Revista Info Aviação 13ª Edição Agosto - 2011

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1 Revista Info Aviação 13ª Edição Agosto / 2011 CRM ( Gerenciamento de recurso de cabine )

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- Aéreas acumulam perda de R$ 5,7 bi em cinco anos - A Sukhoi em busca de seu destino com o Superjet 100 - Embraer estuda lançar uma versão maior de seu KC-390 - Brasil adquire mais radares Grifo para frota de caças F-5 - Quarenta F-18 por US$ 3,3 bilhões e trinta e dois F-35 por US$ 5,9

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    Revista Info Aviao 13 Edio

    Agosto / 2011

    CRM ( Gerenciamento de recurso de cabine )

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    Areas acumulam perda

    de R$ 5,7 bi em

    cinco anos

    Segundo a Anac, apenas em 2010 o prejuzo com o transporte de passageiros foi de R$ 640,8 milhes.

    aviao comercial brasileira

    amargou, no ano passado,

    uma perda de R$ 640,8

    milhes com a sua atividade

    principal, o transporte de passageiros

    no pas e no exterior, conforme

    divulgou ontem o Anurio do

    Transporte Areo de 2010, da

    Agncia Nacional de Aviao Civil

    (Anac). Nos ltimos cinco anos, as

    empresas brasileiras acumulam

    prejuzo de R$ 5,7 bilhes. Nesse

    mesmo perodo a demanda

    domstica cresceu 96%.

    O levantamento da Anac considera o

    chamado resultado de voo, que

    exclui operaes financeiras e

    receitas auxiliares (venda de lanche

    a bordo, por exemplo). Os principais

    itens levados em conta nesse critrio

    so venda de passagens, transporte

    de carga, fretamentos e mala postal.

    Guerra tarifria, alta do preo do

    barril de petrleo e crises

    econmicas externas, na avaliao

    de especialistas, explicam porque

    difcil o setor areo ganhar dinheiro.

    Companhias areas, por sua vez,

    contestam o critrio da Anac e

    afirmam que pode haver erro nos

    clculos.

    De acordo com a Anac, o anurio foi

    enviado para todas as companhias no

    incio de maio. A agncia informou

    que deu prazo a elas at o dia 20 de

    maio para contestaes. Segundo a

    Anac, nenhuma empresa se

    manifestou nesse perodo e qualquer

    informao enviada que esteja

    errada e que exija uma nova verso

    est sujeita a penalidades como

    multa.

    "Esse tipo de resultado no

    exclusivo do Brasil. Esse um setor

    que destri valor, com excesso de

    capacidade, margens de lucro

    pequenas e forte influncia de

    qualquer fator externo", afirma o

    especialista em aviao da

    consultoria Bain & Company, Andr

    Castellini.

    Pelos dados da Anac, no ano

    passado a TAM teve o pior resultado

    de voo, negativo em R$ 840,7

    milhes. Em contrapartida, a rival

    Gol obteve o melhor desempenho

    nesse critrio, de R$ 376,4 milhes.

    A Azul tambm teve desempenho

    positivo, com R$ 57,4 milhes.

    Tambm tiveram perdas a Avianca

    (R$ 65,2 milhes), a Webjet (R$ 38

    milhes) e a Trip (R$ 25,3 milhes).

    "Quando voc tem uma estrutura de

    custo adequada possvel fazer

    dinheiro", afirma o vice-presidente

    financeiro e de relaes com

    investidores da Gol, Leonardo

    Pereira. De acordo com ele, a

    indstria em geral, no entanto,

    coloca mais capacidade do que pode

    absorver, o que leva justifica

    prejuzos como o apurado pelo

    anurio da Anac.

    A

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    "Deve haver algum defeito nas

    planilhas. Temos registrado

    crescimento e lucro ao mesmo

    tempo", afirma o diretor de

    marketing e vendas da Trip, Evaristo

    Mascarenhas. Ele destaca que, no

    ano passado, a Trip registrou receita

    de R$ 747 milhes, o que

    corresponde a um crescimento de

    66,2% na comparao com igual

    perodo do ano anterior.

    A TAM tambm contesta os dados

    da Anac. "O dado que reflete a

    realidade dos resultados da

    companhia no Anurio do

    Transporte Areo o que pode ser

    encontrado na planilha 4.2 -

    Demonstrao do Resultado de

    Exerccio -, onde l-se que o lucro

    lquido das operaes areas da

    companhia, no ano de 2010, foi de

    R$ 590 milhes", informou a

    companhia.

    Para Castellini, contribuiu para o

    resultado negativo do setor areo, no

    ano passado, a intensa competio

    por tarifas mais baixas travada

    principalmente pela TAM e pela

    Gol, que respondem por cerca de

    80% da demanda de vos domsticos.

    "A disputa acirrada entre a TAM e a

    Gol se manifesta com mais

    capacidade de assentos. Mas como

    h gargalo nos aeroportos das

    principais cidades, essa capacidade

    adicional colocada em mercados

    menos rentveis", diz Castellini.

    O anurio da Anac tambm mostrou

    a capacidade das empresas areas de

    honrar seus compromisso de curto

    prazo. o ndice de liquidez

    corrente, que mostra quantos reais a

    empresa tem para cada R$ 1 de

    dvida de curto prazo.

    Por essa avaliao, entre as

    empresas de transporte areo de

    passageiros, a Gol teve a melhor

    performance, com R$ 1,54. Em

    segundo est a Trip (R$ 0,97),

    seguida pela Webjet (R$ 0,94),

    Avianca (R$ 0,65), TAM (R$ 0,64)

    e Azul (R$ 0,50).

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    A Sukhoi em busca de seu destino com o Superjet 100

    futuro imediato da indstria

    de aviao russa depende do

    destino do Sukhoi Superjet

    100 e do Tupolev Tu-204, duas

    aeronaves com trajetrias bem

    diferentes. O Superjet, primeiro

    avio russo desenvolvido

    integralmente depois do perodo

    sovitico e a usar grande nmero de

    componentes estrangeiros (inclusive

    um motor feito na Frana),

    comemorou um importante marco

    no ms passado aps completar com

    sucesso seu primeiro voo comercial

    pela companhia area Armavia.

    J o Tu-204, que voou pela primeira

    vez em 1989 e se assemelha ao

    Boeing 757, est tendo dificuldades

    de se reinventar, principalmente

    tendo em vista o fato de que apenas

    69 exemplares foram construdos em

    20 anos.

