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FEVEREIRO | 2011 DIVERSIDADE DE TURISMO NO GERÊS | QUASE TUDO SOBRE TERRAS DE BOURO | ENTREVISTA COM PRESIDENTES

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Fevereiro | 2011

DiversiDaDe De turismo no Gerês | Quase tuDo sobre terras De bouro | entrevista com presiDentes

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FICHA TÉCNICA

CONTACTOS ÚTEIS- Município de Terras de Bouro

253 350 010

- Centro de Saúde de Rio Caldo

253 390 130

- Centro de Saúde de T. Bouro

253 350 030

- GNR - Gerês

253 900 100

- GNR - TBOURO

253 351 134

- Posto de Turismo

Rio Caldo: 253 391 503

T. de Bouro: 253 351 404

Produção e PropriedadeB&S Produtos Multimédia EdiçãoGerês TurismoB&S

Design e PaginaçãoGerês Turismo

RedacçãoDaniel CostaEmanuel Santos

DistribuiçãoGratuita

© 2011 Gerês Turismo. Todos os direitos reservados.A reprodução parcial ou total desta revista sem permissão é proíbida.

SUMÁRIO

Serra do GerêS

4 Entrevista com Dr. José Carlos Pires8 Dr. Armando Araújo fala sobre os incêndios no Gerês14 Descobrir Terras de Bouro28 A diversidade de Turismo no Gerês

24Presidente

Joaquim CraCel

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Gerês, maravilha

naturalAltitude 1548 m (5079 pés)Proeminência 775 m

Cume-pai: Seixo, Montes de Invernadero

Coordenadas 41° 49’ N 8° 2’ WLocalização Portugal / EspanhaCordilheira Sistema Peneda-Gerês

fonte: wikipédia

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publiciDaDe

24Presidente

Joaquim CraCel

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Gerês, maravilha

natural

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Serra do Gerês

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DR. JOSÉ CARLOS PIRESPresidente da Associação de De-fesa e Promoção do Gerês

Quais as suas perspectivas so-bre o turismo no Gerês?Que um dia, a médio prazo, esteja devidamente estruturado e pro-movido como verdadeiro destino de eleição no mercado nacional.

Como avalia o mercado portu-guês nesta matéria?É o nosso mercado, com visitantes e clientes que cá passam os seus fins-de-semana e as suas férias. São pessoas que cada vez mais procuram sítios tranquilos, com paisagens fantásticas e um am-biente natural impar, muito rico e diversificado.

Na sua opinião quais os mod-elos em que o Gerês deve apo-star (classificação de formas de divulgação da região)?

O Gerês deve apostar numa oferta turística diversificada, em termos de qualidade e de tipologias, de modo a dar resposta aos merca-dos. Para além de bons estabe-lecimentos, há ainda que acau-telar a oferta gastronómica e da animação turística. Integrando estas diferentes ofertas, falta-nos algum arrojo e apresentar aos op-eradores turísticos pacotes com-petitivos quanto à sua relação preço/qualidade, com este valor acrescentado que é o Gerês.Comparando com outros mer-cados nacionais, o turismo no Gerês está ou não a perder com-petitividade?O problema principal do turismo no Gerês é demissão e inércia por parte das entidades que devem cuidar da promoção e da anima-ção turística do Gerês, particular-mente pelo receio de ferir a sua

componente natural. Existe forte retracção na promoção e absolu-tamente nenhuma publicidade, o que permite que outras áreas protegidas, com menos recursos, sejam mais atrevidos nas estraté-gias de comunicação, desviando por isso mercados para outrso destinos. Felizmente para nós, o Gerês é único, e mais dia menos dia, as

pessoas voltam.

Quando se fala de Gerês de que falamos?De um sítio único e mágico. Fala-mos de natureza, de montanhas, de prados, de lagoas feitas de água cristalina, de paisagens deslumbrantes, de cultura, de história, de tranquilidade, de har-monia e de experiências únicas em segurança.

Que projectos estão a ser trab-alhados para Associação e quais os objectivos traçados?Neste momento temos três pro-jectos em preparação: a) um programa de animação turística integrado no plano nacional de marcha, com eventos regulares ao longo de todo o ano; b) o lan-çamento de pacotes com oferta de alojamento e actividades de animação e lazer; e uma cam-panha de reflorestação, de modo a juntarmos o interesse e a cada vez maior disponibilidade das pessoas para acções de voluntari-ado, associadas a lazer e preserva-ção dos ecossistemas.

Como entidade associativa e pegando na temática da reflo-restação, qual a política prati-cada pela associação?Estamos atentos a tudo quanto nos rodeia e, como não podia de-ixar de ser, somos os primeiros interessados em ter recursos nat-urais valiosos. Somos herdeiros de um fabuloso legado natural e cultural, pelo que temos obriga-ção de o preservar e defender.

