubro,

teve a Alemanha como destino.

Além de visitas técnicas, a

programação incluiu a

participação na Feira Anuga, um

dos eventos mais importantes do

setor de alimentos e bebidas. A

ação faz parte da agenda de

Missões Técnicas do Sindileite,

com foco no acesso a novos

mercados e inovações

tecnológicas.

diretoria reeleita do sindical toma posse na FIEB

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

Page 11: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 11

FotoS marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB

A indústria gráfica da Bahia encerrou a programação de eventos de

2015 com a realização do XIV Seminário da Indústria Gráfica do

Nordeste, dia 19.11, na FIEB. Promovido pelo Sigeb, em parceria com o

SENAI, o evento contou com palestras que abordaram as novas

tecnologias em Cura UV e atendimento ao cliente. “Esta é uma

oportunidade de atualização, visando melhorar a produção e o

relacionamento com o cliente”, destacou o vice-presidente da FIEB e

presidente do Sigeb, Josair Bastos.

gestão de processos em cosméticos é tema de workshopComo a gestão de processos e resultados pode ajudar

as empresas de cosméticos a alavancar a

produtividade. Esta foi a proposta do workshop

Gestão de Processos e Resultados na Indústria de

Cosméticos, promovido pelo Sindicato da Indústria

de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia

(Sindcosmetic-BA), dia 04.11, no SENAI Cetind. A

programação incluiu boas práticas de fabricação

para o setor, pesquisa e desenvolvimento de novas

formulações, otimização e automação de processos e

elaboração de padrões operacionais em atendimento

ao mercado internacional. Em outubro, outro evento

promovido pelo sindicato no Gran Hotel Stella Maris

debateu o cenário do setor de cosméticos.

Sindibrita diScute deSafioS do Setor • O

Sindibrita reuniu empresários do segmento para

discutir os avanços e desafios do setor de

mineração no Brasil, dia 25.11, no auditório da

FIEB. A Lei da Balança, o atual cenário para

mineração de agregados para construção e as

perspectivas para os próximos anos foram temas

debatidos no encontro.

Encontro promovido pela FIEB reuniu, dia 18.11,

empresários e contadores para discutir as mudanças

do controle de produção e estoque das empresas com

a implantação do Bloco K do Sped Fiscal – Sistema

Público de Escrituração Digital Fiscal, a partir de

janeiro de 2016. O consultor da CNI, Deusmar

Rodrigues, orientou sobre as mudanças. O evento

contou com o apoio do Conselho Regional de

Contabilidade da Bahia (CRC-BA).

O consultor da

CNI, Deusmar

Rodrigues, no

encontro

FIEB orienta sobre sped Fiscal

seminário apresenta novidades da indústria gráfica

Sindicato de Cerâmica mobiliza empresário no interiorO Sindicato das Indústrias de Cerâmica (Sindicer)

reuniu, dia 08.10, ceramistas de Barreiros, no

município de Riachão do Jacuípe. A localidade

concentra mais de 20 cerâmicas, todas de pequeno

porte. Além de conhecer melhor o sindicato e os

serviços prestados pelo Sistema FIEB, os empresários

da região tiraram dúvidas trabalhistas com um

advogado especialista em relações sindicais. Já no dia

15.10, o presidente do Sindicer-BA, Manuel Ventin,

participou do 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais

da Indústria Cerâmica, em Cuiabá.

Josair Bastos e Sérgio Ollandezos na abertura do evento

Page 12: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

12 Bahia Indústria

por Marta Erhardt

realizada em ilhéus, em novembro, i expoind Bahia reuniu projetos de inovação tecnológica desenvolvidos por estudantes de nível técnico e médio

Mais de 200 projetos de

inovação tecnológica

desenvolvidos por es-

tudantes de nível técni-

co e médio de diversas instituições

de ensino foram apresentados du-

rante a I ExpoIND Bahia. Uma ini-

ciativa do Sindicato das Indústrias

de Aparelhos Eletroeletrônicos e

Computadores de Ilhéus/Itabuna

(Sinec) e do Sindicato da Constru-

ção Civil de Itabuna/Ilhéus (SICC),

em parceria com a Federação das

Indústrias do Estado da Bahia

(FIEB), a feira foi realizada entre

os dias 18 e 21 de novembro, no

Centro de Convenções de Ilhéus.

Entre os projetos apresentados,

estava uma bancada de testes de

componentes eletrônicos (fusí-

veis, transístores, led e cabos de

rede) usados em aulas práticas do

Presidente da

FIEB, Ricardo

Alban, na abertura

do evento

Integração entre setor produtivo e academia

SENAI. Denominado Giga de Teste de Eletroeletrôni-

ca, o projeto foi desenvolvido por alunos do curso de

eletroeletrônica do SENAI na região sul, que tinham

a necessidade de testar, de forma prática e simples, os

componentes eletrônicos utilizados, reduzindo a pro-

babilidade de erro nas atividades por falha de algum

desses materiais. “É gratificante poder desenvolver

um projeto como este. Além de facilitar as aulas, é de

fácil manuseio, baixo custo e sustentável, pois rea-

proveitamos materiais”, explicou a estudante Agatha

Carlos, do grupo que desenvolveu o equipamento.

A apresentação de soluções tecnológicas como a

Giga de Teste de Eletroeletrônica está alinhada com

o objetivo do evento, que buscou integrar o setor pro-

dutivo e a comunidade acadêmica. “A expectativa é

que a integração entre setor produtivo e academia

traga frutos para melhorar nossos processos produ-

tivos”, destacou o presidente do SICC, Leovegildo

Souza. A ideia é que essa aproximação também possa

contribuir para o desenvolvimento de produtos ino-

vadores. “Queremos buscar, por meio da inovação

e do conhecimento científico, o desenvolvimento de

clodoaldo riBeiro/coperphoto/SiStema FieB

Page 13: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 13

Estudantes

do curso de

eletroeletrônica

do SENAI

apresentam

projeto

soluções aplicáveis para a indústria, que gerem pro-

dutos diferenciados”, reforçou o presidente do Sinec,

William de Araújo.

Acompanhado por dirigentes e executivos do

Sistema FIEB, o presidente da instituição, Ricardo

Alban, participou da abertura da I ExpoIND Bahia.

“Esperamos que esta seja a semente para a realiza-

ção de outras feiras itinerantes no interior do estado.

Iniciativas como esta contribuem para disseminar o

conceito de industrialização e para mostrar a impor-

tância da indústria para a economia”, pontuou.

A cerimônia de abertura contou com palestra da

jornalista Salette Lemos, que falou sobre desafios e

oportunidades da economia em tempos de crise. A es-

pecialista em economia, gestão e produtividade pro-

vocou o público a mudar de atitude diante do atual

momento econômico do país. “Precisamos ter o olhar

crítico e observar a realidade, pois a crise traz opor-

tunidades também, mas é necessário perseverança e

disciplina”, disse.

Também participaram da mesa de abertura o vice-

-prefeito de Ilhéus, Carlos Machado, o presidente do

Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), Reginaldo

Rossi, e representantes de instituições parceiras, co-

mo o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-

logia Baiano (IF Baiano), Sebrae, Câmara de Dirigen-

tes Lojistas (CDL) e Associação de Turismo de Ilhéus.

progrAmAçãoMais de cinco mil pessoas circularam no Centro de

Convenções de Ilhéus durante os quatro dias de fei-

ra, de acordo com a organização do evento. O público

pode conferir uma programação diversificada, que

englobou a 4ª Mostra de Iniciação Científica (MIC) do

IF Baiano, o I Encontro de Inovação e o I Salão Baiano

da Indústria.

A I ExpoIND Bahia contou, ainda, com mais de 50

minicursos, palestras, mesas redondas e oficinas,

oferecidos gratuitamente. Outras instituições do Sis-

tema FIEB também participam do evento. O SESI pro-

moveu palestras sobre o impacto das normas regula-

mentadoras na competitividade da indústria e sobre

o Edital SESI/SENAI de Inovação. Já o IEL ministrou

palestra sobre Desenvolvimento de Carreiras. [bi]

clodoaldo riBeiro/coperphoto/SiStema FieB

Page 14: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

14 Bahia Indústria

Intercâmbio de negócios

Mesa de

abertura

do evento,

que reuniu

empresários

na FIEB

por Marta Erhardt

iel realiza rodada de negociação e certificação de empresas no V encontro de compradores e Fornecedores

Um encontro de negócios

promissor. Assim foi a ro-

dada realizada durante o

V Encontro de Comprado-

res e Fornecedores da Bahia, dia

03.12, na Federação das Indústrias

do Estado da Bahia (FIEB). Setenta

e cinco empresas, entre fornecedo-

res e compradores, participaram

da iniciativa e a expectativa delas

é movimentar cerca de R$ 11 mi-

lhões em negócios futuros.