    A operao comercial do Sukhoi

    Superjet provavelmente ir permitir

    que compradores em potencial

    verifiquem seu desempenho e gerem

    novos negcios para a companhia.

    Hoje, a Sukhoi tem 150 encomendas

    para aeronaves comerciais de 100

    lugares.

    A situao bem menos

    encorajadora para o Tu-204, um

    avio de alcance mdio com

    capacidade para at 210 passageiros.

    A empresa teria recebido uma

    encomenda de 44 aeronaves da

    companhia Red Wings, mas o

    acordo est suspenso desde abril. A

    UAC (United Aircraft Corporation),

    liderada por Mikhail Pogossian e

    detentora da Sukhoi, ainda gozando

    do brilho do lanamento do Superjet,

    anunciou no Primeiro Frum

    Internacional de Transporte Areo

    de Ulianovski, em abril, a compra de

    30 avies pela Aeroflot em 2011,

    sete a mais que a encomenda feita

    em 2010.

    O clima em torno do lanamento, no

    entanto, foi de algum modo

    encoberto pelos comentrios feitos

    em abril pelo ministro dos

    Transportes, Igor Levitin, quanto a

    uma possvel compensao

    Aeroflot (maior cliente da empresa,

    com 30 pedidos), depois de

    repetidos atrasos na entrega do

    Superjet. O ministro tambm

    demonstrou frustrao quanto ao

    peso acima do esperado e baixa

    eficincia energtica do modelo,

    cujo desenvolvimento consumiu

    largamente recursos federais.

    Segundo o especialista em transporte

    areo Maksim Piaduchkin, a posio

    assumida pela Aeroflot, que

    controlada pelo governo, reduz o

    O

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    apelo do produto sob o ponto de

    vista de compradores em potencial e

    pode fazer com que o dinheiro

    pblico tenha sido gasto em vo.

    No frum, Pogossian expressou a

    esperana de que, com o apoio do

    programa do governo de estmulo

    indstria aeronutica, a Rssia possa

    deter 10% do mercado global de

    aviao civil at 2025.

    O programa do governo est focado

    em trs aeronaves, a primeira sendo

    a Superjet 100. A segunda,

    conhecida como MS-21, um avio

    de mdio alcance (com capacidade

    entre 150 e 210 passageiros) hoje em

    elaborao, baseada parcialmente no

    Tu-204.

    Mas diversos conflitos surgiram no

    decorrer do frum em Ulianovski. O

    veterano da indstria Oleg Smirnov,

    por exemplo, fez comentrios cidos

    criticando o diretor-geral da

    Aeroflot, Vitali Saveliev, e

    Aleksandr Lebedev, detentor de

    aes de diversas companhias.

    A fbrica responsvel pela

    montagem final do Superjet est

    localizada em Komsomolsk-on-

    Amur, 7 mil quilmetros a leste de

    Moscou, e essa concentrao da

    produo confronta com a poltica

    de distribuio de vagas de trabalho.

    Alm disso, motivos financeiros

    impulsionam a compra de avies

    estrangeiros, que tm um custo de

    operao bem mais baixo.

    O Estado, porm, perseguindo sua

    meta de restabelecer a indstria

    nacional, parece que no deixar de

    lado as companhias russas para cair

    nas graas da Airbus e da Boeing

    num futuro prximo.

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    Embraer estuda lanar uma verso maior de seu KC-390

    Embraer confirmou planos

    de lanar uma verso mais

    comprida do KC-390 para o

    mercado de carga civil que

    funcinrios da empresa preveem que

    ir gerar entre 200-250 encomendas

    ao longo de um perodo de 10 anos a

    partir de 2018.

    O fabricante brasileiro revelou o

    plano durante o Paris Air Show,

    apenas um dia aps a Kawasaki

    anunciar estudos em andamento para

    converter a base do transporte

    militar C-2 em um cargueiro

    comercial.

    O KC-390 est sendo desenvolvido

    num programa avaliado em US$ 1,3

    bilhes para a Fora Area

    Brasileira, e deve receber a

    certificao militar em 2016. Um

    modelo esticado poderia estar

    disponvel j em 2018 para o

    mercado de transporte comercial,

    que inclui a agncia dos Correios do

    Brasil o cliente de lanamento

    original para uma verso anterior do

    KC-390.

    A verso civil teria de ser

    modificada com duas sees

    adicionadas ao comprimento de

    33,91m (111,3 ps) da fuselagem do

    KC-390, disse Orlando Neto, vice-

    presidente de vendas da Embraer

    Defesa e Segurana, numa

    entrevista.

    Uma parte seria adicionada a frente

    da asa para acomodar uma porta

    lateral de carga. E outra parte seria

    inserida na fuselagem, na parte de

    trs da asa, para criar mais espao

    interno, disse Neto.

    As asas e os motores existentes do

    KC-390 so dimensionados para

    acomodar a verso estendida para o

    mercado de carga, acrescentou. O

    KC-390 tambm possui um sistema

    de avinicos um Rockwell Collins ProLine Fusion projetado para receber a certificao civil Parte 25

    em 2015.

    Apesar de recentemente ter entrado

    num ano de fase de definio

    conjunta, a Embraer ainda tem que

    finalizar acordos com o fornecedor

    de motores para o KC-390. Tanto o

    CFM International CFM56 como o

    V2500 Internacional Aero Engines

    tm sido considerados para a

    aeronave.

    Neto confirmou que as discusses

    esto ocorrendo entre a empresa e a

    Fora Area Brasileira sobre o

    fornecedor de motores. As

    discusses agora esto entre a

    empresa e os fornecedores, embora

    no quis esclarecer se uma das

    empresas j havia sido descartada.

    Mas as discusses tambm no

    devem se arrastar indefinidamente.

    Neto acrescentou que a Embraer tem

    um cronograma rgido para a

    concluso das negociaes, e que

    deve fechar um contrato dentro de

    algumas semanas.

    A

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    Brasil adquire mais radares Grifo para frota de caas F-5

    SELEX Galileo, uma

    empresa Finmeccanica, e a

    Aeroeletrnica Israel

    International Ltd, uma empresa da

    Elbit Systems Ltd, assinaram um

    contrato para o fornecimento de

    mais 11 radares Grifo F/BR radares

    para atualizar a frota de aeronaves F-

    5 da Fora Area Brasileira.

