Revista pronews 160

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WWW.REVISTAPRONEWS.COM.BR ÍNDICE IRO ICHA TÉCNICA E G F 8 10 31 14 26 G D IRO BRASIL E OLHO NA CAMPANHA 29 37 38 N C E A WEB LICK U RECOMENDO Todo mês uma agência diferente produz a capa da Revista PRONEWS. Participe pelo e-mail: [email protected] RECIFE•SALVADOR•FORTALEZA•NATAL JOÃO PESSOA•MACEIÓ•TERESINA ARACAJU•SÃO LUÍS • SÃO PAULO :: EDITOR Walter Lins Jr. [email protected] Luciana Torreão - subeditora, :: REDAÇÃO Ivelise Buarque e Matheus Torreão [email protected] Joelli Azevedo e :: COLABORADORES Marina Barbosa Bruno Regis :: PRODUTOR GRÁFICO [email protected] Walter Lins Jr :: DEPTº FINANCEIRO [email protected] :: 81 3426.6144 / 3034.6144 ASSINATURAS [email protected] :: REPRESENTANTES COMERCIAIS NS&A - CE - Aldamir Amaral (85 3264.0406/ 0576) - [email protected] RD Produções e Eventos - Ricardo Douglas (SE - 79 3044.7013/9972.2214) - [email protected] Omega Mídia - Renato (SP - 11 8403.0330) [email protected] :: DISTRIBUIÇÃO LogResolve (PE - 81 2123.1455) Jornal Correio - Rede Bahia (BA - 71 3203.1812) Sistema Verdes Mares (CE - 85 3266.9902) www.verdesmares.com.br Omega Mídia - Renato (SP - 11 8403.0330) [email protected] :: DADOS TÉCNICOS Impressão: Gráfica FacForm (81 3339.6566) [email protected] Tiragem: 7.000 exemplares Formato: 22x30cm Tipologia: Humanist 521 BT Papel: Couché brilho 150g/m² Número de páginas: 40 revista de comunicação e marketing NE DESDE 1999 A Revista PRONEWS é uma publicação mensal de Walter Lins Pinheiro Junior Editora - ME Empresarial Tacaruna - Av. Governador Agamenon Magalhães, 3341, Sls. 205/206. Torreão. CEP: 50.070-160. Fones: (81) 3426.6144 / 3034.6144 ano XIV nº 160 julho 2013 As matérias assinadas por nossos colaboradores não representam, necessariamente, a opinião da revista. CAPA Apesar das dificuldades, nunca foi tão fácil empreender. 18 Link Comunicação (PE) NA ROTA DO MÍDIA Com 17 anos de estrada, Tatiana Passos passou três anos na House Propaganda, que em 1999 ez um acordo operacional com a Link Comunicação, onde está até hoje como gerente de Mídia. 6 S . P prestes a completar r é 14 anos expandindo os negócios para Paraíba e . Alagoas 24 A VEZ DO CLIENTE 0 3

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Edição de julho de 2013 Criação da capa: Link Comunicação (PE)

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WWW.REVISTAPRONEWS.COM.BR

ÍNDICE

IRO ICHA TÉCNICA EG F8 10 31

14 26G DIRO BRASIL E OLHO NA CAMPANHA

29 37 38N C EA WEB LICK U RECOMENDO

Todo mês uma agência diferente produz a capa da Revista PRONEWS.Participe pelo e-mail: [email protected]

RECIFE•SALVADOR•FORTALEZA•NATALJOÃO PESSOA•MACEIÓ•TERESINAARACAJU•SÃO LUÍS • SÃO PAULO

:: EDITOR Walter Lins [email protected]

Luciana Torreão - subeditora,:: REDAÇÃOIvelise Buarque e Matheus Torreã[email protected]

Joelli Azevedo e:: COLABORADORESMarina Barbosa

Bruno Regis:: PRODUTOR GRÁ[email protected]

Walter Lins Jr:: DEPTº [email protected]

:: 81 3426.6144 / [email protected]

:: REPRESENTANTES COMERCIAISNS&A - CE - Aldamir Amaral (85 3264.0406/0576) - [email protected] Produções e Eventos - Ricardo Douglas(SE - 79 3044.7013/9972.2214) [email protected] Mídia - Renato (SP - 11 8403.0330)[email protected]

:: DISTRIBUIÇÃOLogResolve (PE - 81 2123.1455)Jornal Correio - Rede Bahia (BA - 71 3203.1812)Sistema Verdes Mares (CE - 85 3266.9902)www.verdesmares.com.brOmega Mídia - Renato (SP - 11 8403.0330)[email protected]

:: DADOS TÉCNICOSImpressão: Gráfica FacForm (81 3339.6566)[email protected]: 7.000 exemplaresFormato: 22x30cmTipologia: Humanist 521 BTPapel: Couché brilho 150g/m²Número de páginas: 40

revista de comunicação e marketing NE

DESDE 1999

A Revista PRONEWS é uma publicação mensalde Walter Lins Pinheiro Junior Editora - MEEmpresarial Tacaruna - Av. GovernadorAgamenon Magalhães, 3341, Sls. 205/206.Torreão. CEP: 50.070-160. Fones: (81)3426.6144 / 3034.6144

ano XIVnº 160

julho 2013

As matérias assinadas por nossos colaboradores nãorepresentam, necessariamente, a opinião da revista.

CAPAApesar das dificuldades,nunca foi tão fácilempreender. 18

Link Comunicação (PE)

NA ROTA DO MÍDIACom 17 anos de estrada,Tatiana Passos passou três anos naHouse Propaganda, que em 1999ez um acordo operacional com aLink Comunicação, onde está atéhoje como gerente de Mídia. 6

S . P prestes a completarr é14 anos expandindo osnegócios para Paraíba e

.Alagoas 24

A VEZ DO CLIENTE

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Tatiana Passos. Ou, simplesmente, Tati – para os ínti-mos. Assim gosta de ser chamada essa baiana que já passoupor vários “Brasis” até aportar em terra firme na capital per-nambucana, onde vive hoje, como gerente de Mídia da LinkComunicação (PE). Da Bahia, ela conta que foi transferidapara o lago Paranoá (Brasília-DF) e depois para Recife, cujoprazer maior foi ter voltado a estar próxima ao que ela chamade “uma das maiores, se não a maior e mais bela maravilha domundo: o mar”. “Umas das coisas que mais me fizeram falta,nos quase quatro anos que estive em Brasília”, ressalta.

Com 17 anos de estrada na mídia, ela passou três anosna House Propaganda, que em 1999 fez um acordo operacio-nal com a Link Comunicação, onde está até hoje. E ela nãodeixa de reafirmar: “a mídia sempre foi e sempre será meufoco”. Como mídia, ela se realiza como pessoa e como profis-sional. “Aprender, ainda em Salvador, a lidar com as exigênciasdo mercado nacional, atendendo à primeira conta de Gover-no Federal na Link, foi e continua sendo uma grande e belaexperiência. Parte desse crescimento profissional e pessoal,devo a meu atual e eterno diretor de mídia, Humberto Mon-temurro”.

Em Brasília ela diz que aprendeu a lidar com os diver-sos mercados do nosso imenso Brasil. “Atendemos contascomo Correios, Ministérios dos Transportes e Educação, quenos proporcionou conhecer cada pedacinho do Brasil, comsuas especialidades, diferenças, particularidades e formas detrabalhar. Além de entender e aprender que verba públicadeve ser trabalhada com negociação para se ter, no mínimo,viabilidade de comunicação, podendo assim trabalhar osdiversos meios, segmentos e mercados de atuação de cadacliente”.

Tati diz ser apaixonada pela natureza, pelos animais, epelo jeito nordestino de ser: franco, aberto, amigo, sincero,despojado e “entrão”. Encantada pela publicidade e pelamídia, ela admira a criatividade dos profissionais da área demídia, que estão cada vez mais próximos das decisões e nãosomente, tão somente, da decisão das verbas destinadas acada meio/veículo.

Ao tocarmos com ela, no assunto gastronomia, a baia-na é bem enfática: “A gastronomia do Recife é uma das coisas

que mais amo nessa cidade. Costumo falar que meu acrésci-mo de peso, depois que cheguei ao Recife tem nome, endere-ço e telefone: o Bar da Mira e Edmilson o baiano são duas dasminhas preferências. Adoro cozinhar, tomando uma cervejabem gelada”.

Como é de praxe, sempre indagamos sobre ossonhos de cada entrevistado e Tatiana Passos responde: “le-var seu marido para conhecer o Rio de Janeiro como se deve”.Além de levar seu filho Miguel para realizar o seu sonho deviagem: África do Sul e seus encantos.

E entre ter razão e ser feliz, Tati diz que prefere serfeliz. “Mas sem perder a razão, claro”, brinca. E, por falar, emrazão, confira a seguir o bate papo que tivemos com ela.

RPN – O uso de pesquisas para argumentação de pla-nos de mídia são fundamentais. Como é feito este pro-cedimento na Link? Quais são as principais pesquisasutilizadas e que tipo de enfoque é dado?TATIANA PASSOS – A Link investe hoje em torno de 500 a 600mil em pesquisas de mídia. A pesquisa nos norteia. Contamoshoje com pesquisa de televisão, rádio, internet, jornal e revista,de todos os mercados trabalhados pelos principais institutos depesquisa do Brasil: Ibope, Ipsos Marplan, IVC. Todos os planos demídia desenvolvidos pelos escritórios da Link, contam com funda-mento de pesquisa.

RPN – Você acredita que volume de verba pode "inibir"a criatividade do mídia e da criação?TATIANA PASSOS – Seria loucura da minha parte se disser quenão. Mas acredito muito numa defesa que o Marcus Frade fez emuma palestra da Globo Nordeste, junto com o Grupo de Mídia dePernambuco aqui no Recife, há uns três meses mais ou menos: adecisão de criação/planejamento de uma determinada campa-nha, é tomada, também, pelo departamento de Mídia. O profissi-onal de mídia tem condições de dar opções, mesmo antes do iní-cio da criação, que podem ser de grande importância para oscriativos, tentando assim, viabilizar a campanha com formatosdiferenciados, mas que podem ser trabalhados pela mídia semque “engesse” o nosso planejamento.

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NA ROTA DO MÍDIA

OS VÁRIOS “BRASIS” DEUMA BAIANA APAIXONADAPELO MAR

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RPN – Geralmente, nas agências, a decisão de pra ondee quanto vai ser investido em cada tipo de mídia já vempronto do planejamento/criação. Como você vê esseprocesso?TATIANA PASSOS – Foi o que eu disse acima. Acredito que asreuniões de briefing das agencias precisam ser cada vez mais fre-quentes. Se a mídia e produção estiverem em reuniões com cria-ção e planejamento, podemos, mesmo antes de serem criadas,dar opções de peças diferenciadas e que podem ser trabalhadasna mídia e produção de forma que não seja fora da realidadefinanceira do cliente.

RPN – Você já atuou e atua em vários estados. Seriacorreto dizer que, em termos de comunicação, existemvários “Brasis”? O mercado/relacionamento/atuação/criatividade é o mesmo em todos os estados? Que locali-dade acredita que se destaca mais?TATIANA PASSOS – Sim. Cada região tem sua forma e caracte-rísticas de trabalhar. Suas especialidades, seus diferenciais. Onordestino tem um jeito malicioso de trabalhar a publicidade.Gosto da forma “informal” que tratamos a comunicação. SãoPaulo tem seu grande potencial por conta das grandes verbasnacionais, isso facilita muito. Mas como dissemos, o Brasil é detodos nós. Temos profissionais de todas as regiões, em todas as

regiões do País. Temos nordestinos no Sul e Sudeste e vice e versa.Temos o povo do Nordeste em “Sampa” e no Norte e no Sul e noSudeste e no Mundo todo. Temos os Brasis misturados e o gostosoé justamente ver essa mistura.

RPN – O que caracteriza um bom planejamento demídia?TATIANA PASSOS – O bom planejamento de mídia estandobem embasado e de acordo do briefing do cliente, otimiza e renta-biliza o investimento em comunicação. Essa realidade atrelada ecasada com a criatividade da mídia e da criação resulta, com cer-teza, num bom planejamento.

RPN – Você atua muito junto a Governo. Quais as dife-renças e vantagens e se trabalhar este segmento emrelação a outros?TATIANA PASSOS – As diferenças e vantagens não são tão gran-des assim. Em qualquer segmento e na comunicação governa-mental tem sido igual aos clientes da iniciativa privada, onde sem-pre estamos aptos a propor estratégias de comunicação dirigidasa segmentos específicos. Programa-se canais impressos e eletrô-nicos e os volumes de propaganda de acordo com o objetivo decada briefing, pensando, sempre, na otimização e rentabilizaçãoda verba. Seja ela de segmento público ou privado.

