Revista SINFAC/RS 01

24

description

Revista Bimensal do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring do Estado do Rio Grande do Sul - Brasil

Transcript of Revista SINFAC/RS 01

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

03

nest

a ed

içãoreportagem especial

responsabilidade social

08

12

e mais:

O Fomento Mercantil ou Factoring, já está consolidado no mercado, e viabiliza o fornecimento de recursos financeiros e apoio técnico, principal-mente, para pequenas e médias empresas.

As empresas de Fomento Mercantil do Estado também estão engajadas nas questões sociais e tem sido uma das grandes responsáveis pela execução de importantes ações de Responsabilidade Social.

Palavra do Presidente .................................................................................................4

Perfil do Associado ............................................................................................................5

Em Foco ...............................................................................................................................................6

Legislação ................................................................................................................................. 15

Entrevista .......................................................................................................................................16

Artigo .....................................................................................................................................................18

Opinião ..............................................................................................................................................20

Agenda .............................................................................................................................................22

A Revista do SINFAC/RS é uma publicação do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring do Estado do Rio Grande do Sul

Rua Sport Club São José, 53 - conj. 302Fone: (51) 3341-3998 - Fax: (51) 3341-6857

CEP 91030-510 - Porto Alegre/RSwww.sinfacrs.com.br - [email protected]

DIRETORIAPresidente:

Olmar João PletschVice-Presidente:

Márcio Henrique Vincenti AguilarDiretor Administrativo: Olmiro Lautert Walendorff

Diretor Financeiro:Rodrigo Librelotto Westphalen

Diretor Financeiro Substituto:Letícia Hickmann Pletsch

Diretor de Relações do Trabalho:Jorge Luiz dos Santos Silveira

SUPLENTESCláudio de Leão Lemieszek

Álvaro Francisco Acosta LopezValdir Ferraz de Abreu

Maria Terezinha Deboni GrandoFernanda Borges Correa

Roberto de Lorenzi

DELEGADOS REPRESENTANTESTITULARES

Álvaro Francisco Acosta LopezOlmiro Lautert Walendorff

SUPLENTESOlmar João Pletsch

Cláudio de Leão Lemieszek

CONSELHO FISCALTITULARES

Norberto Pacheco de AntoniLuiz Gerson Almada

Jorge Alberto de Oliveira PachecoSUPLENTES

Tomaz Bento Cardoso FilhoEdson Klein

Sérgio Grisolia Walendorff

EDIÇÃO

Jeito de Comunicar, Comunicação Empresarial, Publicidade e Propaganda Ltda.Rua Dona Laura, 471 - cj. 201

Moinhos de Vento - Porto Alegre - RSFone/Fax: 51 3388 7674

www.jeitodecomunicar.com.brEditora-responsável:

Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS)Redação:

Ana Lúcia Medeiros (Reg. Prof. 11582/RS)Projeto Gráfico: Hélio de Souza

Capa: Bruna dos Anjos

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

pala

vra

do P

resi

dent

e04

O SINFAC/RS inicia o ano de 2008, apresentando com imensa

satisfação, a suas 145 empresas associadas, a publicação da sua

primeira revista, que deixará a categoria informada e atualizada

sobre os acontecimentos do setor. O novo periódico destaca em

sua reportagem especial, a contribuição das empresas de Fomen-

to Mercantil para o crescimento socioeconômico do país. Hoje, as

empresas de Factoring são responsáveis pela geração de novos

empregos, porque ao fomentar, o empresário tem mais rentabili-

dade e capital de giro, sem contar, que tem mais tempo disponível

para se dedicar à expansão dos seus negócios. Dados da ANFAC

informam que o segmento é responsável por 2,6% do Produto

Interno Bruto (PIB) do país, realizando em 2006, operações em

todo o mundo, na ordem de 1.134 trilhões de Euros, sendo que

as Américas respondem por 21% desse montante.

Também ouvimos o Desembargador da 15ª Câmara Cível do Tri-

bunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Otávio Augusto de Frei-

tas Barcellos, que fala sobre a relação do setor jurídico com as

empresas de Fomento Mercantil, destacando a importância das

organizações no cenário nacional, fomentando a economia brasi-

leira, e gerando milhares de empregos de forma direta e indireta

no país, na medida que fornece condições e capital de giro ao

empreendedor.

A Responsabilidade Social praticada pelas empresas de Factoring

atualmente, responde pela promoção e execução de importantes

projetos. Por que contribuir com o social está na filosofia de uma

empresa de Fomento. Prova da mobilização de nosso segmento,

citamos o trabalho desenvolvido por duas empresas de Fomento

de Novo Hamburgo, que estão fazendo a diferença, e contribuin-

do para uma sociedade mais justa e igualitária.

No Espaço Perfil, estamos apresentando uma de nossas associa-

das, a Alphatrade, empresa de Fomento Mercantil, de Porto Ale-

gre. A organização é uma das mais sofisticadas em tecnologia do

setor. Informamos em nossa revista, a agenda de cursos, eventos

e palestras para o ano de 2008, e uma entrevista com o Presiden-

te da Fecomércio/RS, Flávio Roberto Sabbadini, que fala sobre a

relação com os sindicatos, projetos da Federação para 2008 e

demais temas importantes para a categoria.

Desejamos a todos, uma boa leitura neste novo veículo de infor-

mação do setor de Fomento Mercantil!

Olmar João Pletsch

Presidente do SINFAC/RS

“As Factorings têm a função de ajudar no crescimento da empresa, porque estudam a sua

rentabilidade e a capacidade de operar.”

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

05

perfi

l

“Para nós o mais importante não é ser a maior empresa do mercado. Po-rém, temos a pretensão de ser a melhor na qualidade do serviço e no atendimen-to ao cliente” destaca o sócio-gerente da Alphatrade, Avelino de Freitas Neto. A empresa de Fomento Mercantil, locali-zada em Porto Alegre, tem como uma de suas filosofias, oferecer aos seus clientes um gerenciamento operacional de qua-lidade e o que existe de mais sofisticado em tecnologia. Os resultados não pode-riam ser melhores: agilidade e tecnolo-gia de ponta.

Fundada em 1997, a Alphatrade desde o seu início, sempre investiu na inovação tecnológica com avançados sistemas de comunicação para viabilizar as transações com os clientes. “O proces-so de operação e até a parte documental são feitas via sistema. Basicamente, não existe processo manual. Nós acreditamos que é uma das empresas que mais inves-tem em tecnologia. O relacionamento com o cliente é praticamente on-line”, aponta Freitas.

