Revista Fecomércio PR - nº 92

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Revista Fecomércio PR - nº 92

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2 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 3

Investimento

Realizações e investimentos

Como você vai comprovar nesta edição, as atividades do nosso Sistema esquentaram ainda mais

o verão paranaense. Com a divulgação dos resultados das pesquisas, a conjuntural e a de opinião empresarial, vimos que o varejo no Paraná fechou 2012 com saldo positivo.

No acumulado do ano cresceu 5,8% e na comparação de dezembro com novembro, o acréscimo foi de 12,62%. Os resultados foram impulsionados pelo aquecimento na-tural das vendas relacionadas ao Natal, en-trada do 13º salário e, especialmente pelas concessionárias de veículos, que aprovei-taram o IPI reduzido. Outros segmentos do varejo que tiveram bom desempenho foram móveis, decorações e utilidades domésti-cas, autopeças e materiais de construção. Em novembro e dezembro houve também

o benefício da liberação da restituição do imposto de renda.

O projeto do novo hotel do Sesc em Cascavel ganha destaque na capa da revista. Será um marco no turismo da região oes-te, que abriga hoje 4,5 milhões de pessoas. A nova unidade traz inovações como uma estação ferroviária, para aproveitar o fluxo turístico que nos próximos anos vai ter à disposição este modal de transporte.

Também o início das obras da nova uni-dade do Senac em Marechal Cândido Ron-don representa um marco. A propósito, este ano vamos inaugurar outras três unidades do Senac no estado, em Francisco Beltrão, Pato Branco e Ivaiporã, esta última será in-tegrada com Sesc.

A área esportiva tem como atração maior a 25ª edição do Sesc Triathlon Caiobá, pro-va que praticamente iniciou a modalidade no Brasil em 1989. Em 25 anos, o Sesc Triathlon Caiobá deixou de ser um prova de abrangência local para se tornar referência no país. Para comemorar as bodas de prata, preparamos uma revista e um vídeo com o histórico da competição, os quais foram dis-tribuídos a todos os participantes deste ano.

Tivemos também a visita da Ministra da Cultura, Marta Suplicy, ao Paço da Liber-dade, a expressiva participação do Senac nos programas de gratuidade, tais como o Pronatec, a divulgação dos premiados no 1º Prêmio Fecomércio de Jornalismo, entre outras atividades que mostram ter sido este primeiro bimestre repleto de ações nas mais diversas áreas.

Boa leitura.

Darci PianaPresidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

T

Palavra do presidente

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4 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

03Palavra do Presidente Realizações e investimentos

05Artigo A capacidade de inovar

06Notas

12 Fecomércio completa 65 anos desenvolvendo o comércio paranaense

14 Custo Brasil

15 A e-consumidora brasileira

17 Empreendedoras virtuais

19 Comércio paranaense cresce 5,8% em 2012

21 Um ano de otimismo empresarial

22 Sesc: 65 anos transfor-mando vidas

24 Do campo ao Mesa

Capa41Hotel Sesc Cascavel

Vem aí uma nova opção de turismo e lazer para a região Oeste

NESTA EDIÇÃO

www.fecomerciopr.com.brwww.sescpr.com.br

www.senacpr.com.br

Fecomércio PRRua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andar CEP 80410-001 Curitiba PR 41 3883-4500

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

Darci Piana

Diretor Regional do Sesc PR José Dimas Fonseca

Diretor Regional do Senac PR Vitor Monastier

NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

[email protected] 41 3883-4530

Coordenador do Núcleo de Comunicação e Marketing

Cesar Luiz Gonçalves

Coordenador de Jornalismo Ernani Buchmann

Jornalistas Responsáveis Karla Santin DRT-PR 6657

Silvia Bocchese de Lima DRT-PR 6157

Redação e Revisão Carolina Lara

Fernanda ZiegmannGiana AndoniniIsabela MattiolliKaren Bortolini

Karla Santin Silvia Bocchese de Lima

Silvana Kogus – Estagiária

Fotos Ivo José de Lima

Arte e Diagramação Vera Andrion

ImpressãoCTP Graciosa Gráfica – Curitiba

Tiragem 10 mil exemplares

Ano XIII Nº 92 Janeiro | Fevereiro 2013

Errata: Diferentemente do que foi citado na edição nº 91 da Revista Fecomércio PR, na página 46, o nome correto do local indicado é Ponta da Pita.

27 Encontro nacional deve reunir dois mil participantes em Curitiba

29Um homem comprometido com o bem comum

30Rubens Edmundo Requião, uma história ligada à Fecomércio

32Ópera no Café aproxima as pessoas da música erudita

34 Senac e Hospital Angelina Caron assinam convênio

35 Pronatec Copa na Empresa prepara o mercado para o turismo

36 É de tirar o chapéu

39 Pela sindicalização feminina

43 Cascavel: Conexão entre o campo e a cidade

46 Show Rural, um mundo tecnológico

48 Wilkommen Senac!

49Oportunidade e dedicação, uma receita para o sucesso

50 Sol e calor nos 25 anos do Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobá

56 Os passos de um gigante

58 Artesanais, campe-ãs, apreciadas e... paranaenses!

62Guaraqueçaba, onde simplicidade rima com hospitalidade

69 Sindilojas Curitiba

70 Senac PR tem 18 anos novos cursos técnicos

71 Construções verdes

74 Próxima parada: Alemanha

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 5

Investimento

A capacidade de inovar

A inovação, um dos motores do desenvolvimento, está ligada nà imagem de Schumpeter,

um dos grandes economistas do Século XX que, em seus ensaios sobre o capita-lismo, foi o primeiro a chamar atenção para os avanços da ciência e da tecnologia como elementos da criação de novos processos de produção de bens e serviços. A ideia da inovação significa substituir, às vezes até brusca e repentinamente, o “velho” pelo “novo”, Por isso, Schumpeter, numa lin-guagem metafórica, afirma que a inovação produz uma “destruição criadora”.

Na verdade, a partir de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), as inovações são produto da mente humana e perpas-sam por um amplo espectro de aplica-ções. No plano das inovações radicais, podem ser citados: (a) a contenção das epidemias, a vacina de Jenner antivarío-la e a vacina Sabin contra a poliomielite; (b) os achados da genética e o decifrar de códigos, que abrem novos horizontes para o aumento da expectativa da vida humana; (c) as técnicas de prospecção do petróleo e a microeletrônica, que definem ciclos econômicos de longa duração, ao plasmar padrões e sistemas de produção. No plano das inovações incrementais, talvez as mais frequentes sejam as que surgem, a cada ano, no mundo da moda,

os desfiles promovidos pelos grandes costureiros e estilistas, ao propor novos figurinos e materiais.

As manifestações do intelecto fa-zem parte de um conjunto que, mais além do campo das tecnologias, como “maneira de fazer as coisas”, abrange as artes plásticas e a literatura. São ex-pressões variadas do engenho humano que geram, para seus autores, direitos protegidos por leis. A Lei brasileira nº 9.279/1996 protege a invenção, os mo-delos industriais, as marcas, etc. O Ins-tituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) não só registra a propriedade da invenção, através da concessão de cartas--patentes, como a importação de tecnolo-gia que, mais adiante, vai dar origem ao

pagamento de royalties devidos ao exterior. Em paralelo com a legislação e o Inpi, inte-gram a administração pública os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICT), instituídos pela Lei nº 10.973/2004, que podem inte-ragir entre si, formando núcleos ou conglo-merados institucionais, sob o manto do Mi-nistério da Ciência e Tecnologia criado em 1989; desse modo, pode-se dizer que o país possui um Sistema Nacional da Inovação.

O Inpi produz copiosa informação contida em uma série histórica 1998/2011, da qual é possível destacar os pedidos depositados de patentes de invenção. O número de pedidos flutua, nesse interva-lo de tempo, de 6 a 7mil pedidos anuais. Vale destacar que nos três primeiros anos da série o número de pedidos formulados por não residentes excedia os pedidos de residentes, mas daí em diante, de modo crescente, a prevalência se inverte. Dos 7.418 pedidos apresentados em 2011, 63% foram formulados por residentes.

No plano mundial, o Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO) talvez seja a fonte mais im-portante de informação sobre patentes de invenção. Na série histórica constru-ída para o Brasil, o número de pedidos, a partir de 1998 até 2011, é constantemente crescente: Foram 134 pedidos em 1998 e

586 em 2011, o que, isoladamente, cons-tituí um bom indicador da propensão à criatividade. Contudo, entre o pedido e a concessão da patente, a diferença pode ter importantes variações. Dos 165 pedi-dos de 1998, 67 foram transformados em concessões; em 2011, dos 586 pedidos, 254 foram efetivamente concedidos.

Nas comparações internacionais, com base na mesma fonte, os Estados Unidos apa-recem como o país com o maior número de inovações. É bem possível que a importação de cérebros vindos da Europa, em decorrên-cia das duas grandes guerras mundiais e, mais recentemente, procedentes da Ásia, explique boa parte dessa liderança. No acumulado en-tre 1998 e 2011, 2,8 milhões de patentes dos Estados Unidos comparam-se com 850 mil do Japão e 345 mil da Alemanha. Mesmo sem cogitar da qualidade e finalidade das pa-tentes, a diferença é abismal. A China, como potência emergente, juntamente com Hong Kong, teve, no mesmo período, 21 mil paten-tes, contrastando com 94 mil de Taiwan e 90 mil da Coreia do Sul.

Nesse universo de nações, o Brasil tem diminuta participação, com cerca de 2.600 patentes, quase igualado ao Mé-xico, mas bem acima da Argentina. Ex-cluindo a China e a Rússia, os outros dois Brics, Índia e África do Sul, acumulam 7.000 e 4.300 patentes, respectivamente.

A pequena participação brasileira em matéria de inovações deve ser devidamente matizada. Algumas inovações resultantes de pesquisas (P&D) desenvolvidas no Bra-sil têm alcance e repercussão internacional, como as pesquisas genéticas da Embrapa e a exploração do petróleo em águas profun-das, liderada pela Petrobras.

É alentador o fato de termos, hoje, à frente do MCTI, um notável físico e matemático vindo da área da exploração espacial.

T

Artigo

Antonio Oliveira SantosPresidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

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6 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Colégio Sesc São José comemora aprovação de 141 alunos em vestibulares

Sesc PR realizou 36ª Prova Pedestre XV de Fevereiro e Quinzinha

Desde 2009, o Sistema Fecomércio Sesc Senac

PR e o Grupo Educacional Bom Jesus oferecem

educação gratuita e de qualidade por meio do

Colégio Sesc São José. A parceria já formou

duas turmas – a última delas em dezembro do

ano passado, na qual 219 alunos concluíram o

Ensino Médio.

Referência na área social e educacional, o Colégio

Sesc São José comemora a aprovação de 141

alunos em vestibulares realizados em diversas ins-

tituições de ensino do país. Os passos de futuros

engenheiros, advogados, jornalistas, pedagogos,

nutricionistas, arquitetos, fisioterapeutas, psicólo-

gos, entre tantas outras escolhas trilham agora

mais confiantes, pois levam consigo a aprendiza-

gem trabalhada ao longo do Ensino Médio e as

vivências e valores repassados por toda a equipe

do Colégio, que além de profissionais em potencial,

também forma cidadãos.

A aluna Letícia Pilger da Silva se destacou

durante os três anos do Ensino Médio e foi

aprovada em primeiro lugar nos três vestibulares

que fez para Letras/ Inglês, na UFPR, UTFPR

e PUC. O amigo de classe, Lucas Oliveira

Falasque também comemora o primeiro lugar

em Tecnologia de Sistemas em Informação nos

vestibulares da UFPR, PUC e UP, além de Me-

catrônica Industrial na UTFPR. Quem também

garantiu a primeira vaga na UFPR, foi a aluna

Amanda Rodrigues da Rocha, que irá cursar

Matemática. Outros 28 alunos foram aprovados

pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Dos aprovados, 34 estudantes se destacaram

por meio do Sistema de Seleção Unificada

(Sisu), feita a partir da participação no Exame

Nacional do Ensino Médio (Enem) – contem-

plados com bolsas de estudo em instituições

de ensino particulares, 17 com 100% de bolsa

e outros 17, com 50%.

O Sesc PR em parceria com a prefeitura e a

Fundação de Esportes de Cornélio Procópio

(Fecop) realizaram a 36ª Prova Pedestre XV

de Fevereiro e Quinzinha, para crianças e

adolescentes. As provas iniciaram o calen-

dário de 2013 do Circuito Sesc Caminhada

e Corrida de Rua, e aconteceram no dia 23

de fevereiro em Cornélio Procópio. No mesmo

dia foram realizadas as corridas de 5km e

10km, além da Caminhada da Família, com

percurso de 4km, todas com largadas na

Praça Brasil.

A tradicional Quinzinha chegou a sua 16ª

edição, com a corrida Infantil, de 500m, para

crianças de 10 a 12 anos, e a corrida Juvenil,

de 1km para adolescentes entre 13 e 15 anos.

A prova conta com o apoio da Polícia Militar,

Tiro de Guerra e Corpo de Bombeiros.

Notas

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 7

Fecomércio PR promoveMissões empresariais para a China, EUA e Japão

Primeira edição do Justiça no Bairro Sesc Cidadão mobiliza curitibanos

A Fecomércio PR, por meio da Divisão de

Relações Internacionais, está organizando

três missões empresariais para 2013. China,

Estados Unidos (EUA) e Japão foram os pa-

íses escolhidos para receber as delegações

de empresários do Paraná. A primeira missão,

realizada em parceria com a Câmara de Comér-

cio e Indústria Brasil - China (CCIBC), acontece

de 15 de abril a cinco de maio, para a Feira de

Cantão, na China.

A feira é dividida em três fases, de acordo com

os segmentos representados. Os empresários

interessados podem escolher de qual fase

desejam participar. Há diferentes opções de

pacotes e a possibilidade de contratação de

serviços extras como auxílio na obtenção de

vistos, intérprete e programas turísticos.

Realizada desde 1957, a Feira de Cantão é hoje

o maior evento de negócios do mundo. São mais

de 59 mil estandes com 150 mil produtos, em

uma área de um milhão de metros quadrados.

As duas edições anuais, geralmente em abril e

em outubro, recebem visitantes de 210 naciona-

lidades diferentes. Este é o segundo ano em que

a Fecomércio PR promove missão para a feira.

EUAProgramada para o segundo semestre de

2013, a missão para os Estados Unidos ocorre

em parceria com a Câmara Americana de

Comércio. Os empresários participarão de

visitas técnicas a empresas americanas de

comércio. Estão previstos um livro e um vídeo

sobre como investir no Paraná, contendo

informações econômicas. Desenvolvidos em

inglês, os materiais apresentam informações

sobre as oportunidades existentes no estado,

destacando-o como destino estratégico para

investimentos no país.

JapãoA missão empresarial para o Japão ocorre

em outubro de 2012. Os interessados em fazer

negócios com o Japão podem contribuir com o

programa de visitas respondendo à pesquisa de

interesse do empresário enviada pela Fecomércio

PR. A viagem ocorre em parceria com a Câmara

de Comércio e Indústria Brasil-Japão (CCIBC) e

com a Jetro, órgão sem fins lucrativos que tem

a finalidade de promover os investimentos e o

comércio exterior do Japão.

SERVIÇO:

Missão para a Feira de Cantão, na ChinaCamila: (41) 3359-5115 / (41) 8808-5041 / [email protected]: (41) 3883-4537 / (41) 3883-4500 / [email protected]

Missão para os Estados UnidosGustavo Blum: (41) 2104-9377 | [email protected]: (41) 3883-4537 / (41) 3883-4500 / [email protected]

Missão para o JapãoHerberthy: (41) 3362-3663 / [email protected]: (41) 3883-4537 / (41) 3883-4500 / [email protected]

Em 16 de fevereiro, foi realizada a primeira

edição de 2013 do projeto Justiça no Bairro

Sesc Cidadão promovido pelo Poder Judiciário

e pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.

Os curitibanos acordaram cedo, para garantir

os serviços oferecidos pelo evento, na antiga

Vara da Família, no Centro Cívico.

Cerca de 10 mil atendimentos foram realiza-

dos durante a edição do projeto. Os serviços

incluíram desde emissão de documentos, até

audiências de inúmeras áreas do Direito, além

de orientações preventivas de saúde.

Essa edição também contou com o casa-

mento coletivo de 261 casais. O Senac PR foi

responsável pela maquiagem e penteado das

noivas agendadas. A cerimônia foi realizada

em frente ao Palácio da Justiça e foi presidida

pela desembargadora do Tribunal de Justiça do

Estado do Paraná e coordenadora do projeto,

Joeci Machado Camargo. O presidente do

Sistema Fecomércio PR, Darci Piana, e o

presidente do Tribunal de Justiça do Estado

do Paraná, Clayton Camargo foram padrinhos

do casamento ao lado do 1º vice-presidente

do TJPR, Paulo Roberto Vasconcelos; da

2º vice-presidente do TJPR, Dulce Maria

Sant´Eufêmia Cecconi; do corregedor da

Justiça e desembargador, Eugênio Achille

Grandinetti; da secretária de Estado da Justiça,

Cidadania e Direitos Humanos; Maria Tereza

Uille Gomes – representando o governador

Beto Richa; do procurador Geral da Justiça,

Giberto Giacóia; da vice-prefeita de Curitiba,

Miriam Gonçalves; do diretor regional do Sesc

PR, Dimas Fonseca; do capelão do Tribunal de

Justiça, Padre José Aparecido; da procuradora

do Ministério Público, Jacqueline Batisti; da

técnica do Programa Família Paranaense,

Alzenir Santos – representando a secretária de

Estado da Família e Desenvolvimento Social,

Fernanda Richa; do diretor de Saúde e Ação

Social do Sesc PR, Francisco da Costa e Silva.

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8 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Vinte e nove sindicatos filiados à Fecomércio

PR receberam o certificado de conclusão do

ciclo 2012 do Sistema de Excelência em Gestão

Sindical (Segs). Concedida pela Confederação

Nacional do Comércio (CNC), a certificação é

resultado da participação dos sindicatos em

diversos treinamentos, consultorias e palestras,

que têm como objetivo buscar a excelência na

qualidade da gestão sindical.

O escritor Paulo Venturelli tomou posse na

cadeira número 5 da Academia Paranaense

de Letras, em solenidade realizada no dia 25

de fevereiro, no Paço da Liberdade.

Venturelli foi eleito para suceder o escritor e

poeta paranaense Leopoldo Scherner. O novo

acadêmico é professor da Universidade Federal

do Paraná (UFPR) e autor de inúmeras obras

literárias.

Presidentes de 29 sindicatos receberam os certificados da CNC pela participação nos treinamentos do SEGS

Da esquerda para a direita: Adherbal Fortes, Paulo Vítola, Eduardo Virmond, Rui Cavallin Pinto, Carlos Antunes, Darci Piana, Ário Dergint, Clemente Juliatto, Albino Freire, Paulo Venturelli, Chloris Justen, Antonio Celso Mendes, Adélia Woellner, Jeorling Cléve, Ernani Straube e Ernani Buchmann. Também estiveram presentes os acadêmicos João Manuel Simões e Guido Viaro

Sindicatos filiados à Fecomércio PR são certificados pelo SEGS

Posse no Sesc Paço da Liberdade

Notas

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 9

Ministra Marta Suplicy participa de encontro no Sesc Paço da Liberdade

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, esteve no

Sesc Paço da Liberdade no dia 28 de fevereiro para

participar do Fórum Nacional de Secretários e Diri-

gentes Estaduais de Cultura, evento que reuniu 24

secretários de Estado da Cultura. Em seu discurso,

Marta elogiou o Sistema Fecomércio Sesc Senac

PR pela iniciativa de recuperar um prédio histórico e

transformá-lo em um centro cultural. Na sequência,

a ministra apresentou o Vale-Cultura.

Segundo a ministra, o programa é inédito no Brasil por

atuar em duas pontas: consumidor e produtor de cultu-

ra. “De um lado o trabalhador que não tinha acesso vai

poder gastar o seu vale-cultura no cinema, no teatro,

em livros. De outro, a produção cultural vai ser muito

beneficiada e vai se tornar muito competitiva”, afirmou.

Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc

Senac PR, Darci Piana, o empresariado de modo

geral tem a preocupação sobre os custos do Vale-

-Cultura, porém, acredita que as empresas com me-

lhores condições financeiras, quando entenderem

o funcionamento do programa, devem aderir. “Esse

adicional pago ao funcionário acaba voltando para

o comércio e para a área de serviço”, comentou.

A lei está sendo regulamentada pela Casa Civil e

deve começar a valer a partir do segundo semestre.

Vale-CulturaDirecionado a trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos por mês, o programa Vale-Cultura prevê o beneficio de R$50 mensais para ser utilizado com o consumo de cultura. Para que o funcio-nário receba o vale é preciso que haja adesão das empresas, uma vez que o pagamento do benefício não é obrigatório. Empresas que declaram o Imposto de Renda com base no lucro real poderão deduzir os valores gastos de até um por cento do imposto devido. As que não se enquadram poderão oferecer o benefício sem ter aumento na carga tributária. O desconto para o funcionário pode chegar a 10% do vale (cinco reais), mas ele pode escolher não participar do projeto. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, recebeu a

ministra da Cultura, Marta Suplicy, no Sesc Paço da Liberdade

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10 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

InvestimentoNotas

O Sistema Fecomércio Sesc Senac

PR realizará três inaugurações

consecutivas, uma ação inédita no

Paraná. A primeira unidade a abrir

as portas para a comunidade é a do

Senac Francisco Beltrão, no dia 8

de maio. Na sequência, dia 9, será

a vez de Pato Branco receber uma

nova escola profissionalizante. Para

completar, no dia 10 de maio, será

inaugurada a unidade conjunta do

Sesc e do Senac no município de

Ivaiporã, a primeira estrutura no

país a integrar as duas instituições.

Juntas, as unidades somam mais de 8,8 mil

metros quadrados dedicados à formação

profissional e à promoção da qualidade de vida

dos comerciários, empresários e população

das regiões abrangidas.

Na foto, o presidente do Sistema Fecomércio

Sesc Senac PR, Darci Piana, acompanhado

do diretor regional do Sesc PR, Dimas Fon-

seca, e do diretor regional do Senac PR, Vitor

Monastier, em visita à obra de Ivaiporã, no dia

21 de janeiro. O grupo foi recepcionado pelo

prefeito Luiz Carlos Gil e demais autoridades

do município.

Novas unidades Senac e Sesc: tríplice inauguraçãoUnidades do Sesc e do Senac serão inauguradas em maio

Salão Paranaense de Turismo

Cerca de cinco mil pessoas passaram pelo 19º

Salão Paranaense de Turismo, promovido pela

Associação Brasileira de Agências de Viagens

do Paraná (ABAV PR) nos dias 28 de fevereiro

e 01 e 02 de março, na Expo Unimed Curitiba.

O Salão Paranaense de Turismo é um dos

principais eventos de Turismo no Brasil e no

Mercosul. Agentes de viagens, profissionais

do trade e expositores participam de diferentes

atividades como feira de negócios, atualização

profissional, networking e eventos paralelos.

Este ano, o evento trouxe inovações ao público,

como o 1º Encontro Paranaense de Hospitali-

dade, em parceria com a Associação Brasileira

das Indústrias de Hotéis do Paraná (ABIH PR);

e a realização da Arena Gastronômica Abrasel,

com a Associação Brasileira de Bares e Res-

taurantes do Paraná (Abrasel). O Salão contou

também com a 9ª edição da Mostra das Regiões

Turísticas do Paraná, promovida pela Secretaria

de Estado do Turismo e pela Paraná Turismo.

A Mostra teve como tema central a campanha

“Paraná – Prazer em Conhecer”.

