Revista leiasff n.º 28

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200 DO NASCIMENTO DE DARWIN ANOS FRANCISCO FRANCO PROFUSÃO DE ACTIVIDADES Número 28 Maio/ Junho - 2008/ 2009 Distribuição Gratuita

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200 DO NASCIMENTO DE

DARWINANOS

FRANCISCO FRANCO PROFUSÃO DE ACTIVIDADES

Número 28Maio/ Junho - 2008/ 2009

Distribuição Gratuita

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nestaedição

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Ficha TécnicaNr. 28 - Maio/ Junho 2009

Directora: Dra. Dina Jardim

Coordenação: Dra. Carla Rosado (300) Dr. Gualter Rodrigues (600) Dra. Rosa Silva (550) Dra. Tânia Viveiros (330)

Colaboração: Gilberto Basílio Clube Barbusano SAJ Dr. Abel Rodrigues Dr.ª Carol Aguiar Dr.ª Cláudia Lopes Dr.ª Cristina Simões Dr. Hélder Lourenço Dr.ª Magda Santos Dr. Marco Olim Dr.ª Margarida Corujeira Dr.ª Mª de Fátima Abreu Dr.ª Paula Jardim Dr.ª Sara Jardim Dr.ª Teresa Nunes

Patrocinadores: O Liberal

Impressão: O Liberal, Empresa de Artes Gráficas, Lda

Tiragem: 500 exemplares

Contactos:Escola Secundária de Francisco FrancoRua João de Deus, 99054-527 Funchal

e-mail escola: [email protected] revista: [email protected] - 291202820 fax - 291230342

200 DO NASCIMENTO DE

DARWINANOS

FRANCISCO FRANCO PROFUSÃO DE ACTIVIDADES

Composição - Darwin e a árvore evo-lutiva/ Actividades desenvolvidas, ao longo do 3º período, na ESFF.

Capa:

A primeira moradia do Ensino Industrial no Funchal 4

Levi Tafari 6

Área de Projecto - Profissionais de Saúde 16

Viagem de Finalistas Gran Canária 2009 23 mat12 – FF arrasa 25

Vitória no RS4E 28

O fascínio das formas e das cores 30

XVII Concurso de FotografiaAgricultura Madeirense - Que Desafios? 34

Festival Nacional de Robótica 35

Dia dos CEF 36

OpiniãoUma vida para viver 38

Parabéns Darwin 40

A importância do estudo da Filosofia na escola 44

Os jovens e a leitura 47

Being a teenager 51

My music, my life 52

Aconteceu

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Dra. Dina JardimPresidente do Conselho Executivo

Ao longo deste ano lectivo, a Escola tem vindo a associar-se às comemorações dos 200 anos do nascimento de Darwin e dos 150 anos da publicação de A Origem das Espécies. Estas come-morações de âmbito regional e nacional, dinamizadas pelo Centro de Estudos da Macaronésia, pela Universidade da Madeira e pela “Ciência Viva”, são uma inegável mais-valia na formação dos alunos e professores que têm o privilégio de nelas participar, sendo por isso actividades a incentivar e valorizar.

Darwin faz parte do grupo restrito de cientistas cujo trabalho não teve apenas relevância para a sua área de investigação. É certo que com a publicação de A Origem das Espécies a Biologia nunca mais foi a mesma; mas mais que isso, a noção que temos do Homem nunca mais foi a mesma. O impacto da obra de Darwin na sociedade foi tão avassalador que ela teve uma influ-ência determinante no modo como se entende a vida e como se entende o lugar do Homem no contexto dessa vida. Em conjunto com Galileu e Freud, Darwin contribuiu decisivamente para derrubar uma noção endeusada do homem, visto durante séculos na cultura ocidental como uma consciência (ou uma alma), criada por Deus, colocada no centro do universo para ser o rei das criaturas.

Se com Galileu, o homem deixou de estar no centro do universo e com Freud deixou de ser pura consciência, com Darwin deixou de ser o centro de referência da Vida.

No seu conjunto, estas três revoluções deitaram por terra uma certa ideia que tínhamos do homem e edificaram um novo quadro conceptual, bem mais pobre, mas certamente mais realista, mais autêntico, certamente mais verdadeiro.

Mas, para além da discussão académica, ainda hoje presente entre criacionismo e evolucionis-mo, é hoje indesmentível que com Darwin tudo mudou. E se inicialmente a discussão se centrou muito à volta das implicações da teoria de Darwin na esfera do religioso, hoje ela ultrapassou mesmo a barreira da Biologia e da ciência e está presente no modo como vemos as mais variadas manifestações da actividade humana.

Por isso, hoje Darwin interessa-nos porque o seu contributo para a compreensão da vida nas suas mais diversas manifestações, ajuda-nos a melhor compreender a evolução dos grupos e or-ganizações sociais, nos seus sucessos e fracassos, na sua capacidade de adaptação aos vários contextos e desafios.

Numa época em que tanto se fala de crise, de competição global, de adaptação à mudança, nada melhor que lembrar Darwin porque a partir dele temos um esquema de compreensão e in-terpretação deste mundo onde cada vez mais, só os mais capazes, os mais aptos, os que melhor se adaptam sobrevivem.

E no ano que agora termina, não podemos deixar de lembrar aqui a profusão de actividades dinamizadas na Escola, abrangendo as mais variadas dimensões da educação, que certamente muito contribuem para que os nossos alunos saiam daqui melhor preparados para enfrentarem os desafios da vida.

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No dia 12 de Janeiro de 2009, pelas 17 horas foi inaugurada na Galeria da Escola Secundária Francisco

Franco, uma exposição sobre “A primeira moradia do ensino industrial no Funchal”, numa organização do grupo de História sen-do a investigação da minha responsabilida-de.

Este trabalho, documentado com imagem de um jovem fotógrafo amador, Duarte Viei-ra, pretendeu sensibilizar as gerações mais jovens, através da casa que é mostrada, para a observação do que resta do passa-do deste aglomerado urbano que, na cate-goria de cidade, contou já os cinco séculos - o Funchal. Pretendeu igualmente sensibi-lizar os jovens, futuros decisores e aqueles que, no presente, tomam as decisões para a preservação do património construído ain-da existente. Procurou ainda manter viva a memória do ensino técnico, no ano em que se assinalam os 120 anos da sua instalação no Funchal (a escola de Desenho Industrial, no Funchal, foi criada pelo Decreto Lei de

10 de Janeiro de 1889). O ensino industrial foi desenvolvido em Portugal a partir da Re-generação, está por isso relacionado com o impulso dado ao país pelo Ministério de Fontes Pereira de Melo. Desde a sua cria-ção na Madeira, formou um grande número de funchalenses, contribuindo para o desen-volvimento da cidade, primeiro valorizando o sector industrial e depois, quando transfor-mada em Escola Industrial e Comercial, os sectores de comércio e serviços.

Desta exposição, fizeram parte fotogra-fias actuais do edifício que acolheu, entre Setembro de 1889 e Setembro de 1893, a primeira instituição de ensino industrial no Funchal, então designada Escola Josefa d´Óbidos e depois Escola Industrial Antó-nio Augusto de Aguiar. Esse pedaço da sua memória, levou-nos a prestar-lhe atenção. Estas fotografias foram organizadas a partir da planta do mesmo edifício encontrada no Arquivo das Obras Públicas, reproduzida e também exposta. Mostrou-se um conjunto de imagens de cada um dos seis pisos e al-guns pormenores da ornamentação interior, de gosto inglês.

Esta casa, integrada na zona mais antiga da cidade, à rua de Santa Maria, hoje n.º

A Primeira Moradia do Ensino Industrial no Funchal

Dra.Maria de Fátima Vieira de AbreuProfessora de História

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73 – objecto desta exposição - foi habita-ção da família de Carlos Acciaiuoli de Noro-nha, nome que deixou marca na toponímia do lugar (Travessa do Acciaiuoli, liga a rua de Santa Maria à do Almirante Reis). É um interessante exemplar de arquitectura civil madeirense, provavelmente dos finais do século XVII ou início do século XVIII. De ca-rácter senhorial sóbrio é marcada pela verti-calidade e usa na sua construção os mate-riais nobres regionais. O alçado da fachada principal é de três pisos, apresenta vãos emoldurados com cantaria cinzenta, alinha-dos na horizontal e perpendicularmente in-terligados, os do primeiro andar com os do

andar nobre, numa harmonia perfeita dos vários elementos construtivos. Estes vãos são encimados, no andar nobre, por friso liso e cornija e fecham-se ao exterior por tapassóis pintados de verde, que dão aces-so à varanda estreita, corrida, protegida por ferragem simples. Todo o edifício é sublima-do, no corpo principal e na torre, por beiral duplo. O terceiro andar é apenas constituí-do pelo corpo norte. Neste andar, termina a escadaria central, cuja beleza se encontra registada por imagens e tem início outra es-cada de menor volumetria, mas igualmente bem desenhada por onde se acede aos res-tantes pisos.

Dos materiais expostos, constaram ain-da: um auto-retrato do primeiro director dessa escola – professor Cândido Pereira

(ESFF), já mostrado num número anterior desta revista e documentos manuscritos da época, Correspondência Expedida (ESFF), da responsabilidade do mesmo director, dos catorze anos que ocupou o cargo. Fizeram ainda parte desta mostra, reproduções de um desenho e uma pintura que registam a existência centenária do edifício, uma da primeira metade do século XVIII e outra de 1865, de Tomás da Anunciação, cujos origi-nais pertencem: o primeiro a particular e o segundo ao Museu das Cruzes. Uma foto-grafia aérea actual, da zona de implantação do prédio em referência (CMF), demonstra que a sua estrutura manteve-se inalterada,

pelo menos, nos últimos 120 anos, à excep-ção dos balneários construídos ao fundo do quintal e, naturalmente, o cimentado deste. Complementaram esta exposição anúncios e notícias da abertura da escola de Dese-nho Industrial do Funchal, publicados no Di-ário de Notícias.

Esta exposição foi reposta no Pátio do Colégio dos Jesuítas, UMa, onde permane-ceu entre 27 de Fevereiro e 24 de Março, abrangendo assim um maior público.

O conhecimento do património promove a sua preservação. A difusão desse conhe-cimento é a forma de sensibilizar e promo-ver a participação da sociedade na defesa dos seus valores e da identidade colectiva. A escola é lugar próprio para a difusão deste conhecimento.

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Levi Tafari de novo na Francisco Franco

No dia dois de Fevereiro, a nossa escola recebeu Levi Tafari, poeta nascido e criado na cidade de Li-

verpool, Inglaterra. Com raízes jamaicanas, Tafari é um excelente embaixador da comu-nidade negra da Jamaica e da sua cultura reggae. O seu estilo rap, marcadamente rít-mico e lírico faz-nos sorrir, pensar e questio-nar acerca do mundo em que vivemos.

O autor seleccionado pelo Grupo de In-glês para as actividades do Escritor do Ano, tornou-se popular entre os nossos alunos, sendo já esta a sua segunda visita à Fran-cisco Franco.

Se Tafari nos encantou com os sons e o

ritmo da sua poesia na primeira vez que es-teve entre nós, desta feita estamos em crer que o autor foi surpreendido com o recep-ção dos alunos. Alguns prepararam poesia e canções em sua honra. Outros exprimiram a admiração pelo poeta com tintas e pincéis. Enquanto Levi Tafari cantava a sua poesia, os alunos do 11º12 criavam um painel em sua homenagem. O poeta recebeu ainda um quadro com a sua imagem, pintado também por alunos da nossa escola. Julgamos que o sorriso alegre no rosto de todos aqueles que procuraram cumprimentar e agradecer Tafari pela sua visita também não serão es-quecidos.

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It won’t damage the EARTH,or pollute the seaIt won’t psych your mindneither poison your bodyThese words have powerwhen used properly.BecauseThis poem is OZONE FRIENDLY.

Words can be creativewords can sound greatwe can use words to instructand to communicate,these words are not destructiveviolating a tree.BecauseThis poem is OZONE FRIENDLY.

My words take shapethey are organisedthey won’t burn the EARTH’s skinlike pesticidesthey’re not manufactured using CFCs.BecauseThis poem is OZONE FRIENDLY.

Digest these wordsfeel positivedon’t panic, get stressedthey’re free from additives,you won’t regurgitate themlike smoke from a factory.BecauseThis poem is OZONE FRIENDLY.

These words are SAFEI can testifythey won’t destroy the OZONE LAYERbeyond the sky.you can analyse this poemin a laboratory.You’ll findThis poem is OZONE FRIENDLY.

Recycle, regeneratedon’t waste energyconservation of the EARTHis just a part of the keyand I’ll keep on using these wordswell naturally.You seeThis poem is OZONE FRIENDLY.

http://www.teachingenglish.org.uk/try/resources/britlit/levi-tafari

Ozone Friendly Poem, de Levi Tafari

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Conferência: Porquê a Internet?Oradores: Lisete Gonçalves, Sara Lo-

melino, Xavier Barbosa (colaboradores da empresa Navega Bem)

Organizador: Rui AndréLocal: Sala de Sessões

17 de FevereiroConferência: Apresentação dos cur-

sos superiores da UMaOrador: Professor Doutor Luís Gomes,

docente do Departamento de Matemática e Engenharias da Universidade da Madei-ra.

Organizador: Nélio Ramos Local: Sala de SessõesEsta conferência revelou-se importante

para os alunos finalistas do Curso Tecno-lógico de Informática, uma vez que os ora-

Semana da Informática

Na semana de 16 a 20 de Fevereiro do corrente ano lectivo, decorreu na nossa es-cola a Semana da Informática. Este evento foi organizado pelo grupo de informá-tica, sendo os docentes do grupo os orientadores das actividades desenvolvidas.

Os professores responsáveis pela organização distribuíram as actividades pelos vários dias da semana, de forma a tentar evitar coincidências entre as diversas actividades. Infelizmente, este objectivo não foi alcançado, mas para o próximo ano lectivo serão feitos todos os esforços para ultrapassar esta questão. A organização e distribuição das diferentes actividades pela semana passa pela gestão da ocupação dos espaços necessários à realização das mesmas.

Todas as actividades foram pensadas de forma a mostrar à comunidade escolar a aplica-ção prática da informática nos dias de hoje, visando abranger as mais diversas áreas leccio-nadas nos cursos de informática. As actividades promovidas passaram pela organização de conferências, concursos, visualização de filmes, workshops e actividades práticas, como a montagem de hardware, demonstrações de robótica e ainda a organização de uma Lan Party.

Para divulgar esta semana por toda a comunidade escolar, foram feitos cartazes, panfle-tos, cronogramas e ainda um Power Point para ser mostrado no bar dos alunos.

Dra. Carol AguiarProfessora de Informática

Resumo das actividades

16 de FevereiroConferência: Domótica – Casas Inteli-

gentesOrador: Professor Lúcio Elawar (repre-

sentante da Domuscontrol – Soluções Automáticas Inteligentes na Habitação, Lda.)

Organizadores: Carol Aguiar e Jorge Capela (CLINFO)

Local: Sala de SessõesEsta conferência revelou-se um sucesso.

Tivemos uma grande adesão por parte dos alunos, uma vez que o tema é actual e ape-lativo para as novas gerações.

