Revista IT Forum Edição 01

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA Abril de 2014

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA

Abril de 2014

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REVISTA IT FORUM

6 itforum365.com.br

38 ANTES DA TI, A ESTRATÉGIAA evolução do papel do CIO brasileiro que, cada vez mais, reporta-se diretamente à presidência executiva local

48 PARABÉNS, WWW!World Wide Web completa 25 anos. O que esperar dos próximos 25?

66 CONEXÃO PARA VESTIROs dispositivos vestíveis, ou wearables, dão sinais de rápido crescimento. Já é hora de se preparar para o impacto no mundo corporativo

14 INTEGRAR É PRECISOcomplexidade ao unir sistemas e pressão por eficiência foi o cenário de Denise Ciavatta, do Grupo Latam Airlines, em uma das principais fusões de empresas de aviação na América Latina

20 NOVAS RELAÇÕESLíderes de negócio ganham poder de negociação e compra de tecnologia, com impacto na indústria e na TI Corporativa – principalmente para o CIO

REVISTA IT FORUM • ABRIL 2014

14ÍNDICE

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Revista IT Forum | Abril 2014 7

14

4820

8 EXPEDIENTE

10 EDITORIAL

82 INFO

FIXAS

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VITOR CAVALCANTIEditor de TI

[email protected]

FRANCISCO YUKIO PORRINOEditor de Arte e Ví[email protected]

KAREN FERRAZRepórter de TI [email protected]

FELIPE DREHEREditor Adjunto de [email protected]

MIGUEL PETRILLIVice -presidente [email protected]

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GABRIELA STRIPOLIEditora Adjunta de [email protected]

PRESIDENTE EXECUTIVO ADELSON DE SOUSA • [email protected]

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Paraná: Heuler Goes dos Santos • [email protected]

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Planalto Central (DF e GO): Gaher Fernandes • [email protected]

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Mauricio Caixeta • [email protected]

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Rio de Janeiro: Sidney Lobato • [email protected]

(21) 2275-0207 – (21) 8838-2648

Santa Catarina: Lucio Mascarenhas • [email protected]

(48) 3025-2930 (48) 7811-4598

USA: Huson International MediaTel.: (1-408) 879-6666 West Coast | Tel.: (1-212) 268-3344 East Coast

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CONSELHO EDITORIAL TIFábio Faria CIO da CSNJosé Luiz Rossi CEO da CPM Braxis CapgeminiLísias Lauretti CIO da Serasa ExperianSérgio Lozinsky SLozinsky Consultoria de NegóciosTereza Cristina Carvalho Professora e coordenadora do LASSU/USP

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André CAvAlliGerente Executivo

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GAbrielA viCAriGerente de Marketing Fóruns [email protected]

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brunO CAviniProdutor de Arte e Ví[email protected]

MArCelO nuCCiGerente Comercial Mídia TI

[email protected](11) 97144-2540

MárCiO liMAGerente de Relacionamento com [email protected]

ChristiAn lOpes hAMburG Gerente de Negó[email protected](11) 97144-2547

eMAnuelA ArAújOGerente Administrativa e Operaçõ[email protected]

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ENTREVISTA

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Mundo novo

rabalhar com o mercado de tecnologia talvez seja um das atividades mais pra-zerosas. Trata-se de uma indústria que te abre uma série de possibilidades, te abraça com novidades o tempo todo e, ao mesmo tempo, te insere num con-texto de regras e governan-ça que auxilia na formação pessoal e profissional. É verdade, também, que esse

VITOR CAVALCANTIEDITOR

[email protected]

ITF

mundo novo a que somos convi-dados a experimentar diariamente pode assustar.

Ele nos traz desafios muitas ve-zes impensáveis. Há dez anos a in-dústria pensaria em levar um dis-curso de tecnologia mais parrudo, envolvendo ERP, sistemas de recur-sos humanos ou CRM, para um de-partamento que não a TI da manei-ra que faz hoje por meio do que eles chamam de LoB (line of business)? O CIO há dez anos ou mais imagi-naria que seu posto seria colocado em teste por tendências tecnológi-cas que, por diversos momentos, ele titubeia em aceitar, como redes sociais, mobilidade, cloud e todo o universo da economia digital?

Da mesma maneira, o mercado é chamado a repensar modelos de negócio pelo cenário que se cria a partir de tendências que são abra-çadas pela população. Exemplos conhecidos vêm da indústria de mídia, onde se enquadra a própria IT Mídia. A forma de consumir conteúdo foi completamente im-pactada pelo comportamento das pessoas nas redes sociais e tam-bém em dispositivos móveis, obri-gando mudanças no estilo dos pro-fissionais do editorial e também no formato final de entrega, seja com

lançamento de aplicações móveis, no formato da revista e até no site de notícias.

Resolvi trazer para o editorial esse contexto de mudanças e trans-formação porque ele está permea-do em toda esta edição da Revista

IT Forum que você, leitor, tem ago-ra em mãos. A reportagem gerada a partir do IT Forum Debate, por exemplo, fala sobre essa migração de orçamento da TI para outros departamentos e como tudo isso tem sido encarado. No especial Antes da TI, a Estratégia, a prévia do estudo retrata desafios e a evo-lução do papel da TI nas grandes corporações e mesmo o texto que trata dos wearables, ou tecnologias vestíveis, te convida à uma refle-xão sobre uma nova revolução que está por explodir.

Espero que você goste do con-teúdo e tenha em mente que essa transformação e o processo de di-gitalização das empresas ainda serão bastante discutidos ao lon-go do ano, seja em nossos fóruns e debates presenciais, em nossas próximas edições impressas e tam-bém em nossa plataforma digital IT Forum 365.

Até a próxima!

T

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30 DE ABRIL A 04 DE MAIO DE 2014IBEROSTAR BAHIA HOTEL - PRAIA DO FORTE - BA

TEMA CENTRAL

A SOCIEDADEEM TRANSIÇÃO

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LUIZ FELIPE PONDÉPondé é graduado em medicina e � loso� a, tem doutorado pela USP em parceria com a Universidade de Paris e pós-doutorado pela Universidade de Tel-Aviv

Foto: Divulgação

MARIO SERGIO CORTELLA

Formado em � loso� a, com mestrado e doutorado em Educação, Cortella é professor titular da Graduação e da Pós-

Graduação em Educação e em Teologia e Ciências da Religião da PUC-SP e professor convidado da Fundação Dom Cabral. É Consultor e Conferencista nas áreas de Educação e Filoso� a e

autor de diversos livros.

PAULO VICENTE ALVESProfessor da Fundação Dom Cabral (FDC) e doutor em administração pela FGV.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

CONTEÚDO: KEYNOTE SPEAKERS

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A gastronomia do fórum será comandada por notórios chefs! Além de muito conteúdo, relacionamento e negócios, você irá saborear grandes novidades!

NOVIDADE!Luciano Boseggia

Edinho Engel

Tereza Paim

Carlinhos Awoki, com seu famoso

churrasco.Vinicius Rojo

GRANDES SHOWS, GRANDES ARTISTASApós os jantares, grandes artistas nacionais se apresentam em shows exclusivos.

Margareth Menezes

Baile do Ben (Vários artistas tocam

repertório de Jorge Ben: Toni Garrido, Margareth

Menezes, Fernanda Abreu e Serjão Loroza)

Toni Garrido

Fernanda Abreu

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

Informações sobre patrocínio ou

participação: 11 3823-6600 | [email protected]

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ENTREVISTA

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mercado de aviação é sensível. Uma operação complexa, com forte pressão para e� ciên-cia operacional, logística e também automação. No caso da TAM, a fusão com a chilena Lan e a formação do Grupo LATAM Airlines em 2010 evidenciou o trabalho da TI – não apenas para garantir a estabilidade operacional na integração de sistemas e operações, mas para estabelecer também uma governança única sem perder a peculiaridade local, dado o tamanho das operações. Tanto que a decisão foi manter as duas marcas distintas.

No Brasil, Denise Ciavatta está à frente da tecnologia como diretora Sênior de Proces-sos e Sistemas comercias do Grupo LATAM Airlines. Em entrevista à revista IT Fórum, a experiente executiva, que está há pouco mais de um ano de volta à empresa (ela foi geren-te de TI da TAM por 11 anos, até 2007), falou da fusão e da estratégia de TI do grupo, às vés-peras da Copa do Mundo, quando a estabilidade será ainda mais exigida para a empresa.

EFICIÊNCIA ACIMA

DE TUDOLÍDER DE TI DO GRUPO LATAM AIRLINES

NO BRASIL, DENISE CIAVATTA FALA SOBRE OS DESAFIOS DE INTEGRAÇÃO

E DO TRABALHO CONSTANTE PARA GARANTIR ESTABILIDADE E EFICIÊNCIA À

OPERAÇÃO DE TECNOLOGIA

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GABRIELA STRIPOLI

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Revista IT Forum | Abril 2014 1 5

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DENISE CIAVATTA, Líder de TI do Grupo LATAM Airlines no Brasil

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ENTREVISTA

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IT Forum - A gente sabe que, prin-

cipalmente em sistemas, uma fu-

são do porte da LAN com a TAM

representa uma operação sen-

sível em função do volume e cri-

ticidade. Como a TI foi inserida

nesse processo de integração?

Denise Ciavatta - As empresas como operação na indústria estão separadas, mas a gente já tem várias áreas que são corporativas e já co-meçam a ser um ambiente de estru-tura do Grupo LATAM. A estrutu-ra de TI é uma dessas áreas. Dentro dela, temos uma vice-presidência de TI no Chile, com meu chefe di-reto, o Francisco [Francisco Guim-pert, vice-presidente de Processos

e Sis-temas do Grupo LATAM Airlines]. E fizemos um desenho em que pudéssemos privilegiar o conhecimento das equipes, tanto no Brasil como no Chile, por isso, mantivemos uma estrutura importante aqui para ga-rantir o atendimento da estrutura da TAM, que é muito grande. Então, hoje tenho duas responsabilidades: pela TI no Brasil, sou ponto focal dos executivos, e como um centro de excelência dentro da TI, um con-ceito de especialização que eu faço para a área comercial da LATAM. Tenho equipes nos dois países para garantir a empresa unificada.

ITF - E na camada da própria tecno-

logia, falando em sistemas e toda a

plataforma por trás da operação?

Denise - Nesse sentido, considero que a Latam executou um proces-so bem interessante. A gente bus-cou até benchmarking com outras empresas. Considero que estamos num estágio bem avançado. Logo após a fusão, quando as duas áreas de TI já podiam se falar, trabalha-mos num projeto de conhecimento das duas empresas tanto em proces-sos, quanto em sistemas, e fizemos um desenho do que a gente entende que seria a plataforma ideal. Claro que ainda estamos na proporção 80-20, porque muita coisa ainda

tem que ser defi-

nida, mas já temos as grandes definições, um guidance d o que fazer. Isso ajuda naturalmente para um desenho de roadmap de integração e anualmente definimos as prioridades para a migração à plataforma conjunta. A LATAM tem muitos desafios de consolida-ção. Olhamos para arquitetura e as prioridades do negócio e definimos o que a gente leva. É um roadmap que não é de curto prazo.

ITF - Uma das primeiras mudan-

ças comunicadas ao mercado

após a fusão foi a mudança do

programa de fidelidade [A TAM

deixou a StarAlliance e se juntou

ao programa OneWorld]. Como

a TI participou disso, bem como

de outras decisões estratégicas

de negócio?

