Revista UNISAL

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Ano 11 • N º 57 • Edição Agosto / Setembro 2012

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OpiniãoExpediente

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Centro Universitário Salesiano de São PauloChanceler | Padre Edson Donizetti CastilhoReitor | Padre Ronaldo ZachariasPró-Reitora Acadêmica | Dra. Romane Fortes Santos BernardoPró-Reitor Administrativo | Me. Nilson LeisPró-Reitora de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral | Ma. Regina Vazquez Del Rio JantkeCoordenadora de Comunicação e Marketing | Luciana de Almeida Palhete Xavier

Unidades do UNISAL

Americana• Campus Dom Bosco | Rua Dom Bosco, 100,

Santa Catarina. Fone (19) 3471-9700• Campus Maria Auxiliadora | Av. de Cillo, 3.500,

Pq. Novo Mundo. Fone (19) 3471-9700Campinas• Campus Liceu Salesiano | Rua Baronesa

Geraldo de Rezende, 330. Fone (19) 3744-6800• Campus São José | Av. Almeida Garret, 267.

Fone (19) 3744-3000Lorena• Campus São Joaquim | Rua Dom Bosco, 284.

Fone (12) 3159-2033São Paulo• Campus Pio XI | Rua Pio XI, 1.100,

Alto da Lapa. Fone (11) 3649-0200• Campus Santa Teresinha | Rua Augusto

Tolle, 575, Santana. Fone (11) 2971-6900

A Revista UNISAL é produzida pela Assessoria de Comunicação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo.RedatoresCaroline Petermann, Cássia Fossaluza, Elisangela Limoni, João Paulo Pontes Ramos e Bete Rabello. Jornalista responsável e editoraBete Rabello (MTB 15.735)E-mail: [email protected]: (12) 3159-2033, ramal 327RevisãoDenílson Luís dos Santos MoreiraProjeto GráficoRenata Maria MonteiroCapaNatássia Kuraiem de OliveiraProdução GráficaSanna - Gráfica DigitalE-mail: [email protected]: (12) 3105-7482ImpressãoEditora SalesianaE-mail: [email protected]: (11) 3274-4900Tiragem6.500www.unisal.br - 0800 77 12345 Siga o UNISAL: www.twitter.com/unisal

O Centro Universitário Sale-siano de São Paulo integra as IUS – Instituições Univer-sitárias Salesianas

Participe da Revista UNISAL enviando opiniões e sugestões de temas e de entrevistas para as próximas edições. Procure a equi-pe de Comunicação e Marketing de sua Unidade ou escreva para [email protected].

s Instituições Salesianas de Ensino Superior (IUS) chegaram a 74, espalhadas pelos vários Continentes. E muitas outras estão sendo gestadas. Isso significa, concretamente, que a Congregação Salesiana afirma que a sua presença no âmbito da educação superior faz parte da sua missão.

Para as IUS, a educação é concebi-da como um processo capaz de gerar uma pessoa nova (que se compromete com o bem e com a verdade por opção pessoal), um profissional competente (que se caracteriza pela excelência no que faz), um cidadão honesto (que se identifica com os valores e as virtudes que professa) e um cristão compro-metido (que acredita na força trans-formadora do Evangelho).

Às IUS cabe, portanto, um tríplice desafio: assegurar a qualidade da sua proposta formativa e cultural, garan-tir o cumprimento de sua finalidade educativo-pastoral e alcançar uma sustentabilidade financeira que asse-gure a sua continuidade no tempo. E tudo isso segundo a identidade caris-mática salesiana, isto é, por meio de uma proposta educativa orientada pe-los princípios do Sistema Preventivo de Dom Bosco, capaz de assegurar o crescimento pessoal e profissional dos jovens, com o consequente exercício da sua cidadania.

As IUS de todo o mundo se com-prometem a continuar aprofundando a identidade e a missão da presença salesiana na educação superior; a avaliar os critérios e os mecanismos de gestão e das estruturas acadêmi-cas, de modo que sejam inovadoras e coerentes com a finalidade educa-tivo-pastoral que caracteriza a sua identidade e a sua missão; a garantir em cada instituição uma presença sa-

lesiana significativa, constituída por pessoas capazes de orientar e animar um projeto que é ao mesmo tempo cultural-científico e educativo-pas-toral; a promover a qualidade da sua proposta educativa a partir das neces-sidades de formação dos estudantes e dos desafios da transformação da sociedade; a assegurar uma eficiente gestão econômico-financeira em vista do desenvolvimento sustentável da instituição e da atenção preferencial pelos jovens das classes populares; a implantar um modelo educativo orientado pelos princípios do Sistema Preventivo, que favoreça o crescimen-to pessoal, profissional e o exercício da cidadania dos seus estudantes; a procurar uma incidência social e cul-tural por meio da atividade acadêmi-ca, contribuindo para o conhecimento e para a transformação da realidade; a favorecer o trabalho em rede para o desenvolvimento da sinergia entre as IUS, a participação na sociedade e a articulação com as demais estruturas de governo de cada Inspetoria.

Eis os motivos que nos levam a render graças a Deus por sermos parte das – até o momento – 74 IUS espalhadas pelo mundo. Mais ainda: eis os motivos que nos levam a acre-ditar que acertamos quando fizemos a opção por uma proposta educativa salesiana. Eis os motivos para cele-brarmos com gratidão os 60 anos da presença salesiana no ensino superior da Inspetoria Salesiana de São Pau-lo e com entusiasmo os anos que se abrem diante de nós como oportuni-dade para concretizarmos tudo o que sonhamos/desejamos hoje.

P. Ronaldo Zacharias Reitor do UNISAL

Os dEsafiOs das iUs

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sumário

institucional

4 – GRadUaÇÃO

Rosa de Saron nos 60 anos do UNISAL

5 – sOU Unisal

Professora revela a paixãopela ginástica rítmica

6 e 7 – EntREvista

Alunos e professores aprovam o método Peer Instruction

8 a 10 – fatOs dOs campi

Ciclos de Cultura provocampensamento crítico

11 – aGEndaPrograme-se para os eventos do UNISAL

12 – aRtiGOSer Professor

13 – pós-GRadUaÇÃO“A hora e a vez da educação social”

14 e 15 – pEsqUisa

UNISAL realiza Mostra de Produção Científica

16 e 17 – EstUdEi nO UnisalDe trainee a diretor. A trajetória do ex-aluno Danilo Mioto

18 – EXtEnsÃO E aÇÃO cOmUnitÁRiaSeminário estimula projetos de extensão

19 – aGEnda cUltURalVale a pena ler “Família e Aprendizagem”

20 – vEstibUlaR 2013

assEmblEia dEfinE idEntidadE E missÃO das iUs

Representantes de 39 universi-dades salesianas de todo o mundo participaram, de 9 a 14/7, em Roma, na Itália, da VI Assembleia Geral das Instituições Salesianas de Ensino Su-perior (IUS).

O encontro aprovou o documento que define a identidade e a missão da presença salesiana no setor do ensino superior e aprovou orientações e op-ções que deverão acompanhar o cami-nho conjunto das instituições nos pró-ximos anos (2012-2016). Também foi eleito o novo Conselho Diretor das IUS.

A VI Assembleia foi realizada na Casa Geral dos Salesianos e reuniu 60 participantes, entre reitores e di-retores, provenientes de instituições presentes nos cinco continentes. Es-tiveram representadas 3 instituições salesianas de ensino superior da Áfri-ca, 16 da América, 14 da Ásia, 5 da Eu-ropa e 1 da Oceania.

Os representantes do UNISAL no encontro foram o Reitor, Padre Ro-naldo Zacharias, a Pró-Reitora Aca-dêmica, Profa. Romane Fortes Ber-nardo, e o Diretor de Operações da Unidade de Lo-rena, Prof. Fábio Reis, convidado a proferir a con-ferência “Cenário da Educação Su-perior Católica no Mundo”. A Profa. Romane partici-pou também da reunião do IUS Education Group, realizada duran-te a Assembleia, como represen-tante da América.