O objectivo desta conferência foi apre-sentar os conceitos da aplicação da elec-trónica e da informática nas habitações e demonstrar de que forma estas podem ser controladas e automatizadas de uma manei-ra simples, apelativa e económica.

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dores apresentaram os cursos ministrados pelo Departamento de Matemática e Enge-nharias da Universidade da Madeira.

Projecção do filme: O enigma de An-droméda

Organizadores: Professora Carol Aguiar e Jorge Capela (CLINFO)

Local: Sala de Sessões

18 de FevereiroLan Party ESFFOrganizadores: Carol Aguiar e Jorge

Capela (CLINFO) Local: GinásioEsta actividade deteve bastante parti-

cipação por parte dos alunos e teve como principal objectivo criar um espaço de entre-tenimento e convívio entre os participantes.

Os inscritos puderam jogar Counter strike, Call of duty, Unreal tournament, entre outros jogos, sem interrupções e com garantia de momentos bem passados.

Os alunos do 12º ano do Curso Tecnoló-gico de Informática ajudaram os organiza-dores na montagem da rede informática.

19 de FevereiroConcurso: Património ChallengeOrganizadores: Luís Lima, Pedro Nó-

brega, Roberto Henriques e Rosa Silva.Local: Sala de SessõesInserido na semana da informática e ten-

do como tema “O Património”, tema adopta-do pelo projecto educativo da Escola Secun-dária de Francisco Franco para o corrente ano lectivo, este concurso veio desta forma, desafiar os conhecimentos da comunidade escolar. Através de três fases, os alunos fo-ram submetidos a uma panóplia de questões sobre os temas património e informática.

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Na primeira das três fases, os alunos pu-deram usar o computador e a Internet como ferramentas essenciais na busca da respos-ta correcta. Na segunda fase, a disputa foi entre as cinco equipas, que tiveram de des-vendar um conjunto de palavras cruzadas, onde foi difícil escapar às encruzilhadas. Na terceira e última fase, disputados entre as três equipas finalistas, tiveram um conjunto de nove questões com hipóteses múltiplas e de resposta única.

Entre as diversas fases, tivemos a parti-cipação de vários artistas da nossa comu-nidade discente, que nos encantaram com

as suas lindas vozes. Os artistas presentes foram: Liliana Sousa, Sílvia Sousa e Filipe Silva.

Os prémios atribuídos foram:• 1º Lugar - 3 viagens ao Porto Santo• 2º Lugar - 3 Malas para portátil + Rato

da marca Targus• 3º Lugar - 3 Refeições no Restaurante

TahitiA equipa vencedora foi:• Liliana Sousa - 11º 28• Rui Pereira - 11º 28• José António - 11º 28

Demonstração de RobóticaOrganizador: Carlos AbreuLocal: Pátio InteriorEsta actividade teve como objectivos:• Promover o interesse sobre a Robótica; • Mostrar o funcionamento de alguns

robots, bem como a sua programação;

• Dar conhecimento das actividades de-senvolvidas pelo SPAR - Sala de Projectos de Automação e Robótica;

• Aplicar conhecimentos adquiridos nas áreas de Informática e Electrónica; Promo-ver a interdisciplinaridade na ESFF;

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• Mobilizar a comunidade escolar para o desenvolvimento de outros possíveis pro-jectos de Automação e Robótica.

Montagem de HardwareOrganizadores: Alexandrina Martins e

Sandra SousaLocal: Pátio InteriorNesta actividade, os alunos tiveram de

proceder à montagem de todos os compo-nentes do computador de acordo com as re-gras e cuidados de segurança. Após a mon-tagem, teriam de confirmar se o computador arrancava correctamente.

Durante toda a actividade, foi cronome-trado o tempo, sendo o vencedor, o elemen-to que executasse a tarefa no melhor tempo, sem cometer erros. Tendo uma participação de cerca de 30 alunos, classificaram-se :

• 1º lugar - João Carlos Camacho, 10º 34• 2º lugar - Ivan Carvalho, 10º 38• 3º lugar - Tiago Santos, 10º 38

20 de FevereiroPeddy Paper CLINFOOrganizadores: Carol Aguiar e Jorge

Capela (CLINFO) Local: Pátio interiorEsta actividade pretendeu oferecer uma

manhã divertida, dinâmica e competitiva aos participantes.

Esta actividade consistiu em 8 tarefas

que requereram aos participantes alguma destreza física, conhecimentos sobre o tema Património e, como não podia deixar de ser, alguns conhecimentos básicos na área da Informática.

Os alunos formaram equipas de três ele-mentos. A equipa que realizou as tarefas em menor tempo foi a vencedora.

Após o término do nosso Peddy Paper, fizemos um lanche convívio, para os organi-zadores, colaboradores e participantes.

Realizada a Semana da Informática, foi possível tirarmos algumas ilações que con-sideramos serem bastante positivas, uma vez que os objectivos propostos foram al-cançados com sucesso e, por conseguinte, as actividades decorreram na mais perfeita harmonia. Outro aspecto que em nossa opi-nião nos parece ser de suma importância, foi o facto dos alunos terem aderido em gran-de massa e de revelarem a vontade de ver implementada no próximo ano lectivo outra Semana da Informática.

Queríamos deixar um especial agradeci-mento aos apoios que tivemos por parte das mais diversas empresas: PortoSanto Line, Maurílio Caires Informática, Restaurante Tahiti, Cartridge World, The Best - Moda Desportiva, SDM - Sociedade de Desenvol-vimento da Madeira, EquipVending - Explo-ração de Máquinas Automáticas Lda e Un-foundFM - Rádio Online, entre outras.

Para finalizar, queremos ainda agrade-cer as todas as pessoas envolvidas nas actividades, desde a organização, à Direc-ção Executiva da escola, às empresas que patrocinaram este evento, passando pelos oradores e dinamizadores das várias activi-dades e ainda aos colegas, que se disponi-bilizam a participar com as suas turmas no decorrer da semana.

Se quiser saber mais informações sobre a Semana da Informática, pode consultar a página da escola: www.esffranco.edu.pt

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No dia 6 de Fevereiro de 2009, os alunos das turmas 12º25, 11º31, 11º33 e 10º23 realizaram uma visi-

ta de estudo à Zona Franca da Madeira, no Caniçal, com o intuito de conhecer a reali-dade e o funcionamento de duas empresas de diferentes sectores de actividade, sendo elas a OPTIPAN, empresa industrial encar-regue da produção de pão, bolos e deriva-dos, e a FUNCHAL MARISCOS, empresa comercial responsável pela distribuição de vários produtos, entre eles os produzidos pela OPTIPAN.

À chegada, fomos gentilmente recebidos pelo Eng.º Hélder Guiomar, o nosso guia, que nos informou sobre a obrigatoriedade do uso da bata e da touca durante a visi-ta. No entanto, devido à dimensão do nosso

grupo foi aberta uma excepção.Nas instalações, analisámos as diferen-

tes fases de produção do produto: a produ-ção da massa, a aplicação dos diferentes moldes e formas na massa, a sua cozedura, a congelação da produção final e, para com-pletar, a sua distribuição.

Após a passagem pelas diferentes ins-talações, voltámos ao refeitório. Lá, o guia explicou-nos a importância das regras de hi-giene e segurança nas empresas e as con-sequências da sua falta, para a sociedade.

Depois de terminada a visita à OPTIPAN, seguimos para a FUNCHAL MARISCOS, empresa comercial com responsabilidade de distribuir os produtos fabricados na OP-TIPAN, peixe (atum), mariscos, carne etc. Foi possível observar a área de carga, onde

Visita de Estudo à Zona Franca da Madeira

Alunos do 11º 31

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as viaturas são carregadas para posterior-mente seguirem até aos compradores, e es-tivemos ainda na sala em que o peixe era limpo para então depois ser armazenado.

Finalmente, dirigimo-nos à sala onde tí-nhamos estado no início da visita, na OPTI-PAN, a fim de realizar um convívio, acompa-nhado de um lanche. Uma vez terminado o

convívio, seguiu-se o almoço no centro da freguesia do Caniçal.

Pelas 16 horas, regressámos à escola.Gostaríamos, para terminar, de agrade-

cer aos responsáveis, principalmente ao Eng.º Hélder Guiomar pela disponibilidade e atenção dispensadas.

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Núcleo de Música

O Núcleo de Música continua a dar notas. All my loving foi o espec-táculo de São Valentim que certa-mente deixou a plateia apaixonada pelas vozes que ecoaram na sala de sessões naquela tarde de Feve-reiro.

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Somos um grupo de Área de Projec-to, do 12º ano, turma 1 e, no dia 23 de Abril, realizámos a apresen-

tação final do nosso projecto à comunidade escolar, consistituída pela apresentação de uma exposição do trabalho elaborado ao longo do ano, através de vídeos, panfletos e documentos escritos que foram expostos em placards e um vídeo interactivo.

Pedimos o apoio do exército (Regimento de Guarnição nº3), que nos disponibilizou uma tenda, montando-a no espaço amplo da escola. Nessa tenda, tínhamos vários com-putadores que exibiam os vídeos que reali-zámos ao longo do ano, bem como o mapa interactivo que mostrava a localização das universidades que têm os cursos na área da saúde, nos distritos de Portugal e Regiões Autónomas.

Tivemos também a presença do Dr. João Costa e Silva, Vice-Presidente do Governo Regional que, nas duas horas de visita à nossa escola, divididas pela manhã e pela tarde, elucidou as várias turmas que nos vi-sitaram sobre os cursos existentes na área da Saúde, tendo também nos alertado para a necessidade de empenho e estudo, es-senciais na vida académica e profissional.

Objectivo

Ajudar os nossos colegas a decidir o que querem seguir profissionalmente a nível do ensino universitário nas diversas áreas da saúde, uma vez que temos conhecimento da indecisão acerca do curso a ingressar.

Os profissionais de saúde são pessoas importantes para a nossa sociedade. Eles

Área de Projecto - Profissionais de Saúde

trabalham para salvar vidas e para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas.

Foi, então, nosso objectivo, dar a conhe-cer estes “heróis”, que também são huma-nos e também têm uma vida. Demonstrá-mos toda a sua dedicação e coragem no contacto com os pacientes e ainda demos a saber o que é que os levou a escolher essa carreira, quando tinham a nossa idade e se se encontravam na mesma indecisão que alguns de nós.

Finalmente, após esta exposição realiza-da na escola, disponibilizámos toda a infor-mação que obtivemos sobre estes cursos através da execução de um dossier digital para doar à biblioteca da Escola. Propuse-mo-nos ainda à construção de um blog, que podeis visitar em http://ffprofissionaisdesau-de.blogspot.com/.

Visitas de Estudo

•Hotel Atlantic BayO grupo dirigiu-se ao Hotel Atlantic Bay

no dia 14 de Novembro de 2008, pelas 10 horas, com o intuito de realizar uma entre-vista ao Dr. Gabriel Ribeiro.

Depressa nos dirigimos para o seu con-sultório, que se mostrou ser muito cómodo e acolhedor, no qual o médico respondeu às nossas perguntas, tendo também dirigindo algumas ao grupo.

•Centro de Saúde do Bom JesusAo longo do ano, o grupo dirigiu-se diver-

sas vezes ao Centro de Saúde do Bom Je-sus, durante a aula de área de projecto, com o intuito de convidar profissionais de saúde para a conferência Um caminho para o futu-ro! e para a realização de entrevistas.

Os profissionais do centro de saúde, des-de logo se mostraram disponíveis para dar o

Andreia Martins, Raquel Sousa,Margarida Henriques, Isabel Abreue Diana AbreuAlunas do 12º 1

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seu contributo ao nosso trabalho. Contribui-ções estas que se deram a nível da confe-rência, de entrevistas, de apoio e incentivo. Tudo isto se tornou fundamental na realiza-ção do nosso trabalho, tendo dado alento na continuação do nosso projecto.

•FarmáciasNo dia 9 de Janeiro de 2009, o grupo per-

correu as ruas da cidade do Funchal, visitan-do as farmácias mais próximas da escola, com o intuito de entrevistar farmacêuticos.

Deparámo-nos com farmácias nas quais os farmacêuticos estavam ocupados e nou-tras em que estes não se encontravam por não ser o seu horário de trabalho.

Mas, com persistência descobrimos tan-tas outras em que os farmacêuticos se mos-traram disponíveis para colaborar no nos-so trabalho, tais como Farmácia Nacional, Farmácia Bom Jesus, Farmácia do Carmo, entre outras, nas quais obtivemos respostas para as questões formuladas durante a en-trevista.

•Um dia na farmáciaUm dia na farmácia foi o nome dado à vi-

sita de estudo realizada no dia 22 de Janeiro de 2009, pois a intenção inicial era passar um dia numa farmácia para observar o am-biente de trabalho, a relação com os clien-tes, e o serviço de um farmacêutico. Porém não nos foi possível passar um dia comple-to, apenas noventa minutos.

Dois elementos do nosso grupo visita-ram a Farmácia Nacional, permanecendo lá durante esse tempo, e, tendo conseguido a autorização dos responsáveis, captaram ví-deos e fotografias.

Ainda nos foi possibilitada a entrada no armazém, no qual o Sr. Farmacêutico Virgí-lio Pires explicou a organização das pratelei-ras, do congelador, para que servia a base de dados no computador e ainda mostrou-

nos o pequeno laboratório da farmácia.

•BombeirosNo dia 14 de Fevereiro de 2009, dirigimo-

nos ao estabelecimento dos Bombeiros Mu-nicipais do Funchal.

Entrevistámos uma bombeira, a qual nos mostrou o interior de uma ambulância e os seus instrumentos, e suas funções.

Deu-nos exemplos de alguns casos de emergência nos quais participou e alguns conselhos de como agir em caso de emer-gência.

Relembrou-nos, também, que devemos seguir um curso por gosto, procurando a nossa vocação.

•SPADNo dia 14 de Fevereiro de 2009, visitámos

a Vetfunchal e a SPAD, com vista a entrevis-tar alguns veterinários. Porém, os médicos veterinários não estavam disponíveis para a entrevista, pois encontravam-se no período de consultas.

Posto isto, informaram-nos que devería-mos voltar noutro dia, à hora de almoço.

Voltámos a visitar a SPAD no dia 11 de Março de 2009 com vista a realizar as en-trevistas.

Desta vez, foi-nos comunicado pela se-cretária que seria necessário enviar um pe-dido via e-mail ou fax, para que os profis-sionais se preparassem e dispensassem um pouco do seu tempo para o assunto. Assim o fizemos.

Nesse mesmo dia, foi-nos possibilitada a realização de uma visita ao canil, onde tirá-mos algumas fotografias.

Conferência

No dia 6 de Março de 2009 pelas dez ho-ras, na Sala de Sessões da Escola Secun-

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Mapa Interactivo

dária de Francisco Franco, realizou-se uma conferência intitulada Profissionais de Saú-de - Um Caminho para o Futuro!.

Nela participaram vários profissionais de saúde, convidados pelo grupo, entre eles: Dr. José França – Médico, Dr.ª Paula Pesta-na – Fisioterapeuta, Dr.ª Rosa Spínola – Te-rapeuta da Fala, Dr. Virgílio Pires – Farma-cêutico, Dr.ª Sónia Xavier – Nutricionista e a ainda Drª. Clara Gama - Enfermeira.

