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Com contornos cada vez mais estratégicos, incluindo a gestão da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente, evento mira objetivos fundamentais, como zerar o número de acidentes com afastamento. APLICAÇÃO PÓS-EMERGÊNCIA VIAGEM AO CHACO PARAGUAIO REFERÊNCIA NO AGRONEGÓCIO 1º CONCURSO FOTO COOPERATIVA As orientações da FAPA para controlar pragas e daninhas nos primeiros estágios do milho Agrária visita região semiárida, modelo em agro- pecuária e cooperativismo no país vizinho Modelo de gestão da Agrária chama atenção de cooperativas e evento australiano Fotos enviadas à Revista Agrária ou que retratem o WinterShow concorrem a prêmios revista EDIÇÃO 3 09.2015

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Com contornos cada vez mais estratégicos, incluindo a gestão da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente, evento mira objetivos fundamentais, como zerar o número de acidentes com afastamento.

APLICAÇÃOPÓS-EMERGÊNCIA

VIAGEM AO CHACOPARAGUAIO

REFERÊNCIA NO AGRONEGÓCIO

1º CONCURSOFOTO COOPERATIVA

As orientações da FAPA para controlar pragas e daninhas nos primeiros estágios do milho

Agrária visita regiãosemiárida, modelo em agro-pecuária e cooperativismo no país vizinho

Modelo de gestão da Agrária chama atenção de cooperativas e evento australiano

Fotos enviadas àRevista Agrária ou que retratem o WinterShow concorrem a prêmios

revista EDIÇÃO 309.2015

CAPA – SER AGRÁRIA

ESPECIAL: REFERÊNCIA NO AGRONEGÓCIO

VIAGEM AO CHACO PARAGUAIO

Modelo de gestão da Agrária chama atenção de cooperativasem evento australiano

Agrária visita região semiárida, modelo em agropecuária e cooperativismo no país vizinho

Evento reúne colaboradores e ganha contornos cada vez mais estratégicos, incluindo a gestão da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente

Esporte e Integração: Ireks é campeã da fase municipal dos Jogos Sesi 2015

Aplicação Pós-Emergência do Milho: Recomendações para garantir boa qualidade e produtividade do milho

Saúde Ocupacional: Colaboradores da Agrária relatam como conseguiram largar o vício do cigarro, após duas décadas de dependência

1º Concurso Foto Cooperativa: Saiba como participar do prêmio de fotografia para colaboradores e cooperados

ÍNDICE

Exp

ed

ien

te

REVISTA AGRÁRIA

ANO I | Edição 3 | Setembro de 2015

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA AGRÁRIAA Revista Agrária tem por objetivo divulgar fatos relevantes pertinentes à Cooperativa Agrária Agroindustrial. É produzido e publicado mensalmente pela equipe de jornalistas da assessoria de comunicação e imprensa da Cooperativa.

Jornalista responsável e editor-chefe: Klaus PettingerMatérias e fotos:Harald Essert e Klaus Pettinger

Diagramação e Direção de Arte:Roberto Niczay - Arkétipo Agrocomunicaçãowww.arketipo.com.brImpressão: Gráfica Positiva e EditoraCascavel - PR.Contato Publicitário: Guerreiro Agromarketing: (44) 3026-4457

Tiragem: 2.000 Exemplares.Distribuição gratuita.

Os pontos de vista expressos por pessoas entrevistadas e/ou artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Agrária.

COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL

Fundação: 5 de maio de 1951Endereço: Praça Nova PátriaColônia Vitória | Entre RiosGuarapuava (PR) | CEP 85.139-400 Contato: [email protected] (42) 3625-8008

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revista

Em meio às turbulências da economia, o mercado do agronegócio demanda ações arrojadas e maleáveis – mas sem perder de vista os parâmetros que balizam sua razão de ser. Assim, a Cooperativa Agrária tem se tornado cada vez mais um referen-cial no que diz respeito à gestão cooperativista e produção agroindustrial. Dentro e também fora do Brasil.

Em julho, a Agrária, entre todas as cooperativas agrícolas do país, foi convidada a falar sobre o mercado brasileiro de grãos e oleaginosas na AGIC (Australian Grains Industry Conference), principal evento relativo à indústria de grãos daquela nação. O presidente Jorge Karl representou a Cooperativa, palestrando em dois dias para representantes do mercado agrícola internacional.

No início de setembro, outra mostra de reconhecimento. Duas cooperativas pa-ranaenses – Castrolanda e Integrada – realizaram benchmarking na Agrária, ou seja, aprenderam o seu modelo cooperativista. Isso significa que elas atestam os resultados do modelo de integra-ção entre as ferramentas de qualidade e o planejamento estratégico da Cooperativa.

No território sempre mais dinâmico e incerto do mercado global, o símbolo tradicional do farol como ponto de referência perde a finalidade. Em vez de um modelo rígido e imutável, sem-pre no mesmo lugar, o mundo de hoje requer modelos mais quânticos, que se moldem às ne-cessidades e intempéries do âmbito dos negócios, e que saibam sentir e se adaptar aos diversos contextos em que atuam.

Se a Agrária é hoje um Norte em seu meio, é por ter permanecido aberta à mudança, ao aperfeiçoamento, buscando constantemente os modelos mais bem-sucedidos.

Não à toa, cooperados e colaboradores foram conhecer o modelo produtivo e cooperati-vista dos menonitas de Chaco, no Paraguai – região que, apesar da semiaridez, produz a maior parte do leite produzido no país. O modelo de cooperativismo daquela comunidade também tem peculiaridades que promovem o bem-estar e a boa convivência do grupo. Modelos que servem de inspiração.

Afinal, ser referência na atual conjuntura é ter disposição para se reinventar constantemente.

Assessoria de Comunicação e ImprensaDepartamento de MarketingCooperativa Agrária Agroindustrial

A busca constantepela excelência

EDITORIAL

4 Revista Agrária

C

“SER REFERÊNCIA NACIONAL...”

onsiderado uma das mais sólidas bases de sustenta-ção da economia brasilei-ra, o agronegócio tem in-vestido cada vez mais na gestão profissional. Neste sentido, a Agrária apa-receu novamente, nas últimas semanas, como

referência para cooperativas, empresas e organi-zações de destaque nacional e até internacional.

Em final de julho passado, a Agrária foi a única cooperativa e único representante da América Latina a ser convidado para partici-

KLAUS PETTINGER

Quando a percepção externa sobre a Agrária demonstra o acerto na gestão da própria cooperativa: exemplos apontam que o atingimento da visão está próximo

par da principal conferência relativa à indústria de grãos do calendário australiano e uma das maiores do mundo: a AGIC (Australian Grains Industry Conference).

O desejo dos organizadores, dentre eles a Federação Australiana de Oleaginosas, era apresentar o “case” Agrária ao público presen-te, composto por lideranças industriais, órgãos governamentais, prestadores de serviços e con-sumidores finais de diversos países.

No dia 29 de julho, o diretor presidente, Jorge Karl, apresentou o tema “Cooperativa Agrária – estudo de caso e o papel das coo-perativas no mercado brasileiro de grãos e

Jorge Karl palestra a convite da organização da Conferência Australiana e apresenta “case” Agrária

GESTÃO AGRÁRIA

5Revista Agrária

oleaginosas”, incluindo abordagens sobre a Agrária, o panorama do mercado nacional e externo de grãos, os desafios impostos pela infraestrutura brasileira e comparativos com a realidade australiana.

“Trata-se de um evento de enormes propor-ções e grande importância para todo o mercado, inclusive ao do nosso cooperado”, observou Karl, segundo o qual o fato de a Agrária ter sido es-colhida para representar e falar sobre o panora-ma atual do Brasil, considerado um dos maiores players do agronegócio mundial, é bastante rele-vante. “É a Agrária sendo referência no agrone-gócio e no cooperativismo”.

A conferência foi realizada em Melbourne, entre os dias 27 e 29 de julho. Naquela sema-na, Karl também palestrou para produtores lo-cais acerca da perspectiva atual da agricultura no Brasil. Além disso, ainda no dia 27, a convi-te da Federação Australiana de Oleaginosas, o presidente proferiu duas apresentações sobre a Agrária: primeiramente, durante encontro com aproximadamente 30 membros da própria Fe-deração; logo em seguida, para o conselho da Soy Australia, organização voltada à difusão ao mercado de novas variedades de soja.

“Tivemos a possibilidade de apresentar in-formações importantes aos australianos sobre as cooperativas brasileiras e o próprio Brasil. Da mesma forma que recebemos feedbacks únicos sobre a atual conjuntura daquele e de outros países”, analisou Karl.

BENCHMARKING COOPERATIVO

Se no exterior a Agrária chama a atenção pela sua atenção como “grande cooperativa Brasileira”, conforme citado pelo jornal austra-liano “The Land”, no Brasil o modelo de gestão foi motivo de visitas recentes de duas coopera-tivas paranaenses a Entre Rios: a Integrada e a Castrolanda. Ambas enviaram suas equipes para realizar benchmarking (processo de busca das melhores práticas em determinada empre-sa, que conduzam ao desempenho superior), com a gerência de gente e gestão e o departa-mento de marketing.

“Visitamos a Agrária para realizar networking e conhecer a sua gestão de qualidade, bem como as ferramentas e as metodologias de co-nexão com o Planejamento Estratégico”, expli-cou Ana Almeida, coordenadora socioambiental e colaboradora da divisão regional industrial, área responsável pelos projetos e o Planejamen-to Estratégico da Cooperativa Integrada.

A cooperativa esteve na Agrária no dia 27 de agosto, e contou também com a presen-ça do gerente da Divisão Regional Industrial, Haroldo Polizel. “Poder conhecer a aplicação das ferramentas de qualidade totalmente

Equipe da Castrolanda realizou benchmarking com a gerência de gente e gestão e o departamento de marketing

Haroldo Polizel, da Integrada, destacou a importância de conhecer a aplicação das ferramentas de qualidade integradas com o PE

integradas com o Planejamento Estratégico nos permite uma grande clareza de ideias”, observou o gerente. “Das ferramentas, o 6 Sigma nos chamou muito a atenção pela cla-reza de foco em resultado. Pretendemos nos aprofundar no assunto e realizar as adequa-ções necessárias para aplicação dessas ferra-mentas”, destacou Ana.

A Castrolanda, por sua vez, realizou benchmarking com a gerência de gente e gestão, bem como o departamento de marketing, no último dia 4 de setembro. “O que mais me impressionou foi a estruturação do Planejamento Estratégico e programas vinculados, que auxiliam desde o desdobramento até a operação”, observou Jonathan Roque Mendes de Souza,

coordenador de sistemas de gestão integrada da Castrolanda.

A definição no papel de cada participan-te no processo é um fator cultural positivo da Agrária, observou. “Da mesma forma, apren-demos bastante com o sistema de comunica-ção interna, o endomarketing, que é extrema-mente importante. De nada adianta desenhar uma estratégia com a alta direção se você não consegue comunicar - e, principalmente, dar subsídios para os colaboradores executarem a ação”, analisou o gerente, cuja equipe também visitou as Cooperativas Copacol e Frísia. “As vi-sitas fazem parte de um planejamento interno de benchmarking para conhecer boas práticas, e a estrutura da Agrária nos chamou muito a atenção”, reforçou Jonathan.

