Revista Food Service News ed. 55

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Ano 9 - n° 55 - Setembro / Outubro 2011 CONTURBADO, INVESTIR NA FORÇA DA CLASSE C A UM MOMENTO ECONÔMICO EM MEIO DE SOFRER OS EFEITOS DA CRISE FINANCEIRA MUNDIAL PODE SALVAR OS ESTABELECIMENTOS DE FOOD SERVICE

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Ano 9 - n° 55 - Setembro / Outubro 2011

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classe c

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Caro leitor,

Setembro e outubro são meses importantes para o país. O primeiro por ser o mês da independência e o segundo o das crianças. Além dis-so, o patriotismo e o prazer de ser brasileiro se exaltam nesta época do ano. O Brasil ganha destaque e as crianças são a marca do futuro. E por que não dizer que esse bimestre também é importante para o food service, já que ter independência financeira é marca de sucesso e as crianças são um nicho de mercado onde vale à pena investir?

Nesta edição trazemos a Forno de Minas, empresa mineira que pas-sou oito anos nas mãos de gestores estrangeiros e hoje voltou às raízes e não pretende “deixar o país” novamente. A empresária Hélida Men-donça mostra como se deu toda esta transição e os valores adquiridos ao longo do processo. Em contra-partida, encontramos empresas inter-nacionais que viram no Brasil uma ótima oportunidade de investimen-to. O Outback e Applebee´s trouxeram lojas para as terras tupiniquins e aqui alcançaram o sucesso e o alto rendimento financeiro.

E não é só isso que você encontrará nas páginas seguintes. Para esta edi-ção estamos trazendo na capa os efeitos da crise no food service e o que está sendo feito para que essa crise não abale as estruturas do setor. Além disso, vamos mostrar como os bancos aproveitam este bom momento do setor e criam programas e projetos que vão dar ao empresário melhores condições financeiras de investir em estabelecimentos e franquias de food service.

As crianças também terão seu espaço reservado nesta edição. A nu-tricionista Cláudia Lobo, vem para mostrar que é possível dar uma ali-mentação saudável às crianças de forma divertida. Através da criação de personagens lúdicos feitos com comida, Cláudia inova e mostra uma nova forma de alcançar o sucesso financeiro e profissional. Mas não é só a comida em forma de bichinho que faz a alegria da criançada. Batata frita e brigadeiro compõem a lista de produtos que não podem faltar à mesa infantil. E não é só aqui que isso acontece. No exterior o brigadeiro está fazendo o maior sucesso entre adultos e crianças. Paula Barbosa e Mariana Vieira são exemplos de brasileiras que foram para Nova York e transformaram o tradicional docinho em um grande ne-gócio. O setor de food service está crescendo e traz sempre novidades.

O mês de independência já está aí e o das crianças já está chegan-do. Esta revista é para o empresário que investe ou quer investir no país e para aquele que não perdeu o espírito infantil e vê no food service infantil uma ótima opção para crescer e obter sucesso. Se você um dia já pensou em investir na alimentação de crianças, vire a página e encontre boas opções de investimento.

Boa leitura!

Entre em contato com a Food Service News:

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Expediente:

Food Service NewsAno 9 – nº 55 – 2011

www.foodservicenews.com.br

EditoraJamile C. Hallack

[email protected]

RedaçãoMaria Luiza Gondim

[email protected]

ColaboradoresErik Bernardes

Lissandra MayoralLarissa Souza

Arte e diagramaçãoSelma Andrade

Marlon Douglas Machado de Faria *Humberto César Gomes

[email protected]

Diretor ComercialJanes Fabrício Guimarães

[email protected]

Executivo de ContasSuely Rocha

[email protected]

ComercialDavid Fumagali*

[email protected]

AdministrativoMaynara Lima*

[email protected]

FinanceiroJainne Cabral

[email protected]

ImpressãoEditora Rona

Distribuição: nacionalPeriodicidade: bimestral

Redação e correspondênciaRua Gonçalves Dias, 607

FuncionáriosCEP: 30.140-091 – BH/MGFone/Fax: (31) 3261-8548

Praça Amadeu Amaral, 27 7° Andar - Bela Vista - São Paulo

CEP:01.327.010 Fone: (11) 3142 -8941

O conteúdo dos artigos e propagandas aqui veiculados é de inteira e exclusiva responsabilidade dos respectivos autores e anunciantes envolvidos, conforme os artigos 45 e 49 do capítulo IV do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. A Editora Midiato, de acordo com direitos facultados pela legislação específica, promove a terceirização dos trabalhos jornalísticos. Os jornalistas que colaboraram nesta edição não mantêm relação empregatícia com a Editora Midiato e exercem suas atividades sob prestação de serviços à empresa. Todas as fotos não especificadas têm seus direitos especificados pelos sites www.sxc.hu e www.photostogo.com. *Estagiários.

Jamile C. HallackEditora

ERRATA ED. 54Diferentemente do que foi dito na matéria “Feiras

internacionais no foco dos empresários”, a máquina

Coke Freestyle da Coca-Cola permite a escolha de

125 sabores diferentes de refrigerante, e não café

EDITORIAL

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14 Mercado IBree-gah-day-roh

Brasileiras investem no brigadeiro como matéria-prima para abrir empreendimentos em Nova York. E em seu país de origem, o docinho mostra ser capaz de gerar um bom negócio e grandes lucros

28 Economia CresCimento do food serviCe seduz

BanCos

Instituições financeiras aumentam, a cada trimestre, o volume de crédito

destinado ao setor

78 Produtouma porção de fritas, por favor!

Batatas fritas deliciosas agradam o paladar dos

consumidores, os bolsos dos empreendedores e

movimentam o mercado de um dos alimentos

mais consumidos do mundo

46 CapaCrise!

Em meio a um momento econômico conturbado, investir na força da classe C, pode salvar os estabelecimentos de Food Service de afundar na crise financeira mundial

10 EntrevistaBásiCo e rentávelDiante de um mercado exigente, a empresa mexicana Ma Kücheff optou pelo simples e conquistou o sucesso

60 Perfilum jeito familiar para administrarPara atender uma necessidade particular, empresário cria e desenvolve equipamentos para grelhar e, com uma administração familiar, ganha destaque no mercado de food service

38 Tecnologia no automátiCo

Empresas investem na automação para evitar falhas na linha de produção, agilizar o processo, sem esquecer da sustentabilidade

86 Evento Inovidades vêm por aí

Venda da Brazil Trade Shows para o

Informa Group e lançamento do Salão

Internacional da Alimentação marcaram a

Fispal 2011

22 Tendênciado oiapoque ao Chuí

Conhecida mundialmente por grandes nomes e saboreada por todo o território nacional, a cozinha brasileira é referência de qualidade e de negócios bem sucedidos

ÍNDICE

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Novos Sabores

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ENTREVISTAENTREVISTA

básico e rentável

por Larissa Souza

Diante de um mercado exigente, a empresa mexicana Ma Kücheff optou pelo simples e conquistou o sucesso

Com a correria do dia a dia e as facilidades pro-porcionadas pelo fast food, os princípios básicos da boa nutrição são esquecidos. Pensando nis-

so, Julio Zwanziger criou, há pouco mais de um ano e meio, a Ma Kücheff, empresa que oferece produtos feitos com matéria-prima natural, sem incorporar qual-quer tipo de corante ou conservantes. Com a convicção de transformar hábitos alimentares, Zwanziger, em par-ceria com a sócia Lucy, criou um empreendimento que conta com um extenso portfólio de produtos que fazem parte da dieta das famílias mexicanas. O diferencial é também o segredo de sucesso do empresário, que faz produtos com a preocupação na qualidade e no sabor, como se os consumidores fossem sua própria família.

Food Service News: Como surgiu a Ma Kücheff?

Julio Zwanziger: A empresa foi concebida em meados de 2008, quando eu e minha sócia, Lucy, nos encon-tramos em um jantar. Naquela época, ela preparou o menu e eu fui surpreendido com bons pratos e sabo-res que provamos naquela noite. Depois do jantar, co-meçamos a brincar sobre a possibilidade de abrirmos uma empresa onde ela faria os produtos que comemos naquela ocasião e eu os venderia. Sou engenheiro de sistemas de computador e naquela época trabalhava em uma empresa líder mundial em panificação. Lucy trabalhava em um restaurante muito famoso chamado “Au Pied de Cochon”, na Cidade do México. No final

de 2009, depois de termos conversado sobre o assunto de modo mais formal, tivemos a oportunidade de testar o conceito por meio de alguns amigos. Fizemos cestas de Natal para as empresas mexicanas, muitas vezes, para seus funcionários darem a seus clientes. Eles en-cararam o risco de enviar apenas produtos novos e des-conhecidos aos seus clientes. Isso nos ajudou a testar e saber quanto cobrar por eles. Após o sucesso dos mes-mos com os clientes, em janeiro de 2010, decidimos deixar nossos empregos antigos e criar a Ma Kücheff.

FSN: Quais foram as principais dificuldades e desafios financeiros?

JZ: O início foi como todos os negócios, muito motiva-dor. Mas, ir enfrentando cada uma das adversidades que iam aparecendo a cada dia, foi um desafio. Para iniciar o projeto fizemos um plano de negócios de cinco anos, que contemplava o financiamento e uma estratégia de vendas diferente da atual. Com um histórico de empre-gados, contávamos com um crédito pré-aprovado que nos ajudaria a decolar. Durante o início do processo foi muito triste encontrar a recusa de crédito e, apenas um mês depois de ter fundado a empresa, nós tivemos que re-estruturar o plano de negócios. Tivemos que aumentar a nossa poupança e com isso, começamos de maneira mui-to séria. Aos poucos estamos reinvestindo nos ganhos e retomando o plano inicial. Na minha experiência sempre tive a oportunidade de gerir a riqueza de uma empresa

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O mexicano Julio Zwanziger criou, há pouco mais de um ano, a empresa Ma Kücheff,especializada em produtos naturais. Ao ivestir na simplicidade, conquistou reconhecimento e sucesso

transnacional, o desafio de cuidar de cada centavo meu não foi fácil. Quis ainda, fazer um ajuste para o meu es-tilo de vida e minha família de forma totalmente radical.

FSN: Qual é a estrutura da empresa?

JZ: A empresa é pequena, com um objetivo muito claro: fornecer produtos de qualidade, feitos da maneira tra-dicional, com sabores extraordinários que fazem parte da dieta de famílias mexicanas todos os dias. Acredi-tamos que neste mundo em mudança nos esquecemos com os princípios básicos da boa nutrição. Comer ali-mentos naturais e sem conservantes. Sabemos que não podemos mudar o que as pessoas fazem, mas estamos empenhados em mudar o que as pessoas comem, por isso o mais prático, saudável e delicioso são nossos pro-dutos. Temos a oportunidade de oferecer isso.

FSN: Quais são os produtos oferecidos pela Ma Kücheff?

JZ: Temos um extenso portfólio, mas por agora lida-mos com 24. Dentre eles, pode-se encontrar: vinagre-

tes, manteigas aromatizadas, molhos e temperos para cozinhar, além de óleos doces e marinados.

FSN: Quais são os processos que você utiliza para produzi-los?

JZ: Os processos que usamos são artesanais. Eu me lembro quando minha avó preparou um prato para uma celebração, de sua receita secreta, com muito amor e de-dicação, sempre pensando que as pessoas que iam con-sumir eram sua família. Assim fazemos os produtos Ma Kücheff, como se os consumidores fossem nossa família.

FSN: Quem são seus principais clientes?

JZ: Os produtos são distribuídos, até agora, no mer-cado interno do México. Nosso comércio é feito, principalmente, com os estabelecimentos de peque-no porte que têm uma reputação local e as pessoas que os visitam vão em busca de alimentos diferentes daquelas que podem ser encontrados em supermerca-dos. A ideia é formar redes de recomendação dentro de cada um dos núcleos perto de nossos clientes e

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ENTREVISTA

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ENTREVISTA BÁSICO E RENTÁVEL

Ma Kücheff www.makucheff.com.mx

assim, as vendas irão aumentar gradualmente. Atra-vés do nosso site e Facebook, temos a intenção de nos comunicar com nossos consumidores, dar dicas rela-cionadas com gastronomia, receitas e ter um feedback.

FSN: Qual o diferencial de seus produtos?

JZ: Para ver as diferenças entre nossos produtos e dos nossos concorrentes, basta olhar para o rótu-lo de ingredientes. Nossos produtos são feitos com matéria-prima natural e de qualidade superior. Não incorporamos qualquer tipo de borracha, corante ou estabilizador, muito menos artificial. Se todos sou-bessem fazer esses produtos, seria como preparar em sua própria casa, este é a principal diferença. Eles também são produtos de autoria própria.

FSN: Como se deu a sua trajetória profissional?

JZ: O caminho foi curto, pois tem um ano e meio que iniciamos as operações mas, foi cheio de desafios. Eu acho que nunca deixamos de ser empresários, indepen-dentemente do sucesso ou falhas que tenhamos experi-mentado. Talvez o principal desafio é estar em paz con-sigo mesmo e aproveitar a vida em todos os momentos.

FSN: Quais conselhos você daria para os em-presários que estão começando?

JZ: Dar conselho é muito arriscado e inadequado, uma vez que não existe uma fórmula para o sucesso. Eu acho que ao longo de minha vida, o que tem me dado muito resultado é sempre trabalho, trabalho, tra-balho. E quando me sinto cansado ou entediado com o que eu faço, sonho com algo novo e diferente. Sonhar com algo assim sempre faz com que meu coração se

mantenha saudável e motivado. Por consequência, mi-nha mente se coloca aos seus serviços para alcançá-lo.

FSN: Qual é o segredo do seu sucesso?

JZ: Eu acredito que é ter os sonhos muito claros, traçar um caminho para alcançá-los e ter muita paciência. Já que não é sempre o primeiro caminho que você percorre que te leva seu objetivo. Devemos estar abertos, a todo o momento, para dar um pequeno giro para outro ca-minho, mas nunca perder o foco daquilo que se busca.

FSN: Quais são seus planos futuros?

JZ: Aumentar nossa rede de distribuidores e for-necedores de todo o México, alcançando a melhor posição neste nicho de mercado e dar o salto para os atacadistas. Mais tarde, após um posicionamento preciso saltar para a exportação. E assim, iniciar o ciclo novamente em outra cultura.

FSN: Qual sua opinião sobre o mercado food service brasileiro?

JZ: Tive a sorte de conhecer São Paulo. Eu sei que é enorme a diversidade de áreas no Brasil, mas é certo que há pontos semelhantes com os mexicanos. O po-tencial de mercado é enorme e a economia que está crescendo a nível mundial. Nesse aspecto, os brasi-leiros estão à frente dos mexicanos, além de serem melhores no futebol também (risos). •

Red

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ão

A empresa conta com um extenso portfólio de produtos, dentre eles estão: vinagretes, manteigas aromatizadas, molhos e temperos para cozinhar

A Ultragaz trabalha para oferecer as melhores soluções energéticas, tendo serviços e atendimento diferenciados para padarias. Com uma equipe técnica altamente qualificada, a Ultragaz coloca à disposição das padarias a solução energética ideal. Veja as principais formas de utilização do Gás LP: • Fornos• Fornos combinados• Churrasqueiras• Fogões• Chapas• Fritadeiras• Balcões térmicos

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MERCADO I

bree-gah-day-rohBrasileiras investem no brigadeiro como matéria-prima

para abrir empreendimentos em Nova York. Já em seu país de origem, o docinho mostra ser capaz

de gerar bons negócios e grandes lucros

Um produto originalmente brasileiro anda ganhan-do adeptos em diversas partes do mundo. O fa-moso brigadeiro obtém destaque, principalmente

no mercado americano, onde já existem empreendimen-tos especializados na produção do doce. Além disso, o brigadeiro aparece no levantamento da JWT, agência in-ternacional referência em marketing, sobre as “100 coi-sas para se ficar de olho no ano de 2011”, onde ocupa o 15º lugar. A pesquisa ainda afirma que há uma grande possibilidade dele se tornar um produto internacional.

Brigadeiro Bakery

“Bom é complicado falar, mas acho que meu investimen-to inicial foi por volta de R$10”, conta Mariana Vieira, chef e proprietária do Brigadeiro Bakery, empreendimento loca-lizado em Nova York, especializado na produção do tradi-cional doce brasileiro. Após o pequeno investimento inicial, a empresária começou a reinvestir seus lucros. Atualmente, são vendidas 4 mil unidades do doce por mês, entre enco-mendas para eventos e festas, assim como para consumo imediato. E a produção se divide entre a cozinha da casa de Mariana e no aluguel eventual de uma cozinha industrial.

A publicitária e chef foi para os Estados Unidos junto com o marido. Por não querer trabalhar em restaurantes, optou por ser personal chef, profissional contratado para elaborar uma refeição diretamente na casa do cliente. Para incrementar o cardápio, Mariana sempre colocava o brigadeiro como um acompanhamento ou sobremesa. E assim começou seu próprio negócio. “Começaram a me procurar pelo doce. Alguém comentava com o amigo que eu tinha feito um brigadeiro com o sabor diferen-te e entravam em contato comigo. Assim, percebi que aqui não tinha esse produto. Então resolvi me organizar e fazer um negócio. Não só brigadeiro, mas outros doces brasileiros que são bem carentes aqui”, diz Mariana.

Os principais consumidores do produto são brasileiros que vivem na cidade de Nova York, representando em torno de 70% das compras. Porém, de acordo com Mariana, os números relacionados ao mercado americano devem cres-cer, pois os pontos de vendas dos produtos da Brigadeiro Bakery irão aumentar. “Já vendo em um café, onde o dono não é brasileiro, mas cultua muito o nosso país. Agora vou entrar em uma segunda loja, onde a proprietária é america-na e descobriu o brigadeiro por meio de pesquisas. Isso aju-da muito no crescimento do público americano”, explica.

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por Maria Luiza Gondim

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Mariana atribui o sucesso do brigadeiro no exterior por ele ser uma delícia universal e comenta que não foi preciso ajustar a recei-ta para agradar o paladar norte--americano. Além disso, os sabo-res mais vendidos são conhecidos e tradicionais. O mais vendido é o de chocolate, em segundo o pista-che e em terceiro o sabor coco. A companhia oferece diversos sabo-res do docinho e por isso, a chef divide suas compras entre forne-cedores locais e os que importam produtos do Brasil.

A empresária planeja uma ex-pansão da marca, porém não sabe se abrirá uma loja ou formará uma cozinha industrial para aumentar a produção. “Investimento em loja aqui nos EUA é algo muito alto. Por isso, meu próximo passo vai depen-der do planejamento financeiro e de como vou pensar a empresa. Se vai ser um café, uma doceria. Estou chegando na concepção do que re-almente vai ser”, comenta Mariana.

Os preços na Brigadeiro Bakery variam de embalagens e quantida-des. As embalagens para presente e

as menores, que contêm em torno de 12 docinhos, custam US$ 12. O cento, vendido em caixas, podendo escolher até 3 sabores, o preço va-ria entre US$ 80 e 90.

My Sweet Brigadeiro

Paula Barbosa é outra empresária que está investindo em brigadeiro em Nova York. A brasileira foi à ci-dade com o objetivo de estudar. Em um de seus cursos sobre negócios, ela elaborou uma empresa de briga-deiros como projeto final. Ao mes-

Mariana Vieira, da Brigadeiro Bakery, vende seus produtos para diversos públicos em Nova York

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MERCADO I BREE-GAH-DAY-ROH

mo tempo, Paula fazia brigadeiros para amigos de uma forma despretensiosa. Foi assim que a novidade se espa-lhou e as encomendas começaram a surgir. “Aproveitei o case que já tinha criado para o curso e iniciei a My Sweet Brigadeiro. Depois de quatro meses me associei a Christina Bhan, que tem background em marketing e conhece bem o mercado americano”, diz.

O sucesso foi tão grande que o jornal The New York Times procurou Paula e fez uma matéria sobre o doci-nho brasileiro e o empreendimento, que se tornou um grande propulsor do negócio. “O boom dessa reportagem nos ajudou sem dúvida a divulgar a My Sweet Brigadeiro em NY e, principalmente, a conseguir clientes de outras cidades dos EUA”, conta. Sobre seus consumidores, Pau-la afirma que os brasileiros são um número significativo para a companhia, mas ressalta que possui clientes ame-ricanos de renome como é o caso da joalheria H. Stern.

Atualmente, a empresa não possui loja própria e a os brigadeiros são feitos em uma cozinha industrial. A em-presária tem por objetivo tornar sua marca mais conheci-da no mercado americano para pensar em uma possível expansão. Hoje, a companhia conta com dois pontos de vendas: Battery Place Market e Zeytuna Market, que são mercados gourmet localizados na área central da cidade.

Os preços dos produtos variam dependendo da caixa, apresentação e sabor. Os brigadeiros de chocolate vendi-dos em caixa variam de US$ 12 a US$ 80. Os de coco e pistache variam da caixa com 9 unidades por US$16 à caixa com 100 unidades por US$ 90. Já os brigadeiros em copinhos tem o preço estipulado entre US$ 28 e US$ 110.

Criando uma rede

Porém, não é só no exterior que o docinho faz suces-so. No Brasil há empresários investindo no produto e criando negócios lucrativos e sólidos, como é o caso de Taciana Kalili. Para fazer algo diferente no aniversário

de 50 anos de seu marido, Taciana resolveu produzir brigadeiros de diversos sabores. Os docinhos fizeram sucesso e, já no dia seguinte, começaram a surgir enco-mendas do produto. “Em determinado momento tinha caixas por toda a casa e funcionárias na minha cozinha. Assim surgiu a oportunidade de ter uma loja. Inaugura-mos a primeira Brigaderia em março de 2010 no Shop-ping Market Place, em São Paulo”, conta Taciana.

A empresa cresceu e atualmente conta com cinco uni-dades próprias, 70 funcionários e uma cozinha central que produz 9 mil brigadeiros/dia, além de uma venda mensal de 270 mil unidades e um faturamento que che-gou a R$ 5 milhões, só em 2010. Inicialmente, foram investidos R$ 50 mil para a abertura da primeira loja e ao longo do outro ano, foram R$ 600 mil investidos na abertura de novas lojas e construção da fábrica.

