Revista Especial Bertioga 2011

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Revista Especial Aniversário Bertioga 2011

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 3

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos6

Ninguém discorda que a Revolução Industrial (iniciada na Inglaterra, a partir do século

XVIII) proporcionou importantes avanços ao homem, mas cobrou um preço alto das gera-

ções posteriores. A utilização abusiva da tecnologia, associada ao consumismo desenfrea-

do desequilibrou um ciclo vital existente entre homem e a natureza, o que prenuncia uma

enorme catástrofe ambiental em um futuro próximo. Em alguns casos, aliás, já é presente, a

exemplo da falta de água em muitas partes do planeta.

Depois de dois séculos de uso e abuso dos recursos naturais, a entrada no século XX

mostrou ao homem que havia uma falha em seu modo de conviver com o meio. Surgem os

movimentos ambientalistas, com a difícil tarefa de convencer governos, empresas e cida-

dãos a abandonar hábitos já arraigados de exploração predatória.A bandeira da preserva-

ção foi erguida,mas o tema, até então, não mereceu a devida atenção.

O consumo desenfreado continua e a utilização de combustíveis fósseis, as queimadas,

a poluição do ar e dos mares, entre outros desmandos contra a natureza, resultam na emis-

são em grande escala do CO2, o grande vilão da camada de ozônio, responsável pelo que

pode ser considerado um dos maiores desastres ambientais provocados pela humanidade,

o aquecimento global.

O século XXI chegou com informes nada agradáveis à sociedade consumista, de acordo

com relatórios da ONU (Organização das Nações Unidas). A organização alerta no sentido

de que, se nada for feito para combater o aquecimento global, a previsão é de que a tem-

peratura na Terra possa aumentar cerca de 6º C até o ano 2100. Para se ter uma ideia, uma

variação de 5ºC a 8ºC só seria considerada normal em um período de mil anos.

Entramos, assim, numa nova era, a da economia verde, quando o homem busca harmoni-

zar-se com a natureza. Para tanto, é preciso um novo modelo econômico de baixo carbono,

baseado no melhor aproveitamento dos recursos naturais e na qualidade de vida do homem.

A sustentabilidade é termo frequente em setores governamentais, empresariais e, aos

poucos, integra-se ao vocabulário comum da sociedade. Ser sustentável, agora, é questão

de sobrevivência.

Por isso, esta edição especial de aniversário da cidade de Bertioga se propõe a apre-

sentar as questões relacionadas ao tema em nossa cidade,de forma a convidar a sociedade

bertioguense a refletir sobre o assunto e a se engajar nessa luta que é de todos nós.

Eleni Nogueira

Mudar para manter

Mudanças ClimáticasVariação do clima em escala

global;

Revolução IndustrialConjunto de mudanças

tecnológicas que transformou a

produção artesanal em produção

industrializada;

SustentabilidadeUso racional dos recursos

naturais pela geração atual, sem

prejudicar as necessidades das

gerações futuras;

CO2Dióxido de carbono, que, lançado

em grande quantidade na atmosfera,

interfere na camada de ozônio;

Camada de ozônioUma“capa”de gás que envolve

a Terra e a protege de várias

radiações, entre elas a radiação

ultravioleta;

Economia verdeModelo econômico de baixo carbono,

baseado no melhor aproveitamento

dos recursos naturais;

Construções sustentáveisContruções com soluções para

redução no consumo de energia e

o uso de fontes renováveis.

ONUOrganização das Nações Unidas

formada por 189 países

Fonte:Ambiente Terra

Terminologias

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Índice

JORNAL COSTA NORTEEdição Especial: Bertioga 20 anos

Publicação: 19/05/2011

Redação e PublicidadeAv. 19 de Maio, 695 - Jd. Albatroz - Bertioga/SP

Fone/Fax: (11) 3317-1281www.costanorte.com.br

[email protected]

Diretor PresidenteReuben Nagib Zaidan

[email protected]

AdministraçãoDinalva Berlofi ZaidanVinicius Berlofi Zaidan

[email protected]

Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan

Ronaldo Berlofi Zaidan

[email protected]

Edição e textos

Eleni Nogueira (MTB 47.477)

[email protected]

Criação e Diagramação

PP7 Publicidade

www.pp7.com.br | [email protected]

Direção de Arte: Marcel Oliveira

Projeto Gráfico e Diagramação:

Audrye Rotta

RevisãoAdlete Hamuch

ComercialCatia Regina Vargas [email protected]

CapaVista área da cidade de Bertioga

Foto Palê ZuppaniPulsar Imagens

ColaboraçãoGaia Consultoria Ambiental

CirculaçãoBertioga e Litoral Paulista

10

16

20

24

28

32

36

42

46

50

52

54

58

62

66

72

76

78

80

82

84

86

90

92

Meio ambienteAs áreas verdes e suas

proteções legais.O mapa do

tesouro ambiental

Parque RestingaUnidade consolida vocação

preservacionista da cidade

Parque MunicipalNovo endereço para a prática

de ecoturismo e educação

ambiental

Parque das NeblinasCampo-escola para práticas

sustentáveis na Mata Atlântica

RPPNsParticulares na luta pelo verde

RiosGenerosa também em água

doce

SescAula de sustentabilidade

Reciclagem

Você pode fazer a diferença

SabespPrograma Onda Limpa atinge

95%

DesenvolvimentoInvestidores chegam à orla da

praia

Plano DiretorPlanejar para crescer com

sustentabilidade

ExecutivoPrefeito diz que saneamento é

determinante

RivieraModelo que deve ser

multiplicado

LegislativoEntrevista com Marcelo

Villares

Construções SustentáveisCaminho futuro para o setor

de edificação civil

TurismoDiversidade de cenários para

explorar

ComércioCapacitação é a chave para

atender demanda

Educação ambientalSoma de esforços em pról do

Futuro

Projeto ClorofilaA formação de agentes de

mudança

Expedições AmbientaisRoteiros interativos convidam

à reflexão

Costa Norte EscolaComunicação como gerador

de conhecimento

Projetos municipaisEducação por meio da

vivência

Metodista20 anos em Bertiog

Expediente

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Até dezembro do ano passado, di-

vulgava-se Bertioga como sendo um

município privilegiado, graças aos

85%de área destinada à preservação

ambiental. O que dizer então, agora,

após a criação do Parque Estadual

Restinga, que lhe conferiu nada me-

nos que 91, 25% de área preservada?

Um número expressivo, sem dúvida,

mas ainda desconhecido por muitos

dos seus 47.542 habitantes, segundo

dados do IBGE - Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística.

Afinal, que áreas são essas? Qual

a importância de preservá-las? Isso

é bom ou ruim para o desenvolvi-

mento da cidade?

Criadas a partir de leis, decretos

e resoluções municipais, estaduais

e federais, as áreas protegidas de Ber-

tioga constituem-se em um verdadeiro

mosaico formado por umvasto conjun-

to de ecossistemas como Mata Atlânti-

ca, mata de restinga, mata de encosta,

mata paludosa e manguezal. No inte-

rior dessa grande área de cobertura

vegetal, encontra-se uma grande va-

riedade de fauna e flora, muitas das

quais pertencentes à lista de extinção,

ou ainda desconhecidas da ciência.

Há que se falar, ainda, no rico ma-

nancial hídrico formado pelas princi-

pais sub-bacias da Bacia Hidrográfi-

ca da Baixada Santista, responsáveis

Mosaico das áreas verdesNuma época emque grande parte dos ecossistemas naturais daTerra encontra-se em extinção,

e a falta de água potável já é uma realidade paramilhões de pessoas,Bertioga destaca-se como

uma jóia rara,tamanho omanancial de ambientes naturais preservados em seus 490,03 km2

Meio ambiente

As áreas protegidas deBertioga são formadaspor um vasto conjuntode ecossistemas comoMata Atlântica,matade restinga,mata de

encosta,mata paludosae manguezal

FotosMarFranz

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 11

pelo abastecimento de água do mu-

nicípio e com potencial para abaste-

cer outras cidades da região.

Bertioga, por todas estas caracte-

rísticas, figura como um verdadeiro

“pulmão verde” do estado de São

Paulo. Preservar estes ecossistemas

pode significar garantia de investi-

mentos, já que, hoje, muitas empre-

sas buscam aliar suas marcas a mu-

nicípios verdes, que tenham políticas

ligadas à preservação ambiental.

Na próxima página, veja o quadro

das áreas protegidas, o mapa com a

delimitação do Parque Estadual da

Serra do Mar, Parque Restinga e as

Reservas Particulares do Patrimônio

Natural, e, nas páginas a seguir, co-

nheça as particularidades de cada

uma delas,bem como os projetos de-

senvolvidos ou a ser implantados.

SeloVerde AzulBertioga faz parte do ranking de

municípios certificados do projeto

da Secretaria do Estado do Meio Am-

biente “Município Verde Azul”. Este

projeto, criado em 2007 pela Secreta-

ria de Meio Ambiente do estado de

São Paulo, reconhece e certifica mu-

nicípios que possuem políticas públi-

cas ligadas ao desenvolvimento sus-

tentável e que estão em consonância

com a agenda ambiental paulista.

Uma certificação que serve como

critério na liberação de recursos por

parte do governo do estado.

FotosMarFranz

«Variados espécimes de fauna circulam com liberdade mesmo pelos

ambientes urbanos da cidade, devido à proximidade com as áreas

verdes, como o manguezal abaixo »

FotoPedroRezende

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Conheça as áreas protegidas de Bertioga

Bertioga

Territóriodacidade

Área Km2 491,7

Área protegida - Parque Estadual da Serra doMar 42,36%

Área Protegida - Restinga Área Natural Tombada - Condephaat 14,98%

Área Protegida Parque Estadual da Restinga - PERB 18,84%

Área do ParqueMunicipal do Rio da Prata (Rio da Prata) 0,44%

Área Protegida deManguezal 3,39%

Área RPPN Neblinas,Reflorestada,Agricultura 9,63%

RPPN Hercules Florence,Costa Blanca 2,05%

Total Área Protegida 91,25%

Instrumentos legais queprotegem as matas deBertioga

Constituição Federal;

Lei da Mata Atlântica (11.428/06);

Código Florestal (4.771/65);

Plano Diretor Municipal (315/98);

Lei de Crimes Ambientais

(9.605/98);

Tombamento Condephaat

(Resolução 40/85);

Decreto do Parque Estadual da

Serra do Mar (10.251/77);

Decreto do Parque Estadual

Restinga Bertioga (56.500/10);

SNUC: Sistema Nacional de

Unidades de Conservação;

Resolução Federal - Conama

(303/02): estabelece limitação de

uso na faixa de 300m a partir da

preamar (maré mais alta);

Resolução Estadual - SMA

(31/09): estabelece a “Reserva

Legal Urbana” e critérios de

compensação ambiental para a

supressão de vegetação em lotes

urbanos;

Resolução Municipal – Condema

(223/96).

Limites de Bertioga

Parque Estadual da Serra do MarRPPN´s

Parque da Restinga

Áreas urbanas ainda não ocupadas Limites de Bertioga

Parque Municipal

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Restinga protegidaUm dos ecossistemas mais ameaçados do litoral paulista, a área de restinga,ganhou

em Bertioga a sua primeira unidade de conservação do estado. São mais de nove mil

hectares (cerca de 90 milhões de m²) que devem atrair investimentos para a cidade

FotoPedroRezende

Meio ambiente

Ao ser distinguido,emdezembro do ano

passado, com a primeira unidade de con-

servação de restinga - o Parque Estadual

Restinga de Bertioga -, o município conso-

lidou sua vocação preservacionista. A área

constitui-se emum importante corredorbio-

lógico entre ambientes marinho-costeiros,a

restinga e a Serra doMar, formando umcon-

tínuo capaz de garantir a perpetuidade dos

seus processos ecológicos e fluxos gênicos,

como atestam análises de órgãos estaduais.

O parque obteve recursos de compen-

sação ambiental no montante de mais R$ 1

milhão.Valor que deverá ser utilizado para

o desenvolvimento de Planos Emergenciais

de Proteção e Uso Público, que incluem a

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construção de uma sede,bases de proteção

e centro de visitantes.Mas a aplicação desse

recurso depende da formação do Conselho

Consultivo e do Plano de Manejo, que fun-

ciona comoumPlanoDiretor doParque,pois

define o que vai ser feito no local e como

será feito.

Edson Marcos Lobato, gestor do Núcleo

São Sebastião e Núcleo Bertioga do Parque

Estadual da Serra doMar,responde também

pela gestão do Parque Restinga de Bertioga.

Ele esteve na cidade, dia 4 deste mês, para

uma reunião com representantes da prefei-

tura e da sociedade civil, para formatar as

ações futuras na área.

Edson Lobato declarou que estão sendo

priorizadas duas linhas de ação: “O Plano

de Conservação, por meio de ação integra-

da entre a Fundação Florestal, a Polícia Flo-

restal e a Guarda Ambiental Municipal, e a

formação dos parceiros do entorno,pessoas

do segmento do turismo, de ONG´s e insti-

tuições de pesquisas da cidade,que tenham

interesse na conservação domeio ambiente

e que queiram aderir ao Conselho Consulti-

vo,que é um fórum ideal para discutir o Pla-

no de Manejo”. O grupo, segundo Lobato,

deverá ser formado até o final deste mês.

Os 90 milhões de m² do Parque Restin-

ga se limitam entre os bairros de Itaguaré,

Guaratuba e São Lourenço, da orla ao sopé

da serra,e faz divisa com o Parque Estadual

da Serra do Mar, o PESM, excluídos apenas

os espaços ocupados por rodovias federais

ou estaduais, redes de alta tensão e dutos

da Petrobras.

« Riqueza de fauna e flora garantiu preservação da

área. Edson Lobato (acima) convida a sociedade

bertioguense para participar da escolha dos

membros do Conselho Consultivo »

FotosPedroRezende

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Ilha Rio da PraiaBertioga reafirmou sua vocação ambiental ao criar em janeiro deste ano o Parque

Municipal Ilha Rio da Praia, com 216,56 hectares, equivalente a mais de dois milhões de

metros quadrados.Um novo endereço para a prática de ecoturismo e educação ambiental

FotosPedroRezende

Meio ambiente

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 21

A área que pode ser chamada de ‘Ilha

Fluvial’ é ladeada por dois rios, o Itapanhaú

eumde seus afluentes,o RiodaPraia,região

onde predominam vegetações de mangue,

alto ebaixode restinga.Por sua localização -

faz divisa por meio de rios com parte da

área do Parque Restinga e,automaticamente

com o da Serra do Mar -, deverá se tornar

um dos pontos para a prática de educação

ambiental e ecoturismo na cidade.

Entre os principais projetos a ser de-

senvolvidos na área, segundo técnicos da

Secretaria Municipal de Meio Ambiente,

inserem-se os de cunho turístico, base-

ados no conceito de uso sustentável. O

principal deles é a implantação da sede

do Núcleo Orquidófilo de Bertioga,o NOB.

Outra ideia diz respeito à meliponicul-

tura de abelhas indígenas sem ferrão, com

ganhospara a sociedade,umavezqueomel

extraído desse inseto tem grande valor nu-

tricional e financeiro.

