Revista Sorocaba Sempre 2011

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Neste dia 15 de agosto, Sorocaba completa 357 anos de sua fundação. E são muitos os motivos para comemo-rar. É que as terras “descobertas” por Baltazar Fernan-des, das feiras de muares à Estrada de Ferro Sorocaba-

na, passando pelo apogeu da produção têxtil - que consagrou, na década de 1970, o município sob o carinhoso apelido de “Manchester Paulista” - e de forte vocação industrial, prepara-se, agora, para entrar em uma nova e desafiadora fase de seu desenvolvimento: a era da tecnologia e da inovação.

A criação do Parque Tecnológico vai possibilitar a insta-lação de empresas inovadoras que, certamente, vão poten-cializar o valor adicionado da produção. Por consequência, significará aumento da arrecadação municipal que, diga-se de passagem, já supera a casa do R$ 1,5 bilhão – maior do que muitas capitais brasileiras.

Esse salto para o futuro, todavia, não pode ser visto apenas

e d i t o r i a l

Salto para o futuropelo prisma numérico, com gordurosos e bem-vindos cifrões. É preciso reconhecer que o planejamento da cidade, para abrigar as indústrias de desenvolvimento tecnológico, requer elevada formação e qualificação dos profissionais.

Neste sentido, diversas instituições públicas e privadas ins-taladas em Sorocaba vêm cumprindo esse papel. Aliás, o in-vestimento na educação, não só de dinheiro, mas pessoal - de tempo e dedicação - tende a ser revertido em maiores salários e melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Sem dúvida alguma, os sorocabanos já comemoram o in-gresso da cidade neste futuro promissor. O maior desafio, que não pode ser esquecido pelas indústrias e tampouco pelo poder público, é o de incluir efetivamente toda a sua popu-lação neste novo ciclo econômico. Afinal, este ousado salto para o futuro só interessa aos sorocabanos se os avanços e benefícios forem para todos.

Diagramação e Arte:daniel Guedes

Gerente Geral: Wilson rossi

Textos:Cida HaddadFelipe Shikama Jônatas rosaMarcel Marquesalana damascenoCida Muniz

A foto da capa foi produzida pelofotógrafo lucas Munhoz, sócio-proprie-tário do site Colunáveis.com.br. Munhoz vem se especializando em fotos aéreas. omesmo utiliza-se de um sistema radiocontrola-do para o trabalho, viabilizando as fotos aéreas, inclusive de baixa altitude.

Texto e foto: Marianna Barreto

Fotos:Juliana MoraesJomar Bellini

Revisão:robson Camargo Súnica

Distribuição: Sorocaba e regiãoTiragem: 30 mil exemplares

Direção:Francisco Pagliato NetoJuliana Camargo Pagliato Consani

Editor:Urbano Martins MtB 36504

Impressão: log&Print Gráfica e logística ltda

Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 199 - Lageado - Votorantim/SPCEP 18.110-008 - Fone/Fax (15) 2102-0399

Filiação

Ipanema Sistema Gráfico e Editora LtdaIpanema Sistema Gráfico e Editora Ltda

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S a N e a M e N t o B Á S i C o

adespoluição do rio Sorocaba virou um sonho para os mo-radores de nossa cidade. Nin-guém acreditava que, neste rio que corta o município, um dia a

vida voltaria a sorrir, mas por incrível que pareça e indo contra todas as previsões, isso é uma realidade. E, como parte do aniversário de Sorocaba, comemorado neste 15 de agosto, a última estação de tratamento de esgoto será inaugurada no dia 31 deste mês, às 17 horas.

Esta é a promessa do diretor do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), o arquiteto Geraldo de Moura Caiuby. A Estação de Tratamento de Es-goto Aparecidinha (ETE Aparecidinha), última etapa do complexo de obras do Programa de Despoluição do Rio Sorocaba, com a qual se chega a 100% de esgoto tratado, será entregue. São aproximadamente R$ 150 milhões em investimentos, entre recursos próprios e financiamentos.

Sorocaba é abastecida com a água re-tirada da represa de Itupararanga. A ou-torga concedida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) ao Saae de Sorocaba permite que a autarquia capte 2 mil litros de água por segundo, detalha Caiuby, e uma nova adutora para captar mais água somente será possível com a ampliação da outorga atual, que já foi solicitada.

Um dos grandes problemas da dimi-nuição da água da represa de Itupara-ranga é a retirada ilegal do líquido por proprietários de chácaras instaladas ao longo da represa, inclusive para a agricul-

Sorocaba chega a Sorocaba chega a 100%de eSgoto tratado em agogoto tratado em agoStotoa dea dea Spoluição do rio Sorocaba é um poluição do rio Sorocaba é um graNde preSeNte para a Sociedade

tura. Conforme Caiuby, o Saae não está tura. Conforme Caiuby, o Saae não está alheio a este problema.

“O Saae de Sorocaba integra o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê e, por meio de sua participa-ção, tem apresentado a sua preocupação relacionada a todas essas situações, que têm interferido na qualidade da água des-se manancial, que abastece a população de Sorocaba e região”, afirma o diretor.

Tratamento da águaA água fornecida pelo Saae aos soroca-banos é considerada uma das melhores do país e isso deve melhorar já que a autarquia inaugura as obras de reforma, ampliação, automatização e adequação ambiental da Estação de Tratamento de Água “Dr. Armando Pannunzio”, a ETA Cerrado, que possibilitará o aprimoramen-to do tratamento da água distribuída em Sorocaba atualmente. A outra Estação de Tratamento de Água da cidade (ETA Éden) também vai receber obras de reforma e am-pliação, cujos projetos estão sendo desen-volvidos pela autarquia. Ainda no que diz respeito ao tratamento de água, o Saae aguarda confirmação de financiamento do governo federal (PAC 2) para a implan-tação da nova ETA Vitória Régia, que terá captação de água diretamente do rio So-rocaba, o que será possível graças ao Pro-grama de Despoluição. Já em relação ao tratamento de esgoto, as seis Estações de Tratamento em operação (S-1, S-2, Pitico, Itanguá, Ipaneminha e Quintais do Impe-rador) atingem altos índices de eficiência, acima dos índices mínimos exigidos pelos acima dos índices mínimos exigidos pelos órgãos ambientais.

Desabastecimentoe educaçãoUma das questões mais discutidas na últi-ma década é a utilização racional da água. Questionado sobre uma possibilidade de desabastecimento na cidade, Caiuby é enfático: “A água existente no mundo é a mesma desde os primórdios da Terra. O problema reside nas condições em que o ser humano está deixando esse recurso natural. O risco de desabastecimento, nes-te momento, não existe, mas o futuro vai depender muito de como tratamos a água no presente. O Saae-Sorocaba, por meio da sua equipe de Educação Ambiental, tem procurado conscientizar a população, enfa-tizando a necessidade do seu uso correto bem como a importância da preservação do nosso meio ambiente”.

Caiuby lembra que, com o rio Soro-caba totalmente despoluído em nossa região, será possível contar com mais um importante manancial de abastecimento, cuja captação vai ser possível tão logo a nova ETA Vitória Régia seja construída e comece a operar, sendo uma importante alternativa a Itupararanga.

Já pensando no abastecimento de água para a cidade para daqui a 20 anos, Caiuby destaca que o Saae-Sorocaba continuará estudando e planejando to-das as diretrizes relacionadas às necessi-dades atuais e futuras da população, por meio dos seus planos diretores de água, esgoto, drenagem e saneamento, que periodicamente passam por processos de revisão, apontando e mensurando to-dos os vetores envolvidos no desenvolvidos os vetores envolvidos no desenvolvi-mento populacional, numa expectativa e horizonte de trinta anos.

Geraldo de Moura

Caiuby, diretor do

Saae

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oíndice de desenvolvimento de uma cidade também pode ser medido pela qualificação de seus profissionais. No caso de Sorocaba, isso não é diferente.

O secretário de Relações do Trabalho de Sorocaba, Luís Alberto Firmino, conside-ra que o mercado de trabalho está em expansão e as empresas, por sua vez, estão mais exigentes em relação à quali-ficação profissional.

“A capacitação de mão de obra para suprir as necessidades atuais e futuras não é um desafio somente de Sorocaba, mas de todas as grandes cidades que estão experimentando desenvolvimen-to muito superior à média nacional. A Prefeitura tem se preocupado e traba-lhado em identificar quais as profissões que mais espaços terão a curto, médio e longo prazo”, afirma o secretário que exemplifica: “a prova disso foi a realiza-ção do 1º Fórum Municipal de Qualifica-ção Profissional, que teve como objetivo colher dados do mercado de trabalho para ampliar o número de profissionais qualificados em Sorocaba, fornecendo sustentação às atuais e futuras empresas que se instalarem na cidade”.

Para Firmino, “Sorocaba tem cumpri-do seu papel na capacitação de profis-sionais e tem intensificado a qualificação nos três níveis de ensino (básico, médio e superior) para atender à demanda de mão de obra que está surgindo em razão do Parque Tecnológico em Sorocaba e

das grandes indústrias e empreendimen-tos que aqui estão se instalando”.

Já o trabalho de qualificação que a Universidade do Trabalhador (Unit) faz em conjunto com entidades de ensino técnico e superior, para Firmino, tem mostrado ótimos resultados, “mas o de-

cação e requalificação profissional. São eles: Unit Comunidade Centro, Unit Co-munidade Éden, Unit Bairro, Unit Casa do Cidadão, Unit Fundação Casa e Unit Vai à Escola. Os cursos são definidos de acordo com a demanda do mercado, em pesquisas feitas junto ao Posto de Aten-dimento ao Trabalhador (PAT), Senai e indústrias, analisando as deficiências de mão de obra do mercado. Os cursos são disponibilizados de acordo com a progra-mação feita pela Secretaria por meio da Unit, no início de cada ano, observando-se também a necessidade e a disponibili-dade do local a ser atendido.

Os alunos são selecionados da se-guinte forma: Unit Comunidade Centro e Éden – por meio de prova seletiva; Unit Bairro e Casa do Cidadão – por meio de inscrição feita no próprio local onde será realizado o curso e o critério de seleção é por ordem de chegada, de acordo com o número de vagas ofertadas; Unit Fun-dação Casa e Unit Escola – os alunos são selecionados pela coordenação ou dire-ção da unidade onde será desenvolvido o curso.

Os cursos da Unit também atendem tanto candidatos em situação de desem-prego quanto aqueles que necessitam de requalificação profissional e estão in-seridos no mercado de trabalho.

Parcerias produtivasPara qualificar a mão de obra da cidade, a Secretaria de Relações do Trabalho tem

mão de obra qualificadaé o graNde deSafio daSafio daS Safio daSafio da graS graS NdedeSS cidade cidadeS cidadeSS cidadeS SScidade eNtra Na briga com outroS ceS ceS NtroS em buS em buS Sca de profiSSioNaiS qualificadoS qualificadoS S

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safio é grande e sabemos que é preciso estreitar ainda mais a relação entre as es-colas, empresas e o poder público a fim de suprir a necessidade que o mercado impõe a cada dia”.

A Unit Firmino explicou como funciona a Unit (Universidade do Trabalhador). “A Unit trabalha com seis programas de qualifi-

Sorocabatem cumprido Seu papel Na

capacitação de profiSSioNaiS

” luíS alberto firmiNo,Secretário de relaçõeS do trabalho ” rabalho ”

de Sorocaba

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feito parcerias. Conforme Firmino, a Sert/Unit já tem parceria com a Universidade de Sorocaba (Uniso) para a realização de cursos ao longo da sua existência. “Tam-bém já fizemos parcerias com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem In-dustrial) e outras empresas. Atualmente, o nosso sistema para a realização de cur-o nosso sistema para a realização de cur-o nosso sistema para a realização de cursos é feito através de pregão eletrônica (via Prefeitura Municipal), onde são con-tratadas empresas que ministram nossos cursos”. Complementando, o secretário conta que, atualmente, existem cinco turmas do curso de Educação para o Tra-balho, ministrado pelo Senai Sorocaba. Os alunos fizeram inscrição na Unit e no PAT e as aulas estão em andamento na Unit Centro”.

Firmino informa que as áreas com maior mercado de trabalho hoje nas cida-des que apresentam resultados positivos são os setores industrial, de comércio e serviços. Segundo dados do Caged (Ca-dastro Geral de Empregados e Desempre-gados), foram mais de 3,5 mil empregos no primeiro semestre do ano. A perspec-tiva para o futuro próximo são para os setores de máquinas e equipamentos no setor industrial. Já o setor da construção civil preocupa Firmino. “É o grande dile-ma que precisa ser enfrentado: não há renovação do quadro de profissionais su-ficiente para atender à demanda, há falta de interesse pela profissão”, avalia.

Novas tecnologiasQuestionado se Sorocaba tem ferramen-tas hoje para preparar os profissionais e qualificar os existentes em novas tec-nologias, o secretário detalhou que “as instituições de ensino têm se preparado para as constantes necessidades mani-festadas pelo mercado. O Poder Público tem articulado pesquisas em diversos se-tores para conhecer quais são as melho-res estratégias. Em face disso, foram am-pliados os números de vagas para cursos técnicos (Etec’s) e para cursos tecnológi-cos (Fatec). E o Parque Tecnológico tem a proposta de ser um espaço gerador de conhecimento e criação de novas tec-nologias. Isso demonstra que trabalhar

com planejamento é fundamental para estabelecer horizontes de curto, médio e longo prazo”.

Para o secretário, “os cursos profis-sionalizantes são fundamentais para a qualificação de mão-de-obra dos alunos que concluem o ensino médio, uma vez que o ensino médio por si só não qualifi-ca ninguém para o mercado de trabalho. Atualmente, com o mundo em evolução, as chances de quem se qualifica são bem maiores em relação aos demais”.

O futuroO secretário de Relações do Trabalho destaca a importância pelo planejamento em relação ao futuro. “A cultura de fazer o trabalho de forma planejada mostra-se eficiente para pensar uma grande pro-gramação. Não há como imaginarmos uma cidade do tamanho de Sorocaba sem considerar um horizonte temporal para 20 anos. Assim, os diversos setores estão dentro deste contexto. As ações até agora pensadas estão consideradas: aumento de espaço físico para qualifica-ção (novo prédio da Unit), com novos cursos em face do mercado de traba-

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lho; aumento das vagas das Etec’s, Fatec, novo Senai. Essas medidas não geram efeito imediato, mas são dura-douras”, afirma.

Neste sentido, Firmino deixar clara a importância de buscar sempre qualificar o trabalhador e prepará-lo ainda mais para acompanhar as exigências do mer-para acompanhar as exigências do mer-para acompanhar as exigências do mercado de trabalho. “As empresas hoje não estão interessadas apenas em exigir do candidato experiências em determinadas funções, elas buscam também qualifica-ção e atualização constante do candidato para o mercado de trabalho”.