As IUS re-únem 74 insti-

tuições salesianas de todo o mundo. “Isso significa a pujança do carisma salesiano no ensino superior”, nas pa-lavras do Reitor do UNISAL.

A assembleia foi realizada na Casa Geral dos Salesianos, em Roma

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60 anos

ROsa dE saROn nO anivERsÁRiO dO Unisal E dE dOm bOscO

Uma festa para a comunida-de interna do UNISAL. Foi assim que a Unidade de Lo-rena quis comemorar os 60

anos da Instituição e o aniversário de Dom Bosco, celebrado dia 16 de agos-to. Nessa mesma semana, no dia 13, os alunos e colaboradores foram surpre-endidos com o show da Banda Rosa de Saron, um grupo católico que faz muito sucesso entre os jovens e procu-ra sempre apresentar “uma mensagem cristã de esperança, fé e amor para to-dos”, como afirmam seus integrantes.

O show foi na quadra coberta, a partir das 20 horas, e na saída todos ganharam bolo e guaraná, como é tra-dição no aniversário de Dom Bosco.

giaram a comemoração. “Só aqui poderia haver uma festa como esta”, afirmou Priscila Motta, que concluiu Psicologia e agora é aluna de Peda-gogia. Romy Antunes, de Engenharia da Produção, e Matheus José Dias, de Administração, contaram que foram surpreendidos ao chegar ao UNISAL. “A gente nem imaginava que haveria um show como esse. Foi sensacional”, afirmaram empolgados, pedindo mais eventos semelhantes.

Helio Reinaldo e Juan Rodrigues, alunos do curso de Engenharia Elé-trica, enfrentaram fila, após o show, para tirar uma foto com a banda. “So-mos fãs do Rosa de Saron, e a surpre-sa feita pelo UNISAL não poderia ter sido melhor”, disseram.

Festividades

Em Lorena, esse foi o terceiro grande evento de comemoração dos 60 anos do UNISAL. No dia 12/3, foi realizada uma solenidade com a pre-sença de autoridades, e, no dia 24/4, cerca de 40 bispos participaram de um jantar festivo na Instituição.

E a data está sendo comemora- da também nas outras Unidades do UNISAL.

Em Americana, as festividades marcam também os 40 anos dos pri-meiros cursos da Unidade: Adminis-tração, Serviço Social e Pedagogia. No dia 1o/8, o Reitor Padre Ronaldo Zacharias proferiu palestra para os professores e gestores administrati-vos sobre o tema “Apaixonados pela Educação”, uma reflexão sobre Dom Bosco e sua prática educativa.

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Ainda durante a aula, os professo-res contaram aos alunos sobre a vida e a obra de Dom Bosco, apresentan-do slides elaborados pela Pastoral da Universidade. Essa atividade foi rea-lizada também com os estudantes do período matutino.

Repercussões

Ao avaliarem o evento, os direto-res Fábio Reis e Padre Eduardo Capu-cho disseram que a apresentação de Dom Bosco foi tão importante quanto o show e que a mensagem da banda esteve vinculada à reflexão feita nas salas de aula.

Na saída do show, os alunos elo-

O show marcou a comemoração com os alunos

Noite especial contou com reflexão sobre Dom Bosco e apresentação da banda

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sou Unisal

aRtE E mOvimEntO sE EncOntRam na GinÁstica Rítmica

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alGUns livROs pUblicadOs:

• Ginástica Rítmica: da iniciação ao alto nível (org.). Editora Fontoura, 2a edição prevista para setembro de 2012;

• Ginástica Rítmica Popular: uma proposta educacional. 2a edição, Editora Fontoura, 2007;

O curso de Educação Física do UNISAL, oferecido no campus Liceu Salesiano em Campinas, é bem novo, começou neste ano,

mas possui na sua equipe professores com larga experiência na área, tanto aca-dêmica quanto prática. É o caso da Profa. Dra. Roberta Cortez Gaio, que possui um currículo recheado de títulos, livros e ex-periências.

Natural de Campinas, Roberta é ca-sada e mãe de Enzo, de 10 anos, e atua na área de Educação Física desde 1982. Já trabalhou em academias, foi técnica e professora em cursos de graduação e de pós-graduação em diversas instituições.

Especialista em Ginástica Rítmica e em Motricidade Humana; mestre em Educação Motora e doutora em Educa-ção, Roberta decidiu encarar mais um desafio: além das aulas no UNISAL, orga-niza as disciplinas de Ginástica Rítmica e Educação Física Adaptada, auxiliando a Profa. Marilia Kobal “na construção e efetivação deste projeto inovador que é o curso de Educação Física”.

“Estou feliz em ser do UNISAL”, afir-ma a professora. “Esta é uma instituição séria, organizada e com um excelente am-biente de trabalho – espaço amigo, alegre e com objetivos educacionais calcados numa leitura de ser humano complexo.”

Roberta já conhecia o UNISAL. Há al-guns anos, atuou nas bancas de alunos do Mestrado em Educação e sentiu “o espíri-to receptivo da instituição e do trabalho sério existente. Assim, quando fui con-vidada para o curso de Educação Física, aceitei prontamente”, revela.

O amor pela educação física e o desejo de partilhar seus conhecimentos e vivên-cia a impulsionaram a escrever sobre essa área. E desde 2006 já publicou oito livros como autora ou organizadora.

Com tanto conhecimento sobre ginás-tica e seus benefícios, a profa. Roberta não poderia deixar de ser uma praticante. Exercita-se com ginástica, caminhada e musculação. É fã de carnaval e sonha em fazer um curso para atuar na arbitragem dos desfiles. Gosta ainda de aproveitar o tempo livre para viajar e fotografar.

• Caminhos Pedagógicos da Educação Especial. 8a edição, Editora Vozes, 2008;Organizadora junto com Rosa G.K. Meneghetti

• Para além do corpo deficiente: Histórias de vida. Editora Fontoura, 2006;

• Ginástica e Dança: no ritmo da escola. Editora Fontoura, 2011.Autora da obra junto com Cleuza Almeida, Ana Zélia Bello, Miriam Paschal, Regina Simões e Wagner Moreira.

“Eu me apaixonei por esta modalidade devido à minha ligação com a arte, em especial, com a dança e o teatro..., ela me propiciava o movi-mento para além da ação mecânica e sem sentido...., eu me encontrei como jovem e passei a estudar este assunto..., até o fato de ser uma mo-dalidade essencialmente feminina (como a Federação Internacional de Ginástica ainda coloca), me instigou mais ainda, pois eu sempre acre-ditei que esta ginástica pode e deve ser vivenciada por meninas e meni-nos. E é isto que eu venho apresentando em meus livros. Busco ensinar professores e professoras, em especial do ensino básico, a desenvolver um trabalho de ginástica rítmica aberta às diferenças... ginástica rítmica inclusiva..., valorizando o movimento de cada discente, de ambos os se-xos, com ou sem deficiência.”

Professora relata paixão pela modalidade que ensina

nas aulas e nos livros

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Entrevista

pEER instRUctiOn: nOva pOstURa E cREscimEntO intElEctUal

Metodologia ativa da aprendizagem adotada pelo UNISAL é aprovada por professores e alunos

profa. Sonia Koehler, como membro do NAP, atua na catalogação e análise dos dados da aplicação do projeto.