De forma a assegurar a quali-dade do turismo, porque vias passa o acolhimento e integra-

“Felizmente para nós, o

Gerês é único, e mais dia menos dia, as pessoas voltam

ENTREVISTA | Gerês Viver Turismo

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ENTREVISTA | Gerês Viver Turismo

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“registou um magnífico

escrutínio de cerca de 656.356 votos

Gerês, uma maravilha de Portugal

Foi no dia 11 de Setembro em ponta delgada nos açores que foi divulgada as “Sete Maravil-has Naturais de Portugal”, isto após uma participação massiva durante seis meses e que regis-tou um magnífico escrutínio de cerca de 656.356 votos! Terras de Bouro, só se deve orgulhar pela vitória e eleição do Parque Nacional da Peneda Gerês como sendo uma das “Sete Maravil-has Naturais de Portugal”, vencendo, es-pecificamente com o Parque Natural do Su-doeste e da Costa Vicentina, no Alentejo, e com a “Lagoa do Fogo”, na ilha de São Miguel, nos Açores.

A satisfação e o contentamento, assim como o assumir de maiores responsabi-lidades pelo que esta vitória sig-nificativa, foram os sentimentos expressos pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro e pela “Madrinha do PNPG” a campeã olímpica Rosa Mota. O Sr. Dr. Joaquim Cracel Viana não quis deixar também

de referir os outros Municípios da área do Parque Nacional e de agradecer a todos aqueles que se empenharam nesta cam-panha vitoriosa para Terras de Bouro, para o Gerês e para toda a zona Norte.

Segundo a revista n.º121 da Câmara Municipal de Terras de Bouro a retrospectiva do con-curso feita pelo Presidente da Câmara: «Quando, no início de 2010, soubemos do concurso “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, decidimos participar porque ex-istem no nosso concelho verda-deiras maravilhas da Natureza, como os rios, ribeiro, matas e serras de fascinante beleza e porque não poderíamos perder esta oportunidade, a nível na-cional e até internacional, de di-vulgar a nossa terra e de mostrar quem somos. De entre 350 can-

didatos a nív-el nacional, um júri de es-pecialidades s e l e cc i o n o u as 21 finalis-tas. A nossa candidatura, que era o Parque Nacio-nal da Pene-da-Gerês, es-tava entre os finalistas na

categoria de Áreas Protegidas. Estávamos cada vez mais perto da vitória e tudo deveríamos faz-er para a conseguir. A partir do mês de Maio, pusemos em curso uma estratégia de divulgação da nossa candidatura ás Sete Mara-vilhas Naturais de Portugal de modo a conseguirmos o maior número possível de votos do povo português… »

ção de novos turistas?Temos feito uma forte aposta na formação dos nossos quadros. Neste curto tempo de vida da as-sociação, já foram feitas perto de uma dezena de acções de forma-ção, mais um conjunto de work-shops sobre as principais temáti-cas e problemas do sector.A par disto, queremos editar um conjunto de documentos para disponibilizar gratuitamente aos nossos associados, em formato digital. Tratar-se-á de uma fer-ramenta muito importante para apoiar os turistas ao longo da sua estadia no Gerês.

Desde que surgiu, qual tem sido o trabalho desenvolvido pela associação na localidade onde se encontra inserida? Quais as preocupações perante essa co-munidade local?Como associação, o principal ob-jectivo é sermos um espaço para partilha de experiências e busca de apoio para um trabalho de par-ceria e em rede. O turismo é um sector de activi-dade que exige cada vez maior qualificação e competências e é fundamental acompanhar os pro-cessos de comunicação com o público. Daí que a nossa principal preocupação seja a de estimular e apoiar os associados a competir no mercado virtual.

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Gerês, uma maravilha de Portugal

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DR. ARMANDO ARAÚJORecuperação das áreas ardidas na Serra do Gerês

No passado verão ocorreram vários incêndios florestais, que para além de provocar danos na paisagem e na natureza, causaram aos agentes locais prejuízos avultados.

As repetidas noticias, maior parte da vezes contendo imprecisões no que diz respeito á localização geográfica das diversas ocorrências, provocou na opinião pública uma ideia de que o Gerês estava todo destruído o que não é, de todo, verdade.