A participação do Sistema Fecomécio Sesc Senac

na 19ª edição do Salão Paranaense de Turismo foi

realizada em conjunto com a Confederação Na-

cional do Comércio (CNC), e teve como parceiros

a Federação Brasileira de Hotéis, o Sindicato das

Empresas de Turismo no Estado do Paraná

(Sindetur PR) e o Sindicato dos Trabalhadores

do Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem

e Gastronomia de Curitiba e Regiões (Sindeho-

téis). No evento, foi realizado o atendimento

ao público e divulgação institucional em um

stand, destacando os cursos do Senac na área

de Hospitalidade e o Turismo Social do Sesc.

Solenidade de abertura do 19º Salão Paranaense de Turismo

Page 11: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 11janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 1111

A primeira edição do Prêmio de Jornalismo da Fecomércio PR premiou

12 reportagens nas mídias impressa, eletrônica, televisiva e rádio que

tiveram como tema o restauro do antigo Paço Municipal de Curitiba e sua

transformação no Sesc Paço da Liberdade, unidade cultural do Sesc PR,

a revitalização do entorno ou a capacitação profissional do comércio das

redondezas. A premiação foi realizada no dia 27 de fevereiro, na sede

da Fecomércio, em Curitiba.

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana, destacou

a colaboração da imprensa para informar a população sobre os serviços

oferecidos pela instituição. “Temos nosso braço de qualificação profissional,

o Senac, enquanto o Sesc desenvolve ações nas áreas do esporte, lazer,

cultura, educação, saúde e ação social. Portanto dependemos dos jornalistas

para divulgarem nossos serviços”, disse.

COMISSÃO JULGADORAUma comissão julgadora composta por experientes jornalistas avaliou e clas-

sificou as matérias, levando em conta principalmente critérios como: temática,

qualidade de texto e criatividade. Adherbal Fortes de Sá Júnior, Cristiane

Lebelem, Nilson Monteiro, Paulo Vítola e o coordenador de Jornalismo do

Sistema Fecomércio Sesc Senac, Ernani Buchmann, integraram a comissão.

“Pretendemos que este prêmio se torne uma referência. Sabemos o quanto

os jornalistas lutam diariamente por suas conquistas. O tema proposto foi

escolhido porque o Paço representa um marco na história de Curitiba.

Um local que foi abandonado e, em 2006, foi concedido pela Prefeitura Um local que foi abandonado e, em 2006, foi concedido pela Prefeitura

ao Sesc para se tornar uma unidade de cultura”, explicou Buchmann.

Fecomércio PR entrega prêmio de Jornalismo

JORNALISTAS PREMIADOS

GRANDE PRÊMIO

• Marília Seeling e equipe – RIC TV

TELEVISÃO

• 1º lugar – Marília Seeling e equipe – RIC TV1º lugar – Marília Seeling e equipe – RIC TV1º lugar

• 2º lugar – Eduardo Nascimento Rohn e equipe – UFPR TV2º lugar – Eduardo Nascimento Rohn e equipe – UFPR TV2º lugar

• 3º lugar – Sara Marielli e equipe – RTVE

• 3º lugar – Elisa Rossato e equipe – Rede Massa3º lugar – Elisa Rossato e equipe – Rede Massa3º lugar

RÁDIO

• 1º lugar – Alisson Castro1º lugar – Alisson Castro1º lugar e equipe – RTVE

• 2º lugar – Maria Ester Chaves e equipe – RTVE

• 3º lugar – Ana Evelyn de Almeida e equipe – RTVE

INTERNET

• 1º lugar – Ruth Bolognese e Rose Arruda1º lugar – Ruth Bolognese e Rose Arruda1º lugar – Jornale

• 2º lugar – Everson Mizga2º lugar – Everson Mizga2º lugar – Portal Eco Rodovias

• 3º lugar – José Leonardo de O. Silva – JMA – Jornal Meio Ambiente3º lugar – José Leonardo de O. Silva – JMA – Jornal Meio Ambiente3º lugar

MÍDIA IMPRESSA

• 1º lugar – Luiz Augusto Juk – Indústria e Comércio1º lugar – Luiz Augusto Juk – Indústria e Comércio1º lugar

• 2º lugar – Rene Berardi – Indústria e Comércio2º lugar – Rene Berardi – Indústria e Comércio2º lugar

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 11

Page 12: Revista Fecomércio PR - nº 92

12 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Fecomércio completa 65 anos desenvolvendo o comércio paranaense

Entidade comemora atuação em benefício da economia do estado

Texto: Karen Bortolini

História

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana

Em 19 de janeiro de 1948, cinco sindi-catos do comércio de bens, serviços e turismo uniram-se em Curitiba para

fundar a Federação do Comércio do Paraná, iniciativa dos empresários paranaenses a partir das entidades patronais do segmento. Em 2013 a entidade completa 65 anos e comemora seu crescimento, contando hoje com 59 sindicatos filiados. Filiada à Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Fecomércio PR nasceu na esteira das medidas de modernização do país, após a redemocratização de 1946.

A Fecomércio é representante legal do em-presariado do comércio de bens, serviços e de turismo. Entre suas funções está a de adminis-trar os conselhos regionais do Sesc e do Senac. Tem a missão de representar seus filiados junto aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, assim como perante a sociedade. Apresenta so-luções, estudos e reivindicações que contribuem com a atividade empresarial.

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, destaca que é uma hon-ra estar presente como gestor na data em que a Fecomércio faz 65 anos. “Esta entidade tem um histórico de trabalho positivo muito grande. Durante esses anos de atuação vem trazendo a todo o comércio do Paraná, de bens, serviços e turismo uma enorme dedicação, e com isso re-sultados prósperos”, comemora.

Ao longo dos anos a entidade veio aumen-tando a gama de serviços oferecidos ao empre-endedor do comércio, seguindo o crescimento econômico da atividade. “Com certeza esses

anos de atuação atendem aos anseios de nossos empresários, pois sempre atuamos em defesa de seus interesses”, avalia o presidente.

Piana iniciou sua gestão em 2004. A partir de então, Fecomércio, Sesc e Senac passaram a atuar de forma integrada. “O Sistema passou a fortalecer a promoção de serviços que bene-ficiam comerciários e empresários com forte capilaridade em todo o estado. O Sesc, braço social do Sistema, conta com ações nas áreas de saúde, esporte, lazer, cultura, ação social e educação, enquanto o Senac oferece educação profissional”, pontua Piana.

Ao mesmo tempo em que defende e repre-senta, a Fecomércio também reconhece. Em 2006, criou o troféu Guerreiro do Comércio,

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 13

destinado a premiar empresários de destaque nos sindicatos filiados. Em 2013, o evento chega à oitava edição.

IFPDEm 2012 entrou em operação o

Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, IFPD, para promo-ver a área de pesquisas, assim como atuar na coordenação de estágios, ser-vindo de ponte entre o estudante e o mercado de trabalho. Também realiza a Pesquisa Conjuntural do Comércio, com indicadores mensais que acom-panham o desempenho do comércio, e a pesquisa de Opinião do Empresário, semestral, para mensurar a expectati-va dos empreendedores para o semes-tre seguinte.

EM AÇÃOA instituição oferece igualmente

mecanismos para o desenvolvimento comercial. É parceira de programas de capacitação e gestão empresarial e sindical como o Varejo Mais, rea-lizado em parceria com o Sebrae há sete anos. A iniciativa visa melhorar o desempenho das empresas parana-enses, incluindo micro e pequenas. O programa possibilita a troca de infor-mações sobre tecnologia e modelos de sucesso.

RECEITASA Fecomércio é mantida com re-

cursos próprios, oriundos da contri-buição anual compulsória dos empre-sários, prevista na CLT. É apartidária e não governamental, mas realiza ações

conjuntas e parcerias de entidades pú-blicas e privadas, visando somar es-forços para potencializar resultados. Um exemplo são os processos de re-vitalização de espaços comerciais, dos quais foi pioneira, realizados tanto em Curitiba quanto no interior do estado. As parcerias se estendem também a outras iniciativas que visam o desen-volvimento do Paraná. Para tanto, in-tegra o G7, ao lado de outras organi-zações da sociedade civil, e do Fórum Permanente Futuro 10, destinado a planejar o futuro a partir de projeções para os dez anos seguintes.

MISSÕESAs missões empresariais e rodadas

de negócios, inclusive internacionais, formam outra atividade da Federação, facilitando o contato entre quem quer vender e quem quer comprar produtos ou serviços. É a forma pela qual in-centiva intercâmbios comerciais, tec-nológicos, científicos e culturais.

CÂMARASA Fecomércio PR possui diversas

câmaras setoriais, com a intenção de descentralizar a tomada de decisões e segmentar serviços por meio de núcle-os de inteligência. São elas: Câmara Setorial do Comércio de Autopeças, Câmara do Comércio Exterior, Câ-mara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios, Câmara Setorial do Comércio de Produtos Farmacêu-ticos, do Comércio de Materiais de Construção e Câmara Empresarial do Turismo.

Sede da Fecomércio PR, em Curitiba

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14 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

$Custo BrasilAntigo empecilho da economia brasileira, Custo Brasil onera

o governo, trava desenvolvimento e competitividadeTexto: Silvia Bocchese de Lima

O déficit da balança comer-cial brasileira registra-do na primeira semana

de janeiro deste ano foi de US$100 milhões, conforme informação di-vulgada pelo Ministério de Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior. As exportações de semi-manufaturados tiveram acréscimo de 2,2%, enquanto os manufaturados recuaram 2,4%.

Os dados apontam para um empe-cilho antigo, mas já conhecido: o Custo Brasil, que contribui para evidenciar as T

limitações da economia brasileira, em especial à competitividade e produtividade.

Para o presidente do Sis-tema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, o Custo Brasil nada mais é do que um conjunto de gastos internos, que incidem de forma direta e indireta sobre o processo pro-dutivo brasileiro. “Isto resulta

no aumento de preços, queda na demanda, adiamento da expan-

são de unidades produtivas, me-nos crescimento do PIB, perda de $nos crescimento do PIB, perda de $competitividade, além dos impactos $competitividade, além dos impactos $restritivos nas relações econômicas $restritivos nas relações econômicas $interna e externa”, pontua o presi-$interna e externa”, pontua o presi-$

dente do Sistema Fecomércio.$

dente do Sistema Fecomércio.$

De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira da

$feito pela Associação Brasileira da

$Indústria de Máquinas e Equipa-

$Indústria de Máquinas e Equipa-

$mentos (Abimaq), o Custo Brasil

$mentos (Abimaq), o Custo Brasil

$deixa em média 36,27% mais caro um produto brasileiro se comparado a um alemão ou norte-americano.

Piana destaca como principais componentes do Custo Brasil os encargos trabalhistas extensos e ele-vados, a logística insuficiente, os gargalos portuários, a opção pelo transporte rodoviário em detrimento ao ferroviário, a carga tributária alta para um país em desenvolvimento, a regulação governamental excessiva, a burocracia elevada do setor públi-co além da máquina pública com ví-cios e desvios éticos.

O presidente do Sistema Feco-mércio PR defende que para haver desenvolvimento e vitalidade na economia são necessários investi-mentos, reformas tributária e admi-nistrativas, simplificação da legisla-ção trabalhista, adequação da mão de obra e estímulos à expansão e modernização do sistema produtivo. “O sucesso dessas ações dependerá da ação conjunta entre os três níveis de governo, da estreita obediência aos parâmetros legais vigentes e da clareza das políticas e assimilação pela sociedade”, enfatiza Piana.

Do campo à indústria encontram--se dificuldades para escoamento das produções, a infraestrutura defi-ciente encarece o preço dos produtos e sobre o valor final a ser pago pelo consumidor é imposta uma sobre-carga tributária. Com um programa de redução do Custo Brasil, Piana acredita que o país pode ter maior competitividade interna e externa, redução dos custos de produção, queda nos preços finais de mercado, aumento na geração de empregos e agilidade no processo produtivo. “São inúmeros os benefícios resul-tantes da redução do Custo Brasil, como aumento no poder de compra do consumidor e melhoria da quali-dade de vida, fatores que, inegavel-mente, contribuirão para um melhor desempenho do comércio varejista interno”, conclui.

Economia

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 15

Investimento

As atividades que a mulher moderna acumula diariamente não são novidades e entre as atri-buições que possui estão o trabalho formal e

doméstico, a maternidade, o casamento, o aprendizado e o ensinar constantes e, claro, a vaidade, o empreendedo-

rismo e o consumo. Mas a maneira que a brasileira con-some produtos e informações já não é a mesma como ela o fazia há uma década.

O aumento do poder de compra das classes C e D já ultrapassou a casa dos R$834 milhões ao ano, de acordo

A e-consumidora brasileira

Principal usuária das redes sociais, a mulher aumentou seu poder de consumo e alterou sua maneira de comprar

Texto: Silvia Bocchese de Lima

Comércio

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16 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Bons negócios

Para atender aos anseios do e-consumi-dor, é preciso ter origi-nalidade onde a vida acontece (online), estar em movimento e fazer a diferença. Aí está a oportunidade do varejo decifrar esses movi-mentos, inovar e saciar desejos tão diversos. Algumas empresas já se anteciparam ou decodi-ficaram movimentos da sociedade.

Atenta ao novo comportamento do bra-sileiro na internet, a rede Magazine Luiza criou o “Magazine Você”, o primeiro e-commerce social do Brasil. O usu-ário cria uma vitrine virtual, oferta até 60 produtos do site www.magazineluiza.com e compartilha com seus amigos no Facebook e Orkut. Sem nenhum investimento inicial o usuário recebe de 2,5% a 4,5% de bônus para cada produto vendido. A entrega e a cobrança são de responsabilida-des do Magazine Luiza.

Comércio

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com dados do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), concentrando 46,24% do total e as mulheres são 45,3% da população economicamente ativa no Brasil.

A mobilidade da pirâmide social do país representou o au-mento do consumo, muito dele ditado pelo público feminino e a entrada, cada vez maior, no comércio eletrônico. Prova dis-so foram os 3,1 milhões de ta-blets comercializados em 2012, em levantamento feito pela Ranking Brasil, ou seja, 222% maior do que no ano anterior, além das 368 milhões unidades de computadores vendidas. A empresa revela, ainda, que em 2013, espera-se a comercializa-ção de 5,1 milhões de unidades de tablets, um aumento superior a 60%.

Enquanto o Brasil ainda ocupa o 101º lugar entre os pa-íses em número de leitores de jornais impressos diários, o So-cialbakers, um portal mundial de estatística de mídia social, revela que o país é o segundo no nú-mero de usuários no Facebook, uma rede social. Os usu-ários brasileiros no Facebook já ultra-passaram os 65 mi-lhões, ou seja, 32,45% da popu-lação e 82,34% dos internautas brasileiros.

Desde o lançamento do fil-me “A Rede Social”, do diretor David Fincher, que conta os

bastidores da criação do Facebook, é crescente o número de usuários da internet que tem aderido ao site de relacio-namentos. Em dezembro de 2010, quando o filme foi lan-çado no Brasil, havia 8,8 milhões de usuários brasileiros registrados. Se comparado aos números atuais, houve um crescimento de 740%.

A pesquisa do Socialbakers também revela que 54% dos perfis do Facebook são de mulheres e a maior parcela do público do site, algo em torno de 32%, é formado por jovens, entre 18 e 24 anos, seguido da faixa etária de 25 a 34 anos, com 29%.

Como a forma de consumir informação e de se relacio-nar mudou, também se alterou a forma de fazer negócios. No Paraná, segundo dados da última Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, divulgada pela Federação do Comércio do Paraná, para o primeiro semestre de 2013, a internet já ocupa o primeiro lugar nos meios de comunica-ção utilizados por 19,47% dos empresários para veicular propagandas.

A rede mundial de computadores é tão atraente e um mercado promissor que no primeiro semestre de 2012, as vendas pela internet no Brasil chegaram a R$4,8 bilhões segundo estudo da Webshoppers, da e-bit.

Um segmento que pode lucrar, e muito, com este novo consumidor é o varejo, que precisa estar atento às novas formas de relações sociais, que acabam por influenciar a compra, o posicionamento das marcas e a interação do pú-blico com elas.

Segundo dados do Ibope, 23 milhões de brasileiros efe-tuaram compras online e geraram, em 2011, uma receita na casa dos R$20 bilhões. Este número só tende a aumentar. Pesquisa da Forrester Research estima que este mercado deve crescer até 2016, em torno de 178%.

O varejo tem uma vantagem sobre a indústria, pois tem o contato diário com os consumidores e é preciso conhecê--lo a fundo, entender seus hábitos, perfis demográficos,

comportamento, estilos de vida e o que é relevante para ele sobre um produto e uma marca. 54% dos perfis

do Facebook são de mulheres

vendas pela internet no Brasil R$4,8 bilhões

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 17

Investimento

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Empreendedorismo

Em 2012, uma jovem empre-endedora chamou a atenção do Brasil. Com apenas 25

anos, Bel Pesce é dona de uma em-presa voltada para a internet, e tem no currículo experiências de dar inveja a muitos especialistas: Google, Mi-crosoft e Deutsche Bank, sem falar na formação em nada menos que cin-co graduações (engenharia elétrica, ciências da computação, adminis-tração, economia e matemática) no Massachusetts Institute of Technolo-gy (MIT), nos Estados Unidos.

A sua empresa, a Lemon, vende um aplicativo para celulares, tablets e iPads para controle financeiro pesso-al. Em apenas três meses após o seu lançamento em 2011, o aplicativo já contava com mais de um milhão de usuários. Natural de São Paulo, Bel vive no Vale do Silício – região reco-nhecida como o principal centro de inovação tecnológica e empreende-dorismo do mundo.

A jovem ficou famosa no Brasil todo com a publicação em 2012 do livro A menina do Vale, que inspira jovens a empreenderem seus sonhos. Exemplo de empreendedorismo de sucesso na área de tecnologia e inter-net, Bel não se destaca somente pelos resultados alcançados. Ela se destaca também por ser mulher.

Segundo a engenheira da com-putação Natascha Hun, as mulheres vêm aos poucos conquistando es-paço em uma área que emprega na sua maioria homens. “É curioso o baixo número de mulheres na área.

Em minha primeira graduação, so-mente 17% da sala eram mulheres. Ano passado, palestrei no even-to PHP Conference Brasil e havia mais de 700 participantes de todo o Brasil e menos de 10 mulheres. Foi a 7ª edição do evento, e pela primei-ra vez uma mulher palestrando”, co-menta Natascha. A engenheira lidera uma equipe de TI em uma indústria de automação e empreende o site www.leitorxml.com.br em suas ho-ras vagas.

Para as profissionais e empre-endedoras da área, ela indica a rede Mulheres na Tecnologia, que realiza-rá o seu primeiro encontro em Goiâ-nia, em março deste ano. O encontro será realizado na Faculdade de Tec-nologia Senac Goiás.

PIONEIRISMO FEMININO Em 1995, quando se iniciou a co-

mercialização da internet no Brasil, Erica Marques começava também a programar. No ramo desde início, ela aponta que a presença feminina na área é recente. “Quando comecei a desenvolver sites realmente era um universo masculino, todo e qualquer evento relacionado à linguagem de programação era direcionado para homens. Comecei a perceber a mu-dança em 2008, no evento Google Developer Day em São Paulo. Tive a oportunidade de conversar com algumas mulheres empreendedoras, e penso que ali chegávamos a 20% dos presentes, bem diferente do 1% do início”, pontua.

E foi pela internet que Erica conhe-ceu o seu marido e hoje sócio, Pablo Esquivel. Em 2003, Pablo trabalhava em um grande projeto de web para uma multinacional. Com dificuldade em uma das etapas do projeto, postou a sua dúvida em um fórum, o que é bem comum para quem trabalha na área. Para a surpresa dele, a resposta veio de uma mulher. “Nessa época eram pou-quíssimas mulheres que trabalhavam na área, e as que trabalhavam acabam ficando muito conhecidas por todos.

Empreendedoras virtuais Empresárias mostram que há espaço para mulheres

nos negócios voltados para a internet

Texto: Giana Andonini

Erica foi homenageada como empreen-dedora do ano em 2007 pela prefeitura de Curitiba

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18 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Foi uma surpresa mesmo quando vi que a resposta era dela”, conta.

Os dois começaram a trocar ideias e informações sobre progra-mação, e o namoro começou. “Eu lembro que pensei: ela é linda, inte-ligente e ainda sabe programar. Não é possível!”, brinca Pablo. Alguns anos depois a parceria virou também sociedade, e hoje eles tocam juntos a administração da LogosBr, em Curi-tiba. Pelo seu sucesso como empre-sária, Erica foi homenageada como empreendedora do ano pela prefeitu-ra de Curitiba em 2007.

A empresa conta com parceiros de peso, como o Google. “Assim que começamos a desenvolver sites juntos percebemos que as páginas apareciam nos primeiros resultados do Buscador Google. E num país onde 98% das pesquisas é feita por este buscador, essa competência vi-

rou um diferencial muito importan-te para nós”, comenta. A LogosBr presta consultoria em Web Marke-ting e assessoria e acompanhamen-to na implementação de planos de ação para a internet. No portfolio estão serviços como anúncios online (SEM), otimização de sites (SEO), redes sociais e e-mail marketing. Para 2013, a expectativa da empre-sária é de 115% de crescimento no faturamento.

UM SALÃO DE BELEZA VIRTUAL Outra empreendedora de negócios

da internet no Paraná é a curitibana Yara Lúcia de Menezes Garcia. Yara é diretora do portal Web Salão Con-temporâneo, que busca facilitar a vida da mulher nos dias de hoje. O portal faz a ponte entre profissionais de ser-viços de beleza e clientes. Pelo site é possível realizar o agendamento e pa-

gamento dos serviços; o atendimento é feito no local que o cliente solicitar.

A ideia surgiu durante a faculda-de, enquanto ela cursava Marketing, trabalhava em uma associação de educação empreendedora e também em um salão de beleza. Yara juntou as experiências profissionais e a vontade de criar a própria empresa, e fez o seu TCC com o primeiro conceito do Web Salão. “Desde a ideia inicial até a exe-cução foram dois anos. Neste período, fiz o plano de negócios e participei de diversos concursos e eventos empreen-dedores, como o Startup Lab”, explica. O negócio saiu do papel em 2011.

Em 2012, ela foi a primeira mu-lher a vencer o Circuito Startup, um concurso de startups digitais. Neste ano, Yara estima aumentar a base de profissionais e clientes em Curitiba e preparar o negócio para a expansão nacional.

Yara no Startup Lab: participação em eventos empreendedores trouxe sugestões e feedbacks ao negócio

Benefícios.com Para quem trabalha com a internet, o ambiente de trabalho é qualquer lugar. Desde que haja conexão. “Atualmente estou trabalhando

somente em casa, mas já trabalhei em coworkings, cafés e em vários locais com wi-fi”, comenta Yara, do Web Salão Contemporâneo, que acabou de passar pela maternidade e mesmo assim não parou de trabalhar. “Trabalho em horários que em um emprego tradicional não seria possível e consigo conciliar as atividades muito melhor do que antes. Por outro lado, preciso criar estratégias o tempo todo para não perder o foco, pois trabalhar conectada é uma tentação, principalmente com as redes sociais”, comenta.

Erica Marques, da LogosBr, alerta para o outro lado da moeda. “Quando você trabalha remotamente, pode atender assuntos de trabalho desde o laboratório, do escritório de atendimento, ou até no sofá de casa. É o sonho de muitos trabalhadores, mas cuidado! Nem tudo é perfeito, essa facilidade de trabalhar de forma remota acaba fazendo com que você trabalhe em horários e locais que deveriam ser aproveitados em outras atividades”, pontua Erica.

Empreendedorismo

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 19

Investimento

Comércio paranaense cresce 5,8% em 2012Vendas de veículos e de móveis e decorações impulsionaram o varejo

Texto: Karla Santin

O varejo no Paraná fechou 2012 com saldo positivo. No acumulado do ano,

cresceu 5,8% e na comparação de de-zembro com novembro, o acréscimo nas vendas foi de 12,62%, segundo a última Pesquisa Conjuntural da Feco-mércio PR. Os resultados foram impul-sionados pelo aquecimento natural das vendas relacionadas ao Natal, entrada

do 13º salário e, especialmente pelas concessionárias de veículos, que vi-venciaram em dezembro o último mês do Imposto sobre Produtos Industriali-zados (IPI) reduzido.