Não é só de máquinas e altas tecnologias, que uma empresa se consolida no mercado e conquista credibilidade. Outro fator importan-te é o investimento em profissionais qualificados e com perfil de mer-cado para compor uma equipe de colaboradores. “Nesses dez anos, a organização sempre agregou conhecimento e pessoas, investindo na qualificação dos colaboradores porque sabemos que a resposta não vem em curto prazo, mas no dia-a-dia do trabalho”, salienta Freitas.

A gerente do Departamento Comercial, Taísa Garcia Zogbi, complementa que a maioria dos colaboradores não precisa ser obriga-toriamente oriunda de instituições financeiras, e o principal ambiente de aprendizado do colaborador é o próprio ambiente de trabalho da organização. “O mais importante é sentir o interesse, a ambição e a vontade de crescer junto com a Alphatrade”. Para o gerente geral da empresa, Eduardo Lovato de Vargas “investimos em pessoas com ca-pacidade e conhecimento, sem os chamados vícios de mercado. Isso sempre foi um ponto positivo nas contratações que agregam conheci-mento e nível profissional”. A empresa tem uma gestão conjunta entre os executivos e os diretores para que todos participem das decisões da Factoring.

Qualificação profissionalPara que todos os 17 colaboradores mantenham-se qualifica-

dos, a empresa investe em profissionalização. Segundo Eduardo Lovato de Vargas, 80% dos principais executivos e também colaboradores par-ticipam de cursos e eventos voltados para o aprimoramento. “Isso nos proporciona, além do profissionalismo, a oportunidade de conhecer novos profissionais do mercado e trocar informações sobre temas do segmento”.

Manter uma linha de crescimento e uma qualificação ainda maior do serviço prestado é a meta da Alphatrade aponta Avelino de Freitas Neto. “O desafio é manter essa linha de ascensão conquistada ao lon-go desses dez anos. Temos clientes desde o início de nossas atividades e um baixíssimo ou quase nulo nível de demanda judicial em nossa carteira de clientes. Isso atesta a nossa preocupação com o res-peito às regras”. Crescer antes no mercado gaúcho, e de for-ma madura e profissional, para quem sabe avançar para outros estados do Brasil, complemen-ta o sócio da Alphatrade, Tiago Garcia de Freitas, filho do pro-prietário da Alphatrade.

Alphatrade aposta na tecnologia e no profissionalismo

“Temos clientes que operam conosco desde o

início das atividades da empresa.”

Avelino Freitas

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

em fo

co06

Relação do Judiciário

com as empresas de Fomento está em evolução

O exercício da atividade de Factoring no país encontra suporte

legal no segmento jurídico. Os juízes estão enfrentando o tema nos

tribunais com mais freqüência, resultado do crescimento da atividade

de Fomento Mercantil no cenário nacional, aponta o Vice-Presidente

do SINFAC/RS, Márcio Henrique Vincenti Aguilar. “Está ocorrendo uma

análise mais depurada dos institutos jurídicos aplicados ao setor de Fo-

mento Mercantil.” Para Aguilar esta postura mais atenta em relação ao

tema, deve-se a “identificação do setor e a separação das empresas

que praticam Factoring dentro de suas regras, daquelas que usurpam

o nome de Factoring, adotando práticas incompatíveis com o exercício

legal da atividade”.

O Vice-Presidente acredita que a relação do setor jurídico com

as empresas de Factoring está em fase de evolução. “Os juízes de-

monstram conhecimento sobre o tema, porém, o que falte talvez, seja

um conhecimento mais específico dos institutos que norteiam o setor,

em decorrência das constantes confusões com outros contratos comer-

ciais, em especial, com a atividade exercida pelo sistema financeiro

nacional”. Para ele, essas interpretações equivocadas “só serão cor-

rigidas com o enfrentamento do tema, através de debates, simpósios,

painéis, que envolvam os operadores de direito”.

Aguilar esclarece que a operação de Fomento Mercantil não

se compara e nem se assimila a uma atividade bancária. A Factoring

não precisa de autorização governamental específica para operar en-

quanto atividade empresarial. Não existe interferência ou autorização

do Banco Central. A empresa de Fomento não capta recursos da eco-

nomia popular, não empresta dinheiro e não cobra juros. Por isso é

preciso ter claro, “que a relação que foi posta em juízo trata-se de uma

relação de Fomento pura, ou seja, que respeita as normas e regras

“Os juízes demonstram

conhecimento sobre o tema, porém, o

que falte talvez seja um conhecimento

mais específico dos institutos que norteiam o setor,

em decorrência das constantes confusões com outros contratos

comerciais, em especial, com a

atividade exercida pelo sistema

financeiro nacional.”

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

07

em fo

co

Relação do Judiciário

que norteiam o instituto de Fomento

Mercantil”.

O Desembargador da 15ª

Câmara Cível do Tribunal de Justiça

do Rio Grande do Sul, Otávio Au-

gusto de Freitas Barcellos, destaca

que apesar do Fomento Mercantil

representar atividade econômica

relevante no cenário nacional, com capital de giro e experiência na

análise de riscos de negócio, tem sofrido com a jurisprudência dos

Tribunais de Justiça. “Ao tratar o instituto de Fomento Mercantil, não ra-

ras vezes, como se fosse contrato bancário, inclusive com limitação de

juros, quando não há previsão, nem possibilidade legal de cobrança

de juros na espécie, mas de comissão de prestação de serviço, o que

é muito diferente”.

O Desembargador destaca a importância do Fomento Mercantil

na geração de milhares de empregos no país, de forma direta e indi-

reta, na medida em que fornece condições ao empreendedor. Por isso,

Barcellos aponta que a melhor maneira para diminuir as dúvidas exis-

tentes entre juízes, promotores e advogados, em relação aos empre-

sários que atuam no Fomento é o conhecimento. “Isso deve ser feito,

através de constante publicidade institucional, séria e articulada, pois é

muito difícil alterar o pensamento arraigado ao longo de muitos anos,

com situações aonde o termo Factoring veio atrelado, em algum mo-

mento, em algo reprovável”. O Desembargador acredita que vai existir

uma mudança de ótica do Poder Judiciário em relação aos contratos

de Fomento Mercantil com a aprovação do Projeto de Lei que tramita

no Congresso Nacional para regularizar as empresas de Factoring.

Conheça as leis

As empresas de Factoring estão em expansão e contribuem de

forma significativa para o desenvolvimento socioeconômico do país.

O segmento está presente em mais de 50 países e contribui para a

sustentabilidade de pequenas e médias empresas. Então a sua impor-

tância para a economia nacional é imprescindível. Isso significa que o

domínio jurídico sobre o tema deve ser dominado.