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INVICTO VAI ALÉM DO OUTDOORUma ideia diferente e inovadora está atraindo os olhares dequem circula pela ponte do Pina, um dos principais corredoresdo Recife. Trata-se de um projeto especial que a Rota Outdoore Sim Print, empresas que integram o Grupo Rota Mídia produ-ziram para anunciar o novo produto da linha de limpeza da Asa,o Invicto Líquido. A diretora de Marketing da Rota Mídia, Tatia-na Guimarães, explica que para o projeto que teve a arte assina-da pela Aporte Comunicação, além do outdoor lonado, a Rotaadesivou todo o muro da fachada abaixo do painel, que com-põe a propaganda, gerando, dessa forma, ainda mais impacto.

AMPLA É AGÊNCIA DO ANONO COLUNISTAS NORTE NORDESTEO Prêmio Colunistas Norte Nordeste divulgou nesta semanaas agências vencedoras da edição 2013 nas categorias Marke-ting Promocional e Propaganda. A Ampla foi a agência maispremiada, conquistando cinco Grand Prix, sendo dois emPromo (Agência do Ano e Cliente de Promoção do Ano – Pitú),e três em Propaganda: Queiroz Filho, conquistou o Publicitáriodo Ano, Manuel Cavalcanti, o Profissional do Ano, e a Ampla,pelo conjunto da obra, o Desempenho Criativo do Ano. É aquarta vez consecutiva que a Ampla conquista o GP de Agênciado Ano no Colunistas.�

ROTEIRO PRÁTICO SOBRE PLANODE MARKETING GRATUITOO Quartel Digital está lançando um roteiro prático, em forma-

to digital, gratuito, queensina aos interessados aproduzir um Plano deMarket ing para suaempresa. O chamadoPlano de Marketing é umdocumento que identifi-ca as oportunidades que

podem gerar bons resultados para a organização, mostrandocomo penetrar no mercado com sucesso para obter os objeti-vos desejados, adaptando-se a mudanças e identificando ten-dências. Para fazer o download do roteiro prático gratuitosobre como fazer um Plano de Marketing basta acessar o site:http://planodemarketing. quarteldigital.com.br.

A ARCOS NO PRÊMIO LUSOSO Brasil teve excelente desempenho no Prêmio Lusos, festivaltrimestral que reúne apenas trabalhos em língua portuguesa.Foram sete Grands Prix, sete ouros, 18 pratas e 20 bronzes,divididos por nove agências. A Arcos conquistou seu espaçoneste seleto time, confirmando presença entre as mais criativasdo país. Foram 3 bronzes para os clientes Folha de Pernambucoe Cruz Vermelha. A agência foi a única premiada do Nordeste.Peças vencedoras: Folha de Pernambuco, "Tintas":www.youtube.com/watch?v=N1OlTwGSq_c

Cruz Vermelha, "#deexemplo":www.youtube.com/watch?v=vGywdKVU2ro

MENINOS DO BRASILO Jornal do Commercio lança a campanha do documentárioMeninos do Brasil, que come-çou a veicular este domingonas versões impresso,internet, TV e rádio. Odocumentário resgata ahistória de 25 crianças queviviam nas ruas de Caruaruuma década atrás e mostraa trajetória de exclusão,violência, prisão e morteque alguns percorreram atéos dias de hoje. Criadas pela agência pernambucana Ampla, aspeças da campanha, anúncios e web banner para o Portal NE10seguem a linha jornalística a partir das fotos das personagensenfocadas no documentário.

RECORD BAHIA ANUNCIAMUDANÇA NA DIRETORIAApós 1 ano e 3 meses na direção da TV Record Bahia, o execu-tivo Carlos Alves assumirá a TV Record Brasília e passa a gestãopara o novo diretor da emissora, Fabio Tucilho. Com 18 anosno grupo da Rede Record, o administrador Fabio Tucilho tem37 anos e algumas experiências destaques em sua carreira.Participou do início da Record News e da criação do portal R7.Atualmente Tucilho exercia o cargo de direção da TV RecordRio Grande do Sul.

HAGUA VENCE DISPUTAPara as ações em Pernambuco da nova linha SOU, da Natura, aagência Hagua venceu a concorrência e será responsável pelasua realização. A disputa contou com a participação de agênciaslocais e de São Paulo. As ações começam no início do segundo

semestre.

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FICHA TÉCNICA

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SUA VIDA MELHORCom o conceito “Sua vida melhor”, a MV2 Comunicaçãolançou a campanha do Vitória Park Shopping, destacando amudança que o empreendimento proporcionará àpopulação de Vitória de Santo Antão e da região da Zona daMata de Pernambuco. Além de assinar o redesign da marca etoda a campanha de divulgação, a agência elaborou umplanejamento estratégico de comunicação que posicionou oshopping em fases distintas de ação. A ação é composta porspots, anúncios para jornal e revista, outdoor, outbus,

paineis fixos, painéis de estrada, broadside, impressos,ações de guerrilha e mídias sociais.

Agência: Cliente:MV2 Comunicação (PE) Vitória ParkShopp ing Fernando MarrocosAtendimento :Planejamento: Criação:Elmo do Val e Renata TavaresElmo do Val, Tiago Andrade, Leo Vasconcelos e MiguelSolano Leo VasconcelosDireção de Criação: Produção:Alessandra Melo e Catarina Moro Dedé SilvaMídia:

SEMANA DA AGRICULTURAAté poderia ser um filme comum de cartela, mas oscriativos da Faz mais uma vez fizeram a diferença. Acampanha criada para a Semana da Agricultura doGoverno e o 2o. Salão da Agricultura fez do que seria umfilme frio e informativo, um stop motion simpático comos principais itens produzidos pela agricultura familiar ede negócios no Estado. A Faz criou também todas asmarcas dos eventos. Além do filme de 30 segundos, acampanha também conta com peças para redes sociais etodo material de apoio e divulgação dos eventos.

Agência: Cliente:Faz Comunicação (PB) Semana daA g r i c u l t u r a d o G o v e r n o A t e n d i m e n t o eplanejamento: Criação:Allysson Teotonio AlexandreFeliciano e Thiago Mendes Direção de criação:Alexandre Feliciano Viviane Xavier e PriscyllaMídia:Gomide

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FESTIVAL DE AREIAA aquarela que colore as ruas, mídias, olhos e ouvidos dosparaibanos convidando para a 14º edição do Festival de Areia,que acontece em agosto, foi criada pela Antares Comunicaçãotendo como mote a alma feminina na arte. Demanda daSecretaria de Estado da Cultura da Paraíba, o Festival tem comotema 'Paraíba Feminina de Cultura' e envolve na campanha dedivulgação: TV, rádio, anúncios de jornais, outdoors, folders,cartazes e mídias digitais, todos com peças desenvolvidas pelaagência. O processo de desenvolvimento da campanha envolveuos setores de Marketing Digital e de Criação da Antares, desde ofechamento do conceito, passando pela criação da marca,ilustração, até o layout e textos que compõem cada peça e asestratégias de divulgação nas redes sociais.

Agência: Cliente:Antares Comunicação (PB) Festival de AreiaAtendimento: Direção de Arte:Máximo Serpa Rubens SousaIlustração: Redação:Igor Tadeu Talles Lopes

SE BEBER, A CAPITAL LEVATodos sabem que a combinação de álcool e direção nuncadeu certo. Após ser sancionada a Lei que tornou ainda maisrígida a punição para motoristas que andam alcoolizados, oscondutores ficaram mais atentos, tanto pelas penalizaçõesprevistas na Lei, quanto pelos riscos de acidentes cada vezmais evidenciados. Pensando nisso, a agência TagZag crioupara a Capital Fiat, concessionária Fiat na Paraíba, uma açãopara lembrar às pessoas que o ideal é se divertir comsegurança. A ideia foi colocar um Fiat Ducato à disposiçãodos frequentadores dos principais bares da cidade, todas asquintas, sextas e sábados, oferecendo um serviço de

transfer gratuito para diferentes bairros. A ação tem comoprincipal suporte de divulgação prévia as redes sociais daconcessionária (Facebook, Twitter e Instagram). Já no local,promotoras distribuem, com muita diversão, materiaisinformativos contendo destinos e horários de partida, alémde orientar e convidar o público a utilizar o serviço.

Agência: Cliente: Atendimento:TagZag (PB) Capital FiatThayssa Moraes Yuri PinangéDireção de Criação:Direção de Arte: Redação:Franklin Fernandes RômuloRodrigues Renata Matos Igor AmorimMídia: Aprovação:

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No universo da globalização é chover no molhadodizer que o cenário digital mudou nossos conceitos e o merca-do. Uma mudança que ainda promete muito, em especial emnosso país. Em dezembro na Conferência Brasil Canadá 3.0,em João Pessoa (PB), o Secretário de Política de Informáticado Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, Virgí-lio Augusto Fernandes Almeida, disse que “o Brasil é um paísaberto para novas tecnologias e possui um mercado atrativo.Somos o terceiro mercado no comércio de computadores e oquarto mercado em venda de celulares”. E números recentesreforçam a perspectiva do mercado no Brasil, que hojedemostra um faturamento na ordem de R$ 2,2 bilhões em2012 (saindo de R$ 1,47 bi), sem considerar o investimento.O número de agências digitais brasileiras chega agora a 3.094,contra 2.510 em 2011. Com isto, vemos o setor de comunica-ção digital crescer em média 10% ao ano, de acordo com osdados da 4ª edição do Censo das Agências Digitais, coletadosjunto a 742 empresas, pela Associação Brasileira das AgênciasDigitais – Abradi (entidade nacional, sem fins lucrativos, quedefende os interesses das empresas desenvolvedoras de ser-viços digitais no Brasil).

“A mídia digital e, consequentemente, a publicidadetiveram que adaptar seus modelos para estar presente nessesnovos 'devices' – tablets, smartphones, TVs interativas – e navida das pessoas. No Brasil, o fator “globalização” colaboroupara a chegada dessas tecnologias, dos investimentos daspróprias empresas como Google, Microsoft e outras, quemantém sedes no país e fazem investimentos no mercado

brasileiro, além da capacidade que nós temos de adotar as'novidades'. No Brasil, o uso do Facebook, por exemplo, cres-ce mais de 170% ao ano. Além disso, vemos iniciativas como oPorto Digital, que tem o apoio do governo do Estado de Per-nambuco, e serve de exemplo e pode impulsionar ainda maiso segmento no país”, diz o presidente da Abradi Nacional,Jonatas Abbott. Ele destaca que o segmento está se benefici-ando das consequências da própria evolução da tecnologia edos investimentos realizados por grandes empresas comoMicrosoft, Google, Apple e tantas outras que revolucionarama forma das pessoas se comunicarem.

O faturamento atual deste mercado representa umcrescimento de 50% no que diz respeito à produção e presta-ção de serviços, em relação à 2011, de acordo com a Abradique existe há quatro anos com o formato atual e que congregaempresas de todas as regiões do país e recentemente ganhoumais uma seccional com a fundação na Paraíba comandadapor Alek Maracajá, empresário de Inovação Tecnológica CIOda Ativawebgroup e da Agencia Digital Cyoung.

A instalação de seccionais regionais da associação noNordeste é resultado não só do crescimento deste cenário nopaís como também da digitalização do empresariado, quepassou a investir mais na profissionalização, inclusive. E atual-mente a região já mantém representações da entidade emPernambuco e na Bahia e, em breve, estará fundando outratambém no Rio Grande do Norte numa luta em prol de aten-der as necessidades de quem atua neste mercado e tambémda aplicação de um formato de trabalho adequado.

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O POLOQUE IMPORTA

Felipe Almeida, presidente Abradi-PEJonatas Abbott, presidente Abradi Nacional

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A entidade é fruto de uma iniciativa que foi criada noSul do país – a Agadi (Associação Gaúcha das Agências Digita-is) – capitaneada, na época, por agências locais como AG2Publicis Modem e w3Haus. “Tendo em vista que muitas outrasregiões do país começaram a criar movimentos semelhantes eprocuravam a Agadi em busca de orientação, surgiu a oportu-nidade de criar um movimento único capaz em torno de obje-tivos mais amplos que pudessem atender as necessidades domercado, sem deixar de lado as discussões e questões regio-nais. Dessa forma, foi criada a Abradi Nacional, formada hojepor 13 regionais”, lembra Abbott.