Denise – Como TI, parti-cipamos do projeto com

a contribuição que é esperada da TI em qualquer decisão de

negócio: implemen-tamos as mudanças

consideradas crí-ticas para

h a r m o n i -zação. A TI participa das decisões de negócio da LATAM por-que é uma governança levada para o grupo. É uma coisa que já vinha da TAM, da maneira de alinhar as iniciativas de TI ao negócio.

ITF - E como as soluções da TI

apoiam as decisões de negócio

da LATAM?

Denise - Tanto a TAM como a LAN já eram empresas altamente automa-tizadas. Nossa indústria exige isso, com muitas soluções voltadas para

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Acesse:LEIA ESTE QR CODE UTILIZANDO SEU SMARTPHONE OU ACESSE O LINK: http://GOO.GL/X3QO0O*QUER SABER COMO A LATAM ESTÁ TRABALHANDO A INOVAÇÃO? Acesse www.itforum365.com.br e faça seu cadastro para ter acesso aos conteúdos exclusivos aos membros de nossa comunidade

gestão e BI, cada um com sua plata-forma. O que naturalmente aconte-ceu durante a fusão foi que em cima das informações mais importantes, mais relevantes para tomada de de-cisão do negócio, nós construímos soluções, algumas delas temporá-rias, para ter uma visão da operação LATAM conjunta. Em paralelo, va-mos buscar no mercado alternativas que sejam soluções definitivas para LATAM – e a área de BI é uma gran-

de candidata.

ITF - Hoje a

aviação pas-

sa por um

m o m e n t o

de pressão

para eficiên-

cia operacional mui-

to forte. Como isso chega para a

área de TI?

Denise - São dois aspectos. Quan-do a gente fala de eficiência ope-racional, a TI tem que contribuir com soluções. Então a gente passa por discussões de como pode con-tribuir para redução de custos, de tempo de atendimento no aeropor-to... Tudo isso, na perspectiva de negócio, faz parte da TI. E o outro ponto é que, como área, temos pró-prios desafios de ser mais eficientes e mais otimizados como LATAM.

ITF - Há algum exemplo prático de

solução criada pensando nisso?

Denise - A operação de um projeto recentemente divulgado, o Checkin Antecipado, exclusivo na América do Sul. Hoje, o cliente já tem opção de escolher, no momento da compra da passagem, se vai realizar o che-ckin. Ou seja, ele pode comprar hoje um voo para daqui a seis meses e já fazer checkin porque cabe a nós, com até 72 horas de antecedências, identificar a escolha dele e realizar a operação. Considero um serviço bastante interessante e inovador.

ITF - E a cobrança para a TI, na LA-

TAM, a respeito da malha aérea

da Copa

do Mundo?

Denise - Eu consi-dero a TI totalmente envolvida. A gente tem feito um trabalho pre-paratório para a Copa do Mundo em todos os aspectos, operacio-nais, de melhorias, o que a gente puder fazer antes da Copa para melhorar a experiência do clien-te, simplificar a vida dele, a gente pode fazer, com total prioridade para a estabilidade da operação. Estamos reforçando nossos times de plantão, nossas equipes de apoio em campo, sistemas de ba-ckup para operação no aeropor-to... Tudo isso faz parte do Plano

Copa. A prioridade total é garan-tir a estabilidade da operação.

ITF - E infraestrutura?

Denise - Os próprios aeroportos passam por obras e temos alguns investimentos associados com um aeroporto novo, como o de Natal.

ITF - E como alcançar o equilíbrio

entre eficiência operacional e

inovação, já que os passageiros

exigem melhorias e novas tecno-

logias para checkin e uso a bordo?

Denise - Quando você estrutura e tem um direcionamento estratégico das suas prioridades, isso é automati-

camente direcionado. Na LATAM, a prio-ridade é oferecer me-

lhores serviços ao clien-te e a eficiência operacional

é uma busca constante. Na verdade, são em frentes de trabalho que a gen-te se organiza. Tanto as frentes de negócio como a TI em si são robustas o suficiente para levar esses projetos em paralelo. O que vai sempre existir é o momento ideal de estar com uma coisa ou outra no ar.

Voltando ao tema Copa, por exem-plo, a prioridade é a estabilidade, claro. Então não faz sentido nenhum uma mudança ou transformação nesse pe-ríodo. Mas essa é uma decisão pontu-al, ou seja, quando você olha para um contexto de um ano, dois anos, acaba se tornando algo pequeno. ITF

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it forum debate

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Novas rotas de acesso ao mercado

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Quem compra

aQui sou eu

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em toda a compra de tecnologia é feita no departamento de TI, quer o CIO goste ou não. Com a tecnologia cada vez mais pre-sente no dia a dia das pessoas, somada à facilidade com a qual usuários abrem o navegador e iniciam um software na nuvem, é possível que executivos das áreas de negócio sintam-se à vontade para contratação de so-luções e serviços de TI sem con-sultar o diretor de tecnologia.

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Gabriela Stripoli

O usO cada vez mais intensO de tecnOlOgia e acessO fácil à nuvem dá a líderes de negóciO autOnOmia

na cOntrataçãO de sOluções de ti, mOldandO um nOvO cenáriO dO

mercadO cOrpOrativO

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it forum debateNovas rotas de acesso ao mercado

O CIO pode até citar governan-ça e outras regras corporativas que barrariam esse fluxo, mas consulto-rias já calculam esse movimento – a IDC, por exemplo, projeta o investi-mento de US$ 6 bilhões das áreas de negócio em TI e telecomunicações neste ano, apenas no Brasil. E esse panorama foi o assunto do primeiro IT Forum Debate 2014, realizado na sede da IT Mídia, em São Paulo.

Paulo Garcia, da W Torre, vem do mercado de TI, pois ocupou o cargo de CIO da incorporadora da área imobiliária por mais de quatro anos, e antes de chegar à empresa atual havia ocupado a mesma posi-ção na Itautec por aproximadamente o mesmo período. Agora, como dire-tor de RH, ele relembra sua carreira e tenta buscar o CIO da companhia quando se vê face a uma solução tec-nológica. Mas assumiu: “É difícil sa-ber onde está a fronteira da TI”.

Isso porque os próprios forne-cedores o procuram, ou seja, que-rem falar com o líder da área usu-

ária para oferecer um produto. “O que eles querem apresentar numa solução é interessante porque ela não é puramente tecnológica. Eles podem vender um serviço, um out-sourcing, até pesquisa e conteúdo”, enumera o executivo.

E há casos em que o CIO pode ser até um “entrave” numa nego-ciação, nas palavras da diretora de vendas da SAP, Carolina Bastos. “Ele pode não ser o líder do projeto, mas no fim, quem executa é a parte de TI. E tem que dar certo, porque se não rolar, é ruim para todo mun-do”, enfatiza. A companhia trabalha com estratégia de vendas para cada

setor – marketing, vendas, RH, cada departamento recebe diferentes abordagens da fornecedora alemã.

Segundo a executiva, pesquisas conduzidas pela própria SAP dão conta da participação da linha de negócio em 80% dos novos proje-tos que envolvem tecnologia; sendo 53% liderados por esses executivos. E esse aspecto é justificado. “A de-cisão final é sempre do usuário. Se ele não comprar a ideia, não vai ter sistema”, complementa Garcia.

Prejuízos

É claro que esse cenário traz uma série de desdobramentos – guerra

Paulo Garcia, diretor de rH da WTorre

carolina BasTos, diretora de vendas da saP

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por orçamentos, descontrole das so-luções de tecnologias adotadas pela empresa, e até um certo “ciúme” do líder de TI por não ser mais o deci-sor final na contratação. O problema mais mensurável, contudo, está no custo financeiro de soluções, seja por perda de produtividade ou de tempo no gerenciamento de am-bientes tecnológicos, realizado por esses “gestores de TI involuntários”.

E esse prejuízo pode alcançar US$ 24 bilhões ao ano, de acordo com um levantamento realizado pela AMI-Partners a pedido da Microsoft, com pequenas e médias empresas de todo o mundo. O montante contrasta

com os US$ 83 bilhões investidos por companhias desse porte em tecnolo-gia e comunicações.

Na prática, há inúmeras possi-bilidades que acarretam essa cifra. O presidente da Avanxo no Brasil, Carlos Morais, diz que possui al-guns clientes os quais os geren-tes de cada área de negócio usam marketplaces de tecnologia para a compra de assinaturas de softwares e soluções de cada área na nuvem. A integradora vende soluções da Salesforce.com há anos, e por isso está habituada às facilidades que a computação em nuvem inseriu no cotidiano das áreas, e às imensas

Carlos Morais, presidente da avanxo Brasil

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Pesquisas conduzidas Pela PróPria saP dão conta da ParticiPação da linha de negócio em 80% dos novos Projetos que envolvem tecnologia; sendo 53% liderados Por esses executivos

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it forum debateNovas rotas de acesso ao mercado

possibilidades de compra de solu-ções de nicho.

Apesar da facilidade e agili-dade, o alerta soa alto. “Isso não é a recomendação nunca. Tem maneiras e maneiras de se fazer isso. Às vezes, [a solução com-prada] não conversa com o que a empresa tem, e precisaria de inte-gração”, conta.

Para identificar quando marke-tplaces e a compra independente pode ser boa, simplificadamente, Morais recomenda manter duas áreas sempre sob o guarda-chuva do CIO: infraestrutura e seguran-ça. “Se não tem integração, não tem interferência para o negócio, é algo ‘spot’. Eu, por exemplo, comprei os serviços de RH do Linkedin por minha conta, sem consultar a TI”, exemplifica Garcia, da W Torre.

Um novo papel para o CIo

O presidente da Avanxo fala em um “equilíbrio de forças” en-

tre a TI e as áreas de negócio e um novo set de habilidades que o CIO precisa desenvolver para essa etapa do mercado. “Hoje, eu não sou um vendedor de software. Eu vendo soluções. E, assim como eu, o CIO precisa ter um discurso em conjun-to com o que a empresa precisa e as necessidades do negócio, e passar isso para o CMO, COO”.

E caso o diretor de tecnologia não se aproxime do contato com as outras áreas, conhecendo a disponibilidade de soluções e ferramentas para cada uma delas, seu papel se reduz a um gerente de contratos. “As áreas de TI se reduzem ano a ano e os serviços estão sendo passados para fora. Fica o CIO sozinho, cuidando dos contra-tos”, observa Garcia.

E essa postura é compartilhada por outros profissionais na TI Cor-porativa. Na plateia, Marcelo Câ-mara, gerente de segurança do Bra-desco, enfatizou que o CIO está tão envolvido na manutenção da rotina

e que muitas vezes não dá ouvidos para a demanda de negócio.

E até por isso a indústria reco-nhece que a entrada no mercado está em outras portas. No caso da SAP, isso se reflete no posiciona-mento de marca da companhia para o mercado. Há dois anos, a empresa criou uma iniciativa in-titulada “Novas Rotas de Ida ao

Mercado”. Antes conhecida como uma fornecedora de ERPs, a ale-mã passou a adotar o discurso de soluções e resultados para cada departamento, sedimentada pela aquisição de empresas de tecnolo-gias específicas para cada área – a compra da SuccessFactors, fornece-dora de soluções de recrutamento e recursos humanos, feita em 2011 por US$ 3,4 bilhões; e da Ariba Ne-twork, de processos de negócio em nuvem, realizada em 2012 por US$ 4,3 bilhões, são alguns exemplos.