GESTÃO AGRÁRIA

6 Revista Agrária

ATINGINDO A VISÃOSegundo sua Visão, a Cooperativa Agrária

tem por norte “ser referência nacional em tecno-logia de produção agroindustrial e gestão coo-perativista”. Para o superintendente da Agrária, Adam Stemmer, todo o sistema de gestão im-plementado nos últimos anos tem despertado a atenção do mercado. “Não só nacionalmente, mas até de outras partes do mundo. Um dos

REPERCUSSÃOA imprensa australiana repercutiu o evento e citou a participação “de palestrantes internacionais”, como o presidente da Agrária, Jorge Karl. No Brasil, a Agrária também foi destaque.

O jornal “The Land” trouxe matéria sobre a AGIC e citou a participação da Agrária: “Uma série de líderes palestrantes internacionais, incluindo Jorge Karl, diretor da Agrária, grande cooperativa agrícola brasileira, falarão no dia dos produtores”.

Veículos como Paraná Cooperativo (Ocepar), Rede Sul de Notícias e Portal da Acig veicularam notícia sobre a participação da Agrária na AGIC

GESTÃO AGRÁRIA

exemplos foi o convite recebido pelo nosso pre-sidente, Jorge Karl, para explanar acerca do mo-delo profissional e cooperativista na Austrália”, analisou.

O gerente de gente e gestão da Agrária, Mauro Vanz, complementa: “O fato de cooperati-vas importantes em seus segmentos de atuação procurarem a Agrária como modelo para a me-lhoria de seus processos de gestão, com certeza demonstra que a Agrária já atingiu a sua visão

no que diz respeito a ser referência nacional em tecnologia de produção agroindustrial e gestão cooperativista”.

A própria troca de informações traz me-lhorias importantes para a Agrária, reforçou Stemmer. “Quando alguém vem nos visitar ou nós vamos a outras cooperativas, sempre se aprende e se utiliza a oportunidade para me-lhorar o próprio sistema. É um aprendizado de duas vias”.

7Revista Agrária

C

“DE OLHO”REDUZ GRAVIDADE E FREQUÊNCIA DE ACIDENTES

onsciência e reflexão a respeito dos próprios riscos ocupacionais. Essa é a estratégia do programa De Olho para melhorar a atitude dos colaboradores em relação às condutas de segurança no trabalho em todos os setores da Agrária. A ideia é que, em vez de advertir e punir, os líderes façam os funcionários pensar sobre os riscos que determinados comporta-mentos – desobedecendo às diretrizes de seguran-ça – podem causar. E segundo gerentes de unida-

des de negócios da cooperativa, esse método tem surtido efeito.O De Olho foi instituído em 2014, pensando na meta de zerar os

acidentes com afastamento até 2018. Tendo em vista que, até a publi-cação desta matéria, a Agrária contabilizava apenas dois afastamentos em 2015 (contra 25 em todo o ano passado), a marca dos zero aciden-tes já se torna um objetivo mais palpável.

“Essa meta é audaciosa, mas perfeitamente possível de alcançar”, disse o gerente da Agrária Malte, Frank Nohel. Em sua opinião, é sensível a mudança na conduta dos colaboradores no dia-a-dia da indústria. “Há uma maior consciência dos nossos funcionários e terceiros no uso dos EPIs [equipamentos de proteção individual] e atitudes e procedimentos seguros no trabalho”.

Essa também é a percepção do gerente da Agrária Farinha e Nutri-ção Animal, Jeferson Caus. Segundo ele, no ano passado houve um aci-dente com afastamento em sua gerência – em 2015, em contraposição, ainda não houve nenhum. “E no ano retrasado [2013] tivemos quatro ou cinco. Então o número só vem caindo. Porém os acidentes sem afas-tamento ainda são numerosos. Eles nos preocupam e, assim como em toda a Agrária, estamos trabalhando para reduzi-los também”.

De acordo com Caus, essa melhoria de postura em relação aos procedimentos de segurança vem mudando o perfil dos acidentes de trabalho. “Diminuiu a gravidade dos acidentes e, consequentemente, o afastamento. Então eles hoje são menos graves e ocorrem com me-nos frequência”.

Frank Nohel reafirmou ainda a necessidade do exemplo para que as boas práticas se propaguem. “Sem a atuação, apoio e bom exemplo das lideranças, os resultados não seriam os que estamos alcançando”, afirmou. “Todos nós da Agrária devemos incorporar às nossas atitudes e ações o senso de segurança, tanto no trabalho, quanto fora dele”.

Frank Nohel: sem apoio e bom exemplo das lideranças, os resultados não seriam os que estamos alcançando

Jeferson Caus: os acidentes sem afastamento ainda preocupam, e estamos trabalhando para reduzi-los também

HARALD ESSERT

8 Revista Agrária

“Certo dia, minha filha viu minha carteira de cigarros e perguntou: ‘O que esse giz de por na boca está fazendo na porta do seu carro, pa-pai?’ Nunca fumei na frente dela e joguei a car-teira no lixo. Então ela disse: ‘muito bem, papai’. Minha filha tinha três anos! Pensei: meus filhos não merecem isso. Esse foi o fator decisivo para eu parar de fumar”.

O relato acima retrata a experiência do co-laborador da gerência operacional da Agrária,

André Regis Adams. O dia 8 de maio de 2014 foi o marco impos-to por ele para abandonar o vício do cigarro, com o qual convivia havia 20 anos. O que parece fá-cil, no entanto, é um tormento para muitos fumantes.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), o tabagismo mata cinco milhões de pessoas por ano, em todo mundo - 200.000 apenas no Brasil. Mesmo assim, cerca de 20% da população mundial, e

15% da brasileira, ainda é fumante. Campanhas de conscientização, como o

Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemora-do no último dia 29 de agosto, trazem informa-ções, muitas vezes assustadoras. Como o dado de que 30 mil crianças brasileiras, entre 5 e 10 anos de idade, fumam habitualmente. Contu-do, a decisão e a motivação para parar têm de partir do fumante.

“Podem vir todos falar que é preciso parar, que faz muito mal à saúde e que estamos pa-

A propósito do Dia Nacional de Combate ao Fumo, colaboradores da Agrária relatam como conseguiram largar o vício, após duas décadas de dependência

OS BENEFÍCIOSDA VIDA SEM

gando para reduzir a qualidade e expectativa de vida. Mas o fumante só decide por abando-nar o cigarro quando acreditar em si mesmo que quer parar, que assumirá o compromisso e que irá conseguir”, observou o coordenador da Unidade Vitória, Egon Luiz Syperreck, que des-cartou o vício em junho de 2014, após 24 anos.

PREPARAÇÃO E CONVENCIMENTO

Portanto, antes de parar, a preparação psi-cológica é fundamental. Além da vontade e da decisão, muitos fumantes se agarram em motivações externas, como a família, o risco de desenvolver uma doença (como o câncer) e a própria debilidade física. Correr atrás de infor-mações alarmante também ajuda para quem precisa de convencimento interno.

Segundo estudos desenvolvidos pela Uni-versidade da Califórnia (EUA), a nicotina pode gerar consequências impactantes na saúde inclusive para futuras gerações. É sabido que mulheres grávidas não devem fumar, contudo, descobriu-se que o cigarro gera alterações fi-siológicas, de modo que até mesmo o filho ou neto de uma mulher fumante corre o risco de desenvolver asma. De acordo com os pesquisa-dores, “a nicotina tem o poder de desligar genes necessários para a formação correta dos pul-mões - e essa mudança é transferida aos des-cendentes do fumante”.

Foi o bem-estar da família, mais do que a respiração pesada e o cansaço constante, que motivou André Regis a parar. “Meu filho era

KLAUS PETTINGER

André Regis: “A vida sem tabaco é bem melhor”

SAÚDE OCUPACIONAL

9Revista Agrária

REFLEXÕES

Erineu: “É preciso compensar a ausência do cigarro com atividades saudáveis, que tragam prazer e benefícios”

ALGUMAS REFLEXÕES PARA DRIBLAR A MENTE E PARAR DE FUMAR:

1 – Sou fumante, mas passo horas no trabalho, em casa ou eventos, sem fumar. Será que realmente não consigo me convencer por mais tempo?

2 – Do que mais sentirei falta quando parar? Do vício, da muleta social (autoafirmação), do status?

3 – O que farei nos intervalos de almoço, à noite ou enquanto bebo uma cerveja? “Dados da OMS” dão conta que os outros 80% da população mundial sobreviveram a esse “tédio”.

4 – De cada 1.000 pessoas, 25 morrem em decorrência de doenças provocadas pelo “fumo passivo”. Você colocaria, voluntariamente, seus filhos, ou demais entes queridos, a qualquer outra situação com 2,5% de risco de morte?

5 – A Revista Agrária respeita o direito legítimo de cada indivíduo cultivar hábitos a seu bel-prazer. Apenas acrescenta que, no espaço de tempo dedicado à leitura desta matéria (cerca de cinco minutos), aproximadamente 50 pessoas morreram vítimas do cigarro, em todo o mundo. Ao menos uma delas, sem nunca ter acendido um cigarro sequer.

Egon investiu o dinheiro do cigarro em uma bicicleta e hoje pratica dois esportes

pequeno, eu chegava em casa e pegava-o no colo. Depois minha esposa dizia que ele esta-va cheirando a cigarro”, observou. “Ele não tem culpa do meu vício. Como explicarei a ele o que é certo e errado, sendo que eu mesmo não faço a coisa certa”, acrescentou o colaborador.

No caso de Egon, fortes dores de cabeça, tosses e a percepção que almejava um futuro mais saudável do que aquele que o esperava foram determinantes para sua decisão. “Via aqueles típicos velhinhos fumando, magrinhos, cor pálida, com aspecto mais velho do que re-almente eram. Pensava: não quero essa vida”.

DRIBLANDO A MENTEApós estar preparado e decidido, é hora

de se preparar para “driblar” as armadilhas da própria mente. Em muitos casos, o vício prega peças, como a autossabotagem. “A jogada da mente é simples. Você para por alguns dias e de repente pensa: bom, vou fumar só um hoje, por-que consigo parar tranquilamente amanhã, até porque já fiquei dois dias sem e foi fácil. Mas não é bem assim”, observou Egon.

Por sinal, os primeiros dias são os mais com-plicados e exigem elevado autocontrole. Lançar mão de tratamentos existentes gratuitamente, incluindo os adesivos de nicotina, têm gerado grande adesão e bons resultados. Mudanças de hábitos, como reduzir o consumo de café e álco-ol podem ser benéficos.

Nesta fase, a habilidade para lidar com os impulsos também é fundamental. “Uma tática que usei foi pensar: já são 8h da noite e não fu-mei até agora, daqui a pouco vou dormir e pas-sará mais um dia. Depois pensava: já estou há 15 dias sem fumar, vou ficar mais hoje. E assim fui driblando a mente”, explicou André Regis.

SAÚDE OCUPACIONAL

RECUPERAR O FÔLEGO

Ocupar o tempo ocioso é fundamental, pois este momento é usado como desculpa. “De repente a gente se pega pensando: o que vou fazer no intervalo do almoço, após a janta e nos finais de semana se não puder ir fumar”. Uma das dicas é iniciar a prática de alguma atividade física, fazer uma leitura, sair com a família para uma caminhada, visitar os fami-liares e amigos, entre outros programas. “É preciso compensar esses momentos de algu-ma forma e transformá-los em uma atividade saudável, que realmente dê prazer e que traga benefício para si e para outros que estão a sua volta”, observou o técnico de enfermagem da área de SSMA (Saúde, Segurança e Meio Am-biente), Erineu Litenski.

Portanto, não há a necessidade de se tor-nar um atleta. Uma simples cami-nhada já auxilia a ocupar a men-te e o corpo, além evitar outra tentação comum: o de se alimen-tar em demasia. Egon resolveu unir o útil ao agradável: calculou quanto gastava em cigarros por mês e destinou este valor para a aquisição de uma bicicleta.

