Revista SER

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EDITORIALA Revista Ser é uma iniciativa, interdenominacional, visionária e idealista por uma forma diferenciada de apresentar um pouco do pensamento e das iniciativas das igrejas evangélicas à sociedade. A Revista SER conta com três temas básicos: Solidariedade - queremos divulgar reportagens sobre todo o trabalho social e terapêutico das igrejas evangélicas da nossa região; Espiritual - queremos contar com o apoio dos Pastores da nossa região para escreverem matérias com o intuito de edificar os leitores irmãos e evangelizar os demais; Relacionamento - iremos abordar as relações humanas como um todo, seja em família ou em sociedade. Procuramos ao máximo demonstrar um cristianismo prático e simples, capaz de mudar pessoas e toda uma sociedade.

Não somos senhores da razão! Nosso objetivo, através dos artigos, ações e informações é estimular o livre pensar e trazer uma informação que gere paz, justiça e alegria na vida de nossos leitores e colaboradores.

As opiniões e pontos de vista expressos nas entrevistas e artigos presentes na revista são de responsabilidade única e exclusiva de seus interlocutores, sendo que adotamos uma postura neutra em relação à política e demais assuntos abordados pela revista.

Estamos abertos a contribuições de pastores, teólogos e profissionais de outras áreas que produzam artigos de qualidade para incrementar a revista e estimulamos a troca de ideias, opiniões e a democratização do conhecimento.

Gostaríamos de agradecer a Deus primeiramente, que plantou em nossos esse projeto. Ele tem sido nossa sustento, porto seguro e amigo nas horas mais difíceis. Também a cada pessoa que dedicou o seu conhecimento para escrever os artigos que compõe essa edição. E também a cada pastor, líder, familiares, amigos e empresários que apoiram este projeto.

Acredite nesta idéia. A nossa satisfação é a sua leitura!

Sinceramente,

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([SHGLHQWHDireção: Fredy Nascimento / André Luiz Mesquita

&RQVXOWRU�GH�0¯GLD� Adenor Machado (9935-9404)

Direção de Arte: André Mesquita

-XU¯GLFR: Carlos Guilherme de Castro (OAB/MG 116.573)

Fotografia:�+XJR�0DWRV��%DQFR�GH�,PDJHQV��depositphotos

7LUDJHP������Ö�,PSUHVV¥R� Gráfica 3Pinti

RESERVA DE ANÚNCIOS��5XD�-DYDUL�����Ö�/¯GLFH�8EHUO¤QGLD�0*��Ö���������������Ö�����������

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(VWDGR�/DLFR3RGHU�3RO¯WLFR�desatrelado da Religião

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Surgiu, em 2008, quando um grupo de voluntários pre-ocupado com a quantidade de crianças, adolescentes e jovens, evasão escolar, marginalização social, e, despro-vidos da capacidade e conhecimento adequados para inserção no mercado de trabalho, começou a oferecer à comunidade os cursos de alfabetização digital, alfabeti-zação de adultos, musicalização e artesanatos.

([SDQV¥R�GH�DWLYLGDGHV�H�HVSD©R�I¯VLFRCom a crescente procura pelos cursos, foi necessária a expansão não só das atividades, como também do es-paço físico, com o objetivo de buscar maior eficiência e legalidade. Em 18 de outubro de 2009, foi fundada a ONG ADVEM, cujo programa de atividades é intitula-do “Semeando Oportunidades”, com o compromisso de oferecer às comunidades um trabalho voluntário com qualidade.

7¯WXOR�GH�8WLOLGDGH�3¼EOLFD�0XQLFLSDOEm dezembro de 2010, a ADVEM recebeu o título de “utilidade pública municipal”, tendo em vista a relevân-cia dos trabalhos voluntários já prestados à comunidade.

)UXWR�GH�SHVTXLVDAtravés de uma pesquisa social promovida pela ADVEM, em janeiro de 2011, visando um levantamento das re-ais necessidades dos Bairros atendidos, ficou comprova-do que, por serem bairros mais distantes do centro da cidade, havia ali comunidades com alto índice de exclu-são social, destacando-se como problemas mais expres-sivos, a desagregação familiar, o difícil acesso à área de saúde, a baixa escolarização, a falta de oportunidades de emprego e pobreza, o que propicia às crianças e adoles-centes a evasão das escolas, e com isso o surgimento da oportunidade de se envolverem com a marginalida-de, tão presente naqueles bairros.

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(YHQWRV�VRFLDLVOs eventos realizados em 2011 tiveram como base o resultado da pesquisa social e foram iniciados com uma programação espe-cial para crianças e adolescentes, direcionada aos bairros atendidos pela ADVEM, com atividades culturais, lazer e alimentação. Em julho de 2011 a ADVEM realizou um evento voltado para seus alunos e familiares, com a presença do grupo de teatro Docmos, que apresentou uma peça direcionada para o fortalecimento da família.

(YHQWRV�%HQHILFHQWHVA ADVEM promove eventos para a arrecadação de recursos financeiros, como a “Feijoada Beneficente” que está se tornando apreciada por boa parte da sociedade, com participação crescente a cada evento.

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$OIDEHWL]D©¥R�'LJLWDO, FRP����DOXQRV: tem como objetivo capacitar crianças e adolescente para inclusão no mercado de trabalho. Este curso contempla conhecimentos básicos de informática.

$OIDEHWL]D©¥R�GH�$GXOWRV,�FRP����DOXQRV� visa resgatar a cidadania através do ensino da leitura e escrita básica.

&XUVR�GH�$UWHVDQDWR��FRP����DOXQDV��capacita as participantes e gera renda às mesmas através da confecção e venda dos produtos artesanais.

&XUVR�GH�,QLFLD©¥R�0XVLFDO�H�,QVWUXPHQWDO��FRP����DOXQRV��leva os participantes a resgatar a cidadania através da musicalização.

2�3URJUDPD�=$3e��Ì�9LUWXGHV�(PSUHHQGHGRUDV��FRP����DOXQRV��HP�GXDV�WXUPDV��tem como objetivo contribuir para que jovens e adolescentes desenvolvam uma visão mais empreendedora nos âmbitos pessoal, social e produtivo, adquirindo os instrumentos vitais para torná-la realidade. Este curso é resultado da parceria firmada entre a $'9(0 e o ,$0$5��,QVWLWXWR�$ODLU�0DUWLQV��

Também, em 2012, está sendo colocado em funcionamento o DWHQGLPHQWR�QD�£UHD�GH�VD¼GH, contando com ��FRQVXOWµULRV�RGRQWROµJLFRV�H�XP�RIWDOPROµJLFR��H�DWLYLGDGHV�HGXFDWLYDV�VREUH�PHGLFLQD�SUHYHQWLYD�

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$�$'9(0�«�XPD�LQVWLWXL©¥R�TXH�FRQWD�FRP�R�DSRLR�GD�,JUHMD�&ULVW¥�9LV¥R�0LVVLRQ£ULD� Sendo sustentada com recursos financeiros de contribuintes mensais e trabalho voluntário, por isso você que sente necessidade de ajudar ao próximo, entre em contato conosco e sejamos próspe-ros em cooperar para demonstrar o amor e a vontade de Deus, que Jesus Cristo, nosso Salvador tanto nos ensinou. “Porque de Deus somos cooperadores...” (1Coríntios 3.9)

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Av. Orlandina Ondina, 1353

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E-mail: [email protected]

Em agosto de 2011, a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil- ANABB, reconhecendo a importância do trabalho voluntário desenvolvido pela ADVEM, concedeu à Instituição o 5º lugar entre 131 projetos apresentados, com o prêmio “Betinho” pelo Projeto “Semeando Oportunidades”. Também vale destacar que em dezembro de 2011 a ADVEM foi contemplada pelo “Programa Voluntariado do Banco do Brasil – Apoio a projeto com recursos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA)”, com recursos financeiros para o “Projeto Semeando Oportunidades” .

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Essa mudança já redefine tudo o que é trabalhado pe-las escolas, principalmente no Ensino Médio, uma vez que os vastos conteúdos estão vertendo para um sa-ber menos enciclopédico e mais utilitarista, cobrando do candidato o pensar que relaciona as várias compe-tências adquiridas e o leva a exercitar habilidades que serão úteis também na vida acadêmica. Em contra-partida, a “decoreba” de fórmulas perde espaço, em-bora ainda falte muito para atingirmos um ponto ide-al nessa questão. Enfim, os candidatos puderam usar o resultado do Enem 2011 para se inscrever no Sistema de Seleção

95 instituições de ensino superior de 26 estados brasi-leiros (com exceção do Distrito Federal), por meio do

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sistema, ofereceram 108.552 vagas em 3.327 cursos. O minis-tério afirmou que o número de vagas foi 30% maior que na se-leção realizada em 2011.

aprovações: menos de 30% dos candidatos aprovados são de

curso com maior número de candidatos foi Direito/Noturno), apenas uma aluna da cidade foi aprovada. Ao todo tivemos mais de 57 mil candidatos para as 1.943 vagas em 82 cursos. Mudou? Muito. Para pior? Depende de quem pergunta. Está, sim, ampliada a seleção, ou seja, os aprovados virão de

-mos, os melhores superam muitos. Para os alunos competen-tes, penso que a exigência subiu e deve impor um grau de dedicação maior, mas as aprovações virão. E nada indica que haverá retrocesso neste caso, mesmo com a imprensa baten-do muito na logística do ENEM. Vale a pena prestar atenção à escolha dos cursos de 2ª op-

também conferir no site ZZZ�VLVX�PHF�JRY�EU as chamadas subsequentes. No mais, o que não muda é o perfil dos aprovados, de famílias com escolhas que sempre priorizaram a educação, participando da vida escolar dos filhos, valorizando a lei-tura (dando exemplo, lendo mesmo), mantendo conversas atualizadas sobre o Brasil e o mundo. Estas vão continu-ar colhendo os bons frutos de seu esforço, e fornecendo as mentes de que nosso país e nossa cidade precisam para continuar crescendo e, principalmente, glorificando a Deus!

Prof. Jean SilveiraDiretor Unidade UberlândiaSistema Batista Mineiro de Educação

+55 34 3236 2524 www.sistemabatista.com.br

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Procurei ordenar alguns pensamentos, palavras, e ex-periências a respeito dessa realidade corporativa, o desafio de sermos um, de levantarmos o testemunho do Eterno, de sermos uma resposta ao clamor do pró-prio Cristo que intercede em favor dos seus discípulos do presente e do futuro: “Não rogo somente por es-tes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra, a fim de que to-dos sejam um” (João 17:20-21). Mesmo escrevendo sobre unidade, não acredito que conseguiremos acabar com as todas as dissen-sões eclesiásticas, uma vez que, até mesmo na eterni-dade, Deus teve problemas com uma divisão catastró-fica, protagonizada por Satanás, que significa aquele que se opõe ou adversário. Desde então, Satanás é aquele que “fortalece a atitude de confronto e feroz-mente se opõe à idéia de cura e reconciliação. Seu outro nome “diabo”, está relacionado com caluniador, que significa mais do que “falar mal de outra pessoa”, mas aquele que coloca alguma coisa ou a si mesmo entre dois a fim de dividi-los”. Acredito que a tensão de pensamentos sempre existirá. Paulo afirma aos irmãos de Corinto, quan-do exorta sobre a mesa do Senhor, que até mesmo as cismas, divisões e heresias servem para desenvol-ver e manifestar a verdade de cada um de nós, que nem sempre é coerente com o que estamos falando (1 Coríntios 11). A tensão trará à luz aqueles que in-timamente e verdadeiramente zelam com o zelo de Deus, pela causa de Deus, relevando questões peri-féricas para fortalecer os valores essenciais do Evan-gelho, que deverá ser pregado como um testemunho em toda terra, como o sinal do fim (Mateus 24.14). Essa é a esperança que não confunde nem decepcio-na (Romanos 5).

$�QHFHVVLGDGH�GH�XPD�UHQRYD©¥R�GD�PHQWH Acredito que seja momento de desistirmos de muitas das nossas estratégias de unidade, aquela que buscamos por afinidade ou serviço, porque não era essa a dinâmica apostólica do primeiro século e na continuidade da história da igreja. O caminho pode ser começarmos pelo que somos em Deus ao invés do que podemos fazer juntos por Ele, começarmos pela realidade de pertencermos a um só Deus, um Cris-to, um Espírito e sermos um povo, um corpo, uma

casa Espiritual, que levantam uma bandeira, que é o amor, o oxigênio do Reino, que nos mantêm vivos

-cende a obra, a posição geográfica, as convenções e movimentos. Nos frustramos muitas vezes por não conse-guirmos mudar nossa realidade relacional, porque criamos expectativas equivocadas e não respeita-mos os devidos processos. Queremos começar pela unidade da fé, esperamos que as pessoas creiam no que cremos, como cremos, onde estamos, para que então possamos pensar em nos relacionar, mas segundo Efésios 4, devemos começar revendo nos-sa posição pessoal procurando andar de modo dig-no da vocação a que fomos chamados, com “toda” a humildade e mansidão, com longanimidade, su-portando-nos uns aos outros em amor, esforçando--nos diligentemente por preservar a unidade do Es-pírito pelo vínculo da paz. Sem essa pré-disposição pessoal de nos humilhar-mos, de desarmamento e não resistência, paciência e esforço para preservar a realidade espiritual que re-presentamos, não conseguiremos dar passos concre-tos para uma realidade corporativa saudável e vivifi-cante. Não se tratam de atos proféticos, mas ações proféticas (comunicam na terra uma realidade eter-na), práticas relevantes. A partir da nossa adesão a essa realidade, partilhamos de uma única esperança e vocação, que nos lança a uma realidade de aperfei-çoamento plural, visando o desempenho do serviço de todos os santos, para que alcancemos a verdadeira edificação do corpo de Cristo, de forma integrada, em sua totalidade e não apenas na localidade. Essa dinâmica possibilitará abraçarmos nosso ide-al, ou seja, “até que todos” cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à per-feita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro. Essa disposição pes-soal de humildade provará nossa maturidade. Acre-dito no diálogo e que seja possível que nossas linhas de pensamento possam convergir em Cristo, se com-pletem e cooperem de forma digna com a história da Igreja e não com nossa própria história. Trabalhamos por uma causa Coletiva para todos, e devemos ter como um dos nossos valores: “O que nos une é mais forte do que o que pode nos separar”. De-