    O Grifo tem estado em servio com

    a Fora Area Brasiliera nos ltimos

    10 anos, proporcionando o

    conhecimento do equipamento sem

    comparao e proporcionando uma

    capacidade de ataque aos seus

    pilotos.

    A assinatura do contrato fortalece

    ainda mais a excelente reputao da

    radar Grifo que, em todas as

    variantes, alcanou vendas

    superiores a 450 unidades,

    satisfazendo a maioria dos exigentes

    usurios finais, como as Foras

    Areas de Cingapura, Brasil,

    Repblica Tcheca, no Paquisto e na

    Coria do Sul.

    Desenvolvido como a soluo ideal

    para o modernizado F-5, o radar de

    controle de fogo Grifo atendeu com

    imediato sucesso, graas a um

    processo contnuo de insero de

    capacidade e tecnologia,

    continuando uma referncia em

    termos de nveis de desempenho e

    na natureza abrangente dos modos

    de funcionamento . Estes modos

    tornam possvel o apoio nas tarefas

    multi-misses de forma eficaz.

    Tanto no modo ar-ar, como num

    modo ar-superfcie, e modos de

    apoio navegao e um pcote de

    vos comprovados de funes para

    combater as ameaas eletrnicas, o

    radar Grifo agora inclui modos para

    a busca e identificao de alvos com

    capacidade de processamento de

    imagens de alta resoluo,

    aumentando a sua competitividade

    no mercado.

    Estamos muito satisfeitos com essa nova encomenda. Ela confirma a

    deciso inicial de desenvolver um

    radar de controle de fogo como uma

    escolha que levou ambos a

    excelentes resultados de vendas e

    uma reputao crescente num setor

    particularmente difcil de radares

    para avies de combate , diz Oscar Bosco, repsonsvel pela atividade de

    radares na Itlia.

    O radar Grifo no um produto fechado, Bosco continua, mas est sujeito a atualizao contnua, tanto

    em termos de modos de operao

    como de solues de hardware, a fim

    de atender s necessidades de

    constantes mudana desse mercado

    altamente competitivo. O roteiro

    para a evoluo do radar Grifo j foi

    planejado e a prxima fase ser o

    Grifo-E: uma verso com uma

    capacidade de varredura

    eletrnicamente ativa (AESA). O

    Grifo E ser disponibilizado para a

    carteira existente de clientes SELEX

    Galileo de radares AESA para

    satisfazer as exigncias de novos e

    de modernizadas aeronaves

    treinadoras avanados, de ataque

    leve e de aeronaves de combate .

    A

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    Quarenta F-18 por US$ 3,3 bilhes

    e trinta e dois F-35 por US$ 5,9

    Nos Estados Unidos, Cmara aprova gastos de defesa de 649 bilhes de dlares para 2012

    Reuters informou no dia 8

    de julho, o gasto em defesa

    de 649 bilhes de dlares foi

    aprovado com facilidade pela

    Cmara dos Deputados (House of

    Representatives) aps quatro dias de

    debate em que os legisladores

    tentaram frear as operaes de

    combate do Governo Obama, no

    Afeganisto e na Lbia.

    Aprovado por 336 votos a favor e 87

    contra, na Cmara que dominada

    por republicanos, a medida vai

    aumentar o oramento bsico do

    Pentgono do ano fiscal de 2012 em

    17 bilhes de dlares, comparado

    aos valores atuais, num contexto de

    intensa presso para reduzir o dficit

    norte-americano de 1,4 trilho de

    dlares. O ano fiscal de em 2012

    comea em 1 de outubro.

    Ainda assim, foram cortados 8

    bilhes de dlares do pedido de

    oramento geral do Governo Obama.

    Dos 649 bilhes de dlares

    aprovados, 530 bilhes esto

    alocados ao oramento primrio do

    Pentgono e outros 119 bilhes para

    as guerras do Afeganisto e do

    Iraque. A conta no inclui fundos

    para programs de armas nucleares ou

    construes militares, que

    acrescentam 33 bilhes ao valor dos

    gastos.

    A medida inclui 5,9 bilhes de

    dlares para a compra de 32 caas

    furtivos F-35, 15,1 bilhes para a

    construo de 10 navios para a

    Marinha dos EUA e 3,3 bilhes para

    28 caas F-18 Super Hornet e 12

    EA-18 Growler, de guerra

    eletrnica. O Congresso ainda tem

    algumas semanas para a aprovao

    final dos gastos militares antes que

    Obama assine a lei.

    Nos quatro dias de discusso, mais

    de doze emendas foram discutidas.

    Legisladores que desejavam uma

    retirada mais rpida do Afeganisto,

    para os quais tambm no agradou a

    deciso de Obama de intervir no

    conflito da Lbia, tentaram forar,

    sem sucesso, medidas para mudar as

    polticas de guerra dos EUA. Um

    dos representantes afirmou que a

    Lbia uma guerra que esta casa adora odiar, mas que odeia parar.

    Esforos para cortar bilhes de

    dlares de diversas contas de defesa

    no foram aprovados. O corte mais

    bem-sucedido foi de 120 milhes de

    dlares para bandas militares.

    Mesmo assim, o que a Reuters

    chamou de deu trabalho para deixar

    o oramento para 200 bandas

    compreendendo 4.600 msicos e

    pessoal de apoio em 200 milhes de

    dlares.

    A

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    Gol anuncia fim da marca Webjet e garante que no

    demitir funcionrios

    Segundo Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol, no faz sentido manter no mercado duas marcas de

    perfil parecido. Ele afirma tambm que empresa no dever ter problemas em alongar a dvida da Webjet, estimada

    hoje em R$ 215 milhes

    marca Webjet vai

    desaparecer aps a aquisio

    da companhia pela Gol. A

    expetativa da compradora de que o

    negcio seja aprovado pelo

    Conselho Administrativo de Defesa

    Econmica (Cade) at o fim do ano

    que vem. Alm de abandonar a

    marca, a Gol tambm vai renovar

    toda a frota da companhia,

    considerada velha, em at dois anos.

    O plano da empresa passar a

    atender os clientes da Webjet com

    mesmos servios da Gol.