O plantio e cultivo de plantas medi-

cinais da Mata Atlântica, do palmito jus-

sara (para obtenção da fruta do palmito,

que tem rica concentração de vitamina

C) e do fruto cambuci são outras possi-

bilidades a ser desenvolvidas no parque

municipal, assim como o projeto de edu-

cação ambiental municipal Barco Escola

- “Navegando pela sub-bacia do Rio Ita-

panhaú” (veja na página 86).

Biodiversidade

A“Ilha Fluvial” fica bem próxima de terri-

tório urbano,entre os bairrosVista Linda e

Jardim Rafael. Passear por seu território é

gratificante e delicioso, tal a multiplicida-

de de belezas vegetais e animais. Ambos

os rios são ladeados por vegetações de

mangue, alto e baixo de restinga.Aves de

todos os tipos, como guaxe, tucanos como

o tucano-de- bico- verde e o toco, pouco

visto na região (preto, com o peito bran-

co e bico laranja, mais comum no bioma

cerrado), além de saracura-três-potes, tié-

sangue,martim-pescador, garças brancas

e colhereiros-rosas frequentam a região.

*Com reportagemde Lúcia Bakos

« Pássaros colhereiros-rosa, indicadores de

qualidade ambiental, podem ser vistos na

região do parque »

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos24

Na década de 1990, uma antiga fazen-

da de produção de eucaliptos deu lugar a

umparque de 2.800 hectares,reconhecido

como Posto Avançado da Reserva da Bios-

fera da Mata Atlântica pelo programa Ho-

mem e Biosfera, da Unesco. De lá para cá,

eucaliptos compartilham o lugar com uma

mata em regeneração, de rica biodiversi-

dade. Antigas rotas de caça de animais se

transformaram em trilhas para caminha-

das e contemplação da Mata Atlântica, um

dos mais ameaçados biomas brasileiros.

O Parque das Neblinas, sob coordena-

ção do Instituto Ecofuturo, é uma reserva

aberta à visitação que abriga exuberan-

te vegetação restaurada e funciona como

campo-escola de práticas sustentáveis.Fo-

menta a restauração da Mata Atlântica por

Parque das NeblinasA apenas 115 km de São Paulo, colada ao Parque Estadual Serra do Mar, está

a prova da força de recuperação da natureza

Meio ambiente

FotoInstitutoEcofuturo

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 25

FotosInstitutoEcofuturo

meio de programas focados em educação

ambiental,ecoturismo,manejo sustentável

de recursos naturais, cultivo de espécies

ameaçadas e pesquisas científicas.

InstitutoOrganização da Sociedade Civil de

Interesse Público (OSCIP),o Instituto Eco-

futuro celebrou 10 anos de realizações

em 2009. Criado e mantido pela empresa

Suzano Papel Celulose, desenvolve pro-

jetos em parceria com instituições, em-

presas,poder público,pesquisadores, co-

munidade e universidades, nas áreas de

educação e meio ambiente, com ênfase

no desenvolvimento do ser humano e no

respeito à natureza.

O Ecofuturo realiza projetos que con-

ciliam o desenvolvimento econômico com

desenvolvimento humano e conservação

do meio ambiente; trabalha para o forta-

lecimento de cooperativas de catadores

de recicláveis por meio do PIR - Programa

Investimento Reciclável, financiamento de

projetos que visemmelhorar as condições

de trabalho dessas pessoas. Possui tam-

bém o programa Reservas Ecofuturo, cria-

do com base na experiência adquirida em

mais de dez anos de gestão do Parque das

Neblinas, que é uma referência no manejo

de unidades de conservação privadas. O

programa é destinado a proprietários, ór-

gãos do governo, organizações não gover-

namentais e empresas que possuem áreas

naturais com remanescentes florestais ou

que tenham interesse em adquirir terras

como estratégia para garantir a conserva-

ção da natureza.

Prêmio EcofuturoNo ano em que celebrou 10 anos de

trabalho, o Instituto Ecofuturo lançou o

1º Prêmio Ecofuturo de Educação para

Sustentabilidade. O objetivo é identificar

e premiar professores autores de ideias

criativas que promovam o aprendizado

de sustentabilidade em seu sentido mais

amplo, e que os mobilizem para argu-

mentar sobre o tema com gosto e com-

petência. A iniciativa, que deu certo, será

replicada neste ano, com a realização da

terceira edição do evento.

« Parque oferece variado conjunto de

trilhas para caminhadas e contemplação

da Mata Atlântica »

FotoInstitutoEcofuturo

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos26Sede Própria: Av. 19 de Maio, 441 - Bertioga - SP

Desde1993abrindo novos caminhospara grandes negócios

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ValoresCredibilidade/ConfiançaDedicação/Comprometimento

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GerênciaSetor responsável pela total assistência aos clientes,realizando visitas periódicas para administrar diversastarefas, visando o bom andamento administrativo e social.

Depto. de Relações PúblicasA ponte entre empresa e cliente. Atendimento personalizadosempre observando os prazos a serem cumpridos, aentrega de documentos entre outras ações.

Depto. Financeiro e ContábilOrganiza a contabilidade, emite boletos, balancetes, montalivros caixa, solicita previsões financeiras, encerra balançose processos de abertura de Ong’s. Trabalha de forma inte-grada junto a outros setores.

Page 27: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 27

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Depto. FiscalÉ responsável pelo setor tributário a pagar e receber. Onde sãofeitas as escriturações de entradas, saídas, ICMS, PIS, COFINS,contribuição social, ISS, INSS, IRPJ, IRPF, livros fiscais e todadocumentação para o fisco.

Depto. FiscalSetor onde o cliente pode fazer suas consultas quantas vezesfor necessário. Assessoria já inclusa nos honorários pagospela empresa, auxiliando os clientes na área civil, comercial etrabalhista.

Parabéns Bertioga pelos

20 anos de emancipação

político-administrativa

Page 28: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos28

Duas extensas áreas da cidade,

uma com 954,0772 hectares, a Hércu-

les Florence 1 e 2,pertencente àCom-

panhia Fazenda Acaraú e, outra, com

269,8950 hectares,de propriedade da

Barma Empreendimentos e Participa-

ções, foram reconhecidas como Re-

servas Particulares do Patrimônio Na-

tural (RPPNs) em dezembro passado.

A RPPN Hércules Florence, locali-

zada na Fazenda Acaraú, em área con-

tígua ao Parque Estadual da Serra do

Mar, é hoje a maior RPPN da zona cos-

teira paulista com 9.540.000m2 (nove

milhões quinhentos e quarenta mil me-

tros quadrados). Seu nome é uma ho-

menagem ao francês Hércules Floren-

ce (1804/1879), inventor, desenhista e

pioneiro da fotografia franco-brasileira.

No momento estão sendo reali-

zados estudos técnicos para a ela-

boração do Plano de Manejo dessa

Unidade de Conservação particular.

O objetivo é criar condições legais e

estruturais para atividades voltadas à

pesquisa científica e à promoção da

educação ambiental.

Esse importante pedaço de flo-

resta é protegido pelos proprietários

por meio de vigilância ininterrupta,

atualmente realizada por 13 vigias

ambientais treinados, sistema de co-

municação e contato direto com os

agentes de fiscalização oficiais.

Na propriedade, que detém por-

ção de Mata Atlântica coberta de

restinga em bom estado de conser-

vação, foram criados viveiros para a

reprodução da flora, com 109 espé-

cies nativas, com capacidade para

produzir anualmente 150 mil mudas.

Mais de dois milhões de exemplares

de palmitos-juçara foram plantados.

A Barma Empreendimentos e Par-

ticipações ainda estuda os projetos fu-

turos para a reserva Costa Blanca.

Incentivo à preservaçãoBertioga detémduas Reservas Particulares,uma delas,amaior do litoral paulista

Meio ambiente

Em pauta,estudostécnicos para a

elaboraçãode planos de manejo

nas unidades deconservação

« Propriedades detêm porções de Mata

Atlântica em bom estado de conservação e

fazem um contínuo ambiental com o Parque

Restinga e o Parque Estadual da Serra do Mar »

FotoGaiaConsultoriaAmbiental

Page 29: Revista Especial Bertioga 2011

Vista do apartamento decorado do 21º andar do Enseada - Ocean Front. Foto tirada em dezembro de 2010.

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Page 30: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos30

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 31

Nossa homenagem à cidade em que o progressoacontece da forma mais natural do mundo.

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Parabéns, Bertioga, pelos 20 anos.Uma cidade que tem o respeito pelo planeta em sua própria natureza.

Vista aérea da Riviera de São Lourenço - Bertioga

Bertioga. Uma cidade que mostra para todo o mundo que é possível ter progresso e desenvolvimento,respeitando ao mesmo tempo o meio ambiente. Esta visão de sustentabilidade faz parte também da essência

dos valores da Zogbi Engenharia e Construções, em todo empreendimento que lança.Um exemplo recente é o Eco Beach na Riviera de São Lourenço, que foi entregue no final de 2010.

Page 32: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos32

« A bacia hidrográfica de Bertioga está inserida na Unidade Geográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Baixada Santista »

Caminho das águasNo interior das matas que recobrem Bertioga,a água cristalina brota da terra,corre por rochas,

forma belas cachoeiras,piscinas naturais e deságua nos rios,em perfeito equilíbrio

FotoPedroRezende

Meio ambiente

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 33

Quando o assunto é água doce,

Bertioga também é pródiga, pois

abriga em seu solo uma das maio-

res bacias hidrográficas da região,

com uma grande área de drenagem

formada por 33 sub-bacias e 358 nas-

centes, incluindo a do Itatinga, situa-

da entre o Parque Estadual da Serra

do Mar (PESM) e a vizinha Mogi das

Cruzes.Uma preciosidade que recor-

ta as matas, abastece o município e

mantém o equilíbrio entre os varia-

dos ecossistemas.

As principais sub-bacias do muni-

cípio são as dos rios Itapanhaú, Gua-

ratuba e Itaguaré. Uma potência que

representa mais de 1/5 dos recursos

hídricos da Baixada Santista.

A bacia hidrográfica de Bertioga

está inserida na Unidade Geográ-

fica de Gerenciamento de Recur-

sos Hídricos da Baixada Santista

(UGRHI-7) - que tem extensão total

de 2788,82 km² e da qual fazem par-

te nove municípios.

Em Bertioga, estudos da UGRHI

constataram que 40,3% da região são

compostas por Mata Atlântica; 10,6%,

por vegetação de restinga e 8,8%,

por manguezais. Segundo o Relatório

Um (2006) do CBH-BS, o índice de ve-

getação nativa nesta área é de apro-

ximadamente 69%,muito superior ao

índice do estado de São Paulo, com

média de 14%.

A UGRHI-7 é controlada pelo Co-

mitê de Bacias Hidrográficas da re-

gião, o CBH-BS, criado em 1995 com

a função de gerenciar os recursos

dessa fonte natural com vistas à recu-

peração, preservação e conservação

deste bem tão precioso.

Área de drenagem das principais

sub-bacias:

Rio Itapanhaú (261,5 km2)

Guaratuba (128,7 km2)

Itaguaré (85, 3 km2)

«Vegetação de mangue às margens do

Rio Itapanhaú, uma das principais sub-

bacias de Bertioga »

Page 34: Revista Especial Bertioga 2011
Page 35: Revista Especial Bertioga 2011
Page 36: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos36

O Centro de Férias Sesc Bertio-

ga tem hoje capacidade para rece-

ber até mil hóspedes/dia, numa área

dotada de excelente infraestrutura

instalada em total harmonia com a

natureza, responsável pela geração

de mais de 300 empregos diretos.

Mesmo com tantos atributos urbanos,

o Sesc Bertioga mostra que o desen-

volvimento sustentável é possível.

A unidade possui estação de tra-

tamento de esgoto (ETE) própria,

está em fase de implantação um

sistema de reuso de água; mantém

coleta seletiva de lixo, projetos de

educação ambiental e social junto

à comunidade local e destina gran-

de parte de sua extensa área de

352 hectares, para a preservação

ambiental. A ocupação se dá em 72

hectares, onde se localizam o Centro

de Férias e a ETE. O restante - 280

ha - mantém-se intocado.

Parte desse aglomerado de área

Sesc destina novas áreas ao verdeInaugurada em Bertioga em 1948,a unidade do Sesc SP émodelo

de planejamento,qualidade em serviços e sustentabilidade

Meio ambiente

Com uma respeitávelárea de 352 hectares,

a instituição devedisponibilizar 70 ha

para a criação de maisuma Reserva Particulardo Patrimônio Natural

no municípioFotoMarFranz

Page 37: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 37

verde deve ser destinado à implan-

tação de mais uma Reserva Particu-

lar do Patrimônio Natural - RPPN na

cidade, com cerca de 70 hectares,

na denominada Gleba IV. O Sesc SP

apresentará a proposta para o reco-

nhecimento estadual junto à Funda-

ção Florestal (órgão ligado à Secretá-

ria estadual do Meio Ambiente).

Segundo a assessoria de comuni-

cação da unidade Bertioga, a trans-

formação dessa área em RPPN é in-

teressante sob os seguintes aspectos:

a conservação de uma área verde

em uma matriz urbana, com a conse-

quente proteção de seus recursos; a

possibilidade de se utilizar uma área

rica em biodiversidade para fins de

capacitação, educação ambiental,

ecoturismo e pesquisa científica; a

manutenção de processos e serviços

ecológicos, tais como manutenção da

paisagem, a regulação microclimáti-

ca e a permeabilidade do solo frente

ao grande volume de águas pluviais

a que a região é anualmente subme-

tida; a conexão com o rio Itapanhaú,

que garantirá a conservação do man-

guezal correspondente, bem como

a continuidade geográfica com as

demais unidades de conservação da

região e a manutenção do corredor

ecológico existente.

A RPPN terá como principais focos

de atuação o turismo social (recepti-

vo); educação e pesquisa e a geração

de renda (desenvolvimento de proje-

tos e capacitação da comunidade).

« Infraestrutura da unidade contempla

a qualidade de vida »

FotosMarFranz

FotoCristianeSilva

Page 38: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos38

Meio ambiente

Sustentabilidade

O tema sustentabilidade no planejamen-

to das cidades é uma questão de extre-

ma importância na pauta de modificação

do espaço urbano e da redefinição dos

rumos que as cidades devem tomar.Pen-

sando nisso,o Sesc Bertioga,pormeio do

Centro de Educação Ambiental - CEA,

realiza neste mês de maio o Ciclo de De-

bates “Nós e a Cidade - um diálogo para

a sustentabilidade”, como contribuição

ao processo de repensar cidades a par-

tir de experiências de profissionais que

atuam em áreas de planejamento.

Os temas escolhidos para esta troca de infor-

mações e experiências são moradia, educa-

ção,saúde,sustentabilidade e turismo.Ame-

diação é do jornalista Dal Marcondes.

Ciclo de debates

20/05:Cidades e Sustentabilidade

O grande desafio que se coloca para os

seres humanos no momento é aprender

a viver o nosso planeta, a nossa casa.

