REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

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1 negociosindustriais.com ANO 1 . N° 3 . DEZ 2010/FEV 2011 . DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

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Edição 03 - Dez 2010 / Fev 2011

Transcript of REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

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ANO 1 . N° 3 . DEZ 2010/FEV 2011 . DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

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Cinco anos transformando conceitos.

31 3823-1316 . SIGA-NOS @letradeforma

INFORMATIVOS PARA EMPRESAS . ASSESSORIA DE IMPRENSA . CRIAÇÃO DE DOSSIÊS DE EMPRESAS . FOTOGRAFIAS . PLANEJAMENTO E CRIAÇÃO PUBLICITÁRIA . CLIPPING DE JORNAIS E REVISTAS . RELACIONAMENTO COM COMUNIDADE .

Cada vez mais a comunicação ganha um espaço estratégico nas organizações. É por meio dela que as empresas se relacionam com seus colaboradores, consumidores, fornecedores, parceiros e comunidade. A comunicação mobiliza, incentiva, explica, faz negócios. Não fique parado enquanto seus concorrentes saem na frente. Fale conosco.

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Cinco anos transformando conceitos.

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Emalto estuda unidade para Oil & Gas. Leia muito mais.

Painel10

Raimundo Anício, sócio-fundador da Cipalam e pioneiro de Ipatinga

Personagem19

O mercado de construção civil entra em alerta na maior cidade do Vale do Aço

Capa22

Conheça José Maria Facundes, presidente do Sindicomércio Vale do Aço

Bate-papo36

Mais de 200 empresas realizam o Peiex e vislumbram o mercado externo

Mercado39

Incertezas na capital do inox, Usiminas crescerá 25% e Vale quer dobrar de tamanho

Panorama44

Sinpava não representa somente padarias. Indústrias de alimentação aderem ao sindicato

Associativismo54

Coronel Fabriciano prepara Distrito Industrial 2

Infraestrutura64

Perguntas e Respostas sobre a Lei da Aprendizagem

Seu Negócio74

Faça o dever de casa e tome atitudes realmente sustentáveis

Antes de abrigar Fundação ArcelorMittal Acesita, prédio em Timóteo era hotel

Sustentabilidade

Cultura

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GASTRONOMIATURISMOVELOCIDADETECNOLOGIAVIVER BEM

Saiba o que as entidades que representam a indústria estão fazendo pela sua empresa

Happy Hour

Giro

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Márcio Augusto Vasconcelos Nunes: presidente da Gasmig fala sobre o gasoduto Vale do Aço e as perspectivas com a descoberta de novas reservas de gás natural em Minas Gerais

Entrevista59

Instituto Qualidade Minas reconhece cinco empresas no Vale do Aço. Disbam e Convaço se destacam e recebem troféu

Prêmio de qualidade70

Índice

Universo Totvs, posse da Confederação Nacional da Indústria e Baile da Asseit

Eventos42

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A Negócios Industriais® é uma publicação trimestral da Letra de Forma Comunicação ISSN 2178-0706

P2SA COMUNICAÇÃO LTDA | CNPJ 07.291.053/0001-58Rua Marília, 33 A, Bela Vista, Ipatinga-MG CEP 35160-194

EDITORPaulo Assis | MG [email protected]

DIRETORJosé Geraldo de [email protected]

DIRETOR FINANCEIROCarlos Alberto S. [email protected]

EDITOR DE ARTEGabriel Tô[email protected]

JORNALISMOAline Alves e Paulo [email protected]

PARA ANUNCIARDaniele Assis e Aline [email protected]@negociosindustriais.com(31) 3823-1316

REVISÃOAgna Ferreira Rodrigues e Silva

[email protected]

FOTO DA CAPAGrão [email protected]

CARTAS À REDAÇÃOComentários sobre o conteúdo editorial, sugestões, releases e críticas às matérias - [email protected]

ASSINATURASPara receber a Revista Negócios Industriais entre em contato pelo telefone 31 3823-1316 ou e-mail [email protected].

IMPRESSÃOGráfica Damasceno

A cada edição a Revista Negócios Industriais cresce - em número de páginas, apoiadores e informações - e se desenvolve. O exemplar que está em suas mãos apresenta importantes mudanças editoriais e de conteúdo, sempre buscando tornar a revista mais interessante para o leitor.

O “Painel” ganhou mais espaço e resume os principais fatos da in-dústria do Vale do Aço. Uma nova seção foi criada para home-nagear os personagens do setor produtivo. Escolhemos o pioneiro de Ipatinga, Raimundo Anício, sócio-fundador da Cipalam, para estrear o espaço “Personagem”.

Em parceria com a Fiemg Regional Vale do Aço, criamos a colu-na “Financiamentos”, que vai orientar os empresários com dicas da Assessoria em Financiamentos da Fiemg sobre linhas de crédito do BDMG e BNDES.

Não é só. Dois cadernos serão veiculados em todas as edições: “Giro”, com as informações das entidades que representam a in-dústria no Vale do Aço - Sindivest, Sinduscon e Sinpava estreiam o espaço cedido pela revista - e “Happy Hour - A vida não é só traba-lho”, que traz reportagens sobre turismo, tecnologia, gastronomia, automóveis e uma coluna que aborda a saúde, escrita por Carlos Magno, mestre em Educação Física e integrante do Ministério do Esporte.

Toda essa evolução para criar um produto de qualidade e que reflita os anseios dos diversos segmentos da indústria regional só é possí-vel com o apoio de nossos parceiros, patrocinadores e colunistas. A eles dedico esta terceira edição.

Boa leitura

Paulo AssisEditor

AS NOVIDADES NãO PARAM

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ISSN 2178-0706

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A GASMIG é uma das distribuidoras de gás natural de maior crescimento no país. Nos últimos sete anos, o volume de gás distribuído pela empresa passou de 381,3 milhões para 662,7 milhões de m³/ano. Além disso, a GASMIG mais do que triplicou o tamanho de sua rede de distribuição, que neste ano atingirá 800Km de extensão. Mais de 1 bilhão de reais foram investidos, gerando milhares de empregos e contribuindo diretamente com o desenvolvimento de Minas, que é um dos estados que mais cresce e atrai investimentos no Brasil.

CRESCE A GASMIG,CRESCE O NOSSO ESTADO.EM 7 ANOS, A REDE DA GASMIG CRESCEU 245%.

232,2 KM

800 KM

2003 2010

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Colunas

Daniele Lima, engenheira sanitarista e ambiental da Fonte Ambiental

Ambiental67Ronaldo Soares, assessor da Central de Negócios Metalmecânica e autor do blog Negócio Já

Marketing39Nathaniel Pereira, sócio da NTW Contabilidade e Gestão Empresarial

Contábil49Charles Magalhães, diretor da Essentiali Consultoria e Treinamento

Gestão55

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O aço inox da ArcelorMittal Inox Brasil ajuda a construir o futuro e promover o desenvolvimento em várias áreas. Na arquitetura, ele permite a criação de construções arrojadas e de grande praticidade. O agronegócio também já descobriu suas vantagens, como a qualidade, a durabilidade, a higiene e o excelente custo-benefício. O aço inox ainda marca presença na exploração do petróleo e do pré-sal, com a sua altíssima resistência mecânica e à corrosão.Assim, com grandes projetos para a arquitetura e para o Brasil, a ArcelorMittal segue transformando o amanhã.

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Painel

Na foto, Humberto Lopes, Márcio Augusto Vasconcelos Nunes, Djalma Bastos de

Morais, Naohiro Doi, Paulo Brant e Sérgio Alair Barroso acionam a chama que marca

o início das operações do Gasoduto no Vale do Aço.

João Rabelo

GASODUTO ENTRAEM OPERAÇÃO

278 kmR$ 700.000.000,002.300.000 m3

O trecho do gasoduto Vale do Aço após João Monlevade e até Belo Oriente entrou, oficialmente, em operação no dia 29 de setembro. A solenidade de início das atividades ocorreu na Cenibra, em Belo Oriente, e contou com a parti-cipação do presidente da empresa, Paulo Brant, do secretário de Desenvolvimento de Minas Gerais, Sérgio Barroso, do presidente da Gasmig, Márcio Augusto Nunes, e do presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais. Junto com o prefeito de Belo Oriente, Humberto Martins, e o diretor administrativo e financeiro da Cenibra, Naohiro Doi, eles acionaram o terminal.A obra, que liga Ouro Branco a Belo Oriente, teve um investimento de R$ 700 milhões e 278 quilômetros de extensão. O gasoduto tem uma capacidade de transporte de 2,4 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia. “Onde o ga-soduto chega o desenvolvimento industrial e o desenvolvimento econômico também chegam. Não tem lugar nenhum no mundo onde o gás natural chegou e não houve desenvolvimento”, afirmou Sérgio Barroso. De acordo com ele, ainda no primeiro quadrimestre de 2011 será apresentado o projeto para levar a tubulação até a cidade de Governador Valadares.

QUEDA NO PREÇOA descoberta de reservas de gás natural na cidade de Morada Nova de Minas, região do Baixo São Francisco, vai permi-tir uma queda de até 70% no preço da matriz energética em Minas Gerais. Hoje, o valor médio está na casa de 8 dólares por milhão de BTU. A expectativa é que o valor oscile entre 3 e 4 dólares. Segundo estimativas da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, o produto poderá, inclusive, ser usado para a produção de energia elétrica.

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PAINEL

Sebrae Ipatinga O Sebrae Minas tem sede nova em

Ipatinga. Desde o dia 8 de no-vembro, a entidade promove suas

atividades na avenida Monteiro Lobato, 63, bairro Cidade Nobre, em Ipatinga. No novo ambiente,

o Sebrae oferece atendimento ex-presso com acesso às mídias digitais (consultoria online e chat), salas de atendimento individuais e coletivas

e auditório com capacidade para 60 pessoas. A equipe é composta

por cinco técnicos, um assistente e dois estagiários. Eles desenvolvem projetos e realizam atendimentos

coletivos e individuais. Informações: 3822-4699

Mangueiras e ConexõesA Hitorin Mangueiras e Conexões abriu no final de outubro uma loja

na Avenida Cláudio Moura, no Centro de Ipatinga. Há 10 anos no

mercado, ela já possui unidade na cidade para atender à demanda das

grandes indústrias. Agora, a Hitorin adota a estratégia de também focar

o mercado em geral, incluindo pequenas e médias empresas e o

consumidor final.

Pesquisa para setor naval e de óleo e gás A Usiminas lançou em novembro, no Parque Tecnológico do Rio/UFRJ, a pedra fundamental do Centro de Tecnologia Usiminas. A siderúrgica ocupa-rá uma área de 3,6 mil metros quadrados no Parque Tecnológico, localizado na Ilha da Cidade Universitária. Em 2011, deverão ser iniciadas as obras do centro. Segundo o vice-presidente de Negócios da Usiminas, Sergio Leite, o objetivo do projeto é desenvolver novas tecnologias de aplicação de aços para os setores de Petróleo e Gás, Naval e Offshore, com foco no atendimento às demandas da exploração da camada pré-sal. O Parque Tecnológico foi inau-gurado em 2003 com o objetivo de estimular a interação entre a universidade - seus alunos e corpo acadêmico - e empresas que fazem da inovação o seu cotidiano. São 350 mil metros quadrados, destinados a abrigar empresas de setores intensivos em diferentes áreas de conhecimento.

Prêmio de Sustentabilidade

O idealizador do Projeto Xerimbabo Usiminas e supervisor do Zoológico do Centro de Biodiversidade da Usiminas, Lélio Costa e Silva, foi um dos home-nageados da primeira edição do Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza que reuniu os principais nomes da ecologia em Minas Gerais. Para Lélio, a premiação assume uma conotação especial por trazer o nome da-quele que fora seu grande mestre. “Pude aprender muito com o Hugo Werneck, que foi um grande admirador do Projeto Xerimbabo e chegou a nos visitar por três vezes. Fiquei bastante emocionado e orgulhoso por receber essa premiação, que soma um compromisso ainda maior ao nosso trabalho”, afirmou.O Projeto Xerimbabo é uma das maiores e mais duradouras iniciativas de edu-cação ambiental do País. Em 2010, chegou a sua 26ª edição e superou a marca de mais de dois milhões de visitantes.

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Bruna Lage

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Economia com o coqueA terceira coqueria da Usiminas, em Ipatinga, entrou em funcionamento no final de setembro. A siderúrgica inves-tiu R$ 707 milhões no equipamento que terá capacidade produtiva de 750 mil toneladas de coque por ano. Em nota, a empresa prevê a autossuficiência em coque na usina de Ipatinga até 2013. Com toda a demanda da usina de Ipatin-ga suprida pela produção própria de coque, a Usiminas prevê uma economia de até R$ 250 milhões por ano, considerando a cotação atual do insumo.

Emalto Oil & GasO Grupo Emalto, de Timóteo, estuda a criação de uma terceira unidade exclusiva para atender o setor de petróleo e gás. O investimento estimado é de R$ 30 milhões. De acordo com o di-retor administrativo da empresa, Alexandre Torquetti Jr, a nova planta industrial poderia ser em Minas Gerais, Espírito Santo ou Rio de Janeiro. “Ainda estamos na fase de análise de viabilidade do projeto, mas a decisão tam-bém vai depender das políticas de incentivo praticadas pelos Estados”, antecipou à Negócios Industriais.

Senai em São GonçaloO presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Jr, e o presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Luciano Araújo, inauguraram no dia 10 de setembro a unidade do Senai em São Gonçalo do Rio Abaixo. Centro de Formação Profissio-nal José Fernando Coura, uma homenagem ao presidente do Sindextra (Sindicato da Indústria Mineral de Minas Gerais), tem capacidade para atender até 450 alunos com cursos de aprendizagem em mecânica e elétrica, curso técnico em mecânica e aperfeiçoamento em hidráulica. A unidade já qualificou 454 pessoas desde o início das atividades e man-tém atualmente 208 matriculados.

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Itaú Empresas em IpatingaO Itaú abriu em Ipatinga uma agência exclusiva de atendimento para pequenos e médios empresários. “As pequenas e médias empresas estão desempe-nhando um papel muito importante no crescimento do País e a tendência é que ganhem ainda mais relevância daqui para frente. Dedicamos um espa-ço exclusivo para esse público, com profissionais qualificados para atender o cliente em todas as suas necessidades”, explica José Roberto Haym, diretor-executivo da Área Empresas do Itaú Unibanco. A plataforma de Ipatinga localiza-se na rua Maria J. Selim de Sales, 15.

Mineração UsiminasA Usiminas e a Sumitomo Corporation assinaram os contratos definitivos para a criação da joint venture Mineração Usiminas. A empresa prevê o desenvolvimento de um projeto integrado que inclui a exploração e operação de ativos minerários na região de Serra Azul-MG, o desenvolvimento de atividades de logística relacionadas ao transporte de minério de ferro e a criação e elaboração de alternativas portuárias para exportação do minério de ferro produzido. O plano da Mineração Usiminas prevê investimentos de R$ 4,1 bilhões até 2015, que serão aplicados em projetos de instalações industriais, equipamentos, barragens e terminais de embarque, dentre outros. As minas fecharão 2010 com 7 milhões de toneladas. Com novos investimentos, em 2015 a produção de minério alcançará 29 milhões de toneladas.

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PAINEL

Esporte e IntegraçãoSessenta tenistas, entre empresários e colaboradores de indústrias do Vale do Aço, disputaram em setembro a terceira edição do Circuito Sesi de Tênis, no Clube Morro do Pilar, em Ipatinga. O torneio fez parte dos Jogos do Sesi e foi classificatório para a etapa estadual do torneio. Diretor industrial da Usiminas, Francisco Amério ressaltou a importância do momento de lazer numa região industrial. “Esse evento da Fiemg é uma atividade muito importante para todos nós. É um evento de lazer onde estamos junto com as famílias, com os empresários, onde se discutem os problemas da região, mas compartilhando um momento de lazer.”

Cooperação na área tecnológicaA Unipac Vale do Aço e RSI Sistemas, empresa com sede em São Paulo, assinaram no final de outubro convênio de coopera-ção técnica. O documento foi assinado pelo diretor-acadêmico Júlio César Alvim e pelo diretor da RSI, José Roberto Murillo Zamora. A empresa poderá uti-lizar o Laboratório de Informá-tica da Unipac para desenvolver seus projetos. Em contrapartida, a RSI vai contratar estagiá-rios dos cursos de Ciência da Computação e de Sistemas de Informação para atuação em projetos.

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Gás Naturalna CipalamA Cipalam, indústria de perfis laminados com sede em Ipatinga, prevê uma economia de até 20% no consumo de energia com a adoção do gás natural. A empresa, que hoje utiliza óleo diesel, assinou contrato com a Gasmig e espera que o ramal chegue à sede ainda no primeiro bimestre de 2011, conforme o gerente da Cipalam, Morton Ferreira Alves.Já as empresas instaladas nos distritos industriais do Vale do Aço também poderão ser beneficiadas. O presidente da Gasmig, Márcio Augusto Vas-concelos Nunes, disse à NE-GÓCIOS INDUSTRIAIS que onde houver volume será possível levar o gás natural. Ele ressaltou, no entanto, que a venda é individualizada.

CEO do Segmento Inox visita TimóteoO novo CEO do Segmento Inox da ArcelorMittal, Bernard Fontana, visitou a unidade de Timóteo nos dias 14 e 15 de outubro. A vinda dele ao Brasil faz parte de um roteiro de visitas às empresas do segmento como o novo CEO. Além de Timóteo, Fontana visitou no Brasil o Centro de Serviços de Campinas e a ArcelorMittal BioEnergia, em Capelinha. Bernard Fontana substitui Jean-Yves Gilet, que deixou o cargo em setembro deste ano e assu-miu o cargo de diretor geral do Fundo estratégico de Investimento Francês (FSI).

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Novos equipamentosAilton Duarte, diretor da CMI Montagem Industrial, empresa com sede em Ipatinga, esteve na Itália e na China em outubro para buscar novas tecnologias para sua indústria.

ISO 9001:2008A Soldaloc, locadora

de equipamentos para a indústria metalmecânica e construção civil, com sede em Ipatinga, conquistou a

certificação ISO 9001:2008 pela DNV.

Projeto MutumEm 20 anos, o Projeto Mutum, realizado na Fazen-da Macedônia, em Belo Oriente, já possibilitou a soltura do mutum-do-sudeste (Crax blumemba-chii), do macuco (Tinamus solitarius), da capoeira (Odontophorus capueira), do jaó (Crytpturellus n. noctivagus), do inhambuaçu (Crytpturellus obsole-tus), do jacuaçu (Penelope obscura) e da jacutinga (Pipile jacutinga). Esses são alguns resultados da ação que completou 20 anos. O projeto é realizado por meio de um acordo de cooperação técnico-científica entre a Cenibra e a Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (CRAX), entidade não governamental, sediada em Contagem (MG). De acordo com a empresa, cerca de 20% da população mundial da ave Mutum encontra-se nas áreas da Cenibra.Jo

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Indústria de bebidasO verão 2011 promete ser o melhor de todos os tempos para o setor de cervejaria bra-sileiro. Responsável por 40% do consumo anual, o período é aguardado com otimismo pela Ambev, maior cervejaria do Brasil. A empresa espera um aumento de pelo menos 15% na demanda. No Vale do Aço, a Disbam acredita que o resultado seguirá a tendência nacional, informou à revista Amantino Alves Filho, diretor da empresa.