“O CIO perdeu importância sim. Hoje, as posições que eram direto-

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it forum debateNovas rotas de acesso ao mercado

res viraram gerentes, tem empresas nas quais ele não senta mais no bo-ard. É a realidade, porque o ERP vi-rou um commodity, não traz dife-rencial nenhum”, entende o diretor de RH. Ele cita ainda a existência de muitos diferenciais competiti-vos gratuitos na internet, facilmen-te adotados pelos departamentos, eliminando a participação do dire-

tor de TI na negociação. “Isso você não vai passar para o CIO antes de adotar. Serviços do Google, para o pessoal do marketing, por exemplo,

são um tremendo diferencial para o dia a dia”, acredita o diretor de RH.

O negOciadOr

Tudo isso, no entanto, não sig-nifica que o CIO irá desaparecer e que cada área terá a decisão por si própria da compra de tecnologia. Regina Pistelli, CIO do Grupo ABC, companhia da área de mídia – jus-

tamente o setor citado por Garcia frente a tantas possibilidades gra-tuitas e na nuvem – vê essas mu-danças como “um caminho sem

volta”, mas o fato de cada vez mais os negócios dependerem do mundo digital é crucial para a existência de um líder de tecnologia.

“O que acontece no Grupo ABC é primeiro procurar sua solução, depois procurar a TI. Você tem que se relacionar muito com seus pares, se comunicar muito bem. Senão, é isso mesmo: a área está fazendo al-

guma coisa com TI, mas não te con-sulta”, expôs a executiva, da plateia.

Ela mencionou um caso recente, quando a diretora de RH teve contato com a SAP. E foi então que o bom re-lacionamento com a liderança em TI permitiu a condução de uma negocia-ção clara, traduzindo as especificida-des tecnológicas para o departamen-to, quando tanto o fornecedor quanto o usuário e o mercado estavam ali-nhados nos objetivos e linguagens.

O líder de negócio e a indústria estão alinhados e já negociam jun-tos. Cabe a você, líder de TI, partici-par dessa mesa. itf

Hoje não sou vendedor de software. eu vendo soluções. e, assim como eu, o cio precisa ter um discurso em conjunto com o que a empresa precisa e as necessidades do negócio, e passar isso para o cmo, coo

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indústria

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Um ano como qUalqUer oUtro (mas Um poUco diferente)

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Ú

Felipe Dreher

Cenário apontava para muitas inCertezas no merCado brasileiro para 2014. indústria preparou as estratégias e vem enfrentando um trimestre atípiCo de arranCada

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Revista IT Forum | Abril 2014 2 9Revista IT Forum | Abril 2014 2 92 92 9

EDUARDO GALLO, DA SERVICE IT: “Fala-se muito de inovação, mas o mercado acaba comprando o feijão com arroz”

ÚAs reticências pairavam e não era só

pelo calendário: possibilidade de termos um ambiente estranho até o fim do carna-val, que caiu em março; muitos dias de in-terrupções no trabalho e na produção em junho/julho por conta da Copa do Mundo; e ainda um contexto de instabilidade até a definição nas urnas que elegerão o polí-tico que governará o País pelos próximos quatro anos, em pleito programado para o segundo semestre.

Na verdade, o sinal de alerta se acen-deu na indústria antes mesmo do tercei-ro trimestre do ano passado. Outro fator surgia para compor o contexto: economis-tas vinham rebaixando sistematicamente suas previsões de crescimento da econo-mia nacional.

Mas as previsões do futuro são interes-santes por diversos fatores. Nem sempre estão certas e permitem adotar uma pos-tura mais adequada para as tempestades que se formam ao longe.

E é basicamente esses pontos que, de certa forma, vêm dando a tônica para o ano que se desenrola. Até o momento, um mix entre esses dois fatores permeia as rotinas de quem vende TI.

ltimo trimestre de 2013. Havia certa apreensão no ar, executivos olhavam o horizonte com dúvidas a respeito do que esperar de 2014. O CEO da BRQ IT Services, Benjamin Quadros, chegou cunhar, na ocasião, o termo “o ano de cinco fevereiro” para definir o futuro próximo que se desenhava. A fra-se, uma alusão ao mês tradicional pelo carnaval (evento que, quando acaba, informalmente marca o reinício da vida econômica do País), resumia um pouco a sensação geral na indústria.

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indústria

O fatOr psicOlógicO

Muitos acusam que 2014 se inicia bem interessante. “Começou melhor do que esperávamos”, reconhece Benjamin Quadros, citado no início desse texto e presidente da BRQ IT Services, quando questionado sobre o desempenho de sua empresa em janeiro e fevereiro. A promessa de um ano ruim, pelo menos a prin-cípio, não se concretizou. Diversos executivos com quem conversamos revelaram situação similar.

Se essa reportagem fosse feita há seis meses, Roberto Dariva, CEO da Navita, possivelmente estaria com uma bandeira levantada em meio ao bloco dos empresários pessimis-tas. “Mas 2014 começou surpreen-dendo”, pondera. “Algumas coisas

Foto: Caroline Bittencourt

RodRigo PaRReiRa, da PRomonLogicaLis: três componentes movem projetos e impulsionam a indústria de Ti no mercado brasileiro: crescimento orgânico, compensação de demandas reprimidas e inovação

de dezembro espirraram para o começo desse ano”, comenta o executi-vo que, mesmo com economia difícil, espera crescer 25% até dezembro.

A Service IT também sentiu essa continuidade de projetos. 2014 co-meçou como se 2013 não tivesse acabado para a integradora, que preten-de crescer 20% e faturar R$ 86 milhões este ano. Há, contudo, algumas diferenças que valem ser salientadas.

Eduardo Gallo, presidente da provedora, cita que não concordava com seus pares que previam que o ano seria atípico ou extremamente ruim. Em visita a clientes, na hora do cafezinho, até ouvia seus inter-locutores citarem Carnaval, Copa, eleições, “mas quando sentávamos para conversar, os projetos continuavam de pé. Ninguém me dizia que iria investir menos”, comenta.

trimestre a trimestre

No curso normal das coisas, o segundo semestre é sempre mais agi-tado para a indústria de tecnologia em comparação ao primeiro. Um componente interessante é a sazonalidade. Questionamos na pesquisa Radar TI, realizada em parceria com a Advance Market, empresários da área para compreender suas expectativas e, na sua percepção, não haverá impactos dos grandes eventos em sua sazonalidade de vendas.

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INDÚSTRIA

A opinião de Rodrigo Parreira, CEO da PromonLogicalis para a América Latina, é diferente do que mostrou a pesquisa: “Se olhar minha estrutura, nossa análise aponta que a demanda do Q2 [junho/julho/agosto] vai ser antecipada e não prorrogada, revertendo um primeiro trimestre forte em vendas, um segundo trimestre forte em receita e uma retomada de vendas no Q3”, detalha. A mesma percepção é compartilhada por Dariva, da Navita.

Como várias empresas relataram uma ótima arrancada de ano, nada mais justo questionar o motivo para esse aquecimento nos negócios, atí-pico ao primeiro trimestre. “Não tenho essa resposta, mas tenho algumas suspeitas”, reflete Gallo, que não descarta algo relacionado a antecipação por parte dos compradores. “Acho que projetos não comprados no ano passado, foram tratados agora”, opina. Ele cita que, historicamente, negó-cios prospectados e não fechados até o final de dezembro normalmente somem das prioridades das companhias para o exercício seguinte. Isso, na sua visão preliminar, está diferente agora.

Mas o “fator Copa” pode estar envolvido nesse comportamento? “Pode ser, mas talvez seja algo muito mais psicológico do que real. O CIO não diz que compra projeto agora por conta do evento”, adiciona o líder da Service IT.

De fato, o executivo se assume um pouco cético quanto ao planeja-mento na América Latina. Aí pode estar outro ponto para responder à questão (que traz ainda um alento para quem vende tecnologia). “Nós, os latinos, somos muito mais instintivos e inventivos. Acho que se o cliente está antecipando o investimento e aquele investimento der um resultado para ele, duvido que não continue fazendo outros investimentos ao longo do ano. Óbvio que todo cliente começa o ano com orçamento X para gas-tar. Se comprou mais agora, é possível que compre menos depois.”

CHOQUE DE REALIDADE

Aparentemente, a expectativa de um calendário difícil e a possibilida-de real do baixo crescimento econômico fez os provedores de tecnologia prepararem suas estratégias para o ano. “Lá por setembro tinha muita coisa para acontecer e ninguém tomava decisão. Na ocasião, parece que houve um freio nos investimentos”, recorda Dariva. “O que fizemos? Mu-damos a estratégia”, resume.

O executivo detalha que a empresa mexeu em processos, adequou margens, mirou maior volume e criou uma abordagem modular para suas ofertas. Segundo ele, esse conjunto, preparou a empresa para um cenário turbulento.

A preparação na Promon considerou também fortalecimento do portfó-lio e adição de conceitos que considera relevante para o momento pelo qual passa a indústria. Afinal, aos poucos percebe-se uma mudança no papel

Fatores internos e externos que devem impactar negativamente a empresa em 2014

• Falta de mão de obra qualificada• Economia fraca, inflação e câmbio• Falta de planejamento e marketing

Setores vistoscomo promissores pela indústria

• Varejo• Serviços• Telecom• Logística

Verticais vistas com investimento médio em TI

• Finanças• Utilities

Segmentosencarados com investimentofraco este ano

• Manufatura• Governo

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indústria

Abril2013 2013 2013 2014

Julho Setembro Fevereiro

Expectativas quanto ao crescimento do PIB

Crescimento do mercado de TI

Crescimento das empresas entrevistadas

2,5%

1,6%

3,2%

14,3

%

2,3*1,961,70**

7,17%

15,77%

13,9

%

7,37

% 13,1

7%

1,92

%

1,9%

3,7%

10,3

%20

,98

Pib brasileiro realizado 2013Projeção para 2014 dos empresariosProjeção do pib para 2014 / governo

Expectativa de crescimento do mercado de TI para 2014

Expectativa de crescimento do mercado de TI para 2014

do gestor de TI. Esse novo CIO, na visão de Parreira, atuará mais como um gestor de portfólio de serviços, com discurso alinhado à estratégia das organizações.

Apesar dessa inevitável mudan-ça em quem compra tecnologia nas corporações, por enquanto, os pro-jetos concretizados são conhecidos: outsourcing, virtualização, banco de dados, infraestrutura para rodar ERP. A indústria assume a missão e reconhece a importância de levar no discurso questões como cloud, big data e social. O primeiro conceito de certa maneira já decolou, o restante ainda soa como algo um pouco dis-tante. “Fala-se muito de inovação, mas o mercado acaba comprando o feijão com arroz”, comenta Gallo.

No mesmo questionário que indagamos sobre a sazonalidade esperada de vendas, perguntamos aos executivo à frente de empresas que vendem tecnologia o sentimento quanto à economia nos próximos meses. Eles apon-taram uma expectativa de crescimento da economia brasileira na casa de 2% sobre o ano passado.

“No fundo, tem um lance que, quando dizem que o país vai crescer 1%, é preciso considerar que isso se trata de uma média. Algumas indústrias avançarão 10% e outras encolherão. Quem se posiciona tem chance de ser bem sucedido”, pondera o CEO da PromonLogicalis.

Nesse cenário, um fenômeno que não se pode esquecer é que a indústria de TI vem registrando desempenho descolado do PIB. Os mesmos executi-vos que apontaram para uma taxa baixa de expansão econômica acreditam em crescimento de 7% nos resultados do setor de tecnologia da informação no País, afinal, o discurso é: tecnologia é uma arma poderosa para reduzir custos e garantir eficiência em tempos de crise.