Como os advogados e assessores jurídicos das empresas de

Factoring devem orientar os empresários de Factoring? Segundo Agui-

lar, a primeira orientação é a adoção do contrato sugerido pela Asso-

ciação Nacional das Sociedades de Fo-

mento Mercantil - ANFAC - e adequado,

no caso do Rio Grande do Sul, pelo SIN-

FAC/RS, cujo modelo está disponível no

Manual do Associado, no portal do sin-

dicato em www.sinfacrs.com.br. “Além de

orientar os clientes que sigam as regras

do jogo, pois quem inventa é inventor,

não operador de Fomento. Os proble-

mas mais freqüentes, que constatamos

no dia-a-dia, acontecem de invenções

praticadas por alguns operadores a re-

velia da orientação jurídica especializa-

da”, complementa.

O Vice-Presidente também destaca “a

importante visualização que o setor de

Fomento Mercantil tem dado à atividade

de Factoring, demonstrando a luta

constante pela aprovação do Projeto de

Lei para regulamentar o setor”.

Des. Otávio Augusto Barcellos

Márcio Henrique V. Aguilar Vice-Presidente do SINFAC/RS

“O segmento está presente em mais de 50 países e contribui

para a sustentabilidade de pequenas e médias

empresas.”

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

“O setor de Fomento Mercantil é extremamente importan-

te para a economia do país, porque representa um grande apoio

mercadológico, financeiro e de capital de giro”, defende o pre-

feito de Porto Alegre, José Fogaça e um dos maiores apoiadores

do segmento no país. O Fomento Mercantil, ou Factoring, já está

consolidado no mercado, e viabiliza o fornecimento de recursos fi-

nanceiros e apoio técnico, principalmente, para pequenas e médias

empresas. As vantagens de uma empresa que opera com uma Fac-

toring são inúmeras. A empresa fomentada tem assessoria imediata

na solução financeira dos seus negócios; dinheiro em caixa; o em-

presário conta com mais tempo e recursos para produzir e vender;

a experiência da análise de crédito das empresas de Factoring; o

empreendedor pode transformar vendas a prazo em vendas à vista;

e outras vantagens na assessoria administrativa e financeira, que

diminuem o endividamento, e possibilita maior competitividade no

mercado.

O Fomento Mercantil - Factoring é sem dúvida, fundamental

para o crescimento da economia brasileira, por proporcionar as

suas empresas fomentadas, estrutura sólida e capital de giro ágil

para gerenciar e desenvolver os seus negócios. O Factoring existe

no Brasil há 25 anos e contribui de forma relevante para o desen-

volvimento socioeconômico. Dados da Associação Nacional das

Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring (ANFAC) informam

que o segmento é responsável por 2,6% do Produto Interno Bruto

(PIB) do país. No ano de 2006, realizou operações em todo o mun-

do, na ordem de 1.134 trilhões de Euros. As Américas respondem

por 21% desse montante.

impulsiona o crescimento econômico e empresarial do país

08re

porta

gem

esp

ecia

l

FomentoMercantil

A atividade de Factoring contribui de forma relevante para o crescimento econômico e social do país. O Brasil conta com mais de 125 mil empresas atendidas

pela atividade de Fomento Mercantil,

que gera mais de 2 milhões de empregos.

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

“O Fomento Mercantil é responsável por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do

país. No ano de 2006, realizou operações em todo o mundo, na ordem de 1.134 trilhões de

Euros.”

O Presidente do SINFAC/RS, Ol-

mar Pletsch, aponta que o crescimento do

setor de Fomento Mercantil no Brasil está

estabilizado. Os empresários estão ge-

rando tributos e os recursos obtidos pelas

Factorings estão “sobrando, ao contrário

do Estado do Rio Grande do Sul, que

está com sérios problemas econômicos”.

De acordo com Pletsch, as empresas de

Factoring são responsáveis pela geração

de novos empregos no país, porque ao

fomentar, o empresário tem mais rentabi-

lidade e capital. “As Factorings têm feito

essa função de ajudar no crescimento da

empresa, porque estuda a sua rentabili-

dade e a capacidade de operar”.

O setor de Fomento apresentou

um crescimento muito elevado, algumas

vezes superior ao crescimento do próprio

país. As empresas de Factoring fomentam

a economia, geram renda, empregos e

divisas, destaca o Presidente dos Sindica-

tos das Sociedades de Fomento Mercantil

- Factoring (SINFAC/MS) de Mato Grosso

do Sul, Rubens Filinto da Silva. “O cres-

cimento impulsionado, principalmente,

pelas grandes Factorings, que através

da alavancagem bancária, redescon-

tos e Fundo de Investimento em Direitos

Creditórios (FIDIC’s), captaram recursos

e cresceram muito suas carteiras”. Por

outro lado, existe uma diminuição no nú-

mero de Factorings pequenas e médias

ativas no país, percebe Silva. “Essas em-

presas estão enfrentando sérios problemas de viabilidade econô-

mica, diante da queda nos fatores de compra, em decorrência da

concorrência dos bancos e das grandes Factorings, que utilizam de

ferramentas de planejamento tributário ou de mercado de capitais,

para tornarem-se mais competitivas”.

Silva acredita que o setor de Factoring sofrerá mudanças,

porque muitos empresários de Fomento estão buscando melhores

oportunidades e ganhos fora do setor de Factoring. “A alta carga

tributária, o risco de crédito e fraudes, e a concorrência verificada

no setor são as maiores dificuldades que as empresas do setor es-

tão enfrentando”. Para estimular o Fomento Mercantil no país, o

Presidente do Sindicato do Mato Grosso do Sul, aponta três formas:

redução de impostos, maiores opções de regimes tributários - lucro

presumido, por exemplo - e opções de captação de recursos.

O Presidente do Sindicato gaúcho, Olmar Pletsch, analisa

que não existe uma procura tão expressiva por empresas de Facto-

ring, porque as organizações se capitalizaram e as taxas oferecidas

pelas instituições financeiras são bastante significativas. Segundo

ele, “os bancos têm maior poder de fogo”, porém, não prestam à

mesma orientação que as Factorings disponibilizam.

“O setor de Fomento apresentou um crescimento muito elevado, algumas vezes superior ao crescimento do próprio país.”

Vantagens da empresa de Fomento

Para Pletsch os benefícios por optar por uma empresa de

Factoring é agilidade de decisão. “Normalmente fala-se com o pro-

prietário da Factoring. Nós examinamos o assunto e refinanciamos

09

repo

rtage

m e

spec

ial

FomentoMercantil

Presidente do SINFAC/RS - Olmar Pletsch

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

matéria-prima para os empresários”. O empresário de Fomen-

to fica com tempo disponível para se dedicar à expansão e ao

crescimento do seu negócio. De acordo com Pletsch, houve um

crescimento das empresas de Factoring, nos últimos dez anos,

das 85 empresas associadas ao SINFAC/RS, existem atualmen-

te 145. “Existe no mínimo cerca de 700 empresas do setor no

Rio Grande do Sul”, informa.

