Revista Portugal Protocolo #26 - 2015

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#26.2015 ANA P AULA L ABORINHO P RESIDENTE DO C AMÕES I NSTÍTUTO DA C OOPERAÇÃO E DA L ÍNGUA MUSEU DO ORIENTE O FASCÍNIO ASIÁTICO G ORREANA CDOS AÇORES MARCA P ORTUGUESA S ECULAR

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Sumário Edição Portugal Protocolo #26 5 | Editorial 7 | Entrevista, Ana Paula Laborinho, presidente do Camões - Instituto de Cooperação e da Língua 24 | Cultura, Museu do Oriente 42 | Encontros do Mundo, Paquistão 48 | Encontros do Mundo, Emirados Árabes Unidos 58 | Entrevista, Roxandra Pamukoff Peterson e Fernando Jorge Lopes – Ciência e Inovação 62 | Património, “Marcas Portuguesas Seculares, Chá Gorreana” 70 | Cultura, visita à Casa-Museu da Fundação Medeiros e Almeida 76 | Cultura, Danças Tradicionais do Reino do Sião 82 | Cultura, Sala de D. Manuel no Museu Nacional do Azulejo 83 | Protocolo, Visita Oficial do Presidente da República à OCDE www.portugalprotocolo.com

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#26.2015

AnA PAulA lAborinho

Presidente do

CAmões instítuto dA CooPerAção

e dA línguA museu do oriente

o FAsCínio AsiátiCo

gorreAnAChá dos Açores mArCAPortuguesA seCulAr

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Livros para executivos e empresas de Excelência

O Protocolo é essencial na gestão de uma

carreira de sucesso feita de reuniões, encontros,

apresentações, jantares sociais, comunicação aos

órgãos de comunicação social

entre tantos outros eventos que fazem,

cada vez mais, parte do dia-a-dia de um

profissional exigente e conhecedor.

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PORTUGAL PROTOCOLO EdiçãO diGiTAL

Nº 26 . 2015 . AbRiL, MAiO, JUNhO

Director JOãO MiCAEL

Jornalista conviDaDa MARiA dULCE VARELA

FotógraFo conviDaDo JOãO dE SOUSA

arte PORTUGAL PROTOCOLO dESiGN

ProPrieDaDe MATRiz PORTUGUESA - SOCiEdAdE CiViL PARA O dESENVOLViMENTO dA CULTURA E dO CONhECiMENTO,

UNiPESSOAL, LdA.

TEL. +351 21 410 71 95 . TELEM. +351 91 287 10 44

[email protected]

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REGiSTO ERC Nº 125909

interDita a reProDUÇÃo De teXtos e iMagens Por QUaisQUer Meios

POR VONTAdE ExPRESSA dO EdiTOR A REViSTA RESPEiTA A ORTOGRAfiA ANTERiOR AO ACTUAL ACORdO ORTOGRáfiCO.

5 | EdiTORiAL

7 | ENTREViSTA, ANA PAULA LAbORiNhO, PRESidENTE dO

CAMõES - iNSTiTUTO dE COOPERAçãO E dA LíNGUA

24 | CULTURA, MUSEU dO ORiENTE

42 | ENCONTROS dO MUNdO, PAqUiSTãO

48 | ENCONTROS dO MUNdO, EMiRAdOS áRAbES

UNidOS

58 | ENTREViSTA, ROxANdRA PAMUkOff PETERSON E

fERNANdO JORGE LOPES – CiêNCiA E iNOVAçãO

62 | PATRiMóNiO, “MARCAS PORTUGUESAS SECULARES,

Chá GORREANA”

70 | CULTURA, ViSiTA à CASA-MUSEU dA fUNdAçãO

MEdEiROS E ALMEidA

76 | CULTURA, dANçAS TRAdiCiONAiS dO

REiNO dO SiãO

82 | CULTURA, SALA dE d. MANUEL

NO MUSEU NACiONAL dO AzULEJO

83 | PROTOCOLO, ViSiTA OfiCiAL dO

PRESidENTE dA REPúbLiCA à OCdE

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e d i t o r i A l

João Micael Director de Portugal Protocolo

Em Março partiu desta vida Jorge Pereira de Almeida, antigo colunista da revista Portugal Protocolo, e conselheiro e membro do Concílio de Honra da Matriz Portuguesa – Sociedade Civil para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento, mas, sobretudo um amigo de longa data que deixou um lugar vazio, e que dificilmente alguém poderá preencher. O seu entusiasmo pelo Conhecimento, pela Cultura, e particularmente, pela descoberta de novos caminhos, pela exploração do desconhecido no domínio da intelectualidade, faziam dele um ser ímpar. Não o recordo como um artista, apesar das suas deambulações pelo mundo da Arte, antes, como um Homem do Saber e da Cogitação filosófica. Esta é a minha, simples e directa, homenagem ao Jorge, e, ele como ninguém, aceitaria as minhas palavras com um sorriso franco exclamando alegremente: “Obrigado, João, sabes o que estou agora a fazer?”. E a sua aventura do Saber continuava…A Prof. Ana Paula Laborinho, presidente do Camões Instituto da Cooperação e da Língua, no Museu do Oriente, rodeada das exóticas e faustosas exposições, numa entrevista encantadora, fala de si, da língua Portuguesa e do seu papel no Mundo. Também os inventores Roxandra Pamukoff Peterson e Fernando Jorge Lopes participam nesta edição, partilhando a sua visão do que é ser inventor, e a sua importância para o Desenvolvimento da Humanidade e do Progresso dos países.As Danças Tradicionais do Reino do Sião, trazidas pela Embaixada da Tailândia, proporcionaram, em Lisboa, um vislumbre do requinte daquela Cultura; e mais uma vez a Matriz Portuguesa – Sociedade Civil