Parreira faz uma breve análise do que vê Brasil afora e que resume essa questão. Na sua avaliação, em mercados de TI não tão maduros, como é o caso do brasileiro, há três componentes que movem a indústria e geram projetos: crescimento orgânico, compensação de demandas re-primidas e inovação. “São vetores que se somam”, julga, para adicionar:

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Revista IT Forum | Abril 2014 3 5

24,26%

26,09%

hardware

software

serviço

15%

35%

50%

26,5%

23,14% 25,76%

25,02%26,85%

22,36%

Q1Q2

Q3Q4

Sazonalidade de vendaS

Faturamento por categoria de oFerta

*Ainda não confirmado pelo governo**Relatório Focus/Banco Central

2013 2014

“Ainda tem muita lenha para quei-mar nessas frentes”.

O segredo para captar isso tem sido uma postura realista/pessimista nas projeções durante o planejamento. E aí, como diz Quadros, o empresário precisa “trocar a cabeça de um cenário de crescimento para um de conserva-dorismo”. A provedora de serviços, mesmo assim, espera crescer 20% este ano e atingir um faturamento de R$ 550 milhões. A projeção da BRQ não destoa muito da taxa de crescimento do mercado. As empresas brasileiras de TI, em média, esperam que seu faturamento cresça em torno de 16% esse ano em comparação com 2013.

Tudo bem enTão?

Temos visto que as coisas andam

animadas no lado da indústria, mas isso significa que será um ano como qualquer outro? “Não. Vai ser um ano cheio de emoções. Com inseguranças econômicas, políticas e sociais”, comenta o líder da BRQ.

Perceba que falou-se bastante em planejamento estratégico, mas, talvez, mais importante que isso, tempos incertos pedem execução. Não podemos esquecer que “o papel aceita praticamente tudo”. Agora, colocar em práti-ca o que foi planejado é algo para profissionais. “O que fazemos? Gestão financeira na vírgula e valorizar e reter os melhores profissionais”, afirma Quadros, cuja empresa direciona bastante atenção à execução da estratégia.

Se o Carnaval passou batido, talvez seja bom a indústria manter o sinal amarelo ligado para Copa do Mundo (não dá para descartar greves, mani-festações e outros fenômenos) e eleições. Apesar de ser um evento que ocor-re a cada dois anos e, ao que tudo indica, não haverá rupturas estruturais independentemente de quem levar o pleito, trata-se de algo que mexe com o cenário macroeconômico brasileiro.

Ainda é cedo para afirmar com precisão como as coisas tendem a se desenrolar até dezembro. Possivelmente, 2014 será um ano como todos os outros, isto é, cheio de peculiaridades, oportunidades, desafios, vitó-rias e derrotas. O importante é não perder o foco nos objetivos e correr atrás das metas.

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA

3 8 itforum365.com.br3 8 itforum365.com.br

Vitor CaValCanti

Presençaestraté gica

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Revista IT Forum | Abril 2014 3 9

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ApesAr dos desAfios crescentes à posição de cio, nos últimos quAtro Anos, Aumentou o número de executivos de ti entre As 500 mAiores empresAs do pAís que respondem diretAmente Ao presidente

estraté gicaLay_antes da ti CIO_CEO.indd 39 27/03/14 16:22

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA

izer que o CIO tem ampliado seu papel estratégico dentro das empresas em um mo-

mento em que se enxerga grandes desa� os à carreira nesta posição pode parecer apenas mais um tex-to motivador ou de embasamento raso. Mas, ao menos entre as gran-des corporações, se observa uma guinada ao digital de tal forma que o executivo de TI – aquele preparado ou aberto ao novo – ganha um pa-pel fundamental, seja na busca por inovação tecnológica que possa ser aplicada numa transformação em-presarial ou numa virada no mode-lo de negócio, na integração das tec-nologias e dos anseios tecnológicos dos demais departamentos.

O assunto em questão virou pau-ta da Revista IT Forum quando, na análise dos resultados prévios do es-tudo Antes da TI, a Estratégia, produ-zido pela IT Mídia em parceria com o consultor de TI Sérgio Lozinsky, e comparando os números com os resultados dos três anos anteriores, observou-se, entre as 500 maiores empresas do Brasil, um aumento no porcentual de executivos de TI que respondem diretamente à presidên-

cia. É verdade, também, que nesse perfil de corporação muitos execu-tivos já assumiram uma postura de ‘homem de negócio’ há algum tempo e muitos deles acumulam outras responsabilidades, como operações e supply chain.

Vamos aos números. Quan-do questionados sobre como a TI estava posicionada na empresa, 47% dos CIOs participantes deste ano disseram que reportavam di-retamente à presidência. Em 2011, primeiro ano do estudo, esse índi-ce era de 35,4%. Ao mesmo tempo, caiu o porcentual de executivos que respondem diretamente à área financeira, saindo de 33% em 2011 para 27% em 2014. Houve ain-da queda entre os que respondem a uma TI regional ou global, e isso pode ser reflexo de mudanças no mercado - diversas empresas se reestruturaram nos últimos anos e criaram no Brasil suas lideran-ças regionais. E está praticamente estável, na casa dos 17%, os CIOs que respondem para uma área de negócio que não finanças.

Talvez este último item seja de importante observação. Como

muitos departamentos têm con-quistado um orçamento próprio para compra de aplicações tecno-lógicas, fala-se muito na perda de importância do CIO ou em uma mudança tão radical no perfil do executivo hoje líder de TI que cul-minaria até com o fim da posição no formato que conhecemos atu-almente. Alguns radicais arriscam a dizer que, a depender do andar das coisas, a área voltaria ao status de gerência, respondendo para al-guma área de negócio, deixando de ser compradora exclusiva e até perdendo o posto de consciência tecnológica da corporação – algo muito difícil de acontecer.

É verdade que muitos depar-tamentos têm ganhado um orça-mento específico para investir em tecnologia sem mesmo ter que passar pelo crivo da TI, diversos estudos de mercado apontam essa tendência, mas não há nada de apocalíptico nisso. O marketing surgiu como um dos precursores desse movimento, por trabalhar com prazos diferentes de outras áreas e ter, em diversas ocasiões, a agilidade como fator fundamen-

DÉ VERDADE QUE MUITOS DEPARTAMENTOS TÊM GANHADO UM ORÇAMENTO ESPECÍFICO PARA INVESTIR EM TECNOLOGIA MESMO SEM PASSAR PELO CRIVO DA TI

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Revista IT Forum | Abril 2014 4 1

Subordinada à presidência

Subordinada à área fi nanceira

Subordinada a outra diretoria de negócios

Subordinada a uma área de TI regional ou global

Funciona como uma empresa à parte, prestando serviços ao grupo

COMO A TI ESTÁ POSICIONADA NA ORGANIZAÇÃO?

2014

47,4% 37,9% 32% 35,4%

27,4% 33,3% 37% 33%

17,9% 16% 21% 17,7%

7,4% 11,5% 9% 10%

0% 1,3% 1% 3,8%

2013 2012 2011

tal de sucesso. E quando se fala em uma era mais digitalizada com ini-ciativas em analytics, redes sociais e CRM, os prazos impostos pela TI tradicional são considerados dema-siadamente morosos, culminando em ações mais independentes. Hoje, inclusive, já despontam comporta-mentos similares no RH e supply chain, por exemplo.

Quando se olha o lado do fabri-cante, os desdobramentos também são visíveis. As grandes empresas têm investido em uma abordagem

chamada em inglês de LoB (sigla para Line of Business), ou executivos que atendem especificamente as li-nhas de negócio. Mas é interessante observar que, apesar dessa configu-ração, o discurso da indústria não fala em abandonar o contato com o CIO, que, para eles, continua sendo uma figura importante no sentido de trabalhar integração, garantir mais inteligência ao negócio e mesmo em muitos casos referendar a solução do ponto de vista tecnológico. Ou seja, ainda que o orçamento esteja em ou-tro departamento, o trabalho conjun-to é ideal para a corporação e até para o futuro do projeto.

Em uma breve análise, o con-sultor parceiro da IT Mídia para o Antes da TI, a Estratégia, Sérgio Lo-zinsky, lembrou que o tema tecno-logia da informação tem se tornado cada vez mais complexo, com multi-plicidade de técnicas, processos, for-necedores e áreas funcionais aten-didas – ressaltando que essas áreas não ficam passivas esperando uma ação da TI, mas vão atrás, testam e muitas vezes têm orçamento para compra de determinada solução. “E

isso requer uma liderança mais bem preparada, com muita experiência e integrada ao negócio. O diretor da área, portanto, precisa ter um status similar aos dos demais executivos da empresa”, resumiu.

Muitas companhias, lembra o consultor, já reconhecem e praticam a ideia de que o departamento de TI é extremamente estratégico ao ne-gócio e capaz de liderar ou suportar grandes mudanças. Já em relação à subordinação financeira, Lozinsky entende que os números mostram uma evolução natural do mercado, uma vez que o controle financeiro sob a TI podia representar conflito de interesses já que outras direto-rias poderiam demandar projetos maiores, mais caros e mais impor-tantes e não necessariamente con-seguirem aprovação, já que a análi-se levava em consideração apenas a questão financeira.

Voltando um pouco ao próprio perfil desse CIO, que participa do conselho, de discussões altamente es-tratégicas e circula bem entre as áreas de negócio – algo que levamos para o IT Forum 2013 sob o tema “O CIO que

AINDA QUE O ORÇAMENTO ESTEJA EM OUTRO DEPARTAMENTO, O TRABALHO EM CONJUNTO É IDEAL PARA A CORPORAÇÃO.

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA

você precisa ser: mudar ou mudar, essa é a realidade do executivo de TI. Mas como fazer essa virada?” -, pou-cos executivos conquistaram o posto de destaque atual apenas por mérito próprio ou pelo valor agregado ao negócio, como ressaltou Lozinsky. Muitos vieram de outras empresas, alguns assumiram e estão em pro-cesso de transição, alguns ainda estão em preparação, embora já ocupando espaço, e outros, sim, previram algo diferente pelo caminho, buscaram conhecer cada vez mais de negócio e se converteram no CIO padrão que o mercado quer: um executivo de ne-gócio que se comunique bem, tenha

espírito de liderança, saiba reter e trabalhar talentos, tenha ótimo rela-cionamento com os demais departa-mentos (até para garantir uma inte-gração ao negócio), seja capaz de fazer as perguntas corretas em reuniões de planejamento estratégico e, obvia-mente, conheça TI, mas com a sensi-bilidade de entender quando e como determinada tecnologia pode ajudar a suplantar um desafio e saber expor esse posicionamento de maneira clara e entendível por quem não detém o conhecimento técnico.