Hoje pedala diariamente e ainda faz natação. “Parei de fu-mar, comecei a fazer exercício e

emagreci 10 quilos”. Os benefícios observados pelo ex-fumante são variados: a ausência do ta-baco melhorou o paladar, a força e resistência física e a disposição para efetuar tarefas profis-sionais e pessoais.

SEM VOLTAApós abandonar o vício, os dois colabora-

dores observam que conseguem enxergar mui-to mais malefícios do cigarro, do que quando eram fumantes. Além disso, a vontade deixa de existir. “Quando fumava, eu sonhava com cigarro. Hoje chego a esquecer que já fumei um dia”, relata Egon.

Os dois garantem que o esforço de alguns meses para libertar o corpo do vício vale muito a pena. “É importante colocar na cabeça que quer parar, porque a vida sem tabaco é bem melhor”, finalizou André Regis.

10 Revista Agrária

EVENTOSER AGRÁRIAEstratégias para atingir metas: semana aborda gestão da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente, em busca de objetivos, como zerar o número de acidentes com afastamento

HKLAUS PETTINGER

ESPECIAL

á diversas formas de se memo-rizar e assimilar informações importantes. Em geral, o ser humano absorve melhor os ensinamentos quando há ilus-trações, como os desenhos em livros infantis, ou metáforas, analogias e exemplos, como

em palestras e best sellers para todas as idades. Ao longo dos quatro dias, entre 25 e 28 de

agosto, o Evento SER Agrária trouxe exatamen-te isso: conteúdo relevante em forma de muitos exemplos para ensinar, reforçar e conscientizar a respeito de metas estratégicas e da Política de Gestão Integrada, que engloba a preocupação da Agrária com o colaborador, o cooperado, a comunidade e o meio ambiente.

“Todos os anos temos inovado, e neste in-corporamos mais alguns itens à nossa semana, relacionados aos programas de qualidade. Isso expõe para todos a nossa Política de Gestão In-tegrada, na qual todos os indicadores e metas es-

O evento abordou diferentes assuntos do propósito estratégico SER (Sustentabilidade, Ebitda e Rentabilidade), com ênfase no objetivo de zerar o número de acidentes com afastamento até 2018, relacionado ao pilar “S”.

Inclusão da gestão da qualidade foi a principal novidade na programação do Evento SER Agrária 2015

tão estritamente relacionados entre si, incluindo qualidade, saúde, segurança e meio ambiente”, descreveu o diretor presidente da Agrária, Jorge Karl, no discurso de encer-ramento.

Com o tema “Juntos fazemos a diferença”, a semana teve grande presença de colabora-dores no Centro Cultural Mathias Leh. A principal novidade deste ano, ci-tada pelo presidente, ficou por conta da incor-poração à programação de assuntos referen-tes à gestão da qualidade. As apresentações de trabalhos de CCQ (Círculos de Controle de Qualidade) e Seis Sigma apontaram melho-rias impactantes no cotidiano da Cooperativa, logo no primeiro dia.

“Foi uma demanda que surgiu neste ano e conseguimos englobá-la. Acredito que foi mui-

to bem aceita e agregou bastante, pois o Cen-tro Cultural esteve lotado desde o primeiro dia. Além disso, houve equipes de CCQ abordando

aspectos sobre segurança do trabalho”, observou Michel Lucas de Lima, cola-borador da área de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, bem como integrante da equipe de organização do evento.

Neste ano, além da diretoria e superintendência da Agrária, sempre presentes, o Evento SER Agrária tam-bém contou com a participação de cooperados membros do Conselho de Administração, que assistiram e tam-

bém integraram as comissões julgadoras dos concursos de teatros e paródias. “É um formato que demonstra o comprometimento da Agrária com os colaboradores, com foco no atingimen-to das metas do SER, especialmente em relação ao zero acidente”, explicou o conselheiro de ad-ministração, Osmar Karly.

A presença de cooperados em programa-

11Revista Agrária

ESPECIAL

ções como o Evento SER Agrária é vista com bons olhos por Karly. “É uma forma de o cooperado ver o que aconte-ce no cotidiano da Agrária. Muitas vezes ele observa algo do administrativo ou do industrial, mas não vê tudo o que acontece por trás dos processos”, observou o conselheiro.

REDUÇÃO DE ACIDENTESAté agosto, a cooperativa alcançou o índice de ape-

nas dois acidentes de trabalho com afastamento – um dos melhores resultados já obtidos. Os diversos esforços realizados neste sentido, como a implementação da fer-ramenta “De Olho” e o conceito de “dono da área”, têm contribuído para que, em três anos, acidentes graves possam deixar de ocorrer na Cooperativa.

“Está muito claro para todos onde queremos chegar até 2018: para a Agrária, o acidente não passa mais a ser tolerado”, ressaltou Jorge Karl. “Assim sendo, conse-guimos algumas evoluções: até agosto, estávamos com apenas dois acidentes com afastamento e temos que continuar assim até dezembro. A meta de acidente zero é realmente possível”, acrescentou.

O presidente também agradeceu a todos os envolvi-dos na realização do evento, o que demonstra, segundo ele, “o quanto os colaboradores estão comprometidos e o quanto o SER Agrária está se enraizando cada vez mais”. Por fim, deixou uma mensagem, diante do cená-rio econômico atual.

“Não podemos ignorar as notícias pessimistas, mas temos que procurar as nossas oportunidades. Dentro do nosso trabalho observamos os pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades. Precisamos olhar as oportu-

Presidente Jorge Karl elogia redução do número de acidentes, porém enfatiza importância do trabalho conjunto de todas as áreas para zerar os índices até 2018

nidades e fazer delas possibilidades de crescimento e geração de resultados. Como o tema diz, ‘Juntos faze-mos a diferença’. Quem faz a diferença são as pessoas que integram o time Agrária, de modo que chegaremos em 2018 alcançando nossas metas”, concluiu.

Realizada ao final do primeiro dia do Evento SER Agrária, a premiação dos Grupos de CCQ contou com a seguinte classificação:

CATEGORIA GRUPO

CATEGORIA PROJETOS

1º Lugar: Grupo “Andorinha” 2º Lugar: Grupo “Nutrição de Ideias”3º Lugar: Grupo “Kaizen”4º Lugar: Grupo “Superação”5º Lugar: Grupo “João de Barro”

1º Lugar: Grupo “Nutrição de Ideias”2º Lugar: Grupo “Trabalhando para Melhorias”3º Lugar: Grupo “Causa & Efeito”

PREMIAÇÃO GRUPOS DE CCQ

1º Lugar:

1º Lugar:

2º Lugar:

2º Lugar:

4º Lugar: 5º Lugar:

3º Lugar:

3º Lugar:

12 Revista Agrária

ESPECIAL

“SEGURANÇA, MAIS DO QUE CUMPRIR UMA FORMALIDADE, É CRIAR UMA CULTURA DE ATITUDES, VALORES E PREVENÇÃO”

LARSGRAEL:

Medalhista olímpico, carreira esportiva mar-cada por dezenas de títulos e uma peça pregada pelo destino, que mudou tudo. A vida do velejador Lars Grael é recheada de altos e baixos, assim como as ondas do mar que ele sempre amou desbravar. Para um Centro Cultural Mathias Leh lotado

por colaboradores, no último dia do Evento SER Agrária, 28, Lars contou sobre suas glórias profissionais e esportivas, e suas lutas pessoais para superar um grave acidente marítimo que redundou na perda da sua perna direita.

O currículo esportivo vencedor do velejador inclui: duas me-dalhas olímpicas da Classe Tornado (bronze em Seul, 1988, e em Atlanta, 1996), título mundial da classe Snipe, 21 vezes campeão nacional e octacampeão sul-americano de vela. Antes da explana-ção para o Evento SER Agrária, pela qual foi aplaudido em pé, o esportista falou a Revista Agrária.

KLAUS PETTINGER

13Revista Agrária

ESPECIAL

Revista Agrária: Qual é o principal pon-to da sua palestra?

Lars Grael: É trazer inspiração e reflexão sobre valores às pessoas, sempre tentando fazer uma analogia entre minha trajetória de vida, como cidadão brasileiro, atleta e homem do mar, com aquilo que queremos passar ao público. Fala-mos de atitudes, dificuldades, planejamentos, metas, resultados, espírito de equipe. O objetivo é trazer essa motivação que o esporte tem em comum com a vida empresarial.

RA: De que forma é possível mobilizar um grande número de pessoas, como é o caso da Agrária, em prol de uma meta comum: o de zerar o número de aciden-tes de trabalho com afastamento?

LG: Para uma cooperativa que tem a tradição, o crescimento tecnológico qualitativo e quan-titativo, como é o caso da Agrária, a agenda da sustentabilidade é fundamental, em rela-ção às questões social, econômica e ambien-tal. Nesses três aspectos, a segurança do tra-balho é fundamental. É todo um trabalho de conscientização. Trata-se muito mais do que apenas cumprir uma formalidade legal, de ter uma semana anual de SIPAT (Semana Inter-na de Prevenção de Acidentes de Trabalho), uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) constituída; é criar uma cultura de atitudes, de valores, de prevenção. Não só de quem está no campo ou na indústria, mas até como se age em casa.

RA: Muitas vezes tomamos consciência do perigo depois que algo nos aconte-ce. Você já deve ter respondido várias vezes sobre seu acidente, mas o que mudou em sua vida depois daquele dia?

LG: Mudou muita coisa. O nosso esporte (vela) tem regras básicas de segurança que eu apren-di desde criança. Foi graças ao uso do meu EPI (Equipamento de Proteção Individual) que saí vivo daquele acidente, causado por terceiros. Mudou muito minha vida em termos de refle-xão, valores, de não identificar a felicidade como uma meta a ser perseguida, mas perceber que a felicidade é um estado de espírito, que pode estar aqui, agora mesmo. E o fato de ter como referência pessoas que passaram por situações semelhantes, foi fundamental.

RA: Quais foram esses casos que trou-xeram inspiração?

LG: Na palestra cito alguns, mas quando estava hospitalizado, na incerteza se sairia vivo daque-le episódio, pessoas que passaram por situações semelhantes vieram ao meu encontro e fizeram a diferença. O próprio médico ortopedista que fez nove das minhas dez cirurgias era um ampu-tado, e quando ele passou a experiência dele, foi impactante para mim. Conheci uma enfer-meira, chamada Cláudia, também amputada, que me encheu de referências positivas. Assim como outros atletas, profissionais que foram voluntariamente ao hospital, cada um trazendo uma ideia, uma imagem, um exemplo, uma vol-ta por cima.

RA: Em relação a valores: hoje em dia tudo é muito efêmero. Qual mensagem pode ser dada aos jovens?

LG: A nossa sociedade hoje é muito carente de valores. Na falta de identificar esses valores re-ferenciais, encontra-se qualquer coisa, porque os meios de comunicação estão disponíveis, para o bem e para o mal. Se hoje o país vive uma crise ética, cívica e moral sem precedentes, é porque a nossa sociedade como um todo se desenvolveu na ausência de certos valores. A inversão de mo-ral no país é clara. Basta ver os bem-sucedidos: que tipo de práticas executaram para chegar ao poder. É nessa fase de busca de valores referen-ciais que o jovem precisa de exemplos. Os suábios que vieram para cá e fundaram a Co-operativa Agrária são um exemplo muito bom. Há um esforço muito grande para preservar essa cultura e passar os valores que nortearam as pessoas em situações de dificuldades, para constituir uma colônia e uma Cooperativa mui-

to bem sucedidas. Valores que se vai encontrar na cultura, nas artes e no esporte. Se temos um objetivo pela frente, que é o de fazer uma Olim-píada, muito mais do que fazer uma festa para gringo vir ao Brasil, ou dotar o Rio de Janeiro com melhoramentos urbanos pagos por todos nós brasileiros, seria ter a certeza que os valores que trazem os atletas e equipes para cá possam ser exercitados e, com isso, impregnar a juven-tude de boas referências.