O professor Antonio Sávio co-menta que os alunos estão envolvidos no processo de implantação da nova metodologia. “Eles têm demonstrado interesse e responsabilidade na exe-cução das propostas (leitura prévia e participação nas aulas), que permi-tem a verificação imediata do apren-dizado e a utilização de conceitos.” Na fase experimental do projeto, algumas dificuldades foram identificadas pelos professores, como o tempo médio de

O UNISAL está atento às no-vas propostas de metodolo-gias de ensino que buscam aperfeiçoar o processo de

aprendizagem do aluno. São inúmeras as experiências nesse sentido, muitas delas bem-sucedidas e que contribuem para que as instituições atinjam seu objetivo de oferecer uma educação de qualidade aos seus alunos.

Foi com essa visão que a Unidade de Lorena decidiu aplicar a metodo-logia Peer Instruction ou Aprendiza-gem pelos Pares, um método de ensi-no criado pelo professor Eric Mazur, do Departamento de Física da Univer-sidade Harvard, EUA. O próprio prof. Mazur explicou a proposta a diretores e coordenadores do UNISAL em se-minário realizado no campus Santa Teresinha, em São Paulo, no início deste ano.

Nesse método, o aluno deve ler os textos em casa e ficar atento às expli-cações do professor para responder às questões durante a aula. No momento das respostas, o professor já identifica se os alunos compreenderam ou não a matéria dada. Um equipamento ele-trônico, o clicker, é acionado pelo alu-no para responder às perguntas.

A professora Maria Aparecida Fe-lix do Amaral e Silva observa que o método não é novo. A novidade está no uso do clicker pelos alunos.

O Peer Instruction está sendo aplicado desde fevereiro de 2012 em 11 classes dos cursos de Direito, His-tória e Pedagogia, e é supervisiona-do pelo NAP (Núcleo de Assessoria Pedagógica), setor responsável pela formação permanente dos docentes e pela pesquisa a respeito de práticas pedagógicas inovadoras.

Utilizam o método os professores Mário Dias, Antonio Sávio da Silva Pinto, Milena Zampieri Sellmann, Marcilene Rodrigues Bueno e Maria Aparecida Felix do Amaral e Silva. A

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Entrevistapreparação de uma aula chega a 10 horas, o que exige grande empenho do professor. Além disso, se faz ne-cessária uma total reestruturação dos conteúdos/temas abordados no se-mestre.

O UNISAL constatou que essa metodologia permite ao professor aprimorar o processo ensino-apren-dizagem e ter acesso detalhado ao desenvolvimento acadêmico de cada um dos seus alunos. A expectativa da Instituição com esse método é elevar o grau de conhecimento dos alunos e seu desempenho na vida profissional.

mUdanÇa dE pOstURaA Profa. Marcilene relata que des-

de o início do projeto percebeu uma mudança de postura muito interes-sante, “tanto dos alunos, que sabiam da necessidade de participarem, quanto minha, porque é totalmente diferente pensar e planejar uma aula utilizando a metodologia ativa da aprendizagem, o Peer Instruction”.

Ela avalia a experiência como mui-to positiva e acha que vale a pena ado-tar esse método. Observa que cabe ao professor escolher a metodologia que tenha mais afinidade com seus objeti-vos para aquele curso, mas considera o Peer Instruction um método muito bom para o aprofundamento concei-tual, pois os resultados são efetivos.

Marcilene destaca dois aspectos que considera importantes na avalia-ção do método: “o progresso que os alunos fizeram, aderindo aos passos da leitura prévia e da discussão por pares, e, especialmente, a mudança

que o professor deve promover em sua maneira de ‘fazer’ uma aula, até de pensar uma aula”.

Segundo ela, ao usar o Peer Ins-truction, “o professor aprende a parar de falar “demais”, de pensar pelo alu-no, precisa dar liberdade para o aluno ser protagonista, promover a própria aprendizagem. Mas isso é difícil, ou seja, foi um grande crescimento inte-lectual conquistado”.

inOvaÇÃOO Diretor Operacional da Unidade

de Lorena Prof. Dr. Fábio Reis afirma que a implantação do Peer Instruc-tion representa “a opção pela inova-ção”. O UNISAL, segundo ele, “quer se caracterizar como instituição que inova com consistência, quer motivar as pessoas a pensar diferente, a dialo-gar para construir novas ideias”.

Ao defender o método, o diretor observa que “é preciso enfrentar o de-safio das salas de aula, pois o modelo do professor que fala o tempo todo e não provoca a interação e reflexão dos alunos já não está dando certo”. Daí, a necessidade de experimentar e im-plantar novas propostas como o Peer Instruction, que será estendido a ou-tras turmas, em Lorena.

Para que possam aprofundar seus conhecimentos sobre esse método, os professores Antonio Sávio e Marcile-ne permanecerão duas semanas em Harvard, em janeiro de 2013, parti-cipando de reuniões, aulas e trocan-do informações com o professor Eric Mazur e outros que utilizam o Peer Instruction.

Luiz Henrique, 1º da esq. p./ a dir., comenta que a proposta exige bastante do aluno

alUnOs apROvamOs professores que têm trabalhado com essa metodologia

comentam que a resposta dos alunos é muito boa. Marci-lene afirma que os alunos “gostam da ‘movimentação’ da

aula, gostam dos clickers, gostam de ter oportunidade de visua-lizar as respostas que deram em tempo real e interessam-se por convencer os colegas acerca da resposta que deram”.

A aluna Vivian Pereira Souza, do 3o ano de Direito, resume a reação do grupo neste depoimento: “A metodologia chegou de forma revolucionária, tanto para mim como para meus colegas de sala. Interagir logo após a explicação da matéria é notificar de forma real o que aprendemos há poucos minutos, facilitando a concepção ampla e objetivamente. Além disso, nos sentimos tec-nologicamente muito bem atendidos, talvez muito mais do que nas instituições de ensino de grandes capitais”.

Luiz Henrique Nascimento Leite, do 2o ano de História, acha o método muito bom: “é bastante prático e funciona. Faz com que o aluno participe da aula, expresse sua opinião”. Quanto à necessidade da leitura antecipada dos textos, Luiz Henrique diz que “apesar da correria, a gente dá um jeito. Afinal, entramos na faculdade sabendo que teríamos que nos esforçar”.

Vivian, 1ª da esq. p./ a dir., diz que a metodologia facilita o aprendizado

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Atividade no curso de História, com o prof. Mário Dias (em pé)

Alunos de Direito utilizam o clicker

Proposta estimula atividade em equipe

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fatos dos campi

HistóRias E pOEsias nO pROGRama ciclOs dE cUltURa

batalHa dE RObôs

O programa Ciclos de Cultura, idealizado pelo Prof. Francisco Evan-gelista, busca levar o pensamento crítico à comunidade de Americana. No dia 14/8 promoveu, em parceria com a Associação Agostinho de Cul-tura, o lançamento do livro “Políticas Sociais: Educação e desenvolvimento no contexto de uma municipalidade”, escrito pela Dra. Maria Helena Scala-brin Cardoso Gomes.

O assunto em discussão foi como os municípios se organizam para ga-rantir a oferta de educação com qua-

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ralidade e equidade. O encontro ante-rior, realizado no dia 26/5, na Editora Adonis, recebeu o título “Narrativas – acordar os homens, adormecer as crianças”, com o Prof. Dr. Severino Antônio, que contou histórias e decla-mou poesias.

O Prof. Francisco resumiu as impressões do público afirmando que “foi uma fala de poeta que nos arrebata e nos transporta para algum lugar entre o céu e a terra. Assim foi a fala de Severino: ines- quecível”.

O curso de Ciência da Computação da Unidade de Lorena realiza, de 15 a 17/10, a Batalha de Robôs Lego Min-dstorms NXT, que faz parte do ensino de robótica aos estudantes de ciências exatas.

O Lego Mindstorms NXT 2.0 é a mais nova versão de um projeto ini-ciado pela Lego Group com o apoio do MIT (Massachusetts Institute of Technology), e permite o desenvolvi-mento de projetos interessantes com técnicas de Inteligência Artificial (IA), estimulando a criatividade dos estu-dantes.