O Presidente do SINFAC/MS, Rubens Filinto da Silva,

complementa que uma empresa fomentada tem como vanta-

gens: além da agilidade, parceria, custo e a inexistência de

reciprocidade bancária. “Os bancos acabam vendendo uma

taxa, mas em razão das reciprocidades exigidas, como segu-

ros, consórcios, previdências, capitalizações, entre outros, o

custo do negócio fica muito maior, isso sem falar nas tarifas”.

Segundo Silva, a atividade fomenta por ano, em termos mun-

diais, mais de 1 trilhão de Euros.

Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas

é a falta de crédito, que pode resultar no fechamento de pe-

quenas e médias empresas. Para solucionar o problema dessas

organizações, o Fomento Mercantil pode operar com empre-

sas que têm dificuldades em obter crédito bancário. “Se não

fossem as Factorings, poderiam ter as suas portas fechadas,

colaboradores demitidos, paralisação de produção, queda na

renda, nos empregos e na arrecadação de impostos”, acres-

centa Silva. Para ele, o mercado de micros e pequenas tem

grande simpatia pelas empresas de Fomento Mercantil – Facto-

ring, por que muitas vezes, mesmo sem terem restrições, ainda

encontram dificuldades em obter crédito

no sistema financeiro. “As empresas de

Factoring trabalham na aquisição de re-

cebíveis e na prestação de serviços, com

capital próprio, sem captação de recursos

do público em geral, e naturalmente sem

colocar em risco a poupança pública”.

“Houve um crescimento das empresas de Factoring, nos últimos dez anos, das 85 empresas associadas ao SINFAC/RS,

existem atualmente 145.”

Projeto de Lei visa regulamentar

Factoring

O Prefeito da capital gaúcha, José

Fogaça, por ser um dos grandes incen-

tivadores do setor de Fomento Mercantil

brasileiro, apresentou durante sua gestão

como Senador, Projeto de Lei para regu-

lamentar as empresas de Factoring. “Nós

estamos criando uma série de padrões que

devem ser cumpridos para uma empresa

ser considerada de Factoring. Qualquer

empresa pode atualmente colocar uma

placa na frente do seu estabelecimento e

chamar de empresa de Factoring. Por isso

passei a assinar e apoiar essa lei”.

O Projeto de Lei (PL) apresentado

pelo ex-senador deu origem ao atual PL

nº 13/2007 que tramita favoravelmente

no Senado. De acordo com o PL, o Fac-

toring é uma atividade voltada para o Fo-

mento Mercantil, para a assistência téc-

nica, contábil e financeira de pequenas e

médias empresas, mediante contrato de,

no mínimo um ano, e tão somente uti-

lizando recursos próprios. O empresário

ou agente de Factoring não pode captar

10m

atér

ia d

e ca

pa

Prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

recursos no mercado financeiro. Isso não é apenas uma defor-

mação conceitual do que seja Factoring, mas é crime, é pratica

contrária à Lei Penal.

O ex-senador lamenta a dificuldade em regulamentar a ati-

vidade de Factoring no Brasil. Para Fogaça uma das razões pelas

quais apresentou o Projeto de Lei foi fazer com que o Fomento

Mercantil tenha uma relação regular e permanente com a em-

presa, dando apoio e suporte sob vários ângulos. “Não apenas o

apoio financeiro, o mercadológico, inclusive da escolha dos forne-

cedores e apoio à comercialização”, pontua.

O Presidente do SINFAC/MS, Rubens Filinto da Silva, infor-

ma inclusive, a importância das empresas de Fomento Mercantil,

para a reestruturação de grandes empresas nacionalmente conhe-

cidas, que puderam através do apoio do setor de Fomento, se

recuperar, como foi o caso da Bombril, da Brinquedos Estrela, da

Toalhas Teka, da Palitos Gina, além de outras empresas de grande

porte. “Temos hoje no Brasil mais de 125 mil empresas atendidas

pela atividade de Fomento Mercantil, que geram direta e indireta-

mente mais de 2 milhões de empregos”, relata.

“Qualquer empresa pode atualmente colocar uma placa na frente do seu estabelecimento e chamar de empresa

de Factoring. Por isso passei a assinar e apoiar essa lei.”

Qualificação dos profissionais do Fomento

Mercantil

Quem atua na área de Fomento Mercantil precisa

se atualizar e apostar na profissionalização da empresa e

de seus colaboradores. Para aproximar as suas 145 em-

presas associadas e ajudar na qualificação do setor, o SINFAC/RS

tem promovidos cursos e eventos regionais. Os temas visam escla-

recer os associados e os colaboradores sobre temas, que fazem

parte do dia a dia das organizações, que vão desde matemática

financeira, legislação, fiscal/tributário, operacional, tecnologia

para empresas de Fomento, entre outros. “A nossa capacidade é

40 participantes e sempre têm pessoas que ficam para o próximo

curso, já que a procura tem sido muito expressiva”, relata o Presi-

dente do SINFAC/RS, Olmar Pletsch.

Para este ano de 2008, o Sindicato prevê novos cursos e

eventos que incluirão reuniões-almoço e seminários para tratar

11

mat

éria

de

capasobre economia, política, saúde e respon-

sabilidade social, além de outros temas

do setor. Um convênio com o Sistema Fe-

comércio/RS está sendo formalizado para

promover cursos gratuitos como informá-

tica, relacionamento com os clientes e ge-

renciamento de negócios.

No dias 11 de abril, será promo-

vido o 1º Encontro Gaúcho de Fomento

Mercantil, em Bento Gonçalves, que visa

discutir temas técnicos, como Gestão de

Risco para Empresa de Fomento, Avalia-

ção do Contrato de Fomento Mercantil,

Avaliação Econômica Atual, dentre ou-

tros. “Esperamos a presença de 80% de

nossas associadas”, diz o Presidente.

O SINFAC/RS promove em parce-

ria com a Faculdade dos Imigrantes, de

Caxias do Sul, o MBA em Gestão de Ne-

gócios de Fomento Mercantil. As aulas se-

rão ministradas em março, nas dependên-

cias do Hotel Plaza São Rafael, em Porto

Alegre. As inscrições podem ser feitas

pelo endereço eletrônico www.portalfai.

com. “O MBA tem docentes gabaritados

no assunto, com a presença de alguns

empresários que falarão da atividade na

prática”, relata Pletsch.