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Controle natural de pragas do eucaliptoCleber Ribeiro Junior, professor do UnilesteMG, teve um artigo científico sobre controle natural das pragas do eucalip-to publicado na revista Pesquisa Agropecuária Brasileira, editada pela Embrapa. Segundo a assessoria de imprensa da Universidade, a pesquisa tem como objetivo observar a ação de vespas como agentes de controle de pragas em agros-sistemas, uma vez que estes insetos são predadores de lagartas desfolhadoras de eucalipto, consideradas atualmente uma das principais pragas dessa monocultura. “Chegamos à conclusão que a espécie estudada apresenta potencial como agente controlador biológico, podendo contribuir para a preservação do meio ambiente ao reduzir o uso de produtos químicos como pesticidas”, disse Cleber.O artigo, intitulado Uso da Vespa Social Polistes versicolor no Controle de Desfolhadores de Eucalipto, foi produzido em parceria com os pesquisadores Thiago Elisei e Juliana Vaz e Nunes, da Universidade do Estado do Amazonas; Aluisio José Fernandes Júnior, da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e Fábio Prezoto, da Universidade Federal de Juiz de Fora. O conteúdo integral do trabalho pode ser consultado no endereço eletrônico http://webnotes.sct.embrapa.br/pab/pab.nsf/FrAnual.

PARTICIPE DO PAINEL: conte-nos o que sua empresa está fazendo: investimentos, aquisições, prêmios, etc.Escreva para [email protected]

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PERSONAGEMq u e m f a z a i n d ú s t r i a

A história do empreendedor que estréia a coluna “Personagem” se confunde com a trajetória do Vale do Aço. Raimundo Anício Alves nasceu no

dia 7 de dezembro de 1919, poucos anos antes de a es-trada de Ferro Vitória-Minas cruzar as terras da região metalúrgica mineira. Natural de Ferros, traçou sua vida com as indústrias. No início da década de 40, atuou pela Companhia Ferro-Brasileiro na fabricação de carvão, produto fornecido para a siderúrgica Belgo-Mineira, em João Monlevade. Já casado com Dona Ita Drumond Andrade, mudou-se para Jaguaraçu, trabalhando no mesmo segmento em sociedade com seu sogro. Mas o trabalho exigia longas caminhadas no lombo de animais, aquilo não fez bem à sua saúde e ele precisou parar.

Raimundo Aníciofundador da Cipalam

Em dezembro, ele completa 91 anos: pioneirismo é a

palavra-chave em sua trajetória

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PERSONAGEM

Em 1953, numa viagem a Salto Grande, uma parada do ônibus no então Distrito de Ipatinga despertou uma oportunidade nova. Um amigo de Raimundo Anício o avistou e, in-satisfeito com a atividade no comér-cio, propôs a venda.

Dias depois o negócio foi fecha-do e, em julho daquele ano, chegou com a esposa e os quatro filhos José Edélcio, Geraldo Éder, Eustáquio e Edilar e os filhos de coração (irmãos mais novos de Raimundo, que vie-ram com ele após a morte do pai) àquela terra onde havia poucos bar-racos e mínimos sinais de desenvol-vimento.

A construção das Usinas Siderúr-gicas de Minas Gerais, a Usiminas, ainda não era uma realidade. As obras começariam cinco anos mais tarde, com a visita do então presi-dente JK, solenidade da qual nosso personagem também participou.

No Distrito de Ipatinga, Raimun-do Anício tornou-se comerciante e político (foi vereador de Coronel Fabriciano quando Ipatinga ainda pertencia a hoje cidade vizinha). Quando Ipatinga foi emancipada, foi convidado pelo então governador Magalhães Pinto para ser o primeiro prefeito da cidade. Convite que re-cusou.

“Acreditava eu que só um adminis-trador livre, sem vínculos arraigados e sem um círculo tão grande de ami-zades, como o meu, poderia iniciar o processo livre de construção da nova cidade”, disse, há algum tempo.

A participação na vida pública o levou às causas sociais. A convite do amigo Emílio Gallo iniciou a parti-cipação no Lions Clube, entidade da qual foi governador do distrito 27, que à época ia de Santa Bárbara à divisa com a Bahia, e hoje mantém uma fundação que leva seu nome.

Por mais de duas décadas, a rela-ção com a indústria foi interrompi-da. Na década de 80, uma oportuni-

dade surgiu para família Drumond Alves. Em dificuldades financeiras, a Companhia Mineira de Lamina-ção foi comprada e transformou-se na Companhia Ipatinguense de La-minação, ou simplesmente Cipalam Indústria e Comércio de Lamina-dos.

Em 2001, o empresário foi es-colhido para receber a comenda de Mérito Industrial, oferecida pela Fiemg e entregue pelas mãos do en-tão presidente Stefan Bogdan.

Localizada no bairro Iguaçu, a fábrica possui 40 mil metros qua-drados e gera quase 500 empregos diretos. Uma nova unidade, a Lami-nados Paraíso, está sendo construída em um terreno de 200 mil metros

quadrados, em Santana do Paraíso, na saída para Governador Valadares.

No ano passado, a Cipalam con-quistou o Prêmio Regional de Qua-lidade Vale do Aço, oferecido pelo Programa Mineiro de Qualidade e Produtividade. Raimundo Anício foi lá, ao lado da família e diretores da empresa, receber o troféu. O prê-mio reflete o espírito de inovação da empresa.

A história de Raimundo “daria uma novela”, nas palavras dele pró-prio. Não virou novela, mas um livro. “Nossa Vida, Nossa Gente, Uma fe-liz trajetória” é a história da cidade, da região, que se confunde com a fa-mília Drumond Alves, nas palavras de Dona Ita.

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SINAL AMARELO NA CONSTRUçãOSegundo empresários, ciclo de crescimento na maior cidade do Vale do Aço está chegando ao fim com incertezas sobre Plano Diretor e restrições impostas em Termo de Ajustamento de Conduta. Estatísticas comprovam que boom do setor é provocado por obras na Usiminas

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Bairros Horto e Santa Mônica: ações na Justiça e reclamação de moradores para impedir a

verticalização

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CAPA

Projetos parados, indefinição e es-tado de alerta. Esta é a atual situa-ção da construção civil em Ipatinga. Depois de um ano nada favorável ao setor, construtores, arquitetos e fornecedores ouvidos pela “Negó-cios Industriais” declaram apreensão

quanto ao que estar por vir.“Hoje não temos o mercado aque-

cido como tempos atrás”, declara Wallace Barreto, presidente da Asso-ciação dos Profissionais da Constru-ção Civil do Vale do Aço e proprietá-rio da WR Construtora.

O MOTIVO DASRECLAMAÇÕES

Segundo os próprios construtores ouvidos pela reportagem, a maioria dos lotes disponíveis em Ipatinga possui 360 metros quadrados. Antes do TAC, conforme constatação do Ministério Público, alguns empreendimentos ocupam mais de 100% da área (com invasão sobre a calçada). O TAC determinou limites. Afastamento lateral de 2,5 metros (em cada lado) e de 3 metros na frente e fundos. Logo, um lote de 360 metros quadrados contará com apenas 168 metros.

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Nem sempre as estatísticas refletem a reali-dade. Pelo menos é isso que atestam os em-presários da construção civil de Ipatinga.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego revelam um ano maravilhoso para o setor: 3.181 novos empregos foram criados entre janeiro e setembro. Logo, a construção imobiliária vive um boom de desenvolvimento. Certo? Errado.

Walace Barreto: incertezas paralisam investimentos dos

construtores

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25negociosindustriais.com

CAPA

Segundo o construtor, enquanto as leis complementares ao Plano Di-retor não forem elaboradas e imple-mentadas vão imperar as restrições do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a Prefeitura, e Ministério Público no final de abril de 2010; consequentemente não ha-verá desenvolvimento e investimen-tos na construção civil (leia o quadro e entenda a polêmica).

Com apenas uma grande obra em andamento, o engenheiro Artur Boli-var Moreira já perdeu três projetos re-correntes ao TAC. Para ele, as restri-ções impostas pelo Termo deixaram os lotes mais caros e inviáveis para a construção, devido à redução dos coeficientes de aproveitamento e, no caso de prédios, redução no número de pavimentos e recuos (Quadro “O motivo das reclamações”).

“A cidade tem que crescer vertical-mente e não restritamente, precisa-mos urgente de uma lei de uso e ocu-pação do solo, estamos caminhando na contramão da evolução mundial do urbanismo”, afirmou.

Indignado, o engenheiro cobra uma postura do Legislativo. “A pro-motoria nomeou profissionais de Ouro Preto para definir as leis de uso e ocupação do solo da nossa cidade. Isso é totalmente inaceitável, esses profissionais não vivem a nossa rea-lidade, não convivem com as nossas demandas, pelo contrário, vivem em um município muito diferente do nosso”, se referindo ao clima, idade e economia da cidade.

Com as restrições, cerca de 150 projetos estão parados na Prefeitu-ra, segundo os próprios empresários. Isso representa emprego de dois anos para pedreiros, serventes e mestres de obras diretamente.

A expectativa é de que as leis com-plementares ao Plano Diretor sejam aprovadas no primeiro semestre de 2011. Enquanto isso não acontece, os construtores se dedicam às obras que

OUTUBRO DE 2006 - PLANO DIRETOR É APROVADONo governo de Sebastião Quintão, o plano diretor de Ipatinga foi aprovado em outubro de 2006 pela Câmara Municipal de Ipatinga. O passo seguinte foi a elaboração das Leis Complementares.

AGOSTO DE 2007 – FUNDEP É CONTRATADAA Fundep, entidade ligada à UFMG, foi contratada por R$ 748 mil pela Prefeitura Municipal de Ipatinga para elaborar as Leis Complementares ao Plano Diretor, notadamente a Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo; Lei de Obras ou de Edificações; Código de Posturas ou de Polícia Administrativa; Código de Meio Ambiente; Código Sanitário; e Código Tributário.

DEZEMBRO DE 2008 – CONTRATO É SUSPENSOPor suspeitas de irregularidades na execução do contrato (subcontratação e plágio de projetos de outras cidades) uma ação civil proposta pelo Ministério Público e acatada em parte pelo Judiciário suspendeu o contrato. O caso ganhou repercussão em fevereiro de 2009, dias antes da cassação, por motivos eleitorais, do ex-prefeito Sebastião Quintão.

DEZEMBRO DE 2009 – VETO ÀS CONSTRUÇÕESDe acordo com o Ministério Público, o governo provisório de Robson Gomes não tomou medidas consideradas necessárias para elaboração das leis complementares. Em dezembro de 2009, a Justiça determina a proibição da expedição de alvarás para construção de edificações de “grande impacto urbanístico”.

JANEIRO DE 2010 – NOVO CONTRATOGoverno provisório contrata, por dispensa de licitação, ao custo de R$ 832 mil, Fundação Gorceix, para dar seguimento ao trabalho que caberia à Fundep.

ABRIL DE 2010 – TAC É ASSINADOTermo de Ajustamento de Conduta é assinado prevendo restrições às construções até a implementação das leis complementares, prevista para ser concluída em maio de 2011.

AGOSTO DE 2010 – GRUPO DE TRABALHODecreto municipal forma Grupo de Trabalho Ampliado (GTA) e estima conclusão dos trabalhos em 14 meses contados a partir de agosto.

NOVEMBRO DE 2010 - OFICINASComeçam, na última semana de novembro, as oficinas para atualização e revisão do Plano Diretor Participativo (PDP) e legislação complementar. Os trabalhos são acompanhados por técnicos da Prefeitura Municipal e da Fundação Gorceix, que presta assessoria ao projeto. Além disso, os Grupos Executivo e de Trabalho Ampliado vão produzir relatório. Os encontros são para esclarecimento à comunidade sobre a revisão do Plano Diretor. Neste mês de dezembro, uma nova rodada de encontros com a comunidade serã realizada.

Fontes: Prefeitura Municipal de Ipatinga, Câmara Municipal de Ipatinga, Termo de Ajustamento de Conduta

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28 negociosindustriais.com

CAPA

já estavam em execução. Afinal, o fa-tor incerteza reina em relação à ma-nutenção ou não das restrições.

O engenheiro civil Heyder José Dias Franco tem concentrado suas obras fora de Ipatinga. Com projetos na capital mineira, Poços de Caldas, Uberaba e Montes Claros, Heyder, que hoje tem apenas 5% de seus ser-viços em Ipatinga, lembra que há dois anos tinha 70% de seus projetos no município. “Se eu não gostasse tanto de Ipatinga teria ido embora”, conta.

Em seu escritório, ele ainda lembra que esse ano contratou dois desenhis-tas, mas para atender às demandas de outras cidades. “Aqui em Ipatinga o mercado está muito ruim: enquanto o país incentiva a construção civil, te-mos um promotor que dá as cartas e não nos dá o mínimo de incentivo”.

Há 37 anos no mercado e com um histórico de mais de 100 mil metros quadrados de obras já realizadas, o arquiteto e engenheiro civil Almir Oliveira acredita que os impactos da construção civil ainda serão sentidos nos próximos anos. “Ipatinga terá uma recuperação lenta; depois da de-finição das leis complementares vem o período de adaptação, nosso merca-do deve voltar ao normal daqui a uns 2, 3 anos”, apostou.

DECEPÇÃO“Tínhamos uma expectativa boa

para esse ano, mas não foi o que aconteceu”. De acordo com Cleidson Gomes Mendes, gerente do Gomes Construção e Utilidades, todos os projetos e investimentos do depósito foram reavaliados e adiados devido à ligeira queda nas vendas e ao mo-mento de instabilidade. “Esse ano não tivemos contratação, pelo con-trário, estou segurando para não de-mitir”, declarou. Para Cleidson, fim do ano não é uma época favorável à venda no ramo da construção devido ao período de chuvas. Com o que ele não contava é que o ano teria um

RAIO-xA REALIDADE ATRáS DOS NúMEROSO detalhamento das contratações por empresas de construção em Ipatinga revela que o segmento industrial é o responsável pela maior parte dos empregos gerados, enquanto o imobiliário não tem grande participação. A função de pedreiro, por exemplo, sequer figura entre as dez mais, com apenas 32 vagas criadas em 2010.

SERVENTE DE OBRAS 657SOLDADOR 228INSTALADOR DE TuBuLAÇÕES 209MECâNICO DE MANuTENÇãO 176ALIMENTADOR DE LINHA DE PRODuÇãO 130MOTORISTA 98AuxILIAR DE ESCRITóRIO 93APONTADOR DE PRODuÇãO 75OPERADOR DE ESCAVADEIRA 70ALMOxARIfE 67

fONTE: MINISTéRIO DO TRABALHO (JAN/AGO 2010)

Josimar, da Damatel, diz acreditar que alternativa é buscar clientes em

outras cidades do Vale do Aço

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Page 29: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

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CAPA

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CAPA

rendimento bem abaixo do esperado. Segundo um dos abaixo do esperado. Segundo um dos maiores distribui-dores de cimento do País, houve uma queda de 27% no faturamento com o produto no Vale do Aço.

Já Rafael Dias Junior, gerente da Loja Elétrica, filial Ipatinga, resume o ano como bom e de recuperação pós-crise. A loja que está no mercado há apenas três anos em Ipatinga não sentiu tanto a queda nas vendas por ter como principais clientes grandes indústrias da região.

Responsável por 30% das vendas da loja, a construção civil deu sua parcela de contribuição para o crescimento do faturamento de aproximadamente 40% em relação ao ano passado. Ra-fael declara ainda que dobrou o nú-mero de funcionários. Mas ele alerta: o resultado positivo se deve aos pro-jetos que já estavam em andamento. “Minha perspectiva para o próximo

ano é de que apesar das dificuldades do setor no município, as obras sur-jam naturalmente”.

Da sua sala Josimar Ferreira de Al-varenga, proprietário da Damatel ma-teriais elétricos, observa e nos justifica a queda das vendas. “Os funcionários de manhã tinham dificuldade em pa-rar para tomar café devido ao fluxo de clientes; hoje caiu muito essa rotativi-dade”, explica. E completa: “outubro, estimado como um mês muito bom para nosso setor, teve uma retração de 40% em relação ao mesmo período do ano passado”, ressaltou.

O empresário diz que 80% de seus clientes são diretamente ligados à construção civil e declara que para fu-gir da recessão que ronda o município está em busca de novos clientes nas cidades vizinhas. “Espero que essa si-tuação do plano diretor se regularize em breve. Muitos empregos estão em risco”.

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CAPA

INCOERÊNCIAMas, afinal, se o número de empre-

gos cresceu, por que os empresários da construção civil estão reclamando? Primeiro, conforme representantes da classe, há uma distorção nas estatís-ticas. Quando se fala em construção civil, incluem-se as grandes emprei-teiras da Usiminas, que tem feito su-cessivos investimentos em sua usina de Ipatinga.

Em 2010, apenas as obras de cons-trução da terceira coqueria e da nova linhas de aço CLC geraram cerca de 7 mil empregos diretos no pico das atividades, conforme estimativas da própria Usiminas, que investiu R$ 1,2 bilhão.

Um segundo ponto, que poucos empresários do Vale do Aço mencio-nam abertamente, é a intensificação do trabalho do Ministério do Traba-lho e Emprego, que obrigou a regula-rização de centenas de profissionais.

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Page 32: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

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CAPA

DEPOIS DO MORROQuando se passa pelo Morro da

Usipa a caminho de Coronel Fabri-ciano e Timóteo, onde as amarras do TAC da Construção Civil não atingem, e não há obras industriais vultosas que impactam diretamen-te nas estatísticas do Ministério do Trabalho, a realidade é outra.

Em Timóteo, o proprietário da Primus Construtora, Crystian Cos-ta, confirma o bom momento da construção civil e nomeia o Progra-ma Habitacional “Minha Casa, Mi-nha Vida”, criado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como o principal responsável.

“Com os subsídios do governo as pessoas com renda assalariada têm tido condições de morar melhor, e com isso melhora toda a cadeia produtiva, isso influencia muito na venda de um imóvel”. Mas nem isso foi capaz de manter o nível de empregabilidade. Até setembro, o

saldo negativo chegou a 687 vagas com carteira assinada.

Com um aumento de 20% no faturamento até o momento em relação ao ano passado, Crystian aposta na inovação em seus proje-tos. “Procuramos trazer novidade e algo de bom para o Vale do Aço. O nosso próximo projeto é lançar um chacreamento em Ipaba e casas ge-minadas em Timóteo e Santana do Paraíso”, enfatizou.

Em Coronel Fabriciano, onde 341 novos empregos foram criados na construção civil entre janeiro e setembro, as opiniões se divergem. Para o empresário Geovane Franco, sócio-proprietário da Franco Maia Construtora, o programa não em-placou na cidade de Coronel Fabri-ciano devido à falta de investimen-tos em empreendimentos de menor custo. “O mercado em Fabriciano está aberto, falta oferta”, comple-tou.

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afiaR$ 224

BILHÕESA conjunção da expansão do cré-

dito imobiliário, o incentivo do go-verno federal às moradias popula-res, como o programa Minha Casa, Minha Vida, e os investimentos em infraestrutura, incluídos num gran-

de pacote chamado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),

é responsável pelo melhor mo-mento da construção civil nacional

nas últimas duas décadas.

Em 2010, segundo analistas do mercado, a construção civil será

responsável por 10% do Produto Interno Bruto Brasileiro. No ano

passado, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, a cadeia

produtiva do setor somou R$ 224 bilhões, proporcionando 10

milhões de empregos. Atualmen-te 40% das obras estão no setor

imobiliário, 35% em obras pesadas e 25% em construções industriais.