    Justificando o desaparecimento da

    marca, o presidente da Gol,

    Constantino de Oliveira Junior,

    confirmou o que j diziam analistas:

    o principal objetivo da compra

    ampliar as operaes em grandes

    centros e outras capitais. Nesses

    aeroportos, j no h mais espao

    para ampliar as atividades. O

    executivo disse ainda que no havia

    motivo para manter as duas marcas,

    uma vez que ambas as empresas

    atendem a um pblico semelhante.

    As sinergias provenientes da

    integrao das areas devem chegar

    a R$ 100 milhes nos dois primeiros

    anos aps a fuso das operaes das

    duas empresas, estimou Constantino.

    Ele descartou, no entanto, a

    possibilidade de demisses entre os

    cerca de 1,6 mil funcionrios da

    Webjet. Segundo o executivo, ao

    contrrio, a tendncia que ocorram

    mais contrataes.

    "Quando renovarmos a frota da

    Webjet, provavelmente

    conseguiremos aumentar o nmeros

    de voos realizados por uma mesma

    aeronave, o que tornar necessrio

    ampliar o quadro de pessoal",

    afirmou. Composta por avies 737-

    300, a frota da Webjet dever ser

    trocada por modelos mais modernos.

    Isso pode ser feito por trs meios:

    encomenda de novas aeronaves,

    renovao de contratos de leasing

    existentes ou realizao de novos

    contratos de leasing.

    Pelo acordo fechado na ltima sexta-

    feira, a Gol pagar R$ 96 milhes

    pela Webjet e assumir dividas de

    aproximadamente de R$ 215

    milhes. O pagamento, no entanto,

    vai ser renegociar com os credores,

    afirma a companhia. "So dvidas

    que vencem at 2015, mas no

    acredito que teremos problema para

    refinanci-las e alongar o prazo",

    A

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    disse o vice-presidente de Finanas

    da Gol, Leonardo Pereira.

    As principais instituies financeiras

    credoras da Webjet so o Bradesco,

    o Citibank e o Safra. S os contratos

    de leasing, que vencem em dois ou

    trs anos, somam cerca de R$ 120

    milhes. Pereira destacou ainda que

    a Gol ser cautelosa na ampliao da

    frota. "A Gol tem demonstrado nos

    ltimos anos bastante consistncia

    em termos do planos de frota e de

    ser prudente em adio de

    capacidade. Ns continuaremos a

    fazer isso", declarou.

    Fidelidade. Depois que a empresa

    obtiver o sinal verde do Cade, os

    clientes da Webjet podero usar o

    programa de fidelidade Smiles,

    afirmou o presidente da Gol. Para o

    executivo, a incluso dos

    passageiros da Webjet deve

    fortalecer o programa e torn-lo

    mais atraente para as empresas

    parceiras, afirmou Constantino.

    O presidente da Gol destacou ainda

    que no h planos de criar uma

    operao separada para o Smiles.

    "(O programa) continua fazendo

    parte da Gol. No h planos de

    alter-lo", disse. A posio

    diferente da adotada pela TAM,

    empresa na qual o sistema de

    milhagens deu origem Multiplus,

    atualmente listada na bolsa

    brasileira.

    Sobre a possibilidade de novas

    emisses de aes da Gol, Pereira

    disse que elas esto descartadas por

    enquanto, mas que, aprovada a

    compra da WebJet, e empresa deve

    realizar, sim, lanamentos no

    mercado para concluir a transao.

    Apesar de aumentar a concentrao

    no setor areo, a aquisio da

    Webjet pela Gol no deve levar a

    aumento das tarifas, na avaliao do

    consultor Andr Castellini, da Bain

    and Company. "A formao de

    preos se d basicamente em razo

    da disputa entre a Gol e a TAM, que

    s tende a crescer daqui pra frente",

    diz.

    Segundo ele, o mercado brasileiro de

    aviao mudou muito nos ltimos

    anos e hoje extremamente

    disputado. "Para sobreviver,

    preciso ter escala. Seria muito difcil

    para a Webjet continuar competindo

    com aeronaves antigas, que

    consomem mais combustvel",

    afirma.

    O prprio presidente da Gol,

    Constantino de Oliveira Junior, disse

    ontem, durante conversa com

    jornalistas e investidores, que no

    acredita que haver aumento de

    tarifas. "Vamos oferecer tarifas

    competitivas, com o objetivo de

    popularizar o transporte areo",

    afirmou.

    O QUE MUDA

    Servio de bordo

    A companhia adotar o padro Gol,

    que inclui lanche grtis e venda a

    bordo. Hoje, os clientes Webjet

    pagam at para consumir gua.

    Programa de fidelidade

    Assim que o Cade consentir, clientes

    da Webjet podero migrar para o

    Smiles, da Gol.

    Aeronaves

    Avies da Webjet, mais velhos,

    sero trocados por equipamentos

    mais modernos em at dois anos.

    Marca

    A Gol acabar com a marca Webjet,

    j que as duas empresas tm o

    mesmo pblico alvo.

  • 14

    Controle 1: Projeto de

    aerdromos e helipontos

    Quando a orientao local no

    aceita pela Companhia, o Anexo 14

    da ICAO sobre Aerdromos,

    Volume I (Operao e projeto de

    aerdromos) e o Anexo 14 da ICAO,

    Volume II (Heliportos) devem ser usados para as consideraes de

    design ao construir (ou reformar de

    forma significante) aerdromos e

    helipontos permanentes e de longo

    prazo de propriedade e operao da

    empresa para apoio s operaes de

    produo.

    Ventos prevalentes e localizao de

    infraestrutura/instalaes de

    minerao em relao aos

    aerdromos e helipontos propostos

    para reas de aproximao e

    decolagem tambm devem ser

    includas nas consideraes de

    projeto iniciais.

    Controle 2: Inspees de

    aerdromos

    Juntamente com as revises

    necessrias regulamentadas, todos os

    campos areos de propriedade ou

    operados pela Companhia devem ter

    um mnimo de uma reviso de

    controle e segurana operacional por

    ano, feita por especialistas

    qualificados em aerdromos.

    Controle 3: Avaliao de locais de

    aterrissagem

    Os operadores de aeronave devem

    ter meios de conduzir avaliaes dos

    locais de aterrissagem antes do

    incio de operaes. Tais avaliaes

    devem ser incorporadas na avaliao

    de risco operacional (Controle 1.13).