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sejo ser um incômodo na mesma medida que tenho sido incomodado, e quem sabe sejamos empurra-dos da cômoda posição de doutores para aqueles que carecem da cura e vitalidade espiritual que se dá pela palavra e a vida do corpo. Deus é corporativo, e todas as coisas no céu e na terra convergem no Filho que se move através do seu corpo (Efésios 1:10). A autoridade espiritual que almejamos para um movimento relevante na cidade está no corporativo (Efésios 2). A igreja está se movendo em todo o tempo, em toda a cidade. A questão é que, enquanto for cada um por si e Deus por todos, continuaremos provando que não conse-guimos avançar sozinhos. Quando todos se volta-rem a Deus e tivermos humildade para pensarmos juntos, estaremos diante de nossas perspectivas, e o pioneirismo, o chamado para entrar e preparar um caminho se tornará mais claro do que nunca. Lem-bremos sempre que um Reino dividido não se esta-belece e se torna lugar desértico (Mateus12.25).

2�H[HUF¯FLR�GH�JXDUGDU�R�FRUD©¥R�H�D�PHQWH Você pode colocar dois copos diante de qual-quer pessoa, um contendo água barrenta e outro com água cristalina, as pessoas negarão a barren-ta e beberão a cristalina. Esse tem sido o proble-ma, porque as escrituras comparam a maldade da amargura com veneno, um copo de água cristalina pode ter veneno, uma figura para aquilo que ouvi-mos e deixamos contaminar nosso coração porque tem aparência de verdade e justiça (Tiago 3:8 | he-

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qual o diabo é o único que realmente vence”. Portanto, não percamos tempo, saúde emocional e vida espiritual projetando nossas decepções pesso-ais na vida das outras pessoas. Tenhamos coragem de assumir a responsabilidade pelas nossas ações ou omissões e tenhamos humildade e mansidão para recomeçarmos sempre que necessário. Lembremos do exemplo de Acabe e Jezabel (1 Reis21). Quan-do não conseguimos o que queremos, onde quere-mos e de quem queremos, corremos o risco de nos deixar ser consolados por Jezabel, que nos excita a usurpação de direitos, espiritualidade manipulado-ra (convocação de jejuns e votos pseudo-espirituais para dar aparência de verdade) e testemunho calu-niador que visa respaldar a nossa posição e autorida-de. Cuidemos com esse tipo de consolo e conselho, guardemos nossa mente e coração. Devemos abandonar de uma vez por todas, nos-sa posição altiva de julgamento como se pudésse-mos ocupar o lugar de Deus, e fazer separação do joio e do trigo. Precisamos evidenciar a realidade no novo nascimento, não conhecendo nem discernin-do pessoas pelas aparências, ou até mesmo erros do passado, mas pelo seu espírito (2 Coríntios 5.17 e se-guintes), deixarmos o partidarismo para pensarmos com imparcialidade e sermos agentes de edificação segundo o texto de Isaias 11.3: “Não julgará segun-do a vista dos seus olhos, nem responderá segundo o ouvir do seus ouvidos. Ele não vai julgar pelas apa-rências nem tomar decisões com base em rumores “ (Versão RC e A mensagem - Eugene H. Peterson).

1D�7HUUD�FRPR�QR�&«X� Acredito na seriedade desse princípio, primeiro porque não basta amarmos a obra de Deus, deve-mos entender que o que Ele faz é a expressão do que Ele É, o que Ele Faz (Reino como Ação de Deus)

-dade. Esse fator é determinante para que não en-tremos em ilegitimidade ministerial, fazendo algo a partir de outra essência e natureza. A oração inter-cessória de Jesus é: que eles sejam um como nós so-mos, para que o mundo creia (João 17). Cristo veio para trazer convergência e fazer com que nos mova-mos na terra a partir da realidade da eternidade, “na terra como no céu”.

breus 12:15). O veneno é capaz de destruir ou per-turbar as funções vitais de um organismo através de uma interpretação deturpada e maldosa, mas sem-pre com aparência cristalina. “As notícias do confli-to são comunicadas em sussurros como quando ou-vimos falar que um membro da família tem câncer. E se trata mesmo de um câncer – pois divisão é um sistema de vida maligno, um falso crescimento auto-rizado pela ira, pelo orgulho e pela ambição, em vez da mansidão e paciência de Cristo. É uma guerra na

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Deus, quando se move na terra, diz: “Façamos”, ou “desçamos” ou “quem há de ir por nós”, a forma dEle se mover acontece a partir da sua essência plu-ral. Trata-se de um princípio inegociável que deveria ser a base de todo nosso funcionamento. Enquan-to Cristo veio para estabelecer um Reino, Satanás na tentação mostra sua autoridade sobre os Reinos da Terra. Esse momento pode sinalizar duas realidades distintas. Estamos diante de um dilema, pois a ques-tão não está apenas no que estamos fazendo, mas para quem estamos fazendo, de acordo com a natu-reza de quem estamos fazendo. Para que Deus possa fazer o mundo ficar peque-no pra nós como igreja universal, global que vê es-piritualmente a partir de onde está assentada espi-ritualmente (influência que a governa), temos que parar de limitar a nossa visão de Reino ao nosso próprio mundo. O Reino é o Governo de Deus sobre o todo, tudo e todos, devemos procurar ver a par-tir desta perspectiva ampliada, corporativa, espiritu-al e eterna. O problema não está com o que esta-mos vendo, mas em acreditar que aquilo que vemos individualmente agora é tudo, que aquilo que esta-mos fazendo já é o cumprimento final, ao invés de entendermos que juntos podemos alcançar a men-te de Cristo, que nada mais é do que a consciência do Reino para vivermos o cumprimento progressivo e histórico daquilo que estamos vendo juntos. Temos que trabalhar por algo que seja maior do que nós mesmos, que vá além de nós e não dependa de nós para que tenha continuidade! Abençôo a todos que nesses últimos doze me influenciaram, sendo re-ferência na minha formação e desenvolvimento, assim como quero abençoar a todos que foram de alguma forma influenciados pelo nosso serviço, e desejo que possam ir além de onde temos ido, andem de modo digno de sua vocação e alcancem o prêmio da finaliza-ção da corrida, combatendo com lealdade a causa do Reino; tenham um bom combate.