Sem grandes obras de infraestru-tura na região, os construtores re-gionais focam no setor imobiliário

e no industrial – que tem sustenta-do os bons resultados nos últimos

anos. O problema, segundo os empresários, é a expansão das mo-radias populares. Em Ipatinga, por

exemplo, devido às dificuldades de encontrar terrenos, os projetos

ficam engavetados.

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CAPA

Geovane Franco afirma que mercado está aquecido para as vendas de imóveis e lotes, não para a construção civil. Esse ano foi um ano razoável.

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CAPA

Ex-delegado do Sinduscon no Vale do Aço e diretor da Cassen Engenharia, Cassius de Asssis Car-valho, espera manter o nível de cres-cimento dos últimos seis anos. No entanto, o empresário prevê alguns reflexos negativos oriundos do au-mento de demanda em longo prazo, como dificuldade na contratação de mão-de-obra e aumento no valor de equipamentos.

“Diria que o problema da mão-de-obra é nacional. Sentimos essa falta na região como um todo. A so-lução seria investir em treinamento. Com o Senai em Ipatinga, já co-meçamos a resolver parcialmente

essa dificuldade, mas ainda é mui-to pouco. É preciso oferecer muito mais vagas para realmente suprir o problema”, ressaltou.

“Exportamos muita mão-de-obra para as capitais, o que agravará ain-da mais a questão de escassez dela com a Copa do Mundo e as Olimpí-adas no Brasil. Sentiremos também o reflexo nos prazos de entrega de equipamentos, ferramentas e mate-riais, oferta para locação e prováveis aumentos de preços. A indústria ligada ao setor está se preparando para este incremento de demanda, basta saber se ocorrerá no prazo e nas quantidades necessárias”, ques-

tionou. Apesar da contratação de 30 co-

laboradores e duas grandes obras em andamento, Geovane Franco discorda que o mercado da cons-trução civil esteja “bombando” no município.

“O mercado está aquecido para as vendas de imóveis e lotes, não para a construção civil. Esse ano foi um ano razoável. Sofri uma queda de 30% no faturamento. Espero que o próximo ano seja um ano melhor levando em consideração um novo governo, manutenção das linhas de crédito e desenvolvimento da re-gião”, concluiu.

“Diria que o problema da mão-de-obra é nacional. Sentimos essa falta na região como um todo. A solução seria investir em treinamento. Com o Senai em Ipatinga, já começamos a resolver parcialmente essa dificuldade, mas ainda é muito pouco. É preciso oferecer muito mais vagas para realmente suprir o problema”Cassius Assis, diretor da Cassen Engenharia

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EMPREGO NA CONSTRuÇãOSaldo de empregos gerados na construção civil em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo entre 2005 e 2010 (até setembro)

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7

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FONTE: Instituto do Inox. Evolução a partir do ano 2000 até 2009

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35negociosindustriais.com

CAPA

fonte

Daniele Lima

d a n i e l e @ f o n t e a m b i e n t a l . c o m

Engenheira Sanitarista e Ambiental

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36 negociosindustriais.com

JOSÉ MARIA FACUNDESpresidente do Sindcomércio

Nascido em 7 de abril de 1952, o empresário José Maria Facundes mudou-se para Ipatinga e depois para Coronel Fabriciano ainda menino. Casado com Penha e pai de Lizziane, Rhaabibe, Rhinara e Lizziara, atua no ramo de acabamentos, decoração, isolamento término e acústico. Junto com a atividade empresarial veio o interesse pelo sindicalismo patronal. Passou por associações comerciais, câmaras de dirigentes lojistas e atualmente presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço (Sindcomércio), entidade que reúne 5 mil empresas. Recentemente também assumiu o posto de vice-presidente na Fecomércio. Como a indústria não vive sem o comércio, e vice-versa, a “Negócios Industriais” abriu espaço e bateu um papo com o dirigente classista. Confira.

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BATE-PAPO

Quando e por que o senhor deci-diu entrar para o sindicalismo em-presarial?

Toda minha vida foi pautada e voltada para as entidades regionais. Sempre estive envolvido nas direto-rias das associações comerciais, câ-maras de dirigentes lojistas e outras entidades. Isso impregnou na nossa vida e passamos a amar e defender a entidade e nossos representados, que são empresários. Temos uma diretoria atuante, respeitada, forte e que trabalha com afinco em prol do desenvolvimento.

Qual a diferença entre o Sindco-mércio e as associações comerciais?

Essa é uma pergunta muito boa. Até as pessoas ligadas à entidade não sabem diferenciar. As associa-ções comerciais e CDLs têm uma representação política, enquanto o Sindcomércio tem a representação legal. Quem representa de fato os empresários perante os órgãos públi-cos municipais, estaduais e federais é o Sindicato do Comércio. Temos representação classista e legal.

Hoje, quantas empresas o Sindco-mércio representa?

São cerca de 5 mil empresas, a maior parte em Ipatinga.

Há quanto tempo o Sindcomércio está instalado no Vale do Aço?

Há 17 anos no Vale do Aço. Ele nasceu em Coronel Fabriciano. Hoje nossa sede é em Ipatinga e a sede ad-ministrativa é em Coronel Fabricia-no e a subsede em Timóteo.

Apesar de representar um maior número de empresas, o peso econô-mico do Sindcomércio é menor que o industrial. De que forma isso afeta a atuação da entidade?

Não afeta a atuação da entidade. Pelo contrário. A indústria não vive sem o comércio. A indústria quando

produz o seu produto ela precisa do comércio efetivamente. O comércio é muito mais ativo porque está liga-do diretamente ao consumidor final. O comércio é a vida da cidade. Ele é entrelaçado com a indústria. É uma roda que não pode parar.

Recentemente, o senhor tornou-se vice-presidente da Fecomércio mineira. O que a classe empresarial do Vale do Aço pode esperar?

Efetivamente já está acontecendo. Antes não tínhamos cursos. Havia carência de cursos para o comércio e serviço e também para os conta-dores. Cursos quando há uma de-manda, como houve recentemente em Ipatinga, quando o promotor de Justiça determinou a apreensão de carnes. Nós fizemos um TAC com o Ministério Público, tomamos a res-ponsabilidade e naquele momento orientamos os comerciantes do seg-mento sobre as exigências.

O que muda na Fecomércio com a nova diretoria?

A nova diretoria é muito mais atuante do que a diretoria anterior. Isso porque a presidência da direto-ria atual tem uma visão macro e nós estamos notando a Federação vindo para o interior e antes não era as-sim. A Fecomércio era uma entidade distante e com isso outras entidades cresceram. Não queremos tomar es-paço, mas junto atuarmos para que o comércio ganhe muito mais repre-sentatividade e força.

Sempre se fala em união, repre-sentação conjunta, mas é comum no Vale do Aço ver as entidades de classe patronal, seja do comércio ou indústria, trabalharem de maneira isolada. Quando isso vai mudar?

Isso já está mudando. Algumas entidades falam que tem 50, 40 e 30 anos, mas quando chega uma Fiemg, chega o Sindcomércio e outras en-

tidades, quebra-se um paradigma e existe muita rejeição. Mas hoje não tem jeito porque entidades como o Sindcomércio, forte e atuante, só pensam mesmo em avançar e apoiar outras entidades em comum acordo.

Por que o Vale do Aço não con-segue implantar uma região me-tropolitana de fato (no papel ela já existe)?

Isso é um fator político. Nós nun-ca conseguimos ter um número de deputados efetivamente fortes, em quantidade. Em segundo lugar nós vemos que aqueles que são eleitos são muito partidários e deveria ser o contrário; após a eleição esquece a questão partidária de lado, vamos

para união e tenho certeza que todas as demandas do Vale do Aço serão atendidas. Se tivermos união com os políticos, as entidades represen-tativas e poder público regional, nós vamos avançar muito.

O senhor acredita que a duplica-ção da BR-381 sai do papel antes de 2020?

Sai sim. Tendo em vista que essa questão da BR-381 foi para o Go-verno Federal. A BR-381 ainda não saiu por causa da fraca força política regional. Sempre a gente vê uma en-tidade falando aqui, outra falando do outro lado e com isso perde-se força e a unidade.

Nós nunca conseguimos ter um número de deputados

efetivamente fortes, em quantidade. (...) Se tivermos união com os políticos, as entidades

representativas e poder público regional, nós vamos

avançar muito.

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38 negociosindustriais.com

MERCADO

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39negociosindustriais.com

VAMOSExPORTAR!Peiex oferece consultoria gratuita para quase 250 empresas no Vale do Aço. Dezesseis se preparam para vender ao mercado externo

Exportação de Mel: com suporte do Peiex, Gustavo, da Brasmel, vai

exportar seu produto a partir de janeiro de 2011

Há cinco anos o empresário Gustavo Martins Delfino,

26, começou o negócio de produção de mel ao lado de seu pai, produtor informal há três décadas. Quase a totalidade das 600 toneladas produzidas nas terras de Antônio Dias e Nova Era eram vendidas em tambores para revendedores em São Paulo e Santa Catarina, que as exportavam para os países Árabes, América do Norte e Europa.

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MERCADO

Com a figura do atravessador, a empresa via sua margem de lucro cair e também a competitividade. O cenário começou a mudar quan-do a Brasmel, empresa com sede em Timóteo, conheceu o Programa de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), trazido para o Vale do Aço pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, em parce-ria com a Apex Brasil e os governos estadual e federal.

“Eu achava que não tinha nohall. Faltava um apoio para conseguir exportar. Agora, a partir de janeiro do próximo ano já vou exportar di-retamente para os Estados Unidos e Alemanha”, diz, otimista, Gustavo, já pensando em duplicar a capaci-dade produtiva da empresa. “Quero dobrar a produção e exportar quase tudo, deixando somente 20% para consumo no Brasil.”

Encontrar o caminho do mercado externo é questão de sobrevivência para o setor. De acordo com a Con-federação Brasileira de Apicultura (CBA), o brasileiro consome so-mente 120 gramas de mel ao ano, enquanto nos Estados Unidos são 1,5 kg. “Na Alemanha e nos países árabes o volume é ainda maior”, ga-rante o diretor da Brasmel. O Peiex veio em boa hora para Gustavo, mas ele não está só.

Lançado no Vale do Aço no se-gundo semestre de 2009, o Peiex é um projeto nacional que já atendeu mais de 1.500 empresas. O proje-to possui núcleos operacionais que atendem gratuitamente micro, pe-quenas e médias empresas nas áreas de administração e organização, pro-duto e manufatura, finanças e custos, vendas e marketing, recursos huma-nos e comércio exterior.

Fábio Jabour, monitor exten-sionista do Peiex no Vale do Aço, conta que atualmente 247 empresas participam do projeto. “Em fase de adequação para exportação estamos

com 16 empresas”, diz. Em princípio o projeto termina em dezembro, mas a Negócios Industriais apurou que existe uma negociação da Apex Bra-sil, IEL e Fiemg para a manutenção das ações em 2011.

“Os maiores benefícios apresenta-dos foram a troca de conhecimento, melhoria no processo de gestão cor-porativa, trouxe maior conhecimen-to ao empresário de sua empresa”, completa Fábio. Mesmo aqueles empresários que não buscam a ex-portação neste momento, tiveram a oportunidade de promover melho-rias em suas empresas e torná-las concorrentes de nível internacional.

“Se não fosse o projeto eu demo-raria mais tempo e teria um custo maior”, atesta Gustavo. Ele e cen-tenas de outros empresários apro-veitaram a oportunidade. Quem não acreditou perdeu uma ótima chance. Agora é esperar e torcer por uma nova etapa.

O qUE É?Consultorias gratuitas através de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais gradu-ados nas áreas de administração e organização, produtora e manu-fatura, finanças e custos, vendas e marketing, recursos humanos e comércio exterior.

qUAL O CUSTO?O trabalho não gera ônus para a empresa, mas o empresário deve disponibilizar parte do seu tempo e motivar seus colaboradores para entrevistas e verificações de pro-cedimentos e controles existentes em todas as áreas da empresa.

COMO PARTICIPAR?O projeto encerra-se em dezem-bro no Vale do Aço. Para informa-ções sobre ações futuras telefone para 31 3822-2102.

Fonte: Fiemg Regional Vale do Aço

ADESãO AO PEIx NO VALE DO AÇO

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41negociosindustriais.com

POR RONALDO WANDERSON SOARESAdministrador, Gestor Executivo da Central de Negócios Metalmecânica do Vale do Aço e autor do Blog do Ronaldo/Negócios Já (www.blogdoronaldo.com.br)Marketing

@ronaldowsoares

Em tudo aquilo que aprendi sobre marketing, sempre consegui iden-tificar, na prática, o quanto são válidas “As Cinco Forças de Por-ter”. Autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade, ele propõe que as forças são determi-nantes para o direcionamento da estratégia empresarial. Neste texto, compartilho um exemplo que traz duas dessas forças: O poder de ne-gociação dos clientes e o poder de negociação dos fornecedores.

O Poder de Negociação dos clien-tes é quando estes exigem mais qualidade por um menor preço de bens e serviços. Também, com-petindo com a indústria, força os preços para baixo e, assim, joga os concorrentes uns contra os outros. Já o Poder de Negociação dos for-necedores refere-se aos cenários em que fornecedores de matérias-primas, componentes e serviços para as empresas podem ser uma fonte de poder (fornecedores po-dem recusar-se a trabalhar com a empresa ou, por exemplo, cobrar preços excessivamente elevados para recursos únicos).

Em todo o Brasil e ao longo das duas últimas décadas, movimen-tos associativos no meio empre-sarial deflagraram um modelo que possibilita a inversão das forças acima descritas, ou seja, pequenas empresas se unem para elevar ou, pelo menos, equilibrar as forças de negociação para aquisição de insu-mos, contratação de serviços auxi-liares e ações de vendas coletivas a partir da complementaridade.

“AS REDES” começaram a se

formar no varejo como reação de pequenas drogarias para fazer face à força dos grandes laborató-rios. Os “depósitos” de materiais de construção e até os pequenos merceeiros, quitandeiros e super-mercadistas de bairro se uniram para aumentar a competitividade frente aos hipermercados.

Há cerca de um ano, as empresas do setor metalmecânico do Vale do Aço se uniram e, apoiadas pe-los SEBRAE, lançaram a segunda CENTRAL DE NEGÓCIOS do setor no Brasil. Vinte pequenas e médias indústrias se associaram para adquirir itens estratégicos e de maior valor agregado para au-mentar a competitividade de pre-ços.

Em sala de aula, a partir do in-comensurável apoio da Gerência Regional do SEBRAE, represen-tada pelo Fabrício Fernandes e seus consultores, os empresários estudaram, refletiram, discutiram e hoje processos licitatórios já possibilitam a compra conjunta, apesar das necessárias adaptações e superação de obstáculos repre-sentados pelas particularidades do segmento econômico.

Aqui cito como exemplos a falta de produtos seriados (somente fa-bricação sob projeto) e, sobretudo, as dificuldades do processo interno de gestão de suprimentos de cada uma das empresas (não privilegia estoques e funciona quase como um just in time)que apresentam “ruídos” no fluxo da comunica-ção entre o “chão-de-fábrica”-Almoxarifado-departamento de

compras-Alta direção.

Os desafios ainda são imensos até porque, do outro lado, existem re-sistências e, neste caminho, a baixa qualificação dos pequenos forne-cedores industriais ou o desdém dos grandes se somaram aos aqui citados.

O próximo passo que está por vir é a transformação da “Central” em “Rede”, onde tanto o seu alcance quanto o seu conceito é ampliado. Os “stakeholders” a reconhecem mais facilmente, a comunicação se fortalece, e as possibilidades se multiplicam. O aumento do nú-mero de itens a serem negociados coletivamente, a contratação de serviços comuns, como telefonia móvel, conservação e limpeza, se-gurança patrimonial, entre outros são ações inexoráveis.

Mas o ápice desta mudança é o posicionamento estratégico no mercado de transformação do aço. A imagem de eficiência e qualida-de, assim como a padronização de “produtos” a partir da sinergia dos recursos materiais e humanos tor-nar-se-ão diferencial das empresas que farão parte da “REDE”.

A “Rede Metalmecânica”, que está por vir, é o segundo passo de uma estratégia que foi estabelecida pelo SEBRAE/SINDIMIVA e que esperamos ser tão vitoriosa quanto a sua co-irmã, a Central de Negó-cios do SINDIMETAL-RS no Vale do Rio Sinos, estabelecida na linda cidade de São Leopoldo. A minha contribuição é o que espero poder continuar a oferecer para o êxito desta investida!

Uma nova rede está nascendo

Page 42: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

42 negociosindustriais.comEventos

Jose

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O Diretor-Presidente da CENIBRA, Paulo Eduardo Rocha

Brant, capa da última edição da Negócios Industriais, recebe

a homenagem das mãos do Presidente da Federaminas,

Wander Luís Silva e do Presidente da Confederação

das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB),

José Paulo Dornelles Cairoli.

O presidente do Sebrae Minas, Roberto Simões, recebe homenagem do presidente da Federaminas, Wander Luís,

durante inauguração da unidade em Ipatinga

Kléber Muratori (Sinduscon), Plínio Perruci (Senai) e Marco Aurélio Sena (Prefeitura de Ipatinga), no Sebrae Ipatinga

Luciano Araújo (Fiemg) e José Maria Facundes (Sindcomércio), no Sebrae

Gláucio Campelo (Sindimiva), Aloísio Santos (Sinpava) e Hélcio Muzzi, na inauguração do Senai Ipatinga

Page 43: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

43negociosindustriais.com

Eventos

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Flaviano Gaggiato (Viga/Fiemg), Alexandre Torquetti Jr (Emalto),João Francisco de Almeida, gerente da Asseit, Marcos Santiago,

presidente da entidade, e Gilson Ulhôa, diretor financeiro, na posse da nova diretoria da Asseit/Sesi Timóteo

Robson Braga recebe o cargoda presidente da CNI de Armando Monteiro

Victor Reis e Marcos Auad, da Totvs, e Leonardo Pimenta, da Mapel, no Universo Totvs em Ipatinga

Jairo Barros, da Totvs, Magno de Souzae Eduardo Costa da Casa do Sorveteiro

CNI

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Luciano Araújo, Fiemg Vale do Aço, e Olavo Machado Jr,presidente do Sistema Fiemg,

na posse de Robson Braga na CNI

Aloísio Santos (Sinpava), Jeferson Bachour (Sindimiva) e Luciano Araújo (Fiemg Vale do Aço) participam da posse

de Robson Braga na CNI

Page 44: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

44 negociosindustriais.com

Metalúrgicos, políticos, fornecedores e presta-dores de serviços. Todos

acompanham atentos e apreensivos o desmembramento dos segmentos de aços especiais e inoxidáveis do grupo ArcelorMittal. A empresa afirma que o controle da unidade de Timóteo, a antiga Acesita, conti-nuará com o grupo, mas a imprensa especializada dá conta de que a side-rúrgica estaria sendo negociada.

Não é a primeira vez que o grupo siderúrgico cogita a possibilidade de se desfazer dos negócios de inox. Há quatro anos, o então presidente da

trouxe reportagem dando conta de que a empresa seria vendida e que a ArcelorMittal não teria mais inte-resse em participar do segmento.

A reportagem da Revista Negó-cios Industriais entrou em contato com a empresa para falar sobre o tema, mas a assessoria de imprensa da siderúrgica informou que o pro-cesso do spin off ainda está em es-tudo e, portanto, não haveria como responder aos questionamentos fei-tos pela revista.