A conferência tinha como principal ob-jectivo, dar a conhecer em que consiste o trabalho de cada um dos profissionais de saúde presentes. Pedimos também que ex-pusessem um pouco das suas experiências pessoais, enquanto jovens que realizaram a escolha, com que nos deparamos actual-mente (escolha de um curso a ingressar).

Foram escolhidos estes profissionais de saúde, visto termos realizado um inquérito a diferentes turmas da área de saúde da nos-sa escola, através do qual constatámos que as profissões que estes profissionais repre-sentam são as pretendidas pela maioria.

Durante a conferência os profissionais re-lataram as suas experiências pessoais en-quanto profissionais de saúde, explicaram o porquê da escolha desse curso e o que sen-tiram quando tiveram de fazê-lo. Exposeram

alguns obstáculos a que estiveram sujeitos, em que consistem as suas profissões, isto de um modo geral, entre muitas outras coi-sas.

A sala ficou repleta de alunos e professo-res. A comunidade escolar presente partici-pou activamente, expondo as suas dúvidas e as suas críticas, tendo ambas sido oportu-nas. Os profissionais de saúde, por sua vez tentaram esclarecer as dúvidas o melhor que puderam.

Na fase final da conferência os elementos do grupo passaram à distribuição dos certifi-cados, e deram por terminada a conferência, por volta das onze horas e vinte minutos.

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Um Mês, uma LínguaAo longo deste ano lectivo, o Departamento de Línguas da nossa escola organizou e di-

namizou uma série de actividades subordinadas ao tema Um Mês, uma Língua. No primeiro período, celebraram-se o Latim, o Grego, e o Espanhol. Iniciámos o segundo período com belas poesias na nossa língua mãe. Seguiram-se algumas das mais fantásticas paisagens e características da cultura anglo-saxónica, com exposições sobre os países da Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales. A língua alemã abriu o terceiro período com uma mostra não só da Alemanha, mas também da Austria, da Suiça e do Liechtenstein. Um outro olhar sobre a França abrilhantou todo o mês de Maio onde não faltou o frou-frou das bailarinas do célebre Can-can.

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Pelas 20:00 horas do dia 28 de Mar-ço, o Aeroporto da Madeira via o seu recinto repleto de finalistas

da nossa Escola. Eis chegado o momento pelo qual todos nós ansiávamos, a nossa já tão merecida viagem de finalistas. Este era certamente o início daquela que viria a ser das melhores, senão a melhor semana da nossa vida. Os pais já cheios de saudades e nós a desejarmos entrar no avião rumo a Gran Canária! Eram já 23:00 horas, quando aterrámos em Gran Canária, onde começou esta nossa aventura. Fomos bem recebidos à chegada quer pelos elementos do Mun-do Vip, que nos conduziram aos autocarros, quer pelos funcionários dos “Barbados”, onde ficamos hospedados. Foi uma sema-na inesquecível: andamos às compras, fi-zemos Karting, convivemos na piscina do Hotel, fomos até o grande Aquaparque e ao Parque de diversões. Como a nossa aposta foi a diversão, ainda passeámos pelas du-

Viagem de Finalistas Gran Canária 2009

nas de Maspalomas, pela Praia do Inglês, passámos um dia em Las palmas, onde fizemos compras, e claro, porque adora-mos todos dançar, fomos “abanar o capa-cete”: alunos e professores, numa alegria constante, percorreram alguns “pubs” do Plaza e até visitaram a discoteca “Chic”.

E, como se costuma dizer, “o que é bom acaba depressa”, passou a correr esta se-mana... Passado, presente e futuro foram balizas temporais que serviram de mote às nossas conversas, porque esta viagem simboliza para nós o fim de uma etapa, mas o início de um novo cíclo nas nos-sas vidas, onde esta Escola, sem dúvida, deixa-nos recordações jamais esquecidas. Não queríamos deixar de agradecer aos professores e colegas que nos acompa-nharam e a todos os finalistas, esperando que todo o esforço tenha realmente vali-do a pena e que todos tenham gostado.

Cumprimentos para todos.

A vossa Comissão

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Este projecto, que nasceu na Universidade de Aveiro, tem vindo, desde 1990, a ser de-senvolvido como uma plataforma de ensino assistida por computador, promovendo assim o interesse pela matemática.

O evento realizou-se de manhã, e como par-ticipante, devo dizer que foi uma experiência digna de registo. Com grande convívio entre os participantes oriundos não só das maiores escolas secundárias da região, como também das mais descentralizadas, o evento decorreu na sua normalidade e sem quaisquer tipo de incidentes.

É um conforto para mim, e acredito que estou aqui a falar por uma grande porção da comunidade estudantil regional, que hajam cada vez mais e mais iniciativas deste género, que suportem o interesse pela aprendizagem

recorrendo a ferramentas apelativas aos mais jovens, mantendo o balanço entre a competi-

A experiência leva-nos a considerar o mat12 um dos melhores concursos didácticos da Re-gião, onde a aprendizagem e a diversão harmo-niosamente se cruzam.

É com o sentimento de missão cumprida que terminámos esta incrível ‘viagem’ e com a ex-pectativa de melhorar no próximo ano, que nos despedimos.

Cristina GouveiaJéssica Martins

11º2

No passado dia 17 de Abril, vários alu-nos representaram a Escola Secun-dária de Francisco Franco, na disci-

plina de Matemática, num concurso de carácter didáctico, em que vários conteúdos leccionados são postos à prova.

Esta competição, mat12, decorre online e con-siste em questões de escolha múltipla, divididas por 20 níveis de desempenho. Os participantes dispõem de 30 minutos para responder acerta-damente, tendo, em cada pergunta, duas vidas, pelo que um duplo erro numa mesma questão ditará o fim da prova.

Esta competição matemática conta com a participação de várias escolas, representadas por alunos de diversos anos, e todos com a mesma motivação e vontade de “dar o tudo por tudo” para levar o seu estabelecimento de ensi-no ao pódio.

É também importante realçar que a equi-pa que alcançar o primeiro lugar em cada ano deslocar-se-á à universidade de Aveiro, a fim de participar na Final Nacional.

O mat12 é realmente uma prova muito bem concebida, quer a nível da qualidade das ques-tões colocadas, no âmbito do programa da disci-plina, quer a nível do equipamento e condições em que se realiza a competição.

De facto, este evento tem lugar em distin-tos estabelecimentos ano após ano, sendo, por isso, outro factor que suscita a curiosidade e o interesse dos alunos.

É interessante notar que o mat12 proporciona o convívio entre os diversos participantes.

Por estas razões, esta competição, que tem em vista não só fins educativos, mas também lúdicos, conta com a participação assídua de várias equipas que pretendem “aprender a brin-car”.

É com orgulho que temos participado, ano após ano nesta competição, que se vai revelan-do cada vez mais apelativa.

É imprescindível referir que a ESFF foi a es-cola que mais equipas conseguiu apurar para a final, tendo 5 dos 9 prémios destinados aos vencedores desta competição sido arrecadados pelos nossos colegas.

É também notório realçar o espírito de com-panheirismo observado entre as mais diversas equipas, sendo o nosso lema: "Um por todos e todos por um”.

10ºAno - 3º Lugar

mat12 – FF arrasa

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pular os números. Esta competição saudá-vel permite ver a matemática de uma forma mais lúdica, apelativa e até fascinante.

Além disso, a forma subtil como as ques-tões são colocadas, por vezes astutas, ape-lam ao recurso acentuado à atenção, sendo o espírito crítico patente no raciocínio mate-mático, ferramenta fundamental à boa reali-zação da prova. De facto, esta componente, verifica uma evolução acentuada após vá-rios treinos. É de salientar o facto de a prova ser realizada em duplas, o que estimula o

espírito de equipa e partilha de conhecimen-tos.

Não obstante a confiança de que acaba-ria a prova com um grande sorriso na cara e um copo de champanhe na mão, depois de ver os tão desejados “Parabéns!”, o “gameo-

Alguns dos participantes na competição mat12

11º Ano - 3º Lugar

10º Ano - 2º Lugar

É sabido que a matemática não é a dis-ciplina preferencial dos jovens e que estes apresentam dificuldades na assimilação dos seus conteúdos. Ora, o mat12 é uma inicia-tiva que surge como forma de incentivar o gosto pela matéria e amplifica-lo àqueles que já desenvolveram aptidão para mani-

tividade, o convívio, mas sobretudo, o desejo de participar e fazer parte do dinamismo cres-cente no seio do ensino em Portugal.

João Miguel Santos Mendonça10º2

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12º Ano - 2º Lugar

11º Ano - 2º Lugar

Após a participação em anos anteriores neste projecto, achámos interessante parti-cipar novamente e consideramos esta expe-riência muito enriquecedora.

Foi um dia divertido, onde predominou o convívio com alunos de outras turmas e escolas, assim como com os seus profes-sores.

Em relação à nossa escola, podemos afir-mar que a mesma teve uma boa prestação.Concluímos, uma vez mais, que a matemá-tica é desafiante e interessante!

Patrícia e Idalina12º 13

que a matemática realmente é: um jogo. Há que saber jogá-lo.

Maria Elisa Luís

ver” tirou-me o champanhe, mas deixou-me o sorriso. Claro que por uns breves trinta se-gundos, a desilusão e frustração de quem tinha passado umas belas horas a treinar, passaram-me à frente dos olhos, mas rapi-damente correram até ao menos infinito, até porque considero que venci. Venci, só pelo simples facto de estar presente e pela de-terminação dos meus colegas matemáticos em representar positivamente este grande estabelecimento de ensino. Felizmente con-seguiram-no.

Apesar de ser “medalha de prata”, reco-nheço que esta iniciativa Pmate foi, de certa forma, positiva e portadora da ideia daquilo

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mas, e sobretudo, amigo do ambiente, por-que se tornaria auto-sustentável do ponto de vista energético.

E como se produziria a tão ambicionada auto-sustentação energética? – curiosos, in-quirimos os seus autores?

E sem “papas na língua” respondem-nos: “Enquanto os nossos clientes praticam as actividades físicas, esta energia dispendida é transformada por geradores em energia eléctrica, que, posteriormente, será acumu-lada em baterias e, em seguida, utilizada, maioritariamente, na iluminação, reduzindo, assim os custos de electricidade, provocan-do, consequentemente uma baixa de custo nos serviços oferecidos. Caso a energia pro-duzida exceda a consumida, será uma mais valia a sua venda à rede.”

Foi esta criatividade das nossas quatro “mentes brilhantes” que conseguiu conquis-tar o apuramento, entre os oitenta e cinco a concurso, para a final que decorreu no Porto Santo, nos dias 8 e 9 do mês de Maio.

Lá as expectativas, o nervosismo e a res-ponsabilidade aumentaram, porque todos os quinze trabalhos finalistas apresentavam qualidade elevada. Mas os nossos empreen-dedores não se assustaram com o desafio e,

Pela primeira vez na história da par-ticipação desta escola, que se ini-ciou há quatro anos, uma das suas

equipas atingiu o primeiro lugar na compe-tição regional de “Planos de Negócios”, in-tegrado no projecto RS4E, com o trabalho intitulado “ECOGYM”.

Este Plano, fruto do carácter empreen-dedor dos quatro jovens, alunos do 11º31, Carolina Raquel, Fabiana, Filipe e Vânia, turma do curso CEF de Técnico de Apoio à Gestão, pautou-se pela grande inovação da aposta nas energias renováveis, nomeada-mente a cinética, até hoje pouco valorizada.

Porque “o sonho comanda a vida”, com esta audaciosa ideia os seus progenitores, e com a colaboração de todos os colegas e docentes da turma, e em especial da Drª Cristina Lourenço e da Drª Célia Paulo, têm como objectivo a criação de um ginásio ino-vador, não só defensor da vida saudável,

Vitória no RS4E

Dra. Magda Santos

Professora de português

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com todo o mérito, obtiveram uma brilhante vitória ao alcançarem o primeiro lugar.

Esta classificação, além da natural sa-tisfação, dar-lhes-á direito a uma viagem a Londres, no início de Setembro, a fim de apresentarem o seu ECOGYM no Business Innovation Center e visitarem várias empre-sas, criadas no âmbito deste Projecto.

E os “gritos de guerra” desta equi-pa: “Queremos que o nosso mundo respi-re!”, “Queremos que o nosso planeta seja verde!”, “São pe-quenos gestos que mudam o mundo!” por isso, “Baterias carregadas, mentes transformadas!”, não deixam ninguém in-diferente e dão-nos muito em que pen-sar.

E não são estas razões muito válidas para toda a escola se orgulhar e acredi-

Serviço de Psicologia na Web

Inserida no site da nossa Escola, foi criada recentemente uma página Web, intitulada “Serviço de Psicologia” e acessível em www.esffranco.edu.pt, apenas clicando no separador ‘Serviços’. Sendo um suporte de informação virtual ao serviço da comunidade escolar, esta página visa essencialmente fornecer informações no âmbito desta área de estudo, mais precisamente no que diz respeito aos adolescentes, como por exemplo a problemática das relações interpessoais e do mundo das profissões. Destaca-se também nesta página o item “Expressões”, totalmente dedicado à divulgação de trabalhos elaborados pelos alunos e em diferentes formatos.

tar que o sonho, a criatividade e o trabalho, neste caso em equipa, são valores impres-cindíveis ao motor que faz o mundo pular e avançar? Estes valores foram reconhecidos e homenageados pela direcção da escola que deles se sente muito orgulhosa.

Com jovens assim, podemos confiar-lhes o futuro e acreditar que o tornarão melhor.

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O fascínio das formas e das cores

Quando criança, juntava as conchi-nhas que encontrava na areia da praia do Porto Santo e guardava

as mais bonitas em caixas de fósforos, pro-tegidas com algodão.

Sem me dar conta, começou aí uma pai-xão que me levou mais tarde a comprar li-

vros e a levar a sério uma colecção que foi crescendo, principalmente pela troca com outros coleccionadores de todo o mundo, mas também pela compra de exemplares, quer a pessoas que viviam perto das praias, quer a casas especializadas no estrangei-ro. Hoje possuo um acervo com milhares de exemplares, tendo a maioria delas sido iden-tificadas e estudadas nos últimos 25 anos.

Cada concha tem uma história, vem de um lugar, de uma viagem. Guardo minucio-samente dados como o nome das espécies,

Dr. Ricardo MacedoProfessor de Biologia

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o local de colheita, o habitat, etc. Estes da-dos, juntamente com as características das conchas, são uma fonte de informação vital para a ciência. Graças aos coleccionadores, milhares de novas espécies foram desco-bertas, estudadas e descritas nos últimos anos.

Coleccionar conchas é uma actividade muito antiga, pois no século II a.C., Laelius e Scipio, dois cônsules romanos, já coleccio-navam conchas. Também nas escavações de Pompeia foram encontradas colecções de conchas exóticas, possivelmente para com elas criar objectos de adorno pessoal ou ainda decorar casas ou jardins.

Apenas no Renascimento se desenvol-veu o gosto pelo coleccionismo, se bem que inicialmente como forma de luxo e de osten-tação social, portanto com poucas preocu-

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pações de ordem científica. A perfeição da escultura das conchas, o

ritmo das suas linhas geométricas e modelo matemático, influenciaram as artes, as le-tras, as ciências e até a própria religião.