O Gerês Viver Turismo –

Associação de Defesa e Promoção do Gerês, acompanhou com muita preocupação todas estas ocorrências que reflectiam uma imagem de destruição e calamidade. Neste sentido decidiu tomar medidas que ajudassem a inverter esta imagem e sentimento. Começou por estabelecer contactos, com as entidades que administram o território, nomeadamente com a Câmara Municipal e Direcção do Parque Nacional da Peneda Gerês, auscultando-as no sentido de saber em que é que a Associação, e seus associados, podiam ser úteis num processo urgente de recuperação das áreas afectadas e da imagem do Gerês.Apresentou propostas de acções

relacionadas com a recuperação que envolvessem os agentes económicos, entidades públicas e população em geral visando a recuperação da área ardida no vale do Gerês e, ao mesmo tempo, de valorização ambiental, lazer e de mais valia económica para a região.

Acolhidas que foram algumas das nossas propostas, iniciou-se o lançamento de um projecto alicerçado no envolvimento, compromisso e desafio entre vários agentes, transformando acções pontuais de voluntariado numa actividade contínua planeada e consistente, de modo a produzir efeitos de médio e longo prazo no ambiente, na

GVT | Gerês Viver Turismo

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paisagem e na economia local.

Com a colaboração da Câmara Municipal e com o Parque Nacional da Peneda Gerês, está já marcada a primeira, que esperamos de muitas, acção de recuperação de uma área ardida há já alguns anos. Com esta acção, que irá decorrer nos dias 12 e 13 de Março do corrente ano, irão ser plantadas mais de 500 árvores de espécies folhosas. Este tipo de acções, embora organizadas e coordenadas pela nossa associação e pelas entidades referidas, privilegiarão o trabalho voluntário das populações locais e dos visitantes que se poderão inscrever e obter informações no portal geres.pt,

nos estabelecimentos dos nossos associados e através do email: [email protected].

Esta será uma oportunidade de, para todos aqueles que, influenciados pelas noticias, muitas vezes deturpadas, viram

a imagem que tinham do Gerês afectada, verificarem que, apesar dos, sempre nefastos, incêndios a beleza do Gerês se mantém praticamente intacta.

A seguir a esta, que será a acção piloto, outras faremos, sejam elas de plantação, recolha de sementes ou até vigilância.

Estamos certos que a participação activa de todos nós é contributo essencial para a defesa e preservação do nosso património e do único Parque Nacional.

Contra os incêndios Plantar, Plantar…

GVT | Gerês Viver Turismo

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“irão ser plantadas

mais de 500 árvores de espécies folhosas

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GERÊS TURISMO | Daniel Costa & Emanuel Santos

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“A serra do Gerês, pela farta e variadíssima flora que a reveste, pela abundância e frescura das suas águas, pelo deslumbramento dos seus horizontes, é de certo a mais interessante zona montanhosa de todo o país e a que tem verda-deiramente jus à denominação de «paraíso do excursionista».”

Tude de Sousa, in Guia de Portugal

A Serra do Gerês situa-se a Norte de Portugal ro-deada pelos rios Homem e Cávado. Tem 35 km de comprimento e 18 km de largura, com uma área de 69 693 hectares, sendo a altura máxima de 1545 metros no Pico da Nevosa.

A sua estrutura é granítica atravessada por alguns ribeiros que se despenham de grandes alturas for-mando admiráveis cascatas e lagoas, sendo estas, fortes pontos de interesse e procura.

Esta serra não tem comparação com qualquer outra serra portuguesa, pois possui uma fauna e uma flora únicas, que levaram à criação, em 1971, do Parque Nacional Peneda-Gerês. Trata-se da primeira área protegida do nosso país, sendo também o único a

SERRA DO GERÊS

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GERÊS TURISMO | Daniel Costa & Emanuel Santos

Vale 10%DescontoDesconto válido na apresentação da revista

Promoção valida até 31 de Julho de 2011

Foto & Grafismo Daniel Antunes

N 41.67743º

W 8.17636º

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Barragem da Caniçadalocalização

Concelho Terras de Bouro e Vieira do Minho, Distrito de Braga

Bacia hidrográfica CávadoCurso de água Rio Cávado

DaDos Gerais

Utilização EnergiaInauguração 1955

CaraCterístiCas da barraGem

Tipo Betão, Barragem em ArcoAltura 76 mCota do coroamento 163,0 mFundação Granito

características Da albuFeira

Capacidade total 176.000.000 m³Capacidade útil 153.000.000 m³Pleno armazenamento 162,0 m

CURIOSIDADEpossuir o estatuto de Parque Na-cional.

A sua flora varia com altitude, sendo a parte inferir, até 1200 m, mais arborizada e densa e a parte superior, acima dos 1400 m, com-posta por vegetação rasteira ou até mesmo nus os mais altos cumes. Da sua vigorosa vegetação desta-ca-se: os carvalhos, medronheiros, azevinhos, vidoeiros, fetos e lírios. Entre os lírios assinala-se a existên-cia de uma espécie própria, o Iris Boissieri, mais conhecido por Lírio-do-Gerês que floresce pelo mês de Junho, sendo um acontecimento praticamente exclusivo a nível mundial.