DIFICULDADESMaior produtora de aços inoxi-

ARCELOR ESTUDA REESTRUTURAçãOArcelorMittal Inox Brasil analisa processo de capitalização. Empresa garante tranquilidade

divisão de inox comentou as espe-culações do mercado sobre a venda. “Talvez isso aconteça, talvez não”, dissera Jean-Yves Gilet, conforme a agência de notícias Reuters. À época, a produção nacional caía do patamar 450 mil para 400 mil tone-ladas, segundo o Instituto Inox.

No final de outubro, o presidente da ArcelorMittal Inox Brasil, Pau-lo Magalhães, garantiu que mesmo com o processo de capitalização da empresa de Timóteo, o indiano Lakshmi Mittal continuaria como acionista. Por sua vez, o jornal Diá-rio do Comércio, de Belo Horizonte,

PRODuÇãO DA AÇO INOx PLANODe acordo com o Instituto Inox, a produção brasileira de aços inoxidáveis planos em 2009 esteve próxima dos patamares de 2000

40

0

411

371

38

5

37

3

331

30

0

315

26

9

26

3

FONTE: Instituto do Inox. Evolução a partir do ano 2000 até 2009

PANORAMA

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45negociosindustriais.com

dáveis da América Latina, a antiga Acesita viu suas vendas caírem 28% entre 2007 e 2009, passando de 370 para 266 mil toneladas, conforme relatório de sustentabilidade divul-gado pela empresa.

A siderúrgica não estava isola-da. Em todo o planeta, a produção mundial passou de 27,8 para 24,5 milhões de toneladas anuais.

Para piorar, a atual cotação do dólar (que ameaça diversos setores produtivos do Vale do Aço) tornou o mercado interno extremamente atrativo para os principais players internacionais e dificultou as expor-

tações do inox brasileiro. Hoje, cerca de 25% da produção da Inox Brasil é voltada para o mercado externo, notadamente Américas e Europa. Resultado? Queda na rentabilidade.

“A causa desse desequilíbrio está associada à perda de competitivida-de do Brasil, devido principalmente à contínua valorização do Real fren-te ao Dólar e ao aumento dos cus-tos decorrentes de uma inflação de cerca de 4,5% ao ano”, disse Paulo Magalhães, no encontro com jorna-listas do Vale do Aço, em outubro, como parte das comemorações dos 66 anos da empresa.

Divulgação/IABr

A previsão do Núcleo Inox é de que o Brasil experimentará um crescimento de consumo

de aço inox da ordem de 12% ao ano até 2015, o que levará

o consumo nacional a 550 mil toneladas/ano.

DESEMPENHOO volume de vendas caiu entre 2009 e 2007. Já o lucro líquido apresentou recuperação entre 2008 e 2009, quando atingiu R$ 562 milhões.

325

266

370

Volume de vendas em mil toneladas

38

562

807

Valor em milhões de reais

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46 negociosindustriais.com

PANORAMA

USIMINAS ANUNCIA NOVO ALTO-FORNOEquipamento permitirá que Usina Intendente Câmara amplie em 25% sua capacidade produtiva

A Usiminas vai aumentar em 25% a capacidade produtiva da Usina Intendente Câma-

ra, em Ipatinga. O valor do investi-mento ainda não foi divulgado, mas inclui a construção do quarto alto-forno da siderúrgica, projeto que também foi cogitado há seis anos pelo ex-presidente Rinaldo Campos Soares. De acordo com Wilson Né-lio Brumer, atual presidente da em-presa e ex-presidente do Conselho na gestão de Campos Soares, o em-preendimento terá capacidade pro-dutiva de 3,2 milhões de toneladas de ferro-gusa. Em paralelo, a em-presa vai desativar os equipamentos mais antigos, construídos na década de 60, que juntos produzem cerca de 2 milhões de toneladas.

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Modernização: alto-forno 2 será desativado com equipamento mais

moderno

Page 47: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

47negociosindustriais.com

Qualidade e evolução,bases da nossa produção

Usinagem em máquinas CNC, Caldeiraria Leve, Média e PesadaCertifi cação ISO 9001:2008

Evolução faz parte do espírito das Indústrias Globo, empresa especializada em Usinagem, Caldeiraria e Estruturas Metálicas, que há três décadas oferece soluções para os principais setores da indústria brasileira. Com uma ampla fábrica na cidade de Ipatinga, a empresa está capacitada para fabricar e reparar peças até seis metros de comprimento e peso de 8 toneladas. Buscando o aprimoramento contínuo nos processos, produtos, serviços e segurança no ambiente de trabalho, as Indústrias Globo possuem equipamentos modernos e investe na constante qualifi cação de sua equipe.

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Page 48: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

48 negociosindustriais.com

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PANORAMA

“Não é um projeto para demorar muito, até porque do ponto de vista ambiental e de sustentabilidade ele melhora, porque vamos desativar dois equipamentos antigos, substi-tuindo-os por um novo, mais mo-derno”, explicou Brumer.

O anúncio da construção de um novo alto-forno para equilibrar a produção em Ipatinga foi feito junto com o cancelamento do projeto da Usina de Santana do Paraíso. Um ex-cedente de 600 milhões de toneladas de aço em todo o planeta, a superva-lorização do dólar e o consequente aumento na importação do aço. Em síntese, essa conjunção de fatores le-vou o Conselho de Administração da Usiminas, maior complexo side-rúrgico de aços planos da América Latina, a cancelar, no dia 12 de no-vembro, o projeto da construção da fábrica de Santana do Paraíso, onde seriam produzidas 5 milhões de to-neladas anuais.

E AGORA,COMO fICA?

AEROPORTO sem a construção da fábrica, não há que se falar em novo aeroporto. A empresa estuda somente melhorias de infraestrutura que deixaram de ser feitas aguardando o desfecho do projeto.

TERRENOS COMPRADOSEm parceria com a Prefeitura Municipal de Santana do Paraíso, a Usiminas vai viabilizar a construção de um Distrito Industrial para fornecedores e clientes.

De acordo com o presidente da siderúrgica, a Usiminas vai investir na otimização de seu processo pro-dutivo para ganhar mais competi-tividade frente aos novos players. “Em vez de fazer um novo projeto, vamos otimizar a operação em Ipa-tinga”, disse o executivo. Para isso, a empresa vai investir R$ 3,2 bilhões em novos equipamentos, tecnologia e eficiência energética e produtiva.

Com o saldo de 1,2 milhões – hoje a usina de Ipatinga produz 4,8 mi-lhões de toneladas -, a Usiminas vai atingir o “ponto de equilíbrio”, con-forme Wilson Brumer. Hoje, cerca de 1 milhão de toneladas de aço são trazidos da Usina de Cubatão, em São Paulo, para serem laminados na Usina Intendente Câmara, onde há capacidade ociosa do equipamento, o que gera um enorme custo de lo-gística.

Para reverter isso, a antiga Cosipa vai receber um novo laminador de

Page 49: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

49negociosindustriais.com

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A Tecnoservice atua como aliada de empresas com conscientização ecológica. Especializada na montagem de projetos de instalação de reservatórios e lavadores de gás, limpeza química, tratamento de água, impermeabilização de lagoas, assistência técnica operacional e decapagem, a Tecnoservice desenvolve projetos e equipamentos que suprem as necessidades dos clientes e facilitam o desenvolvimento de seus serviços. Com o foco em atingir a excelência no tratamento de efluentes e ampliar a linha de produção com credibilidade, a empresa conta com a parceria da EME Fibras, fornecedora de reservatórios de fossas sépticas.

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CLIENTES

PANORAMA

tiras a quente, com capacidade de 2,3 milhões de toneladas. Segundo a assessoria do grupo siderúrgico, as obras civis já estão em andamento e os principais equipamentos em fase de fabricação. “A previsão é de que a operação tenha início no segun-do semestre de 2011, permitindo a ampliação da participação da com-panhia em mercados estratégicos no segmento industrial.”

Enquanto isso a usina de Ipatinga terá um novo alto-forno, para evitar a ociosidade. Desde a década de 70 a Usina Intendente Câmara não rece-be um novo alto-forno.

EFICIÊNCIAA Usiminas está preocupada com

a concorrência externa. Há uma en-xurrada de aço importado no País. Segundo o Instituto Aço Brasil, a importação de aços planos alcançou 3 milhões de toneladas em 2010, um crescimento de 160% em relação ao

ano passado. “De qualquer jeito a gente tem

que entender que a importação é um novo player que chegou para com-petir. Se há um excesso de aço no mundo e um país que vem crescen-do, com um câmbio extremamente valorizado, isso é um porto natural para as importações de aço. Agora, os níveis atuais são exagerados”, res-saltou Brumer.

Na divulgação dos resultados do terceiro trimestre, a empresa já dava sinais de que o ambiente não era favorável. “O mercado brasileiro de aços planos deverá crescer a níveis recordes, cerca de 40%, favorecido pelo bom desempenho de pratica-mente todos os setores industriais. Entretanto, esse crescimento asso-ciado a uma taxa de câmbio superva-lorizada cria um cenário altamente favorável às importações, que afeta o crescimento da indústria como um todo e setor siderúrgico”, explica

“O setor siderúrgico precisa ser cada vez mais competitivo. Para isso, precisamos otimizar e reduzir os nossos custos e melhorar nas várias linhas de operação porque vamos competir com aços produzidos no mundo inteiro”

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50 negociosindustriais.com

alíquota de 12% sobre o preço fixado na tabela e não aquele declarado na nota – que estaria abaixo do prati-cado no mercado internacional. Mas não adianta reclamar e não fazer o dever de casa. As medidas anuncia-das pela empresa vão tornar o aço da Usiminas mais competitivo em todo o mercado mundial, acredita o exe-cutivo.

“O setor siderúrgico precisa ser cada vez mais competitivo. Para isso, precisamos otimizar e reduzir os nossos custos e melhorar nas várias linhas de operação porque vamos

competir com aços produzidos no mundo inteiro”, resumiu.

O primeiro passo é buscar o equilíbrio da planta de Ipatinga. Os projetos de otimização incluem ainda a reforma da coqueria 2, um investimento de R$ 800 milhões, a expansão da capacidade produtiva no segmento de mineração (a meta é atingir 29 milhões de toneladas de minério em 2015), o aproveitamen-to dos gases gerados para produzir energia, bem como a adoção do gás natural (mais econômico) e ainda uma nova unidade de pelotização em Minas (Veja o quadro). Não é aquilo que a região aguardava, mas vai gerar bons negócios.

OS INVESTIMENTOS ANuNCIADOS

DESGASEIfICADOR A VáCuO: R$ 168 MILHÕESREfORMA DA COquERIA 2: R$ 823 MILHÕESAÇO CLC: R$ 530 MILHÕESNOVA LINHA DE GALVANIzAÇãO: R$ 914 MILHÕESLAMINAÇãO DE TIRAS A quENTE: R$ 2,5 BILHÕESMINERAÇãO: R$ 550 MILHÕESPELOTIzAÇãO: R$ 1,5 BILHãO*

fONTE: uSIMINAS *ESTIMATIVA

comunicado feito ao mercado pela Usiminas.

Para Brumer, se essa situação se perpetuar, o Brasil corre um sério risco de desindustrialização. “Eu, pessoalmente, tenho colocado que nós corremos um sério risco de de-sindustrialização se continuarmos com a situação em que haja uma importação sem níveis de competiti-vidade adequada, ou seja, em princí-pio não somos contra, o que a gente defende é que haja o mesmo nível de controle, de tributação e as mesmas barreiras que encontramos em ou-

tros países.”As medidas já foram tomadas. A

siderúrgica solicitou uma investi-gação de dumping contra diversos países, Coréia do Norte, Coréia do Sul, México, Ucrânia, Rússia, Es-panha e Turquia, e conseguiu que a Receita Federal evitasse a entrada de produto subfaturado. Desde o final de outubro, a Coordenação Geral de Administração Aduaneira (Coana) estabeleceu uma tabela de preço que fixa um valor mínimo para 16 tipos de aços planos e longos, com base em tabela de referência fornecida pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

Por meio dessa medida, o impor-tador se vê obrigado a pagar uma

160%crescimento da importação des aços planos entre janeiro e setembro

25%percentual de aço importado consumido pelo mercado brasileiro no terceiro trimestre de 2010

425 MILHÕEStoneladas de aço produzidas na China até agosto, uma alta de 15%

13%queda na receita líquida no segmento de siderurgia da Usiminas quando comparamos o terceiro e o segundo trimestre de 2010

6 MILHÕEStoneladas de aço será a nova capacidade da Usina Intendente Câmara

Div

ulga

ção

IABr

PANORAMA

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51negociosindustriais.com

A partir de 2011 toda a cadeia produtiva está obri-gada a emissão da NF-e - Nota Fiscal Eletrônica (inclua-se também a NFS-e - Nota Fiscal Eletrôni-ca de Serviços, atualmente obrigatória nos principais municípios do país). Este passa a ser um marco na relação Empresa X Fisco. A mesma tecnologia que está “empurrando” muitas empresas para a automação do seus principais processos, e com isto gerando um enorme ganho de eficiência administrativa, também está “munindo” o fisco de informações antes impos-síveis de se obter.

O movimento que teve início em dezembro de 2003, através da Emenda Constitucional 42, onde no seu artigo 37, inciso XXII, se estabeleceu a possibilida-de de compartilhamento de cadastros e informações fiscais pelas administrações tributárias da União, dos Estados e dos Municípios, vem se consolidando a partir de janeiro de 2007 com a instituição do SPED – Sistema Público de Escrituração Digital.

Hoje, a proposta já é realidade. Com a EFD – Escri-turação Fiscal Digital o fisco tem mais informações do que muitas empresas tinham delas próprias há alguns anos atrás. Somente a tabela de registros (uti-lizada para detalhar as informações do documento e seus produtos) possui mais de 100 tipos diferentes, dado o nível de exigência com relação às informações fiscais solicitadas. O registro 0200, por exemplo, é o detalhamento do produto ou serviço através do NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul de cada item da NF-e. Com o NCM o fisco poderá rastrear toda a cadeia produtiva, buscando indícios de fraudes e sonegações. Outro exemplo de dados constantes na EFD são os dados das faturas vinculadas às notas fis-cais, bem como dos vencimentos destas faturas. Ou seja, o fisco poderá até projetar o fluxo de caixa das empresas.

E não podemos nos esquecer de um detalhe muito importante: as informações vão ASSINADAS (atra-vés do certificado digital) pelo contribuinte. Sendo assim, guardadas as devidas proporções, poderíamos dizer que a cada mês a empresa irá “confessar” ao fis-

co toda a movimentação por ela realizada (entradas e saídas).

E tem mais, a partir de 2011 as empresas enquadra-das no Lucro Real terão uma nova obrigação com o SPED. Os impostos PIS e COFINS também estarão no SPED através do EFD-PIS/COFINS, que deverá ser transmitido para o Sistema Público de Escritu-ração Digital, até o 5º. dia útil do 2º.(segundo) mês subsequente à sua escrituração. A empresa que não cumprir a exigência dentro do prazo estará sujeita a multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês/calendário ou fração.

Tudo isso é ainda o início de um processo de fiscali-zação ainda mais arrojado. Está em desenvolvimento o projeto Brasil-ID, ou Sistema Nacional de Identifi-cação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias. Este projeto tem como objetivo a identificação por radiofrequência, a ser utilizado em produtos e do-cumentos fiscais que circulem no Brasil. Em outras palavras, o fisco será capaz de saber quais as NF-e´s que estão associadas a um determinado caminhão para aquela viagem (antes que ele chegue ao Posto Fiscal, com o veículo em velocidade normal de trân-sito), e se os itens transportados estão de acordo com os itens descritos nas NF-e´s em questão. Parece coisa de filme de ficção científica? Pois é ... mas já tem um pré-piloto rodando há quase um ano no Brasil em parceria com as empresas Souza Cruz de Uberlândia, Panarello e Teuto de Goiânia, junto com o Posto Fis-cal Juscelino Kubitschek. Dentre uma série de outras possibilidades, imagine quanto tempo um fiscal leva-rá para auditar o inventário de uma empresa.

E aí ? O que fazer então para manter uma relação saudável e transparente com o fisco ? Bem ... dizem que “a melhor solução é evitar um problema”. Sendo assim, estar bem próximo do seu contador e associa-do a um bom sistema eletrônico de auditoria fiscal preventiva, pode ser a alternativa mais eficaz e mais econômica. Pense nisso! Porque o Big Brother Fiscal já começou, e você está sendo observado.

Prepara-se para a novarelação com o fisco

POR NATHANIEL J.V. PEREIRASócio-administrador da NTW Contabilidade e Gestão Empresarial e coordenador da Câmara Setorial de Contabilidade do Vale do Aço

Contábil

Page 52: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

52 negociosindustriais.com

VALE VAI DOBRARDE TAMANhO

ORÇAMENTO 2011A mineradora anunciou planos de investimentos de 24 bilhões de dólares. Veja a divisão percentual dos investimentos por setor

35,5

6,6

18

10,4

20,9

3,32,8

2,5

Minerais ferrosos

Logística

Metais de baseFertilizantes

CarvãoEnergia

SiderurgiaOutros

A Vale, maior mineradora de minério de ferro do planeta, vai investir 24 bilhões de dó-

lares em 2011. Segundo o presidente da empresaa, Roger Agnelli, esse será o maior investimento da história da indústria de mineração. Ele afirmou ainda que os investimentos serão fi-nanciados “plenamente” pela geração de caixa da mineradora.

De acordo com a empresa, 15,3 bilhões de dólares serão aplicados no Brasil. O minério de ferro ficará com maior parte dos investimentos pre-vistos para 2011, ou 35,5% do total. A produção deve alcançar 522 mi-lhões de toneladas em 2015. A meta da empresa é dobrar a produção de todos os minerais e metais.

Em Minas Gerais, os valores con-templam a ampliação da produção das minas Conceição Itabiritos, em Itabira, e Vargem Grande Itabiritos, em Nova Lima. Juntas, as duas ope-rações receberão 767 milhões.

Para o Canadá, onde a companhia tem a maior parte de seus projetos de níquel, foi destinada uma verba de US$ 1,959 bilhão. Já a Argentina receberá US$ 1,393 bilhão, seguida pela China, com US$ 663 milhões, e a Austrália, com US$ 436 milhões. A empresa também vai investir na Indonésia, Omã, Malásia, Peru, Co-lômbia, Libéria e Zâmbia.

Outro projeto que beneficia Minas é o Apolo, que terá capacidade de 24 milhões de toneladas anuais. Orçado em R$ 4 bilhões, ele será construí-do nos municípios de Caeté e Santa Bárbara, com início de operação no primeiro semestre de 2014. O projeto engloba um novo complexo de bene-ficiamento e mineração e um ramal ferroviário ligando Apolo à Estrada de Ferro Vitória a Minas.

PANORAMA

José Cruz/Abr

Page 53: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

53negociosindustriais.com

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a.com

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A CMI acredita que

“a melhor ferramenta competitiva é ação

com qualidade”. Para buscar melhores

oportunidades em um mundo globalizado, reavaliamos custos,

melhoramos processos e estreitamos as parcerias.

Nossa ação agora é de agradecer e fortalecer relacionamentos com aqueles

que nos ajudaram a garantir nossa qualidade: colaboradores, clientes,

fornecedores e parceiros.