O UNISAL adquiriu, neste ano, 12 robôs Lego Mindstorms NXT 2.0,

que estão sendo utilizados em pro-jetos interdisciplinares nos cursos de Ciência da Computação e Enge-nharias.

No final do semestre passado, os alunos de computação já partici- param do I Torneio Interno de Ro-bocode. Trata-se de um jogo de competição entre robôs virtuais, programados na linguagem Java, no qual as equipes são capazes de programar as estratégias de defesa e ataque em um campo de batalha cercado por robôs inimigos que que-rem a destruição dos oponentes, como explica o coordenador Aníbal Fernandes.

Eca é tEma dO vi fóRUm intERdisciplinaR

Os alunos dos cursos de Pedagogia, Direito e Administração do campus Santa Teresinha, São Paulo, participa-ram do VI Fórum interdisciplinar, dia

29/5, sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, que completa 22 anos de existência. Para os organizadores, o ECA permanece no campo das ambi-

guidades sociais e jurídicas e, por isso, o título do fórum foi: ECA – 22 anos cem (sem) respostas.

Mediados pelo Prof. Vasconcellos Valarino, a Profa. Karen Simões Mon-teiro apresentou um panorama geral da história da criança do Brasil; o Prof. Rodney Claide Bolsoni Elias da Silva destacou os aspectos legais do ECA, no que se refere à sua constituição, impli-cação jurídica e aplicabilidade; e o Prof. Alexandre de Paula Franco apresentou a história do ECA vinculada ao movi-mento educacional brasileiro e à conso-lidação do Estado de Direito Nacional.

Para a aluna Luzia Bueno, do curso de Pedagogia, “por mais que se criem leis para garantir direitos, de nada adianta se não houver uma retomada de consciência global dentro de um pro-cesso de reumanização”.

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A batalha de Robôs foi realizada na cantina do UNISAL

O Prof. Dr. Severino Antônio declamou poesias

Palestra do Prof. Rodney, do curso de Direito

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pibid: capEs apROva pROjEtOs dO Unisal

REspOnsabilidadE sOcial E mEiO ambiEntE

Os projetos do PIBID (Programa de Incentivo à Iniciação Docente) ela-

borados pelos cursos de licenciatura da Unidade de Lorena e aprovados

pela CAPES (Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Su-perior) estão sendo executados, desde agosto, nas escolas selecionadas.

O PIBID é um programa da CA-PES e concede bolsas de iniciação à docência para alunos de licenciaturas e para coordenadores e supervisores que fazem o acompanhamento e a orientação dos alunos e dos projetos.

A coordenação do PIBID no UNI-SAL selecionou 35 bolsistas para atuar no programa: são 25 alunos dos cursos de Psicologia, Pedagogia, História, Matemática e Filosofia, 5 co-ordenadores de área (professores do UNISAL) e 5 supervisores (professo-res de escolas públicas).

Os trabalhos serão realizados até julho de 2013 nas Escolas Estaduais Gabriel Prestes e Arnolfo Azevedo, em Lorena, e Dr. Flamínio Lessa, em Guaratinguetá, e nas Escolas Munici-pais Geraldo Alckmin e João Paulo I, em Lorena.

A IV Jornada Jurídica do curso de Direito do campus Santa Teresinha, SP, realizada de 21 a 23/5, abordou a temática da discussão ambiental em face da responsabilidade social do in-divíduo, das organizações e da coleti-vidade.

O Promotor Marcelo Orlando Mendes falou sobre os “Crimes Am-bientais” de maneira didática e dire-cionada às pessoas que desconhecem as práticas e condutas criminosas de natureza penal, no âmbito do Direito Ambiental. Por sua vez, a Profa. Ta-tiana Cortese abordou os fatores que influenciam as mudanças climáticas e os instrumentos de controle existentes e implementados pelo Poder Público.

O evento terminou com a palestra do consultor Rodrigo Antonio Braga Moraes Victor sobre a importância do Cinturão Verde, encontrado nos limi-tes da Região Metropolitana de São Paulo, para o meio ambiente.

O objetivo da jornada, segundo o coordenador do curso, Adriano Li-chtenberger Parra, é “estimular os alunos e aplicadores de direito ao co-nhecimento de novas áreas e ramos jurídicos”.

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Evento de lançamento do programa na Unidade de Lorena

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Palestra do consultor florestal Rodrigo Antonio Braga Moraes Victor

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família é tEma dO simpósiO da idadE ativa

O IX Simpósio do Programa Ida-de Ativa do UNISAL Santa Teresinha, realizado de 29/6 a 1o/7, na Vila Dom

Bosco, em Campos do Jor-dão, reuniu 31 participantes, entre alunos e convidados.

O tema principal do IX Simpósio foi “Família e di-versidade social”, e a pales-tra foi ministrada pela Pro-fa. Tathiane Cecilia Arruda, supervisora dos cursos de Psicopedagogia e Educação Infantil do campus Santa Teresinha.

O Prof. Júlio César More-no, da Unidade de Lorena, falou sobre religiosidade popular e identidade do Vale do Paraíba. Os participantes ti-

veram ainda diversos momentos de confraternização, passeios turísticos e celebração.

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“Recreando Sonhos: Brincando e Aprendendo” é o título do projeto que envolveu os alunos do curso de Educação Física do campus Liceu, em Campinas, em uma rica experiência como educadores com as crianças do Oratório São Luiz.

O Prof. Daniel Simões Rebello, au-tor do projeto, explica que os alunos

colocaram em prática o brincar como instrumento de aprendizagem, e por meio de jogos em níveis crescentes de dificuldade e de limitações deter-minaram regras relacionadas com a realidade.

O projeto foi realizado com 50 crianças e jovens do Oratório São Luiz com a proposta de desenvolver jogos

adaptados e brincadeiras como ins-trumento de socialização e construção de regras.

A experiência proporcionou um crescimento pessoal e profissional aos alunos, que constataram a importân-cia da vivência prática da proposta para a formação de um profissional justo e ético, conclui o Prof. Daniel.

Os alunos do 5º semestre do curso de Moda da Uni-dade de Americana realizaram, no dia 18/6, a terceira edição do desfile LoginStyle. O evento foi aberto pela banda May, de Felipe Pellison, um dos alunos do curso.

O desfile é uma atividade das disciplinas de Esti-lo e Produção de Eventos em Moda e idealizado pelas professoras Luciana Souza e Cássia Fossaluza Ferreira.

Os alunos puderam conhecer as opiniões de pro-fissionais das áreas artística, comunicação e moda em uma seleção que premiou os 15 destaques da noite. A aluna destaque foi Tamiris Silveira com a coleção “Turned Away”.

O projeto foi desenvolvido nos espaços esportivos do Colégio Liceu Nossa Senhora Auxiliadora

Jogos e brincadeiras envolveram alunos de Educação Física e crianças do Oratório São Luiz

O Prof. Júlio Moreno fez a palestra de abertura do simpósio

Após a palestra, houve atividade em grupos

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Participaram do desfile os alunos do 5º semestre

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agenda dos cursos

aGEnda

Com público estimado em mais de 15 mil leitores, a Revista UNISAL oferece uma oportunidade imperdível de você divulgar sua empresa, seus produtos ou serviços.

Entre em contato conosco e fale com:

André: [email protected], fone (12) 3159 2033 ouGiuliano: [email protected], fone (19) 3471-9719.

OUtUbRO1 a 3 – Semana da Computação da Unidade de Lorena.

4 – Projeto Itinerários Filosóficos do curso de Filosofia de Lorena.

5 a 13 – Alunos do Liceu Campinas farão curso de extensão em Direito do Trabalho na Universidade Católica Silva Henriquez, em Santiago, Chile

7 a 20 – Módulo internacional no Chile, promovido pelos cursos de MBA de Lorena.