O evento foi promovido pelo

Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pe-

lo Ministério do Desenvolvimen-

to, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC), em parceria com o Servi-

ço de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas da Bahia (Sebrae-BA)

e teve como objetivo estimular a

geração de negócios e fomentar o

networking entre empresas. “Este

é um momento de troca de infor-

mações, para criar um movimento

positivo para os negócios e para

o desenvolvimento das empresas

baianas. É uma oportunidade pa-

ra promover e avançar nas trocas

comerciais feitas em nosso esta-

do”, pontuou o superintendente

do IEL-BA, Evandro Mazo.

No encontro, empresas baianas

participantes do Programa de De-

senvolvimento de Fornecedores

para a cadeia Automotiva e do Pro-

grama de Qualificação de Fornece-

dores (PQF) foram certificadas. “É

muito bom ver que as empresas

estão trabalhando seus gaps para

atingir a excelência. Com este pro-

grama, ganha a grande empresa,

que precisa qualificar seus forne-

cedores, e as empresas de peque-

no porte, que se qualificam em

gestão, observam as necessidades

do mercado e têm oportunidades

de negócios”, ressaltou a coorde-

nadora adjunta da indústria do Se-

brae, Maria Helena Souza Garcia.

O evento marcou o encerra-

mento das ações do Programa de

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

Page 15: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 15

A gerente do IEL, Fabiana Carvalho, apresentou o PqF durante encontro

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

O programa qualificou 29 empresas, com capaci-

tações e consultorias nas áreas de gestão financeira

e gestão da produção. Aquelas que atenderam aos

requisitos relacionados à gestão empresarial, gestão

financeira, lean manufacturing, gestão da qualidade,

gestão ambiental, saúde e segurança do trabalho e

responsabilidade social foram certificadas.

pQFEmpresas participantes do Programa de Qualifi-

cação de Fornecedores, também foram certificadas

durante o encontro. Uma delas foi a MEC-Q Indus-

trial, inserida no programa há três anos. Na época,

a empresa precisou implementar melhorias de gestão

e desenvolver áreas como Meio Ambiente e Saúde e

Segurança do Trabalho. “Conseguimos aumentar

o faturamento a partir das oportunidades trazidas

pelo programa, tanto pela qualificação, quanto nos

encontros de aproximação comercial”, explicou o co-

ordenador comercial, Leonardo Cerqueira.

A gerente de Desenvolvimento Empresarial do

IEL, Fabiana Carvalho, apresentou o programa, que

há 10 anos prepara micro, pequenas e médias em-

presas fornecedoras para melhorar a qualidade de

gestão, reduzir custos de capacitação, aumentar as

oportunidades de negócios e promover o networking

entre empresas.

Nesse período, mais de 450 empresas fornecedo-

ras de todo o estado foram atendidas pelo PQF, que

tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva e pro-

mover o desenvolvimento local, com a capacitação de

empresas de menor porte para atender às exigências

de grandes empreendimentos implantados na Bahia.

O programa é dividido em cinco etapas: definição dos

critérios e requisitos técnicos de aquisição (junto à

empresa âncora); identificação, sensibilização e sele-

ção de fornecedores locais; desenvolvimento e certi-

ficação de fornecedores selecionados; ações de apro-

ximação comercial e de acesso a mercados; e gestão e

monitoramento de ações e resultados.

tAlK sHoWA programação do V Encontro de Compradores e

Fornecedores da Bahia também incluiu o talk show

“Desenvolvimento do mercado fornecedor local”, que

contou com a participação do diretor de suprimentos

para integração de energias renováveis da General

Eletric do Brasil, Antônio Paulo Bianchi, e da gerente

de compra da Ford, Malvina Rebouças. [bi]

“Este é um momento de criar um movimento positivo para os negócios e para o desenvolvimento das empresas baianas. É uma oportunidade para promover e avançar nas trocas comerciais em nosso estadoEvandro Mazo, superintendente do IEL-BA

Desenvolvimento de Fornecedores

para a cadeia Automotiva, reali-

zado em parceria com o MDIC, a

Ford e o Sindicato Nacional da In-

dústria de Componentes para Ve-

ículos Automotores (Sindipeças).

A supervisora de assuntos

corporativos da Ford, Magnólia

Borges, ressaltou a satisfação da

empresa em poder contribuir com

suporte técnico para o programa.

“As empresas locais precisam

buscar o aprimoramento de sua

gestão, de seus processos, não só

para se tornar fornecedor da ca-

deia automotiva, mas para outros

segmentos”, pontuou.

Já o presidente do Sindipeças,

Roberto Rezende, lembrou que a

participação das empresas forne-

cedoras no programa vai levar a

um ganho de qualidade e produ-

tividade, e ressaltou que a busca

pela excelência é contínua. “Es-

tamos passando por um momento

de crise e isso requer que a gente

se qualifique cada vez mais. Este

é o primeiro degrau para atingir

o nível de excelência exigido pelo

mercado”, disse.

Page 16: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

16 Bahia Indústria

por clEbEr borgEs

CENáRIO DESAFIADOR

para o presidente da FieB, o aumento do desemprego será o maior problema a ser enfrentado pelo país em 2016

Page 17: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

s economias emergentes de-

vem fechar 2015 com cresci-

mento médio de 4%. Enquan-

to isso, o Brasil encerrará o

ano com queda de 3,6% no

PIB segundo projeções do

FMI, ou de 3,2% segundo o

Relatório Focus, do Banco

Central. Ainda segundo o

FMI, em 2016, a economia

brasileira enfrentará redução de 2,7%, enquanto o

México crescerá 2,8%, Índia 7,5% e China 6,3%. A

partir de números como esses, a Federação das In-

dústrias do Estado da Bahia (FIEB) prevê que 2016

será, para o setor industrial, um ano também com-

prometido pela crise econômica, potencializada pela

crise de natureza política.

“Essa é uma crise com várias facetas. Por essa ra-

zão, não podemos arriscar uma previsão sobre seu

ciclo. Sua origem está nos desajustes fiscais dos dois

últimos anos. Estes se agravaram em uma crise eco-

nômica, que desaguou em uma crise de natureza po-

lítica. Agora, a maior preocupação para 2016 é com a

iminência de uma crise social, na qual os empregos

estarão em risco, afetando a renda da sociedade”,

afirmou o presidente da FIEB, Ricardo Alban, em ba-

lanço de final de ano, no dia 16 de dezembro.

Segundo ele, no Brasil, a crise econômica, acres-

cida da crise política, tem forte impacto na indús-

tria, cuja produção física deve cair 7,5% em 2015. Na

Bahia, onde o PIB deverá retroceder este ano 3,1%, a

indústria de transformação recuará ainda mais (-4%).

Uma das consequências desse mau desempenho será

a queda no emprego: de janeiro a outubro, o setor fe-

chou quase 33 mil postos de trabalho no Estado. “A

pior coisa para o ser humano é a perda abrupta do po-

der aquisitivo, que gera frustração e revolta. A queda

do emprego será o principal problema de 2016”, ava-

lia Ricardo Alban.

Esse número tende a crescer nos próximos meses,

caso não haja um ponto de inflexão com mudança

nas expectativas negativas. “Março é o período li-

mite para que haja uma solução para a crise política.

A economia se comporta, também, em função das

expectativas. O país não pode viver com expectati-

vas cada vez mais negativas”, afirmou o presidente

da FIEB.

ConstrUção em QUedASegmentos como a construção civil e a metalurgia

básica devem enfrentar problemas em 2016. A cons-

trução sofre com a paralisia em obras de infraestru-

tura demandadas pelo setor público e com a baixa

demanda no setor imobiliário. Há uma superoferta

de imóveis prontos e os preços estão em baixa. Além

disso, ainda na área imobiliária, o setor ressente-se

das mudanças na política operacional da Caixa, seu

principal agente financeiro.

Na Bahia, um alento na área da construção é a

aprovação, pelo BNDES, de R$ 2 bilhões para finan-

Bahia Indústria 17

raFael martinS/SiStema FieB/arqUiVo

marce

lo g

andra/c

oo

per

pho

to/S

iSte

ma F

ieB

Indústria da construção será

uma das principais afetadas

em 2016, diante da superoferta

de imóveis e da retração dos

investimentos públicos

Page 18: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

18 Bahia Indústria

-2,3%

Queda da economia da Bahia

Queda da indústria brasileira

Queda da indústria baiana

Crescimento médio das economias avançadas

Crescimento médio das economias emergentes

Queda da economia brasileira

Investimentos doSistema FIEB em 2016***

Em R$

SENAI63,8 milhões

IEL2,1 milhões

* Fonte: Banco Santander

** Fonte: FMI - World Economic Outlook

*** Investimentos em construção, requalificação e equipamentos de unidades

SESI43,8 milhões

Total 109,7

milhões

Como ficarão, em 2016,os segmentos industriais na BA

Em altaQuímico petroquímico,

Celulose e papel

Em quedaConstrução civil eMetalurgia básica

Em estabilidadeRefino de petróleo e produção de álcool,

Automotivo,Alimentos e bebidas

Desempenho econômico em 2015* Projeção econômica para 2016**

-7,5%

-3,1%

2,2%

4,5%

-2,7%

PeRsPecTivasIndicadores apontam as tendências para 2016

Page 19: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

ciar a construção do Metrô de Sal-

vador. Durante a obra devem ser

criados 5,8 mil postos de trabalho

diretos e 14,7 mil indiretos. Quan-

do estiver operando, o metrô deve

empregar 1.400 pessoas e criar 4,2

mil empregos indiretos, de acordo

com números do BNDES.