O sonho típico do brasileiro, car-ro e casa próprios, aqueceu a econo-mia do estado. Os segmentos do va-rejo que tiveram maior elevação nas vendas foram materiais de constru-

ção e móveis, decorações e utilida-des domésticas. O bom desempenho foi estimulado pela queda nos juros, redução tributária em itens específi-cos de construção, manutenção dos financiamentos habitacionais e me-lhoria na renda.

E, com a casa nova, vem a ne-cessidade de preencher e decorar os espaços. O setor de móveis e decora-

Pesquisa

VENDAS COMPRASFOLHA DE

PAGAMENTONÍVEL DE EMPREGO

Móveis, Decor. e Utilid. Domésticas 10,77% 11,44% 9,77% 0,60%

Materiais de Construção 9,32% 6,29% 12,67% 7,97%

Concessionárias de Veículos 8,47% 3,30% 9,36% -0,59%

Óticas 8,11% 12,41% 8,88% -4,98%

Autopeças e Acessórios 6,98% 9,54% 0,06% -1,18%

Calçados 5,61% -2,85% 6,40% 0,85%

Livrarias e Papelarias 5,27% 7,36% 1,23% -5,34%

Supermercados 4,45% 7,44% 13,11% 10,57%

Farmácias e Perfumarias 3,49% 2,23% -0,79% -0,57%

Cine-Foto-Som 2,85% 9,33% -11,32% -7,50%

Vestuário 1,43% 15,80% 6,60% 0,70%

Lojas de Departamentos 1,30% 1,39% 7,76% -4,09%

Tecidos -0,58% -1,41% 4,79% 0,80%

Combustíveis e Lubrificantes -4,51% -5,24% 4,97% 2,33%

Total 5,29% 4,28% 7,68% 2,48%

Acumulado do ano Jan-Dez/2012 em relação a Jan-Dez/2011Acumulado do ano Jan-Dez/2012 em relação a Jan-Dez/2011

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20 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

ções obteve elevação de 10% no Pa-raná em geral e passou dos 20% em Londrina (25,58%) e na região Oeste (21,83%). A substituição do mobiliá-rio antigo, a queda do IPI e o finan-ciamento facilitado contribuíram para o aquecimento do setor.

As vendas do varejo no Paraná contaram com estímulos de políti-cas fiscais e monetárias expansivas do Governo Federal. O mercado de trabalho aquecido, o aumento da re-muneração média do trabalhador, a manutenção do financiamento habi-tacional e para veículos instigaram o consumo das famílias. A menor remu-neração da poupança levou o consu-midor a antecipar compras e acrescer as vendas. Em novembro e dezembro houve o benefício da liberação da res-tituição do imposto de renda.

De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, as políticas de incentivo à economia não conseguiram elevar o

crescimento do PIB conforme o pla-nejado e alguns setores do comércio não tiveram o faturamento esperado. “Em determinados ramos do varejo, as vendas do ano caíram devido a fa-tores restritivos à demanda, tais como o esgotamento da capacidade de endi-vidamento de consumidores, a alta do dólar sobre o real que elevou os pre-ços dos importados e o maior rigor na concessão de créditos”, explica. Os menores percentuais de crescimento foram registrados pelas empresas de combustíveis e lubrificantes, tecidos, lojas de departamentos, vestuário e calçados.

“Esses resultados corroboram a queda nas expectativas positivas dos empresários paranaenses verificadas nas duas Pesquisas de Opinião da Fecomércio de 2012. O empresaria-do pressentiu os efeitos restritivos da crise externa globalizada e acabou comprovando isso no desempenho das vendas”, completa Piana.

NOVAS REGIÕES PESQUISADASA Pesquisa Conjuntural do Co-

mércio é realizada pela Fecomércio PR, em parceria com o Sebrae/PR, que, no fim de 2012, iniciaram a im-plantação na região Sudoeste e em Paranaguá e litoral. Esta edição apre-senta os primeiros resultados obtidos pela colaboração das empresas.

Inicialmente, nos municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão, fo-ram pesquisadas empresas dos setores de supermercados e concessionárias de veículos. Os dados recebidos aponta-ram que no mês de dezembro o setor supermercadista registrou um aumento de 17,84% em relação ao mês anterior e as concessionárias de veículos obtive-ram ampliação de 62% nas vendas.

Em Paranaguá e região, os da-dos preliminares indicam que a re-gião teve crescimento de 71,88% nas vendas de calçados e vestuário e de 57,76% no setor de livrarias e papela-rias durante dezembro de 2012.

A pesquisa detalhada de cada região pode ser acessada no site www.fecomerciopr.com.br

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Méd

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2011

2012Evolução das vendas Paraná

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Pesquisa

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 21

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O empresário do comércio do Paraná está oti-mista. Foi o que revelou a 23ª Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio de bens,

serviços e turismo, referente ao primeiro semestre de 2013, divulgada pela Fecomércio PR, em janeiro, e que apresenta a expectativa dos empresários paranaenses so-bre os rumos do comércio.

Os últimos seis meses foram de insegurança, mas 2013 começa com 68,42% dos empresários paranaenses otimistas com as compras e vendas do primeiro semestre do ano. De acordo com o presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana, o ânimo renovado do empresário deve-se, sobretudo, à expectativa de safra agrícola recorde para o início deste ano no Paraná, geran-do impactos positivos no comércio; ao anúncio do Gover-no Federal sobre a redução da tarifa de energia elétrica e ao crescimento previsto para o PIB em 2013, superior ao registrado no ano passado. “Serão quase 15 milhões de toneladas de soja e 7 milhões de toneladas de milho a mais colhida no Paraná nesta safra, algo em torno de 27% se comparado a 2012. E quando a agricultura vai bem, o comércio vai bem também”, avalia Piana.

A manutenção das linhas de financiamento para o comércio, serviços, indústria e agricultura – o sistema produtivo –, a continuidade do financiamento imobiliário habitacional, à redução e o aquecimento dos empregos

são outros fatores que ajudam a explicar as expectativas positivas, segundo Piana. “Estamos em pleno emprego. A média de 5,5% de desemprego em 2013, anunciada pelo IBGE é a mais baixa desde 2002. Este número é transi-tório, os números reais de desemprego são inferiores, na ordem de 3,5%”, destaca.

Além disso, o empresário do comércio espera pelo aquecimento do setor, neste ano, vinculado à intensifica-ção das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e às obras relacionadas à Copa do Mundo 2014.

Quando o assunto é qualificação profissional, Piana lembra que o setor de comércio é o que mais emprega a mão de obra e enfatiza que com o otimismo em alta, os empresários buscam, ainda mais, a qualificação dos seus colaboradores. “Nossa pesquisa revelou que 41,59% dos empresários já utilizam as instituições do Sistema S, como Senac, Senai e Sebrae para treinar e qualificar seus colabora-dores e que 52,21% têm dificuldade em encontrar este pro-fissional já qualificado no mercado”, diz.

A sondagem mostra, ainda, que apesar da redução seleti-va nas alíquotas tributárias de diversos produtos e providên-cias do Governo Federal voltadas à desoneração das folhas de pagamentos e de salários das empresas, em diversos se-tores, a principal dificuldade apontada por 75,22% dos em-presários para enfrentar a concorrência foi a carga tributária elevada, seguida dos encargos sociais elevados (65,49%).

Para 23,01% dos entrevistados, problemas com dis-tribuição, ou seja, atravessadores e produtos piratas es-tão entre as principais dificuldades mencionadas pelos empresários do comércio em 2012 e a falta de segurança também foi apontada por 9,47%.

A pesquisa completa está disponível para download no site www.fecomerciopr.com.br.

Um ano de otimismo

empresarialSérie de medidas tomadas no fim

do ano pelo Governo Federal, aliada à safra agrícola recorde, eleva

expectativa favorável do empresário para compras e vendas

Texto: Silvia Bocchese de Lima

Opinião

Page 22: Revista Fecomércio PR - nº 92

22 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Sesc: 65 anos transformando vidas

Show e novo site destacam atuação da entidade no estadoTexto: Isabela Mattiolli

O Sesc faz parte da história e da vida dos paranaen-ses desde 10 de janeiro

de 1948 quando tudo começou no encontro da Rua Cruz Machado e a Rua do Rosário, no primeiro andar do antigo Edifício Prosdócimo. Foi lá que a primeira sede da entidade foi instalada no estado, como fruto da iniciativa privada para promover o bem-estar social.

O diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca, ressalta que o Ser-viço Social do Comércio é uma das

grandes contribuições do empresa-riado brasileiro na área social, com a criação do Sistema S. “A nossa en-tidade tem um DNA empresarial. A criação do Sesc e do Senac, por em-presários do comércio, foi um projeto visionário e que hoje justifica a per-manência dessas instituições em prol dos comerciários e da comunidade, também beneficiada pelas áreas de atuação do Sesc”, pontua.

A atuação da entidade se dá pelas áreas de ação social, cultura, educação, esporte e lazer, turismo e saúde. No Pa-

raná, em 2012, o Sesc realizou cerca de 43 milhões de atendimentos, por meio de suas 36 Unidades de Serviços em 24 municípios paranaenses.

O presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana, ressalta a importância do Sesc no estado. “São anos de muita história. Com certeza o Paraná tem muitas coisas importantes a agradecer ao Sesc, bem como ao nosso Sistema, pelo que ambos têm feito pelos nos-sos empresários e para o nosso povo do Paraná”, comenta.

Comemoração

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 23

ANIVERSÁRIOPara comemorar seu aniversá-

rio, o Sesc realizou atividades no dia 10 de janeiro. O lançamento do novo site da entidade foi um deles. O portal segue a inovação das novas marcas do Sesc, Senac e Fecomércio lançadas no ano passado, e traz o conceito de transformação de forma interativa e moderna.

Desenvolvido pela Gerência de Tecnologia e Informação do Sesc PR e pelo Núcleo de Comunicação e Marketing do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, o novo site apresenta as áreas de atuação da entidade re-presentadas por cores, facilitando a identificação visual.

O site www.sescpr.com.br, ainda apresenta informações e fotos sobre a maioria dos projetos executados pela entidade. Outra novidade é a opção de compartilhamento de notícias nas redes sociais: Facebook, Twitter e Google+, tornando o novo portal interativo e auxi-liando na divulgação das suas ações.

A mudança da marca, vem traduzir o novo posicionamento da entidade, que pretende transmitir ao público o conceito de transformação. O projeto

de comemoração dos 65 anos pretende ser uma ação contínua a ser realizada durante todo o ano de 2013, contri-buindo para o fortalecimento institu-cional do Sesc nos projetos que já pro-move com sucesso.

A professora aposentada Shyrlei Maurer Tanner, de 76 anos, já nem sabe quantas atividades praticou nas unidades do Sesc no Paraná. Ela lembra que iniciou com o voleibol master, no Sesc da Esquina, a convite de uma amiga comerciária, que já participava da modalidade. Foram 10 anos dedicados ao grupo que, de acordo com Shyrlei, era bem animado. “Partici-pávamos de competições, que se estendiam a comemorações. Tenho boas amizades que perduram até hoje”, recorda. Há oito anos, participa de atividades no Sesc Centro. Por lá fez aulas de dança e até um curso de modelo voltado à terceira idade, mas foi com a prática de vôlei de bola agarrada – vôlei adaptado à terceira idade, que Shyrlei se encontrou novamente com o esporte que tanto gosta. “Quando a professora da época me convidou para participar da bola agarrada fiquei com o pé atrás, por achar que era brincadeirinha de velho, mas hoje aquilo é tudo para mim”, confessa. Além dessa atividade, Shyrlei se ocupa com outras – todas no Sesc Centro. “Faço o vôlei de bola agarrada três vezes por semana, vou à academia da unidade e também frequento a bi-blioteca. Na quinta-feira é dia do bailinho, que também é o nosso divertimento. Criei um ambiente de amizade lá. A gente se sente em família. Não tenho do que reclamar, eu amo o Sesc”, revela.

Também no dia 10 de janeiro, o Ginásio de Esportes do Centro de Turismo e Lazer – Sesc Caiobá foi palco para o show com “Renato Teixeira & Filhos (foto) e Orques-tra Paulistana de Viola Caipira”, em comemoração ao aniversário do Sesc PR.

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Novo site: www.sescpr.com.brsite: www.sescpr.com.brsite:

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24 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Ter a garantia de que a produ-ção seja totalmente vendida e

aproveitada. Essa é maior segurança que um agricultor familiar pode ter. O Programa de Aquisição de Alimen-tos, o PAA, desenvolvido pelo Mi-nistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), assegura a compra dos produtos provindos de cooperativas agrícolas familiares e destina a quem mais precisa. E é nes-

ta hora que entra o Mesa Brasil em atuação, responsável por buscar onde há sobra e levar a quem falta.

Através da parceria firmada entre o Sesc e o MDS, o Mesa Brasil, pro-grama nacional da entidade, contribui na promoção do direito humano à ali-mentação adequada e na minoração do desperdício de alimentos no Brasil.

Na prática, as cooperativas fami-liares vendem seus produtos ao PAA,

por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que repassa ao Sesc, uma ponte até as entidades cadastradas para receber os donati-vos entregues pelo Mesa Brasil. A função deste é a da logística, arma-zenamento, cadastro e monitoramen-to perante as instituições, famílias e comunidades.

Somente em 2012, a Conab desti-nou 1.660.803,77 kg de alimentos ao

Do campo ao MesaAgricultura familiar representa em média

50% dos repasses ao Mesa Brasil

Texto: Karen Bortolini

Mesa Brasil

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 25

Mesa Brasil, o que significou 56% do repasse no Paraná. Estes produtos beneficiaram 738 instituições para-naenses, sendo que entre elas foram atendidas 1.116 famílias indígenas e 366 famílias quilombolas.

Foram 22 cooperativas que vende-ram ao PAA Conab, como é o caso da Copasol, localizada em São José dos Pinhais (RMC), que firmou contra-to com o Mesa Brasil no fim do ano

passado e repassa ao programa prin-cipalmente hortifrútis e laticínios. O agricultor e presidente da cooperativa, Amélio Valaski, conta que a Copasol foi adaptada à agricultura familiar des-de 2009, período em que foi integrada a novas possibilidades de comerciali-zação. “Passamos por uma época em que não conseguíamos vender nossos produtos. Agora, além de evitarmos o desperdício, temos a certeza de que

serão vendidos. Para nós é uma gran-de vantagem participar de programas como esse”, conta o agricultor.

Segundo ele, os produtores rurais ficaram muito satisfeitos com a ade-são, principalmente pelo valor dado à produção, pois os preços firmados pela Conab são justos. Oportunida-des de trabalho também são um pon-to forte. Com a garantia do sucesso nos negócios, os filhos dos agricul-

Agricultura familiar em números Paraná 2012

1.660.803,77 kg de alimentos foram repassados pela Conab ao Mesa Brasil

56% do total recebido pelo Mesa Brasil

738 instituições atendidas

1.116 famílias indígenas atendidas

366 famílias

quilombolas atendidas

22 cooperativas participaram do programa

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26 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

tores não têm mais a necessidade de buscarem emprego em cidades maiores. “Este programa é um in-centivo à agricultura familiar. Hoje, mais produtores querem participar. Eles veem vantagens de permanecer no campo”, comenta Valaski.

TODOS GANHAMNesta conta, todos ganham: o

agricultor e as entidades sociais. Par-te da coleta da produção da Copasol, equivalente a uma tonelada, realiza-da no início do fevereiro, chegou à Associação Educacional Boas No-vas, de Paranaguá.

A presidente da entidade, Claudia Xavier Pereira de Moraes, agradece ao Sesc e à cooperativa, e conta que os donativos serão entregues a famílias de baixa renda da Vila Guarani. A ins-tituição atende 80 famílias, o que re-presenta 315 pessoas, desde crianças, adolescentes, adultos e idosos.

“Todas as quartas-feiras entre-gamos a eles refeições prontas pre-paradas com estes ingredientes e o restante entregamos in natura. São verduras, legumes, frutas e laticínios que fazem muita diferença na mesa dessas pessoas. Muitos deles não te-riam condições de adquirir estes pro-dutos. O dia da doação é esperado por eles”, conta Claudia.

Produtos da agricultura familiar repassados ao Mesa Brasil

Cenoura, cebola, beterraba, pepino, milho verde, mandioca, laranja, uva, batata doce, alface, almeirão, couve, cheiro verde, brócolis, acelga, banana, melancia, rabanete, poncã, chuchu, bergamota, limão, pães, biscoitos, cuca, melado, embu-tidos, doce de frutas (compotas), fubá de milho, farinha de trigo, quirera, macarrão, canjica, arroz, feijão, milho para pipoca, bebida láctea, iogurte, picles, amendoim, açúcar mascavo, queijo, pimenta, ovos, mel, morango.

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Mesa Brasil

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 27

Sindicato

Promover o encontro e a troca de experiências e conhecimento entre as principais lideranças e representantes sindicais do país e estimular

o debate sobre temas ligados ao desenvolvimento do co-mércio e ao sindicalismo patronal. Esses são os objetivos do 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Co-mércio, Bens, Serviços e Turismo, que será realizado de 15 a 17 de maio, na Expo Unimed, em Curitiba. O evento deve reunir cerca de dois mil participantes, entre diretores e executivos de aproximadamente mil entidades associa-tivas e patronais e lideranças locais.

Realizado pelo Sindicato dos Logistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomético de Curitiba e Região Metropolitana (Sindilojas Curitiba) e pelo Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná (Sirecom-PR), com apoio da Fecomércio PR e da Confe-deração Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Tu-rismo (CNC), nesse ano o evento terá como tema central a sustentabilidade empresarial e contará com palestras de tributaristas e juristas de renome nacional.

Para o presidente do Sirecom-PR, Paulo César Nauiack, a atenção para o assunto deve ser permanente. “A susten-tabilidade empresarial se dá num contexto mais amplo que exige margens adequadas de contribuição e o cum-primento de obrigações sociais, ambientais e tributárias. É difícil manter essa condição convivendo com inúmeras leis e processos que são criados dia a dia por governan-tes e entidades, sem a devida consideração do papel de cada ator envolvido no processo, ainda mais quando há

a pressão da sociedade”, discorre.

Neste contexto, o en-contro ganha destaque a fim de dinamizar a gestão das entidades patronais. “Por que alguns sindicatos são mais exitosos nos seus resul-tados e no associativismo do que outros? É importante es-tar junto com outras pessoas debatendo e compartilhando experiências para se espe-lhar nos casos de sucesso e buscar melhores resultados, priorizando a convergência e a colaboração”, destaca Nauiack.

“O evento é uma opor-tunidade de tornamos a linguagem dos sindicatos homogênea nacionalmente, fortalecendo a atuação e par-ticipação da classe empresarial nas discussões para a ela-boração de projetos de lei e normativas, tendo em vista a união de todos os sindicalistas em defesa dos direitos da classe empresarial. Além disso, é um espaço para deba-termos a metodologia de administração das entidades a fim de melhorar o atendimento das demandas e ampliar o quadro associativo”, opina o presidente do Sindilojas Curitiba, Ari Faria Bittencourt.

Encontro nacional deve reunir dois mil participantes em Curitiba

Texto: Maria Emília Staczuk

"É importante estar junto com outras

pessoas debatendo e compartilhando

experiências"

Paulo César Nauiack , Presidente do Sirecom-PR

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 27

Page 28: Revista Fecomércio PR - nº 92

28 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, a participação da entidade no evento também é um exercício da representatividade sindical. “Cabe a nós darmos o apoio necessário e es-timularmos ações como esta. Quanto mais os sindicatos estiverem escla-recidos sobre as suas necessidades, melhor será a participação junto à Fecomércio”, ressalta.

DEBATES E EXPOSIÇÃOUm dos principais assuntos abor-

dado no evento será a substituição tributária, com foco nas dificuldades

ou benefícios da cobrança do impos-to por antecipação. Serão repassadas orientações para auxiliar o empresá-rio a gerir seu negócio nesse novo cenário e prever os investimentos necessários para administrar a recei-ta, considerando instrumentos como controle do fluxo de caixa e planeja-mento estratégico.

A sustentabilidade terá como enfo-que a perenidade das empresas e sindi-catos, especialmente no atendimento e fidelização do público alvo, garantindo a arrecadação. “Essa relação deve ser equilibrada para que haja a profissio-nalização dos produtos e serviços e, consequentemente, a sua viabilidade econômica”, comenta Piana.

Outra questão em voga será a logística reversa. Parte integrante da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sua implantação em todo o país deverá ocorrer, no máximo, em 2016. A medida prevê o retorno para a indústria de mate-riais, como eletroeletrônicos, para que possam ser reaproveitados pelo fabricante.

O sistema envolve todos os par-ticipantes da linha de produção e distribuição, entre eles os comercian-tes que, eventualmente, terão que prever pontos de coleta para devo-lução do produto pelo consumidor. A participação dos estabelecimentos

comerciais para a recepção, armaze-namento e encaminhamento desses materiais e equipamentos à recicla-gem vão figurar entre os assuntos discutidos, bem como a captação e alocação dos investimentos em espa-ço físico e segurança para se adequar à nova exigência.

Outras temáticas também serão abordadas, em grupos individualiza-dos, entre elas: cooperativismo de cré-dito, contribuição sindical, shopping centers, comércio de rua e negociação coletiva. Além disso, serão apresenta-dos cases de sucesso na comunicação sindical e promovido um painel sobre as súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O evento também vai contar com uma área de exposição de 568 m2, com aproximadamente 30 estandes de empresas relacionadas ao setor que vão apresentar seus produtos e serviços.

"Cabe a nós darmos o apoio necessário e

estimularmos ações"

Darci Piana,Presidente do Sistema

Fecomércio Sesc Senac PR

"É um espaço para debatermos a metodologia de

administração das entidades"

Ari Bittencourt,Presidente do

Sindilojas Curitiba

Sindicato

Apoio:Realização:

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InscriçõesAs inscrições para o 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio,

Bens, Serviços e Turismo já estão abertas. Os valores variam entre R$ 400,00 e R$ 500,00 para congressistas, de R$ 350,00 a R$ 400,00 para assessores jurídicos e executivos e de R$ 350,00 a R$ 400,00 para acompanhantes, conforme períodos predefinidos. Outras informações podem ser obtidas no site sindicatospatronais.com.br/29encontro ou pelos tel.: (41) 3521-6226 e 3205-0476.

InscriçõesAs inscrições para o 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio,

Bens, Serviços e Turismo já estão abertas. Os valores variam entre R$ 400,00 e R$ 500,00 para congressistas, de R$ 350,00 a R$ 400,00 para assessores jurídicos e executivos e de R$ 350,00 a R$ 400,00 para acompanhantes, conforme períodos predefinidos. Outras informações podem ser obtidas no site sindicatospatronais.com.br/29encontro ou pelos tel.: (41) 3521-6226 e 3205-0476.

InscriçõesAs inscrições para o 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio,

Bens, Serviços e Turismo já estão abertas. Os valores variam entre R$ 400,00 e R$ 500,00 para congressistas, de R$ 350,00 a R$ 400,00 para assessores jurídicos e executivos e de R$ 350,00 a R$ 400,00 para acompanhantes, conforme períodos predefinidos. Outras informações podem ser obtidas no site sindicatospatronais.com.br/29encontro ou pelos tel.: (41) 3521-6226 e 3205-0476.

InscriçõesAs inscrições para o 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio,

Bens, Serviços e Turismo já estão abertas. Os valores variam entre R$ 400,00 e R$ 500,00 para congressistas, de R$ 350,00 a R$ 400,00 para assessores jurídicos e executivos e de R$ 350,00 a R$ 400,00 para acompanhantes, conforme períodos predefinidos. Outras informações podem ser obtidas no site sindicatospatronais.com.br/29encontro ou pelos tel.: (41) 3521-6226 e 3205-0476.

