Revista EBD 2012 Parte 6: Reforma Protestante
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1
6 Reforma
Protestante
Autor: Washington
1517 – 2012
455 anos
2
Reforma Protestante - Lição 1: A reforma continua
praticá-los.
O dia da Reforma nos chama a Fidelida-
de, não as tradições humanas, mas à fide-
lidade e fé naquEle que é a Verdade e
quer que sejamos seus discípulos e teste-
munhas.
Neste dia, como cristão evangélicos,
temos a oportunidade de considerar o
fato de que muitos; não foram poucos;
deram suas vidas para que hoje, tivésse-
mos o privilégio de ao ler as Sagradas
Escrituras, lê-la em nosso próprio idio-
ma, de poder através do Sacerdócio uni-
versal de todos os crentes, termos acesso
direto, sem mediados, ao trono da graça
de Deus.
Diante disso e muito mais temos muito o
que comemorar.
O dia 31 de outubro é o dia em que cele-
bramos o dia da Reforma Protestante.
É o dia em que os cristãos evangélicos
celebram o momento histórico que mu-
dou por completo o rumo da história da
Igreja e do mundo.
O acontecimento foi tão importante e
relevante historicamente que os livros da
história têm que obrigatoriamente dedi-
car grande número de páginas a este a-
contecimento - a Reforma Protestante.
A Reforma era algo já em ebulição desde
o século XIV, mas seu grande marco foi
em 31 de outubro de 1517 quando Marti-
nho Lutero afixou suas 95 Teses na porta
do Castelo em Wittenberg – Alemanha,
condenando a venda de indulgências
(perdão das penas relativas aos pecados).
Martinho Lutero argumentou contra esta
prática dizendo que a salvação era alcan-
çada pela Graça, pela Fé, através das
Escrituras Sagradas.
A partir, a Reforma Protestante tornou-se
um fato mundial verificado através dos
eventos históricos que se sucederam e do
crescente numero de protestante no mun-
do.
O dia 31 de outubro é o dia de recordar,
estudar, refletir, dar valor às memórias,
mas principalmente meditar sobre os
valores e princípios que nos norteiam e
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Reforma Protestante - Lição 2: O protesto e o seu legado
Anotações
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Nós somos o legado da Reforma. Todas
as denominações Evangélicas, sejam
Históricas, carismáticas ou neopentecos-
tais são frutos do protesto feito por Mar-
tinho Lutero no dia 31 de outubro de
1517.
E, todas as pandemias eclesiásticas que
temos visto em alguns lugares com nome
de Igreja também são legados da Refor-
ma. Deixa-me tentar te explicar: antes do
protesto de Lutero, a Bíblia só podia ser
lida no Latim (língua litúrgica), usada
pelos católicos. Depois do advento da
Reforma, Lutero rompeu com isso. Ele
deu a Bíblia na Língua do povo (língua
vernacular).
Outra coisa, só o magistrado da Igreja é
quem tinha a prerrogativa de ensinar a
Bíblia (até hoje é assim). Lutero rompeu
com isso ao defender o sacerdócio uni-
versal do crente – um dos princípios fun-
damentais defendido pelos reformadores
do século XVI.
Com isso, qualquer crente, em Jesus
Cristo, pode desenvolver seus estudos
com a Bíblia. Foi um ganho notável, to-
davia preocupante.
Tanto que as denominações históricas
conseguiram perceber este perigo e insti-
tuíram para seus aspirantes a necessidade
de passar por uma escola de Teologia
(Seminário) para diminuir a possibilidade
de se praticar tais erros teológicos.
Outro ganho do protesto de Lutero são os
trabalhos (diversos) que as Sociedades
Bíblicas desenvolvem através dos sécu-
los com o texto sagrado. Para se ter uma
ideia, um trabalhador para comprar uma
Bíblia, na Idade Média, tinha que traba-
lhar muito, alguns estimam que seria 1
ano.
Era impossível para um camponês. Hoje
temos várias e de todos os tipos, graças
ao trabalho das Sociedades bíblicas.
O Coral foi outro ganho da Reforma. A
importância da música no culto divino e
a necessidade da participação dos fieis
nos cânticos de louvor a Deus. Ao em-
preender a Reforma, estabeleceu o uso
do canto congregacional, abandonado
por volta do século VI-VII.
São inúmeros o legado do protesto de
Martinho Lutero.
Diante disto e muito mais, temos muito
que comemorar.