E, neste período de atividade, desenvolve já algunsprojetos nacionais entre os quais estão o “Digital SpeedDating”, eventos periódicos de relacionamento; “A pesquisade Cargos e Salários”, que está na terceira edição; e “O Censodas Agências Digitais Brasileiras”, que está na sua quarta edi-ção. Mas a entidade ainda prepara-se para a realização do“Prêmio Pororoca”, que vai acontecer em setembro; e embreve, irá lançar um projeto em parceria com a Apex-Brasil.“A Abradi sempre manteve um relacionamento muito próxi-mo com o Governo Federal, principalmente com a Secom.No que diz respeito ao relacionamento do Governo com omercado digital, nossa função sempre foi de orientação e deauxílio na formatação de editais específicos para a contrataçãode serviços ou de projetos nessa área. Hoje, a associação estátrabalhando num documento que será referência para aSecom e, talvez, para o mercado, sobre valores e formatos decontratação de serviços digitais. Esse direcionamento irá favo-recer o Governo e as empresas que participarem as concor-rências”, destaca Jonathas.

A BOLHA QUE CRESCE - Os dados da quarta edição doseu Censo das Agências Digitais mostram inclusive que hojehá um número de agências superior no Nordeste ao Sul dopaís. Enquanto lá estão concentradas 515, já são observadas549 agências em nossa região. Em Pernambuco, por exemplo,as principais empresas do estado já faturam R$ 90 milhões porano, um mercado em ebulição segundo os representantes daentidade local, que hoje é composta por 17 empreendimen-

tos entre as quais estão Agência Iris, Cartello, Fishy, Handy,Casullo, Icorp, Safari, Webinterativa, Caju Agência Digital eQuarta Dimensão. “Pernambuco em especial tem um ecos-sistema propício. Existem o Porto Digital e o Cesar comoiniciativas do governo. A Universidade Federal de Pernambu-co é referência em TI. Além disso, vive um momento econô-mico favorável, devido ao crescimento acima da média nacio-nal. Impulsionado por grandes complexos industriais comoPorto de Suape, estaleiro, chegada de grandes indústrias, etc.Tudo isso beneficia o crescimento”, pontua o presidente daAbradi-PE, Felipe Almeida da 4Dimensão.

O estado nordestino encarou o mesmo movimentodo desenvolvimento da executiva da Abradi no país. A AETI –Associação de Empresas de Tecnologia de Internet, associa-ção independente que existia desde 2005, aderiu ao modelonacional da associação, alinhando-se ao movimento nacional,agora com nova diretoria. A proposta é renovar a gestão parapromover o desenvolvimento local do mercado de internet, oaculturamento e a valorização do setor que ainda é o maiorproblema na região. “Agora iremos trabalhar para promover odesenvolvimento do mercado através da sua profissionaliza-ção e aculturamento; ajudar na formação e o aperfeiçoamen-to dos agentes digitais locais; congregar os segmentos quecompõem o mercado e criar oportunidades para suas associa-das; atuar junto aos poderes públicos em questões de interes-se do mercado das associadas; a curto prazo, para esse man-dato: realização de eventos, internos com intuito de capacita-ção dos associados e externos com intenção de valorização domercado. Além de manter o engajamento e trabalhar na ade-são de novos associados”, destaca Almeida, que reforça queeste setor atualmente emprega cerca de 280 profissionais.

O momento do país está favorecendo os investimen-tos, que advém de diversos fundos e de investimentos deanjos, propiciando o nascimento cada vez maior de startups.Afinal de contas, cada nova ideia tende a criar mais oportuni-dades e impulsionar o mercado digital brasileiro para o cami-nho da evolução. Mas, tudo isto só será bem sucedido comestruturação adequada desses novos empreendimentos.

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Abradi-PE e sua nova diretoria

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GIRO BRASIL

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FESTIVAL DOMINUTO ABREESPAÇO PARAMARCASO F e s t i v a l d oMinuto convidar e a l i z a d o r e s ,a m a d o r e s eprofissionais a exercitarem a capacidade de síntese e alinguagem audiovisual para produzirem vídeos de até 60segundos. Criado em 1991, desde 2007 o Festival é online epermanente: recebe e exibe vídeos em seu portal(www.festivaldominuto.com.br), lança concursos comdiferentes temas e premia os melhores vídeos mensalmente.O MinutoAd, nova proposta do Festival do Minuto, é umdesafio. A empresa ou instituição patrocinadora do concursodesafia realizadores a criarem vídeos de até 1 minuto sobreuma ideia ligada à sua marca. Atualmente, é a Avon queconvida o público a criar em cima do tema da violênciadoméstica. Inscrições pelo site www.minutoad.com.br.

BOTICÁRIO REFORÇA A LIGAÇÃOENTRE PAIS E FILHOSO Boticário estreou seu comercial em homenagem ao Dia dosPais, criado pela AlmapBBDO. O filme “Pai não” é dirigido porHeitor Dhalia, da produtora Paranoid, conhecido por seuslongas “À Deriva” e “O Cheiro do Ralo”. Lançado em duasversões de 30 e 60 segundos, a filmagem teve duração de doisdias, e ocorreu em uma casa na Chácara Flora, zona sul de SãoPaulo. Os personagens principais são um casal e a filha bebê.Uma das diárias foi dedicada apenas à gravação com a menina.A definição do casting deu trabalho à produtora porque ofilme exigiu grande expressividade dos atores para transmitirtoda a carga emocional exigida pelo roteiro.

CHEVROLET LANÇA NOVA CAMPANHA DE VAREJOA Chevrolet apresenta sua mais nova campanha estrelada porRodrigo Faro. "Descubra uma Nova Chevrolet" integra onovo posicionamento global da Chevrolet, o "Find NewRoads", e destaca os últimos lançamentos da marca por meiode um diálogo direto com o consumidor. A campanha éassinada pela Salles Chemistri, agência da rede Publicis. Acampanha interliga a engenhosidade dos novos carros, suas

tecnologias – como o sistemamultimídia de última geração"My Link" –, além de ofertasinéditas e vantagens exclusivas– como incluir revisão e trocade óleo no financiamento.

MATTE LEÃO RENOVAIDENTIDADE VISUALMatte Leão está com novaidentidade visual. Em julho, o mate pronto para beber e agranel chegou aos mercados de todo o país com traços elogotipo renovados pela Tátil Design. O sabor de Matte Leãocontinua o mesmo e os símbolos tradicionais da marcatambém foram preservados: o rosto do leão, o selo que

remete a um sachê de chá e a cor laranjaocupam novas posições na embalagem,que agora traz imagens de folhas da ervamate e de frutas, como o limão, quereforçam a naturalidade e o sabor doproduto.

VINGANÇA DAS MULHERESA cerveja Crystal, do Grupo Petrópolis(fundado em 1994) e detentora também

da marca Itaipava, aposta no público feminino em sua novacampanha, intitulada “Vingança”, criada pelaYoung &Rubicam. No novo filme da bebida, a agência utiliza linguagembem-humorada no novo posicionamento da comunicaçãopara mostrar a leveza e o prazer de se tomar uma Crystalentre amigas. Jovem curte longe do marido em bar onde rolatoda diversão do mundo, incluindo a coisificação do homemcomo objeto por meio de show de striptease.

PALMOLIVE AGREGA IMAGEM DEDIOGO NOGUEIRA EM CAMPANHADiogo Nogueira deixa os palcos de lado e assume o papel degaroto propaganda em nova campanha da PalmoliveNaturals, em lançamento de nova linha completa de produtosda marca líder de mercado em cuidados pessoais do país.Criada pela Red Fuse, envolve filme de 30” que se passa emshow do músico,onde garota chamaatenção pela belezad o s c a b e l o sluminosos. Com aestratégia, a marcareforça sua presençana mídia, alinhando oproduto à imagemde artista de alma brasileira, reconhecido e admirado pelasconsumidoras.

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Tradição nas rodas de amigos e sempre presente nosprincipais momentos de vida dos seus consumidores, Tea-cher’s inova e desenvolve especialmente para o Brasil suaversão duplamente envelhecida: o Teacher’s Clan. Produzidona destilaria de Ardmore, na Escócia, e engarrafado na ori-gem, Teacher’s Clan é duplamente envelhecido, marcante ecom sabor sofisticado. Uma opção perfeita para quem já apre-cia Teacher’s Highland Cream no seu dia-a-dia, mas busca umuísque especial para aqueles momentos inesquecíveis e com-partilhados entre amigos próximos. O novo scotch será lança-do em julho com exclusividade para o Nordeste, onde amarca é líder de mercado com participação de 41,4% (Niel-sen, AM’13).

“Teacher’s Clan é ideal para os amigos que, dentrodos seus rituais de encontros, não dispensam uma boa bebidae fazem questão de apreciar um produto que, assim como seuclã, seja especial e de muita personalidade”, destaca PatríciaCardoso, gerente do grupo de bebidas standard da PernodRicard Brasil, empresa responsável pela distribuição de Tea-cher’s no Brasil.

Direcionado para as classes A e B, e para consumido-res entre 25 e 35 anos, o scotch chegará primeiramente aoRecife (PE) e a Fortaleza (CE). As cidades foram estrategica-mente escolhidas por conta da forte preferência pela bebida epela significativa liderança que Teacher’s possui nas praças,registrando 56,8% e 42,8% (Nielsen, AM’13) de participa-ção, respectivamente.

Segundo Carlos Hussey, diretor das áreas Brasil eCone Sul da Beam Inc., empresa dona da marca Teacher’s, oBrasil é o mercado número um do mundo para Teacher’s e,dentro do país, o Nordeste é a região com maior representa-tividade para a marca. “Por isso, estamos sempre atentos àsmudanças nos hábitos do consumidor nordestino e percebe-mos que esse público procura um produto mais premiumpara ocasiões especiais”, avalia.

Teacher’s Clan é ideal para ser apreciado puro oucom pouca quantidade de gelo e é um blended whisky com-posto por grãos superiores, que são misturados com selecio-nados maltes vindos da destilaria de Ardmore, na Escócia. Éesse processo que assegura a alta qualidade de Teacher’sClan. “Teacher’s Clan é um uísque duplamente envelhecido

que envolve alguns cuidados especiais. O primeiro é o enve-lhecimento do malte, que acontece em barris de carvalhoamericano de 200 litros e em seguida, ocorre uma segundamaturação em barris chamados Quarter Cask de 120 litros.Essa combinação de dois tipos de envelhecimento faz que oproduto seja um uísque de cor dourada bem intensa, comnotas de baunilha e uma suavidade absoluta”, explica AlistairLongwell, diretor da destilaria de Ardmore, na Escócia, ondeTeacher’s Clan é produzido.

CAMPANHA – A comunicação de Teacher’s Clan abrangecomerciais para TV e ações nas mídias digitais. Além disso,haverá ativações em pontos de dose, em que serão explicadasas diferenças entre os produtos da família Teacher’s e ascaracterísticas do novo uísque para o mercado brasileiro,além de ações de degustação do produto. “O objetivo dasações é fazer uma ampla cobertura para conquistar aderênciados apreciadores de uísque, com mensagens que destacam osentimento da amizade em clãs, os momentos “dourados” eas características premium do produto”, complementa Patrí-cia.

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TEACHER'S LANÇA NOVOPRODUTO NO NORDESTEProduto foi desenvolvido especialmente para aregião com maior consumo de whisky no Brasil

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“O presente impõe formas. Sair dessa esfera e produ-zir outras formas constitui a criatividade”, segundo o escritore dramaturgo austríaco, Hugo von Hofmannsthal, um dosfundadores do Festival de Salzburgo, considerado um dosmais famosos festivais de música e teatro de todo o Mundo,realizado todo verão, na terra natal de Mozart. Pensando sem-pre à frente, declarava já naquela época que não era necessá-rio conhecer muitas coisas, mas sim pôr muitas coisas emcontato umas com as outras e que isto constituía o primeirograu de criatividade. A integração das parcerias contribui paracriar produtos e serviços inovadores, e este cenário está maisdo que latente no Nordeste e em especial, em Pernambuco.“Pernambuco está hoje entre as sete localidades nacionais demaior potencial para a economia criativa”, de acordo com agerente geral de Economia Criativa da Sdec - Secretaria deDesenvolvimento Econômico de Pernambuco, Verônica Ribe-iro, durante o lançamento em abril passado da célula executi-va, voltada para a economia criativa do Governo do Estado,que nasceu com a finalidade de discutir, modelar e fomentarprojetos para os setores considerados pelo governo prioritá-rios na área. Tudo isto de olho no potencial deste movimento

que gera diversos negócios em variados segmentos, utilizaferramentas que estimulam a interatividade e resulta emmudanças de comportamento.