RA: Tocando no assunto da política es-portiva no Brasil: na verdade, ela pra-ticamente não existe. Como resgatar essa preocupação e transformar a polí-tica esportiva em um gerador de educa-ção e inclusão social?

LG: Temos hoje uma distorção em relação ao papel do Estado quanto à Política Esportiva, porque na nossa Constituição Federal, o único artigo que rege sobre esporte é o Art. 217, e ele diz claramente: é dever do Estado o fomento ao desporto educacional. Esse é o papel do Estado: universalizar o esporte, associá-lo às políticas de educação e, consequentemente, de saúde pre-ventiva e de cultura de paz. Hoje o Estado nada mais é do que um grande organizador de even-tos. Entramos em uma sequência de eventos, que por um lado são bons, mas estamos falando do chantilly e da cereja, mas não estamos fazen-do o bolo para o jovem comer. A gente promove jogos sul-americanos, pan-americanos, mundiais escolares, Copa do Mundo e, muito em breve, Olimpíada e Paraolimpíada. É bom para a ima-gem do país? Talvez. Desde que tivéssemos fei-to o dever fundamental, que é colocar o esporte na escola. E no Brasil as políticas de educação estão dissociadas das políticas esportivas.

RA: Qual é o sentimento de ser um me-dalhista olímpico?

LG: (Com os olhos brilhando) É muito especial! Quando você é um atleta de alto rendimento, ser campeão continental ou mundial é um fei-to. Mas em modalidades de baixa popularida-de, como é o meu caso, há um reconhecimen-to para dentro da modalidade esportiva. Já a Olimpíada, não: são os maiores jogos da huma-nidade e quando se chega a um pódio olímpico, independentemente se a medalha veio da vela, do judô, ginástica, vôlei, você percebe que seu esforço de vida vai impactar milhões de brasi-leiros. Na conquista, você vai compartilhar com todo o povo do seu país a vitória, elevando a autoestima das pessoas. Esse sentimento de que você mexeu com o orgulho nacional, pro-vavelmente é o que há de mais gratificante.

Em palestra, Lars Grael descreve os dois lados da vida: as dificuldades e as glórias.

14 Revista Agrária

ESPECIAL

TEATRO, MÚSICA e DESENHOOs tradicionais concursos retrataram de forma criativa os principais objetivos da Semana de Saúde, Segurança e Meio Ambiente

ASemana de Saúde, Seguran-ça e Meio Ambiente (SSMA) foi introduzida em 2014 e substituiu a SIPAT (Sema-na Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho). Nes-ta última edição, realizada entre 25 e 28 de agosto, os

temas ganharam ainda mais em importância estratégica, mas mantiveram o papel de cons-cientizar e reforçar o comportamento preventivo.

Os concursos de teatro, paródias musicais e cartazes das equipes do PAIS (Programa Agrária de Integração Solidária) integraram o Evento SER Agrária e novamente trouxeram aos cola-boradores informações relevantes. “A forma di-vertida como esses assuntos são transmitidos é fundamental, pois de outra maneira seria mui-to trágico ou muito pesado, sem que fosse tão bem absorvido”, observou o conselheiro admi-nistrativo, Osmar Karly.

Pelo segundo ano, o evento contou com a in-clusão do tema “meio ambiente”, bastante enfa-tizado pelos grupos. “É um processo de evolução, com um envolvimento cada vez maior. Houve ca-sos de cartazes e paródias que conseguiram reunir

os dois assuntos: meio ambiente com saúde e se-gurança”, relatou a analista de gestão ambiental, Nayara Kaminski de Oliveira.

Com as discussões sobre sustentabilidade, que engloba tanto o meio ambiente quanto questões econômicas e sociais, cada vez mais presentes no cotidiano dos brasileiros, a cons-cientização ultrapassa a esfera profissional e atinge o cotidiano pessoal dos colaboradores. “O desafio é tirar do discurso e fazer as pesso-as perceberem que tudo isso tem aplicação em suas vidas. Que não se trata apenas de respei-tar a legislação, mas que o grande benefício é a própria qualidade de vida”, ressaltou.

No Evento SER Agrária 2015, dezenas de colaboradores integraram as equipes de orga-nização, de apoio e das próprias peças, paró-dias e elaboração de cartazes. “Nada acontece se as equipes do PAIS não estiverem envolvi-das, ajudando e com a liberação dos coorde-nadores”, frisou Michel Lucas de Lima, da área de Saúde, Segurança e Meio Ambiente.

Confira ao lado o resultado da união entre empenho, criatividade e conscientização, com os primeiros colocados de cada concurso e a opi-nião de colaboradores diretamente envolvidos:

15Revista Agrária

ESPECIAL

Ao todo, inscreveram-se 37 cartazes, que ilustraram tanto aspectos sobre a saúde e segurança ocupacional quanto sobre o meio ambiente.

O Programa Agrária de Integração Solidária realiza diversas ações e gincanas entre colabo-radores, divididos em quatro grandes equipes. A Campanha do Agasalho, com 3.900 kg arreca-dados, a Campanha de Alimentos, que finaliza neste dia 18, e as doações de sangue, realizadas periodicamente até o final do ano, são alguns exemplos desenvolvidos em 2015.Da mesma forma, os concursos realizados du-rante o Evento SER Agrária contaram pontos para as equipes do PAIS, e tiveram a adesão voluntária de dezenas de colaboradores. “O conceito de voluntariado ocorre quando eu me coloco em uma situação para dar meu esforço e dedicação em troca de nada. É o conceito da caridade, de ajuda ao próximo”, observou o coordenador do departamento fi-nanceiro, Rodrigo Lass.Máximas como “fazer o bem, sem saber a quem” e “fazer algo pelo próximo sem esperar nada em troca” resumem perfeitamente o sen-tido de uma atitude voluntária: o de não tirar qualquer proveito concreto, imediato ou futuro, da situação. “Apenas o carinho de uma criança, o sorriso de um idoso faz tudo valer a pena”, ressaltou Lass.

Cada uma das quatro equipes do PAIS foi representada por uma peça teatral, abordando temas distintos.

CONCURSO DE CARTAZESA IMPORTÂNCIA DA SOLIDARIEDADE

CONCURSO DE TEATRO

1º Lugar: Everton de Paula(Equipe: Ação e Cidadania)

3º Lugar: Elcio Jean Wolf(Equipe: Mão Amiga)

4º Lugar: Irineu Carraro(Equipe: Amigos Voluntários)

2º Lugar: Edon Caldas(Equipe: Amigos Voluntários)

2º Lugar: InteraçãoTema: Desperdício de Alimentos

4º Lugar: Amigos VoluntáriosTema: Desperdício de água

1º Lugar:AÇÃO E CIDADANIATema: Uso de Epi’s

2º Lugar: GrupoINTERAÇÃOTema: Desperdício de Alimentos

3º Lugar: MÃO AMIGATema: Risco de queda

4º Lugar:AMIGOS VOLUNTÁRIOSTema: Desperdício de água

1º Lugar:

3º Lugar: 4º Lugar:

2º Lugar:

16 Revista Agrária

ESPECIAL

As paródias musicais, tal como os cartazes, deveriam abordar nas letras a saúde, segurança e meio ambiente. Foram oito apresentações no total, cujos primeiros colocados foram:

CONCURSO DE PARÓDIAS

JOSIANNE ROSA MOURASUPERVISORA DO LABORATÓRIO CENTRAL DA AGRÁRIA

RODRIGO PIZZATTO LASSCOORDENADOR DO DEPARTAMENTO FINANCEIRO

1º Lugar:

3º Lugar: 4º Lugar:

2º Lugar:

1º Lugar:Josianne Rosa MouraParódia: Vencedores Da Nossa Missão Equipe: Amigos Voluntários

2º Lugar:Tania Keller e Roberto EssertParódia: Zero AcidenteEquipe: Interação

3º Lugar:José Denílson das ChagasParódia: Sempre Alerta Deve EstarEquipe: Interação

4º Lugar:Alcione Lesewenka Paródia: “Deus Escolheu Você” Equipe: Amigos Voluntários

A participação de lideranças nas atividades do PAIS é uma demanda antiga. Neste ano, os dois exemplos a seguir retratam a importância do envolvimento de toda a Agrária em prol dos objetivos propostos.

Primeira colocada do concurso de paródias, em 2015, Josianne repetiu a mesma colocação ob-tida em 2012 e 2013.

Além de gostar muito de cantar, par-ticipo para auxiliar a minha equipe

do PAIS. A doação do esforço, do tempo ou do bem material faz o ser humano se sentir bem. Considero o programa PAIS muito importante para toda a cooperativa, pois, através dele é que transmitimos a importância da solidarieda-de ao próximo. Pretendo participar mais vezes na paródia”, atestou a tricampeã.

Adepto da participação em trabalhos voluntários (já atuou em Organizações Não-Governamentais e como palhaço de hospital), Rodrigo Lass integrou a equipe vencedora do concurso de peças tea-trais, Ação e Cidadania, que concorreu com o tema “Uso de EPI’s”.

Quando se encara o desafio de se expor, há certa resistência. Mas quando termina, você sente falta. Acabei caindo no papel do teatro e entrei tanto para ajudar uma

entidade assistida pelo PAIS quanto por uma realização pessoal. A parte lúdica é importante para despertar um interesse, mostrar que com humor pode-se passar uma mensagem impor-tante. Mas na nossa peça tivemos a parte engraçada, e, no final, o depoimento do Reinaldo, que sofreu um acidente.É uma pena que nem todos podem participar do teatro e acredito que precisamos de uma maior participação de líderes. As equipes participam, mas sentem que só elas estão preocupadas, o chefe não. Romper a questão hierárquica durante uma peça é importante porque cria uma união, e isso se torna mais efetivo ainda na hora de cobrar no ambiente profissional. Acredito que o tra-balho feito é muito significativo, e pode crescer ainda mais, especialmente se envolver lideranças”.

FALA COLABORADOR

17Revista Agrária

CALENDÁRIO DE EVENTOS

FESTA DA CEVADA

PRÊMIOFRANZ JASTER

A Festa da Cevada 2015 acontece entre os dias 8 e 11 de outubro, com a Noite Cultural da Fundação Cultural Suábio-Brasileira na primeira noite, em Entre Rios, a tradicional Peixada com baile suábio nos dias 9 e 10, no Pahy Centro de Eventos, em Guarapuava, e encerramento no domingo, dia 11, com almoço típico preparado pela comunidade lute-rana de Entre Rios, com gulasch e estrogonofe, no Colégio Imperatriz, em Entre Rios.

A noite cultural, sob o tema “As quatro estações”, terá entrada franca, e contará com apresentações dos grupos folclóricos. O almoço típico, a ser realizado no Colégio Imperatriz, terá venda antecipada e também na hora.

8/outQuinta-feiraNoite cultural da Fundação Cultural Suábio-Brasileira20hCentro Cultural Mathias Leh,Colônia Vitória

PROGRAMAÇÃO

A 12ª edição da feira técnica da Agrária sobre cereais de inverno, o Winter-Show, está programada para ocorrer de 20 a 22 de outubro, na sede da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), em Entre Rios. Diariamente a pro-gramação seguirá das 8h às 18h, com visita aos expositores, dinâmicas e pales-tras técnicas. O evento é voltado a produtores rurais, pesquisadores e estudantes da área, além de empresas, indústrias e cooperativas do ramo agrícola.