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 29

Um homem comprometido

com o bem comum

José Aroldo Gallassini fez da Coamo a maior cooperativa agroindustrial da América Latina

Texto: Carolina Lara

José Aroldo Gallassini, uma das personalidades a receber a Ordem do Pinheiro do Paraná em dezem-bro de 2012 e cidadão honorário de mais de 30 cidades paranaenses, é catarinense, mas tem uma exten-sa história de contribuição com o desenvolvimento do Paraná. En-genheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná em 1967, Gallassini é o idealizador e presidente da Coamo Agroindus-trial Cooperativa.

Quando chegou a Campo Mou-rão era recém-formado e trabalhava para a Acarpa, hoje Emater. Na épo-ca, o ciclo da madeira estava termi-nando e Gallassini recebeu a missão de levantar a realidade rural da re-gião, onde o solo era ácido e os agri-cultores desconheciam as técnicas agrícolas. Apesar das dificuldades, a missão foi cumprida com sucesso.

Por meio dos programas de exten-são rural da extinta Acarpa, Gallassini

contribuiu com novas técnicas de cultivo da terra, tendo conduzido os primeiros experimentos de trigo e soja. Com a necessidade de vender o que se colhia, veio a ideia da coope-rativa, que nasceu em 28 de novem-bro de 1970, com 79 cooperados.

Do verbo cooperar, ou seja, tra-balhar em comum, o cooperativismo liderado por Gallassini começou a prosperar e a render bons frutos, con-tribuindo com a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente produtivo.

Hoje, quase 43 anos depois de sua fundação, a Coamo conta com mais de 25 mil associados. É a maior cooperativa agroindustrial da América Latina com 119 unida-des em 65 municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Um exemplo de como um homem comprometido com seus ideais consegue promo-ver a transformação em prol do bem comum.

Perfil

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SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 29

Impr

ensa

Coa

mo

Page 30: Revista Fecomércio PR - nº 92

30 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Assessor jurídico da Fede-ração do Comércio desde 1978, Rubens Edmun-

do Requião é advogado há 47 anos. À frente do escritório de advocacia mais tradicional de Curitiba, o Re-quião e Requião Consultores Jurí-dicos S/C, ele conta que a banca foi fundada no ano de 1922 por Arthur Ferreira dos Santos. A reportagem da revista Fecomércio resgatou a histó-ria deste profissional, que se funde à trajetória da entidade.

REVISTA FECOMÉRCIO

Como iniciou seu trabalho na Fecomércio?

Rubens Edmundo Requião: Fui con-vidado em 1978 para prestar assis-tência jurídica à Federação do Co-mércio, para questões trabalhistas e tributárias e depois este trabalho se estendeu também ao Sesc, e fiquei mais de 30 anos como consultor da entidade. Arthur Ferreira dos Santos fundou este escritório, passou para meu pai, e eu dei continuidade ao trabalho dele.

REVISTA FECOMÉRCIO

Conte sobre esta experiência?

R. E. R.: Foi muito positiva. Acom-panhei momentos importantes. Par-

ticipei de muitas convenções cole-tivas de trabalho, da unificação da Federação do Comércio à Federa-ção do Comércio Varejista, conheci pessoas distintas, que abriram mui-tos leques para mim. Estive presente também em conquistas históricas da Fecomércio.

REVISTA FECOMÉRCIO

Como foi sua atuação com os sindicatos?

R. E. R.: Atuei em favor da categoria com os sindicatos, em defesa dos em-presários de vários segmentos do co-mércio. A Federação não tinha uma

Rubens Edmundo Requião, uma história ligada

à FecomércioTexto: Karen Bortolini

Entrevista

30 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Page 31: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 31

postura reivindicatória e sim de de-fesa dos profissionais do comércio, e nisso tivemos muitas conquistas. Estes são grandes motivos da minha satisfação.

REVISTA FECOMÉRCIO

O Direito é uma profissão passada de pai para filho em sua família?

R. E. R.: Sim. Meu pai atuou neste ramo durante bastante tempo. Este escritório foi fundado pelo advoga-do Arthur Ferreira dos Santos, em 1922. Meu pai começou a trabalhar nele em 1937, ainda como datilógra-fo. Em 1939 ele foi convocado para o Exército, e em 1942 foi dispensa-do. Em 1946 o Arthur foi eleito como deputado federal, e posteriormente senador, ele não voltou mais a Curi-tiba, foi quando meu pai assumiu as atividades, como advogado.

REVISTA FECOMÉRCIO

Tradicional em Curitiba, quais locais o escritório já ocupou?

R. E. R.: No início ele ficava no an-tigo Palácio do Comércio, situado no Centro da cidade. Depois foi para o Edifício Augusta, localizado na esquina da Rua XV de Novembro

com a Doutor Muricy e, desde 1962, fixou-se no Edifício Minas Gerais, também na Rua XV, onde permanece até hoje.

REVISTA FECOMÉRCIO

Além do escritório e da profissão, qual outro legado seu pai deixou?

R. E. R.: Meu pai faleceu há 14 anos. Ele deixou o livro Curso de Direito Comercial, escrito por ele, em dois volumes. Esta obra foi feita a partir do pedido de alunos, pois ele lecionava Direito na Universi-dade Federal do Paraná. Além de me servir de fonte de consulta para muitas questões da Fecomércio, nele eu já fiz oito revisões, pois a legislação é dinâmica. Hoje, o pri-meiro volume tem 32 edições e o segundo 30.

REVISTA FECOMÉRCIO

Pretende repassar esse livro para outras gerações?

R. E. R.: Como não posso ressusci-tar o autor, minha ideia é eternizar a obra. Revisá-lo me motiva, é muito prazeroso. Minha filha também é advogada e a minha intenção é que ela dê continuidade a este trabalho.

REVISTA FECOMÉRCIO

O que levou desta experiência com a Fecomércio?

R. E. R.: Muito aprendizado. Precisei estudar bastante sobre os aspectos comerciais do ponto de vista jurídi-co, para poder aplicá-los de forma adequada à Fecomércio. E ensinei bastante sobre planejamento aos sin-dicatos patronais. Foi um intercâm-bio muito positivo.

REVISTA FECOMÉRCIO

Quais as gestões de presidência acompanhou?

R. E. R.: Quando ingressei, o pre-sidente era Egídio Pereira, seguido do Renê Napoli. Depois veio o Ru-bens Brustolin, que muito projetou as atividades do Sesc em seus 18 anos de atuação e presenciei também a entrada do presidente Darci Piana, responsável por um grande desenvol-vimento do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR em todo o estado. T

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32 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Cultura

Ópera no Café aproxima as pessoas da música erudita

Texto: Carolina Lara

32 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Page 33: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 33janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 33

Assistir a uma apresenta-ção de ópera em um dos cafés mais charmosos da

cidade, de graça. O evento, que inte-grou a programação da 31ª Oficina de Música, em janeiro, agradou tanto os amantes da música quanto os leigos.

Em duas apresentações, quatro cantores líricos surgiram do meio dos clientes do Café do Paço e interpre-taram árias de óperas importantes do Romantismo. Durante 30 minutos o público pôde assistir a um tenor, uma soprano, um barítono e uma mezzo soprano, acompanhados por um pia-nista, interpretarem árias de óperas conhecidas como Carmen, do com-positor francês Georges Bizet, e La Boheme, do italiano Giacomo Pucci-ni. Os cantores, a maioria de Curiti-ba, realizaram toda sua formação em música erudita na capital paranaense.

O barítono Claudio de Biaggi gosta de ver a surpresa do público, muitos não esperando um concerto. Ele explica que a proximidade com as pessoas é uma das características desse tipo de intervenção. “É muito interessante a possibilidade de in-teragir mais de perto com a plateia, para que eles se sintam dentro da ópera”, comentou.

O PROJETOA Ópera no Café teve

início em 2011, inspira-da por um projeto seme-lhante que acontecia na Espanha. Segundo a ge-rente executiva do Sesc Paço da Liberdade, Celi-se Niero, a ideia central do projeto é surpreender as pessoas com a música erudita. “Nós escolhe-mos a ópera e optamos por árias fáceis, de obras importantes e de fácil as-similação”, afirmou.

Para a auditora fis-cal Leonora Garan, que acompanha há vários anos as Oficinas de Mú-sica de Curitiba, apesar do programa curto, a ideia foi muito boa. “Eu achei ótimo, e para o público que não é tão aficionado de ópera, é uma ma-ravilha.”. A turista portuguesa Ma-ria Amélia também se surpreendeu. “Eu já assisti a uma apresentação semelhante em uma estação de trem na Espanha, então achei muita graça que em Curitiba também já há”, tes-temunhou.

O barítono Claudio de Biaggi e a soprano Renata Bueno durante apresentação de ópera no Café do Paço

31ª Oficina de Música de Curitiba

Durante a 31ª Oficina de Música de Curitiba, que aconteceu de 9 a 29 de janeiro, o Sesc Paço da Liberdade promoveu diversas atrações e atividades voltadas à educação e à música. Além da Ópera no Café, o público que passou pela unidade e pela Praça Generoso Marques durante o evento pôde conferir o cinema na Praça, que apresentou durante três dias con-secutivos, em uma tela gigante, três longas metragens nacionais sobre música. Além disso, dois shows com a dupla Marcelo Jeneci e Laura Lavieri, oficinas voltadas para professores e músicos, apresentações, concertos, palestras e workshops abertos ao público completaram o clima musical presente em toda a cidade.

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O barítono Claudio de Biaggi e a soprano Renata Bueno durante apresentação de ópera no Café do Paço

Cantores líricos surgiram em meio aos clientes e interpretaram trechos de óperas conhecidas do período romântico

Cantores líricos surgiram em meio aos clientes e interpretaram trechos de óperas conhecidas do período romântico

Page 34: Revista Fecomércio PR - nº 92

34 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

O Senac PR e o Hospi-tal Angelina Caron ampliaram a parce-

ria que mantêm desde 2008, com a assinatura de um convênio para intercâmbio técnico e cien-tífico. A iniciativa vai beneficiar colaboradores e a comunidade, com a realização de cursos de aprendizagem, treinamento para funcionários do hospital e estágio supervisionado de alunos dos cursos técnicos de saúde do Senac.

O termo foi assinado no dia 29 de janeiro pelo presidente do Sistema Fecomércio Sesc Se-nac PR, Darci Piana; pelo dire-tor regional do Senac PR, Vitor Monastier; pelo fundador do Hospital Angelina Caron, Marco Caron; e pelo presidente da Sociedade Hospitalar Angelina Caron, Isomar Kasper.

Segundo Monastier, dos qua-se 100 mil atendimentos realizados pelo Senac em 2012, aproximada-mente 10% foram para a qualificação de profissionais para a área da saúde, em cursos técnicos, capacitações e aperfeiçoamentos. “Faremos um in-tercâmbio com um hospital de refe-rência para nos aproximar ainda mais das tendências e anseios do mundo do trabalho desse importante seg-mento”, enfatizou o diretor regional do Senac PR.

A parceria entre o Senac e o An-gelina Caron começou há cinco anos, para a realização do programa de

aprendizagem, que recebeu o nome de Aprendi no Caron. Diversos jo-vens de Campina Grande do Sul e proximidades tiveram sua primeira experiência profissional no hospital e muitos foram efetivados.

Para Marco Caron, o treinamen-to dos colaboradores vai ampliar a qualidade dos serviços do hospi-tal. “Essa parceria deu muito cer-to todos esses anos e agora, ao ser ampliada, será ainda mais produti-va para o hospital e para o Senac também. Nosso hospital está cres-cendo, em número de funcionários e pacientes, e sentimos a necessidade de aperfeiçoar o conhecimento de nossos colaboradores”, avalia.

Darci Piana falou sobre a colabo-ração do Senac em áreas estratégicas de uma instituição de saúde. “O Se-

nac pode contribuir muito na quali-ficação dos profissionais que atuam nos serviços de alimentação de um hospital. Além do atendimento mé-dico, um hospital precisa funcionar como um verdadeiro hotel”.

Também participaram do evento de assinatura o presidente da Federa-ção dos Hospitais e Estabelecimen-tos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (Fehospar), Renato Me-rolli; o administrador do Hospital Angelina Caron, Bernardo Caron; o diretor de Recursos Humanos do hospital, Maurício Sollak; a coorde-nadora de Educação e Tecnologia do Senac PR, Carina Bárbara Bechert; a gerente executiva do Senac Curitiba, Daniela Rosa de Oliveira; a assessora de Comunicação e Marketing do Se-nac PR, Ana Paula Zettel.

Senac e Hospital Angelina Caron assinam convênio

Texto e fotos: Karla Santin

Parceria

Da esquerda para direita: o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o fundador do Hospital Angelina Caron, Marco Caron; e o presidente da Sociedade Hospitalar Angelina Caron, Isomar Kasper

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Page 35: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 35

Investimento

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técni-co e Emprego (Pronatec)

está com uma nova modalidade para atender à demanda de qualificação de mão de obra das empresas liga-das ao turismo. Trata-se do Pronatec Copa na Empresa, destinado a quali-ficar, gratuitamente, os profissionais empregados no segmento.

Nesta modalidade, a empresa esco-lhe o curso, horário, local e frequência das aulas. Além dos cursos serem gra-tuitos (tanto para a empresa, quanto para o funcionário), o aluno recebe um auxílio estudantil no valor de R$2,00 por hora/aula assistida.

Cidades sede da Copa do Mundo 2014, municípios do entorno e al-guns destinos turísticos brasileiros já consolidados no cenário nacional e internacional serão beneficiadas com os cursos da modalidade, somando 119 cidades. No Paraná, nove cida-des podem participar: Curitiba, An-tonina, Guaraqueçaba, Lapa, Mor-retes, Paranaguá, Ponta Grossa, São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu.

Toda empresa situada em uma das cidades de abrangência do pro-

grama que esteja ligada ao turismo pode pleitear turmas. Os segmentos contemplados são hospedagem, ali-mentação, agenciamento de viagens, organização de eventos, aluguel de veículos, transporte de turistas, cor-porações de segurança pública para qualificação em idiomas, além de funcionários dos aeroportos, portos e terminais rodoviários nacionais e internacionais.

CURSOS SENACNo Senac Paraná, o portfólio de

cursos inclui 18 diferentes títulos (veja lista a seguir). Para beneficiar--se é preciso que a empresa procure a Secretaria de Estado do Turismo do Paraná (Setu) e realize um cadas-tro. Após esta etapa são acordados os detalhes como local, horário e frequência das aulas. As turmas po-derão ser formadas por profissionais de um mesmo empregador ou, se o número de alunos for insuficiente para formar uma turma, poderá ha-ver a associação de empresas sob a responsabilidade de uma instituição representativa, como sindicatos e as-sociações.

Pronatec Copa Pronatec Copa na Empresa na Empresa

prepara o mercado prepara o mercado para o turismopara o turismo

Empresários do setor podem qualificar Empresários do setor podem qualificar seus funcionários gratuitamenteseus funcionários gratuitamente

Texto: Carolina Lara

Pronatec

Cursos para as empresas de Turismo no Senac PR:• Atendente de Lanchonete – 196h

• Auxiliar Administrativo – 198h

• Auxiliar de Cozinha – 236h

• Auxiliar de Pessoal – 180h

• Auxiliar de RH – 182h

• Camareira em Meios de

Hospedagem – 200h

• Espanhol básico – 160h

• Garçom – 200h

• Inglês básico – 200h

• Mensageiro em Meios

de Hospedagem – 196h

• Monitor de Recreação – 230 h

• Organizador de Eventos – 180 h

• Padeiro Confeiteiro – 300h

• Pizzaiolo – 196h

• Recepcionista – 180h

• Recepcionista de Eventos – 200h

• Recepcionista em Meios de

Hospedagem – 196h

• Sushiman – 236h

Quatorze diferentes cursos já estão disponíveis para início imedia-to nas cidades de Curitiba, Foz do Iguaçu, Paranaguá e Ponta Grossa. Mais informações podem ser obtidas no Senac de cada município.

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Investimento

Peça importante e obrigató-ria do vestuário masculino nos anos 30, o chapéu per-

deu sua popularidade com o passar do tempo, mas nunca saiu da cabe-ça das pessoas. Ele voltou como um acessório de quem tem estilo e é ten-dência na moda atual.

Os primeiros acessórios que lem-bravam um chapéu surgiram por volta do ano 4.000 a.C. no antigo Egito, na Babilônia e na Grécia. Neste período ele possuía uma função prática, a de

proteger a cabeça. O primeiro chapéu efetivamente usado foi o "Pétaso" cuja origem é grega e remonta ao século IV a.C. Mais que um complemento, o chapéu por muito tempo foi símbolo de status e poder, traduzindo a religiosida-de, a cultura de um país ou a personali-dade de uma determinada pessoa.

Passeando pelo centro de Curitiba não é difícil encontrar lojas que ven-dam o acessório, mas um lugar em especial convida para um olhar mais demorado.

Fundada no fim dos anos 50, a tradicional Casa Coelho funciona no térreo do edifício Santa Júlia, na Pra-ça Osório. O estabelecimento atra-vessou vários períodos importantes da história sempre mantendo a tradi-ção na venda de chapéus, bengalas, roupas, gravatas e outros acessórios.

Ao entrar na loja, o cliente tem a impressão de voltar no tempo. Toda a agitação e movimentação de Curi-tiba deixam de existir por alguns mi-nutos, é como se o cliente revivesse a

É de tirar o chapéu

Mais do que um acessório de proteção, o chapéu é símbolo de personalidade e atitude

Texto: Silvana Kogus

Moda e Estilo

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 37

elegância das décadas de 40 e 50.

O estabelecimento per-tence a Carlos da Costa Coelho, de 90 anos. Fre-quentador da Boca Mal-dita, todo domingo vai à rua a fim de cumprimen-tar seus velhos amigos. Seu Coelho chama a atenção por onde passa, não só pelo visual impe-cável, mas também pela educação e garbo.

Entre suas maiores preocupações estão a qua-

lidade de seus produtos e os funcioná-rios preparados para atender bem os clientes. Tanto cuidado atrai gerações. “Muitas pessoas que compraram aqui há 40, 50 anos trazem seus netos e ficam emocionados ao entrarem na loja, porque não mudamos a estrutu-ra. Acho que eles fazem uma viagem no tempo”, afirma. O empresário revela também que a loja funciona como ponto de encontro. “Muitos amigos vêm à loja bater papo, contar coisas pessoais ou pedir conselhos. Meu escritório funciona como uma espécie de confessionário”, conta com bom humor.

O SENHOR DOS CHAPÉUSNatural de Guaxupé (MG) Coelho

veio para o Paraná aos cinco anos de idade. Aos 11 anos trabalhou como estafeta (antigo nome para office-boy), mais tarde com seu pai no ramo de contabilidade e, aos 23 anos, como vendedor de automóveis. Coelho ainda lembra os compradores dos primeiros Volkswagens que chegaram a Curitiba: o médico Orlando de Oliveira Mello, Farias de Oliveira e José Saldanha.

Anos mais tarde decidiu trocar o comércio automotivo pelo ramo de confecções. “Sempre sonhei em ter uma loja como esta, que vendesse roupas e artigos para homens, coisa fina”, comenta com orgulho.

Carlos é categórico quando diz que a moda muda muito. Ele conta que nas primeiras décadas, o uso de paletó e gravata era obrigatório e o chapéu completava o traje. Mas já na década de 60 o comércio do acessó-

rio começou a cair. “Muitos diziam que os carros se tornaram mais bai-xos e para entrar nele o chapéu atra-palhava, por esse motivo perderam o costume de usá-lo”. Para ele, tra-balhar com o produto é muito mais do que uma questão de lucro.“Vendo chapéus porque gosto de trabalhar com produtos nobres e gosto de ver as pessoas bem vestidas”, afirma, re-velando que também tem sua coleção pessoal com mais de 18 itens.

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Investimento

O MAIS VENDIDO: CHAPÉU PANAMÁApesar do nome, tem sua origem

no Equador. O acessório recebeu esta denominação no início do século XX, nas obras de construção do Ca-nal do Panamá quando franceses e americanos começaram a imitar ope-rários locais, usando chapéus para se proteger do calor e da umidade. Ao retornarem a seus países, eram per-guntados de onde vinham aqueles chapéus e respondiam: do Panamá!

CADA UM COM A SUA CABEÇANo Brasil o tamanho do chapéu

é o mesmo da circunferência da ca-beça em centímetros. Portanto, se a circunferência da cabeça do cliente for de 57cm, o chapéu terá a mesma medida.

De acordo com a instrutora de moda do Senac Curitiba, Fabianna Pescara, os materiais usados na con-fecção do chapéu variam de acordo com a região.

Os mais tradicionais são feitos de palha, tecido e feltro. Este último é

obtido de pelos de animais. “Na re-gião sul do Brasil, por exemplo, os modelos mais usados são os feitos a base de feltro, por serem mais resis-tentes ao frio e à chuva”, explica.

Fabianna relata que o chapéu tor-nou-se um item de estilo, usado por pessoas que valorizam o antigo. “O retorno do chapéu reflete a impor-tância do retrô na vida das pessoas e seu desejo de retroceder, ao con-siderarem que tudo o que é antigo é melhor, mais interessante e mais bo-nito”, complementa.

Moda e Estilo

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Investimento

A empresária Cristiane Gui-marães Boiko Rossetim se considera uma pessoa ativa

nas entidades representativas de classe, desde que começou a trabalhar com o comércio aos 18 anos. Quando foi indi-cada a integrar a diretoria do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comér-cio Varejista de Gêneros Alimentícios de Prudentópolis, a empresária aceitou com receio, mas hoje comemora o seu reconhecimento à frente da entidade.

Fundando em 29 de abril de 1959, o sindicato representa atualmente 193 em-presas – 90 delas geridas por mulheres que se filiaram após a gestão de Cris-tiane, feito que a presidente divide com a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios. “Por ser mulher, acredito que tive facilidade em criar esse vínculo maior com as empresárias da cidade”, revela.

A ascensão da mulher no mercado de trabalho não é novidade, tampouco na gestão de empresas, porém ainda há pouca participação na força sindical, se-gundo a presidente do Sindicato de Pru-dentópolis o que, na sua visão, está mu-dando. “No início sempre há resistência. No meu caso, acredito que as dificulda-des foram superadas porque eu acabei trazendo pessoas que não estavam tão ambientadas a esse meio. Confesso que

é raro ver mulheres representan-do sindicatos, porém se hoje temos uma mulher à frente da Presidência da República, por que não no meio sindical? Hoje, nós mulheres, esta-mos cada vez mais envolvidas com ramos que, antigamente, eram bem masculinizados”, avalia.

FORÇA SINDICALO Sindicato dos Lojistas do Co-

mércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Prudentó-polis visa o fortalecimento do co-mércio local. Por meio de um sindi-cato forte, a entidade representa os interesses e necessidades dos em-presários da classe. “Há mais de 53 anos, o sindicato atua pró-ativamen-te na defesa da classe empresarial, contribuindo para seu crescimento e amadurecimento. Um sindicato forte é aquele que integra os comerciantes ao cooperativismo, mantendo esse elo e reforçando um bom relacio-namento entre ambos”, considera a presidente da entidade.

Cristiane Rossetim também re-força as ações promovidas pelo sin-dicato em prol a seus associados. “A Convenção Coletiva de Trabalho é uma delas, cursos e palestras e o

Pela sindicalização feminina

Presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e doComércio Varejista de Gênero Alimentícios de Prudentópolis

busca atrair cada vez mais mulheres para a força sindical

Texto: Isabela Mattiolli

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“Há mais de 53 anos,o Sindicato atua pró-ativamente

na defesa da classe empresarial, contribuin-do para seu crescimento

e amadurecimento”

Cristiane Guimarães Boiko Rossetim,

presidente do Sindicato dos Logistas do

Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros

Alimentícios de Prudentópolis

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40 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

acordo de horários especiais de fun-cionamento do comércio”, pontua.