“Estamos vivendo um processo radical de mudançasde comportamento e de percepção do mundo. As novas tec-nologias e as novas formas de se comunicar e se relacionarestão conduzindo esse processo que nos levará a ser cada vezmais críticos, contestadores e ao mesmo tempo colaborado-res. Da nossa cidade a educação dos nossos filhos. Silvio Meiracostuma ou costumava dizer que no futuro todos seremosdispositivos humanos conectados. Concordo com essa teoria,mas acrescentaria, com perdão ao mestre pela ousadia, apalavra emocionalmente. Seremos dispositivos humanosemocionalmente conectados”, destaca Edgar Andrade,sócio-diretor do Hubcriativo (PE), empresa de consultoriaespecializada em identificar e desenvolver soluções inovado-ras integrando os diversos segmentos da Economia Criativa.

Para o especialista, a Economia Criativa surge quandovocê aplica componentes de inovação a produtos, serviços eprocessos que vão além da TIC (Tecnologia da Informação eComunicação). “Pode ser através de uma forma diferente decomercializar um produto, sempre com a perspectiva deganho de escala de volume ou de valor”.

Citando um exemplo prático, aplicar design a umamesa pode fazer com que ela deixe de valer R$ 300,00 e passea valer R$ 5.000,00. Por outro lado, a escala de volume nemsempre traz bons resultados para os negócios. No caso doartesanato, uma peça dos anos 80 de Seu Nuca de Tracunha-ém vale mais de cinco mil euros na Europa. As peças produzi-das em larga escala por seus filhos devem custar pouco maisde R$ 200,00. “Também é preciso ter cuidado para não fazercom que o ganho de escala não se transforme numa reduçãodo valor agregado e da rentabilidade dos produtos. Outroexemplo, é que temos um problema sério com o mercado degames de Recife. É um mercado focado quase 90% em servi-ços. Um cliente encomenda um jogo e paga por ele. O ciclo devida desse produto se encerra ali. Se tivéssemos uma políticade incentivo ao risco, não tenho a menor dúvida de que asempresas de games de Recife estariam produzindo

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UM NOVO OLHAR.NOVOS NEGÓCIOS

Edgar Andrade,Hubcriativo (PE)

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jogos com foco no consumidor e, fatalmente, alguns bonsfrutos já teriam surgido”, destaca Andrade.

Nesta crista da onda, o sucesso pode parecer absolu-to, mas é preciso cuidados, alerta o especialista que apontaque a banalização da proposta do que é economia criativapode provocar um esvaziamento da importância do tema. E,preocupado com esta questão, o Hubcriativo vem atuando nomercado há cerca de três anos com projetos de projeção econtribuindo para as construções de uma política de econo-mia criativa do Governo de Pernambuco e de um programapara a Prefeitura do Recife.

O Hubcriativo é uma consultoria especializada emconectar empresas criativas de diversos segmentos paradesenvolver projetos comuns ou novos produtos. “Funciona-mos literalmente como uma ponte entre problemas ou opor-tunidades e os melhores parceiros para encontrar soluções ouaproveitar essas oportunidades. Depois de passar o períodode 2007 a 2010 fazendo a articulação política da Fundarpecom o governo federal e com outros estados fui orientadopor Geber Ramalho (professor da UniversidadeFederal de Pernambuco) a continuar fazendo amesma coisa só que para reunir empresascom interesses comuns. Tinha a certeza deque não queria ser concorrente dos diver-sos parceiros que construí pelo Brasil eem diversos países. Então ser a ponteentre eles foi o melhor caminho queencontrei e estamos trabalhando muitopara consolidar nosso formato de traba-lho”, lembra Edgar.

Edgar atua ao lado de uma equipe enxu-ta com quatro pessoas e agrega parceiros como oEstúdio Mola, a Scriptoscope, a Fun der Ground, Jynx eAponte, além de parcerias estratégicas como a da FundaçãoGilberto Freyre. “Acreditamos que ter uma estrutura enxuta ecompartilhar os jobs com equipes de alto nível é o melhorcaminho a seguir. A rentabilidade é menor mas o esforço tam-bém, e ainda temos extrema segurança em relação a qualida-de dos produtos que estamos desenvolvendo”.

Além de avançar em negociações para projeto comPorto Alegre e o Distrito Federal, o Hubcriativo é responsávelpela Rede Freguesia do Poço. Trata-se de um coletivo que temcomo objetivo criar ambiente em que empreendedores emoradores de diversos bairros da Zona Norte do Recife –área nobre da capital pernambucana –, possam explorar acriatividade e a inovação e captar clientes novos para a cadeiacriativa local. Como exemplo, o cineasta pernambucano LeoFalcão, um dos sócios da produtora Scritoscope, especializa-da em textos, arte e roteiro.

Mas, talvez o investimento mais bem sucedido seja o

Encontro Internacional Pernambuco Criativo que depois dedois anos passa a ser LIT - Liga de Ideias Transformadoras(League of Ideas for Transformation), ganhando não apenasedições em outros estados, mas também conquistando umaplataforma digital que agregue e integre diversos agentes deeconomia criativa por todo o mundo. “Por causa disso esta-mos formatando a estratégia de nacionalização do eventoincluindo a mudança do nome. Temos uma importante parce-ria com o British Council e vamos circular pelo Brasil com oTreinamento Nesta em Empreendedorismo Criativo, parce-ria com um grupo inglês que é referência mundial. Estamospuxando a articulação da Rede Freguesia Poço que deveráarticular as empresas criativas dos bairros recifenses de CasaForte, Poço da Panela, Santana, Apipucos, Monteiro, Parna-mirim e um trecho de Casa Amarela. Nosso principal objetivoé promover a conexão entre essas empresas, para que geremmais negócios entre si, e divulgar essa rede para que se geremais negócios no Brasil e no mundo”, comenta Andrade.

E os negócios estão aflorando para o Hubcriativo,além da atuação politica e profissionalizante no

mercado. A empresa vem desenvolvendoalguns produtos com foco na inovação e na

integração dos diversos segmentos “Esta-mos trabalhando num aplicativo mobileque conectará diversos elementos criati-vos de Pernambuco a partir de um discoque será gravado tendo como base atemática do futebol. Artistas importantes

como Dj Dolores, que é diretor musical doprojeto, Karina Buhr, Siba e Jr. Black vão criar

músicas para temas como: A Bola, o Gol, o Juiz,a Torcida e Maria Chuteira, entre outras. Essas músi-

cas contarão a história de uma partida de futebol, da con-centração até a chuveirada após o apito final. As músicas for-marão o eixo central que conectará vídeos, fotos, figurinos,tudo isso inserido numa plataforma gamificada. Esse produtoserá um grande exemplo do potencial de conexão entre asdiversas cadeias produtivas criativas e o principal objetivo deleé emplacar no Brasil pelo menos um dos hits da copa, além dedivulgar e promover nossos produtos”, diz Edgar.

Edgar frisa que o formato de trabalho é bem simples eparte inicialmente da identificação das oportunidades e damontagem da equipe, que ainda conta com o expertise deprofissionais como produtora cultural e psicóloga BetitaValentim (sócia no Hubcriativo), pelo também produtor Rafa-el Cortes e pelo administrador Pedro Cavalcanti. Com odesenvolvimento de cada projeto em mãos, parte-se para oprocesso de venda.

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Você já pensou como seria a versão da música “Para-todos” de Chico Buarque se focada numa análise da trajetóriaprofissional? Hoje, os conceitos de profissão, trabalho, carrei-ra e mercado mudaram e talvez nem mesmo este ícone danossa MPB pudesse destrinchar quem faz o que no cenárioatual. Afinal, como explicar uma pessoa formada em relaçõespúblicas que administra um negócio na área de saúde, ou umexecutivo da área de marketing formado em direito. Apesarde leiga e absurda, esta é uma forma de motrar que o nossouniverso não é mais o mesmo, e tudo que conhecíamos atéagora está à mercê de algo novo. Novo de todas as formas,inclusive da forma de iniciar um negócio. Pesquisa realizadapela Endeavor em 2013 identificou que três em cada quatrobrasileiros (76%) prefeririam ter um negócio próprio a serfuncionário de uma empresa

A percepção do brasileiro em relação ao empreende-dor tem se modificado e empreender passa a ser visto comouma opção de carreira. “Estamos passando por uma mudançacultural. Entre os estudantes universitários é também bastan-te presente o interesse em empreender, 60% deles pensamem abrir uma empresa no futuro. No caso dos empreendi-mentos digitais, a queda no custo, principalmente de infraes-trutura para iniciar um novo negócio, reduziu as barreiras paraquem quer empreender, embora, continue sendo difícil cons-truir um negócio relevante”, ressalta Vítor Andrade, gestor deoperações do programa Start-up Brasil (PE).

O especialista acredita que é neste cenário queencontramos o boom das Startups, algo que ele acreditaserem mecanismos dinamizadores da economia na medidaem que buscam desenvolver modelos de negócio inovadorese com grande capacidade de crescimento. E tradicional-mente, ela representa um estado embrionário de algo maiorque é desenvolvido com poucos recursos. Mas que, ao con-quistar a maioridade, torna-se poderosa como observamosem algumas empresas já consolidadas neste cenário, líderesem seus segmentos, como Google, Yahoo, Ebay, Facebook,Twitter, Groupon e Cuponation, também consideradas star-tups.

Como podemos ver, uma infinidade de grupos digitaisjá se enquadraram nesta categoria e conquistaram uma trilhamaior no mercado global, nos últimos anos. “Para ser umaStartup, a empresa precisa ser muito nova, ou até em faseembrionária. Seu custo de desenvolvimento deve ser baixo,

CAPA

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“Como tudo é novo, a técnicaserá aprendida e desenvolvidainternamente, desde que vocêtenha pessoas sagazes na equipe”

Pedro Petti

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Novo conceito de empreendedorismoganha cada vez mais destaque nocenário nacional com a força joveme o novo conceito de inovação

NASCIDA PARAO SUCESSO

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seu objeto deve ser a inovação, e ela deve ser escalável, tercrescimento rápido. Não são apenas empresas de Internetque são Startups, a maioria é devido ao baixo custo de produ-ção. Por ter um baixo custo inicial envolvido, o fundador deuma Startup não está preocupado com estrutura física, ocomeço normalmente é seu próprio quarto. O melhor inves-timento é pegar pessoas boas. Nesse caso o perfil de umapessoa sagaz e trabalhadora, é mais importante que o conhe-cimento técnico, porque, como tudo é novo, a técnica seráaprendida e desenvolvida internamente, desde que vocêtenha pessoas sagazes na equipe”, comenta Pedro Petti, sócioda BTG Agência (RJ).

Este cenário engloba 2.278 novos empreendedoresno Brasil, dentro de um mercado que já estima atingir trêsbilhões de dólares em publicidade digital e crescimento de28% este ano. Isto porque a perspectiva é que 2013 seja oápice do desenvolvimento e obtenção de resultados por estesempreendimentos iniciantes. Uma grande força motriz doseu desempenho é o fomento dos governos federal e estadua-is, por exemplo, através de programas de inovação como oStart-up Brasil, programa lançado em novembro pelo Ministé-rio de Ciência e Tecnologia. Esta proposta, que está sendoconsiderada um divisor de águas, prevê contemplar 150 mode-los de negócios com uma verba de R$ 40 milhões, até R$ 200mil a cada empresa.

“Está surgindo no Brasil um ecossistema que apoianovas iniciativas empreendedoras, startups ou não: issoenvolve a educação para o empreendedorismo, um dos focos

do PAC-PME (Programa de Aceleração do Crescimento paraPequenas e Médias Empresas), o crescimento do número deincubadoras e aceleradoras de novas empresas e a oferta decapital empreendedor: capital semente, crowdfunding, capi-tal anjo, venture capital e outros, assim como ampliar emelhorar o acesso a formas de financiamento e capital decrescimento”, diz o presidente do Conselho de Criatividade eInovação da Fecomércio, Adolfo Melito (SP). Para ele, estenovo conceito de empreendedorismo é um fenômeno recen-te, apenas algumas décadas, mas que tem a perspectiva deinjetar mudanças e de acelerar processos de inovação.