2OKRV�DEHUWRV�SDUD�XPD�1RYD�5HDOLGDGH Refletindo sobre a experiência de Atos 9, penso que quando tivermos a visão de Cristo, cada um de nós perderá sua própria visão ministerial e depen-deremos uns dos outros para voltarmos a ver cla-ramente. Enquanto Paulo orava sobre a visão que o cegou, o corpo vivo de Cristo se movimentava para o ajudar a voltar a ver, a encontrar o seu caminho e o chamado de Deus para sua vida. Essa dinâmica é fantástica, de beleza imensurável. Com base nesses exemplos neo testamentários, oro para que “Ana-nias e Pedros” continuem se convertendo a Deus para que possam ser tocados os “Paulos e Cornélios” da várias cidades, homens idôneos que precisam de uma intervenção do corpo para serem ativados. Só é possível “ver” a igreja de forma corporativa a partir da palavra e do testemunho de Jesus. (Apo-calipse 1). A visão da localidade que não se dá a par-tir da visão da totalidade, da visão de Cristo, pode se tornar míope, limitada e distorcida. João só pôde ver a realidade da igreja em cada cidade depois que viu a Cristo, confirmando que na vida da igreja reconhe-cemos a expressão de Cristo na cidade.

Fraternalmente em CristoAnderson Bomfim

Anderson Bomfim natural do Estado de São Paulo, casado com Andréa Bomfim, pais da Giovanna e da Olívia Bomfim, residentes colaboradores de um presbitério local na cidade de Colomb/PR, Curitiba/PR e Piraquara/PR. Fundadores da Missão Mobilização e Co-fundadores do CEIFAR/MG (Centro integrado de Formação e aperfeiçoamento para a Restauração). Desde 1999 tem procurado servir mobilizando e aperfeiçoando os santos para a edificação e restauração da expressão da Igreja, através de escolas modulares, conferencias e discipulado, cooperando juntamente com uma rede ministerial chamada Basileia que tem atuado em várias localidades com esse mesmo propósito.

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-vras e atitudes; onde a esposa não respeita o marido, antes o trata com desprezo; onde os pais provocam os filhos à ira os tratando com constantes críticas e tendo predileção por um filho e onde os filhos desonram os pais e rejeitam seu ensino e cuidado, está doente. Pre-cisa de cura e restauração. Deus ama a família, pois a instituiu e não abre mão dela, pois esta deve ser um Oasis em meio ao calor e aridez do dia a dia. Para termos uma família saudável precisamos re-ver nossos conceitos, valores, prioridades e ter cora-gem de mudar, buscar em Deus sabedoria, poder para realinhar nossa vida aos princípios da Palavra de Deus. Devemos restabelecer no lar a prática do diálogo, rega-do de amor e compreensão. Precisamos, também, ser cautelosos nas críticas e pródigo nos elogios, investin-do mais e cobrando menos. Ter no coração a disposição para perdoar, a prudência de não guardar mágoas e a habilidade de cultivar relacionamentos saudáveis, bali-zados pela Palavra de Deus (Tg 1.19). Proteja sua família, seu ninho, colocando em lugares altos. Perigos constantes conspiram contra a harmonia familiar. Precisamos estar atentos às pessoas e filosofias que introduzimos no nosso convívio familiar e principal-mente estar atentos com os mares em que a família na-vega na internet. Quem ama cuida e protege. O lar é a trincheira onde travamos batalhas espiritu-ais para fazer de nossos filhos cidadãos conscientes de seu papel; homens e mulheres cheios do Espírito Santo e convictos do seu chamado para esse tempo. Para tal faz-se necessário ter tempo para ensiná-los, para orar por eles e com eles, para ouvi-los, para chorar e cele-brar com eles.

O lar é o lugar onde os cônjuges mesmo com vi-sões, perspectivas e desejos diferentes têm o compro-misso de não endurecer o coração um para o outro. Onde os dois estão comprometidos em manter a cha-ma do amor acessa, cultivando o hábito de orar juntos, de perdoar e pedir perdão sem transferir a culpa e sen-do maduros e proativos. Não desista nunca da sua família. “Há um caminho em meio a tempestade” (Na 1.3b).

Fraternalmente,3U��)UDQFLVFR,JUHMD�5DPR�)UXW¯IHUR

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Bem vindo ao museu da família! Neste museu você irá ver e saber acerca deste grupo que está à beira da extinção. Por volta do ano 2.270 d. C. foram vistas as últimas famílias compostas por pai, mãe e filhos. Um pouco antes desse período, quase não se via uma mãe ou um pai em casa cuidando dos filhos, do lar e da família. Eles foram trabalhar fora. Já no século XX, era costume o pai ser recebido pelos filhos em casa, após um dia de trabalho. Ele era o provedor do lar. Naquela época as crianças tinham um pai que morava com elas. Este pai convivia com os filhos diariamente e passeava com eles nos fins de semana. Nas apresentações da escola os filhos procuravam o olhar de seus maiores fãs: seus pais. E o aplauso deles era a garantia da felicidade! Os pais podiam corrigir o erro e disciplinar os filhos. Quando os filhos precisavam de colo tinham um de seus pais por perto para carregá-los a hora que quisessem. No dia das mães a família toda se reunia na casa da avó e a cama se enchia de presentes dos filhos, dos netos… Era difícil esperar até o dia dos pais para entregar ao papai o presente feito pelos próprios filhos: A camisa com sua mãozinha, o quadro pintado, o cartão com moldura de gravata... No tempo da vida em família, a melhor comida era a da mamãe. Era o papai quem ganhava no jogo de dama ou de bola. Quantas brincadeiras correndo soltas com os irmãos e primos! Esconde-esconde, casinha, queimada… Os brinquedos espalhados pela casa... Os risos, os choros... Fartura de vida. Casa cheia não só de gente, mas de amor e contentamento. Nas famílias haviam coisas que não cabem neste museu: abraços, beijos, lágrimas, risos, personalidades, cachorros, papagaios… Ah! Os jardins! Eles não poderiam faltar neste

museu! As casas tinham jardins. Deles as avós retiravam plantas para enfeitar ou para fazer chazinhos caseiros para os filhos e netos. Férias também se passavam em família. Na roça, na praia ou na casa dos parentes: estavam todos num feliz ajuntamento. Para eles, estar em família era o que fazia a vida valer a pena! Como se iniciou o processo de extinção das famílias? ... Bem, é uma longa história… Mas, lembre-se que, se você os deixar ir, talvez nunca mais os tenha de volta. Às vezes, nos ocupamos tanto com nossas próprias vidas, que não notamos que os deixamos ir… Outras vezes nos preocupamos tanto com quem está certo ou errado, que nos esquecemos do que é certo e do que é errado. Foi assim que as famílias começaram a desaparecer… Mas hoje temos este museu para visitá-las. Certa vez alguém falou sobre um ciclo de morte que estava se instalando nas famílias. E leu na Bíblia como seria a cura nos Salmos 128.1-6. “Feliz aquele que teme a Deus, o Senhor, e vive de acordo com a sua vontade!” Mas parece que não deram atenção suficiente... E as famílias foram se extinguindo... Nossa visita ao museu termina aqui, com o livro que foi publicado a cerca de dois séculos atrás, no ano de 2008 e falou sobre estes acontecimentos: “Ciclos de vida ou de morte, em qual deles sua família está?