Questionada sobre os diferentes sabores criados, Tacia-na conta que muitos vieram de testes em sua cozinha, su-gestões ou histórias dos próprios clientes. “Muitos querem dar uma dica ou mesmo receita do seu brigadeiro preferido. Muitas vezes é um sabor que já estávamos pensando em fazer e passamos à criação e produção. O brigadeiro permite muitas e deliciosas variações e a loja está sempre buscando as novidades para oferecer aos clientes”, explana. Atual-mente, o consumidor pode optar por 28 sabores diferentes.

A rede atende clientes corporativos e privados, sendo contratada para servir casamentos, festas de aniversário ou produzir brindes de empresas. Nas lojas, o maior público é formado por quem pretende degustar o produto na hora, muitas vezes acompanhado de um café. Além disso, muitos clientes escolhem os produtos como uma forma de presen-te e, por isso, Taciana tomou muito cuidado ao escolher as embalagens. Assim, surgiu a parceria com a marca de roupas Farm, com o objetivo de criar embalagens exclusi-vas. “A primeira vez que pensei em entregar os brigadei-ros pensei nas caixas. Procurei uma marca com a qual me identifiquei sempre, a Farm. Juntas desenvolvemos a caixa

Brigadeiro tradicional da My Sweet Brigadeiro

Fachada Brigaderia em São Paulo

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em papelão, com a exclusiva estampa que criaram. Assim começamos as embalagens diferenciadas”, conta.

Na Brigaderia o preço do brigadeiro unitário é de R$ 3. As embalagens variam de R$ 7 a R$ 120, de-pendendo da quantidade e apresentação do produto. Além disso, é possível encomendar cento para festas que variam entre R$ 150 e R$ 300.

Uma nova abordagem

Outro empreendimento brasileiro focado no doci-nho é o Ateliê M. Azevedo. A marca é especializada em produzir lembranças de brigadeiro, que destacam-se no mercado por suas embalagens personalizadas. É possí-vel escolher entre 40 sabores de brigadeiro de luxo, dis-postos em caixas, potes, kits panelinhas, latinhas, além de bisnaguinhas que são as campeãs de vendas.

Mari Azevedo criou seu empreendimento unindo duas coisas que ela adorava: artesanato e culinária. “Como sempre adorei brigadeiros, quando algum paren-te ou amigo fazia aniversário, eu fazia receitas diferen-tes, elaborava um kit caprichado e dava como presente. O sucesso era grande e comecei a ter uma encomenda aqui, outra ali”, conta. Porém, o sucesso se concretizou quando o marido de Mari, Marcelo Dini, que é arquite-to, pediu algumas amostras para dar de presentes aos clientes. “Na verdade não era um presente. Ele estava enviando amostras para uma possível encomenda de brinde corporativo e não me contou nada(risos). A par-tir disso criamos o Atelier M. Azevedo”, diz.

A empresa ganhou repercussão na mídia, muitas celebridades como as atrizes Juliana Paes e Juliana Silveira encomendaram lembrancinhas do Ateliê para dar na maternidade, assim que seus filhos nasceram. Além disso, um produto elaborado pela empresa foi o brigadeiro Power, bisnaguinha com brigadeiro tra-dicional dado para os foliões durante o carnaval, nos

17foodservicenews / 2011

Para aniversários infantis, a M.Azevedo produz lembrancinhas personalizadas em brigadeiroD

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foodservicenews / 201118

camarotes da Brahma em São Paulo. “O conceito do brigadeiro Power veio para oferecer uma dose de gli-cose aos foliões que bebiam um pouquinho além da conta. Para cortar o efeito da bebida, vinha o briga-deiro em bisnaga, que dava ao folião a energia neces-sária para cortar os efeitos da bebida e permitir que ele curtisse o carnaval”, conta Mari. A repercussão do brigadeiro Power foi tão positiva que na semana seguinte ao carnaval, a companhia fechou uma enco-menda de 2 mil bisnagas para um evento corporativo.

A empresária comenta que optou por trabalhar com um único produto, para alcançar a perfeição e torna-ló imbatível. Perfeccionista, antes de elaborar um novo sa-bor ela estuda a receita por meses. “Sou muito curiosa, minha mente está constantemente em ebulição. Sei que o brigadeiro nada mais é do que leite condensado cozi-do, misturado a chocolate. Pois bem, se substituirmos o chocolate e acrescentarmos outro ingrediente, chega-mos a um brigadeiro de um sabor diferente”, explica.

Mari comenta que prefere que o crescimento do Ate-liê seja devagar e por isso os planos de expansão são bem planejados. Porém, é possível considerar o Ateliê como uma empresa sólida. É a única fonte de rende de Mari, que largou a advocacia para se dedicar integral-mente ao empreendimento. São vendidos mensalmen-te, 15 mil unidades de produtos e a companhia possui um rendimento bruto de cerca de R$ 45 mil mensais. Apesar dos grandes lucros, a empresária ressalta que os seus custos também são altos por utilizarem mate-rial de qualidade, como matéria prima importada.

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My Sweet Brigadeirowww.mysweetbrigadeiro.com

Brigaderiawww.brigaderia.com.br

Ateliê M. Azevedowww.ateliermazevedo.com

Nestléwww.nestle.com.br

Novas embalagens tornam o brigadeiro mais atrativo aos investidores de food service

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O brigadeiro industrial

Um produto bastante conhecido nas cozinhas bra-sileiras é o Brigadeiro MOÇA, produzido pela linha Nestlé Professional. Criado em 1993, o produto se renova e apresenta este ano, como novidade, uma embalagem flexível de 3kg, visando facilitar a abertu-ra e permitir o aproveitamento total do produto, além de manuseio mais seguro. De acordo com a assessoria de imprensa da Nestlé, um grande diferencial do pro-duto é não apresentar ressecamento ou cristalização, mantendo-se atrativo e apetitoso por mais tempo.

Sendo importante para a empresa, o brigadeiro foi presença constante nas comemorações de 90 anos da Nestlé. No inicio deste ano, a companhia realizou a promoção “Melhor Brigadeiro do Brasil”, que tinha como intuito descobrir receitas diferentes do docinho brasileiro. A vencedora do concurso, Alessandra C. Abrão Wiacek, criou um brigadeiro com ingredientes atípicos como cravo da Índia e cardamomo. Além de um prêmio em dinheiro, a Nestlé colocou a receita vencedora nas embalagens de Leite Moça.

Já para o segundo semestre, a organização irá pro-mover o “ Melhor Brigadeiro do Brasil – Padarias, Confeitarias & Docerias”. Exclusiva para os clientes da Nestlé Professional, a promoção irá eleger o me-lhor docinho entre confeitarias, docerias e padarias do Brasil. A comissão julgadora será formada por chefs da linha e o vencedor será divulgado em re-vistas e sites de gastronomia de grande circulação. •

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MERCADO II por Lissandra Mayoral

proibido paramaiores

Ao colocar personagens infantis nas embalagens de alimentos saudáveis, o food service consegue

atender ao paladar das crianças

Uma tarefa difícil hoje é agradar as crianças. A ali-mentação é uma das mais constantes preocupa-ções dos pais. Falta de apetite, fome em demasia,

paladar difícil de atender são alguns sintomas comuns ao público infantil os quais as mães presenciam diariamente.

Afim de garantir que suas crianças estejam saudáveis e ingerindo produtos de qualidade o cuidado que, ante-riormente, era trabalho exclusivo da família, atualmente caracteriza uma tendência de mercado. Empresas de ali-mentos e bebidas entram no segmento de produtos para

os pequeninos e oferecem alternativas não apenas para as mães, mas também para novos empreendedores.

Para atender o público infantil, a Fischer passou a in-vestir no food service para as crianças. A empresa conta com a linha da Turma da Mônica, composta por maçãs e pêras. Segundo Ronaldo Carneiro Walter, superior nacio-nal de vendas, a iniciativa acaba por valorizar ainda mais a necessidade de alimentos como este no dia a dia das crianças. “É muito válido para desenvolver o hábito de consumo de produto saudável desde pequeno”, afirma.

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Tatiana de Lucca comenta a importância de produtos saudáveis para o mercado infantil

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Antes da linha para o público infantil, a Fischer ain-da não havia investido em nenhum outro produto e Walter revela que a ideia inicial foi a de aproveitar uma quantidade de fruta miúda que o Brasil produz e que, normalmente, tem valor comercial menor. Entretanto, é sabido que as frutas não costumam ser as mais pe-didas pela criançada e, afim de tornar o produto mais atrativo a este público, a publicidade é uma das estra-tégias. “Fazemos a distribuição de brindes em pontos de venda, além da degustação”, adiciona o superior.

A estratégia tem se mostrado eficiente, o que im-pulsiona o food service para as crianças, com linhas de produtos saudáveis. No caso da Fischer, o índice de vendas destes produtos atinge cerca de 15% no fa-turamento médio da empresa, sendo o investimento médio feito na linha de 2% do faturamento.

Hora do lanche

No final de 2010, chegou a vez da empresa Cereser lan-çar um produto para as crianças: a marca Spunch, linha de bebidas gaseificadas com suco de fruta e sem álcool. Já comercializada em outros países da Europa, foi desen-volvida para ser consumida em ocasiões como festas de aniversário, celebrações em família e amigos, entre outras.

Contudo, antes de trazer a linha, a empresa realizou algumas pesquisas de mercado, em que as mães coloca-ram sua opinião sobre os alimentos voltados para os seus filhos. Os resultados indicaram a necessidade de um pro-duto que pudesse incluir mais as crianças, principalmen-te, nestas datas comemorativas ou ocasiões do gênero.

De acordo com o diretor comercial da Cereser, José Fontelles, além dos consumidores diretos, o produto também movimentou estabelecimentos que promo-vem eventos para o público em questão. “Atualmente, muitas famílias comemoram o aniversário das crian-ças e realizam festividades e confraternizações em bu-ffets, redes de fast food e resorts. Por isso, resolvemos investir neste segmento também para atender esse mercado que sempre busca novidades e inovações para incrementar os seus cardápios”, esclarece.

Foi aí então que a Cereser enxergou a oportunidade de entrar neste mercado com um produto para o food service infantil. O próximo passo foi fechar parceria com a Disney Consumer Products, responsável por fazer o licenciamento de alguns personagens infantis utilizados para ilustrar a be-bida e agradar desde os olhos até o paladar dos pequeninos.

Walter comenta que o crescimento do mercado de alimentação fora do lar, em geral, caminha junto ao aumento de produtos disponíveis para este tipo de consumidor. “O mercado de food service, no Brasil, cresceu em torno de 15%, em 2010 e a projeção é otimista, em se tratando o público infantil”, destaca.

Com o objetivo de tornar seus produtos voltados para

este segmento mais conhecidos, a empresa investe na publi-cidade em revistas focadas no comércio e em degustações, com distribuição de amostras em feiras e eventos realizados para estabelecimentos voltados para este público. Além da linha Spunch, a Cereser já conta com outros produtos para a criançada como o Xarope de Guaraná Cereser, Xarope Groselha Cereser, além de sucos e néctares da marca Jussy.

A linha Spunch, que está sendo comercializada no sabor morango e em três versões de embalagens (per-sonagens de Carros, Princesas e Mickey e seus amigos), apesar do seu recente lançamento, já apresenta ótima receptividade. “O produto foi sucesso de vendas no Na-tal e Ano Novo nas regiões onde o produto está dispo-nível. A edição especial de Páscoa também surpreendeu as nossas expectativas”, revela Walter. Os bons resulta-dos animam os investidores da linha, que acreditam que terão um grande volume de vendas assim que os itens estiverem plenamente disponíveis aos consumidores.

Crescimento mais saudável

Já nos supermercados, farmácias, hospitais e materni-dades, a Mead Johson Nutrition traz o que há de melhor em produtos para as crianças. Fundada em 1905, em Jersey City, New Jersey (EUA), a empresa está no Brasil desde 1957 e seu primeiro investimento em um produto de nutrição infantil se deu em 1910. Atualmente, a em-presa é líder no mercado do segmento.

Em nosso território, a Mead Johnson Nutrition conta com uma linha de complementos nutricionais composta pela Sustagem Regular e a Sustagem Kids. A primeira está disponível nos sabores de chocolate, morango, baunilha, enquanto a segunda conta com o sabor adicional de banana. Todas estas variações vêm com um objetivo “Através dos nossos produtos, desejamos auxiliar as mães do nosso país a nutrir cada vez melhor seus filhos”, ressalta Tatiana de Lucca, gerente de produto Sustagen.

Os resultados obtidos são bastante positivos, con-tudo, a Mead Johnson Nutrition não se acomoda e continua a fazer fortes investimentos nos produtos para agradar, cada vez mais, seu público. “Buscamos sempre inovações que vão de encontro com o desejo e expectativas dos nossos consumidores. Nossos in-vestimentos nestes produtos consistem em um mon-tante significativo de milhões de dólares que conti-nuará a ser investido no Brasil”, completa Tatiana. •

Cereserwww.cereser.com.br

Fischerwww.citrosuco.com.br

Mead Johnson Nutritionwww.meadjohnson.com.br

“O mercado de food service, no Brasil, cres-ceu em torno de 15%, em 2010 e a projeção é otimista, em se tratando do público infantil”

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TENDÊNCIA por Lissandra Mayoral

do oiapoque ao chuíConhecida mundialmente por grandes nomes e saboreada

por todo o território nacional, a cozinha brasileira é referência de qualidade e de negócios bem-sucedidos

A comida brasileira se destaca cada vez mais, e a apresentação de seus pratos enche os olhos

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Povo em que a miscigenação é traço marcante. Costumes, sotaque, cultura, gastrono-

mia. Esta última é destaque para todos os que desejam conhecer um pedacinho deste país. O sabor regio-nal permite viajar por todo o Brasil e trazer o que há de mais peculiar de cada parte do seu território.

Ingredientes europeus, indíge-nas, africanos e muitas técnicas de preparo de diversas receitas vieram do período colonial. Fari-nha de mandioca, feijões e carne seca remetem à época em que a alimentação ainda não apresen-tava muitas variedades. Com o passar do tempo, as cozinhas re-gionais foram se desenvolvendo e trouxeram consigo as heranças de influências do passado e os apri-moramentos do presente.

De Norte ao Sul, a gastrono-mia brasileira é rica em história e sabor, sendo conhecida mundo afora por famosas receitas típicas.

Bastante explorada e apreciada por nativos e estrangeiros, o mer-cado de food service enxerga no segmento mais uma oportunidade de empreendimento.

Do Brasil para o mundo

Além de revelar uma cozinha brasileira de alto padrão, a intenção é evidenciar sua qualidade e sabor para todo o mundo. Destaques no cenário da gastronomia mundial, os restaurantes do grande e renomado chef Alex Atala – D.O.M. e Dalva e Dito - são reconhecidos por suas receitas que resgatam a cozinha brasileira através do toque contem-porâneo. O primeiro, inaugurado no fim de 1999, recentemente foi eleito o sétimo melhor restauran-te do mundo pelo S. Pellegrino World´s 50 Best Restaurants. En-tretanto, antes de ver os resultados de seu trabalho, Atala percorreu um longo caminho de aprendizado.

Tudo começou aos 18 anos, quando foi fazer um mochilão pela Europa. Durante a experiência, um amigo lhe deu a ideia de se inscre-ver em um curso profissionalizante de gastronomia e, a partir daí, Ata-la começou a trabalhar em restau-rantes da Bélgica, França e Itália.

Após adquirir mais conheci-mento e aperfeiçoar suas técnicas, o chef voltou a São Paulo, onde nasceu, e passou pelo restaurante Sushi Pasta. Mais tarde, Atala foi convidado para fazer a renovação do cardápio do já extinto restau-rante Filomena, experiência que lhe rendeu o prêmio de Melhor Jovem Chef, pela Associação Bra-sileira de Bares e Restaurantes Diferenciados. Em seguida, Atala passou pelo Restaurante 72 e, em 1999, inaugurou o Namesa.

No fim do mesmo ano, Atala resolveu começar uma nova his-tória em sua carreira. O projeto tratava-se de abrir um restaurante

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TENDÊNCIA DO OIAPOQUE AO CHUÍ

contemporâneo que trouxesse o sabor da cozinha bra-sileira e, juntamente a ela, outros ingredientes ainda não conhecidos, que seriam inseridos em suas recei-tas. Açaí, pupunha e cupuaçu foram alguns deles. O projeto não apenas saiu do papel como também é um dos mais bem sucedidos da gastronomia mundial.

Cada detalhe faz diferença, a começar pela sofisti-cação do ambiente do D.O.M. Restaurante, que é um verdadeiro aperitivo à experiência que o cliente está prestes a conhecer, ao provar um dos pratos servidos no restaurante. Obras de artistas nacionais decoram a casa e convidam a saborear receitas nas quais ingre-dientes nacionais são imprescindíveis.

Mantendo o padrão elevado e seguindo a mesma linha, o restaurante Dalva e Dito, que chegou em janeiro de 2009, trabalha com o conceito da comida afetiva. É nele em que grandes pratos da cozinha brasileira são preparados, alian-do técnicas e a preocupação com qualidade e sabor dos ingredientes. “É a cozinha das senhoras brasileiras, das nossas referências de mãe, avó, tia e sogra”, afirma Atala.

No menu do restaurante, são 7 opções de entrada dis-poníveis e os pratos estão divididos da seguinte forma: Da Terra e Do Ar (carnes e aves), Das Águas (peixes) e Para Matar a Saudade das Avós, das Tias, das Mães (acompanhamentos). Destacam-se entre as receitas, o Porco na Lata com Purê de Batata e Pequi e o Pernil, ambos preparados em cocção de baixa temperatura.

Todo este cuidado e preocupação com seus serviços provêm de um importante objetivo de Atala: “Quero colocar a cozinha brasileira num pedestal”. Para não deixar a desejar, o chef traz uma cozinha com a qual os brasileiros já estão familiarizados, explorando o que há de melhor dos ingredientes nacionais, sem se esquecer da técnica e do aprimoramento necessários.

Para quem deseja conhecer o trabalho de Atala, o restaurante D.O.M. traz em seu menu degustativo as opções: 4 pratos, queijo e 1 sobremesa por R$ 280 ou, ainda, 8 pratos, queijo e 2 sobremesas por R$ 400. Já a sugestão do restaurante Dalva e Dito é a Costela de Ripa com Mandioca, por R$ 98.

A cozinha brasileira contemporânea

A proposta de uma gastronomia brasileira de qua-lidade também é foco do grupo Capim Santo. Com 26 anos de existência, a ideia do restaurante surgiu com os pais da chef Morena Leite, Fernando e Sandra Leite, quando se mudaram para Trancoso, na Bahia. Foi ajudando-os na cozinha da Pousada Capim San-to que Morena se encantou pela gastronomia.

Após ter feito uma viagem à França e aprender grandes técnicas no renomado instituto Le Cordon Bleu, a chef trouxe todo seu conhecimento adquirido ao Brasil e, jun-tamente a ele, o Capim Santo chegou a São Paulo. Com um investimento de cerca de R$ 2 milhões no estabeleci-mento e, atualmente, localizado no bairro dos Jardins, o intuito com o negócio é mostrar aos brasileiros a cozinha contemporânea brasileira. De acordo com Morena, esta é uma maneira de trazer a cozinha saudável brasileira, combinando-a com técnicas internacionais. “Enquanto eu estudava, aprendi a apreciar os produtos brasileiros e a usá-los segundo conhecimentos que adquiri”, recorda.

Esta mistura é um elemento de extrema importância para a chef, que acredita que não se pode falar de comida brasileira e se esquecer de suas influências. “Não é possível dizer que há purismo no Brasil, pois há tantas contribui-ções de outras culturas”. Morena conta ainda que costuma incrementar pratos tradicionais com novos elementos.

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O restaurante Dalva e Dito, do chef Alex Atala, é referência em culinária brasileira

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O cardápio do Capim Santo conta com alguns destaques. Croquete de palmito de pupunha, Vatapá de Lagosta, Pica-dinho de Picanha de Cordeiro, Camarão grelhado com Ba-nana da terra acompanhado de Risoto de ervas e Nhoque de aipim recheado com Requeijão servido com Molho de Ervas e Caviar são pratos que agradam bastante seu público.

Além destas delícias, o ambiente é outro elemento que convida os clientes a freqüentarem a casa. O objetivo é pro-porcionar um local de conforto em que possa sentir-se à vontade. “Nossa intenção é trazer a pessoa para um jardim, como se fosse um verdadeiro quintal”, completa Morena.

Interessados em conhecer a cozinha contemporâ-nea brasileira, muitas pessoas de outros países fazem parte do público freqüentador do Capim Santo. “Du-rante o jantar, 70% dos clientes são estrangeiros”, conta Morena. Artistas e formadores de opinião tam-bém marcam presença no restaurante, principalmen-te durante os jantares nos finais de semana.

Com tanto sucesso, a chef não para por aí. Afim de le-var a cozinha brasileira a mais pessoas, Morena inaugurou outra casa. O Santinho, localizado no Instituto Ohtake, no bairro de Pinheiros, São Paulo. Ele segue o padrão do Capim Santo e introduz o conceito da cozinha gourmet.

A nova casa funciona apenas para o almoço e, de terça a domingo, o restaurante traz buffets comple-tos que contam com variedade de saladas, grãos, le-guminosas, diferentes guarnições, carnes, peixes e aves, enquanto massas e tapiocas são preparadas na hora. Vinagrete de Abacaxi, Purê de Mandioquinha e Carne-seca Acebolada na Moranga são algumas das receitas que o cliente poderá encontrar na casa.

Durante a semana, o custo para conhecer a cozinha brasileira contemporânea do Santinho é de R$ 38,50. Aos sábados, domingos e feriados, o valor sobe um pou-quinho e fica em R$ 53,00 e R$ 58,50, respectivamente.