UM NOVO COMEÇO – Apesar de presenciarmos seuboom agora, as startups estão ativas no cenário mundial enacional há duas décadas. Na verdade, ela é fruto da “bolha dainternet”, na década de 1990, um momento especulativomarcado pelo surgimento de empresas de tecnologia da infor-mação e de comunicação (TIC). “Esse nome foi cunhado debolha da internet, onde várias empresas 'ponto com' foramcriadas e vendidas a alto preço devido a essas grandes expec-tativas de crescimento, muitas deram certo e muitas outrasnão. Ou seja, startups também têm um risco explicito envolvi-do. Hoje em dia grandes empresas investem nesse tipo depequenas empresas para não se envolver diretamente com orisco de um novo negócio e as compram se o negócio dercerto. Outro tipo de empresa relacionada a isso são as spi-noffs, em geral são serviços especiais prestados por umaempresa de um setor que cresce tanto que se tornam umanova empresa. É muito comum se ter spinoffs de startup quederam certo”, diz Marcelino Granja, secretário de Ciência eTecnologia do Governo de Pernambuco.

Com o forte crescimento destes novos negócios nomercado internacional houve uma alta das bolsas internacio-nais, com uma grande especulação no índice da Nasdaq, abolsa eletrônica de Nova York, que chegou a cinco mil pontose, logo depois, despencou. Ao longo dos anos 2000, muitasdessas empresas, intituladas “ponto com” entraram em pro-cesso de venda, fusão, redução, falência ou desaparecimentopor conta disto.

Mas, na contramão desta situação, algumas prospera-ram e não só se mantiveram no mercado como atingiram sta-tus de gigantes como o Google e o eBay. “Gosto da junção dedefinições de dois empreendedores autores Steve Blank e

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“O desenvolvimento acelerado denovas tecnologias torna o início doprocesso de desenvolvimento denovos produtos e serviços cada vezmais fácil e barato.” Eiran Simis

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Eric Reis que revolucionaram a educação e a prática desse tipo'esquisito' de empresa. Eles afirmam que uma startup é umaorganização humana temporária em busca de um modelo denegócios repetível, escalável e lucrativo em um ambiente deextrema incerteza e não uma versão em miniatura de umagrande empresa. Importante frisar que startup é uma fase doempreendimento”, comenta o coordenador de Fomento aoEmpreendedorismo do Porto Digital, Eiran Simis (PE), emuma análise sobre este formato, que ressalta que este modelode empreendimento deixa de ser uma startup após a valida-ção do seu sucesso.

E com este formato de negócio novas possibilidadesse abrem para empresas que já atuam com muito sucesso emseus segmentos, mas buscam se diversificar no cenário corpo-rativo. “Os grandes grupos passaram a observar o movimentodas startups e rapidamente encontraram os meios para tirar omáximo de vantagem disso. É bom observar o que estasempresas estão fazendo para incorporar rapidamente estasideias, antes que atinjam sua maturidade e explodam no mer-cado (ou explodam o próprio mercado). Por meio de progra-mas de aceleração, de incentivos, de compartilhamento derecursos (técnicos, materiais, humanos, etc) atraem parapróximo delas as empresas ditas startups e, com isso, conse-guem uma oportunidade de capturar as oportunidades em

'primeira mão'”, destaca o presidente da Assespro-SP (Asso-ciação das Empresas de Tecnologia da Informação do Estadode São Paulo), Marcos Sakamoto, que afirma que esta é umaaposta com riscos aceitáveis em ambientes mais facilmentecontrolados.

Da mesma forma, detém um glamour bastante atra-ente no caso de sucesso, o que as torna chamarizes para atrairmais interesse e profissionais envolvidos. “Estamos falando denovíssimas formas de fazer negócio e, ao mesmo tempo, con-tribuir de alguma forma para uma sociedade melhor. Estamostambém incentivando nossos jovens a observar a sociedadedesde a universidade. Isso, de forma concreta, contribui parao desenvolvimento da economia, imprimindo um processovirtuoso. Estamos também aproximando significativamente aacademia da economia e dos problemas da sociedade, dandomaior efetividade ao processo educativo. Veremos muitacoisa interessante surgir das mentes criativas dos nossosjovens”, pontua o analista do Sebrae-PE, Péricles Negromon-te.

Por isto tudo, ele considera que estamos numa faseinteressante para inovar e para ampliar negócios, fugindo doconvencional e expandindo todos os mercados possíveis. Éuma nova forma de empreendedorismo em que algunspodem sobreviver ou não, dependendo de diversos fatores.“Empreender não é para qualquer pessoa que tenha essedesejo. É preciso reunir uma série de variáveis convergentespara isso”, ressalta. Em sua opinião, o modelo de negócioprecisa ser bastante arrojado, nestes casos, para alcançar osucesso, uma vez que não há uma entrada de recursos cons-tante e o formato das startups não é sustentável.

FAZENDO E ACONTECENDO - Uma análise importantea respeito deste formato de empreender mostra que todo otrabalho é centrado em algum foco, e se concentra sempreem proporcionar um produto útil para o consumidor, com umpropósito em longo prazo, qualidade, princípios e valoresespecíficos. “Há empreendedores que nascem da necessida-de, há aqueles que tentam um voo solo ao se aposentar e aque-les que nasceram em famílias empreendedoras. O quemudou? Os jovens que se tornam empreendedores já não seidentificam com os modelos de empresas tradicionais. O quefalta no Brasil? Mostrar que empreender é uma forma válidade dirigir o seu futuro e lembrar que os empregos para a vidatoda estão com os dias contados”, diz Adolfo Melito da Feco-mércio (SP).

E ainda há algo a se pensar. Afinal de contas, é a noto-riedade e a rapidez com que conquistam o público (comoaconteceu com o Facebook, ou Youtube ou o eBay, por exem-plo) que faz com que profissionais apostem cada vez maisneste novo conceito de empreendedorismo? “Em minha opi-

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Nathan de Vasconcelos Ribeiro,diretor-executivo da e-flows (SP)

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nião, o desenvolvimento acelerado de novas tecnologiastorna o início do processo de desenvolvimento de novos pro-dutos e serviços cada vez mais fácil e barato. Mas é importantealertar que ter sucesso continua sendo muito difícil, é quenormalmente os milhares de insucessos não frequentam osnoticiários e nem as salas de cinema do nosso bairro. E essanova geração já nasceu conectada e foi bombardeada comesses exemplos. A relação de trabalho, chefe, subordinado esalário não engaja essa geração, eles desejam realizar coisasque geram impacto na sociedade e serem recompensadospor isso, através da comercialização de novos produtos eserviços”, destaca Eiran Simis, do Porto Digital.

Com a perspectiva de sucesso e realização, as apostasdestes jovens empreendedores agregam os seus investimen-tos pessoais em um projeto de vida que, com o devido foco eplanejamento, pode concretizar tudo que fora sonhado. “Cre-io que há algumas características que devem ser perseguidas,é possível dizer ao profissional empreendedor que siga algu-mas orientações básicas, mas o sucesso vai depender - alémda capacidade, competência e diligência - de um fator sorteque não podemos mensurar. O fato de estar no lugar certo eno momento certo pode fazer toda a diferença. Já foi assim nopassado e não mudou hoje em dia. Talvez nos dias de hoje sejamais simples promover o encontro da demanda com a oferta,mas ainda assim haverá condições necessárias a serem preen-chidas que não serão suficientes para garantir o sucesso”,ressalta Sakamoto.

E é assim que muitos profissionais estão buscando suaforma de inovação no processo de trabalho, por meio de opor-tunidades mais criativas. E, aliando tudo isto com poucosrecursos, implementa-se uma forma orgânica de atuação, emque impera o fazer mais por menos. Menos recursos e infraes-trutura, menos investimentos e menos capital humano, mascom muita garra e criatividade. E neste boom configurou-seum cenário que possibilitou o desenvolvimento maior desteempreendedorismo com o progresso da tecnologia, o nasci-mento de instituições e agências de fomento, a aposta deinvestidores e a predisposição dos governos. Tudo isto injetouas mudanças necessárias no cenário empresarial e os meiosessenciais para desenvolvimento dos projetos. “A possibilida-de de concretizar ideias de forma rápida e barata é a revolu-ção. O reconhecimento do conhecimento como portador devalor é outra revolução. Ou seja, ser nerd não causa mais ver-gonha e sim orgulho, é outra forma de ver as coisas e as pesso-as. E podemos esperar muita coisa. De Bom, em Pernambu-co, por exemplo, podemos esperar um crescimento acelera-do do setor como consequência de todos esses novos investi-mentos e ferramentas que estão sendo ofertados pelo Gover-no do Estado de Pernambuco. De ruim, o que se pode esperaré que os usuários do setor não saibam aproveitar as oportuni-

dades. A dinâmica deste setor é rápida, ou seja, quem apenascorrer vai ficar parado, para andar é preciso correr muito”,segundo Marcelino Granja.

Naturalmente, todos os especialistas compreendema importância dos investimentos obtidos e a assistência deorganizações, que veem este tipo de negócio como algo pro-missor. Apostam-se as fichas para a concretização de empre-endimentos que, quando bem sucedidos, também vão impri-mir suas marcas de sucesso no mercado. “Hoje há incubado-ras para empresas de qualquer tamanho desde as microem-presas até embriões de microempresas (nascem geralmentecomo resultado de trabalhos de conclusão de cursos de gra-duação ou teses de mestrado). O poder público está investin-do em linhas de crédito para apoiar a inovação; as empresastêm linhas e programas para apoiar e, simultaneamente, moni-torar os movimentos das startups, além de um filão de cursosde especialização, administração, gestão que surgem para darmaior suporte ao empreendedor que deseja apostar nestetipo de movimento”, destaca Sakamoto da Assespro-SP.

NO MAR SEM FIM – Apesar de lançar mão da tecnologia, oconceito de startup não é focado apenas neste único universo.Muitos dos empreendimentos estão investindo nos maisdiversos segmentos. “A Abstartups (Associação Brasileira de

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André Medeiros, publicitário da Appnow | hot

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Startups) entende que startup é uma empresa de base tecno-lógica, com um modelo de negócios repetível e escalável, quepossui elementos de inovação e trabalha em condições deextrema incerteza. Nós, da appnow | hot applications, defen-demos a ideia de que qualquer pequena empresa em seu está-gio inicial, gerida à baixos custos, que desenvolva atividadesligadas à pesquisa e ao desenvolvimento de ideias inovadoras eque ofereça a possibilidade de rápida e consistente geração delucros, pode ser considerada uma startup”, diz o publicitárioAndré Medeiros, idealizador desta startup pioneira no agrestede Pernambuco, com o amigo e programador Gustavo Vila-rim, e que é incubada por uma aceleradora de Barcelona, aBcause Lab.

Especializada em tecnologia mobile, conta com umgrande sucesso, o app Temporada na Disney (TND), que pos-sibilita aos brasileiros escolher e reservar casas em Orlando.Uma ideia que tem ajudado turistas na trilha do sonho pelacidade encantada americana, com os expertises da designSabrina Campos e do programador Lucas De Carli. Mas, estaturma não para por aí e desenvolve três projetos encomenda-dos por novos clientes e outros três solicitados pela acelera-dora, além de dois próprios, em produção, a serem lançadosainda este ano.

Outra que navega na mesma vertente da prestaçãode serviço geral para o público é o Contra Criativos, criada hádois anos, por integrantes que compartilhavam experiência demais de 10 anos no mercado publicitário. “A verdade é que oContra é um núcleo de profissionais autônomos, criado parafazer da capacidade que dispomos de ter ideias, um ativo

importante na geração de negócios. Diante disso, a gentesempre tem vários projetos em andamento, já que faz parteda natureza e do modelo de negócio usar o que aprendemosda experiência na área de comunicação e marketing paragerar diferencial real para um negócio, a ponto de poder darideias para vários outros novos”, destaca Luiz Carlos Pontes(PB), diretor de criação e um dos idealizadores deste startupque trabalha atualmente o Rango.me (rango.me/reserva).

A proposta representa uma ferramenta de eCom-merce completa para restaurantes que já possuem o serviçode delivery, que permite a qualquer estabelecimento criar egerenciar uma página personalizada com o seu menu online ecomeçar a vender em alguns minutos. Tudo isto com direito ausar um endereço da web (URL) próprio, sem a necessidadede conhecimento algum em webdesign ou programação. Ecom o sucesso do negócio, apostam em outras possibilidadescom três outras startups, em áreas diferentes: o Brainstore(shop.brainstore.cc), DodoFunding (http://signup. dodofun-ding.com) e Logoblues (logoblu.es).

Com o objetivo de desenvolver conteúdos voltadospara o público infantil, a Mr Plot (desenvolvedora de produtosdigitais) também tem resultados animadores. Segundo o seusócio Felipe Almeida (PE), são mais de 80 mil downloads atra-vés da AppleStore e Google Play atingindo mais de 30 países ecom ranking de avaliação quase 100% em menos de doisanos. “A Mr Plot visa criar novas mídias relacionadas aos ansei-os dos pais, educadores, terapeutas ocupacionais e principal-mente do público infantil para se tornar referência através desoluções inovadoras. Começamos com desenvolvimento deaplicativos mobile: São mais de 10 apps do Bita nas lojas. Onosso novo projeto pode ser classificado como transmídia,pois nasce na plataforma de tablets e invade o segmento deaudiovisual, através de clipe animado musical com intenção deviralização pela internet (www.bitaeosanimais.com.br)”,comenta.