O desenvolvimento regional é fun-damental para o crescimento da cidade. Na opinião do secretário, “é inegável a condição privilegiada que Sorocaba goza atualmente, a cidade cresce a cada dia, trabalhando sempre pela qualidade de vida de seus moradores e sendo referência para toda região. Sorocaba está em ple-na expansão também no setor industrial, gerando novos empregos e potenciais consumidores e o tema ‘Desenvolvimento Regional Integrado’ vem ocupando espaço importante na agenda de políticas públicas do município”, conclui.

Luís Alberto Firmino,

secretário de Relações do Trabalho de

Sorocaba

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ServidoreS públicoS públicoS S muS muS NicipaiS São ão São S11 mil e preciSam de qualificaçãoSam de qualificaçãoShoje é poSSível afirmar que a eNtidade SiNdicaleStá eNtre aStre aStre a maioreS maioreS S da cidadeS da cidadeS

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para o bom atendimento da população, é necessário que os servidores públicos sejam altamente qualificados. Foi-se a época que o serviço público

estava sucateado com equipamento, móveis e até mesmo pela mão de obra. Hoje essa realidade é outra. O servidor é uma ferramenta imprescindível para o bom andamento da qualidade do serviço prestado à população.

Segundo Sergio Ponciano de Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba, exis-tem 11 mil servidores públicos municipais em Sorocaba e eles precisam sempre pas-sar por qualificação. Por considerar o ser-sar por qualificação. Por considerar o ser-sar por qualificação. Por considerar o servidor público municipal fundamental para o bom andamento da cidade, o Sindicato tem buscado a valorização do servidor.

Para Ponciano, “o servidor é impres-cindível não só para o bom andamento mas para o crescimento e desenvolvi-mento sustentável da nossa cidade. O Sindicato dos Servidores Municipais vem buscando incessantemente a valorização profissional dos servidores de Sorocaba, tendo conseguido a implantação do pla-no de carreira, o combate à terceirização de mão-de-obra no serviço público, a implantação de revisão dos salários de diversos segmentos profissionais, ações de segurança no trabalho, criação de escola de gestão pública, entre outras ações”, comemora.

Ponciano afirma que, “nos últimos anos, tanto a Prefeitura como a Câmara vêm focando melhor a valorização e o respeito ao servidor público, com a reali-

zação de concursos públicos, implanta-ção de vários benefícios complementares e o plano de carreira, além da concessão de pequenos aumentos reais (tímidos)”.

Áreas deficitáriasNa opinião de Ponciano, a área mais defi-citária no setor público municipal é a sala-rial, “pois a diferenciação de tratamento do piso salarial entre os servidores de carreira e os ocupantes de cargos comis-sionados é muito acentuada. Também é bastante deficitária a política salarial da data-base, que basicamente se restringe à reposição da inflação anual (IPC-FIPE), por ocasião da acordo coletivo, tendo o Sindicato que ‘implorar’ para poder con-seguir tímido aumento real”.

Questionado se falta ao servidor púQuestionado se falta ao servidor pú-blico concursado evoluir em sua área com o tempo de serviço, Ponciano foi claro: “A Constituição Federal, infeliz-mente, restringe o crescimento da car-mente, restringe o crescimento da car-mente, restringe o crescimento da carreira dentro do serviço público, ou seja, impede a mudança de cargos, existindo somente a possibilidade da evolução fun-cional (promoção salarial reduzidíssima), por meio de pontuação por assiduidade e por cursos de qualificação. Isto, de certa forma, acaba desestimulando os servidores na busca de uma formação e qualificação de escolaridade de nível técnico ou até superior”. E acrescenta, “essa questão precisa ser mais bem dis-cutida pelos integrantes do Congresso, responsável pela atual legislação que

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engessa a valorização e crescimento pro-fissional do servidor público em todas as esferas e instâncias de Poder. As Centrais Sindicais estão tentando conscientizar os congressistas sobre esta necessidade do serviço público.

Saúde e educaçãoAs áreas de saúde e educação são as que mais recebem verba do orçamento mas também são as mais criticadas. Ponciano pontua alguns dos problemas nestes se-tores relativos ao servidor público.

“Os atuais modelos de políticas públi-cas de gestão, de repasses de verbas, de contratação de profissionais e de sa-lários existentes entre as três esferas de governos (federal, estadual e municipal), nas áreas de saúde e de educação, em sua grande maioria não se convergem e, consequentemente, cada mandatário age de acordo com o seu ‘programa de governo’ que julga ser o mais adequado para a sua comunidade/realidade. Essa maneira própria de cada um ‘realizar’ vem interferindo na forma e na qualidade da prestação de serviços/atendimentos, especialmente no controle financeiro e de recursos humanos, já que observam sempre ‘as suas prioridades’. No caso do Município, que é a porta de entrada e saída mais próxima ao cidadão, especial-mente daquele que depende exclusiva-mente do serviço público, certamente, este ‘sente’ mais rapidamente os efeitos ‘nocivos’ desta falta de uniformização e padronização básica de procedimentos entre os entes”, explica.

A questão da qualificação do servi-dor público ainda é um problema a ser debatido. “Até a promulgação da Cons-tituição Federal de 1988, a forma de con-tratação (regime CLT) era quase que por ‘QI’ – quem indica. Com a exigência dos concursos públicos, a criação de cargos de ingresso passou a ser condicionada ao requisito de escolaridade. No entan-to, profissionalmente, o Brasil ainda ca-rece da criação de escolas técnicas e de faculdades especializadas em formar e fornecer mão de obra específica para atender às demandas de serviços públi-

cos (inclusive nas áreas operacionais e administrativas). Por isso, o trabalhador público, mesmo com o ‘canudo’ na mão, encontra enormes dificuldades em se adaptar às necessidades e exigências do serviço público, que é muito peculiar na sua execução, além da falta de política salarial condizente”.

Ponciano afirma que o Sindicato dos Servidores vem cobrando da adminis-tração pública a implantação de cur-tração pública a implantação de cur-tração pública a implantação de cursos, tanto que já foi criada a Escola de Gestão Pública (ao lado da Guarda Civil Municipal) e também vem firmando parcerias/convênios com escolas e fa-culdades particulares, que começam a pensar neste segmento público e estão facilitando o acesso dos servidores aos

por unidade/local de trabalho, que efe-tivamente considere o tipo de serviço frente ao número de atendimento, em face do número excessivo de horas ex-tras mensais, dando-se a impressão que existe um déficit razoável de profissio-nais, que também pode comprometer a médio prazo a qualidade de vida e de saúde dos servidores”.

Tendênciapara os próximos anosMas, afinal, o que podemos esperar do trabalho do servidor público municipal pra os próximos 20 anos? O presiden-te do Sindicato afirma que “caberá aos futuros gestores eleitos a mudança do foco das políticas públicas na área de gestão de recursos humanos, fortalecen-do a profissionalização, a qualificação e a valorização salarial permanente ao ser-valorização salarial permanente ao ser-valorização salarial permanente ao servidor público. Caso contrário, será difícil conter o crescimento da rotatividade de trabalhadores no serviço público, com consequente comprometimento da qualidade dos serviços prestados. A ampliação do número de servidores será sempre necessária, porém, deverá ser precedida de um rígido controle técnico e estratégico do quadro de funcionários em relação a tipos de serviços disponibi-lizados e crescimento da demanda popu-lacional, visando à eficácia e eficiência no aproveitamento e distribuição desta mão de obra”, salienta.

Concluindo, Ponciano afirma que So-rocaba merece um servidor público quali-ficado, motivado e comprometido diaria-mente com a qualidade na prestação de serviços. Igualmente o servidor público merece ter um poder público que o re-conheça, valorize e respeite profissio-nalmente, com implantação de plano de cargos, de salários e de carreiras dignos, visando à sua permanência/efetivação no serviço público.

Hoje são utilizados em torno de 40% do total da arrecadação da receita liqui-da corrente anual, ou seja, R$ 541 milhões (estimativa atualizada pela Secretaria de Finanças, em fevereiro/2011) para paga-mento do servidor público municipal.

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” cursos específicos por meio de descon” cursos específicos por meio de descon” -tos em mensalidades.

Apesar de serem 11 mil servidores pú-blicos municipais em Sorocaba, Poncia-no considera que esse quadro tem que melhorar.

“Atualmente, existem aproximada-mente 11 mil servidores atuando na Pre-feitura, Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto, Urbes (Empresa de Desenvolvi-mento Urbano e Social), Funserv (Funda-ção dos Servidores Públicos Municipais) e Câmara Municipal. Especificamente em relação ao quadro de servidores da Prefeitura e do Saae, o Sindicato enten-de que precisa ser mais bem apurada a distribuição do quadro dos funcionários

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uNiverSidadeS públicaS SpúblicaS Spública ãoS SãoS S ageNteSdo deSeNvolvimeNto regioNalufScar car c propõe formação gratuita e de qualidade

C a P a C i t a Ç Ã o

odesenvolvimento de Sorocaba na última década é inegável, mas, junto a isso, o município tem que se preparar para ter mão de obra qualificada. O di-

retor do câmpus Sorocaba da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), professor Isaías Torres, alerta para um possível “apagão profissional” dado ao crescimento da cidade.

Para o professor, é muito importante a região ter uma universidade federal, isso porque “as universidades públicas são agentes nucleadores do desenvolvi-mento regional que contribuem sob vá-rios aspectos para isso. Do ponto de vista da formação de profissionais, o momen-to atual de crescimento do Brasil tem demandado uma grande quantidade de profissionais de várias áreas. Há um ris-co de apagão profissional. Isso também está presente na região de Sorocaba dado o crescimento que vem experimen-tando nos últimos anos.

O diretor analisa que “a chegada de novas empresas e a implantação do parque tecnológico certamente amplia-rão essa necessidade. Sob o aspecto do acesso ao ensino superior, a UFSCar traz para a região a oportunidade para que as pessoas possam estudar gratuitamente em uma universidade reconhecida pela sua qualidade e seriedade. Sob o aspecto do desenvolvimento científico, a chega-da da UFSCar aumenta o contingente de pesquisadores que moram na região per-pesquisadores que moram na região per-pesquisadores que moram na região permitindo que mais pesquisas sejam feitas com foco nas características e desafios lo-cais. Além disso, a universidade tem con-tribuído com várias ações relacionadas a iniciativas de interesse social e econômi-

co, como a interação com o sistema pú-blico de educação, a pesquisa científica, o apoio a empresas, entre outros.

Foco na regiãoQuestionado se os cursos oferecidos pela UFSCar são focados nas necessidades da cidade e região, o professor destacou que “desde o início, os cursos foram pen-sados para contemplar as características regionais, o que já é uma característica da UFSCar. A escolha se deu a partir das características da região – industrializada, interessada no turismo como saída econô-mica para vários municípios, preocupada com preservação ambiental, possuidora de importantes unidades da indústria da madeira – e a ocorrência de carências ge-rais como a grande falta de profissionais da computação, a formação de profes-sores em diversas áreas. Atualmente, o

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câmpus possui sete cursos de graduação integrais (Ba-charelado e Licenciatura em Biologia, Bacharelado em Turismo, Engenharia de Pro-dução, Engenharia Florestal, Ciência da Computação e Economia) e sete cursos de graduação noturnos (Licen-

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ciaturas em Química, Física, Matemática e Biologia, Pedagogia, Geografia e Ad-ministração). Além desses, há também o curso de Agronomia para Assentados da Reforma Agrária, em parceria com o In-cra/Pronera”.

Câmpus olímpicoA UFSCar deve trazer novos cursos para o câmpus de Sorocaba em várias áreas. “Atualmente, encontra-se em desenvol-vimento a implantação do Câmpus Olím-pico de Sorocaba, que prevê a implanta-ção de quatro novos cursos no espaço: Educação Física, Fisioterapia, Psicologia e Nutrição. A implantação de novos cursos depende da continuidade do programa de expansão do sistema federal de ensi-no superior, iniciado no governo do pre-sidente Lula”, comemora o professor.

A pesquisa também tem sido um foco da universidade em Sorocaba. Conforme o diretor, a UFSCar/Sorocaba tem forte preocupação com essas questões, como tem demonstrado através da atuação de seus vários cursos. “O papel da Agência de Inovação da UFSCar, as participações em fóruns como o Nuplan, Agência de Inovação de Sorocaba, Parque Tecnológi-co, Comapa, Conselho Regional de Turis-mo, Comitê de Bacias do Sorocaba-Médio Tietê (entre outros) permitem um maior contato com a realidade regional, subsi-diando o desenvolvimento de pesquisas com esse foco. Também as pesquisas feitas no âmbito dos cursos de pós-gra-duação também podem contribuir nessa questão. Hoje, o câmpus abriga vários cursos de pós-graduação, a saber: Diver-cursos de pós-graduação, a saber: Diver-cursos de pós-graduação, a saber: Diversidade Biológica e Conservação, Ciência dos Materiais, Economia, Engenharia de Produção, Ensino de Ciências Exatas e Sustentabilidade na Gestão Ambiental”.

Já sobre o desenvolvimento de Soro-caba, o diretor afirma que a cidade tem a oportunidade de passar de líder regional a líder nacional em termos de desenvolvi-mento tecnológico tão logo as ações em curso se consolidem. “Há que se apro-veitar o ciclo virtuoso da economia bra-sileira e fazer investimentos estruturais que propiciem a manutenção da pujança econômica nas próximas três décadas.

Outra questão fundamental é almejar o desenvolvimento sustentável com atenção especial às tecnologias verdes e sociais, acrescentando que “se deve buscar também a capitalização dessas oportunidades por toda a região, para evitar que a cidade torne-se uma ilha tecnológica. Também deve-se estar atento à reconstrução das cidades da região para que não se reproduzam er-ros urbanísticos graves como se vê em São Paulo e outras cidades”.

ParceriasHoje o câmpus da UFSCar de Sorocaba desenvolve diversas parcerias, exempli-ficando com o Parque Tecnológico, Incu-badora de Empresas, Convênios na Área Educacional, Estagiários (Quinzinho de Barros etc), Censo Florestal, Estudo do sistema de abastecimento de alimentos, Nuplan, luta pela duplicação da rodovia João Leme dos Santos, duplicação do viaduto sobre a rodovia Raposo Tavares, Conselho Municipal de Turismo, Coma-pa, Comitê de Bacias, Flona Ipanema, ACAdeBio, entre outros.

O foco do câmpus de Sorocaba, se-

gundo o professor Torres, é “além da missão de fornecer ensino público gra-tuito e de qualidade, a UFSCar/Soroca-ba tem na sustentabilidade, sob seus vários aspectos, um foco importante de interesse”.