Outros segmentos, como os de

refino de petróleo e automotivo,

devem permanecer estagnados

em 2016. No primeiro, a venda

de ativos pela Petrobras deve ter

impactos importantes na Bahia.

Está em discussão, por exemplo,

a venda de ativos nas áreas de

biodiesel, campos maduros, bem

como uma reestruturação na área

corporativa da estatal. Na área

de refino, espera-se uma produ-

ção estável em 2016, em relação

a 2015, na casa de 100 milhões de

barris. No segmento automotivo,

o mercado continuará deprimi-

do em 2016, pois o setor depende

muito da oferta de crédito.

Poucos segmentos, notada-

mente os que exportam, devem

passar incólumes na crise. São

Bahia Indústria 19

João alVarez/SiStema FieB/arqUiVo

O segmento

de celulose é

um dos que

escapam dos

efeitos da crise

A queda no emprego e no fatura-

mento da indústria impactou no

Sistema FIEB, atingido por queda

nas receitas. Mesmo com menos

recursos, pretende manter os in-

vestimentos em Salvador e no

interior do estado, bem como a

oferta de produtos e serviços para

o setor industrial em 2016.

O SENAI, por exemplo, planeja

investir R$ 61,4 milhões em obras,

incluindo construções, equipa-

mentos e mobiliário, em unidades

na Capital, região metropolitana e

no interior. E outros R$ 2,3 milhões

em reposição de equipamentos e

material didático. Já o SESI deve

investir R$ 43,8 milhões em cons-

trução, requalificação e aparelha-

mento de unidades na capital e in-

terior. “Vamos manter todos estes

investimentos previstos”, garante

Ricardo Alban.

O projeto mais vistoso será, cer-

tamente, o Cimatec Industrial, pro-

jeto desenvolvido pelo SENAI em

parceria com o governo do estado.

Este cedeu, no Distrito Industrial

de Camaçari, um terreno com 4 mi-

lhões de metros quadrados, onde

o SENAI construirá uma unidade

para dar suporte às empresas que

queiram se instalar na Bahia e às

que já atuam no polo, em áreas

como química/petroquímica, au-

tomotiva, metalurgia e de ener-

gias alternativas, como a eólica e

solar. Para a área automotiva, um

diferencial será uma pista em linha

reta com dois quilômetros para uso

em testes de veículos. Outra linha

de atuação do Cimatec Industrial

será no segmento farmacêutico. [bi]

FIEB vai manter investimentos

exemplos: químico/petroquímico

e celulose e papel, que aproveitam

o câmbio favorável e os exceden-

tes exportáveis. Este último vive

“em céu de brigadeiro”, conforme

avalia Ricardo Alban, pois além

do dólar favorável convive com

preços internacionais em alta. No

entanto, exportar exige muitas

adequações no produto e nas es-

tratégias empresariais. “É neces-

sário, que as empresas estejam

preparadas para o comércio exte-

rior”, afirma o presidente da FIEB.

“O momento é extremamente

desafiador e não há nada que apon-

te para uma melhoria significativa

em 2016. O setor industrial tem si-

do um dos mais prejudicados pela

crise”, avalia o presidente Ricardo

Alban. No seu entendimento, é im-

portante apoiar o desenvolvimen-

to de segmentos como o de energia

eólica, solar, mineração e naval.

Além disso, defende que haja um

esforço para adensar as cadeias

industriais já tradicionais, como

a têxtil-algodão, alimentos-laticí-

nios e petroquímica.

Page 20: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

20 Bahia Indústria

marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB

O Sistema FIEB, por meio do

seu Conselho de Respon-

sabilidade Empresarial

(CORES) lançou, no dia 11.12, o Re-

latório de Sustentabilidade do Sis-

tema FIEB (Edição 2014) durante o

Seminário Relação e Comunicação

Socioempresarial, realizado na se-

de da instituição. O evento contou

com a participação do presidente

da FIEB, Ricardo Alban, a presi-

dente do Sindicato da Indústria do

Vestuário de Salvador e Lauro de

Freitas (Sindvest), Eunice Habibe,

e a presidente da ONG Fábrica Cul-

tural, Margareth Menezes.

“As ações dos Conselhos Te-

máticos são de extrema impor-

tância, pois acabam norteando

compromisso sustentávelFederação das indústrias do estado da Bahia lança relatório de Sustentabilidade (edição 2014)

Relatório

está

disponível

para

download

na internet

o trabalho da Federação. Nossa

expectativa é que este Relatório

se torne referência para outras fe-

derações”, disse Alban.

O coordenador do CORES,

Marconi Andraos, destacou que a

gestão da Sustentabilidade é uma

ação que reflete a maturidade de

uma organização. “Neste sentido,

o Relatório é uma ferramenta que

contribui para a melhoria contí-

nua da gestão da sustentabilidade

e fortalece a comunicação com as

partes interessadas.”

O documento, elaborado com

base na metodologia internacional

GRI 4 – Global Reporting Initiative,

envolveu a coleta/informações e de

ações desenvolvidas por todas as

entidades que integram o Sistema

FIEB. Os indicadores estão rela-

cionados com os pilares sociais,

ambientais e econômicos da sus-

tentabilidade, sinalizando o nível

da gestão da organização, a partir

da identificação dos pontos fortes e

oportunidades de melhoria.

Marcelo Linguitte, represen-

tante da Terra Mater, apresentou

“Relatório de Sustentabilidade

FIEB - Aplicação da Metodologia

e Indicadores de Sustentabilidade

GR4”, esclarecendo como funcio-

na a metodologia e demonstrando

os benefícios que a ferramenta

traz para fortalecer a gestão.

A gerente de Meio Ambiente e

Responsabilidade Social da FIEB,

Arlinda Coelho, apresentou o Re-

latório, destacando a Federação

como agente indutor da sustenta-

bilidade para as empresas indus-

triais da Bahia e para a própria

instituição. “É muito bom poder-

mos avaliar o que fazemos, funda-

mentados numa metodologia va-

lidada internacionalmente, e per-

ceber que sustentabilidade é algo

tangível e está presente em todas

as esferas da nossa organização”.

O Seminário contou também

com a participação do vice-pre-

sidente de Meio Ambiente e Sus-

tentabilidade da Renova Energia,

Ney Maron, da diretora da Fábrica

Cultural, Teresa Carvalho, e do di-

retor presidente da Camisas Polo

Salvador, Hari Hartmann. [bi]

Page 21: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 21

conselhos

COMPEM promove primeira reunião itinerante Feira de Santana foi escolhida pelo Conselho da

Micro e Pequena Empresa Industrial (COMPEM)

para sua primeira reunião itinerante no interior do

estado. O encontro, realizado no dia 17 de

novembro, na sede do SENAI do município, contou

com a presença de membros do COMPEM,

dirigentes da FIEB, CIEB e CIFS, autoridades,

representantes de entidades parceiras e

universidades. “Estamos levando as discussões do

Conselho para o interior, ouvindo as demandas das

empresas industriais de pequeno porte e

perseguindo soluções. Com isso, pretendemos

contribuir para o processo de interiorização e

desconcentração industrial, a melhoria do IDH e da

renda per capta, com base no trinômio: tecnologia,

inovação e empreendedorismo”, afirmou o 1°

vice-presidente da FIEB e coordenador do

COMPEM, Carlos Gantois.

Federação discute futuro do setor de petróleo O coordenador do Comitê de Petróleo, Gás e Naval

- CPGN, Humberto Rangel, ministrou palestra

durante o seminário O Futuro da Indústria Brasileira

no Setor de Petróleo, realizado pela ONIP, na sede do

Sistema Firjan, no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro.

Ele falou sobre a Agenda Mínima como

oportunidade de aperfeiçoamento da política de

conteúdo local e da situação de dependência de um

operador exclusivo, que limita o crescimento

mercado. “Se tivéssemos mais operadores, teríamos

novas oportunidades”, disse Rangel.

Boas práticas em internacionalização serão reconhecidas Sob a coordenação do diretor da FIEB, Angelo Sá

Júnior, o Conselho de Comércio Exterior (Comex) e

o Centro Internacional de Negócios (CIN),

realizarão, em 2016, o Reconhecimento de Boas

Práticas em Internacionalização. O objetivo é

destacar as experiências de sucesso de micro e

pequenas empresas no processo de

internacionalização. Poderão participar os

participantes do Programa de Competitividade para

Internacionalização do CIN. O Banco de Boas

Práticas poderá ser acessado no site da FIEB.