Ele ainda adianta que se pretende agora criar novosprodutos, a partir de conteúdos próprios, valorizando seuspersonagens e séries, em virtude da expansão dos negócios naárea de cine-vídeo-animação, jogos digitais e multimídia querevelam que o setor ainda reserva muitas oportunidades. “Osresultados iniciais são animadores e o desempenho bastanterelevante em termos nacionais. Temos cinco mil fãs no Face-book e no canal youtube tem mais de 60 mil views”.

Expansão acaba sendo uma grande meta de qualquerempreendimento embrionário, que pode com isto ampliarsua atuação. Este é o caso, inclusive, da e-flows, uma startupque desenvolveu o sistema Taximov. “Foi criada em julho de2011, com o objetivo de oferecer soluções que minimizem odesconforto causado pela falta de mobilidade em grandescentros urbanos. O serviço de táxi foi a primeira solução

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Felipe Almeida, da 4 Dimensão

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desenvolvida. Estudamos o mercado de táxi e percebemosque São Paulo tinha uma grande demanda por esses serviços.Porém, muitas das necessidades dos passageiros, como dis-ponibilidade, agilidade e atendimento personalizado, nãoeram adequadamente supridas. Apesar disso, nada de novoacontecia nesse mercado desde a década de 70, quando surgi-ram as rádio-táxis. Então, decidimos lançar o Taximov”, lem-bra Nathan de Vasconcelos Ribeiro, diretor-executivo da e-flows (SP).

A iniciativa utiliza táxis credenciados que transportamum smartphone com GPS, localiza um carro livre, logo que opassageiro solicita a corrida, mais próximo do endereço eenvia um convite para aquele em estiver em um raio de até5km. “Já temos mais de três mil passageiros cadastrados emais de 500 taxistas ativos na região metropolitana de SãoPaulo. Nosso próximo passo é expandir o atendimento doTaximov para outros centros urbanos, como o Rio de Janeiroe Recife”.

Partindo de uma demanda conhecida ou não, algumasstartups já carregam consigo o poder de crescimento, como éo caso do Nota Máxima que surgiu da identificação da dificul-dade dos alunos em estudar sozinhos em casa. “Cada vezmais, os alunos do ensino médio têm dificuldades de estudarsozinhos e de fazer o ‘dever de casa’. Com a evolução da soci-edade, as facilidades à informação que os adolescentes têm,gerou um ambiente de comodismo neles. Esse comodismofaz com o que os alunos ‘fujam’ quando desafiados. Por exem-plo, se encontram uma questão de matemática fora do ‘script’que eles estão acostumados, eles não tentam resolver a ques-tão, tirar a dúvida, eles preferem deixá-la em branco e esperaralguém resolver. Depois de resolvida, não repetem o aprendi-zado para consolidar o conhecimento”, menciona Bruno Cou-tinho, do Portal Nota Máxima (PE).

A proposta representa um suplemento ao estudo nasala de aula, chamado ensino híbrido, que divide todos osassuntos em aulas específicas e por disciplina, acompanhandoo cronograma de matérias do Enem e vestibulares. “Dessaforma, oferecemos uma videoaula de 20 a 30 minutos de revi-são teórica do assunto. Trabalhamos toda a teoria do assunto.Após, ele baixa um e-book com 10 questões selecionadaspelo professor, sendo três questões fáceis, quatro intermediá-rias e três difíceis. Após tentar resolver essas questões, o

aluno assiste as resoluções, através de videoaula com o pro-fessor, onde este vai abordar toda a teoria, dentro das ques-tões”, segundo Coutinho, que informa que o trabalho emeducação veio de um sentimento de poder universalizar edemocratizar o ensino de qualidade.

De um jeito ou de outro, todas essas startups trazemuma coisa em comum: a oportunidade de desenvolver algocom sua marca. “A vontade de empreender é algo muito pes-soal, existem aqueles que vão pela oportunidade, pela neces-sidade ou pela paixão de empreender. No meu caso foi pelaoportunidade e se tornou paixão. Mas empreender não traz aliberdade que muitos pensam, na realidade exige muito maiscomprometimento e responsabilidade. Você sempre terá umpatrão e quando você é o empreendedor o seu patrão é ocliente”, ressalta André Ferraz da Ubee (PE), um negóciopioneiro na América Latina, que oferece serviços ligados àtecnologia de localização indoor para smartphones e tablets.Ela foi desenvolvida a partir de uma plataforma voltada parapotencializar o mercado varejista com uma forma inovadorade adquirir novos consumidores, conhecer seus hábitos deconsumo e fidelizá-los. “Como somos uma startup e aindaestamos em busca de um modelo de negócios de sucesso, jánão somos mais desenvolvedores de aplicativos para com-pras. Hoje nos posicionamos como plataforma de localizaçãoindoor (que é como o GPS só que para ambientes fechados),onde vários aplicativos podem usar essa tecnologia e a partirdeles nós trazemos conteúdo relevante para o consumidor,como ofertas”, revela Ferraz.

Equipe do Portal Nota Máxima

“A vontade de empreender é algo muito pessoal, existem aqueles quevão pela oportunidade, pela necessidade ou pela paixão de empreender”

André Ferraz da Ubee (PE)

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Começou como uma distração. Depois de advogarpor anos, devido a questões de saúde, Flávia Sarmento teve aideia de procurar uma franquia para investir. No ano 2000, emum modesto centro comercial em Recife, a clínica Sr. Pé inau-gurou sua primeira unidade. Treze anos depois, expandiriasuas filiais para os três principais shoppings da cidade do Reci-fe: Shopping Recife, o Shopping Tacaruna e o Shopping Plaza.Hoje, a rede já conta com mais de trinta profissionais e no finaldeste ano expande sua atuação abrindo duas novas clínicas emJoão Pessoa e Maceió.

“A ideia de abrir a clínica surgiu quando fui acometida

de uma doença auto-imune e precisei fazer dois transplantesde córnea. E para passar o tempo abri a primeira clinica”,conta Flávia. Dois anos depois seria convidada para entrar noPlaza Shopping e, nos dois anos seguintes, no Shopping Recife.“O que era um mero passatempo virou um grande negócio”,comemora.

Atualmente as clínicas Sr. Pé oferecem serviços depodologia, manicure e pedicure, drenagem linfática, shiatsu,massagem expressa e o exclusivo tratamento de reflexologiapodal. São, ao total, 35 funcionários entre podólogas, calistas,manicures, fisioterapeutas dermato funcionais, entre outras

A VEZ DO CLIENTE

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Rede de podologia pernambucana está prestes a completar seuaniversário de quatorze anos expandindo os negóciospara Paraíba e Alagoas

SR. PÉ A PASSOS LARGOS

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“A ideia de abrir a clínicasurgiu quando fui acometidade uma doença auto- imunee precisei fazer doistransplantes de córnea.E para passar o tempoabri a primeira clínica”

Com franquias nos três principais shoppings do Recife, a Sr. Pé pretende expandir os negócios para outros estados

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especialistas. “Atualmente, o nosso carro chefe é o tratamen-to básico: corte de unhas, calos e calosidades, uma breve mas-sagem e hidratação profunda dos pés”, informa Flávia. Tudoisto, frisou, seguindo os padrões da Anvisa de esterilizaçãohospitalar.

A advogada fez o curso de podologia para melhorgerenciar as lojas e, já em 2005, foi convidada para lecionar nocurso de estética da faculdade Universo. Quando ainda nãoexistia o curso de podologia em Pernambuco, a própriaempresária trouxe profissionais do Senac do Rio de Janeiropara capacitar seus empregados.

Agora, Flávia conta com o apoio dos dois filhos - LuísHenrique Sarmento, mestre em fisioterapia, e GilbertoSarmento, recém formado em Direito – na admnistração daempresa. E é a própria família que planeja os investimentosem marketing e publicidade.

“As idéias partem da própria administração e a ÊxitoDesign é quem executa”, explica a podóloga. A Sr. Pé investemensalmente em propaganda, sempre focada em datas come-morativas, como Dia dos Namorados, Dia das Mães, Natal,entre outras datas, e anúncios divulgandoapenas os serviços.

“Anúncios de jornal, panfletos, inter-net e placas são os nossos principais focosatualmente”, revela. Dentre as ações de des-taque, a empresária criou uma promoçãofixa, válida de 2ª a 4ª feira, que oferece 20%de desconto para pagamento em espécie.Clientes com cartão fidelidade que chegaremao sétimo tratamento e aniversariantes domês são presenteados com meia hora demassagem nos pés.

Na internet, a clínica conta com umsistema de avaliações online chamadoSay2me, no qual o cliente pode enviar um“feedback” em tempo real dos serviços eatendimentos da rede Sr. Pé. Nas redes soci-ais, novamente, Flávia aposta na auto-suficiência. “Temos nossa página noFacebook e a atualização é feita pela própriaempresa. Não temos previsão de terceirizareste serviço”, explica.

Os interesses imediatos de expansãoda clínica, segundo Flávia, está voltado ape-nas para as regiões Norte e Nordeste nomomento. “Com a abertura dessas duasfiliais estamos investindo recursos na ordemde R$ 700 mil e esperamos um aumento defaturamento em torno de 40%”, projetou aempresária. As novas lojas, entretanto, ainda

estão em estudo de viabilidade e não têm o número exato defuncionários e data de inauguração definidas.

Quanto ao planejamento local, figura nas metas aampliação da estrutura física das unidades do Sr. Pé em Recife,a ser concluída até 2015. Mas não para por aí. Flávia planeja,também, abrir uma nova franquia: a Sr. Corpo. “Em setembroteremos uma grande novidade. Com modernas instalações einfra-estrutura diferenciada, vamos inaugurar em Boa Viagema primeira loja com a marca Sr. Corpo, que terá profissionaisespecializados e tratamentos exclusivos para o bem-estar docorpo”, conta.

A Sr. Corpo estará sob a coordenação do fisioterape-uta Luiz Tenório, e a abertura do novo espaço contará comum investimento estimado em R$ 100 mil. Prestes a comple-tar 14 anos de atuação no mercado pernambucano, a Sr. Pévem ganhando corpo e segue a passos firmes e largos comseus planos de expansão.

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A advogada Flávia Sarmento hoje gere os negócios ao lado dosfilhos, Luís Henrique Sarmento (foto), mestre em Fisioterapia,e Gilberto Sarmento

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DE OLHO NA CAMPANHA

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Está no ar a nova campanha da Del ValleKapo. Criada pela agência W+K, a campanha conta comum comercial de 30'', produzido pela Paranoid, que giraem torno do imaginário infantil e das histórias que as mãescontam para estimular os filhos a comer frutas. Para darvida a esse universo, um filme de animação mostra as aven-turas de uma uva náufraga contra um tubarão, feito deabacaxi, em alto mar. Além da animação, realizada pelaBanzai Studio, ofilme conta com uma sequencia em liveaction,dirigida por Vera Egito, no Parque do Ibirapuera,em São Paulo. Nele, uma família desfruta de um piqueni-que ao ar livre. Embora sejam processos distintos, as duasetapas foram integradas para que a transição entre osmundos imaginário (animação) e real (live action) fossenatural. Para isso, os diretores buscaram objetos dopiquenique que pudessem se transformar em outros ele-mentos na animação. Assim, a garrafa térmica virou umfarol; um conjunto de copos e um pote de plástico, umnavio; a toalha do piquenique, a areia da praia; as caram-bolas, as estrelas do mar etc.

UVA EM APUROS

Dermacyd dá mais um passo em seu trabalho deconscientização das mulheres sobre a importância do cui-dado com a região íntima. A marca acaba de lançar a cam-panha #DurmoSemCalcinha, com uma abordagem diver-tida para incentivar as mulheres a adotarem cuidados sim-ples como dormir sem calcinha e usar sabonete íntimo, quefazem diferença na saúde íntima. A novidade faz parte doMovimento pela Saúde Íntima da Mulher (SIM), lançadopela marca em 2012. A campanha, criada pela Publicis Bra-sil e AG2 Publicis Modem, começou com um buzz nasredes sociais, com celebridades como Fernanda PaesLeme, Fernanda Souza, Ana Maria Braga, Ticiane Pinheiro,Luciana Gimenez e Mônica Apor, postando a hashtag #Dur-moSemCalcinha, criando curiosidade em seus seguidores.Na sequência, outras celebridades repercutiram o assunto, que virou febre nomundo virtual. Depois de muito barulho, Dermacyd® revela, por meio de umvídeo manifesto com Ana Hickmann, que a novidade faz parte do MovimentoSIM. A campanha #DurmoSemCalcinha terá continuidade na página da marcano Facebook, com informações e Quizz para as mulheres testarem o conheci-mento sobre o assunto, identificarem o que é mito e o que é verdade, além dereceberem dicas de higiene íntima para ajudar no cotidiano agitado.