Sobre o desenvolvimento de Soroca-ba nas próximas duas década, o diretor do câmpus da UFSCar deixa claro que ele “será pautado pelo desenvolvimento sustentável. Várias das ações que hoje vemos na região podem fazer com que Sorocaba saia na frente, materializando de forma consistente essas mudanças de concepção e permitindo que o cresci-mento se dê em todos os setores da so-ciedade. Não basta desenvolver a região sem que a vida das pessoas melhore. Certamente uma questão fundamental é a relação entre os núcleos urbanos da região para um entendimento das dinâ-micas regionais e discussão de questões importantes como a infraestrutura ur-importantes como a infraestrutura ur-importantes como a infraestrutura urbana de transporte, saneamento etc. A transformação do Nuplan em empresa pública de planejamento regional e a dis-cussão da Região Metropolitana de Soro-caba são muito importantes”, finaliza.

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curSoS da S da S fafi e fafi e f faccafaccaf SaccaSacca deram origem S deram origem Sà uNiSo - uNiverSidade de Sorocaba

Sorocaba ficou décadas lutando para ter uma Universidade, até que a união dos cursos da Fafi (Fa-culdade de Filosofia) e Faccas (Fa-culdade de Ciências Contábeis), da

Fundação Dom Aguirre, fez surgir a Uniso (Universidade de Sorocaba), que tem hoje como reitor o professor Fernando de Sá Del Fiol, reitor da Uniso.

Os números da Uniso são impres-sionantes. Hoje ela oferece 53 cursos de Graduação, três Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Mestrado em Comunicação e Cultura e Mestrado e Doutorado em Educação), além de cur-Doutorado em Educação), além de cur-Doutorado em Educação), além de cursos de Pós-Graduação Lato Sensu. São cerca de 9 mil alunos, em média, 340 pro-fessores e 280 funcionários.

Segundo o professor Del Fiol, a Uniso, quando pensa em montar um curso, “pri-meiramente, avalia as condições para a abertura do curso, que devem atender plenamente aos parâmetros de quali-dade exigidos pelo MEC (Ministério da Educação). Não basta apenas oferecer cursos: é necessário que estes tenham qualidade. O compromisso com a forma-ção do aluno está claramente definido em nossa missão institucional, que é o de formar profissionais para que sejam agentes de transformação. Isso implica refletir sobre o espaço que ele terá para desenvolver seu trabalho”.

Perguntado sobre como é o entendi-mento da Uniso, quanto à sustentabilida-de, o reitor destacou que o “sentido de sustentabilidade é muito amplo. Pode-se discutir a sustentabilidade ambiental, fi-nanceira etc. No sentido geral, a Universi-dade entende sustentabilidade como sua

adaptação ao meio social, de forma orgâ-nica, integrada, ativa e responsável”.

Universidade comunitáriaA Uniso é uma universidade comunitária e participa da vida da sociedade. Neste sentido, afirma o reitor, “a Uniso, en-quanto organismo social vivo, está inte-grada à sociedade e nela interfere de inú-meras maneiras. Sua principal forma de intervenção se dá através da formação de profissionais que atuarão na cidade e região. Por outro lado, sendo uma Univer-região. Por outro lado, sendo uma Univer-região. Por outro lado, sendo uma Universidade, contribuímos com a construção do conhecimento, por meio de pesquisas que são realizadas no âmbito dos cursos de Graduação, com a iniciação científica, e, especialmente, na Pós-Graduação”. Afirma que “finalmente, através da ex-tensão universitária, a Uniso desenvolve dezenas de projetos na cidade, tendo atendido a milhares de cidadãos durante o ano de 2010 nas diversas áreas do conhe-cimento, ajudando a construir, todos os dias, uma cidade melhor”.

Questionado se os cursos da Uniso fo-cam o mercado de trabalho ou o aspecto mais teórico, o reitor explica que, hoje, o conhecimento e o acesso à informação são muito dinâmicos. “O desafio da Uni-versidade é promover forte embasamento teórico para o aluno, estimulando sua ca-pacidade de aprendizagem para que este, de uma forma rápida, possa adaptar-se ao de uma forma rápida, possa adaptar-se ao espaço de trabalho que ele procura”.espaço de trabalho que ele procura”.

Já em relação aos alunos que deixam Já em relação aos alunos que deixam a universidade e entram diretamente no a universidade e entram diretamente no mercado de trabalho, o reitor detalha que mercado de trabalho, o reitor detalha que será iniciado este levantamento. “Mas será iniciado este levantamento. “Mas temos conhecimento de profissionais temos conhecimento de profissionais formados pela Uniso que estão atuando formados pela Uniso que estão atuando

uNiverSidade tem compromiidade tem compromiidade tem compromiSSo com a formação do aluNo

em diversas áreas, alguns até no exterior, além dos alunos que iniciam essa relação com o mercado ainda na Graduação, atra-vés das atividades de estágio”.

Qualidade dos cursosNos últimos anos, foram inúmeros os cursos superiores abertos em todo o país e em Sorocaba não é diferente. Para Del Fiol, “a Uniso se mantém competitiva por meio de uma administração enxuta, que proporciona rapidez e dinamismo na tomada de decisões. Além disso, a força de nossa Universidade vem da tradição e da marca de qualidade, que sempre permearam sua trajetória. A Uniso conta hoje com quase 80% de seus docentes com titulação de mestres e doutores”.

Já em relação ao que é necessário para melhorar o nível dos cursos supe-riores, o professor destacou que “falta compromisso governamental para uma política mais austera de acompanhamen-to das Instituições, com relação à aber-to das Instituições, com relação à aber-to das Instituições, com relação à abertura e ao reconhecimento de cursos de Graduação. Há inúmeras IES que não têm cumprido a carga horária mínima dos cur-cumprido a carga horária mínima dos cur-cumprido a carga horária mínima dos cursos de Graduação, formando pseudoba-charéis, portadores de um diploma que pouco ou nada agrega à sua formação. Há necessidade de se estabelecer uma política de Estado e não de governo para o ensino superior brasileiro”, opinou.

FernandoDel Fiol,reitor da

Uniso

Bibliotecada Universidade

de Sorocaba

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Novo perfil uNiverSitário exige adaptação doS curSoS SuperioreS

omercado de trabalho brasileiro está em plena expansão. Já se tornou usual dizer que, no Bra-sil, sobra; o que faltaria, então, é emprego qualificado. A cada

ano, quanto mais preparada a pessoa es-tiver, mais chances ela terá de conseguir uma vaga profissional. A necessidade de se qualificar não atinge apenas quem quer entrar no mercado de trabalho, mas é (ou deveria ser) uma preocupação de quem já está empregado.

É o que aponta o diretor da unidade Votorantim/Sorocaba da Faculdade Pitá-goras, Antonio Nunes. De acordo com ele, a maioria dos alunos matriculados nos cursos da instituição já está inserida no mercado e geralmente ingressam no ensino superior para aprimorar seus co-nhecimentos e para progredir na carrei-ra. “Neste sentido, procuramos alinhar as necessidades dos educandos às pro-postas de formação oferecidas, além de procurar ampliar as oportunidades de empregabilidade”.

Essas necessidades, segundo Nunes, são diversas e, de modo geral, afetam o aprendizado dos alunos. Ele diz, por exemplo, que a educação básica não tem sido suficiente para preparar aqueles que desejam ingressar no ensino superior. “Infelizmente, a educação básica no país tem deixado a desejar, impedindo que as diferentes competências a serem desen-volvidas atinjam um nível adequado em um curso superior”, revela.

É preciso considerar ainda outros as-pectos do perfil de boa parte do universi-tário contemporâneo. Nunes explica que existe, hoje, o aluno-trabalhador, que tem pouco tempo para estudar e para se

dedicar à pesquisa. “O que compromete a produção de conhecimentos, que deve ser inerente à formação acadêmica. Este contexto obriga as instituições a desen-volverem estratégias e recursos para suprir as dificuldades decorrentes da for-suprir as dificuldades decorrentes da for-suprir as dificuldades decorrentes da formação inicial de seus alunos”.

O mercado atualNão é novidade que as áreas de enge-nharia e administrativas são apontadas por diversos especialistas como as áreas do futuro. Fala-se, inclusive, no risco que o Brasil corre de sofrer um apagão tec-nológico, ou seja, as vagas que surgem a cada dia não terão profissionais suficien-tes para preenchê-las.

Atender a essa demanda é um desafio para a Faculdade Pitágoras. “Temos como foco, principalmente, as áreas administrati-vas e de engenharia, com o compromisso

qualificação profiSSioNal deve Ser peNSada NSada NSpor quem já eStá No mercado de trabalho

de atender às demandas das indústrias e do comércio da região”, revela Nunes.

A instituição, com cerca de 650 alunos, oferece os cursos de Administração, Ciên-cias da Computação, Engenharia Mecâni-ca, Engenharia de Produção, Engenharia de Controle e Automação. Segundo Nu-nes, a faculdade deve se preocupar com que o aluno saia totalmente preparado para o mercado de trabalho. A ideia prin-cipal é que os universitários consigam resolver qualquer problema que se apre-sente na vida profissional, sendo teórico ou prático. “A preocupação central dos cursos é tornar os alunos profissionais ca-pazes de lidar com as diferentes deman-das do mercado de trabalho”.

A questão socialAlém de formar profissionais, as facul-dades também têm o compromisso de construir uma sociedade mais consciente, tendo em vista o desenvolvimento social, econômico e profissional. De acordo com Nunes, a faculdade Pitágoras segue essa linha de pensamento. “Procuramos con-tribuir no processo de formação profissio-nal, integrando os estudantes para que se tornem membros capazes de promover uma sociedade mais equitativa e voltada ao bem-estar de todos” comenta.

Ele aponta para parcerias da institui-ção para desenvolver programas que ultrapassem os muros da faculdade. “A unidade tem uma parceria com a Funda-ção Pitágoras e desenvolve programas de formação continuada de professores das redes municipais de Sorocaba e Ara-çoiaba da Serra. Além disso, também de-senvolve parceria com ONGs da região, particularmente o Projeto Pérola”.

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SSioNal deve Ser peNSada NSada NS

Laboratóriode química

da FaculdadePitágoras

Antonio Nunes, diretor da unidade

Votorantim/Sorocaba da

Faculdade Pitágoras

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diante do crescimento da área industrial na região de Sorocaba, Sandro Vidotto, diretor da Esamc, diz acreditar que, com tanto desenvolvimento industrial, os

funcionários com melhor qualificação se-rão disputados pelas empresas.

Na Esamc, do ponto de vista de cursos, foi feito um alinhamento de três níveis: tecnológico, bacharelado e MBA (Master of Business Administration). “Oferecemos profissionais para a operação, coordena-ção e comando de uma empresa”, diz.

Na opinião de Vidotto, a falta de mão de obra especializada será enfrentada diante do crescimento industrial da ci-dade, assim como em outras partes do estado.

Vidotto conta que a principal desco-berta que os profissionais da Esamc fi-zeram nos últimos anos é que, além de uma formação técnica, as empresas ne-cessitam de formação comportamental e gerencial dos alunos e profissionais. “O erro das pessoas que querem ingressar

preparação do profiSSioNaldiaNte da NeceSSidade do mercadoa qualificação de mão de obra é algo que faz parte da a qualificação de mão de obra é algo que faz parte da apreocupação daS iNStituiçõeS de eNSiNo

no mercado é achar que basta compe-tência técnica. A pessoa sabe fazer, mas não sabe conviver, lidar com pessoas, ge-renciar, e é por causa disso que perde o emprego, muitas vezes”, comenta.

Ele destaca que é importante conhe-cimento, informação e ter flexibilidade. “Falamos sempre para os alunos: cuida-do para não criticar seu concorrente por-do para não criticar seu concorrente por-do para não criticar seu concorrente porque pode ser que haja junção das empre-sas ou que você passe a trabalhar para a concorrente”, diz Vidotto.

Os profissionais da instituição partici-pam dos grupos ligados às questões do desenvolvimento econômico de Soroca-ba. “Gostamos de ir direto à fonte. Fize-mos, por exemplo, uma pesquisa na área do Direito, para saber as reais necessida-des do mercado”, lembra.

Ensino de maneira diferente Vidotto cita também mudanças quanto à visão dos profissionais em ensinar. “Nada de conhecimento cristalizado, mas sem-pre saber o que tem de novo, baseado

na atualidade, o que está acontecendo. Sempre analisamos o que acontece no mercado, necessidades, áreas em cresci-mento, que irão demandar profissionais do futuro”, afirma.

Uma área que ele não esquece é a educação. “O que vemos hoje é que hou-ve uma redução na busca pela carreira de professor em algumas áreas, sobretudo nas licenciaturas”.

Existe também uma busca da esco-la em tornar a educação mais atrativa. “Durante muito tempo, o professor era aquela pessoa que despejava todo o conteúdo, mas hoje, com a questão da tecnologia, é preciso trazer a dinâmica desse processo para a sala de aula”, diz.

Vidotto destaca que profissionais da Esamc prepararam o livro “Inovação e métodos de ensino para nativos digi-tais”, que será lançado sobre o assunto, com série de ideias e sugestões.

Sandro Vidotto,

diretor da Esamc

Laboratório de informáticada Esamc

AI/E

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de olho Na demaNda, SeNac projeta ampliação de curSoS para toda região de Sorocaba

ac projeta ampliação de para toda região de Sorocaba

ac projeta ampliação de S para toda região de SorocabaS

oSenac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) tem tradição em formar profissio-nais preparados para atender à demanda de um mercado cada

vez mais exigente. Para tanto, é preciso conhecer o mercado e, dessa maneira, adaptar e oferecer cursos que realmente atendam aos anseios tanto do mercado quanto dos alunos.

É o caminho que a instituição segue. João Henrique de Freitas Alves, gerente do Senac Sorocaba e do Núcleo Senac de Itu, revela que a instituição sempre busca conhecer as necessidades do mercado e concentra esforços nas áreas que mais de-mandam qualificação. “Isso através das ne-cessidades das empresas em consonância

com o desejo de qualificação dos alunos”.Um exemplo é a área de prestação

de serviço, uma das que mais cresce no país. De acordo com Alves, “o crescimen-to dos setores de comércio e prestação de serviços é acompanhado pelo Senac, que busca ampliar oferta de cursos para o setor. Pensamos também na diversi-dade de modalidades de formação e na ampliação da rede física, como a recém-inaugurada unidade do Senac na cidade de Americana”.

Há 31 anos instalado em Sorocaba, o Senac oferece aproximadamente 32 cur-Senac oferece aproximadamente 32 cur-Senac oferece aproximadamente 32 cursos diferentes por mês, desde “cursos livres” até de pós-graduação para pesso-as maiores de 14 anos. Alves aponta que, no ano, algo em torno de 380 cursos são

ateNdeNdo àS NàS Nà eceSSidadeidadeSdoS aluNoS e do mercado

ministrados no local. “Acredito que o Se-nac tenha um papel de grande relevância na formação profissional da região (de Sorocaba). Em algumas áreas, somos os únicos a ofertar programas de formação e, em várias outras, a principal instituição formadora”.