Isso requer um conhecimento adequa-

do e uma relação de pertencimento que

gere a solidariedade e o tratamento es-

pecial que temos com os elementos que

compõem esta casa. A cidade é um dos

contextos mais imediatos da nossa atu-

ação no planeta. É na cidade que pode-

mos construir esse novo modo de viver,

criando, testando e mantendo habilida-

des adaptativas, em todos os níveis das

nossas atividades. Por Edmundo Carlos

de Moraes, biofísico da UFSC.

26/05:Cidades e Educação

A estagnação na área da educação re-

presenta de fato um retrocesso para a

sociedade. A educação é fundamental

para o exercício da cidadania e, para

que os esforços nessa área se traduzam

em desenvolvimento humano, são ne-

cessárias a ampliação dos investimentos

e a profissionalização da gestão. Igual-

mente importante é a elaboração de um

Plano Municipal de Educação consisten-

te, articulado com o Plano Nacional e,

ainda, com outros municípios da região,

com padrões mínimos de qualidade

para as escolas públicas. Por Mozart Ra-

mos, membro do Conselho Nacional de

Educação.

27/05:Cidades e Turismo

Nas cidades do litoral brasileiro, é co-

mum encontrar paisagens de grande

beleza cênica, situação ecológica dife-

renciada, cultura local tradicional, eco-

nomia baseada no setor de serviços, vol-

tada para a indústria do turismo sazonal

e de segundas residências.Organizar in-

fraestrutura e mão de obra para atender

públicos flutuantes, coordenando isto à

identidade local e à qualidade de vida

dos moradores são os grandes desafios

do desenvolvimento e crescimento de

cidades litorâneas de pequeno e médio

porte. Neste contexto, é importante ana-

lisar as contradições e as oportunidades

oferecidas pelo turismo. Por José Osmar

Fonteles, cientista social e secretário de

Turismo de Jijoca de Jericoacoara - CE.

Local: Sesc Bertioga | Horário: 19h30

* a atividade teve início no dia 05 (já fo-

ram debatidos os temas: Cidades e Saú-

de e Cidades e Moradia.

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 39

Page 40: Revista Especial Bertioga 2011
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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos42

O lixo nosso de cada diaSempre que possível, reutilize os resíduos gerados nas atividades diárias, e dê

um destino final adequado àqueles que não puderem ser aproveitados

Meio ambiente

FotoPedroRezende

Page 43: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 43

Pare e pense: todos os dias, você acor-

da e faz a sua primeira refeição, o café da

manhã. Terminado o desjejum, sobram

migalhas de pão, caixa de leite, coador de

papel, cascas de frutas, potes de iogurte,

entre outros itens. É assim que tem início

a geração de uma enorme quantidade de

lixo doméstico, que continua aumentando

e só termina à noite quando você vai dor-

mir.O resultado é que geramos,emmédia,

½ quilo de lixo diário por pessoa, ou 65

toneladas diárias somente em Bertioga.

Uma enorme quantidade de resíduos

sólidos, de grande potencial reciclável e/

ou reutilizável, cujos benefícios são a ge-

ração de renda,proteção à saúde pública,

economia de recursos naturais e de ener-

gia.Convenhamos, não é pouco.

Em Bertioga, um modelo de coleta se-

letiva e de reciclagemde resíduos sólidos

encontra-se na Riviera de São Lourenço.

Um programa pioneiro, criado em 1993, e

prestes a bater a marca de 3,5 mil tonela-

das. Somente na temporada de verão de

2011 foram coletados, triados e vendidos

95.231 quilos de materiais diversos.

Segundo a coordenadora do progra-

ma, Georgeta Gonçalves, a renda obtida

com a comercialização dos recicláveis é

revertida para as obras sociais da Funda-

ção 10 de Agosto,entidade sem fins lucra-

tivos com sede na Riviera, e que promove

atividades relacionadas à educação, qua-

lificação profissional e integração entre

moradores de baixa renda. Para ela, a ex-

pressiva marca traduz quantitativamente

o sucesso da iniciativa, inédita no Brasil.

Seus resultados, conforme Georgeta, ul-

trapassaram os objetivos iniciais, tornan-

do o programa omaior trabalho deste gê-

nero desenvolvido pela iniciativa privada

no país.“Normalmente,os projetos de co-

leta seletiva são gerenciados pelo poder

público e vão perdendo sua força com o

tempo, devido às mudanças de governo,

ao alto custo e à falta de comprometimen-

to das pessoas envolvidas”. Ela observa,

ainda, que na Riviera o programa se man-

tém dentro do mesmo conceito original,

acrescido de atualização de técnicas e

aperfeiçoamento de métodos. “Por isso,

conseguimos conquistar e sensibilizar

Geramos, em média,½ quilo de lixodiário por pessoa,ou 65 toneladasdiárias somente emBertioga

Page 44: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos44

um número cada vez maior de participan-

tes e ainda expandimos os mecanismos

de coleta para outros tipos de resíduos

considerados perigosos”. E cita como

exemplos pilhas, baterias, lâmpadas flu-

orescentes, tintas e óleos.

O Programa de Gerenciamento de Re-

síduos Sólidos da Riviera faz parte do Sis-

tema de Gestão Ambiental do empreendi-

mento, certificado pela norma ISO 14001.

Ação no SescPor meio do Programa Lixo: Menos é

Mais, a unidade do Sesc Bertioga também

efetiva ações voltadas à coleta e reciclagem

de resíduos sólidos.Osmateriais recicláveis

da coleta seletiva são doados à CooperBen

- Cooperativa de Beneficiamento de Mate-

riais Recicláveis e Educação Ambiental, se-

diada no município do Guarujá (www.coo-

perben.org.br). Foram enviadas mais de 22

toneladas para reciclagem, até o momento.

A unidade também iniciou processo de im-

plantação de central de compostagem.

Ainda no tocante à redução da gera-

ção de resíduos, a unidade informa que

busca fornecedores e produtos que pos-

sibilitem a diminuição da quantidade de

resíduos, ou que tenham resíduos que

apresentem destinação no mercado da

reciclagem; além disso, incentiva o de-

senvolvimento de uma cooperativa local

de recicladores.

Atuação municipalA cidade deve atender,em breve,uma

de suas principais carências ambientais

- a falta de um programa de coleta e des-

tinação de resíduos sólidos. O edital de

concorrência pública sobre o serviço,pu-

blicado mês passado, atende à Lei Nacio-

nal de Resíduos Sólidos, de 2 de agosto

de 2010, que torna obrigatória a coleta

seletiva de resíduos nos municípios.

Em entrevista ao programa ‘Praia

Sustentável’, da rádio Praia FM - 106,1,

o diretor de Meio Ambiente Marce-

lo Borges detalhou os serviços. “Além

dos itens básicos da prestação de ser-

viço, a empresa que vencer a licitação

terá por obrigação de contrato criar e

manter uma usina de beneficiamento

Meio ambiente

FotoMarFranz

Page 45: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 45

de óleo de cozinha, triturador de pneus

inservíveis, usina de beneficiamento de

coco, unidades de triagem, resíduos de

construção civil e unidade de beneficia-

mento do rejeito de pescado, além da

instalação de sete ecopontos distribuí-

dos pela cidade, onde poderão ser en-

tregues todos os tipos de resíduos”.

O diretor explicou que a cidade vai

contar com uma coleta seletiva com PEVS

(lixeiras) e contêineres transportados por

caminhões próprios que não misturam os

materiais, economizando o trabalho de

triagem. Marcelo disse ainda que prati-

camente todas as atividades de benefi-

ciamento remunerado dos resíduos serão

desenvolvidas por cooperativas de reci-

clagem a ser criadas em Bertioga. Segun-

do ele, a empresa que vencer essa licita-

ção terá seis meses para implantar todos

os itens do contrato.

Lixo e saúde

O lixo,quando abandonado em terrenos bal-

dios, ruas e calçadas,oferece água,alimento,

abrigo e demais condições para animais e

insetos comomoscas, rato,barata,escorpião,

pulga, piolho, mosquitos, entre outros, que

transmitem ou são vetores de diversas doen-

ças.Por exemplo:

- O acúmulo de água em pneus, garrafas e

outros materiais, proporciona o desenvolvi-

mento domosquito aedes aegypti, transmis-

sor da dengue;

- Ratos que vivem em ambientes com acú-

mulo de lixo podem ser os vetores da lep-

tospirose. Essa doença, comum em épocas

de enchentes,é causada pela bactéria leps-

topira encontrada em fezes e urina de ratos;

- A queima de resíduos sólidos a céu aberto

não é uma forma segura de se livrar do lixo.

É,na verdade,uma prática perigosa e extre-

mamente poluidora.

*Fonte: Rede Nacional de Capacitação e

Extensão Tecnológica em Saneamento Am-

biental - ReCESA

« Dar destino adequado ao lixo comum e

entulhos é responsabilidade de todos »

FotoPedroRezende

Page 46: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos46

Meio ambiente

Universalização do saneamentoAmpliação do sistema de esgoto e de tratamento de água

acompanha crescimento da cidade

Os investimentos da Sabesp em obras

e ações operacionais devem permitir que

a Baixada Santista alcance a universali-

zação dos serviços nos próximos quatro

anos, com exceção de áreas considera-

das irregulares. A diretora-presidente

da Sabesp, Dilma Seli Pena, explicou os

planos da companhia durante o 55º Con-

gresso Estadual dos Municípios, realiza-

do em São Vicente, para que os municí-

pios operados pela Sabesp atinjam os

“300%”, ou seja, 100% de abastecimen-

to de água, 100% de coleta de esgoto e

100% de tratamento de esgoto nas áreas

regularizadas.

Em Bertioga, cerca de 95% do Progra-

ma Onda Limpa estão concluídos, faltan-

do apenas a realização de 3 mil metros

de redes coletoras dos 50 mil metros pre-

vistos e uma estação elevatória, além de

parte das ligações domiciliares. A Esta-

ção de Tratamento de Esgoto - ETE Vista

Linda, inaugurada no início de 2010, pos-

sui estrutura para tratar todos os efluen-

tes de Bertioga até 2030. Até o momento,

o Programa Onda Limpa investiu na cida-

de cerca de R$ 62 milhões.

Realizam-se, no momento, obras com-

plementares de ampliação do sistema de

esgotos dos Bairros de Maitinga e Vila

Agaó, com investimentos de R$ 11,5 mi-

lhões. Ao todo, serão executados outros

12,3 quilômetros de redes coletoras,5 mil

metros de linhas de recalque, três esta-

O Programa OndaLimpa é um dos

principais projetos deampliação da redecoletora de esgotona Baixada Santista,com investimentosde R$ 1,4 bilhão, oque permite que aregião tenha umacompleta estrutura

para atendimento nospróximos anos

Page 47: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 47

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ções elevatórias e 772 ligações domicilia-

res, beneficiando diretamente cerca de 4

mil moradores. Também em fase de obras

a ampliação do sistema de esgoto sanitá-

rio do Jardim Albatroz, com investimentos

de R$ 2,8 milhões. A ampliação da rede no

Jardim Rafhael e Vista Alegre tem previsão

de início em novembro de 2011,com inves-

timento estimado de R$ 11,5 milhões,entre

outros projetos.

Em 2010, Bertioga recebeu uma nova

Estação de Tratamento de Água - a ETA

Boracéia, que dobrou a capacidade de

produção de água na região.

« Obras complementares de ampliação do sistema de esgotos

dos Bairros de Maitinga eVila Agaó estão em andamento »

» 1

» 2

FotosJCN

Page 48: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos48

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos50

Em passeio rápido pela região cen-

tral da cidade já é possível observar o

aumento no número de condomínios ver-

ticais recém-construídos ou em fase de

implantação,preferencialmente de frente

para o mar. O perfil dos novos empreen-

dimentos demonstra que os investidores

apostam no potencial de desenvolvimen-

to do município.

Mas o que move toda essa movimen-

tação? A revitalização do calçadão da orla,

com projeto assinado pelo renomado ar-

quiteto Ruy Ohtake, a possibilidade de

verticalização – a ser discutida na reformu-

lação do Plano Diretor -, e as expectativas

de crescimento geradas pela exploração

da camada do pré-sal na Bacia de Santos,

são apontados comoos principais atrativos

para a construção civil nomomento.

“Bertioga está passandopor umagran-

de transformação”, afirma José Luiz Hirota,

um dos sócios da Costa Hirota, construto-

ra que tem forte atuação na Riviera de São

Lourenço desde 1986 e que, agora, aposta

no mercado da região central de Bertioga.

Prova disso é a aquisição de três áreas na

praia da Enseada, as quais darão lugar a

edifícios com omesmo padrão do premia-

doempreendimento.“Nósdetectamosque

o centro de Bertioga tem muitas possibili-

dades,principalmente por conta da revita-

lização da orla e da proximidade da região

com o escritório da Petrobras, em Santos.

Apostamos nesse potencial comprador”.

O empresário da construção civil Mar-

cos Quintana também acredita nesse novo

tripé de desenvolvimento. A empresa da

qual é sócio, a Montmann & Gomes Enge-

nharia, está com um empreendimento em

fase de acabamento e prevê lançamento

de três novos prédios, todos com padrão

de construções sustentáveis (veja página

66).“Não tenho dúvidas de que a nova orla

vai alavancar o desenvolvimento da cida-

de. É um projeto que só merece elogios e

deve valorizar aquela área. A verticaliza-

ção tambémvai darmelhor aproveitamen-

to para a região da orla”,diz.

Mesmo com motivos aparentes para

comemorar o novo momento da constru-

ção civil em Bertioga, Marcos Quintana

levanta uma questão que, segundo ele,

é considerada como fator impeditivo do

pleno desenvolvimento da área urbana

da cidade: os critérios para liberação de

licenciamentos ambientais.“É um absurdo

impedir desmatamento em área urbana

já que sua vocação é o desenvolvimento.

Hoje, para construir, o investidor é obri-

gado a adquirir imóveis com áreas cons-

truídas para demolir e depois construir, o

que encarece muito o produto final. Dessa

forma não vejo muito futuro para o nosso

segmento nomunicípio”,diz.

Em resposta,o secretário municipal de

Meio Ambiente disse que um aditivo ao

convênio firmadoentre aprefeitura e aCe-

tesb, assinado no início do ano, deu maior

autonomiapara licenciar a ocupaçãode lo-

tes urbanos com cobertura vegetal o que,

segundo ele, garante maior agilidade nas

liberações, desde que respeitados os cri-

térios de compensações. “Só no primeiro

mês, foram liberadas 43 anuências prévias

para regularização de licenciamentos am-

bientais. Um saldo muito positivo para a

construção civil, que é o motor do desen-

volvimento da cidade”.