4
Jesus não foi contra a cobrança legal do
Dízimo, nem a favor, mas sim indiferen-
te. Ele advertiu aos Judeus a continuar
dizimando. Porém não mais como o pre-
ceito mais importante a ser seguido. Em
Mateus 23.23 Jesus falou aos fariseus:
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócri-
tas, porque dais o dizimo da hortelã, do
endro e do cominho e tendes negligenci-
ados os preceitos, mais importantes da
lei: a justiça, a misericórdia e a fé; de-
veis, porém, fazer estas cousas, sem omi-
tir aquelas". Mt. 23:23.
Jesus deixou claro que Ele vaio para
cumprir a Lei, e libertar seu povo de todo
o cerimonial exigido pela Lei. "Não pen-
seis que vim revogar a lei ou os profetas;
não vim revogar, vim para cumprir" Mt.
5:17. "Porque em verdade vos digo: até
que o céu e a terra passem, nem um i ou
um til jamais passará da Lei, até que tudo
se cumpra" Mt. 5:18. Jesus cumpriu toda
a lei. "Porque o fim da Lei é Cristo, para
justiça de todo aquele que crê". Rm.
10:4.
A Lei do dízimo conforme exigida na
Lei acabou, mas a igreja agora segue o
exemplo de dizimar conforme fez Abra-
ão a Melquisedeque. Não como o man-
damento mais importante a ser seguido e
quanto à obrigatoriedade, o princípio
supera a regra. Paulo diz aos Romanos
que "a força do pecado está na lei", ou
seja, posso dizimar por obrigatoriedade,
mas com o coração distante ou com ou-
Dízimos e Ofertas - Lição 2: Jesus nos mandou entregar os dízimos?
tras motivações. O princípio, neste caso,
não é cumprido, pois as intenções do
coração se divergem do ato externo. E a
incompatibilidade entre o interno e o
externo foi a principal crítica de Jesus
aos hipócritas e fariseus de seu tempo.
Como disse Jesus: "Os preceitos, mais
importantes da lei: a justiça, a misericór-
dia e a fé".
Em Atos também podemos ver e-
xemplos de como os primeiros cristãos
ofertavam.
"Todos os que creram estavam juntos e
tinha tudo em comum. Vendiam as suas
propriedades e bens, distribuindo o pro-
duto entre todos, à medida que alguém
tinha necessidade". At. 2:44-45. Até Bar-
nabé que era levita e que segundo a Lei
tinha direito de receber os dízimos não
os recebia, pelo contrário, ofertava aos
apóstolos, provando assim mais uma vez
que essa Lei chegara ao fim. "José, a
quem os apóstolos deram o sobrenome
de Barnabé, que quer dizer filho de exor-
tação, levita, natural de Chipre, como
tinha um campo, vendendo-o, trouxe o
valor e o depositou aos pés dos apósto-
los". At. 4:36-37.
"Cada um contribua segundo tiver
proposto no coração, não com tristeza ou
por necessidade; porque Deus ama a
quem dá com alegria". II Co. 9:7 .
A contribuição deve ser feita de forma
voluntária, com alegria e devoção a
5
Reforma Protestante - Lição 3: Martinho Lutero
Elas não ficaram entre os letrados. Foram
traduzidas para o alemão, e em poucas
semanas espalharam-se por quase toda
Europa. Em 1518, Roma tratou de liqui-
dar o caso do Monge insolente. Chama
Lutero para responder processo. O Prín-
cipe Frederico, o sábio, intervém no ca-
so. O papa decide que o caso seja decidi-
do em Augsburgo – Alemanha, pelo car-
deal Cajetano. Quiseram que ele se retra-
ta-se. Não fez. Em julho de 1519 partici-
pa de um debate com John Eck. Deste
debate consegue associar suas idéias com
a de John Huss, queimado vivo acusado
de heresia. Em 3 de janeiro de 1521 é
excomungado pelo Papa. No mesmo ano,
diante do imperador também não se re-
trata. Perde assim os direitos religiosos e
civis. Passando a viver escondido.
Em 1529, na Dieta de Espira, o Impera-
dor exigiu aos príncipes luteranos que
não mais expandissem os princípios re-
formados. Não aceitam e são chamados,
pela primeira vez, de PROTESTANTES.
Lutero se casa com Catharina Von Borá,
tem 6 filhos. Em 1546, com 62 anos
Martinho Lutero falece.
Nasceu em 10 de novembro de 1483, no
centro da Alemanha, em Eisleben, Turín-
gia. Com 14 anos deixou a família e foi
estudar na escola superior de Magdebur-
go. Depois passou pelo colégio de Eise-
nach. Concluindo o curso, obteve a gra-
duação de Bacharel, em 1502 e Mestre
em arte, em 1505. No mesmo ano iniciou
seus estudos de direito, todavia teve que
interromper, em 02 de julho de 1505,
pois ao regressar a casa, teve sua vida
ameaçada por uma tempestade, que por
pouco não lhe tirara a vida. Fez, nessa
ocasião, um voto a Santa Ana. Se sobre-
vivesse tornar-se-ia Monge.