Pensar a região, aliás, é outra preocu-pação do Senac. Alves explica que é feita uma avaliação das cidades em torno de Sorocaba para poder ser feita a oferta de cursos. “Consideramos toda a região de atração desta unidade para os cursos ofertados aqui e as características locais para os programas oferecidos em par-para os programas oferecidos em par-para os programas oferecidos em parceria nas cidades de nossa região como, por exemplo, em São Roque”.

Segundo o gerente do Senac Soro-caba e do Núcleo Senac de Itu, não exis-te uma pesquisa específica de quantos alunos que passam pelos cursos da ins-tituição saem empregados. “Mesmo porque alguns de nossos alunos já es-tão empregados quando se inscrevem no curso. Buscam na maior qualificação profissional o aumento salarial ou uma recolocação”.

No entanto, Alves acredita que o ca-minho é sempre a educação. “Pelo nosso entendimento, qualquer caminho passa pela educação de nossa gente”. E nesse sentido, releva os planos do Senac para ampliar a oferta de cursos. “Da parte do Senac, estamos prevendo dobrar nossa capacidade de atendimento com a am-pliação de nossa unidade em Sorocaba. Mesmo caminho segue nossa unidade em Itu e a futura instalação de um Senac na cidade de Registro. Isso só para citar as cidades que estão em nossa região de atendimento”, finaliza.

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No braSraSra ilo Número de

eNgeNheiroS que S que SSe formam todoS

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a faculdade de eNgeNharia de Sorocaba (faceNS) moStra-Sepreparada para eNfreNtar o creScimeNto da cidade em fuNção da criação do parque parque p tecNológico

Sorocaba é uma cidade em de-senvolvimento educacional e tecnológico. Muitos setores da sociedade experimentam esse crescimento e as expectativas

são as melhores possíveis com a criação do Parque Tecnológico e a instalação de empresas importantes, como a Toyota, por exemplo.

O cenário é altamente favorável. O Parque Tecnológico tem a iniciativa de oferecer um ambiente diferenciado para promover o desenvolvimento de Empre-sas de Base Tecnológica (EBT), visando acelerar o processo de transformação do conhecimento em riqueza, promoven-do, assim, a interação entre essas bases de conhecimento – como universidades, centros de pesquisas e institutos – com as bases produtivas – empresas – con-tando com o apoio do poder público pela lógica da proximidade, facilitando a ges-tão do conhecimento e seus processos

avaavaa NçoS tecS tecS NológicoS já provocam S já provocam ScarêNcia de algumaS profiSSõeS

de geração, codificação e disseminação, entre outros.

Em uma pesquisa feita recente-mente pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), foi apon-tado que, apesar desse grande boom tecnológico na cidade, ainda há uma carência de engenheiros, em especial no mercado sorocabano.

De acordo com Marcos Carneiro da Silva, diretor da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), o número de enge-nheiros formado em nosso país é muito pequeno se comparado ao de outros pa-íses. Porém, com o constante crescimen-to tecnológico, a tendência é reverter essa situação e crescer o número na for-essa situação e crescer o número na for-essa situação e crescer o número na formação e na atuação desses profissionais no mercado. “Aqui no Brasil, o número de engenheiros que se formam todos os anos é relativamente baixo comparado ao número de engenheiros que outros países do mundo formam. Agora, com esse crescimento, esse número deve au-mentar e é importante que isso aconteça porque também aumenta essa oferta no mercado. Se não tomarmos cuidado (com o aumento), vai acabar acontecen-do a importação desse tipo de mão de obra especializada”, disse.

Silva afirma ainda que todo o processo de crescimento tecnológico está ligado à engenharia. “No fundo, toda a lógica desse crescimento tem muito a ver com a engenharia. Seja na questão de infraes-trutura, obras que estão ligadas a enge-nharia civil, ambiental, aumento da com-

”marcoS carNeiro da Silva,diretor da faculdade de eNgeNharia

de Sorocaba

Alunoem sala de

estudosda Facens

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petitividade das empresas que passam pela automação, engenharia elétrica, mecatrônica, computação, tudo acaba passando pela engenharia”, completa.

No caso de Sorocaba, o avanço espe-cífico da região tem se mantido acima do crescimento do restante do país, o que eleva a procura pela formação de enge-nheiros locais e a Facens, segundo Silva, principal reduto de formação de profis-sionais desta área na região, está prepa-rada para enfrentar este avanço.

“Hoje, são cinco os cursos de en-genharia oferecidos pela Facens: Civil, Mecânica, Elétrica, Computação e Me-catrônica. Já estamos com o curso de Engenharia Química aprovado agora, em 2011, e Engenharia de Produção, que está prestes a ser aprovado também, mas para o próximo ano. Além do au-mento de cursos, também ampliamos o número de vagas para cada curso. Hoje trabalhamos com mais de dois mil alunos dentro da faculdade, devemos chegar a mais de 250 formandos no final de 2011. A tendência desse número é crescente”, explica o diretor da Facens, Marcos Car-explica o diretor da Facens, Marcos Car-explica o diretor da Facens, Marcos Carneiro da Silva.

O diretor também destaca a impor-O diretor também destaca a impor-O diretor também destaca a importância da profissão no mercado. “A for-tância da profissão no mercado. “A for-tância da profissão no mercado. “A formação do engenheiro demora um pou-co. O curso tem duração de cinco anos. A pessoa precisa se dedicar ao máximo para estar se formando, grande parte dos nossos alunos trabalha e nós incen-tivamos muito isso porque as empresas também acrescentam bastante na forma-ção dos alunos, não só para o crescimen-to pessoal mas profissional também. Esse é um dos aspectos que nós tratamos com importância dentro da faculdade. Além do incentivo pessoal e profissional, tam-bém é de grande importância a criação de oportunidades que nós conseguimos gerar dentro da Facens para esses jovens. Nós somos uma faculdade filantrópica, sem fins lucrativos. As questões econô-micas podem ser contornadas através de bolsas e outros tipos de auxílio que ofe-recemos ao aluno para que ele tenha a oportunidade de se formar”, resume.

Hoje, o mercado demanda muitos pro-

fissionais nessa área. Na Facens, o aluno começa a ser procurado para trabalhar em empresas do ramo desde cedo. Esse é o principal projeto da faculdade. “Nós temos ações na área de empreendedoris-mo com parceria com a Endeavor, com o Sebrae, e sempre procuramos estimular a postura empreendedora do nosso alu-no. Acreditamos que o empreendedor não é só a pessoa que vai ser um empre-sário futuramente, o próprio funcionário tem que ter uma postura empreende-dora também, de propor ideias novas, de querer melhorar o ambiente em que trabalha. Nós procuramos estimular bas-tante isso durante a formação do aluno dentro da Facens”.

Há cinco anos a faculdade vem contabi-Há cinco anos a faculdade vem contabi-Há cinco anos a faculdade vem contabilizando o número de alunos que saem de lá formados e já empregados: a média é de 97%.

“É claro que o mercado tem uma certa oscilação. Hoje, por exemplo, o merca-do da engenharia civil é mais aquecido e o de elétrica é um pouco menos, mas as empresas estão sempre procurando pro-fissionais em todos esses ramos, criando grandes oportunidades. É o caso da Facens, que contribui para o progresso tecnológico nacional, em especial na região de Sorocaba, formando profissionais capazes de atender a este chamado”, finaliza.

O curso de engenharia tem duração de cinco anos e seu currículo é “amar-de cinco anos e seu currículo é “amar-de cinco anos e seu currículo é “amarrado”, tentando fazer com que o aluno

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conquiste outras oportunidades, além das atividades extracurriculares, onde aparecem cursos específicos para cada área da engenharia, colaborando com o crescimento e rendimento do aluno.

“Nós temos um balanço interessan-tíssimo da parte acadêmica e prática e isso se faz junto às empresas”, afirma o diretor. A Facens conta muito com as em-presas no setor de estágio, fazendo com que o aluno tenha um contato maior com a prática da profissão em seu dia a dia.

Aluno emaula prática,biblioteca eentrada da

Facens

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de olhoNo futuro

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projetoS São peNSadoS para ateNder geraçõeS SeguiNteS

oBrasil adotou, a partir dos anos 1940, um modelo desenvolvi-mentista importado dos países de Primeiro Mundo, como Esta-dos Unidos e Inglaterra. A pro-

posta, apesar de trazer inúmeros avan-ços tecnológicos e garantir emprego para muita gente, teve seu lado negati-vo. A constante degradação do meio am-biente fez com que, atualmente, sejam necessárias medidas constantes para sua preservação.

Em Sorocaba não é diferente. A secre-tária do Meio Ambiente (Sema), Jussara de Lima Carvalho, explica que a pasta e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Conselho Municipal de Desenvolvimento

do Meio Ambiente (Comdema) seguem as políticas local, estadual e nacional para a preservação ambiental. Isso é conside-rado nos aspectos de proteção do solo, da água, do ar, da vegetação, da biodiver-da água, do ar, da vegetação, da biodiver-da água, do ar, da vegetação, da biodiversidade e da educação ambiental. “Além disso, a prefeitura segue as diretrizes de cidade saudável e cidade educadora, buscando melhorar a qualidade de vida para todos”, completa.

Nesse sentido, trabalhar a conscienti-zação, especialmente dos alunos da rede pública de ensino, tem sido um das prio-ridades da Secretaria do Meio Ambien-te. De acordo com a secretária Jussara de Lima Carvalho, a cidade tem vários de Lima Carvalho, a cidade tem vários

projetos de educação ambiental, com objetivos bem concretos em relação às necessidades do município (queima-das, lixo, água, conservação) e também em relação à sustentabilidade em geral (consumo consciente, entre outros), que acontecem nos parques ecológicos. “Es-ses projetos são voltados para a comuni-dade escolar e, a partir deste ano, tam-bém para a comunidade em geral, tanto nos próprios parques ecológicos, como também nos bairros, com os programas ‘Meu ambiente’, ‘O Parque vai aos bair-‘Meu ambiente’, ‘O Parque vai aos bair-‘Meu ambiente’, ‘O Parque vai aos bairros’ e ‘Férias Verdes’”.

Outra atividade de educação am-biental são os Clubes Ecológicos que já biental são os Clubes Ecológicos que já

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existem há muito tempo nos parques. A atividade tem mostrado que muitos par-atividade tem mostrado que muitos par-atividade tem mostrado que muitos participantes dos clubes são interessados em ecologia e cidadania. “Além disso, muitos alunos se transformaram em bió-logos, ecólogos e, mais do que isso, em ativistas na área”, conta Jussara.

A política ambiental de Sorocaba é pensada, segundo Jussara, tendo em vista o objetivo de alcançar um nível de desenvolvimento cada vez mais susten-tável. Para isso, o governo municipal desenvolve várias ações. Elas incluem ações como o programa de controle da poluição do ar (controle de queimadas e da fumaça preta); o programa de ha-bitação sustentável, na qual o poder pú-blico só utiliza madeira com documento de origem florestal em suas obras; o programa Cidade Amiga da Amazônia, que exige madeira certificada, garan-tindo que não participemos do desma-tamento da Amazônia; os programas de recuperação de áreas ciliares, com o plantio de mudas de espécies nativas; a recuperação e proteção das nascentes, entre outros. “Em relação à mata ciliar/APP, temos um total de 9.395 ha, sendo 3.956 ha preservados e 5.439 ha sujeitos a projetos de preservação. Em relação às

demais áreas urbanas, teremos um me-lhor indicador quando tivermos os levan-tamentos do Plano Diretor Ambiental de Sorocaba”, explica Jussara.

Combate à poluiçãoPara as indústrias de médio e grande porte e, portanto, com grande potencial poluidor, a responsabilidade é da Agên-cia Estadual - Cetesb, bem como a inspe-ção de emissões veiculares em geral. No entanto, a Secretaria do Meio Ambiente realiza o controle de fumaça preta na frota a diesel da Prefeitura. “Além disso, o governo municipal está iniciando o li-cenciamento ambiental municipalizado de empresas com potencial de impacto local”, conta Jussara.

O futuro é logo aliA secretária Jussara aponta que, nos pró-ximos 20 anos, a previsão é que a área ambiental tenha grande avanço em So-rocaba. “Vinte anos não é tanto tempo assim. Veremos, com certeza, uma cida-de mais arborizada devido aos plantios realizados e será ainda maior se houver continuidade das metas traçadas para a arborização urbana, recuperação de ma-

M e i o a M B i e N t e

tas ciliares e nascentes”. Além disso, ela aponta que a cidade

terá mais parques e áreas de lazer, me-lhor uso e ocupação do solo em con-sequência do Plano Diretor Ambiental. “Porém, vemos como um dos gargalos do futuro a emissão de carbono vincu-lada ao aumento da individualização do transporte e à própria mobilidade, tendo em vista o crescimento da cidade e de sua frota de veículos”.

Por isso, ter o selo azul e verde, para a secretária, significa um reconhecimento importante dos avanços do desempenho ambiental do município referentes às dez diretivas do programa. E a repercus-são tem aparecido, pelo menos na visão de Jussara de Lima Carvalho, secretária do Meio Ambiente. “Acreditamos que sim, as pessoas estão mais conscientes das questões ambientais, tendo em vista o atendimento voluntário da população sorocabana aos projetos ambientais, se-jam de plantio de mudas, oficinas, proje-tos de educação ambiental, visitação aos parques ecológicos, uso de bicicletas, maior atenção aos impactos ambientais provocados pelas mais diversas formas de agressão ao meio, entre outros”.

veremoScom certeza uma

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M e r C a d o i M o B i l i Á r i o

para o vice-presidente do Interior do Secovi-SP (Sindicato da Ha-bitação) e diretor do sindicato em Sorocaba, Flávio Amary, há pontos que precisam ser consi-

derados quando o assunto é habitação. Na opinião dele, é interessante usar a

demografia como uma das referências. “Vemos movimento de migração das pessoas, taxa de natalidade, casamento e separação, ou seja, procuramos saber o está acontecendo atualmente em várias cidades”, afirma.

Além do crescimento da área indus-trial, Amary destaca a vinda de universi-dades, tanto públicas como privadas, o que cria uma demanda por imóveis tam-bém para estudantes.

Vetores de crescimento Segundo Amary, não se pode pensar no desenvolvimento de uma cidade só quanto à geografia, “mas é preciso saber o que se quer para ela, qual o vetor de crescimento, para onde a cidade pode crescer, por exemplo, com a criação de um novo Polo Tecnológico; além de re-servar áreas da zona rural. Amary garan-te que é importante que essas questões sejam discutidas com representantes dos setores industrial, educacional, imobiliá-rio, abastecimento de água e esgoto.