Este ano, as palestras de convidados ficam por conta do agrometeorologista da Embrapa Trigo Gilberto Rocca da Cunha (dia 20), do economista e comenta-rista da Globo News Ricardo Amorim (21) e do mestre e doutor em comunicação Dado Schneider (22). Cunha falará sobre “Gestão de riscos em agricultura: uso inteligente das previsões de tempo e clima – Safra 2015”. O tema da aula de Ricardo Amorim será “Brasil: antes, durante e depois das eleições”, e a palestra de Schneider é intitulada “O mundo mudou bem na minha vez”.

Matérias que destaquem o WinterShow poderão concorrer ao Prêmio Franz Jaster de Comunicação, que chega à sua terceira edição em 2015. O lançamento do prêmio junto à imprensa aconteceu no dia 21 de setembro, e a premiação deve ocorrer em 9 de novembro. Reportagens veiculadas em rádio, televisão, internet e meios impressos entre 1º e 31 de outu-bro poderão concorrer. O regulamento do concurso está disponível no site www.unicentro.br/premiofranzjaster . O prêmio visa aproximar imprensa e agronegócio, e resulta de uma parce-ria entre a Cooperativa e a Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste).

9 e 10/outSexta e sábadoPeixada ebaile suábio19hPahy Centro de Eventos

11/outDomingoAlmoço típico com gulasch e estrogonofe da comunidade luterana12hColégio Imperatriz, Colônia Vitória

Orientações para a peixadaA venda de ingressos para a Peixada e o baile suábio começa no dia 23

de setembro, sem vendas aos finais de semana. Entre 23 de setembro e 5 de outubro a comercialização ocorrerá exclusivamente em Entre Rios, das 8h15 às 17h, e a partir de 6 de outubro, somente no Centro de Eventos Pahy, em Guarapuava. A ordem para compra ou retirada de ingressos será definida por senha, sendo que o limite é de oito ingressos por senha.

O dia 23 será de venda exclusiva para cooperados e filhos dependentes (solteiros, até 23 anos). Ingressos para convidados poderão ser adquiridos a partir do dia 24, e a venda para funcionários começa no dia 25. Os ingressos para o público em geral serão disponibilizados a partir do dia 29.

Cada cooperado tem direito a um ingresso cortesia para si e seu cônjuge (no caso dos casados) ou um convidado (solteiros). Ingressos para filhos de-pendentes (solteiros até 23 anos) ou para participação em mais de uma noite custam R$ 40 por pessoa. O valor da entrada para funcionários é de R$ 40. Para convidados e o público em geral, o custo é de R$ 80. O traje é típico suábio ou passeio completo, e a idade mínima para entrar é 13 anos.

A animação será das bandas C-Dur-Trio, Original Donauschwaben Musikanten e Os Montanari.

WINTERSHOW

18 Revista Agrária

COOOPERATIVISMO

KLAUS PETTINGER

Que atividade agropecuá-ria é possível desenvolver em uma região semiá-rida, com precipitação média anual de 500 mm? Para as colônias Menoni-tas do Chaco Paraguaio,

uma das respostas à pergunta se traduz pela produção de 75% do leite daquele país. Este foi apenas um dos exemplos referenciais com os quais cooperados, familiares e colaboradores da Agrária se depararam durante a viagem re-alizada àquela região, entre os últimos dias 22 e 29 de agosto.Além da enorme capacidade de superação, adaptação e gestão comunitária e cooperativis-ta, embasadas por uma fé profunda, os meno-nitas serviram de inspiração também nas esfe-ras socioeducativas aos 14 cooperados, quatro

O EXEMPLO COOPERATIVO E COMUNITÁRIO

esposas de cooperados, quatro colaboradores e o diretor vice-presidente, Manfred Majowski.“Outros grupos de Entre Rios já haviam visita-do a região do Chaco e sempre se falou sobre o grande trabalho realizado na área social, educacional e a atenção à terceira idade. Neste sentido, decidimos promover uma viagem para observar ideias e boas práticas que pudessem ser aproveitadas”, explicou Majowski.Para tanto, foram visitadas três colônias: Men-no (a mais antiga), Neuland e Fernheim. A edu-cação em idioma alemão, o sistema de saúde e as diversas ações destinadas ao bem-estar da terceira idade foram alguns dos fatores que chamaram a atenção. “Em Fernheim observamos que pessoas a partir de 70 anos de idade têm a oportunidade de adquirir uma casa, situada em um terreno disponibilizado pela Asociación. A moradia fica em nome do cooperado e quando

este falece, sua família deve vender a casa no-vamente”, detalhou a gerente sociocultural da Agrária, Viviane Schüssler.Estas casas, situadas todas próximas umas às outras, assim como do hospital, integram o sis-tema do Lar de Idosos preconizado pelos me-nonitas. Desta forma, os idosos podem adquirir um imóvel ou construí-lo, em um destes terre-nos da Asociación. Pessoas que demandam de cuidados específicos podem alugar apenas um quarto em um lar específico para tal fim, onde receberão atenção de acordo com suas condi-ções de saúde.O sistema de saúde, desenvolvido desde os pri-meiros anos de fundação, inclui a participação de todos os cooperados de cada colônia em uma espécie de plano de saúde próprio. Desta forma, os associados pagam apenas um per-centual dos custos do tratamento e têm à sua

Grupo visita a Asociación Neuland: há divisão estabelecida de atribuições para cooperativas e associações

19Revista Agrária

COOOPERATIVISMO

disposição um hospital bem equipado, médicos em sistema de sobreaviso e clínicas para exa-mes. “Nem toda colônia tem um hospital com atendimento completo, para tanto, é necessá-rio se deslocar para Filadélfia e Loma Plata”, explicou Viviane, referindo-se aos centros ad-ministrativos das colônias Fernheim e Menno, respectivamente.Em relação ao sistema educacional, o ensino do idioma alemão é outro diferencial do local. “As aulas são ministradas em alemão até a 7ª série. Com isso, todos falam um alemão perfeito”, elo-giou a analista de marketing, Vanessa Nuspl. É comum o uso do dialeto Plattdeutsch, originário do norte da Alemanha, em casa. “Mas muitos já dominam o espanhol”, acrescentou.

AGRONEGÓCIO E SUPERAÇÃOA economia local atual gira em torno da pecu-ária, especialmente de gado de corte e leiteiro. Após décadas de baixas produtividades, em função do austero regime de chuvas, a agricul-tura deixou de ser o carro-chefe econômico da região na década de 1990. “A cooperativa de cada colônia visitada conta com um frigorífico, enquanto que a produção leiteira é realizada em cooperação”, frisou Majowski. Com a adoção da pecuária extensiva, cada coo-perativa conta com grandes extensões de terra e média inferior a uma cabeça de gado por hectare. “O interessante é que o título da terra permanece em nome da Cooperativa e não do cooperado, mesmo que este o tenha pagado”, observou o vi-ce-presidente. O couro é igualmente um produto forte, sendo grande parte exportada.

Exemplo de lar de idoso em Fernheim

Sistema educacional inclui aula de alemão em todos os colégios, desde os primeiros anos

As colônias menonitas do Chaco paraguaio são estruturadas em dois níveis de organiza-ção: as cooperativas e as associações. As primeiras têm por objetivo comprar, desenvolver e comercializar a produção dos cooperados. Já a Asociación oferece infraestrutura através do pagamento de 10% sobre a renda bruta de cada sócio, o que dá direito a um plano de saúde, aposentadoria, descontos na mensalidade do Colégio e em atendimento hospital, bem como facilidade em usufruir de um sanatório, uma casa de repouso e um lar de idosos. A necessidade de criação da Asociación reside na defasagem de investimento na região, por parte do governo local na região de Chaco, gerando falta de infraestrutura básica.Desta forma, uma das máximas dos menonitas, que é seguido à risca, estabelece que os direitos individuais devem submeter-se aos interesses da comunidade.

TRABALHO SOCIAL

COLÔNIAS VISITADAS:MENNO – Fundação: 1927Cooperativa ChortitzerAsociación Civil Chortitzer Komitee

FERNHEIM – Fundação: 1930Cooperativa Colonizadora Multiactiva Fernheim LtdaAsociación Fernheim

NEULAND – Fundação: 1947Cooperativa Multiactiva Neuland Ltda Asociación Neuland (Kolonie)

20 Revista Agrária

COOOPERATIVISMO

Alunos da Colônia Menno em uma aula prática de mecânica automotiva

Grupo visita Cooperativa Multiactiva Loma Plata, em Menno.

Pecuária extensiva e produção de leite são as principais atividades econômicas atuais

Todo o esforço produtivo dos menonitas está calcado na capacida-de de encontrar soluções inovadoras para suplantar as dificuldades climáticas e geográficas. Se por um lado chove cerca de um quarto da média anual registrada em Entre Rios, por outro os poços arte-sianos apresentam água salobra, imprópria para consumo. A partir de uma técnica observada em Israel, os colonos implementaram canais ao longo de enormes extensões de terras planas para o acú-mulo de água em uma enorme bacia hidrográfica.“Com isso, eles abastecem uma produção que demanda milhares de litros de água por dia”, observou o cooperado Gerhard Temari. “É admirável constatar que eles encararam seus problemas com serie-dade, assumiram a responsabilidade e os solucionaram da melhor maneira possível”, analisou.Segundo o vice-presidente da Agrária, o principal objetivo da via-gem foi atingido. “O importante era que cada cooperado participan-te da viagem pudesse aprender algo novo e que poderá ser imple-mentado ou adaptado para a nossa realidade”, frisou Majowski.

A Revista Agrária, graças à colaboração das analistas de marketing Vanessa Nuspl e Fabíula Portolan Kuczer, traz as opiniões de alguns coo-perados, expostas durante a viagem de regresso a Entre Rios.

EDEMAR BALKAU“O que me tocou foi a fé dos menonitas, que são muito transparentes e construíram entre si uma confiança mútua. A historia deles, as dificuldades que tiveram e ainda têm, e os lemas que cada colônia possui também me impressionaram”.

ANELIZE BUHALI“Agradeço à Agrária pela oportunidade de as es-posas dos cooperados também terem ido junto, para termos conhecimento sobre um povo com cultura diferente e, ao mesmo tempo, parecida com a nossa. Meu intuito foi tentar ver como fun-cionam os asilos, já pensando no futuro. Acredito que a gente também tem capacidade de conse-guir algo neste sentido”.

GABRIEL GERSTER“Certa vez um professor de faculdade me disse: para atingir o sucesso é preciso persistência, oti-mismo e perícia. Tudo isso eu vi lá e percebi que o pessoal leva a sério. Acho que eles são mais esforçados que nós. A Agrária é forte, mas pode ser mais ainda”.

FALACOOPERADO

21Revista Agrária

HARALD ESSERT

Começa a época de maiores cuidados com a cultura de mi-lho – quando as aplicações de herbicida e inseticida são mais necessárias para garantir bons rendimentos e qualidade de grãos. Época também de fazer

os ajustes necessários para garantir a maior eficácia das aplicações: manutenção apropria-da do maquinário, seleção das melhores pon-tas para cada situação e escolha dos defensi-vos mais efetivos.