Com o objetivo de fomentar uma atuação

socialmente responsável do setor produtivo baiano,

incentivando ações com foco no uso de excedentes

de produção, materiais recicláveis e/ou reutilizáveis,

iniciativas de voluntariado e projetos comunitários,

a FIEB, por meio do seu Conselho de

Responsabilidade Empresarial (CORES) lançou, dia

11 de dezembro, o projeto Bancos de Articulações

Sociais, durante o Seminário Relação e Comunicação

Socioempresarial, realizado na sede da instituição.

De acordo com o coordenador do CORES, Marconi

Andraos, as ações do projeto são operacionalizadas

com o apoio de instituições parceiras do Terceiro

Setor, empresários e governo. “A ideia é envolver

todos nesta tarefa de incentivar e promover práticas

sustentáveis”, disse.

O Banco de Articulação em Vestuário é o pioneiro

dentre os bancos que farão parte dessa iniciativa.

Por meio dele, as indústrias podem fazer doações de

resíduos de vestuário, a exemplo de tecidos, que

podem ser utilizados por entidades cujo trabalho

inclui corte e costura ou artesanato.

Bancos de articulações sociais da FIEB são lançados

Na mesa,

Eunice habibe,

Alban e

Andraos

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

Page 22: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

22 Bahia Indústria

por caRoLina mendonça

O FlatFish, veículo autônomo submarino

desenvolvido pela BG Brasil e o SENAI Ci-

matec, com apoio da Empresa Brasileira de

Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii),

foi apresentado ao público no dia 4 de dezembro, em

Salvador. O evento reuniu dirigentes do Ministério

da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência

Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

(ANP), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP),

SENAI Nacional e secretaria estadual de Ciência e

Tecnologia (Secti).

Com investimento total de R$30 milhões, este é

o primeiro protótipo do tipo desenvolvido no Brasil

e será utilizado para inspeção visual em 3D de alta

resolução, contribuindo na exploração de petróleo e

gás em águas profundas, com redução de custos de

operação, garantindo maior segurança operacional e

ao meio ambiente.

“A tecnologia que foi desenvolvida para criação

do FlatFish irá contribuir para manter o setor offsho-

re brasileiro na vanguarda do mercado mundial. O

projeto faz parte de um programa significativo de

pesquisa, desenvolvimento e inovação que a BG Bra-

sil vem concretizando e que traz resultados duradou-

ros para o setor de óleo e gás”, afirmou Nelson Silva,

CEO da BG América do Sul.

"Temos capacidade de inovar e, tão importante

quanto isso, de compartilhar e somar esforços para

recuperar um atraso tecnológico de vários anos, o

RobóTica UndeRwaTeR

Bg Brasil, Senai cimatec e embrapii lançam o veículo

autônomo submarino FlatFish

que é fundamental para a competitividade da indús-

tria nacional", avalia o presidente da Federação das

Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban.

Para o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI

Cimatec, Leone Andrade, o robô é um projeto estra-

tégico para o SENAI Cimatec. Além do seu elevado

porte e do desafio tecnológico, representa a consoli-

dação do BIR - Instituto Brasileiro de Robótica, parte

integrante do Campus Cimatec, que tem como foco

P&D&I em robótica autônoma. “Ressalto também a

parceria estratégica com o DFKI - Instituto alemão de

robótica e inteligência artificial, parceiro fundamen-

tal nesta consolidação, posicionando o SENAI Cima-

tec como um dos principais centros de pesquisa na

área de robótica no país”, afirmou Andrade.

“A EMBRAPII recebe com satisfação o resultado

desse projeto em parceria com a BG Brasil. Estamos

certos que esse é só o começo de muitas outras par-

cerias que desenvolveremos junto à BG Brasil e ao Ci-

matec”, destacou o diretor-presidente da EMBRAPII,

Jorge Guimarães.

O FlatFish residirá em uma estação submarina,

marcelo gandra/coperphoto/SiStema FieB

Demonstração

do Flat Fish;

apresentação

do equipamento

a executivos

Page 23: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 23

eliminando a necessidade de bar-

cos de apoio. O operador será ca-

paz de estabelecer uma missão de

inspeção remotamente da super-

fície. O veículo realizará o plane-

jamento e a execução da missão

de forma autônoma, saindo da

estação submarina, coletando os

dados de inspeção e enviando-os

para o operador na superfície.

“Os testes em offshore com

o FlatFish, realizados aqui na

Bahia, são um marco fundamen-

tal para o desenvolvimento de

uma nova tecnologia de inspe-

ção submarina”, ressaltou Adam

Hillier, CTO BG Group.

Dotado de um sistema de sona-

res, o robô pode atuar em águas

turvas, sem luminosidade. “O re-

sultado mostra que é possível de-

senvolver tecnologia de alto valor

agregado no Brasil e que, investindo em pesquisa, o

país pode encontrar soluções para aumentar a com-

petitividade da indústria nacional”, afirma Herman

Lepikson, coordenador do Instituto, que funciona no

SENAI Cimatec.

desdoBrAmentos O desenvolvimento do FlatFish contou com a atua-

ção de 18 pesquisadores do BIR e o trabalho de vários

profissionais do SENAI Cimatec, pois envolveu outras

competências além de robótica, tais como informáti-

ca, engenharias e mecânica. O projeto ainda terá uma

segunda etapa com melhorias e novos testes que se-

rão realizados no ano que vem, quando outro protóti-

po deve ser entregue.

Para o coordenador técnico do projeto, Marco Reis,

o veículo superou as expectativas e a tecnologia de-

senvolvida em função do seu funcionamento “abre

um leque muito grande de possibilidades de traba-

lho, com utilizações diversas, a exemplo de monito-

ramento de barragens”, indica. (Com informações da

Ascom da BG Brasil) [bi]

Temos capacidade de inovar, compartilhar e somar esforços para recuperar um atraso tecnológico de vários anos, o que é fundamental para a competitividade da indústria nacional

Ricardo Alban,presidente da FIEB

Page 24: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

24 Bahia Indústria

por patrícia MorEira

portFóLIo do sEsI tEm novos sErvIçosiniciativa faz parte de programa de inovação em gestão do absenteísmo e vai auxiliar as empresas na adaptação ao e-Social

Com o objetivo de oferecer

aos empresários da indús-

tria um conjunto de servi-

ços que visa apoiá-los na

gestão dos afastamentos e ates-

tados dos seus funcionários, foi

lançado no dia 9.12, em Salvador,

o portfólio de produtos do Progra-

ma de Gestão do Absenteísmo do

Serviço Social da Indústria (SESI).

O portfólio traz um conjunto de

cinco serviços: Avaliação Inicial,

Gestão dos afastamentos, Gestão

de Nexos Previdenciários, Gestão

do FAP e Gerenciamento Epide-

miológico. Com isso, o SESI provê

uma gama de soluções para gerir o

absenteísmo na empresa, visando

propor soluções para os proble-

mas gerados por acidentes ou do-

enças do trabalho.

“Com este novo portfólio, o SESI

procurou se capacitar para melhor

auxiliar os empresários no atendi-

mento das Normas Regulamenta-

doras, um item em que as empresas

precisam avançar para assegurar

sua competitividade e produtivi-

dade”, destacou o superintendente

do SESI Bahia, Armando Neto, na

abertura do evento.

Representando o presidente

Ricardo Alban, o coordenador do

Conselho de Relações Trabalhis-

tas da FIEB, Homero Arandas,

destacou a iniciativa do SESI como

de vanguarda, ao alinhar qualida-

de de vida, saúde do trabalhador

e produtividade no Programa de

Gestão do Absenteísmo. “Trata-se

de uma importante mudança na

visão em torno do trabalhador. Se

antes, o entendimento era de que

trabalhador com saúde produzia

mais, hoje se tem um olhar inte-

grado que leva em conta o indiví-

Page 25: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 25

FotoS Valter ponteS/coperphoto/SiStema FieB

duo, sua saúde e o seu entorno, e

é esta visão que o SESI Bahia nos

apresenta”, ressalta Arandas. O

Sistema Indústria tem contribu-

ído com a discussão de grande

relevância teórica e acadêmica,

contribuindo não somente com

as empresas, mas também com os

governos e a sociedade como um

todo”, acrescentou.

CArtilHADurante o lançamento do por-

tfólio de gestão do absenteísmo,

o SESI também apresentou a car-

tilha FAP-RAT-NTEP – Efeitos na

Gestão Empresarial, que será dis-

tribuída gratuitamente para os

empresários baianos.

Trata-se de uma publicação

produzida pela FIESP e cedida ao

Sistema FIEB, que está sendo re-

produzida pelo SESI Bahia. A pro-

especialista é que sempre vale a pena investir priori-

tariamente em ações preventivas a ter que arcar com

o custo da falta de ações em saúde e segurança no

trabalho, que resultam em pesadas multas e têm im-

pacto no NETEP.