Presidente do SINFAC/MS - Rubens Filinto da Silva

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

12re

spon

sabi

lidad

e so

cial

Empresas de Factoring são destaques em

Ações Sociais

As palavras da Presidente da Associação On Line, Re-

jane Cury, refletem a proposta da Factoring socialmente res-

ponsável, On Line Sociedade de Fomento Mercantil, de Novo

Hamburgo, apoiadora da Associação na implantação de seus

projetos. As empresas de Fomento Mercantil do Rio Grande do

Sul também estão engajadas nas questões sociais e tem sido

uma das grandes responsáveis pela execução de importantes

ações de Responsabilidade Social.

O Presidente da empresa de Fomento, Everton Cury ex-

plica que os projetos sociais criados pela Associação On Line,

que é uma organização não governamental, são gerenciados

pela On Line Sports, que atua como gestora e idealizadora dos

programas sociais. Segundo Rejane, que também é diretora

da On Line Sports, para gerenciar um projeto social tem que

ter dois focos importantes: atingir o maior número de pessoas

e ter o menor custo de trabalho possível, mas com qualidade

para ser executado.

As ações e atividades mostram que o trabalho e a res-

ponsabilidade com o social estão na filosofia de uma empresa

de Fomento. Como as atividades são gerenciadas pela On Line

Sports, o nome já diz tudo, não é mesmo? É na prática do

esporte que a empresa faz a diferença e coloca em prática a

Responsabilidade Social. A entidade promove o Projeto Social

“Natação para Todos”, que atende 150 crianças e adolescen-

tes, de sete a 14 anos, da rede pública municipal e estadual de

O trabalho e a responsabilidade com o social estão na filosofia de uma empresa de Fomento Mercantil

“A empresa de Fomento, como grande

parceira, pode estar um pouco além da

sua função primária de negociação dentro

de uma economia de mercado, e gerar

alguma participação em ações comunitárias

e projetos sociais que administra”.

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

13

resp

oins

abilid

ade

soci

al

Ações Sociais

Novo Hamburgo. As aulas acontecem na Tubarão Escola de Na-

tação e Hidroginástica e recebe o apoio da Fundação de Esporte

e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs). “As crianças se sentem

valorizadas, elas querem somente uma oportunidade e respondem

de forma muito positiva”, destaca Rejane.

O projeto conta ainda com uma pré-equipe, composta de

15 crianças que já estão dando os seus primeiros passos, ou me-

lhor, suas primeiras nadadas como futuros atletas. O treinamento

acontece duas vezes por semana. O resultado dos treinos já ren-

deu as primeiras medalhas exibidas no peito dos jovens nadadores.

Rejane conta que a equipe participou da competição

dos não-federados, promovido pela Federação Gaú-

cha de Esporte Aquático. “Este tipo de competição são

para nadadores que ainda não estão em competições

oficiais e a alegria deles em ter conquistado a sua pri-

meira medalha foi emocionante”.

Por falar em atletas, existe uma equipe de qua-

se 50 nadadores profissionais, dos nove aos 48 anos,

que treinam seis vezes por semana. A equipe conquis-

tou este ano, o primeiro lugar no Circuito Mercosul

de Travessias, entre 119 equipes; campeã Estadual do

Interior, em Caxias do Sul; finalista do Campeonato

Brasileiro de Piscina, entre outros prêmios já conquis-

tados. A equipe oficial de atletas tem como um dos apoiadores, o

Colégio Marista Pio XII, que cede o seu parque aquático para trei-

namento. A equipe tem um bicampeão mundial de Duatlo (corrida

e bicicleta), Jonas Araújo, vencedor do

Mundial de Duatlo, em 2006 no Cana-

dá; campeão na Hungria, em 2007, e

concorre este ano na Alemanha.

Para este ano, será implantado

o Projeto Mini-Vôlei nas escolas munici-

pais de Novo Hamburgo, onde as crian-

ças no turno inverso das aulas terão

iniciação ao esporte e ao vôlei. A On

Line Sports, especializada em marketing

esportivo, gerencia além dos projetos

sociais, a academia On Line Fitness, a

loja de artigos esportivos On Line Sport

Shop e o Ginásio de Esportes, todos lo-

calizados no mesmo complexo. O Presi-

dente da empresa de Fomento, Everton

Cury, informa que a organização trouxe

a Copa América de Voleibol, em 2005

“As crianças se sentem valorizadas, elas querem somente

uma oportunidade e respondem de forma

muito positiva.”

Rejane Cury

Crianças do projeto “Natação para todos”

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

14re

spon

sabi

lidad

e so

cial

e a Seleção Brasileira de Novos, que participou em Caxias do Sul, Três

Coroas e São Leopoldo, de cinco amistosos com a seleção espanhola.

Mãos Amigas: solidariedade e participação

A Cirinvest de Fomento Mercantil, de Novo Hamburgo, também

investe no social desde que iniciou as suas atividades. O Presidente da

empresa, Cirio Paulo Faller Júnior, sempre colaborou com a faculdade de

seus colaboradores e, em contrapartida, todos tinham que participar de

algum trabalho social. A partir dessa iniciativa surgiu em 2003, a Asso-

ciação Mãos Amigas, criada pelos funcionários do grupo Cirinvest, que

atende principalmente crianças carentes de zero a seis anos e idosos.

“A exigência do Cirio foi uma forma de sermos mais participativos.

Temos noção dos problemas sociais e assumimos um compromisso na

sociedade”, relata o Presidente da Associação, Luiz Prestes. “O Presidente

foi o maior incentivador, a Associação foi criada nos ensinamentos dele”,

complementa o Vice-Presidente Jorge Junior. A entidade é composta de

38 funcionários da empresa de Fomento.

A Associação Mãos Amigas atende todos os anos, o Lar de Idosos

São Vicente; o Lar Cecrife – uma casa de passagem para a mãe solteira;

e a Casa de Passagem Anjos da Guarda, com crianças em situação de

vulnerabilidade social. Além dessas entidades, a organização participa

da Campanha Escolar, com doações de material básico de escolas para

crianças carentes da Região do Vale dos Sinos. “Nós somos uma peque-

na gotinha no meio desse oceano de necessidades. Se cada um ajudar,

grande parte dos problemas será solucionada”, aponta Prestes.

As empresas de Fomento

praticam Responsabilidade Social e

o SINFAC/RS também. O Sindicato

ajuda financeiramente o Centro de

Educação Infantil Santa Catarina, no

bairro Sarandi; o Centro Infantil Lu-

picínio Rodrigues, que presta atendi-

mento a crianças da Vila Lupicínio

Rodrigues; as Aldeias Infantis S.O.S./

Porto Alegre; a ViaVida Pró-Doações

e Transplantes; e o Lar Santo Antônio

dos Excepcionais.