Sinta-se em casa

Aos moradores da Zona Norte de São Paulo, O Compadre é referência quando se trata de uma boa comida caseira e tipicamente brasileira. Inaugurado em fevereiro de 1992, o restaurante tinha apenas 50 lugares. Devido ao pequeno espaço, grandes filas de clientes se formavam para provar o sabor do Brasil que o restaurante trazia, o que levou seus proprietários, os mineiros Rosa e Osmar Temperani, a mudarem o esta-

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TENDÊNCIA

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DO OIAPOQUE AO CHUÍ

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Capim Santowww.capimsanto.com.br

Dalva e Ditowww.dalvaedito.com.br

D. O. M. Restaurantewww.domrestaurante.com.br

O Compadrewww.compadre.com.br

Santinhowww.restaurantesantinho.com

Santinho oferece diversidade em pratos

Bobó de camarão é uma das receitas servidas no O Compadre

Capim Santo oferece um ambiente agradável aos clientes

belecimento de local, em 1998, para o Complexo Cen-ter Norte, no qual possui capacidade para 400 pessoas.

Fartura, sabor e o cheiro de roça definem o restau-rante, que tem a proposta de mostrar um pouco do que o interior tem de melhor na sua cozinha. “Servimos a comida do dia a dia de todos. A pessoa pode não gostar de um determinado prato, mas sempre tem aquele pre-ferido semelhante ao que a vovó fazia”, conta Marcus Temperani, um dos três filhos de Osmar e Rosa.

Com pratos típicos de diferentes regiões do país e com muitas influências vindas da origem familiar mi-neira, O Compadre recebe muitos turistas brasileiros e estrangeiros. “Temos muita visita de estrangeiros, mas também atendemos muitos turistas de várias re-giões do país que, quando estão visitando São Paulo, sentem falta da comidinha de casa”, comenta Mar-cus. Paulistanos e habitantes de cidades vizinhas também passam pelo estabelecimento para conhecer as delícias das regiões brasileiras.

Com uma variedade de 30 tipos de saladas e ver-duras cultivadas na própria horta do sítio do Com-padre, localizada em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, os principais pratos brasileiros estão no

restaurante. Direto de Minas Gerais, as receitas de pernil, feijão tropeiro, carne de panela e leitão repre-sentam muito bem a região. Já o churrasco e o ar-roz carreteiro trazem todo o sabor do Sul. Da região Nordeste, as apostas são o camarão na moranga, en-quanto no Norte, destacam-se o surubim e o tamba-qui. Localizado na região Sudeste, nada melhor do que servir a tradicional feijoada.

Através de um buffet repleto das mais diversas opções tí-picas, o cliente do O Compadre poderá se deliciar com seus pratos pelo preço de R$ 49,90, de segunda a sexta-feira. Durante os finais de semana, o preço é de R$ 56,90. •

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por Erik BernardesECONOMIA

crescimento do food service

seduz bancosInstituições financeiras aumentam, a cada trimestre, volume de crédito

destinado ao setor

Uma pesquisa realizada pela Associação das Em-presas de Refeição e Alimentação (Assert) mos-tra que o gasto médio para se alimentar fora de

casa no Brasil é de R$ 21,11 por refeição. Segundo es-timativa da consultoria ECD, todos os dias ao menos 57 milhões de brasileiros almoçam fora de casa, nú-mero que pode chegar aos 83 milhões em 2014. Alia-do a estes estudos, o Governo Federal divulgou um número recorde de pessoas empregadas. Todas são excelentes notícias para o mercado de food service. Contudo, não foram somente os empresários do setor que perceberam o bom momento. Os bancos também. As maiores instituições financeiras estão com apetite e aumentam, a cada trimestre, a provisão de crédito para o setor, além de intermediarem empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DES). Os quatro maiores bancos do país - Brasil, Itaú, Bradesco e Santander - treinam funcionários e criam paco-tes de serviços para seduzir o empresário do food service.

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Banco do Brasil

O Banco do Brasil (BB) apre-senta diversas linhas de créditos e financiamentos aos empresários do setor de food service. Ao todo, o BB atende aproximadamente 81 mil micro e pequenas empresas do setor de alimentação fora do lar. Este segmento é responsável pelo consumo de R$ 1,2 bilhão em crédi-to para empréstimos, capital de giro e financiamento de investimentos. Antônio Sérgio de Carvalho Rocha, gerente executivo de micro e peque-nas empresas do banco, acredita que a maior demanda por crédito é para compor capital de giro. A operação representa em torno de 62% do vo-lume de contratos efetuados com empresas do ramo. O valor médio para essas operações é de R$ 22 mil. “Oferecemos soluções de capital de giro e antecipação de recebíveis para adiantar os valores das vendas a prazo com duplicatas, cheques pré-datados e cartões de crédito”, explicou Rocha. Já para os investi-mentos, a média observada é de R$ 38,5 mil. O banco oferece financia-mentos de investimentos para via-bilizar a reforma ou ampliação de instalações, aquisições de máquinas e equipamentos. “Além de soluções de comércio exterior para permi-tir a busca de novos mercados”, destaca o gerente. Para auxiliar na

decisão dos empresários, o BB dis-ponibilizou o Portal MPE (bb.com.br/mpe), que contém mais infor-mações sobre as linhas de crédito. Além disso, há o BB Giro Rápido, destinado a clientes com faturamen-to bruto anual de até R$ 5 milhões. Rocha destaca esse produto e co-menta que “as taxas de juros variam de acordo com o relacionamento negocial que o cliente mantém com o banco”. As taxas podem ser nego-ciadas de acordo com as garantias que os clientes oferecem o banco. Se elas forem altas, a taxa pode fi-car em torno de 1,89% ao mês. Se a operação acontecer sem garantia, os juros sobem para de 2,4% ao mês. Para as empresas que possuem o faturamento bruto anual superior a R$ 1 milhão, o executivo recomenda o BB Giro Empresa Flex, um capi-tal de giro na modalidade de crédito fixo, reutilizável, podendo inclusive ser utilizado para pagamento dire-to ao fornecedor. “Existem várias linhas de financiamento, inclusive com o cartão BNDES. É preciso que empresa e banco enxerguem a me-lhor solução”, destacou.

Bradesco

Outro banco que investe no se-tor, é o Bradesco. Não é para me-nos, pois 28,4 % do total da car-teira de crédito da instituição foi alocada para o segmento de micro, pequenas e médias empresas, onde o banco acredita que o que o mer-cado de food service se encaixa. Ao todo essas companhias aloca-ram R$ 87,7 bilhões até o primeiro trimestre. No mesmo período, o lucro líquido da instituição chegou aos R$ 2,7 bilhões (resultado 28,5% acima do contabilizado no mesmo período de 2010). Para Octávio de Lazari Junior, diretor da área de empréstimos e financiamentos do Bradesco, o setor de alimentação fora de casa é um dos segmentos que mais cresce na economia nacio-nal e o Bradesco acompanha isso. O executivo ressalta que empre-sários de todos os portes buscam linhas de financiamento no banco, desde aqueles que possuem apenas uma unidade como aqueles que in-vestem em uma rede de restaurantes ou no setor de franquias.

“Existem várias linhas de financiamento, inclusive com o cartão BNDES. É preciso

que empresa e banco enxerguem a melhor solução”

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ECONOMIA CRESCIMENTO DO FOOD SERVICE SEDUZ BANCOS

O Banco oferece financiamento de investimento para viabilizar a re-forma ou ampliação de instalações de máquinas e equipamentos

81 mil micro e peque-nas empresas atendidas aproximandamente

R$1,2 Bi em crédito para empréstimo, capital de giro e financiamentos

R$87,7 Bi, total de investimentos até o primeiro trimestre

R$2,7 Bi, lucro líquido da instituição

R$38,5 mil, valor médio para investimento

BANCOS E iNVESTiMENTOSEM FOOD SERViCE

R$22 mil, valor médio das operações

62% da deman-da é para compor capital de giro

28,4% do total da carta de crédito do banco foram para micro, peque-nas e médias empresas

50% do investimento é destinado às franquias para montagem, reforma ou moder-nização das unidades

20% à 27% nos próxi-mos 3 anos, em função da cons-trução de Shoppings Centers

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Os empréstimos para pequenas e médias empresas puxaram lucro do banco, o crescimento para este setor foi de

Único banco a oferecer gerenciador fianceiro, através de software es-pecializado do segmento

O banco oferece assessoria finan-ceira que identifica as soluções mais adequadas para franquias

R$39,1 Bi em crédito para empréstimo

R$164,598 Mi total da carta de crédito

R$2,071 Bi de lucro em operações no Brasil

14% de aumento da carteira de crédito para empréstimo, em relação ao mesmo período de 2011

2011

R$ 37 mil, valor médio de empréstimo

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44% do aumento nas ope-rações de crédito para o FOOD SERViCE estão no norte do país

17,5% de alta em comparação em relação à

27,7% de alta em relação ao ano anterior

17,6% de alta anual

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“Atendemos todos estes pú-blicos, com soluções sob medi-da de acordo com seu tamanho e necessidade”, afirma Junior. Na instituição os valores de finan-ciamento variam de acordo com o projeto e dependem diretamente das características individuais (locali-zação, público, área, etc) de cada negócio. No segmento de franquias, incluindo as unidades do setor de alimentação, as demanda de recursos para investimentos na montagem, reforma ou modernização das unida-des gira em torno de 50% dos inves-timentos previstos. O diretor destaca que “há demanda para capital de giro, além de soluções para fluxo de caixa e compra de estoques e matéria prima”. O Bradesco acredita que, se o ce-nário econômico atual e as proje-ções do banco forem mantidas, nos próximos três anos haverá uma ex-pansão de crédito entre 20% e 24% para o setor de pequenas e médias empresas, o que inclui o setor de food service. “Apesar de o Sudeste ser a região com maior concentração no número de unidades franquea-das, sobretudo de alimentação, os agentes de mercado apontam grande crescimento dos negócios na região Nordeste, principalmente em função da construção de novos shoppings centers na região”, comenta Junior. Para entender melhor esse tipo de cliente e implementar suas estraté-gias, o banco fez uma parceria com o Sebrae, visando o treinamento de gerentes especializados em atender o segmento de pessoa jurídica, para orientá-los quanto à linha mais ade-quada para o crescimento de seu ne-gócio. Outro ponto de destaque foi a criação do Bradesco Franquias & Negócios. “Este projeto é especiali-zado em levar soluções sob medida para este público, do qual o setor

de food service tem uma grande re-presentatividade”, explica o diretor. Como dica, Junior ressalta que para se ter sucesso nos negócios, é preciso conhecer as características de cada setor e, principalmente, planejar os investimentos, utilizando as linhas de financiamentos adequadas . “Temos um portfólio completo de produtos, serviços e soluções de fluxo de caixa, investimentos, crédito para monta-gem de loja, aquisições de bens, mo-dernização e expansão de negócios, pagamentos, recebimentos, cartão de crédito, recursos humanos, seguro de vida, previdência privada, seguros, consórcio e linha do BNDES para pro-jetos de longo prazo”, finaliza.

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Para não ficar atrás da concorrên-cia, o Itaú Unibanco também planeja bons negócios no ramo do food ser-vice. Assim como no Bradesco, os empréstimos para pequenas e médias empresas puxaram o lucro do ban-co. Ao todo, o crescimento foi de 29% para esse setor, frente a 2010. Carlos Eduardo Maccariello, diretor de produtos para pessoas jurídicas do Itaú Unibanco, afirma que o diferencial do Itaú é ter uma visão abrangente so-bre este segmento, incluindo serviços de alimentação e padarias. “Não nos li-mitamos ao mercado de franquia. Dis-pomos de equipes especializadas que sustentam a prestação de serviços fi-nanceiros adequados ao food service”. Para auxiliar o empresário do setor, o banco criou uma assessoria financeira que identifica as soluções mais adequa-das para franquias e um convênio de financiamento de compras: o Compror Fornecedor. O produto coloca à dispo-sição dos clientes, um limite adicional para os estabelecimentos de food ser-vice, adquirirem produtos ou servi-

ços de seus principais fornecedores. Maccariello destaca que o valor médio de empréstimo para o food service gira em torno de R$ 37 mil e que o uso mais recorrente do dinheiro é para abertura de unidades adicionais e moderniza-ção dos estabelecimentos em opera-ção. Além disso, ele destaca que o o franqueado que já tem experiência e é bem sucedido tem pré-disposição para montagem de uma segunda ou terceira unidade. “O crescimento do mercado de alimentação permite que os estabe-lecimentos em operação modernizem e façam manutenção preventiva de seus equipamentos, fachadas e salões”. Já sob a ótica da demanda de emprés-timos, se considerarmos o período de janeiro a abril deste ano, o Itaú obser-vou maior crescimento no food service no Norte do Brasil: 44% de aumento nas operações de crédito. Em segui-da, fica a região Sudeste com 15% de crescimento. “São percentuais influen-ciados pela expansão e abertura de shoppings centers. Observamos que o crescimento da carteira de emprésti-mos para esse setor tem se apresenta-do superior aos índices de crescimento dos demais setores, até porque esses estabelecimentos requerem os recur-sos antecipadamente para se estrutura-rem para crescer”, afirma Maccariello. O crescimento chegou ao banco, que apresentou um aumento de 14% na carteira de crédito, somente no primei-ro quarto de 2011. O diretor enfatiza que o empresário do segmento de ali-mentação fora do lar, precisa atuar de modo sustentável, usando soluções financeiras adequadas tanto para os investimentos como também para a gestão do dia a dia do negócio.

Santander

Já o banco Santander aposta na tecnologia como forma de atrair empreendedores para a carteira de empréstimos no ramo de fran-quias e food service. Para buscar auxílio, o empresário pode acessar o site do banco, independente de ser cliente ou não. Além disso, o banco faz salas de discussões, pla-nos de ação e análise de mercado

“Este projeto é especializado em levar soluções sob medida para este público, do qual o setor de food service tem uma grande representatividade”

ECONOMIA CRESCIMENTO DO FOOD SERVICE SEDUZ BANCOS

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33foodservicenews / 2011

ao pequeno e médio negócio (in-dicador divulgado trimestralmen-te com tendências para o próximo período); além, qualificar gerentes para atender a demanda do setor. No primeiro trimestre o ban-co registrou lucro líquido de R$ 2,071 bilhões em suas operações no Brasil, alta de 17,5% na com-paração com o mesmo período de 2010. A carteira de crédito da instituição totalizou R$ 164,598 bilhões no período, alta anual de 17,6%. Assim como nos con-correntes, o destaque no setor de crédito foi para pequenas e médias empresas - alta de 27,7% e R$ 39,1 bilhões emprestados. Cesar Fischer, superintendente de Pequenas e Médias Empresas do Santander, afirma que o ban-co, não possui dados específicos em relação ao crescimento as li-nhas de finaciamento e crédito usados pelo food service, porém

enxerga o setor como um todo e se apoia no aumento do número das franquias para elaborar estra-tégias. “Em 2010 tínhamos 280 redes de franquias no Brasil. Na-quela época vimos uma abertura a cada dia. O food service segue este ritmo”, destacou o executivo. A Cristiane Nogueira, superin-tendente de produtos para pessoa jurídica do Santander, explica que o banco criou pacotes de serviço diferenciados para atrair o empre-sário, além de oferecer vantagens ao cliente que usa a rede de adqui-rência de cartões do Santander. O cliente pode optar por servi-ços como Santander Conta In-tegrada, que oferece redução de até 100% no pacote de serviços da conta-corrente, se a empre-sa atingir o faturamento mínimo mensal de R$ 3 mil por meio das transações via POS (adquirente de cartões) do banco. Além disso,

o empresário pode ter o limite de crédito de até oito vezes o fatu-ramento no POS, que poderá ser usado para contratação de Capi-tal de Giro ou Conta Garantida. Um diferencial do Santander é que ele é a única instituição a oferecer o gerenciador financeiro gratuito, um software especializados para o segmento. O software abrange desde cobrança até a folha de pa-gamento de funcionários, passan-do por pagamentos de tributos e fornecedores, DDA (Débito Direto Autorizado), débito automático e desconto e custódia de cheques. •

Banco do Brasilwww.bb.com.br

Bradesco www.bradesco.com.br

Banco Itaúwww.itau.com.br

Santanderwww.santander.com.br

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foodservicenews / 20113434

CARREIRA por Larissa Souza

crianças saudáveis, profissionais bem-

sucedidosComida em forma de personagens lúdicos e produtos

educativos proporcionam retorno financeiro e reconhe-cimento para nutricionistas que escolheram

o público infantil para trabalhar

Apresentar um prato ou alimento a uma crian-ça usando um pouco de criatividade e dedi-cação pode fazer toda diferença na hora das

refeições”. É com essa convicção que a nutricionista Cláudia Lobo, desenvolve seu trabalho com crian-ças. Cláudia tem dois filhos e foi durante as refeições da família que a nutricionista desenvolveu uma téc-nica para tornar os pratos mais interessantes e diver-tidos. Ela percebeu que ao transformar alimentos em flores e carinhas, oferecer pratos, talheres e copos com temas infantis e, ainda, promover piqueniques no chão da sala, é possível contribuir para a for-mação de bons hábitos alimentares.

Cláudia atua com atendimento em consultó-rio particular e como consultora e assessora em nutrição e saúde em escolas de educação infantil e ensino fundamental. O interesse pela área surgiu devido a vontade que sempre teve em estudar e descobrir as falhas mais co-muns relacionadas à alimentação. Em seus es-tudos descobriu que a melhor fase para evitar doenças e promover a saúde é a infância, época de formação dos hábitos alimentares. Dedicada, se especializou em Educação Infantil pela Univer-sidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro.

Ratinho com o corpo de batata, orelhas de cenouras, focinho de tomate cereja, olhos de uvas passas e bigode de cheiro verde

Divulgação

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foodservicenews / 2011 35

O período de formação dos hábitos alimentares é de dois a 12 anos de idade. Quando os hábitos errados já estão instalados há muito tempo, como acontece no caso de adolescentes e adultos, é muito difícil de serem mudados. Pensando nisso, Cláudia optou por trabalhar com crianças. “É bem mais fácil, rápido e gratificante trabalhar com crianças, quando se tem a ajuda dos pais, evidentemente. Na minha função tenho várias oportu-nidades de trabalhar diretamente com elas por meio de atividades lúdicas e interativas. As crianças são muito interessadas, receptivas, criativas e, de modo geral, res-pondem muito bem à aquisição de novos conceitos e conhecimento. Consequentemente, são mais acessí-veis à adequação dos seus hábitos alimentares, que é o objetivo do meu trabalho”, explica.

Uma alimentação rica e balanceada é hoje uma grande preocupação em decorrência do aumen-to do número de casos de obesidade em todo o mundo. Dessa forma, a alimentação saudável deve ser trabalhada desde cedo para que os adultos se tornem mais conscientes. Investir na nutrição infantil se torna uma grande oportunidade de mercado de trabalho, cuja demanda de profissionais está crescendo a cada dia. “O mercado está em franca expansão, uma vez

que a preocupação com a saúde desses pequenos brasi-leiros está presente desde as políticas públicas até as pró-prias famílias, passando pelas escolas, mídia etc”, afirma.

Livro

A experiência adquirida com o trabalho com crianças de todas as idades permitiu que a profissional escreves-se o livro “Comida de Criança – Ajude seu filho a se alimentar bem sempre”. A sua própria história de vida também foi fundamental para a realização do trabalho. Cláudia teve que perder peso, venceu a obesidade e encarou um desafio muito grande: manter-se em uma alimentação saudável. “Um hábito alimentar errado, há muito já instalado, é dificílimo de ser mudado e quem o consegue o faz a duras penas. Eu que o diga. Mui-to mais fácil, barato, indolor e eficaz é aprender desde cedo como se alimentar adequadamente e tornar isso um hábito. Assim, o indivíduo poderá seguir sem culpa com esse hábito por todas as fases da vida, com saúde, disposição e com mais qualidade de vida”, conta.

A falta de tempo dos pais modernos é apontado como um dos fatores principais que influencia no não acompanhamento da alimentação dos filhos. A indus-trialização dos alimentos, comidas de restaurantes e fast food podem ser saídas muito práticas para a corre-ria do dia a dia, porém pouco saudáveis. Dessa forma, se torna difícil oferecer uma alimentação de qualidade aos filhos. Pensando em tudo isso, Cláudia decidiu es-crever o livro para auxiliar mães, pais, avós e babás a alimentar bem suas crianças em qualquer situação, mesmo com as limitações e contratempos do cotidiano.

O livro “Comida de Criança” conta com 50 receitas nutritivas e ilustradas, organizadas em café da manhã, lanches, almoço ou jantar, saladas e sobremesas. Os pratos decorados são os destaques da obra, como é o caso do ratinho com o corpo de batata, orelhas de ce-nouras, focinho de tomate cereja, olhos de uvas passas e bigode de cheiro verde. A nutricionista acredita que ao desenvolver trabalhos como este é possível ganhar experiência, divulgação e validação do seu trabalho perante sua própria classe e ao seu público, o que lhe rende oportunidades para outros trabalhos similares ou não. “É gratificante no sentido de que a sua mensagem está por aí, circulando de um jeito ou de outro”, expõe.

Cláudia inovou na forma de ensinar as crianças a se alimentar bem. Decorar pratos e escrever um livro so-bre o assunto, ajuda na construção de hábitos saudá-veis. Mas, a nutricionista também possui outras suges-tões para que elas aceitem melhor os alimentos. Entre as dicas encontram-se ler livros, assistir filmes, DVDs, promover brincadeiras, teatro, escutar CDs de músicas, desde que todas essas atividades sejam relacionadas à alimentação saudável. Mas, é importante deixar claro que cada criança é única, cada caso merece uma aten-ção especial. Porém, em todas as situações é importante

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CARREIRA CRIANçAS SAUDÁVEIS, PROFISSIONAIS BEM-SUCEDIDOS

utilizar a criatividade para obter um resultado positivo. Para ela, “nada melhor do que estimular a imaginação da criança. O toque lúdico serve para esse intuito”, conclui.