9 a 11 – SIBRASTE | JETA – Campinas – São José.

16 – Diálogos e Parcerias: Fórum com instituições organizado pelo curso de Psicologia de Lorena.

16 a 19 – Semana Integrada de Tecnologia, promovida pelas Engenharias e Sistemas de Informação. Será no campus Dom Bosco, às 19 horas.

18 e 19 – IV Jornada de Educação Infantil do curso de Pedagogia de Lorena.

20 – Olimpíada de História, Matemática e Pedagogia, em Lorena.

20 – XIV Jornada Salesiana de Sexualidade do campus Santa Teresinha, SP.

21 – 1a prova do Vestibular 2013 do UNISAL.

22 a 26 – II Encontro UNISAL de Administração do campus Santa Teresinha, SP.

22 a 24 – O curso de Pedagogia promove o evento Educador em Ação, às 19 horas, no campus Maria Auxiliadora.

22 a 26 – Semana de Publicidade e Propaganda, no campus Dom Bosco, em Americana, às 19 horas.

24 a 26 – II SEVILES II SEMIDI – Seminário de Violências, Educação e Saúde e Seminário Internacional de Direito, na Unidade de Lorena. Informações e inscrições no site www.unisal.br.

26 – III Mostra Teológica, no campus Pio XI, SP.

27 – 3o Seminário sobre o Cotidiano Pedagógico e Escolar do campus Santa Teresinha, SP.

29 e 30 – Jornada de Produção Científica e Prática de Estágio na Unidade de Lorena.

29 a 31 – Mostra de Responsabilidade Social da Unidade de Americana.

nOvEmbRO5 a 9 – SMU – Semana de Moda UNISAL, no campus Dom Bosco, Americana.

7 e 8 – Mostra de Responsabilidade Social, Unidade de Lorena.

9 e 10 – Mostra de Produção Científica do UNISAL, no campus Liceu, Campinas.

9 a 18 – Seminário Internacional no Canadá e nos EUA promovido

pelo Curso de Pós-graduação em Gestão Universitária.

19 e 20 – Semana da Consciência – Curso de História de Lorena.

19 a 23 – Talentos UNISAL. Apresentação musical dos alunos promovida pela Pastoral da Universidade de Lorena.

21 a 24 – III Seminário de Educação Sociocomunitária da Unidade de Americana.

28 – Missa de Ação de Graças – Pastoral da Universidade de Lorena.

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artigo

sER pROfEssOR:imaGEns E pEnsamEntOs Em Um sÁbadO dE caRnaval

Professora do Mestrado em Educação do UNISAL

Profa. Dra. Renata Sieiro Fernandes

É sábado de Carnaval e enquan-to blocos desfilam nas ruas e os foliões brincam, estou eu embalada em imagens e pen-

samentos. Penso que quando passamos pela vida das pessoas, quando há encon-tro, responsabilidade e cuidado, nunca sabemos o que deixamos e o que leva-mos, exceto quando algo nos vem à tona em sonhos, em lapsos, em movimentos involuntários.

Costumamos dizer que deixamos se-mentes. Eu quero dizer que plantamos bulbos. Porque os bulbos levam muito tempo para romper da sua dormência e quietude, e a sua gestação aconte-ce debaixo da terra, num meio escuro, oculto da visão e dos demais sentidos. Podemos torcer e desejar que algo este-ja ocorrendo, mas o efeito disso só virá tardiamente, nos pegando de surpresa.

Para se cultivar e cuidar dos bulbos-gente, temos que não molhar as flores, regar apenas a terra; temos que retirar as flores e folhas que já estiverem secas; temos que adubar 1 vez por mês para não ficar alimentando demais, e temos que plantá-lo onde o sol o ilumine. E deixar o tempo fazer sua tarefa para que surjam saudáveis e belas flores.

Disse-me o professor Marcos Fran-cisco Martins que o professor é “um jardineiro, tanto um quanto outro profissional precisa de: conhecimento, habilidade, cuidado e objetivo clara-

mente definido com o ‘sujeito-objeto’ com o qual se está a lidar; precisa de intervenção externa, senão o desen-volvimento do sujeito-objeto ocorrerá, mas poderá não ocorrer de acordo com o que se objetivava”.

Pra uma amiga de faculdade que não é professora, a Arine Pfeiffer Coelho, o professor é jardineiro, porque é “inca-paz de moldar a beleza de cada plan-ta, ele só pode entender e ajudar a flo-rescer, fazer vingar. A beleza está ali, guardada. Ele se encanta com as flores e com o jardim, fica feliz com o que de-sabrocha, espera curioso a flor de uma planta que não conhece, se preocupa com o que não vai bem e se pergunta ‘o que eu posso fazer?”

Para a professora Maria Luiza Bis-sotto, “o professor é como ‘mãe/pai’... não concordo que seja, mas também não discordo: qual professor já não se sentiu um pouco assim? Outros compa-ram o professor com o ‘amigo... não concordo muito, mas também, qual professor já não se sentiu assim? ‘Ser professor é um sacerdócio’, diriam os antigos... de jeito nenhum, diria eu! Mas, pensando bem, qual outra profis-são exige tanta ‘dedicação exclusiva’, fora as confissões, promessas, preces e orações que acabamos ouvindo, princi-palmente aos finais de semestre? Fico com uma definição bíblica: creio que a bela profissão do ser-professor é ser ‘...luz para os caminhos, lâmpada para os pés...’ (Salmo 118:105-112), pois há mais nobre ideal do que aquele de aju-dar o Outro a descortinar caminhos?”

Já para a amiga Margareth Brandini Park, professora e escritora, o professor é um mercador, pois “tem que estar disposto a negociar conhecimentos”, mas ele também tem que “ensinar para a vida, como faz o avô com seu neto, no filme Tempero da Vida, ensinando-o no dia a dia em um empório de temperos”.

Para a amiga professora Margareth Samartine, “alguns dias o professor é psicólogo (quando ouve os proble-mas, tenta resolvê-los e avalia sua pró-pria postura), outras vezes é um pouco palhaço, ator, comediante. E tam-bém escritor, porque escrevemos e ajudamos a escrever várias histórias”.

Pra outra amiga professora, a Lena Mendes, o professor tem um quê do psi-cólogo porque ele “escuta... escuta... compreende e tenta resolver os proble-mas individuais e até da família; tem também do filósofo, porque pensa, re-flete, repensa, levanta hipóteses, testa, redireciona o trabalho; tem também

do arquiteto, porque faz projetos, tra-balhos, cria estratégias e finaliza com grandes obras; e tem também da do-méstica, porque está ali, no trabalho todo dia, organizando, ‘limpando’, ‘fa-xinando’ e nem sempre é reconhecido”.

O ser professor é um ser único, diz o professor Álvaro Braga, pois “é o único profissional que, após se formar volta para o lugar, para o ambiente de onde nunca saiu: a escola. Se forma para trabalhar neste mesmo ambiente: a es-cola. É fruto da escola, continuamente produzindo esta escola, um caminho circular, único e, espero, progressivo, nunca repetitivo. A esperança na mu-dança e na inovação deve ser nosso foco, nosso desejo”.

Ser professor tem pontos de inter-secção com as atividades de muitas ou-tras profissões. Pra mim, ser professor é ser equilibrista, como é Philippe Pe-tit, o malabarista e equilibrista francês que caminhou entre as torres gêmeas, por aproximadamente 45 minutos, em 1974, sem qualquer equipamento de proteção. Porque o “fio” que faz aconte-cer todo o processo educativo é tênue, firme e frágil ao mesmo tempo e pode se romper a qualquer momento, por deslize, falha, descuido, falta de aten-ção. Entretanto, é nele e por ele que fa-zemos os caminhos de idas e voltas, de (des)equilíbrio, de passos de dança, de piruetas. E esse fio por onde caminha o professor-equilibrista, que parece andar nas nuvens com os olhos no chão, tem a sedução do risco do salto, da queda e do voo. E pra quem assiste ao espetácu-lo ele é arrebatador, encantador, porque pode ser libertador e libertário.