Essas orientações podem parecer óbvias, mas segundo o pesquisador de mecanização agrícola da Fapa (Fundação Agrária de Pesqui-

CUIDADOS PARA OBTER MÁXIMA EFICIÊNCIA NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOSErros comuns podem comprometer seriamente a eficácia dos produtos aplicados sobre a lavoura: maquinário em más condições, escolha incorreta de pontas e uso inadequado dos defensivos. Saiba como evitá-los.

sa Agropecuária) Étore Reynaldo, esse “tripé” da tecnologia de aplicação ainda é frequente-mente desrespeitado. Com isso, cai a eficiên-cia e se perde grande parte do produto aplica-do, e muitas vezes os próprios equipamentos sofrem um desgaste excessivo. Confira quais medidas implementar para ter o melhor apro-veitamento na aplicação.

SITUAÇÃO DO MAQUINÁRIO

Antes de iniciar os preparativos para a apli-cação de defensivo, é preciso responder a al-gumas perguntas básicas. O pulverizador está

apto para a aplicação? Qual o tamanho ideal das gotas? Qual o volume ideal? Qual a melhor ponta para as condições da lavoura? Que pres-são deve ser utilizada? Aplicação aérea ou ter-restre? Posso combinar outros produtos?

Por mais estranho que pareça, a situação do maquinário é um fator recorrentemente ignorado por cooperados. Em uma pesquisa in loco nas propriedades de alguns produto-res, uma equipe da Fapa constatou que 81% das máquinas não possuíam proteção de TDP (tomada de potência, ou cardã), 63% não pos-suíam ou estavam com o manômetro (medi-dor de pressão) do pulverizador danificado, 63% não possuíam sistema anti-gotejamento

PESQUISA E TECNOLOGIAS

22 Revista Agrária

eficaz, 56% estavam com o comando de vál-vulas em más condições, e 50% estavam com a barra do pulverizador danificada ou torcida. Várias outras não-conformidades menos fre-quentes também foram encontradas.

A falta da proteção de TDP pode causar acidentes graves. Já um manômetro danificado impede o cálculo se o volume de calda (defen-sivo diluído) por hectare está correto, uma vez que essa estimativa é feita através da razão entre a pressão do jato e a velocidade da má-quina. Da mesma forma, um comando de vál-vulas sem manutenção correta pode prejudicar a distribuição correta de defensivo sobre a área. E a barra do pulverizador, se estiver deformada, não permite manter a altura da ponta durante a aplicação, o que faz com que muito produto seja perdido por dispersão.

CONDIÇÕESPode pulverizar sob qualquer tempo? Não.

Étore adverte que, além de não poder aplicar sob chuva, é preciso observar algumas condi-ções ambientais para fazer a pulverização. A recomendação da tecnologia de aplicação é de que a umidade relativa do ar seja de no mínimo de 50%, e a velocidade do vento tem que estar entre 3 km/h a 12 km/h.

“Não pode ser menos que 3 km/h, porque senão ocorre a inversão térmica, e as gotas finas ficam em suspensão e não conseguem cair”, explicou o pesquisador. “E se a umidade

estiver abaixo de 50%, tem que ser selecionado um outro tipo de ponta para poder trabalhar”.

SELEÇÃO DAS PONTAS

Qual ponta é melhor usar? Cone ou jato pla-no? Qual espessura? Posso usar as mesmas pon-tas para todas as aplicações? Segundo Étore, a avaliação de qual ponta será usada no bico de pulverização depende principalmente das con-dições ambientais da lavoura. O ideal é que o cooperado compre pelo menos três jogos: um com gota grossa, um com gota de média espes-sura, e outra de gota fina. “Nós tentamos hoje fazer o cooperado usar a ponta de cone, porque se a condição ambiental for favorável, ela dá uma eficiência muito maior na cobertura do alvo”, explicou. Caso as condições sejam ideais, é possível usar uma gota fina. E conforme, os fatores sejam menos favoráveis, é melhor usar gotas maiores. “Se for uma condição bem ruim, mas o produtor tem que aplicar de qualquer jeito sob o risco de perder a janela de tempo, usa-se gota grossa”.

ALTURA DA BARRAUm fator diretamente relacionado à con-

servação do pulverizador é a altura da barra. Étore afirma que, quando a barra está deforma-da, o operador não consegue manter a altura da barra estável, o que prejudica a qualidade da

aplicação. O ideal, segundo as pesquisas, é que a altura dos bicos seja mantida a cerca de 50 centímetros acima do alvo. Com isso, a perda de calda se mantém em um nível considerado normal, de 6,8%. Ou seja, em 150 litros de cal-da, 139 litros de produto vão atingir as plantas.

Se a barra ficar a um metro de altura, essa margem de perda sobe para 13%. A dois me-tros, o prejuízo aumenta para 34%, ou 51 li-tros perdidos. A quatro metros – situação que ocorre mais frequentemente em pulverizado-res autopropelidos –, 54% da calda se perde para o ambiente.

MISTURA DE PRODUTOS

O produtor também deve atentar a quais produtos podem ser misturados. Isso porque algumas substâncias são antagônicas entre si, e além de perder parte da eficácia ao se-rem misturadas, elas alteram sua forma físi-ca, o que afeta a pulverização. “Dependendo dos produtos que eu estou misturando, eles são antagônicos e começam a reagir. E essa reação muitas vezes não é boa para o equipa-mento, porque pode entupir tudo. Então, tem que tomar cuidado”.

Sobre o uso de adjuvantes, o mais recomen-dado é que eles sejam cuidadosamente selecio-nados e utilizados. O uso dessas substâncias de forma errada pode ser problemático, comprome-tendo inclusive o rendimento das culturas.

PESQUISA DA FAPA SOBRE CONDIÇÕES DO MAQUINÁRIO DE COOPERADOS

PESQUISA E TECNOLOGIAS

23Revista Agrária

Monitorar e, se for preciso, controlar com defensivos químicos o aparecimento de pra-gas e plantas daninhas é de vital importância nos primeiros estágios de desenvolvimento do milho. Segundo os pesquisadores da Fapa (Fun-dação Agrária de Pesquisa Agropecuária) Alfred Stoetzer e Vitor Spader, descuidar desses aspec-tos durante as primeiras semanas após a emer-gência do milho pode prejudicar seriamente a qualidade e a produtividade do cereal de verão.

Esse cuidado é essencial neste período entre setembro e outubro, que é quando ocorrem o plantio e os primeiros estágios de desenvolvimento do milho. De acordo com os pesquisadores, para garantir o bom desenvol-vimento das plantas, é importante que a se-meadura já tenha ocorrido com o campo lim-po, completamente dessecado. Mas também ao longo do surgimento das primeiras folhas é preciso cuidar para que não se estabeleçam plantas daninhas e nem insetos prejudiciais. Negligenciar essa precaução pode penalizar severamente a cultura.

PRAGASEntre as pragas do milho, a mais preo-

cupante é uma velha conhecida dos produ-tores, a Spodoptera frugiperda (lagarta-do--cartucho). Stoetzer explica que ela ocorre em todo o ciclo do milho: surge já no início da cultura, atacando a plântula, reduzindo o estande e, se persistir até as fases reprodu-tivas do milho, afeta inclusive a espiga, cau-sando grãos ardidos.

Por isso, é preciso monitorar bem de perto os primeiros estágios de desenvolvimento das plantas. Se a lagarta surgir, ela deve ser con-

CONTROLE DE PRAGAS E DANINHAS EM PÓS-EMERGÊNCIA DO MILHO

HARALD ESSERT

Pesquisadores da Fapa atentam para os cuidados e a melhor época para fazer o controle químico de pragas e plantas daninhas no período de pós-emergência do milho, a fim de não perder qualidade e rendimento. Este ano, com o inverno mais ameno, o percevejo é uma potencial ameaça

PESQUISA E TECNOLOGIAS

trolada desde o começo. “E qual é o momento correto para aplicar inseticida? Seria quando de 10% a 20% das plantas de milho do talhão apresentam lesões, raspagem, causada pelas lagartas. Aí deve ser feito o controle”, afirmou o engenheiro agrônomo. Stoetzer lembra que essas providências são de conhecimento dos produtores, e as informações – assim como a lista dos defensivos mais eficazes – estão dis-poníveis no Portal do Cooperado, assim como junto aos agrônomos da cooperativa. O depar-tamento de assistência técnica também deve ficar atento, auxiliando o cooperado no moni-toramento das pragas.

Aliás, a lagarta-do-cartucho não é a única que pode ser danosa já nas fases iniciais do milho. Segundo Stoetzer, como este ano o inverno foi pouco rigoroso – e, portanto, não houve redução natural dos insetos sugadores –, existe o risco de a população de percevejos disparar. Essa praga, ao sugar a seiva, injeta uma toxina que causa um distúrbio fisiológico, debilitando as plantas de milho, e consequen-temente afetando o rendimento de grãos.

“Toda semente que o cooperado recebe hoje já vem com tratamento visando o contro-le do percevejo e lagartas. Então na fase inicial ele tem garantia de controle”, acrescentou o pesquisador. “Mas após uns dez dias de emer-gência, ele tem que monitorar a lavoura. E se ele encontrar uma população mais significati-va de percevejos, pode complementar normal-mente com aplicação de inseticida”.

PLANTAS DANINHASA presença de plantas competidoras na la-

voura durante os estágios de pós-emergência

do milho é, de acordo com Vitor Spader, de-terminante nos resultados da cultura. Segundo ele, a convivência com plantas daninhas, prin-cipalmente no período entre o desenvolvimen-to da segunda e da nona folhas do milho, pode provocar danos irreversíveis à cultura. “Todas as plantas que estão em determinada área competem entre si por água, nutrientes, luz solar, entre outros. Além disso, elas percebem quando existem outros indivíduos próximos, através de sinais bioquímicos”, explanou. “En-tão, se a cultura está convivendo com muitas plantas daninhas, principalmente entre e a quarta e a nona folha – período em que ela está definindo os componentes para o rendi-mento, como número de espigas por planta e número de grãos por espiga – ela vai diminuir a quantidade de óvulos formados, reduzindo o tamanho da espiga”.

Por essa razão, é essencial que o plantio ocorra em terreno totalmente dessecado. Mas é preciso manter a área livre de infestação de daninhas, principalmente até a formação da nona folha do milho. Se houver o aparecimen-to, é preciso intervir.

“Normalmente o produtor vai entrar com uma aplicação próxima ao estágio da segunda folha. O ideal é que ele entre com produtos que controlem plantas daninhas que já emergiram, associados a produtos que tenham residual em solo. Assim ele vai controlar as plantas da-ninhas que estão presentes na área e também aquelas que vão emergir durante um período após essa aplicação”, destacou.

Contudo, se mesmo assim ocorrer uma nova infestação antes da formação da nona folha, é fundamental fazer uma nova aplicação, evitando danos ao rendimento de grãos.

24 Revista Agrária

OProjeto Excelência iniciou a fase 3 de sua Segunda Onda de implementa-ção. O kick off oficial foi realizado no último dia 02 de setembro. A partir de agora, todos os processos desenhados passam a ser configurados no sistema SAP, os desenvolvimentos necessários

codificados e as integrações com outros sistemas cons-truídas. Ainda na fase 3, todas as configurações, desen-volvimentos e integrações serão amplamente testadas.

“Temos a recomendação que a implementação seja realizada em seis fases. No caso da terceira, trata--se de buscar tudo o que foi determinado na fase 2 e implementar na ferramenta”, explica Marcelo Almeida, gestor do escritório do Projeto (PMO) . “Neste momen-to envolveremos bastante os usuários-chave da Agrá-ria, que serão responsáveis por buscar dados mestre, fazer o saneamento, verificar perfis de acesso e traba-lhar nos desenhos do processo em nível mais detalha-do”, explicou Edemar Mirapalheta, gestor de projeto pela consultoria ITS

Após a configuração, os usuários-chave partem para a validação da solução. “Após testado, homologa-do e os ajustes realizados, fazemos uma série de testes, divididos em ciclos, e ao final temos a decisão se esta-mos prontos para entrar em produção”, detalhou Mira-palheta. Segundo o cronograma atualizado do projeto, a fase três deverá ser concluída até meados de março.

