Revista Meio Jogo - Segunda Edição

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1 Krikor Mekhitarian Campeão Nacional Absoluto

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A revista de Xadrez do Brasil!

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Krikor MekhitarianCampeão Nacional

Absoluto

A Revista de Xadrez do Brasil! A Revista de Xadrez do Brasil! A Revista de Xadrez do Brasil! nº2- ano 1nº2- ano 1nº2- ano 1

Meio-JogoMeio-JogoMeio-Jogo

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EXPEDIENTE REVISTA MEIO-JOGO

EDITOR - CHEFERogério Santos

DIAGRAMAÇÃO E ARTERogério Santos

COLABORADORESFrederico Gazel (coluna),

Leon Mendes (coluna), Paulo Faria (coluna),

Pedro Caetano (coluna). PUBLICIDADE

[email protected]

ASSINATURAS www.revistameiojogo.com

REVISTA MEIO-JOGOAvenida Heitor de Alencar

Furtado, 4625 – sala 03Jd. Farroupilha – Paranavaí

– Paraná – 87707-00044 – 9887.5389

Meio-Jogo é uma publicação bimestral.

A revista Meio-Jogo não se responsabiliza pelos concei-tos e opiniões emitidas nos artigos e colunas assina-das. É vedada a reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo sem autorização

expressa.

[Editorial]

Sempre tenho muito prazer em estam-par um jogador na capa da Meio Jogo. Este prazer aumenta conforme o mé-

rito e conquistas do jogador em questão e, obviamente, aumenta mais ainda conforme a carisma que o jogador tem perante a co-munidade enxadrística.

Primeiro porque Krikor é um jovem joga-dor e talentoso, mas ainda mais porque ele tem uma fi losofi a de vida alegre e positiva. Durante várias vezes em que estava com ele, ou alguém falava sobre ele, nunca ouvi, uma pessoa sequer, dizer algo negativo a seu respeito.

Ninguém sabe ao certo até onde ele pode chegar, e o que irá alcançar. Se ele conseguir manter o foco e a concentração em busca de evolução no jogo e a modo de encarar a vida, como vem mantendo, certamente não há limites.

Bons jogadores vem e vão. Alguns cansam da dura rotina obrigatória e das constantes viagens para manter-se no topo dos rankin-gs. Outros não conseguem adaptar-se às mudanças que o jogo imprime nos estilos de cada época. Krikor tem tudo para po-der ser um daqueles que estará sempre na onda, pelo modo que encara e respeita o jogo, as diversas modalidades, e todos os jogadores - sejam eles parceiros de discus-são e estudo, ou adversários

Rogério SantosEdtor-chefe

@g3rim

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em parceria com o fÓrum tabuleiro social, se realiza o

grande torneio diÁrio ccapivara, administrado pelo

mestre carlos capivara!

Horário: 21 h (horário de Brasília)

Necessário ter uma conta no

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Sumário Edição 2 - Março/2013

3210. DOKMUSXadrez à beira-mar

38. IRT C.X. CuritibaGrandiosa festa

50. Ranking BrasilNovidade a vista

20 Frederico GazelDifícil decisão

44 Leon MendesLucas Chess

46 Paulo FariaBate papo com Gerson

16 EntrevistaAna Rothebarth

24 Papo de TabuleiroLuis Supi

28 Mundo dos TabuleirosMelhor do Brasil

52 Humor

53 En Passant

54 TOP 10 Ranking Brasil

Krikor Campeão Brasileiro

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Blitz

Milos será o novo técnico do Brasil

A Confederação Brasileira de xadrez publicou em nota que o GM Gilberto Milos Jr será o técnico dos jogadores que conquistarem o título de Campeão Brasileiro nas categorias entre 08 e 18 anos, absoluto e feminino. A iniciativa visa melhorar o nível técnico da base do xadrez nacional.

1. Hall of Fame: The Script - Hall of Fame ft. will.i.am

2. Don’t you worry child:John Martin

3. Save the last dance for me: Michael Bublé

4. Cara Luna: Bacilos

5. Te regalo: Carlos Baute

6. Señorita: REYKON FT. DADDY YANKEE7. Yo no se mañana: LUIS ENRIQUE8. Hay algo que me gusta de ti: Wisin & Yandel ft. Chris Brown, T-Pain9. Tengo tu love: Sie7e10. Imaginário: Seu cuca

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Blitz

Palozi e Imyra vencem Paranaenses AdultosNo Final de janeiro o Paraná conheceu seus novos Campeões Adultos. Imyra Tavares ven-ceu o feminino e faturou R$600,00 reais. Já no Absoluto, Paulo Palozi bateu 35 jogadores e faturou o cobiçado título. Além disso ainda embolsou R$1,000.00 reais. Os dois somaram importantes pontos para o Ranking Brasil.

Fier Brilha na Europa

Com uma atuação impecável, o GM Alexandr Fier venceu o fortíssimo Memorial Petrov na Bulgária. Fier recebeu mais de R$ 5,000.00 reais pela vitó-ria. Ainda em sua turne européia, Alexandr conse-guiu mais dois bons resultados, um sétimo lugar no Blitz da Bulgária e um oitavo lugar em outro torneio da modalidade na Estônia. Com esses re-sultados Fier já acumula quase R$7,000.00 re-ais em prêmios só este ano e lidera com folga o Ranking Brasil da Revista Meio Jogo

André Diamant volta a vencer

Após um período ausente dos tabuleiros por conta da faculdade, o GM André Diamant ven-ceu de forma convincente o Cardinal Open nos Estados Unidos, onde mora com esposa e fi lho e estuda, além de fazer parte do Team Su-san Polgar. Com essa vitória, André recebeu mais de R$ 2,000.00 reais e está no top 10 do Ranking Brasil.

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> COBERTURA: DOKMUS INTERNACIONAL

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XADREZ À

BEIRA-MAR

Orla de Recife, Pernambuco. Cidade abriu a temporada de grandes torneios no Brasil, distribuindo mais de R$ 10 mil em prêmios

por Rogério Santos

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O que você acharia de jogar um torneio in-ternacional de xadrez,

numa cidade paradisíaca, com estrutura impecável e uma boa premiação em dinheiro? Além disso, ainda concorrer a vá-rias premiações paralelas? Pois bem, quem jogou o Dokmus Internacional 2013 pode con-ferir tudo isto. Contando com 82 jogadores, dentre eles dois Grandes Mestres Internacio-nais e vários titulados, o tor-neio previa uma boa competi-ção e uma disputa acirrada pelo primeiro lugar e os R$ 2,400.00 reais reservados ao ganhador.As três primeiras rodadas fo-ram de certa forma, fáceis para os favoritos ao título, que che-garam ao final do segundo dia com 100% dos pontos. A partir da quarta rodada, o torneio co-meçou a ficar mais duro e o GM Everaldo Matsuura, teve que acordar empate com o MI Yago Santiago. Após uma defesa Ín-dia do Rei, o preto conseguiu resolver seus problemas e com uma sequência de simplifica-ções, chegou a um final de Bispo de cores oposta sem chance de vitória para ambos os bandos.

Matsuura,Everaldo (2475) - Santiago,Yago De Moura (2405) [E95] 19.01.2013

16.¦ed1 ¦e8 17.£f2 £c7 18.¤d4 d5 19.f4 ¥xd4 20.¥xd4 ¤xe4 21.¤xe4 ¦xe4 22.¦e1 c5 23.¦xe4 dxe4 24.¥c3 ¦a6 25.f5 ¤e5 26.f6 ¤g4 27.£h4 £f4 28.¦d1 ¦d6 29.¦xd6 £xd6 30.¥e2 £f4 31.¥xg4 ¥xg4 32.h3 £e3+ 33.£f2

£xf2+ ½–½

E na quinta rodada, tivemos a queda dos últimos dois invic-tos, com o empate entre o GM Gilberto Milos e o MI Paulo Jatobá. Nesse momento a situ-ação do torneio era a seguinte:

1- Gilverto Milos - 4,52 - Paulo Jatoba - 4,53 - Everaldo Masuura - 4,5

Duelo de Titãs

A sexta rodada reservou um duelo entre os dois GM’s inscri-tos, esperado desde o começo do torneio. Muitos diziam que seria um empate de salão, que os dois jogariam não

mais que 20 lances. Mas o que se viu foi uma luta tensa e longa, aonde o GM Matsuura, de brancas, forçou de todas as formas e viu o Gm Milos se defender na mesma moeda, com agressividade.

GM MatsuuraFlorência Fernandez

> COBERTURA: DOKMUS INTERNACIONAL

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Matsuura,Everaldo (2475) - Milos,Gilberto (2580) [B67]20.01.20131.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cxd4 4.¤xd4 ¤f6 5.¤c3 ¤c6 6.¥g5 e6 7.£d2 a6 8.0–0–0 ¥d7 9.f3 ¥e7 10.¥e3 0–0 11.g4 ¤xd4 12.¥xd4 ¥c6 13.g5 ¤d7 14.h4 b5 15.¦g1 b4 16.¤e2 ¤e5 17.£e3 £c7 18.¤g3 ¥b5 19.b3 ¥xf1 20.¦dxf1 a5 21.¢b1 a4 22.¦g2 ¦fc8 23.¤h5 ¥f8 24.¤f6+ Diagrama

24...¢h8 25.h5 axb3 26.cxb3 ¦a6 27.¦fg1 ¦c6 28.¥b2 ¦c2 29.¤g4 ¤xg4 30.fxg4 ¢g8 31.g6 fxg6 32.hxg6 hxg6 33.£d4 ¦xg2 34.¦xg2 £b7 35.¦c2 ¦xc2 36.¢xc2 d5 37.exd5 exd5 38.£e5 £c8+ 39.¢d3 £xg4 40.£xd5+ ¢h7 41.¥e5 ¥e7 42.¥d4 ¥f6 43.¥c5 £d1+ ½–½

Outra partida que teve muita luta, foi na mesa dois entre o MF Jatobá e o MI Santiago. Com boa técnica, Yago conseguiu o ponto e se manteve na liderança juntos com

os dois GM’s e o MF Sil-vio Pereira, todos com 5 pontos e muitas chances de saírem com o título de campeão do torneios.