O livro está sendo vendido a R$69,90; sendo que 8 a 10% desse valor vai para o autor. Os primeiros seis meses de vendas lhe renderam cerca de R$ 5 mil. Um acréscimo expressivo no seu rendimento bruto, que gira em torno de R$ 3,5 mil mensais.

Ensinando a comer de forma divertida

Não é só em casa que a educação alimentar tem que ser feita. As crianças estão entrando cada vez mais cedo nas escolas e é nesse ambiente que elas passam grande parte da sua infância. Durante a educação infantil elas adquirem, não só os conhecimentos intelectuais e peda-gógicos, mas os hábitos que irão levar para a vida toda. Pensando nisso, Juliana Parra e Julliana Bonato cria-ram a empresa de assessoria nutricional para escolas, a Nutrir Kids, localizada em São Paulo. Além de prestar consultoria para as escolas, elas possuem um comércio consolidado de produtos educativos. Estes podem ser adquiridos através do site da própria empresa ou pelo site da editora Metha. É possível adquirir fantoches de alimentos por R$60,50, carimbos nutritivos por R$15, CD Brincando com os Alimentos por R$34, dominó de alimentos em feltro por R$101, avental com alimentos soltos para contar história por R$195, entre outros.

A iniciativa pioneira cresceu e hoje, com mais de dez anos no mercado, as nutricionistas se tornaram refe-rência e se firmaram na área da nutrição. A ideia da criação dos produtos surgiu quando foi identificada a necessidade de aproximar as crianças da alimentação saudável. As nutricionistas começaram a fabricar produtos educativos para uso próprio, com o sucesso das criações, colegas de trabalho passaram a solicitar a comer-cialização dos produtos. A partir daí o negócio cresceu e hoje elas recebem

encomendas de todo o país. “Quando chegávamos às escolas sem nenhum recurso, para falar de alimentação com as crianças, o resultado não era o esperado. A par-tir do momento que criamos fantoches, histórias, jogos e outros recursos lúdicos, percebemos que as crianças ficavam muito mais atentas e com isso aprendiam com mais facilidade. Portanto, concluímos que o aprendiza-do das crianças deve ser através da brincadeira”, conta.

A escolha pela nutrição se deu por acaso, em 1999 Parra se formou e no ano seguinte recebeu o convite para abrir sociedade com a colega nutricionista. Bona-to havia recebido um pedido de ajuda de uma dona de escola em relação aos seus conhecimentos em educação nutricional. As duas empreendedoras viram uma possi-bilidade de negócio e resolveram investir. “Conversamos sobre o que poderíamos oferecer para uma escola, mon-tamos uma pasta e saímos de porta em porta oferecendo. O negócio foi crescendo e se aperfeiçoando a cada dia. A empresa de produtos veio da solicitação de várias cole-gas que queriam trabalhar nessa área e com os produtos que nós desenvolvíamos para uso próprio”, relembra.

Hoje, as nutricionistas ministram cursos em todo o Bra-sil, ensinando outros profissionais a trabalharem em esco-las. Elas ainda fornecem serviços de assessoria nutricional, que inclui palestra com pais; treinamento para manipula-dores de alimentos e professores; avaliação nutricional; ela-boração de cardápio e atividades de educação nutricional.

Com o feedback positivo de seus clientes, Parra acredita que as escolas passam a valorizar mais o seu trabalho, além

de perceber a necessidade de um profissional da nutri-ção trabalhando em sua instituição. “Há escolas

que nos contratam apenas para dizer que tem uma nutricionista e cumprir com a lei, mas

a partir do momento que começamos a atuar, percebem que nosso trabalho vai muito mais além do que planejar car-dápio, se envolvem no projeto e desco-brem o quanto a educação alimentar é importante”, finaliza. •

Cláudia Lobowww.alimentoenutricao.blogspot.com

Nutrir Kidswww.educacaopelaboca.com.br

36

Pratos decorados contribuem para formação de hábitos saudáveis

Divulgação

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foodservicenews / 201138

por Maria Luiza GondimTECNOLOGIA

no automático

Empresas investem na automação para evitar falhas na linha de produção, agilizar o processo,

sem esquecer da sustentabilidade

As empresas de alimentação e bebidas buscam cada vez mais componentes tecno-

lógicos, que aumentem a eficiên-cia, maximizem a produção e a se-gurança do processo, além de ter recursos que permitam a proteção do meio-ambiente. Neste cenário, os recursos provenientes da auto-mação ganham espaço e confiança dos empresários, ao demonstra-rem ser um bom investimento e se tornando imprescindíveis em qualquer linha de produção.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica(Abinee), o fa-turamento do segmento de automa-ção industrial apresentou um cres-cimento de 10% de 2009 para 2010, chegando a R$ 3.237 milhões. Além disso, as exportações de produtos do setor aumentou 23%.

Tecnologia industrial

Referência no mercado de solu-ções para atividades fabris, a em-presa PPI-Multitask oferece para

food service, produtos que visam ajudar as indústrias a atingirem a excelência operacional no chão de fábrica, através de equipamen-tos que utilizam a Tecnologia de Informação(TI), Automação, junto às melhores práticas de manufatura.

Em relação as soluções em TI para manufatura, destacam-se os sistemas MES (Manufacturing Exe-cution Systems). Esta tecnologia permite a integração entre o sistema de gestão da empresa e os processos produtivos. Quando instalado, os MES fazem a coleta dados e geren-ciamento da produção, manutenção, qualidade e estoques em tempo real. Para Marcelo F. Pinto, diretor de ma-rketing e alianças da PPI-Multitask, este sistema é um grande diferencial para a indústria, pois torna possível acessar dados a respeito do contro-le da produção, o controle de para-das, refugos, rastreabilidade, peso líquido e OEE (eficiência global dos equipamentos), entre outros.

No quesito automação, a com-panhia oferece soluções voltadas para a automatização de processos

e automação de máquinas. Para a automatizar os processos, a PPI--Multitask utilizam os CLPs (contro-lador lógico programável), softwares supervisórios (SCADA) e softwares de gerenciamento de bateladas, to-dos dentro da norma internacional de automação ISA88. Estes sistemas foram criados para possibilitar o con-trole automático dos processos de preparação de receitas, normalmente compostas por equipamentos como balanças, dosadores e misturadores. Além disso, os CLPs são usados para o controles de máquinas nas áreas de envase e embalagem.

A escolha por este tipo de tec-nologia traz diversas facilidades ao empresário. O uso da automa-tização nos processos de fabrica-ção gera uma flexibilidade para a criação e introdução de novas receitas, garantindo qualidade ao produto final, além de ganhos sig-nificativos de produtividade. Além disso, Pinto afirma que os sistemas relacionados a TI são uma podero-sa ferramenta para os gestores. “O monitoramento on-line da produ-

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ERP

PLM

SCM

CONTROLS

CRMALOCAÇÃOE STATUS

DE RECURSOS

ANÁLiSE DE DESEMPENHO

GERENCiAMENTODO PROCESSO

COLETA DE DADOS

CONTROLE DEDOCUMENTOS

GERENCiAMENTODE MANUTENÇÃO

GERENCiAMENTODE QUALiDADE

GERENCiAMENTODE MÃO DE OBRA

DESPACHO UNiDADES DE

PRODUÇÃO

RASTREABiLiDADE

SCHEDULLiNG MES

FLuxo do Sistema MES

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foodservicenews / 201140

TECNOLOGIA NO AUTOMÁTICO

ção e das principais perdas do processo proporciona-do pelos sistemas MES, dá aos gestores a capacidade de reagir rapidamente aos problemas que estão ocor-rendo durante o turno de produção e de identificar, priorizar e atacar a causa raiz das principais perdas de qualidade e produtividade”, afirma.

Contando com clientes como a Bauducco, Nestlé, CVI e Sorocaba Refrescos, ambas do sistema Coca--Cola, a empresa vê um bom espaço de crescimento no mercado de food service para este tipo de tecno-logia. “Investir em MES e automação é investir na excelência operacional e esta é fator crítico de suces-so para a indústria brasileira. É através da excelência operacional que se criam as condições para enfrentar a concorrência global, atender bem os clientes, pro-duzir com qualidade, com menor custo e atender as normas e padrões do mercado”, afirma Pinto.

O diretor comenta que atualmente no Brasil, estes ti-pos de tecnologias são pouco difundidas e apresentam pouca penetração na indústria, tendo mais visibilidade no mercado internacional. “A maioria das indústrias brasileiras ainda faz boa parte do controle da produ-ção, consumos, rastreabilidade e eficiência através de apontamentos manuais e digitação no sistema corpo-

intergração do ERP com o Chão de Fábrica

implatação de soluções MES

Hardware e Software para Automação industrial e integração de

Sistemas de Automação

Projetos ElétricosMontagem de Painéis

instalação e Comissionamento

rativo ou em planilhas eletrônicas. A qualidade da in-formação do chão de fábrica não é boa e quase sempre chega tarde demais aos tomadores de decisão”, diz.

Além disso, o diretor destaca que que os processos de fabricações com várias etapas, normalmente são feitos por um controle manual. Sendo assim, a se-gurança da execução das receitas conforme padrões pré-estabelecidos fica sujeita a disciplina do operador, tornado-se mais suscetíveis a erros que podem com-prometer a produtividade e a qualidade do produto.

Questionado em relação aos preços dos equipa-mentos, o diretor comenta que eles variam de acordo com a função do número de linhas e das funcionali-dades implantadas e destaca que “o importante é que as soluções são modulares e podem ser adquiridas de acordo com as prioridades de cada cliente”.

Para o futuro, a empresa trabalha na nova versão do software PC-Factory MES que permitirá fazer instalações na “nuvem”, baseada nas tecnologias de “Cloud Computing”. O sistema permitirá a ampliação do acesso ao sistema, já que será necessários meno-res menores investimentos na infraestrutura de TI do cliente. Este software foi um dos fatores responsáveis pelo crescimento de 40% da empresa, no ano passado.

“A maioria das indústrias brasileiras ainda faz boa parte do controle da produção, consumos, rastreabilidade e eficiência

através de apontamentos manuais e digitação no sistema cor-porativo ou em planilhas eletrônicas. A qualidade da informa-ção do chão de fábrica não é boa e quase sempre chega tarde

demais aos tomadores de decisão”

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PPI-Multitaskwww.ppi-multitask.com.br

Teknisa Softwarewww.teknisa.com.br

Sustentabilidade

A PPI-Multitask se preocupa com a sustentabilida-de. “Implantamos soluções de Gerenciamento de Ener-gia para controle de demanda, correção do fator de potência e gerenciamento do consumo em tempo real. Essas soluções também são utilizadas para o controle de consumo de água e gás”, conta Pinto. Este tipo de gerenciamento permite a identificação de oportunida-des que levem a eficiência energética e a aplicação de tecnologias alternativas que visam a redução do impac-to dos processos produtivos o meio ambiente.

Outro destaque fica por conta do aumento da efi-ciência global das linhas e na qualidade final do pro-duto, ao mesmo tempo em que reduzem as perdas de material. Dessa forma, é possível fabricar mais em menos tempo, além de diminuir a quantidade de energia usada por unidade produzida.

Foco em software

Uma outra empresa que desenvolve produtos para a automação das empresas e indústrias é a Teknisa Software. A companhia possui o software Agente2b específico para indústrias alimentícias e tem como objetivo a integração de dados de todos os depar-tamentos de uma empresa, viabilizando assim, uma melhor tomada de decisão dentro das organizações, gerando reduções de custos e processos.

Arabelle Menezes, agente de negócio da região BR central da Teknisa, comenta o funcionamento do sof-tware. “Desenvolvida em Delphi e em processo de mi-gração para PHP, esta ferramenta opera em plataforma Web, o que possibilita a troca de informações, em tempo real, entre Matriz e Filiais, permitindo ainda, o acesso por um elevado número de usuários simultâneos”.

O grande diferencial do Agent2b é ser composto por módulos de Produção, Financeiros, Fiscais, Contábil e para Controles de Materiais. Dessa forma, o cliente pode optar pelo conjunto completo ou por módulos separados, adequando o programa à sua necessidade. “Com isso, viabilizamos a aquisição por empresas, in-dependente do seu porte. Já estamos preparados para a emitir NF-e, SPED Fiscal e Contábil, gerarmos pe-didos online e constantemente buscamos inovações em todos os processos”, afirma Arabelle.

Em seu portifólio, a Teknisa conta com grandes empre-sas como GranSapore, Risotolândia, Servir e Frutabella. •

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SUSTENTABILIDADE por Lissandra Mayoral

mais saúde, mais saborSistema orgânico de produção brasileiro tem destaque no mercado devido ao aumento no volume de importações

e exportações de alimentos mais saudáveis

Conservar a natureza. Tornar o mundo mais sau-dável para se viver. Apesar de clichês, a caute-la com os recursos naturais e a preferência por

uma qualidade de vida maior salientam a necessidade de mudanças em algumas práticas humanas.

A relação entre o homem e a terra é uma das que mais sofreu modificações, com o passar dos anos. A distância entre ambas as partes foi aumentando e a intervenção de novas técnicas, novos conceitos, novas ideologias tornaram-se predominantes. O cultivo dos alimentos é umas das atividades que sofreu transforma-ções diretamente provocadas pelas necessidades atuais.

Caracterizada por monoculturas cultivadas em meio a altos índices de toxidade devido aos agroquímicos utilizados, além da degradação do solo e da destruição da biodiversidade, a agricultura tradicional vem se mos-

trando um processo questionável quanto à qualidade e segurança dos alimentos obtidos através dela. Para pro-mover o consumo de produtos naturais e nutritivos, o sistema de produção orgânica dita uma nova geração.

Muitos dos alimentos que fazem parte das refei-ções, devido aos processos pelos quais são subme-tidos, apresentam substâncias que podem causar danos à saúde, além de suas técnicas não contarem com qualquer suporte na sustentabilidade. Afim de mudar este quadro e trazer alternativas para uma ali-mentação mais segura e de qualidade, a agricultura orgânica vem encontrando seu espaço.

Este tipo de produção valoriza o uso de recursos naturais renováveis e o aproveitamento dos não-reno-váveis, aliando a sustentabilidade ao desenvolvimento econômico e qualidade de vida. Chamado também de

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43foodservicenews / 2009 43foodservicenews / 2011

biológico, o sistema orgânico con-siste na produção de alimentos, na qual o uso de químicos sintéticos (fertilizantes, pesticidas ou orga-nismos geneticamente modifica-dos) não faz parte de sua prática.

Além disso, a agricultura or-gânica está apoiada sobre quatro fundamentos: respeito à natureza, diversificação de culturas, o solo como organismo vivo (sendo este mais rico em nutrientes) e a in-dependência dos sistemas de pro-dução. São estes os fatores que levam o alimento orgânico a apre-sentar mais vitaminas e sais mi-nerais, além de proporcionar uma refeição mais saborosa e saudável.

O mercado da agricultura orgânica no Brasil

Com mais de 15 mil proprieda-des certificadas, sendo 75% des-tas pertencentes a agricultores familiares, o Brasil vem crescendo no sistema de produção orgânico, se destacando como produtor e exportador de alimentos do se-tor. Segundo dados da Secretaria de Defesa Agropecuária, o setor orgânico no Brasil, atualmen-te, movimenta cerca de US$ 150 milhões, em todos os segmentos.

Além disso, o setor apresenta um crescimento de 3% a 5%, ao ano.

Segundo o proprietário da Agro-essência, Sérgio Chaib, quando se pensa em investimento em agri-cultura orgânica, a ideologia desta técnica deve ser levada em conta. “Podemos pensar nos benefícios dos investimentos na área orgânica sob vários aspectos mas, principalmen-te, pela convicção de que o sistema é viável e tem fortes embasamentos para justificar sua expansão no mer-cado”, explana e completa afirman-do que esta disseminação teve início nos anos 70, quando surgiram bol-sões orgânicos em todo o Mundo, criando diversos negócios no setor.

Afim de manter o desenvolvimen-to deste e sua solidez, os papéis de cada um da cadeia de produção de-vem estar definidos. A Lei 10.831 es-tabelece estas regulamentações para que o setor orgânico se mantenha a organizado, incluindo todos os tra-balhadores responsáveis pelo cresci-mento do setor: “Atualmente, temos definições de sistemas orgânicos e responsabilidades entre produtores, distribuidores, comerciantes e certi-ficadores, o que torna o setor madu-ro e consistente”, esclarece Chaib.

No cenário mundial, a agricultura orgânica também vem ganhando des-

taque por ser responsável por alimen-tos que preservam a saúde, além dos seus processos produtivos terem uma preocupação ambiental e sustentável. Desta forma, as perspectivas são de que o Brasil passe a ter ainda maior participação com sua produção de or-gânicos na economia mundial.

Preocupados com a saúde

Fundada em 1989, a organiza-ção não-governamental - Asso-ciação da Agricultura Orgânica (AAO) - faz um trabalho em prol da agricultura orgânica. Respon-sável pela criação da Feira do Pro-dutor Orgânico, que desde 1991 acontece todos os sábados no Parque da Água Branca, a AAO começou seu trabalho quando a agricultura orgânica ainda era um assunto restrito aos agrônomos.

Segundo o secretário executi-vo da ONG, Márcio Stanziani, a intenção de criar uma associação foi, exatamente, a de reunir mais pessoas que se interessavam pelo assunto, já naquela época. “A agricultura orgânica já estava em discussão por algum tempo. Logo, precisávamos abrir o assunto para outras pessoas que buscavam pelo conhecimento”, completa.

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SUSTENTABILIDADE MAIS SABOR, MAIS SAÚDE

Apoiada em um tripé - incentivo ao produtor, políti-cas públicas e a comercialização - Márcio revela que, embora a produção orgânica resgate a importância do agricultor e preserve a natureza, ainda não é valoriza-da. “O produto orgânico ainda é bastante restrito. É preciso democratizar o acesso a ele”, ressalta.

No combate às pragas

Para a prática efetiva da agricultura orgânica, o pro-dutor precisa fazer uso de artifícios que protejam seus alimentos de qualquer elemento que possa lhes causar danos. Empresa que investe diretamente em produtos que viabilizam este sistema de produção, a Agroessência surgiu com a intenção de trazer produtos que pudessem combater pragas que atuam na produção dos alimentos.

Pioneira neste segmento, enquanto a preocupação de muitos outros empreendimentos do gênero era lucrar, a em-

presa pensava à frente, em um futuro no qual a sustentabili-dade e a saúde estariam em primeiro lugar. “Desde a forma-ção acadêmica, nos anos 80, tínhamos a convicção do ideal de dias melhores, colaborando de alguma forma para que o sistema desse bom resultado”, afirma o proprietário, Chaib.

Tudo começou em um pequeno sítio, localizado na região de Campinas. A falta de insumos para o setor estimulou o investimento em produtos ecológicos para controle de pragas e, atualmente, a Agroessên-cia conta com uma variedade deles. “Temos produ-tos consagrados na produção orgânica como óleo de nim, rotenoma, além de produtos potenciais como o ácido pirolenhoso bidestilado”, detalha Chaib. •

Associação de Agricultura Orgânicawww.aao.org.br

Agroessênciawww.agroessencia.com.br

Mandala esboça as diretrizes da Associação de Agricultura Orgânica

“Podemos pensar nos benefícios dos investimentos na área orgânica sob vários aspectos mas, principalmente,

pela convicção de que o sistema é viável e tem fortes em-basamentos para justificar sua expansão no mercado”

Div

ulga

ção

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foodservicenews / 201146

CAPA por Jamile Hallack

Em meio a um momento econômico conturbado, investir na força da classe C, pode salvar os

estabelecimentos de Food Service de afundar na crise financeira mundial

crise!

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A economia mundial está vivendo um momento úni-co na história. Estamos presenciando uma crise causada por outras crises. A primeira delas acon-

teceu na Grécia quando esta anunciou que poderia não pagar suas dívidas a outros países. Depois disso, o efeito dominó atingiu outras partes do mundo, contaminando a Europa e os Estados Unidos. Instaurou-se assim um ce-nário financeiro desordenado, uma crise econômica mun-dial. Mas como isso tudo afeta o setor de food service?

A resposta vem do economista Márcio Salvato, co-ordenador do curso de economia do Ibmec/MG. “Esta crise deve ser diferenciada daquela que aconteceu em 2008, pois não iremos observar quedas abruptas em produção, mas apenas queda na taxa esperada de crescimento. Logo, os empresários do setor de food service devem apenas refazer seus planos de cresci-mento de maneira a reduzir o risco do seu negócio, mantendo custos sobre maior controle”, define.

E foi exatamente isso que o grupo brasileiro JBS, maior processador global de carne bovina, fez. Devido ao fato da companhia ter sofrido um prejuízo de R$ 180,8

milhões no segundo trimestre deste ano, após registrar perdas nos EUA, decidiu-se reduzir o ritmo de investi-mentos. “A empresa já investiu bastante. Não fechamos o orçamento de 2012, mas a redução será significativa. Abaixo de R$ 1 bilhão (ano). Pode cair para até R$ 500 milhões, mas não quero comentar ainda”, disse Wesley Batista, presidente da JBS, durante uma teleconferência.

A rede de restaurantes Fogo de Chão, conhecida mundialmente, ainda não sentiu os efeitos desta crise. Seu crescimento se manteve e a meta para o final deste ano e início do seguinte é abrir novas lojas no exterior. “Nós não estamos tendo problema com a crise. Aqui no Brasil as lojas estão vendendo muito bem, seguindo nossa projeção de crescimento. Lá nos Estados Unidos com essa crise, nós estamos nos saindo melhor que ou-tros restaurantes, principalmente por ser rodízio. Sem queda de faturamento ou público nas lojas”, conta Jan-dir Dalberto, presidente das operações no Brasil.

Mas não é só apenas dentro das grandes empresas que as mudanças têm que ser feitas. Os restaurantes e as micro empresas de serviços precisam de alguns ajustes durante a crise. “Os empresários do setor de

restaurantes devem apenas refazer seus planos de crescimento e reinvestimento, de maneira a

reduzir o risco do seu negócio, mantendo cus-tos sobre maior controle”, explica Salvato

Além disso, de acordo com o colunista, a classe C se tornou uma grande aliada dos restaurantes para brecar os efeitos da crise e assim manter ou aumentar os lucros dos estabelecimentos de food service. “O setor de serviços tem sido beneficiado pelo crescimento da classe C e isto tem inclusive modificado a oferta de alguns serviços. Especifi-

camente no setor de alimentação (restauran-tes), os menos afetados seriam aqueles

que estão direcionados para as classes intermediárias de

renda”, relata.