para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento realizou uma visita cultural, desta feita à belíssima Casa-Museu da Fundação Medeiros e Almeida, onde a directora, Teresa Vilaça, encantou com o seu entusiasmo os convidados com o importante acervo daquele museu lisboeta.

Mais uma vez uma marca Portuguesa, verdadeiro Património Nacional – o Chá Gorreana, um tesouro dos Açores. A sua história, o seu culto e a sua presença única na Europa.Em tom de nota de rodapé, esta edição é na sua totalidade composta por intervenientes femininas, não tendo sido intencional, é, porém, demonstrativo da importância crescente do papel da Mulher na sociedade Portuguesa.

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www.mAtriz-PortuguesA.Pt

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entrevistA no museu do oriente Com AnA PAulA lAborinho

AnA PAulA lAborinho é doutorAdA em estudos

literários PelA universidAde de lisboA e erA, Até há PouCo,

Presidente do AgorA extinto instituto CAmões desde 2010.

doCente universitáriA, tem dediCAdo à línguA PortuguesA

no mundo, reCorde-se que, em 2010 Foi esColhidA Por

luís AmAdo, então ministro dos negóCios estrAngeiros, que justiFiCou A suA esColhA Por se trAtAr de umA PessoA

de reConheCidA ComPetênCiA e vAstA exPeriênCiA no seCtor.

Entrevista de João MicaelTexto de Maria Dulce VarelaFotografias de João de Sousa

Uma cortesia do Museu do Oriente, Lisboa

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“…UM Dos granDes Pilares Da nossa Política Da língUa – o

De trabalhar no sentiDo Da integraÇÃo.”

entrevistA no museu do oriente Com AnA PAulA lAborinho

Em primeiro lugar, como aceitou o primeiro convite em 2010. Um desafio? Um reconhecimento do seu trabalho. E agora, que o Instituto Camões foi extinto e se fundiu com o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, responsabilidades acrescidas, certo?Em primeiro lugar não sou especialista em História da língua Portuguesa. Tenho, sim, experiência na sua difusão e promoção no Mundo. Penso que foi por essa razão, e, também, por ter vivido alguns em Macau, durante uma parte desse tempo – sete anos -, e que dirigi uma instituição que dependia do Estado Português, bem como aqui da Fundação Oriente e do Instituto Português do Oriente, que tinha na altura a responsabilidade da língua e culturas Portuguesas na ásia – da Índia até ao Japão -, que me permitiu reflectir sobre o valor da língua Portuguesa, não somente patrimonial, mas também económico. Aceitei o convite pelo desafio que representava. Trabalhei, enquanto presidente do IPOR (Instituto Português do Oriente), com o Dr. Jorge Couto, por quem tenho uma enorme estima e grande admiração, e também o seu apoio contou para ter aceitado este desafio.Foi um período bastante difícil, pois, quando entrei para o Instituto Camões, uma das minhas tarefas foi a de acolher a grande rede de ensino básico e secundário no estrangeiro para as Comunidades Portuguesas, que estava, então, tutelada pelo Ministério da Educação, passando a representar só por si, o dobro do orçamento do instituto.Tenho a honra, e gosto muito de fazer o que faço, e procuro fazê-lo sempre da melhor maneira, sem nunca estar

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satisfeita com os resultados, querendo sempre ir mais além.Surgiu, depois, a questão da fusão com o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento. Foi um desafio ainda superior àquele que já tinha assumido, mas havia áreas que eu entendia ser preciso juntar, sobretudo a Educação, que estava dividida entre o ex-Instituto Camões e o ex-IPPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), não havendo uma articulação entre eles, e urgia fazê-lo.Tive a sorte de essa fusão ter acontecido numa altura, no ponto de vista internacional, em que a cooperação para o desenvolvimento era um factor de grande reflexão, havendo grande apoio e financiamento para estruturas nos países parceiros, e que lhes permitissem o desenvolvimento e o crescimento económico através das áreas essenciais. Até há pouco tempo o investimento era feito estritamente nos ensinos básico e secundário, para a erradicação do analfabetismo, mas, percebeu-se que, também, era importante apostar na formação avançada.Por tudo isto aceitei o convite, e devo dizer, que tenho aprendido imenso. Estamos no final da Agenda pós-2015, que apesar de não ter conseguido atingir todos os seus objectivos, foi extremamente importante para conseguir outros resultados. Estamos à beira de assinar uma nova agenda – O Desenvolvimento Sustentável -, que inclui as questões ambientais. Embora pareçam muito longínquas da língua Portuguesa e da Cultura, que eu domino melhor, não o estão. Por um lado apoiamos os países parceiros nas suas apostas, em termos de língua de ciência – para eles é o Português. Por outro lado, tenho o grato gosto

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EntrEvista no MusEu do oriEntE coM ana Paula laborinho

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“Estamos num momento de Pensamento Internacional.”