Emoções Finais

A sétima rodada tinha tudo para ter boas par-tidas, visto que todo

mundo queria voltar pra casa com alguma premiação, seja ela de colocação geral ou de categorias. Uma mostra disto esteve logo na mesa 1 do tor-neio, aonde o GM Gilberto Milos, fez valer as peças bran-cas contra o MI Yago Santiago. Milos escolheu uma variante do Gambito da Dama recusado que lhe concedeu uma peque-na vantagem que foi aos pou-cos aumentada, até conseguir ganhar uma peça. Yago ainda tentou dificultar a vida de Mi-los, mas não teve como lutar após trocar sua última peça.Milos,Gilberto (2580) - Santiago,Yago (2405) [D36]20.01.2013

68...¦xf4 69.gxf4 ¢f6 70.¢e8 1–0

Neste momento Milos já sabia que era o ven-cedor, pois a partida

entre Silvio Pereira e Everaldo Matsuura, os outros dois lide-res, terminava empatada na mesa dois.

Assim, tivemos o seguinte re-sultado:Col Nome Pts R$1 Gilberto

Milos6 2400

2 Everaldo Matsuura

5,5 2000

3 Silvio Pereira

5,5 1450

4 PauloJatoba

5,5 750

5 Alessandro Silva

5,5 500

Que a disputa seria intensa, isto não resta dúvida, mais que ape-nas um jogador chegaria ao fi-nal isolado na liderança era algo difícil de se prever no início do torneio. Mérito do GM Milos que mostrou mais uma vez que empates rápidos não é a melhor forma de se ganhar um torneio. Vale destacar a transmissão das principais mesas do torneio ao vivo na internet, salão auxiliar para análises e telão com co-mentários para acompanhar o torneio para quem estava pre-sente no local de jogo.

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Salão de Jogos

> COBERTURA: > COBERTURA: > COBERTURA: DOKMUS INTERNACIONALDOKMUS INTERNACIONALDOKMUS INTERNACIONALDOKMUS INTERNACIONALDOKMUS INTERNACIONAL

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Milos recebe seu Troféu

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AnaVitória

RothebarthDe Mato Grosso para o MunDo

Entrevista

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Por onde passou, Ana Vitória Rothebarth sempre teve sucesso. Em seu cur-rículo consta os títulos de Campeã Estadual Absoluto de Mato Grosso , em 2007, Campeã Brasileira Escolar e Colegial e Bi-Campeã Pan Americana Es-

colar de Xadrez. Além disso, Ana foi vice-campeã Brasileira Adulto em 2010 e Campeã Brasileira Universitária,. Ana ainda participou do Mundial Universitário em Guimarães, Portugal em 2012.

Nome: Ana Vitória de Paula Rothebarth

Data de Nascimento: 02 de junho de 1992

Cidade Natal: Cuiabá/MT

Equipe que defende: Até o momento, não in-tegro nenhuma equipe. Hobbies: Está tão difícil fazer sobrar tempo para aproveitar os passatem-pos que estou começan-do a pensar que um deles é tentar parar o relógio! (risos)

Pratica outros espor-tes? Sedentarismo já não é um?!

Time do Coração? Bra-sil, claro. Mas também dou uns gritos pelo São Paulo.

Música favorita? No xadrez, prefiro silêncio absoluto! Fora, é difí-cil eleger apenas uma, algumas das que gosto bastante são: Allegria (Cirque Du Soleil), Sába-do a noite (Lulu Santos),

Catedral (Zélia Duncan), Pra você guardei o amor (Nando Reis), Meu amor, minha flor, minha meni-na (Zeca Baleiro)... MPB!

Quem você desafiaria para uma partida de xadrez? Não sei, não te-nho nenhuma pessoa em mente. Gostaria de jogar com uma sequência de Grandes Mestres (as) em torneios, o que não seria um match, mas demons-traria o nível que alcan-cei.

Sonho de consumo? Gosto muito de tabulei-ros e jogo de peças ar-tesanais, quem sabe um que ainda veja possa ser meu sonho de consumo enxadrístico! (risos)

Abertura favorita? A velha conhecida Ruy Lo-pes.

Estilo de Jogo? Estraté-gico cauteloso. (risos)

Principais ídolos no xadrez: Bobby Fischer e Ludek Pachman. Acre-dito que essas escolhas sofreram influências dos

livros que li e que me in-teressaram bastante.

Amigos no xadrez: Te-nho interação com mui-tas pessoas. Seria injus-to comigo citar todas, vai que me esqueço de alguém?

Prefere xadrez online ou ao vivo? Com certe-za ao vivo.

Quando começou a encarar o xadrez mais a sério? Quando come-cei a viajar para jogar torneios. Tive muita hon-ra em representar o meu Estado nas categorias de base.

Qual foi o seu pior mo-mento na carreira? E o melhor? Acredito que meu pior momento foi quando praticamente parei as atividades enxa-drísticas, ano de 2009, para focar no vestibular. Foi um período de estag-nação. Quanto à segun-da pergunta, as primei-ras conquistas que tive foram muito marcantes para mim, mesmo não sendo as mais importan-

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tes no quesito resulta-do (ano de 2004). Além disso, tive boas fases em 2008 e 2010, mas quero que o melhor ainda este-ja por vir!

Como você vê o xadrez em Mato Grosso hoje? O xadrez em Mato Gros-so está se desenvolven-do. Há quase dois anos começou uma movimen-tação para reativação da Federação o que este ano está para c o n c l u i r . Esse será um passo fundamen-tal para for-ma l i z a ção perante o governo e a ent idades, possibilitan-do parcerias e convênios, com conse-quente ex-pansão e melhoria do xadrez no Estado. Acrescendo a esse importante fato, os municípios estão se mos-trando participativos nos assuntos com foco enxa-drístico, além de esta-rem ganhando incentivos para realização de proje-tos nesta área.

Teve algum treinador particular já? Se sim, como que era feito es-tes treinos?Sim. O primeiro foi o Pe-

dro Antonio de Oliveira, com quem treinei du-rante alguns anos. No início nos encontráva-mos todos os sábados em um clube, depois na escola e após com au-las em minha casa. En-sinou-me muito da base que tenho, juntamente com meu pai, que me acompanhou nesta fase inicial. Depois comecei a ter aulas via internet, onde mantenho até hoje

com o MI Marcus Vinicius Moreira Santos. (Outros treinos paralelos e cur-tos que tive foi com o GM José Fernando Cubas e com o MI Herman Clau-dius van Riemsdijk). No momento também estou tendo aulas com o GM Carlos Garcia Palermo.

O que acha que foi o principal motivo para chegar ao nível de jogo que se encontra? Apoio familiar, estudo e

aspiração.

Explique um pouco da sua rotina. Como são seus treinamentos e preparação para tor-neios? A partir do final de janei-ro comecei a ter aulas em grupo com o GM Carlos Garcia Palermo, graças a minha seleção dentro do projeto “Ruma a grande maestria” pela Comissão Mundial Feminina de Xa-

drez (WOM), com isso es-tou tendo treinamentos as segundas e quartas du-rante o perío-do vespertino. As aulas com o MI Marcus Vinicius Mo-reira Santos, a tua lmente estão sen-do realizadas com frequên-

cia mensal, mas quan-do viso algum torneio, aumentamos as classes! Geralmente procuro co-nhecer mais de abertu-ras.

Se junta com outros jogadores para discu-tir partidas de xadrez? Raro isso acontecer.

Qual faculdade você faz? Pretende exercer esta profissão algum dia?

Entrevista

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Curso Engenharia Sa-nitária e Ambiental na Universidade Federal de Mato Grosso. Sim, adoro as áreas que abrangem o curso.

Como que está sendo participar do projeto “Rumo a Maestria”, desenvolvido pela Co-missão de Mulheres

da FIDE?Maravilhoso! Meu pai quem, primeiramente, me deu a notícia. Ele viu no site do Clube de Xa-drez e com isso entrou na CBX e, vendo o comu-nicado, me chamou. Não tinha recebido nenhum e-mail falando sobre, e logo procurei entrar em contato para saber de-mais informações. Fi-quei muito surpresa, afi-nal não era por inscrição, o projeto que seleciona-va e entrava em contato para ver se aceitava ou não, porém não tinha re-

cebido o e-mail do qual me avisava. Após entrar em contato recebi retor-no dizendo que eu tinha sido selecionada com base nos seguintes cri-térios: Ter elo mínimo de 2000 e máximo de 2200; Não ter títulos de WIM ou WGM; Estar em atividade e; Possuir me-nos de 25 anos. Também

ressaltou as responsa-bilidades a cumprir caso aceitasse fazer parte do projeto. Enfim, logo que aceitei iniciaram as au-las em grupo com cinco meninas, primeiramente sobre finais, com o GM Carlos Garcia Palermo. Estou adorando e apro-veitando para absorver e me dedicar mais aos es-tudos enxadrísticos.