Com os descobrimentos e consequen-tes contactos com outros povos e regiões, o interesse despertado nos séculos XVII e XVIII pelas curiosidades da natureza, levou à proliferação dos gabinetes de amadores e coleccionadores de raridades da História Natural, onde as conchas ocupavam lugar de destaque. As grandes viagens e expe-dições que se seguiram, contribuíram defi-nitivamente para o aprofundamento do seu conhecimento científico.

Tenho realizado nesta Escola algumas exposições malacológicas, a primeira das quais foi já há vinte anos e a última no pas-sado mês de Março, integrada nas Come-morações do Bicentenário de Darwin. O fas-cínio das cores e as formas das conchas têm feito a delícia dos alunos e de todos aqueles que presenciaram essas mostras.

O nosso País, com uma longa linha cos-teira e uma centenária tradição de domínio ultramarino, está desde logo vocacionado para o desenvolvimento dos estudos mala-cológicos, tendo vindo a aumentar, especial-mente entre as camadas jovens, o número de coleccionadores e de estudiosos nesta área.

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Menções Honrosas1º prémio - Elisabete Sousa 2º prémio - Carolina Coelho 3º prémio - Carmen Figueira

Nádia Gomes (menção honrosa)Catarina Pereira (menção honrosa)

José Pedro Gouveia (menção honrosa) Maria Fátima Joaquim (menção honrosa)

XVII Concurso de FotografiaAgricultura Madeirense - Que Desafios?

Decorreu de 25 de Abril a 5 de Maio a exposição das fotografias que entraram no XVII concur-so de fotografia promovido pelo Clube Barbusano, este ano su-bordinado ao tema A Agricultura Madeirense - Que Desafios?Menções Honro

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Promovido actualmente pela Socie-dade Portuguesa de Robótica, de-correu de 6 a 9 de Maio, na escola

Superior de Educação, em Castelo Branco, a 9ª edição do Festival Nacional de Robótica.

Porque este evento tem como objectivo a promoção da Ciência e Tecnologia junto dos jovens dos diferentes graus de ensino, bem como do público em geral, através da com-petição de robôs, esta escola, que sempre se pautou por uma significativa adesão às no-vas tecnologias, não poderia deixar escapar a oportunidade de lá estar presente, com a representação do seu “Projecto de Robótica” (SPAR), idealizado e nascido sob a orienta-ção do Dr. Jorge Monteiro, com a colabora-ção do Prof. Carlos Abreu e do Prof. Matos.

Como todos nós sabemos, as activida-des extracurriculares constituem um meio e um espaço de extremo enriquecimento e de mais valia para aqueles que nelas partici-pam e, quanto mais apelativas forem, mais apetecidas serão. E se a motivação dos nos-sos jovens para uma área tecnologicamente avançada é enorme, a existência do Projec-to Robótica nesta escola, numa aposta cada vez mais no futuro, oferece a todos os inte-

ressados essa experiência e contribui tam-bém para o desenvolvimento da investigação na área da robótica e da automação.

Assim, integrado na competição Sénior, o SPAR, com o apoio da escola, levou até Cas-telo Branco o seu “Robotron”, acompanhado pelos “padrinhos”: Duarte Correia, Lydia dos Órfãos, Hêrnani Silva e Luís Pinto e pelo seu “progenitor”, para participar na prova Condu-ção Autónoma, que se realiza desde a primei-ra edição do festival e que tem como objecti-vo promover o desenvolvimento de técnicas e

métodos que possam ser utilizados na cons-trução de veículos autónomos.

Nesta prova, os veículos tinham de percor-rer um circuito (imagem à esquerda) de acor-do com as regras estabelecidas.

A competição desenvolveu-se em três fa-ses, realizadas em três dias consecutivos, com um aumento progressivo da complexi-dade efectuado através da adição de novos desafios. Em todas as três fases, os robôs partem da passadeira após o reconhecimen-to do sinal "seguir em frente", exibido no pai-nel semafórico, e evoluem autonomamente na pista executando duas voltas completas.

Dado que muitas das doze equipas parti-cipantes nesta prova eram constituídas por universitários e investigadores de institutos politécnicos, o nosso SPAR e o seu Robotron não tinham como objectivo a vitória, mas sim a sempre salutar e proveitosa experiência, e nisso, certamente, conquistaram muitos fru-tos, não só robóticos mas sobretudo huma-nos.

Festival Nacional de Robótica

Dr. Jorge MonteiroProfessor de Electrónica

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No dia 22 de Abril do presente ano, ce-lebrámos, pela segunda vez consecu-tiva, o dia dos CEF.

E porquê?Enumerar todas as razões tornar-se-ia de-

masiado exaustivo, por isso optámos por sim-plesmente dizer:

-porque é merecido;-porque é necessário;-porque é gratificante.Há seis anos, esta escola aceitou o desafio

de, inserido no Ensino Secundário, apostar na nova fórmula: Cursos de Educação e Forma-ção.

Porque este estabelecimento teve na sua génese o privilégio de querer contribuir para o desenvolvimento regional, através da formação de técnicos credenciados no tecido comercial e

industrial da nossa ilha, dar continuidade a esta tradição “familiar”, tornou-se um desafio.

Aceitou-se a aposta; consultou-se o mercado de trabalho; observou-se as ofertas ministeriais; constatou-se os interesses de possíveis alunos; optou-se por um curso; criou-se uma equipa pedagógica; fizeram-se opções programáti-cas; contactaram-se empresas e deu-se corpo e alma ao curso de Operador de Informática - Tipo 4, equivalente ao 10º ano.

Estava lançada a primeira semente. Cerca de uma dezena de alunos, todos oriundos do 9º

ano desta escola, muitos deles com a orienta-ção da psicóloga, decidiram enveredar por este caminho. E foi com enorme satisfação que che-gámos ao fim do ano com um sucesso pleno, pois todos eles obtiveram um aproveitamento satisfatório, quer a nível escolar quer a nível de primeira experiência laboral, através de estágio profissional. Estava ganha a primeira aposta.

Mas como a vitória “soube a pouco”, o sonho de um curso de tipo 5, equivalente ao 12º ano, passa à realidade e, em Novembro de 2006, é com grande emoção que encarregados de edu-cação e equipa pedagógica vêem os seus “me-ninos” “vestirem a capa” e é com grande orgulho que, no final do ano, testemunham a entrega dos seus diplomas, que lhes conferem uma du-pla certificação, a de 12º ano e a de profissional, de nível 3, neste caso de técnico de Instalação e Manutenção de Sistemas Informáticos.

Posteriormente, a aposta fez-se na área da Mecatrónica automóvel. E mais uma vez, a satisfação dos alunos, acrescida da dos seus encarregados de educação por verem os seus educandos, alguns em situação de abandono escolar, tornarem-se jovens profissionais quali-ficados, deu-nos a certeza de que estamos no caminho certo.

E como as sementes foram boas, novas se-menteiras se fizeram, e no presente ano já são sete as turmas, já são sete as equipas pedagó-gicas, que dia a dia, semana a semana, perío-do após período, tentam levar a bom porto as respectivas embarcações. Duas, a de Técnico de Contabilidade e a de Técnico de Instalação e Gestão de Redes Informáticas, de 12º ano, preparam-se para cumprir o seu estágio profis-sional em empresas e instituições colaborantes; três frequentam o 11º ano: Técnico de Apoio à Gestão, Técnico de Instalação e Gestão de Redes Informáticas, Técnico de Electrónica In-dustrial e duas de 10º ano, que, por serem de cursos de tipo 4, também irão cumprir o seu es-tágio profissional: a de Técnico Administrativo e a de Instalador e Reparador de Computadores.

Como se pode constatar, é justo e merecido que se enalteça esta opção escolar. Mas por-que esta realidade ainda é desconhecida e tal-vez por isso desvalorizada por uma parte da co-munidade escolar, impõe-se dá-la a conhecer, desmistificá-la.

Dia dos CEF

Dra. Magda SantosProfessora de Português

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Esta opção não é nem foi criada só para uns “coitadinhos” terminarem o Ensino Secundário. Ela é sim um caminho que visa o aumento da qualificação escolar a par da aquisição de com-petências profissionais, não encerrando a porta de prosseguimento de estudos universitários.

E todos sabemos que há muitos alunos que não encontram nos cursos gerais resposta para as suas aspirações; que mesmo sonhando com a universidade lhes falta motivação para tanta teoria e tão pouca prática; que, dado o tamanho das turmas, têm pouco contacto com os seus docentes, têm pouco espaço para colocar as suas dúvidas; jovens que, ao terminarem o 9º ano, perante um leque variado de ofertas, têm dificuldade em acertar na escolha correcta, etc. Enfim, as razões para a opção por um CEF são múltiplas e todas valiosas.

Por tudo isto, e porque um novo ano lecti-vo se aproxima e novos cursos de Técnico de Apoio à Gestão (tipo 5) e Técnico de Controlo Qualidade Alimentar (tipo 6) estarão à disposi-ção de todos, é necessário que se faça a sua divulgação atempada.

Para isso, nada melhor que uma sessão sole-ne e um convívio, onde todos os intervenientes neste processo estiveram presentes, nomeada-mente, o Sr. Director Regional de Educação, a Presidente do Conselho Executivo, representan-tes dos vários órgãos desta escola, empresas e instituições colaborantes, técnicos especializa-dos que nos apoiam, as equipas pedagógicas, alguns encarregados de educação e, como é óbvio, a razão de ser da nossa justa celebração, os nossos alunos, actuais e antigos.

E porque o grupo é cada vez maior, a pre-paração desta celebração tornou-se mais exi-gente, mais trabalhosa. Necessitou de mais empenho, de mais esforço, mas também maior criatividade. Prova disso, foi a envolvência de cada turma na criação de um crachá sugestivo e diferente.

E todos estes preparativos se conjugaram sem que o trabalho programático fosse afecta-do. Além disso, não podemos deixar de referir o empenho e a dedicação colocados por alu-nos e professores da turma 11º31, de Apoio à Gestão, nos projectos do RS4E, fazendo com que todos os trabalhos obtivessem pontuações excelentes, alcançando mesmo, o denominado “Ecogym”, uma fantástica participação na final, que teve lugar a 9 de Maio, no Porto Santo.

Na sessão solene, os testemunhos dos dife-rentes intervenientes foram extremamente gra-tificantes, especialmente o de um encarregado de educação e os de antigos alunos, que hoje se encontram no mundo do trabalho, mas que não esquecem o quanto foi importante a frequência do CEF no rumo das suas vidas profissionais e nas suas atitudes de cidadãos.

As palavras das entidades oficiais também foram veículos de incentivo para todos os en-volvidos nesta aposta.

E porque a qualificação profissional só é possível através da estreita colaboração com o tecido empresarial e institucional da nossa so-ciedade, apraz-nos registar a presença sempre pronta de empresários que voltam à escola (al-guns ex-alunos) para testemunharem as suas experiências de vida, apresentarem as suas empresas e de uma forma burocrática, através da assinatura dos protocolos com este estabe-lecimento de ensino, audaciosamente cumpri-rem uma das suas funções sociais.

Porque esta conjugação de esforços tam-bém se aperfeiçoa no convívio informal, seguiu-se um lanche, preparado por todas as equipas pedagógicas com a colaboração da escola, no qual todos tiveram a oportunidade de estreitar laços que perdurarão no tempo.

E porque “o sonho comanda a vida” garan-timos que para o ano cá estaremos a festejar as novas apostas, os novos “mostrengos”, os novos desafios, mas, sobretudo as novas con-quistas, as novas vitórias, os novos sucessos.

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A humanidade não vai evoluir para indivídu-os mais inteligentes. O nosso cérebro não vai aumentar mais de tamanho, de peso,

e consequentemente, adquirir novas estruturas que permitam desenvolver novas capacidades, como aconteceu nos últimos dois milhões de anos. É esta a opinião da maior parte dos cientistas, conforme refere Peter Ward, paleontólogo e professor de bio-logia na Universidade de Washington, no seu artigo ”Homo sapiens – évolue-t-il encore?”, publicado na revista Dossier Pour la Science: L’évolution - rien ne l’arrête, nº 63 de Abril – Jun de 2009. Peter Ward conclui: “[a evolução humana] não é mais genética, mas implica as ideias e a cultura”, porque a evolução física do homem terminou.

Com base nisto, podemos afirmar que o futuro da humanidade será fruto das escolhas que a espécie humana fizer, com vista ao bem-estar e à justiça so-cial, para todos, ou não.

Como educar os jovens para esta realidade? Qual o contributo de cada um de nós para a vida no planeta, ou para o bem-estar nosso e dos outros? Podem ser tantas as preocupações dos jovens (que profissão escolher, se agradam aos amigos, se são desejáveis…) mas, até que ponto nos sentimos res-ponsáveis por estas causas? Tudo depende da visão que temos do mundo. Se acharmos que não temos de ser responsáveis por estes assuntos, e só a es-pécie humana pode sê-lo, não nos dedicamos a eles. É a nossa visão do mundo que determina o tipo de escolhas que fazemos, o nosso comportamento.

Mas sendo importante o bem-estar e estando a fe-licidade relacionada com o que os filósofos chamam de “propósito”, que em termos de comportamento significa, procurar atingir objectivos, o que será, na juventude, ser feliz, ou preparar a felicidade? Que vida quero para mim?

Cabe à psicologia investigar que tipo de projectos os jovens poderão construir, com vista a uma vida com significado, e não simplesmente sobreviver. Os filósofos consideram que uma vida com sentido, en-volve a necessidade de realização pessoal, de agir para o bem e viver com espiritualidade. Cada um de nós, de acordo com a sua visão da vida e do mundo, deve ir descobrindo o que o realiza pessoalmente, o que é o bem, ou qual o lugar para a espiritualidade na sua vida. De facto, as investigações da psicologia têm confirmado as reflexões filosóficas nestas ma-térias. Ed Dienner, um dos maiores investigadores,

sobre a felicidade, professor e psicólogo na Univer-sidade de Illinois, refere que as pessoas felizes têm: auto-estima; controle pessoal sobre a sua vida; boas relações íntimas (de amizade e/ou amor); sentido transcendente (têm uma vida ligada a valores espiri-tuais) e são optimistas.

Os amores e as amizades, que contribuem para dar à vida humana uma grande parte do seu senti-do, são importantes, mas a realização pessoal passa também pela possibilidade de descobrir e usar os ta-lentos. Para isso, é necessário estimular a capaci-dade de iniciativa dos jovens, como demonstram os estudos sobre o desenvolvimento positivo. E como está tudo ligado, só assim ele (a) saberá em que se sente capaz, o que melhor lhe convém e para pro-gressivamente adquirir um sentimento de controlo na sua vida.

No viver para o bem, isto é, viver de acordo com o que é bom para o indivíduo e para a sociedade (inte-ligência moral), como educar para os valores? Uma resposta possível, está no artigo do filósofo Vicent di Norcia - “Darwin on Moral Intelligence” - publicado na revista Philosophy Now, nº 71 de Jan./Fev de 2009, (toda ela sobre Darwin, o autor da Teoria da Evolução das espécies). Nas palavras de Vicent di Norcia, agir moralmente, exige variadas capacidades mentais, cuja Teoria das Inteligências Múltiplas do psicólogo Howard Gardner, ajuda a esclarecer. Defende-se que há vários tipos de inteligência para além da linguísti-ca e lógico-matemática, como as inteligências musi-cal, interpessoal, corporal-cinestésica… Cada inteli-gência deve ser estimulada e é usada para resolver determinado tipo de problema. Mas todos nós temos umas, mais desenvolvidas que outras, e consequen-temente isso vai determinar o modo como aprende-mos.