47foodservicenews / 2011

Márcio Salvato analisa a atual crise financeira e mostra como isso afetará o Food Service

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foodservicenews / 201148

CAPA

O freio chamado “Classe C”

Uma das dicas dada por Salvato é o investimento na classe C. “No setor de restaurantes, aqueles que estão mais envolvidos com a demanda de consumo da clas-se C serão os menos atingidos”, recomenda Salvato. E essa dica tem sido bastante seguida por algumas empre-sas de food service e restaurantes. Com as mudanças no mercado, as empresas passaram a oferecer serviços e produtos para este setor da população. Hoje a classe C é vista como público alvo de estratégias de negócios. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que quase 49 milhões de brasileiros pas-saram para as classes A, B e C no país, entre março de 2003 e maio de 2011, registrando um crescimento de 47,94%. Considerando apenas a classe C, foram mais de 39 milhões de novos integrantes no período, o que sig-nifica uma elevação de 46,57%. Hoje, ao todo, são 105,4 milhões de pessoas, ou 55,05% da população compondo o que é chamado de “Nova Classe Média (NCM)”.

Estes dados ficam claramente refletidos no aumento dos gastos da classe C com alimentação. Em uma pes-quisa realizada pelo instituto Data Popular, constou--se que as famílias desta nova classe devem gastar em média esse ano, R$ 1,03 trilhão, sendo que 46,6% será voltado à alimentação fora do lar. De acordo com Rena-to Meirelles, sócio-diretor do instituto, atualmente, de cada R$ 100, o consumidor gasta R$ 23 com alimenta-ção. Em 2002, apenas R$ 11 era destinado para este fim. Além do mais, ele afirma que isso acontece em resposta ao fato da classe C estar cada vez mais inserida no mer-cado de trabalho. “Basicamente o número de pessoas empregadas impulsiona o food service. Com os tickets-

-refeição, as pessoas tendem a comer mais fora do lar, e os restaurantes buscam atender a este público”, explica.

Para escolher a melhor forma de investir na classe C é necessário primeiro descobrir o que eles querem através de pesquisas, depois é apostar nas áreas cer-tas e escolher o local de instalação de seu negócio. “A classe C gosta de prato cheio, de fartura. Os brindes também são uma ótima opção de atração de público. Construir restaurantes próximos a centros empresa-rias pode ser uma boa ideia, pois é o local onde o tra-balhador está, é um centro de fluxo”, lista Meirelles.

Promoções e mais promoções

A Vivenda do Camarão, uma das maiores redes de fast food composta de refeições feitas com frutos do mar, registrou no ano de 2010, através de uma pesqui-sa interna, um aumento de 25% no número de consu-midores de classe C. A rede, que conta, atualmente, com mais de 100 lojas espalhadas por todo o território nacional, notou um crescimento de clientes com o per-fil especialmente em praças de alimentação de shop-pings do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Antenada ao crescimento do poder de compra desta classe, e com o objetivo de popularizar o camarão, in-grediente considerado componente da alta gastronomia, a rede investe em ações de marketing e promoções espe-cíficas para alavancar as vendas. “Nossa premissa é de sempre oferecer pratos com preços acessíveis e alta qua-lidade. Nosso carro chefe da rede, o Strogonoff de Ca-marão por exemplo, que gira em torno de R$17,50. Um preço altamente competitivo. Além disso, realizamos festivais trimestrais, onde oferecemos seis dos nossos

CRISE!

Fernando Perri, da Vivenda do Camarão, abaixou os preços e assim tornou o camarão algo popular

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CAPA CRISE!

49 MiLHÕES DE BRASiLEiROS PASSARAM P/ AS CLASSES A,B E C ENTRE

MARÇO DE 2003 E MAiO DE 2011

HOJE SÃO105,4 Mi DE PESSOAS NA CLASSES C

25% DOS CONSUMiDORES SÃO DA CLASSE C

CARRO CHEFESTROGONOFFDE CAMARÃO

CRiAÇÃO DE FORMAS PARA ATRAiR O PÚBLiCO

GASTOS COM ALiMENTAÇÃO FORA DO LAR EM %

GASTOS COM ALiMENTAÇÃO EM R$

CRESCiMENTO DE47,94%

R$ 23 A CADA

R$ 10046,6%

TOTAL DE GASTOS DA CLASSE C ESTE ANO

R$1,03 TRi

55,05%DA POPULAÇÃO

FAiXA ETÁRiA DOS CLiENTES ENTRE

18 E 40 ANOS MAiORiA PERTENCE

À CLASSE C

AUMENTO DE 30% NAS VENDAS

700 MiLREFEiÇÕES/MÊS

CRESCiMENTO DA CLASSE C

O MERCADO DE FOOD SERViCE E A CLASSE C

PRATO EM TORNO

DE R$17,50

BARATO DO DiA

DE R$6,95 A R$7,95 DEPENDE DA REGiÃO

BARATÍSSiMO

R$4,95

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51foodservicenews / 2011

FATURAMENTO 2010 R$520 Mi

FATURAMENTO 2010 R$33 Mi

FATURAMENTO DO SETOR DE FRANQUiAS EM 2010

R$76 Bi

PREViSÃO P/ 2011 R$50 Mi

FATURAMENTO 2011 R$600 Mi

PREViSÃO

FATURAMENTO 2014R$1 Bi

PREViSÃOREFEiÇÃO A PARTiR DE

R$10,20CRiAÇÃO

CAMPANHAS PARA ATRAiR O PÚBLiCO

CLASSE C COMO PÚBLiCO ALVO

TODOS OS PRODUTOS DiRECiONADOS À CLASSE C

PONTOS DE

VENDA 123META CHEGAR À

180CAMPANHA “A MELHOR

TRUFA DE BRASiL”

1,5 Mi VENDiDAS EM 1 MÊS

iNVESTiMENTO PARA A CLASSE C

R$100 Mi

ATENDE A CLASSE C

DESDE 2000

CRESCiMENTO DE 20% NAS VENDAS

CRESCiMENTO

DE 20,4% EM RELAÇÃO À 2009

CRiAÇÃO DE CARDÁPiOS PARA ATRAiR O PÚBLiCO

CRiAÇÃO DA FRAQUiA NOSSO BAR P/

MiCRO E PEQUENOS EMPREENDEDORES

PRiMEiRA EMPRESA NO MERCADO A iNVESTiR NOS FRANQUEADOS EMPREENDEDORES

DA CLASSE C

iNVESTiMENTO iNiCiAL

R$28 MiL

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CAPA CRISE!

principais pratos com preços entre R$ 12,90 a 17,50”, afirma Rodrigo Perri, sócio-diretor da Vivenda.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Data Po-pular, os gastos da classe C aumentaram quase sete vezes entre 2002 e 2010. Este dado faz com que as empresas de food service invistam mais em promoções e diminui-ção de preços. “Sabemos que esta classe possui um po-der aquisitivo em ascensão e que estão à procura de um produto de qualidade por um preço acessível, o que vem de encontro com a proposta da Vivenda”, comenta Perri.

Até o final deste ano o empresário espera atingir um crescimento de 30 a 35% no faturamento total da empresa. Já para 2012 o objetivo é abrir 25 novas unidades e gerar mais 650 novos empregos, além de iniciar os projetos de implantação de uma nova fábrica de produção de pratos congelados, com capacidade superior a três ou quatro ve-zes ao da fábrica atual. “Atualmente servimos uma média de 700 mil refeições mensais. Desta parcela, cerca de 15% vem da chamada classe C. Geramos em 2011 aproxima-damente 520 novos empregos diretos. Não chegaríamos a estes números sem a contribuição desta classe”, finaliza.

Além do aumento de consumidores da classe C, o sucesso da empresa é calculado também através da soma dos seguintes valores: padrão de qualidade, bom atendimento, pratos saborosos e preço justo.

O Subway sempre se destacou pelos seus sandu-íches saudáveis. Seguindo esta linha de promoções, para levá-lo à toda população, a empresa criou for-mas para atrair o público da classe C e também aque-le que tinha curiosidade em conhecer a marca, mas não tinha condições de pagar o preço do produto.

A primeira grande ideia foi a criação do Barato do Dia, que consiste em oferecer um sanduíche espe-cífico por dia, que varia o longo da semana, por um preço que varia entre R$6,95 e R$ 7,95, dependendo do estado onde está a franquia. Outra grande ideia foi o sanduíche Baratíssimo, onde a rede escolheu o produto mais vendido e o ofertou a RS 4,95. Essa pro-moção alavancou as vendas em 30 % em todo o país.

A vontade de investir na classe veio do resultado de uma pesquisa realizada na própria empresa, onde consta-tou-se que o público é formado de pessoas com idade en-tre 18 e 40 anos, cuja maioria pertence à classe C. “Com a economia aquecida, as pessoas já tem um poder aquisi-tivo maior e estão começando a comer mais fora de casa. Essas promoções também causam inclusão social”, expli-ca Roberta Damasceno, gerente nacional do Subway.

Um cardápio diferente

Outro restaurante que está investindo na classe C é Risotto Mix. Criada para atuar apenas em shoppings, a rede segmentou seu cardápio para atendê-la. Após uma pesquisa para listar as áreas de atuação, a empresa optou por focar seus menus. Em regiões mais popula-res, a marca deu destaque aos produtos mais alinhados ao ticket médio dos clientes e passou a oferecer pratos adaptados, com a troca de carnes como o filé mignon por uma carne menos sofisticada. A ideia da franque-adora é ampliar o público atraindo as classes C e D.

Chamado de Cardápio B, o menu oferece os mesmos pratos do Cardápio A (destinado às classes A e B), porém

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Subway investe em promoções para atrair novos clientes e fidelizar aqueles que já conhecem os sanduíches da rede

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com preços diferentes. “A mudança está na matéria-prima, mas o consumidor não é enganado. Ele é avisado”, explica Adenilson Soares, sócio-fundador da Risotto Mix.

De acordo com o empresário, a classe C está em constante ascensão e merece uma atenção especial. “ O público C é o nosso alvo porque ele passou a comer mais fora de casa. O rendimento dele cresceu, as necessidades cresceram, a segurança dele aumen-tou pela quantidade de ofertas de emprego. Enfim, ele tem mais condições de se arriscar e gastar mais e comer mais fora”, afirma. Além do mais, é possí-vel citar um crescimento de 20% no número de ven-das desde a criação do novo cardápio. Um exemplo dado por ele é a franquia do Shopping Eldorado em São Paulo, onde as vendas aumentaram 30% depois da chegada dos pratos a preços populares. Em um restaurante que utiliza o Cardápio A o ticket médio com refrigerante gira em torno de R$ 26, já com a utilização do B, nas mesmas condições, é de R$ 19.

A escolha de qual cardápio será utilizado em uma nova franquia depende do local onde ela será instalada. Uma equipe de consultores avalia a região, faz uma pesquisa do público e assim define se usaram o A ou o B. “ Na cida-de de Jundiaí não temos concorrência, então optamos por manter o ‘A’. Onde temos concorrência, escolhemos o B para manter um preço competitivo”, explica Soares.

Além da criação deste novo menu, que é encon-trado em várias lojas da rede, a Risotto busca sempre inovar. De olho na classe C, a rede criou a campanha “Risottinho Sensazionale”, vigente em todo o país durante os meses de junho e julho deste ano. Através de novos pratos confeccionados com ingredientes já existentes nas lojas, foram oferecidas seis opções deli-ciosas de risotinhos com preços mais baratos do que o prato tradicional. “ Com esta promoção, o cliente pôde comer um prato da alta gastronomia por apenas R$ 9,90, sem perder a qualidade e o sabor”, conta Soares.

Soares afirma que a receita de sucesso está em um plano bem feito. “ Tem que se trabalhar muito. Mas antes disso precisa-se de um plano bem elabora-do. Buscar a ajuda de um consultor ou se associar a um investidor com experiência de mercado são boas opções. Além do mais, fica muito mais fácil obter verba de instituições financeiras se você tiver um plano de negócios bem, elaborado”, ensina.

Em 2010 a Risotto Mix fechou o ano com um fa-turamento de R$ 33 milhões e para o final de 2011 eles esperam alcançar os R$ 50 milhões. Atualmente existem 70 lojas Risotto Mix espalhadas pelo país e para se montar mais uma o empreendedor precisará desembolsar R$ 300 mil mais o valor do ponto comer-cial. Além disso, para 2012 eles tem um plano de criar um terceiro cardápio, no qual, além do preço baixo, ele contará com pratos com menos quantidade de comida.

CAPA

Saduíche Italiano Subway

Refeição Giraffas

Strogonoff de camarão - Vivenda do Camarão

CRISE!

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CAPA CRISE!

Chocolate popular

Um exemplo de investimento para atender a classe C, foi o desen-volvimento da rede de chocolaterias Brasil Cacau. Através de um investi-mento de R$ 100 milhões, o Grupo CRM, o mesmo que detém a mar-ca Kopenhagen, criou a rede para chegar a este setor da população e hoje já pode ser encontrada em 123 pontos de venda. Todos os produtos da marca são direcionados aos con-sumidores da classe C. “O Grupo CRM possui pleno conhecimento do funcionamento do mercado de chocolate e criou a Brasil Cacau para expandir seus negócios, sepa-rando bem o perfil de seus consumi-dores, respeitando cada um deles”, afirma Renata Moraes Viche, vice--presidente executiva do Grupo.

Para incrementar essa atuação, foi criada em julho deste ano, a campanha “A melhor trufa do Brasil, pode comparar”, onde o objetivo era vender 2,4 milhões de trufas a R$ 0,99 no período de 73 dias. Porém como as vendas no primeiro mês da campanha ex-cederam as expectativas eles au-mentaram a meta para 3 milhões. “Vendemos as trufas pela metade do custo regular. Assim consegui-mos vender 1,5 milhão de unida-des apenas no primeiro mês. Com a ação, consumidores que ainda não conheciam a marca puderam conhecer, degustar, ver na TV e nas revistas. Agora temos certe-za que ampliamos nossa base de clientes”, explica Renata. Até o fi-nal de 2011 a marca tem por meta chegar ao número de 180 lojas.

À frente do seu tempo

Nem todas as empresas de food service começaram a investir na classe C depois de sua ascensão. O rede de restaurantes Giraffas já investe neste público há muito tempo e busca sempre inovar com pratos diferenciados e saborosos. “O Giraffas investe em opções de

Brasil Cacau vende chocolates com preços acessíveis para a classe C

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refeição que atende a classe C desde 2000, quando lançou o Giraffas Brasil, uma linha de produtos de excelente qualidade, vendidos a preços acessíveis, acompanhada de arroz, feijão, farofa, salada, além de uma opção de carne, totalizando cerca de 500g”, conta Cláudio Miccieli, diretor executivo da empresa.

O crescimento da rede é baseado na expansão da base de clientes. Essa política os leva à permanente busca de aumento da eficiência, visando oferecer os melhores produtos aos preços mais reduzidos. “A linha Giraffas Brasil atende a esta estratégia, uma refeição completa, balanceada, com preços à partir de R$ 10,20 e com qualidade. O ponto central não é ser “caro” ou “barato”, é ser justo, honesto”, completa Miccieli.

Atualmente o Giraffas conta com cerca de 360 pontos de venda, distribuídos em 24 estados e no Distrito Federal, além de uma unidade em Miami, nos Estados Unidos, e outra em Cidade do Leste, no Paraguai. O faturamento total do Giraffas em 2010 foi R$ 520 milhões. A previsão para 2011 no Bra-sil é de R$ 600 milhões e a projeção de crescimento para 2014 indica um faturamento da ordem de R$ 1 bilhão. “Estamos sempre investindo em melhores produtos e também na melhoria do conforto e do atendimento. Aliás, através de mudanças no layout (fachada e balcões), os nossos novos restaurantes irão mudar o que se considera como o padrão de conforto do segmento”, finaliza.

Empresa investe em empresa

Não é só nos clientes de food service que as empresas investem. Os franqueados empreendedores que perten-cem a classe C também tem a sua vez no mercado. Um exemplo disso é a Ambev, primeira empresa a desenvol-ver o segmento de franquias de bebidas no Brasil. A com-panhia criou agora o Nosso Bar, uma franquia popular, destinada aos micro e pequenos empreendedores, e que requer um investimento inicial a partir de R$ 28 mil.

O projeto, pioneiro neste segmento, veio para in-centivar os negócios na classe média, familiares e desenvolver o bar popular, respeitando as caracterís-ticas de cada bairro e franqueado. A franquia iniciou as operações em São Paulo e pode ser expandida para outras regiões a partir do ano que vem. O re-torno previsto do investimento é de 12 a 20 meses.

O Nosso Bar é uma opção de franquia popular em regiões urbanas, periferias e centros de grandes cidades. Ao contrário das tradicionais, ele permitirá ao investidor escolher o nome do estabelecimento e desenvolver um cardápio de pratos e petiscos que atendam às necessidades de cada região e do públi-co. Os interessados em investir na franquia vão ter à disposição toda estrutura da Ambev no segmento. A ideia é oferecer ao proprietário e aos clientes a me-

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Márcio Salvato - Ibmec MG www.ibmec.br/mg

Vivenda do Camarãowww.vivendadocamarao.com.br

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Risotto Mixwww.risottomix.com.br

Giraffaswww.giraffas.com.br

Ambevwww.ambev.com.br

Brasil Cacauwww.brasilcacau.com.br

CAPA CRISE!

lhor estrutura com padrão visual, produtos de quali-dade, entretenimento e ambiente familiar.

O investimento da Ambev no segmento de negó-cios populares deve incrementar ainda mais a área de franquias no Brasil. De acordo com dados da Associa-ção Brasileira de Franquias (ABF), o setor registrou um faturamento de R$ 76 bilhões em 2010, um cresci-mento de 20,4% em relação ao ano anterior.

“A Ambev foi a primeira empresa de bebidas a investir no segmento de franquias no Brasil. Desde 2004, desenvolvemos projetos que atendem diferen-tes perfis de empreendedores e havia muito interesse em criar um modelo voltado ao segmento popular, aos micro e pequenos empreendedores e àqueles que de-sejam investir em um negócio familiar. Após diversas pesquisas chegamos ao modelo Nosso Bar, que leva a excelência do nosso sistema de franquias ao público que tem menos capital para investir. A expansão da

O projeto Nosso Bar é uma franquia voltada pra o empresário da classe C que quer abrir seu próprio negócio

classe C, o aumento de renda da população e amplia-ção das linhas de crédito são fatores que devem im-pulsionar ainda mais este negócio”, explica João Pau-lo Badaró, diretor de Novos Negócios da Ambev. •

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PERFIL por Jamile Hallack

um jeito familiar para administrarPara atender uma necessidade particular, empresário

cria e desenvolve equipamentos para grelhar e, com uma administração familiar, ganha destaque no mercado de food service

Eduardo Moura e a filha Cíntia Macedo estão sempre juntos nas feiras de alimentação

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ulga

ção

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Um grelhado rápido, suculen-to, saboroso e de ótima apa-rência. Esse foi o objetivo

que fez o empresário Eduardo César Moura criar a empresa Mult-Grill Express e assim desenvolver equi-pamentos de grelhar com a propos-ta em oferecer praticidade, rapidez, eficiência, durabilidade, economia e tecnologia. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação So-cial Cásper Líbero, Moura investiu tudo o que tinha e criou a empresa, que hoje é referência no mercado e atende grandes redes de food servi-ce como Burger King, Bom Grillê, Giraffas, Habib’s e diversas conces-sionárias de alimentação.

Tudo começou há 12 anos quan-do o primeiro equipamento foi ven-dido. Antes disso, Moura era sócio de dois restaurantes self service em Londrina, no estado do Para-ná. Seus clientes demandavam um bom bife grelhado, porém, com o

passar das horas o bife exposto fi-cava frio e o restaurante não tinha equipamento capaz de produzir grelhados em um curto espaço de tempo. “Depois de coloca-los no buffet, demorava para o cliente ser-vir e a carne não ficava legal. Mes-mo quando eu comprava picanha, o cliente reclamava”, relembra.

Foi baseando-se nessa vontade que Moura passou a buscar por soluções. Foi a várias lojas em São Paulo, mas não encontrou nada que atendesse às suas necessida-des. Começou então a visitar feiras de alimentação. “Foi aí que achei os equipamentos que eu precisava, porém as máquinas eram importa-das e muito caras para meu bolso. Não teve jeito, para obter o tipo de equipamento que precisava, teria que eu mesmo produzir, e foi assim que a Mult-Grill começou”, conta

Simplicidade, humildade e von-tade de crescer são características

marcantes na personalidade do em-presário. Todas formam uma recei-ta do sucesso, adquirido com muito esforço, trabalho e perseverança. Até chegar à criação da primeira máquina que funcionasse perfeita-mente, muito tempo foi gasto na busca de material e na maneira de produzir. Testes foram feitos e apre-sentações para clientes às vezes não deram certo. Experiências que ajudaram a chegar onde a empresa está hoje. “Na época eu não tinha capital para investir. Então come-cei a vender bens pessoais, carro e moto. Com tudo, juntei R$ 40 mil e os investi em material”, explica.

Para produzir o equipamento, Moura pediu ajuda a um amigo dono de uma indústria de resistên-cias. Um forneceu o material e o outro a mão de obra. Com o passar do tempo eles foram aperfeiçoando as técnicas e deixaram o produto impecável, pronto para o uso. Os

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UM JEITO FAMILIAR PARA ADMINISTRARPERFIL

primeiros compradores estavam na cidade onde residem. Eram amigos conquistados durante a produção, ou amigos de convivência de vida. O equipamento era bem simples e atendia a bares, restaurantes e lan-chonetes. Para Moura assim era mais fácil, pois se algo parasse de funcionar ou desse algum outro tipo de problema eles estavam por perto para dar atendimento rápido e não deixar o equipamento parado.