Qual a importância da sua família no seu crescimento enxadrís-tico? Fundamental. Graças ao

apoio, incentivo e con-fiança depositada duran-te os primeiros passos consegui me desenvol-ver na modalidade. Isso englobava autorizações para viajar, destinação de dinheiro, tempo para acompanhar entre outras coisas, já que comecei com 11 anos. Ainda bem que sempre tive pessoas ao meu lado das quais transmitiam segurança para minha família e que cuidaram muito bem de mim no período inicial. Agora ganho puxões de orelha quando capivaro, ou seja, sempre, e torci-da à distância em qual-quer torneio que partici-po.

Quais os objetivos para o futuro? Quero alcançar os 2100 de elo FIDE. Logo, foco nos estudos e disciplina! Isso, claro, conciliando com o meu curso, aulas de inglês... (risos)╚

por Rogério Santos

Entrevista

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Coluna Frederico Gazel

Difícil decisão: Xadrez ou Faculdade?

Optar por um curso superior de ensino é algo frequente entre esportistas no Brasil.

colaboração de Rogério Santos

A idade de 17 anos –ou meados- é sem-pre um tormento

para qualquer jogador de xadrez no Brasil. Com essa idade que chega a hora de se fazer uma es-colha difícil: Jogar xadrez ou fazer um Curso Supe-rior?Quase 99% dos jogado-res do país já passaram por este dilema, sejam eles Grandes Mestres,

mestres ou “capivaras”. Essa é a hora de definir um futuro, e isto pode ter consequências positivas ou negativas.Muitos tentam optar em não desistir de ne-nhum dos dois, mas vol-ta e meia à dúvida vem à voga. Esse problema se estende quando a pessoa começa a fazer cursos que são realizados em período integral, no qual

tem que dedicar muito mais tempo a faculdade no lugar de estudar xa-drez.Conhecido como uma das grandes promessas do xadrez nacional, Vic-tor Shumyatski é outro jogador que preferiu se-guir o caminho acadê-mico. Iniciou os estudos de engenharia e deixou sua vitoriosa carreira dos tabuleiros no passado,

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Coluna Frederico Gazel

mesmo possuindo respeitáveis 2433 pontos de rating FIDE (ranking inter-nacional) e o título de Mestre. Atual-mente, aparece bem timidamente em alguns torneios na cidade natal: Bra-sília.O Grande Mestre (GM) Brasileiro Ale-xandr Fier, - que já figurou nada mais que o primeiro posto da América do Sul- se arriscou certa vez a fazer fa-culdade de Matemática. No entanto, largou o curso se queixando de tempo para viajar e disputar competições.

VIDA ACADÊMICA E VIDA DE ES-PORTISTA: é possível?

Descontentes com as duas verten-tes, muitos esportitas se quei-xam da dificuldade de conciliar os

estudos acadêmicos com as viagens e competições mundo a fora. O lendário Henrique Mecking, o Me-quinho, - considerado o terceiro me-lhor jogador do mundo na década de 70, começou a fazer o curso de Física. Sem mesmo completar um ciclo desis-tiu após perceber que o curso estava

atrapalhando seu desenvolvimento no xadrez. Anos depois, voltou a facul-dade fazendo Teologia e Filosofia, ter-minando ambos os cursos. Mequinho acredita ser muito difícil manter o foco nas duas atividades. “Quando tinha 18 anos, gostava mais de xadrez, natu-ralmente uma atrapalhava a outra. O Ideal era ter um tempo integral para as duas coisas, estudos acadêmicos e os treinos ou optar por uma coisa e ou-tra”, contou.Felipe de Cresce El Debs, (27) é tam-bém um Grande Mestre Brasileiro. Se aventurou no curso de mecatrônica por 3 anos, e tempos depois decidiu fazer outra faculdade. “Deixei de lado o cur-so, pois não gostava tanto. Quando fiz Economia, fui mais dedicado, consegui me organizar e acabei gostando de ver-dade do curso. Mesmo assim conseguia estudar o ‘meu’ xadrez”. Felipe concluiu o curso ao final de 2011 e atualmente se dedica exclusivamente ao esporte.

Outro que conseguiu terminar a faculdade e manteve sua vida esportiva foi o GM brasileiro

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Krikor Sevag Mekhitarian, de 26 anos, quando se formou em Administração de Empresas pela faculdade Mackenzie de São Paulo em Dezembro de 2009. Dias antes de terminar o curso, dispu-tava um duro torneio de xadrez fazen-do idas e vinda entre a competição e a faculdade. Krikor ainda resalta a impor-tância de seu curso para sua vida. “Um dia posso utilizar, caso eu leve adiante algumas ideias de abrir uma academia de xadrez no futuro em um momen-to que eu considerar que já atingi to-dos meus objetivos como jogador” diz. Segundo o atleta, é possível viver de xadrez ainda que seja em nosso país, mas coloca condições como “contratos com cidades, eventos variados, além de competições que tem premiações atrativas”.Mas este tipo de atitude parece duvido-sa até mesmo num país onde ser pro-fi ssional de xadrez é algo para poucos. A maioria termina seu curso e parte para atuar em suas novas áreas. Ou-

tros atribuem a escolha acadêmica, devido a falta de investimento num es-porte que, de longe, é destaque no ce-nário. É o que pensa o jovem Mestre da Federação Internacional, Arthur Chiari, de 16 anos que ainda não se decidiu no que prestar vestibular. “Acredito que vou seguir minha carreira profi ssio-nal, mas levando o xadrez junto como um hobby. Penso ser muito difícil viver de xadrez em termos fi nanceiros acho que uma vida profi ssional comum seria mais viável” salienta.O xadrez se torna algo secundário, apesar de alguns conseguirem voltar a jogar de forma consistente, a maioria se decepciona com o próprio jogo após um ou dois torneios ruins, e não fazem questão de voltar a se dedicar como antes.

A questão do profi ssionalismo no xadrez é sempre levantada nessa idade. A falta de investimento no

xadrez é nítida, e embora alguns consi-gam arrumar uma escola para lecionar xadrez, ou mesmo uma equipe para se vincular e a ser algum subsídio, ele nunca chega a ser superior ao que se poderia ganhar por exemplo com uma carreira no ramo jurídico ou de enge-nharia. Entretanto, é uma profi ssão que vem ganhando espaço a cada dia na terra do futebol.

Frederico GazelJornalista e Campeão Mineiro Absoluto

Coluna Frederico Gazel

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Papo de Tabuleiro

LUIS PAULO SUPI

Campeão Pan Americano sub 16 em 2012 várias vezes Campeão Brasileiro de cate-gorias. Jogador nos diz como alcançou o Título de Mestre FIDE.

por Rogério Santos

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Quais são as perspec-tivas para 2013?R:Bom, meu objetivo agora é bastante claro, que é o de chegar nos 2400 e fazer as 2 normas que faltam para MI e eu espero que isso aconteça ja em 2013!

De uns 2 anos pra cá, você teve uma evo-lução assombrosa, a que ela se deve?R:Teve mesmo? (rs..) Ah eu não sei, em de-terminados momentos eu me sinto motivado a estudar duro, e es-ses estudos acabam infl uenciando imediata-mente no meu jogo, ou seja eu pego as coisas-que eu estudo com certa facilidade então acho que é por isso, é por aí que eu consigo melhorar pou-co a pouco meu xadrez, só nao concordo que foi uma coisa ''assombrosa'' (rs..)

Como é o seu treina-mento? Tem o acom-panhamento de algum outro jogador ou faz tudo sozinho?R: De maneira geral eu estudo sozinho. Quan-do eu estudo uso 4 ou mais hs, que represen-tam quase todos os dias da semana, mais tem dia que eu não to afi m, e ai o máximo que eu faço é jogar umas partidas na internet..

Como você organiza seu horário de treina-mento com escola, na-morada, vida social?R: Ah , da tempo de fazer tudo, mais não organizo nada eu simplesmente faço as coisas e acaba dando tempo. (rs..)

O que muda agora que chegou a MF?R: Ah acho que ajuda com o lance dos patroci-nios, apesar disso ainda ser um problema, e aju-da a ser convidado para determinados torneios, fora que foi uma coisa motivante pra eu seguir adiante, mais eu estou completamente focado no MI agora.

E como foi ser cam-peão Pan-americano em 2012?R: Cara foi sensacional! Eu queria muito isso, e eu também estudei mui-to pra conseguir e, feliz-mente, eu pude jogar um bom xadrez e vence-lo.

Você é de uma gera-

ção com bons jogado-res, mas apenas você e o mineiro João Pau-lo Cassemiro Marques dominaram as catego-rias por onde passa-ram. Ele seria hoje o seu maior rival nostabuleiros?R: Eu acho o Joao Pau-lo um cara que joga bem e é talentoso , mais eu não vejo isso desta for-ma, eu jogo com ele 1 ou 2 vezes por ano só, fora isso eu não jogo muito direcionado aos campeonatos de cate-goria, acho que são tão importantes quanto os outros, então eu acho que para sua pergunta a

resposta é não. A rivali-dade que eu tenho com ele é só a mesma que se tem durante a parti-da com qualquer jogador que você é obrigado a enfrentar, mas não vejo ele diferente dos outros jogadores.

Como foi a parceria que fez com o Sr. Glei-son Rocha? Que tipo de ajuda ele pôde te oferecer?R: Ele foi não só o cara que me ensinou a jo-gar xadrez, como o que me deu apoio de lá até os dias de hoje, então eu devo bastante a esse cara!

E como é ser um enxa-drista em Catanduva?