Assim, quando os alunos na Área de Projecto elaboram um projecto sobre as energias renováveis, e constroem uma maqueta, para estudar e propor a resolução de problemas de ordem ambiental e social, estão a usar, por exemplo, a inteligência corporal ci-nestésica, porque usam as mãos sobre objectos. No trabalho de equipa, e nos contactos que estabele-cem, usam entre outras, as capacidades verbais e as interpessoais. Mas pelo “caminho”, lidaram com os conflitos de valores, que bem definem a nossa vida.

Decidir moralmente, envolve assim a aplicação de todas essas capacidades e ocorre de acordo com o estilo de cada um de nós. É em síntese, um peque-no exemplo que ilustra o aproveitamento da Teoria das Inteligências Múltiplas, não só na aquisição de conhecimentos científicos mas também no desenvol-vimento da inteligência moral, que bem usada, será fundamental para um mundo justo e renovado de ideias e cultura.

Dra. Crisitina SimõesPsicóloga

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Uma vida para viver

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Psicólogo... Porque não?

O Serviço de Atendimento ao Jovem, loca-lizado no 2º piso do Centro de Saúde do Bom Jesus, no Funchal, presta consultas

de apoio personalizado, confidencial e gratuito a ado-lescentes de ambos os sexos entre os 12 e os 21 anos. A este local, recorrem à consulta jovens com uma variedade de queixas, que são encaminhados por familiares, técnicos de saúde ou por iniciativa própria, permitindo o seu acompanhamento a nível individual e familiar. Este serviço beneficia de uma linha SOS e é formado por uma equipa técnica multi-disciplinar que disponibiliza consultas de planeamen-to familiar, medicina geral, psicologia, serviço social, nutrição, saúde materna e enfermagem.

A consulta de psicologia, incluída neste serviço, é constituída por três psicólogos que realizam a ava-liação e apoio psicológico aos adolescentes e suas famílias. Há uma elevada procura de consultas de psicologia nesta faixa etária pelas tarefas psicológi-cas e emocionais inerentes a esta fase: alterações corporais; alteração da relação com os pais, (o ado-lescente terá de abandonar progressivamente a sua posição de dependência afectiva face aos pais e al-cançar autonomia), mudanças nas relações sociais, relação estabelecida com a escola e projecto de vida futuro, construção da identidade sexual e alterações do pensamento.

Habitualmente o adolescente comparece nas

consultas de psicologia na companhia de um fami-liar, todavia noutras situações tende a dirigir-se aos serviços sem acompanhantes.

Na consulta psicológica de adolescentes é impor-tante ter em conta que a adolescência é um período de profundas mudanças, internas e externas do or-ganismo global, podendo favorecer as dificuldades de diagnóstico. O adolescente experimenta tensões em determinados períodos e, por vezes, torna-se difícil decidir se um comportamento se deve a uma tensão ocasional ou se deve ser visto como um sinal de perturbação. Nas situações em que o adolescente passa por um mal estar psicológico, comprometendo o seu funcionamento e o incapacitando/dificultan-do na realização das suas actividades diárias, deve recorrer aos serviços e solicitar a marcação destas consultas.

Relativamente às problemáticas mais marcadas e queixas apresentadas, destacam-se as perturba-ções do humor (depressão), dificuldades a nível rela-cional (pais, amigos, namorados, outros familiares), perturbações do comportamento alimentar, consumo de substâncias, ansiedade, problemas de comporta-mento ou aprendizagem e adaptação a acontecimen-tos de vida (morte de pessoas significativas, gravi-dez, doença, perdas de familiares e/ou amigos). Se por um lado o estado depressivo pode estar relacio-nado com o desenvolvimento normal da adolescên-cia, pois esta é uma fase de grandes transformações e perdas, o que implica momentos depressivos, por outro, é frequente a existência de alguma negligência face à actuação sobre os episódios depressivos na adolescência por ser automaticamente atribuído ao desenvolvimento normal.

Dra. Catarina Homem CostaDra. Sílvia CascaisDra. Sílvia FreitasPsícólogas do Serviço de Apoio ao Jovem

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O projecto JRA (Jovens Repórteres para o Ambiente), da Escola Se-cundária Francisco Franco, ade-

riu este ano lectivo ao concurso Na senda de Darwin, com duas equipas: “Pérolas do Atlântico à descoberta de Darwin” e “Darwin in the 21st Century”.

A equipa “Pérolas do Atlântico à desco-berta de Darwin” foi a vencedora regional do concurso Na Senda de Darwin.

O Bicentenário do nascimento de Darwin celebrou-se no dia 12 de Fevereiro de 2009. Para comemorar os 200 anos do nascimen-to de Darwin e os 150 anos da publicação do seu livro A origem das espécies, o jornal Ciência Hoje lançou o concurso Na senda de Darwin, com o apoio do Ciência Viva - Agencia Nacional para a cultura científica e tecnológica. Este concurso foi dirigido aos jovens do ensino secundário das escolas de todo o pais.

Foram consideradas para este concurso sete regiões (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Madeira e Aço-res).

Numa primeira fase, o concurso consis-tiu em seis trabalhos em diferentes formatos (escrita, áudio, e vídeo) e decorreu de Se-tembro de 2008 até Fevereiro de 2009. Os mais curiosos podem consultar os trabalhos no site do Ciência Hoje em www.cienciaho-je.pt.

No tempo estabelecido para o concurso, as equipas realizaram um trabalho por mês. Cada grupo realizou diferentes actividades, de acordo com um calendário considerado oportuno para apuramento dos vencedores.

• Mês de Setembro: trabalho que consis-tiu na elaboração de um vídeo, demostrando momentos em que as equipas recolhiam de-poimentos de pessoas sobre o tema “Sabe

quem foi Charles Darwin?”.

• Mês de Outubro: prova escrita sobre o tema O que Darwin viu nas Galápagos. Nes-te artigo, cada equipa aborda a passagem de Darwin pelas Galápagos durante os trinta e cinco dias que ali permaneceu.

• Mês de Novembro: realização dum ví-deo Um dia a bordo do Beagle, retratando um momento da viagem do Beagle ao longo dos cinco anos em que esta se realizou.

• Mês de Dezembro: prova de Áudio, inti-tulada Chegada de Darwin a Londres, onde se retratou uma entrevista radiofónica sobre a chegada de Darwin a Londres, depois dos cinco anos da viagem a bordo do Beagle.

• Mês de Janeiro: prova escrita, com o título Explica-me a origem das espécies como se eu fosse muito Burro - cada equipa deveria explicar a teoria sobre a origem das espécies, como se a explica a uma pessoa pouco entendida no assunto e/ou uma crian-ça/adolescente.

• Mês de Fevereiro: foi proposta uma prova de vídeo, com o tema O Julgamen-to de Darwin. O acusador imputa a Darwin a responsabilidade das causas científicas e culturais que a sua obra veio pôr em causa. Darwin defende em tribunal a sua teoria e é julgado por um juiz que profere a sua sen-tença.

Os sete vencedores regionais desta pri-meira fase e as três segundas equipas mais pontuadas a nível nacional disputaram a fi-nal a 14 de Março de 2009 na Figueira da Foz.

A equipa vencedora teve como prémio um cruzeiro nas Ilhas Galápagos, no Oce-ano Pacífico, onde Darwin passou pouco mais de um mês em 1835 e onde fez obser-vações que foram importantes para a ela-boração da sua teoria sobre a origem das espécies.

Parabéns Darwin

A equipa da JRA

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Desde o primeiro ciclo, a minha ca-minhada académica foi algo con-turbada. Desde o início aprendi

o que eram as dificuldades e as quedas na vida que nos obrigam a crescer. A cres-cer demasiado depressa! Durante um ano da minha vida escolar, o primeiro, tive que aprender a lidar com a ausência da minha mãe. Desse particular ano, recordo-me ape-nas dos telefonemas nocturnos, em que muito frequentemente ela chorava quando dizia que me amava, das idas tardias ao aeroporto para mais uma vez me despedir dela, que novamente partia para Lisboa e me deixava lavada em lágrimas, junto à por-ta de embarque. Até hoje sei que foram as minhas avós o meu suporte e a minha capa-cidade para continuar a ter um ano minima-mente normal, mas essa é uma fase da qual me custa muito falar e que ainda faz com que as lágrimas que gotejavam no chão do aeroporto voltem a cair.

Mais tarde, uma mudança de escola foi o ponto de viragem de fases da minha vida que tenho dificuldade em relembrar. As me-mórias são vagas e as cores esborratadas. E daqui, posso apenas dizer que me lembro perfeitamente como começou a minha pai-xão pela escrita. A minha chegada ao Co-légio do Infante representa definitivamente um marco de mudança.

Durante o 5º e 6º anos, passei pela fase que praticamente todos os aspirantes a adolescentes passam, a fase da exclusão, a fase de maiores inseguranças. Não houve altura nenhuma em que me tivesse sentido tão posta de parte, tão feia, tão gorda, tão…

pouco normal. Felizmente essa etapa durou apenas tempo suficiente para ter consegui-do ultrapassar as tais paranóias.

A partir do 7º ano, todas as inquietações se esvaíram... Aprendi a andar de cabeça erguida e com a auto-confiança de mil pes-soas. “A lagarta virou borboleta”, disseram-me um dia, a tentar descrever o que comigo se tinha passado. O 8º ano, por assim dizer, foi nada mais nada menos que uma continu-ação do 7º, mais um ano de crescimento.

O 9º ano… o 9º ano, não entrando em por-menores (senão daqui nunca mais saía!!!), foi um período para despertar para a vida, para dar uma volta de 180 graus, uma au-têntica cabeçada no maior pedregulho da minha vida. Aconteceram imensas coisas boas, mas uma má consegue arruinar e dei-tar por terra todas as memórias doces. Daí me faltarem as mais elementares sílabas quando tenciono manifestar através de pa-lavras o turbilhão de emoções e pensamen-tos que me assaltam quando me recordo de tal.

Quanto ao 10º ano… Esse ainda está por deslindar. Generalizando, acho que até ago-ra foi o ano em que mais me tenho divertido e aproveitado cada segundo e cada momen-to que a vida gentilmente me tem oferecido.

Costumo dizer que a minha vida podia perfeitamente ser uma comédia, algo dra-mática, mas ainda assim garanto que se pu-desse descrever com os mais ínfimos deta-lhes a minha história, sempre aliada à minha vida académica, fosse quem fosse que tive- sse acesso ao dito texto daria umas valen-tes gargalhadas, mais não fosse por todas as parvoíces e por todos os monumentais tombos que dei até aqui chegar.

Texto Auto-biográfico

O meu percurso académico

Isabel Abreu10º 20

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Estas palavras de Aristóteles resso-am em nós, à distância de 2 500 anos. Que tema eterno! Da sua

rusticalidade singela, os gregos sentiam a educação de um modo não tão profunda-mente diferente de quanto o sentimos hoje.

Ouso, com Aristóteles, uma definição: educar é agir no sentido de fazer acolher e aperfeiçoar excelências em nós, através de um processo de habituação.

Educar é agir no sentido de fazer acolher e aperfeiçoar ex-celências em nós, através de um processo de habituação.

Neste processo, sustenho uma posição, que argumento como tese: a de que esta “habituação” de nada vale, se perdermos de vista o fim mesmo que a ela assiste, desig-nadamente, a construção de um horizonte de esperança auto-realizada de uma comu-nidade, em confiança e liberdade.

Argumento que assim é, porque o fim que assiste à “habituação” de excelências em nós, que é a educação, se encontra di-fusamente omnibulado em processos, pro-

gramas e currículos mais próprios de outros seres que de meros seres humanos, apenas vagos, imperfeitos, inadequados, problemá-ticos, problematizadores e sós.

Será que já alguém, em seu perfeito uso de juízo e prática profissional tentou, e con-seguiu, dominar a fabulosa teia de portarias, decretos, decretos-lei, despachos, despa-chos regulamentares, despachos normati-vos e ofícios que regem a nossa profissão?

Há uma simplicidade singela e rústica, própria do homem, que tendencialmente se tem vindo a perder, fazendo vislumbrar me-ros meios em vez dos fins.

O problema é que esse vínculo, o vínculo visível dos fins, é a sustentação de toda e qualquer comunidade humana, geradora do cimento que agrega qualquer Bem Comum (razão de ser de toda a comunidade), a con-fiança.

À coacção reguladora de seres racionais num horizonte visível e compreensível por todos, da confiança, determinável pela visi-bilidade dos fins, substitui-se um cada vez mais preponderante, imponente e inamoví-vel reino dos meios.

E não se trata de simples técnica, antes o fosse. A técnica tende inexoravelmente cada vez mais para a arte e, nessa medida, a realizar-se como mais uma forma do subli-me. A inadequação dos meios aos fins é an-tes o resultado de um profundo alheamento

Educação

Dr. Hélder LourençoProfessor de Filosofia

As excelências, então, não se geram em nós nem por natureza, nem contra a natureza, mas por sermos constituídos de tal modo que podemos, através de um processo de habituação, acolhê-las e aperfeiçoá-las.

Aristóteles

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das excelências do Bem Comum, daquelas que, segundo Aristóteles, é suposto agirmos no sentido de fazer acolher e aperfeiçoar em nós, através de habituação.

A técnica tende inexoravel-mente cada vez mais para a arte.

São o cuidar e o cuidado que estabele-cem vínculos entre os seres. Entre seres ra-cionais, este princípio elementar da recipro-cidade é o motor gerador da sua identidade, motivador de um querer das mais sobera-nas vontades. O querer do Bem Comum exi-ge, não requer, não solicita, coage! As suas excelências são soberanas, imprimindo, por isso, um cunho do mais absoluto dos pode-res. Na preparação dos seus melhores, os mais jovens, revendo-se nas excelências do

Bem Comum, a “inculcação” de Aristóteles ou a “enxertia” de Platão do destino de uma comunidade mais não são que perspectivas inadequadas, pelo tempo, da educação para os fins.

Todavia, a destinação das excelências do Bem Comum passa também pela visão da formação dos preparadores de jovens como “missão”. A destinação do sábio, a sua mi -ssão ou vocação, passa por um sentir as excelências do Bem Comum e a elas sub-meter o seu querer, a elas vincular as suas vontades e por elas moderar os seus ape-tites, reinvestindo o seu cuidar e o seu cui-dado.

Receio bem que, por omnibulamento dos fins pelos meios, na falta de cuidar e de cui-dado das excelências do Bem Comum, no secular ser-se de memória histórica curta que nos caracteriza, na senda da antiquér-rima “modernização” torpe, pobre e míope da contemporaneidade, para breve esteja o anúncio do fim da escola pública em Portu-gal. E, com ele, também daquelas excelên-cias do Bem Comum, que ela procurou, ain-da assim, embora nem sempre com o maior sucesso, cuidar.

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lução sucede durante o Ensino Secundário. Neste ciclo de estudos, a disciplina de filo-sofia contribui para a aceleração e a conso-lidação do processo de maturação na transi-ção para a idade adulta. E é neste contexto que se releva como importante a análise e a ponderação da sua função formativa e edu-cativa.