Assim, no dia 17 de julho de 1505, Mar-
tinho Lutero entrou para o Convento da
Ordem dos Agostinianos. Em fevereiro
de 1507, Martinho Lutero foi ordenado
sacerdote. Em 1509 obteve o grau de
bacharel em Teologia, na universidade
de Witemberg. Em 1511, com 28 anos,
foi enviado em uma missão diplomática
a Roma, para solucionar uma divergência
entre sete conventos da Ordem dos A-
gostinianos. Dela voltou quase incrédulo,
ao ver a corrupção, a imoralidade e o
desrespeito do clero e da cúpula da Igre-
ja. Em outubro de 1512 recebeu o grau
de Doutor em Teologia.
Em 1517, querendo provocar um debate
público sobre a venda das indulgências,
pregou um pergaminho na porta da Igreja
do Castelo de Witemberg as suas 95 te-
ses – em Latim. O efeito foi inesperado.
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Alguns fatores tornaram favoráveis a
Reforma. Entre muitos, pode se destacar:
1. O desenvolvimento econômico, po-
lítico e social da Europa. Este desenvol-
vimento foi possível através das rotas
comerciais.
2. O surgimento das Nações – Estados,
que se opuseram ao poderio universal do
Papa.
3. A formação da Classe média, que se
revoltou contra a remessa de reservas
enviada para Roma.
4. A relutância da Igreja católica Ro-
mana medieval em aceitar as mudanças
sugeridas por reformadores sinceros co-
mo John Wycliffe e John Huss.
O renascimento, como a virada teocêntri-
ca para antropocêntrica, em que o ho-
mem de tornava a medida de todas as
coisas. Um total rompimento com a cul-
tura medieval.
John Wycliffe – (1320 – 1384). Foi pro-
fessor da Universidade de Oxford. Nega-
va a transubstanciação e opunha-se ao
acumulo de riqueza da Igreja e a venda
de indulgencias. Em seus escritos critica-
va o papado e a hierarquia da Igreja. Em
1383 terminava a tradução da Bíblia
(vulgata Latina) para o inglês. Morreu
aos 60 anos de embolia. Em 1428 seu
corpo foi queimado e seus restos mortais
jogado no rio Swift. Seus seguidores
foram chamados pejorativamente de lo-
lardos, isto é, resmungões. Eles foram
perseguidos, queimados e guilhotinados
covardemente.
Reforma Protestante - Lição 4: Por que aconteceu a reforma
John Huss – (1373 – 1415). Foi sacer-
dote da Boêmia (Tchecolováquia). Tor-
nou-se professor da universidade de Pra-
ga. Opunha-se a venda de indulgências e
a veneração de imagens. Defendia a lei-
tura das escrituras na língua do povo.
Reforçava a autoridade das Escrituras.
Foi queimado em praça pública por or-
dem do Concílio de Constança. Seus
seguidores foram chamados de Hussitas.
Por ser uma pessoa muito querida, sua
morte causou uma verdadeira indignação
do povo contra a Igreja. Em síntese, sua
doutrina era: Definir a Igreja por uma
vida semelhante a Cristo e não pelos
sacramentos.
Os Congregacionais Os Congregacionais foram herdeiros de
um movimento iniciado no século XVI.
Na Inglaterra, no século XVI surge o
congregacionalismo. Este tipo de gover-
no eclesiástico surge de entre os Purita-
nos (grupo de protestantes radicais que
se desenvolveu na Inglaterra após a Re-
forma Protestante).
É difícil precisar em que ano foi organi-
zada a primeira Igreja de Governo Con-
gregacional, todavia, gostaria de citar o
que consta no Livro: Os Puritanos: suas
origens e seus sucessores, de D.M. Lioyd
-Jones, que situa como sendo a primeira
Igreja Congregacional – a primeira per-
manente, a que foi organizada por Henry
Jacob, em Southwark – Londres, no ano
de 1616.
A exemplo dos lolardos, hussitas e lute-
ranos, os congregacionais, por serem em
sua maioria separatistas, sofreram muitas
perseguições na Inglaterra.
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Reforma Protestante - Lição 4: Por que aconteceu a reforma
Então, a bordo do famoso Myflouer,
seguiram para o Novo Mundo (EUA).
Mayfloer (em português: Flor de maio) é
o nome do navio que transportou os cha-
mados Pais Peregrinos da Inglaterra até a
Anotações
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