“Eu devo tudo a ela, “Eu devo tudo a ela, “Eu devo tudo a ela, “Eu devo tudo a ela, “Eu devo tudo a ela, ja que foi ela quem ja que foi ela quem ja que foi ela quem ja que foi ela quem ja que foi ela quem me apoiou desde o me apoiou desde o me apoiou desde o me apoiou desde o me apoiou desde o começinho, e con-começinho, e con-começinho, e con-começinho, e con-começinho, e con-tinua apoiando até tinua apoiando até tinua apoiando até tinua apoiando até tinua apoiando até

hoje!“hoje!“hoje!“hoje!“hoje!“

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R: Tem muita gente jo-gando xadrez aqui , ja co-locaram xadrez em qua-se todas as escolas e tem cada vez mais pessoas interessadas em apren-der mais e mais. Para

jogar torneios eu tenho todo o suporte necessá-rio , mas tem aquele pro-blema de patrocínio, só que não tem diretamente a ver com a cidade , tem a ver com as impresas privadas, mas eu não vou nem reclamar porque eu acho que isso tem em todo lugar quando se fala em xadrez.

Sua mãe é uma incan-sável batalhadora por sua carreira de enxa-drista, como é ter esse apoia na hora de par-ticipar das competi-ções?R: Cara eu devo tudo a ela, ja que foi ela quem me apoiou desde o come-çinho, e continua apoian-

do até hoje! Inclusive no primeiro torneio que eu desputei (fora da escola) que eu me lembro bem, era no shopping daqui de Catanduva, antes de co-meçar o torneio eu passei

bastante mal e fui embo-ra. Ela me reanimou me levou de volta pra lá, dis-se que eu ia conseguir e eu acabei indo bem no tornieo, depois deste torneio eu comecei a me sair bem nos demais, en-tão se não fosse por ela eu provavelmente estaria jogando até hoje só aqui pelo bairro. (rs..)

Ser um forte joga-dor nas categorias de base do xadrez sem-pre atraiu alguns fãs, como você lida com este assédio? R: Acho que ''fã'' é uma palavra muito forte, rs.. Mais bem, se você se re-fere as pessoas que tor-cem e mandam mensa-

gens e tudo mais, bom eu fico muito feliz com essas coisas quando aqui na cidade ou em algum torneio, chega alguém para fala alguma coisa, ou qualquer coisa desse tipo, porque mostra que rola um reconhecimen-to e tem gente que tor-ce bastante e isso é bem legal.

E o assédio das mulhe-res, seja no colégio ou nos torneios, é grande ou apenas algo ocasio-nal?R: Eu namoro né.. hahaha

Para você, o título de Campeão Paulista Ab-soluto está logo ali ou terá que trabalhar ain-da mais no seu jogo para chegar ao topo?R: Na verdade eu nunca parei para pensa nes-se título especificamen-te, mas é claro que se-ria algo gratificante, e é lógico ainda que se tem muito a fazer e melhorar para estar no topo, e eu vou fazer tudo o que for possível para isso.

Você viaja pouco pelo país para jogar tor-neios. Costuma sele-cionar os eventos que deseja participar, re-alizando uma prévia preparação ou disputa aqueles que aparecem de forma esporádica?R: Na verdade eu procu-

Papo de Tabuleiro

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ro jogar todos os torneios possíveis, só que tem al-guns que são realmen-te muito longes e aí não dá para jogar todos, até porque eu sou do interior, mais esse ano eu preten-do jogar mais que os ou-tros anos .

Sei que já recebeu bons prêmios em di-nheiro jogando xa-drez. O que costuma fazer com eles? Tem uma poupança ou algo assim ou torra tudo sem pensar muito?R: Cara eu guardo. Eu tenho que me controlar bastante pra não gastar tudo com besteira ,mais eu guardo sempre que possível .

Como é Luis Paulo Supi longe dos tabuleiros? O que gosta de fazer, onde gosta de estar?R: Ah depende do dia né, mais eu gosto em geral de passar o tempo com a minha família, com a minha namorada, ami-gos, em fim, eu gosto de estar em qualquer lugar, mas com pessoas que eu gosto. Eu sou uma pes-soa que me animo fácil e se você me chama para fazer qualquer coisa eu já respondo: “vamoo”

Tem alguma mania ou superstição?Acho que não. Tem só uma esquisitisse , quan-do eu acordo eu costu-

mo jogar uma partida, se eu ganhar essa primeira partida ou não geralmen-te indica se meu dia vai ser ruim ou bom. Eu sei que isso é loucura, e foi uma coisa que eu enfiei na minha cabeça, então a primeira do dia eu pro-curo jogar com rivais o mais inferiores possíveis (rss)

Como imagina sua vida daqui a 5 anos?R: Não faço a menor ideia e eu também não faço muita questão de ficar pensando, até porque eu acho que criar expectati-vas é só uma maneira de se frustrar, então seja do jeito que for eu vou estar feliz.

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O Melhor do Brasil!

Clube de Xadrez de Curitiba volta a ser referência Nacional.

por Rogério Santos

> Mundo dos Tabuleiros

Típica reunião no CXC

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Quando a diretoria, encabeçada pelo seu presidente Acyr Calça-do, assumiu o CXC em 2008, o

clube enfrentava muitas difi culdades. As contas estavam atrasadas, um dos inquilinos não estava pagando o alu-guel, havia sobrado poucos sócios e o clube ainda tinha alguns processos ju-diciais pendentes de antigos funcioná-rios. Após cinco anos, o clube conseguiu se levantar, quitou todas as suas dívidas, atraiu novos sócios e está em pleno de-senvolvimento. Acyr passou sua coroa de presidente para Murilo Salustiano, que em início de gestão já mostrou seu comprometimento com o clube.Como prêmio por seus esforços, o Clu-be de Xadrez de Curitiba recebeu o prê-mio Tabuleiro de Ouro de melhor clube

de 2012, prêmio este organizado pelo site Rádio xadrez.

O CXC, como é conhecido entre seus frequentadores, completou em janeiro 75 aos de fundação.

O clube já recebeu a visita de jogado-res lendários, como o argentino Miguel Narjdof e Eric Elikases. Já desfi laram seu talento no clube, muito renoma-dos Grandes Mestres brasileiros, como GM Jaime Sunye, GM Rafael Leitão, GM Gilberto Milos, GM Matsuura. O CXC também já organizou várias fi nais de Campeonato Brasileiro, e foi um dos primeiros clubes do Brasil a fazer o fa-moso aquário, sala exclusiva que com-porta cinco mesas, aonde o público pode acompanhar as partidas por uma vitrine, sem que os jogadores dentro

O Melhor do Brasil!

Clube de Xadrez de Curitiba volta a ser referência Nacional.

por Rogério Santos

Ciclo de Palestras

Torneio e feijoada

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do aquário ouçam os ru-ídos externos. Ele ainda conta com uma ampla biblioteca e cantina, mui-to concorrida nos dias de torneio.

É incrível o poder de atração que o CXC possuí nos jogado-

res, uma prova disto foi o seu torneio de aniver-sário, que recebeu quase 70 jogadores de diver-sos países da América do Sul. Embora o torneio tivesse uma premiação

simbólica, o que mais atrai a participação dos jogadores é a tradicional força dos locais. Não é difícil ver em um torneio do clube um renomado jogador sofrendo frente a um sócio do CXC. Recen-temente quem provou desse veneno foi o GM Rafael Leitão, que em um torneio de rápido, teve que tombar seu rei em menos de 20 lances. O autor da façanha foi o MF Vitório Chemin, figurinha carimbada nos torneios

do CXC.

Outra coisa frequen-te no CXC são as palestras para

membros e reuniões de grupos de estudos, além dos populares torneios de chorinho, e blitz aos sábados. Também acon-tecem muitas vezes de confraternizações com temas típicos, como a noite árabe ou a feijoda, sempre com grande pú-blico e muito bom humor.

> Mundo dos Tabuleiros

2 mil reais em prêmios

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> CAPA

O novo rei: Krikor!A VITÓRIA QUE ESTAVA ESCRITA

Por Rogério Santos

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Vencer um Brasileiro Final Absoluto tem um sabor especial. Não im-porta quem eram seus adversá-

rios, você sempre será lembrado como “o campeão” que dominou a todos na-quele ano.Desde o começo do torneio, um joga-dor foi o eleito pela grande maioria dos espectadores como o grande favorito a levar o caneco na Fase Final. Seu nome: Krikor Mekhitarian. Após a desistência

de vários dos pré-qualificados, Krikor era o único Grande Mestre que partici-pou da Final, e sentiu na pele como é ser o alvo do torneio.Nas primeiras 2 rodadas, Krikor amar-gou apenas meio ponto (um empate e uma derrota), e parecia que o títu-lo teria outro dono. Mas conseguiu dar a volta por cima e após uma fantásti-ca arrancada, acabou puxando o título para seu lado.

CM Carneiro

Andrey Neves

MF Macedo

MI Yago

Felipe

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Uma final lutada

Se teve uma coisa que chamou a atenção na Fase Final do Brasilei-ro foi a combatividade dos partici-

pantes. Era raro ver algum empate nas rodadas disputadas, e mais raro ainda foi ver algum empate sem luta. E quem aproveitou esse espírito guer-reiro da melhor forma possível foi o Candidato a Mestre Vitor Castro Car-neiro. O paulista fez um começo me-morável, 4 pontos em 4 rodadas. Atual Campeão Nacional Amador, Vitor mos-trou que está em plena evolução e tem tudo para ter uma carreira sólida no xadrez nacional, já que tem apenas 16 anos e muita vontade em evoluir.