Desenvolvimento

Cidade não para de crescerPerfil dos novos empreendimentos demonstra que os investidores apostam no

potencial de desenvolvimento da cidade

FotosMarFranz

« Construção civil é o motor do desenvolvimento da cidade atualmente »

Page 51: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 51

FotoMar Franz

Aportes do pré-sal

A principal aposta de desenvolvimento do li-

toral paulista no momento é a exploração da

camada pré-sal da Bacia de Santos. Bertioga,

localizada entre os três principais centros liga-

dos ao setor (Santos,São Sebastião e Caragua-

tatuba), também deve absorver investimentos

dessa área. Mas, para isso, precisa estar pre-

parada, conforme explica José Luiz Marcusso,

gerente geral da Unidade de Operações de

Exploração e Produção da Bacia de Santos da

Petrobras,em entrevista a seguir:

Bertioga está localizada entre as três prin-

cipais cidades com investimentos da ca-

deia petrolífera na região – Santos, São

Sebastião e Caraguatatuba. Sendo assim,

como a cidade pode tirar proveito dessa es-

tratégica localização? Bertioga, assim como

outros municípios da Baixada Santista, pode

aproveitar as oportunidades trazidas pela in-

dústria de exploração e produção de óleo e

gás no estado de São Paulo, que é bastante

abrangente emovimenta umagrandegamade

serviços. Por fazer parte da região metropoli-

tana na qual está sediada a Unidade de Ope-

rações de Exploração e Produção da Bacia de

Santos, a cidade pode receber, além de traba-

lhadores desse segmento, empresas diversas

ligadas a ele.Para isso,no entanto,é necessário

que o poder público e os empresários fiquem

atentos às oportunidades, invistam em infraes-

trutura e busquematividades quepossamcoe-

xistir com as vocações naturais da cidade. Um

estudo nessa linha foi desenvolvido de forma

bastante aprofundada pela Cespeg, a Comis-

são de Petróleo eGás ligada aogoverno do es-

tado de São Paulo.Nele,a comissão analisou as

características e áreas disponíveis nos muni-

cípios paulistas e como eles podem se inserir

na cadeia produtiva de petróleo e gás, identifi-

cando as principais vocações de cada um.

Bertioga tem pouquíssimo espaço urbano

para o desenvolvimento e obras de grande

porte. Mesmo com esse perfil, de uma ci-

dade verde, ainda há espaço para ela na ca-

deia produtiva do pré-sal?Que tipos de em-

presas do segmento ela poderia absorver?

A cadeia de petróleo e gás é bastante extensa

e envolve inúmeras empresas fornecedoras

de bens e de serviços, que incluem segmen-

tos tão diversos

quanto manutenção

e montagem, segu-

rança, serviços de

logística e até mes-

mo de hotelaria.

Qualquer que seja

o segmento, no en-

tanto, é preciso con-

siderar as características de cada município,

em especial aquelas ligadas à preservação

ambiental, já que este é um dos valores da Pe-

trobras e a companhia cobra o mesmo tipo de

postura de seus fornecedores.

A hidrografia do Canal de Bertioga pode

ser um fator a ser explorado? Como? Sim.

Bertioga possui um canal natural que pode

ser utilizado para o transporte de peças,

pessoas e equipamentos por mar, o que é

um ponto favorável. No entanto, reforço que

qualquer investimento tem que levar em

consideração as questões de preservação

ambiental e a sensibilidade de cada área. É

necessário que sejam feitos estudos prévios

e aprofundados sobre o assunto.

Page 52: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos52

Hora de arrumar a casaAtualizar o Plano Diretor para a nova realidade do município, e prepará-lo para o

desenvolvimento que se avizinham são os desafios a ser enfrentados pela sociedade

bertioguense nos próximos meses.Uma tarefa que requer seriedade e atuação

FotoPedroRezende

As atividadeseconômicas

vinculadas aodesenvolvimento

urbanorepresentam parte

significativa doorçamento público

da cidade

O Plano Diretor de Bertioga, elaborado

em 1998 (Lei 315/98), fixou conceitos e di-

retrizes gerais para a política urbana e am-

biental do município, a fim de proporcionar

equiparação entre as atuações econômicas,

sociais e ambientais, no sentido de assegu-

rar o direito a todos os cidadãos em viver

num ambiente saudável e equilibrado.

Mas as cidades não são estáticas e, por

isso, os planos diretores devem ser avaliados

a,pelomenos,cada10anos.Noteque,quando

da elaboraçãodoPlanoDiretor atual,Bertioga

tinha aproximadamente 70,73%de áreas pro-

tegidas. Nos últimos 13 anos surgiram novas

regras ambientais que impuseram outras res-

trições ambientais ao município, restringindo

a sua área urbana amenos de 8%.

Hoje, o que não está sob proteção

legal, ou seja, do que sobrou para o de-

senvolvimento urbano, 4,5% já estão ur-

banizados. Portanto, conclui-se que a au-

tonomia municipal para planejar e gerir a

expansão urbana está limitada a 3,5% da

área total de Bertioga.

Por outro lado, as atividade econômicas,

vinculadas ao desenvolvimento urbano, re-

presentam parte significativa do orçamen-

to público da cidade. E mais, nos últimos 10

anos, a população cresceu mais de 900%, se-

gundo dados do IBGE/Fundação Sead.

Agora, Bertioga se prepara para atualizar

o seu Plano Diretor e há muito a estudar para

nortear o plano de desenvolvimento da cidade

para os próximos anos. O secretário munici-

pal de Habitação, Planejamento e Desenvol-

vimento Urbano José Marcelo Ferreira chama

aatençãoparaosprincipais aspectosquedevem

ser considerados:o vetor econômico da explora-

çãodepetróleoegásdacamadapré-saldaBacia

deSantos,aampliaçãodosportosda região (San-

tos/Guarujá e São Sebastião) e as definições do

Zoneamento Ecológico-Econômico da Baixada

Santista.“Tudo isso influencia no desenvolvimen-

toda cidadeedeve fazerpartedasdiscussões”.

Desenvolvimento

Page 53: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 53

José Marcelo alerta que, entre os assun-

tos prioritários para as discussões, estão as

diretrizes voltadasv para os investimentos

em infraestrutura urbana. “Parte do orça-

mento do município poderia ser destinada

para investimentos emmacro e microdrena-

gem,por exemplo.As pessoas cobram asfal-

to nas ruas,mas não sabem que não se pode

asfaltar sem antes concluir esses projetos,

que são de suma importância”.

Outro item importante,e que já está sendo

estudado por um grupo técnico da prefeitura

formado pelos secretários de Habitação e de

Meio Ambiente e dois técnicos de cada uma

dessas secretarias, é o abairramento - um

levantamento de quantos bairros existem no

município, o número de habitantes, a infraes-

trutura e as potencialidades de cada um.

Sobre a verticalizaçãodaorla dapraia,José

Marceloécontundente:“Ogabarito éo final da

equação.TemgentequeachaqueoPlanoDire-

tor é só isso,o que acabagerando especulação

imobiliária.Asdiretrizes sãomuitomais impor-

tantes do que os índices urbanísticos”.

Envolver a sociedade será o próximo pas-

so a seguir, segundo o secretário:“Estuda-se

a formação de um conselho informal com as

entidades técnicas para que, depois de dis-

cutidos os pontos fundamentais, levarmos as

discussões para as audiências públicas e, só

assim,definirmos o plano”.

O presidente da Associação dos Enge-

nheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bertio-

ga, engenheiro Marcelo Godinho Lourenço,

ressalta que a entidade se preocupa com o

que a cidade pode oferecer a seus habitan-

tes e turistas temporários no futuro próximo.

“A rodovia Rio-Santos já está saturada e pre-

cisamos estudar propostas para permitir a

melhor circulação de veículos dos que aqui

residem, em detrimento dos que apenas

passam pela entrada da cidade. Vias mar-

ginais são essenciais para desafogar esse

trânsito, criando também corredores para o

transporte público, além de ciclovias”.

Godinho destaca:“A questão da vertica-

lização, que a meu ver é inevitável, também

deve ser discutida com bastante atenção

com a comunidade bertioguense. A criação

de áreas de interesse social para implanta-

ção de moradias populares, a fim de erra-

dicar as ocupações irregulares em área de

proteção ambiental também merece uma

atenção especial”.

Ainda sobre infraestrutura urbana, o

engenheiro lembra que Bertioga apresenta

muitos problemas que devem ser soluciona-

dos com planejamento. “A macrodrenagem

e o saneamento público compreendem a

primeira fase a ser tratada; só então pode-

mos partir para a pavimentação e calçamen-

to de vias públicas”.

A autonomiamunicipal paraplanejar e gerir aexpansão urbanaestá limitada amenos de 4%da área total deBertioga

« Investimentos em infraestrutura urbana

devem estar entre as prioridades »

FotoMarFranz

FotoCristianeSilva

Page 54: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos54

Ponto de equilíbrioO conceito de proteção ambiental define o caminho pelo qual Bertioga pode se expandir.

Agora, cabe à administração pública direcionar o seu desenvolvimento sustentável

FotoMarFranz

Desenvolvimento

Page 55: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 55

“Bertioga sesustentará emdois pontos:meioambiente e turismo.Temos que conciliarisso com a geração deemprego”Mauro Orlandini

“Crescimento nem sempre signi-

fica desenvolvimento”, diz o prefeito

Mauro Orlandini, convicto de que,

com a vocação ambiental definida,

Bertioga ganhou em qualidade, mas

tem um preço a pagar - diminuir o

ritmo de crescimento físico e popu-

lacional nos próximos anos.

Por outro lado, segundo ele, as

restrições facilitam o planejamento

das ações.“Bertioga se sustentará em

dois pontos:meio ambiente e turismo.

Daqui para frente, tudo o que for feito

aqui terá de ser em respeito a estas

duas vertentes. Temos que conciliar

isso com a geração de emprego”.

« Zerar o déficit de vagas nas creches

é uma das metas de Orlandini »

FotoPedroRezende

Page 56: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos56

Adequar a infraestrutura da ci-

dade para melhorar a qualidade de

vida do cidadão bertioguense e do

turismo é uma das apostas da admi-

nistração para esse equilíbrio. E o

saneamento básico, em fase de con-

clusão no município,é citado por Or-

landini como o fator preponderante

dessa qualidade.

“A cidade inteira está recebendo

obras de saneamento e, isso, é um si-

nal de que agora podemos iniciar as

obras de pavimentação. Não adian-

ta pavimentar antes e depois ter de

quebrar tudo. Nós tivemos a respon-

sabilidade para esperar isso, para

que as coisas acontecessem de forma

certa e na hora certa”, disse, citan-

do como exemplo a revitalização da

Avenida 19 de Maio,porta de entrada

da cidade, que deve ser iniciada as-

sim que a Sabesp finalizar os traba-

lhos,previstos para o final desse mês.

Outra obra iniciada e citada como

atrativo turístico para a cidade é a da

orla da praia. “O padrão desse projeto

« Prefeito afirma que a base de seu governo é o aspecto humano »

FotoPedroRezende

Desenvolvimento

Page 57: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 57

sinaliza o tipo de ocupação e de turismo

que queremos para a cidade”,disse.

Sobre a reavaliação do Plano Di-

retor, Orlandini afirma que o docu-

mento atual é muito legítimo e, não

fosse a pressão regional, pouca coi-

sa teria de ser revista. “Precisamos

nos preocupar com o impacto que

Bertioga terá com a ampliação dos

portos de Santos e São Sebastião

e com a exploração da camada do

pré-sal. As adequações têm de ser

com essa responsabilidade”.

Orlandini faz questão de ressal-

tar que os três pontos fundamentais

de sua administração, nestes dois

anos e meio, foram educação, saúde

e segurança. “Eu entendo que es-

tes sejam os pontos fundamentais, o

alicerce de uma sociedade. Por isso

decidimos dar mais aporte financei-

ro para estes setores”.

Os 37 cursos gratuitos oferecidos

para mais de 4 mil jovens e adoles-

centes, o transporte gratuito para

universitários e a diminuição do

déficit de vagas nas creches – índi-

ce que, segundo ele, deve zerar até

o final do ano -, também são apon-

tados como pontos positivos de seu

governo.“Minha preocupação é com

o lado humano e não físico. Este in-

vestimento de hoje representa eco-

nomia amanhã”, disse.

« Cursos culturais voltados para jovens é um dos

benefícios destacados pelo prefeito »

FotoPedroRezende

Page 58: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos58

Isto sim, é desenvolvimentosustentávelSustentada no tripé: ambiental, social e econômico, há 30 anos a Riviera de São

Lourenço se destaca como modelo internacional de uso e ocupação do solo, hoje

referendado com o ISO 14001.Quem conhece certamente aprova!

FotoMarFranz

A Riviera de SãoLourenço é umademonstração deplanejamento e a

eficiência na gestãoambiental são asferramentas paratraçar as linhas dodesenvolvimento

social e econômico

“Quem não gostaria de ter uma Rivie-

ra de São Lourenço em sua malha urba-

na? Um plano urbanístico que conseguiu

compatibilizar os espaços urbanos de

forma ordenada e garantir qualidade de

vida e preservação do meio ambiente

commedidas práticas.É o sonho de qual-

quer urbanista”, diz o diretor regional da

Companhia de Desenvolvimento Habita-

cional Urbano, Luiz Carlos Rachid.

Erguido dentro dos 8% de área ur-

bana do município, o empreendimento

Riviera de São Lourenço, que já atingiu

cerca de dois terços do seu estágio de

ocupação e 95% de insfraestrutura, tor-

nou-se uma demonstração inequívoca de

que o planejamento e a eficiência na ges-

tão ambiental são as maiores e melhores

ferramentas para traçar as linhas do de-

senvolvimento social e econômico.

Ribas Zaidan, diretor presidente do

Grupo Costa Norte de Comunicação, é

proprietário de imóvel no empreendi-

mento e destaca a qualidade de vida

proporcionada pelos serviços existentes

no local. “Quando optei por morar defi-

nitivamente em Bertioga com a minha fa-

mília, em 1988,escolhi a Riviera.Me apai-

xonei pelas áreas verdes, pelas ciclovias,

pelos espaços destinados aos pedestres,

tudo de forma muito harmoniosa. É o ver-

dadeiro sentido do desenvolvimento sus-

tentado – um lugar com todo o conforto

de uma cidade grande,mas que, ao mes-

mo tempo, proporciona o contato com o

ambiente preservado.

Rodolfo Amaral, jornalista pós-gradu-

ado em Finanças Públicas, ex-secretário

de Finanças de Santos e diretor da R.

Amaral & Associados - Consultoria, Pes-

Desenvolvimento

Page 59: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 59

quisas e Análise de Dados, avalia que a

importância do empreendimento no con-

texto de Bertioga se dá principalmente

pelo aspecto da arrecadação de impostos

(IPTU, ISS e ITBI, de forma direta) e pela

geração de empregos permanentes. “O

que se tem a fazer na Riviera (no terço

que falta para completar o projeto conce-

bido) ainda há de gerar alguns bilhões de

reais de movimentação financeira no mu-

nicípio, com milhões de retorno direito e

indireto aos cofres públicos, e na forma

de salários aos trabalhadores em geral,

além de retorno financeiro às empresas

e prestadores de serviços do município”.

Amaral lembra que, no estado de São

Paulo, o maior da federação, pouco mais

de 200, dos seus 645 municípios, possui

uma população superior a 20 mil habitan-

tes, e a Riviera foi projetada para abrigar

60 mil moradores. “O que por si só de-

monstra sua relevância.Creio, aliás, que o

modelo de planejamento utilizado neste

empreendimento deve ser amplamente

debatido nas discussões atuais sobre o

novo Plano Diretor, pois há muito de posi-

tivo a aproveitar neste projeto de desen-

volvimento urbano”.

A Riviera de São Lourenço é o único

projeto de desenvolvimento urbano do

mundo a receber a certificação da norma

ISO 14001, por seu sistema de gestão am-

biental.A renovação da certificação é feita

a cada seis meses por auditores externos.