Diversas ações são realizadas pelo sindicato em parceria a outras entidades. O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR está sempre à dispo-sição do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Pruden-tópolis. Cristiane comenta sobre os cursos de capacitação ofertados pelo Senac aos empresários do comércio e seus funcionários e pelo trabalho desenvolvido pelo Sesc, em ativida-des recreativas e culturais voltadas aos comerciários e a comunidade de forma geral. “A Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Ne-gócios também é peça fundamental dentro do nosso sindicato, pois esti-mula o espírito de associativismo en-tre as mulheres de negócios da nossa cidade”, completa.

COMÉRCIO LOCALPrudentópolis conta hoje com

uma população de aproximadamente 50 mil habitantes e com um comércio em pleno desenvolvimento. “Vejo que temos um comércio que une es-forços, e está cada vez mais atuali-zado e atento a novas informações e formações. Hoje, podemos dizer que por mais que seja uma cidade do inte-rior, o nosso comércio não perde para o dos grandes centros”, analisa.

O crescimento do comércio local também é reflexo da vinda de um es-critório da Junta Comercial do Para-ná para o município – uma das ações realizadas por estímulo do sindicato com outras entidades. “O sindicato buscou por meio da Fecomércio PR e junto ao Governo do Estado trazer a Junta Comercial para cá. Agora, os empresários não precisam mais se deslocar a outras cidades para abri-rem suas empresas”, comemora.

As lutas continuam e o próximo passo, segundo a presidente, é a mu-dança da sede da entidade, que será instalada junto à unidade do Senac em Prudentópolis. “A nova sede está em fase de implantação. Com ela gostaríamos de aumentar ainda mais o vínculo com o Sesc e o Senac e tra-zer mais filiados para a nossa entida-de”, planeja.

SERVIÇO

SINDICATO DOS LOJISTAS DO COMÉRCIO E DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DE PRUDENTÓPOLIS. R. Prefeito Antônio Witchemichem, 777 – 2º andar – Prudentópolis (PR)[email protected] | (42) 3446-6457

Sindicato

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Investimento

Hotel Sesc CascavelVem aí uma nova opção de turismo e lazer para a região Oeste

Texto: Karla Santin

Investimento

O Sesc vai construir seu segundo hotel no Pa-raná, agora em Cascavel, depois do Centro de Turismo e Lazer Sesc Caiobá, em fun-

cionamento há pouco mais de um ano no Litoral. De acordo com o presidente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac PR, Darci Piana, o hotel vai estimular o desenvolvimento do turismo, além de proporcionar uma opção de lazer para a população de Cascavel e municípios vizinhos. “A região onde será instalada a unidade agrega 4,5 milhões de habitantes, que poderão usufruir das instalações. O turismo local também irá ganhar com o hotel do Sesc, que atrairá diversos turis-tas vindos de outros estados brasileiros e do exterior”, assegura Piana.

TRANQUILIDADE DO CAMPOO hotel do Sesc será construído na zona rural de Cas-

cavel, às margens da BR 277, em uma área de 109 hecta-res, com muito verde e nascentes de águas.

O prédio principal vai contar com diversos aparta-mentos, centro de convenções, área de lazer e restauran-te. O café e o piano-bar darão acesso a um deck, com vista panorâmica para as piscinas, para o bosque de eucaliptos e para a reserva florestal. A área das piscinas terá quios-que, vestiários, fraldário, enfermaria e espaço fitness.

E essa é só a parte do hotel. O complexo turístico ainda terá chalés e muitas outras opções de lazer e di-versão com as quadras de vôlei e futebol society, quadra coberta, churrasqueiras (com banheiros), oficina de arte, trapiche para pesca, lago com pedalinho e caiaque, mi-

Vista aérea da localização do futuro hotel

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42 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

nifazenda, fazenda modelo, horta de orgânicos, viveiro, haras, bosque para trilhas, arborismo e tirolesa e um mirante.

O projeto foi elaborado pelos arquitetos do Sesc PR, Ângela Cristina Kawka, Maurício D’Elia e Fernanda Fol-tran, que se inspiraram no Sesc Caiobá e visitaram hotéis de outros regionais do Sesc pelo país. “Alguns detalhes do prédio principal, como os arcos das fachadas e as molduras das janelas, remetem ao estilo neoclássico”, explica Ângela.

ESTAÇÃO SESCCom os trilhos da Ferroeste cortando parte do ter-

reno, será construída uma estação de trem, com design semelhante ao das antigas estações ferroviárias, do sé-culo XIX, quando esse meio de transporte começou a levar passageiros e mercadorias pelo país inteiro. “A es-tação do novo Sesc Cascavel terá condições de receber os trens que transportam turistas, entre eles o trem de luxo. Os passageiros poderão ficar hospedados em nosso hotel, para então seguir viagem rumo à terra das Catara-tas”, projeta Darci Piana.

APOIO DO EMPRESARIADOA construção do centro de lazer e turismo é uma antiga

aspiração dos empresários do comércio. “Este é um sonho para Cascavel, que começa a tomar corpo. O hotel do Sesc irá impulsionar o desenvolvimento cultural e turístico da cidade, atraindo ainda mais gente para cá, seja para investir ou se divertir nesse novo espaço”, avalia o presidente do Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Cascavel e Região (Sindilojas), Paulo Beal, que participou ativamen-te da busca pelo terreno ideal, bem como o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças e Aces-sórios para Veículos de Cascavel (Sincopeças Cascavel), Sandro Augusto Sabadin, e o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Oeste do Paraná (Sinfarma), Nelcir Ferro. O apoio do empresariado foi fundamental para a escolha da área.

SUSTENTABILIDADE Como a natureza será um dos principais atrativos do

complexo, os arquitetos do Sesc dedicaram atenção espe-cial para ao meio ambiente. O hotel será ecologicamente correto e sustentável.

A água da chuva será reutilizada nos viveiros, limpeza de calçadas e para irrigar a horta de orgânicos e pomar, que irão abastecer a cozinha do hotel. O tempo ensolara-do vai fornecer a energia para o sistema de aquecimento solar. O aproveitamento da ventilação e iluminação natu-rais deve minimizar o consumo de energia elétrica. Ainda será feito o gerenciamento de resíduos sólidos, com a se-paração, compostagem, reciclagem do lixo.

Perspectiva aérea das piscinas

Perspectiva da fachada

Perspectiva do conjunto de edificações

Investimento

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Investimento

Cascavel: Conexão entre o campo e a cidade

Com uma das maiores produções agrícolas do Paraná, município projeta ser a metrópole do Oeste, sem tirar o pé do campo

Texto e fotos: Karla Santin

É fevereiro, a hospitaleira cida-de de Cascavel está mais agitada do que nunca. Em

época de Show Rural Coopavel é sempre assim. Milhares de pessoas de municípios vizinhos e caravanas de ou-tros estados e até de outros países vêm conferir as novidades ou simplesmente conhecer uma das características natas da cidade, que é a agricultura. Quando o agricultor olha para o céu à procura de chuva antes do plantio, ele sabe que a semente lançada na lavoura vai ser colhida, também, em outros setores, como o comércio.

“Costumo dizer que quando a agricultura vai bem, o comércio vai bem. Nosso setor é diretamente in-fluenciado pelo resultado da safra, e a economia do Paraná de modo geral, uma vez que o agronegócio é res-ponsável por 35% do PIB do estado”,

afirma o presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana.

De acordo com o assessor econô-mico da Fecomércio PR, Vamberto Santana, a forte correlação entre o co-mércio e a agricultura é mais evidente quando a safra é boa. E a deste ano pro-mete ser recorde, com um incremento de 12%. “Há uma cumplicidade entre uma boa safra e o setor do comércio e de serviços dos centros urbanos das áreas produtivas. Esse efeito é sentido diretamente com o aquecimento das vendas e maior movimentação na ca-deia econômica”, avalia.

CAMPEÕES DE VENDASA Pesquisa Conjuntural da Fe-

comércio PR revela que o comércio da região Oeste, que compreende os municípios de Cascavel, Toledo e Marechal Cândido Rondon, cres-

ceu 11,49% em 2012. O resultado ficou acima da média paranaense, de 5,82%, e superou todas as cidades pesquisadas.

Os setores que registraram os maiores crescimentos percentuais de vendas foram:

Móveis, decorações e utilidades domésticas 21,83%Materiais de construção 18,59%Livrarias e papelarias15,02%Autopeças e acessórios 14,84%Supermercados8,85%

Vocações paranaenses

Móveis, decorações e utilidades domésticas 21,83%21,83%Materiais de construção 18,59%18,59%Livrarias e papelarias15,02%15,02%Autopeças e acessórios 14,84%14,84%Supermercados8,85%8,85%

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44 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

METRÓPOLE DO OESTECascavel possui 19.274 empre-

sas instaladas, que empregam for-malmente 84.186 trabalhadores, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É o quinto muni-cípio mais populoso do Paraná, com 286.205 habitantes, conforme o cen-so de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, em 2012, chegou a mais de 200 mil eleitores, presenciando, pela primei-ra vez, o segundo turno nas eleições municipais.

Durante a reinauguração do aero-porto, no dia 5 de fevereiro, o pre-feito Edgar Bueno teve convicção ao afirmar que Cascavel está predes-tinada a ser uma grande metrópole. “A ampliação de nosso terminal aé-reo veio em boa hora, pois Cascavel vive um bom momento de desenvol-vimento e consolidação de sua eco-nomia”, discursou o prefeito.

PREPARAÇÃO PARA O FUTUROPara elevar o município a uma

posição de destaque, a poder públi-co municipal terá bastante trabalho e já começa a investir em infraestru-tura. O vice-prefeito e secretário de obras, Mauricio Querino Theodoro, enumera as principais obras previs-tas para o município. “Conseguimos, junto ao BID, o Banco Interamerica-no de Desenvolvimento, a liberação de R$110 milhões para investir em melhorias urbanas e que vão mudar completamente o transporte público da cidade. Teremos canaletas exclu-sivas para ônibus, cinco terminais de passageiros e 35 novos quilômetros de ciclovias”, explica. O recurso, incrementado pela contrapartida do município, também será canalizado para a implantação de quatro parques ambientais e quatro centros de con-vivência para a criança, juventude e terceira idade.

Outro projeto, uma promessa de campanha, é asfaltar 594.314 m2

Bom gosto na decoração

Os cascavelenses trocam os móveis e a decoração com frequência, segundo Celéria Battisti Janecki, sócia da Biba Móveis, empresa que atua há 20 anos na fabricação e venda de mobiliário e objetos para casa. Prova disso é que este foi o setor que obteve o maior faturamento em 2012. “Os clientes gostam de ter um ambiente decorado com o que é tendência. Rece-bemos na loja tanto pessoas que estão mobiliando a casa pela primeira vez, quanto aqueles que desejam repaginar o ambiente residencial”, afirma. A proprietária credita o excelente volume nas vendas ao grande número de construções na cidade.

Cidade em obras

Nos últimos anos, Cascavel vive sua ex-pansão imobiliária. As lojas de materiais de construção registraram o melhor índice de vendas do estado, com um acréscimo 18,59%. “Toda Cascavel está em obras. A cidade está crescendo em todos os sen-tidos. Quem não está construindo, está re-formando ou ampliando sua casa”, avalia o proprietário da MadeFrizzo, Evandir Frizzo. Apesar de um primeiro semestre fraco, o setor se recuperou nos meses seguintes. “Esperamos por um crescimento acima da média nos próximos dois anos. Ainda mais com a safra recorde, que refl etirá positiva-mente em nossas receitas”, presume.

Caneta e papel

Mesmo com um crescimento de 15,02%, quatro vezes superior à média paranaense, de 3,5%, as livrarias e papelarias sofrem com a concorrência acirrada, especialmen-te de empresas de outros estados. O sócio da Livraria e Papelaria Shuster, Marcos Claudio Shuster Junior, tem observado o fechamento dos pequenos estabeleci-mentos ao longo dos anos, o que reforça a necessidade da profi ssionalização e quali-fi cação do setor. “A venda de material es-colar é sazonal. Por isso temos investido em materiais para escritório e suprimentos de informática, periféricos para computa-dor. E para repassar melhores preços aos clientes, me junto a outras papelarias para comprar volumes maiores e conseguir des-contos dos fornecedores”, revela.

Radiografia do comércio cascavelense

Paladar apurado

Antigamente, as famílias saiam do sí-tio e se deslocavam até a cidade para fazer a grande compra de alimentos do mês. Mas o costume de fazer o “rancho” ou manter uma despensa fi cou no pas-sado. O presidente do Sindilojas Casca-vel e sócio do grupo Super Beal, Paulo Beal, explica que as pessoas têm ido ao supermercado com mais frequência, duas ou três vezes por semana. “Essa maior visitação ao supermercado é uma tendência mundial que aqui se acentua também. Com isso, o consumidor aca-ba comprando produtos mais frescos e tem uma alimentação mais saudável”, comenta. Com lojas em Cascavel e em Curitiba, Beal diz que o cascavelense está refi -nando seu paladar. “Observamos uma intensifi cação da busca por produtos gourmet. O consumidor está melhoran-do a qualidade dos alimentos e bebidas que leva à sua mesa, dando prioridade ao sabor”, analisa.

Vocações paranaenses

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 45

ainda sem pavimentação. Além da melhoria da rede de abastecimento de água e esgoto, em parceria com o governo estadual.

NOS TRILHOS DO PROGRESSO Ainda há a promessa de que,

daqui uma década, Cascavel terá o maior entroncamento ferroviário do país. O status será alcançado a partir de duas grandes obras: da nova linha férrea entre Cascavel e Paranaguá,

anunciada no ano passado, durante reunião do Fórum Permanente Futu-ro 10 Paraná, do qual a Fecomércio PR é integrante, e pela Norte-Sul, um projeto do Governo Federal que pretende estender a ferrovia até o Rio Grande do Sul. “Juntas, essas ferrovias poderão movimentar 65 milhões de toneladas por ano em Cascavel, volume equivalente a um porto e meio de Paranaguá, que hoje movimenta 42 milhões de to-

neladas”, calcula o vice-prefeito. “Esse empreendimento fortalece-

rá a economia de toda a região e nos ajudará a preparar Cascavel para os próximos 15 anos, quando chegará a 500 mil habitantes. O nosso desafio é amparar essa evolução, garantindo à população o acesso a serviços im-portantes como saúde e educação, a fim de trazer mais qualidade de vida para os cascavelenses”, reitera o vi-ce-prefeito.

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46 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Show Rural, um mundo tecnológico

O maior evento agroindustrial do sul do país chega a 25ª edição com milhares de atrações e um show de tecnologia em todos os setores

Texto: Ernani Buchmann

O mastro fino e flexível suporta no alto a bandei-ra brasileira, marcando

a entrada de um mundo chamado Show Rural. Os fiscais no estacio-namento encaminham os motoristas às vagas. O número de automóveis e camionetes indica que o parque

está lotado. Prepare-se para andar, diz alguém. Imagino o quanto: dez minutos, quinze? Enfim, foram só cinco sob o sol, depois as passarelas cobertas nos levam ao centro nervo-so da feira.

Não tente escolher um caminho, deixe-se levar por eles. Você tem o

que ver a cada passo. Tente-se guiar pelas antenas de celular: no entorno delas também estão os estúdios das emissoras de TV e de rádio, transmi-tindo ao vivo. As editoras distribuem suas publicações, com a supersafra agrícola servindo como chamariz para o conteúdo.

Agronegócios

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 47

Um enorme silo amarelo traz a marca do Banco do Brasil. O pú-blico faz fila para subir a escada em caracol, ver o espetáculo de cima. O banco do governo não é o único a es-tar presente. Também estão ali seus concorrentes e as cooperativas de crédito, abrindo novas perspectivas aos produtores.

As entidades que representam a agroindústria convidam seus filiados, promovem palestras. Os stands são confortáveis, salas de descanso para quem precisa gastar a sola da botina. Servem sucos, refrigerantes, cafezinho. Não é à toa que o evento tem como nome oficial Show Rural Coopavel. As cooperativas são parte fundamental no crescimento do setor.

A parte mecânica da feira há mui-to deixou de ser apenas mecânica. Agora os tratores e as imensas máqui-nas de plantar e colher trazem tama-nha tecnologia que parecem produtos do vale do silício. A antiga boleia virou cabine de comando, dotadas de ar condicionado e aplicativos tão di-versos que incluem acesso em tempo real a sites meteorológicos. O pró-ximo passo é a exclusão da cabine e do piloto, substituídos por comandos remotos, transformando as máquinas em robôs, capazes de atingir o dobro da velocidade e diminuir as perdas.

Há insumos para todas as culturas: sementes, fertilizantes, defensivos. E mais ainda: estão lá as próprias cul-turas. Um velho produtor explica que aquele tipo de soja que vemos plantada na nossa frente é o tipo mais adequado à região de Cascavel. Pergunto quantas espécies temos. Ele tira o chapéu, trata de enxugar o suor da testa com a igno-rância do jornalista da capital: mais de 300, ensina paciente. O desafio agora é colher 70 sacas de soja por hectare, daqui a dois anos.

As plantações experimentais ocu-pam grande parte da área. Em volta delas, stands que oferecem os últimos

modelos de automóveis, os utilitários mais desejados. E também móveis, projetos de casas, móveis.

Uma visita completa ao evento exige um dia inteiro, tempo que não temos. A presidente Dilma Roussef elogiou os jardins, as flores que fa-zem colorir os canteiros. Nem as mi-lhares de pessoas que dançaram ao som de Michel Teló, ontem à noite, foram capazes de macular o trabalho dos jardineiros.

Vamos para o restaurante. As filas andam rápido, o buffet tem dezenas de assistentes, ajudantes, auxiliares, assa-dores. Muitos se deixam ficar, enga-tando uma conversa sobre as atrações deste ano. Outros relembram quando tudo começou, há 25 anos.

A jornalista cascavelense que sen-ta ao meu lado desfia os dados esti-

mados para esta edição: pelo menos 25 mil pessoas por dia, o total deve superar 200 mil visitantes. Peço que ela faça uma estimativa do quanto será movimentado em negócios. A previsão é superior a R$1 bilhão.

Alguém avisa que nossa van vai zarpar em dez minutos. Saio curioso, ainda procurando encontrar um ou outro item que me passou desperce-bido. Há pelo menos algumas per-guntas sobre a lavoura de milho que deixei de fazer.

E não escondo a incredulidade com esta fusão de agricultura, indústria e comércio que se chama agronegócio, a força da nossa economia. Só me resta prometer voltar ano que vem. O que pude ver não representa nada deste mundo que se renova a cada ano e que se chama Show Rural.

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48 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Willkommen Senac!Começam as obras para a construção da escola

do Senac em Marechal Cândido Rondon Texto e fotos: Karla Santin

Autoridades visitam obra do Senac Marechal Cândido Rondon

O município mais germâni-co do Paraná vai ganhar uma escola do Senac. A

construção da Unidade de Educação Profissional em Marechal Cândido Rondon começou em janeiro, com o trabalho de terraplenagem. O prazo para execução da obra é de 12 meses.

O presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana, esteva em Marechal C. Rondon pa-raverificar o início da obra. “Serão investidos mais de R$7 milhões na edificação do prédio e nos equipa-mentos de última geração para a qua-lificação de mão de obra. A cidade e a região vão ganhar muito, principal-mente aqueles que precisam de cur-sos de qualificação”, afirmou Piana.

“Nossa cidade possui uma ca-rência muito grande de mão de obra e esta escola do Senac será muito boa para os empresários e para os trabalhadores do comércio, pois irá preparar pessoas para inúmeras pro-fissões”, destacou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de

Marechal Cândido Rondon (Sindico-mar), João Odorico de Souza

Para o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Moacir Froehlich, é preciso ele-var a qualificação dos trabalhadores do comércio e de todos os envolvidos para que a economia do município se desen-volva ainda mais. “A vinda do presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, para verificar in loco o início da obra é uma demonstração do compromisso e da atenção que ele tem por nossa cida-de”, avaliou Froehlich.

A visita à obra foi acompanhada por autoridades e lideranças locais, pela diretoria da Câmara da Mulher (CMEG) de Marechal Cândido Ron-don e do Sindicomar, pelo diretor re-gional do Senac PR, Vitor Monastier; pelo diretor regional do Sesc PR, Di-mas Fonseca, e pelo vice-presidente da Fecomércio PR e presidente do Institu-to Fecomércio de Pesquisa e Desenvol-vimento (IFPD), Ari Faria Bittencourt.

ESTRUTURAA escola terá 1.512 m² e ficará

localizada em uma área de sete mil metros quadrados, doada pela pre-feitura. A unidade terá cinco salas de aula convencionais, biblioteca, audi-tório para 100 pessoas, laboratório de informática, ambiente pedagógico de cabeleireiro e cozinha didática.

Darci Piana explica que a oferta de cursos irá priorizar os setores do comércio em que há maior deman-da de profissionais qualificados, como as áreas de vendas e crédito. Os cursos técnicos, especialmente os da área da saúde, com carga horária superior a 800 horas, também farão parte da programação.

“O Senac possui mais de 500 cursos em seu portfólio e todos eles virão para Marechal Cândido Ron-don. Não haverá diferenciação entre a programação da capital e da inte-rior, cidade grande ou pequena. A qualidade do Senac é a mesma, em qualquer lugar e unidade”, reiterou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.

Obras

48 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Bem-vindo

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48 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 201348 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

O município mais germâni-co do Paraná vai ganhar uma escola do Senac. A

construção da Unidade de Educação Profissional em Marechal Cândido Rondon começou em janeiro, com o trabalho de terraplenagem. O prazo para execução da obra é de 12 meses.

O presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana, esteva em Marechal C. Rondon pa-raverificar o início da obra. “Serão investidos mais de R$7 milhões na edificação do prédio e nos equipa-mentos de última geração para a qua-lificação de mão de obra. A cidade e a região vão ganhar muito, principal-mente aqueles que precisam de cur-sos de qualificação”, afirmou Piana.

“Nossa cidade possui uma ca-rência muito grande de mão de obra e esta escola do Senac será muito boa para os empresários e para os trabalhadores do comércio, pois irá preparar pessoas para inúmeras pro-fissões”, destacou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de

Marechal Cândido Rondon (Sindico-mar), João Odorico de Souza

Para o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Moacir Froehlich, é preciso ele-var a qualificação dos trabalhadores do comércio e de todos os envolvidos para que a economia do município se desen-volva ainda mais. “A vinda do presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, para verificar in loco o início da obra é uma demonstração do compromisso e da atenção que ele tem por nossa cida-de”, avaliou Froehlich.

A visita à obra foi acompanhada por autoridades e lideranças locais, pela diretoria da Câmara da Mulher (CMEG) de Marechal Cândido Ron-don e do Sindicomar, pelo diretor re-gional do Senac PR, Vitor Monastier; pelo diretor regional do Sesc PR, Di-mas Fonseca, e pelo vice-presidente da Fecomércio PR e presidente do Institu-to Fecomércio de Pesquisa e Desenvol-vimento (IFPD), Ari Faria Bittencourt.

ESTRUTURAA escola terá 1.512 m² e ficará

localizada em uma área de sete mil metros quadrados, doada pela pre-feitura. A unidade terá cinco salas de aula convencionais, biblioteca, audi-tório para 100 pessoas, laboratório de informática, ambiente pedagógico de cabeleireiro e cozinha didática.

Darci Piana explica que a oferta de cursos irá priorizar os setores do comércio em que há maior deman-da de profissionais qualificados, como as áreas de vendas e crédito. Os cursos técnicos, especialmente os da área da saúde, com carga horária superior a 800 horas, também farão parte da programação.

“O Senac possui mais de 500 cursos em seu portfólio e todos eles virão para Marechal Cândido Ron-don. Não haverá diferenciação entre a programação da capital e da inte-rior, cidade grande ou pequena. A qualidade do Senac é a mesma, em qualquer lugar e unidade”, reiterou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.

O município mais germâni-co do Paraná vai ganhar uma escola do Senac. A

construção da Unidade de Educação Profissional em Marechal Cândido Rondon começou em janeiro, com o trabalho de terraplenagem. O prazo para execução da obra é de 12 meses.

O presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana, esteva em Marechal C. Rondon pa-raverificar o início da obra. “Serão investidos mais de R$7 milhões na edificação do prédio e nos equipa-mentos de última geração para a qua-lificação de mão de obra. A cidade e a região vão ganhar muito, principal-mente aqueles que precisam de cur-sos de qualificação”, afirmou Piana.

“Nossa cidade possui uma ca-rência muito grande de mão de obra e esta escola do Senac será muito boa para os empresários e para os trabalhadores do comércio, pois irá preparar pessoas para inúmeras pro-fissões”, destacou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de

Marechal Cândido Rondon (Sindico-mar), João Odorico de Souza

Para o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Moacir Froehlich, é preciso ele-var a qualificação dos trabalhadores do comércio e de todos os envolvidos para que a economia do município se desen-volva ainda mais. “A vinda do presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, para verificar in loco o início da obra é uma demonstração do compromisso e da atenção que ele tem por nossa cida-de”, avaliou Froehlich.

A visita à obra foi acompanhada por autoridades e lideranças locais, pela diretoria da Câmara da Mulher (CMEG) de Marechal Cândido Ron-don e do Sindicomar, pelo diretor re-gional do Senac PR, Vitor Monastier; pelo diretor regional do Sesc PR, Di-mas Fonseca, e pelo vice-presidente da Fecomércio PR e presidente do Institu-to Fecomércio de Pesquisa e Desenvol-vimento (IFPD), Ari Faria Bittencourt.

ESTRUTURAA escola terá 1.512 m² e ficará

localizada em uma área de sete mil metros quadrados, doada pela pre-feitura. A unidade terá cinco salas de aula convencionais, biblioteca, audi-tório para 100 pessoas, laboratório de informática, ambiente pedagógico de cabeleireiro e cozinha didática.

Darci Piana explica que a oferta de cursos irá priorizar os setores do comércio em que há maior deman-da de profissionais qualificados, como as áreas de vendas e crédito. Os cursos técnicos, especialmente os da área da saúde, com carga horária superior a 800 horas, também farão parte da programação.

“O Senac possui mais de 500 cursos em seu portfólio e todos eles virão para Marechal Cândido Ron-don. Não haverá diferenciação entre a programação da capital e da inte-rior, cidade grande ou pequena. A qualidade do Senac é a mesma, em qualquer lugar e unidade”, reiterou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.

O município mais germâni-co do Paraná vai ganhar uma escola do Senac. A

construção da Unidade de Educação Profissional em Marechal Cândido Rondon começou em janeiro, com o trabalho de terraplenagem. O prazo para execução da obra é de 12 meses.

O presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana, esteva em Marechal C. Rondon pa-raverificar o início da obra. “Serão investidos mais de R$7 milhões na edificação do prédio e nos equipa-mentos de última geração para a qua-lificação de mão de obra. A cidade e a região vão ganhar muito, principal-mente aqueles que precisam de cur-sos de qualificação”, afirmou Piana.

“Nossa cidade possui uma ca-rência muito grande de mão de obra e esta escola do Senac será muito boa para os empresários e para os trabalhadores do comércio, pois irá preparar pessoas para inúmeras pro-fissões”, destacou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de

Marechal Cândido Rondon (Sindico-mar), João Odorico de Souza

Para o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Moacir Froehlich, é preciso ele-var a qualificação dos trabalhadores do comércio e de todos os envolvidos para que a economia do município se desen-volva ainda mais. “A vinda do presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, para verificar in loco o início da obra é uma demonstração do compromisso e da atenção que ele tem por nossa cida-de”, avaliou Froehlich.

A visita à obra foi acompanhada por autoridades e lideranças locais, pela diretoria da Câmara da Mulher (CMEG) de Marechal Cândido Ron-don e do Sindicomar, pelo diretor re-gional do Senac PR, Vitor Monastier; pelo diretor regional do Sesc PR, Di-mas Fonseca, e pelo vice-presidente da Fecomércio PR e presidente do Institu-to Fecomércio de Pesquisa e Desenvol-vimento (IFPD), Ari Faria Bittencourt.

ESTRUTURAA escola terá 1.512 m² e ficará

localizada em uma área de sete mil metros quadrados, doada pela pre-feitura. A unidade terá cinco salas de aula convencionais, biblioteca, audi-tório para 100 pessoas, laboratório de informática, ambiente pedagógico de cabeleireiro e cozinha didática.

Darci Piana explica que a oferta de cursos irá priorizar os setores do comércio em que há maior deman-da de profissionais qualificados, como as áreas de vendas e crédito. Os cursos técnicos, especialmente os da área da saúde, com carga horária superior a 800 horas, também farão parte da programação.

“O Senac possui mais de 500 cursos em seu portfólio e todos eles virão para Marechal Cândido Ron-don. Não haverá diferenciação entre a programação da capital e da inte-rior, cidade grande ou pequena. A qualidade do Senac é a mesma, em qualquer lugar e unidade”, reiterou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.

O município mais germâni-co do Paraná vai ganhar uma escola do Senac. A

construção da Unidade de Educação Profissional em Marechal Cândido Rondon começou em janeiro, com o trabalho de terraplenagem. O prazo para execução da obra é de 12 meses.

O presidente do Sistema Feco-mércio Sesc Senac PR, Darci Piana, esteva em Marechal C. Rondon pa-raverificar o início da obra. “Serão investidos mais de R$7 milhões na edificação do prédio e nos equipa-mentos de última geração para a qua-lificação de mão de obra. A cidade e a região vão ganhar muito, principal-mente aqueles que precisam de cur-sos de qualificação”, afirmou Piana.

“Nossa cidade possui uma ca-rência muito grande de mão de obra e esta escola do Senac será muito boa para os empresários e para os trabalhadores do comércio, pois irá preparar pessoas para inúmeras pro-fissões”, destacou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de

Marechal Cândido Rondon (Sindico-mar), João Odorico de Souza

Para o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Moacir Froehlich, é preciso ele-var a qualificação dos trabalhadores do comércio e de todos os envolvidos para que a economia do município se desen-volva ainda mais. “A vinda do presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana, para verificar in loco o início da obra é uma demonstração do compromisso e da atenção que ele tem por nossa cida-de”, avaliou Froehlich.

A visita à obra foi acompanhada por autoridades e lideranças locais, pela diretoria da Câmara da Mulher (CMEG) de Marechal Cândido Ron-don e do Sindicomar, pelo diretor re-gional do Senac PR, Vitor Monastier; pelo diretor regional do Sesc PR, Di-mas Fonseca, e pelo vice-presidente da Fecomércio PR e presidente do Institu-to Fecomércio de Pesquisa e Desenvol-vimento (IFPD), Ari Faria Bittencourt.

ESTRUTURAA escola terá 1.512 m² e ficará

localizada em uma área de sete mil metros quadrados, doada pela pre-feitura. A unidade terá cinco salas de aula convencionais, biblioteca, audi-tório para 100 pessoas, laboratório de informática, ambiente pedagógico de cabeleireiro e cozinha didática.

Darci Piana explica que a oferta de cursos irá priorizar os setores do comércio em que há maior deman-da de profissionais qualificados, como as áreas de vendas e crédito. Os cursos técnicos, especialmente os da área da saúde, com carga horária superior a 800 horas, também farão parte da programação.

“O Senac possui mais de 500 cursos em seu portfólio e todos eles virão para Marechal Cândido Ron-don. Não haverá diferenciação entre a programação da capital e da inte-rior, cidade grande ou pequena. A qualidade do Senac é a mesma, em qualquer lugar e unidade”, reiterou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR.

Page 49: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 49

Investimento

Com 19 anos, a ex-aluna do Senac Paranaguá, Paula Demetrio da Silva, é pro-

va de que oportunidade e dedicação formam a receita básica para o suces-so profissional. Com menos de dois anos de experiência, Paula tornou-se responsável por quase 400 funcioná-rios do supermercado onde trabalha como encarregada de Recursos Hu-manos (RH), e ainda ajuda a susten-tar a mãe e a irmã.

A trajetória começou com a opor-tunidade de entrar no Programa de Aprendizagem, no início de 2011. A família passava por dificuldades financeiras quando a menina come-

çou a procurar uma solução para po-der ajudar mais em casa. “A gente não tinha recurso para sobreviver e morávamos em uma casa empres-tada.” Foi então que Paula entrou em contato com a Secretaria Muni-cipal da Criança, que a encaminhou para uma entrevista do Programa de Aprendizagem. A resposta positiva veio poucos dias depois, na data do seu aniversário. “Foi um presente”, lembrou.

Paula passou a dividir o tempo entre escola regular, prática pro-fissional e aulas teóricas do curso de Aprendizagem em Serviços de Supermercado, no Senac. “Eu era

muito dedicada. Eu acredito que se você quer, se você se esforça para uma coisa, um dia você vai ter na sua vida”, revelou.

Após um ano, em fevereiro de 2012, de todos os aprendizes que concluíram o programa, Paula foi a única efetivada. “Eu aprendi tudo sobre supermercado dentro do Senac. E o que eu aprendia lá, no outro dia eu aplicava no trabalho. Hoje eu con-tinuo colocando em prática todo esse conhecimento”, contou.

Com o Ensino Médio concluído, Paula planeja fazer um curso de Gestão em RH e, na metade do ano, irá prestar vestibular para Contabilidade.

Case de sucesso

Oportunidade e dedicação, uma receita

para o sucessoAprendizagem ajuda adolescente a superar

dificuldades e engrenar a carreiraTexto: Carolina Lara

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Page 50: Revista Fecomércio PR - nº 92

50 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Os participantes da 25ª Edição do Sesc Tria-thlon, Circuito Nacional

– Etapa Caiobá foram desafiados três vezes pelo sol forte e a alta temperatura registrada no fim de semana da prova, realizada em 3 de março. Referência nacional em organização, a competição contou com o número recorde de 1.200 inscritos. Os triatletas foram classifi-cados nas categorias Elite e Amador Olímpico, a grande novidade de 2013. Ambas com 1,5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida. Já os

inscritos nas categorias Comerciário, Amador e Mountain Bike, fizeram a metade do percurso.

Ao todo, o Sesc concedeu R$17 mil em prêmios, além de troféus. Os primeiros colocados do Masculino e Feminino das Categorias Elite e Amador Olímpico ainda receberam o troféu Globo Esporte.

As largadas aconteceram das 7h da manhã às 9h, na Praia Mansa, lo-cal da natação. Os atletas seguiram com o ciclismo pela Rodovia Ale-xandra – Matinhos e pela Avenida do

Contorno e finalizaram com a corri-da na Avenida Atlântica até a Praça Central, local da Chegada. O Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobá conta com a parceria da Polí-cia Militar, Polícia Rodoviária, Cor-po de Bombeiros e da Prefeitura de Matinhos e apoio da RPCTV.

A primeira colocada da Elite feminina, Fernanda Garcia, com 2h17min42s, salientou que a prova foi difícil. “Saí no primeiro grupo, com quatro outras triatletas. Ficamos revezando as posições no ciclismo

PronatecTriathlon

Sol e calor nos 25 anosSol e calor nos 25 anosSol e calor nos 25 anosdo Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobádo Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobádo Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobá

Page 51: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 51

e consegui abrir na corrida”, conta a vencedora que participa da prova desde os 17 anos. Aos 29, conquis-tou sua primeira vitória em Caiobá e afirma que quer continuar a parti-cipar. A segunda posição ficou com Carolina de Lima Furriela, que che-gou com 2h19min03s e, em terceiro, Priscila da Silva, às 2h19min39s.

No Masculino, o primeiro lugar foi de Fabio Carvalho, com o tempo de 1h55min06s. “O momento crucial para mim foi o fim da natação e o início do ciclismo, onde tudo se decidiu. Na cor-

rida eu abri uma grande vantagem”. O triatleta olímpico Diogo Sclebin, ganha-dor da prova no ano passado e terceiro lugar desta edição, com 1h57min41s. Em segundo, ficou Danilo Sousa, que chegou em 1h56min14s.

Mas o desafio não é somente para os atletas de Elite e veteranos na prova. A triatleta Talita Lima, participante pela primeira vez da Etapa Caiobá, também concorda que a prova não foi fácil. Na categoria Mountain Bike, 25 a 99 anos, ela ex-plica as maiores dificuldades em se

realizar esta competição. “Remamos literalmente contra a maré, a tem-peratura também dificulta bastante e pedalamos contra o vento. Mas cruzar a linha de chegada, é um sen-timento muito grande de superação, de missão cumprida, após muitos meses de treino”, descreve. A prova, referência em receptividade, conse-guiu convidá-la para outras edições. “Esta foi a minha primeira vez aqui, no aniversário de 25 anos, mas pre-tendo vir até completar 50 anos”, brinca a iniciante no Sesc Triathlon.

Referência em organização, segurança e receptividade, a prova atinge recorde de participantes, sem perder

o cuidado personalizado com os atletas

Texto: Isabela Mattiolli e Karen Bortolini

Referência em organização, segurança e receptividade, a prova atinge recorde de participantes, sem perder

o cuidado personalizado com os atletas

Texto: Isabela Mattiolli e Karen Bortolini

Sol e calor nos 25 anosSol e calor nos 25 anosSol e calor nos 25 anosdo Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobádo Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobádo Sesc Triathlon Circuito Nacional – Etapa Caiobá

Referência em organização, segurança e receptividade, a prova atinge recorde de participantes, sem perder

o cuidado personalizado com os atletas

Texto: Isabela Mattiolli e Karen Bortolini

Page 52: Revista Fecomércio PR - nº 92

52 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

CONGRESSO TÉCNICOO congresso técnico, conduzido

pela apresentadora do Globo Espor-tes, Janaína Castilho, foi realizado no dia 2 de fevereiro, no Ginásio de Esportes do Sesc Caiobá. O ge-rente de Esportes e Lazer do Sesc Paraná, Otton Bernardelli, explicou os aspectos técnicos da prova no re-gulamento aos triatletas. Ao fim do congresso houve a entrega dos kits, contendo neste ano um exemplar da revista comemorativa dos 25 anos do Triathlon. Estavam presentes no congresso, além do presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana, do diretor geral do De-partamento Nacional do Sesc, Maron Emile Abi-Abib, gerentes executivos do Sesc e presidentes de sindicatos.

O diretor regional do Sesc Para-ná, Dimas Fonseca, disse que o ani-versário de 25 anos é motivo de mui-to orgulho para o Sesc. “Hoje, esta etapa do Triatlhon graças ao trabalho de todos é referência nacional”.

Abib contou sobre como o Tria-thlon de Caiobá entrou no calen-dário nacional. “Em 2004 nasceu

a proposta de este evento ser rea-lizado em vários estados do Brasil. Hoje acontece em Brasília, Salva-dor, Belém, Fortaleza, Minas Ge-rais e Rio Grande do Sul”.

ETAPA CAIOBÁ NO CALENDÁRIO NACIONALPrecursora das provas da moda-

lidade no Sesc, a etapa Caiobá tem papel fundamental pela criação do Circuito Nacional, como lembra Ma-

ron Emile Abi-Abib. Ele frisa que as provas do Triathlon cumprem o objetivo do Sesc de promover a con-vivência e a confraternização dos cidadãos. “Parabéns ao presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, ao seu diretor regio-nal, José Dimas Fonseca, e a todos que participam da organização deste projeto, desenvolvido com empenho e qualidade, marcas do trabalho do Sesc em todo Brasil”.

O congresso técnico da 25ª Edição do Sesc Triathlon foi realizado no Ginásio de Esportes do Sesc Caiobá

O diretor geral do Departamento Nacional do Sesc, Maron Abi-Abib; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca, e o assessor da presidência da Fecomércio para assuntos do litoral, Sérgio Juarez Tavares

Triathlon

Page 53: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 53

O técnico de atividades do Sesc Caiobá, Lucio Santos, com as crianças participantes do projeto Triathlon+

TRIATHLON+Iniciativa do Departamento Na-

cional do Sesc, o Triathlon+ visa à socialização e integração de crianças de famílias de baixa renda por meio da iniciação esportiva. O projeto está inserido no Programa de Comprome-timento e Gratuidade (PCG) do Sesc e, no Paraná, é desenvolvido pela Di-visão de Esporte e Lazer em conjunto a Direção de Educação e Cultura do Sesc PR. A unidade de Caiobá con-centra as atividades do Triathlon+ no estado, desde o ano passado, com 40 crianças de 11 a 14 anos. Em 2012, quatro turmas de dez alunos partici-pavam das aulas de natação e corrida por duas vezes na semana, com carga horária de duas horas diárias.

Em novembro do ano passado, a unidade realizou o Festival Esportivo na modalidade Aquathlon, com parti-cipantes do projeto. A prova foi mon-tada nas dependências do Sesc Caiobá Centro de Turismo e Lazer, utilizando a piscina semiolímpica aquecida e a

Rua Antonina, que dá acesso ao esta-cionamento do Hotel. De acordo com o técnico de atividades do Sesc Caiobá, Lucio Santos, essa foi a primeira expe-riência das crianças com competições, as quais vivenciaram na prática a mo-dalidade esportiva.

Para formar esses futuros atle-tas, o projeto também recebe apoio de outras áreas do Sesc. Noções de higiene pessoal e corporal além de sexualidade são abordadas pela Ge-rência de Saúde, bem como o reforço nutricional que os participantes re-cebem, com cardápios, avaliações e orientações educativas feitas por nu-tricionistas da entidade.

Em 2013, a estimativa é que as aulas sejam iniciadas a partir de abril, ampliando também a faixa etária de 12 a 16 anos.

RESPONSABILIDADE AMBIENTALA 25ª edição do Sesc Triathlon -

Etapa Caiobá também foi marcada pela sustentabilidade. Neste ano, a

Associação de Coletores e Selecio-nadores de Resíduos Sólidos de Ma-tinhos (Ancresmat) foi peça funda-mental para a realização do evento. Uma barraca foi montada na Praça Central para segregar os resíduos recicláveis recolhidos nas interme-diações da prova. Um total de 435kg foram recolhidos e separados pela Associação – que faz trabalho se-melhante no Sesc Caiobá Centro de Turismo e Lazer em paralelo à Asso-ciação Municipal dos Agentes Am-bientais de Matinhos (Amagem), as quais segregam, em média, cerca de 1,6 toneladas de resíduos recicláveis por mês provenientes das instalações do hotel. “Esse resíduo corresponde ao que foi gerado na Praça Central de Matinhos durante a realização do evento, sem contar as caixas, kits, que foram descartados aqui mesmo no Hotel Sesc Caiobá antes da pro-va”, explica a técnica em atividades Saúde e Meio Ambiente do Sesc Caiobá, Helen Duarte.

Resíduos recicláveis segregados durante a ação:

• Copos: 112kg• Garrafas: 141kg• Latas de alumínio: 102kg

• Papelão: 70kg• Plástico Cristal: 10kg

TOTAL: 435kg

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54 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

25 ANOSEm 1989, ano de surgimento do Sesc

Triathlon em Caiobá, foram apenas 220 participantes. Nos primeiros anos havia somente a categoria Short Triathlon, com metade das medi-das olímpicas. Ao passar dos anos o evento foi sendo ampliado, seguindo a difusão da modalidade. Desde a 10ª edição passou a ter medidas olím-picas e em 2005 foi incorporado ao Circuito Nacional.

Pessoas que estiveram à frente da implantação da modalidade em Caiobá, levam seu know how para as demais etapas. Diretor da Divisão de Esportes e Lazer do Sesc Paraná, Marcus Vinícius de Mello, conta que o segredo da qualidade e organização sempre foi o envolvimento da equipe de trabalho, independente dos car-

gos. O diretor frisa que o bom aten-dimento e a recepção dos atletas são os grandes diferenciais do evento.

Já o gerente executivo do Sesc da Esquina, Adalberto Carneiro, ou-tro dos precursores do Triathlon, re-lembra que os últimos 25 anos foram muito gratificantes e disse que espera contribuir por vários anos na realiza-ção das próximas edições.

O ex-diretor regional do Sesc, Amauri Ribas de Oliveira, conta como o início da competição, foi difícil. “Não tínhamos a mesma es-trutura, conhecimento e condições financeiras da prova como agora”.

COMÉRCIOPara o presidente do Sistema

Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, o Sesc Triathlon de Caiobá

agrega três valores preconizados pela entidade. “A realização da prova fo-menta o comércio de Matinhos e de outras praias e balneários do entor-no, pois com os triatletas vêm seus familiares e amigos, totalizando um público de aproximadamente 20 mil pessoas. Outra preocupação é com a saúde e a qualidade de vida dos co-merciários e participantes, e, por fim, também cumprimos nosso papel edu-cacional e social, pois em paralelo há o projeto Triathlon+ voltado para a iniciação esportiva de crianças de fa-mílias com risco de vulnerabilidade social”, frisa.

Para Piana estar à frente do Siste-ma Fecomércio PR no ano em que o Sesc comemora 65 anos de ativida-des no Paraná e a etapa de Caiobá do Triathlon 25 anos, é um privilégio.

O prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora, enfatiza que a realização do evento só traz benefícios para o litoral paranaense. “A praia ficou re-conhecida em cenário nacional e traz atletas de renome e participantes de todo o país. A data escolhida para a competição também é favorável, pois em março já estaríamos em baixa temporada, e assim, damos continui-dade ao movimento”, destaca.

Veja outros depoimentos sobre o Triathlon

“O sucesso do evento é confirmado ano a ano. O Triathlon em Caiobá não trabalha somente com a questão esportiva, traz muita gente, movimenta restaurantes, hotéis, enfim todo o comércio do litoral”.

Presidente do Simaco, Sigismundo Mazurek

“Eu tive a honra de ter participado de todas as edições, desde a elaboração até os dias de hoje. Só traz benefícios para o município. Um dos motivos do litoral paranaense ser conhecido nacionalmente é por conta deste evento. Destacou-se inclusive em outros países, principalmente do Mercosul”.

Assessor da Fecomércio PR para Assuntos do Litoral, Sérgio J.Tavares

“Sou aficionado por esportes. A praia mansa é ideal para a natação, conta com uma avenida plana para o ciclismo e uma pista plana e agradável para a corrida. A prova é encantadora por causa desta movimentação de pessoas, o que também é muito benéfico para o comércio”.

Vice-presidente da Fecomércio PR, Paulo César Nauiack

“Estou impressionado com o volume de pessoas que participam e as que vêm para assistir ao Triathlon. É muito importante entidades que reforçam e estimulam o turismo no estado. Nós, da Secretaria temos a incumbência direta de identificar atrativos turísticos e desenvolvê-los. Provas como esta colaboram e movimentam o turismo paranaense”

Secretário de Estado do Turismo do Paraná, Jackson Pitombo C. Filho

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PronatecTriathlon

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 55

CATEGORIA ELITE – Masculino

1º Lugar – Fábio Carvalho 1h55min06s

2º Lugar – Danilo Sousa 1h56min14s

3º Lugar – Diogo Sclebin 1h57min41s

CATEGORIA ELITE – Feminino

1º Lugar – Fernanda Garcia 2h17min42s

2º Lugar – Carolina de L. Furriela 2h19min03s

3º Lugar – Priscila da Silva 2h19min39s

CATEGORIA COMERCIÁRIA – Masculino

1º Lugar – Cesar Henrique 1h03min07s

2º Lugar – Giovani Sturion 1h03min33s

3º Lugar – Rodrigo Rieping 1h04min19s

CATEGORIA COMERCIÁRIA – Feminino

1º Lugar – Fabiana Ribeiro 1h18min03s

2º Lugar – Rosiane Cristina 1h19min53s

3º Lugar – Marcia R. dos Santos 1h29min20s

CATEGORIA AMADOR OLÍMPICO – Masculino

1º Lugar – Brasílio Vicente 2h07min29s

2º Lugar – Mauricio Letzow 2h08min57s

3º Lugar – Sérgio Renato Diniz 2h09min07s

CATEGORIA AMADOR OLÍMPICO – Feminino

1º Lugar – Natália Brotto 2h35min16s

2º Lugar – Luca Barcik Glaser 2h42min29s

3º Lugar – Isabela Marques 2h46min37s

CATEGORIA AMADOR SHORT – Masculino

1º Lugar – Kaue Willy Cardoso 1h01min34s

2º Lugar – Manoel Messias 1h01min36s

3º Lugar – Icaro de Campos 1h02min49s

CATEGORIA AMADOR SHORT – Feminino

1º Lugar – Ana Elisa Santos 1h13min46s

2º Lugar – Gabriela Miro Ziliot 1h14min44s

3º Lugar – Daniele Kazue Sugiok 1h16min48s

CATEGORIA MOUNTAIN BIKE – Masculino

1º Lugar – Cleverson Luis 1h05min39s

2º Lugar – Fernando Henrique 1h06min53s

3º Lugar – Reginaldo Rincon 1h07min10s

CATEGORIA MOUNTAIN BIKE – Feminino

1º Lugar – Valkiria Dias 1h18min57s

2º Lugar – Melania Cristine 1h25min42s

3º Lugar Claudia Bittencourt 1h25min45s

Sesc Triathlon, Circuito Nacional – Etapa Caiobá Vencedores

O colaborador do Sesc, do Núcleo de Comunicação e Marketing, Agostinho Santos, fez a prova pela 16ª vez. Neste ano inaugurou na categoria Amador Olímpico

Os triatletas correm na Avenida Atlântica

Pódio da Categoria Elite

Page 56: Revista Fecomércio PR - nº 92

56 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Não foi por acaso que o bas-quete entrou na vida do curitibano Rolando Ferrei-

ra Junior, 48 anos. Intimidado por ser o mais alto da classe, aos 12 anos ele encontrou no esporte um consolo ao perceber que ali a sua altura fazia mui-ta diferença. E fez. Rolando teve tem-pos gloriosos na Seleção Brasileira na década de 1980, e foi o primeiro bra-sileiro a jogar na National Basketball Association (NBA).