Nakajo brilha no Rio Grande do

Sul

Sem dúvida o jogador mais pre-miado nesta Fase Final foi Mateus Nakajo de Mendonça. Desde o co-

meço, Nakajo esteve entre os melhores e aproveitou sua fase para arrecadar pontos de rating FIDE importantíssi-mos. Foram quase cinquenta pontos que o fizeram quebrar a barreira dos 2300 pontos e assegurar o direito de ser Mestre FIDE. Mateus ainda recebeu uma norma de Mestre Internacional e mostrou que não estava para brinca-deira no torneio. O bronze veio como chave de ouro para coroar uma exce-lente participação em sua primeira fase Final de Brasileiros.

Klaus Gotz

Nakajo

MF Brito

MF Flávio

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Apimentando o torneio

Com um início fraco, Krikor resol-veu fazer um desafi o em seu Fa-cebook para tentar se motivar.

Após a segunda rodada do torneio, ele publicou que iria a busca de fazer 9 pontos nas 9 rodadas restantes. Com sua vitória na terceira rodada so-bre Flávio Olivência, começava ali uma incrível arrancada que terminaria ape-nas na décima rodada com um empate diante de Mateus Nakajo. Foram sete pontos em sete rodadas, uma bela se-quência de strikes!Sua partida contra o MF Máximo Iack de Macedo mostra exatamente isto.

Em apenas 15 lances, Máximo teve que abandonar o jogo, o que mostra que os deuses do xadrez estavam realmente ao seu favor. Na última rodada, Krikor pode empatar de forma amistosa com Andrey Neves e sair para o abraço, já que chegava a 8,5 pontos e terminaria isolado na ponta da tabela.O MI Evandro Barbosa alterou entre al-tos e baixos no torneio e, no fi m, con-seguiu terminar com o vice-campeona-to do evento, fato importantíssimo em sua carreira. Evandro era um dos fa-voritos para vencer o torneio e parece que este feito não irá demorar muito para acontecer.A briga agora de Evandro é chegar aos 2500 pontos de FIDE e buscar as nor-mas de Grande Mestre que faltam para dar um novo patamar a seu xadrez.

MI BarbosaMI Molina

Page 36: Revista Meio Jogo -  Segunda Edição

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Carneiro, (2089) - Santiago(2405) [A10]1.c4 f5 2.¤c3 ¤f6 3.g3 g6 4.¥g2 ¥g7 5.¦b1 0–0 6.b4 e5 7.d3 ¤h5 8.£b3 h6 9.c5+ ¢h7 10.b5 ¦e8 11.¤f3 d6 12.cxd6 cxd6 13.¤h4 ¥e6 14.¥d5 ¤d7 15.¥a3 ¥xd5 16.£xd5 e4 17.0–0 ¤b6 18.£b3 d5 19.dxe4 dxe4 20.¦bd1 £f6 21.¤d5 ¤xd5 22.¦xd5 ¤f4 23.¦d7 ¤xe2+ 24.¢h1 ¤d4 25.¥b2 £e6 26.¦xg7+ ¢xg7 27.¥xd4+ ¢h7 28.¦c1 £d7 29.¥xa7 e3 30.¥xe3 g5 31.¦d1 £e7 32.¥c5 £e4+ 33.f3 £e6 34.£xe6 ¦xe6 35.¦d7+ ¢g8 36.¤xf5 1–0

Santiago(2405) - Mekhitarian(2546) [C87]1.e4 e5 2.¤f3 ¤c6 3.¥b5 a6 4.¥a4 ¤f6 5.0–0 ¥e7 6.¦e1 d6 7.¥xc6+ bxc6 8.d4 exd4 9.¤xd4 ¥d7 10.£f3 0–0 11.¤c3 ¦e8 12.h3 h6 13.b3 ¤h7 14.¥b2 ¥f8 15.¦ad1 ¤g5 16.£g3 ¤h7 17.£d3 £h4 18.¦e3 ¤g5 19.¤f3 £h5 20.¤e2 ¤e6 21.¤g3 £g6 22.¤h4 £g5 23.¤hf5 ¤f4 24.£f1 ¤xh3+ 25.gxh3 ¥xf5 26.f4 ¥xh3 27.£xh3 £xf4 28.¤h5 £g5+ 29.¦g3 £c5+ 30.¥d4 £xc2 31.¦f1 ¦e6 32.¤xg7 1–0

Mendonca (2255) - Santiago (2405) [B83]1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cxd4 4.¤xd4 ¤f6 5.¤c3 e6 6.¥e2 ¥e7 7.0–0 0–0

8.¥e3 ¤c6 9.f4 ¥d7 10.¤b3 a5 11.a4 ¤b4 12.¥f3 ¥c6 13.¤d4 ¦e8 14.£e2 ¤d7 15.¦ad1 ¦c8 16.¦d2 £c7 17.¤db5 £b8 18.¦fd1 d5 19.exd5 exd5 20.£f2 ¥xb5 21.¤xb5 ¥c5 22.¥xc5 ¤xc5 23.c3 ¤e4 24.¥xe4 dxe4 25.£a7 ¤c6 26.£e3 ¦e7 27.¤d6 ¦f8 28.f5 ¢h8 29.f6 gxf6 30.£h6 ¦e6 31.¦d5 ¤e5 32.¤f5 ¤f3+ 33.¢h1 1–0

Macedo (2408) - Barbosa(2422) [D71]1.d4 ¤f6 2.c4 g6 3.g3 ¥g7 4.¥g2 d5 5.cxd5 ¤xd5 6.¤f3 ¤b6 7.0–0 ¤c6 8.e3 e5 9.¤xe5 ¤xe5 10.dxe5 £xd1 11.¦xd1 ¥xe5 12.¤c3 c6 13.e4 ¥e6 14.f4 ¥xc3 15.bxc3 ¤a4 16.f5 gxf5 17.exf5 ¥xf5 18.¥a3 ¥e6 19.¦ab1 ¤xc3 20.¦xb7 ¤xd1 21.¥xc6+ ¢d8 22.¥e7+ ¢c8 23.¥d6 ¤c3 24.¥e5 ¤e2+ 25.¢g2 f6 26.¥xf6 ¦f8 27.¥e5 ¦f5 28.¦xh7 ¦xe5 29.¥xa8 a5 30.a3 ¤d4 31.¦h4 ¦e2+ 32.¢f1 ¥c4 33.¥d5 ¥a6 34.¢g1 ¦d2 35.¦h6 ¤e2+ 36.¢f2 ¤c3+ 37.¢e3 ¦d3+ 38.¢f2 ¤xd5 39.¦xa6 ¦xa3 40.h4 ¢b7 41.¦d6 a4 42.h5 ¦a2+ 43.¢g1 a3 0–1

Mendonca (2255) - Brito (2292) [B90]

1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4

cxd4 4.¤xd4 ¤f6 5.¤c3 a6 6.¥c4 ¤bd7 7.f4 £b6 8.¥b3 e6 9.¥e3 ¤c5 10.£f3 £c7 11.f5 ¥e7 12.g4 h6 13.h4 g6 14.fxg6 fxg6 15.¦f1 ¦h7 16.¥xh6 ¦xh6 17.g5 ¦xh4 18.gxf6 ¥f8 19.f7+ ¢d8 20.0–0–0 £e7 21.£g3 ¦h5 22.¤f3 ¢c7 23.£xg6 ¤xb3+ 24.axb3 1–0

Barbosa (2422) - Santiago (2405) [C18]1.e4 e6 2.d4 d5 3.¤c3 ¥b4 4.e5 c5 5.a3 ¥xc3+ 6.bxc3 ¤e7 7.£g4 £c7 8.£xg7 ¦g8 9.£xh7 cxd4 10.¤e2 ¤bc6 11.f4 dxc3 12.h4 ¥d7 13.h5 0–0–0 14.£d3 d4 15.h6 ¢b8 16.h7 ¦h8 17.g4 ¥c8 18.¥g2 b6 19.¦h3 ¥b7 20.¢f2 £c8 21.¥e4 ¥a6 22.£g3 ¤d5 23.¥d3 ¥xd3 24.£xd3 £c7 25.¦h6 ¤a5 26.£e4 d3 27.£xd3 ¤c4 28.£e4 £c5+ 29.¢f3 ¤e7 30.¥e3 ¤d2+ 31.¥xd2 cxd2 32.¦hh1 ¤c6 33.c3 ¤a5 34.¦hd1 ¦d7 35.¦a2 ¦xh7 36.¦axd2 ¦h3+ 37.¢g2 ¦e3 38.£a4 b5 39.£xa5 ¦xe2+ 40.¦xe2 ¦xd1 41.£b4 £g1+ 42.¢h3 £h1+ 43.¢g3 ¦d3+ 0–1

Olivencia (2211) - Barbosa (2422) [B22]1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cxd4 4.c3 ¤f6 5.e5 ¤d5 6.cxd4 d6 7.¤c3 ¤xc3 8.bxc3 £c7 9.¥d2 ¤d7 10.exd6