    Controle 4: Comprimento de

    campo balanceado

    Toda aeronave multimotor deve

    atender os requisitos de

    balanceamento de campo para que

    em caso de falha de motor na

    decolagem, a aeronave seja capaz de

    parar no restante de pista e escape ou

    concluir a decolagem (utilizando a

    pista restante e prolongamento) e

    subir em um gradiente de altitude

    que atenda a rota de decolagem para

    desvio de obstculos.

    Controle 5: Comprimento de

    campo equilibrado Sem grficos de desempenho

    Aeronaves multimotores que no

    tenham grficos de desempenho

    adequados em seus Manuais de Voo

    para atender o Controle 2.5 devem

    restringir a carga paga para garantir

    que, em caso de falha de motor, a

    rota de decolagem evite obstculos

    com distncia de 35 ps at uma

    altitude de 1500 ps acima do

    aerdromo, nas seguintes condies:

    A falha ocorre quando a aeronave atingiu a melhor velocidade de razo

    de subida publicada (VY)

    Trem de pouso recolhido, se retrtil Flapes totalmente recolhidos Hlices do motor em pane embandeiradas.

    Controle 6: Informao

    meteorolgica no destino

    Para pistas e helipontos de

    propriedade da Companhia e por ela

    operados, os seguintes dados devem

    ser comunicados aeronave em rota

    de chegada por um sistema

    automtico de observao

    meteorolgica (AWOS) e/ou por um

    observador meteorolgico treinado:

    Sistema de indicao de ventos Temperatura Presso baromtrica Teto e visibilidade

    Todos os equipamentos devem

    manter atualizados seus registros de

    calibrao.

    Ameaa:

    Excurso de

    pista

    Projeto do aerdromo

    Inspees do aerdromo

    Comprimento do campo

    Avaliaes dos locais

    Gerao de relatrio

    meteorolgico do destino

    Ameaa: Excurso de pista

    A aeronave ultrapassa a pista durante decolagem ou pouso,

    resultando em um acidente aeronutico

  • 15

    Paquisto pretende adquirir mais 18 caas F-16 Block 52

    Paquisto est em fase final

    de exercer a opo de

    comprar mais 18 caas F-16

    Block 52+, o que dobraria a sua

    frota da variante avanada do

    Fighting Falcon, disse Haris Khan

    do rgo de estudos Consrcio

    Militar Paquistans.

    As entregas dos 18 avies do

    programa Peace Drive I, atualmente as aeronaves mais

    capazes do Paquisto, foram

    concludas em dezembro, atravs de

    um contrato de 2006. O contrato,

    incluindo a opo de adicionais 18

    aeronaves, foi ento avaliado em

    US$ 3 bilhes.

    A atualizao planejada dos F-

    16A/B Block 15 vai lev-los at o

    padro Block 40 tambm. Eles esto

    sendo modernizados atravs do

    programa Falcon STAR (Roteiro de

    Ampliao Estruturais), e passando

    por um Mid-Life Update (MLU) nas

    mos da Turkish Aerospace

    Industries na Turquia.

    Em 2006, o valor de 60 kits MLU

    foi cotado em US$ 1,3 bilho. A

    atualizao foi aprovada para 45

    caas Block 15s, e agora foi

    reduzida para 35 avies, disse Khan.

    A razo para isto incerta.

    Khan observa que a U.S. Navy tem

    se recusado a liberar 14 caas F-16

    ex-paquistaneses que faziam parte

    de uma encomenda Peace Gate III / IV de 71 avies. Essas aeronaves foram embargadas antes da partida

    prevista pela Emenda Pressler na

    dcada de 1990 e, finalmente, foram

    destinados para uma unidade da

    Marinha dos EUA com a tarefa de

    treinamento Aggressor.

    A notcia de reduo no programa de

    atualizao dos F-16s ocorre uma

    semana depois do comunicado que

    as aeronaves atualizadas seriam

    equipadas com os sistemas de pods

    de guerra eletrnica ITT AN/ALQ-

    211 (v) 9 AIDEWS (Advanced

    Integrated Defensive Electronic

    Warfare Suite).

    O contrato de venda de US$ 49,1

    milhes com preo fixo atravs de

    uma FMS vai fornecer sistemas de

    software e equipamentos de apoio

    para 18 pods, quatro invlucros dos

    pod, dois conjuntos de antenas, dois

    bancos de ensaios em laboratrio, e

    todas informaes tcnicas.

    Tambm poder ser disponibilizado

    um novo equipamento para a

    Marinha do Paquisto.

    Khan disse que no h notcias at o

    momento sobre a aquisio de um

    par adicional de aeronaves de

    patrulha martimas P-3C Orion para

    substituir aquelas destrudas no

    ataque terrorista do dia 22 de maio

    na Estaco Naval de Mehran, em

    Karachi.

    No entanto, havia uma possibilidade

    muito forte que outra frgata da

    classe Oliver Hazard Perry fosse

    transferida para o Paquisto, quando

    essa fosse retirada do servio da

    Marinha dos EUA ainda este ano.

    O

  • 16

    Irkut fornecer 40 caas Su-30 para Fora Area da Rssia

    conglomerado russo de

    aviao Irkut est em

    negociaes com o

    Ministrio da Defesa da Rssia para

    a entrega de at 40 caas

    multimisso Sukhoi Su-30 para a

    Fora Area Russa, disse a empresa

    nesta segunda-feira.

    Vamos assinar um contrato com o Ministrio da Defesa no prximo

    ano, disse o Presidente da Irkut, Alexei Fyodorov.

    O contrato prev a entrega inicial de

    28 avies de combate e o

    fornecimento adicional de 12

    aeronaves opcionais.

    O caa Su-30 Flanker-C um

    bimotor, de dois lugares do caa

    multimisso, capaz de realizar as

    misses de defesa area e ataques a

    superfcie em quaisquer condies

    de tempo. A Rssia atualmente

    opera quatro desses avies de

    combate.

    Fyodorov disse que a empresa

    reduziu seu programa de

    modernizao de 40 bilhes de

    rublos (US$ 1,4 bilho) para 30

    bilhes de rublos.

    Reduzimos a quantidade de investimento dividindo vrios

    projetos que no esto relacionados

    com o desenvolvimento da aeronave

    comercial MS-21 [de passageiros], disse ele.