A empresa cresceu e para conse-guir atender a demanda, houve a ne-cessidade de utilizar uma indústria maior. Com isso o empresário optou por terceirizar a produção e assim fechou contrato com a companhia Resilondri, responsável por produzir resistências elétricas há mais de 20 anos no mercado. Assim, eles che-garam às cozinhas industriais e os equipamentos passaram a fazer desde 50 grelhados hora ate 800 grelhados

hora. “Entramos em contato com a empresa, explicamos o que queríamos e ela passou a produzir peças exclusi-vas desenhadas por nós. Além disso, montamos nosso escritório dentro da própria empresa”, afirma Moura.

Com uma gama enorme de pro-dutos, houve a necessidade de mostra-los aos empresários do país. Surgiu o interesse em partici-par das feiras de alimentação, onde o contato com o cliente é pessoal e assim é possível conseguir contra-tos como o da empresa Baked Po-tato que, fez aquisição de 16 equi-pamentos em um único pedido. “A feira é importante pois é um ponto de encontro com o cliente. Uma oportunidade de olhar no olho dele na hora de negociar seu produto. E em São Paulo é bom porquê a gente encontra clientes do mundo todo. Ali na feira eu coloco o equi-pamento funcionando para o clien-

te acompanhar todo o processo de grelhar, tempo que leva e como fica o produto final em relação ao sabor e aparência. O melhor argumento na hora de negociar um equipa-mento é o cliente acompanhar todo o processo”, ensina Moura.

Neste 12 anos de existência os principais motivos do sucesso da empresa são os clientes e os fun-cionários. Devido a isso, Moura sempre lhes deu total atenção. Com os clientes ele busca um con-tato direto, ligando a cada mês para saber se todos estão satisfei-tos com o produto e se têm alguma sugestão ou reclamação para fazer. Já com os funcionários, é uma rela-ção de família e até café da manhã eles costumam tomar juntos.

Atualmente a Mult-Grill conta com 32 funcionários distribuídos entre gerentes, administradores e funcionários de produção. Para

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Mult-Grillwww.multgrill.com.br

2011 espera-se fechar o ano com um faturamento de mais de R$ 2 milhões. Além disso, foi lançado durante a Equipotel (12 a 15 de se-tembro), dois novos equipamentos de grelhar. “Queremos levar ao con-sumidor final agilidade, praticidade e eficiência, através de um produto robusto e resistente para aguentar o dia a dia” , finaliza Moura.

Um cara família

Todo fim de semana Moura dei-xa a empresa para se dedicar à sua família. No final do dia na sexta--feira entram todos no carro rumo ao sítio na beira da represa. Muito churrasco e conversa boa animam os três dias que passam lá. “Não tenho paciência de pescar. Gosto de fazer churrasco, tomar cerveja e apreciar a paisagem. Final de se-mana é para isso”, exclama.

Outra prova de seu valor fami-liar é o fato de Moura ter contra-tado a própria filha, Cíntia Macedo Moura, para trabalhar ao seu lado na Mult-Grill. Após se formar em turismo e hotelaria, Cíntia passou dois anos morando no exterior para aprimorar seus conhecimentos. Ao regressar, ela viu que não teria oportunidades de emprego em sua área e assim surgiu o convite de seu pai. “Aqui onde eu moro o mercado de trabalho para a minha formação é bem restrita. Para conseguir um emprego eu teria que me mudar novamente. Acho que isso ajudou muito quando meu pai decidiu me contratar. Ele é um paizão e quer estar sempre por perto”, conta.

E nada melhor do que a própria filha para descrever o pai e empresá-rio. Ela está sempre com ele, partici-pa de todas as feiras e o acompanha em muitas visitas. Para melhorar seu

desempenho no trabalho, no final do ano ela termina sua pós-graduação em administração e em breve inicia-rá outra em marketing. “Eu estou sempre ao lado dele. Busco partici-par de tudo. Dentro da empresa ele é meu chefe e o fato de eu ser sua filha faz com que ele cobre mais”, explica Cíntia. E quando se trata da convivência a turismóloga mostra que tudo acontece na mais perfeita harmonia, e não apenas com ela, mas com os outros funcionários também. “Meu pai é maravilhoso. Um óti-mo patrão também, tanto para mim quanto para os outros funcionários. Todo mundo adora ele. Ele é sempre alegre, e faz falta na empresa quando viaja. A empresa fica triste quando ele não está”, finaliza. •

O empresário Eduardo Moura expõe seus produtos na FIPAN

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BEM ESTAR por Larissa Souza

Isotônicos em alta! Com a Copa do Mundo e a constante preocupação dos brasileiros com a boa

forma, setores esportivos ganham destaque, atletas se esforçam para manter a saúde e, como consequência, há um aumento na fonte de lucros do food service.

Em ritmo acelerado, a alimentação fora do lar está crescendo com as bebidas esportivas

integrantes do segmento de be-bidas saudáveis, os isotônicos se tornaram populares, prin-

cipalmente no ambiente esporti-vo. Segundo estudo da empresa de pesquisa Euromonitor, o setor de alimentos e bebidas saudáveis deve faturar US$ 21,5 bilhões (R$ 34,6 bilhões) no Brasil até 2014. A boa performance da categoria de isotônicos no país deixa as marcas otimistas. Segundo dados AC Nielsen a bebida está em cons-tante expansão. Em 2010 o consu-mo de isotônico cresceu 15,71% em relação ao ano de 2009.

Com o mercado em alta, a Coca--Cola, fabricante do isotônico Powe-rade, resolveu apostar no país. “O crescimento da economia brasileira e a sofisticação do consumo da nossa população, cada vez mais atenta às novidades, nos levaram a concluir que tínhamos um mercado com excelente potencial para uma bebida esportiva como Powerade, que está presente em mais de 70 países”, revela a assessoria de imprensa da Coca-Cola Brasil.

Em 2008, a empresa lançou o I9, bebida que repunha os nutrientes necessários para qualquer pessoa, independente de ser atleta ou não.

Já o Powerade é específico para praticantes de exercícios físicos. A bebida foi elaborada no laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento da Coca-Cola Brasil no Rio de Janeiro, responsável pela elaboração de be-bidas para toda a América Latina. Segundo a assessoria da empresa, o produto foi desenvolvido seguindo recomendações de especialistas da área de ciência dos esportes. “Re-comendamos às pessoas com preo-cupações quanto à saúde consultar o médico antes de consumir o pro-duto. Por isso, seguindo orientação do Ministério da Saúde, o Powerade

empresários

alto rendimento para atletas e

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“Agora, principalmente, é a hora do Brasil nos esportes, com Copa do

Mundo de Futebol e as Olimpíadas. Acho que estamos no ápice”

Energil dá mais energia por ser o único com vitamina C

Powerade é específicopara praticantes de exercícios físicos

A Marathon passou por mudanças e este é o novo shape

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BEM ESTAR

“Quando utilizados adequadamente em função da prática de atividade física, com nível de treinamento correspondente a sua necessidade, seu consumo pode ajudar na hidratação e

desempenho. Se consumidos de forma indiscriminada podem representar um prejuízo financeiro, trazer efeitos colaterais

ou indesejáveis ou ainda não trazer benefício nenhum”

ALTO RENDIMENTO PARA ATLETAS E EMPRESÁRIOSBEM ESTAR

traz em seu rótulo as seguintes re-comendações: ´Recomenda-se que os portadores de enfermidades con-sultem um médico ou nutricionista antes de consumir este produto` e ´Diabéticos: contém sacarose`”.

O Powerade foi escolhido pela FIFA como a bebida oficial dos joga-dores da Copa do Mundo de 2010, o que ajudou muito na divulgação do isotônico. Há pouco mais de um ano no mercado brasileiro, os resul-tados são positivos. “A performance da bebida no país já está entre as dez melhores no Sistema Coca-Cola no mundo”, afirma a assessoria.

Em 2010, a Coca-Cola Brasil fatu-rou R$ 17,7 bilhões com participa-ção significativa de cada segmento, incluindo os isotônicos. Como pro-jetos futuros a marca pretende ex-pandir, cada vez mais, sua presença em todo o território brasileiro. Com investimentos constantes em pes-quisas que apontam tendências de consumo e receptividade de nossos produtos, inclusive com consumido-res, o Powerade está disponível nos sabores Mountain Blast [mix de fru-tas], uva, laranja, limão e tangerina.

Velhos conhecidos

Uma marca de isotônico com forte presença no universo dos es-portistas brasileiros é a Marathon, distribuída pela GlobalBev. Segun-do Amilcar Lopes, gestor do produ-to, a marca foi relançada em agos-to. “Nós fizemos um relançamento do Marathon, alterando fórmulas, rótulos e embalagens. Além disto, nós vamos lançar outros produtos como: água mineral Marathon com eletrólitos especiais, vitaminas e barras de cereais”, conta.

Crescimento de

15,71% do consumo de isotônicos

no ano de 2010

Faturamento do setor de alimentos

e bebidas saudáveis até 2014

US$ 21,5 Bi

Segundo Lopes, o produto possui basicamente a mesma formulação das outras marcas que estão dispo-níveis no mercado. Porém, o novo lançamento do produto, com ingre-dientes funcionais, pretende atingir um público mais específico: aqueles que buscam uma maior performan-ce durante a atividade física.

De acordo com o gestor, esse é o momento de investir nos isotônicos, uma vez que grandes campeonatos

esportivos serão realizados no país. “Agora, principalmente, é a hora do Brasil nos esportes, com Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. Acho que estamos no ápice”, expõe.

Assim como o Powerade, o Mara-thon também passou por avaliação de especialistas. Segundo Lopes, foram feitas diversas rodadas com profissionais de nutrição, médicos, atletas e pessoas do cotidiano antes da sua criação. Devido ao fato da

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empresa ser 100% nacional, todos seus produtos são desenvolvidos visando o perfil dos brasileiros. O novo Marathon virá nos sabores: tangerina, limão, maracujá e uva.

Outra marca de sucesso e uma das mais conhecidas pelo consu-midor brasileiro, é a Gatorade, que chegou ao país em 1988, distribuída pela Quaker. Em 2002 a marca foi adquirida pela PepsiCo, passando a ser produzida, comercializada e distribuída pela AmBev. O produto está disponível no mercado com nove sabores: tangerina, frutas cítricas, morango-maracujá, uva, laranja, limão, maracujá, citrix lima-limão e citrix abacaxi.

Energia sempre

O mercado de isotônicos está sempre crescendo. Outra opção para

os atletas é o Energil, uma bebida isotônica produzida pela Ultrapan, empresa que comprou a marca da EMS e o modernizou, com o novo shape de garrafa e dois novos sabo-res: Uva Verde e Morango com Kiwi.

Além destes dois, O Energil está disponível nos sabores abacaxi, laran-ja, limão, uva, maracujá e tangerina.

Hoje, a Ultrapan é detentora do shape da embalagem, das formula-ções, dos registros junto à ANVISA, e apenas paga royalties sobre à mar-ca para a E.M.S. Respeitando seu DNA desde sua criação, quando ain-da se chamava Energil C, o produto é o único isotônico do mercado com vitamina C, um grande antioxidante.

O Energil já obteve segunda co-locação em pesquisas de Top of Mind, e em 2010 representou 15% do faturamento da Ultrapan, uma empresa sólida que produz e distri-

bui vários outros produtos como a bebida mista Tampico, os energéti-cos Power Bull e HP, os chás My Tea e as bebidas de guaraná K2.

Opinião da especialista

O sucesso dos isotônicos chama a atenção dos especialistas. Segun-do Suzana Bonumá, nutricionista da Consultoria Nutricional Food Coach e especialista em fisiologia do exercício, o motivo do grande consumo da bebida se deve ao fato delas possuírem melhor capacida-de de repor líquidos, ganhando da água de coco e da própria água. “Os isotônicas possuem uma com-binação de nutrientes favoráveis ao desempenho e recuperação do organismo de indivíduos que pra-ticam atividade física com duração superior a uma hora”, explica.

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Marathonwww.globalbev.com.br

Poweradewww.powerade.com.br

Gatoradewww.gatorade.com.br

Energilwww.ultrapan.com.br

Consultoria Nutricional Food Coachengrenagemeditorial.com.br/foodcoach

A nutricionista Suzana Bonumá explica o motivo do sucesso dos isotônicos e indica a forma mais saudável para o seu consumo

BEM ESTAR ALTO RENDIMENTO PARA ATLETAS E EMPRESÁRIOS

A bebida não possui contrain-dicação, porém devido a sua com-posição, pessoas portadoras de problemas renais, cardíacos e dia-betes devem ter cautela ao utilizar o produto, buscando orientação profissional. “Quando utilizados adequadamente em função da prá-tica de atividade física, com nível de treinamento correspondente a sua necessidade, seu consumo pode aju-dar na hidratação e desempenho. Se consumidos de forma indiscrimina-

da podem representar um prejuízo financeiro, trazer efeitos colaterais ou indesejáveis ou ainda não trazer benefício nenhum”, conta Suzana.

Apesar do consumo do isotôni-co ser mais eficiente que a água para repor líquidos, essa bebida não a substitui. Para se ter uma hidratação adequada durante a atividade física, é preciso consu-mir a água pura antes, durante e após o exercício físico. “Se a ati-vidade for intensa e tiver duração

mais longa que uma hora pode-se intercalar o consumo de água com isotônicos. Após a atividade físi-ca, a reposição do suor perdido demora entre duas e quatro horas para se equilibrar, portanto é im-portante manter um intervalo re-gular de hidratação durante todo o dia”, diz a nutricionista.

Suzana alerta que assim como qualquer alimento que é fonte de carboidrato, os isotônicos, se con-sumidos em quantidades maiores do que a necessidade e gasto ener-gético, podem levar a aumento de peso. Ela também explica que o au-mento de pressão sanguínea pode se dar, caso sejam consumidas quantidades muito grandes, pois a bebida contêm sódio que é um ele-mento regulador da pressão.

Para a nutricionista é importante que, na hora da compra do isotô-nico, o consumidor observe a pre-sença de combinações de diferen-tes carboidratos na formulação de cada produto disponível no merca-do. “A revista Metabolism publicou um estudo que mostra que a mis-tura de glicose e sacarose aumen-ta em 21% a utilização de energia durante o treino. Outro estudo da revista Medicine and Science in Sports and Exercise concluiu que a combinação de maltodextrina e frutose melhora em 40% a utiliza-ção de energia em relação à utiliza-ção apenas de maltodextrina. Por isso é interessante atentar para a presença dessas combinações nos ingredientes”, conclui. •

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GESTÃO I

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por Maria Luiza Gondim

do forno de minas para todo o brasil

Com uma história peculiar, uma gestão aprendida na prática, uma receita “vinda de casa” e a volta da família Mendonça à direção, a Forno de Minas se consolidou como uma referência no mercado

nacional e busca a visibilidade internacional

Quando começou a empresa, juntamente com sua família, em uma pequena instalação de Belo Horizonte, Hélida Mendoça jamais po-

deria imaginar que estaria fundando uma das maio-res empresas de food service do Brasil. O pão de queijo de Dona Dalva, mãe de Hélida, saiu de sua casa e ganhou adeptos em todo o país. Com diversos produtos que vão do inovador pão de queijo assado congelado a folhados de chocolate, a empresa se des-taca por sua qualidade e excelência.

Agora, após 20 anos e muitos desafios, conquistas e recomeços, a empresária se diz feliz por estar de volta à gestão da companhia.

Food Service News: Como surgiu a ideia de criar a Forno de Minas?

Hélida Mendonça: O pão de queijo da minha mãe sem-pre fez sucesso entre amigos e durante as festinhas de escola. Assim, meu irmão Hélder teve a ideia de trans-formar isso em negócio e criar uma empresa de pão de queijo. Alugamos uma sala em um ponto de Belo Horizonte e começamos a produção com uma equipe formada por minha mãe, eu, o Hélder e mais três fun-cionárias. A fábrica tinha apenas 40m² e contava com uma masseira, um freezer, uma máquina de embalar e um furgão Fiorino para o transporte.

Hélida Mendonça se dedica à empresa e mostra que uma boa administração gera bons lucros

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71foodservicenews / 2011

FSN: Qual foi o investimento inicial?

HM: Não lembro qual era a moeda na época, mas não foi nada muito grande. Atualmente, deve ser um valor aproximado a R$ 100 mil. Foi o dinheiro ne-cessário para comprar o Fiorino e as três máquinas.

FSN: Como a empresa cresceu e se tornou referência de mercado?

HM: Começamos do zero, porém fizemos tudo pensando no crescimento da empresa. Assim que começamos, o Hél-der entrou em contato com compradores de congelados e nosso primeiro cliente foi um supermercado grande e reconhecido da capital mineira. Em um ano, transferimos a fábrica para Contagem [região metropolitana de BH], com um espaço de 350 m². Compramos mais máquinas e contratamos mais funcionários, ou seja, em pouco tempo, triplicamos ou quintuplicamos o tamanho da empresa.

FSN: Como foi lidar com esse crescimento? Vocês já tinham experiência na área?

HM: Foi na prática, fazendo e aprendendo o tempo todo. Não tínhamos formação acadêmica em áreas de gestão ou administração. Eu sou formada em psicologia, minha mãe é técnica em contabilidade e meu irmão era sócio de uma empresa de carros. Por isso procuramos nos profis-sionalizar através de cursos e feiras e também contrata-mos o Vicente Milote para administrar a área comercial como deveria. Então em 92, o Hélder chamou o Vicente para ser um diretor. E não crescemos só nisso. Para aten-der a demanda compramos um novo terreno, onde hoje é a fábrica, totalmente voltada para atender a indústria.

FSN: De que forma o crescimento impactou a produção?

HM: Desde a primeira gestão sempre tivemos muitas demandas. Tanto que era raro conseguir fazer esto-que de alguma coisa. Em 95, compramos uma em-presa de laticínios, pois não conseguíamos um for-necedor de queijos de qualidade. Assim começamos a produzir o nosso próprio queijo. Na realidade, a companhia de laticínios fornecia uma parte do quei-jo, pois o resto a gente importava da Nova Zelândia, Argentina, Uruguai, entre outros. Então, felizmente, foram nove anos e meio de muito trabalho, aprendi-zado, desafios e muitas conquistas, graças aos clien-tes, a equipe e todos envolvidos na empresa.

FSN: Em 2001 vocês venderam a empresa. Por que?

HM: Negócios são negócios. A empresa é um negó-cio, não é algo que te pertence. Tanto que minha mãe brincava que não vendemos a fábrica, nós fomos com-prados pela General Mills (GM), porque a proposta foi irrecusável. Não tinha como não vendermos. Se nos perguntasse se queríamos vender, responderíamos que não. A venda aconteceu, por ser um excelente negócio.

FSN: E a General Mills alterou muito a com-panhia?

HM: Sim. Enquanto a direção da Forno esteve com a multinacional, ela passou por diversas mudanças. Alteraram receitas, produtos, a forma de administrar,

“Negócios são negócios. A empresa é um negócio, não é algo que te pertence”

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GESTÃO I DO FORNO DE MINAS PARA TODO O BRASIL

conceitos e valores. Estes aspectos eram totmente diferentes do que eram na nossa primeira gestão.

FSN: Durante o tempo que a Forno esteve com a GM, vocês investiram em outros negócios?

HM: Sim. Fundamos a empresa MK, uma holding, que investe em outro tipo de segmento como negócios imo-biliários, shopping centers, entre outros. Além disso, não vendemos a empresa de laticínios, vendemos só a Forno de Minas. Um fato curioso é que continuamos a forne-cer queijo e leite para a fabricação do pão de queijo. As-sim, nosso laço nunca foi totalmente “extinto”. Por isso, quando a GM resolveu encerrar suas atividades no país, nos ligaram dos Estados Unidos oferecendo a empresa de volta. O Hélder foi até Contagem, viu como estava a em-presa e em maio de 2009 nós voltamos à gestão da Forno de Minas. Foi como a venda, não tinha como recusar.

FSN: Como foi a negociação da recompra?

HM: A tramitação foi muito rápida. O negócio foi fe-chado em 15 dias. Pagamos um valor inferior ao que haviamos recebido quando vendemos. E foi uma volta carregada de emoção, pois não estávamos comprando uma empresa X. Era a companhia que fundamos, que criamos uma marca. Literalmente recomeçamos do zero.

FSN: Por que recomeçar do zero?

HM: Quando a empresa americana decidiu encerrar as atividades no Brasil, eles fecharam todas as fá-bricas e demitiram muitos funcionários. Além dis-so, terminaram os contratos com os fornecedores e clientes. Embora tenhamos todo o know how sobre como fazer e administrar, tivemos de começar do zero. Então, logicamente, a volta está sendo difícil, pois temos que nos re-estruturar. Começamos a criar parcerias com clientes e fornecedores.

FSN: Qual o motivo que os levou a se tornar uma empresa S/A?

HM: No ano passado, mais especificamente em agosto, um fundo de investimento chamado Mercatto entrou na empresa na forma de um investidor e se tornou um gran-de parceiro. A partir desta parceria, começamos a ser uma S/A. O que é muito bom, pois quando você tem um fundo é uma forma diferente de gerir a empresa, é um novo desafio. É um incentivo muito grande para o aprendizado.

FSN: Qual é o diferencial da Forno de Minas?

HM: Eu acho que uma das maiores características da empresa é o trabalho em equipe. Não há distinção en-tre o fornecedor de leite ou qualquer matéria-prima, os colaboradores, funcionários da área administrativa ou do comercial. Temos essa forma de valorizar a todos, independente do cargo, porque queremos que todos que trabalham com a gente, cresçam juntos com a empresa.

FSN: E como foi o convite para participar da comitiva da presidente Dilma, na visita à China?

HM: O convite para ir à China, foi de última hora e foi uma correria para arrumar material, conseguir liberação para levar os produtos que iríamos servir e entrar em contato com os outros representantes das empresas que iam também. E todos nós da Forno de Minas se sentiram gratificados, pois teve grande re-percussão. O nosso pão de queijo está na China!