A nível da fauna, existe uma diver-sidade de animais que devido ao isolamento em que permanece-ram, nas zonas mais altas de serra, a torna rara e única no mundo, Sa-lienta-se os garranos selvagens e outros mamíferos nela representa-dos nesta serra, tais como o corço, o javali, o lobo, a raposa, a fuinha, o toirão, o texugo, a gineta, e a lon-tra.

Também se pode encontrar uma grande variedade de aves como é o caso da águia-real, águia-calça-da, águia-de-asa-redonda e o açor, que vivem nas zonas de maior al-titude e isoladas. Também habi-tam esta regiao o milhafre-real, o peneireiro, o bufo-real, a coruja-dos-matos, o mocho-de-orelhas-pequenas.

No que respeita aos répteis e aos anfíbios também é possível encon-trar uma notável diversidade.

fonte: wikipédia

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CURIOSIDADE

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TERRAS DE BOUROJoana Costa

A vila de Terras de Bouro, situada entre os rios Homem e Cávado, é sede de concelho e pertence ao distrito de Braga. O município é limitado a norte pelo município de Ponte da Barca e por Espanha, a leste por Montalegre, a sul por Vieira do Minho, a sudoeste por Amares e a oeste por Vila Verde. O concelho é formado por dezassete freguesias, todas elas

com extraordinárias paisagens e um vasto património histórico e cultural.

CAMPO DO GERÊS

Na freguesia de Campo do Gerês estão situadas as ruínas da aldeia de Vilarinho das Furnas, que se encontram submersas, desde 1972, na albufeira da Barragem de Vilarinho das Furnas. Devido à penosa separação entre os habitantes, entre estes e a aldeia

“dezassete freguesias,

todas elas com extraordinárias paisagens

Descobrir a imensidão de TERRAS DE BOURO

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Descobrir a imensidão de TERRAS DE BOURO

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e os seus logradouros, foi criado um museu na aldeia de Campo do Gerês, o Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas (inaugurado a 14 de Maio de 1989). Este guarda a memória de alguns ambientes domésticos da aldeia, com mobílias e objectos de uso, bem como um espigueiro (mudado peça a peça da antiga aldeia).

A igreja de Vilarinho das Furnas foi também desmontada de forma a salvaguardar algum do património religioso, desta forma a torre dos sinos foi remontada junto da igreja matriz de Campo do Gerês, a Igreja de São João Baptista.

CARVALHEIRA

Na freguesia de Carvalheira situam-se alguns pontos de referência tais como a Ponte Medieval de Carvalheira que

permite a passagem entre a freguesia de Carvalheira e Brufe e o miradouro do Bom Jesus das Mós com um deslumbrante panorama.

S. JOÃO DA BALANÇA

A freguesia de S. João da Balança, situada em terreno montanhoso com vista para o vale do Rio Homem, é reconhecida como

uma das mais antigas freguesias do Concelho evidenciando-se pelos marcos miliários e outros vestígios espalhados nos caminhos denunciadores da legião romana. Nesta freguesia salienta-se o património arquitectónico de algumas casas rústicas, especialmente a Casa da Pena, um solar típico do séc. XVII que admira a ermida de N.ª Sr.ª do Bom Parto.Na encosta da serra Amarela fica situada a freguesia de Brufe que apresenta um elevado património rural. O aglomerado habitacional, constitui hoje uma aldeia turística composta por construções simples, de paredes graníticas, varandas e janelas ornadas com madeiras. Os espigueiros, eiras, sequeiras e moinhos-de-água completam um harmonioso ambiente.

“Brufe (...) apresenta

um elevado património rural

TERRAS DE BOURO

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TERRAS DE BOURO

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CHAMOIM

A freguesia de Chamoim formada por antiquíssimos aglomerados rurais espalhados pela encosta, possui um vasto património rural tais como moinhos, regadios, levadas, nichos religiosos e o

miradouro do Alto do Espigão.Os moinhos-de-água, con-tribuem para a ornamentação da paisagem natural. Estes en-genhos desfrutam de uma con-strução rudimentar, de pequenas dimensões, que em conjunto com as linhas de água, as levadas, os poços e sistemas de rega con-stituem verdadeiras relíquias da arquitectura popular de épocas longínquas.