Assim, voltamos ao início do tex-to. Mesmo com pressão por redução de custo, mais eficiência e necessida-

de de trabalhar integração cada vez maior com as áreas de negócios, não foi uma surpresa constatar o cres-cimento de CIOs que respondem diretamente à presidência. Existe, sim, um espaço para evolução do de-partamento e do líder da área, como pontuam diversos especialistas. E entre corporações que atingiram um nível elevado de maturidade de TI, a área não é vista como centro de custo há tempos, assim como já é encarada como braço estratégico, sobretudo, em momentos de trans-formações como o atual, marcado por um acelerado processo de digi-talização dos negócios. ITf

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA

Desde o início do estudo, mobilidade e segurança estiveram na lista das dez tec-nologias foco para CIOs das 500 maiores do Brasil, com destaque para 2013 e 2014, quando esses dois tópicos ocuparam o topo da lista. Isso pode ser traduzido da seguinte maneira: além de todo o movi-mento de se investir em tecnologias mó-veis de maneira geral, segurança ocupa um espaço cada vez maior na estratégia corporativa, culminando inclusive com

uma liderança de SI independente da TI. E mais que isso, muitas empresas entende-ram que, para o sucesso de um projeto mó-vel, segurança precisa estar presente des-de a sua concepção para evitar problemas com vazamento de dados e até mal uso do dispositivo. Voltando à lista, na prévia de 2014, pela primeira vez surgem nuvem pú-blica e redes sociais, mostrando mudança no comportamento dos executivos e até na estratégia corporativa.

Força

2014

MóvelPorcentual

70,10%

65,40%

61,70%

52,30%

51,40%

43,00%

42,10%

39,30%

29,90%

28,00%

Tecnologia

Mobilidade

Segurança da Informação

Sistemas de gestão empresarial (ERP + CRM + BI)

Backup site / data center / Contingências

Aplicações web

Virtualização

Cloud computing (private cloud)

Ferramentas de colaboração

Redes sociais

Cloud computing (public cloud)

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Revista IT Forum | Abril 2014 4 5

2011

2012

2013Porcentual

81,40%

69,20%

59,60%

53,80%

52,60%

50,60%

48,70%

45,50%

36,50%

30,10%

Porcentual

72,83%

63,04%

57,61%

57,61%

56,52%

55,43%

50,00%

35,87%

33,70%

31,52%

Porcentual

72,83%

63,04%

57,61%

57,61%

56,52%

55,43%

50,00%

36,96%

33,70%

31,52%

Tecnologia

Segurança da Informação

Aplicações web

Mobilidade

Virtualização

Sistemas de gestão empresarial (ERP + CRM + BI)

Backup site / data center / Contingências

Ferramentas de colaboração

Cloud computing (private cloud)

Gestão do Conhecimento

Storage

Tecnologia

Segurança da Informação

Virtualização

Sistemas de gestão empresarial (ERP + CRM + BI)

Aplicações web

Backup site / data center / Contingências

Mobilidade

Ferramentas de colaboração

Cloud computing (private cloud)

Gestão do Conhecimento

Storage

Tecnologia

Mobilidade

Segurança da Informação

Sistemas de gestão empresarial (ERP + CRM + BI)

Backup site / data center / Contingências

Aplicações web

Virtualização

Cloud computing (private cloud)

Ferramentas de colaboração

Gestão do Conhecimento

Storage

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA

Ele ganha mais, ampliou seus conhecimentos via MBA, especialização ou mestrado e, em sua maioria, tem formação em TI e assumiu o cargo atual ao mudar de empresa. Vale observar nos gráficos também o fato de que quase 50% dos respondentes enxergam o departamento como uma área preparada para liderar ações planejadas, mesmo com a participação de entes terceiros.

Quem é esse CIO?

MBA

Especialização

Mestrado

Graduação

Doutorado ou Pós-Doutorado

Técnico

58,20%

18,70%

15,40%

6,60%

1,10%

0,00%

2014 2013Formação do Gestor de TI*

56,00%

16,90%

14,20%

10,20%

2,20%

0,40%

Formação tecnológica e oriundo de outra empresa, mas

também da área de TI

Formação tecnológica e oriundo da própria TI

Formação na área de negócios e oriundo da própria empresa

Formação na área de negócios e oriundo de outra empresa

44,00%

31,90%

15,40%

8,80%

2014 2013Perfil do Gestor de TI*

40,30%

36,40%

10,80%

12,50%

2014 2013No ano de 2013, as iniciativasprevistas no Plano de TI*

40,90%

28,40%

11,40%

11,40%

8,00%

44,70%

20,30%

9,80%

13,00%

12,20%

Foram parcialmente realizadas, mas outras necessidades

ganharam prioridade e também foram executadas

Foram integralmente realizadas, e ainda houve outras

necessidades também atendidas por TI no período

Foram integralmente realizadas

Foram parcialmente realizadas, por falta de capacidade

de execução ou por restrições no orçamento

Foram integralmente realizadas, mas alguns projetos foram

estendidos para o ano de 2013

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Revista IT Forum | Abril 2014 4 7

Acima de 501 mil

301 mil - 400 mil

201 mil - 300 mil

401 mil - 500 mil

Até 200 mil

27,50%

26,40%

24,20%

13,20%

8,80%

2014 2013Salário anual em R$*

17,80%

16,90%

27,60%

16,00%

21,80%

* questão incluida no estudo em 2013

** questão incluida no estudo em 2012

2014 2013 2012

Em relação à execução do Plano Estratégico de TI você considera que (marque a resposta que melhor se aplica)**

47,90%

29,80%

22,30%

41,20%

26,40%

32,40%

45,90%

22,95%

31,15%

A estrutura atual da TI está bem qualificada e capacitada

para conduzir as ações planejadas, ainda que com alguma

participação de terceiros

A TI funcionará como uma gestora dos projetos, que serão

conduzidos por provedores de serviços e soluções selecionados

Há necessidade de reforçar a estrutura de TI para executar

o Plano Estratégico, tanto em quantidade quanto em capa-

cidade para desenvolver as ações previstas

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MUNDO DIGITAL

4 8 itforum365.com.br4 8 itforum365.com.br

AWorld Wide Web chegou aos 25 anos e, diferente do que você deve ter ouvido fa-lar, isso é bom para você. Não importa o malware, a fraude, toda a pornogra� a gera-da, a desinformação, os discursos de ódio, o Rickrolling (considerado um dos primei-ros memes da internet, quando uma pes-soa clica num link que a redireciona para o clipe da música Never Gonna Give You Up, de Rick Astley), a perda de tempo, ou a questão social que extrapola para a intera-ção humana. Temos que nos envergonhar apenas de nós mesmos.

REDAÇÃO*

FERRAMENTA INDISPENSÁVEL

AO COMPLETAR 25 ANOS, A WORLD WIDE WEB CAMINHA PARA SUA MATURIDADE, MAS AINDA HÁ MUITO O QUE EVOLUIR, SEJA EM ENTENDER O POTENCIAL, MODELO DE NEGÓCIO, SEGURANÇA OU APLICABILIDADE SOCIAL

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A web se tornou um meio de comunicação indispensável, capaz de abrigar conteúdos que vão do banal ao brilhante, do mais bobo ao sublime. Ela tornou-se uma inter-face para a participação democráti-ca, para o comércio, ciência, saúde, publicidade e entretenimento. É a porta para conexão e contenção, um motor econômico.

Como você deve saber, a web não é a internet, como muitas pes-soas imaginam. Ao digitar “25th anniversary of the” no Google, o algoritmo de autocompletar irá su-gerir primeiro “25th anniversary of the Internet”, antes de “25th anni-versary of the World Wide Web”.

Isso acontece, em parte, porque em 2006 comemorou-se os 25 anos da internet. Na ocasião, houve um reconhecimento da padronização do protoloco IP e do TCP (transmis-sion control protocol), por meio da publicação da RFC 791 e RFC 793, em setembro de 1981. Mas você po-deria selecionar outras datas rele-vantes para celebrar, como 1º de ja-neiro de 1981, quando a ARPANET, precursora da internet, mudou de NCP para os protocolos TCP/IP.

A internet, como rede das redes, não tem um ponto único de origem, mas tem diversos marcos. E o mes-mo pode ser dito da web. Alguns devem se lembrar que, em 2013, houve uma celebração de 20 anos da web, mas com base no primeiro site, publicado pelo CERN em 1993.

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MUNDO DIGITAL

1. O big data infl uenciará mais ações e comporta-mentos do público

“Quando o custo para coletar in-formações de todas as interações virtuais ter reduzido a zero, os insights que iremos ganhar sobre nossa atividade no contexto das ações de outras pessoas irá alterar signifi cativamente a forma como nos relacionamos, tanto com ins-tituições quanto com o futuro. Nós nos tornaremos mais entendidos sobre as consequências de nossas ações”, Patrick Tucker, futurista, editor da revista “The Futurist” e autor do livro “The Naked Future: What Happens In a World that An-ticipates Your Every Move?”

2. A internet irá facilitara consciência política

“Com as tecnologias móveis e aplicativos de compartilhamento de dados se tornando onipresen-tes, podemos esperar melhora significativa na consciência das populações rurais, analfabetos e pessoas com acesso restrito à informação prejudicadas por oportunidades perdidas pelos governos graças à manipulação e corrupção. Assim como a Prima-vera Árabe, veremos mais revoltas emergindo”, Rui Correia, diretor de NetDay Namíbia, organização africana que defende o acesso livre à computação como promo-ção do desenvolvimento social

O mundo socialhttp://bit.ly/1kEL2sK

O mapa traz em formato gráfi co as interações dos usuários do Facebook ao redor do mundo. Trata-se de uma combinação de informações de usuário, localização e latitude e longitude de cada cidade. Vale lembrar que essa é apenas uma amostra do mapa de conexões sociais na web, algo já previsto há alguns anos.

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A web foi desenvolvida sobre a internet, com base em uma proposta escrita em 12 de março de 1989 por Tim Berners-Lee. Ela nada mais é que uma forma de apresentar informa-ções – textos, imagens e sons – a partir de um software chamado navegador por meio da linguagem HTML e do protocolo de transferência HTTP.

“Na internet, as conexões são cabos entre computadores; na web, as conexões são links de hipertex-to”, explica Berners-Lee em seu site. “...A web tornou a internet útil, porque as pessoas estão real-mente interessadas em informação e não querem saber de computado-res e cabos”.

Berners-Lee lançou o primei-ro navegador, chamado WorldWi-deWeb antes de ser rebatizado de Nexus, em dezembro de 1990. Outros browsers vieram, sendo o NCSA Mosaic 1.0, lançado em abril de 1993, um dos mais notáveis por ter sido o primeiro a mostrar texto e imagens juntos, na mesma página.

3. Segmentaçõesperigosas surgirão

“Temos de pensar seriamente sobre os tipos de confl itos que irão surgir em resposta à crescente desigual-dade, produzidos e ampliados por meio de transações na rede que benefi ciam segmentos cada vez menores da população global. A mídia social irá facilitar e ampliar os sentimentos de perda e abuso. Ela também irá facilitar o comparti-lhamento de exemplos e instruções sobre como desafi ar, resistir e/ou punir o que será cada vez mais visto como sendo injusto.” – Oscar Gandy, professor de Estudos da Comu-nicação da Escola Annenberg, da Universidade da Pensilvânia

4. A internet vai trazera era do “supercompu-tador mundial”

“A internet está se transfor-mando de uma biblioteca global para um supercompu-tador global. Em 2025, quase todas as aplicações ou serviços que podemos imaginar serão melhorados por uma enorme capacidade computacional que permitirá aplicações generali-zadas para mineração, inferên-cia, reconhecimento, tomada de sentido, modelagem, bem como a computação contextual proativa.” – Mike Liebhold, pes-quisador sênior do “Instituto para o Futuro”

5. Novos modelos denegócios vão nascer

“Haverá aumento de franquias e compartilhamento de informações. Teremos mudanças nos modelos de negócios para se adaptar à economia de comunicação digital e armazena-mento. Podemos fi nalmente começar a votação pela internet, mas só se ti-vermos realmente fortes métodos de autenticação disponíveis. A privacida-de deve ser aprimorada, mas a trans-parência sobre quais informações são retidas sobre os usuários também tem que aumentar. Mais negócios vão nascer no mundo online dentro de um contexto de mercado global”, Vint Cerf, vice-presidente e evangelista--chefe de internet do Google

O impacto da WebDados de 81 países, incluindo indicadores de gênero, direito de privacidade, censura, open data, entre outros.

http://invent.ge/1dr0J77

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Mundo digital

A web visualizada pelo tráfegoO site tem a capacidade de mostrar o tráfego da web por país. Ao acessar, basta digitar o nome da nação e esperar o resultado. O site de busca do Google, normalmente, está entre os principais acessoshttp://bit.ly/1gBP6ea

Isso mudou tudo. Abriu um mun-do habitado anteriormente apenas por especialistas em computação para pessoas menos técnicas, ainda que muitas daquelas pessoas se reti-raram da grande web para a simplici-dade da rede social que oferece uma forma de expressão simples e comer-cialmente amigável: o botão “Curtir”.