Ao final da programação, foram entregues os cer-

tificados aos representantes das cinco empresas que

participaram do Projeto Metodologia Colaborativa pa-

ra Gestão da Ergonomia na Indústria. Foram certifica-

das a Fortlev, Nordeste, Novel, Bahiagás e Bem Te Vi.

pArCeriAO lançamento do portfólio integra as ações do Ins-

tituto SESI de Gestão do Absenteísmo que é gerido

nacionalmente pelo SESI Bahia. Lançado em 2014, o

projeto é realizado em parceria com o Instituto Fin-

landês de Saúde Ocupacional (Fioh). O Instituto Fin-

landês é uma instituição de pesquisa governamental,

vinculada ao Ministério de Assuntos Sociais e Saúde

da Finlândia que tem por objetivo promover a saúde

e o bem estar do trabalhador em um ambiente de tra-

balho saudável.

O SESI firmou parceria com o FIOH em junho de

2014 com o intuito de desenvolver processos e produ-

tos inovadores que impactem diretamente a produti-

vidade do trabalhador, como questões de saúde, se-

gurança, absenteísmo, doenças crônicas, dentre ou-

tras. Os especialistas finlandeses apoiam as equipes

do SESI na elaboração do plano estratégico de seus

institutos de inovação e no desenvolvimento de pro-

dutos como os que integram o novo portfólio.

O absenteísmo, ou a falta ao trabalho motivada

por problemas de saúde, é um dos grandes problemas

no dia a dia das empresas e das indústrias, com im-

pacto na produtividade empresarial e na qualidade

de vida do trabalhador. As pesquisas revelam que a

empresa que investe em prevenção no ambiente de

trabalho e mantém a saúde do trabalhador equilibra-

da, a partir da adoção de mudanças no estilo de vida

e em ações preventivas, consegue aumentar em duas

vezes a produtividade, reduzindo os custos. [bi]

Objetivo é auxiliar as empresas

a reduzir o absenteísmo

e também a se adaptar

às exigências do e-Social

posta é orientar os empresários

sobre as exigências trazidas pelo

Fator de Acidente Previdenciário

(FAP), os Riscos Ambientais do

Trabalho (RAT) e sobre como atu-

ar em caso de ocorrência do Nexo

Técnico Epidemiológico Previden-

ciário (NTEP). Homero Arandas

considerou que a cartilha é didá-

tica e vai contribuir para ampliar

o conhecimento dos empresários.

O médico do trabalho Gusta-

vo Nicolai, especialista em fator

previdenciário, foi o palestrante

convidado do evento. Ele falou

para uma plateia de empresários

e técnicos sobre o tema Segurança

e Saúde representam Custo ou In-

vestimento? Ele apresentou casos

em que medidas preventivas te-

riam contribuído para evitar que

a empresa fosse obrigada a pagar

pesadas multas. A conclusão do

Page 26: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

26 Bahia Indústria

Valter ponteS/coperphoto/SiStema FieB

Os aplausos que ecoaram

na sala principal do Teatro

Castro Alves, no dia 03.11,

após a apresentação da Orquestra

do SESI, deram a tônica do quanto

foi especial e emocionante a pri-

meira apresentação da sinfônica

naquele espaço para os alunos,

pais e professores.

O espetáculo fechou a noite do

II Concerto da Orquestra do SESI

Itapagipe, que também incluiu

as apresentações dos educandos

de Iniciação Musical, do Grupo

Instrumental do Cais (Centro de

Apoio à Inclusão – SESI) e do Co-

ral do SESI. No repertório, canções

folclóricas e de compositores bra-

sileiros, como Villa-Lobos, Tom Jo-

bim e Chico Buarque, entre outros.

“Viemos aqui para nos emocio-

nar e participar um pouco mais

tamento e no resultado acadêmico

dos integrantes, ao ensinar valores

como atuar em equipe, respeito ao

silêncio e a vez do outro.

pArCeriAFruto da parceria do SESI com

o Neojibá, o Núcleo de Prática

Orquestral e Coral (NPO) do SESI

Itapagipe foi implantado em 2012

e hoje é formado por 289 alunos.

Desse grupo, 229 são estudantes

do 1º a 9º ano da Escola Comenda-

dor Bernardo Catharino, com ida-

des entre 6 e 16 anos. Já os outros

60 jovens são alunos do Centro de

Apoio à Inclusão SESI (CAIS), uni-

dade da instituição que atua na re-

abilitação de pessoas portadoras

de deficiência. Os três grupos já

realizaram mais de 100 apresenta-

ções para cerca de 20 mil pessoas.

O representante do Neojibá,

Eduardo Torres, observou que des-

de que foi implantada a Orquestra

do SESI, vários egressos foram

absorvidos pela Orquestra Castro

Alves, que neste final de ano sai-

rá em turnê pelo Norte e Nordeste,

apresentando-se nos principais

palcos das duas regiões. [bi]

OrqUEStra dO SESI EmOcIOna ii concerto da orquestra do SeSi - itapagipe encerrou as atividades de 2015 com concerto

daquilo que o SESI faz na vida das

pessoas, que neste caso é levar a

música para o dia a dia dos seus

estudantes, contribuindo para a

formação e a cidadania destes jo-

vens”, declarou Armando da Costa

Neto, superintendente do SESI, na

abertura do evento.

A gerente do SESI Itapagipe,

Ana Leila Tourinho, agradeceu o

empenho de todos os que partici-

param da montagem do espetáculo

e lembrou o quanto a presença da

orquestra na escola vem contri-

buindo para levar aos estudantes

novos aprendizados. Com a inicia-

ção musical, dezenas de crianças

têm a chance de conhecer o univer-

so da música clássica e ampliar sua

percepção cultural. Além disso, a

inserção na escola musical também

interfere positivamente no compor-

Orquestra dos

alunos do

SESI durante

a apresentação

no palco do

TCA

Page 27: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 27

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

Campanha foi veiculada em

outdoor, spots de rádio e

televisão e buscou reforçar

o papel estratégico do

Sistema FIEB

Lançada no início deste mês, a nova marca do Siste-

ma FIEB busca adequar a identidade visual ao novo

momento vivido pela organização. A representação

simbólica se propõe a ser a síntese de uma instituição mo-

derna, dinâmica e integrada, traduzindo sua evolução ao

longo de mais de seis décadas, contribuindo para o cres-

cimento da indústria.

“Dinamismo, sinergia e inovação são atributos im-

portantes da nova marca, que mantém a característica

essencial de integração. Somos uma organização volta-

da à promoção de ações integradas para o crescimento,

modernização e melhoria da competitividade da indús-

tria, além da qualidade de vida dos industriários. Esse

aspecto, portanto, tinha que estar em nossa marca”, ex-

plica o presidente do Sistema FIEB, Ricardo Alban. Ele

afirma que a marca deve reforçar a identidade da orga-

nização, não apenas endossando produtos ou serviços,

mas traduzindo sua essência, valores e cultura.

Conduzida pela Gerência de Comunicação Institu-

cional da FIEB, a mudança da marca e a campanha

institucional de divulgação foram desenvolvidas pela

agência Morya, que detém a conta do Sistema FIEB.

Acompanhada do slogan “Uma indústria forte, faz a

Bahia mais forte”, a marca traduz a filosofia da orga-

nização, mantendo o alinhamento com a Confederação

Nacional da Indústria (CNI).

Os conceitos contidos na marca – modernidade, in-

tegração e dinâmica – traduzem uma instituição que

atua pelo desenvolvimento e competitividade da in-

dústria com educação básica e continuada; formação

profissional e ensino superior de excelência; ações de

qualidade de vida, segurança e saúde no trabalho; de-

senvolvimento empresarial e de carreiras; inovação e

defesa de interesses.

A nova marca também evidencia cada entidade – SE-

SI, SENAI, IEL e CIEB –, como parte do Sistema Indús-

tria. E para cada uma das entidades também foi criada

uma nova marca, a fim de fortalecer os “braços” do Sis-

tema Indústria da Bahia no mercado. [bi]

SIStEma FIEB lança nOva marcaela traz como conceito modernidade, integração e dinâmica, adequando a identidade visual ao novo momento vivido pelo Sistema

Page 28: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

28 Bahia Indústria

indicadoRes Números da Indústria

UM ANO PARA SER ESqUECIDOa atividade industrial caiu 5,6% na Bahia, nos dez primeiros meses de 2015, segundo o iBge

A taxa anualizada da produção física da in-

dústria de transformação retrocedeu 5,6%

na Bahia, em outubro de 2015, uma queda

maior que a registrada em setembro de 2015,

de 4%. Apesar da piora, a Bahia manteve-se no 6º

lugar no ranking dos 14 estados que participam da

Pesquisa Industrial Mensal da Produção-R, do qual

apenas Mato Grosso apresentou resultado positivo

(4%) e Espírito Santo manteve-se estável.