Na etapa anterior tivemos uma preocupação de fazer o levantamento das características do negócio. Com

base nelas, apresentamos um modelo aderente. A partir deste levantamento, versus o modelo que apresentamos, surgiu a proposta Agrária a

ser implementada. Esse modelo é a cartilha para esta fase 3. O consultor desenvolve as configurações e as personalizações, para que pedaços que não ficaram totalmente adequados sejam moldados no desenvolvimento de programas específicos para a Agrária. Em paralelo a isso, estamos fazendo a passagem de conhecimento e o tratamento de dados. Vamos ter também a adaptação dos dados atuais para os novos. Finaliza-se com testes exaustivos, até fazer o teste integrado”.

O principal desafio da fase 3 é conseguir realizar todo o levantamento da fase anterior dentro

do prazo estimado, com qualidade e eficiência. Acredito que na fase anterior, de business blueprint, todo o levantamento foi fundamental para que agora o trabalho seja mais eficiente e tenha a qualidade que esperamos”.

Temos processos muito críticos no dia a dia. Com a troca de sistemas, é ne-cessário garantir a funcionalidade, que

seja inclusive melhor que a existente atualmente. Além dos processos críticos, realizamos o meio de campo de interfaces, integrando as configurações e os processos de negócios, para que tudo funcio-ne perfeitamente”.

PROJETO EXCELÊNCIA CHEGA À FASE 3 DASEGUNDA ONDA

ROSANE MÜLLERConsultora ITS para Frente de PP (Produção)

LUCIANA CHANCHINSKIConsultora ITS para Frente de SD (Vendas)

EVANDRO ENNESGestor de Integração pela ITS

Marcelo Almeida, gestor de escritório do Projeto

Edemar Mirapalheta, gestor de projeto pela consultoria ITS

DEPOIMENTOS

25Revista Agrária

CERTIFICAÇÕES

COM DEPARTAMENTO DE MARKETING, AGRÁRIA JÁ SOMA 20 ÁREAS CERTIFICADAS NA ISO 9001

ÁREAS DA AGRÁRIA CERTIFICADAS NA ISO 9001

Cooperativa Agrária deu mais um passo em direção à meta de certificar todas as áreas admi-nistrativas de prestação de servi-ço interno, até 2016. No dia 28 de agosto, o Departamento de Marketing teve seu sistema de gestão da qualidade recomenda-

do, sem nenhuma não-conformidade, para certificação na ISO 9001:2008, pela SGS.

Trata-se da 20ª seção a conquistar o selo da ISO, sendo a primeira a fazê-lo em 2015. A auditoria exter-na foi realizada entre os dias 27 e 28 de agosto. De acordo com o coordenador de marketing da Agrária, Arival Cramer, o resultado representa o intenso empe-nho de diferentes áreas da Cooperativa.

“A obtenção da certificação só foi possível graças ao comprometimento de cada colaborador da equi-pe de Marketing, em conjunto com a coordenação da gestão da qualidade, bem como as demais áreas envolvidas”, enalteceu Arival. “Parabenizo a todos pelo empenho e profissionalismo demonstrado ao longo do processo”, acrescentou.

Em termos práticos, a ISO 9001 visa elevar a satis-fação dos clientes internos e externos das áreas, atra-vés da implantação de um sistema de gestão da qua-lidade baseado no busca pela melhoria contínua nos processos. “Portanto, espera-se redução de retrabalho, maior eficiência e compreensão dos processos”, obser-vou o analista da qualidade da Agrária, Tiago Lada.

Até 2016, todas as áreas administrativas da Coo-perativa deverão estar cerificadas, sendo que grande parte poderá ser conquistada até o final deste ano. O processo teve início no final de 2013, com a Gerência de Gente e Gestão, e continuou em 2014, com outras 13 áreas certificadas.

2013• Gerência de Gente e Gestão (Administração

de Pessoal, SESMT, Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade, ARCA e Desenvolvimento Humano)

2014• Gerência Administrativa e Financeira

(Tecnologia da Informação, Controladoria, Planejamento Orçamentário, Jurídico, Financeiro e Serviços Corporativos).

• FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária)

• Gerência Agrícola (Assistência Técnica, Atendimento ao Cooperado, Comercial de Grãos e Insumos)

Arival Cramer: “Parabenizo a todos pelo empenho e profissionalismo demonstrado ao longo do processo”

Tiago Lada: “Com a ISO, espera-se redução de retrabalho, maior eficiência e compreensão dos processos”

KLAUS PETTINGER

• Gerência Sociocultural (Fundação Cultural Suábio-Brasileira e Colégio Imperatriz Dona Leopoldina)

2015• Departamento de Marketing

Próximas áreas a serem certificadas:

• Agrária Sementes• Florestal• Auditoria Interna• Gerência de Suporte de Operações (Logística,

Manutenção, Projetos e Suprimentos)• Hospital Semmelweis

26 Revista Agrária

FOTO COOPERATIVA

HARALD ESSERT

Tendo em vista o grande número de contribuições com a seção “Foto Cooperativa”, e também de pedi-dos por parte de eleitores, a Agrá-ria lança, a partir de 5 de outubro, um novo concurso de fotografias para colaboradores e cooperados.

Os participantes poderão concorrer em duas cate-gorias. A primeira é exclusiva às imagens publica-das na seção de fotos do Informativo (até junho de 2015) e da Revista Agrária (a partir de julho). Ou seja, não é preciso inscrever as fotos publicadas na editoria “Foto cooperativa”, porque essas já concor-rem automaticamente.A segunda categoria, denominada “WinterShow 2015 & Cereais de Inverno”, é voltada a fotos que retratem a feira técnica de inverno da Agrária, ou situações e atividades relacionadas à safra de inverno. Quem qui-ser participar dessa categoria deverá preencher um formulário que será publicado no site da Agrária. O link será divulgado assim que a página estiver no ar.Todas as fotos devem ter sido tiradas entre 1º de ja-neiro e 20 de novembro de 2015 – último dia para inscrições. Na categoria “Foto Cooperativa” concor-rerão as fotos publicadas até a edição de novembro da Revista Agrária. Podem disputar tanto fotografias tiradas pelos próprios cooperados e colaboradores, quanto por seus filhos ou cônjuges. O autor da foto deve ser identificado no ato da inscrição.

PREMIAÇÃOO campeão de cada categoria ganhará uma câmera fotográfica semiprofissional, e o segundo lugar levará uma câmera compacta. Os terceiros lugares da cate-goria ‘Foto Cooperativa’ ganharão uma impressão emoldurada em tamanho 50 cm x 75 cm da foto pre-miada, e os da categoria “WinterShow 2015 & Cereais de Inverno” levarão kits institucionais da feira técnica.Como colaboradores e cooperados participam em categorias distintas, são no total quatro no con-curso: “Foto Cooperativa – Colaboradores’, ‘Foto Cooperativa – Cooperados”, “WinterShow 2015 & Cereais de Inverno – Colaboradores” e “WinterShow 2015 & Cereais de Inverno – Cooperados”.

COLABORADORES E COOPERADOS CONCORREM EM CATEGORIAS SEPARADAS.

As fotos que saem na seção ‘Foto Cooperativa’ estão automaticamente inscritas nessa categoria. Participam as fotos publicadas até a edição de novembro de 2015.

www.agraria.com.brQuem quiser participar na categoria WinterShow 2015 & Cereais de Inverno, deve inscrever suas fotos (no máximo três) por um formulário que será publicado no site da Agrária. O link será divulgado quando o formulário estiver no ar.

Os primeiros lugares de cada uma das quatro categorias (duas para colaboradores e duas para cooperados) receberão uma câmera semiprofissional. A data e o local da premiação serão divulgados em breve.

PREMIAÇÃO

COOPERADO

COLABORADOR

AGRÁRIA LANÇA1º CONCURSO FOTO COOPERATIVA

27Revista Agrária

FOTO COOPERATIVA

COLABORADORES E COOPERADOS RETRATAM AMBIENTE DE TRABALHO

Mesmo o local de trabalho pode ser inspirador – só depende do olhar de cada um. E no que depender da visão dos cooperados e colaboradores que nos enviaram fotos este mês, não falta beleza no campo e nem na cooperativa.

Nesta edição chegamos a 51 fotografias publicadas, e a cada vez aumenta a dificuldade de selecionar as fotos, uma vez que a qualidade das produções só aumenta, enquanto o espaço para publicação fica pequeno diante de tanta opção.

Lembrando ainda que as imagens publicadas nesta seção estão automatica-mente inscritas no 1º Concurso Foto Cooperativa. Confira mais detalhes do evento na página 26.

Envie as suas fotos para o e-mail da assessoria de imprensa da Agrária, [email protected], informando seu nome completo e uma breve descrição da foto.

Pode parecer um clube de lazer, mas esse lugar fica dentro da Agrária. Foi a colaboradora Carla Correia (Florestal) que retratou o jardim que existe no setor florestal. Segundo ela, essa é “apenas uma das belezas que esse setor oferece”.

Viu a maltaria bem no fundo da foto do Harald? A colaboradora Diana Barbosa da Silva (Gente e Gestão) tirou essa foto de lá, do décimo pavimento da maltaria II. “Dessa chaminé não sai mais fumaça”, ela comentou. E o arco-íris deu um belo toque.

O cooperado Harald Duhatschek capturou esse contraste entre o bucolismo da bovinocultura leiteira e o setor industrial da Cooperativa Agrária, ao fundo. Cena do Salasch Duhatschek, na Colônia Vitória.

Água mansa e pôr do sol na propriedade da cooperada Martina Weicher Rovani, em Tocantins.

O gerente agrícola da Agrária, André Spitzner, nos enviou essa foto para mostrar que sua mãe, Arilda, fez a receita de alfajor publicada na edição de julho desta revista.

O encontro entre o campo e a indústria também cativou o olhar da colaboradora Bethina Stemmer (FAPA)

HARALD ESSERT

28 Revista Agrária

O

DO AGRONEGÓCIO À AGROECOLOGIA

terceiro ano do curso téc-nico em agropecuária do Colégio Imperatriz realizou uma viagem de estudos no início do mês, entre os dias 3 e 5 de setembro. O grupo de alunos conheceu os campos experimentais da Bayer, em Ponta Gros-

sa, o CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), em Pinhais, e todo o sistema logístico do porto de Paranaguá.

O objetivo, segundo a professora Deise Ma-ria Feltrin, era mostrar aos estudantes etapas da cadeia da produção agrícola que não é possível abordar em sala de aula. A viagem foi custeada pela Bayer, e a visita ao porto ocorreu em parce-ria com a empresa Rocha Terminais Portuários e Logística. A excursão foi acompanhada também pelo professor Patrikk John Martins.

CAMPOS

EXPERIMENTAISA primeira etapa da viagem, no dia 3, foi à

UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), onde ficam os campos experimentais da Bayer. “Os alunos puderam acompanhar todo o desen-volvimento dos produtos até eles serem autori-zados, sejam fungicida, herbicida ou inseticida. Todo o trabalho que é feito, e a demora que tem no processo, até que o produto seja lançado no mercado e seja autorizado para utilização em determinadas culturas”, explicou a professora Deise. Segundo ela, todo esse processo foi expla-nado pela equipe da Bayer.