O Dia da Filosofia foi instituído pelas Na-ções Unidas no mês de Novembro, variável e flexível consoante as possibilidades locais e regionais, para celebrar a importância da atitude filosófica para o Mundo.

Nesse sentido, a UNESCO, a organiza-ção das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura, decidiu propor aos paí-ses membros, na sua 33.ª sessão em 2002, que o Dia da Filosofia contribuisse para a abertura de um espaço de reflexão sobre o valor e o alcance das repercussões do pen-sar filosófico para as actividades humanas.

Numa altura de grandes e problemáticas transformações sociais, económicas, políti-cas, tecnológicas e culturais no mundo, que evidenciam uma rapidez e um alcance uni-versal nunca antes documentados, a perti-nência desta celebração advém da necessi-dade de poder ponderar-se, com o equilíbrio e a harmonia que a actividade e os métodos da atitude filosófica conseguiram edificar, a própria condição humana ela mesma, ela mesma em transformação.

Na assim designada era da Globalização, com a sua opacidade omnibulada e avessa ao sensível na compreensão (que de nós permanentemente exige o domínio dos me-andros da abstracção para a construção

Parece ser dado adquirido que o es-tudo da filosofia deve começar no período em que a maturação dos

jovens instaura a transição para a idade adulta. Na formação escolar, este período de crescimento e aprendizagem coincide com o Ensino Secundário, entre os 15/16 e os 17/18 anos.

Todavia, experiências recentes eviden-ciam que o contacto com os métodos e os conteúdos da filosofia pode começar mais cedo. O desenvolvimento sistemático do pensar crítico e da autonomia interrogativa e problematizadora pode iniciar-se já a partir dos 5, 6 ou 7 anos.

Os resultados são francamente anima-dores, se considerarmos que alunos que passaram por esta experiência demonstram mais cedo capacidades de organização, problematização e implementação autóno-ma de tarefas de aprendizagem, bem como de intervenção crítica sobre o mundo, que outros que a não vivenciaram.

O método de pensar crítico desenvolvi-do por Matthew LIPMAN de “Filosofia para Crianças”, com a sua “Comunidade de In-vestigação”, não é propriamente “Filosofia”. Todavia, a habituação das crianças a modos de interrogar, problematizar e critica e au-tonomamente orientar o seu próprio pensar, contribui para começar a resolver muito cedo dificuldades cognitivas e de socialização cul-tural da maturação que só muito mais tarde, no culminar de um longo, lento e demorado processo, podem ser devidamente orienta-das por a Escola.

No nosso sistema de ensino, esta reso-

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA FILOSOFIA NA ESCOLA

ALGUMAS NOTAS A PROPÓSITO DO DIA INTERNACIONAL DA FILOSOFIA

Dr. Hélder LourençoProfessor de Filosofia

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de uma eficaz intervenção sobre a nossa própria condição), a reflexão com o auxílio dos meios da atitude filosófica deve poder abrir um espaço de serenidade e silêncio, de paz, de perscrutação interior contemplativa, enquanto seres e enquanto espécie, para atentamente escutarmos, cada um de nós, o ressoar multissecular da nossa própria pro-jecção como espécie, a nossa situação uni-versal cósmica enquanto seres.

O espaço deste dia pode e deve ser o perscrutar contemplativo da nossa própria condição. Em suma, o Dia da Filosofia pro-põe que se páre para pensar, que se tome um dia para pensar a atitude do nosso pen-sar ele mesmo em relação com o nosso pró-prio ser, uma vez que, paradoxo dos para-doxos, contrariamente àquilo que o aparecer das evidências nos faz ver, cada vez menos temos tempo para pensar aquilo que real e eficazmente fazemos, num tempo em que cada vez mais, como nunca, de nós é exi-gido pensar, sem verazmente pensarmos, sem verazmente o podermos fazer.

Senão, vejamos. Pensamos, quando agi-mos. Mas, quando agimos, não reflectimos integralmente o pensar já contido no nosso mesmo agir. O pensar técnico incorporado no processador de texto com que escreve-mos, por exemplo, não está reflectido na nossa atitude enquanto escrevemos.

Pensa o decisor administrativo, quando age decidindo. Mas o pensar técnico incor-porado no seu próprio decidir não é por ele reflectido, quando age decidindo. Pensa o decisor político, quando age intervindo. Mas o pensar técnico incorporado no seu próprio intervir não é por ele ponderado, quando age intervindo. Pensa o professor, quando age ensinando...

Paradoxo dos paradoxos, recaímos na técnica como a essência a ser pensada no sentido da ponderação da nossa própria condição. Paradoxo dos paradoxos, a técni-ca é, por sua vez, ela mesma, o mais eficaz e poderoso produto da filosofia, da instau-

ração última do pensar ocidental, da assim designada origem (matriz) greco-latina e judaico-cristã da nossa cultura ela mesma, que almejou alcance universal, seja por ter-rível imposição colonial e aculturadora, seja por partilha incondicionada de outros povos e culturas.

Paradoxo dos paradoxos, este processo não sucede sem a arte. Técnica e arte já fo-ram indissociáveis no ressoar longínquo dos séculos e, paradoxo dos paradoxos, tendem hoje a aproximar-se e a reencontrar-se num promover feliz da sua própria razão de ser na origem. Filosofia, arte e técnica são a essência da condição humana que promo-veu e instaurou a assim designada Globali-zação. Filosofia, arte e técnica são também a condição de possibilidade da sua eficaz ponderação. São também a condição de possibilidade da sua eficaz resolução para outra conciliação que nos seja mais próxima da nossa condição.

Com Hegel, a filosofia morreu. Não mor-reu a atitude da filosofia, a mesma atitude humana que a produziu. Essa será eterna, conquanto a espécie humana permaneça espécie reconhecível enquanto tal. Esgota-ram-se, sim, os modos de dizer ser, de dizer verdade, de dizer conhecimento, de dizer bem e de dizer mal, de dizer belo e de dizer

feio, de dizer sagrado e de dizer profano (no essencial, aquilo que identificamos com va-lores). Esgotaram-se aqueles mesmos mo-dos de dizer que os gregos nos legaram e que inexoravelmente até ao fundo explorá-mos na sua mais útil e técnica potenciação.

Com Hegel, a filosofia mor-reu. Não morreu a atitude da filosofia, a mesma atitude hu-mana que a produziu.

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Temos, então, um problema de linguagem, em que a transmutação imagética comuni-cativa (o mundo e a gramática da imagem) a que assistimos é uma parte do mesmo pro-cesso, também ele ainda técnico, de trans-formação.

Estamos, assim, confrontados com uma muito grande revolução, em curso, que se nos apresenta demasiado grande para que a nossa tão simples e frágil pequenez nela possa intervir de modo satisfatório para o nosso próprio entender, para a nossa razão e orientação, que se nos apresente como tal no decurso expectável de um vida humana ela mesma e, nesse sentido, no da expecta-bilidade de uma vida humana feliz, de uma vida boa. E isso cria-nos insatisfação, pois o ser humano não apenas tolera mal o ab-surdo, não o tolera de modo algum! Trata-se de uma contradição de imprevisível concilia-ção, cujo resultado não é passível de antevi-são. E isso deixa-nos tensão. Não sabemos porquê (eu não sei porquê), apenas sabe-mos e confirmamos que é parte integrante da nossa condição.

Neste contexo, coloca-se o estudo da fi-losofia no nosso sistema de ensino, no En-sino Secundário, o do nosso tempo, este tempo, bom como qualquer outro, mas difícil como nenhum outro, como o sempre foi, em qualquer tempo, com qualquer outro. Que é então diferente, no nosso tempo? Como po-demos então pensar esta diferença, no ser diferente do nosso tempo, no trabalho diário com os nossos alunos, eles mesmos dife-rentes, como sempre? Como prepará-los o melhor que podemos e sabemos para, no seu futuro e tenso porvir, pensarem mundo? E em que medida é aqui importante consi-derar um Dia da Filosofia?

Questões a que temos diariamente de, com dificuldade, dar resposta em situação, de modos por vezes mais conscientes, por vezes mais inconscientes. O trabalho do professor aperta e o pensar metafísico tec-no-burocrático que nos condiciona também,

muito para além das 35h semanais devi-das.

Não tenho receitas, eu mesmo questiona-dor ainda incansado do mesmo labor diário escolhido. É que toda a didáctica se esgota na riqueza poderosa das situações únicas e insubstituíveis dos jovens destinos huma-nos que temos de orientar, num tempo que nos faz garantir que se nos escapará antes ainda de nelas repararmos.

Todavia, o alerta que ressoa, e a cujo es-cutar prescrutando em contemplação atenta o Dia da Filosofia nos convida, é o da in-teriorização da condição dos outros seres, eles mesmos em criação continuada, que a comunidade que servimos todos os anos diante nos confia, os nossos alunos.

Desta tarefa contemplativa de interroga-ção e auto-questionamento do nosso traba-lho que o Dia da Filosofia propõe, devemos parar…suspender o juízo, seja de facto, seja de valor e…simplesmente contemplar. Imer-gir na massa confusa e disforme que se nos apresenta como “aluno” e intuí-la, ou seja, trazê-la para dentro de nós, à nossa presen-ça, e torná-la nossa, apropriando-a em ma-téria da consciência.

Defendo que esta dificuldade só pode ser superada pela interiorização nossa mesma, de professores, da nossa condição mesma de agentes do Bem Comum, em interacção reflectida com todos os grupos de todas as especialidades, letras, ciências, artes e técnicas. E que desta comunhão superado-ra só poderá esperar-se uma mais integral realização daquilo para qual todos estamos convocados, formar e educar.

No Dia da Filosofia, solicitados apelati-vamente por esta disciplina, conversemos então, escutemo-nos em relação com os nossos alunos, e dialoguemos sobre nós, as nossas práticas e as nossas vontades, in-cluamos um espaço de abertura nas nossas vidas e realizemo-nos…em tomar de forças para as gigantescas tarefas que de nós se espera.

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Estimular o gosto pelo livro e pela leitura nos jovens constitui actual-mente um grande desafio. Vários

factores afastam-nos do universo literário e transportam-nos para o universo digital, ci-nematográfico e televisivo.

O desenvolvimento e a rápida expansão das Tecnologias de Informação e Comunica-ção fascinam cada vez mais os jovens, que dedicam grande parte do seu tempo à Inter-net. Além disso, obras literárias de autores consagrados tornam-se produções cinema-tográficas. Assim, os livros cedem o seu lu-gar ao comodismo da poltrona confortável do cinema e a umas calóricas pipocas.

No entanto, a motivação para o hábito de leitura constitui um objectivo das escolas, bibliotecas e outras instituições, que aler-tam para os benefícios do livro, no actual contexto da Sociedade de Informação e Co-municação. Convém destacar que o prazer da leitura deve ser transmitido na infância e pelos pais, porque os hábitos de leitura e competências serão mais sólidos se forem adquiridos neste estádio da vida.

A prática da leitura faz-nos compreender que o livro e a leitura apresentam duas ver-tentes: a pedagógica e a lúdica. Ler é uma actividade que pode assumir-se como um dever, uma necessidade básica, mas tam-bém como um passatempo.

A vertente pedagógica encontra-se muito associada ao contexto escolar. Através do li-vro e da leitura aprendemos a ler, a escrever, a contar e a reflectir, adquirimos conheci-mentos e valores. Efectivamente, o livro en-riquece-nos e fortalece-nos, pois os conhe-cimentos difundidos através deste precioso instrumento, constroem a nossa identidade e estimulam o nosso sentido opinativo e crí-tico. Quem não lê atrofia a sua inteligência e

não progride do ponto de vista linguístico e cultural. Segundo Joseph Addison: “A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo”.

A vertente lúdica conduz o leitor a sur-preendentes viagens no tempo e no espa-ço pelo mundo da ficção. A leitura revela-se assim como um passatempo, uma forma de divertimento e de evasão.

Muitos jovens abandonam a leitura volun-tária neste estádio das suas vidas, visto que a associam à obrigação, ao dever, ao esfor-ço e ao aborrecimento. Por vezes, os livros que fazem parte dos programas curriculares conduzem a uma certa aversão pela leitu-ra. Dadas as circunstâncias, muitas escolas tentam incentivar os jovens à prática da lei-tura através de actividades de promoção do livro e da leitura, em que o papel dos pro-fessores, bibliotecários, pais e amigos se re-vela essencial. Os interesses desta tipologia de leitores devem ser recolhidos, para que seja disponibilizada uma ampla variedade de temas que desperte a sua curiosidade. Além disso, já é possível aliar a tecnologia à leitura disponibilizando a leitura digital. De facto, muitas iniciativas têm sido tomadas, destacando-se o importante papel do Plano Nacional de Leitura que estimula nas crian-ças e nos jovens o prazer de ler, intensifi-cando o contacto com o livro e a leitura na escola, designadamente nas salas de aula, nas bibliotecas e na família.

Em suma, a formação do hábito de leitura concentra-se em casa e na infância. Depois deve ser fomentado por outras entidades e noutros locais, nomeadamente pelos profes-sores, bibliotecários e amigos. O livro deve ser visto como um “fiel companheiro”, sem-pre disponível quando necessitamos dele, das suas palavras, de dispersar a mente da realidade e conduzi-la até à ficção. Conco-mitantemente, é um importante veículo de informação e comunicação, imprescindível para formar profissionais e cidadãos críticos e activos.

Dra. Cláudia Fátima P. Abreu Lopes (Técnica Superior do Rumos)

Os jovens e a leitura

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Ao longo do nosso caminho na vida, es-tamos expostos a muitos momentos de op-ção, de escolha. Para podermos escolher, necessitamos de vontade de espírito, isto é, de liberdade digna de optar, conscientemen-te.

No nosso quotidiano, precisamos de ter vontade, por exemplo, a vontade de ir à Es-cola ou de ficar em casa; de estudar, pen-sando/reflectindo num projecto futuro, ou de ficar a descansar em casa, sendo escravos da preguiça. Deste modo, concluímos que a escolha é aquilo que nos permite optar, ou não, por um outro caminho.

Estamos destinados a escolher constan-temente ao longo da nossa vida. Escolhemos e possuímos o poder do livre-arbítrio. Somos seres racionais e conscientes, tornando-nos independentes de ideias externas, autóno-mas. Precisamos da elaboração/construção de um projecto, traçando os planos futuros, levando a uma opção. No entanto, a escolha é um bem que nos assiste.

João Pedro Côrte Correia – 10.º 24

O que é a escolha? Escolha é a capaci-dade de decidir, de escolher um caminho ou outro. Escolher é não ter de ser previsível, é a possibilidade de pensarmos logicamente no que iremos fazer ou dizer.

Nós somos o único animal que é racional, o único animal que tem esta grande caracte-rística. A vida é um interminável número de escolhas e, por isso, temos de pensar bem nas decisões que tomamos. Pois, se esco-lhermos bem, viveremos bem, mas se esco-lhermos mal, as consequências não serão tão boas.

Escolher faz de nós humanos, faz de nós aqueles que desafiam a sua natureza. Quando nascemos, temos de começar já a elaborar o nosso projecto de vida e isso implica escolher. Escolher onde viveremos, que profissão iremos exercer, etc.. A liberda-de de escolha vai levar-nos a aprender tanto com os erros como com as boas acções. Vai fazer-nos crescer.