Na esperança de que todo esse movimento sobreviva e dê um salto com a revolução móvel, separamos cinco gráficos que mostram um pouco do resultado da transforma-ção da WWW.

*Com informações da

InformationWeek EUA

itf

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MUNDO DIGITAL

5 6 itforum365.com.br

1989TIM BERNERS-LEE CRIA A WWWNo laboratório europeu de física CERN, Tim Berners-Lee cria a World Wide Web com a ajuda de Robert Cailliau para uma proposta de fi nanciamento. Mais tarde, Cailliau desenvolve junto com Nicola Pellow o primeiro navega-dor web para o Mac OS.

1990LINUXLinus Torvalds cria o Linux e se torna um dos princi-pais apoiadores de softwa-res open source

1991World Wide Web aberta ao público pela primeira vez

1993MOSAICO Centro Nacional para Aplicações de Super-computação (NCSA) cria o navegador Mosaic, ajudando a popularizar a World Wide Web entre o público em geral.

1996Pela primeira vez, são enviados mais e-mails do que cartas nos Estados Unidos.

PRECURSOR DAS BUSCASBrewster Kahle inventa o primeiro sistema publicação da internet, o WAIS, sigla para Wide Area Information Server. Foi um dos primeiros programas a indexar grandes quan-tidades de dados de modo que eles pudessem ser “buscá-veis” em grandes redes.

1990LINUXLinus Torvalds cria o Linux e se torna um dos princi-pais apoiadores de softwa-res open source

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2010China domina o uso da internet, com mais de 450 milhões de usuários no país

2011Casamento real entre o príncipe William e Kate Middleton bate recorde e se torna o maior evento assistido na internet. A UCLA, uni-versidade onde a rede ARPAnet surgiu como precursora da WWW, abre seu primeiro centro histórico da internet.

2001Jimmy Wales lança Wikipedia, quando havia meio milhão de usuários de internet

1999Introdução do DNSSEC, protocolo que garante acesso a sites seguros

1998Primeiro blog surge na internet com o advento de ferramentas de publicação para usuários não-técnicos.

INTERNET DNSTan Tin Wee funda o sistema de nomes de domínio multilíngue, o DNS, bem como seu instrumental na internacionalização. Nos anos 90, sob sua liderança, Cingapura hospeda os primeiros websites chineses.

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27 A 31 DE AGOSTO DE 2014IBEROSTAR BAHIA HOTEL - PRAIA DO FORTE - BA

TEMA CENTRAL

A SOCIEDADEEM TRANSIÇÃO

LUIZ FELIPE PONDÉPondé é graduado em medicina e � loso� a, tem doutorado pela USP em parceria com a Universidade de Paris e pós-doutorado pela Universidade de Tel-Aviv

Foto: Divulgação

KEYNOTE SPEAKERS

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Apresentação de Cases dos patrocinadores.

MARIO SERGIO CORTELLAFormado em � loso� a, com mestrado e doutorado em Educação, Cortella é professor titular da Graduação e da Pós-Graduação em Educação e em Teologia e Ciências da Religião da PUC-SP e professor convidado da Fundação Dom Cabral. É Consultor e Conferencista nas áreas de Educação e Filoso� a e autor de diversos livros.

IT FORUM DEBATES

E MAIS:

Foto: Divulgação

Informações sobre patrocínio ou

participação: 11 3823-6600 | [email protected]

GESTÃO DE

CONTRATOS

GESTÃO DE

TALENTOS

SEGURANÇA DA

INFORMAÇÃO

MOBILIDADE

CLOUD COMPUTING

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IT FORUM 2014

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REDAÇÃO

TRANSIÇÃONUM MUNDO CADA VEZ MAIS DIGITALIZADO, EMPRESAS, PESSOAS E INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS SE DEPARAM COM NOVOS DESAFIOS. ONDE TUDO ISSO VAI PARAR?

EMSOCIEDADE

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randes rupturas sem-pre provocam a criação de novos modelos de sociedade. Foi assim na

era medieval, na época das grandes navegações, depois com a Revolução Industrial e, mais recentemente, com o advento da tecnologia. Hoje, contu-do, o mundo vive um momento de transição, na qual a sociedade ainda convive com nuances de um modelo pós-industrial, mas já desponta para o que diversos especialistas chamam de era digital. Ainda não chegamos lá totalmente, é verdade, mas tudo so-frerá – e já sofre - grande impacto por esse mundo digital que já dá mostras do que deve ser.Empresas precisarão repensar seus modelos de negócios, pro� ssões desaparecerão e novas surgirão, a forma como a sociedade está orga-nizada e a maneira como nos rela-cionamos uns com os outros tam-bém passará por transformações. Toda essa re� exão será levada para o IT Forum 2014 dentro do tema “Sociedade em Transição – Da era industrial à era digital”.

G

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IT FORUM 2014

ANTES ESTÁVAMOS LONGE, MAS ESTÁVAMOS PERTO; HOJE ESTAMOS PERTO, MAS ESTAMOS LONGE

Na abertura do encontro, o filósofo Luiz Felipe Pondé terá a missão de criar uma grande reflexão sobre os modelos de sociedade que surgem a partir de grandes rupturas. A ideia do especialista é iniciar uma abordagem a partir do que acontecia na era medial, passando por outros marcos históricos até chegarmos ao momento atual, onde as tecnologias digitais assumem papel de grande importância na vida cotidiana. Até por sua formação - graduado em medicina e filosofia, tem doutorado pela USP em parceria com a Univer-sidade de Paris e pós-doutorado pela Universidade de Tel-Aviv -, ele usará de conceitos filosóficos, como narcisismo, ambivalência e efemeridade para contextualizar esse mundo digital.

Dando sequência à discussão do tema central, o filósofo Mario Sergio Cor-tella tratará dos impactos desse novo modelo de sociedade nos relacionamen-tos. O que ganhamos e o que perdemos com o advento de um mundo cada vez mais digitalizado? Como ele mesmo diz: “Antes estávamos longe, mas estávamos perto; hoje estamos perto, mas estamos longe”. E para constatar isso de maneira muito simples basta olhar o comportamento de um grupo de amigos em bares, um momento tradicional de reunião que, muitas vezes, ganha um vazio pela interação com os dispositivos eletrônicos.

Foto: Photogama

MARIO SERGIO CORTELLA, FILÓSOFO

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5 debatesIntegração - Depois do software,o desafi o da integração nomundo convergenteAs ondas no mundo de TI não param. Houve a época de se fazer tudo em casa, depois o momento de terceirizar toda a operação, a hora de apostar em infraestrutura, depois em aplicações avançadas... Agora, com tudo baseado em software e a nuvem sendo o novo outsourcing, o desafio é integrar. Você está preparado?

Analytics - Transformardados em informaçãoDepois da euforia em torno de BI, analytics e outras ferramentas que propiciam análise de dados, o momento é de refl etir sobre esses projetos e entender o valor que essas iniciativas geraram ao negócio.

Direito Digital - Riscos legais da implantação da mobilidade na força de trabalhoTodos querem mobilidade e não importa como será o processo – se com aparelho fornecido pela empresa, ou via programas de traga seu próprio dispositivo (BYOD, da sigla em inglês). Mas quais cuidados precisam ser tomados legalmente nesse tipo de iniciativa?

Cloud - Viabilizando novosmodelos de negócioUse o poder da computação em nuvem para gerar benefícios que vão além da economia de recursos ou mesmo efi ciência, mas gerando novas oportunidades e até outros formatos de negócio para sua empresa.

Diálogo entre áreas: como oCIO transita entre seus paresCada vez mais áreas de negócios envolvem-se em projetos de TI, seja liderando compras e contratando provedores ou mesmo na concepção do projeto junto ao departamento de tecnologia. Como o CIO tem lidado com isso?

Foto: Photogama

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IT FORUM 2014

Afora o contexto histórico e toda a discussão em torno do impacto nos relacionamentos, a IT Mídia convidou o professor da Fundação Dom Cabral (FDC) Paulo Vicente Alves para traçar um panorama de futuro. A partir da apresentação “O Futuro em Quatro Atos”, ele mostrará diversas transfor-mações que aconteceram no planeta ao longo da história e concluirá com um retrato do que podemos esperar dessa sociedade até 2040.

4 plenáriasDiferentemente dos anos anteriores, o IT Forum 2014 terá quatro sessões plenárias:

1 - Abertura, por Luiz Felipe Pondé

2 – O Futuro em Quatro atos, por Paulo Vicente Alves, da FDC

3 – O que ganhamos e o que perdemos nas relações pessoais, por Mario Sergio Cortella

4 - Painel Antes da TI, a Estratégia. Serão apresentados os resultados da quarta edição do estudo produzido pela IT Mídia em conjunto com o consultor Sérgio Lozinsky.

Foto: Nadson Carvalho

ITF

PAULO VICENTE ALVES, DA FUNDAÇÃO DOM CABRAL

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TENDÊNCIA

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Mesmo antes de acontecer, wearables

são reais - o iPod, com uma pulseira, se

transforma em relógio

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o presente a mente, o corpo é diferente. E o pas-sado é uma roupa que não nos serve mais”. Esses versos entoados por Belchior na canção Velha Roupa Colorida, lançada em 1976, podem muito bem retratar o momento em que vivemos. A ne-cessidade de renovação e inovação se faz urgente como tentativa de acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas que irrompem nossas vi-das e modificam a forma como interagimos com outras pessoas e coisas, e também na maneira como trabalhamos.

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Wearables:

ApesAr de estAr em seu estágio iniciAl, tendênciA deve invAdir

mundo corporAtivo nos próximos Anos e empresAs precisAm se

prepArAr pArA mAis umA ondA

Karen Ferraz

revolução aNuNciada

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TENDÊNCIA

Se voltarmos alguns anos, nem imaginávamos o quanto se-ríamos dependentes de aparelhos para operar tarefas básicas, como encontrar um endereço. O fato é que as ondas de tecnologia tra-zem consigo promessas de revo-luções inevitáveis, como já vimos com o telefone, a televisão, o com-putador e, mais recentemente, smartphones e tablets.

E você já deve ter percebido qual é o hype da vez: estamos fa-lando das tecnologias vestíveis, ou wearables. O conceito engloba qualquer aparato tecnológico que possa ser vestido, como óculos, relógios e pulseiras. Eles também carregam o conceito smart, suge-rindo a capacidade de integração entre corpo e ambiente, bem como outros dispositivos e sensores co-nectados à internet.