Seleção de Partidas

Page 37: Revista Meio Jogo -  Segunda Edição

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¥xd6 11.¥d3 b6 12.0–0 ¥b7 13.h3 0–0 14.£e2 ¥f4 15.¥xf4 £xf4 16.£e3 £d6 17.¦fd1 ¦ac8 18.¦ac1 ¦fd8 19.c4 g6 20.¥e4 ¥xe4 21.£xe4 ¤f6 22.£h4 ¢g7 23.¤e5 £a3 24.¦c2 £a4 25.¦cd2 b5 26.cxb5 £xb5 27.¦d3 £a4 28.¦b1 £c2 29.¦b7 ¦f8 30.¦f3 £c1+ 31.¢h2 g5 32.£g3 h6 33.h4 £d2 34.¤xf7 £xd4 35.¤xg5+ ¢h8 36.¤xe6 ¤g4+ 37.¢h3 ¦xf3 38.gxf3 ¤xf2+ 39.¢g2 £f6 40.£xf2 ¦g8+ 41.¢h2 ¦e8 42.£g3 ¦g8 43.£f4 1–0

Mekhitarian (2546) - Molina (2414) [B12]1.e4 c6 2.d4 d5 3.e5 ¥f5 4.¤f3 e6 5.¥e2 ¤d7 6.0–0 ¥g6 7.a4 ¤h6 8.a5 a6 9.¤bd2 ¥e7 10.c4 dxc4 11.¤xc4 0–0 12.¥xh6 gxh6 13.£d2 ¢g7 14.¦fe1 £c7 15.¤e3 h5 16.£c3 ¦fc8 17.¦ec1 £d8 18.¤e1 £f8 19.¤d3 c5 20.¤f4 cxd4 21.£xd4 ¤c5 22.¤xh5+ ¢h8 23.£g4 ¤b3 24.¦xc8 ¦xc8 25.¦d1 ¤xa5 26.¤f6 ¦d8 27.h4 ¦xd1+ 28.¥xd1 ¤c6 29.h5 ¥b1 30.¥f3 ¤b4 31.¥e4 ¤d3 32.£g3 £g7 33.¤eg4 ¤c1 34.£e3 1–0

Barbosa (2422) - Brito (2292) [B90]1.e4 c5 2.¤f3 d6 3.d4 cxd4 4.¤xd4 ¤f6 5.¤c3

a6 6.¥e3 ¤c6 7.f3 h5 8.£d2 e6 9.0–0–0 ¥d7 10.¢b1 ¥e7 11.¥d3 £c7 12.¦he1 ¦b8 13.h3 h4 14.¤xc6 bxc6 15.¥xa6 ¦h5 16.¥c4 ¦a5 17.¥f4 e5 18.¥g5 ¥e6 19.¥b3 ¦ba8 20.¥xh4 £a7 21.¥xf6 gxf6 22.f4 ¥f8 23.f5 ¦xa2 24.¤xa2 ¥xb3 25.cxb3 £xa2+ 26.¢c2 ¦a5 27.£c3 ¢d7 28.¦a1 £xa1 29.¦xa1 ¦xa1 30.£c4 1–0

Brito(2292) - Santiago(2405) [C11]1.e4 e6 2.¤f3 d5 3.¤c3 ¤f6 4.e5 ¤fd7 5.d4 c5 6.dxc5 ¤c6 7.¥f4 ¥e7 8.¥b5 ¤xc5 9.0–0 a6 10.¥xc6+ bxc6 11.¤d4 £c7 12.¥g3 ¤d7 13.£h5 g6 14.£h6 ¥f8 15.£h3 ¤b6 16.b3 ¥g7 17.f4 c5 18.¤f3 ¥b7 19.¦fe1 h6 20.¥f2 0–0–0 21.a4 ¦dg8 22.¦ad1 g5 23.fxg5 hxg5 24.£g4 ¤d7 25.¥g3 d4 26.¤e4 ¤xe5 27.¥xe5 ¥xe5 28.¤xe5 f5 29.¤d6+ £xd6 30.£g3 f4 31.£f2 £c7 32.b4 g4 33.£xf4 g3 34.h3 ¦f8 35.£g4 ¦f2 36.¤f3 ¥d5 37.bxc5 ¦f8 38.¦xe6 ¦xg2+ 39.¢h1 ¦h2+ 40.¢g1 ¦h1+ 0–1

Mekhitarian (2546) - Mendonca (2255) [B80]1.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cxd4 4.¤xd4 ¤c6 5.¤c3 d6 6.¥e3 ¤f6 7.f3 ¥e7 8.£d2 0–0 9.g4 a6 10.0–0–0 ¤xd4 11.¥xd4 b5 12.g5

¤d7 13.h4 ¥b7 14.¢b1 ¦c8 15.a3 ¤e5 16.£e3 ¤c4 17.¥xc4 ¦xc4 18.f4 b4 19.axb4 ¦xb4 20.¤a2 ¦c4 21.b3 ¦c8 22.¦he1 £c7 23.¦d2 ¦fe8 24.¥b2 ¥f8 25.h5 a5 26.h6 g6 27.¤c3 £c5 28.¤a4 £xe3 29.¦xe3 ¦c6 30.¥a3 e5 31.fxe5 ¦xe5 32.¦d5 ¦xd5 33.exd5 ¦c7 34.¦e8 ¦c8 35.¦xc8 ¥xc8 36.¤b6 ¥h3 37.¤c4 ¥e7 38.¤xd6 ¥xg5 39.c4 ¥g2 40.¥c1 ¥e7 41.¤c8 ¥c5 42.¥g5 ¢f8 43.¥f4 g5 44.¥d6+ ¥xd6 45.¤xd6 ¢e7 46.¤f5+ ¢f6 47.¤e3 ¥e4+ 48.¢c1 ¢e5 49.¤g4+ ¢f4 50.¤f2 g4 ½–½

Santiago (2405) - Molina (2414) [B17]1.e4 c6 2.d4 d5 3.¤c3 dxe4 4.¤xe4 ¤d7 5.¤g5 ¤gf6 6.¥d3 e6 7.¤1f3 ¥d6 8.£e2 h6 9.¤e4 ¤xe4 10.£xe4 £c7 11.£g4 ¢f8 12.0–0 b6 13.b3 ¤f6 14.£h4 ¤d5 15.¥b2 ¤f4 16.¦ad1 g5 17.¤xg5 ¥e7 18.¥a3 c5 19.dxc5 bxc5 20.¥c1 ¥xg5 21.£g3 ¤d5 22.£xc7 ¤xc7 23.¥b2 ¦g8 24.¥e5 ¤d5 25.c4 ¥f6 26.¥d6+ ¥e7 27.¥e5 ¤f6 28.¥e2 ¥b7 29.f3 ¥c6 30.¦d3 ¤d7 31.¥b2 ¥f6 32.¥a3 ¢g7 33.f4 ¥d4+ 34.¢h1 ¢h7 35.¥f3 ¥xf3 36.¦fxf3 e5 0–1

Seleção de Partidas

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> Cobertura: IRT 75 anos Clubde de Xadrez de Curitiba

>COBERTURA: IRT 75 ANOS C.X. CURITIBA

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Parabens!C.X. Curitiba completou 75 anos e quem recebeu o presente foram os jogadores que prestigiaram seu IRT de aniversário.

Page 40: Revista Meio Jogo -  Segunda Edição

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Clube lotado, mestre e capivaras a pos-tos. A primeira ro-

dada do torneio começou quente e trouxe sua pri-meira surpresa na mesa 1 do evento. No confron-to entre o jovem Gabriel Akira e o MF Adwilhans Souza, após 27 lances, Akira levou e a melhor e fez o Mestre sair do fa-moso aquário para ir jo-gar com o “povão”. Okawati,G. (1830) - Souza,A.(2335) [C54]18.01.20131.e4 e5 2.¤f3 ¤c6 3.¥c4 ¤f6 4.d3 ¥c5 5.0–0 d6 6.c3 a6 7.¥g5 h6 8.¥h4 g5 9.¥g3 ¥g4 10.¤bd2 £d7 11.b4 ¥a7 12.£b3 0–0 13.¦fe1 ¤h5 14.¥d5 ¢h8 15.a4 ¤d8 16.d4 f6 17.¢h1 ¥e6 18.¥xe6 ¤xe6 19.d5 ¤ef4 20.c4 a5 21.bxa5 ¥c5 22.¦eb1 ¦xa5 23.£xb7 ¤d3 24.¤b3 ¤xg3+ 25.fxg3 ¤f2+ 26.¢g1 ¤xe4+ 27.¢h1 ¦a7 1–0 Após 27... ¦a7??, bran-cas jogam 28. ¤xc5! e ganham.

O restante dos Mestres honraram seus compro-missos e pontuaram na rodada. A segunda rodada teve a volta por cima do MF Adwilhans, começando sua jornada rumo ao topo do torneio na mesa 20. O destaque da segunda ro-dada ficou por conta do

MF Frederico Matsuura, que venceu boa partida contra Ciro Pimenta e co-meçou a aparecer como um dos favoritos ao título do certame. Na terceira rodada Pau-lo Palozi, que seria Cam-peão Paranaense dias depois, segura o MF Mat-suura após chegar numa posição de xeque perpé-tuo. Aqui o MF Egoroff toma a liderança para si, ao derrotar o brasiliense Lucas Aguiar, que prepa-rou uma linha do ataque Fegatello contra Egoroff, mas o mestre conseguiu se sair bem da abertura e evitar todos os possí-veis ataques que Lucas ameaçou. Em sua jorna-da pessoal, o MF Adwi-lhans conseguiu mais um ponto na mesa 10 e ficou perto do aquário.

Bagre ensaboado.