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Alexandra Guerra

Graduada em Pedagogia pela UFMG; em Teologia pelo ICN e em Liderança no Instituto Haggai Brasil. Capacitadora da AECEP. Tem se dedicado, há mais de 10 anos, ao estudo e compreensão da educação e da infância. Suas palestras, livros e outros trabalhos têm despertado as pessoas para a importância das relações pais e filhos, para o crescimento espiritual, e para o significado verdadeiro do amor e da felicidade.

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Às vezes, não sabemos o que estamos celebran-do em uma festa religiosa, mas com certeza sa-bes o que iremos comer e beber! Com este sim-ples relato sobre a páscoa, quero te convidar a ir além de uma celebração ou de um simples consu-mismo. Quero te convidar a ter uma experiência de Pessach (significa passagem em Hebraico), a Pás-coa Judaica. Podemos considerar o judaísmo como o berço do cristianismo. Por isso é de extrema im-portância entendermos que páscoa é um momen-to de libertação, um momento de passagem do es-tado escravo para livre adorador. Para os hebreus (povo que seguia a Deus) sig-nificou o fim da escravidão da servidão no Egito. Deus levantou um homem, Moisés, para enfrentar o opressor de seu povo e conduzí-los para uma ter-ra prometida que emanaria leite e mel. Antes dessa magnífica libertação, Deus assolou o inimigo de seu povo com Dez pragas.

>��@��JXD� HP� VDQJXH� ��[�� ����������A primeira praga, a transformação do Nilo e de todas as águas do Egito em sangue. >��@�$�SUDJD�GDV�U¥V���[������������A rã era um ani-mal consagrado ao Sol, sendo considerada um em-blema de divina inspiração nas suas intumescências.

>��@�3LROKRV���[������������A praga dos piolhos foi particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio, tão escrupulosamente asseado e limpo.

>��@�0RVFDV���[������������As três primeiras pragas sofrem-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas por ocasião, protegeu Deus o seu povo (Ex 8.20-23). Este milagre seria, em parte, contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito. >��@�3HVWH�QR�JDGR� ��[������� Outra vez é feita uma distinção entre os egípcios e os seus cativos. O gado dos primeiros é inteiramente destruído, es-capando à mortandade o dos israelitas. >��@��OFHUDV�H�WXPRUHV���[�����������Moisés jogou o pó para o céu que deu um tumor ulceroso na pele de todos os animais e seguidores de Faraó, mas com o povo e os animais de Deus nada aconteceu. >��@�$�6DUDLYD���[������������pedras de gelo. >��@�3UDJD�GV�JDIDQKRWRV���[������������Outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os israeli-tas, mas sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra.>��@�7U¬V�GLDV�GH�HVFXULG¥R���[������������ Egito fi-cou nas trevas durante 3 dias, mas Israel ficou na luz. (Êx. 10:23) >��@�$�PRUWH�GRV�SULPRJ¬QLWRV���[��������� Todos os primeiros filhos dos egípicios e inclusive entre os animais foram mortos, mas entre os hebreus nada aconteceu. Foi esta a última e decisiva praga.

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crificado. Desta vez, o cordeiro sacrificado não sal-varia somente um povo, mas todos aqueles que Nele crêem - Jesus Cristo! “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pe-cado do mundo” (João, 1:29) O ato profético que os hebreus fizeram, fora concretizado em Jesus! Foi nesta páscoa que toda a humanidade, ganhou o privilégio e o poder de pas-sar do estado de criaturas de Deus para filhos do seu eterno amor! “Mas, a todos quantos o receberam [Jesus], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1.12). Nesta páscoa, exalte o cordeiro de Deus, Jesus Cristo, o aceitando como único Senhor e Salvador de sua vida! Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verda-de e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14.6) Na Graça do Pai,Fredy Nascimento

Fredy Nascimento

Fundador da Academia de Inteligência Humana e Organizacional e Diretor Comercial da Revista SER

Auto Posto ValorAv. João Naves de Ávila 4.555

34 3227 1001

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Direitos do

Quando for comprar seus ovos de páscoa fique atento para defeitos aparentes, pois existem regras quanto à troca desses produtos.

O SUD]R�GH�UHFODPD©¥R para produtos não durá-veis, como os ovos de páscoa, é de 30 dias conta-dos a partir da data de aquisição registrada na nota fiscal de compra do produto.

Para as WURFDV�GH�SURGXWRV�GHIHLWXRVRV, o fornece-dor pode não ser obrigado a trocar ovos quebrados, pois tal falha é visível na hora da compra.

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Porém, no FDVR�GH�GHVFXPSULPHQWR�GH�RIHUWD, ou seja, quando o produto não é aquilo que consta na embalagem, a troca da mercadoria ou o cancela-mento da compra é obrigatório, devendo ser reali-zado imediatamente.

Para o FDVR�GRV�EULQGHV�GHIHLWXRVRV, o fornecedor tem 30 dias para consertar a falha e, caso não seja solucionado neste prazo, você pode exigir a substi-tuição do produto, devolução do dinheiro ou abati-mento proporcional do valor.

Além disso, é importante verificar nestes produtos a presença do 6HOR�GR�,QPHWUR, e ainda as infor-mações obrigatórias como data de fabricação, com-ponentes, peso e data de validade.

1¥R�VH�HVTXH©D�GH�H[LJLU�VHPSUH�R�FRPSURYDQ�WH�ILVFDO�GH�VXD�FRPSUD, pois em caso de defeito a troca só será efetuada mediante apresentação do mesmo.

Em caso de dúvidas entre em contato com o forne-cedor através dos SAC’s e, caso não tenha seu pro-blema resolvido, procure o PROCON para que seus direitos sejam garantidos.