Nas palavras desse francês equili-brista, em seu exercício de liberdade nietzschiano: “a vida deve ser vivida perigosamente. É preciso exercitar a rebelião! Recusar-se a ficar preso a re-gras. Ver cada dia e cada ideia como um desafio. Viver a vida numa corda bamba”.

Não é a escola ou a faculdade que forma, elas nos dão instrumentos e cre-dibilidade, crença ou fé; quem forma é a vida. E nós nos formamos, sendo res-ponsáveis por nós mesmos e pelos ou-tros, nessa mistura, por vezes tensa, de ser um pouco de muitos.

Ser professor é ser e não ser. É ser não-sendo. Ou é não-ser, sendo, um pouco ou muito como os foliões, em ação lúdica e dramática, que, em esta-do de suspensão da realidade motivado pelo carnaval, podem ser muitos outros para serem a si mesmos.

foto: Arquivo pessoal

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pós-Graduação

cOnGREssO intERnaciOnal dEbatE sObRE EdUcaÇÃO sOcial

O campus São José, em Campi-nas, sediou nos dias 25 e 26/7 o IV Congresso Internacional de Peda-gogia Social e Simpósio de Pesquisa Pós-Graduação, evento dedicado a discutir as teorias, as práticas e a pro-fissionalização da Pedagogia Social, entendida como Teoria Geral da Edu-cação Social.

O tema do congresso foi “A hora e a vez da Educação Social”, e foi esco-lhido em função dos pareceres favorá-

veis no Congresso Nacional ao projeto de lei 5.346/2009, que torna a Educa-ção Social uma profissão.

Resultado de um esforço conjunto de várias universidades para reunir pesquisadores e professores do Brasil e do exterior, o congresso possibilitou um importante retorno social para a educação brasileira.

Na abertura, o professor Fran-cisco Evangelista destacou o apoio dos salesianos à Pedagogia Social:

“Vários salesianos que passaram por esta unidade de ensino deram apoio e se engajaram pessoalmente na construção dessa área de atuação social e acadêmica, entre eles o chanceler do UNISAL, P. Edson Donizetti Castilho. Este congresso evidencia a atuação dos salesianos como protagonistas históricos, junto de outros sujeitos envolvidos no gran-de projeto da Pedagogia Social no Brasil e no Mundo”.

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Babson College é referência mundial em formação de empreendedores

alUnOs pOdEm EstUdaR na babsOn cOllEGEcURsO é abERtO a EstUdantEs dE pós-GRadUaÇÃO, GRadUaÇÃO E EXtEnsÃOEmpenhado em sua política de

internacionalização, o UNISAL tem oferecido aos alunos oportunidades de intercâmbio, de estudos em uni-versidades estrangeiras e de cursos de idiomas.

Uma dessas oportunidades de es-tudo no exterior e em uma instituição reconhecida mundialmente ocorrerá em janeiro de 2013 com o curso de cinco dias na Babson College, a mais famosa escola de negócios dos EUA, especializada em empreendedorismo.

Podem se inscrever alunos de gra-duação, pós-graduação e extensão do UNISAL e de outras instituições.

Os interessados podem obter mais informações no UNISAL Lorena, pelo telefone 12 3159 2033, ramal 386.

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O congresso discutiu as teorias e práticas da Pedagogia Social

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pesquisa

O campus Liceu da Unidade de Campinas é que vai sediar neste ano a XII Mostra de Produção Científica do UNISAL, que a cada ano acontece em uma Unidade.

A mostra será nos dias 9 e 10 de novembro e é aberta aos alunos e pro-fessores do UNISAL e de outras ins-

tituições de ensino superior, que po-dem se inscrever para apresentação de trabalhos ou como ouvintes.

Há duas formas de apresentação de trabalho: oral e banner. O evento envolve pesquisadores das diversas

Xii mOstRa dE pROdUÇÃO ciEntífica sERÁ nO licEU dE campinas

áreas do conhecimento e busca esti-mular e divulgar a produção de traba-lhos científicos.

Todas as informações da Mostra estão no site http://www.unisal.br/mostradeproducaocientifica/

jORnada dE pROdUÇÃO ciEntífica E EstÁGiOsNos dias 29 e 30/10, será reali-

zada a Jornada de Produção Cientí-fica e Prática de Estágio na Unidade de Lorena. Os trabalhos podem ser inscritos até o dia 25 de setembro, e podem participar estudantes e professores do UNISAL e de outras instituições.

Durante a apresentação dos tra-balhos, será realizada a feira “Inte-gra UNISAL”, com a participação de empresas que irão expor seus produtos, programas de estágios e perfil profissional.

pEssOas cOm dEficiência aUditiva E mERcadO dE tRabalHO é tEma dE mEsa-REdOndaA Inclusão da Pessoa com Defi-

ciência Auditiva no Mercado de Tra-balho foi o tema da mesa-redonda organizada pelos cursos de Pedagogia e Publicidade e Propaganda da Uni-dade de Americana em parceria com a Apae - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, no dia 23/8.

A pedagoga da Apae Iracema Apa-recida dos Santos Ferreira deu a boa notícia de que as empresas estão mais conscientes em não apenas cumprir a lei de cota para deficientes mas fazer com que eles produzam e se sintam bem no trabalho.

A Apae, explicou, orienta as em-presas nesse sentido, apoia o funcio-nário e monitora seu desenvolvimen-to. Trata-se do “Emprego Apoiado, que não é assistencialismo e sim um apoio para que a pessoa com defici-ência se mantenha no trabalho”, afir-mou a pedagoga.

O diretor da obra Salesiana em Americana P. Benedito Spinosa abriu o evento dizendo sentir-se orgulhoso

por poder acompanhar e ser parceiro de uma entidade séria como a Apae em uma causa tão importante.

A Pró-reitora de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral do UNISAL, Regina Vazquez Del Rio Jantke, tam-bém destacou a parceria com a Apae,

ressaltando que “temos os mesmos valores, missão e seriedade”.

Participaram também da mesa-redonda professoras do UNISAL, re-presentantes dos alunos, da direção da Apae, da Diretoria de Ensino e profissionais convidados.

Alunos da E. E. Profa. Luzia Baruque Kirche, de Santa Bárbara d´Oeste, fizeram uma interpretação musical durante o evento

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pesquisa

O UNISAL Unidade de Lorena recebe em outubro, de 24 a 26, um grupo de especialistas brasileiros e estrangeiros, professo-res e estudantes de diversas instituições e profissionais no II Seminário de Violências, Educação e Saúde – SEVILES – e II

Seminário Internacional de Direito – SEMIDI.O evento é organizado pelo Observatório de Violências nas Escolas,

vinculado à UNESCO, e pelo Mestrado em Direito, com apoio da CA-PES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O tema central dos seminários é “Direitos Humanos: culturas de violência, culturas de paz”.

A exemplo da primeira edição, realizada em 2010, nomes importan-tes do Direito, da Psicologia, da Educação e da Saúde, entre outras áre-as, estarão no UNISAL apresentando trabalhos, debatendo e refletindo sobre o assunto.

Paz e violência

A Professora Sonia Koehler, coordenadora do Observatório de Vio-lências nas Escolas e uma das organizadoras do evento, afirma que “a paz é, sem dúvida, uma das grandes preocupações deste novo milênio, é questão de interesse de todas as áreas e diferentes ciências, o que exige

um tratamento interdisciplinar que implica na dis-cussão e na compreensão do fenômeno das violên-cias. O assunto é complexo. Desejar a paz nos remete à discussão dos Direitos Humanos e da Educação”.