O presidente da Associação dos En-

genheiros, Arquitetos e Agrônomos de

Bertioga, engenheiro Marcelo Godinho

Lourenço, ressalta a certificação conce-

dida à Riviera. “É um empreendimen-

to que recebeu prêmios internacionais

pelo modelo urbanístico de implantação

e hoje conta com o ISO 14001. Tudo isso

é possível porque existe planejamento

nas ações ali realizadas. Tudo na Riviera

de São Lourenço foi implantado com pla-

nejamento, no seu devido tempo, e é por

isso que funciona tão bem”.

Aspectos ambientaisAs preocupações e cuidados com o

meio ambiente na Riviera de São Louren-

ço não são de hoje. Desde seu início, em

« Plano urbanístico compatibiliza os espaços

urbanos de forma ordenada »

FotosMarFranz

No local existemtrês viveiros que,atualmente, abrigamcerca de 60 mil mudase mantêm a memóriabotânica da região.No empreendimento,já foram plantadasaproximadamente 100mil mudas de diversasespécies nativas

Page 60: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos60

1979, as aprovações perante os órgãos

públicos foram sempre precedidas de

rigorosas análises técnicas. Um trabalho

permanente que acompanha o desenvol-

vimento e o aperfeiçoamento da legisla-

ção ambiental e urbanística brasileira.

Em 2005,após atendidas as exigências

dos órgãos públicos municipais, estaduais

e federais, e mediante compensações que

envolveram,entre outras, a averbação por

parte da Riviera de mais de 2 milhões de

metros quadrados como área de reserva

legal, na continuidade do licenciamento

para a urbanização do empreendimento,

inclusive com a obrigação de um trabalho

diferenciado de manejo de flora e fauna.

Um programa que, aliás, tornou-se uma

referência para aqueles que tratam des-

ta matéria. Segundo a Gaia Consultoria e

Gestão Ambiental, empresa responsável

pelo programa, o manejo da fauna que en-

volve desde a busca ativa, recolocação dos

animais para área autorizada, biometria e

marcação, soltura e monitoramento, já en-

volveu milhares de espécies, entre répteis,

aves, aracnídeos,mamíferos e anfíbios. Já o

manejo da flora abrange o resgate de mu-

das, resgate de bromélias e orquídeas, en-

riquecimento de áreas verdes,o transplante

de espécies de médio porte, e o envio de

mudas para viveiros implantados na Riviera.

No local existem três viveiros que,

atualmente, abrigam cerca de 60 mil mu-

das e mantêm a memória botânica da

região. Após a germinação e desenvol-

vimento das mudas nos viveiros, elas são

destinadas ao plantio para recomposição

e adensamento das áreas verdes, que

passam a ser monitoradas pelo período

de 24 meses. No empreendimento, já fo-

ram plantadas aproximadamente 100 mil

mudas de diversas espécies nativas.

Um diferencial em relação à maioria

dos bairros no Brasil é a gestão ambiental

e urbana. É que na Riviera, a manutenção

e operação do sistema de água, esgoto,

resíduos sólidos, drenagem e limpeza de

ruas e praia é feito pela Associação dos

Amigos da Riviera de São Lourenço, que

trabalha com gestão profissionalizada, e

em parceria com a prefeitura local e con-

cessionárias de serviços públicos.

Por todos esses aspectos, a Riviera

de São Lourenço é considerada, por

quem a frequenta, um verdadeiro para-

íso. Como um bairro integrante de Ber-

tioga, pode ser acessado pela Rodovia

Rio-Santos, da qual, no Km 212, já se

avista o seu portal.

Há programas de visitas monitoradas

para as estações de tratamento de água

e esgoto, laboratório de controle ambien-

tal e central de triagem de lixo reciclável.

Para agendar uma visita, basta ligar para

a Sobloco Construtora no telefone (13)

3316 5330.

Desenvolvimento

Infraestrutura urbana

11.5mil unidades habitacionais;

ShoppingCenter com 50 lojas;

4 restaurantes;

2 escolas,uma pública,de ensino funda-

mental,outra,privada,de ensinomédio;

1 hipermercado;

Centro de tênis;

Centro hípico;

Clube de golfe;

Segurança patrimonial própria;

Manutenção dos bens comuns;

5mil empregos diretos.

Infraestrutura ambiental

Sistema de coleta, tratamento e

distribuição de água;

Sistema de coleta e tratamento de

esgotos;

Laboratório de controle ambiental;

Central de triagemdemateriais

recicláveis (ver na página 42);

Viveiro demudas;

Monitoramento ambiental;

Manejo de flora e fauna.

Infraestrutura social

Fundação 10 deAgosto – entidade que

oferece cursos profissionalizantes para

a população;

ProgramaClorofila – projeto de

educação ambiental junto às escolas

(ver na página 80).

« Empreendimento prima pelo conforto de uma cidade grande, sem

deixar de proporcionar o contato com o ambiente preservado »

Page 61: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 61

Page 62: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos62

Entrevista

O papel do LegislativoGarantir mecanismos que possibilitem o desenvolvimento sustentável de uma

cidade é também responsabilidade do Legislativo municipal. Sua tarefa é criar

e aprovar leis que incrementem atividades não-poluentes e incentivem a fixação

de empresas deste segmento no município, dentre outras questões.Abaixo, o

presidente da Câmara de Bertioga,MarceloVillares, fala sobre o tema

A açãofundamental deum vereador é

tentar entender anecessidade da

população de umamaneira geral e

traçar um caminhoa ser seguido

Como o Legislativo pode ajudar

no desenvolvimento da cidade? Eu

acredito que a ação fundamental de

um vereador é tentar entender a ne-

cessidade da população de uma ma-

neira geral e, a partir das demandas

apresentadas, traçar um caminho a

ser seguido. Então, se o desejo da

comunidade é ter uma cidade turís-

tica, voltada às questões ambientais,

sem grandes construções e indús-

trias, direcionamos nosso trabalho

neste sentido.

E como o vereador pode fazer

isso? Criando e aprovando leis que

assegurem atividades não-poluentes

na cidade, que incentivem o empre-

sariado local e que garantam a pre-

servação do meio ambiente, combi-

nando-a a um desenvolvimento eco-

nômico que possibilite um bem-viver

a nossa gente. Porém, cabe lembrar

que, apesar de sermos legisladores,

grande parte das leis não é de inicia-

tiva do poder legislativo, cabendo sua

proposta apenas ao poder executivo.

Page 63: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 63

« MarceloVillares, presidente da Câmara

de Bertioga »

FotoPedroRezende

E o que a Câmara faz nesses

casos? Ela leva ao conhecimento

do prefeito quais são as priorida-

des da população por meio de in-

dicações e requerimentos.Demons-

tramos ao Executivo, por exemplo,

que certa legislação é fundamental

para o bom funcionamento do nos-

so comércio, que é preciso criar in-

centivos fiscais para que possamos

ter um empresariado mais compe-

titivo. Convencido disso, o prefeito

manda a proposta de lei para a Câ-

mara, para análise e aprovação dos

vereadores. Fora isso, e acredito ser

o papel mais importante do verea-

dor, cabe ao Legislativo fiscalizar se

o dinheiro público está sendo bem

empenhado e gasto em ações que

estão em sintonia com os desejos

da maioria da população.

É possível criar leis e decretos

que facilitem a entrada de em-

presas não poluentes na cidade,

por exemplo? Como isso pode ser

encaminhado? Sim, é possível. Já

estamos, por exemplo, reavaliando

nosso Código Tributário com vistas

a criar mecanismos que incentivem

os empresários locais, desde o mi-

croempreendedor até o grande em-

presário, e novos investidores que

se interessem por nosso município.

Algumas das alterações que fare-

mos servirão para facilitar investi-

mentos na cidade e fortalecer o em-

presariado local. E isso acontecerá

também com outras leis que estão

defasadas. Temos recebido recla-

mações de empresários e investi-

dores sobre a dificuldade e a buro-

cracia de se montar um negócio em

nossa cidade. Estamos avaliando

Page 64: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos64

O Plano Diretor éo instrumento mais

adequado paraadaptar a cidade

às exigênciasde expansão e

desenvolvimento comsustentabilidade

« Cabe ao Legislativo fiscalizar se o dinheiro público está

sendo bem empenhado »

FotoPedroRezende

essas reivindicações, lapidando-as

conforme o interesse coletivo e va-

mos aplicá-las na modernização das

nossas leis. O Plano Diretor é outro

exemplo. Com sua revisão, podere-

mos prever todas essas questões.

Vamos oficializar algumas ações

que ou ainda não têm previsão legal

ou já não servemmais para nossa ci-

dade por já estarem ultrapassadas e

que são fundamentais para o nosso

desenvolvimento. Existem algumas

propostas que requerem isenções

de tributos ou geram gastos para

o Executivo, e estas, em geral, não

podem ser feitas pelos vereadores.

Neste caso, a saída é tentar traba-

lhar em conjunto com o poder exe-

cutivo. E é o que faremos.

Qual a participação do Legis-

lativo nas discussões sobre as

mudanças no Plano Diretor? O

Plano Diretor é uma lei que exige

participação direta do Legislativo.

Durante todo o processo de revisão,

a Câmara vai participar ativamente,

e não somente realizando as audi-

ências públicas obrigatórias por lei.

Voltando à sua primeira pergunta,

acho que o Plano Diretor é o melhor

instrumento que os vereadores têm

para transformar a cidade e otimi-

zar seu desenvolvimento. Afinal, por

meio dele é possível traçar toda a in-

fraestrutura urbana desejada para o

município, tendo em vista o modelo

de desenvolvimento que queremos

(nós, população). Para acompanhar

todos os detalhes desse processo

de revisão, este presidente, com o

apoio dos vereadores, decidiu criar

uma comissão de acompanhamento

dos trabalhos relacionados com o

PD, que será composta por alguns

vereadores e funcionários da Casa.

A ideia, neste primeiro momento, é

compreender essa lei,queébastante

complexa, dirimir dúvidas e buscar

subsídios para uma segunda etapa,

na qual participarão representantes

da sociedade civil organizada e de-

mais vereadores. Com isso, deseja-

mos estar bem preparados quando a

lei for encaminhada à Câmara, para

análise das comissões permanentes,

especialmente a Comatus, que trata

diretamente do planejamento da ci-

dade. Quando formos realizar as au-

diências, que desejamos fazer seto-

rialmente, indo até as comunidades,

contaremos com pessoas já quali-

ficadas para orientar a população

sobre a importância do PD e como

participar desse processo.

Sobre a verticalização na orla

da praia, qual o posicionamento

do Legislativo? É sempre o damaio-

ria da população, por isso, quando

temos questões mais polêmicas, que

geram discussões e que dividem

opiniões, a Câmara costuma reali-

zar consultas públicas para saber o

que a maioria deseja. Em assuntos

assim não dá para agradar a todos.

É preciso ter discernimento e, como

eu disse, pensar no presente com os

olhos no futuro. Eu, particularmen-

te, acho que a revisão do Plano Di-

retor é a grande oportunidade para

que todos possam ser ouvidos. É o

momento de fazer valer sua opinião.

Por isso, é indispensável que todos

participem das audiências, das reu-

niões, e não só do Plano Diretor.

Tudo o que envolve o município é do

nosso interesse, por isso temos que

participar. Caso contrário, nosso fu-

turo, o dos nossos filhos e netos, será

decidido por meia dúzia de pessoas

que se organizaram e fizeram valer

seus interesses.

Entrevista

Page 65: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 65

Visite: Pça.Vicente Molinari, s/n° - Vl. Itapanhaú - Bertioga/SP CEP: 11250-000 | Tel.: (13) 3319-9000 | CNPJ: 68.021.534/0001-38

www.camarabertioga.sp.gov.br | [email protected]

CâmaraMunicipal deBertioga Legislatura 2009/2012

MesaDiretorabiênio 2011-2012

Vereadores

Presidente Marcelo HelenoVilares (PTB)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9019 / 3319-9003

E-mail: [email protected].

br / [email protected]

Antônio Rodrigues Filho (DEM)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9017

E-mail: [email protected]

Vice-Presidente Pastor Clayton Fernandes Baptista

(PMN)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9006

E-mail: [email protected]

Caio Arias Matheus (DEM)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9009

E-mail: [email protected]

1° Secretário Alfonso DariWeiland (Alemão) (PRP)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9011

E-mail: [email protected]

NeyVaz Pinto Lyra (PRP)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9012

E-mail: [email protected]

2° Secretário Taciano Goulart Cerqueira Leite (PRP)

Taciano Goulart Cerqueira Leite (PRP) / 1.034 votos

Tel.: 3319-9000 / 3319-9014

E-mail: [email protected]

Renato Faustino de Oliveira Filho (PT)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9013

E-mail: [email protected]

Orvando da Silva (PTB)

Tel.: 3319-9000 / 3319-9010

E-mail: [email protected]

Page 66: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos66

A construção civil responde por mais de

um terçodoconsumodos recursosdoplane-

ta; inclua-se ai 12% do consumo mundial de

água doce, além da geração de 40% de to-

dos os resíduos sólidos domundo,de acordo

comorelatórioRumoaumaEconomiaVerde:

Caminhos para oDesenvolvimento Sustentá-

vel e aErradicaçãodaPobreza - UmaSíntese

para Tomadores de Decisão, divulgado este

anopeloProgramadasNaçõesUnidasparao

MeioAmbiente - PNUMA.

Diante dos desafios ambientais que a

humanidade enfrenta, a construção susten-

tável já é vista por muitos como o único ca-

minho para o setor de edificação civil no fu-

turo.Chamadosdeconstruções inteligentes,

os prédios construídos dentro dos padrões

de sustentabilidade precisam ser erguidos

de acordo com parâmetros ambientais em

todasas fases -doplanejamentoàoperação.

A vocação ambiental desses empre-

endimentos é atestada com selos de certi-

ficação como o Leed (Leadership in Ener-

gy and Environmental Design), fornecido

com parcimônia pelo instituto americano

U.S. Green Building Council Brasil, criado

em 2004. Para obter o Leed, o imóvel tem

de atender, no mínimo, a 26 exigências, de

Sustentabilidadeaopéda letraA construção sustentável poderá pautar o setor de edificação civil no futuro,por se

tratar de uma forma de poupar omeio ambiente,sem deixar de oferecer conforto

e qualidade de vida ao homem.Em Bertioga,umbomexemplo é a unidade do

McDonald’s,na Riviera de São Lourenço

Prédios construídosdentro dos padrõesde sustentabilidade

precisam sererguidos de acordocom parâmetrosambientais, doplanejamento à

operação

FotoDivulgação

Construções sustentáveis

Page 67: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 67

uma lista com 69. São avaliados o consumo

de energia, o reaproveitamento de água, o

uso de materiais certificados ou reciclados

na construção e no mobiliário, a localização

do prédio e a baixa produção de resíduos,

entre outros itens.