“Nós somos uma pequena gotinha no meio desse oceano de necessidades. Se cada um ajudar, grande

parte dos problemas será solucionada.”

Grupo de funcionários da Associação Mãos Amigas

Luiz Prestes

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

legi

slaç

ão

Direitode regresso

e o entendimento do Judiciário*

Exemplo disso é a brilhante e recente sentença proferida

no processo nº 10600105377, da 3ª Vara Cível de Novo

Hamburgo, onde assim reconheceu a Juíza:

”Na situação dos autos, em momento algum a autora

provou que seus representantes não tinham ciência das cláusu-

las pactuadas e das regras que tratam dos contratos de Facto-

ring, e muito menos tenha ocorrido qualquer vício de vontade.

Referente à cláusula de recompra, também não vislum-

bro abusividade, pois prevista contratualmente. A propósito,

destaco a seguinte ementa:

“Factoring – RECOMPRA DE TÍTULOS – ADMISSIBILIDA-

DE – Inexistindo norma legal impeditiva, não descaracteriza a

operação de “Factoring” a recompra de títulos, quando avença-

da contratualmente. Mantida a natureza da operação, torna-se

inviável a revisão para expurgar juros excessivos, eis que ine-

xistentes. Apelo improvido”. (TJRS – AC 197200199 – RS – 12ª

C.Cív. – Rel. Des. Ulderico Ceccato – J. 25.06.1998).”

Esta é apenas uma das diversas sentenças proferidas

onde o Juiz, levado pela clara demonstração da realidade do

caso concreto, e de como funciona o contrato de Fomento

Mercantil, julga favorável ao direito de regresso.

Concluímos que o Judiciário não é contrário ao Fomen-

to Mercantil. Estão os julgadores efetivamente atentos aos de-

talhes do processo, cabendo a empresa de Fomento Mercantil

demonstrar no processo a realidade dos fatos e a legalidade

da contratação.

O direito de regresso conti-nua sendo um tema polêmico nos

julgamentos de processos envol-vendo o Fomento Mercantil,

embora amparado pela legisla-ção (Art. 17 da Lei 7.357/85

– Lei do Cheque, e Art. 25, Lei 5.474/68, Lei das duplicatas).

Na prática, vários são os julga-dos, inclusive de Primeiro Grau que, atentos ao setor, e mesmo as manifestações das partes no pro-cesso, entendem pela liberdade de

contratar o direito de regresso.

* Por Alexandre Fuchs das NevesConsultor Jurídico do SINFAC/RS

15

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

16en

trevi

sta

compromisso com o desenvolvimento das empresas gaúchas

FecomércioComo é a relação da Fecomércio/RS com os sindicatos? Os 112 sindicatos filiados à Fecomércio-RS representam a força e a sustentabilidade que as empresas do setor terciário gaúcho possuem. Temos representação em todos os 496 municípios do Rio Grande do Sul e a relação do Sistema Fecomércio-RS com todos os sindicatos é de muita harmonia, mas, também, de árduo trabalho. Juntos, pensamos e executamos as melhores ações e estratégias que atendam às necessida-des dos empresários. Como Federação que representa essa classe, pensamos e atuamos, também, para colaborar com a sociedade civil de modo geral, contri-buindo para a melhoria da qualidade de vida, investindo em qualifica-ção e educação e consolidando os interesses comuns para um ambien-te mais adequado às condições de vida da população. Qual a importância da Federação para o crescimento das empre-sas gaúchas?Por meio dos nossos sindicatos filiados atuamos de forma a contribuir com questões de interesse amplo, pela longevidade e competitividade das empresas, por tributos justos e bem aplicados, por reformas estru-turantes que garantam a circulação de renda, a geração de empregos e o combate à sonegação e informalidade.

Como é a parceria do SINFAC/RS com a Fecomércio-RS?O SINFAC/RS, assim como os demais 111 sindicatos que integram o Sistema Fecomércio-RS, é um importante parceiro e líder para a efetivi-dade das ações da Federação, sendo nosso representante legítimo na relação direta com as empresas que o compõe. Os associados do SINFAC/RS podem participar de cursos promo-vidos pela Fecomércio. Quais são as vantagens e benefícios dos associados que participam dos eventos, cursos e palestras promo-vidos pela Federação?A participação nas atividades realizadas pelo Sistema Fecomércio-RS ao longo do ano é de extrema importância. Ações relevantes como o alinhamento estratégico, a busca de desenvolvimento sustentável, práti-cas de gestão, entre outros, são temas amplamente tratados durante os eventos que a Federação promove como o Fórum Estadual de Gestão.

O Presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços

no Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio/RS), Flávio Roberto

Sabbadini, em entrevista a Revista do SINFAC/RS, fala

da relação com os sindicatos associados, que juntos é possível

trabalhar na execução das melhores estratégicas para

contribuir com o desenvolvimento das empresas gaúchas e o

crescimento da economia do Estado. Sabbani também aborda

os projetos da Fecomércio/RS para 2008, da parceria com o

SINFAC/RS, tendo o Sindicato como um importante parceiro e líder para a efetividade das

ações da Federação, entre outros assuntos destinados à categoria.

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

17

entre

vist

a

FecomércioQuais são as vantagens da empresa ser associada a um sindicato?É uma forma de potencializar a resolução de demandas, necessidades e interesses comuns. A Fecomércio-RS fez uma pesquisa onde foi cons-tatado que 13,5% dos empresários do setor terciário têm interesse em participar de organizações representativas de classe. Isso demonstra que unificar bandeiras e questões pontuais, concentradas em entidades só-lidas e de representação legitimada é vista como uma ótima alternativa para a gestão empresarial. É o princípio da ação coletiva, onde como empresa (de forma individual) somos frágeis. Qual é o primeiro passo para o empresário conquistar o sucesso? Os empreendedores são, também, cidadãos. Fazem parte da sociedade civil e, assim como todos, sentem no próprio bolso os percalços de uma carga tributária elevada. No entanto, no que se referem as suas empre-sas são obrigados a fazer uma verdadeira “ginástica financeira” para atender a todos os seus compromissos fiscais e obrigações legais. Por todas essas dificuldades, vemos que os empreendedores estão buscan-do alternativas de sobrevivência que são benéficas para seus negócios, como: ampliar seu “mix” de produtos e serviços, praticar gestão estra-tégica, acompanhar indicadores de desempenhos, entre diversas outras iniciativas que visam a dar mais longevidade às empresas e mantê-las competitivas no mercado. Qual a importância do Prêmio Qualidade RS que têm inscrições abertas até fevereiro?Em um mundo extremamente competitivo não há mais espaço para per-da de tempo, má aplicação de recursos, desperdícios e burocracia que diminui a velocidade dos processos. A única maneira para garantir bons resultados e gerar crescimento constante é através da adoção de ferra-mentas da qualidade para a busca da excelência em gestão. A gestão da qualidade deixou de ser um diferencial e passou a ser obrigatorie-dade para sobrevivência das empresas. E o Prêmio Qualidade RS é um importante indicador de que as empresas estão no caminho certo em relação à prática da gestão estratégica. Uma das pautas que está sendo discutida pela Fecomércio é a abertura de capital de empresa? Como está sendo esse processo no Estado?Não defendemos propriamente a abertura de capitais por empresas, mas também não discordamos desta prática. O que procuramos desta-car, na edição 33 da Revista Bens & Serviços, de janeiro de 2008, é que o universo das ações, antes consideradas uma prática bem distante da realidade das pessoas, hoje alcançou patamares bastante possíveis. Investir em ações exige a mesma consciência e responsabilidade do que aquele que está preparado para abrir o capital de sua empresa. Mas, é importante avaliarmos muito bem os riscos, e se estamos dispostos