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de saber que as Artes passaram a ser consideradas como um factor de desenvolvimento. Portanto, também aí fazemos um trabalho que importa valorizar.

Os centros culturais portugueses e as estruturas de coordenação do ensino do Português no estrangeiro estão a funcionar em pleno, em termos gerais?Não estão a funcionar tão bem como eu gostaria. Em relação às coordenações de ensino, em termos gerais, estão a funcionar; e, conseguimos avançar, inclusivamente, para países onde estas não existiam; e onde fizemos a diferença foi exactamente nesses países, como, por exemplo, a Austrália, a Venezuela, apesar de aí ter existido, mas de uma forma intermitente; o Canadá e os Estados Unidos da América. E isto porque temos duas redes de professores – a rede profissional, constituída por cerca de 377 profissionais pertencentes ao nosso quadro; e, também, a rede não oficial, que é apoiada, e que são as próprias comunidades a pagar os professores, onde urgia introduzir factores de qualidade, como por exemplo: a formação de professores, a certificação de aprendizagem dos alunos, a elaboração de programas para os pais, alunos, além dos professores. Temos um plano de incentivo à leitura, com bibliotecas escolares com competência linguística e nível etário. Portanto, no ponto de vista geral, estão a funcionar bem tanto quanto é possível.Em relação aos centros culturais portugueses, tenho pena que a situação em que vivemos actualmente, de contenção orçamental, não nos permita desenvolver um maior investimento nessa rede.

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EntrEvista no MusEu do oriEntE coM ana Paula laborinho

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Possuímos quinze centros portugueses no Mundo, precisávamos de ter mais – claramente -, e, estes são complementados com os centros de língua portuguesa, que estão inseridos nas universidades locais. Foi necessário, inclusive, criar quadros de pessoal para cada um desses centros, e, estamos a estabelecer linhas de programação cultural adequada a todas as regiões do Mundo. Mas, gostaria de ter mais centros culturais, com maior capacidade, e também com mais profissionais.Existem, neste momento, cinco programas em vigor – o “Português no Mundo”; o “Português, língua de Herança”, mais ligado à Diáspora; o centro virtual, que oferece o ensino à distância; e, mais duas outras áreas de cruzamento com o apoio ao Desenvolvimento, a “Educação e Desenvolvimento” e a “Cultura e Desenvolvimento”. Sendo 2015 o Ano para o Desenvolvimento, temos trabalhado bastante, e particularmente, numa área onde Portugal pode fazer a diferença – o Apoio às Artes como contributo para o desenvolvimento das populações.

Qual é a relação do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, nesta área específica, com a CPLP?Entre os blocos que estabelecemos no instituto, a CPLP está à cabeça, portanto a relação bilateral, e multilateral, com os países lusófonos é muito importante. Participamos com a CPLP numa política para o Desenvolvimento, visto que esta tem três grandes pilares, sendo que dois deles se cruzam com a nossa acção – a cooperação e a língua. Aí participamos nos órgãos da instituição. Temos programas em conjunto, presidimos

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à Comissão Nacional do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, que pertence à CPLP. Há portanto, uma relação muito estreita entre nós.

Digamos que o seu é um lugar muito exigente. Ainda acha que a Língua Portuguesa deva ser encarada como um “capital estratégico”, “um recurso ímpar”, mas que é fundamental para que tudo corra bem, exija a participação de parceiros privados?Já não pode haver um modelo de governo que não tenha em consideração outros parceiros – associações, universidades, ou outros -, é impossível que seja o governo central a tratar exclusivamente destas matérias, pelo contrário. Vejo com muito agrado, e, também, como uma única solução, a possibilidade de ajuda de parceiros, pois sendo os nossos recursos escassos, se forem postos em conjunto com outros, irá permitir melhores resultados.

Qual é a sua posição relativamente à integração da Língua Portuguesa, no estrangeiro, nos sistemas de ensino, como por exemplo nos Estados Unidos da América e no Canadá?Esse é um dos grandes pilares da nossa política da língua – o de trabalhar no sentido da integração. As comunidades de Portugueses vão passando a Portugueses de segunda e de terceira geração, havendo uma grande tendência para que essas gerações posteriores, não existindo cursos de língua portuguesa integrados nas escolas, abandonem o seu estudo. Se promovermos a língua Portuguesa como uma lingua internacional, como de facto é, e garantirmos que essa oferta é feita dentro do sistema

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de ensino do país de acolhimento, existirão mais garantias da sua permanência.