Embora o basquete tenha sido sua primeira escolha, foi cortado sem ex-plicações do time que participava e decidiu trocar de modalidade. “Fiquei um ano sem jogar, mas queria praticar algum esporte, então entrei na escoli-nha de vôlei, na qual treinei duas ou três vezes. Isso porque o técnico de basquete, que dava aula na quadra ao lado, me chamou para treinar basquete no Círculo Militar do Paraná e eu fui”, lembra.

Aos 16 anos, o atleta foi para São Paulo, onde jogou pelo Esporte Clube Sírio – uma das maiores equipes bra-sileiras da época. O passo seguinte foi integrar a Seleção Brasileira e com ela teve grandes conquistas. Participou das

Olimpíadas de Seul e Barcelona, e dos Jogos Pan-Americanos de Indianápo-lis, Havana e Mar Del Plata. Esteve, também, em três campeonatos mun-diais, três campeonatos sul-americanos e três Jogos da Boa Vontade (Good Will Games). “De todas as competi-ções, a conquista em termos de Seleção Brasileira, foi a do Pan de 87, quando ganhamos dos Estados Unidos, time até então imbatível”, elenca.

Rolando Ferreira Junior ganhou o mundo com essa conquista e a ad-miração da nação por ser o primeiro brasileiro a chegar à NBA em 1988. Segundo ele, naquela época, a Na-tional Basketball Association (NBA) não era tão globalizada como hoje, o que tornou a escolha um desafio. “Eu jogava na Seleção Brasileira profis-sionalmente, recebia um salário, ti-nha carro, namorada. Larguei tudo para entrar na NBA. Nesse período, ganhei bolsa de estudo na University of Houston e, apesar de não ter des-pesas com alimentação e moradia, não tinha um salário como no Brasil, o que foi uma aposta. Fiquei dois anos lá atrás de um sonho e muita gente não teria largado isso para ir aos Estados

Os passos de um gigante

Com 2,14m de altura, o curitibano Rolando Ferreira Jr.venceu os até então imbatíveis americanos e foi o

primeiro a jogar onde nenhum brasileiro havia chegado: na NBA

Texto: Isabela Mattiolli

InvestimentoEsporte

Page 57: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 57

Unidos, mas eu tive a coragem de ir”, declara.

Apesar disso, o brasileiro teve boas experiências na liga. Jogou duas temporadas pela University of Houston e foi se-lecionado pelo Portland Trail Blazers, onde permaneceu por mais duas temporadas. “Eu me empenhei para jogar na NBA e mostrar meu valor para todo o Brasil. Foi uma conquista e ela teve muito a ver com isso de provar minha capacidade e meu potencial”, relata.

NOVO PASSOEm 1990, Rolando retornou

ao Brasil, jogou pelo Monte Líbano, Corinthians de Santa Cruz do Sul, Clube Pinheiros, entre outros. Em 2000, jogando pelo Unisanta, de Santos (SP), ele percebeu que era hora de encostar os tênis de basquete como atleta, porém permane-cer nas quadras como técnico e se reinventar como professor de Educação Física. Escolheu a cidade natal, Curitiba, para rea-lizar esses trabalhos.

A decisão também foi en-carada como um desafio, pois Rolando havia se graduado há mais de 10 anos e nunca tinha pisado em uma sala de aula como professor. “Quando pa-rei de jogar e decidi dar aulas, eu não tinha condições de fa-zer isso. Existe uma diferença enorme entre ser professor e ser técnico ou jogador. Foi aí que precisei buscar uma espe-cialização, um mestrado, para ser capaz de executar essa tarefa. Eu sempre falo para os meus alunos que não é porque eu fui um jogador de basquete, que seria capaz de transmitir informação, ensinar, criar estraté-gias para que eles aprendessem. Ter sido jogador, nes-se caso, não é o essencial”, pondera.

As estratégias do ex-atleta não pararam por aí. Ro-lando passou a ministrar a palestra “Você é maior do

que imagina” para dois públicos bem diversos, mas que, segundo ele, se conectam com as experiências que teve como jogador. “Em ambas as palestras eu conto a minha história e tento mostrar que a busca pelo sucesso não é uma linha reta. Eu foco muito nesse negócio de que não adianta ter sido um jogador de alto nível para ensinar. Mesma coisa com eles: precisam estudar e estudar sem-pre ou se aprimorar cada vez mais nos negócios, se espe-cializar, buscar sempre novidades”, explica.

Basquete MasterRolando é veterano do tradicional Torneio de Basquetebol Master, com etapa reali-

zada no Ginásio de Esportes do Sesc Caiobá. Promovido pela Associação Paranaense de Basquetebol Master (APBM) com o apoio do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, o evento foi realizado entre os dias 23 e 27 de janeiro deste ano, completando 23 edições realizadas no local.

Com 2,14m de altura, Rolando realmente é um gigante em quadra. Embora não tenha se classificado neste torneio, ele não encara o evento como uma competição. “Eu jogo para descontrair. Venho aqui para ver os amigos, dar risadas. Mas tem gente que vem para ganhar, competir mesmo”, observa.

E os passos de Rolando seguem seu caminho de ensinar e motivar novos gigantes das quadras e da vida. “Acredito que para a pessoa ser realmente gigante tem que fazer o que faz com amor e saber desenvolver e seguir seus objetivos, lutando para isso. Não importa sua estatura física, você tem que ter persistência, focar no que quer e aí você cresce e vai se tornar uma pessoa gigante em qualquer lugar que atue”, reflete.

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58 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Artesanais, campeãs, apreciadas e... paranaenses!

Com rótulos premiados nas mais diversas competições nacionais e internacionais, Paraná se destaca na produção de cervejas especiais

Texto: Giana Andonini

Produção Paranaense

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 59

Considerado um dos locais que mais produz cerve-jas artesanais no Brasil,

Curitiba e região metropolitana se tornaram referência no país pela produção da especialidade nos últi-mos anos. A fama não vem somente de boca a boca. Premiações nas mais diversas competições nacionais e in-ternacionais comprovam a qualidade dos rótulos paranaenses. A cervejaria Bodebrown, por exemplo, coleciona medalhas que vem da Austrália, Ca-nadá, Argentina e de diferentes esta-dos do Brasil.

Apresentando uma variedade de sabores, ingredientes, teor alcoólico, cores e aromas, as cervejas chamadas de especiais valorizam a experiência sensorial no consumo e estão cada vez mais sendo apreciadas. Na capi-tal, a produção deste tipo de cerve-ja se concentra principalmente nas microcervejarias Asgard, Bier Hoff, Bodebrown e Gauden Bier. Na região metropolitana ficam a Klein Bier (Campo Largo), Way Beer (Pinhais) e Wensky Beer (Araucária).

A produção local estimulou o co-mércio cervejeiro no estado. Hoje é possível encontrar bares e lojas es-pecializadas na venda das cervejas gourmet e até uma escola onde se pode aprender a fazer a sua própria cerveja na panela, no conforto de sua casa. Segundo Samuel Cavalcanti, mestre cervejeiro e dono da cerveja-ria escola Bodebrown, o que hoje é um hobby para muitas pessoas repre-senta o renascimento da cultura cer-vejeira. “A ideia é que o consumidor deguste, viva aquele momento pre-sente e realmente sinta mais a experi-ência por qual está passando. Curta a bebida como ela é”, pontua.

Em muitos países a cultura de produção caseira, de consumo de cervejas locais e de degustação com mais atenção é normal. Já no Brasil, esta cultura é relativamente nova e está ganhando espaço. Hoje, o país

está entre os quatro maiores produ-tores de cerveja no mundo, sendo que apenas 5% desse mercado é das cervejas gourmet. Para os próximos anos, espera-se que este número atin-ja os 10%. Em Curitiba, o mercado tradicionalmente curioso e aberto a novidades impulsiona a criação constante de novos rótulos. “Está evoluindo tanto que as microcerveja-rias já estão até organizadas em uma associação, a Procerva. Há também a associação dos cervejeiros caseiros, os chamados homebrewers, que é a Acerva”, comenta Cavalcanti.

Apesar das perspectivas otimis-tas, os produtores enfrentam alguns desafios que atrapalham o crescimen-to do comércio das cervejas gourmet. Eles estão relacionados aos proces-sos burocráticos que regulamentam a produção das cervejas, como o regis-tro dos produtos junto ao Ministério da Agricultura, e também a questões tributárias.

CIÊNCIA E CERVEJA NUM SÓ LUGAR O comércio envolvendo a cerve-

ja não gira apenas nas mesas de ba-res ou restaurantes. Pela cervejaria escola Bodebrown, por exemplo, já passaram mais de 1.000 alunos. Úni-ca no país neste formato, a cerveja-ria escola é um sucesso. “A ideia é

mostrar os bastidores dos bares e ser um lugar de ciência. A escola ensina a pessoa a fazer a sua própria cerveja em casa. É um resgate cultural de um valor que sempre esteve nas famí-lias”, explica Cavalcanti.

Os cursos de cerveja na panela ocorrem em parceria com a Morada Cia Etílica, que tem o cervejeiro An-dré Junqueira em seu comando. Há edições todos os meses, com no má-ximo 22 vagas. “O que impulsionou o cenário cervejeiro atual de Curitiba foi uma conjuntura de fatores. Este curso influenciou gerando uma mas-sa crítica, que escolhe mais o que vai consumir e também conta para outras pessoas”, explica Junqueira.

Em 2013, Samuel tem a intenção de expandir os cursos para além do tradicional cerveja na panela. Pães, queijos, destilados e chocolates ar-tesanais estão no planejamento. Com uma produção de 12 mil litros mensais que são vendidos em todo o Brasil, a cervejaria escola Bodebro-wn recebe mais de 400 pessoas por mês para a compra de cervejas, de insumos para fazer as suas próprias bebidas em casa ou nos cursos ofe-recidos.

NA JUSTA MEDIDA Apreciar uma boa cerveja, com

qualidade e produção diferenciadas,

O cervejeiro e dono da Bodebrown, Samuel Cavalcanti (dir.) com o homebrewer Billy Wash

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60 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

deixa para traz a cultura de massa de “beber até cair”. O aumento nas vendas das cer-vejas gourmet aponta uma tendência de consumo notada principalmente nas classes A e B, que é a da justa medida. É a busca pela temperança e pela qualidade e não somente quantidade. Quando se troca o simples consumo pela experi-ência, os sentidos são aguça-dos e valoriza-se o bem estar comedido, no lugar do con-sumo desenfreado. E mais do que bem-estar, essa tendência gera negócios.

Uma nova empresa curiti-bana aposta nesta ideia. Cria-da pelos engenheiros Luiz Mi-leck e Daniel Martins, a Voilà pretende trabalhar com vivên-cias gastronômicas, como o evento Prove Cerveja, que ocorreu em fevereiro de 2013. Durante uma tarde, 10 participantes degustaram diferentes tipos de cervejas da Wensky Beer, harmonizadas com petiscos, prato principal e sobremesa. “Para maxi-mizar esta vivência, o evento acon-tece dentro de uma microcervejaria, cercado pelos tanques da fábrica. O mestre cervejeiro apresenta ingre-

dientes, etapas da fabricação, histó-ria, curiosidades e ensina como de-gustar cada um dos tipos fabricados. Acompanhando a degustação, é apre-sentada uma harmonização, mostrando como valorizar ainda mais esta bebida milenar”, conta Daniel.

O empreendedor também destaca a preocupação da empresa na prio-rização dos produtos paranaenses. “Promovendo estas vivências den-

tro de microcervejarias fomentamos a valorização dos produtos locais. Além disto, a Voilà assume seu papel de formador de paladar ao explorar a cultura cervejeira e apresentar como degustar e harmonizar uma boa cer-veja”, pontua.

Curso de cerveja na panela com o cervejeiro André Junqueira, na Bodebrown

Participantes do evento Prove Cerveja, na cervejaria Wensky Beer

Participantes do evento Prove Cerveja, na cervejaria Wensky Bee

Produção Paranaense

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 61

Como começarOs instrutores do Senac Curitiba, Carlos Roberto Malaquias e Gilberto Pereira Dias, e o mestre cervejeiro André Junqueira, dão a dica para você começar a consumir cervejas gourmet:

As cervejas mais amargas combinam com alimentos mais picantes ou gordurosos. Já as do tipo Pilsen, “as loiras”, combinam com comidas leves, como petiscos e entradas. As sobremesas harmonizam bem com cervejas frutadas e cítricas. A temperatura deve ser adequada, e não estupidamente gelada, para valorizar o aroma e o sabor da cerveja.

Carlos Roberto Malaquias e Gilberto Pereira DiasInstrutores do Senac Curitiba

A primeira dica é procurar casas do ramo e não ter medo de provar, nem desistir na primeira. Temos uma grande variedade de cervejas gourmet, para todos os gostos, é impossível não encontrar uma do seu gosto. Também sugiro começar com as produções locais, que são mais frescas.

André JunqueiraMestre cervejeiro da Morada Cia Etílica

Onde encontrarConfira quais são os principais rótulos, microcervejarias, bares e lojas especializadas do ramo:

MICROCERVEJARIAS• Asgard• Bier Hoff• Gauden Bier• Bodebrown• Klein Bier• Way Beer• Wensky Beer

MARCAS DE CERVEJA PRODUZIDAS DE FORMA TERCERIZADA• De Bora Bier• Morada Cia Etílica• Pagan• Diabólica• The Beers• Madalosso

LOJAS• Armazém da Serra • Templo da Cerveja• Empório Weiss• Mestre-cervejeiro.com

BARES ESPECIALIZADOS• Clube do Malte • Hop’N Holl• Cervejaria da Vila• Barbarium Beer Pub• A Varanda Beer House

Carlos Roberto Malaquias e Gilberto Pereira Dias, instrutores do Senac Curitiba

A primeira dica é procurar casas do ramo e não ter medo de provar, nem desistir na primeira. Temos uma grande variedade de cervejas gourmet, para todos os gostos, é impossível não encontrar uma do seu gosto. Também sugiro começar com as produções locais, que são mais frescas.

André JunqueiraMestre cervejeiro da Morada Cia Etílica

A primeira dica é procurar casas do ramo e não ter medo de provar, nem desistir na primeira. Temos uma grande variedade de cervejas gourmet, para todos os gostos, é impossível não encontrar uma do seu gosto. Também sugiro começar com as produções locais, que são mais frescas.

André JunqueiraMestre cervejeiro da Morada Cia Etílica

As cervejas mais amargas combinam com alimentos mais picantes ou gordurosos. Já as do tipo Pilsen, “as loiras”, combinam com comidas leves, como petiscos e entradas. As sobremesas harmonizam bem com cervejas frutadas e cítricas. A temperatura deve ser adequada, e não estupidamente gelada, para valorizar o aroma e o sabor da cerveja.

Carlos Roberto Malaquias e Gilberto Pereira DiasInstrutores do Senac Curitiba

As cervejas mais amargas combinam com alimentos mais picantes ou gordurosos. Já as do tipo Pilsen, “as loiras”, combinam com comidas leves, como petiscos e entradas. As sobremesas harmonizam bem com cervejas frutadas e cítricas. A temperatura deve ser adequada, e não estupidamente gelada, para valorizar o aroma e o sabor da cerveja.

Carlos Roberto Malaquias e Gilberto Pereira DiasInstrutores do Senac Curitiba

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62 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Turismo

62 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 201362 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 63janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 63

Guaraqueçaba, onde simplicidade rima com

hospitalidadeO município que completa 468 anos em março é ainda pouco conhecido dos turistas, mas reúne natureza exuberante, cultura caraterística e um

povo que vive em total harmonia com o seu meio

Texto: Carolina Lara

Guaraqueçaba, onde simplicidade rima com

hospitalidadeO município que completa 468 anos em março é ainda pouco conhecido dos turistas, mas reúne natureza exuberante, cultura caraterística e um

povo que vive em total harmonia com o seu meio

Texto: Carolina Lara

Guaraqueçaba, onde simplicidade rima com

hospitalidadeO município que completa 468 anos em março é ainda pouco conhecido dos turistas, mas reúne natureza exuberante, cultura caraterística e um

povo que vive em total harmonia com o seu meio

Texto: Carolina Lara

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64 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

Acordar com o canto dos passarinhos virou luxo na vida moderna da cidade. Em Guaraqueçaba, litoral norte do Paraná, isso faz parte da rotina de moradores e surpreende os turistas. Antes das seis da manhã, os pequenos cantores já dão o recado de que é hora de acordar e aproveitar o que a região oferece de mais

bonito, a natureza.Com uma área de 2.020 quilômetros quadrados, o segundo maior município do Paraná tem uma das menores

densidades demográficas do Brasil. São 3,9 habitantes por quilômetro quadrado, somando menos de oito mil habitan-tes, segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerada pela Unesco como um dos 100 endereços mais importantes do mundo, Guaraqueçaba encanta pela simplicidade e pela hospitalidade de um povo que vive em harmonia com o seu meio.

Turismo

COMO CHEGARPara chegar a Guaraqueçaba, o meio mais utilizado é o barco. Com saídas diárias de Paranaguá, a viagem demora

em torno de duas horas. Também há a opção de ir pela PR 405, estrada de terra que sai de Antonina. O trecho de 80 quilômetros é quase todo ladeado pela mata.

Para conhecer bem a região é imprescindível deslocar-se entre as ilhas que compõem o município. Por isso, o meio de transporte mais utilizado é o aquático. Para ir de uma ilha a outra as opções são muitas: voadeira, lancha, barco ou canoa, o que varia é o custo da viagem e o tempo.

Turismo

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Page 65: Revista Fecomércio PR - nº 92

janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 65

O QUE FAZERO município abriga a maior área de Mata Atlântica remanescente do Brasil, no continente e nas ilhas, em

número de 60. Em toda a área, a diversidade de fauna e flora, aliada à cultura e à história dos povos caiçaras, faz com que a viagem seja peculiar e inesquecível. As opções de turismo estão quase todas vinculadas à natureza. Trilhas, passeios de barco ou bicicleta, banhos de cachoeira, observação de botos e papagaios-da-cara-roxa, pescaria, dança e música típicas, além de gastronomia à base de frutos mar, são alguns dos principais atrativos.

A temporada vai de 26 de dezembro até terminar o carnaval. As festas religiosas com procissão, baile e pratos típicos, realizadas em várias comunidades espalhadas pelas ilhas, também costumam atrair muitos visitantes.

CIDADE SEDE Da sede, como é chamada a comunidade de Guaraqueçaba onde funcionam os órgãos municipais, é possível sair

para visitar as ilhas que formam o município e para conhecer as atrações localizadas no continente. Na sede há mais estabelecimentos comerciais, estrutura de transporte, serviços bancários, hospital, supermercados e farmácias. A rede hoteleira conta com 300 leitos e dois campings.

A cidade também tem vários atrativos turísticos, como a vista da Baía de Guaraqueçaba a partir da Praça Willian Michaud, a Igreja do Nosso Senhor Bom Jesus dos Perdões, o Morro do Quitumbé, o Casario Colonial e o mercado de artesanato, que funciona junto à sede da Cooperativa de Artesanato do município.

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Page 66: Revista Fecomércio PR - nº 92

66 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

SALTO MORATOCom 100 metros de altura, o Sal-

to Morato fica em uma Unidade de Conservação Particular pertencente a Fundação Grupo Boticário de Pro-teção a Natureza. A trilha para a ca-choeira dura cerca de meia hora. No caminho, os visitantes se deparam com um aquário natural de água cris-talina onde o banho com os peixes além de permitido é praticamente obrigatório.

O local conta com toda a infra-estrutura de camping e alojamento. Aberto ao público o ano inteiro, o acesso ao salto é feito pela PR 405. Uma dica é fazer de bicicleta o tre-cho de 18 quilômetros até o salto.

RESERVA ECOLÓGICA DO SEBUÍMata Atlântica, fauna e flora exu-

berantes, cachoeiras e piscinas naturais caracterizam a reserva particular. O acesso é feito por barco e não há trans-porte regular. Informações sobre aces-so pelo http://rppnsebui.blogspot.com.

ARTESANATOOutra riqueza local é o artesana-

to, feito com matéria prima nativa. Bambu, cacheta, fibra de bananeira, cerâmica e escama de peixe estão presentes nas peças criadas pelos descendentes de europeus, quilom-bolas e índios. O trabalho pode ser encontrado em várias localidades. Em Guaraqueçaba existe a sede da Cooperativa Arte Nossa Guaraque-çaba de Artesanato, com exposição permanente de peças a venda.

ILHA DE SUPERAGÜIA Ilha de Superagüi é um dos

destinos mais procurados pelos turis-tas. Na temporada, há barcos de ida e volta a partir de Paranaguá e de Gua-raqueçaba. Ambos os trajetos duram cerca de duas horas.

Com 22 pousadas e diversas opções de restaurantes, a ilha, que tem apenas 1200 habitantes, passa a abrigar uma po-pulação de três mil pessoas em feriados como Carnaval e Ano Novo.

Um dos cartões postais mais pro-curados é a Praia Deserta.

São 38 quilômetros de praias vir-gens que só terminam em São Paulo. A pé ou de bicicleta, o turista tem a oportunidade de conhecer um local onde a presença humana ainda é rara. Ao longo da praia, não há ambulan-tes nem barraquinhas, casas ou pré-dios, apenas restinga.

A ilha também abriga a maior par-te do Parque Nacional de Superagüi, criado em 1989. São 34 mil hectares de mata que abriga uma das maiores biodiversidades do planeta, incluindo espécies ameaçadas de extinção, como o mico-leão-dourado-da-cara-preta e o papagaio-da-cara-roxa.

Em Superagüi, apesar de se acordar com o canto dos pássaros, ninguém dorme com as galinhas. “Desde que a energia elétrica che-gou, há 15 anos, ninguém aqui dor-me cedo. Se você quiser ir andar na praia no meio da noite, você pode”, contou Zico, nativo da ilha e dono de pousada.

Turismo

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 67

FANDANGOUma das principais opções de

lazer noturno em Superagüi é o Fandango. Quando a noite se apro-xima, Laurentino abre o bar Akdov e aos poucos os fandangueiros vão chegando, um a um. Em um chão de cimento irregular e estrutura em madeira, a música só vai terminar às quatro da manhã.

Com 96 anos, Alcides é o mora-dor mais velho da Ilha e não falta a nenhum baile. Além de bater o ta-manco e tocar o bumbo, ainda convi-da todas as moças para dançar.