As organizadoras do evento, professoras Sonia Koehler e Grasiele Augusta Nascimento, coordena-dora do Mestrado em Direito, esperam cerca de 500 participantes.

Entre os conferencistas do II SEVILES e II SE-MIDI estão a Ministra Chefe da Secretaria de Direi-tos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes; Dr. Pedro Paulo Gastalho de Bica-lho, Coordenador da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia; Dra. Pilar Jimènez Tello, da Universidade de Salamanca, Espanha; e Dr. Geraldo Caliman, da UCB – Univer-sidade Católica de Brasília, Coordenador da Cátedra UNESCO: De Juventude, Sociedade e Educação.

O Reitor do UNISAL, Padre Dr. Ronaldo Zacha-rias, e a Pró-Reitora Acadêmica, Dra. Romane Fortes Santos Bernardo, também farão conferência nos seminários.

Inscrições

As inscrições de trabalhos encerraram-se no final de agosto, mas os interessados em participar como ouvintes podem se inscrever até o dia 20 de outubro, no site www.eventosunisal.com.br.

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HUmanOs, viOlência E paz

Page 16: Revista UNISAL

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Estudei no Unisal

trabalho, o exemplo de vida dos pais, conta sobre sua trajetória profissional e sobre os desafios que enfrenta no dia a dia da em-presa.

Guarda boas lembranças do UNISAL, em especial das relações de amizade e respeito que viven-ciou na Instituição.

Revista UNISAL – Danilo, o que representou para você estudar no UNISAL?

Danilo Mioto – Estudar no UNISAL representou aprendiza-do técnico do conteúdo, troca de experiências profissionais com os colegas e professores, novas ami-zades que carrego até hoje e uma

fidElidadE, REspEitO E mUitO EsfORÇO

Essas são as lições para o sucesso profissional de Danilo Mioto, ex-aluno de Administração do UNISAL

Os tempos da faculdade ainda são muito recentes na memória de Danilo Mioto. Ele acabou de se for-mar (concluiu o curso em junho) em Administração no campus São José, Unidade de Campinas, mas já sente saudades das amizades, dos estudos, do apoio mútuo que existia entre os colegas.

Desde 2001, Danilo trabalha na Sonda IT – Aplicativos, empresa de consultoria e tecnologia de ma-triz chilena com operação em toda a América Latina. Começou como vendedor trainee, passou por di-ferentes funções e hoje é o Diretor Comercial da empresa.

Em entrevista à Revista UNI-SAL, Danilo revela seu gosto pelo

visão fortíssima do lado humano da instituição – este último é pra-ticado não só por professores, mas por todos os funcionários com os quais interagi (secretaria, cantina e outros).

RU – Quais suas lembran-ças do período da faculdade?

Danilo – Carrego lembranças de muita amizade, muito estudo, muito esforço de todos por tra-balharmos de dia e estudarmos à noite e todo apoio mútuo que existia entre os colegas em sala de aula.

RU – Algo foi marcante?Danilo – Com certeza duas

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Danilo começou como vendedor trainee na Sonda IT e hoje é diretor comercial

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Estudei no Unisaláreas foram marcantes em minha experiência na UNISAL. Primeiro: a capacidade humana do coorde-nador do meu curso, Prof. Rob-son Paniago, o alinhamento com o restante da equipe de professores

estudos (somos três irmãos), já sabendo da importância de uma formação para nosso futuro, des-de cedo sempre gostei de “traba-lhar” – regar o jardim, ajudar no cuidado com a horta de casa etc.

Estou na Sonda desde 2001, já tendo passado por várias áreas e cidades. Em 2004, tive de trancar a faculdade, mas depois consegui retomar os estudos. Em 2008, fui promovido ao posto de Gerente

Cursar um MBA está nos planos de Danilo

e seus conhecimentos teóri-cos e práticos das matérias ministradas; e segundo: a receptividade que tive dos meus colegas de classe. Defi-nitivamente, a parte humana da faculdade é um de seus pontos fortes.

RU – Como foi a es-colha da profissão para você?

Danilo – De fato não escolhi essa profissão atual, mas a minha vivência pro-fissional me colocou no ca-minho da administração e, depois, de vendas. Em prin-cípio, prestei vestibular para Educação Física. Hoje digo que “por sorte” não passei nesse vestibular e acabei in-gressando na graduação em administração.

RU – Como é o seu trabalho na Sonda?

Danilo – Faço a gestão de uma equipe de 29 colaboradores da área de vendas e pré-vendas, distri-buídos em 6 escritórios regionais espalhados por 5 Estados brasi-leiros. Nossa responsabilidade é o cumprimento das metas de vendas estabelecidas no início do exercí-cio e a manutenção do bom rela-cionamento com nossos clientes. Meu papel é manter essa equipe motivada, controlar e cobrar re-sultados, participar e representar a Sonda em eventos/palestras e atuar na análise de mercado para novas oportunidades de negócios e/ou produtos.

RU – Conte um pouco so-bre sua trajetória.

Danilo – Desde muito cedo sempre gostei de trabalhar. Te-nho nos meus pais um excelente exemplo de pessoas batalhadoras que começaram a trabalhar cedo “na roça”. Apesar dos meus pais terem sempre incentivado nossos

Seguindo os passos do meu pai, cursei o antigo 2o grau técnico em Processamento de Dados em Mi-nas Gerais, onde cresci. O estágio para conclusão do 2o grau foi meu primeiro trabalho remunerado e a partir dali não parei mais.

Trabalhei na FIAT com proces-samento de dados, na VARIG com atendimento a clientes e operação de despacho de voos, na LIDER AVIAÇÃO no depto. de compras internacionais e em uma indústria farmacêutica do interior de São Paulo, onde tive minha primeira experiência no setor de vendas. Passei um mês em treinamento e apenas três empregado.

Quando percebi que não conse-guiria conciliar o trabalho e a con-clusão da minha faculdade, pedi demissão. Esse mês de treina-mento me ajudou muito a quebrar algumas barreiras, dentre elas a capacidade de falar em público, que hoje entendo como um ponto importante na minha posição.

Comercial na matriz, em São Paulo, e em 2010 assumi a posição de Diretor Nacional de Vendas de Aplicativos, cargo que ocupo até hoje.

RU – Você pretende continuar estudando?

Danilo – Sim. Estão nos meus planos um MBA e o aprendizado de mais uma língua estrangeira.

RU – Quais os maio-res desafios que tem en-contrado em sua profis-são?

Danilo – Cito três desa-fios maiores: relação inter-pessoal – formar uma equi-pe e manter seus membros próximos e motivados em um mercado altamente com-petitivo e dinâmico; falar em público – ministrar palestras e defender projetos perante públicos variados; e a admi-

nistração do tempo – para que a carga horária de trabalho fique perto das 10 horas diárias, pois hoje dificilmente atinjo essa meta (risos).

RU – Que lições você con-sidera mais valiosas na sua trajetória profissional?

Danilo – Fidelidade, respeito ao próximo e nunca deixe de se es-forçar ao máximo. No final do dia é a sua carreira e o seu nome que estão em jogo, e este é o melhor patrimônio que você pode cons-truir profissionalmente.

RU – Você se sente satis-feito em sua escolha?

Danilo – Inteiramente satis-feito com minhas escolhas. Não costumo gastar tempo lamentan-do alguma decisão que poderia ter sido melhor. Prefiro investir tempo em como corrigir o curso e em como melhorar como pessoa e profissional.

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Extensão e ação comunitária

alUnOs paRticipam dE missÃO Em favEla

EXtEnsÃO E tRansfORmaÇÃO sOcial

O I Seminário de Extensão do UNISAL reuniu alunos, professores, coordenadores de cursos e diretores da Instituição e da Faculdade Dom Bosco de Piracicaba, no dia 11/8, no campus São José/Unidade Campi-nas.