FSN: Vocês exportam para muitos países?

HM: A General Mills vendia para muitos países. Eles ti-nham um mercado externo grande, porém o nosso foco está no mercado nacional. Em primeiro lugar, acho que a gente tem que começar em “casa”. Mas, atualmente, exportamos para os EUA e uma pequena quantidade para Portugal.

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Forno de Minaswww.fornodeminas.com.br

73foodservicenews / 2011

FSN: Como conquistar o mercado inter-nacional com um produto tão brasileiro?

HM: Trabalhamos com a ideia de mercado étnico, ou seja, pessoas que saíram do Brasil ou de outros países da América Latina. Então os nossos consumidores são latinos que estão nos Estados Unidos.

FSN: Há planos de expansão?

HM: Temos um planejamento de expansão sim. E nossos planos para os próximos cinco anos estão sendo desenvol-vidos com a Mercatto. Algumas pessoas tem preconceito com empresas familiares, porém elas sabem exatamente onde estão e onde querem chegar. Isso para a gente está muito claro. Temos um planejamento ousado com metas e com resultados.

FSN: E para o futuro, o que podemos es-perar da Forno de Minas?

HM: Nosso objetivo é ter um mix de produto de excelen-te qualidade e que atenda o consumidor da melhor forma possível. Que ele fique feliz com essa parceria. Que ele tenha na Forno de Minas, não uma indústria qualquer de congelados, e sim um grande parceira. A gente está sem-pre trabalhando junto com cada um deles. Como diz mi-nha mãe, o pão de queijo que eu faço aqui é o mesmo que eu faço na minha casa. Para o consumidor entender que não é um produto congelado industrializado. É um pro-duto congelado industrializado com um toque a mais. •

Food Service

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GESTÃO II por Larissa Souza

a mão dupla do food service

Nos EUA, norte-americanos se rendem ao sabor e empreendedorismo brasileiro. Enquanto isso, suas redes de restaurantes fazem sucesso e geram lucros no Brasil

O Brasil vem chamando a atenção de investido-res do food service internacional, além de ex-portar sabores e expertise para este mercado

exigente. A estabilidade econômica e o crescimento das classes B e C contribuem para que o cenário nacio-nal seja extremamente atrativo para as diversas redes internacionais de restaurantes. Em 1997 o norte-ame-ricano Outback Steakhouse desembarcou no Brasil sete anos depois foi a vez do também norte-americana Applebee´s se render ao país. O crescimento das re-des está em ritmo acelerado e as lojas brasileiras do Outback, por exemplo, possuem um faturamento 25% maior do que as lojas dos Estados Unidos.

Segundo Salim Maroun, CEO do Outback Brasil, o país é um dos dois melhores mercados da companhia fora dos Estados Unidos. “Eu diria com segurança que nós tivemos um crescimento linear de 15% ao ano, a partir do final do sexto e início do sétimo ano [a empresa está há 14 anos no país]. O Brasil é uma grande escola, ele não é só o país do momento, mas é o país que tem ingrediente para que, no futuro, seja o

melhor. Foi por isso que eu escolhi o Brasil, devido a toda a minha crença no país”, conta o CEO.

Maroun é libanês, porém sua alma é brasileira. Sua admiração pelo país, pelos costumes e pela popula-ção, fez com que o empresário apostasse no merca-do nacional. Ele trouxe para o Brasil a rede Outback Steakhouse, pois identificou que era possível unir a tendência de comer carne dos brasileiros com a dispo-nibilidade da matéria-prima, afinal o país detém um dos maiores rebanhos de gado do mundo.

Todos os pratos, com exceção da picanha, são servi-dos de forma exatamente igual em todos os Outbacks do mundo. Para Maroun a picanha é um patrimônio brasileiro, dessa forma foi criado um prato dedicado ao Brasil, com um corte especial de 330g da carne. A es-pecialidade é preparada na grelha e temperada com sal grosso, diferente dos outros steaks do restaurante.

Ao contrário dos EUA, onde poucas lojas abrem para almoço e a maioria já estão fechadas depois das dez ho-ras da noite, o Brasil recebe um grande número de clien-tes. Estes estão divididos em quatro categorias: grupos

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Salim Maroun, CEO do Outback Brasil, afirma que as lojas brasileiras da rede possuem um faturamento 25% maior do que as lojas dos Estados Unidos

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Até 2013 a rede Applebee´spretende inaugurar mais dez restaurantes no Brasil

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GESTÃO II A MÃO DUPLA DO FOOD SERVICE

que procuram a loja para confraternizar durante um happy hour, pessoas que querem ter uma experiência culinária durante um jantar, as famílias que procuram o restaurante durante os fins de semana e feriados e, por último, aqueles que querem celebrar com os amigos al-guma data especial, como por exemplo, um aniversário.

Para Maroun, o conceito “casual dinning”, é bas-tante apropriado para a informalidade dos brasileiros. “Casual é algo muito relaxado, descontraído. Eu não conheço povo mais descontraído, jovial e amável do que o brasileiro. O melhor lugar para operar um casu-al dinning é o Brasil”, aponta.

Applebee´s

Outra rede que possui o conceito casual dinning e apostou no mercado brasileiro, é a norte-americana Applebee’s. Para Francisco Sales, gerente de operações da rede, a economia brasileira está em um ótimo momen-to para investimentos. “Hoje já estamos com 12 restau-rantes, nove em São Paulo, um em Porto Alegre, outro no Rio de Janeiro e mais um em Belo Horizonte. Nossa expectativa é expandir ainda mais”, fala.

As porções generosas e o atendimento descontraído agradaram aos brasileiros. Porém, algumas adaptações são necessárias para gerar identificação. Pensando nis-so, a rede Applebee’s incluiu no seu menu as caipiri-nhas inusitadas. “O cardápio dos restaurantes são pa-

Applebee’swww.applebees.com.br

Outback Steakhousewww.outback.com.br

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dronizados, mas, dependendo de cada região, pode-se incluir algo a mais. No Brasil, temos a sorte de contar-mos com um leque de frutas extenso, o que nos permite ter drinks e caipirinhas inusitadas. Isto acaba nos be-neficiando, sem dúvida. Além disso, exclusividades re-gionais atraem novos clientes. A rede internacional vê esta atitude com bons olhos e incentiva”, explica Sales.

Já os pratos seguem o padrão americano, porém cada país tem a liberdade de criação, desde que sejam submetidos à aprovação internacional. Desse modo, o restaurante pode oferecer uma opção mais regional e peculiar para seus clientes. “Aqui no Brasil, por exemplo, criamos um prato que já está no cardápio internacional. Trata-se de um filé de merluza com camarões. O prato é sucesso mundial”, conta.

Há três anos consecutivos o Brasil e a América do Sul são líderes de crescimento da rede. No Brasil, este ritmo cresce a um ritmo de 14% ano em relação aos outros países. “Até 2013 pretendemos inaugu-rar mais dez restaurantes no país. Com a Copa e as Olimpíadas, a expectativa é de que este crescimento seja potencializado”, conclui o gerente.•

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Page 78: Revista Food Service News ed. 55

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uma porção de fritas, por favor!

Batatas fritas deliciosas agradam o paladar dos consumidores, os bolsos dos empreendedores e movimentam o mercado de um dos alimentos

mais consumidos do mundo

78 foodservicenews / 2011

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Não há confirmações sobre sua origem. Especulações levam muitos a atribuírem

a receita à Bélgica. Outros ainda apostam na França ou Espanha. Crocante, suculenta e de sabor ini-gualável, a batata frita ultrapassou os limites geográficos e se tornou uma verdadeira paixão mundial.

Durante o almoço ou no jantar, as fritas costumam ser preferência. A receita que, anteriormente, leva-va algumas horas para ficar pron-ta, agora pode ser feita em alguns minutos. As batatas pré-fritas che-garam ao mercado e revelaram-se uma forte tendência.

Fundada em 1914, no Canadá, a McCain é tradição na comercializa-ção de batatas in natura e batatas--semente. A experiência acabou por impulsionar a empresa a se expandir e inaugurar, em 1957, a sua primeira fábrica de batatas fritas congeladas, sendo também a primeira a introdu-zir o produto no mercado brasileiro.

Hoje, com 59 fábricas de alimen-tos congelados por todos os conti-nentes, seu faturamento mundial chega aos US$ 6 bilhões e as batatas fritas congeladas são sua marca re-gistrada. Para Fabiana Cruz da Silva, gerente de produto, além de atender às necessidades que o consumidor dos dias atuais possui, também pro-porciona benefícios que a correria da rotina impede. “As batatas pré-fritas congeladas são práticas e atendem a necessidade destes consumidores, que estão buscando ter mais tempo para o prazer e uma maior qualida-de de vida. É um alimento saboroso que acompanha o lanche, o prato, ou como porção, sempre associada a momentos de prazer”, diz.

Fornecedora do produto para supermercados, restaurantes, ba-res, lanchonetes, hotéis, padarias e fast food, a responsabilidade e o cuidado com sua produção é fun-damental. Para garantir seu suces-so, a empresa conta com constante controle, para que as batatas fri-tas mantenham um alto padrão de qualidade. “Consideramos a uni-formidade do tamanho, cor, peso,

porcentagem de óleo, temperatura, textura e temperatura do produto. Desta forma, garantimos batatas fritas crocantes por fora, macias por dentro e sequinhas”, acres-centa. Fabiana revela, ainda, que as batatas McCain passam por um processo de pré-fritura, o que evita que as batatas fiquem encharcadas no momento de fritá-las.

O seu produto também é uti-lizado por grandes redes de res-taurantes, como é o caso do Mc Donald´s. Além do seu cardápio variado de sanduíches, as refeições de um dos maiores fast food do mundo são marcadas pelas delicio-sas fritas. A preparação das McFri-tas consiste nos cuidados que vão desde a temperatura da gordura, até o modo como os seus colabora-dores seguram o saleiro, tudo para dar ainda mais sabor ao prato.

A fim de excluir a gordura trans, a McCain fornece as batatas produzi-das em óleo alto oléico de girassol e o McDonald´s mantém este diferen-cial utilizando óleo de origem vege-tal. Burger King, Giraffas, Habib´s, Outback, Applebee’s, entre outros, também são clientes abastecidos pe-las batatas fritas da empresa. Atual-mente, a participação do produto nas vendas da empresa consiste em 90%,

Focada no segmento, a Bem Brasil - que conta com uma produção que vem diretamente de fazendas com mais de 60 anos de tradição - tam-bém registra um índice representati-vo de vendas do produto no fatura-mento médio da empresa, atingindo os 95%. Segundo Juliana Pagotto Monteiro, coordenadora de marke-ting da empresa, tal índice deve-se ao seu público, que apresenta um perfil dinâmico e moderno. “É um consumidor economicamente ativo. Com as mulheres trabalhando fora de casa, o mercado de food service está mais agitado e acaba por fazer crescer o consumo de batata-frita também”, explica Juliana.

Para trazer um produto de qua-lidade e crescer no segmento, Ju-liana explica como é o processo de produção da batata pré-frita Bem

Brasil: “Tudo começa na estufa. As plântulas originam as futuras ba-tatas sementes, que são cultivadas em campos de produção com loca-lização geográfica e altitude acima de 1000 metros. Isto possibilita a oferta de matéria prima fresca, li-nearmente, o ano todo”, detalha.

Após esta etapa, chega o momen-to da industrialização, o qual inclui outros processos. “Fazem parte o recebimento, classificação manual, descascador a vapor, descascador por escovas, hidro cortador, classifi-cador vibratório, seletor ótico, bran-queadores, secador, fritador, esteira vibratória, túnel de congelamento, e na última etapa, o produto final é coletado em uma esteira bidirecio-nal para pesagem e empacotamento, seguindo para a armazenagem em câmara fria”, conta a coordenadora.

Embora os procedimentos para sua industrialização sejam muitos, as batatas pré-fritas da Bem Brasil não passam por nenhuma etapa de armazenamento, sendo processa-das em menos de 48 horas da co-lheita. “Este prática faz com que as batatas in natura sejam processa-das com agilidade sem precisar fi-car estocadas, mantendo o sabor de batatas frescas”, confirma Juliana.

A “montanha” de batata frita

Se a procura é por um ambiente agradável e a vontade é de batata frita, não há razão em hesitar. O Soho Orbi Pub&Games é a opção mineira mais tentadora aos amantes da receita.

O pub foi inaugurado em 1992, em um pequeno espaço, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. No início, assemelhava-se aos pubs norte-americanos mas, com o passar do tempo, ganhou mais ambientes e, atualmente, tem ca-pacidade para 200 pessoas.

Falou em batata frita, os minei-ros já sabem onde provar. Segundo o proprietário do estabelecimen-to, Fábio Pinto Ferreira, a receita tornou-se marca do restaurante devido à preferência do próprio

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80 foodservicenews / 2011

PRODUTO UMA PORçÃO DE FRITAS, POR FAVOR!

público. “Quem escolheu foram os clientes que, desde o início, fi-caram impressionados com o ta-manho da porção de fritas servida. Um foi comentando com o outro e as fritas se tornaram uma das atra-ções do bar desde 1992”, conta.

Tamanha a quantidade servida na porção de fritas que acabou por ser conhecida como “montanha”. Ferreira lembra que a denomina-ção surgiu enquanto a cozinheira preparava a porção. “Ela costuma-va me perguntar se a quantidade de fritas já era suficiente e eu sem-pre pedia que acrescentasse mais”. Foi assim que o restaurante pas-sou a servir 1.5kg de batatas e a verdadeira “montanha” de fritas é a preferência dos clientes.

A porção tipo palito costuma ser uma das mais pedidas, conta Fer-reira. Contudo, o proprietário faz ressalva para outras opções que o restaurante traz. “Também temos o rodízio, que surgiu para propor-cionar aos clientes a experiência de degustarem as batatas fritas (palito e chips) com seus molhos diversos. Assim, quando retornam ao Soho Orbi, podem pedir uma porção apenas da que mais gostam ou participam do rodízio e apre-ciam todas suas variações”, diz.

Além disso, o local conta com um diferencial. Enquanto se saboreia as incríveis batatas fritas, o cliente pode ainda se divertir com os mais de 80 jogos de tabuleiros. “A por-ção casa bem com os jogos de tabu-leiro, faz o cliente se sentir em casa e reúne os amigos, sendo um prato de integração”, completa Ferreira. São vários os tipos de temperos que acompanham as fritas, além de um cardápio variado com chopp, co-queteis, doces, pratos individuais, carnes grelhadas e tira-gostos.

São duas toneladas de batata por mês que o Soho Orbi Pub&Games compra e recebe mais de três mil clientes, durante o mesmo período. Para fazer parte destes apreciado-res, a porção inteira custa R$ 29, enquanto a meia porção sai por R$ 18. Por fim o rodízio custa R$ 23.

A Associação Brasileira da Batata

Saudável, versátil, universal e acessível são as características que o Natalino Shimoyama, gerente geral da Associação Brasileira de Batata (ABBA), e Carlos Chiarelli, gerente geral da Bem Brasil, atri-buem ao alimento. Movida por sua importância à alimentação mundial e com o objetivo de defender e mo-dernizar a Cadeia Brasileira da Ba-tata, a ABBA foi fundada em 1997 e teve início com um pequeno grupo de seis produtores. Com ajuda de re-cursos próprios e disposição, a asso-ciação, hoje, conta com mais de 120 produtores, 40 empresas parceiras e 50 colaboradores – entre estes, estão pesquisadores e profissionais autô-nomos envolvidos no segmento.

Atualmente, a batata é o terceiro alimento mais consumido no mun-do e sua produção, só no Brasil, é estimada entre 2,5 a 3 milhões de toneladas. Shimoyama conta que o papel dos associados nestes núme-ros é bastante significativo “Só os associados da ABBA são respon-sáveis por mais de 50% desta pro-dução, além de se destacarem no abastecimento de batata destinado a produção de chips e batata pré--frita congelada”, informa.

Os associados da ABBA estão es-palhados por todos os estados brasi-leiros e a associação está aberta para mais membros. “Todos os produto-

Associação Brasileira da Batatawww.abbabatatabrasileira.com.br

Bem Brasilwww.bembrasil.ind.br

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Soho Orbi Pub&Gameswww.sohopub.com.br

res de batata do Brasil podem parti-cipar, pois as portas da ABBA estão abertas”, convida o gerente geral.

Dicas nutricionais

Embora muito consumida, pou-cos sabem da importância nutricio-nal da batata para a alimentação. Tubérculo cultivado pelos habitan-tes da América do Sul desde as mais antigas eras, a batata é rica em car-boidrato e apresenta quantidades ferro e zinco, além das vitaminas B e C. Além disso, o alimento é capaz de ajudar em casos de hipertensão ar-terial e fornece mais energia e vigor para executar as atividades diárias.

A nutricionista, Daiana Mafort, explica que, apesar de seus bene-fícios e seu sabor irresistível, deve se atentar para o que acompanha a batata. “Devemos evitar acompa-nhamentos, por exemplo, queijos, maioneses, molhos, manteigas, pois isso faz com o que a batata de mocinha vire vilã”, esclarece.

Para não deixar de saborear o alimento e não abusar de suas pro-priedades calóricas, Daiana suge-re um preparo mais adequado: “É aconselhável que a batata seja co-zida ao vapor e regada com azeite frio com ervas naturais”, diz. •

“A porção casa bem com os jogos de tabuleiro, faz o cliente se sentir em casa e reúne os amigos, sendo um prato de integração”

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Associação Brasileira da Batatawww.abbabatatabrasileira.com.br

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Alguns minutinhos lendo esse anúncio vão fazer bem para você, para os seus clientes e para a Floresta Amazônica.

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TUDO A VERTUDO A VER por Erik Bernardes

responsabilidade pesada, veículo leve

Diversidade de tamanhos e capacidades de carga permite aos caminhões distribuir alimentos

mesmo em cidades com trânsito complicado

A rede de transportes brasileira tem como principal modal o rodoviário. Empresas de alimentação car-regam a responsabilidade de abastecer a população

brasileira. Para que estes produtos saiam de suas fábricas, o empresário conta com caminhões para cortar o país. Para se ter uma ideia, o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), ligado ao Ministério dos Transportes, calcula que a malha rodoviária federal brasi-leira tenha atingido em 2010 os 61.967,1 km de extensão. Soma-se a isso a importância de atingir os clientes em cada estabelecimento, em todas as cidades brasileiras, mesmo enfrentando restrições de locomoção nos grandes centros urbanos. Devido a isso, é possível obter como resultado a relevância dos furgões, picapes e caminhões leves no pro-cesso de distribuição de alimentos do país.

Com essa importância, o mais natural é que o mercado de caminhões no Brasil tenha apresentado crescimento nos últimos anos, principalmente levando-se em consideração o aumento do consumo da população devido à elevação da renda média do brasileiro. A Mercedez-Benz, por exemplo, comemorou o número histórico de 83 mil unidades do veículo Sprinter vendidas desde seu lançamento.

Outra montadora, a Iveco, também vive o bom momento do mercado. De acordo com Alcides Caval-canti, diretor comercial da empresa no Brasil, foram vendidos 9.158 veículos acima de 2,8 toneladas de

peso bruto total nos primeiros seis meses de 2011, contra 6.014 comercializados no mesmo período do ano passado, registrando um crescimento de 52%. Para o executivo, es-tes resultados positivos demonstram a acertada estratégia comercial da empresa de alinhar inovações constantes no mercado nacional, ampliando o leque de opções ao cliente e tornando a marca full liner, ou seja, oferecendo produtos em todos os principais segmentos do mercado brasileiro, e também serviços de pós-venda de qualidade. “Nossos produtos atendem inteiramente às necessidades peculia-res dos transportadores brasileiros e nossas concessioná-rias, estrategicamente distribuídas por todo o Brasil, asse-guram atendimento e serviços especializados a qualquer hora e em qualquer lugar”, destaca Cavalcanti.

Modelo Effa N601

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O grupo Effa Motors é outro co-merciante de caminhões e picapes que tem muito a comemorar no mercado brasileiro. O grupo cresceu 100% em 2009, em comparação ao ano anterior. O ano de 2010, quando comparado ao desempenho de 2009, apresentou impressionantes 745% de aumento nas vendas. “Este crescimento signi-ficativo se deu em decorrência a vá-rios fatores, entre eles ao crescimento da rede de concessionários, que hoje somam 98 e oferecem agilidade nas manutenções periódicas e de garantia, melhor relação entre custo e benefício do mercado e pela condição favorá-vel da economia, que proporciona aos novos empreendedores melhores condições de crescimento de seus ne-gócios”, comemora Clóvis Rodrigues, gerente de marketing do Grupo Effa.

Veículo Urbano de Carga

Também conhecido como VUC, o Veículo Urbano de Carga é um cami-nhão de menor porte, mais apropria-do para áreas urbanas. Dessa forma, desde o ano de 2007 a prefeitura da cidade de São Paulo testou diversas formas de reduzir a quantidade de caminhões nas vias urbanas com o objetivo de aliviar o trânsito intenso que atinge os paulistanos. Ao final dos testes, chegou-se à conclusão de que os VUC poderiam ser liberados de restrições, uma vez que o impacto de veículos desse porte ao trânsito é menor que o de caminhões maiores e compreendendo também a importân-cia dos VUC para o abastecimento da cidade. A restrição que se usa a esses veículos atualmente é a que também é aplicada aos veículos de passeio, que devem respeitar o rodízio municipal de acordo com o final da placa e o dia da semana, ampliada a algumas outras vias da cidade, conforme pode ser vis-to no mapa divulgado pela Secretaria.

A aplicação de regras para restringir o fluxo de veículos de maior porte nas grandes cidades ampliou ainda mais as possibilidades de venda de veículos para o transporte de alimentos, crian-do uma oportunidade de mercado. A Mercedes-Benz, por exemplo, possui

uma gama enorme de produtos e va-riantes para cada operação, podendo atender desde o transporte de grandes cargas, com caminhões, até a capila-rização destes transportes e entregas nos grandes centros com seus veícu-los leves. “Para a distribuição dentro das cidades que restringem o fluxo de veículos, a Sprinter desempenha um papel importante ofertando o maior número de opções do mercado”, des-taca Dieter Martin Lommer, da área de Vendas e Marketing Vans da Mer-cedes-Benz do Brasil. “Em cidades como São Paulo, temos a linha Sprin-ter 311 Street, que conta com furgões e chassi que podem circular livremen-te nestas áreas”, complementa.