Mas não é todo dia que o Fan-dango anima a ilha. A festa continua garantida nos feriados com maior mo-vimentação de turistas. Os bailes, que antigamente eram frequentes, ficaram espaçados. “De 1970 a 1990 o Fandan-go ficou um pouco esquecido”, contou o dono do bar Akdov, Laurentino Sou-za. Segundo ele, isso aconteceu pela falta de incentivo financeiro. Os mes-tres fandangueiros foram envelhecen-do e os jovens não quiseram aprender. “Se a juventude não vai se interessando, o Fandango vai acabando”, comentou Alcides. Mas graças a alguns grupos, a cultura do fandango está sendo resgata-da. “A maioria dos turistas hoje vêm a Superagüi para conhecer o Fandango”, comemora Laurentino.

PATRIMÔNIOReconhecido como Patrimônio

Cultural Imaterial Brasileiro desde novembro de 2012, o Fandango é a expressão cultural dos povos cai-çaras presentes no litoral norte do Paraná e também em São Paulo. O baile popular estava originalmente vinculado aos mutirões da lavoura e aos trabalhos coletivos organizados entre vizinhos. Era no fim do dia que o organizador do mutirão oferecia o baile, a bebida e a comida.

A música é marcada pelo som da rabeca, da viola e do tamanque-ado. Dos instrumentos musicais ao tamanco de madeira, tudo é feito à mão pelos próprios mestres fandan-gueiros.

Um deles é Nilo Pereira. Ele aprendeu a construir os instrumen-tos sozinho, aos 14 anos, além de tocar, cantar e dançar. O grupo da família Pereira, com 12 integrantes, é um dos poucos ainda presentes na região.

ILHA DAS PEÇASCom 13 quilômetros de praia, a

Ilha das Peças é considerada um bal-neário. Há barcos diários partindo de Paranaguá, mas outra forma bastante comum de se chegar a ilha, é por meio do serviço de transporte marítimo ofe-recido pelos restaurantes. É comum as pessoas irem para a Ilha das Peças apenas para almoçar e depois volta-rem para suas cidades de origem ou local onde estão hospedadas.

BARBADOSA energia aqui vem das placas

solares colocadas há pouco tempo. As 25 famílias que moram na co-munidade descobriram então o que é tomar banho quente. Apesar de não ter hotel ou pousada, durante a temporada os turistas chegam para comer no único restaurante do po-voado. No cardápio do Restaurante Natural, de Dona Cezarina, arroz, feijão, salada, peixe, batata frita, ca-marão e caranguejo, tudo é feito no fogão à lenha. Mas para provar essas delícias, é preciso ligar antes reser-vando, hábito comum da região.

As pessoas que chegam em Bar-bados pelo trapiche, logo encontram algumas casas, uma igreja, um cam-pinho de futebol e a Associação dos Moradores, onde estão algumas repro-duções da obra de Willian Michaud. Imigrante suíço que viveu ali a partir da segunda metade do século XIX, Michaud deixou pinturas em aquare-la e desenhos que retratam o modo de vida local e a natureza do entorno. Na comunidade, se pode visitar as ruínas da casa em que viveu.

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68 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

OUTROS PASSEIOSIlha Rasa, Bertioga, Colônia de

Superagüi e Ararapira são outros passeios interessantes que podem ser feitos quando há tempo dispo-

nível. Mas independente do roteiro, sol, mar, floresta, montanha, rio, tranquilidade e ar puro marcam essa visita a Guaraqueçaba, que tem tudo que o turista de natureza

pode querer. Um local de contem-plação e um dos poucos onde ainda se pode encontrar uma comunidade vivendo harmoniosamente com o seu meio.

Guaraqueçaba• POUSADA CHAUÁ

(41) 3482 1265 | pousadachaua.blogspot.com

• POUSADA DO BIGUÁ(41) 3482 1266 | www.pousadadobigua.com.br

• RESERVA SALTO MORATO(41) 3375 9671 | www.fundacaogrupoboticario.org.br

• RESERVA ECOLÓGICA SEBUÍrppnsebui.blogspot.com

• COOPERATIVA ARTE NOSSA

GUARAQUEÇABA DE ARTESANATO

Rua Agrícola Fonseca, nº 30

Barbados• RESTAURANTE NATURAL

(41) 9208 9495

SERVIÇO

Ilha das Peças• RESTAURANTE TEODORO DIAS

(41) 3482 5005

• RESTAURANTE INÁ II(41) 3482-5005

Superagüi• RESTAURANTE E POUSADA

SOBRE AS ONDAS (aluga bicicletas)(41) 3232 1314 | www.pousadasobreasondas.com

• POUSADA E HOSTEL SUPERAGÜI (serviço de barco)(41) 3482 7149 | www.pousadasuperagui.com.br

• RESTAURANTE E POUSADA CREPÚSCULO((41) 3482 7135

• BAR AKDOV((41) 3482 7158

Turismo

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PronatecTriathlonPronatecTurismo

1. Estrada para Guaraqueçaba

2. Vista da Baía de Guaraqueçaba

3. Morro do Quitumbé

4. Praça Willian Michaud

5. Rabeca feita de cacheta

6. Salto Morato

7. Tapetes de fibra de bananeira

8. A fauna exuberante de Guaraqueçaba

9. Pedro Miranda, fandangueiro da Ilha de Superagüi

10. Nilo Pereira, mestre fandangueiro

11. Turistas divertem-se no trapiche da Ilha das Peças

12. Praia Deserta, Ilha de Superagüi

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janeiro | fevereiro 2013 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR 69

Investimento

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maquinismos,

Ferragens, Tintas, Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curi-tiba e Região Metropolitana (Sin-dilojas) iniciou suas atividades em 9 de setembro de 1938. Em 2013 o sindicato comemora 75 anos, repre-sentando mais de 25 mil empresas em Curitiba e região Metropolitana.

O Sindilojas Curitiba é constituí-do por uma diretoria com 16 empre-sários eleitos. As instalações da enti-dade são próprias e estão localizadas nas ruas Pedro Ivo, José Loureiro e Marechal Deodoro, totalizando mais de 15 mil metros quadrados de área construída.

A história do sindicato se confun-de com a do sindicalismo no Brasil. O primeiro prédio foi inaugurado pelo então governador, Bento Mu-nhoz da Rocha, e pelo presidente da República, Getúlio Vargas, o qual entendia que a organização dos tra-balhadores era uma necessidade vital para o andamento do seu governo e a construção de um Brasil soberano.

Entre suas atividades estão a repre-sentação do comércio varejista junto à sociedade, governo e empregados do comércio. O sindicato trabalha junto aos órgãos do poder público dos muni-cípios de abrangência buscando redu-zir a carga tributária e facilitar o traba-lho das empresas do comércio de bens da sua área de atuação.

PRESIDENTEÀ frente do Sindilojas há 17

anos, Ari Faria Bittencourt integra

o sindicato desde 1972, tendo pas-sado pelos cargos de suplente fiscal e tesoureiro. Ari também é primei-ro vice-presidente da Federação do Comércio do Paraná e presidente do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD).

A diretoria tem participado de diversos encontros de âmbito nacio-nal e estadual. No mês de maio pro-moverá o 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que deve reunir mais de dois mil parti-cipantes. O encontro tem o objetivo de promover a troca de experiências e conhecimento entre as principais lideranças e representantes sindicais do país e estimular o debate sobre te-mas ligados ao desenvolvimento do comércio e ao sindicalismo patronal.

ATENDIMENTO AOS ASSOCIADOS O sindicato presta diversos servi-

ços aos seus associados como aten-dimento jurídico, médico e odontoló-gico, além de exames de laboratório. Outro serviço pretado é a representa-ção da categoria econômica junto aos órgãos públicos, especialmente em Convenções Coletivas de Trabalho.

Os serviços são personalizados, com hora marcada e, na área médica, nas mais diversas especialidades.As consultas médicas e odontológicas são gratuitas aos associados, inclusi-ve o atendimento do Departamento Jurídico. “Disponibilizar serviços que atendam às necessidades e ex-pectativas de nossos associados é uma das atribuições do sindicato”, comenta Bittencourt.

Para 2013 o sindicato preten-de dar continuidade ao trabalho de aproximação do empresariado e uma maior representatividade junto aos órgãos públicos e à Fecomércio.

Outro projeto que está sendo implantado com parceria externa é a inovação do sistema de comuni-cação, facilitando o acesso às infor-mações. “A proposta é disponibilizar aos empresários o acesso facilitado a emissões de certidões negativas por exemplo. Ainda pelo site da en-tidade, o empresário poderá acessar notícias e informações segmentadas, nas quais são de fundamental impor-tância para gestão e crescimento dos negócios” explica o presidente.

Sindilojas CuritibaTexto: Silvana Kogus

Atendimentos Gratuitos no ano de 2012 | Jurídicos 1450 | Médicos 800 | Odontológicos 2200

Ari Faria Bittencourt, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curitiba e Região Metropolitanaa

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Sindicato

Atendimentos Gratuitos no ano de 2012 | Jurídicos 1450 | Médicos 800 | Odontológicos 2200

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Investimento

SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Cursos técnicos

de nível médio • Técnico em administração • Técnico em comércio exterior • Técnico em comunicação visual • Técnico em contabilidade • Técnico em imagem pessoal • Técnico em informática

para internet • Técnico em logística • Técnico em manutenção e suporte

em informática• Técnico em marketing • Técnico em óptica • Técnico em produção de

áudio e vídeo • Técnico em produção de moda • Técnico em recursos humanos • Técnico em redes de computadores • Técnico em secretariado• Técnico em análises clínicas • Técnico em design de interiores • Técnico em enfermagem • Técnico em eventos • Técnico em guia de turismo • Técnico em podologia • Técnico em radiologia • Técnico em saúde bucal • Técnico em segurança do trabalho • Técnico em vendas

Especializações técnicas de nível médio

• Especialização em enfermagem em serviços de urgência e emergência

• Especialização em oncologia• Especialização em saúde da família • Especialização em enfermagem

do trabalho• Especialização em instrumentação

cirúrgica

• cursos novos • cursos já ofertados

Desde que foi promulga-da a lei do Pronatec (Lei 12.513 / 2011, Artigo 20),

o Senac passou a ter autonomia para a criação e oferta de cursos técnicos de nível médio e especializações téc-nicas de nível médio. No panorama antigo, um novo curso técnico podia levar até três anos para ser aprovado pela Secretaria Estadual de Educa-ção. Com a nova legislação, ganha-se em celeridade e esse processo pode chegar a menos de um mês.

Para o diretor de Educação e Tec-nologia do Senac PR, Ito Vieira, a bu-rocracia é uma questão cultural, por isso havia tanta demora no processo. “O trabalho da Secretaria de Educação e dos núcleos regionais de Educação foi sempre de muita importância.” Se-gundo Vieira, a nova condição amplia a responsabilidade do Senac, que passa a estar vinculado a leis federais, e não mais às estaduais. “Isso nos favorece sob todos os aspectos. Com a autono-mia nós ganhamos em objetividade e produtividade”, comentou.

PROFISSIONALIZAÇÃOOs cursos técnicos habilitam o

aluno para exercer uma profissão. Com carga horária mínima de 800 horas e duração de 12 a 18 meses, podem ser realizados em paralelo ao Ensino Médio (a partir do 2º ano) ou após sua conclusão. O aluno é prepa-rado para o mercado de trabalho por meio de conhecimentos teóricos e práticos necessários para o exercício da atividade escolhida.

Já as especializações técnicas de

nível médio são destinadas a quem já é habilitado por um curso técnico ou superior e deseja especializar-se em um determinado segmento dentro da mesma área profissional. A carga ho-rária mínima é de 300 horas e os cur-sos têm duração de oito a dez meses.

NOVOS CURSOSPor meio de normatização criada

pelo Departamento Nacional do Se-nac, os novos cursos passam a ter es-truturação padrão em todo o país. Se-guindo essas normas, cada regional é responsável pela elaboração do plano de curso, que posteriormente segue para submissão do Conselho Regio-nal do Senac. Com a aprovação, os novos cursos entram no portfólio e ficam disponíveis para a oferta das unidades. Quando uma escola Senac identifica uma demanda de forma-ção profissional na sua região, basta que ela tenha as condições de oferta como acervo bibliográfico, labora-tórios, instrutores, documentação e contratos de convênio para estágios, por exemplo, para que possa ofertar os cursos de forma imediata.

Durante 2012, 18 novos cursos, sendo 15 técnicos de nível médio e três especializações técnicas de nível médio, todos em conformidade com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos emitido pelo Ministério da Educação, foram incorporados ao portfólio e co-meçam a ser ofertados em 2013. Com esta demanda, o Senac PR amplia a oferta para 25 títulos de Cursos Técnicos e cinco Especializações Técnicas de Nível Médio em todo o estado.

Educação

Senac PR tem 18 novos cursos técnicosTexto: Carolina Lara

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Investimento

A construção ci-vil é um dos setores da eco-

nomia que mais causam impacto ao meio ambien-te. Para uma efetiva ação sustentável, os desafios são muitos, como a ges-tão de resíduos, legislação ambiental e oferta de pro-fissionais capacitados em relação a sus-tentabilidade. Para responder a estes de-safios, o desenvolvi-mento de tecnologias e metodologias sus-tentáveis para a área é crescente.

Segundo a Gre-en Building Council Brasil (GBC), orga-nização responsável por fomentar a cons-trução sustentável no país, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções certifica-das pelo Leadership in Energy and En-vironmental Design (Leed). A GBC atua em projetos de educa-ção, fomento e disse-minação de informa-ções acerca do tema

e também pela certificação Leed, uma das principais do ramo. Empreendimen-tos sustentáveis de diversos tipos já foram certificados no país, como um pavilhão do hospital paulista Albert Einstein, além de prédios comerciais e residenciais, agências bancárias e lojas.

Segundo a organização, o Paraná é o terceiro estado com mais empreendimen-tos certificados, atrás do Rio de Janeiro e São Paulo. Com uma forte cultura de sustentabilidade, Curitiba se destaca na construção deste tipo de empreen-dimento. Estima-se que

cerca de 70% dos novos prédios a serem construídos serão certificados. Para ser considera-do um empreendi-mento sustentável, as construções de-vem se preocupar com critérios como eficiência energéti-ca, uso racional da água e utilização de materiais e tecnolo-gias ambientalmen-te corretas.

O diretor técni-co e educacional do GBC Brasil, Mar-cos Casado, explica que a preocupação com a sustentabi-lidade se inicia no planejamento da obra. É um resul-tado estratégico, vindo da soma de

ações nos várias áreas que envolvem a construção, como o plano hidráulico, elétrico e até nos acaba-mentos. “Não falta tec-nologia, nem recursos e materiais. O problema é a falta de informação dos consumidores e orientação para construir uma obra sustentável”, pontua.

O resultado da preo-cupação com a sustentabi-lidade é visível. Segundo Marcos Casado, os empre-endimentos que seguem o sistema de certificação possuem números de eco-nomia animadores não só para o meio ambiente, mas também para o bolso. “A economia com o uso de água fica entre 30% a 50%. Já energia, em torno de 30%. Ao total, a redução pode ser entre 8% a 9% nos custos operacionais da construção, e de até 80% nos resíduos gerados du-rante a obra”, afirma.

Além das economias no consumo de recursos, optar por uma construção sustentável representa uma questão de custo-benefício, pois este tipo de empreen-dimento se torna muito

Construções verdesEmpreendimentos inovadores aliam economia de

recursos e baixo impacto ao meio ambiente

Texto: Giana Andonini

Marcos Casado, diretor técnico e educacional da Green Building Council Brasil

Sustentabilidade

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Investimento

mais valorizado. As vantagens estão relacionadas ao bem-estar das pesso-as que utilizam o espaço e ao valor que é agregado a marca. “O próprio exemplo acaba puxando o mercado. Além do marketing, é uma questão de estar no páreo da concorrência”, comenta.

PARANAENSES EM DESTAQUE Em 2012, a Rio+20, evento de re-

percussão mundial, colocou a susten-tabilidade em pauta nas mídias. Dois anos antes, uma empresa curitibana já se tornava a principal especialista no país em construção sustentável. Premiada internacionalmente, a Te-cverde Engenharia quebra os para-digmas da indústria e comércio de construção civil tradicionais, com um modelo inédito de construção. A empresa utiliza a tecnologia wood frame, que foi trazida da Alemanha e adaptada à realidade brasileira.

No sul do Brasil, a Tecverde tem aproximadamente 300 casas sustentá-veis instaladas com a sua tecnologia. Além de casas, a empresa desenvolve projetos de creches e escolas susten-táveis. A tecnologia wood frame se baseia em uma forma mais eficiente, industrializada, rápida e sustentável de construção. As paredes, lajes e cobertura são produzidas na própria fábrica, com controle industrial de produção, mas com possibilidade de customização para cada projeto.

Segundo o diretor geral da Te-cverde, Caio Bonatto, o empreendi-mento sustentável deve ser tratado como qualquer outro, ou seja, deve ser economicamente viável e ter o melhor retorno sobre o investimento. “Levando somente os aspectos eco-nômicos já conseguimos criar belos empreendimentos sustentáveis de forma muito rentável. E se levarmos em conta o retorno social e ambiental, aí ganhamos dando show’, comenta. Caio afirma que no processo de cons-trução da Tecverde são emitidos 80%

menos CO² e a eficiência térmica é duas vezes su-perior. Além disso, toda a madeira utilizada é de reflorestamento e tem a autenticação do IBAMA.

Focada em atender o mercado de alto padrão, com casas superiores a 150 m² e com preços a partir de R$1.650/m², a empresa possui também um projeto inovador para atender a população de baixa renda. A Rede iVERDE é uma parce-ria entre a Tecverde e a Construtora Roberto Fer-reira que torna acessível moradias de baixo custo e baixo impacto ambiental para pessoas com até três salários mínimos. O pri-meiro projeto desta rede, realizado com a Caixa Econômica Federal, já existe em Pelotas (RS), com 280 unidades de 45 m², construídas em ape-nas cinco meses.

Para Caio, o principal desafio hoje é criar uma cultura verdadeira para o consumo sustentável. “É necessário quebrar as barreiras do marketing verde e fazer as empresas acreditarem que todo e qualquer produto ou ser-viço dever ter a sustenta-bilidade intrínseca às suas características. Só quan-do percebemos que a sus-tentabilidade não deve ser um diferencial de poucos e sim o dever de todos, teremos um estado sustentável”, afirma.

VOCAÇÃO CURITIBANA Segundo Caio Bonatto, da Te-

cverde, a imagem de cidade ecoló-

gica que Curitiba possui - construída durante décadas graças a uma po-lítica de desenvolvimento urbano e ambiental - representa uma oportuni-dade para os negócios. “Agora preci-samos dar o próximo passo e mostrar que nossas iniciativas privadas são

Sustentabilidade

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tão inovadoras em relação à susten-tabilidade quanto foi a iniciativa pú-blica no estado. É necessário empre-ender pela sustentabilidade e esta é uma bela oportunidade”, pontua.

A cidade possui diversos exemplos de empreendimentos sustentáveis, como o primeiro eco estádio do Brasil. O estádio do J. Malucelli privilegia os es-

paços verdes e o uso de madeiras descartadas como lixo em lugar do cimento e do concreto. Outro exemplo é o Escritório Verde da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que já ganhou um prêmio da ONU por integrar educação e sustentabilidade.

Pela tecnologia wood frame, paredes, lajes e cobertura são produzidas na própria fábrica da Tecverde

Conheça mais Com o intuito de fomentar a

sustentabilidade em todo o processo construtivo, a GBC Brasil disponibi-liza um guia de boas práticas, além de informações sobre produtos sustentáveis e fornecedores. No site www.gbcbrasil.org.br é possível encontrar outros guias de orientação para a construção sustentável, além de artigos sobre o tema.

Para quem quer se aprofundar no assunto, a organização promove a Conferência Internacional & Expo, de 27 a 29 de agosto, em São Paulo. Consolidado como o principal even-to sobre construção sustentável no país, a feira traz stands de fornece-dores com tecnologia de ponta no assunto, além de palestras e visitas técnicas. Já para quem quer se especializar, a GCB Brasil oferta o MBA em Construções Sustentáveis.

O escritório colaborativo The Hub, em Curitiba, inovou e utilizou pallets reciclados e caixotes de madeira para compor o seu mobiliário. Segundo Jessica Maris, uma das sócias da empresa, a preocupação com a susten-tabilidade é um dos pilares do modelo arquitetônico dos escritórios do The Hub em todo o mundo. “Foi uma oportunidade de diversificar o nosso ambiente e ter uma mobília que condiz com o nosso DNA”, explica.

A inovação trouxe também economia para a em-presa. Todo o mobiliário foi desenvolvido em parceria com uma empresa de madeiras. “Economizamos no mínimo R$ 6 mil utilizando as mesas e caixotes de pal-lets que nos foram oferecidos pela empresa parceira.

Se fossemos comprar mesas e armários de escritórios tradicionais e com a mesma qualidade, poderíamos ter gasto bem mais”, afirma Jessica. Além do mobili-ter gasto bem mais”, afirma Jessica. Além do mobili-ter gasto bem mais”ter gasto bem mais”ário, o The Hub possui também um bicicletário, para incentivar o uso do transporte alternativo e tapetes que são feitos de retalhos de couro.

Sustentabilidade no escritório

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74 SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR janeiro | fevereiro 2013

Investimento

OSenac Paraná conquistou o primeiro lugar na seletiva para a mais importante competição de educação profissional mundial, a Worl-

dSkills, com o aluno do curso de garçom da unidade de Curitiba, Ueslei Felipe de Oliveira. Depois de ganhar o ouro na etapa nacional da Olímpiada do Conhecimento em 2012, Ueslei irá representar o Brasil na ocupação de Serviço de Restaurante em julho, na Alemanha.

A seletiva para a competição internacional ocorreu em janeiro, em Salvador (BA), em duas unidades do Se-nac e na Casa do Comércio da Bahia, com alunos de oito estados. Ueslei irá compor a delegação brasileira junta-mente a alunos das ocupações de Cozinha, de Minas Ge-rais; Cabelereiro, do Ceará; e Técnico de Enfermagem,

do Distrito Federal. O resultado conquistado é a de-

monstração de toda a dedicação e comprometimento do aluno. Duran-te quase um ano ele treinou todos os dias. Além dos treinamentos, Ueslei é garçom em um bar-restaurante de Curitiba, o que o ajudou a aperfei-çoar suas técnicas. “Desta vez foi mais difícil, mas mesmo assim com muita dedicação e superação nós conseguimos alcançar o nosso obje-tivo que era a vitória. O último dia de prova foi em que tive o maior re-sultado”, comenta Ueslei.

A participação do Senac PR em uma competição mundial é inédi-ta. Segundo a gerente executiva do Senac Curitiba, Daniela Rosa de Oliveira, esta conquista demonstra a qualidade dos cursos ofertados pela instituição e consolida o Senac como uma referência no Brasil. “A participação efetiva deles contribuiu para que toda a equipe melhorasse a sua atuação, e a escola como um todo. O Senac Paraná está em uma outra condição”, afirma.

Para se preparar, o jovem está enfrentando um trei-namento em ritmo de atleta. São oito horas diárias de simulados, além de viagens para unidades do Senac de outros estados. Na agenda, estão compromissos como o primeiro encontro com a delegação brasileira para a WorldSkills, em Belo Horizonte, e também um treina-mento de três semanas com um expert de sua ocupação, em Salvador.

A WorldSkills avalia alunos dos setores do comércio e da indústria de 60 países. Mais de mil jovens são espe-rados para competir em 44 ocupações profissionais em quatro dias de prova. Esta é a 42ª edição da competição, que ocorre em um país diferente a cada ano.

Próxima parada: AlemanhaAluno do Senac Paraná vai competir no maior

torneio de educação profissional do mundo

Texto: Giana Andonini

Ueslei no simulado de identificação de bebidas

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WorldSkills

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Investimento

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ANUNCIOCONTRA-CAPA