Boas Festas!! Feliz 2011!!

chaminé, damper, bocais e juntas de dilatação

montagem de pipe racks e tubulação de COG, vapor de processo e nitrogênio

calandra eletrônica sincronizada de geometria variável 3 rolos HAV 3145

Page 54: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

54 negociosindustriais.com

Aloísio Santos: fortalecimento da indústria de alimentação no Vale do Aço é prioridade

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55negociosindustriais.com

ASSOCIATIVISMO

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MUITO ALéMDAS PADARIASCada vez mais indústrias de alimentação associam-se ao Sinpava

Há 21 anos, um grupo de 10 padarias criou o Sin-dicato das Indústrias de Alimentação, Panificação, Confeitaria e de Massas Alimentícias do Vale do

Aço, o Sinpava. A predominância dos panificadores entre os associados provocou uma distorção. No papel, a entidade representa toda a indústria de alimentação. Na realidade, as padarias. A situação começou a mudar nos últimos anos. “A partir de 2008 a região do Vale do Aço passou a contar com um sindicato representando a classe trabalhadora da alimentação. Então houve uma necessidade de participação maior no sindicato para discutir a convenção coletiva”, ex-plica Aloísio Pinto dos Santos, presidente da entidade des-de 2008.

ASSOCIATIVISMO

No início de novembro, a entidade contava com 66 empresas associadas, das quais sete são indústrias. O nú-mero, em princípio, parece pequeno, mas representa 10% dos sócios e um enorme peso econômico. Em geral, as indústrias geram mais empregos, impostos e contribuições compul-sórias que financiam os sindicatos patronais.

A lista de novos associados é for-mada por Frigovale, Feijão do Vale, Sensação de Minas, Que Filé Ali-mentos, Geléia de Mocotó Vitalida-de, entre outros. Não foi uma obri-gação ou necessidade legal que levou o empresário Gilson Fábio Toledo, 38 anos, da Geléia de Mocotó Vita-lidade, a procurar o Sinpava. Ele foi incentivado pela informação correta.

Gilson é aluno do curso de Gestão Empresarial promovido pelo Institu-

to Euvaldo Lodi na Fiemg Regional Vale do Aço. Num bate-papo com o presidente do Sinpava e proprietário da Padaria do Horto, Aloísio San-tos, descobriu que o sindicato tam-bém representava as indústrias de alimentação.

“O próprio nome Sinpava remete a Sindicato dos Panificadores. Tam-bém tem o Baile dos Panificadores. A gente acabava se sentindo exclu-ído. A partir do momento que nos filiamos ao sindicato encontramos uma entidade séria e que busca de-fender toda a classe”, comenta Gil-son, comanda a empresa com sede em Águas Claras, na cidade de San-tana do Paraíso.

Há 17 anos no mercado, a fábrica de geléias, que conta com 27 cola-boradores, produz 137 mil unidades todos os meses, que são distribuí-

Page 56: REVISTA NEGÓCIOS INDUSTRIAIS

56 negociosindustriais.com

ASSOCIATIVISMO

e confeitaria”, diz Aloísio. O grande desafio, reconhecem os associados, é mudar essa imagem, embora as padarias também sejam fábricas de alimentos.

BENEFÍCIOSDesde que se associou ao Sinpava,

a empresa Sensação de Minas viu seu negócio se fortalecer e crescer. Pri-meiro, pela proximidade com toda a cadeia de alimentação, inclusive im-portantes clientes, como padarias e supermercados. Em segundo, a enti-dade defende os interesses da classe junto aos órgãos oficiais.

“Estar associado estreitou nosso relacionamento com todos os as-sociados, que em muitos casos são nossos clientes, e eles puderam vi-sitar nossa fábrica, ver os produtos, equipamentos e nossas certificações. Também foi graças ao Sinpava que

fomos convidados a partir de uma feira em Governador Valadares, pro-movida pelo sindicato de lá”, teste-munha Marcy Oliveira.

A expectativa dos próprios sócios é só crescer a participação das in-dústrias de alimentação. “Nós pre-cisamos nos unir para identificar nossas oportunidades de melhoria, pois nossos problemas são comuns, como a qualificação profissional, a capacitação empresarial e as pró-prias negociações coletivas”, reforça Gilson Toledo, da Geléia Vitalidade. “Unidos, temos um poder maior de negociação”.

Em janeiro, começa um novo mandato no Sinpava. A eleição será dia 10 de dezembro. Independen-te de quem seja o novo presidente, esse é um caminho para a entidade, que a indústria de alimentação tem aplaudido.

“A partir do momento que nos filiamos ao sindicato encontramos uma entidade séria e que busca defender toda a classe” G

abrie

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res/

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das para o Vale do Aço, Rio Doce, Grande Belo Horizonte, Caratinga e Manhuaçu. A marca é encontrada nas gôndolas de grandes redes, como Bretas, Consul, Epa, Supermercados BH, Coelho Diniz, Garcia, entre outros.

Também foi numa conversa com o presidente da entidade que o empre-sário Marcy Oliveira, 34, diretor da Sensação de Minas, soube que a en-tidade não representava somente pa-darias. Ele procurou o Sinpava para patrocinar o Baile dos Panificadores. Numa conversa com Aloísio Santos soube da “novidade”.

Desde outubro de 2009, a empre-sa, que está no mercado desde 2003, é associada ao Sinpava. “Toda a nos-

sa família é produtora e na época queríamos algo com a nossa marca”, explica Marcy. Hoje, são 68 colabo-radores na produção de 55 mil litros de leite ao dia e 23 na distribuição dos produtos com a marca Sensação de Minas.

O portfólio da empresa inclui queijo mussarela, minas frescal, leite pasteurizado e requeijão em barra. Para dezembro deste ano, uma nova linha aprovada pelo Ministério da Agricultura deverá chegar ao merca-do: manteiga, margarina, requeijão cremoso, doce de leite. Eles chegarão a todo o Vale do Aço, João Monleva-de, Itabira e Governador Valadares.

Para o presidente do Sinpava, a adesão das indústrias só promove o crescimento da entidade. “Mas é im-portante frisar que desde a fundação o Sinpava representa as indústrias de alimentação, massas alimentícias

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@admcharles

Coca Cola, Gillete, Bombril, GM, Brastemp. Estas são algumas marcas que nos vêm à cabeça quando pensamos em determinados tipos de produtos. Mas o que nos faz lembrar tanto de algumas marcas?

O aumento da lembrança de uma marca ocorre através de diversos fatores e, quanto mais o público a vir, ouvi-la, experimentá-la ou pensar nela, maior será a possibili-dade de uma marca ficar em sua memória.

Em princípio imaginamos que esta lembrança ocorre pela infinidade de propagan-das que as empresas colocam em TV, jornais, rádios, outdoors, den-tre outros meios de comunicação. Muitas pessoas, erroneamente, pensam apenas em propaganda quando se fala de marketing.

A finalidade da propaganda é apresentar a empresa e seus produtos (marcas) ao conhecimento do seu público-alvo, portanto, deve-se escolher o tipo certo de mídia para divulgação. Essa tarefa é do profissional de marketing, que deve ainda verificar onde está o seu consumidor, o melhor preço a se praticar em determinada localida-de, qual o perfil do consumidor para o produto e quais as estraté-gias para levar este produto até ele.

A comunicação é importantíssima para a construção de uma marca forte, mas não é somente ela que garante isso, sendo apenas o pri-meiro passo. Qualidade elevada, amplo mix de produtos e um bom atendimento pós-venda apóiam a comunicação neste processo. Es-tes fatores são fundamentais para aumentar o nível de confiança do cliente e fazer com que ele volte a comprar, tornando-se leal à sua marca.

Ouvindo o público-alvo, através da pesquisa de mercado, e os clientes, com a pes-quisa de satisfação, a empresa pode oferecer produtos e serviços que atendam às novas demandas, fazendo com que os clientes caminhem para a lealdade e lem-brem-se mais da sua marca.

“A Volkswagen é um exemplo que, mesmo na liderança em lembrança na mente das pessoas, triplicou os investimentos em pesquisa nos últimos anos para entender melhor o comportamento do consumidor”, segundo o gerente de marketing da Volkswagen do Brasil, Marcelo Olival.

Para ser lembrada, a empresa deve estabelecer ações durante todo o ano e não so-mente fazer propaganda nas principais datas comemorativas, como de costume. O ano é composto de 365 dias, e o que sua empresa está fazendo para criar uma marca forte (ser lembrada) nos outros 360 dias?

E a suamarca?

POR CHARLES MAGALHÃESDiretor da Essentiali Consultoria e [email protected]ão

Para ser lembrada, a empresa deve estabelecer ações durante todo o ano e não somente fazer propaganda nas principais datas comemorativas, como de costume. O ano é composto de 365 dias, e o que sua empresa está fazendo para criar uma marca forte (ser lembrada) nos outros 360 dias?

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O “PRé-SAL” DE MINASDescobertas de gás natural na Bacia do Rio São Franscisco aumentam potencial energético de Minas Gerais. Produto que acaba de chegar ao Vale do Aço terá preço competitivo, inclusive para geração de energia.

Confira a entrevista com o presidente da Gasmig, Márcio Augusto Vasconcelos Nunes. Engenheiro civil, Nunes presidiu a Copasa, foi funcionário por 28 anos da Eletrobrás, assessor do ministro de Minas e Energia entre 1999 e 2001, e diretor financeiro de Furnas entre 2001 a 2003.

Em setembro, a Gasmig iniciou o fornecimento do gás natural para as indústrias do Vale do Aço. Quais os principais ganhos competitivos para essas empre-sas?

Os principais ganhos estão na economia com a uti-lização de um combustível com preço competitivo; na diminuição do custo operacional com a manutenção de máquinas, no transporte e na área de armazena-mento de combustível; redução de custos para o paga-mento de prêmios de seguros; possibilidade de uso de tecnologias mais apuradas para o controle do processo produtivo; otimização do uso de matérias-primas e consequente melhora nos processos de produção.

Aumento da segurança, eficiência dos equipamen-tos e qualidade do produto final, além dos benefícios para o meio ambiente, por ser um combustível de me-nor emissão de poluentes na atmosfera, já que o gás natural está entre os combustíveis fósseis que apresen-tam menor emissão de partículas.

ENTREVISTA

Divulgação/Gasmig

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ENTREVISTA

O gasoduto tem capacidade para 2,4 milhões de metros cúbicos diá-rios. Qual o consumo atual e quan-tas empresas o gasoduto tem capaci-dade de atender?

Atualmente, o Vale do Aço possui 20 clientes com contratos assinados. Na primeira etapa, trecho existente entre São Brás do Suaçuí e Ouro Branco, existem 3 clientes ligados: a Vale Mina de Fábrica, a Gerdau Açominas e um posto de GNV. Na segunda etapa, trecho que segue de Ouro Branco até Belo Oriente e que foi inaugurado em setembro, existem 3 clientes em operação: Ar-cellorMittal Inox, ArcellorMittal e Cenibra. A VSB e a Usiminas de-verão entrar em operação até o final de novembro.

Além desses, existem outros 12 clientes com contratos assinados: 9 indústrias e 3 postos de GNV que deverão entrar em operação até o final do ano. Todos esses clientes chegam a aproximadamente 700 mil m³/d de volume de gás contratado. Há ainda outros 13 clientes em ne-gociação. O gasoduto possui capaci-dade de atendimento para a expan-são dos seus clientes atuais e para a captação de muitos outros clientes ainda.

Qual tipo de empresa (segmen-to, tamanho, etc.) pode solicitar o fornecimento do gás natural para a Gasmig?

A utilização do gás natural é mui-to diversa. Ele pode ser utilizado para geração de calor, como fonte de energia elétrica, como combustível de automóveis, para resfriamento por equipamentos de ar condicio-nado ou como matéria-prima em indústrias de fertilizantes. Portanto, qualquer empresa que tenha algumas dessas necessidades e esteja próxima

ção de bairros cuja proximidade da rede de distribuição possa viabilizar o atendimento.

O que representa para o Estado e para o País a descoberta das reservas de gás natural no Baixo São Fran-cisco, estimadas em um trilhão de metros cúbicos?

Representa a possibilidade de re-dução do preço do metro cúbico de gás natural, a independência de fontes externas do energético e a ga-rantia de utilização por muitos anos do gás, isto é, a melhoria da relação reservas sobre consumo. Para o país pode representar a autosuficiência no consumo de gás natural e a in-corporação de mais um produto na carteira de exportações do país.

Em que etapa estão as explorações desse potencial?

As explorações estão na etapa de perfuração para confirmação das estimativas de volume e aguardam ainda o início de perfuração por ou-tras empresas vencedoras dos leilões de outros blocos.

Com a queda projetada no preço do gás natural para o futuro, quais outras aplicações ele terá?

Com as perspectivas que se apre-sentam devido às descobertas recen-tes de reservas de gás natural e a dis-ponibilização de volumes adicionais do produto para o mercado interno em preços mais competitivos, as-sociadas à necessidade de se buscar uma matriz energética mais limpa, novos usos se farão presentes.

Atualmente, a matriz de utilização do gás natural é pouco explorada pela baixa maturidade do mercado nacio-nal, consequência da pouca abran-gência no atendimento. À medida que empreendimentos expansionis-

à rede de distribuição da Gasmig ou demonstre viabilidade para constru-ção de ramais de distribuição é um consumidor em potencial. Os prin-cipais segmentos atendidos hoje são industrial, comercial, automotivo e geração termelétrica.

Quais itens e como uma empre-sa deve analisar a viabilidade de implantação do gás natural em seu empreendimento?

A empresa deve observar se seus equipamentos são adequados para receber gás natural, o volume po-tencial de consumo diário, a que distância da rede de distribuição se localiza e se há outros empreendi-mentos próximos que viabilizariam a construção de ramais de distri-buição. Caso todas essas condições sejam favoráveis, a análise de viabi-lidade do investimento seguramente será positiva e o projeto poderá ser realizado.

A população do Vale do Aço po-derá contar com o gás natural para os veículos e em residências? Essa utilização depende de quem e do quê?

Sim, poderá contar com essas utilizações. Dependem do interesse de empresas (postos ou empreendi-mentos imobiliários) ou da popula-

O Estado estará servido com este energético para atender

todos os segmentos com custo mais baixo por muito tempo e sem dependência

externa. Além disso, Minas confirmaria seu perfil de

exportador de energia, passando ainda a integrar o seleto grupo de Estados

produtores de gás natural.

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tas das redes de gasoduto para trans-porte e distribuição são realizados novas utilizações serão viabilizadas econômica e tecnicamente. Podemos citar, como exemplo, a intensificação do uso de gás natural em cogeração, climatização, transporte pesado (ca-minhões, trens), geração de energia elétrica em miniturbinas.

A Gasmig está se estruturando a fim de ampliar seu atendimento para o segmento residencial, o que de-mandará alguns ajustes na legisla-ção atual. Além desse segmento, está pronta para desenvolver projetos de cogeração, climatização, dentre ou-tros.

Além do Vale do Aço, quais ou-tras regiões do Estado vão receber o Gás Natural?

Estão previstas obras para exten-são do Vale do Aço até Governador

Valadares, construção do gasoduto de transporte que levará gás natural até o Triângulo Mineiro e respecti-vas redes de distribuição, ampliação do Sul de Minas até Três Corações, Varginha e construção do Tronco Oeste, que atenderá Itaúna, Divinó-polis e região.

Podemos dizer que a reserva na região do Baixo São Francisco cor-responde ao “pré-sal” mineiro?

Em termos eminentemente volu-métricos sim. Pois se as estimativas forem confirmadas, o Estado estará servido com este energético para atender todos os segmentos a custo mais baixo por muito tempo e sem dependência externa. Além disso, Minas confirmaria seu perfil de ex-portador de energia, passando ainda a integrar o seleto grupo de Estados produtores de gás natural.

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PREFEITURA DE IPATINGA.COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO POR UMA CIDADE MELHOR PARA TODOS.

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PREFEITURA DE IPATINGA.COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO POR UMA CIDADE MELHOR PARA TODOS.

BIG

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INfRAESTRuTuRA

à ESPERA DO TERRENO

Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano aguarda desfecho de negociação para que a cidade receba seu segundo Distrito Industrial

Há seis décadas Coronel Fa-briciano era a cidade central da região hoje conhecida

como Vale do Aço. Quando Ipatin-ga e Timóteo, dois de seus distritos, se emanciparam, em 1964, o muni-cípio viu a prosperidade calcada no crescimento industrial se transformar numa vocação comercial e de presta-ção de serviços. Agora, a cidade tem nas mãos uma oportunidade de re-ceber dezenas de indústrias de uma única vez.

A administração municipal negocia com ArcelorMittal BioEnergia (anti-ga CAF) a aquisição de um terreno de 285 hectares (o correspondente a 285 campos de futebol) na região do Horto Baratinha para a instalação do

segundo Distrito Industrial do muni-cípio.

Segundo o prefeito de Coronel Fa-briciano, Francisco Simões, a CAF havia assumido o compromisso de vender a área para o município de-senvolver empreendimentos empre-sariais. “Temos duas possibilidades: ou a prefeitura assume e compra a área, ou abrimos mão para que um terceiro a adquira e faça ali um dis-trito industrial”, explica à Negócios Industriais.

A oportunidade de aproveitar a área, até então pouco atraente, surgiu com a construção do contorno rodo-viário do Vale do Aço (alça da BR-381 que liga a cidade de Timóteo a Ipatinga, evitando o fluxo de veículos

na área urbana de Timóteo e Coronel Fabriciano). A instalação do gasodu-to Vale do Aço, cuja tubulação passa à frente da área, aumentou o interesse pelo local.

Hoje, somente a fábrica de alimen-tos Produtos Plinc, de pipocas doce há três décadas no mercado, é que aproveita o diferencial logístico do local para escoar sua produção em 32 caminhões. De acordo com o secre-tário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Coronel Fabriciano, Bruno Torres, já existem 89 empresas cadastradas e interessadas em se ins-talar no Distrito Industrial.

“A posição geográfica do Distrito Industrial 2 é ‘sui generis’, pois está em Coronel Fabriciano, mas não está

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Grão Fotografra

Chico Simões: área no Horto Baratinha poderá reviver vocação industrial de Coronel Fabriciano

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INfRAESTRuTuRA

Habitantes:105.037PIB: 580 milhões de reaisÁrea: 222,08km2

LocalizaçãoRegião Metropolitana do Vale do Aço. O município possui conur-bação urbana com as cidades de Ipatinga e Timóteo

DistânciasBelo Horizonte: 211 Km

EconomiaExtração de Minerais; transforma-ção de minerais não metálicos; indústria química; indústria do vestuário, calçados e artefatos de tecido; comércio varejista; comércio atacadista; serviços de transporte; serviços de reparação, manutenção e instalação; agrope-cuária.

Principal economiaComércio e serviços.

Infraestrutura básicaO município conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular: 93% dos domicí-lios são atendidos pela rede geral de abastecimento de água, 81% da população possui escoadouro sanitário, existem 6.462 telefones convencionais e 161 telefones públicos.

FONTE: IBGE, Prefeitura de Coronel Fabriciano

“A posição geográfica do Distrito Industrial 2 é

‘sui generis’, pois está em Coronel Fabriciano, mas

não está no Centro e não passa por ele. É um ponto

estratégico, pois possui fácil acesso às maiores indústrias,

através da BR-381, e está perto do gasoduto e da

Estrada de Ferro Vitória-Minas, além da possibilidade

de geração de energia elétrica”

no Centro e não passa por ele. É um ponto estratégico, pois possui fácil acesso às maiores indústrias, através da BR-381, e está perto do gasoduto e da Estrada de Ferro Vitória-Minas, além da possibilidade de geração de energia elétrica”, avalia Bruno Torres.

OPORTUNIDADESNascida na década de 20, com

a passagem da estrada de ferro e a inauguração da Estação Ferroviária do Calado, a cidade de Coronel Fa-briciano teve seu crescimento ligado à indústria. Em 1936, a então Belgo-Mineira instalou um escritório na lo-calidade. Anos mais tarde, em 1944, o distrito de Timóteo recebeu a Ace-sita. Na década seguinte, a Usiminas iniciou sua construção em Ipatinga, outro distrito.