#DURMOSEMCALCINHA

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Como são absorvidas as mensagens publicitárias audi-ovisuais por quem não consegue ouvi-las? Foi isso que se per-guntou Liziane Felix enquanto ainda estava no terceiro perío-do da graduação em publicidade, cujas tentativas de respostavieram a culminar no seu trabalho de conclusão de curso: ACompreensão dos Surdos sobre os Filmes Publicitários.

A então estudante nas Faculdades Barros Melo (PE) játinha alguma intimidade com o assunto, pois havia feito umcurso básico de Libras (Língua de Sinais Brasileira) e sua irmã, àépoca, estava fazendo um curso de intérprete de sinais. “Eutinha o costume de dar mute na televisão. Certo dia, quandofiz isso, fiquei tentando ver se eu conseguia entender, daí pen-sei: será que os surdos conseguem?”, conta ela como surgiu omote para a pesquisa.

Liziane levou o tema para conversar com a professoraIzabela Domingues, que viria a ser sua orientadora no traba-lho, e ela deu todos os incentivos para que este fosse levadoadiante. Motivos não faltaram: com a inserção gradativamentemaior no mercado de trabalho, os deficientes auditivos conse-quentemente têm aumentado seu poder de compra, forman-do um grande público-alvo de consumidores em potencialpara as marcas. Mas estas estariam sabendo contemplá-los?

A publicitária utilizou como método de pesquisa aentrevista individual – temendo que o questionário em grupopudesse influenciar opiniões – e escolheu consultar apenassurdos com ensino superior, por terem uma maior vivência domercado de trabalho e serem consumidores com mais expe-riência e renda. Foram apresentados seis diferentes comercia-is para cada um dos entrevistados, divididos em duas categori-as: “sem recursos” e “com recursos”.

Na categoria “sem recursos” os filmes publicitáriospossuíam locução verbal e em off, com predominância de ima-gens. Já os “com recursos” dispunham de legenda ou Janela

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NÃO BASTA FALAR SÓPARA OS OUVIDOSTrabalho de conclusão de curso de Liziane Felix, para as FaculdadesBarros Melo, mostra que a maioria das marcas ainda ignora osdeficientes auditivos na hora de criar filmes publicitários

As marcas e agências precisam se aproximarmais do público deficiente auditivo e buscarconhecê-lo melhor para realizar informes inclusivos

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de Libras. Após a exposição de cada propaganda, aintérprete perguntava se o surdo havia ou não com-preendido a mensagem, além de pedir para que ele-gessem a melhor categoria e o recurso que lhes serviamelhor.

As respostas, segundo Liziane, não variarammuito “Todos preferiram e entenderam perfeitamen-te a categoria ‘com recursos’. Eles descreviam todo ocomercial da categoria ‘sem recursos’, mas não con-seguiam entender o objetivo principal do comercial, amensagem que a marca queria transmitir”, explicou.Quanto ao melhor recurso para facilitar a compreen-são, tanto a legenda quanto a Libras foram aprovadas.

A última pergunta, que questionava se os deficientesauditivos tendiam a valorizar mais uma marca que buscavainseri-los tornando seus VTs mais acessíveis teve a afirmativacomo resposta unânime. “Todos disseram que dariam aten-ção às marcas que procuravam incluí-los no público, tendo ocuidado fazê-los entender a mensagem transmitida no comer-cial”.

Liziane indicou campanhas da Vivo e da Prefeitura doRecife como bons exemplos de propagandas inclusivas. Ofilme da operadora de celulares, criado pela agência África,explora as formas de comunicação ao mostrar um casal ondea mulher se comunica com seu namorado surdo-mudo atra-vés de torpedos e da linguagem de sinais (confira o vídeo:http://migre.me/fnLr2).

“O da Vivo soube aproveitar a oportunidade e inclusi-ve usou um ator surdo pra fazer o comercial. Isso mostra quea Vivo conhece esse público e sabe o quão é importante paraeles a mensagem”, exemplificou. Já o filme da Prefeitura do

Recife se destacou por utilizar legendas – que apesar de rápi-das, segundo a pesquisadora –, foram bastante úteis para aabsorção da mensagem.

Outro comercial citado por Liziane foi o Embrace Life– “abrace a vida” –, criada pela Spy Films e usada pelo governobritânico para promover o uso do cinto de segurança. Apesarde não usar legenda ou Libras, é muda e predominantementeimagética (disponível no link: http://migre.me/fnLQA). “Nofinal, ao invés de ter locução em off, aparece o texto sobre omotivo do comercial”, justificou.

De acordo com a publicitária, as marcas e agênciasprecisam se aproximar mais do público deficiente auditivo ebuscar conhecê-lo melhor para realizar informes inclusivos.No entanto, também acredita na importância de uma legisla-ção específica que garanta a acessibilidade a tudo que é exibi-do na televisão. “A lei faria com que todas, e não apenas algu-mas marcas, bem como programas televisivos, possuíssemrecursos válidos para a compreensão do público com necessi-dades especiais”.

Para Liziane, este é um assunto de granderelevância porque o senso comum ainda traz muitasideias limitadas e estereotipadas do que é ser surdo.“Observa-se que não só as marcas, mas as própriaspessoas, boa parte delas, ainda recriminam uma pes-soa com limitação física, achando que ela é incapaz”,contestou após concluir a pesquisa. Em suas conside-rações finais, deixa claro: empresas, agências e a soci-edade como um todo só têm a ganhar ao se dar contaque não é só para os ouvidos que se fala.

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Propaganda muda difundida pelo governobritânico prova a máxima de que imagensvalem mais do que mil palavras

Vivo promoveu a inclusão aoutilizar ator surdo-mudo e narrar o

comercial através de torpedos

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WWW.PEQUENOGURU.COM.BR

WWW.BRAINSTORM9.COM.BR

NA WEB

Com o mote “crescimento profissional com equilí-brio pessoal”, o Pequeno Guru é um blog de reflexãosobre sucesso nos negócios e na vida. Criado e geridopelo marketeiro Sylvio Ribeiro, o site existe há trêsanos e já se aproxima da marca dos mil posts. Comenfoque em marketing e carreira, o Pequeno Gurutem como objetivo contribuir para a formação profis-sional e pessoal dos leitores, partindo do princípio deque uma vida pessoal equilibrada é essencial paracarreiras e negócios de sucesso.

Desde 2002 no ar, o Brainstorm9 é um veículo onlinebrasileiro independente que fala sobre criatividade einspiração, seja na publicidade, internet, negócios,social media ou comunicação digital em geral. Traz osgrandes trabalhos inspiradores do mercado digital ede entretenimento, nacional e internacional, além dadiscussão sobre processos criativos. Com conteúdoem texto, vídeo, áudio e social, é uma plataformamultimídia ideal para estudantes, profissionais eamantes da criatividade.

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FICHA TÉCNICA

PROTEÇÃO O ANO TODONo frio ou no calor, é preciso reservar umtempo para cuidar do rosto diariamente. Paraajudar homens e mulheres a limpar, tonificar ehidratar a pele adequadamente, a FarmáciaRoval de Manipulação relançou sua Linha deHigienização Facial Ultra Pure. Para divulgar anovidade as unidades estão ativadas comcartazes para exposição da linha e totensadesivados com as imagens da campanha. Afanpage da Farmácia Roval no Facebook(www.facebook.com/farmaciaroval) tambémestá fazendo a divulgação com uma série decards que apresentam cada produto da Linhade Higienização Facial Ultra Pure.

Agência: Cliente:Lunes Comunicação (PE)Farmácia Roval de Manipulação Atendi-mento: Catarina Souto e Camila DelmasPlanejamento: Diretor deJuliana BenbassatCriação: Criação:Rodrigo Maia CandidaRamos e Ana Carolina Costa

O MELHOR MBA DE PERNAMBUCOA escola de negócios Cedepe acaba de lançar sua novacampanha publicitária. Com o mote: O Melhor MBA dePernambuco, as peças são assinadas pela agência Makplan eo plano de mídia envolve TV, Rádio e outdoor. A campanhareforçou, através de depoimentos de ex-alunos do Cedepe,o conceito que a escola possui perante seu público,valorizando todos os seus diferenciais. A ação coincide como novo posicionamento da escola de negócios que agora faz

parte da Laureate Internacional Universities, considerada amaior rede mundial de ensino, com presença em 29 países.

Agência: Cliente: Atendimento:Makplan (PE) CedepeTuylla Costa Dodi TeixeiraDiretor de Planejamento:Diretor de Criação: João Henrique Souza Criação:Andreane Carvalho, Ramona Fabrício e João HenriqueSouza Nilce AlvesMídia: Direção de produção e RTVC:Sílvia Valença Cristovam FerraraAprovação:

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SABOR E EMOÇÃOUm sonho de ir até Paris e ainda levar um acompanhante,com a viagem de presente. Esse é o mote do concurso Sabor& Emoção, lançado em comemoração aos 15 anos da redede restaurantes Bonaparte. Para participar, é preciso criaruma história com os personagens da promoção no hotsite15anosbonaparte.com.br ou escrever a novelinha nosportas-talheres disponíveis nas lojas da marca. A ação irápremiar as melhores respostas enviadas ao concurso comcinco viagens a Paris com acompanhante e dez tablets.Presente em 12 estados do País, o Bonaparte investiu R$800 mil em produção e mídia na campanha, que tem alcance

nacional. A Morya Comunicação assina as peçaspublicitárias, veiculadas em rádios, TV, facebook e mídiadigital em elevadores.

Agência: Cliente:Morya Comunicação (BA/PE) GrupoBonaparte Ana Elizabeth dos Santos eAtendimento:Alessandra Pinto Mirella Maruza e CidaPlanejamento:Araújo Luciana FonsêcaDireção de Criação: Criação:Mila Cavalcanti, Poliana Moura e George Vinícius Mídia:Fred Teixeira e Guilherme Barbosa AntônioIlustração:Carlos Acioli

ANJO BOM DA BAHIARepresentada por 100 jovens católicos, as Obras Sociais deIrmã Dulce participaram da Jornada Mundial da Juventude,no Rio de Janeiro em Julho. E para marcar sua presença noevento e divulgar a história do Anjo Bom da Bahia, a agênciaIdeia 3 criou uma campanha completa e muito especial. Otrabalho desenvolvido pela agência destaca a imagem deIrmã Dulce e traz a marca “Juventude de Fé”, criadaespecialmente para a Jornada, acompanhada do conceito“Coragem, fé e bondade que permanecem vivas”. Sãopeças de outdoor, busdoor, spot para rádio, banner deinternet e anuncio de jornal que estão sendo veiculas porSalvador. Além disso, foram produzidos materiais para osjovens levarem para o evento, como camisa, botom, folder,faixa e banner.

Agência: Cliente:Ideia 3 (BA) Obras Sociais de IrmãDulce Renata SchubachDireção de Atendimento:Atendimento: DireçãoMayara Rezende e Julie Setentade Criação: Redação:Chico Salles Rodrigo CoresDireção de Arte: Direção de Mídia:André MascarenhasAna Maria Almeida Eva Figueiredo, Marcus GomesMídia:e Tarcila Ornelas Vilma Palma e JoséProdução Gráfica:Moitinho Renata Scavuzzi e Gladson AmaralRTVC: Artefinalista: Aprovação:Rogerio Souza Mariana Pimentel eLorena Seixas

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Já foi dada a largada para o IV Prêmio Pernambuco dePropaganda – PPP 2013, premiação do mercado publicitáriopromovida pelo Sindicato das Agências de Propagandas dePernambuco - Sinapro, com apoio da Associação Brasileira deAgências de Publicidade - Abap-PE, e dos principais veículosde comunicação do estado. A grande novidade fica por contade uma nova categoria - Prêmio Jovens Talentos, que é volta-do aos alunos regularmente matriculados nos cursos de Publi-cidade de Propaganda, das faculdades do Estado de Pernam-buco, e que estejam entre o 7º e 8º períodos. “O objetivo dacriação desse prêmio é de incentivar os estudantes universitá-rios do setor de publicidade e promoção a mostrarem seustalentos, bem como estimular o surgimento de novos profissi-onais”, afirma o presidente do Sinapro e criador do PPP, Anto-nio Carlos Vieira.