CHORENSE

Chorense, freguesia situada nos terrenos montanhosos do monte da Seixeira permite encontrar vestígios da sua antiguidade, relacionados com a época romana, destacando-se a via militar XVIII,

vulgo Geira, com os marcos miliários que registam a memória dos Imperadores romanos; César Augusto, Marco Aurélio, Gaio Calpetano e Valério Festo. Possui ainda nichos religiosos estrategicamente situados, sobretudo nas comunidades

mais isoladas, como a capela de S. Sebastião da Geira, Santa Apolónia e N.ª Senhora da Nazaré. A predominância de capelas particulares enquadram-se na Nª Senhora da Saúde inserida no solar da Casa do Bárrio e a capela devota de S. Cosme.

CIBÕES

Cibões, freguesia situada na margem direita do Rio Homem em encosta montanhosa muito acidentada. A Igreja expõe na padieira o ano de 1728, com uma capela-mor que tal como a da matriz encontra-se azulejada. Possui diversas ermidas com destaque para S. Domingos, N.ª Senhora do Amparo, S. Tomé

e Santa Maria Madalena. Na aldeia tradicional de Cortinhas predomina um Turismo Rural, de vertente alojamento e actividades agro-silvo-pastoris.

COVIDE

A freguesia de Covide situada na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês ostenta um espantoso legado patrimonial, demonstrado pelos vestígios ainda bem presentes no território geográfico. Possui um conjunto de nichos religiosos sobressaindo a capela do Calvário, construída no ano de 1887, dedicada ao Senhor dos Desamparados e à Senhora das Angústias. A capela de Santa Eufémia, presumivelmente edificada no século XVII, expõe um altar de estilo renascentista. Existe, ainda, a capela de S. Silvestre, em Freitas e N.ª Senhora dos Remédios pertencente à propriedade da chamada “Casa da Venda”. Salienta-se também o cruzeiro do Outeiro do Rei, o Penedo de Santa Eufémia, o Cruzeiro de Sá, a Casa do Passadiço e a Casa de Latim. Destaca-se igualmente o lendário sítio arqueológico popularmente conhecido por fraga da Cidade ou do Quelhão e que os ilustrados seiscentistas perpetuaram com o grandioso e clássico topónimo de

Terras de Bouro

“...perpetuaram com o grandioso e clássico

topónimo de Calcedónia

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Terras de Bouro

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Calcedónia.

GONDORIZ

Gondoriz, freguesia situada na margem direita do Rio Homem apresenta um conjunto de nichos e capelas, distribuídas pelos

lugares de Bustelo, Refonteira, S. João Baptista, Santo Amaro e Guardenha. S. Miguel do Anjo, é uma capela particular, integrada na casa, chamada “Torre da Gardenha”.

S. MATEUS DA RIBEIRA

S. Mateus da Ribeira é uma freguesia situada nas margens do rio Homem, que tem como padroeiro S. Mateus. A igreja matriz possui uma escadaria em granito, ladeada por duas cruzes ao alto, o seu interior é guarnecido de magníficas talhas douradas e o altar-mor, ostenta figuras de serafins e valiosas esculturas. A poucos metros de distância está situada a Capela do Senhor do Socorro e Senhora da Agonia. As outras capelas estão distribuídas pelos lugares de Vau, e Chemedião. Esta freguesia oferece um Trilho Pedestre do “Couto de Souto”, com duração

de 4 horas, distância de 9.5 km, sendo o ponto de partida/chegada no Lugar de Paço, freguesia de Souto.

RIO CALDO

Nas águas da Albufeira da Caniçada espelha-se a freguesia de Rio Caldo conferindo uma fisionomia paisagística de extrema beleza.Rio Caldo detém a igreja matriz com talha de estilo da Renascença e tem o seu orago S. João. Existem mais capelas destacando-se S. Cristóvão, Santa Luzia e S. Bento. São Bento da Porta Aberta e a nova Cripta conferem uma reputação religiosa ao local. Este santuário é venerado por milhares de devotos ao longo do ano, mas com maior afluência em Julho e Agosto, época em que se celebra a festa litúrgica de São Bento. Além destes, existe o Centro

Náutico e a Marina de Rio Caldo que se salientam como pontos de grande atracção turística.

SOUTO

Souto, freguesia com moradias de sólida construção, escadarias bem trabalhadas em granito e com padieiras nos portais. No lugar do Assento, destaca-se a Igreja matriz, com o altar-mor joanino, sendo o orago São Salvador. O espaço externo contempla diversas cruzes da via-sacra, das quais sobressaem insígnias e figuras da paixão de Cristo. De outros nichos religiosos existentes destaca-se a capela do Senhor dos Passos, a capela de S. Roque e existe uma capela em invocação a Sta Cruz. Possui também ruínas de construções do antigo “Couto de Souto” e a praia fluvial.