Com a emancipação de Timóteo e Ipatinga, a cidade-mãe, que com-pleta 62 anos em janeiro próximo, focou seu potencial no comércio e na prestação de serviços. Hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 85% do Produto Interno Bruto (PIB) provêm do setor terciá-rio, que gera 23 mil empregos, mais que o dobro da indústria.

Na década de 90, as pequenas e médias indústrias da cidade tiveram a oportunidade de ampliar seus negó-cios sem deixar Coronel Fabriciano com a criação do Distrito Industrial do Belvedere. Distante seis quilô-metros do Centro, ele abriga 30 em-presas numa área de 182 mil metros quadrados, conforme levantamento feito pela Prefeitura a pedido da re-vista Negócios Industriais. Só que a área já chegou ao seu limite. De acor-do com as autoridades, as expansões são frequentes, mas não há local para novas indústrias.

INCENTIVOAlém de uma área estratégica, a ci-

dade de Coronel Fabriciano pretende conceder incentivos fiscais e tributá-

rios às empresas que se instalarem no município. O benefício não é novo, também foi concedido às empresas do Distrito Industrial I e outros em-preendimentos na cidade. Aliás, Co-ronel Fabriciano possui uma legisla-ção que trata dos incentivos para os empreendedores.

“Com certeza vamos dar os incen-tivos, respeitando a Lei de Responsa-bilidade Fiscal, para que as empresas se instalem aqui”, antecipa Francisco Simões. O prefeito, contudo, faz uma ressalva: “não podemos dar incentivo para empresa que não gera emprego, renda ou tributos para o município”.

Ainda não existe uma data para que o projeto saia do papel. As ne-gociações ainda precisam do aval da ArcelorMittal. Isso não impede o oti-mismo de Simões. “Todos os condi-cionantes que temos hoje é para que no curto espaço de tempo tenhamos, além dos serviços, importantes ativi-dades industriais na cidade.”

A reportagem da Revista Negócios Industriais solicitou um posiciona-mento da ArcelorMittal, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.

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Olhe para sua empresa. Você pode fazer

Ambiental POR DANIELE LIMAEngenheira Sanitarista e [email protected]

O último Guia Exame de Sustentabilidade, que circulou no mês de novembro, mostra que 90% das empresas ouvidas possuem políticas de responsabilidade am-biental. Entre outros números o estudo revelou que 85% das entrevistadas redu-ziram a geração de resíduo e 54% elaboram inventário das emissões dos gases do efeito estufa.

Em todos os quesitos, a pesquisa comprovou que as ações de sustentabilidade nas 143 empresas ouvidas pela publicação da Editora Abril ganham cada vez mais espaço nas organizações. O interessante é notar que a lista inclui as maiores e mais rentáveis corporações brasileiras em diversos seg-mentos da economia.

São exemplos a serem seguidos. Parte dos ges-tores das empresas vê a implantação de práticas ambientalmente corretas, elaboração de inventá-rios ambientais, entre outras medidas, como um custo excessivo ao negócio. É preciso olhar para o outro lado. Sabendo onde e como seus insumos e recursos estão sendo gastos, a empresa consegue otimizar seus custos.

Os pequenos e médios empreendedores não de-vem dizer: “ah! Isso não se aplica à minha em-presa!” Tamanho não é desculpa. Com menos de 10 colaboradores diretos, a Letra de Forma Co-municação, empresa que edita a Revista Negócios Industriais, iniciou o projeto de monitoramento de toda a sua cadeia produtiva.

A conclusão será apresentada no final de 2011, mas basta um pouco de tempo para ver que, re-almente, os pequenos também devem fazer a sua parte. Você pode pensar: mas uma editora gera pouco resíduo, pois só trabalha com texto, pouco papel, enfim... Errado.

Para produzir a revista que você está lendo – apenas um dos produtos da empresa -, a cadeia produtiva envolve gráfica (centenas de quilos de papel, metais, tintas, etc), embalagens (plásticos e papéis adesivos), serviço de entrega (queima de combus-tível, gasto de pneus, etc). Agora, olhe para o seu negócio e veja o que você pode fazer. Aqui, nós aceitamos o desafio.

Parte dos gestores das empresas vê a implantação de práticas ambientalmente corretas, elaboração de inventários ambientais, entre outras medidas, como um custo excessivo ao negócio. É preciso olhar para o outro lado. Sabendo onde e como seus insumos e recursos estão sendo gastos, a empresa consegue otimizar seus custos.

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DAMASCENO

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DAMASCENO

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Cinco empresas do Vale do Aço e João Monlevade foram reconhecidas pelo Prêmio Regional de Qualidade do Vale do Aço (PRQ-VA) em 2010, promovido pelo Instituto

Qualidade Minas (IQM), o Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade (PMQP) e o Programa Regional da Qualidade e Produtividade do Vale do Aço (PRQP-VA).

A relação das instituições foi anunciada pelo Instituto Quali-dade Minas (IQM) no dia 19 de novembro, durante reunião de juízes, no San Diego Suites. A solenidade oficial de entrega do Prêmio deste ano está marcada para o dia 07 de dezembro, às 20 horas, no Centro Cultural Usiminas, no Shopping do Vale do Aço, em Ipatinga.

Nesta edição do Prêmio, três organizações foram reconhecidas na Faixa Ouro do PRQ-VA, sendo que a Convaço e a Disbam receberão o Troféu do Prêmio Regional da Qualidade, por apre-sentarem destaque de desempenho nos seus modelos de gestão.

Também foi reconhecido na faixa ouro o Colégio e Faculdade Kennedy. Na faixa prata receberá o reconhecimento a RCM Lo-cação de Máquinas e a faixa bronze terá a Esmetal Ltda. Todas elas de João Monlevade.

A banca de juízes do Prêmio Regional da Qualidade do Vale do Aço em 2010 foi formada pelo Chefe de Gabinete da SECTES, Adailton Vieira Pereira; pelo Superintendente de Qualidade e Assistência Técnica da USIMINAS, Eduardo Côrtes Sarmento; pelo Coordenador Técnico de Planejamento e Gestão da Samarco Mineração, Hélio Sérgio de Souza; pelo Coordenador Executivo do Núcleo Estadual do Gespública – MG da Polícia Rodoviária Federal, Edimar Antônio Nunes Júnior; e pelo Diretor Presiden-te da Caires e Coessens Construções, Ubaldo Caires de Oliveira.

Todas as empresas participantes receberão um relatório apre-sentando os pontos fortes e as oportunidades de melhorias em cada instituição. O PRQ-VA não é uma competição entre as or-ganizações. Utilizando os critérios do MEG® como referência, uma organização pode realizar uma auto-avaliação e obter um diagnóstico da gestão organizacional.

O diretor-presidente do IQM, Ricardo Kehdy, destaca que um dos grandes diferenciais do Modelo de Excelência da Gestão® que, por não propor estruturas ou metodologias específicas, é aplicável a organizações de qualquer ramo ou porte. No Vale do

MODELOSEM GESTãOPrêmio Regional da Qualidade doVale do Aço reconhece cinco organizações

Amantino Alves: empresário distribuidor de bebidas colocou à prova gestão já premiada pela Ambev

Grão Fotografia

PRêMIO DE quALIDADE

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AS RECONHECIDASO ciclo 2010 do Premio Regional da Qualidade do Vale do Aço reconheceu as seguintes organizações:

TROféu PRq-VACONVAÇODISBAM

fAIxA OuROCOLéGIO E fAC. KENNEDyCONVAÇODISBAM

fAIxA PRATARCM LOCAÇãO DE MáquINAS

fAIxA BRONzEESMETAL LTDA.

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Aço, é o segundo ano que o Prêmio é realizado. Em 2009, o PRQ-VA re-conheceu a Cipalam, Emalto Indús-tria Mecânica, Brunauer Transportes e Locadora de Máquinas, Colégio Kennedy, e GNV Mecânica e Pres-tação de Serviços.

O IQM foi instituído em 2002 por um grupo de empresas e enti-dades. Seu objetivo é oferecer o su-porte operacional, administrativo e financeiro para viabilizar a realização das diretrizes e metas do PMQP (Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade). O IQM é uma asso-ciação sem fins lucrativos, certificada como Organização da Sociedade Ci-vil e interesse Público – OSCIP, pela Secretaria Nacional de Justiça e pela Secretaria de Estado de Planejamen-to e Gestão.

REDE DA QUALIDADEPara participar do Prêmio, além

de adotarem o MEG, as empresas enviaram sua candidatura, descreve-ram seus processos de gerenciamento através de um Caderno de Avaliação e foram avaliadas presencialmen-te por examinadores do PRQ, com base em critérios reconhecidos inter-nacionalmente.

Em 1971, o empresário Amanti-no Alves da Silva começou a ven-der refrigerantes. Três anos depois, inclui no seu portfólio a cerveja “Ouro Branco”, que daria origem à Skol. O negócio cresceu, deixou o Centro de Ipatinga, indo para a avenida Brasil, no Iguaçu, onde até hoje situa-se a Disbam (Distritui-bora de Bebidas Amantino) que em 2006 tornou-se o distribuidor tam-bém da Brahma e Antártica.

Os números da distribuidora Ambev num raio de 60 quilôme-tros impressionam. São 26 milhões de garrafas de cerveja, 19 milhões de latas de cerveja e 485.799 qui-lômetros percorridos todos os anos para atender 5.000 pontos de ven-das. Hoje, a empresa conta com 12 carretas para buscar os produtos das fábricas e 35 veículos para distribuí-los. Como controlar uma operação tão complexa?

A qualidade da gestão faz parte da filosofia da empresa de Aman-tino Alves há pelo menos 14 anos, quando ingressou no Programa de

Excelência da Ambev, o PEX. “Nós já participamos de um projeto que mede nossa eficiência. Quando sur-giu o Prêmio Regional, que tem a participação de muitas indústrias e prestadoras de serviço, pensei em ver como estaríamos posicionados”, revela.

Amantino conta que nesse perí-odo a Disbam conquistou prêmios pelo desempenho em vendas, logís-tica e produtividade. Para ele, rece-ber o troféu do Prêmio Regional de Qualidade, por ser destaque entre as empresas da faixa Ouro, é o re-conhecimento de um trabalho feito há quase quarenta anos.

“Foi um momento oportuno para trocarmos experiências com outros setores. Foram várias ho-ras de encontros, de debates. Foi uma surpresa chegar ao final com o reconhecimento na faixa Ouro e ainda com o destaque”, destacou o empresário que presidiu a Associa-ção Comercial, Industrial, Agrope-cuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi).

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Timóteo agora tem um sistema de limpeza mais organizado e eficiente. A coleta de entulho está sistematizada, associada à implantação de uma frente de limpeza de bueiros, do combate à dengue e de outras ações de saúde. O O recolhimento do lixo domiciliar tem seu próprio calendário.Confira os dias e horários do recolhimento do lixo e do entulho no seu bairro. VVocê pode contribuir, e muito, para que nossa cidade fique ainda melhor.

Vê!Vê!Estão v

oltando as flore

s.

Estão voltando

as flores.

ESSA PRIMAVERA VEM TRAZER NOVOS ARES A TIMÓTEO.

ESSA PRIMAVERA VEM TRAZER NOVOS ARES A TIMÓTEO.

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A lei que obriga as empresas a contratarem aprendizes não é nova. Mas, no Vale do Aço, o rigor na fiscalização por parte do Ministério do Trabalho aumentou a procura dos empresá-rios por informações sobre o tema. A Negócios Industriais traz um resumo da apostila “Aprendizagem: perguntas e respostas”, produzida pelo Senai, que vai auxiliá-lo. A íntegra pode ser conferida no endereço eletrônico: http://www.senai.br/upload/publicacoes/arq632935890872560955.pdf.

SAIBA MAIS SOBREA APRENDIzAGEM

APRENDIZAGEMConsidera-se a aprendizagem como forma de educação profissional de nível bási-co ou técnico, destinada à qualificação ou habilitação inicial de jovens aprendizes e caracterizada pela articulação entre formação e trabalho. APRENDIZAprendiz é o jovem maior de 14 e menor de 24 anos de idade, que celebra con-trato de aprendizagem nos termos do art. 428 da CLT. A condição de aprendiz, portanto, pressupõe formalização do contrato do jovem pela empresa e da sua matrícula em curso ou programa de aprendizagem no SENAI. A idade máxima pre-vista não se aplica a aprendizes portadores de deficiência (Decreto nº 5.598/2005, art. 2º, parágrafo único). CONTRATO DE APRENDIZAGEM E SUA DURAÇÃOContrato de Aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, com duração máxima de dois anos, em que o emprega-dor se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação. COTAS DE APRENDIZESOs estabelecimentos de qualquer natureza – excluindo-se as microempresas e empresas de pequeno porte e as entidades sem fins lucrativos (ESFL), que têm por objetivo a formação profissional – são obrigados a empregar e matricular nos cur-sos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem um número de aprendizes equiva-lente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. A cota, portan-to, corresponde ao número de aprendizes resultantes da aplicação dos referidos percentuais, segundo fatores e critérios estabelecidos pelo poder público.

Para a definição das funções que demandam formação profissional deverá ser considerada a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

O cálculo do número de aprendizes a serem contratados terá por base o total de trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem for-mação profissional, excluindo-se aquelas que exijam para seu exercício habilita-ção profissional de nível técnico ou superior; e as funções caracterizadas como cargos de direção, de gerência ou de confiança.

quais são as formas de contratação de aprendizes?A contratação de aprendizes deve ser feita diretamente pela empresa, e, supletivamente, a contratação poderá ser efetivada por meio das entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e a educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, as quais ficarão encarregadas de ministrar o curso de aprendizagem.

Como formalizar a contratação do aprendiz?A contratação do aprendiz deve ser formalizada por meio de contrato de aprendizagem, anotação na CTPS e no livro de registro/ficha ou sistema eletrônico de registro de empregado. No campo função, deve ser aposta a palavra aprendiz seguida da função constante no programa de aprendizagem. Em anotações gerais, deve ser especificada a data de início e término do contrato de aprendizagem (CLT, art. 29).

quais as funções que devem ser consideradas para efeito do cálculo da cota de aprendizes?Todas as funções que demandem formação profissional, observada a Classificação Brasileira de Ocupações.

Como deve ser feita a indicação do aprendiz?O empregador dispõe de liberdade para recrutar e indicar os candidatos a aprendizes, observados os dispositivos legais pertinentes à aprendizagem e às diretrizes institucionais e às especificidades de cada curso ou programa de aprendizagem profissional.

quais as instituições qualificadas para ministrar cursos de aprendizagem?São qualificadas para ministrar cursos de aprendizagem as seguintes instituições: os Serviços Nacionais de Aprendizagem; as Escolas Técnicas de Educação, inclusive as agropecuárias; as entidades sem fins lucrativos (ESFL) que tenham por objetivos a assistência ao adolescente e a educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente .

Se não houver curso previsto para iniciar no SENAI, como proceder em caso de fiscalização?O SENAI estará sempre apto a receber jovens aprendizes em seus cursos regulares

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SEu NEGóCIO

ou desenvolvidos por meio de estratégias flexíveis, de acordo com as necessidades das empresas.

No caso de o SENAI não oferecer cursos de interesse de uma empresa, como proceder?A demanda das empresas poderá ser encaminhada, a qualquer momento, para ser analisada pelo SENAI, que está estruturado para desenvolver programas de aprendizagem. O atendimento pode ser realizado através de cursos e programas regulares, ou seja, por meio de estratégias flexíveis, utilizando a sua rede de unidades operacionais.

O jovem aprendiz pode ficar na empresa somente meio expediente? E se a empresa aumentar o salário?A jornada de trabalho de aprendiz não deve exceder a 6 horas diárias, nelas incluídas as atividades teóricas e práticas, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.Para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, o limite da jornada poderá ser ampliado para 8 horas, desde que nela estejam incluídas as atividades teóricas. Como se observa, os limites estabelecidos são os máximos, não havendo impedimento legal para jornadas inferiores, definidas em contrato e em consonância com o plano e o regime da aprendizagem. A lei dispõe que ao aprendiz será garantido o salário mínimo/hora, salvo condição mais favorável.

qual deve ser o salário do aprendiz?O aprendiz tem direito ao salário mínimo/hora, salvo condição mais favorável, fixado no contrato de aprendizagem ou previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

A falta ao curso de aprendizagem pode ser descontada do salário?Sim, pois as horas dedicadas ao curso de aprendizagem também integram a jornada do aprendiz, podendo ser descontadas as faltas que não forem legalmente justificadas (CLT, art. 131) ou autorizadas pelo empregador.

qual a jornada de trabalho permitida para o aprendiz?A jornada de trabalho legalmente permitida é de 6 horas diárias, no máximo, para os que ainda não concluíram o ensino fundamental, computadas as horas destinadas às atividades teóricas

e práticas (CLT, art. 432, caput); 8 horas diárias, no máximo, para os que concluíram o ensino fundamental, computadas as horas destinadas às atividades teóricas e práticas. Em qualquer caso, a compensação e a prorrogação da jornada são proibidas (CLT, art. 432, caput). Na fixação da jornada do aprendiz adolescente, na faixa entre 14 e 18 anos, a entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica deve também observar os demais direitos assegurados pela Lei nº 8.069/90 – ECA.

O aprendiz com idade inferior a 18 anos pode trabalhar em horário noturno?Não, uma vez que a legislação proíbe ao menor de 18 anos o trabalho noturno, considerado este o que for executado no período compreendido entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte (CLT, art. 404), para o trabalho urbano.

O aprendiz tem direito ao vale-transporte?Sim, é assegurado o vale-transporte para o deslocamento da residência, atividades teóricas e práticas (Decreto nº 5.598/05, art. 27).

Ao aprendiz são asseguradas integralmente as vantagens e/ou benefícios concedidos aos demais empregados da empresa constantes dos acordos ou convenções coletivas?Sim, desde que haja previsão expressa nos acordos ou convenções coletivas ou por liberalidade do empregador (Decreto nº 5.598/05, art. 26).

As férias contratuais do aprendiz com idade inferior a 18 anos deverão sempre coincidir com as férias escolares?Sim, pois assim dispõe o art. 136, § 2°, da CLT.

O empregador pode formalizar novo contrato de aprendizagem com o mesmo aprendiz após o término do anterior, mesmo quando o prazo deste for inferior a dois anos?Não, pois a finalidade primordial da aprendizagem é propiciar oportunidade de formação técnico-profissional metódica aos jovens para ingresso no mercado de trabalho. A celebração de dois contratos consecutivos com a mesma pessoa acarreta redução de oportunidade para outros jovens.

Ao contratar um aprendiz com deficiência, a empresa está cumprindo

as duas cotas?Não, pois são duas exigências legais visando a proteger direitos distintos que não se sobrepõem: o direito à aprendizagem, em relação aos aprendizes, e o direito ao vínculo de emprego por tempo indeterminado, em relação aos portadores de deficiência (Nota Técnica nº 121 /DMSC/DEFIT/SIT/MTE, de 1º de setembro de 2004).

quando o cotista completar 24 anos, a empresa é obrigada a contratá-lo? O contrato de aprendizagem se extingue após dois anos ou quando o jovem aprendiz completa 24 anos. Não há obrigatoriedade de contratação dos jovens aprendizes após o término do curso. Quando o aprendiz conclui o curso de aprendizagem, e possui 24 anos ou mais, está apto a ser contratado como empregado da empresa de acordo com as regras da CLT, se a empresa assim o desejar.