Cerca de duzentos participantes refletiram sobre o tema “Extensão Universitária: transformação so-cial pela prática interdisciplinar”. A mesa de abertura contou com a pre-sença do Chanceler do UNISAL, P. Edson Donizetti Castilho, que res-saltou a importância da realização de projetos de Extensão, visando à manutenção e ao fortalecimento da identidade salesiana do UNISAL.

A mesa temática foi compos-ta por representantes do UNISAL, PUC-Campinas e UNICAMP, e no período da tarde houve apresenta-ção oral e em pôsteres dos trabalhos inscritos. O momento cultural do seminário contou com encenação dos grupos de teatro e coral dos alu-nos dos campi Liceu e São José.

P. Ronaldo falou da importância dos projetos e das ações de extensão

P. Edson na abertura do seminário

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O Reitor do UNISAL, P. Ronaldo Zacharias, encerrou o Seminário in-centivando alunos e professores a se engajar cada vez mais nos projetos e nas ações de extensão.

Um grupo de alunos do UNISAL Americana participou de um trabalho de evangelização na Favela do Moi-nho, em São Paulo, de 6 a 8/7. Eles vi-sitaram as famílias, fizeram gincanas com as crianças e adolescentes, cele-brações e encontros com os jovens.

As alunas Raíza Rodrigues, de Pedagogia; Leticia Leme Goulart, de Engenharia Ambiental; e Kelli Daiane dos Santos, de Publicidade e Propa-ganda, relataram sua experiência.

RU: Como foi participar des-sa missão?

Raíza: A experiência que tive foi muito boa, pois enriqueceu meu co-nhecimento sobre as desigualdades sociais, aumentando a vontade de querer ajudar ao próximo.

Leticia: É uma experiência fora

do comum. Você sair de sua cidade, onde poderia estar curtindo, dormin-do, para ir a um lugar cheio de pes-soas que precisam de ajuda, que pre- cisam ter alguém ali para conversar ou brincar. E, ao chegar ao fim do dia, na hora da despedida, aquela criança ou aquele jovem te abraça com um sorriso. Fizemos aquelas pessoas feli-zes e pudemos evangelizar, que é um trabalho que o Senhor deixou para nós, afinal somos discípulos de Jesus, Jovens de Maria Auxiliadora e Dom Bosco!

Kelli: Foi a experiência mais lin-da da minha vida, uma alegria imensa poder me doar um pouco para pesso-as que tanto necessitam de atenção e dignidade.

RU: Por que vocês quiseram participar?

Raíza: Admiro quem faz essas ações voluntárias, sempre tive vonta-de, porém me faltava oportunidade. Esta apareceu e aproveitei a chance.

Leticia: Esse ato sempre me cha-mou a atenção. Queria saber como era a sensação de ajudar sem querer re-ceber nada em troca, fazer de coração mesmo, de olhar os sorrisos daquelas crianças e ver que está fazendo-as fe-lizes.

Kelli: Acredito que é o meu dever como cristã participar dessas ações, nada foi imposto, mas feito com mui-ta vontade e de coração aberto.

Também participaram da missão, organizada pela Pastoral da Universidade da Unidade de Americana, os alunos Aline Al-vino (Eng. de Produção), Aman-da Urbano (Serviço Social), Ana Carolina Stefanini Leone (Peda-gogia), Cristiane Clementino (Di-reito), Dariene Miranda da Silva (Pedagogia), Endy Karina de Oli-veira (Pedagogia), Gabriel Trin-dade Moreira (Serviço Social), Grasiela Siqueira (Psicologia), Jéssica de Lima da Cruz (Serviço Social), Lucimara Kokado Perei-ra (Serviço Social), Nicolas Fer-nando Sales (Sistemas de Infor-mação), Silvana Xavier (Serviço Social), Veronica Nunes (Serviço Social) e Zilda Mantovani Nasci-mento (Serviço Social), além dos voluntários Graziela de Almeida e Monize Lisboa.

R.U.: O que acha de ações como essa incentivadas pelo UNISAL?

Raíza: Importante, pois a facul-dade não pode apenas tratar de ações educativas, mas também sociais.

Leticia: Eu acho boa, pois nos mostra que existem pessoas que pre-cisam de ajuda mais que nós mesmos.

Kelli: Deve ser atividade cons-tante no calendário escolar, deve ser o projeto mais divulgado, planejado e vivido por todos.

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Os alunos fizeram gincanas e encontros com moradores da favela

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agenda cultural

valE a pEna lERlançamentos

diREitO EmpREsaRial à lUz dO códiGO civil

E da lEi dE falência E REcUpERaÇÃO dE EmpREsas

O livro de autoria do Prof. Suhel Sarhan Júnior, do Curso de Direito de Lorena, trata dos novos conceitos de empresário e sociedade empresária e apro-funda no tema de direito socie-tário. Traz sua conceituação e classificações, debates e corren-tes existentes em assuntos que recaem sobre a matéria. Lança-do pela Del Rey Editora.

pRÁtica fOREnsE paRa EstaGiÁRiOs

O livro, escrito pelos pro-fessores Luis Fernando Rabelo Chacon e Luiza Helena Sodero, do curso de Direito de Lorena e publicado pela Editora Saraiva, apresenta de maneira descon-traída, com ilustrações no iní-cio de cada capítulo, os diversos ambientes forenses, de ques-tões simples a complexas. Além disso, apresenta os detalhes de cada uma das principais carrei-ras jurídicas, com o objetivo de orientar os iniciantes da gradu-ação e os estagiários sobre todos os procedimentos e as rotinas do dia a dia forense.

É senso comum admitir que a aprendizagem começa na família. Mas para irmos além desse nível, re-comendamos os seis artigos de “Famí-lia e Aprendizagem”, livro organizado por Geraldina Porto Witter e publica-do pelo Ateliê Editorial em 2011.

No primeiro artigo, Vincentelli discute a contribuição da escola para reduzir as limitações e deficiências dos alunos vindos de famílias so-cialmente desfavorecidas. A seguir, Witter e Silva nos trazem a família em termos de conceituação, tipos, influências históricas e recomendam

pROfEssOR é pREmiadO Em cOncURsO litERÁRiO

estudos para planejamento familiar, criação de programas de apoio e in-tervenção.

No terceiro artigo, encontramos a contribuição interdisciplinar de Ro-drigues com a análise da presença da família na prosa romântica, realista, modernista e atual de nossa literatu-ra. No texto seguinte, Witter e Silva divulgam estudos acerca da influência da família na aquisição da leitura e da alfabetização e na formação de lei-tores.

O quinto artigo, de Oliveira e de Silva, refere-se à participação da fa-mília no desenvolvimento da lingua-gem. A relevância desse texto está nas sugestões e orientações para o uso de programas preventivos de desenvol-vimento, ampliação e reabilitação da linguagem. No último trabalho, Wit-ter e Paschoal explicam como a famí-lia pode usar o lazer para o desenvol-vimento da aprendizagem.

“Família e Aprendizagem” não vale só como fonte de pesquisa aca-dêmica. A leitura desse livro é mais um estímulo para a formação de pais educadores.

Prof. Henrique Kopke FilhoCampus Santa Teresinha, SP

família E apREndizaGEm

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O professor Eu-gênio Benito Ju-nior, das Engenha-rias da Unidade de Americana, con-cilia dois prazeres aparentemente an-tagônicos: cálculos e poesia. Ele publi-cou dois livros de

literatura e foi premiado no “Concur-so Esperanças em Prosa & Verso” da Academia Varginhense de Letras e do Grupo Sul-Mineiro de Poesia.

O professor escritor ficou em 1o lugar na categoria conto com “Se Ela Não Voltar, Eu Morro” e na categoria crônica com o texto “Confissões de uma Jovem Metáfora”. Concorreram 369 textos, inscritos por escritores de diversos municípios brasileiros.

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