Mobilidade Outro ponto destacado por Amary é quanto ao adensamento da cidade por-quanto ao adensamento da cidade por-quanto ao adensamento da cidade porque, na opinião dele, é preocupante o que está acontecendo hoje com o trânsi-

Secovi acompaNha o creScimeNto da cidade com projetoS Na área de habitação o deSeNvolvimeNto Na área iNduStrial em Sorocabaatrai iNveStimeNtoS em S em SvárioS SetoreS

to em Sorocaba. “É importante o anel vi-ário, mas também pensar no transporte coletivo das pessoas, mobilidade e refle-tir sobre como podemos fazer com que as pessoas morem mais perto de onde trabalham. “Não precisa ter uma área só residencial, só comercial, só industrial, mas existem, em grandes cidades do mundo, empreendimentos mistos, nos quais as pessoas tenham casas, salas co-merciais e estrutura de serviço.

Ele conta que o Secovi contratou um urbanista que é especialista em cresci-mento de cidades e há um calendário de palestras que apresentarão o mercado para uma discussão sobre o crescimento das cidades. Amary comenta também que está sendo feita pesquisa em Soro-caba quanto à venda e oferta de imóvel, principalmente residencial vertical e resi-dencial horizontal. “Temos carência hoje de imóvel de um dormitório para atender os estudantes e as pessoas que vêm tra-balhar aqui em Sorocaba e ainda não tra-zem a família”, diz.

Ele cita ainda o setor hoteleiro. “Dian-te do crescimento da cidade, estamos com déficit de hotel na cidade e de quar-com déficit de hotel na cidade e de quar-com déficit de hotel na cidade e de quarto para as pessoas, conforme os dias da semana”, complementa.

Solução para afalta de mão de obra Um assunto que é constantemente dis-cutido pelos representantes do Secovi é a falta de mão de obra especializada na área da construção e habitação.

Amary comenta que há a Cinlop (Con-federação de Imobiliários de Língua Ofi-cial Portuguesa) formada por entidades de Portugal, de Angola, do Brasil, de Mo-çambique e Cabo Verde. Do Brasil, uma delas é o Secovi e, segundo ele, há intera-ção e troca de informação de temas como mão de obra e é estudada até a vinda de engenheiros de Portugal para trabalhar

de maneira legal no Brasil. “Aqui estamos com falta de profissionais qualificados como engenheiros, por exemplo, que demoram para ter a formação completa, já que a gradução tem duração de cinco anos. “O não-atendimento da demanda é em todo o Brasil, até pelos investimentos feitos em infraestrutura de estradas, aero-portos, estádios com jogos da Copa e as Olimpíadas”. Amary lembra ainda que o Secovi desenvolve um trabalho junto ao Conselho Federal dos Engenheiros.

Ainda sobre mão de obra, Amary cita o Sinduscon, que desenvolve parcerias com o Senai e Sesi para fazer trabalhos de qualificação na área de construção.

Ações com as imobiliárias No Secovi, há programas para qualificar representantes de imobiliárias, com te-mas como gestão do patrimônio e traba-lhos no setor de condomínios, com dis-cussões como segurança e coleta seletiva de lixo. Amary comenta também sobre a questão dos chamados empreendimen-tos sustentáveis. Em parceria com a Fun-dação Dom Cabral, o Secovi desenvolveu o documento Indicadores de Sustentabi-lidade Urbana, com o objetivo de elabo-rar e construir conceitos, temas e indica-dores de sustentabilidade. A partir dessa base de conhecimentos, a meta é base de conhecimentos, a meta é apresentar recomendações apresentar recomendações aos setores privado e público aos setores privado e público para a promoção de cidades para a promoção de cidades mais sustentáveis no Brasil.mais sustentáveis no Brasil.

Flávio Amary,vice-presidente do

Interior do Secovi-SP (Sindicato da Habitação)

e diretor do sindicato em Sorocaba

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parque tecNológico marcaa Nova etapa do deSeNvolvimeNtoecoNômico de Sorocaba vitor lippi

em 2012, o orçamento de Soro-caba deverá ultrapassar a casa de R$ 1,5 bilhão – superando, inclusive, a de algumas capitais brasileiras. Grande parte da ar-

recadação advém das indústrias instala-das no município. Nos próximos anos, a cidade deverá dar um importante salto para a era da inovação tecnológica com a criação do Parque Tecnológico.

Em entrevista ao Sorocaba Sempre, o prefeito Vitor Lippi (PSDB) fala sobre a expectativa da “nova etapa do desenvol-vimento” na cidade , aponta os avanços conquistados nos últimos anos, reconhe-ce as demandas ainda reprimidas e ana-lisa o desafio de incluir os municípios da região no processo de expansão do de-senvolvimento.

Sorocaba Sempre - Apesar do cenário nebuloso da economia mundial, os soro-cabanos têm se mantido otimistas com o desenvolvimento e o bom momento econômico local. No aniversário da cida-de, existem motivos para comemorar?

Vitor Lippi - Esse é o meu sentimento também, realmente de otimismo, de or-

gulho e de motivos para comemorar. So-rocaba se destaca no Brasil como a cida-de que tem os melhores indicadores de desenvolvimento, de qualidade de vida, é uma das melhores cidades do Brasil para se viver. É uma cidade que oferece as melhores condições de qualidade de vida e de oportunidade. Isso tudo, sem dúvida, é motivo de comemoração.

SS - Quais os maiores avanços dos úl-timos anos o senhor pode apontar?

Lippi - Nós estamos comemorando este mês o fato de Sorocaba chegar a cem por cento da despoluição de seu rio, isso é um fato raro no Brasil. São poucas as cidades de grande e médio porte que têm seus rios totalmente despoluídos. Estamos também inaugurando a esta-ção de Aparecidinha, que é a última do complexo de estações de tratamento de esgoto de Sorocaba. Nós temos dezenas de parques, que integram a paisagem e os bairros da cidade. Temos aí uma rede de ciclovias que é a maior do estado de São Paulo e a segunda do Brasil. Temos um reconhecimento internacional em re-lação aos programas ambientais. Na área

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de educação, temos nos destacado bas-tante com o reconhecimento nacional e internacional, a melhor avaliação do Ideb são com as crianças daqui de Sorocaba e nós estamos preocupados com o futuro, estamos criando o Parque Tecnológico que vai ser um grande centro de pesqui-sa e inovação.

SS - Quem acompanha o noticiário internacional, o mercado financeiro, tem visto esse momento de enorme tur-bulência na economia global. O senhor teme que essa crise, que atinge direta-mente grandes potências econômicas, possa atrapalhar ou atrasar a instalação da Toyota em Sorocaba?

Lippi - Não vejo nenhum risco hoje para mudança do complexo Toyota. Eu estive em reunião com o presidente da Toyota e ele me confirmou que, apesar de todos aqueles problemas no Japão, não alterou o cronograma em Sorocaba, que é uma prioridade absoluta. A Toyota espera que essa planta seja a plataforma para o Brasil. A Toyota é líder mundial de veículos, produz cerca de nove milhões de veículos por ano. É líder nos Estados Unidos, é líder no Japão e está em segun-do lugar na Europa. Mas aqui no Brasil ela tem uma participação pequena, de 3 ou 4% do mercado, e ela quer crescer com os novos produtos produzidos em Sorocaba. Então, a planta de Sorocaba já foi prevista para que ela cresça de acordo com a demanda do mercado brasileiro e o mercado internacional. Então Soroca-ba é o grande centro da Toyota no Brasil e, com isso, nós temos uma área muito promissora. Sorocaba cada vez mais será importante no cenário da produção au-tomotiva do Brasil.

SS - Neste dia 15 de agosto comemo-ramos o aniversário de Sorocaba, mas as comemorações começaram já no dia 1º, lá no Pelourinho, na avenida Itavuvu que, curiosamente, é próximo ao novo Parque Tecnológico.

Lippi - É verdade, foi lá onde começou a cidade. Foi o marco inicial e por onde passa o futuro. Quer dizer, é o nosso pas-

sado e onde hoje nós estamos fazendo o acesso ao novo Complexo Industrial e Parque Tecnológico, onde estamos consolidando esse desenvolvimento sus-tentado, que tem o objetivo de manter a competitividade e manter as empresas de base tecnológica aqui. Nós não pode-mos perder as indústrias que nós temos. Porque outras cidades importantes do Brasil também estão criando os seus par-Brasil também estão criando os seus par-Brasil também estão criando os seus parques tecnológicos como São José dos Campos, São Paulo, Campinas. E Soroca-ba não pode ficar para trás. Com isso, nós garantimos as indústrias que nós já temos aqui e vamos atrair mais indústrias para Sorocaba e região. Realmente o Parque Tecnológico é um grande centro de pes-quisa e inovação e as indústrias precisam

de pesquisa e inovação - e é onde nós va-mos desenvolver produtos para o futuro. Isso ajuda a indústria nacional, aumenta a competitividade, melhora a economia e acaba gerando mais empregos para a população. Isso cria uma nova etapa do desenvolvimento econômico da cidade. Sorocaba teve vários ciclos econômicos: o ciclo do tropeirismo, depois das ferro-vias, o ciclo têxtil, a fase industrial (que é a atual) e agora estamos entrando na fase tecnológica. Então é um momento muito promissor, no qual a cidade de uma forma ordenada e planejada está construindo o seu futuro.

SS - O senhor já está chegando à reta final de seu governo. Dá para apontar a maior demanda, a maior dificuldade, a que ainda não foi dada resposta adequa-da à população?

Lippi - Com essa velocidade de cres-cimento, o nosso compromisso com o planejamento dobra. Quer dizer, quan-to mais rápido você cresce, maior é a responsabilidade com o crescimento ordenado, senão você perde qualidade e é isso que nós não queremos. Esse planejamento a gente tem que prever... o crescimento e mais as demandas anti-gas. Essas são questões que precisavam de novas respostas com a melhoria e am-pliação dos investimentos da prefeitura. Uma delas é a educação. Temos reconhe-cimento e um bom desempenho, mas nós temos carência de vagas em creche, então, até o ano que vem, nós estamos trabalhando para entregar vinte novas

quaNto maiSrápido você

creSce, maior é a reSpoNSabilidade NSabilidade NS

com ocreScimeNto

ordeNado

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creches. Mais dez escolas de ensino fun-damental e mais onze escolas em tempo integral. Estamos trabalhando a questão do trânsito com o programa Sorocaba Total. Sorocaba cresce hoje em direção à zona norte. O restante da cidade está se verticalizando. Realmente a expansão é a zona norte em especial. Nós deveremos crescer até chegar próximos da rodovia Castello Branco, então mais sete quilô-metros de cidade a serem ocupados. E ali estamos fazendo investimentos para que todos tenham infraestrutura, novas esco-las e creches. E estamos criando o comple-xo viário Sorocaba Total, que é um investi-mento de R$ 100 milhões da prefeitura e R$ 100 milhões através de financiamento e esse complexo é o maior complexo vi-ário urbano do interior do estado. Isso deverá criar um sistema viário muito mais moderno do que o que temos hoje.

SS - Gostaria que o senhor apontasse qual será o grande desafio do seu suces-sor para manter Sorocaba no status que ela se encontra hoje?

Lippi - Sem sombra de dúvida, são dois. A questão do trânsito, que é perma-nente, porque além de a cidade crescer, temos um aumento ainda maior por con-ta do aumento da qualidade de vida das pessoas, do número de veículos por ha-bitantes. Hoje nós temos quase 350 mil veículos em nossa cidade. É um número extraordinário. Todas as casas, hoje, per capta, têm dois veículos! Para você ter uma ideia do desafio que é para a cidade! E o outro é a segurança, que é sempre uma questão difícil de ser enfrentada porque nós temos um grande inimigo que são os traficantes, o narcotráfico, que é um problema do mundo inteiro. O restante é manter o planejamento e o crescimento ordenado.

SS - O senhor, recentemente, disse que a prefeitura de Sorocaba preten-de reduzir o ritmo de crescimento in-dustrial no município. Essa declaração, inclusive, recebeu críticas por parte de alguns adversários políticos e, depois, o senhor minimizou, dizendo que aquela

declaração havia sido mal interpretada. A ideia, então, é a de reduzir o ritmo do crescimento para elevar a qualidade de vida da população?

Exatamente. Melhor que uma cida-de desenvolvida, é uma região desen-volvida. Se nós tivermos um equilíbrio de desenvolvimento, nós teremos mui-to menos problemas e uma migração menor do que a que nós temos hoje. O crescimento muito rápido é impossível evitar, não tem como falar para as pes-soas não virem para cá porque elas vêm

já que aqui existem mais oportunidades que nas outras cidades. O que nós preci-samos é, também, criar oportunidades nas cidades da região. Mas nós não te-mos como encaminhar indústrias para lugar algum. É a indústria que escolhe a cidade. Agora, como é que a indústria vai escolher uma cidade? Ela vai onde estão as melhores condições para produzir. E as cidades têm dificuldade de entender isso porque isso exige planejamento e as cidades menores não têm estrutura, não têm profissionais, fazer projetos susten-

SorocabacreSce

hoje em direçãoà zo

hoje em direçãoà zo

hoje em direçãoNa Norte.

o reStaNteda cidade eStá Se verticalizaNdo

tados financeiramente, que realmente sejam viáveis, eles não sabem desenvol-ver projetos de médio e longo prazo. Por isso, a nossa proposta é criar uma empre-sa pública de planejamento e desenvolvi-mento regional. Porque, antes do desen-volvimento, vem o planejamento. Todo mundo ganha com isso. Uma região com mais oportunidades significa me-nos problemas na saúde de Sorocaba, na habitação. Evitar esse problema migra-tório porque as cidades menores estão diminuindo cada vez mais e as cidades de porte médio estão crescendo muito rápi-do. Isso não diminui o desenvolvimento da cidade, mas melhora a qualidade do crescimento da cidade.

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as novas tecnologias são aponta-das, pelos mais diversos autores e especialistas, como sinônimo de avanço para sociedade. Em todo mundo (e no Brasil não é

diferente), o investimento em tecnologia de ponta tem sido considerado fundamen-tal para que os mercados cresçam e, conse-quentemente, tornem-se competitivos.

Por outro lado, a automação do mer-Por outro lado, a automação do mer-Por outro lado, a automação do mercado de trabalho é, em muitos casos,

NovaSovaSova tecS tecS NologiaSologiaSologia São São S SiNôNimo deavaNço para a Sociedade

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automação do mercado de trabalho Não SigNifica profiSSioNaiS deS deS SempregadoS, apoNta preSideNte do SiNdicato doS metalúrgicoS

vista de modo negativo. Afinal, se “as máquinas” vão cuidar de toda uma linha de produção, o trabalhador irá servir para quê? Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Ademilson Terto da Silva, essa história é antiga. “‘Fantasma’ da automação paira sobre o mercado de trabalho desde as épocas dos métodos fordismo e toyotis-mo, nas primeiras décadas do século XX”. De acordo com ele, não foi diferente nos anos 1960, quando a entrada dos robôs anos 1960, quando a entrada dos robôs no mercado de trabalho trouxe o temor no mercado de trabalho trouxe o temor de que pessoas fossem substituídas por de que pessoas fossem substituídas por eles. “(Os trabalhadores) tiveram que se eles. “(Os trabalhadores) tiveram que se aprimorar para ocupar postos de trabaaprimorar para ocupar postos de traba-lho mais técnicos.”lho mais técnicos.”