Uma empresa não contribuinte do SENAI pode cumprir cota de aprendizes no SENAI?Em princípio, os cursos e vagas de aprendizagem oferecidos pelo SENAI destinam-se ao atendimento prioritário das demandas das empresas contribuintes do SENAI. A questão acima, entretanto, tem ocorrido e, sem prejuízo de eventuais diretrizes específicas de cada Departamento Regional sobre o assunto, podem ser formuladas as seguintes hipóteses e orientações:como regra, os aprendizes devem ter assegurada a gratuidade da aprendizagem. E as empresas contribuintes não devem ser constrangidas a custear a aprendizagem, além da contribuição compulsória a que estão sujeitas.

Vagas em cursos de aprendizagem do SENAI, não preenchidas e nem programadas para aproveitamento em futuro próximo pelas empresas contribuintes do SENAI, podem, em caráter excepcional, ser preenchidas por aprendizes individualmente encaminhados por empresas contribuintes de outro Serviço Nacional de Aprendizagem. Esse atendimento pode ser considerado como política de reciprocidade e de compensação, pois pode ocorrer o mesmo em sentido inverso. O SENAI tem sido procurado por empresas rurais, de transportes, de comércio e serviços, contribuintes, portanto, de outro Serviço de Aprendizagem.

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SuSTENTABILIDADE

PRIMEIRO, O DEVER DE CASAEmpresas que buscam desenvolver ações de responsabilidade social devem olhar dentro e conhecer seus passivos ambientais e sociais

“Se a empresa busca a susten-tabilidade na gestão, inevita-velmente ela vai passar pela

qualidade da gestão. Ela não vai conseguir ser uma empresa que tra-balha rumo à sustentabilidade sem trabalhar junto à qualidade. Uma coisa está dentro da outra. Se eu falo em processo sustentável isso tem que ser economicamente viável e a qualidade está aí.”

O alerta foi feito por Cristina Fedato, durante o Seminário de Responsabilidade Social promovi-do pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, em Ti-móteo, no mês de setembro. Mestre em Administração e consultora de empresas para Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa, ela abordou um ponto crítico no Vale do Aço.

Em geral, as empresas buscam desenvolver ações sustentáveis e de responsabilidade social sem, sequer, conhecer os passivos gerados por sua atividade produtiva.

“Não deveria se preocupar em ter práticas sustentáveis sem antes se ter consciência do seu próprio im-pacto”, reforça Moysés Simantob, co-fundador e atual coordenador executivo do Fórum de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP) e co-autor do Guia Valor

Econômico de Sustentabilidade nas Empresas, que também esteve no Vale do Aço.

Para Simantob, as empresas que não tiverem consciência do seu pas-sivo social e ambiental não terão competitividade no futuro. “As or-ganizações serão pressionadas pela própria mobilização social, e se o empresário não tiver consciência dos seus males, dificilmente ele terá

uma organização com condições de competir de igual para igual com concorrentes que tenham no topo da sua agenda essas questões.”

O especialista compara o mo-mento àquele vivido na década de 80, com a busca pela qualidade da gestão, através das certificações ISO 9000. O problema reside justamen-te aí. Aqui, a gestão da qualidade

“Não tem como fazer um processo mais limpo, mais ambientalmente correto, mais sustentável sem ter uma ISO 9000. Ela não tem como fugir disso. Quando a empresa chega a obter uma ISO 14000 ela já tem uma ISO 9000. É um processo, uma coisa está dentro da outra”

Sustentabilidade: Moysés Simantob, ao lado da

Coordenadora do Núcleo de Responsabilidade Social do

Sistema Fiemg, Marisa Seoane Resende, em seminário promovido

no Vale do Aço

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SuSTENTABILIDADE

não é tão abraçada. Entre os asso-ciados do maior sindicato patronal industrial da região, o Sindicato das Indústrias Metalmecânicas, o Sin-dimiva, somente cerca de 30% das emprsas contam com ISO 9001.

“Não tem como fazer um proces-so mais limpo, mais ambientalmen-te correto, mais sustentável sem ter uma ISO 9000. Ela não tem como

fugir disso. Quando a empresa che-ga a obter uma ISO 14000 ela já tem uma ISO 9000. É um proces-so, uma coisa está dentro da outra”, reforçou Cristina Fedato, em entre-vista à Negócios Industriais.

MULTIPLICIDADEUma coisa é saber que se deve fa-

zer, a outra é como. Não existe fór-

mula mágica e para cada negócio a equipe para desenvolver o projeto é diferente. Uma coisa é certa: a inter-disciplinaridade deve predominar.

Mas existem algumas coisas das quais a empresa não tem como fu-gir. Uma indústria que tem alto impacto ambiental vai precisar, por exemplo, de uma pessoa da área ambiental.

Sérgio Roberto/Agência Cobertura

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Hospedaria: Sede da Fundação ArcelorMittal Acesita foi hotel para

receber funcionários e visitantes da antiga Acesita

Grão Fotografia

CuLTuRA

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Hospedaria: Sede da Fundação ArcelorMittal Acesita foi hotel para

receber funcionários e visitantes da antiga Acesita

O Centro Cultural da Fun-dação ArcelorMittal Ace-sita, em Timóteo, recebe

cerca de 260 eventos todos os anos. São milhares de visitantes no im-ponente prédio na região Centro Norte do município. O que pou-ca gente sabe é que ali, onde hoje acontece apresentações culturais, seminários e exposições, foi um hotel.

Presidente da Fundação desde 2000, Anfilófio Salles Martins con-ta que o prédio, de estilo arquitetô-nico eclético, com traços neoclássi-cos, foi construído pela Acesita em 1953 para ser a Casa de Hóspedes. Com cerca de 60 apartamentos, a hospedaria também primou pela valorização da flora brasileira, com espécies de jatobá, cedro, ipê, árvo-res nativas da região que até hoje estão no bosque.

Na década de 90, com a priva-tização da Acesita, a diretoria da empresa entendeu, conforme Sal-les, que era o momento de incen-tivar o desenvolvimento do setor hoteleiro da cidade. “Um hotel da empresa inibia um empreendedor na região”, avalia. O prédio foi transformado. O restaurante virou o auditório, a cozinha transfor-mou-se em palco, as paredes dos quartos foram derrubadas, abrindo espaço para as exposições. Se você não o conhece, visite as exposições. Saiba mais em http://www.arcelor-mittalinoxbrasil.com.br/.

DE hOTELA CENTRO CULTURAL

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fINANCIAMENTOS

FINAME PSI NO BDMG VAIATé 31 DE MARçO DE 2011

Foi prorrogado até 31 de março de 2011 o prazo para contratação de financiamento pelo Finame PSI. Até outubro de 2010, foram desembolsados mais de R$121,4 milhões deste produto. O Finame PSI é destinado à compra de má-quinas e equipamentos nacionais credenciados na FINAME.

O produto oferece carência de até 2 anos, taxa fixa de 5,5% ao ano para maior parte das máqui-nas e equipamentos e prazo de até 10 anos para pagar o financia-mento. A gerente de Marketing do BDMG, Ana Veryna Leonardo Aguiar, considera o produto uma boa alternativa para as empresas que precisam comprar máquinas e equipamentos com certa urgência: “Temos agilidade na liberação do Finame PSI. Além disso, o produ-to tem uma boa carência, taxa fixa e prazo adequado para quem quer fazer este tipo de investimento”, disse. Para saber mais detalhes so-bre esta e outras linhas de crédito acesse www.bdmg.mg.gov.br .

Em Ipatinga, os interessados devem procurar o Posto de Infor-mações BNDES / BDMG situado na sede da Fiemg Regional Vale do Aço através do telefone (31) 3822-1414 e falar com Poliane Gomes para encaminhar seu pedi-do o quanto antes. A solicitação será encaminhada ao BDMG para análise.

CLIENTES SATISFEITOS Fornecedora de serviços de as-

falto e terraplenagem para o Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, a PAESAN Pavimentação, Enge-nharia e Saneamento Ltda. , em-presa localizada em Patos de Mi-nas, triplicou sua capacidade de atendimento depois que comprou uma nova vibroacabadora – má-quina utilizada para dar acaba-mento ao asfalto - com recursos do Finame PSI, financiados pelo BDMG.

“Uma nova máquina era necessi-dade da empresa e o investimento era alto. Nos ofereceram o Finame PSI e a taxa de juros, a carência e prazo para pagar, nos encorajaram a comprar a nova máquina. Hoje só o seu serviço garante o pagamento do financiamento”, disse Wilson da Silva Soares, gerente administrati-

vo da empresa. Ele está satisfeito com o produto e muito mais ainda com a nova máquina, que contri-buiu para que sua empresa desse um grande salto no atendimento e no faturamento.

Com três filiais em Minas – Be-tim, Varginha e Camanducaia – a Plascar Indústria de Componentes Plásticos também utilizou o Fina-me PSI para a compra de máqui-nas e equipamentos. Na opinião do diretor financeiro da empresa, Gordiano Pessoa Filho, o Finame PSI é um “ótimo produto e oferece as melhores condições do mercado” Já que o prazo se estendeu, ele ga-rante que vai negociar com o Ban-co a compra de outras máquinas.

“Nos últimos quatro anos dobra-mos o nosso número de contrata-ção em Minas graças ao apoio do BDMG” disse Gordiano. Hoje a Plascar tem no Brasil 4.400 em-pregados e, destes, 2.200 estão nas empresas de Minas. Ele con-tou que o BDMG - não só pelos produtos que oferece, mas também pelo atendimento - foi um diferen-cial para que a empresa investisse mais no Estado.

A Plascar fabrica painéis, para-choques, painéis de instrumento, lanternas, grades e acionadores de vidros e os fornece para as princi-pais montadoras do Brasil, Merco-sul, México, Canadá, EUA, Aus-trália e Europa.

SERVIÇOFiemg FinanciamentosPoliane Gomes - 31 3822 1414

Este espaço é de responsabilidade da Assessoria Financeira da Fiemg Regional Vale do Aço.

O produto oferece carência de até 2 anos, taxa fixa de 5,5% ao ano para maior parte das máquinas e equipamentos e prazo de até 10 anos para pagar o financiamento.

RegionalVale

do Aço

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90 Sedan de luxo da Hyundai estreiacoluna sobre automotoresda “Negócios Industriais”

HAPPy HOuRa v i d a n ã o é s ó t r a b a l h o

TURISMO A negócios ou a passeio, Vale do Aço oferece boas

opções. Agências começam a explorar o potencial

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GASTRONOMIA Dicas para aprender a escolheras bebidas adequadas parasua festa de Natal

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TECNOLOGIASeu celular também pode ser alvo de invasores. Saiba como se proteger dessa praga

88VIVERBEMO esforço das empresas brasileiras para concorrer no mundo globalizado está levando a investimentos que não se limitam às linhas de produção.

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Lagoa do Bispo: beleza natural em meio a grandes indústrias

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CONTATO NATURAL A negócios ou a passeio, Vale do Aço oferece boas opções. Agências começam a explorar o potencial

Considerada uma das principais cidades do Estado com potencial turístico para negócios, ecoturismo e lazer, Ipatinga está a um passo de conquistar o título de cidade

turística, segundo a Secretaria Estadual de Turismo que está realizando, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), um estudo sobre a “Competitividade dos destinos indutores do desenvolvimento turístico regional”. A pesquisa consiste nos destinos já reconhecidos pelo potencial turístico, que possuem infraestrutura básica e turística adequadas, com a capacidade de induzir ao desenvolvimento turístico em seu território e em suas respectivas regiões.

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TuRISMO

Para Raquel Timbó, pesquisadora da FGV contratada pelo governo es-tadual para realizar a pesquisa, Ipa-tinga tem um “bom potencial” para entrar na lista dos principais roteiros de turismo do Estado. “Visitei várias cidades, Ipatinga é a mais bonita, planejada e possui uma boa infraes-trutura, com canteiros arborizados e uma taxa de ocupação hoteleira de 95%”, destacou, associando Ipatinga à cidade de Brasília.

“O Circuito abrirá um leque de oportunidades para o setor incluin-do a possibilidade de Ipatinga se tornar subsede de uma das fases (Team Base Camp), ou seja, ser uma base de treinamento de algu-ma seleção participante da Copa de 2014, fortalecendo o turismo e con-sequentemente a economia da re-gião”, destacou Regina Célia Rolla Guerra, vice-presidente do Circuito Mata Atlântica de Minas Gerais e proprietária da Regina Turismo. Ela

ainda completa, “esse tipo de even-to é uma vitrine para apresentarmos nossa região tanto no turismo na-cional quanto internacional”.

Recém-chegada do Pantanal, Re-gina esteve entre as 12 pessoas es-colhidas no Brasil pelo Ministério do Turismo para uma visita àquele local, o que possibilitou agrupar di-versas informações sobre o ecoturis-mo para adaptar à nossa região. “O Vale do Aço não é só aço. Temos um potencial turístico enorme e pouco explorado. Nossa região tem lugares lindos, cada qual com sua história e beleza”, acrescentou.

Em processo de certificação de qualidade e segurança no turis-mo pelo Inmetro, a empresa tem o propósito de oferecer aos turistas e também aos moradores da região roteiros e atrativos com total es-trutura através do turismo recepti-vo. No Vale do Aço os roteiros vão desde passeios urbanos, incluindo o

Zoobotânico da Usipa, Parque Sa-mambaia, Maria Fumaça e Estação Memória, aos passeios na zona ru-ral, um contato imprescindível com a natureza do Parque das Cachoei-ras, Fazendas Centenárias - onde ocorre a fabricação de cachaça e ra-padura - Fazenda do Zaca (Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN) que faz parte do Centro de Educação Ambiental Portal da Mata Atlântica e a Pedra do Leão Deitado.

COMBINAÇÃO PERFEITA Responsável por abrigar grandes

Responsável por abrigar grandes empresas, o Vale do Aço preenche os requisitos para proporcionar aos seus visitantes além de bons negócios, bons momentos de lazer.

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empresas, o Vale do Aço preenche os requisitos para proporcionar aos seus visitantes, além de bons negó-cios, bons momentos de lazer. Ape-sar das características industriais, Ipatinga capricha nas opções de la-zer com parques, lagoas e fazendas.

“Temos um fluxo intenso de pro-fissionais das diversas áreas que atu-am não só no setor industrial como na área da educação e saúde. São pessoas que por algum motivo vem aqui a trabalho e nas horas vagas querem conhecer a cidade”, relatou Regina.

Procurando atender esses profis-sionais - visitantes, a agência tem passeios que variam de acordo com o tempo disponível de cada visitan-te. “Tem pessoas que vêm para ficar dois dias na cidade, mas tem outras que vêm pra ficar um mês e vêm acompanhadas da família, disponi-bilizamos roteiros de acordo com a necessidade de cada um”.

Opções não faltam. Um dos principais pontos de encontro dos visitantes é o Parque Ipanema, car-tão-postal de Ipatinga, no centro da cidade. Dominado por um mi-lhão de metros quadrados de área verde, o parque conta com jardins projetados por Burle Marx, oferece espelho d’água com ilhotas, passa-relas de madeira, pista de corrida, playground, quadras poliesportivas, kartódromo, espaço cultural e anfi-teatro.

Já o Parque das Cachoeiras, mais afastado do centro urbano, propor-ciona contato direto com a natureza. Entre as atividades estão caminha-das em meio a trilhas e banhos de cachoeiras com piscinas naturais e artificiais.

Outra opção é o passeio am-biental na Fazenda do Zaca, com abordagem sobre o meio ambiente, resgate das tradições mineiras como culinária, “causos”, prosa e folclore.

O potencial do circuito com ro-teiros integrados a Serra dos Cocais margeia os municípios de Santana do Paraíso, com belíssimas cacho-eiras e um trecho da área rural de Ipatinga.

Em Coronel Fabriciano, além das trilhas, vales e montanhas da Serra, - local dotado de mirantes naturais, clima agradável de montanhas e inúmeras corredeiras e cachoeiras de água limpa e transparente - os visitantes podem conhecer a ruína da 1ª hidrelétrica do Vale do Aço.

A região ainda possui o mais bem estruturado Parque Estadual de Minas Gerais, o Parque Estadual do Rio Doce, com quase 36 mil hectares de mata atlântica preservada, além de um complexo lacustre invejável e ainda área de camping, trilhas in-terpretativas, circuito de arvorismo, restaurante e meio de hospedagem, com uma vista única do mirante, um verdadeiro presente da natureza.

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VINHOPARA CELEBRAR

Dezembro chegou e com ele as tradicionais festas de fim de ano. Acompanhando a mesa farta que as ocasiões demandam, bebidas como o vinho se tornam uma boa opção. De acordo com Heli Evangelista, proprietário da Grampian Delicatessen, em Ipatinga, as bebidas mais procuradas nesta época do ano são vinho, espumante e whisky, gerando um aumento de 100% das vendas.

“Sem margem de dúvida esse período do ano é muito positivo para nosso segmento. O aumento no consumo principalmente de vinhos e espumantes é notório pelos que buscam celebrar o Natal e Revéillon com bebidas mais sofisticadas”, afirmou.

Para apresentar boas opções aos leitores, a revista “Ne-gócios Industriais” conversou com Ricardo Sá, consultor de hospitalidade e instrutor do Senac Minas, e traz dicas de como comprar o vinho ideal e sugestões da bebida que harmonizam com todos os tipos de ceias da entrada à sobremesa. São alternativas que vão desde bebidas de qualidade e com bom preço até vinhos bem qualificados em todo mundo.

Os vinhos do Novo Mundo, produzidos na América Latina, podem ser apreciados de forma mais livre e de-vem anunciar, no rótulo, as variedades de uva utilizadas em sua composição. Quando isso não acontece é sinal de que foram produzidos com matéria-prima de qualidade inferior. Já entre os vinhos europeus, ou do Velho Mun-do, o importante é saber a região de origem. Quanto mais detalhada a descrição, maior a probabilidade de que o vinho seja bom. Um rótulo que tem o nome da região, da cidade, do produtor e do vinhedo tende a ser melhor que outro com apenas uma indicação genérica.

Para a região do Vale do Aço, onde o clima é quen-te, Ricardo aconselha o consumo de vinho branco, como o Sauvignon Blanc, que deve estar alguns graus mais fresco que o local onde for servido, acompanhado de peixes, peru ou chester. Outra opção é o vinho espumante Moscatel, variedade mais doce da bebida, servida para acompanhar so-bremesas.

Boas Festas e Tin-tin!

COMO ESCOLHER

VEJA A SAFRA: nos vinhos mais jovens o álcool se destaca.

PAíS DE ORIGEM: naqueles sem “tradição” recomenda-se o consumo entre dois e três anos.

UVA: cada tipo produz um resultado de sensibilidade e sabor.

LOCAL DA COMPRA: influencia na forma de armazenamento.

NA HORA DA COMPRA, evite bebidas armazenadas próximas a locais aquecidos, expostas ao sol e perto de produtos de higiene e limpeza.

CONFIRA NO RóTULO o tipo e os componentes da bebida, assim como a origem, o prazo de validade e instruções.

VERIFIqUE TAMBÉM SE NÃO Há SUJEIRA no conteúdo da garrafa e se o nível do líquido não está abaixo do normal.

OBSERVE SE A ROLHA está em boas condições ou se há manchas no rótulo e dê preferência àquelas que estiverem menos expostas à luz, pois muita luminosidade pode afetar sua qualidade.