    O MS-21 uma famlia de

    aeronaves bimotoras a jato com

    capacidade para 150-212 passageiros

    que est sendo concebida e

    produzida pela Irkut e o Yakovlev

    Design Bureau, parte de United

    Aircraft Corporation da Rssia. O

    modelo foi apresentado pela

    primeira vez no Farnborough

    International Airshow, em 2010.

    O

  • 17

    Nmero de acidentes areos cresce 68,8% no pas em 2011

    om uma infraestrutura

    classificada por especialistas

    como "supersaturada", a

    aviao civil brasileira registra

    elevao dos acidentes em 2011. O

    comando do Centro de Investigao

    e Preveno de Acidentes

    Aeronuticos (Cenipa) da

    Aeronutica contabiliza, at o dia 31

    de junho, 76 casos, enquanto no

    mesmo perodo do ano passado

    foram 45. Um crescimento de

    68,8%. Os dados no levam em

    conta os acidentes deste ms, como

    o do bimotor LET-410 da

    companhia Noar, que caiu na quarta-

    feira, logo aps decolar do

    Aeroporto de Guararapes, em Recife

    (PE), e de um helicptero em

    Jaragu do Sul, na regio norte de

    Santa Catarina, na sexta-feira.

    " provvel que o aspecto mais

    determinante para essa elevao seja

    o crescimento absurdo no nmero de

    decolagens. As empresas esto

    comprando avies de forma

    'adoidada'. A tendncia de as

    estatsticas aumentem", avaliou o

    professor da Faculdade de Cincias

    Aeronuticas da PUCRS e

    coordenador do Departamento de

    Treinamento de Voo da

    universidade, Guido Csar Carim

    Jnior.

    Regras brandas impostas pela

    Agncia Nacional de Aviao Civil

    (Anac) para exigir qualificao de

    pilotos das aeronaves de pequeno

    porte tambm podem explicar

    crescimento, segundo o especialista.

    "Hoje, muita gente sem experincia

    recebe autorizao para voar no dia

    seguinte. Estes acidentes, em sua

    maioria, ocorrem com avies

    privados muitos deles para prticas

    desportivas."

    As estatsticas do Cenipa tambm

    revelam crescimento no ritmo de

    acidentes areos com mortes. Com a

    queda do bimotor no Recife, e do

    helicptero em Jaragu do Sul, os

    primeiros seis meses de 2011 j tm

    17 casos. Em todo o ano passado,

    foram 21.

    "So nmeros relativos, pois no h

    um levantamento oficial e confivel

    no nmero total de decolagens, que

    aumentou massivamente", ponderou

    Carim Jnior. J o ex-ministro da

    Aeronutica, brigadeiro Mauro

    Gandra, acredita que a falta de

    interao entre Anac e o Cenipa o

    piv dos problemas. "Fizeram uma

    operao 'Tiradentes' com a aviao,

    ao criarem a Anac. Ela (aviao) foi

    esquartejada. Vamos sair dessa. Mas

    vai demorar. Mais cinco anos, quem

    sabe", opinou.

    "Houve uma desconexo entre a

    Anac, o Cenipa e o comando da

    Aeronutica em relao a quem o

    responsvel pela segurana de voo.

    um aspecto preocupante",

    concordou o professor da PUCRS.

    "Durante mais de 20 anos, tivemos

    uma constante queda no nmero de

    acidentes, mas agora h o efeito

    inverso com o crescimento das

    decolagens. Hoje, no Pas, falta

    habilidade de rgos superiores para

    definir uma poltica de

    investimentos que preveja os

    acidentes. A estrutura est

    supersaturada e as aeronaves esto

    voando. H risco de colapso"

    A Anac foi procurada pela

    reportagem, mas at a noite desta

    sexta no havia se manifestado sobre

    o crescimento no nmero de

    acidentes em 2011. J o Cenipa

    informou que, devido mobilizao

    para investigar o acidente de

    Pernambuco, nenhum profissional

    poderia falar sobre o tema.

    At o final do ms passado, os

    grficos do rgo da Aeronutica

    apontavam o andamento de 199

    investigaes de acidentes com

    aeronaves no pas. Mais de 700 j

    foram concludos nos ltimos dois

    anos. Casos de perda de controle em

    pousos, colises durante os

    deslocamentos, e panes no motor

    figuram na lista dos problemas mais

    frequentes.

    Elevao aps ano menos violento

    A retomada do crescimento dos

    acidentes areos no pas ocorre aps

    o ano de 2010 terminar com o menor

    nmero de vtimas fatais no setor em

    cinco anos, de acordo com dados do

    Cenipa. Conforme o levantamento,

    foram 39 mortes no ano passado,

    enquanto 2011 j tem 57 - sem

    contar o caso de Jaguar do Sul

    (SC).

    Outras 61 ocorreram em 2009, 55

    em 2008, 272 em 2007, 210 em

    2006, e 36 em 2005. Segundo o

    centro da Aeronutica, 2007 foi o

    ano com mais acidentes fatais da

    dcada, com 33 registros. Os anos de

    2006 e 2007 marcaram a aviao na

    ltima dcada devido a duas

    tragdias da aviao brasileira: a

    queda do Boeing 737-800 da Gol,

    aps choque com um jato Legacy,

    em setembro de 2006, que deixou

    154 mortos; e o acidente com um

    Airbus A320 da TAM, que saiu da

    pista do Aeroporto de Congonhas,

    bateu contra o prdio da empresa de

    cargas TAM Express e explodiu,

    matando 199 pessoas, em julho de

    2007.

    C

  • 18

  • 19

    Custo do programa F-35 j excede em US$771 milhes

    o mais caro projeto de defesa dos EUA

    programa F-35 Joint Strike

    Fighter j o programa de aquisio de defesa mais

    caro da histria dos EUA ficou ainda mais caro, adicionando 771

    milhes dlares ao total. O

    Pentgono informou o Comit dos

    Servios Armados no Senado na

    segunda-feira que os primeiros 28

    modelos de produo do F-35, um

    dos caas mais avanados

    tecnologicamente do mundo,

    desenvolvido pela Lockheed Martin,

    estava tendo um custo adicional de

    trs quartos de 1 bilho de dlares, e

    o governo estar pagando por parte

    desse montante.

    A notcia provocou uma breve

    disputa no Twitter entre o senador

    John McCain, o republicano snior

    do Comit de Servios Armados do

    Senado e crtico de longa data dos

    aumentos nos custos do F-35, e a

    fabricante Lockheed Martin.