A partir dos anos 1990, foi a vez da A partir dos anos 1990, foi a vez da informatização que, segundo Silva, trouinformatização que, segundo Silva, trou-xe novamente a preocupação com o dexe novamente a preocupação com o de-semprego. “Mas, novamente, enquanto semprego. “Mas, novamente, enquanto algumas profissões se extinguiam, oualgumas profissões se extinguiam, ou-tras surgiam justamente devido à infortras surgiam justamente devido à infor-tras surgiam justamente devido à infor-tras surgiam justamente devido à informática”, aponta ele.mática”, aponta ele.

Para que os avanços não sejam um Para que os avanços não sejam um empecilho para os postos de trabalho, empecilho para os postos de trabalho, Silva explica que é preciso oportunidade Silva explica que é preciso oportunidade

de qualificação dos profissionais. “Con-tanto que os trabalhadores tenham opor-tanto que os trabalhadores tenham opor-tanto que os trabalhadores tenham oportunidade de se qualificar para as novas tecnologias e a iniciativa privada aceite investir em inovações sem achatar salá-rios; mas sim reduzindo suas margens de lucros, não vejo grandes prejuízos para o volume de empregos no mercado. Até porque, o Brasil está se desenvolvendo, a economia está estável. Se não houver re-trocesso político, o futuro é animador”.

Nesse sentido, o presidente do Sin-dicato dos Metalúrgicos acredita que a vinda da montadora Toyota e das sistê-micas para Sorocaba pode representar um cenário interessante para mercado de trabalho. “A Toyota pode valorizar a mão de obra local e aumentar bastante o número de empregos na cadeia produ-tiva do setor automotivo. Inclusive, não vamos deixar de cobrar esses benefícios por parte da empresa”.

No entanto, ele volta a tocar na ques-tão da qualificação dos profissionais. “Agora, para que sejam realmente aber-“Agora, para que sejam realmente aber-“Agora, para que sejam realmente abertas vagas locais, é preciso investir em qualificação da mão de obra e o poder

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Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocabae Região

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público deve cobrar essa contrapartida da montadora”.

O papel do SindicatoO Sindicato faz a sua parte. De acordo com Silva, a entidade, que hoje conta com 22 mil associados e representa 44 mil metalúrgicos em catorze cidades da região, oferece dezenas de cursos de qualificação profissional em suas sedes de Sorocaba, Piedade, Iperó e Araçari-guama. “Há cursos com descontos para sócios e dependentes, como leitura e interpretação de desenho mecânico, sol-da, metrologia, logística etc. Há também cursos gratuitos, como Informática e Te-lecurso, em parceria com o Sesi”.

Ele completa que são cerca de três mil pessoas recebendo, por ano, certificados de conclusão de cursos promovidos pelo órgão e pelos parceiros. “Praticamente todas as ações e as estruturas do Sindicato estão voltadas para contribuir na organi-zação da categoria. Pouco adianta termos um contingente de 44 mil trabalhadores reivindicando direitos e melhorias se essa massa não tiver sentimento de unidade em seus anseios e suas lutas”.

Todo trabalho do Sindicato, segundo Silva, tem garantido condições justas de trabalho e salário. “O menor salário da categoria hoje é próximo de R$ 1 mil. O salário médio gira em torno de R$ 2 mil. Dependendo da fábrica, o salário médio

é até maior. Esses salários são resultados das lutas sindicais da categoria”.

No entanto, ainda não se atingiu o ideal. Silva aponta que, de acordo com Dieese, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.297,00 para uma família brasileira viver com dignidade. “Então, o salário médio da nossa categoria é menor que o mínimo necessário. Precisamos ser mais bem valorizados e exigimos isso. Vamos sempre lutar por isso. Além disso, temos sérios problemas de falta de política cla-

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ra de cargos e salários nas empresas. Há muitas distorções e falta de clareza nas grades salariais de várias fábricas”.

Trânsito e infraestruturaO presidente do Sindicato dos Metalúr-O presidente do Sindicato dos Metalúr-O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Ademilson Terto da Silva, vê com bons olhos a cria-ção do Parque Tecnológico na cidade. Mas não deixa de apontar para aspec-tos negativos. “Agora, o parque tec-nológico não pode existir somente em função da Toyota, para gerar produtos e projetos para ela e depender dela para funcionar. O parque tem que servir a to-das as empresas, inclusive as pequenas, de toda a região”.

Ele acrescenta, ainda, que é preciso pensar a questão do trânsito, que Silva des-creve como caótico e antiquado. “Essa si-tuação coloca a segurança dos trabalhado-res em risco, causa transtornos na entrada e saída dos turnos de trabalho e prejudica o escoamento da produção”.

Para Silva, o governo municipal deve, então, pensar em toda uma infraestru-tura para garantir que o crescimento industrial não seja prejudicado ou dimi-nuído. “Basicamente, trânsito melhor, todos os bairros com infraestrutura completa e prioridade para a qualifica-ção da mão de obra e valorização do tra-balhador. Incluo a melhoria dos bairros, inclusive da periferia, porque sabe-se que a qualidade de vida de uma cidade hoje é fundamental para a atração de investimentos produtivos”.

Sorocaba deveter liderança regionalO presidente do Sindicato dos Metalúr-O presidente do Sindicato dos Metalúr-O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos completa que é de suma impor-tância que Sorocaba assuma o papel de líder da região. “De pouco adianta So-rocaba se desenvolver e as cidades do entorno não terem apoio para manter suas vocações econômicas, sejam elas a indústria, a agricultura, o turismo etc. Se não houver desenvolvimento regional, a corrente migratória regional rumo a Sorocaba em pouco tempo vai saturar o mercado de trabalho local”.

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de Sorocaba e região

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ao longo dos 357 anos da histó-ria, a produção econômica de Sorocaba passou por inúmeras fases. Até a década de 1960, o município detinha grande voca-

ção têxtil, recebendo, por este motivo, o apelido de “Manchester Paulista”, em alusão à cidade industrial inglesa.

A partir daquele período, Sorocaba passou a apostar fortemente no setor metalomecânico. “Esse setor ainda tem evoluído muito”, comenta Erly Syllos, vice-presidente da regional Sorocaba do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

De acordo com Syllos, “o momento promissor” que Sorocaba vive hoje se deve à definição de sua vocação indus-trial e o planejamento de longo prazo, realizado há cerca de 40 anos - tanto pelo poder público quanto pelas próprias indústrias. “O aspecto social, a seguran-ça, a mão de obra qualificada, enfim, são

vice-preSideNte do cieSp afirma que cidade eStá preparada para receber iNdúStriaStriaStria de tecS de tecS Nologia de poNta

Sorocaba vive um momeNto promiSSor

vários pontos que a cadeia produtiva analisa (antes de se instalar na cidade). Então, podemos dizer que Sorocaba está totalmente preparada”, comenta.

Esse preparo, segundo ele, dá à cida-de a condição de ingressar no seleto hall de municípios vocacionados para receber indústrias que desenvolvem tecnologia de ponta. “Sorocaba, daqui para frente, vai ter enfoque mais vocacionado para a inovação tecnológica, pois agrega conhe-cimento e, consequentemente, os produ-tos terão maior valor agregado”, prevê o representante do Ciesp, ressaltando que os empregos nesta área têm maior remu-neração pois dependem de melhor qua-lificação dos profissionais. “Isso é uma bola de neve positiva”, emenda.

Syllos explica que o parque tecnológi-co, que está sendo instalado na Zona Nor-co, que está sendo instalado na Zona Nor-co, que está sendo instalado na Zona Norte de Sorocaba, será um local que “vai agregar toda área de conhecimento e

centros de pesquisa de indústrias que vi-rão para investir e montar sua empresa”.

Trilha planejadaNeste mercado competitivo e globalizado, o sucesso da cidade e das empresas que nela se instalam não depende de sorte. Para Syllos, a chave está no planejamen-to. “Claro que o planejamento em médio e em curto prazo vai sendo ajustado de acordo com o momento econômico e polí-acordo com o momento econômico e polí-acordo com o momento econômico e político, mas o planejamento em longo prazo, isto é, até dez anos, é o mais decisivo para o retorno dos bons resultados”, ensina.

Bons exemplosNesse sentido, o representante do Ciesp aconselha outros municípios a se-guirem alguns exemplos de Sorocaba para o incremento do desenvolvimen-to econômico industrial. “É importan-te definir e fortalecer a vocação (seja eletroeletrônica, metalomecânica, têx-til, calçadista) e também elaborar um Plano Diretor, que dê ordenamento ao uso do solo, isto é, quais áreas serão re-sidenciais, industriais, enfim, para que dê segurança ao investidor”.

Apesar do entusiasmo dos sorocabanos diante da instalação da planta da Toyota – maior montadora de veículos do mundo – e do novo Parque Tecnológico, Syllos ressalta que grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) de Sorocaba, atual-mente, advém do atual Parque Indus-trial, que fica nos bairros de Aparecidinha e Éden. “É óbvio que a montadora repre-senta uma fase diferente e muito positi-va, mas o Ciesp tem sempre frisado que a atual zona industrial não é obsoleta. Lá, nós temos empresas de alta tecnologia e grandes exportadoras”, conclui.

Sorocaba,daqui para

freNte, vai ter eNfoque maiSvocacioNado

para a iNovação tecNológica

ovação ológica

ovação

” erly SylloS,vice-preSideNte do cieSp/Sorocaba

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a S S o C i a Ç Ã o C o M e r C i a l

ocrescimento industrial e tec-nológico de Sorocaba alavan-ca todos os setores da eco-nomia. Primeiro, porque há maior oferta e empregos e,

portanto, de renda. Com isso, desper-ta-se o interesse de instalação de no-vas empresas de comércio e prestação de serviços, formando-se um círculo virtuoso, com reflexo mesmo na admi-nistração pública, que, recebendo mais impostos, consegue investir mais nas áreas de sua atuação. Esta é a opinião

eNtidade quer aprimorar e fortalecer oS SetoreS do S do Scomércio e preStação de ServiçoS

uma importaNte efuNdameNtal peça da ecoNomia local

de Nilton da Silva César (Nilton Treze), presidente da Associação Comercial de Sorocaba (ACSO).

“Sabemos que grandes novos in-vestimentos, nos setores industrial e comercial, já estão em curso, como a instalação da Toyota e seus sistemis-tas, um Parque Tecnológico e, pelo me-nos, quatro novos shoppings. Por si só, estes já seriam suficientes para garantir a continuidade do desenvolvimento, mas acabam fortalecendo o tal círculo virtuoso”, ilustra.

“Entendemos que a economia de uma localidade é dinâmica e que os próprios agentes trabalham no sentido de fortalecê-la, aprimorá-la e consolidá-la. O interesse de que ela seja desen-volvida plenamente, o que significa em primeiro lugar que a população tenha qualidade de vida, é de todos”.

Em sua opinião, “certamente, o po-der público tem papel fundamental nisso, pois é quem dita muitas regras e posturas, podendo ser determinante para o bem ou para o mal de uma cole-tividade. Seu papel principal é o planeja-mento mas também o atendimento das demandas necessárias à continuidade do desenvolvimento e da qualidade de vida da população”.

Dentro de sua área de atuação, a Associação Comercial de Sorocaba tem procurado contribuir para esse desen-volvimento. “Nosso objetivo é o forta-lecimento da entidade, dos setores de comércio e prestação de serviços e de

nossos associados. Somos uma impor-nossos associados. Somos uma impor-nossos associados. Somos uma importante e fundamental peça da economia da cidade e, por isso, corresponsável pelo seu crescimento e desenvolvimen-to”, diz.

“Temos buscado ampliar o quadro associativo e, ao mesmo tempo, pro-curado aumentar a gama de serviços à disposição dos sócios. A ACSO tem au-xiliado bem seus associados, mas nem todos os potenciais sócios sabem exata-mente o que fazemos, seja na prestação de serviços ou institucionalmente. Proxi-mamente, vamos encetar ações para que as informações cheguem a todos, sócios ou não, e ampliar o nosso quadro.

Mas precisamos ter reconhecimento de nossa importância, para que a ACSO seja cada vez mais partícipe nas discus-sões de interesse público e coletivo e seja cada vez mais representativa e forte, com o que Sorocaba só tem a ganhar”.

SomoS umaS umaSimportaNte e

fuNdameNtal peça da ecoNomia da

cidade e, por iSSo, co-reSpoNSável NSável NS

pelo SeucreScimeNto e

deSeNvolvimeNto

” NiltoN da Silva céSar (NiltoN treze),preSideNte da aSSociação comercial

de Sorocaba (acSo)

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CSO

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ca presidida pelo saudoso José Flores ca presidida pelo saudoso José Flores Arruda, ganhou uma das mais modernas unidades do Senac, na avenida Nogueira Padilha. Essa possibilitou a geração de oportunidades de treinamento de mão de obra especializada para o comércio, tendo papel fundamental na evolução e desenvolvimento dos estabelecimentos comerciais sorocabanos.

FernandoSoranz,presidente do Sindicato do ComércioVarejista deSorocaba

S i N C o M é r C i o

em 2008 o Jornal Ipanema já des-tacava: “evoluir, crescer e de-senvolver tem tudo a ver com o comércio varejista da nossa cidade”. Fruto do dinamismo e

da tenacidade do empresariado local, a Sorocaba de 2011 tem muitos eixos, di-versificados corredores comerciais, múl-tiplas virtudes e vocações.