Quais são os novos projectos do Camões-ICL?Estamos no final de um ciclo, e ainda nos falta consolidar muitas coisas. Estamos no Ano Europeu para o Desenvolvimento, e será aprovada, em Setembro, uma Agenda para o Desenvolvimento, e que deseja um Mundo mais sustentável. É algo que me interessa muito, o seu aspecto universal – não se trata de uma agenda de países ricos para países pobres. O Mundo está a mudar rapidamente, os países a sul estão a crescer, África, apesar das suas dificuldades, está também a percorrer um já considerável caminho. Estamos num momento de Pensamento Internacional. Portugal elaborou um documento de posição sobre esta agenda, e este ciclo é uma oportunidade para repensarmos os nossos objectivos.

“…um dos grandes pilares da nossa política da língua – o de trabalhar no sentido da

integração.”

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Fonte . Museu Fundação do Oriente

uma Ponte entre culturas remotas

cultura, museu Fundação do oriente

Museu do OrienteAvenida BrasíliaDoca de Alcântara (Norte)1350-362 LisboaTel.: 213 585 [email protected]

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Seguindo uma velha tradição portuguesa, a Fundação deixou-se desde sempre guiar pela sua vocação de construir vínculos entre as civilizações do Ocidente e do Oriente, que se tornaram indispensáveis para garantir um futuro de paz no século XXI. O seu legado é o espírito dos Portugueses antigos, os navegadores que inventaram a unidade do mundo. O Museu do Oriente traduz esse desígnio. As suas colecções de arte portuguesa e asiática são a demonstração mais elevada dos encontros históricos entre o Ocidente e o Oriente. No mesmo sentido, as colecções que reúnem as tradições culturais da Ásia inteira são a demonstração da sua riqueza, da sua pluralidade e do seu génio.

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Jóias da Carreira da ÍndiaExposição temporária | terminou em 26 Abril 2015

Pimenta de Cochim, canela do Ceilão ou cravinho das Molucas não foram os únicos tesouros cobiçados pelos Portugueses na Ásia. Gemas preciosas e jóias cativaram, desde logo, os primeiros aventureiros que desembarcaram das naus da Carreira da Índia.Um conjunto de obras que nos surpreende e que, como Mendes Pinto, nos levam a dizer: que em meus dias nunca vi cousa tão maravilhosa.

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Exposição Infinisterra

A Ásia contemporânea à luz da arquitectura do passado e do presente

Rússia, Mongólia, China, Nepal, Índia e Sri Lanka, foram os países explorados por dois jovens arquitectos, numa viagem que durou cinco meses e que foi ao encontro de alguns dos mais míticos e obscuros territórios e arquitecturas do Oriente. Dos milhares de registos realizados ao longo desta viagem, entre desenhos, fotografias, som e vídeo, nasce Infinisterra, a exposição que o Museu do Oriente inaugurou em 26 de Março.

Para ver, no Museu do Oriente, até 31 de Maio.

Exposição “Infinisterra”26 de Março a 31 de MaioTerça-feira a domingo: 10.00-18.00Sexta-feira: 10.00-22.00 (entrada gratuita a partir das 18.00)Encerra à segunda-feira

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Exposição Infinisterra

A Ásia contemporânea à luz da arquitectura do passado e do presente

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Exposição “Pescadores de Macau e o culto de Chu Tai Sin”

A pesca e os pescadores são parte intrínseca da História de Macau. Esta comunidade, que no princípio do século XX constituía cerca de um terço da população, tinha a particularidade de ser flutuante no sentido literal do termo uma vez que os pescadores nasciam, viviam e morriam a bordo das embarcações. Confrontados diariamente com a precariedade da vida, atribuíam um papel crucial à actividade religiosa. Chu Tai Sin, divindade taoista e patrono dos pescadores, é um dos deuses a que recorrem em situação de aflição. Anualmente, os crentes congregam-se num barco transformado em templo para participar na festividade Da Jiu realizada em sua honra. Parte do património intangível de Macau, esta tradição encontra-se actualmente ameaçada.

Patente até 19 de Abril, esta exposição é uma iniciativa do Museu Marítimo de Macau, em co-organização com o Museu do Oriente.

Exposição temporária“Pescadores de Macau e o culto de Chu Tai Sin”26 de Fevereiro | 19 de AbrilTerça-Feira a Domingo: 10.00-18.00Sexta-Feira: 10.00-22.00 (entrada gratuita a partir das 18.00)Encerra à Segunda-Feira

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Exposição “Pescadores de Macau e o culto de Chu Tai Sin”