Estaríamos, então, mais próxi-mos de acessar gadgets que confe-riam capacidades adicionais a per-sonagens da ficção, como o agente secreto James Bond e o inspetor Dick Tracy, para executar nossos trabalhos?

Basta olhar os lançamentos que dominam diversos eventos de tecnologia: anúncios de reló-gios inteligentes (ou smartwa-tches) de fabricantes como Sam-sung, LG, Motorola e Sony, além do sistema operacional lançado pelo Google para rodar nesse tipo de dispositivo, o Android Wear. Por sinal, a empresa é a criadora do que talvez seja um

dos vestíveis mais comentados do mundo, o “Google Glass”. En-quanto isso, outras companhias entram nessa corrida, dando pis-tas sobre projetos semelhantes.

Tudo isso pode soar muito geek, mas o fato é que à medida que barreiras e preconceitos fo-rem quebrados por consumido-res, a adoção ganhará novas pro-porções e, consequentemente, impactará o mundo corporativo.

USO NAS EMPRESAS

E mesmo com esse estigma futurista, o mercado faz previ-sões positivas. A Deloitte estima que 10 milhões de produtos da categoria serão vendidos até o final de 2014, gerando US$ 3 bi-lhões de receita.

No entanto, antes de se pen-sar em adoção no mundo corpo-rativo, existem diversos pontos a serem resolvidos, como a du-ração da bateria, popularização dos preços, segurança e priva-cidade das informações, dentre outros. E como você, leitor sabe, todos esses tópicos são críticos dentro das empresas. Contudo, como salienta Angela McIntyre, diretora de pesquisa do Gartner para mobilidade, tecnologias vestíveis e outras tendências, os preços cairão com a ampliação do uso entre consumidores e a disseminação dos wearables no ambiente empresarial será ine-vitável mesmo assim, de médio a longo prazo.

Telefónica aposta na expansão de vestíveisDe olho no potencial dos aparatos vestíveis, a Telefónica já selou uma parceria global com Samsung, Sony e LG para permitir a integração de serviços e aplicações com os dispositivos dessas fabricantes. Os serviços foram desenvolvidos com objetivo de permitir o melhor aproveitamento de dados gerados por wearables.

A operadora já possui um serviço para smartwearables, o “Tu Go”, lançado este ano no Reino Unido. Trata-se de um aplicativo que permite realizar e receber chamadas em múltiplos dispositivos pelo Wi-Fi, tudo integrado em uma única linha telefônica, e já conta com 300 mil clientes naquele país, podendo ser expandido para os mercados da América Latina e Europa.Atualmente, a telco trabalha no desenvolvimento de algumas aplicações baseadas em serviços de saúde e bem-estar e fitness, em sensores biométricos e em entretenimento. A oferta de aplicações destinadas ao mercado de B2B para o gerenciamento de produtividade a partir de dados coletados por essas tecnologias também está em análise.“O que temos hoje em termos de vestíveis é apenas uma pequena ponta do iceberg e acreditamos na forte expansão desse mercado”, avaliou Daniel Hernadez, diretor global de compra de dispositivos do grupo espanhol, em entrevista durante o evento.

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TENDÊNCIA

“O que temos hoje de concreto são alguns projetos-piloto em an-damento, e as conversas sobre we-arable estão começando a aconte-cer entre empresas e fabricantes”, mensura Angela. Dentre as prin-cipais aplicações, a especialista destaca o potencial de crescimento para uso de câmeras vestíveis em serviços de campo ou seja, empre-sas que possuem funcionários re-alizando operações remotamente. Por exemplo, durante o reparo de peças valiosas de equipamentos, em que é possível transmitir ima-gens sobre a situação e contar com opiniões de especialistas.

“Essas câmeras estão sendo pro-postas nas tecnologias vestíveis, mas talvez a forma mais otimiza-da está nos óculos inteligentes que, por meio da realidade aumentada, fornecem acesso a informações adi-cionais em seu display”, acrescenta. As indústrias mais beneficiadas por esses óculos incluem companhias que possuem técnicos, engenheiros e outros funcionários de campo,

indústrias de manutenção, saúde e manufatura, aponta o Gartner.

A companhia prevê um impac-to na economia de US$ 1 bilhão por ano até 2017 em trabalhos de campo, proporcionados pela capacidade de identificação e solução de problemas mais rapidamente a partir desses dispositivos, dispensando a neces-sidade de deslocar outros especialis-tas a lugares remotos.

Outra aplicação possível para os óculos vestíveis está em segu-rança e policiamento, de modo que as primeiras cenas de operações poderão ser registradas, bem como a atuação dos agentes envolvidos, fornecendo subsídios para outras ações investigativas. A provedora de software de segurança Digitfort, por exemplo, concluiu recentemen-te a integração de sua solução de se-gurança VMS (Video Management Software) com o Google Glass. No início deste ano, a empresa foi con-vidada para fazer parte do progra-ma de desenvolvimento de aplicati-vos para os óculos do Google, após

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ção

Uma extensão do corpoEnquanto as utilidades para os wearables ainda têm sido bastante questionadas, as aplicações para fins de saúde talvez sejam as mais bem resolvidas. Sendo assim, as indústrias de saúde e fitness são as mais avançadas na proposta de produtos, serviços e aplicações nessas tecnologias.No ano passado, a indústria faturou U$1,6 bilhão, de acordo com a Gartner, que estima que a receita para vestíveis (dispositivos, aplicativos e serviços) deve alcançar U$5 bilhões em 2016.As funcionalidades mais evidentes são oferecidas por relógios e pulseiras inteligentes, equipadas com sensores e medidores capazes de ler informações sobre o corpo e atividades em tempo real, bem como sobre o entorno. Além disso, o Google Glass já está sendo testado por médicos em cirurgias, de modo que informações, diagnósticos, orientações técnicas e opiniões de outros especialistas podem ser visualizadas na tela do acessório por comandos de voz, sem necessidade de manuseio, deixando as mãos livres durante operações.

Principais desafios• Alto preço de mercado• Peso dos dispositivos• Maior duração da bateria• Desenvolvimento do ecossistema de apps• Integração com dispositivos• Conectividade com rede (Wi-Fi e 3G)

O mundo dos vestíveisWearables estão entre as 10 tecnologias que mais impactarão o mundo em 2014 (Fórum Econômico Mundial)

UsuáriosMenos de um milhão atualmente10 milhões em 2016100 milhões em 2020 (Deloitte)

10 milhões de unidades serão vendidas, gerando

US$500 preço médio (Deloitte)

primeira cirurgia com apoio do Google Glass no Brasil, em Salto (SP)

20132014U$3 bi

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TENDÊNCIA

despertar atenção da fabricante de ferramentas para desenvolve-dores Embarcadero com seu apli-cativo destinado a smartphones.

Por meio do software, é possí-vel capturar imagens da câmera Glass em tempo real e transmiti--las diretamente via 3G ou wire-less para uma central de monito-ramento, onde são armazenadas. Dessa maneira, a solução pode ser utilizada para ajudar a polícia em operações, transporte, inspeções de carga para empresas portuárias, aeroportos, estacionamentos, e en-tre outros, detalhs Carlos Bonilha, presidente da Digifort.

“A aplicação é muito nova no mundo e somos a primeira em-presa a utilizar software de segu-rança VMS no Google Glass. É o futuro, mas o dispositivo ainda está sendo aperfeiçoado e a expec-tativa é que ele seja lançado até o fim do ano”, comenta Bonilha. O executivo aposta na disseminação do Glass tanto para segurança, quanto para outras aplicações nas empresas, apesar do preço alto.

“As empresas que viram o projeto ficaram muito interes-sadas, já que o sistema de mo-nitoramento móvel hoje é mui-to precário, pois as câmeras são grandes e precisam de muita bateria. E o Google Glass, ape-sar de sofisticado, funciona em um sistema simples e é uma al-ternativa eficiente para moni-toramento onde não há câme-ras”, acrescenta.

SMARTGLASSESO acessório em forma de óculos tem conexão com internet e permite interagir com diversos conteúdos com realidade aumentada. O mais famoso é o Glass, do Google, até agora restrito somente à comunidade de desenvolvedores. A expectativa de lançamento é ainda para este ano, Enquanto isso, outras empresas também estão nessa corrida, dando pistas sobre projetos semelhantes.

APLICAÇÕESSaúde, trabalhos de campo, monitoramento de vídeo e segurança, comunicação

INDÚSTRIAS Empresas que possuem técnicos, engenheiros e outros funcionários de campo; indústrias de manutenção, saúde, farmacêutica, manufatura, óleo e gás; varejo e companhias que possuem grandes equipes de venda

SMARTWATCHESRelógios computadorizados que vão além de simplesmente mostrar as horas. São capazes de executar aplicativos e se integrar com outros dispositivos, como smartphones e tablets. Por enquanto, a conexão dos modelos disponíveis é feita via bluetooth, mas fabricantes como Samsung têm planos de lançar esses produtos com conexão móvel ou wi-fi. Além de câmera, GPS e outros recursos, muitos trazem sensores internos e externos, como monitores cardíacos.

APLICAÇÕESMonitoramento de saúde para colaboradores, monitoramento de vídeo e segurança, comunicação

INDÚSTRIASSaúde, fitness, comunicação e utilities (especificamente para casas inteligentes)

PULSEIRAS INTELIGENTES Esses dispositivos digitais, também chamados de smart fitnes bandsm, são equipados com sensores voltados principalmente para aplicações de saúde e fitness, como medidores cardíacos, pedômetros e outros monitores de atividades.

APLICAÇÕESPlanos e programas de saúde para colaboradores

INDÚSTRIASSaúde e fitness, comunicação, moda, entretenimento, serviços, varejo

SMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESSMARTGLASSESGOOGLE GLASS, óculos

inteligente do Google

GEAR 2, o novo

smartwatch da Samsung

PULSEIRA FITBIT, da

empresa de mesmo nome,

monitora atividades

físicas

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ITF

PREPARE-SE PARA O FUTURO

O mercado de wearables ainda está em seu estágio inicial, nem mes-mo as tecnologias estão maduras o suficiente. Enquanto fabricantes lançam e testam conceitos, tentando medir o potencial do mercado, consu-midores e empresas buscam compre-ender quais benefícios poderão ser extraídos na prática.

“Em primeiro lugar, o desafio das empresas será identificar como o negócio poderá ser beneficiado e de-monstrar a razão para a adoção”, evi-dencia Ignacio Perrone, consultor de serviços e tecnologias de comunica-ção e informação da Frost & Sullivan para a América Latina. O especialis-ta também acredita que a adoção irá acontecer gradualmente, assim como se deu na mobilidade, com smartpho-nes e tablets. “Apenas os executivos do topo terão acesso no início, depois cairá para outros níveis hierárquicos.”

Segundo ele, em dois em anos os wearables já serão uma realidade

no ambiente corporativo, com gran-de uso para comunicação, como, por exemplo, para envio de alertas e executar outras tarefas através de aplicações de negócios. A segu-rança, por sua vez, deve preceder a questão do preço, realça Angela, do Gartner. “As companhias devem assegurar que as informações capta-das e transmitidas por esses dispo-sitivos estão criptografadas, como serão armazenadas nos servidores e como será o acesso a elas.”

Como primeiro passo, os dois analistas sugerem uma adaptação das políticas de BYOD para os vestí-veis, educando usuários e explicando as consequências de usos indevidos e divulgações de informações, como um vídeo gravado por um óculos inteligente. “O melhor a fazer é estar preparado para o futuro e sua impre-visibilidade. Por isso, os CIOs devem focar nos desafios imediatos, que já foram apresentados na tendência do BYOD, recomenda Perrone.