Segundo Fernando Soranz, presiden-te do Sindicato do Comércio Varejista de Sorocaba - Sincomércio, tudo começou na efervescência da 2ª Grande Guerra. As mudanças fizeram com que o Brasil se voltasse para a concepção de mecanis-mos que garantissem, por um lado, uma sociedade democrática e por outro, legi-timaram a representatividade das clas-ses trabalhadoras e empresariais. “Isso gerou” diz Soranz, “um ambiente de paz social entre as duas forças produtivas”. Nesse contexto, lembra o presidente do Sincomércio, nos idos de 1942, surgiu o Sindicato do Comércio Varejista de Soro-caba, resultado da visão empreendedora dos empresários do comércio. “Foi tam-bém nesse período, em 1946, que surgiu o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e, posteriormente, o Sesc, Serviço Social do Comércio”, rela-

evoluir, creScer e deSeNvolverta. Fernando Soranz explica que foram concebidas como entidades de van-guarda comportamental, o “Sistema S” certamente representa um dos maiores mecanismos de desenvolvimento social de todo o mundo. Entidades mantidas e administradas pela iniciativa privada. So-rocaba, com o empenho da diretoria do Sindicato do Comércio Varejista, na épo-

comércio varejiSta de Sorocaba: Salto para o futuroSalto para o futuroS

Inicialmente instalado nas depen-dências do Senac e posteriormente desenvolvendo seus próprios espa-ços, o Sesc - Serviço Social do Comér-ços, o Sesc - Serviço Social do Comér-ços, o Sesc - Serviço Social do Comércio chegou a Sorocaba com a árdua missão de prover lazer e cultura aos nossos jovens. O esforço obstinado gerou frutos. Na avenida Washing-ton Luiz, encontra-se em fase de aca-bamento um marco que certamente mudará todos os antigos conceitos, destaca Soranz. O grande canteiro de obras transformou-se numa das maiores unidades do Sesc no estado de São Paulo, a ser inaugurada em breve. Mais cultura, lazer, esportes, cursos, enfim, uma infraestrutura de primeiro mundo para Sorocaba, que merece e conquista novos horizon-tes de metrópole do interior. O nosso município consagra-se como polo re-gional de atração de consumidores. Ávidos consumidores de produtos, de serviços, de cultura e lazer enfati-za o presidente do Sincomércio.

“É mais uma conquista dos em-presários do comércio interagindo com o social, contribuindo com a res-ponsabilidade que lhe compete as-

sumir em todos os setores. É motivo de orgulho para seus colaboradores e para a diretoria do Sincomércio. É certamente um marco significativo na história da entidade de classe que se destaca pela intransigente defesa da livre iniciativa e na busca incessante de crescer sempre, com Sorocaba”, diz Soranz.

“Destacamos, finalmente, a im-portante participação da mídia em Sorocaba. Sem ela, certamente o comércio varejista teria dificuldades em crescer no ritmo acelerado que observamos. Os jornais, as emisso-ras de rádio, a televisão e os demais veículos de comunicação transfor-veículos de comunicação transfor-veículos de comunicação transformam campanhas e promoções em sucessos de vendas. Mais impostos gerados, mais educação e saúde para a população. O Sincomércio faz parte da história do aniversário de Sorocaba desde as primeiras feiras de muares na cidade. Um orgulho para todo aquele que se dedica à mais antiga arte do mundo: a de ser empresário do comércio e contribuir para Sorocaba dar um salto para o futuro”, finaliza Fernando Soranz.

Sorocaba gaNhará um moderNo SeSc:um doS maioreS maioreS S do eS do eS Stado de São paulopaulop

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dos velhos caminhos tropeiros até os dias de hoje, a cidade foi geograficamente ganhando no-vas configurações e traçados, foram surgindo e ampliando

ruas e avenidas. Com esse crescimento, Sorocaba ganhou novos contornos, áre-as ocupadas e expandidas até suas fron-teiras (antes tão distantes do centro). Essa evolução urbanística teve um para-lelo: o seu meio de transporte, que ga-nhou em volume e, consequentemente,

exige intervenções urgentes e melhorias para fazer frente ao desenvolvimento de Sorocaba, afinal, o futuro é agora.

Uma das metas do poder público, para minimizar o problema do aumento dos veículos em circulação no município passa por uma política voltada ao trans-porte coletivo, que em muito contribuiria para sanar os problemas de congestiona-mentos, política esta nada fácil, uma vez que o sorocabano, assim como os moto-ristas de todo o país, demonstram enor-ristas de todo o país, demonstram enor-ristas de todo o país, demonstram enor

me resistência e, ao menos, diminuir o uso do carro particular e usufruir o trans-porte coletivo. É claro que a melhoria e modernização desse sistema incentivaria essa opção oferecida ao motorista. Esse parece ser um dos desafios do engenhei-ro Renato Gianolla, diretor-presidente da Urbes (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Social) e secretário de Trans-portes de Sorocaba. Em sua avaliação, o transporte coletivo de Sorocaba “vem evoluindo nos últimos anos, período em

oS deSafioS para veNcer oSproblemaS SurgidoS com o exceS com o exceS SSo de veículoS NaSaSa ruaS ruaS S ruaS rua e aveS e aveS NidaSidaSidaeStudoS da S da S urbeS preteS preteS Ndem priorizar traNSporte coletivo e meioS Não motorizadoS, como é o caS, como é o caS, como é o ca o da bicicleta

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que destacamos a criação de dois termi-nais centrais com boa acomodação, se-gurança e módulos comerciais”.

Esses terminais facilitam a locomo-ção dos usuários. Em um passado de algumas décadas, a situação era lamen-tável. Antes da existência dos terminais, os passageiros tinham que desembarcar no centro da cidade, com ônibus em ho-rários irregulares e em péssimo estado de conservação. Para quem presenciou este cenário da década de 1980, pode se recordar bem das dificuldades daquele período, estigmatizada pela empresa Vima (Viação Manchester), sinônimo desse abandono e que deixou de circular graças à luta jurídica do então prefeito Antônio Carlos Pannunzio.

Ao menos na atualidade, essa triste realidade para quem depende de ônibus melhorou e muito. Com os terminais, outra vantagem destacada por Gianolla é que se trata de um sistema totalmente integrado, com cobrança automática e integração temporal, linhas de ônibus cir-integração temporal, linhas de ônibus cir-integração temporal, linhas de ônibus circulando perto de todos os bairros da cida-de, frota com idade média de 3,48 anos”, bem diferente dos tempos da Vima.

O presidente da Urbes ressalta ain-da que, dessa frota, 77% dos ônibus são adaptados com elevador na porta cen-tral. Outros dados importantes na avalia-ção do presidente da Urbes é que “exis-tem cinco áreas de transferência junto de casas do cidadão, cinco linhas Interbair-casas do cidadão, cinco linhas Interbair-casas do cidadão, cinco linhas Interbairros ligando diretamente os bairros sem circular pela região central agilizando os deslocamentos e, ainda, o transporte es-pecial para pessoas com expressiva mobi-lidade reduzida”. A proposta é melhorar sempre, uma vez que, segundo ele, exis-tem vários estudos em andamento para reformas futuras como a implantação de nova área de transferência, tratamento especial na acessibilidade e segurança nos pontos de ônibus de maior concen-tração de usuários, instalação de vigilân-cia embarcada para maior segurança aos usuários, instalação de GPS/GPRS nos ôni-bus para melhor controle da operação e informação aos usuários com previsão de passagem nos pontos e consulta pela In-

ternet e celular. Também estão em estu-do: a instalação de mídia nos ônibus com programação especial, a criação de faixas exclusivas, a criação de novas linhas In-terbairros, a criação de linha seletiva/exe-cutiva com veículo especial, a integração com Trem Metropolitano e a viabilidade do BRT (Bus Rapid Transit).

Transporte públicoPara uma cidade sustentável, cada vez mais é preciso um transporte coletivo de qualidade. É possível fazer os moto-ristas deixarem os carros nas garagens e andarem de ônibus ou outro transporte alternativo, conforme já destacado nesta reportagem. Gianolla reforça que esta “é uma questão complexa e envolve, inclu-sive, questões culturais como a de que

o transporte coletivo é para pessoas de baixa renda ou a de que o brasileiro é lou-co por carro, contudo, sabemos que só o fato de custar menos que o carro não é um atrativo. São necessários incentivos, priorizando a circulação do transporte co-letivo, aumentando sua velocidade média, gerando deslocamento rápido, o que foi possível acontecer, por exemplo, com as linhas Interbairros. Também são necessá-rios investimentos em campanhas educa-tivas e de informação aos usuários, todos previstos em nossos estudos”, conclui.

Em busca de soluçõesNão tem como ser diferente. Com a ci-dade cada vez mais em crescimento po-pulacional e geográfica e a modificação, ampliação de ruas e avenidas ou obras que ainda devem ser feitas neste sen-tido, o trânsito, é claro, é reflexo direto dessas mudanças e com ele, o surgimen-to de problemas. Na relação trânsito/transporte coletivo, o presidente da Ur-transporte coletivo, o presidente da Ur-transporte coletivo, o presidente da Urbes relaciona “a operação emergencial que limita os investimentos, os gargalos do Sistema Viário que causam lentidão na circulação e atrasos nas linhas de ôni-bus”. Na ótica de Gianolla, as soluções passam necessariamente “pela questão do Novo Contrato do Lote 1, além de investimentos em novos complexos vi-ários como o Sorocaba Total, priorizar a circulação do transporte coletivo, como já vem ocorrendo com a proibição de estacionamento no lado direito dos prin-cipais corredores e, futuramente, com corredores exclusivos”.

Com o crescimento de Sorocaba (cada vez mais em direção a municípios vizinhos) uma das questões é: como en-frentar a situação em oferecer transporte com qualidade a preços competitivos? Segundo o presidente da Urbes e secre-tário de Transportes, Renato Gianolla, o caminho é investir em tecnologia de sis-temas, como a bilhetagem eletrônica que permitirá futura integração entre linhas de municípios diferentes, além do moni-toramento da frota para melhor controle da operação, e assim, evitar sempre que possível a sobreposição de linhas em cor-possível a sobreposição de linhas em cor-possível a sobreposição de linhas em cor

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redores de ônibus. Não basta essa série de medidas, para ele também “é necessá-rio que existam políticas de desoneração de custos do transporte coletivo em âm-bito nacional”.

Para enfrentar problemas de circula-ção excessiva de veículos e fugir de con-gestionamentos e até mesmo a poluição sonora e do ar, alguns grandes centros urbanos têm buscado alternativas para minorar esses problemas, medidas es-sas que ganham a simpatia ou antipatia popular, ou seja, dividem opiniões. Entre essas medidas, está o rodízio de veículos, prática que já é uma realidade na cidade de São Paulo, por exemplo. Essa seria uma solução igualmente que poderia ser adotada por Sorocaba. Gianolla garante que “até o momento, não há estudos que indicam essa ação em nosso municí-que indicam essa ação em nosso municí-que indicam essa ação em nosso município, todavia, para o futuro, não podemos descartar a hipótese. Vale ressaltar que as cidades que adotaram o rodízio como alternativa, vivenciaram por pouco tem-po os benefícios da medida, uma vez que muitas pessoas adquiriram outro veículo, por vezes um veículo mais velho, para fugir da restrição imposta à circulação”, diz e acrescenta: “Para um futuro mais distante, existe a alternativa do ‘pedágio urbano’”.

Programa Sorocaba TotalOutra das medidas adotadas pelos gran-des centros urbanos para minimizar os problemas dos transportes é a adoção de corredores exclusivos para ônibus, como maneira de agilizar o fluxo do trân-sito. O projeto Sorocaba Total, projeto este que possibilitará que o sistema viá-rio de Sorocaba passe a contar com uma rota alternativa para integrar a Zona Nor-rota alternativa para integrar a Zona Nor-rota alternativa para integrar a Zona Nor

t r â N S i t o e t r a N S P o rt e S

te e a Zona Industrial, o que representará economia de tempo e mais segurança para milhares de motoristas não prevê a implantação de corredores exclusivos de ônibus, diz Gianolla, e justifica: “Com a implantação do Sorocaba Total, o flu-xo de veículos nos corredores principais arteriais hoje existentes diminuirá, o que proporcionará melhorias ao transporte coletivo”. Por outro lado, uma boa no-ticia virá juntamente com o programa Sorocaba Total, ou seja, a implantação de ciclovias para oferecer à população novas alternativas de deslocamentos. Sorocaba tem como meta ampliar a rede de ciclovias. Esse é o objetivo do prefeito Vitor Lippi, que se orgulha das ciclovias que só perdem em extensão total à cida-de do Rio de Janeiro.

Alguns municípios também adota-ram medidas para minorar os problemas do trânsito, criando vias exclusivas para motocicletas. Em relação a este assunto, Gianolla foi enfático ao afirmar que “o município não pode inovar em matéria de legislação de trânsito porque a mesma não contempla tais vias”. Segundo o pre-sidente da Urbes, atualmente, somente o município de São Paulo possui autoriza-ção do Departamento Nacional de Trân-sito – Denatran para utilizar as chamadas faixas exclusivas para motocicletas.

Ainda sobre as mudanças que serão proporcionadas pelo projeto Sorocaba Total, não há previsão para a implanta-ção de terminais de referência. Porém, o presidente da Urbes e secretário de Transportes adianta: “o que existe são estudos para circulação de linhas Inter-estudos para circulação de linhas Inter-estudos para circulação de linhas Interbairros ligando as regiões da cidade”.

Desenvolvimento sustentávelSerá que Sorocaba está preparada para um desenvolvimento sustentável – in-clusive com mais ônibus a gás natural – na área de transporte? Respondendo a este questionamento, Gianolla explica que, “enquanto gerenciadora, a Urbes está sempre atenta às novas alterna-tivas da matriz energética do setor de transporte, como biodiesel, etanol, gás natural, veículo elétrico e célula de hidrogênio. Contudo, entre essas tec-nologias, a mais avançada em termos de recursos técnicos e disponibilidade ainda é o ‘diesel/biodesel’, que gradati-vamente vem sendo utilizado e geran-do menos agentes poluentes”. Quanto ao projeto da utilização de gás natural, o presidente da Urbes e secretário de Transportes diz que que o mesmo não evoluiu em razão da falta de peças de reposição, ou seja, investimentos tanto do governo federal quanto das monta-doras de ônibus.

Para finalizar, Gianolla destaca a preocu-pação da Urbes com o transporte coletivo, principalmente em preparar este setor para a cidade nas próximas décadas. Segundo ele, “faz parte dos estudos da Urbes o planejamento do transpor-te e do trânsito de nossa cidade. Um Plano Diretor Integrado de Mobilidade Urbana nos ajudará no balizamento para ações futuras. Para o horizonte de vinte anos, deveremos esperar maior priorização para o transporte coletivo e meios não-motorizados, notadamen-te a bicicleta e o modo a pé indo ao en-contro da tendência mundial de mobilida-de sustentável”.

Cicloviano bairro

Wanel Ville

Via de acessoao bairroPiazza diRoma

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RonaldoOliveira Leme,

diretor da regional

Sorocaba do SindusCon-SP

S i N d U S C o N

Sorocaba está há, no mínimo, doze anos vivendo um boom na construção civil. Condo-mínios horizontais e verticais surgem em todo o município,

atendendo às classes A, B e C. Loteamen-tos fechados também têm contribuído para este crescimento. Diante desse de-senvolvimento, nada mais natural que faltar mão de obra qualificada no setor. E é o que acontece em Sorocaba.

Para Ronaldo Oliveira Leme, diretor da regional Sorocaba do SindusCon (Sin-dicato da Construção Civil), a resposta é simples. “Quando uma empresa decide se instalar numa determinada região, ela verifica vários municípios daquele local, para ver qual deles atende melhor suas necessidades”.