Os demais estados registraram resultados negati-

vos: Amazonas (-15,3%), Rio Grande do Sul (-10,4%),

São Paulo (-10,4%), Rio de Janeiro (-9,4%), Minas

Gerais (-9,3%), Ceará (-8,4%), Paraná (-7,4%), Santa

Catarina (-7,2%), Bahia (-5,6%), Pernambuco (-3,7%),

Pará (-3%) e Goiás (-0,4%).

Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas

quatro apresentaram resultados positivos: Veículos

Automotores (12,5%), Couro e Calçados (2,7%), Ce-

lulose e Papel (1,7%) e Borracha e Plástico (1%). Em

sentido contrário, apresentaram retração os segmen-

tos: Equipamentos de Informática (-52%), Metalurgia

(-16%), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-10,9%),

Minerais não Metálicos (-10%), Bebidas (-3,6%), Pro-

dutos Químicos (-3,3%) e Alimentos (-2,5%).

AUmento e QUedANa comparação de outubro de 2015 com igual mês

do ano anterior, a produção física da indústria de

transformação baiana apresentou queda de 9,1%.

Apenas três dos 11 segmentos industriais da Bahia

apresentaram resultados positivos: Bebidas (10,9%),

Metalurgia (4,5%, maior produção de barras, perfis e

vergalhões de cobre e de ligas de cobre) e Borracha e

Plástico (0,1%).

Apresentaram resultados negativos: Equipamen-

tos de Informática (-56,6%, queda na fabricação

computadores pessoais de mesa, laptops, notebook,

handhelds, tablets, DVD, home theater integrado

e semelhantes); Veículos Automotores (-24,1%, ex-

plicado pela menor fabricação de automóveis); Minerais não Metálicos

(-15,6%, massa de concreto preparada para construção, argamassas e

cimentos “Portland”); Produtos Químicos (-10,1%, pela menor produção

de polietileno de alta densidade, princípios ativos para herbicidas, PVC,

adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, Butadieno

não-saturado, e misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos);

Couro e Calçados (-6%); Alimentos (-2,8%); Refino de Petróleo e Biocom-

bustíveis (-6,9%, recuo na fabricação de óleos combustíveis, naftas para

petroquímica, parafina e óleo diesel) e Celulose e Papel (-16,9%).

No acumulado dos dez primeiros meses de 2015, em comparação a

igual período de 2014, verifica-se uma queda de 6,5% na produção da

indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado

pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática

(-54,8%, queda na fabricação de computadores pessoais de mesa, DVD,

Page 29: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 29

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

115

110

105

100

95

90

85

80

75

70

2014

2013

2015

Bahia - Produção Fisica da indústria de Transformação (2012-2015)

home theather e semelhantes); Metalurgia (-14,1%,

pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões

de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas

de aços ao carbono, vergalhões de aços ao carbono,

fio-máquina de aços ao carbono e ferrocromo); Refino

de Petróleo e Biocombustíveis (-13,7%, menor produ-

ção de óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina au-

tomotiva e naftas para petroquímica); Minerais não

Metálicos (-10,5%); Bebidas (-4,6%); Produtos Quí-

micos (-4,8%, menor produção de polietileno de alta

densidade, de PVC, de princípios ativos para herbici-

das e amoníaco); e Alimentos (-2,8%).

Apresentaram resultado positivo: Veículos Au-

tomotores (16,3%, maior produção de automóveis e

painéis para instrumentos de veículos automotores);

Celulose e Papel (1,7%); Couro e Calçados (1,2%) e

Borracha e Plástico (0,3%).

desAQUeCimentoO setor industrial (brasileiro e baiano) registra um

período de desaquecimento, refletindo a conjuntura

doméstica de recessão. Do ponto de vista estadual, o

desempenho negativo de outubro ainda é reflexo dos

resultados negativos dos segmentos de Refino de Pe-

tróleo e Biocombustíveis, Metalurgia e Minerais não

metálicos. Por outro lado, destacam-se os resultados

positivos dos setores de Celulose e o de Calçados,

mais voltados à exportação.

Quanto às perspectivas para 2015, há poucos ele-

mentos para uma recuperação da indústria nacional.

A estimativa de mercado é de queda da atividade

industrial de 7,6% (relatório do Banco Central) este

bahia: pim-pf de Agosto 2015

Indústria de Transformação -9,1 -6,5 -5,6

refino de petróleo e biocombustíveis -6,9 -13,7 -10,9

produtos químicos -10,1 -4,8 -3,3

veículos automotores -24,1 16,3 12,5

alimentos -2,8 -3,7 -2,5

celulose e papel -16,9 1,7 1,7

Borracha e plástico 0,1 0,3 1,0

metalurgia 4,5 -14,1 -16,0

couro e calçados -6,0 1,2 2,7

minerais não metálicos -15,6 -10,5 -10,0

Equipamentos de Informática -56,6 -54,8 -52,0

Bebidas 10,9 -4,6 -3,6

Extrativa Mineral -5,6 -4,9 -4,2

Variação (%)

SETORES OUT15/OUT14 JAN-OUT15/ NOV14-OUT15/ JAN-OUT14 NOV13-OUT14

Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI

ano, e em 2016 (-2,4%). Alguns indicadores ilustram

as dificuldades enfrentadas pela economia nacional:

(i) inflação elevada (o IPCA acumula alta de 9,62% no

ano até novembro e de 10,48% em 12 meses, contra

um teto de meta de inflação de 6,5% para todo o ano

de 2015); (ii) constante elevação da taxa de juros, com

a Selic já alcançando 14,25%; e (iii) crescimento do

desemprego – segundo a Pesquisa Mensal de Empre-

go – IBGE, em outubro de 2015, a taxa de desemprego

na Região Metropolitana de Salvador passou de 13%,

em setembro de 2015, para 12,8%, em outubro de 2015

(-0,2 pp). Por outro lado, a depreciação do Real pode

ser um alento para o setor exportador. [bi]

Page 30: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

30 Bahia Indústria

painel

FIEB recebe visita da embaixadora da ColômbiaA embaixadora da Colômbia no Brasil, Patricia Cárdenas, esteve na

FIEB, dia 6.11, para falar sobre oportunidades de parcerias e negócios

com o setor industrial baiano. Recebida pelo presidente da casa,

Ricardo Alban, e pelo superintendente de Desenvolvimento Industrial

da FIEB, Marcus Verhine, ela mostrou interesse em ampliar a

cooperação comercial com o estado. Alban citou alguns dos segmentos

que, apesar da crise, estão em expansão no estado, a exemplo do

agronegócio e da área de energias renováveis, além de apresentar a

estrutura que o Sistema Indústria oferece como apoio ao

desenvolvimento de projetos e produtos.

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

angelo ponteS/coperphoto/SiStema FieB

Embaixadora Patricia Cárdenas foi recebida pelo presidente da FIEB

Consultora do SENAI apresentou o material

Empresários baianos participam do ENAI Delegação da FIEB, composta por

presidentes de sindicatos,

empresários, gestores e

executivos, participou do

Encontro Nacional da Indústria,

dias 11 e 12.11, em Brasília. Com o

tema Brasil: Ajustes e Correções

de Rota, o evento promovido pela

CNI focou a crise econômica e os

entraves à competitividade. “O

ENAI é um momento para avaliar

os desafios impostos à

competitividade, especialmente

os elementos que compõem o

Custo Brasil. Precisamos

construir um ambiente favorável

aos negócios para que o

empresário se sinta estimulado e

seguro para investir”, disse o

presidente da FIEB, Ricardo

Alban, durante o evento.

SESI e Sinduscon discutem SSTO Sinduscon-BA realizou a

3ª edição do evento

Discutindo Segurança e

Saúde no Trabalho na

Construção. Na ocasião, o

presidente Carlos Henrique

Passos sugeriu à

Superintendência Regional

do Trabalho e Emprego, a

realização de uma ação

conjunta do Ministério do

Trabalho, CREA e sindicatos,

de combate à construção

informal. Passos destacou

que o sindicato conta agora,

graças a um convênio com o

SESI-BA, com os serviços de

um engenheiro de

segurança no trabalho nas

instalações da entidade.

IEL firma parceria com Fundação Dom Cabral O IEL/BA, em parceria com a Fundação Dom Cabral,

vai oferecer curso de Gestão de Negócios para jovens

executivos. As aulas estão previstas para iniciar em

março. Proposta pelo Conselho de Jovens Lideranças

da FIEB, a capacitação tem como objetivo o

desenvolvimento das empresas por meio da

qualificação de executivos. As empresas associadas

contam com condição especial para participar do

curso. Informações: (71) 3343-1495 e (71) 3343-1226 ou

pelo e-mail [email protected].

quinto ciclo do Inova Moda é apresentado na BahiaCom o objetivo de trazer informação de futuro para o

empresário de confecção do estado, fator

determinante para a elevação da competitividade da

indústria, foi apresentado, dia 3.11, no SENAI

Cimatec, o Caderno Inova Moda Ciclo 5 - Verão

2016|17. A publicação é fruto de pesquisa

colaborativa e multidisciplinar, realizada por

colaboradores da REDE SENAI Têxtil e Confecção,

em convênio com o Sebrae.