Ainda de acordo com Antonio Carlos Vieira, outranovidade do PPP 2013, é a formatação do júri. “Este ano opta-mos por regionalizar o corpo de jurados. Teremos profissio-nais de criação dos mercados publicitários de várias capitaisdo Nordeste, entre a Bahia e o Piauí. Também vão integrar ojúri, dois premiados criativos pernambucanos consagrados,que hoje atuam no mercado de São Paulo, além de jornalistas,professores e coordenadores de faculdades de publicidade epropaganda de Pernambuco”, afirma.

CATEGORIAS - Os criativos interessados em participar dapremiação podem se inscrever, até o dia 23 de agosto, nasseguintes categorias: Campanha TV e Cinema, Jornais, Revis-tas, Comerciais de Rádio, Outdoor, Busdoor, Midia Out-Of-

Home e Promoção. Após a efetuação da inscrição no site, asagências deverão imprimir uma ficha e finalizar com o paga-mento no Sinapro, no horário de 9h às 12h e de 14h às 17h.

Podem concorrer ao IV Prêmio Pernambuco de Pro-paganda, as publicidades criadas em Pernambuco, cuja veicu-lação tenha inicialmente ocorrido em qualquer cidade doBrasil no período de 1º de abril de 2012 a 30 de junho de 2013,para as peças e campanhas publicitárias; e de 1º de janeiro de2012 a 30 de junho de 2013, para as peças e ações promocio-nais. A premiação está dividida em três formatos, os troféusde Ouro, Prata e Bronze, o Hors Concours, que é o homena-geado do ano, e o Grand Prix, que será entregue à agência queobterá a pontuação mais alta ganhando, também, o direito deassinar a campanha publicitária do V Prêmio Pernambuco dePropaganda, em 2014.

CAMPANHA – Por ter conquistado o título de Agência doAno na edição do ano passado, a Arcos Comunicação ganhouo direito, segundo o regulamento da premiação, de criar acampanha de divulgação da nova edição do prêmio. Com omote: Criatividade funciona, a campanha é composta de fil-mes de 30 segundos para TV, anúncios para jornal, spot derádio, outdoor, cartazes, convites e certificados. As peçasexploram a criatividade como uma ferramenta indispensávelpara alcançar bons resultados no dia a dia. “A ideia é mostraratravés todo cotidiano das pessoas comuns, que usam solu-ções criativas para equacionar problemas”, explica CarlosRenato, diretor de Criação da Arcos.

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IV PRÊMIO PERNAMBUCODE PROPAGANDAPrêmio Jovens Talentos é a novidade a partir desta edição

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Além da típica concorrência por ,market shareultimamente as empresas tem entrado numa outra disputa: ado número de fãs nas páginas de redes sociais. Mas, afinal, terum número alto de fãs e seguidores é reflexo do sucesso dasua empresa? E, se sim, isso garante um bom resultado demarketing? A resposta para estas perguntas é não. E, por ummotivo muito simples: hoje é possível comprar seguidores.

A compra de fãs, amplamente divulgada com diversos"pacotes", além de expressar um número vazio, trata de umaquestão mais grave, ilegal: o roubo de senhas. Quem nunca viuposts como “veja quem visitou seu perfil”? Pois é, ao clicarnesse tipo de link, o usuário está caindo em uma dasartimanhas para capturar fãs sem sua permissão. Se nãobastasse o fato de ser ilegal, os pacotes oferecidos paraaumentar os “likes” trazem outra desvantagem: de uma horapara outra, quando o “contrato” termina, o númerodespenca, obrigando o dono da fan page a renovar o pacoteou comprar outro.

Para distinguir uma página bem trabalhada de outracujo sucesso é apenas aparente, além de posts frequentes ebem construídos visualmente, é preciso analisar ainteratividade, objetivo único quando o assunto é mídia social.Não é bem sucedida a página cujo número de "curtidas" ou"comentários" é inexistente ou beira o zero, típico de quemtem uma fan page com fãs comprados. Portanto, daqui surgeuma nova dúvida: como estimular a interatividade e ointeresse pela página da sua empresa?

O primeiro passo é ter a interatividade como foco.Muitos empresários, ainda impregnados com as mídias ditastradicionais (impressa, TV e rádio), decidem apenas por fazera marca "aparecer", sem realmente desejar criar um vínculo

duradouro e confiável com seu consumidor, abrindo, assim, ocanal de comunicação para ele. Ouvir o consumidoragradecendo aos elogios não é, verdadeiramente, atender ocliente.

A verdadeira interatividade inclui respeitar eresponder as queixas de forma transparente, esclarecendo asdúvidas especialmente nas mídias sociais, pois são o únicolugar para criar relacionamento com seu público alvo econhecê-lo verdadeiramente. Além disso, o bom trabalhodurante o atendimento a uma queixa será certamenteviralizado, tornando a preocupação e eficácia de sua empresaum dos motivos para que futuros consumidores criemsimpatia pelo seu produto.

Um funcionário ou uma agência especializada,dedicado a essa tarefa e comprometido com o objetivo de suaempresa é o segundo passo na construção de sua imagem nasmídias sociais. A partir daí, acompanhar e garantir que asdivulgações de banner no Facebook (anúncio ou postpatrocinado), por exemplo, seja feito de maneira a estimular a“curtida” e não para “comprar” um fã, desta forma fidelizandoo possível consumidor. Um fã “comprado” certamente irá“descurtir” a página assim que perceber que foi vítima decompra, ao contrário do fã que espontaneamente decidiuacompanhar as postagens de uma marca.

Apesar de trabalhosa, a presença criativa e positiva desua empresa nas mídias sociais é bastante simples: bom sensoe interesse genuíno acabarão por refletirem o sucesso da suamarca. Tendo isso, o resto depende apenas de um bomplanejamento estratégico de comunicação nessas redes. Valea pena o esforço.

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REDES SOCIAIS:

QUANTO MAISFÃS MELHOR?

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HISTÓRIAS DE UMILUSTRE ANÔNIMO

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O parceiro Eudes Silva, Rinaldo Mathias, o forrozeiroJosildo Sá e Idalmir em sessão de gravação

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O designer e artista plástico Sérgio Vasco tirou, nestefinal de semestre, uma folga do mercado publicitário pararealizar sua primeira exposição individual de quadros emMacau, na China. Ando pelo mundo prestando atenção emcores – nome da mostra, tirado de um verso da canção Esqua-dros, de Adriana Calcanhoto – foi apresentada na livraria Por-tuguesa, do dia 18 de maio ao dia 06 de junho, a convite daCasa do Brasil em Macau.

Os quadros apresentados por Vasco, todos feitos apartir de miçangas, retratam personalidades - Frida Kahlo,Barack Obama e Marylin Monroe entre elas – e animais icôni-cos do Brasil e da China, como a arara e o urso panda, respec-tivamente. O conceito da exposição surgiu espontaneamentegraças à curiosidade de Vasco pela obra de Frida Kahlo, ali-mentada após o artista plástico ter montado um estande paraa Fenearte, em Pernambuco, que homenageava o centenárioda pintora mexicana.

“Desde então, como havia feito uma grande pesquisasobre o trabalho dela, tinha vontade de fazer algo para mim.Foi então que do nada resolvi fazer o quadro de miçangas,para reaproveitar as que tinha guardadas em casa há tempos”,conta. O retrato de Carmem Miranda foi um presente paraum amigo, e a foto dos dois trabalhos bastaram para render oconvite a Macau.

Lá mesmo terminou a exposição, que, segundo suascontas, teve mais de 200 mil miçangas coladas no total. “EmMacau montei um atelier e dediquei o tempo exclusivamentea isso. Cheguei a ficar 12 horas colando miçangas em um sódia. Coisa de louco (risos)”, comentou. Foi a primeira vez,

segundo Vasco, que tentou se ver como um artista e não sócomo um designer.

“Nunca havia sido visto assim. Com exposição indivi-dual, entrevistas em Jornais, TV e até com convites para fazeroutras exposições. Mas mesmo lá, continuei com alguns tra-balhos de design aqui no Brasil. Continuo me vendo como umdiretor de Arte que faz arte também”, explicou. Vasco,enquanto cursava a graduação em Design, estudou na Escolade Belas Artes da UFPE no mesmo período e diz sempre terprocurado se aperfeiçoar em diversos cursos na área.

Por ter sido uma exposição exclusiva e internacional,Ando pelo mundo prestando atenção em cores é consideradapor Vasco sua maior realização profissional como artista plás-tico. “Os outros trabalhos sempre foram atrelados a outrosprojetos. Já fiz painel para o Balé Popular do Recife, Estandesna Fenearte, uma exposição de cartões vitrais e também par-ticipei de uma coletiva no Forte do Brun há alguns anos”, justi-fica.

Com exceção do quadro de Frida – que “foi e voltou(risos)” por pertencer à coleção pessoal de Vasco –, todos osdemais quadros foram vendidos. O designer e artista plásticofoi sondado no próprio coquetel de lançamento para levar aexposição para Portugal e pretende trazê-la também paraRecife e outras cidades do Brasil, com outros temas. Enquantosegue planejando, no entanto, ainda colhe os louros da mostraem Macau. “Essa semana recebi e-mail com fotos dos quadrosnas paredes de quem comprou. Foi muito bom sentir quedeixei algo do meu trabalho do outro lado do mundo”, con-cluiu.

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ALGO SEUDO OUTROLADO DOMUNDODesigner e diretor de arte conhecidodo mercado publicitáriopernambucano, Sérgio Vasco levousua primeira exposição individualcomo artista plástico para a China

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MÁQUINA: NIKON D700ABERTURA DE DIAFRAGMA: f/9ISO: 400

Durante muito tempo eu vive e trabalhei no Japão, ondeconsegui aprimorar uma paixão que já tinha aqui no Brasil, minha terranatal, a fotografia. Desde os tempos de filme, saia com minhas câmeraspara captar o cotidiano e as belas paisagens japonesas, além defotografar também esportes, o que eu mais gostava na época, 1991.

Essa foto eu fiz em Nara, uma das cidades mais antigas doJapão, pra onde eu sempre seguia quando queria fazer umas fotos denatureza, um lugar que me transmitia muita paz e concentração paraexercer meu hobby.

Ao chegar na cidade em uma bela manhã de outono, deparei-me com este monge fazendo a limpeza e preservando o local ondelogo os turistas iriam chegar, exemplo que deveria ser seguido aqui emnosso país

O COTIDIANONA TERRA DO SOLNASCENTE

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EU RECOMENDO

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MANOEL DE BARROS – POESIA COMPLETA, 493Páginas, Editora Leya (2010) – por Luciana NunesOlhar o mundo com outros olhos é coisa que inspira, seduz,fascina. Atentar para os detalhes do dia a dia faz com queampliemos nosso modo de pensar, de entender o queacontece ao nosso redor, de [vi]ver a vida de diversasmaneiras — no caso de Manoel, com a simplicidade e a levezade uma criança. O poeta tem quase 'cem anos de infância' enos encanta a cada linha. É ousado, singular, único. “Desfazero normal, há de ser uma norma”, palavras dele. E ele faz issocomo ninguém! A sua literatura é bela demais, canta umanatureza real que muitas vezes passa despercebida, e a leituraé deliciosa. Recomendadíssimo!

CONFESSO QUE VIVI, de Pablo Neruda, 413páginas, editora Bertrand Brasil. – Por Naide Nóbrega,Águila Comunicação (PE)Poucas pessoas podem fazer da sua autobiografia umaconfissão. Isso porque a real confissão traz em si umaverdade religiosa, um desbravamento sem medidas.Assim é o livro Confesso que vivi, obra de PabloNeruda, onde qualquer elogio torna-se redundante,pela força incontestável do autor, talento em cadaobra, cada poema e, como não seria diferente, nahistória sobre si mesmo. Como fã, sou suspeita. Visiteitodos os museus do mestre no Chile (em Santiago,Valparaíso e Isla Negra) e ao devorar o livro de 413páginas, voltei para esses lugares, seus pertences, paraas casas onde viveu em períodos chilenos, o amor porsuas mulheres, pelo humanismo, pela democracia epela vida. Enfim, sorvi e absorvi cada linha. Homempoeta, homem pol í t ico, “homem homem”,apaixonado e intenso. Simplesmente Neruda em todasas palavras: da primeira à última, que escreveu algunsdias antes da sua morte. Leitura recomendada para opúblico em geral e obrigatória para os fãs do poeta.