“santuário é venerado

por milhares de devotos ao longo do ano

Terras de Bouro

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SANTA ISABEL DO MONTE

Santa Isabel do Monte é uma região de montanha que apesar do aspecto agreste e aparentemente “natural”, é uma paisagem humanizada que ostenta vestígios da sua história, com referência para as tumulações megalíticas, comummente designadas por mamoas ou por Covas da Moura, localizadas no sítio dos Candais, no lugar de Campos Abades. Estas estruturas arqueológicas, construídas a partir de terra, cascalho e calhaus de granito, pelas suas similitudes formais com outros exemplares que se encontram nas serras do Noroeste, se confere a função funerária, com identificação cronológica situada entre os IV.º e

III.º milénios a.c.. Nesta freguesia predomina a mancha agrícola, demarcando a separação com a zona de bosque, de vegetação espontânea onde predominam os carvalhos, avistam-se também extensos baldios onde se pastoreia o gado (cabras, cavalos e vacas).O aglomerado habitacional é enriquecido com espigueiros, palheiros, currais e pequenas hortas, tudo unido/separado entre si por muros de pedra solta. Os arruamentos são parcialmente pavimentados com lajes de granito irregulares e alguns estão recobertos por ramadas de vinha.

VILAR DA VEIGA

Vilar da Veiga, freguesia mais recente do concelho, está

localizada na margem Sul da Serra do Gerês e separada da freguesia de Rio Caldo pelo rio Cávado. Do conjunto de capelas salienta-se a Sª das Angustias, Sª da Saúde, Santa Marinha e Santa Eufémia. É uma freguesia que evidência grande património histórico e cultural tais como as Termas do Gerês, parque Tude de Sousa, Parque Nacional da Peneda Gerês, Miradouros da Pedra Bela e da Junceda, Cascata do Arado, Penedo da Freira e Portela do Homem.Nesta freguesia destaca-se a encantadora vila do Gerês, que ostenta as afamadas Termas do Gerês, onde o caudal das suas fontes termais pode atingir a temperatura de 42,5º C a 47º C. Apesar da existência de referên-cias à época dos Romanos, é no início do século XVIII que é con-struído o primeiro estabeleci-mento termal, este consistia em tanques de granito protegidos por alpendres em pedra. Este estabelecimento, actualmente Termas do Gerês, tem vindo a aumentar e evoluir para novas valências, tais como um Spa ter-mal, uma moderna piscina aque-cida, ginásio massagens e pro-gramas de estética termal, estas são particularmente indicadas para tratamento do fígado, hiper-tensão arterial, diabetes, vesícula, obesidade e reumatismos cróni-cosAlém da tradicional cura termal são proporcionados programas específicos de bem-estar termal, relaxamento, manutenção, re-educação dietética, emagreci-mento e anti-stress, devidamente acompanhados por profissionais especializados.

Terras de Bouro

rio Cávado

Comprimento: 135 kmNascente: Serra do LaroucoAltitude da nascente: 1520 mFoz: Oceano AtlânticoÁrea da bacia: 1 589 km²

fonte: wikipédia

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Terras de Bouro

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DR. JOAQUIM CRACEL VIANAFala sobre a importância e as potêncialidades do turismo no concelho de Terras de Bouro

Neste mandato, quais lhe parecem ser os eixos de acção/intervenção prioritários da Câmara Municipal de Terras de Bouro para os próximos anos?

As principais prioridades para Terras de Bouro, nos próximos anos, abrangem três domínios: a Acção Social; o desenvolvimento económico ligado aos sectores da Agricultura e do Turismo; a melhoria das condições de vida

nas dezassete freguesias do concelho (pavimentações, água, saneamento, etc.). Estão previstas várias iniciativas noutras áreas, mas as prioridades situam-se nestes três domínios.

A nível social, estamos empenhados na criação de emprego e no apoio aos mais desfavorecidos. A nível da agricultura, criámos e procuraremos melhorar o «Gabinete de Apoio ao Agricultor», que tem sido um êxito, e que oferece várias respostas e soluções para os problemas dos agricultores. A nível do turismo, que é um eixo estruturante do desenvolvimento

ENTREVISTA | Presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro

“estamos empenhados

na criação de emprego e no apoio aos mais desfavorecidos

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do concelho, temos apostado em três vertentes: turismo termal (Gerês e Moimenta), turismo religioso e turismo de natureza. Na resposta à questão seguinte abordo as medidas de desenvolvimento do turismo que a autarquia implementou e continuará a implementar.

Terras de Bouro tem grandes potencialidades no âmbito do turismo. Que medidas se propõe a implementar para promover o turismo?