    O Congresso notificou que os primeiros caas F-35 excedeu os

    custos em mais US$ 771 milhes.

    Ultrajante! twittou McCain na tera-feira. O Pentgono agora est pedindo mais US$ 264 milhes de

    pagamento.

    No dia seguinte, um tweet da

    Lockheed Martin disse: A equipe F-35 est focada na reduo de

    custos dos jatos e est mostrando

    uma melhora significativa em reas

    chaves, mensagem essa ligada ao recente depoimento no Senado de

    Tom Burbage, VP executivo da

    Lockheed Martin e gerente geral do

    programa F-35.

    McCain respondeu apenas horas

    mais tarde, dirigindo seu tweet

    seguinte a Lockheed Martin: Para a maioria dos observadores, um custo

    adicional de US$ 771 milhes por

    28 caas F-35s no se qualifica

    como melhoria significativa . Contribuintes merecem melhor.

    Um membro do pessoal de McCain

    disse ABC News que, embora o

    Pentgono deu a entender que este

    um novo e significativo aumento dos

    custos excessivos para o F-35,

    segunda-feira foi a primeira vez que

    um membro da defesa deu uma

    posio da viso geral do problema.

    No final de junho, o Pentgono

    apresentou um pedido para transferir

    264 milhes de dlares de outros

    programas para ajudar a pagar por

    isso, disse o agente.

    A Lockheed Martin disse que o

    custo adicional foi devido a

    ineficincia relacionado a um redesign de 2004, que era para

    remover milhares de quilos de

    excesso de peso do avio e disse que

    nesta fase da produo a Lockheed

    dividia is custos de desenvolvimento

    com o governo.

    O

  • 20

    Ao longo de sua produo, o F-35

    tem sido sacudido com excessivos

    custos inesperados e atrasos na

    produo a tal ponto que um recente

    relatrio do Escritrio de Aquisio

    do Governo disse que o custo de

    aquisio e manuteno de cada

    avio se aproximava do dobro das

    projees originais da Lockheed

    Martin. O GAO estima que os

    contribuintes dos EUA vo investir

    um total de US$ 385 bilhes para

    desenvolver e manter 2.457 avies

    at 2035. O programa est tambm

    sob o fogo cerrado para a incluso

    inicial de um programa de

    desenvolvimento de um segundo

    motor que o Pentgono disse que era

    desnecessrio.

    No a primeira vez que McCain

    condena publicamente o que chamou

    de excessos de custos fora de controle do programa F-35. Em junho, ele props uma emenda que

    definia a Lockheed Martin com o

    nus de qualquer excesso de custos

    sobre o ltimo grupo de F-35s ainda

    em desenvolvimento.

    Se no agirmos agora, continuando excedendo os custos no programa F-

    35, como temos feito nos ltimos 10

    anos, vamos ter que desviar recursos

    preciosos e colocar em risco cada

    programa de aquisio de outras

    grandes reas de Defesa, disse McCain, em seguida.

    A Lockheed disse que aprenderam

    enquanto o programa crescia e mais

    lotes dos avies eram fabricados, de

    forma mais eficiente e acessvel.

    Nossas mtricas de desempenho na fbrica esto agora mostrando uma

    melhora significativa em todas as

    reas chaves, e estamos vivenciando

    uma excelente curva de

    aprendizagem com redues nas

    horas de montagem, e temos

    essencialmente eliminado todo o

    trabalho desperdiado, disse a empresa.

    Representantes do Departamento de

    Defesa para o programa do F-35 no

    responderam aos pedidos de

    comentrios sobre este relatrio.

  • 21

    Ministro da Defesa da Austrlia no garante compra de 100

    caas F-35

    egundo reportagem da ABC

    News, o Ministro da Defesa da

    Austrlia, Stephen Smith,

    levantou dvidas sobre o projeto do

    F-35 Joint Strike Fighter project. A reportagem de tera-feira, 26 de

    julho, informa que o Ministro se

    recusou a garantir que a Austrlia

    comprar 100 caas F-35 fabricados

    nos EUA, dizendo que o projeto est

    chegando prximo aos acrscimos

    de custo e atrasos na agenda que a

    Defesa j colocou na encomenda.

    Em declarao feita nos Estados

    Unidos, antes de um encontro com o

    Secretrio de Defesa dos EUA, Leon

    Panetta, o Ministro Smith deixou

    claro que a encomenda australiana,

    no momento, de apenas 14

    aeronaves. Ele disse ABC News

    que estamos no negcio para mais

    de 14 dos caas, mas no colocamos

    ainda uma encomenda firme ou

    compromisso para nada alm de 14.

    A Austrlia colocou no projeto uma

    capacidade de extrapolao no que se refere a custos e atrasos, mas o

    Ministro disse que estamos comeando a encostar nisso. Ainda segundo Smith: Estamos bastante conscientes que tem havido atrasos

    na agenda e custos, e isso vai fazer

    parte de minhas conversas no

    apenas com o Secretrio de Defesa

    Panetta mas cou outras autoridades.

    O custo de cada F-35 nos EUA subiu

    de US$ 69 milhes cada para US$

    103 milhes. A Austrlia est

    pagando 3,2 bilhes de dlares pelos

    primeiros 14, o que representa 228

    milhes por aeronave um custo

    para comprar unidades de incio de

    fabricao, para que os pilotos

    possam ser treinados no avanado

    caa-bombardeiro. O restante da

    encomenda de 16 bilhes de dlares

    ser de aeronaves montadas mais

    adiante no ciclo de produo,

    quando os preos devero ser mais

    baixos.

    Porm, um relatrio do Australian

    Strategic Policy Institute afirma que

    os atrasos no F-35 so um problema

    maior que o custo (clique aqui para

    acessar o relatrio, em pdf, que j foi

    objeto de matria no Poder Areo).

    O think-tank australiano afirma que a RAAF (Fora Area Real

    Australiana) poder ter que esperar

    ainda sete anos antes que o primiero

    F-35 entre em servio, ou seis anos a

    mais do que o cronograma original.

    S

  • 22

    CRM ( Gerenciamento de recurso de cabine )

    oi numa manh bonita de

    dezembro, comandante e co-

    piloto estavam no aeroporto

    esperando a chegada de seus

    passageiros, para seguir viagem

    rumo ao destino pr estabelecido. Os

    passageiros chegam, carregam-se as

    malas, e finalmente. Chegou a hora

    de decolar. Realizando o checklist o comandante percebeu um barulho.