Em Bertioga, um exemplo de cons-

trução sustentável ideal é a unidade do

McDonald’s, localizada na Riviera de São

Lourenço. A primeira da América Latina a

obter a certificação Leed, categoria New

Construction, concedida pelo U.S. Green

Building Council a empreendimentos que

atendam critérios de sustentabilidade no

projeto arquitetônico e na construção. “A

conquista desta certificação mostra que as

soluções arquitetônicas e de construção im-

plementadas no restaurante são ambiental-

mente sustentáveis e reforça o compromis-

so histórico da empresa com a preservação

ambiental”, afirma Dorival Oliveira, diretor

de Expansão da Arcos Dourados Brasil.

Para o operador da unidade Riviera, Ro-

berto Pestana, a construção do empreendi-

mento foi um desafio e a localização ajudou

a concretizar a ideia.“A Riviera de São Lou-

rençoéo localperfeitoparaeste restaurante.

A região foi idealizada segundo parâmetros

internacionais de preservação ambiental”.

Custo-benefícioParaatenderasexigênciasdacertificação,

a construção pode ficar de 5% a 10% mais

cara, dependendo da sofisticação desejada.

Em contrapartida, o retorno vem em econo-

mia no longo prazo, tanto para o meio am-

biente, como para o bolso.Na Riviera de São

Lourenço, os números atestam os benefícios

do empreendimento para o meio ambiente:

em dois anos de operação, o McDonald’s re-

gistrou economia de 50%no uso de água po-

tável e de 14%nodeenergia elétrica.

Para isso, a construção contou com a

utilização de tecnologias de baixo impacto

como a prevenção de poluição, o reapro-

veitamento de resíduos, o uso de água da

chuva e de energia limpa e a utilização de

materiais naturais, renováveis, reciclados e

de produção regionalizada.

A unidade reúne uma série de ações

sustentáveis, como, por exemplo, o sistema

de captura de água pluvial, para utilização

na lavagem de pisos e descargas em toale-

tes, o que permitiu a redução do consumo

de água potável em 50%. Além disso, a ir-

rigação dos jardins também é feita com a

água das chuvas,o que significou uma eco-

nomia de 100% de água potável utilizada

para essa finalidade.

« Empreendimento atende critérios de sustentabilidade no

projeto arquitetônico e na construção »

A rede McDonald’sconta com maistrês restaurantesverdes no mundo:em Chicago (EUA),Lindora (Costa Rica) ePilar (Argentina)

FotoDivulgação

Page 68: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos68

Na orla da praia

Um outro empreendimento que segue os

parâmetros de edifícios ecologicamente

correto já pontua a orla da praia,na Praia da

Enseada. Trata-se do Dream Life, da Mont-

mann & Gomes Engenharia. Todo o proje-

to, com conclusão prevista para dezembro

deste ano, foi projetado com base na res-

ponsabilidade ambiental.

Dentre os diferenciais do prédio, a preocu-

pação com a permeabilidade - toda área

externa será permeável, para a absorção

das águas pluviais; alteração do sistema

construtivo - optou-se por alvenaria estru-

tural com utilização de 80% menos de ma-

deira e ferro; captação, tratamento e reuso

de água de chuva,o que irá garantir econo-

mia de 50% do uso de água potável;utiliza-

ção de pisos ecológicos, com mais de 20%

de conteúdo reciclado;áreas de iluminação

e ventilação aumentadas em 30%,o que di-

minui o uso de energia elétrica, e melhora

o conforto térmico.

Os responsáveis pelo empreendimento

também se preocuparam com a emissão de

carbono a ser gerada pelos veículos dos fu-

turos moradores. A compensação será por

meio do paisagismo (plantio de espécies

nativas da Mata Atlântica), cuidadosamente

estudado para este fim.“É obvio que temos

de preservar o meio ambiente, mas sem

hipocrisias; não se pode esquecer de pre-

servar o homem. Pensar em projetos que

contemplem o gerenciamento dos resíduos

da construção civil, e que tenham a preo-

cupação com a permeabilidade do solo é

tão importante quanto se preocupar com o

desmatamento”, defende o empresário da

construção civil Marcos Quintana, um dos

diretores da empresa. O grupo se prepa-

ra para o lançamento de mais três prédios

com os mesmos padrões de construções

sustentáveis na cidade ainda este ano: um

no bairro Maitinga e dois no Indaiá.

Em dois anosde operação, o

McDonald’s registroueconomia de 50% nouso de água potável

e de 14% no deenergia elétrica

Construções sustentáveis

O McDonald’s substituiu o gás das câ-

maras de refrigeração por um modelo que

não afeta a camada de ozônio. As peças de

madeira utilizam produtos provenientes de

áreas de manejo florestal e são certifica-

das pelo FSC (sigla em inglês para Forest

Stewardship Council, ou Conselho de Ma-

nejo Florestal, em português). Há itens de

decoração imitando madeira, mas que, na

realidade, são de plástico reciclado. O pai-

sagismo utilizou plantas nativas, que não

precisam ser regadas constantemente, pois

estão habituadas ao ecossistema.

O sistemade ar condicionadonão utiliza

CFC e émunido de um dispositivo que mo-

nitora as temperaturas interna e externa do

restaurante. Quando necessário, o sistema

desliga os aparelhos e abre as janelas au-

tomaticamente. Esse dispositivo economiza

energia sem deixar o ambiente desconfor-

tável para os clientes e funcionários. Com

isso,a carga térmica necessária para a refri-

geração é 25%menor.

Ainda como parte do gerenciamento

inteligente de energia, o aquecimento de

água das torneiras da cozinha e vestiários

é feito por meio de energia solar. A grande

quantidade de paredes de vidro, destaque

doprojeto arquitetônicodo restaurante,pro-

porciona o uso de luz natural e as luminárias

instaladas perto das janelas só acendem

quando realmente necessário. Em todo o

edifício, é priorizado o uso de lâmpadas

LED. Todas essas iniciativas promoveram

uma economia de 14% no consumo de

energia do empreendimento.

Page 69: Revista Especial Bertioga 2011
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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos72

Abundante em rios, trilhas, serras, man-

gues,faunae flora,e ainda contemplada com

monumentoshistóricosdegranderelevância

nacional, como o Forte São João,que data de

1532,eacentenáriaUsinaHidrelétricade Ita-

tinga, ambos em perfeito estado de conser-

vação, Bertioga tem potencial para se tornar

uma estrela do ecoturismo, segmento que,

segundo aOrganizaçãoMundial doTurismo,

crescemais de 20%aoano,enquanto o turis-

mo tradicional atinge 7,5%.

Agências de turismo da cidade operam

pacotes variados voltados ao público aman-

te da natureza, formado principalmente por

pessoas de classe média alta, escolas e es-

trangeiros, que buscam aventura, lazer, estu-

do e contemplação.

Mas,mesmo com tantos atrativos naturais

preservados e inquestionavelmente magní-

ficos, a procura por estes passeios na cidade

ainda é baixa, segundo os operadores, que

são unânimes na opinião de que as principais

carências do setor são a falta de informação,

de divulgação e de infraestrutura - principal-

mente em relação às trilhas.“As pessoas con-

sultam.Mas falta informaçãoatéparanósmes-

mos. Por isso, não divulgamos. Há também a

falta de parceria entre as agências e os hotéis,

por exemplo”,afirmaNádiaD´Angelo,da em-

presaViabilizaTur.Odiretor da agência Seiva

Tur,RicardoPereiradoRosário,reclamada fal-

ta de incentivodo setor público nadivulgação

da cidade.“Ainda faltamuito neste setor,prin-

cipalmente em infraestrutura”.

De acordo com essas opiniões, ainda há

muito a se fazer para que o ecoturismo venha

a se tornar uma das fortes atividades econô-

micas de Bertioga.Umobjetivo,contudo,per-

seguido pelo diretor municipal de turismo

Flávio Lessa,que garante avanços neste setor

ecitaosestudosparareadequaçãodaLeiMu-

nicipal de Ecoturismo,para a reciclagem dos

monitores de ecoturismo local, formados em

turmas de 1997 e 2005,e a preparação de um

cursodeguias,emparceria comaEmbratur.

Sobre o aporte nas trilhas,ele afirma que

está sendo feito um novo plano de mane-

jo e que, até o final deste ano, a cidade terá

pelo menos duas ou três trilhas estruturadas

com receptivo, sanitários e infraestrutura de

apoio ao ecoturista. Ele diz:“Bertioga já tem

uma trilha de excelência, que é a do Parque

Turismo

Muitos são os atrativosVocê ainda pensa que Bertioga é apenas a cidade das praias? Pois saiba que ela é recheada

de outros cenários naturais e históricos,capazes de atrair e cativar todo tipo de turista

Agências de turismoda cidade operampacotes variados

voltados às pessoasde classe médiaalta, escolas e

estrangeiros quebuscam aventura,lazer, estudo econtemplação

FotoMarFranz

Page 73: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 73

das Neblinas; queremos replicar o mesmo

padrão para outras trilhas da cidade para

potencializar o setor não só no planalto,mas

tambémaqui embaixo”.

O recurso para este investimento, segun-

do Flávio Lessa, deve vir da parceria com o

estado,pormeiodacriaçãodoNúcleoBertio-

ga,doParqueEstadualSerradoMar(PESM)e

doParqueEstadual RestingaBertioga (PERB).

Hoje, Bertioga possui oito principais tri-

lhas divulgadas pelas agências locais. De

acordo comLessa,dentro doplanodemane-

jo a ser discutido com o gestor do PERB,está

a reabertura da trilha do Itapanhaú,comdes-

cidapela Serra doMar,fechadadesde 1997.

CaminhosdeAnchietaO secretário estadual de Turismo Márcio

França destaca a criação do Projeto Passos

dos Jesuítas – Caminhos de Anchieta -, como

um futuro atrativo turístico para a cidade.

“Será uma grande colaboração nesse senti-

do. Trata-se de um roteiro de peregrinação

e contemplação criado em homenagem a

esses personagens históricos, que será feito

com acompanhamento digital on-line dos

principais pontos pelos quais o turista passa.

EmBertioga,osperegrinos têmcomoparada

quasequeobrigatóriaobeloForteSão Joãoe

a Praia da Enseada. Isso significa a chegada

de dezenas de novos turistas para conhecer

as belezas naturais e ecológicas da região”.

História, trilhas eaventuraConheça alguns dos roteiros operados

pelas agências deBertioga:

Forte São João

Uma viagem no tempo, mais especifi-

camente ao início da colonização do Brasil,

é o que proporciona a visita ao primeiro

monumento erguido em paliçada no país,

em 1532, para defender as vilas de Santos,

São Vicente e São Paulo de ataques de ini-

migos e indígenas. Localizado na Praia da

Enseada, às margens do canal de Bertioga,

cartão-postal da cidade.

Vilade Itatinga

Um pequeno vilarejo que possui uma das

mais antigas usinas hidrelétricas em funciona-

mento no Brasil (inaugurada em 1910). Lá é ge-

rada a energia para o cais e armazéns do porto

de Santos,o maior da América Latina.O roteiro

inclui passeio de barco e bonde elétrico,banho

na Cachoeira dos Três Poços e contemplação

de diversos ecossistemas da Mata Atlântica,

comomangue,restinga emata deencosta.

Terra IndígenaRibeirão Silveira

Visita à aldeia da tribo tupi-guarani,onde

é possível conhecer sua cultura, crença e ar-

tesanato.Passeio inclui caminhadaemmeioà

MataAtlântica até oRio Silveira.

ParquedasNeblinas

O passeio leva a uma região de Bertioga

localizada no planalto e inclui trilha, mergu-

lhonoRio Itatingaereceptivocomapresenta-

çãodoprojeto desenvolvido noparque

Trilhado Itaguaré

Caminhadapelos 3,5kmdepraias deser-

tas, canoagem no Rio Itaguaré e contempla-

çãodetrechosdemangueemataderestinga.

TrilhadoCacau

Umpasseio exclusivo que começa a bor-

do de pequenos barcos de alumínio pelo in-

tocado Rio Itaguaré;atravessa áreas de man-

gueeMataAtlântica.Emseguida,caminhada

demais 4 kmem trilhas agrestes ao longoda

planície de restinga, até uma plantação de-

sativada de cacau. O percurso é em terreno

misto, com trechos alagados e um pouco de

lama,passagemporriachos,terminandocom

banhode rio emumapequenapraia.

Acqua ride

Uma superaventura, cheia de adrenalina

onde o turista, após caminhada de 1,5 km,

chega às margens do Rio Itapanhaú, no tre-

choondeépossívelpraticaraatividade.Com

bote individualeequipamentodesegurança,

tem início a descida do rio por corredeiras

entre as pedras e pequenas quedas de água

(nívelClass I e II) para iniciantes.

Trilhadaágua

O passeio começa com a travessia do

Rio Itapanhaú, onde tem início a caminhada

de 700 metros por uma trilha seca com vi-

são para o ecossistema de manguezal. Todo

percurso é feito em terras do Sesc Bertioga.

Ecossistemavisitado:rio,mangue,mata ciliar,

mata de restinga emata deencosta.

«Vila de Itatinga está entre os roteiros

disponibilizados pelas agências de Bertioga

(www.seivatur.com.br,www.trilhastur.com.br e

www.viabilizatur.com.br) »

Page 74: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos74

« Região da Praia do Itaguaré,com o seu belo rio homônimo e exuberante

restinga, têm perfil para atender amantes do ecoturismo »

Mobilização pelo ecoturismo

A quem cabe a responsabilidade de pla-

nejar e desenvolver o ecoturismo em uma

cidade ou região? Como funciona esse

processo? Para responder estas e outras

perguntas, convidamos Eduardo Pichitelli,

diretor da entidade Ambiente Terra, e ar-

ticulista do Jornal Costa Norte.Acompanhe

alguns trechos da entrevista:

Como se inicia um planejamento re-

lacionado ao ecoturismo? Pode ser por

uma dessas duas maneiras: pela vontade

dopoderpúblico,quandoenxergaeenten-

de que essa atividade é de relevância para

a economia do município e, assim, dinami-

za todas as secretarias para se envolverem

no desenvolvimento do mesmo (normal-

mente não é assim que acontece); e pela

mobilizaçãodegruposdepessoas (empre-

sários, comunidade, associações etc.), por

meio de uma coordenação, que encabeça-

ráoprocesso (podendoserumacomissão).

Neste caso,serámais legítimoe relevante o

processo.Oecoturismosó funcionaquando

as pessoas da cidade incorporamo concei-

to de preservação ambiental e têm cons-

ciência de que não é apenas uma questão

de ideologia,mas uma fonte importante do

sustento e geração de trabalho e renda.

Como o ecoturismo pode colaborar

com o desenvolvimento sustentado

de um município? O ecoturismo pode

contribuir de maneira importantíssima

na economia de uma cidade gerando

trabalho e renda, preservação do meio

ambiente, da cultura e da história. Exis-

tem municípios que têm enorme poten-

cial para o desenvolvimento desta ativi-

dade, porém é necessário destacar que

a elaboração das diretrizes, das ações

e da consolidação das propostas deve-

rá ser extremamente criteriosa e muito

bem planejada, pois apenas atrativos

turísticos e belezas naturais não tornam

uma cidade um destino turístico.

Qual a forma correta de se planejar a

atividade? É manter sempre o foco na

preservação ambiental, permeando as

comunidades para que a atividade se

torne uma fonte econômica. A atividade

necessita do envolvimento e da partici-

pação dos diversos segmentos da socie-

dade, que serão os motores da atividade

trabalhando em conjunto, de maneira

alinhada. Incluem-se aí comunidades,

empresários, imprensa, poder público,

órgãos governamentais e não governa-

mentais.