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Exposições permanentes

Presença Portuguesa na Ásia

Esta exposição, instalada no piso 1, debruça-se essencialmente sobre a história da presença portuguesa na Ásia, reflectindo os seus propósitos, anseios e vicissitudes. O percurso, estabelecido de forma cronológica e temática, revela as questões do território, do espaço e do poder – através de mapas antigos, de plantas das cidades, de objectos muito selectivos com recurso às maquetas de Baçaim, da catedral de Goa e da igreja de Santana de Talaulim, pertencentes ao Museu Militar. O núcleo de arte namban, pela qualidade e expressividade – um biombo, um par de estribos, um capacete, oratórios e contadores – reforça a estada no Japão.Passa-se por Macau, onde se evidencia a importância comercial deste centro portuário do sul da China. Destaque para a notável colecção de biombos e para a variedade de porcelana brasonada e armoriada.Timor está representado através de um núcleo coeso de peças em que é patente o seu carácter antropológico. Por fim, um espaço de coleccionismo onde se expõem objectos asiáticos, que revelam a evolução da cerâmica chinesa em todas as suas fases, desde as terracotas neolíticas às estatuetas funerárias da dinastia Ming e Qing, às cerâmicas céladon das dinastias Song, aos objectos de grés das dinastias Song, Yuan e Ming. Também aqui podemos encontrar divindades do panteão budista e taoísta expressas em figuras de bronze. Faz ainda parte deste núcleo uma colecção de armaduras japonesas, únicas no género.

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Sombras da Ásia

O teatro de sombras possui um singular poder de fascínio. Mais do que qualquer outro género teatral, ele consegue transportar o público para um universo mágico. À semelhança de quase tudo o que se designa de arte popular, também ele é indissociável da religião. Trata-se de um espectáculo que, ao contrário do que aconteceu no Ocidente, não é feito para um público infantil. As figuras são de pergaminho mas a pele utilizada difere de país para país e mesmo de região para região. No teatro de sombras, as figuras não são mais do que um elemento. Os marionetistas e, em certos casos os músicos, são sobretudo contadores. A manipulação das figuras apenas ilustra o que é contado. A música é igualmente importante e o teatro de sombras é sempre acompanhado de orquestra.

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Encontros do Mundo EM lisboa - Paquistão

Fotografias de João de Sousa

Portugal E Paquistão - Proud to be a Pakistani

A Matriz Portuguesa – Sociedade Civil para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento realizou, no dia 4 de Março, no Hotel da Estrela, os “Encontros do Mundo em Lisboa com Paquistão”, tendo como convidada de honra a Embaixadora Leena Salim Moazzam.Após a partilha de ideias e conhecimento sobre a realidade empresarial e sociopolítica daquele país, foi servido o almoço composto por uma ementa de fusão gastronómica luso-paquistanesa: Caldo de legumes, Salada verde com bacalhau e camarão com coentrada picante e Frango Pillao, como sobremesa Halwa de Cenoura

Embaixadora Leena Salim Moazzam e João Micael

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enContros do mundo em lisboA - PAquistão

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Lídio Lopes e Fernando Correia Lopes

Anabela Baptista e Fernando Correia Lopes

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Maria do Carmo Silvestre, Luce Schroeder e Anabela Baptista

Embaixadora Leena Salim Moazzama e Clementina Paiva

enContros do mundo em lisboA - PAquistão

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A Embaixadora Leena Salim Moazzama e o chefe Artur Carneiro

Durante o almoço

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enContros do mundo em lisboA - PAquistão

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Encontros do Mundo EM lisboa - EMirados ÁrabEs unidos

Fotografias de João de Sousa

EMirados ÁrabEs unidos Os “Encontros do Mundo em Lisboa

- Emirados Árabes Unidos no Hotel

da Estrela. A Convidada de Honra, a

Embaixadora Najla AlQassimi, deu a

conhecer aos convidados o seu país.

Seguiu-se uma deliciosa degustação

com os sabores dos Emirados

Árabes Unidos em harmonia com a

gastronomia portuguesa numa ementa

multicultural: Machbous de camarão,

Galinha estufada com especiarias

lacada com chutney de cebola roxa

sobre couscous de legumes e tâmaras,

como sobremesa foi servido um folhado

de doce de ovos e frutos secos com

gelado de canela e mel.

Embaixadora Najla AlQassimi e João Micael

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Aida Bouabdellah, Secretária-Geral Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa e João Micael.

António Muchaxo e os embaixadores do Qatar

enContros do mundo em lisboA - emirAdos árAbes unidos

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Paulo Esteves Baptista, José Pedro Gonçalves e António Mendes

Maria do Rosário Pinto e Per Sjöström

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Ana Maria Tavres, Isabel de Botton e João Micael

Embaixadora Najla AlQassimi

enContros do mundo em lisboA - emirAdos árAbes unidos

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Anabela Baptista e Luís Brito Correia

Edilson Motta e Maria de Lourdes Loução

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Embaixadora Najla AlQassimi durante a sua palestra

enContros do mundo em lisboA - emirAdos árAbes unidos

Maria do Carmo Silvestre e Ananias Sigaúque, Ministro Conselheiro da Embaixada de Moçambique,

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O Ministro Conselheiro da Embaixada de Moçambique, Ananias Sigaúque, assinando o Livro de Honra