Leme deixa claro que a cidade tem oferecido estrutura para esse crescimen-to, tanto que “tem atraído várias indús-trias” que exigem esses requisitos.

Para o diretor da regional do Sindus-

mão de obra Na coNStrução civil deve deve SSer maier maiSS qualificada qualificadaS qualificadaSS qualificadaSSorocaba vive um boom No Setor e preciSa ateSa ateS Nder à demaNda

Con, a mão de obra utilizada na cons-trução civil tem sido qualificada, “mas não na velocidade que necessitamos para atender a demanda dos últimos cinco anos”.

Investindo na qualificação Pensando na qualificação da mão de obra, Leme explica que o SindusCon-SP, juntamente com o Senai (Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Industrial), “tem projetos de qualificação de mão de obra.

São nove cursos totalmente gratuitos e voltados especificamente para a quali-ficação da mão de obra para a constru-ção civil”, detalha.

Os números da construção civil em Sorocaba são impressionantes. Confor-Sorocaba são impressionantes. Confor-Sorocaba são impressionantes. Conforme Leme, hoje são quase 11 mil trabalha-dores no estoque formal, o que corres-ponde a 10,6% da mão de obra do estado de São Paulo.

Para continuar esse crescimento, o SindusCon-SP tem várias frentes de tra-balho junto a comissões da Câmara Bra-sileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília, para estudos de investimen-tos públicos na área de construção, co-memora ele.

Determinadas zonas da cidade não têm mais área para crescimento. Em compensação, a zona norte tem muito lugar pra crescer. Questionado se aquela região vai se desenvolver muito ainda no setor de construção civil, a resposta foi objetiva: “Uma vez que as demais regiões estão saturadas, o crescimento para ouestão saturadas, o crescimento para ou-tra área menos desenvolvida é inevitável.tra área menos desenvolvida é inevitável.

Já a respeito sobre qual é a cidade Já a respeito sobre qual é a cidade que podemos esperar para daqui a 20 que podemos esperar para daqui a 20 anos, resposta foi: “o SindusCon-SP anos, resposta foi: “o SindusCon-SP trabalha para que as suas associadas trabalha para que as suas associadas produzam melhor, com mais qualidaproduzam melhor, com mais qualida-de, respeitando sempre o ser humano de, respeitando sempre o ser humano e o ambiente à sua volta”.e o ambiente à sua volta”.

AI/S

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foco. Um deles é o Indústria Saudável: uma equipe do Sesi, formada por auxi-liares de enfermagem e dentistas, vai até a indústria para fazer uma triagem de saúde com todos os funcionários, oferecendo, assim, um diagnóstico completo sobre o estilo e saúde do tra-balhador. Assim, após receber este re-latório, a empresa pode preparar ações para melhorar as condições de vida de seus funcionários, com ajuda do Sesi, nas áreas odontológica, de alimentação e também em esportes e atividades físi-cas e socioculturais, melhorando a quali-dade de vida deste público, explica Mar-tins. De 2010 até o momento, a equipe do Sesi Sorocaba já atendeu mais de 15 mil industriários, em 150 empresas com o Indústria Saudável.

Há ainda outros programas, ferra-mentas, palestras e diversos tipos de intervenções que o Sesi oferece para os trabalhadores na indústria, que es-timulam a empresa a ser um espaço socialmente responsável e para que os trabalhadores busquem um estilo de vida mais saudável.

O Sesi oferece ainda os Centros de Lazer e Esportes (CLE), um espaço onde são atendidos prioritariamente os alunos dos Centros Educacionais e também os trabalhadores da indústria e toda a sua família, além da comunidade. Equipa-do com piscinas olímpicas aquecidas e infantis, os CLE´s contam com quadras poliesportivas onde são realizados cam-peonatos entre indústrias e aulas diver-peonatos entre indústrias e aulas diver-peonatos entre indústrias e aulas diversas como voleibol e outras, além de aca-demias de ginástica equipadas e espaços para lazer. “Todo o trabalho que o Sesi faz é um retorno para as indústrias e seus trabalhadores, para que eles possam ter mais qualidade de vida dentro e fora do ambiente do trabalho. E o Sesi está pre-parado para atuar junto a essa nova re-alidade industrial de Sorocaba, levando cada vez mais educação, saúde, cultura e responsabilidade social para esses públi-cos”, destaca Martins.

i N d U S t r i Á r i o S

Sorocaba está vivenciando uma nova fase em seu desenvolvi-mento: a tecnologia de pon-ta. Diante desta perspectiva é que está sendo implantado o

Parque Tecnológico. Essa perspectiva irá exigir das escolas de ensino técnico e universidades a formação de mão de obra especializada para fazer frente a este avanço industrial.

Para o Sesi, existe sim a preocupação de qualificar o trabalhador da indústria para que tenhamos, na nossa região, mão de obra preparada para atuar nas atuais e novas empresas que a cada dia se instalam aqui, fazendo de Sorocaba uma cidade de destaque no setor indus-trial. O Serviço Social da Indústria - Sesi - não oferece cursos técnicos, esta é a função do Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial - Senai. “O Sesi tem como missão promover a qualidade de vida do trabalhador da indústria e seus dependentes, com foco em educação, saúde e lazer, estimulando a gestão socialmente responsável da empresa in-dustrial”, esclarece Júlio César de Souza Martins, diretor dos Centros de Ativida-des do Sesi em Sorocaba e Votorantim.

Dessa forma, o Sesi atua na forma-ção do futuro trabalhador da indústria

saudável, artes e esportes, passando ainda periodicamente por triagens mé-dicas e odontológicas por profissionais do próprio Sesi. “Também implantamos o Ensino Articulado, pelo qual o aluno, a partir do segundo ano do Ensino Médio, estuda meio período no Sesi e, no outro período, realiza cursos técnicos no Se-nai gratuitamente”, enfatiza Martins.

Qualidade de vida e culturaJúlio César de Souza Martins, diretor dos Centros de Atividades do Sesi em Soro-caba e Votorantim ressalta que “para se promover a qualidade de vida, passa-se também pelo processo de oferecer cul-tura às pessoas. E é isso o que o Sesi faz, gratuitamente, em seus teatros”. São 17 unidades em todo o estado, além de outros que estão sendo inaugurados, onde são apresentadas, semanalmente, peças teatrais, concertos musicais de artistas eruditos e populares e filmes participantes de Festivais de Cinema promovidos pelo Sesi-SP, além das au-las gratuitas de teatro pelos Núcleos de Artes Cênicas. “Levamos, diretamente para dentro das indústrias, exposições fotográficas e bibliotecas itinerantes chamadas ‘Caixa de Cultura’, para que o industriário tenha acesso fácil à leitura, sendo que, só na região de Sorocaba, atendemos mais de 70 empresas com este serviço, gratuitamente”, diz orgu-lhoso desses projetos desenvolvidos pelo Sesi que atua também em cursos livres, atualmente nas áreas de Artesa-nato e Artes Plásticas, Costura e Moda e Alimentação, com foco na qualidade de vida do trabalhador, possibilitando também geração de renda. Somando somente esses serviços socioculturais, só no ano passado o Sesi Sorocaba aten-deu quase 140 mil pessoas.

Gestão responsávelPara ajudar as indústrias a terem uma gestão socialmente responsável, o Sesi oferece serviços subsidiados com este

promover a qualidade de vida dotrabalhador da iNdúStria e tria e SeuS depeS depeS NdeNteSeSta é a miSSão do SeSSão do SeSS Si, que eStimula aiNda a geStão SocialmeNte reSpoNSável da empreNSável da empreNS Sa iSa iS NduStrial

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Piscinado Sesi de Sorocaba

desde cedo, oferecendo desde cedo, oferecendo educação básica de qualidaeducação básica de qualida-de, do Ensino Fundamental de, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, para filhos ao Ensino Médio, para filhos de trabalhadores da indúsde trabalhadores da indús-tria e comunidade. A maiotria e comunidade. A maio-ria dos alunos do Sesi-SP já ria dos alunos do Sesi-SP já estuda em tempo integral e estuda em tempo integral e tem, além do ensino formal, tem, além do ensino formal, aulas de teatro, alimentação aulas de teatro, alimentação

Júlio César de Souza Martins, diretor dos Centros de Atividades do Sesi em Sorocaba e Votorantim

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com a máxima “Educação de qualidade para todos”, a Secre-taria de Educação de Sorocaba tem como desafio trabalhar com as diferentes realidades

e oferecer aos alunos muito além do ‘ABC’. É que o aponta a titular da pas-ta, Teresinha Del Cístia. De acordo com ela, a máxima perseguida pela área uti-liza, na rede municipal de ensino, estra-tégicas pedagógicas com o objetivo de

“educação dequalidade para todo

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contribuir para o pleno desenvolvimen-to dos alunos.

A proposta vem amparada no proces-so de reorganização das escolas públicas e na municipalização do ensino, implanta-do pelo governo do estado de São Paulo no final dos anos 1990. “Sorocaba assinou o termo de colaboração e parceria com o governo do estado no atendimento à demanda das séries/anos iniciais do Ensino Fundamental”, revela Teresinha,

“assumindo o déficit de vagas, construin-do novos prédios nas diversas regiões da cidade, conforme apontado pelo estudo da demanda feito em conjunto com a Diretoria de Ensino”.

A mudança fez com que o município buscasse por caminhos próprios, que atendessem às particularidades de So-rocaba. Segundo Teresinha, a Secreta-ria de Educação conta atualmente com um sistema próprio de ensino e ainda

AI/S

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é responsável pela formulação da polí-é responsável pela formulação da polí-é responsável pela formulação da política educacional que atinge 113 escolas. “Na cidade, são escolas que oferecem Educação Infantil e Ensino Fundamental Ciclo I. A rede municipal mantém cinco escolas com Ensino Fundamental com-pleto, sendo que quatro delas contam com o Ensino Médio”, diz a secretária.

Tecnologia e didáticaPara ela, todas as ações desenvolvidas hoje impactam o futuro. Para garantir que os alunos da rede pública saiam das salas de aula sendo, mais do que pessoas intelectualmente preparadas, cidadãos preparados para pensar na sociedade como um todo, o sistema de Sorocaba busca basear o trabalho em valores, competências e habilidades: “respeito, inteligência emocional, conheci-mento tecnológico-informático, solidarie-dade, consciência social, disciplina, cultura e paz, consciência ambiental, leitura, em-preendedorismo, ética e responsabili-dade”, enumera a titular da pasta.

De acordo com Teresinha, Sorocaba une recursos didáticos e tecnológicos para alcançar os objetivos. “A rede municipal de ensino utiliza materiais pedagógicos, como: livros didáticos, recursos audiovisuais, softwares, livros e jogos pedagógicos para o desenvol-

vimento das aulas. Outro recurso ino-vador nas escolas municipais são as lousas digitais com acesso à internet, que tornam a aula muito mais atrativa para o aluno”. Em Sorocaba, todas as unidades municipais de ensino contam com pelo menos um conjunto (lousa, notebook e projetor).

Ela completa que preparar os docentes para lidar com as diferentes realidades, com os problemas sociais e com as novas tecnologias também é uma preocupa-ção da pasta. “Quando a rede municipal

faz a aquisição de algum equipamento novo, como lousa digital (recentemente implantada nas unidades escolares), por exemplo, todos os profissionais que atu-arão com tal equipamento passam por treinamento para o uso adequado dos mesmos, focando o processo de apren-dizagem dos alunos”.

O mesmo acontece com as questões sociais, que hoje fazem parte do dia a dia de alunos, professores e funcionários da área de educação (como é o caso do ‘bullying’). “A equipe de especialistas do Centro de Referência em Educação tem percorrido as unidades escolares abordando o tema ‘bullying’ com profes-sores. Também são realizadas palestras com as lideranças abordando violência na escola, inclusive ‘bullying’”.

InvestimentosQuanto aos investimentos, o dever é do governo estadual, mas a prefeitura busca fazer sua parte. Diante da respon-sabilidade do atendimento à demanda das séries finais do ensino fundamental e ensino médio, oito prédios escolares serão construídos nas zonas Norte e Oeste da cidade. As obras na área de educação realizam-se numa parceria municipal/estadual e têm orçamento total próximo de R$ 50 milhões.

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Os investimentos visam, ainda, dar conta da demanda por creches. Dados da própria secretaria de Educação apon-tam que, atualmente, o déficit de vagas chega a 3.278 crianças. No entanto, a pre-visão é que as obras previstas pelo poder público amenizem a situação. Foi o que afirmou Teresinha Del Cístia numa au-diência pública realizada na Câmara de Vereadores de Sorocaba em julho. “Até 2012, nós teremos 3.278 novas vagas, o que representa aproximada-mente 20% a mais de vagas em relação ao (atual) déficit”.

De acordo com ela, a prefeitura já assinou convênio junto ao governo federal para a construção de dez no-vas creches. “Cada prédio padrão dá para atender 110 crianças, no mínimo”. As unidades financiadas pelo gover-no federal, segundo Teresinha, serão construídas nos seguintes bairros: Ana Paula Eleutério (Habiteto), Jardim São Guilherme, Jardim Califórnia, Jardim Tropical, Horto Florestal, Aparecidinha, Sorocaba Park, Éden, Nova Sorocaba e Nova Ipanema.

Um exemplo é a unidade do Jardim São Camilo, inaugurada em julho. Cons-truída em parceria com o empresário Izidro Telo, mantenedor do local, a cre-che recebeu o nome de “Deus Meni-no” e conta com 444,80 m2 de área útil, ao custo de R$ 491.903,00, repassado pelo município. Entre outros espaços,

e N S i N o

a creche, que vai atender crianças de zero a três anos, conta com berçário, fraldário, playground, área de estar, banheiros, lavatórios e administração.

A nova unidade da Creche “Deus Meni-no” tem capacidade para atender aproxi-madamente 200 crianças, sendo que me-tade serão encaminhadas pela prefeitura.

A secretária de Educação destaca ainda que a prefeitura também desen-volve um plano de ampliação dos pré-dios já existentes “onde nós teremos a possibilidade de abrir mais 970 vagas”. Outro recurso apontado no plano de ação do governo municipal para solu-cionar o problema, segundo Teresinha, será a ampliação de convênios com instituições privadas e filantrópicas. “Teremos também cerca de 500 novas vagas com as creches que já são parcei-ras do município”.

Teresinha afirma que uma criança ma-triculada em creche recebe cuidados e estimulação para seu desenvolvimento harmônico. Já a criança não matriculada em creche recebe essa estimulação atra-vés da convivência com a família.

A secretária de Educação finaliza dizendo que, em Sorocaba, há espaços físicos para atividades educativas e re-creativas suficientes para o atendimen-to dos alunos.

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