Oque seria um ecorroteiro perfeito?O

roteiro perfeito para um destino ecoturis-

tíco manifesta-se quando a cidade exala

preservação ambiental através dos seus

moradores; quando, nas ruas, as propa-

gandas estejam relacionadas à susten-

tabilidade; quando, nas lojas, sejam ven-

didos produtos feitos por comunidades

locais como artesanato, doces etc, tendo

como proposta o “comércio justo”, no

qual todos são beneficiados através do

lucro de forma ética e justa; quando as

trilhas e os atrativos naturais sejam bem

sinalizados, oferecendo boa infraestrutu-

ra e segurança aos ecoturistas.

Como esse segmento pode fazer parte

das discussões do PlanoDiretor?Oplano

diretor deve contemplar o município como

indutor de boas práticas de sustentabilida-

de, promovendo o intercâmbio econômico,

social e ambiental entre os diferentes seg-

mentos.Deverá também referenciá-lo como

exemplo a ser seguido por outras cidades

na suagestãoverde,naqual opoderpúblico

dará incentivos fiscais nas ações que priori-

zemapreservação ambiental e se consolide

como umaAPL (Arranjo Produtivo Local).

Para conhecer a ONG Ambiente Terra

acessewww.ambienteterra.com.br

Turismo

Page 75: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 75

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos76

Comércio

Em busca de capacitaçãoCâmara de Dirigentes Lojistas investe em cursos e palestras para

aprimorar o segmento frente à demanda turística

FotoMarFranz

Page 77: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 77

Em parceria com o Senac e o Se-

brae,a Câmara de Dirigentes Lojistas

de Bertioga oferece cursos e pales-

tras voltados à capacitação de comer-

ciantes e trabalhadores do setor para

atender a demanda de crescimento

turístico que se espera para a cidade

nos próximos anos.

Com 160 associados, a entidade

disponibiliza, em média, de 20 a 30

vagas por curso, e mantém uma lis-

ta de espera. “Estamos trabalhando

de forma alucinante para capacitar

o comerciante, para que ele consiga

gerir bem o seu negócio e,ao mesmo

tempo, participar de um projeto con-

junto que envolva a sustentabilidade

social e econômica da cidade. Mas

só vamos conseguir isso se houver

uma parceria entre o setor privado e

o poder público”,diz a presidente da

CDL,Marisa Gomes Negro.

Um cadastro de hotéis e pousadas da

cidade está em fase de preparação para

ser inserido no site da Federação dos

Dirigentes Lojistas. A ideia é movimen-

tar o setor fora do período de tempora-

da, a exemplo de um encontro regional

de dirigentes lojistas que se realizará

nos dias 27 e 28 de maio, na cidade. “A

intenção é que essas pessoas venham

para cá, conheçam a cidade e depois

voltem com suas famílias”,disse Marisa.

De acordo comNei Serra,presiden-

te da Associação de Empresários de

Hotéis eTurismodeBertioga -Aehturb,

Bertioga conta commais de 400 hotéis

e pousadas,num total de mais de 3 mil

leitos.Ele concorda que a preservação

ambiental é a maior potência de Ber-

tioga na área de turismo, mas afirma

que o andamento das questões rela-

cionadas ao setor na cidade ainda não

encontraram o rumo.

« Qualidade no atendimento ao turista está entre

as metas da CDL »

FotoMarFranz

Page 78: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos78

Educação ambiental

Parceiros do futuroIniciativa privada e poder público somam esforços para a formação ambiental dos futuros

cidadãos bertioguenses.Tanto em sala de aula quanto em campo,estudantes da rede pública

de ensino ampliam seus horizontes e descobrem a importância do equilíbrio ambiental

FotoRenatadeBrito/PMB

Page 79: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 79

Projetos oferecemincentivos à formação decidadãos conscientes deseu papel na sociedadee sobre a importânciada preservação e doequilíbrio ambiental parao futuro da humanidade

“Não existe trabalho solitário em edu-

cação, ou você faz em grupo ou não faz”,

declara Dulce Regina de Carvalho Cene-

viva, secretária de Educação e Desenvol-

vimento Cultural de Bertioga, ao se referir

à coparticipação e à solidariedade - bases

dos projetos de educação ambiental de-

senvolvidos durante todo o ano com as 25

escolas e núcleos de educação do municí-

pio, em parceria com a iniciativa privada.

Os cinco projetos público-privados

movimentam as crianças tanto em sala

de aula, quanto em atividades de cam-

po, oferecendo incentivos à formação

de cidadãos conscientes de seu papel

na sociedade e sobre a importância da

preservação e do equilíbrio ambiental

para o futuro da humanidade. São eles:

Programa Clorofila, da Sobloco Constru-

tora, Expedições, do Sesc-Bertioga e o

Costa Norte Escola, do Grupo Costa Nor-

te de Comunicação, juntamente com os

projetos municipais Ecocaiaque e Curso

de Férias, em parceria com as secreta-

rias de Meio Ambiente e diretoria de

Assuntos Náuticos.

Quanto ao conteúdo dos projetos,

Dulce Ceneviva diz: “É um diferencial

fantástico porque trabalham a educa-

ção global, consciência ecológica, ci-

dadania, ética e sustentabilidade. E as

crianças adoram”. Ela também aponta a

vantagem de as atividades prolongarem

o tempo da criança na escola, em substi-

tuição ao período integral.

A chefe do setor de ensino Ivonete Bi-

chir, responsável pelo conteúdo pedagó-

gico da rede municipal, ressalta a impor-

tância das atividades com os estudantes.

“Podemos perceber na prática a mudan-

ça de atitudes e valores nas crianças e

elas levam isso para casa”. Nas próximas

páginas, conheça os projetos desenvolvi-

dos na cidade.

« Secretária de Educação ressalta a

solidariedade e a coparticipação como

linhas mestras dos programas de Educação

ambiental da cidade »

FotoPedroRezende

Page 80: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos80

Pequeninas mãos abrem espaço na

terra e plantam ali uma semente. Olhos

vivos e atentos cuidam do broto, acom-

panham de perto o seu lento crescimento

e, quando chega o momento da colheita,

o fruto é festejado, e levado para casa.

Pronto! Criou-se aí um vínculo com a ter-

ra, com o meio ambiente local.

Foi assim, por meio do plantio, que

o Programa Clorofila, criado e mantido

pela empresa Sobloco Construtora, abriu

as portas das escolas de Bertioga há 14

anos, para um projeto de educação am-

biental continuada. Sua premissa é fazer

com que as crianças descubram que são

agentes de mudanças, e que podem, efe-

tivamente, fazer a diferença onde vivem.

“O cuidado com a planta volta a atenção

para a preservação da natureza, é um

resgate, e por meio dessa vivência afeti-

va, ampliamos a percepção das crianças

para o todo”, diz a coordenadora do pro-

grama,Maria Cristina Peres.

Como as sementes das hortas e jar-

dins, as crianças crescem e como tal, pre-

cisam de acompanhamento, de cuidados,

até atingir o ponto de colheita, ou me-

lhor, tornarem-se cidadãos atuantes. Para

acompanhar esse dinamismo,o programa

ampliou sua atuação de acordo com a de-

manda escolar e, hoje, tem várias frentes

de trabalho, com projetos que envolvem

a participação de mais de 12 mil alunos

- do ensino fundamental ao básico -, de

17 escolas do município, entre públicas e

privadas, e com a participação efetiva de

professores, coordenadores, pais e a Se-

cretaria de Educação do município.

Um trabalho contínuo, silencioso, feito

por muitas mãos e com um único propó-

sito: criar nova postura coletiva quanto às

questões que envolvem a preservação

Educação ambiental

De grão em grão, clorofila criou raízesCrianças são agentes de mudança e podem fazer a diferença para um futuro melhor

O ProgramaClorofila, com 19

anos de existência, éhoje uma referência

no ambienteeducacional de

Bertioga. Publica edistribui nas escolaso Boletim Clorofila,um periódico que

proporciona a trocade informações

entre elas

FotoDivulgação/ProjetoClorofila

Page 81: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 81

ambiental no dia a dia. “Hoje, as escolas

de Bertioga caminham no sentido da sus-

tentabilidade. Tanto as crianças quanto

os professores estão verdadeiramente

envolvidos com esta questão. E o melhor,

já podemos dizer que temos uma geração

diferenciada”, afirma Cristina Peres.

O estudante Ezequiel da Silva Bastos,

de 12 anos, aluno do colégio EE Maria

Celeste, é um dos muitos exemplos dos

resultados das ações do Projeto Clorofila.

Com propriedade, ele diz: “Eu aprendi a

ajudar o meio ambiente, a cuidar da es-

cola e a ajudar a diretoria nos projetos de

meio ambiente, com a Agenda 21. Sem o

Clorofila, a escola não teria graça”.

A, B, ClorofilaO Programa Clorofila se ampliou e ,

atualmente, possui várias frentes. Come-

çou por iniciativa da Sobloco Construtora

com o Prêmio Atitude Ambiental, criado

em 1992, e existente até hoje.O concurso

consiste na avaliação de temas relativos a

questões ambientais, com premiação co-

letiva aos melhores trabalhos.

Em 1997, teve início o Projeto Clorofi-

la, com a proposta de criar hortas e jardins

nas escolas, em parceria com o viveiro de

mudas da Riviera de São Lourenço.A partir

daí, o programa fincou raízes e se estendeu

para vários campos, de acordo com a de-

manda escolar (veja quadro ao lado).

FotosPedroRezende

Projetos desenvolvidos

Feira Clorofila - Evento anual re-

alizado simultaneamente nas esco-

las participantes,em junho,quando

são realizadas ações como feira de

troca, oficinas de reaproveitamen-

to de materiais, mostra de filmes,

desfiles, exposições e outras ações

exemplares e inspiradoras para a

melhoria domeio ambiente.

Cursos de formação para educa-

dores - Proporciona o contato do

educador com profissionais espe-

cializados em diversas questões da

educação ambiental,e objetiva pro-

porcionar reflexão/ação na escola.

Encontro de parceiros - Encontro

anual com os gestores das escolas,

diretores, vice-diretores, coordena-

dores, supervisores, além de diri-

gentes regionais da educação.

Caravana da Primavera -Mutirão

de plantio na cidade que comemo-

ra a chegada da primavera emobi-

liza outros setores além do escolar.

A ideia é aumentar a arborização

da cidade pelas mãos dos próprios

cidadãos, e, assim, despertar uma

relaçãomais afetiva comBertioga.

Agenda 21 na Escola - Iniciada

em 2009 e voltada para alunos a

partir do 6º ano. O projeto incen-

tiva a formação de comissões de

meio ambiente, com a participa-

ção de alunos e dois professores,

responsáveis pela elaboração e

aplicação de propostas voltadas à

preservação ambiental.

«“O cuidado com a planta volta a atenção

para a preservação da natureza,é um

resgate”,diz Cristina Peres »

Page 82: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos82

Observar, sentir e experimentar,

essas são as propostas contidas no

projeto Expedições Ambientais, do

Sesc Bertioga, um dos programas

do Centro de Educação Ambiental –

CEA - da unidade; um espaço desti-

nado ao convívio e reflexões sobre as

questões socioambientais locais.

Destinado a estudantes da rede

pública de ensino da cidade e re-

gião, o Expedições Ambientais rea-

liza roteiros interativos nos ambien-

tes em que predominam a água e a

biodiversidade. A partir do segun-

do semestre, terão início os roteiros

que contemplam a sustentabilidade

e povos do litoral.

As experiências oferecidas pelo

programa pautam ações dentro e

fora da unidade. Nas expedições, as

crianças conhecem e vivenciam os

ambientes de Bertioga por meio de

acervos, painéis, tanque de toque,

maquetes, viveiro de mudas, lago,

casa do caiçara,e praia e estações de

tratamento de água e esgoto.

Munidos de binóculos e bloco de

anotações, os estudantes são convi-

dados a passear pelas alamedas e

observar os pássaros e árvores do lu-

gar. Em outro momento, conhecem o

núcleo de educação ambiental desti-

nado à baleia mink. Um ambiente in-

terativo onde as crianças têm contato

com a ossada de um exemplar da es-

pécie que encalhou em Bertioga em

março de 1991.O som peculiar do gi-

gante mamífero que ecoa no ambien-

te é o que mais desperta a atenção e

curiosidade dos pequenos.

Assim, por meio da vivência nos

variados ambientes e ecossistemas

encontrados entre a serra e o mar, as

crianças se encantam e aprendem.

“Utilizamos os animais como atrati-

vos para trabalhar o conteúdo dos

roteiros, como a importância da água

e dos seres vivos e sua relação com

A linguagem do encantamentoPor meio do contato com ambientes diversos,estudantes de Bertioga e região

compreendemmelhor o relacionamento humano com o meio ambiente

FotoCristianeSilva

Educação ambiental

Munidos debinóculos, os

estudantes sãoconvidados a passear

pelas alamedas eobservar os pássarose árvores do lugar

Page 83: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 83

os seres humanos”, diz a educadora

ambiental Ana Emília.

A proposta do CEA é incluir o

Expedições Ambientais no conteú-

do escolar do município, com quatro

visitas/ano por escola. Atualmente, o

projeto é desenvolvido de forma in-

tensiva com os alunos da EM José de

Oliveira, devido a proximidade com

o Sesc, o que possibilita o acesso a

pé. Segundo Ana Emília, há ativida-

des com a unidade escolar todas as

segundas-feiras. “Fizemos o eixo

água com todas as salas e, neste mês

de maio, vamos começar o eixo bio-

diversidade”.

FotoCristianeSilva

« Ambiente interativo proporciona

contato com a ossada de um exemplar

de baleia mink »

Page 84: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos84

Com papel, lápis, cola e muita criativi-

dade,crianças da redemunicipal de ensino

deBertiogacriam,a cadamês,frasesemen-

sagens em defesa da sustentabilidade do

planeta, por meio de um concurso que en-

volve alunos do 1º ao 5º ano.Ummovimento

intelectual estimulado pelo pioneiro projeto

Costa Norte Escola: comunicando para edu-

car,doGrupoCostaNorte deComunicação.

Realizado apartir de agosto de 2010,em

parceria com a Sabesp e a Secretaria Muni-

cipal deEducação,este ano oprojeto entrou

para a grade curricular municipal e conta

commais umparceiro,o Sesc Bertioga.

A chefe do setor de ensino, Ivonete

Bichir, explica que o Costa Norte Escola

trabalha conteúdos de ciências, com te-

mas voltados para o meio ambiente e a

língua portuguesa, por meio de gêneros

como poesia, redação ou cartazes. “É

uma ferramenta a mais para o professor

desenvolver o conteúdo das apostilas do

Sistema de Ensino Opet em sala de aula”.