O Embaixador Adel Ali Al Khal Fakhro, do Qatar, assinando o Livro de Honra

enContros do mundo em lisboA - emirAdos árAbes unidos

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Embaixadora Najla AlQassimi, assinando o Livro de Honra

enContros do mundo em lisboA - emirAdos árAbes unidos

O Embaixador do Qatar, Adel Ali Al Khal Fakhro, e a Embaixadora Najla AlQassimi

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enContros do mundo em lisboA - emirAdos árAbes unidos

A Embaixadora Najla AlQassimi e os chefes da Embaixada dos Emirados árabes Unidos e Artur Carneiro do Hotel da Estrela

João Micael, Berta Ribeiro, Pedro Ferreira de Carvalho e Clementina Paiva

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enContros do mundo em lisboA - emirAdos árAbes unidos

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entrevistA A roxAndrA PAmukoFF Peterson e FernAndo jorge loPes

no diA 24 de Abril, em lisboA, o direCtor

de PortugAl ProtoColo entrevistou,

durAnte um jAntAr inFormAl, os inventores internACionAis

roxAndrA PAmukoFF e FernAndo jorge loPes.

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entrevistA A roxAndrA PAmukoFF Peterson e FernAndo jorge loPes

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entrevistA A roxAndrA PAmukoFF Peterson e FernAndo jorge loPes

O que significa ser Inventor?Roxandra Pamukoff – É a satisfação moral de se fazer algo de Bom para o Mundo, e de realizar os sonhos, não somente os do cientista, mas, também, para o progresso da Humanidade, tornando desse modo a vida melhor para todos.Fernando Jorge Lopes – Eu penso logo, existo. Porque existo, sonho. E, devido a esta capacidade, inata num inventor, ele sonha com o impossível – um mundo melhor, mais justo, potenciando a transmissão de Conhecimento.É essencial a perseverança, nunca se devendo desistir, pois nada é impossível.

Como é encarada e incentivada a ciência e a inovação pela União Europeia e, também, pelos próprios países membros ao nível governamental individual? Roxandra Pamukoff – O maior apoio dado aos inventores provem de Taiwan e da china, por exemplo, porque são os próprios governos a fornece-lo, o que por si é uma atitude muito inteligente, pois permite o crescimento das suas economias. Posturas similares são adoptadas pela polónia, nas grandes exposições, e em Bruxelas, onde os inventores apresentam os seus mais recentes trabalhos; enquanto na maioria dos países, estes têm que investir em si próprios e na divulgação do seu trabalho. Em Inglaterra, por exemplo, os fundos provenientes da lotaria, são usados como investimento na investigação e exibição dos trabalhos dos inventores, ascendendo a somas como 20 biliões de libras por ano. Fernando Jorge Lopes – Acredito que cada país deve começar a sua aposta no estudo da inovação logo no ensino

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entrevistA A roxAndrA PAmukoFF Peterson e FernAndo jorge loPes

básico. As crianças estão soterradas de jogos e de tecnologia que impede a sua criatividade, já não possuem os jogos facilitadores da construção, criação, como o eram os legos e outros. Estão impedidos de imaginar e de criar.

Seria importante a realização de um encontro no âmbito da Lusofonia e Internacional num Universo Feminino, para congregar o Mundo da Criação e Invenção Cientificas? Roxandra Pamukoff – Tal acontecimento seria excelente, pois existem muitas mulheres inventoras, que não dispõem de grandes capacidades e

de oportunidades de exporem as suas ideias e os seus trabalhos. Sei que em Portugal houve uma mulher, a infanta Dona Maria de Portugal1 e, que foi uma importante mecenas, além de uma mulher muito culta no seu tempo; existiu, também, a grande cientista e nobelizada Marie Curie, entre tantas outras ilustres mulheres, muitas das quais são desconhecidas do público.Assim, a Ciência iria ainda mais longe, através da divulgação do trabalho das mulheres inventoras, porventura com uma visão do Mundo muito própria – as mulheres, sendo mães, preocupam-se com a Paz e com a Vida. Seria muito importante esse encontro.

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

Texto de João MicaelFotografias cedidas por Chá Gorreana

o Chá gorreAnA Foi FundAdo em 1883

Por hermelindA gAgo dA CâmArA, que teve

Filhos, mAs herdou A FábriCA A suA netA AngelinA PACheCo gAgo dA CâmArA

que CAsou Com jAime hintze, homem de grAnde visão, que

Construiu umA CentrAl hidro eléCtriCA que

Ajudou, e AindA AjudA, A FábriCA de Chá

gorreAnA A sobreviver Até Aos diAs de hoje.