Joana Carolina Câmara Nóbrega – 10.º 24

A Escolha

Há necessidade de deixar de parte uma determinada cultura, porque é diferente da minha? Ou será melhor ser tolerante e até ter uma certa curiosidade sobre as outras culturas?

O interculturalismo defende que todas as culturas são boas e que até deve haver um diálogo entre elas para se enriquecerem mutuamente.

Concordo com a tese do interculturalis-mo. Os tempos mudaram e as mentalidades também. Só nos enriquece conhecer e viver uma outra cultura.

Não estamos isentos de uma outra Guer-ra Mundial, mas com o interculturalismmo o risco é menor. É a falar que nos entendemos e só assim faz sentido.

O InterculturalismoÉ essencial a aprendizagem. Estamos em

constante aprendizagem. Como o próprio Sócrates afirmou: “só sei que nada sei”. A nossa sabedoria, em relação à nossa igno-rância, é mínima. Mas a relação com outros povos enriquece-nos e dá-nos um sentido mais amplo daquilo que o mundo é. Torna-nos seres mais tolerantes e compreensivos. Aprendemos, assim, a conviver com o res-tante mundo, que existe para além de nós.

Já não vale a pena achar que só o nosso país é que interessa, precisamos dos outros povos para viver, tal como os outros neces-sitam de nós. Pois, não somos seres solitá-rios, somos cidadãos do mundo.

Lucy Silva – 10.º 15

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Pensar é abrir horizontes, é a busca de uma verdade incerta e deconhecida, é cami-nhar para a descoberta na esperança de en-contrar algo que justifique aquilo que procura-mos. Não se limitar a olhar e tirar as próprias conclusões, mas sim comprovar se o que es-tamos a ver é realmente o que concluímos.

A conclusão que tiramos das coisas baseia-se naquilo que pensamos. E se o que pensa-mos for errado? Por isso mesmo, filosofar é um longo caminho a percorrer, com altos e baixos, mas sempre com o objectivo de alcan-çar aquilo em que queremos acreditar. Muitas vezes, aquilo em que queremos acreditar, não sabemos o que é, apenas temos em mente que é algo que não está presente, algo de que sentimos falta, e filosofar é escapar à falta de conhecimento.

Pensar é ir mais além, é mais importan-te pensar do que acreditar; ao pensar, es-tamos a colocar a hipótese de acreditar; ao acreditar, estamos a rejeitar a hipótese de podermos pensar.

Ninguém é dono da verdade. Ela passa por nós todos os dias, mas não nos preocu-pamos em questionar se essa é realmente a verdade. Aliás, até transmitimos esta aos nossos filhos e netos, sem nos aperceber-mos de que poderemos estar a passar uma verdade incerta de geração para geração.

Mas a filosofia existe! Existe para se opôr a certezas incorrectas, dadas como prova-das. Filosofar é estar a caminho de alcan-çar, alcançar a verdade? Talvez…

Sara Catarina Freitas Gonçalves – 10.º 24

Filosofar é estar a caminho

A solidão é um dos sentimentos mais pre-sentes na vida do Homem.

Todos passamos por algum momento de solidão nas nossas vidas, aquele sentimento que não nos deixa apreciar alguns momen-tos, aquela sensação de que não somos bem-vindos onde quer que estejamos. Relembra o tão popular cliché: “A solidão é estarmos rode-ados de pessoas e sentirmo-nos sós.”

No entanto, a solidão não é uma coisa nega-tiva se for vivida correctamente. A solidão, no momento certo, oferece-nos inúmeras oportu-nidades para crescer e melhorar, ajuda-nos a chegar mais perto de nós mesmos, permite-nos reflectir sobre o que quisermos, dá-nos o tempo e o sossego necessários para delinear e redefinir objectivos e prioridades. É um meio de manter o equilíbrio entre a “luz” e a “escuri-dão” na nossa vida… É um caminho para nos

aproximarmos da nossa alma.A linha que separa a solidão do estar só é

ténue. Ambos os estados parecem ser o mes-mo, mas não o são. Digamos que a solidão é quando nos separamos da nossa alma e te-mos de a procurar no meio de tantas outras, enquanto que estar só simplesmente significa que não temos ninguém por perto ou que não estamos perto de ninguém.

Não é de admirar, então, que a solidão é fonte de inspiração de muitas obras de arte, desde poemas até pinturas. É Também alvo de estudos médicos e psicológicos.

Para terminar, acrescento que a solidão, apesar de ser tão vital quanto a água ou o ar, deve ser escassa, pois se for demasiada tor-na-se uma inimiga aterradora, podendo mes-mo provocar o desabamento da nossa vida.

José Alexandre F. Nunes - 11º 19

Solidão

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Nas profundezas dos meus olhos, vi-vem duas pérolas raras, esbeltas, cor de mel, muito brilhantes. Os

meus cabelos, resplandecentes ao sol, ao dançarem ao som do vento e das ondas do mar, parecem navios desorientados no meio do oceano, numa tempestade imensa que não tem fim! A minha pele é a ilha paradisía-ca, com areia dourada e lisa, que os acolhe enquanto a tempestade não passa. É então, que a chuva pára, as nuvens desaparecem, as ondas acalmam-se, o vento cala-se, por ter ficado rouco de tanto gritar... O sol brilha e o mar fica calmo, como se fosse azeite. Os navios continuam então a sua viagem e, re-gressam a bom porto, que é o meu sorriso! O meu sorriso, modesto, sincero, tranquiliza-dor e confiante acompanha-me sempre, para todo o lado, para onde quer que eu vá, quer esteja a navegar por mares nunca dantes na-vegados, como já dizia Camões, quer esteja apenas no café, a conversar com um amigo. Está sempre presente para me alegrar, para me encher de esperança e de confiança e contagiar com a sua filosofia aqueles que nele repararam e que dele precisam.

Para mim, o coração é uma grande casa! Na minha, só entram pessoas com os sapa-tos limpos, não quero ficar com a casa suja! Aqueles que tiverem os sapatos sujos, só poderão entrar nela depois de os limpar de-vidamente, porque acho feio sujar a casa das outras pessoas. Os amigos que entram na minha casa permanecem nela para sempre, a não ser que queiram sair ou que tenham os sapatos sujos, o que me deixa desconsola-

da. Gostava que os ladrões, quando furtas-sem peças caríssimas da minha casa, não as devolvessem. Admito que sou ladra, já furtei, mas disso garanto: não sou capaz de furtar duas casas ao mesmo tempo, sou muito fiel à casa que roubei.

Não me posso ver com fato de treino ves-tido, umas simples calças de ganga, uma camisola e uns ténis comuns... Não me sa-tisfazem! Gosto de estar bem-vestida, de ter um estilo original, que seja único. Sou muito vaidosa!

Disse um dia Aristóteles: “As ciências têm as raízes amargas mas os frutos são doces”. Estou inteiramente de acordo com esta afir-mação porque, com a pouca experiência de vida que tenho, já senti o sabor dos frutos de que Aristóteles se refere. Os conhecimentos que aprendo na escola, em casa ou mesmo por mim própria, servem para a vida inteira. Quero descobrir o valor máximo de incógni-tas que puder, desta infinita equação, que é a vida! É por isso que sou muito curiosa e que não gosto de pessoas demasiado passivas, em relação à vida e ao conhecimento.

Mas, como não há bela sem senão e, nem tudo são um mar de rosas, o mar sereno, o sol escaldante e a brisa suave do vento, de-pressa se transformam em tempestade! Creio que faço muitas tempestades em copos de águas... Tenho um temperamento “tropical húmido”, tanto pode estar um dia de sol, com temperaturas acima dos 40ºC, como, de rapi-damente, está a chover e e lá se vai o dia!

M.F. / 10º18

Auto-retrato

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Teenage years, as you all already know by experience, are probably the most complicated and confu-

sing years of your life.I am writing to you as one of you, a teena-

ger, a friend, who knows how it is like.These are the years when you start

making your own choices and define your personality. The person you become might well be the person you will be for the rest of your life.

At school, you can feel the pressure, that’s for sure. Besides having your peers trying to force you to do something, you also have to concentrate on school itself. Because if you are planning to be a doctor, an engineer, a lawyer, all those professions require a high average, so you know that slipping even once can make your life harder. When you’re finally home, and you think you will get some rest, your mother comes home screaming at you because you didn’t answer the phone, or you let the fridge door opened. And you don’t really care; you just want some peace and quiet. And the reason may be different for everyone: you received a bad grade on a test, the person you have a crush on didn’t look at you during the entire day, or you’re simply tired. It doesn’t really matter, the bot-tom line is, everyone gets tired of their pa-rents once in a while.

You may start wondering who you are, and what you are doing in this world. But that’s only temporary, and you will realise that your life isn’t that bad. Everyone has their ups and downs.

Don’t give in to peer pressure, be that per-son in the group that can proudly say that stands up for what they believe in. Stay fo-cused during class, and then afterwards you can have fun with your friends. Nobody’s asking you to be a “nerd”, just to be respon-sible.

Last but not least, give your parents a bre-ak; they only want what’s best for you. And you can also speak to them if something is bothering you. After all, they will love you un-

conditionally. I hope that when you’re feeling down, and it seems like the entire world is against you, you will find strength in my wor-ds to carry on.

Carlos Fernandes, 10º 6

Teenage years can be the hardest thing ever but you have to step out of it and turn it into the best years of

your life! Don’t worry, I’ll tell you how.These are the years when we try to figu-

re out who we are, and it can be confusing sometimes. You try to act like those popu-lar kids, dress like them, but nothing seems to work. And I don’t believe it will ever work. The best thing you can do is to be honest with yourself and with others. Just be your-self!

Another thing you might have to face is the pressure about what you are going to do in the future. You just can’t seem to find anything that really suits you. Guess what? You will have to work, so you had better cho-ose something that you really like and that you’re good at. But take your time; the best choices don’t come quickly.

School is one of the biggest responsibili-ties you have right now and in my opinion it’s sometimes the most frustrating one. Once in a while you just want to give up because you don’t have the patience to study or because you think this is probably good for nothing. Well, you can give up, but believe me, you’ll regret it later! School is so important for your future, your future career… You can’t rely on your parents forever, sooner or later you’ll need to start working to afford the things you need and want.

I know it can often be hard, but you have to focus more on the fact that you don’t have a lot of serious responsibilities like grown-ups do, you have a lot of friends, a lot of free time, you fall in love easily… Now that you think about it… Isn’t it good to be a teena-ger?

Natacha Nóbrega, 10º6

Being a teenager

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My name is Jane O'Donnell and this is the story of my life. I grew up in a small town called Pittsburg,

USA. I was born in 1958 with the name of Jane Mor-rison. I changed my name in the middle of my life. My surname O'Donnell came with my husband Thomas O'Donnell.

I have always loved music, my parents not so much. I think I inherited it from my grandfather. I have never met him but everyone says he was a great sin-ger and guitarist, a man of the rock. That's what they say about him and that is how I want to remember him.

I was always considered a rebel no matter what I did. My parentsused to tell me I had done nothing right in my life. At school, a teacher once told me I was intelligent, but with my behaviour and lack of mo-tivation I wouldn't go far. I think you can imagine how I was. I keep in mind that there was no summer that I wasn't grounded.

The only thing that I really wanted to do and made sense to me was playing the guitar, writing lyrics and singing them. But it seemed that my parents couldn't understand it.

Therefore, in the summer of 1971 I created a band, with some of my friends - Lisa, Sam, Tommy, Roxy and Peter - we called it 'Lighthouse'.

We got together every day at the end of the after-noon in Tommy’s garage. I used to write the lyrics in the morning classes. Later Tommy and Peter made the chords and we all played the music in Tommy’s garage.

We had so much fun doing what we wanted. We were really happy, and that garage, let's say, it was our refuge from the world and a place where we could be ourselves.

Some years went by and we decided to play our own music in some bars of the town. The first place we agreed to play was Bubbly; the owner was Jack O'Donnell, Tommy's brother.

On the 12th February 1974 - I always remember this date - we went to Bubbly, for our first concert, if we can call it a concert at all. I was so nervous and afraid that when I went on stage music started and my voice couldn't go out. But everyone of the band helped me; well actually think I wasn't the only one

scared. We helped each other like we always did. Roxy

told me something I will never forget (maybe because that was the last thing she said to me): "We're toge-ther in this, if something or someone dig us, at least we dig each other…"

So as much I was scared, I went on stage, the music began and I started singing. For the first time in my life, my voice was so loud, so truly...

I got my reasons and you got your way.Even if I stay,

I know that someday, I will run awayfar, far away.

Oh... Oh... So far away. (...)

At the end of the night we were so thrilled that we couldn't hide it. The concert had been absolutely fan-tastic.

At that same night Tommy obtained some drugs - I think it was cocaine - and told us to try it. He had al-ready done it. He said "It's something I can't describe, it's a feeling of freedom. Well, try it and see it for your-self." Sam was the first, then Lisa. Peter, Roxy and I didn't want it. Tommy, already out of his mind, told us it was just to try, and said that we were a bunch of cowards. I told him, that I had already felt a feeling of freedom that night while I was singing. I added I didn't need something that could destroy people, like it had happened with my grandfather.

Roxy freaked out and sniffed all the cocaine that was on the table. Peter and I were really worried, it was too much. One hour passed and Roxy started to feel bad and fainted to never wake up again...

Roxy died that night in the bathroom of a bar. I believe that a part of us died in that night too. Her funeral was the worst moment of my life. None of us knew what to say - I guess saying something would hurt too much.

We started with the wrong foot. In that same year the band broke up. Tommy and I stayed together in everything like always, if you know what I mean. Despite the events of that night, I knew that Tommy didn't mean it and that he was sorry for everything. We didn't speak about it, but I could see in his eyes that he had never forgot that moment and he wished that time could turn back so he could save her. So Tommy and I continued writing songs and singing them. Peter, Lisa and Sam decided that music wasn't their way.

My music, my life

Carolina Vasconcelos Barros11º 4 (2007/08)

My music, my life foi um dos textos premiados no concurso literário do projecto Escritor do Ano, pro-movido pelo Grupo de Inglês, no ano lectivo passado. A música é sem dúvida um dos temas recorrentes nos contos de Ron Butlin - autor seleccionado então para o projecto. Pois a música foi também a inspi-ração desta aluna, uma das laureadas concorrentes no escalão relativo ao 11º ano.

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When we finished high school, Tommy and I deci-ded to apply for a school called MSA, the ideal scho-ol for us. There were a lot of artists there like sin-gers, song writers, painters, photographers, among others.

To attend this school, it was necessary to send a tape with a song, and then they would choose the best.

Tommy and I had so many good songs, but it se-emed that none of them was good enough and we didn't know why. We finally decided to write a song called 'Roxy' dedicated to our great friend. Three we-eks later, we sent a tape with the song hoping to be chosen.

One day, a letter came to our houses, with great news; we had been accepted.

We packed our bags at that same night. It was a very emotional night. Later Tommy and I went for a walk on the beach. We promised each other that no matter what, we would succeed in the world of music. Then I took a bracelet that Roxy had given me on my birthday and put it in a box and buried in the sand. I looked at Tommy and said "Promise me that when we are 50 years old, we will come back here together, and dig up this box... " He promised it and added: "Forever and for always." I remember as if it was to-day. Then Tommy looked at the sea with an empty look. He said "Roxy, I'm still here somehow, and no matter what happen, Jane and I will follow your dre-am, and we'll make it for you."