Uma média de 500 trabalhos é apre-

sentada por concurso. As crianças desen-

volvem os temas em sala de aula e o pro-

fessor escolhe dois finalistas para concor-

rerem com os demais trabalhos enviados

Educação ambiental

Mais comunicação,mais saberA imaginação da criança é campo fértil, vai longe.A mente absorve com avidez

as ideias e informações, é só mostrar o caminho, como este

FotoPedroRezende

« Danilo Hideki autor do desenho acima,

produzido para o concurso“Economia de

Água”,com a diretora Lucia Helena »

Page 85: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 85

para a avaliação dos jornalistas do Jornal

CostaNorte.A premiação contempla o au-

tor (primeiro, segundo e terceiro lugar), as

escolas e os diretores das respectivas ins-

tituições. Este ano, a entrega dos prêmios

para os vencedores dos concursos reali-

zados no primeiro semestre ocorrerá em

julho, em uma cerimônia no Sesc Bertioga.

LeituraO Projeto de Leitura Jornal Costa Nor-

te também foi integrado à grade curri-

cular de ensino este ano. Ele consiste

em disponibilizar exemplares do JCN

semanalmente para as escolas do ensino

fundamental, a fim de que os professores

realizem trabalhos com seus alunos, ba-

seados nas notícias veiculadas pelo pe-

riódico. O objetivo é estimular o hábito

de leitura, ampliando o vocabulário e a

expressão escrita, além de promover dis-

cussões sobre assuntos da atualidade.

FotosPedroRezende

« Cartazes vencedores do concurso demaio com o tema Biodiversidade.Autores:AshleyVictória

Lemos Santos Faria (EMEF Delphino Stockler de Lima), João Paulo Mota de Freitas (EMEIF Jardim

Rio da Granja) e Kellyane Ferreira Tavares (EM José Carlos Buzinaro) »

Concursostrabalhamconteúdos comtemas voltados aomeio ambiente e àlíngua portuguesa

Page 86: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos86

Este trecho de uma reflexão do

poeta Rubem Alves sintetiza muito

bem a proposta embutida nos pro-

jetos de educação ambiental desen-

volvidos em Bertioga, onde a criança

interage com o meio, a exemplo dos

projetos Ecocaiaque e Curso de Fé-

rias, por meio de parceria com o pro-

jeto Criança Ecológica, do governo

do estado, e da proposta municipal

Barco-escola, que deve ser implanta-

do ainda este ano. Por meio deles, as

crianças são convidadas a ver, a to-

car na natureza, a entender o ciclo da

vida. São eles:

EcocaiaqueMais de mil alunos do 5º ano da

rede municipal de ensino já partici-

param do Ecocaiaque entre os anos

de 2009 e 2010.No curso,eles têm no-

ções básicas de canoagem e apren-

dem sobre a importância do costão

rochoso, da limpeza das praias e o

tempo de decomposição de resíduos

sólidos, recolhidos na praia durante

mutirão de limpeza. O aprendizado

é complementado com informações

sobre a vocação náutica de Bertioga

e sua aplicação no turismo.

De acordo com o diretor de Assun-

tos Náuticos, professor José Augusto

Coelho Filho, idealizador do projeto,o

objetivo é fazer com que as crianças

entendam a importância da náutica,

do meio ambiente e compreendam

que a colaboração de todos é funda-

mental para a preservação ambiental.

Curso de fériasIniciado em 2009, este braço da

educação ambiental em Bertioga é

destinado a crianças de 9 a 14 anos.

Com duração de uma semana, o cur-

so acontece no mês de janeiro, no

Forte São João, e abre vagas para 50

crianças.Os temas abordados nestes

três anos de realização foram costão

rochoso, animais noturnos e aqueci-

mento global/mudanças climáticas.

Educação ambiental

Muito além da sala de aula...“Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes

latinos - mas esqueci.Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a

beleza de uma árvore ou para a curiosa simetria das folhas”... Rubem Alves

Conteúdo doEcocaiaquedesperta nosestudantes ointeresse pelapreservação

ambiental e peloturismo náutico

« Crianças aprendem noções de

náutica e sua aplicação no turismo »

FotoMarcosPertinhes/PMB

Page 87: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 87

FotoRenatadeBrito/PMB

A educadora ambiental Mylene

Lyra, responsável pelo projeto, fala

do entusiasmo das crianças durante

os cursos, em especial sobre o que

estudou os hábitos de animais no-

turnos, ocasião em que as crianças

dormiram no Forte.“Elas ficaram alu-

cinadas. É interessante, porque isso

estimula o instinto de preservação.

Elas acabam tomando posturas de

como cuidar e levam isso para fren-

te. Assumem um compromisso com a

preservação”.

Barco-escolaApresentar os manguezais, as ma-

tas ciliares, a influência do oceano

nestes ecossistemas, a beleza das

« Área do Parque dos Tupiniquins abriga

atividades do Curso de Férias, realizado em

janeiro »

Mais de mil alunosdo 5º ano da redemunicipal de ensinojá participaram doEcocaiaque

Page 88: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos88

Duas décadas de lutas, duas décadas de conquistas e muita história para contar.

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EMBALAGENSEmbalagens descartáveis - Artigos para festas e decoração

Educação ambiental

nascentes - Bertioga possui mais de

300, todas em áreas de preservação

ambiental-, para estudantes dos 4º

e 5º ano da rede municipal, escolas

particulares e de outras regiões, a

bordo de um barco com capacidade

para 40 crianças.Esta é a proposta do

projeto “Navegando pela sub-bacia

do Rio Itapanhaú”.

De acordo com a educadora am-

biental da Secretaria Municipal de

Meio Ambiente Mylene Lyra, o rotei-

ro, que será realizado três vezes por

semana, com passeios de manhã e à

tarde, num total de 80 crianças por

dia, terá dois percursos, um com saí-

da do Forte São João e o outro a partir

do Parque Municipal Rio da Praia.

A viabilização do projeto, apresen-

tado ao Fehidro (Fundo Estadual dos

Recursos Hídricos), exige a contrapar-

tida do município no valor de R$ 58

mil, por meio do Fundo Municipal do

Meio Ambiente,para aquisição do bar-

co tipo chalana com motor de 150 hps.

O projeto total, que inclui capacitação

de professores sobre os ecossistemas,

tem custo de R$ 232 mil.

Projeto “Navegandopela sub-bacia do RioItapanhaú” aguarda

recurso do Fehidro paraentrar em vigor

FotoRenatadeBrito/PMB

FotoMarcosPertinhes/PMB

« Ecocaiaque faz a alegria da

meninada.Ao lado,muita atenção aos

ensinamentos deMylene Lyra,durante

o curso de férias »

Page 89: Revista Especial Bertioga 2011
Page 90: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos90

“Educar em sustentabilidade: 20 anos

Bertioga e Colégio Metodista”, este é o

tema a ser apresentado no desfile da ci-

dade, neste dia 19 de maio, pelos alunos

de um dos colégios mais tradicionais do

município, que completa duas décadas,

juntamente com a cidade.

Mais que um termo casual, o Colégio

Metodista introduz a sustentabilidadenodia

a dia de seus alunos,por meio de uma edu-

cação para a vida. “Para nós, quando esta-

mos no ato de ensinar e aprender, é impor-

tante que os alunos entendam o que é sus-

tentabilidade a partir dos conteúdos.Não só

entendam,mas vivenciem. Proporcionamos

uma ligação entre teoria e prática”,afirma a

diretora HorizontinaMello Canfield.

De acordo com a diretora, o colégio

trabalha atualmente com “três grandes

objetivos na área da sustentabilidade”.

São eles: implantação de políticas am-

bientais no espaço físico do colégio;

reorganização da matriz curricular em

Educação ambiental

20 anos em BertiogaAo comemorar duas décadas de atuação em Bertioga,ColégioMetodista leva para o

desfile de aniversário da cidade,um tema comumno dia a dia de seus alunos

O colégiodesenvolve

pensamento críticoe questionamento

no aprendizado dosalunos

FotoPedroRezende

projetos como prática experimental, par-

ticipativa e multidisciplinar; motivação

da escola por uma consciência crítica de

que educar para uma sociedade demo-

crática e humana exige atitudes como:

responsabilidade, respeito e comprome-

timento com ideais éticos e morais para

construções coletivas.

Esses objetivos permeiam projetos que

aglutinam várias disciplinas. A exemplo do

“Projeto de Vida Saudável”, que engloba

aulas de Educação Física,Biologia,Química,

Português, além de abordar temas ligados

aos alimentos que os alunos consomem.

Horizontina explica: “Quando o pro-

fessor lida com temas como a poluição

do ar e as consequências para uma vida

saudável, com certeza terá que abordar

doenças como asma e rinite, comum a al-

guns alunos. Ou seja, a intenção é trazer

para o cotidiano do estudante estas ques-

tões à primeira vista intangíveis”.

Nessa visão pedagógica para uma

Page 91: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 91

«“Projeto deVida Saudável” engloba aulas de educação física, biologia, química e português, além

de abordar temas ligados aos alimentos que os alunos consomem »

vida sustentável, o conteúdo escolar pro-

põe romper com a educação tradicional,

pois envolve a aprendizagem por meio

de processos reais, com a motivação de

alunos e pais. “Ao invés de informações

pré-determinadas, desenvolvemos pen-

samento crítico e questionamento, já que

aprender envolve construção de signifi-

cado”, afirma a diretora.

Horizontina reforça que “o colégio in-

corporou a preocupação ecológica e com

o meio ambiente porque está inserido na

Riviera de São Lourenço, um espaço pri-

vilegiado para se pensar a ecologia”.

Page 92: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos92

São mais de 30 quilômetros

divididos em cinco praias de

águas claras e excelente bal-

neabilidade. Ao longo da costa,

as paisagens mesclam o verde

da mata com o colorido ainda

discreto de sua área urbana. As

mais agitadas e com maior in-

fraestrutura são Enseada (Cen-

tro), São Lourenço e Boracéia

(divisa com São Sebastião). Ita-

guaré e Guaratuba reservam

a tranquilidade e o ar quase

deserto de uma região fora do

eixo do desenvolvimento.

Uma das riquezas naturais de Bertioga. Considerados berçários na-

turais da procriação de espécies marinhas, os manguezais são ecossis-

temas costeiros de transição entre os ambientes terrestre, fluvial e ma-

rinho, e ocorre em regiões costeiras abrigadas e sujeitas aos regimes

das marés. Nos manguezais, há caranguejos de várias espécies, aves

aquáticas e gamboas, que são braços de rios sujeitos a fluxo e refluxo

das marés. Os mangues estão entre os ecossistemas de maior produti-

vidade, pois garantem alimentos, proteção e condições de reprodução

para animais de várias espécies.

Progressista Bertioga

És recanto acolhedor

Lindas praias, verdes matas

Preservadas com amor

Entre a Serra e o oceano

E em teu belo litoral

Vivem fauna, flora, humanidade

Em equilíbrio natural

Teus encantos, que são tantos

A natureza esculpiu

Com as águas e os ventos

No teu solo tão gentil

És vibrante, Bertioga

De futuro promissor

Com a fé e a ciência

Dos teus filhos, o labor

E da gente hospitaleira

Fibra, raça e coração

Teus valentes pescadores

São heróis e tradição

A beleza, a natureza

Que se vêm admirar

Para tantos é Bertioga

Para nós, é nosso lar

Praias

Manguezais

Hino

Brasão

Perfil

Estância Balneária de BertiogaDimensões: 490, 03 km2 com 91, 25% de área de preservação ambiental

Criado em 22 de

janeiro de 1993

pela lei municipal

001/93.

Autor:Mauro

Dedemo Orlandini

População1991: 11.473

1996: 17.002

2000: 30.093 (Censo IBGE)

2007: 39.091 (Censo IBGE)

2009: 45.233 (Estimativa IBGE)

2010: 47.645 (Censo IBGE)

Densidade demográfica (hab/km2): 97,23

Origem do NomeA palavra origina do tupi Buri-

quioca: Buriqui (macaco) + Oca (mo-

rada). Morada dos macacos buriquis,

espécie abundante no Morro Buriqui,

hoje denominado Morro da Senho-

rinha, localizado a cerca de 500 me-

tros da área do Forte São João. Com

o passar dos tempos, a palavra Buri-

quioca sofreu modificações por parte

de portugueses e colonizadores até

chegar a Bertioga.

FotoMarFranz

AutorMiguel Roberto Moure

Page 93: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos 93

Orçamento 2011CâmaraMunicipal R$ 8.800.000,00 3,87%

BERTPREV R$ 23.050.000,00 10,15%

Gabinete do Prefeito R$ 8.778.000,00 3,87%

Sec.de Administração e Finanças R$ 20.400.000,00 8,98%

Sec.de Educação eDesenvolvimentoCultural R$ 55.600.000,00 24,48%

Sec.de Habitação e Planejamento Urbano R$ 2.389.000,00 1,05%

Sec.deMeio Ambiente R$ 4.586.000,00 2,02%

Sec.de Saúde e BemEstar R$ 54.500.000,00 24%

Sec.de Serviços Urbanos R$ 37.097.000,00 16,34%

Sec.deTurismo,Com.e Assuntos Náuticos R$ 4.000.000,00 1,76%

Procuradoria Geral doMunicípio R$ 2.400.000,00 1,06%

Secretaria de Ação Social R$ 5.500.000,00 2,42%

TOTAL R$ 227.100.000,00 100%

De acordo com o Cartório

Eleitoral de Santos, o número atu-

al de eleitores no município é de

36.025 mil.

A principal fonte de arre-

cadação da cidade é a cons-

trução civil. Em seguida vem

o turismo, com atividades de

ecoturismo emeios de hospe-

dagem. A pesca é outro setor

que movimenta a cidade por

meio da pesca amadora, pro-

fissional, turismo de pesca e

comércio especializado.

São Paulo : 115 km

Guarujá: 38 km

Santos: 54 km

São Sebastião: 85 km

Mogi das Cruzes: 54 km

19 de maio de 1991. A popu-

lação de Bertioga diz sim à auto-

nomia. Dos 3.925 votantes, 3.698

foram favoráveis. Apenas 179 dis-

seram não, 21 optaram pelo voto

em branco e 27 pela anulação.

Norte – Salesópolis, Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes. Acesso ao planalto pela

Rodovia Mogi-Bertioga.

Leste – São Sebastião.Acesso pela Rodovia Rio-Santos (BR-101).

Oeste – Santos.Acesso pela Rodovia Rio-Santos (BR-101).

Sul – Guarujá e Oceano Atlântico. Acessos pelas rodovias Rio-Santos (BR101) e

Piaçaguera; serviço de balsas, localizado na área central (Canal de Bertioga).

Eleitores AtividadeEconômica

Distâncias

Plebiscito

Localizada em Boracéia, divisa

com São Sebastião, a Terra Indígena

Ribeirão Silveira abriga cerca de 400

índios da etnia guarani, que mantêm

suas tradições culturais com rituais

religiosos, cantos e danças.

Reserva Indígena

Limites / Transportes

Bandeira

Localização:Posicionada

entre o litoral norte e a

Baixada Santista,comacesso

pela Rodovia Rio-Santos.

Criada pela lei 027/03 e

oficializada em 14 de se-

tembro do mesmo ano.

Autor: Pablo Onate

Latitude : 23° 56 27” S | Longitude: 45° 19 48”W.Gr

FotoMarFranz

FotoPedroRezende

Page 94: Revista Especial Bertioga 2011

Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2011 | Edição especial de emancipação: Bertioga 20 anos94

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