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

O Chá nos AçoresAlguns estudiosos sustentam que a "Camellia sinensis", planta que está na origem do chá verde e do chá preto, foi introduzida nos Açores, nomeadamente em São Miguel, em 1750, transportada pelas naus que regressavam do Oriente. Sabe-se ainda do seu cultivo na ilha Terceira, de onde terá sido expedida uma partida para Lisboa no ano de 1801.O micaelense Jacinto Leite, por volta 1820, criou a primeira plantação com sementes trazidas do Rio de Janeiro, onde exercia o cargo de comandante da guarda real, na corte de D. João VI. Posteriormente, no último quartel do século XIX, como alternativa para a crise da laranja então vivida, o cultivo do chá foi incentivado pela Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense. Para esse fim, a Sociedade trouxe dois técnicos chineses de Macau a São Miguel em 1878. Estes, por sua vez, trouxeram novas sementes da planta - a "jasmin grandiflorum" e a "malva vacciones" -, ensinando técnicas de preparação das folhas e fabrico do chá, tendo este atingido o seu apogeu da década de cinquenta com 250 toneladas resultantes de 300 hectares de cultivo.A primeira guerra mundial, e posteriormente as protecções aduaneiras ao chá de Moçambique desencadearam progressivamente uma crise. Em 1966 das catorze fábricas transformadoras de chá restaram apenas cinco.A Gorreana detém o título de mais antiga fábrica de chá da Europa, mantendo-se em actividade desde 1883.

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

Chá Gorreana.Fernando Hintze foi o primeiro fabricante açoriano a conseguir uma marca registada, abriu a fábrica aos visitantes, hoje chamados turistas. Quando Jaime Hintze morreu, Fernando Hintze, tomou o lugar de seu pai e casou com Berta Maria Ferreira Meirelles Hintze, continuando o seu trabalho e adquirindo mais equipamento - um secador, dois enroladores e uma peneira, ainda hoje em funcionamento.Fernando Hintze morreu ainda jovem deixando a fábrica a sua mulher Berta Hintze e a sua filha Margarida Hintze. Berta Hintze tinha em suas mãos uma fábrica que perdeu toda a sua produção na revolução de 25 de Abril 1974, aquando da tomada dos seus armazéns em Lisboa pelos trabalhadores, mas com a dedicação e num trabalho solitário conseguiu levantar a fábrica. Margarida Hintze casa com Hermano Motta que foi um grande impulsionador do chá comprando máquinas novas para poder responder rapidamente às exigências das encomendas, adquiriu um máquina de empacotar, uma máquina de saquetas, divulgou o chá dando entrevistas e palestras, e construiu vários espaços - sala de chá, loja, espaço de degustação, espaço audiovisual e um trilho pedestre -, para receber os turistas, e, sempre que solicitado por algum visitante explicava tudo com muito gosto e prazer. Morreu numa sexta-feira depois do trabalho, deixando a sua mulher à frente da fábrica do chá Gorreana, continuando o sonho, realizando a Tradição e a Inovação com o sentido no Presente e os olhos postos Futuro.

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PAtrimónio - mArCAs PortuguesAs seCulAres, Chá gorreAnA

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cultura - visita à casa-Museu da Fundação Medeiros e alMeida

Fotografias de João de Sousa

“tertúlias da Matriz

Portuguesa”. visita à casa-

-Museu da Fundação Medeiros

e alMeida - Margarida e

antónio Medeiros e alMeida,

uMa intiMidade Partilhada coM

a arte.

Teresa de Seabra Cancela Vilaça iniciando a visita.

O espaço privado do casal e a sua partilha com as obras de Arte foi o mote do segundo encontro, que teve lugar na Casa-Museu da Fundação António Medeiros e Almeida, no dia 11 de Abril, com uma visita guiada pela Dra. Teresa de Seabra Cancela Vilaça, directora da Casa-Museu, num percurso criado especialmente para aquele encontro. No final da visita foi servido um chá e doçaria portuguesa, para convívio dos Tertulianos.

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CulturA - visitA à CAsA-museu dA FundAção medeiros e AlmeidA

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CulturA - visitA à CAsA-museu dA FundAção medeiros e AlmeidA

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CulturA - visitA à CAsA-museu dA FundAção medeiros e AlmeidA

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CulturA - visitA à CAsA-museu dA FundAção medeiros e AlmeidA

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CulturA - visitA à CAsA-museu dA FundAção medeiros e AlmeidA

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cultura - Danças traDicionais Do reino Do sião

entre Danças clássicas

seculares e folclore regional,

este esPectáculo aPresentou

a mais genuína traDição

Performativa Da tailânDia.

Num total de dez actuações, o programa inclui exemplos de Khon, dança clássica dramática com máscaras cujas origens remontam a mais de cinco séculos. Combinando aspectos de três expressões artísticas: marionetas de sombras, o ritual da Corte Brahmanical e o exercício militar estilizado, é considerada a forma mais elevada de performance tradicional, apresentada exclusivamente na Corte Real. Interpretado por bailarinos mascarados, o repertório Khon conta episódios do Ramakien, poema épico tailandês derivado do Ramayana hindu, com o qual tem várias histórias em comum.Um dos episódios Khon escolhidos Fotografias da Embaixada da Tailândia

O Embaixador da Tailândia, Chakorn Suchiva, com a Companhia de Bailado

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CulturA - dAnçAs trAdiCionAis do reino do sião