a enfrentá-los, manter a transparência na gestão dos negócios e nas negocia-ções, e estar atento às relações com o mercado. No entanto, um dos pon-tos mais importantes é entender que a Bolsa não é um jogo, e sim um inves-timento.

Quais os projetos da Federação para 2008?A partir do mapa estratégico idealiza-do para o período de 2007/2020, tra-çamos vários projetos a curto, médio e longo prazos. Podemos citar, entre alguns já iniciados, e que terão con-tinuidade também neste ano de 2008, o desenvolvimento de lideranças, a Rede de Relacionamentos - que agre-ga importantes lideranças pelo Estado – as ações conjuntas de Sesc, Senac e sindicatos filiados/associados, entre outros. No entanto, nossa preocupação maior é continuarmos cada vez mais cum-prindo com nossa missão de assegurar às empresas do setor terciário as me-lhores condições para gerar resultados positivos e desenvolver a sociedade.

“Os 112 sindicatos filiados à Fecomércio/RS representam a força e a sustentabilidade que as

empresas do setor terciário gaúcho possuem [...]”

Presidente da Fecomércio/RS - Flávio Sabbadini

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

18ar

tigo

Cada vez mais, as empresas de Fomento Mercantil sentem

as dificuldades de competirem no atual mercado. As margens

estão estreitas, a carga tributária é elevada e a inadimplência é

um vilão implacável. Alia-se a este cenário, o fato dos bancos es-

tarem invadindo um filão de mercado que era, tradicionalmente,

reservado às Factorings: a pequena e média empresa com alguns

apontamentos cadastrais, porém com títulos de boa liquidez.

Esta introdução, embora pareça, não é para desanimar

os diversos empreendedores do segmento no nosso Estado e no

restante do país, mas sim para enfatizar a necessidade urgente

de aumento da técnica de gestão do negócio. Conhecer e saber

avaliar os custos e riscos envolvidos na operação, passou a ser,

mais do que nunca, preponderante para o resultado positivo tão

almejado por todos os empresários.

Neste sentido, trazemos, a seguir, alguns conceitos fun-

damentais dos componentes que fazem parte da operação de

Fomento e influenciam diretamente na gestão financeira do ne-

gócio:

Custo do dinheiro: independentemente de sua origem o

dinheiro utilizado na aquisição de títulos tem custo. Caso o re-

curso venha dos sócios (mútuo) ou do capital integralizado do

negócio, o custo mínimo a ser considerado, em termos de avalia-

ção financeira, é o do CDI ou CDB, que é onde o recurso estaria

se não estivesse na operação (custo de oportunidade). Caso o

GestãoFinanceira

você no timão!

por Carlos Damasceno

Engenheiro e Consultor Financeiro

do SINFAC/RS

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

19

artig

o

GestãoFinanceira

recurso venha de bancos, redesconto ou capital

de giro com garantia de recebíveis, o custo é a

taxa operada acrescida das demais tarifas da

operação. Quando o recurso provem de ambas

as fontes (próprio + bancos), o ideal é apurarmos

o custo através da média ponderada da utilização

dos mesmos.

Carga tributária: é o somatório dos tribu-

tos pagos mensalmente em relação à receita total

(deságio + ad valorem) gerada nas operações do

mês.

Inadimplência: é a perda de crédito num

determinado período, em relação ao total de

operações realizadas neste mesmo período.

Spread ou margem operacional: é o valor

total necessário para cobrir todas as despesas ad-

ministrativas (pessoal, pró-labores, aluguéis, cus-

teio, etc) do negócio, acrescido do lucro esperado

para o mesmo, em relação ao total operado.

Todos estes componentes devem ser con-

siderados numa avaliação periódica da carteira

para determinar se o negócio está alcançando os

resultados inicialmente esperados.

Lembre-se: este navio tem um timoneiro,

que é você. O rumo que ele irá tomar depende

das suas avaliações e, principalmente, das suas

ações.

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

20op

iniã

o

Na busca por qualidade de vida é interessante começar conhecen-

do nossos inimigos. Estão entre as principais causas de perda de saúde e

morte, os problemas conseqüentes ao tabagismo. A seguir o sedentarismo

e a obesidade, e em terceiro lugar o abuso de álcool. A verdade é que a

maior parte da nossa saúde é resultado de nossos comportamentos, nos-

sas escolhas e, portanto está em nossas mãos. Causa e efeito ao mesmo

tempo, o estresse vem com a exaustão de mecanismos que utilizamos para

enfrentar essas e outras agressões e a luta do nosso dia-a-dia. Longas

jornadas de trabalho, pouco descanso, trânsito, preocupações com pro-

blemas profissionais ou familiares, muitas vezes, prolongam sua presença.

Nosso organismo tenta sobreviver a esse ambiente, mas nem sempre co-

laboramos para seu equilíbrio, assim, o acúmulo e sobrecarga de tensões

são o que nos conduz ao estresse.

Nos momentos iniciais, a ansiedade toma frente nessa luta, nos

deixando mais despertos para o enfrentamento dessas condições. Obser-

vam-se sintomas como a dificuldade de atenção, a irritabilidade e o sono

prejudicado. Nosso pensamento privilegia os aspectos negativos e tudo

passa a parecer mais difícil e ameaçador. A seguir, buscamos suportes

para essa guerra sem tréguas. O estressado passa a fumar mais, a usar

mais medicações, beber mais café, comer mais e com menos qualidade

e a usar mais bebidas alcoólicas. Essas tentativas são um retrato de um

repertório empobrecido que não só não funciona, como causa ainda mais

estresse. Assim, nosso organismo se vê obrigado a afastar-nos desse am-

biente ameaçador. Estratégia que se inicia pelo cansaço, e segue com um

Qualidadede Vida

Uma Questão de Equilíbrio*

* Por Francisco da Costa - psicólogo formado pela UFRGS, especialista em Psicoterapia e Transtornos Aditivos.