DESENVOLVIMENTO

O grupo conheceu os campos experimentais da Bayer em Ponta Grossa

HARALD ESSERT

O que impressionou a aluna Juliane Pertschy foram os cuidados da empresa em relação às questões ambientais, aliados ao esforço em atender às crescentes necessidades dos agricul-tores. “Os procedimentos de pesquisa e desen-volvimento na geração de moléculas, a comple-xidade e a burocracia que é necessária até que o produto final possa ser comercializado”, lembrou.

AGROECOLOGIAO segundo dia foi dedicado a conhecer o

CPRA, na região de Curitiba. Lá, além de produzir alimentos em sistema agroecológico, os produ-tores buscam a completa sustentabilidade das propriedades. “Eles têm a bovinocultura leiteira, por exemplo. O resíduo, o esterco, vai para o mi-nhocário, de onde ele retorna para a olericultura, em forma de adubo. Aquelas hortaliças vão para consumo, venda, ou vão retornar para a compos-tagem. Então eles mostram que é possível ser sustentável dentro de uma ilha agrícola usando somente o que se tem de resíduo do próprio meio”, contou Deise.

Com isso, os alunos puderam conhecer várias atividades e processos aos quais não estavam habituados, como o rotacionamento de pasta-gens, o sistema agrossilvipastoril [que integra agricultura, floresta e pecuária] e o cuidado com o bem-estar animal. “Tudo é produzido e man-tido ali dentro. É uma ideia diferenciada para o aluno, que normalmente fica num ciclo de gran-des culturas”, afirmou a professora. “Os alunos perceberam que mesmo estando numa grande propriedade, pode-se reaproveitar tudo, e pode

viver da pequena propriedade sem maltratar o animal, sem depreciar a natureza”.

PORTOO porto de Paranaguá encerrou o passeio

no dia 5. Segundo a professora Deise, o objeti-vo era mostrar a ponta da cadeia produtiva, por onde é exportada parte da produção nacional, e importada grande parte dos insumos, como os fertilizantes.

“Os nossos alunos, mesmo os grandes pro-dutores e filhos de grandes produtores, ou alu-nos que têm uma propriedade pequena, vivem em função dos cereais, dos grãos. Só que eles conhecem apenas aquela etapa do plantio e da colheita. Durante essa visita eles puderam acompanhar o que acontece no final da ca-deia produtiva, para onde vai esse produto”, avaliou a professora.

“Brincando com o que disse o professor Patrikk, 50% do curso foi durante esses três dias de via-gem”, acrescentou. “Então é muito mais fácil para o aluno, se ele tiver um subsídio teórico para entender o que ele vai encontrar, efetivar seu co-nhecimento com a visita prática. Um não é sepa-rado do outro; a teoria não vive sem a prática”.

A aluna Juliane concorda. “As viagens técni-cas possibilitam vivenciar situações ainda desco-nhecidas e assim adquirir experiências interes-santes, além de proporcionar um momento de interação e lazer com os colegas. Futuramente, nos tornaremos profissionais preparados para atuar no mercado”.

29Revista Agrária

HARALD ESSERT

AIreks do Brasil, joint-ven-ture entre a Cooperativa Agrária e a matriz alemã Ireks GmbH, foi a campeã geral da fase municipal dos Jogos Sesi 2015 – competição que reúne

industriários em dezenas de modalidades es-portivas. Isso significa que, além de ter quatro de suas equipes classificadas para a fase esta-dual, a empresa obteve a maior pontuação ge-ral entre as demais indústrias participantes no município.Ao todo, cerca de 500 atletas, representando 25 indústrias, competiram na fase municipal, que se estendeu ao longo dos meses de maio e agosto. A premiação ocorreu no dia 28 de agosto, em uma cerimônia na sede do Sesi em Guarapuava.Este ano, o Sesi-PR mudou o regulamento, de maneira que não existe mais fase regional, e a competição segue agora direto para a fase es-tadual. Da Ireks, se classificaram quatro equipes para a última fase: a dupla Daniel Rodrigues e Valdenei Rodrigues, campeã no bola 8; a dupla João Everaldo Melo e Gilson Fagundes, 3º lugar no dominó; Daniele Dorigue, 2º lugar no tênis de mesa feminino; e a dupla Daniel Rodrigues e Denílson Medina, 1º lugar no truco.A equipe de futebol da Ireks, composta por 15 atletas, ficou em 3º lugar, mas não passou para a próxima fase – uma vez que, nas modalidades coletivas, apenas os campeões das fases munici-pais se classificam. A Ireks competiu ainda com equipe de futebol sete livre e futsal masculino.A fase estadual, que reúne os melhores de todo o Paraná, está marcada para acontecer entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, em Toledo, Oeste do Estado.

COMPETIDORES

Dominó, truco e bola 8 podem parecer moda-lidades que não exigem (ou não propiciam) muito treino. Mas as duplas que se classifi-

IREKS É CAMPEÃDA FASE MUNICIPAL DOS JOGOS SESI 2015

As equipes que se classificaram para as próximas fases, e parte do time de futebol, que ficou em 3º lugar

caram garantem que foi preciso esforço para conseguir vencer.“Foi bastante disputado. Tinha mais de 40 duplas. Tanto que foram precisos dois dias de competição, um fim de semana inteiro, para a competição”, afirmou Daniel Rodrigues sobre o 1º lugar que tirou no truco, ao lado de De-nílson Medina. “Treinamos um pouco na Arca [Associação Recreativa e Cultural Agrária], mas principalmente na hora do almoço, na empresa”, contou. Segundo ele, é a segunda vez que eles levam o primeiro lugar na compe-tição. “É um jogo barulhento. Tem que gritar para intimidar o adversário”.E como se treina para um campeonato de dominó? Segundo João Everaldo e Gilson Fa-gundes, de fato, eles não treinaram. “A gente só joga junto mesmo no dia do jogo”, revela-ram. “Só combinamos as táticas de jogo, ali na hora, e tem que conhecer bem o jogo. Mas jo-

gar fora do torneio, só em casa com a família”. Essa é a segunda vez que eles conseguem se classificar para a fase seguinte.Treinar bola 8, por sua vez, foi bem mais sim-ples. “Treinamos sempre na Arca”, afirmou Da-niel Rodrigues. “Já participei em outros anos, na mesma modalidade, mas jogava com outra dupla. É a primeira vez que passamos para a fase estadual”, acrescentou.Para os competidores, é importante o incen-tivo que a Ireks dá para participar nos jogos. A empresa, além de uniforme esportivo, provê transporte e também estadia, quando neces-sário. “A nossa empresa incentiva muito o es-porte”, disse Gilson Fagundes. “Isso influencia bastante, deixa a gente mais envolvido com a empresa. E também na parte da amizade, porque vira uma confraternização entre em-presas. A gente conhece muita gente lá, e faz novas amizades”, concluiu.

30 Revista Agrária

AGRONEGÓCIO

1º SIMPÓSIO REGIONAL DE BOVINOCULTURA DE LEITE

ABATE DE SUÍNOS ATINGE RECORDE NO BRASIL

PROJETO ESTUDA CONTROLE DA LAGARTA-DO-CARTUCHO

SINDICATO RURAL REALIZA DIA DO CAR

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DE 2015 É DE R$ 473 BI

O Sindicato Rural de Guarapuava realiza entre os dias 7 e 9 de outubro o 1º Simpósio Regio-nal de Bovinocultura de Leite. O evento con-tará com palestras técnicas que abordarão a qualidade do leite, planejamento da proprie-dade rural, pagamento por qualidade, produ-ção de leite em sistemas pastoris, suplemen-tação a pasto e controle leiteiro. Haverá ainda mesas redondas e visitas em propriedades ru-rais. As inscrições custam R$ 30,00 para sócios e R$ 40,00 para não sócios. Fonte: Sindicato Rural de Guarapuava

O abate de suínos no segundo trimestre deste ano atingiu o maior volume desde 1997, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-ca) iniciou as pesquisas de abate de animais. Foram abatidos 9,7 milhões de animais no país, 5,7% a mais do que no segundo trimestre do ano passado e 5,8% a mais do que no primeiro trimestre deste ano. O peso total das carcaças abatidas chegou a 860,2 mil toneladas. A região Sul respondeu por 66,3% do total de abates. Fonte: Agência Brasil

O Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com a Uniflora Engenharia, realiza no dia 30 de setem-bro mais um “Dia do CAR”. O objetivo é ajudar pro-prietários rurais a realizar o cadastro correto no sis-tema do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O preço do serviço varia de acordo com o tamanho e situa-ção de cada propriedade. Associados têm desconto. Os interessados podem agendar horário de atendi-mento por telefone (42 3623 1115) ou no próprio sindicato. Fonte: Sindicato Rural de Guarapuava

Identificar os genes do milho responsáveis pela defesa da planta, com o objetivo de aumentar sua resistência à lagarta-do-cartucho. Essa é a meta da nova fase da pesquisa desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em parceria com o Instituto de Pesqui-sa Rothamsted, do Reino Unido. A cooperação entre as duas já existe há mais de dez anos, mas a pesquisa atin-giu uma nova etapa, na qual o interesse específico é a compreensão dos sinais químicos que os insetos e plantas utilizam na sua defesa. Fonte: Agrolink

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) brasileira em 2015 é de R$ 473,2 bilhões, segundo as atualizações feitas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), e divulgadas em 15 de setembro. O valor é 1% maior do que o obtido em 2014, de R$ 468,6 bilhões. As la-vouras, das 21 culturas analisadas, tiveram aumento de 0,3% (R$ 303,34 bilhões), e a pecuária, 2,2% (R$ 169,88 bilhões).Os produtos com maior acréscimo no valor da produção foram cebola (147,5%), mamona (99,4%), pimenta do reino (58,6%), trigo (7,5%), soja (3,7%), milho (3,4%) e café (1,6%). A pecuária está com desempenho supe-rior às lavouras, principalmente pelos resultados da carne bovina, com incre-mento de 10,2%. As estimativas regionais mostram que a liderança do valor bruto da produção continua sendo do Sul (R$ 136,96 bilhões), seguido pelo Centro-Oeste (R$ 127,34 bilhões), Sudeste (R$ 120,11 bilhões), Nordeste, (R$ 47 bilhões) e Norte (R$ 27,97 bilhões). Fonte: Ministério da Agricultura

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INGREDIENTES:

PREPARO:

Recheio:

Cobertura:

Massa:

Massa:

Recheio:

Cobertura:

Dica:

Rendimento:

Tempo de preparo:

2 xícaras de farinha de trigo Especialíssima2 colheres (sopa) de margarina1 ovo1 pitada de salLeite em temperatura ambiente, até dar ponto

Em um recipiente, misture a farinha de trigo Espe-cialíssima, a margarina, o ovo e o sal. Acrescente o leite ao ponto e misture a massa até ficar enxuta. Em seguida, coloque-a na geladeira por 30 minutos. Abra a massa com o auxílio de um rolo, deixando-a numa espessura fina, e coloque-a em uma forma já untada com fundo falso. Acrescente sobre a massa o recheio e a cobertura, e leve para assar em forno quente, a 180°C por 30 minutos. Sirva quente.

Em uma panela, frite o bacon junto com a cebola. Adicione os temperos e reserve.

Em um recipiente, misture tudo e reserve.

Se preferir, acrescente tomates secos para decorar.

Em média, 4 porções

1 hora e 30 minutos

Veja mais receitas em www.especialissima.com.br

2 colheres (chá) de óleo de soja2 xícaras de brócolis cozido e picado1 xícara de bacon1 cebola média picadaOrégano e temperos a gosto

100 g de queijo mussarela50 g de queijo parmesão ralado1 caixa de creme de leite1/2 xícara de leite2 ovos

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