Carlos Junior Guilherme de Castro

Advogado

OAB/MG 116.573

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No propósito da unidade cristã, desenvolvem-se dife-rentes trabalhos para a proclamação do evangelho de Jesus Cristo, e a preservação do bom nome dos cris-tãos. A missão da unidade é um esforço dos filiados, por isso uma vez por semana o CONPAS se reúne para orar e compartilhar a Palavra de Deus. Das programações dedicadas aos cristãos na ci-dade, destacam-se duas: a 0DUFKD�3DUD� -HVXV, e o 5HVJDWH�8EHUO¤QGLD. São atos de unidade ricamente abençoados pela participação de milhares de membros das mais variadas denominações de igrejas evangéli-cas locais. Esses e outros eventos revelam a importância do esforço para a disseminação da palavra de Deus, são milhares de cristãos de todas as idades e níveis so-ciais, bem como autoridades civis e militares, que mar-cham pelas ruas alegremente, louvando e bendizendo o nome de Jesus Cristo. As programações se encerram com abençoados momentos de comunhão e adoração comunitária, com apresentação de bandas musicais, cantores e pregado-res. Para estes eventos, nos valemos dos feriados lo-cais e nacionais, onde toneladas de alimentos são arre-cadadas e distribuídas a instituições sociais da cidade. A existência deste conselho, desde 1988, mostra

unidade entre igrejas e pastores das diversas denomi-nações. Isso ultrapassa as limitações e cria novas opor-tunidades de integração e crescimento espiritual.

participam das reuniões, são convidados para as reuni-ões regulares que acontecem às terças-feiras, ou para os Cafés da Manhã que ocorrem mensalmente. Rogamos para que o Senhor faça destes dedicados líderes de igrejas locais, o instrumento do seu amor so-bre nossa cidade, a fim de que o Reino do amor de Deus se estabeleça sobre cada um de nós. Tributamos votos de virtude para toda a nova Mesa Diretora do CONPAS. “A unidade é um caminho pelo qual todos os cris-tãos devem andar”.

Fraternalmente,Pr. Edson Borges da Silva

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Pastor Edson Borges da Silva, natural de Ituiutaba/MG, casado com Maria Aparecida Moreschi, pais de Cristiane, Patrícia e Renata, presidente do CONPAS – Conselho de Pastores de Uberlândia – biênio 2012/13 e da Igreja Cristã Visão MIssionária de Uberlândia, onde tem implementado o Programa Desenvolvendo Vida e Missão fundamentado no Plano Desenvolvimento Natura da Igreja (DNI).

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Vamos pensar um pouco a respeito de perseverança e entender o que nos atra-palha ou nos prende e impede de perse-verar. Quando penso em perseverança a primeira pessoa que me ocorre, sem ti-tubear, é o Rei Davi, ou o pastor Davi, ou o músico Davi, ou o homem Davi e tam-bém o pecador Davi, caso queiram esco-lher uma de suas nuances.

-siona em Davi é sua perseverança na promessa de Deus, porque entre a unção de Samuel e Davi assumir o trono de Is-rael muita água passou debaixo da pon-te.... Ele foi de um extremo a outro, de preferido na corte de Saul e matador de gigantes a derrotado, perseguido, acua-do numa caverna. E Davi persistiu, não perdeu de vista a escolha divina, nunca deixou de acredi-tar no que Deus tinha para ele.... Oscilaram os cenários, oscilaram os sentimentos das pessoas, oscilaram o contexto, a única coisa que não oscilou foi a fé de Davi e a certeza de que Deus cumpriria seus propósitos, independente de oposições. A grande dificuldade de PERSEVERAR-MOS é que entre o sonho, o projeto, a promessa existe um caminho a ser per-corrido e é neste percurso que corremos o risco de perdemos a motivação, a tena-cidade, a vontade... O mais complicado não é o alvo, este Deus lhe dá, se é que ainda não deu, o mais complexo é acreditar na possibilida-de, acreditar na promessa e acreditar em

você mesmo. “O herói é aquele IMOVELMENTE cen-trado”, perseverar e saber para onde se está indo, independente das circunstân-cias, das mutações dos cenários, dos gi-gantes que levantam. Perseverar tem haver com manter os olhos fixos na meta, no objetivo, no sonho, na promessa. Desistir tem haver com manter os olhos nas pessoas, no contexto, nas dificuldades, nos comentá-rios, nas misérias e limitações humanas. Onde você tem fixado seus olhos? A resposta a esta pergunta determina em qual posição você estará num futuro pró-ximo, no time dos que alcançaram a “co-roa e o prêmio” ou no time dos que fica-ram no caminho... “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coi-sas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo”. Filipenses 3:13-14 Pense nisto!

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Andrea Vermont Rodrigues, esposa do Jorgenrique, mãe da Bia e do Tom, apaixonada por Jesus. Blog:

www.alimentadospelopai.

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Telma Foizer Oliveira

Durante é pastora na Comunidade Vida em Uberlândia, Psicóloga, Pós-graduanda em Terapia de Casal e Família e coordena o Projeto Social Escola da Vida.

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No artigo, dizia-se que os epidemiologistas tem bus-cado se aprofundar mais nas pesquisas que objeti-vam conhecer as características do ambiente, as ro-tinas e hábitos de alimentação que conduzem a vida saudável, do que propriamente apenas conhecer o vírus ou bactéria e as doenças que eles causam. Fica claro no texto que, mais que remediar doen-ças, é necessário previní-las, saber o que propicia o aparecimento delas e evitar. Ao ler o artigo deparei-me com a estranha refle-xão de que como pastoras somos também um pou-co epidemiologistas. Estamos constantemente nos deparando com as mais sangrentas e violentas epi-demias que assolam a alma humana: tristezas, de-pressões, temores, fobias, traições que tem causado tanta baixa-estima, afetos sem limites, homossexu-alismo. Tantas doenças, milhares de mortes, pessoas que passam pela vida caminhando como zumbis, mortos-vivos, que enterram seus sonhos e sua von-tade de viver. Fiquei pensando que nós, como mulheres e pas-toras, somos talvez as pessoas que possam, com mais facilidade, fazer um trabalho preventivo contra as epidemias almáticas. Como mulheres, temos uma antena a mais, não é verdade? Percebemos as vibrações da alma com mais rapidez devido a nossa sensibilidade abenço-ada pelo Pai. Também como mães, estamos mais próximas do contato direto com os seres humanos e temos a força da influência sobre nossos filhos. Es-tamos mais fortemente conectadas com os ambien-tes, pois acompanhamos nossos filhos em casa, na

escola e estamos inseridas no ambiente de trabalho secular e ministerial. Creio que Deus tem nos chamado nesta geração para, como mulheres-pastoras, assumir nossa pos-tura de epidemologistas. Precisamos absorver este chamado e vivê-lo todos os momentos. É preciso propiciar conhecimento das causas das doenças que afligem a alma para que as pessoas vivam mais e melhor. Podemos ensinar aos nossos filhos e ami-gas, que viver uma vida fora dos padrões da Palavra de Deus, desconsiderando seus princípios eternos, vai levar ao adoecimento da alma e as epidemias emocionais. É preciso fazer o trabalho de prevenção, e nós somos as pessoas certas para executá-lo. Para isso precisamos nos preparar e estar dispostas a en-sinar e repassar o que temos aprendido em Deus. Em tempos de epidemia, todos precisam se cui-dar. Vamos começar?