On the next day, we left the town and went to Ca-lifornia, for MSA. When we got there we were welco-me and congratulated for our song - 'Roxy'. “It was almost perfect” said a teacher of music called Mike told us. Then he said he was going to help us make it more than perfect.

That school was something very fascinating, and for the first time in my life, I could write songs in clas-ses without anyone punishing me.

After five long years of huge effort, work and a lot of dedication, we were happy with everything we had learned there. With Mike’s help 'Roxy' was now a wonderful ballad.

When everything seemed to be broken,You help me,

You put the music on.I heard it, like so many times before.

And now I know... I just mmmmm know, What save me from drowning.

It was music, Roxy, It was music.It always made me smile.( ... )

Tommy and I decided that it was time for us to finally take the risk and create a CD.

Mike agreed and took us to 5ive! known as the bar

where all the stars begin. It was always full of produ-cers of huge disco graphs, who came there to listen the new bands.

That same night we met Mr. John L.K.P. Adams, owner of the biggest studio of California. Mr. Adams invited us to work with him. About two years later our CD was finally ready. I couldn't believe that our son-gs were actually playing on the radio. We celebrated our success with Mr. Adams who told us "The world of music is only complicated for the ones who don't commit with it." We couldn't agree more with those wise words.

Our music had been playing on the radio for only a week and it was already a big hit.

We became celebrities! Then, our first step, was the creation of a foundation we named No, thanks!; it is a foundation against the use of drugs, we wanted to alert the world to the danger of drugs, and also wanted to honor our friend who had died of overdose. It is, perhaps, what made my life worthy.

Life seemed to be just perfect. Then one day the producers told us that the band needed something different. They said that we should try separated ca-reers. They actually told us that at the beginning we were something different, and that surprise factor, was no longer there, so we couldn't succeed anymore.

Our answer was fast and firm: "Absolutely no!" Still they tried for days to change our minds, but Tommy said something that made me proud of him: "I arrived where I arrived with Jane by my side and it won't be now that I will leave her behind. I quit, there are no conditions to work with you anymore!"

Tommy and I got married one month later. We mo-ved from company and went on doing our work like always. Our CDs continued to be a success.

One day, we decided we needed a break. So we wrote the album 'Goodbye'. As it is said, once you let it go, there's no way back. We finished our career at the age of forty. But we still continued in the music world - we work as teachers of music at the scho-ol that gave us everything when we needed. Many of my ex-students have become big stars, great sin-gers, and I am so proud of that. Today, the foundation No,Thanks! is helped by many artists. We have hel-ped so many people.

This afternoon, with Tommy by my side, both with 50 years old, we digged up that box with the bracelet. We walked on the beach under the rain, smiling to each other and singing our biggest hit, My music, my life...

Roxy... thank you for everything.

Jane O’Donnel

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Nem consigo reconhecer um herói quando me cruzo com algum, pois os meus heróis não usam capa,

não voam, não têm visão raio-X, enfim, sim-plesmente não possuem super poderes. Isto pode parecer estranho, visto que todos os heróis têm uma habilidade, algo de extraor-dinário. O facto, é que estes são idealizados e fruto da nossa brilhante imaginação.

Os meus heróis são de carne e osso, mortais e possuem sentimentos.

Para mim, os verdadeiros heróis são aqueles que, apesar de todos os obstáculos que surgem ao longo do percurso, conse-guem erguer a taça da vitória com o maior orgulho. Não me refiro aos atletas, mas sim às pessoas altruístas e com “garra”, que não desistem de percorrer a rua, apenas porque há uma pedra no caminho.

No quotidiano, cruzo-me com inúmeros heróis:

- as mães que desempenham simultane-amente o papel de mãe e de pai, pois reali-zam a difícil tarefa de criar os seus rebentos sozinhas, que apesar das dificuldades eco-nómicas, fazem um precioso trabalho e ain-da têm força de sorrir ao final do dia;

- as crianças que não têm tecto ou uma simples manta para os abrigar do frio da noi-te e, contudo, brincam eufóricas.

- os carenciados que, apesar de todas as suas dificuldades, são os primeiros a esten-der a mão e a ajudar os que são “pisados” pelo orgulho e arrogância. Chegam inclusi-ve a partilhar o último pedaço de pão.

- os que dedicam a sua vida a causas no-bres e se sentem recompensados ao pre-senciar o mais genuíno dos sorrisos.

- aqueles que arriscam tudo para sabore-ar a palavra Amor.

O respeito e a admiração fazem uma vé-nia a estas identidades que, apesar de sim-ples, possuem qualidades insubestimáveis.

Há um herói dentro de cada um de nós, o único dilema é decidir se queremos ser pessoas comuns ou destacarmo-nos pelo nosso carisma e modesto, mas gratificante modo de vida.

Podemos ser pessoas normais, e porém, sermos o herói de alguém, que como por magia, encontrou em nós um esplendor ini-gualável.

Anabel Romero, 11º19

Os meus heróis

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O software aqui listado é completamente gratuito, sim grátis... Estas aplicações não têm qualquer tipo de ameaças de malware ou mesmo adware, para

além de serem aplicações legais. Algumas delas são utilizadas por mim. Se não está fami-liarizado sobre o que é Open Source leia a definição da fundação de software livre em http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.pt-br.html.

Esta lista inclui os softwares mais populares dentro de cada categoria, tais como: sistemas operativos, Anti-virus; Firewall; Web Browser; E-mail; Office Software; Organizador de Álbuns de Fotos; Music Player e Organizador; Desenho e Fotografia e Compactador/Descompacta-do. Desta forma, encontrará as soluções para as suas várias necessidades diárias.

Todas estas aplicações funcionam no Sistema Operativo Windows, sendo que no Sistema Operativo Linux algumas delas sejam já colocadas por defeito. Algumas destas aplicações são suportadas pelo Sistema Operativo Mac OS X.

Eis a listagem dos softwares mais conhecidos:

Software livre

Dr. Abel RodriguesProfessor de Informática

SISTEMA OPERATIVOUbuntu (http://www.ubuntu.com) - Siste-

ma operativo Linux desenhado para ser a alternativa ao Windows e ao Macintosh. Um sistema operativo livre faz da compra de um PC uma poupança ao nível do software, po-dendo des-ta forma o comprador preocupar-se mais com o Hardware da máqui-na. Como alguns fa-bricantes que estão a optar por colocar o sistema operativo Linux e desta forma po-derem oferecer melhores configurações de hardware de um PC, temos o caso da Asus EEEPC4G-W088 - 7” WVGA (800 X 480) a 183,00€ na loja asus (http://www.lojaasus.com).

Se está a pensar em fazer o upgrade para o Sistema Operativo Windows Vista ou

mesmo adquirir um computador novo, o Sis-tema Operativo Ubuntu é uma excelente al-ternativa. O Ubuntu é desenhado para o uso diário. A única diferença é que neste sistema não dá para executar software desenhado para o Sistema Operativo Windows. Mas as boas notícias é que existe para este Sistema

Opera-t i v o Ubuntu d e z e -nas ou mesmo c e n t e -nas de

softwares livres que são tão bons ou me-lhores do que as aplicações pagas para o Windows.

O Ubuntu está a ganhar cada vez mais adeptos e a tornar-se cada vez mais popular entre utilizadores de computadores.

ANTI-VIRUSAVG Anti-virus (http://free.avg.com/br-

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pelas seguintes características; * Protecção completa contra hackers,

spyware e roubos de identidade.* Segurança contra ameaças internas e

externas.* Prevenção da intrusão no sistema anfi-

trião por parte de malware de serem insta-lados.

* Fornecimento de total protecção final para computadores pessoais e de redes.

WEB BROWSERSFirefox – disponível em : http://www.mo-

zilla-europe.org/pt/firefox/) – pessoalmente, sou um adepto do Firefox por várias razões. Entre o design, usabilidade e a falta de ca-racterísticas que o Internet Explorer oferecia, mantinha-me algo insatisfeito. O explorador tentou actualizar o seu navegador que não era nada mais que uma cópia “barata” do

Firefox. Este trabalha com os mais conheci-dos Sistemas Operativos Windows, Linux e Mac OS, daí a minha preferência.

A maioria das pessoas que começam a utilizar o Firefox e seus extras dificilmente trocam este browser por outro. O seu sis-tema de separadores e personalização são muito difíceis de igualar. Também existem extras que colocaram a este browser, uma cereja no topo do bolo. Entre muitos, apre-sento os seguintes:

* Reabertura de separadores fechados e arrastamento & reordenação de separado-res;

* Verificação ortográfica;* Restauro da sessão;

pt.2) - A solução livre mais popular para pro-tecção do seu computador sem custos para o utilizador final e fornece um alto nível de detecções. Milhões de utilizadores em todo o Mundo confiam neste software para prote-ger o seu computador.

- Fácil de utilizar, sem necessidade de grandes recursos do computador.

- Funcionalidade de actualização auto-mática.

- Protecção em tempo real dos ficheiros que são abertos e de programas que estão a correr na máquina.

- AVG’s Virus Vault para melhor manuse-amento de ficheiros infectados.

Existem outros como o AVAST (http://www.avast.com/por/avast_4_home.html), que também oferece um alto nível de pro-tecção

FIREWALL PESSOALComodo – visível em: http://www.perso-

nalfirewall.comodo.com/) - É igualmente um software grátis para funcionar como firewall e conhecido como o mais premiado da net,

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pela Sun Microsystems. O OpenOffice tem sofrido grandes trans-

formações graças às contribuições que chegam, não só da Sun Microsystems mas também de comunidades espalhadas pelo mundo. Actualmente, o OpenOffice.org re-presenta um excelente substituto ao Micro-soft Office.

Sendo o seu download gratuito e compa-tível com os demais conjuntos de aplicações de escritório, este é um acessível pacote de utilização e distribuição. Este Inclui aplica-ções robustas, tais como o processador de texto (Word), folha de cálculo (Excel), a cria-ção e exibição de apresentações (power-point) e bases de dados (Access).

ORGANIZADOR DE ÁLBUMS DE FOTOS

Google Picasa (http://picasa.google.pt/) – emerge no mercado como a forma fácil de partilhar e organizar as suas fotos.

Picasa é uma aplicação fornecida pelo Google de forma gratuita, e que poderá aju-

da-lo nos seguintes items;* Localização e organização de todas as

fotos do computador.* Edição e aplicação de efeitos nas fotos

apenas à distância de um clique.* Partilha das suas fotos com outros por

e-mail; imprima, ou coloque-as na internet: é rápido, fácil e gratuito.

MUSIC PLAYER & ORGANIZADOR SongBird – disponível em: http://getsong-

* Leitor de Fontes (RSS);* Anti-Phishing;* Bloqueador de Pop-Up;* Anti-Malware;* Controlos Parentais;* Web Site ID Instantâneo;

É de salientar ainda que o Firefox oferece para cima de 5,000 extras de personaliza-ção, encontrando pelo menos uma que sa-tisfaça as suas pesquisas.

E-MAILThunderbird - acessível em : http://www.

mozilla – europe.org/pt/products/thunder-bird/) - Agora é ainda mais fácil organizar, guardar e personalizar o seu correio. A apli-cação Mozilla Thunderbird está mais pode-rosa do que nunca.

OFFICE SOFTWAREOffice.OpenOffice - disponível em: http://

pt.openoffice.org/index.html) – O OpenOffi-ce.org é uma suite completa de escritório comparável com o actual Microsoft Office e que antes de se tornar uma ferramenta de

código aberto (licença LGPL) era conhecido como StarOffice, desenvolvido inicialmente pela StarDivision e posteriormente adquirida

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* Suporta um grande número de formatos multimí-dia, sem a neces-sidade de novos codecs

* Também pode ser usado como um servidor de strea-ming, com funciona-lidades alargadas (vídeo on demand, na Fly Transcoding, ...)

DESENHO & FOTOGRAFIA GIMP (http://www.gimp.org) - O GIMP

( G N U Image Ma-nipulation Program) é uma distr ibui-ção gra-tuita, esta aplicação capaz de r e a l i z a r var iadas t a r e f a s , como re-t o q u e s em fotos, composi-ção e cria-

ção de imagem, entre muitas outras capa-cidades. O Gimp pode ser usado apenas como um programa de criação de imagem, assim como pode ser usado por profissio-nais para manipular com elevada qualidade fotos e outros trabalhos gráficos.

Paint.NET (http://www.paint.net/) - É um editor de imagens e fotos gratuito,

bird.com/ - Trata-se de um programa, mais especificamente um Web Player de código aberto, criado pelos programadores do Fire-fox. Este funciona tanto em Windows como em Mac OS X e Linux. Com ele o utilizador pode reproduzir qualquer MP3 da Internet como se estivesse no nosso disco, funciona

como um playlist dinâmico que guarda ou faz download automaticamente todo dia.

Á primeira vista, parece-se com o pro-grama iTunes preto. No entanto, apresenta funcionalidades mais flexíveis. Entretanto, o SongBird será enriquecido com extensões, como já conhecemos no Firefox. É uma ex-celente aplicação para audiófilos cibernéti-cos.

MEDIA PLAYERVLC (inicialmente chamado VideoLAN

Client) é um player multimídia altamente portátil para vários formatos de áudio e ví-deo (MPEG-1, MPEG-2, MPEG-4, DivX, mp3, ogg ...) bem como DVDs, VCDs, e vá-rios protocolos de streaming. Também pode ser usado como um servidor de stream em unicast ou multicast em IPv4 ou IPv6 em uma rede de banda larga.

* É um livre cross-platform media player

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As principais características do 7-Zip* Alta taxa de compressão no novo forma-

to 7z com LZMA* 7-Zip é um software livre distribuído sob

a GNU LGPL* Formatos suportados:- Compactação e descompactação: 7z,

ZIP, GZIP, BZIP2 e TAR- Somente descompactação: RAR, CAB,

ISO, ARJ, LZH, CHM, Z, CPIO, RPM, DEB e NSIS

* Para os forma-tos ZIP e GZIP, o 7-Zip provê taxas de compressão de 2 a 10 % melhor que as taxas do PKZip e WinZip

* Capacidade de self-extracting para o formato 7z

* Integração com o shell do Windows* Gerenciador de arquivos poderoso* Versão para linha de comando podero-

sa* Plugin para o gerenciador FAR* Tradução para 69 línguas

mas super poderoso, consegue fazer frente ao famoso Adobe Photoshop. Vem com no-vos recursos para a área de trabalho, uma

enorme opção de efeitos especiais, supor-te a plug-ins e manipulação de camadas (layer).

As imagens podem ser melhoradas com recursos e efeitos em níveis de ajuste, clo-nagem de camadas cruzadas, ferramentas de Anti-Aliasing, esfumação de movimentos, remoção de olhos vermelhos, e excelente suporte para transparências, entre outros.

COMPACTADOR/ DESCOMPACTA-DOR DE FICHEIROS OU PASTAS

7-Zip (http://7zip.rnbastos.com/) - O 7-Zip é um compactador de arquivos com alta taxa de compressão, é um software livre, distribu-ído sob a GNU LGPL. É suportado por todos os Sistemas Operativos aqui falados.

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