Na quarta rodada do evento, todos estavam com os olhos para o em-bate dos mestres Mar-tins versus Egoroff na mesa 1. Como esperado, foi uma partida que cha-mou muito a atenção dos espectadores, pois to-dos queriam saber como Egoroff sobreviveria ao forte ataque criado por Martins. Martins,C. (2245) -Egoroff,J. (2311)

[B80] 19.01.20131.e4 c5 2.¤f3 e6 3.d4 cxd4 4.¤xd4 ¤f6 5.¤c3 d6 6.g4 a6 7.g5 ¤fd7 8.¥e3 ¤c6 9.£d2 ¥e7 10.h4 £c7 11.0–0–0 ¤de5 12.f4 ¤g4 13.¥g1 h5 14.¦h3 ¥d7 15.¢b1 ¤a5 16.¤f5 ¤c4

17.¥xc4 [17.£d4!] 17...exf5 18.¤d5 £c6 19.¤xe7 [19.¦c3!] 19...¢xe7 20.¥d5 [20.¦c3!] 20...£c7 21.¦c3 ¥c6 22.exf5 [22.¥xc6 bxc6 23.¥b6!+-] 22...¦he8 23.¥d4 ¢f8 24.g6 f6 25.a3 £a5 26.¥e6 ¦e7 ½–½

“Martins: Acabei jogando alguns lances ruins quan-do deveria ter sido mais objetivo e deixei o Jomar escapar, mas também estava com pouco tempo no relógio e isto influên-ciou muito!”

Com o empate entre ambos e também na mesa 2, o tor-

neio ficou sem jogadores com 100% dos pontos. Agora são cinco líderes com 3,5 pontos.

>COBERTURA: IRT 75 ANOS C.X. CURITIBA

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Na quinta rodada tive-mos uma “fuga”. Ao ven-cer sua partida contra o MF Martins, Palozi viu a liderança do torneio “pu-lar” no seu colo e ficar muito perto do título, já que estava meio ponto a frente de seus imedia-tos seguidores. De volta ao aquário, Adwilhans venceu sua quarta parti-da seguida e chegou ao grupo da vice-liderança, devido a vários empates nas primeiras mesas.

Criador x Criatura

Após ir ao fundo do torneio, o MF Adwi-lhans se viu no-

vamente na mesa 1 do torneio, e para seu de-

sespero o seu oponen-te era o líder do torneio, Paulo Palozi, aluno e ami-go pessoal de Adwilhans. Parecia que a partida seria um empate rápido para coroar Palozi como vencedor deste evento, mas não foi bem este o resultado final. Com o in-tuito de se redimir de seu péssimo início, Adwilhans resolveu partir pra cima de seu pupilo e, aprovei-tando a vantagem das peças brancas, faturou o ponto, chegando a 5 pontos.

Souza,A. (2335) - Palozi,P(2194) [C54]20.01.20131.e4 e5 2.¤f3 ¤c6 3.¥c4 ¤f6 4.¤g5 d5 5.exd5

b5 6.¥f1 ¤xd5 7.¥xb5 ¥b7 8.d4 ¥e7 9.¤f3 e4 10.¤e5 £d6 11.0–0 0–0 12.¥xc6 ¥xc6 13.c4 ¤b4 14.a3 ¤d3 15.¤xd3 exd3 16.£xd3 ¥f6 17.d5 ¦ab8 18.¤c3 ¥d7 19.b4 £e5 20.¥b2 £h5 21.¤d1 ¥f5 22.£g3 ¥xb2 23.¤xb2 ¦b6 24.¤d3 £e2 25.¤e5 ¦h6 26.¦fe1 £b2 27.¤c6 ¢h8 28.£xc7 £d2 29.£e5 1–0

Nas palavras de Palozi: “Escolhi mal a abertura, joguei um Fegatello não muito teórico e não con-segui compensação pelos peões a menos.” Palozi complementou: “ É sem-pre difícil jogar com quem conhece você muito bem, seu estilo de jogo e o re-

O campeão e seus prêmios

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pertório de aberturas, o fator psicológico pesa muito.” O peruano Gallo Ponce empatou rápido com Jo-mar Egoroff, na mesa 2. Ambos terminaram com 4,5 pontos. Na mesa 3 o MF Mat-suura jogou sua partida decisiva para vencer o torneio. Jogando contra o Mestre Nacional Mar-co Cordeiro, Matsuura, de brancas, se preparou

bem para enfrentar a de-fesa Alekhine do rival. Após muita luta e duas peças de vantagem, Mat-suura venceu e foi coro-ado campeão do evento, após ter melhor desem-pate sobre Adwilhans, que acabou em segundo. Matsuura nos disse estar muito feliz com a vitória e, apesar de jogar pou-cos torneios no ano, “é sempre bom ganhar al-guns também! “

Fechando o pódio, MF Carlos Martins teve o cri-tério melhor que outros sete jogadores e levou o bronze para casa. O Clube de Xadrez de Curitiba mostrou mais uma vez que é possível sim fazer bons torneios e atrair bastante público contando com sua tradi-ção e empenho de seus membros.

Salão de jogos

>COBERTURA: IRT 75 ANOS C.X. CURITIBA

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Coluna Leon Mendes

Lucas ChessLucas ChessLucas ChessTreine seu xadrez gratuitamenteTreine seu xadrez gratuitamenteTreine seu xadrez gratuitamente

Lucas Chess é sem dúvida o melhor programa de treinamento gratuito disponível.

No geral, o programa parece como ou-tro qualquer, entretanto, para ajudar o jogador, Lucas Chess traz uma série de mecanismos inteligentes que ajudam você a aprender como jogar e como contratar um inimigo.Ele possui diver-

sas engines já embutidas,avaliadas de acordo com seu nível de difi culdade.

Em cada jogada realizada, o game ve-rifi ca quais são as chances de sucesso, os possíveis movimentos do seu opo-nente, se há a possibilidade de fi m de jogo e outros detalhes.

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Como jogarPara jogar no Lucas Chess não há segredos. Seleciona a opção “New game”,indique qual a cor das suas peças e defi na os detalhes da partida. Uma vez iniciado o jogo, basta clicar na peça que você deseja mover e arrasta--la até a posição deseja-

da.O jogo mantém um ras-tro da jogada efetuada para que você possa ter maior controle da parti-da. Caso você queira ter ainda mais desafi os e evitar a ajuda do com-putador, o jogo permite desativar os mecanismos de auxílio.

Também existe centenas de exercícicos de vários

tipos como fi nais, com-binações e problemas de mates(em 2,3,4 e mais).

Enfi m,perfeito para o treinamento diário de um enxadrista!

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Coluna Paulo Henrique de Faria

Bate papo com Gerson Peres Batista do Clube de Xadrez On Line -

Parte I

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Nome: Gérson Peres BatistaData de nascimento: 6/8/1973Cidade natal/residência: São Se-bastião do Paraíso/MGProfissão: professor de xadrezFormação acadêmica: pedagogo (formado no Centro Universitário Cla-retiano, polo Batatais/SP)Casado com Vanessa Alves RodriguesPai de Letícia Rodrigues Peres 1-Como conheceu e como se de-senvolveu no xadrez? Aprendi as regras e noções elementa-res em 1989, através do livro ‘Xadrez Básico’, do Orfeu D’Agostini. Nessa época eu trabalhava no Banco do Brasil, agência de Cássia/MG, e dois amigos do banco – Jairo Sérgio Castro Vasconcelos e Valtercides Batista de Freitas Silva – indicaram livros e me orientaram os primeiros passos na mo-dalidade. Em 1992, então residindo em São Se-bastião do Paraíso/MG, minha cidade natal, tive apoio irrestrito de Joel Cin-tra Borges – um grande amigo e uma espécie de “técnico informal” – que possui uma pequena, mas seleta bi-blioteca de xadrez da qual li quase to-dos os livros. Como jogador então praticamente pro-gredi sozinho, somente tendo dicas de outros enxadristas próximos que me indicavam o que estudar. Técnico propriamente dito tive por dois anos e mais recentemente (2011 e 2012), que foi o MI Evandro Amorim Barbosa. 2-Como começou a iniciativa de ensino?

Comecei profissionalmente a carreira de instrutor/treinador ao ser contrata-do pelo Ouro Verde Tênis Clube (OVTC) para montar uma escolinha de xadrez para os associados em abril de 1992. Lá fiquei por 17 anos, sendo uma ex-periência fantástica no campo profis-sional. Joel Cintra Borges, Sebastião Lopes de Sousa e Walterson de Paula Grillo foram as pessoas que me apre-sentaram ao OVTC. Frequentaram a escolinha nomes des-tacados como o MI Evandro Amorim Barbosa, João Paulo Cassemiro Mar-ques, Camila Marques de Pádua, Fran-cielly Naves Fagundes, Danilo Epitá-cio Neves Rosa, Thales Braghini Leão, Matheus Peres de Lima, Júlio César Kawagoe, Crassos Caio Oliveira, Tali-ta Spósito de Oliveira, Giovanna Cos-ta Paschoini, Igor Damasceno Reis, Dwlyan Silva dos Santos, Gilberto Tei-xeira da Silva, Rafael de Souza Duar-te, Marcieli Aparecida Moretti Teixei-ra, Cristiane Barbosa Goulart, Daiana Aparecida dos Santos, Jeovane Cascais Santos, Tarik Ferreira Kourani, Tatia-na Elias de Carvalho e Moysés Elias de Carvalho, entre outros. São ex-alunos locais que chegaram a conquistar tí-tulos regionais, estaduais, nacionais e até internacionais. 3-Como resolveu abandonar a car-reira no Banco e se dedicar exclu-sivamente ao ensino de xadrez? Falo sempre que o Banco do Brasil foi uma excelente oportunidade para eu conhecer o xadrez!

Quando trabalhava no banco as horas pareciam uma eternidade, já que era uma profissão que eu não tinha afini-dade.