Além disso, a empresa também comercializa diferentes soluções de capacidade de carga e volumetria em furgões, com 7 m³, 9 m³, 10.4 m³ e 13.4 m³, sendo este último, segundo a Mercedez-Benz, o maior salão em volumetria disponível no mercado para circulação em áreas com res-trições. “Já na linha Sprinter Chassi 311 Street temos duas variantes com entre-eixo de 3.550 mm e 4.025 mm, podendo este veículo receber imple-mento de até 20 m³ de baú”, explica Lommer. Além da linha Sprinter 311 Street, o portfólio de veículos de car-ga da Mercedez conta também com os modelos Sprinter 313 e 413 nas versões furgão ou chassi.

A Iveco, por sua vez, possui toda a linha Daily furgão e chassi-cabine na linha de comerciais leves, no segmento de 2,8 toneladas até 7,0 toneladas. “O Grupo Martins, maior atacadista do Brasil, é um

exemplo que podemos citar, pois pos-sui uma frota de mais de 800 veículos Iveco para atender todos os municí-pios do país, entre eles são mais de 500 Iveco Daily chassi cabine”, conta Cavalcanti, diretor comercial da em-presa. “O principal diferencial da ver-são da linha Daily de 2,8 toneladas, modelo 35S14 é o seu tamanho mais compacto que permite a livre circula-ção em grandes centros urbanos com restrições à circulação de caminhões. Estes veículos entram na categoria “picapes”. Por isso, têm rodado sim-ples na roda traseira e não duplo, como os caminhões”, complementa.

Já o grupo Effa disponibiliza duas li-nhas distintas para atender o mercado food service, uma com os comerciais leves que consistem em picapes com 2,3 m e 2,7 m de carroceria, respec-tivamente, e que podem ser forneci-dos com ou sem baú para carga seca ou com tratamento térmico, além da possibilidade de possuir simplesmente uma caçamba. A segunda linha dispo-nível é composta de caminhões leves com capacidade de três ou quatro to-neladas, para uso urbano já que am-bos se enquadram na categoria VUC por terem 5,95 m de comprimento.

Para deslocamentos intermunici-pais, por outro lado, a Iveco apresen-ta duas opções, o veículo médio Iveco Vertis, de nove ou 13 toneladas e o

Novos modelos de veículos aderem às normas de trânsito das grandes capitais D

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TUDO A VER RESPONSABILIDADE PESADA, VEÍCULO LEVE

Iveco Tector. “O Iveco Tector, mode-lo semipesado, também pode ser in-dicado para transporte de produtos frigorificados em maiores quantida-des, como é o caso do cliente Iveco localizado em Minas Gerais, a Atende Logística, que distribui os produtos da Sadia em caminhões do tipo baú, frigorificados”, comenta Cristiane Nunes, gerente de Marketing de pro-dutos da empresa. “Esse cliente pos-sui 72 caminhões Iveco Tector para esse tipo de operação”, complementa.

Para o grupo Effa, os diferenciais das picapes da empresa é que atendem nichos específicos de mercado, devi-do a capacidade de carga de 620 kg da carga útil e por terem o preço cerca de 40% menor que veículos com a mes-ma capacidade de carga. “As picapes Effa possuem um dos menores custos de manutenção do mercado, além de contarem com dois anos de garantia e possuírem um grande número de configurações, como para carga seca, baú térmico, capota de lona alta e bai-xa e com suporte para uso geral, que é normalmente utilizada por feiran-tes”, detalha Rodrigues. As picapes são oferecidas em duas configurações de carroceria, a picape com 3,6 m de comprimento e a picape longa com 4,05 m de comprimento, que são mui-to semelhantes ao tamanho dos carros que circulam nos gran-des centros urbanos, conferin-do agilidade

e economia na distribuição de alimen-tos. “Os caminhões leves da Effa com três e quatro toneladas são ideais para uso urbano aonde existe restrições à circulação de veículos de carga e por se tratarem de veículos “vocacionais” se adaptando a diferentes configura-ções de entregas e coletas fraciona-das”, explica o gerente.

A empresa garante ainda que seus caminhões leves podem ser transfor-mados em baús refrigerados, possibili-tando também a configuração de porta simples traseira, além de poder contar com porta lateral, simples ou acortina-da, o que possibilita manter por mais tempo a temperatura interna constan-te durante o manuseio da carga.

Custos e benefícios

Os valores praticados pelas mon-tadoras têm alguma variação depen-dendo do estado em que o veículo é comercializado, devido à diferença de incidência do Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que tem seu va-lor definido independentemente por cada governo. Mesmo assim, toman-do como base os preços praticados no estado de São Paulo em julho, o preço público sugerido pela Merce-dez-Benz para chassi e furgão Sprin-ter varia de R$ 78 mil a R$ 110 mil. “Vale lembrar que se trata de preço público sugerido, podendo ser este

negociado com a concessionária de preferência do comprador”, ressalta Dieter Lommer. “Além da qualidade já conhecida e consolidada de nossos produtos, a Mercedes-Benz possui a maior rede especializada em veículos comercias do Brasil o que garante um atendimento melhor e mais pró-ximo aos seus clientes”, explica.

Considerando as mesmas condi-ções, as picapes da Effa têm preços a partir de R$ 20.480 sem contar o custo do frete. Já os caminhões da empresa partem de R$ 53.980, também sem considerar o valor do frete. “O preço final de comerciali-zação varia de acordo com o local de comercialização devido ao valor do frete e ICMS”, explica Rodri-gues. Com relação a picapes Effa, os grandes diferenciais destacados pela empresa são o baixo custo de manu-tenção, a relação extremamente fa-vorável entre custo e benefício, além da agilidade no trânsito urbano.

A linha de caminhões leves e semi-leves da Iveco, por sua vez, teve preços praticados no estado de São Paulo, também no mês de julho, variando entre R$ 77.801 e R$ 109.445, dependendo do mode-lo do veículo. “Na versão furgão, a Iveco possui veículos com a maior capacidade de carga do segmento, tanto em volume quanto em peso. A capacidade volumétrica de até 17,2m³ é 30% maior que outros furgões originais de fábrica. A ca-pacidade de carga de até 2.770 kg é até 22% superior a outros furgões originais de fábrica”, justifica Cris-tiane. “Além da sua estrutura mais reforçada, os Iveco Daily são mais eficientes, pois consomem menos combustível que seus concorren-tes, fato já comprovado em testes realizados dentro do Centro de De-senvolvimento de Produtos da Ive-co em Sete Lagoas, MG, antes de seu lançamento”, complementa. •

Effa Motorswww.effamotors.com.br

Ivecowww.iveco.com.br

Mercedes-Benzwww.mercedes-benz.com.br

Furgão Mercedes

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foodservicenews / 201186

novidades vêm por aíVenda da Brazil Trade Shows para o Informa Group e lançamento do Salão Internacional

da Alimentação marcaram a Fispal 2011

A Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Alimentação Fora do Lar (Fispal) 2011, que in-tegrou a Semana Internacional da Alimentação e

Hospitalidade, teve uma edição especial. Entre os dias 6 e 9 de junho, a feira contou com 1.400 marcas exposito-ras e 65 mil visitantes que passaram pelos pavilhões do Expo Center Norte, em São Paulo. O evento marcou um momento importante para o mercado de feiras no Brasil, com o anúncio da venda da Brazil Trade Shows (BTS), organizadora da Fispal, para o Informa Group.

Simultaneamente, acontecia nos pavilhões as fei-ras TecnoSorvetes, Fispal Café e Fispal Hotel. Em um espaço de 48 mil m² de área de exposição, estas feiras atraíram visitantes de diversas regiões do Bra-sil e de países como Itália, França, Estados Unidos, Tailândia, Indonésia, Argentina e China.

De acordo com o Presidente da BTS, Alexandre Bar-bosa, os setores de alimentação e hospedagem andam juntos e as feiras Fispal Food Service e Fispal Hotel se complementam e buscam oferecer aos visitantes uma ampla visão de inovações e tendências destes merca-dos. “Isto permite potencializar os encontros entre empresas, investidores, executivos e empreendedores, além de criar uma sinergia”, destaca Barbosa.

Uma novidade apresentada este ano foi a criação da Vila da Pizza, um espaço feito exclusivamente para o mercado de pizzarias em uma parceria feita entre a BTS e a Asso-ciação Pizzarias Unidas. Destinada às empresas que forne-cem produtos e serviços para as pizzarias, a Vila da Pizza foi composta por uma arena, oito estandes e um auditório

aberto ao público, no qual foram feitas apresentações so-bre assuntos afins aos profissionais do setor. A iniciativa contou com o apoio da Forno Flex, da Ocrim e da Mirella.

A Fispal Food Service completou, em 2011, 27 anos de existência e, durante esta trajetória, muitos expositores fizeram história, com lançamentos de produtos, negócios fechados e comemorações de muito sucesso. É o caso da Marchesoni, que escolheu a feira para festejar seus 65 anos. No estande, os visitantes conheceram as novidades em linhas de equipamentos para o mercado gastronômi-co e hoteleiro, e assistiram a uma programação que con-tou a história da empresa. Já na TecnoSorvetes, a Blend Coberturas, que completa 15 anos em 2011, apresentou novidades para sorveterias e confeitarias. No estande, os visitantes assistiram a apresentações de um chef gelataio.

Para a maioria dos expositores, os negócios feitos foram satisfatórios. A Cozil afirmou que a visitação foi positiva. “A feira teve um movimento muito bom, principalmente no terceiro dia. Tivemos grande diversificação de público, o que torna a Cozil ainda mais conhecida pelo mundo”, explicou Wilian Moreira, gerente de marketing da empresa

A Food Service News esteve presente em um estante e pôde presenciar o sucesso do evento e o grande nú-mero de negócios feitos. A edição de 2012 acontecerá entre os dias 25 e 28 de junho, também no Expo Center Norte, em São Paulo. E pela primeira vez na história do evento, a Fispal acontecerá simultaneamente à Sial Brazil, maior evento de alimentação do mundo. •

Brazil Trade Showswww.btsmedia.biz

EVENTO I por Jamile Hallack

Pizzaiolos produzem pizza de 2,5m de diâmetro. Isso rendeu 600 pedaços distribuidos aos visitantes

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A Revista Food Service News realizará

em São Paulo, o 1º Fórum Food Service

Franchising, evento que irá debater

assuntos e reunir diversos empresários

e especialistas para conhecer os fatores

que influenciam o avanço econômico

deste setor no mercado.

REALIZAÇÃOINFORMAÇÕES SOBRE HORÁRIO, LOCALE PROGRAMAÇÃO: (31)3261-8548 [email protected]

17NOVEMBRO

DE 2011

Prepare-se para

conhecer as diretrizes

que vão multiplicar o

seu negócio.

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ENV

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batendo recordesA Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e Varejo

Independente de Alimentos (FIPAN) bateu recorde de público, iniciou negócios na ordem de R$ 1 bilhão e contará, no ano de 2012, com mais três mil metros

quadrados de área para novos expositores

Voltada ao segmento das mais de 63 mil pani-ficadoras existentes em todo o Brasil, a FIPAN aconteceu entre os dias 19 e 22 de julho de 2011

e consolidou-se novamente como a quinta maior feira segmentada do mundo. Em uma área de 36 mil m², 300 estandes expunham produtos e ofereciam negócios aos mais de 58 mil visitantes que passaram pela feira. Ao fi-nal dos quatro dias foram contabilizados R$ 1 bilhão em negócios iniciados. O número de expositores internacio-nais aumenta ano a ano. Nesse ano, a FIPAN contou com 25 expositores internacionais vindos da Alemanha, Tur-quia, Portugal, China, Colômbia, Itália e Estados Unidos.

Durante os quatro dias de evento as empresas apre-sentaram novos produtos e entreteram os visitantes com palestras, cursos e degustações de suas novidades. Um exemplo disso foi a Bunge que levou para o seu estande as aulas da Academia Bunge Pro. O projeto foi criado há mais ou menos um ano e tem por objetivo capacitar pes-soas ensinando-as o ofício de cozinheiro. Inicialmente as aulas foram dadas aos próprios funcionários da empresa. Depois que todos foram capacitados, as aulas se esten-deram pelo país. A Academia não tem espaço físico, os professores vão até a empresa cliente e ensinam o ofício a quem interessar. Existe uma equipe específica para en-sinar as habilidades de cada setor: panificação, refeição e confeitaria. “ A Academia oferece muito mais do que um atendimento técnico”, afirma o chef Luiz Farias, gerente nacional de serviços e atendimento ao cliente Chef Máster.

Outra empresa de grande destaque foi a Itaiquara Ali-mentos que comemorou seus 100 anos de existência com um bolo no primeiro dia de feira. Além disso, a empresa aproveitou para lançar o seu mais novo produto, o EGG-BOX, que consiste em linha de ovos líquidos pasteuriza-dos e contém ovos inteiros, gemas ou claras já separadas em caixas Tetra Pak de 1 kg cada, prontos para a utiliza-

por Jamile Hallack

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ção nas receitas de bolos, pães doces, pão de ló, quindim e pão de queijo, entre muitas outras. O produto não tem conservante, utiliza-se de matérias-primas frescas e tem a produção controlada rigorosamente. O prazo de vali-dade do produto de 75 dias torna-o único no mercado. “O lançamento da linha de Ovos, Gemas e Claras Líqui-da Pasteurizada EGGBOX Itaiquara durante a FIPAN 2011 foi um grande sucesso. Nossos clientes e parceiros elogiaram a novidade e reconheceram em EGGBOX a solução para evitar o desperdício causado pelos ovos em casca, aumentar a produtividade, padronizar as receitas e garantir a segurança alimentar dos consumidores”, exalta Niva Sesana Gomes, gerente de marketing

Ao final do evento, a organização elegeu os melho-res estandes de 2011. A empresa Adimix foi a gran-de vencedora e ganhou três das sete categorias. Seu estande imitando uma casa e sua cascata de creme lhe garantiram as indicações de melhor estande, ori-ginalidade e design e tecnologia. Outra empresa pre-miada foi a Harald, que ganhou por sua vitrine com

Bungewww.bunge.com.br

Itaiquarawww.itaiquara.com.br

Adimixwww.adimix.com.br

Tangará Foodswww.tangarafoods.com.br

Haraldwww.harald.com.br

um manequim que trajava um belo vestido feito com chocolates. E não foi só esta eleição que a empresa ganhou. Vera Lúcia Roque, auxiliar administrativa de vendas da Harald ganhou uma viagem para a Ale-manha para participar da feira Anuga. Prêmio este sorteado pela Tangará Foods durante a FIPAN.

O número de visitantes superou todas as expectativas e a procura do panificador e do varejista aumentou em re-lação ao ano passado. No próximo ano, a FIPAN ganhará mais espaço para receber mais expositores e empresas. •

Durante a Fipan, o Sebrae montou um estande que representa uma padaria tradicional

69foodservicenews / 2011

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foodservicenews / 201190 foodservicenews / 201190

QUENTE E FRIO

Budweiser A Budweiser, famosa marca de cerveja

americana, será produzida no Brasil já nes-te semestre. O produto será produzido pela AmBev em sua unidade de Jacareí, no inte-rior de São Paulo. A Bud, como é conhecida, competirá no mercado de cervejas premium.

LácteosDe acordo com pesquisa realiza-

da pela Tetra Pak sobre tendências de consumo na indústria de leite, a demanda por produtos lácteos líquidos no mundo deve crescer 30% até 2020. Esse aumento deve ocorrer graças ao crescimento eco-nômico nos mercados emergentes.

Cointreau O licor Cointreau entrou para a lista

de bebidas destiladas de maior prestígio do mundo, a Paul Pacult´s Spirit Jour-nal Hall of Fame. No Brasil, a marca se-gue o caminho do sucesso. Suas vendas aumentaram 42% em 2010 e a expecta-tiva é manter o crescimento em 2011.

JBS

A JBS, empresa especializada em proteína animal, anunciou que fechará três unidades nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Além disso, haverá mudança na parte da produção de outras duas no Mato Grosso e Rondônia, como uma forma de reduzir gastos e ganhar mais competitividade.

Cana-de-açúcar

A União da Indústria da Cana-de-açúcar revisou que serão moídas 533,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra de 2011/2012, uma redução de 6,16% em relação ao estimado em março. Entre os fatores está a geada que atingiu as lavou-ras no final de junho em SP, MS e PR.

Fusão Garoto e Nestlé

A fusão entre Garoto e Nestlé poderá ser julgada novamente pelo Cade (Conselho Ad-ministrativo de Defesa Econômica). Porém, a negativa já proferida há anos, não deverá ser alterada, já que no novo julgamento serão abordadas apenas questões processuais.

quente: frio:

da Redação

+

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Ranking

Segundo o relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, o Brasil subiu dez po-sições, de 2009 para 2010, no ranking de atração de inves-timento externo. Com o salto para o 5º lugar, o país ficou atrás, somente, dos Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica. O Brasil recebeu US$ 48,4 bilhões em investimen-tos diretos. A previsão é que em 2017 os países em desen-volvimento irão ultrapassar as economias desenvolvidas.

Nestlé

A Nestlé abriu as portas de sua fábrica de chocolates para visitação. Os consumidores vão poder conhecer o pro-cesso de fabricação dos produtos na Tour Chocolocer. O percurso conta com onze etapas, totalizando 1,2 km. Fil-mes relembram a história dos sucessos da marca, como Al-pino e Suflair. Com o tour, a expectativa é dobrar o número de visitantes à fábrica e receber 100 mil pessoas por ano. A ação comemora os 90 anos da marca no Brasil.

Know how

Wanderley Onorato, agrônomo especializado em Marke-ting e Gestão de Negócio, retorna ao mercado de alimentos após uma rápida passagem por outros setores de negócios. Com 35 anos de bagagem profissional no setor alimentício, ele assume a Gerencia Nacional de Food Service e Institu-cional da Alibra Ingredientes Ltda, empresa de produtos lácteos com forte atuação na linha institucional, Varejo e “tailor made”, entre outros.

Bob’s em postos de gasolina

Em busca de aumentar seus lucros, postos de gasoli-na vêm investindo em lojas de conveniência que apre-sentaram crescimento médio acima dos 10% nos últi-mos três anos. Observando esse potencial de vendas, a rede Bob’s passou a abrir unidades em postos de ga-solina. As vendas médias das redes de lojas cresceram acima dos 50% em 2010. O país deve fechar 2011 com quase 7 mil lojas de conveniência nos postos.

retorno

negÓcios

investimentos

novidade

PÍLULAS da Redação

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foodservicenews / 201172

Jean Louis Belo Gallego

População brasileira por faixa etária (em milhões de habitantes)

0 02 24 46 68 810 10MULHERESHOMENS FAIXA

ETÁRIA

100+95-9990-9485-8980-8475-7970-7565-6960-6455-5950-5445-4940-4435-3930-3425-2920-2415-1910-14

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HOJE

0 02 24 46 68 810 10MULHERESHOMENS FAIXA

ETÁRIA

100+95-9990-9485-8980-8475-7970-7565-6960-6455-5950-5445-4940-4435-3930-3425-2920-2415-1910-14

5-90-4

2050

sem consumidor, sem futuro

Caro leitor, muito tenho falado so-bre a influência que as pessoas exer-cem sobre os negócios em que estão inseridas, além de apresentar núme-ros e tendências. Quando falamos de tendências, é claro que as pessoas são um dos fatores mais importantes para que nossos prognósticos se con-cretizem, quer seja sobre a ótica dos profissionais do Food Service, quer seja sobre os consumidores, a verda-deira razão de nossa existência.

Há alguns anos participei de um painel em um congresso sobre lojas de conveniência. A frase em inglês am-plamente difundida no canal Conve-niência no Mercado Norte Americano era “No Food Service, No Future”. Esta frase nos mostra o quanto o Food Service é importante para este ramo.

Porém eu poderia alterar esta frase por “No Consumer, No Future” e aí voltamos a questão principal que são as pessoas, a nossa grande massa con-sumidora que pode fazer com que o Food Service continue a crescer à ta-

xas chinesas como os 13,1% de cres-cimento do faturamento da industria para o Food Service, ano sobre ano apresentado nos últimos 15 anos.

Observando o gráfico abaixo que é nossa distribuição demográfica entre homens e mulheres atual e para 2050, percebemos que estamos em um momento de pleno bônus demográfico. Poderíamos falar que estamos a pleno emprego, com cres-cimento de renda que são dois dos grandes catalizadores do consumo da alimentação fora do lar. E perce-bemos ainda que a grande massa da população distribuída por faixa etá-ria está compreendida até 25 anos.

Isso significa que teremos um grande bônus demográfico de agora até os próximos 20 anos, a criança de hoje será o “heavy user” da alimentação fora do lar daqui a 20 anos. Porém, isto nos traz ainda mais responsabilidade, pois temos a obrigação de formar e educar corretamente o consumi-

dor do futuro, somos responsáveis pelo que seremos daqui a 20 anos.

Estamos falando de consumo sus-tentável, de saudabilidade e de comer melhor. Observando um pouco mais o gráfico, percebemos que o Brasil estará envelhecendo e neste momen-to começam outras preocupações e oportunidades, pois estaremos olhan-do também de uma maneira efetiva para a melhor idade, e com ela todo um rol de especificidades alimentares.

Lembro também que a expectativa atual do brasileiro é de um envelheci-mento melhor e com mais renda dis-ponível ao consumo, e isto novamen-te é, e será, uma oportunidade para nós profissionais do Food Service.

Junte-se a nós para garantir que o consumidor de hoje tenha mais consciência e poder de contribui-ção ao consumo e ao futuro do Food Service no Brasil. •

Fonte: Data Popular, 2010 - Elaboração: Ministério da Fazenda

AR

TIG

Opor Jean Louis Belo Gallego

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