“A verdade é que a maior parte

da nossa saúde é resultado de nossos

comportamentos, nossas escolhas e, portanto está em

nossas mãos.”

Revista SINFAC/RS • Março/Abril 2008

21

opin

ião

Qualidadede Vida

repertório que vai da dor de cabeça ao ataque cardíaco.

Abrimos entrada para doenças e nossa libido e capa-

cidade de investimento na vida, passam a se recolher

podendo chegar à depressão. Ao contrário do que se

pode pensar, isso não é o corpo contra nós, e sim o re-

sultado de nosso desrespeito com ele e sua tentativa de

se equilibrar por si mesmo.

Entre os elementos para um equilíbrio real, al-

guns se destacam: A atividade física além de oferecer

um momento desligado dos compromissos, treina o cor-

po e mente para lidar com o estresse. Já as atividades de

relaxamento têm a função de potencializar o descanso.

É um momento protegido, no qual podemos realmente

desativar mecanismos de luta que ficaram ativos tanto

tempo. Assim, uma massagem vale muito mais para o

relaxamento do que ficar na frente da televisão. O sono,

momento de profunda renovação estará impulsionado

em sua profundidade pelo relaxamento. Uma alimenta-

ção organizada e nutricionalmente adequada de forma

individualizada, também servirão para oferecer a ener-

gia para nossas batalhas. O equilíbrio psicológico virá

como conseqüência, com a diminuição da visão envie-

sada do estresse, mas também deverá conduzir o pro-

cesso de reequilíbrio. Muitas vezes, a vida automática

não nos permite realmente implementar essas mudan-

ças, e nossa rotina nos pega pelas canelas. Por isso é

importante uma parada para a reflexão, muitas vezes

com auxílio profissional. Aproveite e inicie esse processo

agora. Se você não para pelo seu corpo, ele para por

você. Vale a pena parar para pensar nisso.

Revista SINFAC/RS • Ano I • Nº I

22ag

enda CURSOS EXTERNOS

Análise Crítica do Contrato de Factoring(para associados).08 de maio, em Porto Alegre.Instrutores: Alexandre Neves, Márcio Aguilar e Carlos Damasceno.Objetivo: Analisar e discutir “cláusula a cláusula” os principais pontos relacionados ao contrato de Fomen-to comercial, ao aditivo contratual, bem como, aos títulos negociados, ao borderô e demais documentos envolvidos na operação, reforçando os aspectos im-prescindíveis que devem estar presentes quando da formalização.

Cálculos Financeiros, Tributação e Planejamento Fiscal para Factoring.(aberto: associados até uma inscrição não paga).06 de junho, em Caxias do Sul.Instrutores: Carlos Damasceno e consultores tributa-ristas e outros especialistas convidados.Objetivo: Proporcionar uma visão financeira prática sobre os cálculos efetuados em operações de Fac-toring e em operações Bancárias para que o partici-pante possa realizar comparativos, ter argumentação numa negociação e elaborar análises para tomada de decisões. Avaliar os impostos incidentes na opera-ção de Fomento comercial, bem como os respectivos regimes de tributação e fatos geradores para optar pelos menores impactos possíveis no custo da ope-ração.

Tecnologia da Informação para Empresas de Fomento10 de julho, em Porto Alegre.Instrutores: Especialistas em TI e empresas prestado-ras de serviços neste segmento.Objetivo: Apresentar as principais ferramentas de gestão operacional e de crédito utilizadas pelas em-presas de Fomento Mercantil, bem como esclarecer dúvidas sobre sua utilização.

Aspectos Tributários, Contábeis e Fiscais para Empresas de Fomento Mercantil.01 de agosto, em Passo Fundo.Instrutores: consultores tributaristas e outros especia-listas convidados.Objetivo: Abordar de forma prática conceitos tribu-tários, contábeis e fiscais relacionados à atividade de Fomento Mercantil, visando a melhoria da gestão das empresas que participam deste setor.

O Factoring Atual15 de agosto, em Porto Alegre.Instrutores: Alexandre F. Neves e Carlos DamascenoObjetivo: Apresentar as melhores práticas para o Fo-mento Mercantil na atualidade. Avaliar os aspectos

operacionais e técnicos envolvidos na operação de Fac-toring. Expor e debater as questões jurídicas relaciona-das ao Fomento. Debates e relatos sobre temas atuais do setor.

CURSOS INTERNOS(na sede do Sindicato – apenas para associados)

Aspectos Operacionais Práticos vinculados a ope-ração de Fomento Mercantil19 de maio, no SINFAC/RS.Instrutor: Carlos DamascenoObjetivo: Apresentar as melhores práticas operacionais para o setor na atualidade. Avaliar os aspectos opera-cionais e técnicos envolvidos na operação de Factoring. Expor os principais cuidados relacionados à operação.

Aspectos Jurídicos vinculados a operação de Fo-mento Mercantil19 e 26 de maio, no SINFAC/RSInstrutor: Alexandre NevesObjetivo: Abordar os principais aspectos jurídicos pre-sentes na operação de Fomento Mercantil. Relacionar e debater o que pode ser adquirido. Analisar os principais documentos relacionados à operação.

PALESTRASAvaliação Política Atual do País30 de maio, em Porto Alegre.Rodrigo Giacomet (reunião almoço)Objetivo: Apresentar e esclarecer pontos relacionados a política atual do país e a sua relação com o setor de Fomento

Qualidade de Vida e Saúde27 de junho, em Porto Alegre.Palestrante: Dr. Franciso da Costa (psicólogo).Objetivo: Esclarecer para público interessado (ênfase nas mulheres do Fomento) aspectos importantes re-lacionados à qualidade de vida atualmente na nossa “agitada” sociedade.

O que é Factoring?29 de agosto, em Porto Alegre.Palestrante: Carlos DamascenoObjetivo: Esclarecer para todos interessados (público em geral e imprensa) a importância e as principais ca-racterísticas do setor de Fomento Mercantil.

O Factoring e o Judiciário26 de setembro, em Porto Alegre.Palestrante: Carlos Damasceno Alexandre Neves Dire-toria e Representantes do Poder JudiciárioObjetivo: Esclarecer para os magistrados de nosso Es-tado a importância e as características de nossa ativi-dade.