DESAFIOS PARA ADOÇÃO CORPORATIVA PREÇO: o valor inicial desses dispositivos será alto, especialmente os smart glasses. Analistas sugerem que o uso começará por executivos de alto nível

PRIVACIDADE: políticas de uso deverão ser pensadas especificamente para os vestíveis. Analistas sugerem as políticas do BYOD como ponto de partida

SEGURANÇA: como essas tecnologias ainda não são maduras, ainda não está claro o quanto as informações transmitidas por elas estão seguras

REGULAMENTAÇÃO: não há até o momento nenhuma regulamentação específica sobre uso de vestíveis em ambientes públicos e corporativos, mas o assunto desperta muita polêmica, especialmente quanto ao uso de smartglasses

APLICAÇÕES E SOFTWARES: é imperativo para que esses gadgets sejam úteis nas empresas a existência de aplicativos e softwares específicos para cada indústria e suas necessidades

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TI em Saúde

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DaDos que valem uma viDa

quando falamos em big data, analistas citam saúde como uma das áreas promissoras na adoção da tendência ao lado do setor financeiro. Na ponta, tecnologias de análise de dados são fundamentais para pesquisas científicas. É o caso do projeto Genoma, decodificação genética do ser humano. “Há um imenso valor e ainda estamos descobrindo como usar esses dados, onde será o impacto para prevenção e cura de doenças. O que sabemos é que é imensamente importante captu-rar esses dados”, resume o vice-presidente de platafor-mas HealthShare da Intersystems, Robert Nagle.

Gabriela Stripoli*

A fornecedora de tecnologias e plataformas possui forte atuação na área médica e possui, inclusive, um projeto de pesquisa em parceria com a Global Alliance for Genomics and Health que usa os dados do ge-noma já mapeados para auxiliar no tratamento de doenças. Hoje, de acordo com Nagle, são 3 mil doen-ças para as quais já existem testes genéticos. O executivo admite, con-tudo, o estágio “primitivo” do pro-jeto, ainda longe de capitalização.

A grande promessa, contudo, reside nos dados não estruturados. Em primeiro lugar devido à im-portância que os dados têm para o desenrolar de cada caso, seja para o paciente quanto para a instituição. Em segundo lugar, pelo imenso volume de informações não estru-turadas disponíveis – descritivo de médicos e da equipe de enferma-gem, exames de imagem, descrição de terapias, entre outros. A chave é: muitos deles já estão disponíveis.

“Há enorme benefício em encon-trar maneiras de tirar proveito dessa informação. Procurar episódios si-milares e prevenir tratamentos cus-tosos, tanto para o paciente, quanto para a instituição médica. Olhar para registros, detectar padrões e identifi-car se algo parecido já ocorreu antes”, exemplifica Nagle.

ExEmplos práticos

A organização Parnassia atende de pacientes com problemas psiqui-átricos e tinha como objetivo reduzir

Tecnologias analíTicas avançadas represenTam uma quebra de paradigma para o seTor de saúde – que ainda enfrenTa problemas na base no mercado brasileiro

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TI em Saúde

Foto: Divulgação

os casos de isolamento de alguns de-les. Após a implantação do prontuá-rio eletrônico do paciente (PEP), pela primeira vez a instituição se viu com dados que possibilitavam um projeto piloto analítico, com fins de pesquisa clínica para determinar padrões de pré-isolamento com vistas a evitar essa medida, considerada o último caso no tratamento de pessoas com problemas psicóticos.

A meta do projeto era determinar quais palavras ou frases, na descrição do corpo médico e de enfermeiros, precediam um caso de reclusão – ten-do assim valor preditivo. As informa-ções coletadas entre outubro e abril de 2011 foram analisadas com o iKnow, ferramenta de analytics para dados não estruturados da Intersystems, em registros de 524 pacientes. Desses, 21% eram de pacientes isolados.

Foi possível determinar, então, o uso de palavras mais frequentes no caso de isolamento, como caótico, conflito, estado psicótico maníaco, falta de cuidado motor, impressões sem empatia, discussões, entre ou-tros. Assim, de acordo com a Par-nassia, o corpo clínico concluiu que o método de análise de texto ofere-cido pela ferramenta foi suficiente para prever riscos, complementan-do a terapia e o tratamento e, assim, evitando a reclusão.

“Hoje, apenas 20% das informa-ções médicas estão disponíveis em dados estruturados”, contabiliza o conselheiro sênior para informáti-ca biomédica da Intersystems, Dirk Van Hyfte. Formado em psiquia-

ApenAs 20% dAs informAções médicAs estão disponíveis em dAdos estruturAdos”dirk vAn Hyfte, dA intersystems

dirk van hyfte, conselheiro para informática da intersystems

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tria, ele conta que para conseguir essa precisão na “análise preditiva” a tecnologia tem que partir das pe-culiaridades das descrições e assim estabelecer um padrão. Assim como os preceitos da computação cogniti-va e inteligência artificial, o sistema “aprende” a linguagem utilizada em um smart index, para depois ser rela-cionado com um dicionário de onto-logia e só então fazer as correlações. Essa abordagem é oposto do método tradicional top-down, que parte de um conhecimento pré-estabelecido.

“Na saúde, especificamente em analytics, para construir um sis-tema de alerta com o smart index você deve considerar as palavras usadas em um contexto. E por isso o sistema é tido como baseado em linguagem real”, resume o cientis-ta. “Para fazer sistemas, temos que ter a certeza de que eles não sejam algo desconexo da realidade. Temos que partir do nosso mundo: a gente sempre pensa em procurar algum termo, mas em analytics na saúde temos que pensar diferente, em grupos, para que os termos em si sejam evidenciados”, ele diz.

Van Hyfte vê muitos outros casos onde o iKnow e outras tecnologias analíticas para dados não estrutura-dos podem ser aplicados. É o caso do diagnóstico e prevenção da hepatite C, câncer de mama, entre outros.

REALIDADE BRASILEIRA

No Brasil, são poucos os hospi-tais, clínicas, laboratórios ou insti-tuições que já contam com aplicação

de inteligência analítica avançada. O Fleury, por exemplo, chegou até a testar um piloto com a tecnologia da Intersystems para a segmenta-ção de pacientes com base em crité-rios complexos, combinando dados estruturados e não estruturados, a exemplo do que já ocorre em alguns hospitais e instituições médicas na Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O momento em que a companhia vive, contudo, com estudos de ofer-tas de compra de parte do grupo e outras operações administrativas, adiou a execução do plano.

Outro cliente da Intersystems, o governo do Distrito Federal, vê analytics como uma “segunda fase” após a informatização da rede de 20 hospitais, 69 centros de atenção pri-mária e 20 laboratórios. Neste ano, contudo, o processo eleitoral deixou esse andamento para segundo plano.

“O Brasil, embora seja um mer-cado em crescimento, não tem o primeiro passo para analytics que é a informação clínica eletrônica, em comparação com os níveis de Estados Unidos, Europa. É algo muito recen-te, e casos como o do DF são primá-rios”, opina o diretor geral da Amé-rica Latina da Intersystems, Carlos Eduardo Nogueira.

De fato, a presença do PEP é exce-ção de tal modo que é difícil encontrar dados precisos onde ele esteja presen-te. De acordo com o estudo Antes da TI, a Estratégia na Saúde 2013, realiza-do pela IT Mídia em parceria com Sér-gio Lozinsky, consultor em gestão de negócios e TI, e com o apoio de Clau-

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TI em Saúde

dio Giulliano Alves da Costa, diretor de TI da Bionexo e diretor-presidente da FOLKS eSaúde, 65% das institui-ções já utilizam de algum modo o prontuário eletrônico. O número, no entanto, não pode ser tomado como parâmetro para a saúde nacional. A amostragem de respondentes é de 167 instituições, a maioria delas pri-vadas, com forte predomínio no Es-tado de São Paulo (40,7%). A questão é que aproximadamente 70% da rede é representada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, há uma enorme base não medida que ainda mantém dados valiosos em papel, impossibili-tando a TI de chegar até eles.

Uma nova abordagem

A questão do uso de tecnologia analítica é crucial para a mudança de abordagem do setor de saúde frente a tecnologias. De acordo com Noguei-ra, é uma tendência mundial que os negócios da área se voltem a terapias e políticas preventivas. “É uma gran-

No Brasil, são poucas as iNstituições com pep, além de eNfreNtar proBlemas iNfraestruturais como redes que suportariam um projeto de Big data

de mudança. Você deixa de olhar para a doença e olha para a saúde do pa-ciente. E isso ajuda enfrentar o momento de crise que o setor de saúde está vivendo”, analisa o executivo.

Claro que a viabilidade também esbarra em problemas de infraestrutura. É necessário capacidade de rede e armazenamento para que toda essa informa-ção seja utilizada e trafegada, de modo a impactar até mesmo o dia a dia dos médicos, enfermeiros. Nogueira cita um exemplo trivial, como o programa do governo federal Saúde da Família, pelo qual alguns médicos visitam os pacien-tes em seus domicílios e já utilizam tablets e smartphones para o input de in-formações. “A tecnologia é meio e está acontecendo. Isso não só no Brasil, mas na América Latina como um todo. A tecnologia é um meio, e será necessária a mudança de gestão das instituições para amarrar isso tudo”, conclui.

*A jornalista viajou a Orlando para o Intersystems Global Summit, onde a reporta-

gem foi produzida, a convite da Intersystems

Foto: Divulgação

robert nagle, VP de plataformas HealthShare da Intersystems

ITf

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INFOGRÁFICO

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SERVIÇOS E PRODUTOS. TODAS ESSAS COMPANHIAS POSSUEM UM CIO COM ESSAS SEIS CAPACIDADES PARA AJUDAR SUAS EMPRESAS A ATINGIREM RESULTADOS ACIMA DA MÉDIA. SÃO ELAS:

1

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5

2

4

6

LIDERANÇA INOVADORA COMEÇA NO TOPO

CIOS SÃO ESTRATEGISTAS DE NEGÓCIO

FAÇA TODO MUNDO PENSAR

COMO LÍDER

INVESTIR E RECOMPENSAR A

INOVAÇÃO

SUPORTE NOVAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO

NOS NEGÓCIOS LIDERADOS

PELA TECNOLOGIA, CIOS ASSUMEM MAIS RESPONSABILIDADE LADO A LADOCOM O CEO

QUASE METADE (46%)

DO TEMPO DE SEUS CIOS DEVE SER GASTO DIRECIONANDO A INOVAÇÃO DE NEGÓCIO VERSUS “MANTER TUDO RODANDO”

COLABORAÇÃO É CRÍTICA PARA

O CIO FOCADO EM INOVAÇÃO.

61% USAM TIMES MULTIFUNCIONAIS

CIOS EM COMPANHIAS INOVADORAS

SÃO DUAS VEZES MAIS PROPENSOS

A INVESTIR EM TECNOLOGIAS EMERGENTES

DOS LÍDERES EM COMPANHIAS

INOVADORAS DIZEM QUE SEUS CIOS E DEPARTAMENTOS DE TI ENTENDEM OS OBJETIVOS GERAIS DO NEGÓCIO E SÃO VISTOS COMO DECISIVOS

ESTRUTURE A INOVAÇÃO E

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COMPANHIAS INOVADORAS USAM UMA ABORDAGEM ESTRUTURADA, PORÉM

RÁPIDA, PARA PREVENIR A SOBRECARGA NA TI E CRIAR

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