Programa de encadeamento produtivo é lançado em Feira de Santana Cerca de 50 empresas fornecedoras de serviços

industriais serão beneficiadas com o Programa

Encadeamento Produtivo Multiâncoras de Feira de

Santana, lançado dia 13.11, no auditório do SENAI. O

programa é resultado da parceria entre o Centro das

Indústrias de Feira de Santana, o IEL e o Sebrae. IEL

e Sebrae vão coordenar ações com o objetivo de

desenvolver empresas fornecedoras de micro e

pequeno portes, de dez áreas de atuação da região.

Page 31: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 31

Valter ponteS/coperphoto/SiStema FieB

MAnhã dA InovAção • O Serviço Social da Indústria (SESI), em

parceria com o Projeto GAIA (Grupo de Apoio à Inovação e

Aprendizagem em Sistemas Organizacionais) realizaram a palestra

Inovação, Produtividade e Qualidade de Vida: Métodos de Baixo

Custo para Superação dos Desafios Atuais. O evento aconteceu no

SESI Rio Vermelho, no dia 11 de novembro.

SENAI e Fiocruz assinam acordo de cooperação técnica Com o objetivo de formalizar a cooperação técnico-

científica visando o desenvolvimento de programas,

projetos e atividades, o SENAI Bahia e a Fiocruz, por

meio do Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz,

assinaram acordo dia 17.11. As instituições, que já

desenvolvem projetos em parceria, principalmente

dentro do SENAI Cimatec, poderão expandir a

parceria no campo da pesquisa, ensino,

desenvolvimento tecnológico, produção, informação

técnico-científica, assistência à saúde, qualidade e

meio-ambiente. Um deles está no campo de Big Data

aplicada à saúde, o qual tem como principal

ferramenta o supercomputador Yemoja.

Ação do SESI e Rede globo atendeu mais de 7 mil pessoas em SalvadorSalvador recebeu no dia 4.12, a última edição do

Bem Estar Global 2015, iniciativa idealizada pela

Rede Globo, com parceria do SESI e apoio da TV

Bahia. Realizado na Praça Osório Villas Boas,

antiga sede do Bahia, na Boca do Rio, o projeto,

que reuniu 11.500 pessoas e realizou 7 mil

atendimentos, misturou diversão e informação

com a presença de artistas. O SESI reuniu para

essa ação 20 parceiros, que disponibilizaram

serviços gratuitos de saúde para a comunidade.

diVUlgação SUzano

Ato reuniu autoridades e marcou o lançamento da nova unidade

Teixeira de Freitas ganhará unidade do SESI/SENAI Foi lançada, no dia 4 de novembro, a pedra fundamental do Centro de

Educação Formal do SESI/SENAI em Teixeira de Freitas, um moderno

centro de educação formal e profissional no extremo sul da Bahia. O

ato reuniu representantes da Suzano Papel e Celulose, da Federação

das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e do Ministério Público do

Trabalho (MPT). Com previsão de conclusão em 2017, a expectativa é

que 1.100 jovens sejam atendidos na unidade durante os dois primeiros

anos de funcionamento. O centro de formação beneficiará moradores

de nove municípios do extremo sul da Bahia com cursos de educação

formal e profissionalizantes. A obra é fruto do acordo judicial firmado

entre a Suzano e MPT, que permitiu a destinação do terreno e dos

recursos para a realização da obra. Caberá ao SESI e ao SENAI equipar

e manter o centro de formação.

Agenda Salvador discutiu sustentabilidade A sustentabilidade foi o tema principal do Fórum

Agenda Salvador, realizado na FIEB dia 12.11, pelo

jornal Correio com apoio da Prefeitura de Salvador e

da Câmara Municipal. A iniciativa foi elogiada pelo

1° vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois, que

destacou a importância de se discutir boas ideias

para superar problemas, especialmente neste

momento de crise. “É preciso investir no binômio

inovação/empreendedorismo para que a terceira

capital do país encontre caminhos para o

desenvolvimento”, afirmou. O prefeito de Salvador

ACM Neto lembrou que a capital passou muitos anos

sem planejamento, com crescimento desordenado e

muitos de seus problemas são decorrentes do baixo

desenvolvimento.

Page 32: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

32 Bahia Indústria

A desconsideração da personalidade jurídica

jurídico

Um dos aspectos mais relevan-

tes das alterações no Código de

Processo Civil diz respeito à des-

consideração da personalidade

jurídica. O instituto já era previs-

to no nosso ordenamento civil,

entretanto, a partir da vigência

do novo CPC será estabelecido o

procedimento específico para sua

configuração.

A personalidade jurídica é a

aptidão genérica para contrair

obrigações e titularizar direitos,

possibilitando à empresa, após o

registro do ato constitutivo, a sua

inserção no mundo jurídico. Con-

figura-se como um instrumento

essencial ao desenvolvimento da

atividade econômica, para o exer-

cício do direito de propriedade e

da sua função social.

A desconsideração da perso-

nalidade jurídica consiste numa

medida que autoriza a responsa-

bilização direta dos sócios por dí-

vidas contraídas pela sociedade,

quando há indícios de abusos ou

desrespeito à legislação.

O instituto visa a coibir fraudes

no exercício da atividade econô-

mica, para evitar que através da

personalidade jurídica se prati-

quem atos aparentemente lícitos,

que ocultam ato ilegal de sócio em

nome da sociedade, visando, em

geral, ao locupletamento pessoal

do mesmo.

Assim, poderá ser determinada

a desconsideração da personali-

dade jurídica pelo juízo, quando

verificada a utilização abusiva da

personalidade jurídica, em fla-

grante violação à ordem econô-

Lei institui Programa de Proteção ao EmpregoA Lei Federal nº 13.189/15,

instituiu o Programa de

Proteção ao Emprego, que

tem, dentre outros objetivos,

a preservação dos empregos

em momentos de retração e a

recuperação econômico-

financeira das empresas. De

acordo com a norma, podem

aderir ao Programa empresas

que celebrarem acordo

coletivo de trabalho

específico de redução

temporária de jornada de até

30% e de salário, não

podendo ser inferior ao valor

do salário mínimo, com

prioridade para as que

demonstrarem o

cumprimento da cota de

pessoas com deficiência.

Alterada norma sobre escrituração contábil digital A Instrução Normativa RFB nº

1.594/15 alterou a IN RFB nº

1.420/13. Dentre as principais

alterações, destacam-se a

determinação de que não

estão obrigados a adotar a

ECD optantes do Simples

Nacional, órgãos públicos,

autarquias e fundações

públicas e pessoas jurídicas

que permaneceram inativas

no ano-calendário de 2014;

bem como a obrigatoriedade

da ECD ser transmitida

anualmente ao SPED até o

último dia útil do mês de maio

do ano seguinte ao ano-

calendário a que se refira à

escrituração.

VANEIDE SOUzA integra a equipe da gerência jurídica da FieB

mica e ao direito de propriedade.

A medida somente deve incidir

quanto ao patrimônio do sócio que

tenha praticado o ilícito.

O Novo CPC inovou ao garantir

o direito ao contraditório e ao en-

quadrar o instituto como sanção,

obrigando à observância do devi-

do processo legal para sua aplica-

ção (art. 134,§4º). Sendo regra pro-

cessual, aplicar-se-á aos proces-

sos em curso no Poder Judiciário,

a partir de sua vigência.

O incidente da desconsidera-

ção será admissível em qualquer

fase do processo, podendo ser

instaurado a pedido da parte ou

do Ministério Público. O sócio será

citado para manifestar-se quanto

ao pleito, requerendo as provas

que julgar necessárias. Após a

instrução do processo, deverá ser

proferida a decisão interlocutória,

de deferimento ou não da medida,

passível de recurso quando profe-

rida pelo relator.

A nova redação do CPC apesar

de estabelecer o procedimento

legal para a desconsideração da

personalidade jurídica, apresenta

conceitos jurídicos indetermina-

dos, não especificando de forma

objetiva as hipóteses para sua

aplicação.