Terras de Bouro é, por excelência, um município de natureza e ambiente. Face aos condicionalismos impostos por vários regulamentos (REN, RAN, POPNPG, POAC, REDE NATURA 2000), que não nos permitem a concretização de parques industriais e empresariais, o Turismo surge como uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento económico e a criação de emprego. As enormes potencialidades turísticas do nosso concelho levam-nos a apostar nas seguintes actividades:

- Dinamização dos equipamentos municipais já existentes: Postos de Turismo, Núcleo Museológico e “Porta” do PNPGerês, Centro Náutico de Rio Caldo, Centro de Animação na Vila do Gerês, Casa dos Bernardos e Centro Interpretativo da Rota dos Moinhos;

- Divulgação, nos meios de comunicação social, de Terras de Bouro;

- Concretização de projectos de atracção turística.

A Câmara Municipal de Terras de Bouro já está, neste momento, a implementar várias, medidas. Informo que, só em 2010, investimos mais de 60.000,00€ na divulgação do concelho. Para divulgar as potencialidades turísticas do nosso concelho e atrair visitantes, participámos no concurso «7 Maravilhas Naturais de Portugal», com o P.N.P. Gerês a ser eleito uma das sete maravilhas naturais de Portugal. Participámos em programas televisivos como o “Verão Total”, a “Praça da Alegria” e “Portugal sem Fronteiras”. Divulgámos o nosso concelho em várias revistas

e jornais regionais, nacionais e internacionais. Publicámos uma nova revista turística municipal (em vários idiomas: português, francês, inglês, espanhol e alemão). Promovemos várias caminhadas na natureza. Participámos na feira-exposição denominada «Bolsa de Turismo de Lisboa», com um novo stand. A nível de projectos de atracção turística, está em fase de implementação o projecto «Aqua Cávado», que criará centros de promoção turística, arranjo de espaços públicos e criação de trilhos pedestres. Reformulámos

o projecto do Parque da Vila na sede do concelho e iniciámos o projecto do arranjo urbanístico das margens da albufeira da Caniçada que terá o nome de Ecovia Rio Caldo-Gerês.

Terras de Bouro é um concelho jovem?

Em Terras de Bouro há muitos jovens. Contudo, devido às dificuldades de emprego, muitos jovens têm de procurar a sorte noutras paragens. Por isso, o futuro dos nossos jovens é outra grande preocupação. Tudo faremos para que os nossos jovens possam encontrar na sua terra as condições para aqui viverem. Criaremos, ao longo do ano de 2011, um Gabinete de Apoio à Juventude com o objectivo de ajudar os jovens nos seus projectos e orientá-los na procura de emprego (empreendedorismo).

Que actividades e programas pretendem implementar para promover a qualidade de vida dos habitantes do concelho?

A melhoria da qualidade de vida dos terrabourenses é sempre uma prioridade, como já referi atrás. Assim, já procedemos e continuaremos empenhados na requalificação de várias vias municipais, na melhoria das redes de água e de saneamento, no arranjo de espaços públicos, de forma a embelezar o concelho e no bem-estar das pessoas residentes e das que nos visitam. Decisivo para promover a

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“Terras de Bouro (...)

está marcado pela beleza natural

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ENTREVISTA | Presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro

qualidade de vida é a existência de emprego e, por isso, estamos empenhados nessa tarefa.

Se tivesse que descrever o concelho de Terras de Bouro como o faria?

O concelho de Terras de Bouro, situado no norte do país, está marcado pela beleza natural. Possui paisagens fascinantes que se estendem pelos vales dos rios Homem e Cávado e pelas serras do Gerês e Amarela, ao longo de 270 quilómetros quadrados.

Para conhecer este concelho em toda a sua plenitude é necessário percorrer os trilhos pedestres de pastores e agricultores, apreciar a ruralidade das aldeias e o artesanato local, reviver o passado histórico e etnográfico no núcleo

museológico do Campo do Gerês, pernoitar nas casas de turismo rural, hotéis ou residenciais, saborear a gastronomia, sentir o encanto do Parque Nacional Peneda–Gerês (PNPG) e das albufeiras da Caniçada e de Vilarinho das Furnas, “curar-se” na vila termal do Gerês ou nas termas da Moimenta e viver a fé do povo no Santuário de S. Bento da Porta Aberta.

Quando falamos em Terras de Bouro falamos do Gerês. Como descreve o Gerês?

O escritor Miguel Torga retratou o Gerês de forma sublime:

«Há sítios do mundo que são como certas existências hu-manas: tudo se conjuga para que nada falte à sua grandeza e perfeição. Este Gerês é um deles.