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Você sabia que uma em cada cinco mulheres bra-sileiras adultas está em risco de desenvolver doen-ças cardiovasculares e que os sintomas das doen-ças cardíacas nas mulheres podem ser diferentes dos sintomas nos homens? No Brasil, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres e ape-sar do alto risco, poucas mulheres visitam o cardio-logista regularmente Agora que você já sabe que as doenças cardio-vasculares são a principal causa de morte no Brasil, especialmente entre as mulheres, entenda o que é necessário para manter um coração saudável. Alguns fatores de risco para doenças cardio-vasculares não podem ser controlados, como sexo, idade e histórico familiar. Mas determinadas atitu-des podem fazer a diferença: manter um estilo de vida saudável e conversar com o seu médico sobre prevenção e opções de tratamentos. A chave para um coração saudável está em suas mãos. Faça uma avaliação médica. Em exa-mes de rotinas, o seu médico checa cuidadosa-mente as suas taxas, que incluem pressão arterial, níveis de colesterol e açúcar no sangue, peso, ín-dice de massa corporal, entre outros índices. Esses dados, mais informações do seu histórico familiar, de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas, podem indicar o risco de uma doença cardiovascu-lar. Conhecer as suas taxas e consultar um médico são a chave para um coração saudável.

)DWRUHV�GH�ULVFR (estes devem estar sempre sobre controle)Pressão arterial: deenor ou igual a 120/80 mmHg Colesterol total: abaixo de 200 mg/dL /'/��ÑFROHVHURO�UXLPÒ���abaixo de 100 mg/dL** +'/��ÑERP�FROHVWHUROÒ�: acima de 50 mg/dL 7ULJOLFHU¯GHRV: abaixo de 150 mg/dL *OLFRVH��+E$�F�: abaixo de 7% �QGLFH�GH�PDVVD�FRUSµUHD��,0&�: Divida o peso em Kg pela altura elevada ao quadrado e o resultado deve estar entre 18.5 e 24.9 kg/m2

&LUFXQIHU¬QFLD�DEGRPLQDO� menor/igual a 80 cm.

Cuide bem de sua saúde e lembre-se: Cuibe bem do seu corpo pois ele é templo do Espírito Santo.

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Rodrigo Penha de Almeida

Cardiologista

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Mais do que bandas, esperamos ministros, que realmen-te consigam servir ao Senhor compilando ingredientes fundamentais da adoração como um estilo de vida e não como um produto apenas. Neste cenário surge o Ministério JEREMIAS#29, em um momento que esperamos algo novo, afinal o ano de 2012 promete, com eventos para cristãos de grande público dos

vez na rota das ministrações dos nomes que hoje são re-conhecidos no país. Entre os grandes nomes previstos para este ano por aqui, estão Thalles Roberto, Damares, Fernanda Brum, Fernandinho, Régis Danese, Bruna Karla, Kléber Lucas, PG, Cirilo, Juliano Son, Discopraise e por aí vai (alguns a confir-mar ainda). O JEREMIAS#29 tem a estrutura de um dos ministérios que mais atuaram em 2010/2011, eles estiveram pre-sentes em todos os grandes eventos deste biênio, e na nova formação com o baixo do Hugo (Quadrangular), gui-tarras do Renato Régis (Sal da Terra), teclados do Nathan (Monte Sião) e bateria de Toniolli (EDIFICAR), eles conso-lidam uma das bandas gospel mais entrosadas da cena local e com uma postura interdenominacional, o acesso deles sempre foi facilitado às diversas denominações e grupos. Com o acréscimo do violão e da voz do Pr. Edison Ju-nior (EDIFICAR), figura conhecida dos eventos cristãos da

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região, organizador de grandes eventos como a

de mestre de cerimônias dos eventos (Regis Dane--

ração, Toque no Altar, Ipiranga e Discopraise entre outros), a banda então ganha um novo rumo em relação principalmente à visão espiritual, porque na concepção desse novo líder, uma banda precisa ser um ministério de serviço, a bem da verdade ela já liderava o ministério, antes só na espiritualidade, comunicação e administração. Todo mundo já conhece o Pr. Edison Junior como apresentador e organizador de eventos, além de ser o idealizador de projetos sociais e de juven-tude como o Edificando Vidas, Aumente o Volume da Sua FÉ e Solteiros para um Tempo. Todos acom-panhamos o estilo adorador dele, com mensagens contundentes, alguém capaz de exortar essa gera-ção com profundo amor, mas que surpresa vê-lo agora a frente de um projeto musical dessa enver-gadura. Durante essa entrevista, a banda nos revelou a preocupação em não perder o coração e o foco, que é adorar verdadeiramente, sei que esse discurso é generalizado, mas acompanhando o ensaio da ban-da e relembrando os trabalhos sociais e de evan-gelismo nos quais eles estão envolvidos, podemos dizer sim, que, mais do que uma nova banda gos-pel, eles têm um posicionamento respeitável, em relação a temas importantes da fé cristã na região, e pode ser essa uma grande oportunidade de dar uma resposta em favor do Reino, com relação a

-dia, com o Brasil e as nações. Perguntado sobre estilo, ouvimos a seguinte expressão: “adoração é o estilo, o rock é a conse-quência...”, se bem que eles tem um estilo defini-

do capaz de variar da melodia mais tocante, relem-brando hinos da Harpa Cristã com uma roupagem distinta, ao som que embala a geração dos que gostam de dançar na chuva ... rsrrsrs ... o bom e ve-lho rock/pop misturado com adoração profunda e espontânea. Sobre o nome, JEREMIAS#29, algo nos intrigou, porque o Pr. Edison Junior além de homem de Deus é um dos profissionais de marketing mais respei-tados na cidade e inicialmente o nome não soou como usual, porém depois de ler o capítulo 29 de Jeremias, entendemos a proposta e o porquê da escolha, bem como, que a proposta do ministério não é soar (como quem vende), mas ressoar (como quem transfere). Nomes assim, inclusive são uma tendência desde APC 16, Lucas 09, SL 150, Efésios VI e Jó 42 por exemplo, Jeremias 29 diz exatamen-te o que se espera de alguém que serve à Deus. Com tudo isso, agora é esperar e ver o que vem por aí, qual a produção espiritual deste ministério, que promete, um novo cd está chegando ainda em 2012 e eles estarão na abertura da DAMARES em 05 de maio, na Acrópole e se sua igreja ou evento quiser uma oportunidade com eles anote aí o con-tato dos servos: [email protected] ou 34 9991-4773, e não deixe de ler o capitulo 29 do livro profético de Jeremias, afinal de contas