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Hoje leciono xadrez no modo online du-rante 11 horas seguidas por dia (fora o atendimento aos alunos dos cursos do modo offline) e parece que só se pas-saram cinco minutos... Então, o segredo está em encontrar uma atividade que você goste. Se fizer o seu trabalho com amor, seja ela qual área for terá sucesso. 4-Qual o melhor momento da car-reira como jogador? Em termos de rating foi 2012 em que cheguei a 2247 de Elo no início do ano, a maior pontuação que já tive na car-reira, obtida depois de jogar o Aberto de Praga (na República Tcheca), evento que integrei a equipe mineira de xa-drez. Já em se falando de nível técnico creio que de 1997 a 2004 joguei meu melhor xadrez. Na verdade minha carreira de jogador teve prioridade de 1989 a 1995. Em 1995 decidi ser professor em tempo in-tegral e jogador nas horas vagas. Isso fez toda a diferença para que eu che-gasse à relativa excelência como ins-trutor/treinador. Nesse ano lecionava no Ouro Verde Tênis Clube, em três es-colas estaduais (E. E. Cel. José Cândi-do, E. E. Com. João Alves de Figueiredo e E. E. Paula Frassinetti), coordenava o Projeto de Xadrez nas Escolas de São Sebastião do Paraíso (cargo que ocupei até 1998) e ainda ministrava aulas em Bebedouro (Colégio Soares) e Barretos (Colégio Soares de Oliveira), ambas cidades paulistas distantes cerca de 200km de onde moro. Em Bebedouro lecionei por 7 anos e em Barretos du-rante dez anos. Nestes dois colégios a indicação do MF Adriano Caldeira foi decisiva para minha contratação à épo-

ca. Depois passei a lecionar também na APAE (1997 e 1998) e Escola Técnica de Formação Gerencial – ETFG (1997 e 1998) de São Sebastião do Paraíso, no Rio das Pedras Country Club (1997 a 2000), em Barretos/SP, e posterior-mente em mais duas escolas: Colégio Objetivo de São Sebastião do Paraíso e de Passos/MG, ambas no período de 1999 a 2009 e ainda uma passagem rápida por Paulínia/SP, em 2000, a convite do AN Édson Nogueira Duarte. Em 2005 comecei a ministrar cursos pela internet através do Clube de Xa-drez Online (CXOL) e que nos últimos três anos se tornou atividade exclusiva enquanto professor. Ufa... muitas e muitas aulas ao longo desses anos todos e concomitantemen-te participando de torneios Brasil afora. Percebe-se que de longe a carreira de jogador foi deixada para segundo pla-no. Ainda assim creio ter conseguido alguns títulos importantes até me apo-sentar oficialmente dos tabuleiros em outubro de 2012, ao disputar o Con-tinental em Mar del Plata (Argentina). Depois de 23 anos jogando em cerca de 600 torneios, era o momento de to-car outros projetos. Bom, na condição de jogador atu-almente estou com 2209 pontos no ranking internacional (nível de MN), fui tetracampeão mineiro absoluto (1994, 1997, 1998 e 2004 - sendo vice em 1993, 2000, 2001 e 2011) e um dos 16 finalistas do Campeonato Brasileiro Absoluto de 1998. Venci o Campeonato Mineiro Juvenil de 1993, o Campeona-to Mineiro de Jovens (edições de 1994, 1995, 1996 e 1997), o Campeonato Mineiro do Interior (2008) e integrei

Coluna Paulo Henrique de Faria

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a equipe paraisense na conquista de sete edições dos Jogos do Interior de Minas – JIMI (em 1992, 1994, 1996, 2001, 2002, 2003 e 2008) – a cidade tem oito títulos no JIMI, mas em um deles eu não estava presente. Ganhei os Jogos Regionais do Interior de São Paulo em 2003 (pela equipe de Paulí-nia) e o Campeonato Paulista do In-terior de 2006, realizado na cidade de Catanduva. Enfi m, mais de duas déca-das vivenciando todo o crescimento do xadrez brasileiro. Há muito tempo sou um professor de xadrez que jogava torneios. Os resul-tados fi caram em segundo plano, já que a prioridade mesmo é ser um bom instrutor/treinador. Respondendo objetivamente à pergun-ta, a conquista do meu quarto título mineiro absoluto (em Varginha, 2004), com 116 jogadores e escore de 6 em 6 em meio à elite do xadrez no estado, creio ter sido meu melhor momento como jogador. 5-Qual o melhor momento da car-reira como professor? Como professor é mais difícil apontar

um momento, uma vez que o trabalho com os alunos é muito do dia a dia. Pequenos progressos são somados e temos grandes resultados. Lecionar na APAE foi o maior desafi o que já tive em termos de turmas de xadrez. E olha que foram muitas esco-las por onde passei, com um total de 10.000 alunos aproximadamente. Agora, individualmente, ver dois ex--alunos vencendo o Campeonato Mi-neiro Absoluto me trouxe uma alegria maior ainda que os quatro títulos que ganhei do principal evento do calendá-rio mineiro. Em janeiro de 2008 o MI Evandro Amorim Barbosa batia o recor-de de ser o campeão mineiro absoluto mais jovem de todos os tempos (aos 15 anos de idade) ao vencer a edição de 2007 realizada em São Sebastião do Paraíso. Em janeiro de 2011, João Pau-lo Cassemiro Marques (aos 14 anos) batia o recorde novamente ao vencer a edição de 2010 disputada em Nova Resende.

Paulo Henrique de FariaInstrutor FIDE

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Ranking Brasil: Novidade em

2013

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A Revista Meio Jogo está lançando um novo ranking para acompanhar os me-lhores jogadores brasileiros em ativi-dade.

Durante todo o ano de 2013, vários torneios serão contabilizados para o ranking, que tem critérios específico para a distribuição dos pontos

2013 - Jogador do Ano Critérios de pontuação

Os eventos devem ser abertos ao pú-blico e contar com premiação em di-nheiro. Torneios fechados não serão contabilizados. Categorias especiais como melhor feminino, melhor idosos, melhor local, melhor sem FIDE e simi-lares também não irão contar.Serão contados torneios jogador em outros países por brasileiros, desde que eles cumpram as exigências para aparecer no ranking.Os valores referente a inscrição do evento e premiação serão convertidos para a moeda brasileira vigente para os cálculos serem realizados.Os resultados obtidos por estrangeiros serão desconsiderados.Os jogadores deverão entrar na área de premiação para ganhar pontos PRB (Pontos Ranking Brasil) . A pontuação é determinada a partir da tabela final do torneio, sem exclusão de categorias.Há três critérios para calcular pontos. Os pontos são calculados multiplicando os seguintes três fatores:

1 - Terminou entre os lugares pre-miados em dinheiro até a décima colocação.

Colocação Final Multiplicador1 1202 1003 804 605 506 407 308 209 1010 6

2 - Valor das InscriçõesInscrição Multiplicador$0-29 1$30 -59 2$60-89 3$90-119 4$120-149 5$150-189 6$190+ 7

3- Número de ParticipantesParticipantes Multiplicador1-29 0.530-39 0.640-49 0.750-59 0.860-69 0.970-79 180-89 1.190-99 1.2100-119 1.3120-139 1.4140-169 1.5170-199 1.6200-239 1.7240-279 1.8280-299 1.9300+ 2

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HUMOR EN PASSANT

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HUMOR EN PASSANT

Santa Catarina conhece sua rainha

Bruna Carolina de Oliveira foi coroada Campeã Cata-rinense Adulto em fevereiro. A jogadora de São Bento do Sul não tomou conhecimento das suas 17 adversá-rias na Fase Final e terminou de forma invicta o tor-neio. Com o resultado Bruna recebeu R$500,00 reais e entrou para a seleta categoria catarinense.

Krikor fez boa campanha no Tata Steel 2013

Participante do grupo C do evento, o GM Krikor Mekhita-rian terminou em quarto lugar deste importante evento. Único brasileiro no evento, Krikor realizou boas partidas e por alguns detalhes não terminou no TOP 3 do evento.

Revista Meio Jogo com programa na

Twitch TVCom o intenção de promover ainda mais o xa-drez, a Revista Meio Jogo agora terá um pro-grama semana na Twitch.Tv. O programa irá ao ar toda terça -feira a partir das 21 horas, ao vivo e terá 1 hora de duração, com curio-sidades, bate papo e notícias do xadrez brasi-leiro. Veja mais no site www.revistameiojogo.com.

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TOP 10 RANKING BRASIL Alexandr Fier Posição: 1º Premiação: R$ 6,740.00 Pontos Ranking Brasil: 1059

Everaldo Matsuura Posição: 2º Premiação: R$ 2,085 Pontos RB: 670

Gilberto Milos Júnior Posição: 3º Premiação: R$ 2,400.00 Pontos RB: 660

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Vitor Roberto Castro CarneiroPosição: 4ºPremiação: R$ 1.000,00Pontos RB: 596

André DiamantPosição: 5ºPremiação: R$ 2,365.00Pontos RB: 504

Frederico MatsuuraPosição: 6ºPremiação: R$ 650,00Pontos RB: 480

Leonardo RodriguesPosição: 7ºPremiação: R$ 350,00 Pontos RB: 480

Silvio PereiraPosição: 8ºPremiação: R$ 1,450.00Pontos RB: 440

César UmetsuboPosição: 9ºPremiação: R$ 600,00Pontos RB: 416

Marco Cordeiro ZarorPosição: 10ºPremiação: R$ 550,00Pontos RB: 392

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