Todavia, a regulamentação do

instituto é um avanço no ordena-

mento pátrio, notadamente, quan-

to à previsão do direito ao contra-

ditório, pois a invasão patrimonial

sem a defesa do titular dos bens

que se almeja atingir, configura-se

como mitigação à própria ordem

jurídica.

por vaNEidE soUZa

Page 33: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 33

ideias

por lEila vilas boas

O momento de crise, com inflação,

dólar e inadimplência em alta,

soma-se a uma tendência brasilei-

ra: o aumento da tributação. Para

não fugir à regra, temos a nova

Lei 13.461/2015, publicada no dia

11/12/2015, que traz o novo aumen-

to da alíquota interna do ICMS de

17% para 18%. Como se não bas-

tasse o aumento da alíquota, a lei

prevê, também, cobrança de mul-

ta pela Secretaria da Fazenda do

Estado da Bahia (Sefaz) nos casos

de existência de divergências na

Escrituração Fiscal Digital (EFD)

do contribuinte.

A Escrituração Fiscal Digital é

um projeto do Sistema Público de

Escrituração Digital (Sped) e cons-

titui-se em um arquivo digital com

um conjunto de informações refe-

rentes às operações, prestações de

serviços e apuração de impostos

do contribuinte. Referida declara-

ção substitui os Livros Fiscais de

Entradas, Saídas, Registro de In-

ventário, Apuração do ICMS/IPI e

CIAP.

Ocorre que, considerando que

o número de informações ali dis-

posto é enorme, é óbvia a possibi-

lidade do envio da declaração com

erros. É nesta falha que o Estado

resolve atacar. A mesma Lei que

altera alíquotas, aumentando a

carga tributária, também insere

a possibilidade de cobrança de

multas por divergências no arqui-

vo EFD. A penalidade na forma

ali prevista, disposta no artigo

2º, será aplicada por período de

apuração mensal. Ora, os erros/

divergências de um período de apuração poderão,

em muitos casos, refletir nos meses subsequentes,

gerando divergências no período de apuração poste-

rior, ocasionando multas em cascata por todo o exer-

cício social.

Um erro ou divergência ocorrido no mês de janei-

ro, por exemplo, acometerá ao contribuinte 12 mul-

tas sucessivas, por um único engano cometido. Por

exemplo, em valores, caso o contribuinte tenha uma

única divergência, poderá pagar no ano R$ 5.520,

conforme previsto no projeto. Vale o alerta de que a

referida multa pode alcançar, inclusive, R$ 22.080 ao

ano, a depender do número de divergências apresen-

tadas.

Importa ressaltar que, na maioria das vezes, o

próprio sistema validador de transmissão do arquivo

digital (PVA) não consegue identificar as inconsis-

tências do documento digital. Ou seja, o pequeno e

médio contribuinte, que não dispõe de sistemas in-

formatizados para identificar e validar os arquivos,

serão taxados por falhas que sequer interferem no

cálculo do valor devido do ICMS mensal.

A Sefaz estadual também está autorizada a co-

brar taxa de R$ 10 do contribuinte pela emissão

do Danfe-Contingência, por documento emitido. O

Danfe em contingência foi a opção dada pela Sefaz

para suprir falhas de conexão e oferecer ao contri-

buinte a possibilidade de emitir a Nota Fiscal Eletrô-

nica, mesmo quando o software emissor não conse-

guir efetuar conexão com os webservices do estado

do contribuinte.

Agora veja que não há qualquer custo para a Se-

faz com a referida emissão, visto que o documento é

impresso pelo próprio contribuinte, em ambiente off-

-line. Ou seja, com custo ou sem custo, o contribuinte

será taxado, caso tenha a necessidade de utilizar o

documento.

É unânime a opinião de que a carga tributária bra-

sileira é alta, das maiores do mundo, e que o retorno

é imensamente baixo, muito aquém do que pagamos.

Por este motivo, não podemos deixar que os desvios

gigantescos de recursos públicos, os quais são do co-

nhecimento de todos, tornem-se agora motivos para

que a carga tributária aumente ainda mais. [bi]

a mesma Lei que altera alíquotas, aumentando a carga tributária, também insere a possibilidade de cobrança de multas por divergências no arquivo EFd. a penalidade na forma ali prevista, disposta no artigo 2º, será aplicada por período de apuração mensal

Leila Barreto N. Vilas Boas é sócia da Contasso serviços e membro do CAFt

Alterações na lei do IcMs impõem novas penalidades aos empresários

Page 34: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

livros

leitura&entretenimento

Capitalismo revisitadoResultado de 15 anos de estudo, O capital

no século XXI é apontada como a obra que

renovou a visão sobre a dinâmica do

capitalismo ao destacar a contradição

fundamental da relação entre o

crescimento econômico e o rendimento

do capital. Para o economista, o

capitalismo sem regulamentação não

soluciona a desigualdade ampla entre

ricos e miseráveis. Ao contrário,

concentra a riqueza nas mãos dos

menores grupos.

Sociedade igualitáriaOs pesquisadores Richard Wilkinson e Kate

Pickett evidenciaram em um estudo de 30

anos que quase tudo – da expectativa de

vida às doenças mentais, da violência ao

analfabetismo – é determinado por quão

igualitária é uma sociedade, e não pela sua

riqueza. O desfecho dessa pesquisa foi um

livro que expõe contradições entre o

sucesso material e o fracasso social no

mundo desenvolvido, mostrando também

como encontrar soluções positivas e um

futuro promissor.

O capital no século xxIthomas PikettyIntrínseca672 p.R$ 39,10

O nível: Por que uma sociedade mais igualitária é melhor para todosrichard Wilkinson e Kate PickettCivilização Brasileira, 378p.R$ 45

34 Bahia Indústria

Experimentos de PortinariUm artista em pleno processo criativo, em fase de

experimento de seus traços repletos de força e vida. Esse é o

pintor Candido Portinari (1903 - 1962) que o público poderá

conferir na inédita mostra “Portinari – A Construção de Uma

Obra”. Com a curadoria Luiz Fernando Dannemann, a

exposição traz à capital mais de 50 estudos do pintor, além de

telas a óleo, esboços e desenhos que revelam a alma e a

construção da obra do artista plástico paulista. As obras de

Portinari serão exibidas em um espaço cenográfico que terá 11

esculturas produzidas pelo artista plástico Sergio Campos,

inspiradas em personagens portinarianos.

FotoS diVUlgação

Comédia no SESI No mês de janeiro, o Teatro e Varanda do SESI oferecem uma

programação especial. O projeto Verão de Comédias traz

espetáculos de comédia de diferentes estilos. Na Varanda, o

Baile na Varanda traz um aquecimento para a folia

carnavalesca. Entre os espetáculos do teatro destaca-se a

comédia afro-baiana Feministas de Muzenza, um dos

raríssimos espetáculos montados em Salvador com

inteligência, humor e crítica mordaz ao sistema de exclusão

social. A companhia, formada por atores negros, encena texto

de Haidil Linhares e Cleise Mendes, com personagens

legítimos depositários de uma cultura repleta de enigmas.

não perca Teatro SESI, sáb, 20h. Até 31.1. Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia) R. Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho, (71) 3616-7064. Classificação 16 anos

não perca Caixa Cultural Salvador, ter a dom, das 9h às 18h. Até 31.1.2016. Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador. Grátis

teatro

exposição

Page 35: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

Bahia Indústria 35

Curso de

GESTÃO DEnegóciosAmplie o seu conhecimento e fique sempre à frente.

Uma oportunidade para você aprimorar suas competências em gestão e liderança.

Módulos PresenciaisTurma com, no máximo, 25 participantes.

1

2

3

4

5

6

7

MÓDULO 2Auto Liderança

(08 horas)

MÓDULO 1Cenários

Econômicos(08 horas)

MÓDULO 4Gestão de Processos(16 horas)

MÓDULO 3Gestão

Estratégica(16 horas)

MÓDULO 6Gestão Econômico

Financeira(16 horas)

MÓDULO 5Liderança e Gestão

de Pessoas(16 horas)

MÓDULO 7

Mercado(16 horas)

Previsão de início:Março de 2016

Pré-inscrição e informações:

REALIZAÇÃOAPOIO

Investimento

R$ 17.000,00Ou entrada de R$3.000,00+ 7 parcelas R$ 2.000,00

*10% de desconto para associados FIEB e CIEB.**5% de desconto para pagamento à vista

- Curso com formato dinâmico, vivencial e participativo;- Ambiente propício para networking;

- Ferramentas e técnicas estratégicas que proporcionam a melhoria da performance pro�ssional e gestão empresarial.

Page 36: Revista  Bahia Indústria - Edição 240 - Novembro/Dezembro 2015

UMA INDÚSTRIA FORTE FAZA BAHIAMAIS FORTE.

Por trás do Sistema FIEB, tem a força que move a economia da Bahia. Tem inovação e tecnologia. Tem educação básica e continuada , formação profissional e ensino superior de excelência. Tem qualidade de vida, segurança e saúde no trabalho. Tem desenvolvimento empresarial e de carreiras. Tem um conjunto de ações e m d e f e s a d a i n d ú s t r i a , q u e promovem seu desenvolvimento e sua competitividade. Por trás do Sistema FIEB, tem tudo que a indústria precisa para abrir portas, ultrapassar barreiras e chegar sempre na frente.