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CulturA - dAnçAs trAdiCionAis do reino do sião

para este espectáculo, “Campanha do Rei Rama contra Tossakan" é considerado o mais elaborado em termos de guarda-roupa e de maior dificuldade de interpretação. A também ancestral dança de Kepatrenang reflecte a influência ocidental, nomeadamente portuguesa e espanhola, na música e coreografia, incorporando leques e instrumentos musicais ocidentais.A par deste repertório mais erudito, as danças de expressão folclórica como a de Tambralinga, de Isan ou dos Tambores, ilustram as singularidades culturais de diferentes regiões do país.A interpretação fica a cabo do grupo da Escola Superior de Artes Dramáticas da Tailândia, a mais prestigiada escola de artes performativas do país. Desde a sua criação, em 1934, esta instituição de ensino tutelada pelo Ministério da Cultura da Tailândia tem formado os mais exímios artistas do país nas áreas da dança e música, integrando no seu corpo docente músicos e bailarinos da Corte Real tailandesa.

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cultura - Danças traDicionais Do reino Do sião

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CulturA - dAnçAs trAdiCionAis do reino do sião

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CulturA - dAnçAs trAdiCionAis do reino do sião

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cultura - Sala de d. Manuel no MuSeu nacional do azulejo

dePoiS de uM reStauro integral,

abriu Pela PriMeira vez ao

Público uM doS eSPaçoS do

antigo convento da Madre de

deuS, eM liSboa.

A Sala de D. Manuel, espaço em parte correspondente à nave da primitiva igreja da Madre de Deus, alberga um imponente conjunto azulejar, proveniente do convento de Sant’Ana, do qual se destacam os painéis de temática franciscana, atribuídos a Manuel dos Santos, um dos mais importantes pintores do chamado “Ciclo dos Mestres”, com produção ativa entre 1690-1725.Este espaço foi alvo de uma intervenção global de restauro que incluiu tecto, janelas, paredes, pavimento e revestimentos azulejares. Aproveitou-se também para levar a cabo uma campanha arqueológica, fundamental para perceber as várias etapas construtivas a que o espaço esteve sujeito, desde a sua fundação no início do século XVI.Fonte: Museu do Azulejo

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Protocolo, Visita oficial do Presidente da rePública à ocde

o Presidente da rePública Visitou, em Paris, a sede da ocde, em 16 de março, tendo-se reunido com Peritos desta organização Para a cooPeração e o desenVolVimento económico e feito uma interVenção Perante o seu conselho.

O Presidente Aníbal Cavaco Silva foi recebido pelo Secretário-Geral da organização, Ángel Gurría, e manteve com ele uma reunião, após o que realizou um encontro com peritos da OCDE. Depois, foi o convidado de uma reunião especial do Conselho da OCDE, durante a qual dialogou com os representantes dos países membros.O Presidente da República e o Secretário-Geral da OCDE prestaram depois declarações aos jornalistas, seguindo-se um almoço de trabalho. Mais tarde, na Residência do Representante Permanente de Portugal junto da OCDE, Embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, o Presidente Cavaco Silva manteve um encontro com os altos funcionários portugueses naquela organização internacional. Fonte: © 2006-2014 Presidência da República Portuguesa

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Protocolo, Visita oficial do Presidente da rePública à ocde

o Presidente da rePública encontrou-se com a

comunidade Portuguesa em frança.

No âmbito da sua deslocação a Paris, por ocasião da sua visita oficial à OCDE e de um encontro com o Presidente francês François Hollande, o Presidente da República encontrou- -se com representantes da Comunidade Portuguesa em França, no dia 16 de Março, e manteve um encontro com algumas centenas de portugueses, franco-portugueses e luso-descendentes na Residência da Embaixada de Portugal na capital francesa.

Fonte: © 2006-2014 Presidência da República Portuguesa

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Protocolo, Visita oficial do Presidente da rePública à ocde

o Presidente da rePública reuniu-se em Paris com emPresários e inVestidores franceses.

O Presidente da República reuniu-se,

em Paris, no dia 17 de Março, com

mais de duas dezenas de empresários

e investidores franceses, durante um

pequeno-almoço de trabalho incluído

no programa da sua deslocação à capital

francesa. Participaram na reunião

presidentes executivos, directores-

gerais e directores internacionais de

empresas de sectores como a banca

e fundos de investimento, indústrias

aeroespacial e automóvel, energia

e transportes, telecomunicações,

energias renováveis, tratamento

de resíduos, hotelaria, grande

distribuição, consultoria e centros

partilhados de serviços. Fonte: © 2006-2014 Presidência da República Portuguesa

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Fonte: © 2006-2014 Presidência da República Portuguesa

O Presidente da República encontrou-se no Palácio do Eliseu, em Paris, no dia 17 de Março, com o Presidente da França, François Hollande, por ocasião da sua visita à capital francesa. Após as Honras Militares à chegada ao Eliseu, o Presidente Aníbal Cavaco Silva teve um encontro com o Presidente François Hollande.

enContro no PAláCio do eliseu.

ProtoColo, visitA oFiCiAl do Presidente dA rePúbliCA à oCde

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ProtoColo, visitA oFiCiAl do Presidente dA rePúbliCA à oCde

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