    J o co-piloto na fria de querer

    tomar uma atitude sem a sbia

    autorizao do comandante, foi logo

    tomando uma providencia. O

    comandante no gostou da atitude a

    ser tomada por ele, e resolveu

    corrigi-lo. Frustado com a correo

    por parte do comandante, o co-piloto

    o agrediu verbalmente, e nisso, os

    passageiros, que eram seus patres,

    tomou uma atitude bem sucedida a

    ambos. A demisso.

    Em uma outra ocasio, comandante

    e co-piloto prontos para realizar um

    vo local. Montaram no avio,

    acionaram, taxiaram e finalmente,

    decolaram. O comandante queria

    sobrevoar o rio, e o co-piloto fazer

    um panormico sobre a cidade.

    Entrando em contradio

    comandante e co-piloto, ficaram

    com a ateno voltada para com a

    discusso e o avio foi perdendo

    altitude cada vez mais.

    Conseqentemente. Surgiu mais um

    ACIDENTE AREO.

    A boa coordenao de cabine

    primordial, tanto para o convvio

    social, quanto para a segurana da

    atividade area. O CRM,

    gerenciamento de recursos de

    cabine, vem sendo aplicado cada dia

    a mais com o foco na segurana de

    vo e produtividade de seus

    funcionrios. Uma tripulao que

    tem um convvio melhor

    proporciona uma tranqilidade a

    mais para com seu passageiro, seja o

    mesmo um passageiro particular, ou

    de linhas areas, na aviao geral.

    Falando em voar na aviao geral, a

    mesma um modo seguro de

    transporte, mas com a ferramenta do

    bom julgamento na cabine. Isto pode

    se tornar ainda mais seguro.

    A partir de um acidente com um

    Lockheed Tristar que se chocou

    contra o solo prximo a Miami no

    ano de 1972 em que a tripulao se

    F

  • 23

    concentrou em resolver uma pane de

    indicao causada por uma lmpada

    de aviso defeituosa e desconsiderou

    o alarme de altitude, as companhias

    areas e rgos de segurana de vo

    comearam a se perguntar como

    tripulaes bem treinadas podem

    cometer erros por vezes grosseiros.

    Em um outro caso ocorrido com um

    DC-8 da Unidet em 1973 a

    tripulao com larga experincia

    acabou por efetuar uma pouso de

    emergncia fora do aeroporto e com

    os quatro motores apagados devido

    pane seca. A origem do problema foi

    uma pane no trem de pouso e

    enquanto se executavam os

    procedimentos previstos no foi

    definido um responsvel por

    monitorar o combustvel

    remanescente sendo este checado

    aleatoriamente por cada um dos

    membros da tripulao.

    O treinamento de gerenciamento de

    recursos de cabine de comando

    conhecido como C.R.M. (Cockpit

    Resourse Management) e faz

    referncia ao uso eficiente destes

    recursos. Esta instruo deve-se

    concentrar no funcionamento da

    tripulao como um grupo integrado

    e no como uma reunio de pessoas

    tecnicamente competentes

    trabalhando separadas. A diviso dos

    trabalhos na cabine de comando ,

    assim como, a delimitao das

    funes do comandante e do co-

    piloto deve obedecer certas normas.

    Os cursos de C.R.M. tm por

    finalidade prover treinamento aos

    membros da tripulao tcnica de

    forma que consigam atuar como uma

    equipe, dividindo as tarefas do vo

    de forma coordenada e com

    superviso mtua, sem sobreposio

    das aes. A cada dia que passa tal

    treinamento se torna ainda mais til

    e indispensvel, principalmente em

    situaes de sobrecarga de trabalho

    no cockpit, como uma arremetida,

    voando em espaos areos

    congestionados ou na existncia de

    uma pane. Por outro lado, a falta do

    mesmo ou a no utilizao de seus

    conceitos pode levar a erros

    absurdos como aqueles ocorridos no

    Varig 277, que executou pouso

    forado no meio da mata, prximo a

    Alta Floresta, onde o comandante

    desconsiderou a opinio do co-

    piloto. Entre tantos erros, o

    gerenciamento de cabine

    simplesmente no existiu.

    O conceito C.R.M. pode e deve

    trazer muitos ensinamentos no

    somente para pilotos, mas a todos

    aqueles envolvidos com a segurana

    de vo como por exemplo, os

    profissionais de proteo ao vo;

    controladores e operadores de

    estao aeronutica.Afinal estes

    profissionais devem trabalhar

    tambm na velocidade das aeronaves

    que atendem, ou melhor, devem

    estar a frente das mesmas e sempre

    prontos para lidar com situaes

    anormais de maneira coordenada. De

    certo modo o servio de proteo ao

    vo uma forma de gerenciamento,

    s que da evoluo do trfego areo.

    O ponto que nos leva ao C.R.M. o

    gerenciamento dos recursos

    disponveis nos rgos ATS, sua

    utilizao e como os controladores e

    operadores trabalham com os

    mesmos pois no tm que trabalhar

    somente com a freqncia rdio mas

    com outros equipamentos e fatores

    como linhas de comunicao com

    outros rgos, a meteorologia,

    registro de informaes e a prpria

    comunicao entre os mesmos

    durante o desenvolvimento do

    servio. Os rgos ATS devem

    tambm ter bem definidas as tarefas

    e aes que devem ser tomadas por

    cada um, sem sobreposio mas com

    superviso para que as mesmas

    sejam rpidas porm acertadas. Em

    alguns locais porm, devido ao

    baixo volume de trfego, o servio

    AFIS feito por apenas um

    operador.

    Os pilotos no tm como enxergar o

    quanto est atarefado o operador do

    orgo assim como os controladores e

    operadores no tm como saber o

    que se passa na(s) cabine(s) de

    comando, portanto cabe ambas as

    partes evitar interpelaes ou

    questionamentos desnecessrios,

    evitando atrapalhar o gerenciamento

    do servio de cada um. Devemos

    sempre pensar na questo

    gerenciamento de recursos como uma doutrina a ser seguida e

    estudada.

    Pensem bem comandantes e co-

    pilotos.

    Tiago Balduino Ricci

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