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Trata-se de princípio da separação entre Igreja e Estado. A palavra laico é um adjetivo que significa uma atitude críti-ca e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas. Fazendo uma análise política, encontramos países lai-cos e não laicos, onde, naqueles, a religião não interfere di-retamente na política, como ocorre na maioria dos países ocidentais. De outro lado, há países não laicos, denomina-dos teocráticos, nos quais a religião exerce papel ativo na política, como é o caso do Irã e do Vaticano, dentre outros. O Brasil, desde o seu descobrimento, indiscutivelmen-te, recebeu influência da religião cristã, haja vista a cele-bração da primeira missa, logo após a chegada dos desco-bridores portugueses, mas foi somente com a outorga da Constituição Imperial de 1824, que primeiro se estabeleceu esta religião como sendo a oficial do império de D. Pedro II, época em que só se admitia a elegibilidade para o Con-gresso àquelas pessoas que professassem o catolicismo. Com efeito, as relações entre Estado e religião defini-das pela Constituição de 1824, a rigor, distanciam-se da simplicidade que a idéia de Estado confessional poderia su-gerir. O texto constitucional, nascido de um ato de outorga daquela Carta Política, ocultava uma forte polêmica trava-da no seio da Assembléia Constituinte brasileira a respeito de temas relacionados à religião, de modo que, sob a apa-rência de uma Constituição que privilegiava uma religião e apenas tolerava as demais, havia um quadro um pouco mais complexo: a Constituição Imperial era, ressalvadas as devidas proporções, restritiva em relação às religiões em geral. A religião privilegiada, embora instituída religião do Estado, não era uma religião nacional. Já na era Republicana, com o advento da Constituição de 1891, criou-se um modelo de total separação entre

as duas esferas, evidenciado nos seguintes aspectos: (a) um contexto de profundas mudanças institucionais, den-tre elas a nítida separação entre Estado e religião e, por-tanto, a revogação das relações estabelecidas entre essas esferas durante a monarquia; (b) uma série de dispositi-vos constitucionais que reforçavam essa mudança, afir-mando o laicismo do Estado e sua independência em re-lação à religião católica; (c) certas medidas de governo no sentido da laicização estatal. Evidentemente, as relações entre Estado e religião sofreram uma insofismável mudança com a Proclamação da República e a edição do Decreto 119-A, que abordava precisamente a questão da separação entre as duas ins-tituições, embora a mudança na regulação da faceta re-ligiosa, não estivesse necessariamente vinculada à mu-dança de regime político no Brasil. Isso significa dizer que, conquanto a República tenha trazido consigo a separação entre Estado e religião, a verdade é que o laicismo estatal e a liberdade religiosa têm uma história própria, desasso-ciada da trajetória da causa republicana. A doutrina constitucionalista refletia, de certo modo, toda a indefinição de um paradigma que marcava o lai-cismo e a liberdade religiosa e, por fim, a própria Repúbli-ca, apontando para direções distintas, e a indefinição re-publicana, aliada ao quadro político e social do período. Isso posto, em relação ao aspecto religioso, a Constitui-ção de 1891 apresentava, dentre várias outras, as seguin-

-belecer, subvencionar, ou embaraçar o exercício de cultos religiosos (art.11, n.2); b) vedava o alistamento eleitoral (aos pleitos federais e estaduais) dos religiosos de ordens monásticas, companhias, congregações, ou comunidades de qualquer denominação sujeitas a voto de obediência,

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regra ou estatuto, que importe renúncia da liberdade indi-vidual (art.70, n.4); c) assegurava a liberdade religiosa a todos os indivíduos e confissões, que poderiam exercer pú-blica e livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito co-mum (art.72, n.3); d) dispunha que a República reconhece-ria apenas o casamento civil, cuja celebração seria gratuita (art.72, n.4) etc. Por sua vez, a Constituição de 1934 estatuiu em seu Art. 113, item 5º, que “as assossiações religiosas adquiri-ram personalidade jurídica nos termos da lei civil”, cujos princípios básicos continuaram nas constituições posterio-res até a vigente, promulgada em 05 de outubro de 1988, que traz em seu preâmbulo a consagração do Estado De-mocrático de Direito e no art. 19, I, a vedação às pessoas jurídicas de direito público interno de estabelecer, subven-cionar, embaraçar o funcionamento ou manter cultos reli-giosos ou igrejas de quaisquer espécies, excetuando-se a colaboração quando houver interesse público. Nos últimos meses o Brasil tem utilizado o termo Esta-do Laico ante as insurgências contra a instituição de feria-dos para comemorações de datas religiosas, de monumen-tos públicos com tal conotação e contra o uso de símbolos religiosos em repartições públicas. Inclusive, a expressão “sob a proteção de Deus”, contida no preâmbulo da Cons-tituição Federal vem sendo alvo de questionamentos. Tal questíuncula se depreende de uma confusão entre o conceito de Estado Laico com o de Estado ateu, que con-siste no direito de não professar qualquer religião. Contudo, a Carta Magna não permite que se privilegie a não crença (ateísmo) em detrimento dos que crêem, exatamente por ser laica. O Estado respeita e protege os não crentes e os crentes de outros cultos. Não obstante, a despeito da idéia amplamente difun-dida de que o modelo brasileiro de laicismo foi estabele-cido pela Constituição de 1934, em resposta a um suposto radicalismo da Constituição Republicana de 1891, o fato é que um certo modelo de envolvimento entre Estado e reli-gião, cujos pontos-chave são vislumbrados na vida prática em exemplos como o ensino religioso em escolas públicas, os cemitérios públicos confiados à administração confes-

sional, os símbolos religiosos em repartições públicas, os feriados religiosos e a legação brasileira junto à Santa Sé, o modelo em questão foi adotado na prática e legitimado na teoria, ainda que sem base constitucional expressa, e aca-bou por definir um padrão de laicismo que perdura até os dias atuais. Por isso, o que se verifica é que, na prática, a República brasileira conheceu apenas um modelo de laicismo: é bem verdade que houve debates sobre o tema, e de uma for-ma que talvez não tenha se repetido ao longo da história do país, mas o que se impôs na realidade foi um modelo de cooperação e proximidade entre Estado e religião, com o previsível destaque à religião majoritária. Não significa dizer que há uma predileção natural a uma vertente confessional, mas sim que o Estado brasilei-ro, nos termos de sua vigente Constituição, deve dispen-sar tratamento igualitário a todas as crenças religiosas, in-clusive à não crença, pois não pode adotar nenhuma delas como sua religião oficial. Por outro lado, havendo necessidade de decidir quan-to ao favorecimento de uma determinada crença ou não crença, deve ser adotado o critério democrático da pre-ferência exprimida pela maioria do povo ou de seus re-presentantes, o que retira qualquer inconstitucionalidade quanto a instituição de um feriado, a construção de um monumento em logradouro público ou à referência a Deus, no preâmbulo da Carta Magna, haja vista a presunção da livre vontade popular, suscetível de modificação por outra crença religiosa.

José Luiz de Moura Faleiros

Magistrado e Professor Universitário

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