CASO A COMPRA SEJA EFETUADA PELA INTERNET é bom que o consumidor conheça bem o produto que deseja comprar, uma vez que não contará com o acompanhamento de um consultor e não poderá analisar o produto pessoalmente. É importante lembrar também que a forma de transporte pode prejudicar as propriedades do vinho.

PARA BOA CONSERVAÇÃO DAS BEBIDAS, mantenha as garrafas deitadas, protegidas da umidade, iluminação e calor excessivo, a uma temperatura média de 12 a 14º C. Evite comprar grandes quantidades se não tiver locais adequados para armazenar.

GASTRONOMIA

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TECNOLOGIA

Suas informações pessoais e financeiras são valiosas para os

cibercriminosos, seja lá onde estiverem armazenadas: no celular

ou no computador. Já se fala de ameaças e de antivírus para

smartphones há tempos. Agora, o problema ganhou contornos mais

claros. Um em cada cinco programas do

Android Market (loja de aplicativos dos aparelhos que usam o sistema do Google) precisa de permissões para acessar informações privadas ou sigilosas para poder funcionar, segundo estudo sobre o mercado

do Android publicado pela empresa SMobile, que faz programas de

segurança para aparelhos móveis. Outra estatística preocupante: uma

em cada 20 aplicações pode, com os dados captados no aparelho, fazer

uma ligação para qualquer número, sem a interação ou a autorização do

dono do smartphone. O estudo mapeou 48.694 aplicativos

do Android Market, cerca de 68% dos programas disponíveis.

PERMISSÕES Ao instalar um aplicativo, o usuário

dá ao programa permissão para acessar uma série de dados. Mas essas permissões podem não ter

relação nenhuma com a função do programa ou simplesmente explorar

dados que o usuário possa não querer revelar. É preciso ficar atento

com o que se está autorizando.Entre os exemplos de permissão

que são requisitadas estão as que possibilitam ao programa iniciar

uma ligação sem ser necessária a autorização do usuário, monitorar

chamadas, ler as mensagens de SMS e até gravar áudios do aparelho.

Um exemplo de programa suspeito foi o SMS Message Spy Pro, segundo

a SMobile, pela quantidade de permissões perigosas que ele solicita

ao usuário.

Empenhada em convencer os consumidores a embarcar no 3D, a indústria de eletrônicos começa a investir em outra frente além dos televisores: os notebooks. Um deles, já à venda no Brasil, é o R590 3D, da LG. Como costuma ser praxe entre produtos novidadeiros, o laptop é caro: custa R$ 6.499. Para ver imagens saltitando da tela de 15,6 polegadas, ainda são necessários os indefectíveis óculos especiais - dois pares vêm com o R590. Além do preço alto e do pequeno sacrifício de ter que usar os óculos especiais, os entusiastas de primeira hora do 3D vão se deparar com um terceiro problema: a falta de conteúdo específico. O R590 vem com uma pequena coleção demonstrativa de vídeos curtos e fotografias tridimensionais, e indica o site www.yabazam.com para baixar outras poucas galerias de foto e vídeos 3D (alguns pagos). Outra fonte, ainda escassa, de conteúdo tridimensional para o R590 são filmes em Blu-ray. Entre os potenciais interessados pelas habilidades tridimensionais do R590, os gamers estão mais bem servidos do que os cinéfilos e os amantes da fotografia. O laptop adota a plataforma 3D Vision, da Nvidia, que converte dezenas de jogos para o formato tridimensional automaticamente. Em seu site, a Nvidia mantém uma longa lista de jogos compatíveis ou não com o sistema (bit.ly/jogos nvidia3d).

FALTACONTEÚDO

OLHAA CHUVA!

AMEAÇASAO CELULAR

O verão está chegando e com ele as chuvas constantes e os raios. A instabilidade na rede elétrica leva a uma situação a que as empresas devem ficar atentas: a aquisição de nobreaks. Existem tamanhos e características para todo tipo de negócio. Revendedor autorizado da SMS em Ipatinga, Wemerson Silveira, da Mega Micro, explica que a procura cresce nessa época do ano devido aos piques de energia. “É um risco muito grande perder tudo que se está fazendo por causa da oscilação na rede.”

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Na Era Digital, os documentos das empresas, os arquivos pessoais e toda a infinidade de informações produzidas todos os dias deixaram de estar em meio físico, em geral o papel, armazenados em grandes armários e estantes.Hoje, esse turbilhão de dados está quase invisível nos discos rígidos (HDs) de nossos computadores e notebooks. Como o tamanho dos arquivos só cresce, mídias externas como disquetes (ninguém vê um exemplar mais), CDs, DVDs e até os Pen Drives já não têm capacidade suficiente. Quem está ganhando espaço são os HDs externos. Eles começaram a ganhar o consumidor com 80 Gigabytes e hoje estão nas lojas com 500 GB.

A Samsung, por exemplo, possui uma linha completa com diversas cores, acabamento fino e que cabe no bolso (nos dois sentidos). O Samsung S2 Portable, de 500 GB, usado pela Letra de Forma Comunicação pesa menos de 200 gramas e conta com um aplicativo bacana, o Auto Backup, que auxilia na hora de gravar os arquivos. De acordo com Wemerson Laureano Silveira, da Mega Micro, revendedora em Ipatinga, o produto agrada aos clientes pelo visual e pela praticidade. “É um equipamento elegante, com cantos arredondados, couro sintético. Quem usa nem sente que está carregando um HD”, explica. Mais informações no sitewww.samsung.com.br.

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SONATA Hyundai lança sedan deluxo no mercado brasileiro

VELOCIDADE

Aceleração 0-100 km/h 10,1 sValor R$ 92.000Velocidade Máxima 195 km/hCombustível GasolinaTorque 25,5 kgfm a 4250 rpmPotência 198 cvConsumo Urbano 8,2 km/lConsumo Rodoviário 11,8 km/lPorta-malas 464 litrosTanque 70 litrosComprimento 4820 mmLargura 1840 mmEntreeixos 2800 mmAltura 1470 mm

fICHA TéCNICA . SONATA 2.4 16V

No Vale do Aço: até o fechamento da edição concessionária

Vital Hyundai ainda não tinha apresentado previsão de valor e

quando o veículo chegaria à região

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Ford Fusion e Chevrolet Malibu, que são encontrados nas concessionárias do Vale do Aço e vistos circulando pelas ruas das cidades da região, ganharam um concorrente de peso: durante o Salão do Automóvel de São Paulo, a Hyundai apresentou ao público brasileiro

o Sonata. O Sonata tem sido um best-seller na Coréia desde que o primeiro modelo foi lançado em 1985. A Hyundai iniciou o desenvolvimento do atual Sonata em 2005, baseado no conceito ‘YF’. O ousado design do Sonata foi desenvolvido para emocionar. Ele reúne o ‘estado-da-arte’ da tecnologia automotiva e está predestinado a sacudir o mercado mundial de sedans médios. O projeto levou quatro anos do conceito ao produto final. Em sua sexta geração, o veículo está completamente novo. Veja suas características informadas à Negócios Industriais, pela CAOA, distribuidora da marca no Brasil.

Fotos Hyundai Brasil

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HAPPy HOuR - autos

ESCULTURAS FLUIDASO exterior do Sonata é longo, leve e baixo. A linha na altura da cintura resulta num teto muito elegante, acentuado pela terceira janela. Visto de perfil destacam-se as linhas de fluxo laterais. Normalmente, este tipo de corte é encontrado apenas em torno das janelas. No Sonata, esta linha se estende para as lanternas, projeta-se ao longo do capô e através da linha de cintura. Uma grade cromada, faróis grandes e poderosos são detalhes marcantes. As rodas aro 18 completam a postura assertiva. O visual sofisticado continua no interior.

DIMENSÕESO novo Sonata tem entre-eixos de 2.795 milímetros, sendo 65 milímetros mais longo do que a versão anterior. Com 4.820 milímetros e 1.835 milímetros, também é mais longo e mais largo que seu antecessor (em 20mm e 5mm, respectivamente), melhorando consideravelmente o espaço da cabine interior.

POWERTRAINNo Brasil, o Sonata está equipado com o motor Theta-II 2.4 178 cv. O motor Theta II com o novo sistema de admissão de ar proporciona mais potência e torque.

Para diminuir o consumo de combustível um dos meios utilizados foi a escolha de uma transmissão automática de seis velocidades. O motorista pode acessar o recurso SHIFTRONIC movendo o seletor de velocidades. Um visor LCD no painel de instrumentos mostra a marcha utilizada.

SUSPENSÃOO Sonata usa suspensão MacPherson na dianteira e Multi-link na parte traseira, com sistemas progressivos para uma viagem mais segura e suave.

A suspensão foi otimizada para manter o veículo estável nas curvas e proporcionar uma rápida resposta. A suspensão traseira usa componentes de alumínio para reduzir o peso e melhorar o desempenho.

SEGURANÇAO Sonata é construído em aço de alta resistência e conta com seis airbags na versão padrão. Além disso, a segurança foi melhorada com Programa Eletrônico de Estabilidade (opcional), incluindo Start-Hill Assist Control e funções Brake Assist System.

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Gestão da Informação e do Conhecimento para um “Viver Bem”.

ViverBemPOR CARLOS MAGNOMestre em Educação Física e Consultor da OEI - Organização dos Estados Iberoamericanos/Ministério do Esporte

Instituições, organizações, empresas e, obviamen-te, as pessoas estão passando por inúmeras inova-ções, em diferentes aspectos. Dentre eles, o con-trole da Informação e do Conhecimento a favor da qualidade de vida. Que implicações sociais esse desenvolvimento tecnológico pode produzir?

O processo de globalização impõe fortes pressões às empresas com relação à qualidade e à compe-titividade de seus produtos e serviços. O esforço das empresas brasileiras, principalmente as gran-des e as multinacionais, para concorrer no mundo globalizado está levando a investimentos que não se limitam às linhas de produção. Além de am-pliar a estrutura para capacitação e formação de seus profissionais, as empresas estão implantando projetos sociais com o objetivo de, entre outros, fortalecer a imagem, formar uma equipe de co-laboradores de qualidade e, assim, garantir me-lhores resultados na disputa de mercado. O papel social da empresa, o tratamento aos funcionários e as possibilidades de crescimento ganharam força na recuperação do profissional envolvido com os propósitos da companhia.

No entanto, como ferramenta fundamental nesta nova sociedade, a tecnologia não pode ser consi-derada um fenômeno isolado das relações sociais como se tivesse vida própria, mas sim como um elemento de transformação com a participação do homem, determinante para o desenvolvimento e progresso.

A gestão do conhecimento é disciplina que busca orientar os esforços da organização para acumular o conhecimento e as informações para o negócio, permitindo o uso destes ativos no desenvolvimen-to das atividades inerentes aos processos.

Ressalta desta ação a busca por melhoria de per-formance que está diretamente relacionada ao melhor uso dos recursos, bem como à conquista dos melhores resultados considerando os tempos e momentos organizacionais.

Certamente a organização que consegue imple-mentar a gestão do conhecimento está efetiva-mente tratando do conhecimento produzido por seus atores em tempo de execução das tarefas, de sorte que, é claro, as pessoas são afetadas em sua qualidade de vida, tanto pelo reconhecimento e da importância de sua atividade para implementação da disciplina, bem como, em face dos resultados operacionais conquistados.

O homem organizacional é assim beneficiado pelo menor tempo de captação da informação, por ter o conhecimento organizacio-nal necessário às suas ativida-des, e por se sentir efetivamen-te responsável pelo mesmo benefício junto aos seus pares. Reduzindo o nível de estresse em função da possibilidade de disseminação do conhecimen-to, argumento da gestão do co-nhecimento, podemos orientar o ambiente organizacional para uma situação de proposição, de ciclos de coordenação de ação, e com isso formar times de alta performance, aspectos que fomentam a boa convivência entre os atores organizacionais e melhoram, por conseguinte, a qualidade de vida do indivíduo.

Mas, e você? Você está organizando sua infor-mação e usando o seu conhecimento a seu favor? Você conhece os números de sua performance? Você deve lembrar-se da frase: vou melhorar no ano que vem! Os números de sua performance indicam um PROCESSO. Qual é o seu plano de ação para o próximo ano? Avalie a relevância de seus números, controle seus indicadores de desempenho, identifique o quanto você pode me-lhorar e mire na sua meta!

Planejamento + Saúde = Feliz 2011!!!!

Um homem se humilhaSe castram seu sonhoSeu sonho é sua vidaE vida é trabalhoE sem o seu trabalhoUm homem não tem honraE sem a sua honraSe morre, se mata

Gonzaguinha

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GIROe m p r e s a r i a l

SINDIVEST Entidades promovemII Vale Têxtil

SINDUSCONCartilhas que orientam os empresários do setor estão disponíveis na delegaciaregional do Sindicato

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SINPAVAAloísio Santos permanece na presidência da entidade

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Palestras, exposições, cursos e tendências para o inverno 2011 em um só evento. Assim foi a 2ª edi-ção do Vale Têxtil realizado em Ipatinga entre os dias 16 e 19 de novembro no Century Park Hotel.

Promovido pelo Sin-dicato das Indústrias do Vestuário - Sindivest Vale do Aço, Fiemg Regional Vale do Aço, Andrade Má-quinas e apoio da Revista Negócios Industriais e di-versos parceiros, o evento ofereceu nos dias 18 e 19 palestras sobre Maquiná-

rios Tecnológicos, além de exposições de tecidos, avia-mentos, maquinários, seri-grafia e mostra técnica que atraiu cerca de 400 pessoas dentre elas empresários, confeccionistas, gerentes de produção, modelistas e estilistas da região.

Já os dias 16 e 17 foram destinados exclusivamen-te ao curso de Mecânico de Máquinas Industriais e Eletrônicas, ministrado pelo Instrutor Richard Gu-tierrez, técnico Senior da Siruba, fábrica de máqui-nas industriais e eletrônicas

situada em Miami que na ocasião, compartilhou seus conhecimentos com deze-nas de profissionais inscri-tos no curso.

“O objetivo do evento é trazer informações e tec-nologia aos empresários do Vale do Aço e aproximar os empresários e fornece-dores, uma vez que nossa região é carente de infor-mações desse segmento”, explicou Lucia Almeida, coordenadora do Sindivest Vale do Aço.

Segundo estimativas do Sindicato, atualmente exis-

tem aproximadamente 200 empresas de confecção no Vale do Aço, que geram 3.000 empregos diretos. Atuando em diversos seg-mentos, como industrial e moda, atingindo inclusive o mercado internacional. “Pelo segundo ano con-secutivo promovemos o evento. O sucesso da pri-meira edição foi tamanho que precisamos ampliar o espaço de realização”, fri-sou a delegada do Sindi-vest Vale do Aço, Gilvani Rodrigues Ascenção.

II VALE TêxTIL AQUECE INDúSTRIA DO VESTUáRIO

ChAPA úNICA NO SINPAVADIRETORIAAloísio Pinto dos Santos – PRESIDENTE, Alcimar Dutra da Silva – 1º VICE-PRESIDENTE, Sebastião Fer-nandes Araújo - 2º VICE-PRESIDENTE, Danielly Pessoa Araújo Augusto – 1º DIRETOR ADMINISTRATIVO, Marci Alvarenga Oliveira – 2º DIRETOR ADMINISTRATIVO, Marco Aurélio Alves – 1º DIRETOR FINANCEI-RO, Afonso Braz de Andrade - 2º DIRETOR FINANCEIRO, Orlando Fernandes de Araújo – DIRETOR DE PATRIMÔNIO, Maria Andrade de Almeida – DIRETOR DE EXPANSÃO, Evandro Luis Vallone – DIRETOR DE MARKETING E RELAÇÕES PÚBLICAS, Cristiano Silva Faria – DIRETOR DE PROMOÇÃO E EVENTOSLívia de Sá Guimarães – DIRETOR DE RH E APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL, Antônio Eugênio do Socorro Fernandes – DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E INSTITUCIONAL,

CONSELHO FISCALEFETIVOS Adriano César Oliveira Santos, Jânio Moreira Andrade;SUPLENTES Adilson de Oliveira, Jeanderson Euclides Ferreira

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES DA FIEMGEFETIVOS Aloísio Pinto dos Santos, Sebastião Fernandes de Araújo; SUPLENTES: Marco Aurélio Alves, Alcimar Dutra da Silva.

Uma única chapa se registrou para a direção do Sinpava no próximo mandato. Houve consenso e o atual presidente Aloísio Pinto dos Santos perma-nece no cargo, tendo como vice-presidentes Alcimar Dutra da Silva e Sebastião Fernandes Araújo. Confira abaixo a diretoria comple-ta. A eleição ocorre no dia 10 de dezembro.

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“Encargos Previdenciários e Trabalhistas no Setor da Construção Civil” - a publicação mostra que os custos trabalhistas vão muito além dos valores pagos como salários. Eles envolvem também as despesas com encargos previdenciários e trabalhistas, além de todos os benefícios estabelecidos na Convenção Coletiva de Trabalho, como café da manhã, cesta básica, seguro de vida em grupo, depreciação de ferramentas, dentre outros. Assim, o estudo mostra que a construção civil, cujo custo com a mão-de-obra ultrapassa 40% do custo de uma construção, convive com quase 200% de encargos sociais.

“A Construção Civil em Números” - apresenta informações gerais sobre o desempenho recente da construção, através de dados e estatísticas como crescimento do Produto Interno Bruto, geração de empregos formais, financiamento imobiliário, produção de materiais de construção, faturamento da indústria de materiais de construção, entre outros. Destaca também a importância socioeconômica do setor e sua contribuição para o desenvolvimento do país.

“Contratos de Empreitada na Construção Civil” - apresenta as noções básicas e os cuidados a serem observados num contrato de empreitada. Seu objetivo é despertar, nos profissionais do setor, a consciência para a importância da gestão contratual, uma vez que a eficaz administração dos contratos de obras minimiza os riscos e as perdas financeiras e maximiza o potencial de ganhos.

“O Desempenho do Mercado Imobiliário de Belo Horizonte nos 16 anos do Real” - Através da análise da evolução de variáveis como lançamentos imobiliários, número de unidades vendidas, oferta e velocidade de vendas, o estudo analisa o desenvolvimento do mercado imobiliário da capital mineira desde 1994. O trabalho apresenta, ainda, a evolução do crédito imobiliário no Brasil no período pós-Real.

“Bonificação e Despesas Indiretas nas Obras Industriais” - traz a reedição de uma cartilha de 2007, que aborda de forma didática o conceito de BDI – uma sigla que remete ao cálculo do valor ou percentual que um proponente ou contratado pretende ganhar ao final de uma prestação de serviço ou fornecimento, somado às mais variadas despesas indiretas envolvidas no negócio imobiliário - e suas implicações nas transações negociais do setor.

“Tintas Imobiliárias” - integrante do Programa Qualimat – Qualidade dos Materiais, que consiste na produção de cartilhas que trazem orientações sobre os procedimentos de compra, recebimento e armazenamento de materiais de construção em uma obra.

O Kit Qualidade Sinduscon-MG traz também dois folders: um que expõe toda a atuação da entidade na área de meio ambiente e sustentabilidade; e outro do seu Centro de Treinamento, que apresenta os cursos programados para 2011.

KIT QUALIDADETRAz CARTILhAS PARAO CONSTRUTORO Sinduscon-MG acaba de lançar a quarta edição do seu Kit Qualidade, composto por seis publicações e dois folders.

Guilherme Vilhena

SERVIÇOInteressados nas publicações devem

procurar a Delegacia Regional do Sinduscon-MG no Vale do Aço.

Telefone: (31) 3824-7990 ou e-mail [email protected].

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