Acumularam-se e harmo-nizaram-se aqui tais for-ças e contrastes, tão varia-dos elementos de beleza e de expressão, que o re-sultado lembra-me sem-pre uma espécie de ge-nialidade da natureza.» (Torga, Diário VII).

De facto, o Gerês encanta-nos pela simpatia da vila termal, pelo valor natural e paisagístico do Parque Nacional da Peneda-Gerês, pela grandeza e silêncio das montanhas, pelas águas cristalinas dos rios e dos ribeiros e pela atracção mítica das albufeiras da Caniçada e de Vilarinho da Furna.

O Gerês é uma das

maiores referências no turismo nacional, sobretudo no turismo de natureza. Tem condições para ser um destino turístico por excelência a nível internacional. A partir de 2010, o Gerês passou a ser uma das sete maravilhas naturais de Portugal.

Que mensagem gostaria de deixar aos habitantes e naturais do concelho?

Quero deixar uma mensagem de esperança e confiança no futuro. Uma mensagem de amor e de orgulho da nossa terra, que é uma das sete maravilhas naturais de Portugal.

Para quem tem dúvidas se deve visitar o concelho, o que lhe tem para dizer?

Não deve hesitar. O concelho de Terras de Bouro possui todas as condições para ser um destino turístico por excelência: beleza natural, património arquitectónico, cultural e etnográfico, aldeias tradicionais, casas de turismo em espaço rural, parques de campismo, bons restaurantes e boa gastronomia, bons hotéis, águas cristalinas, silêncio e … paixão.

“lembra-me sempre uma

espécie de genialidade da natureza

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TURISMO NA SERRA DO GERÊSLuzia Guerra

Além dos vários pontos de in-teresse da Serra do Gerês salien-tados já em artigos anteriores, destacam-se ainda o Turismo e Ambiente, Turismo Termal, Turis-mo Religioso, Turismo Activo, Tur-ismo de Cultura, Turismo Náutico e a Gastronomia.

TURISMO E AMBIENTEO Concelho de Terras de Bouro em virtude da sua grande diversidade paisagística e riqueza cultural, desfruta de múltiplas potencialidades turísticas. Com seus encantos, cores e especificidades culturais próprias podemos encontrar paisagens

fascinantes que se diversificam conforme as estações do ano. Percorrido pelas bacias do Cávado e Homem, com o Parque Nacional da Peneda Gerês a servir de cenário de fundo e um patrimonio cultural e religioso, detém grandes potencialidades para o desenvolvimento do turismo. Toda esta diversidade que o concelho detém promove uma alargada oferta de condições para a prática de actividades muito variadas.

TURISMO TERMAL “As águas mais valiosas da Europa na Serra mais formosa de Portugal” - Dr. Ricardo JorgeUsufruir das qualidades medicinais das águas da

Estância Termal do Gerês, é uma tradição secular que remonta à época dos romanos. Sendo Construído no século XVIII, o primeiro Estabelecimento Termal do Gerês dá agora lugar a um edifício recentemente remodelado, dotado de equipamentos e técnicas termais mais modernas. Alguns espaços e valências desportivas de lazer complementam este serviço, num local de eleição para dias tranquilos e revitalizantes.

CasCata do arado A Cascata do Arado resulta dos cursos de água de montanha, provenientes dos rios do Camalhão e da Teixeira que desaguam no rio Arado.

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Uma vez que esse percurso revela um forte desnível, origina uma sucessão de cascatas e lagoas, com diferentes profundidades mantendo constantemente a água límpida.

CasCata de taiti A Cascata de Taiti localizada nas

Caldas do Gerês, é uma cascata de alta montanha e suas águas são provenientes do Rio Arado, cujo acesso difícil é feito por caminhos pedestres muito agrestes e sinuosos.Esta cascata termina numa calma e tranquila lagoa de águas cristalinas e margens de areia. Os caminhantes que aí conseguem chegar sentem-na como um refúgio de intensa serenidade.

barraGem da Caniçada

A Barragem da Caniçada está situada nos concelhos de Terras de Bouro e de Vieira do Minho, na bacia hidrográfica do rio Cávado, no norte de Portugal. A barragem tem uma altura de 76 m e um comprimento do coroamento de

246 m. Esta barragem é favorável para desportos aquáticos, assim como possui praia fluvial.

TURISMO CULTURALNa serra do Gerês, o troço da via XVIII, classificado como Património Nacional, é um extraordinário complexo arqueológico romano que conserva, quase intactos, ao longo dos seus 30 km, pontes, muros, casas e a maior concentração de marcos miliários, muitos dos quais com inscrições datáveis entre final do século I e o século IV d.C.

TURISMO RELIGIOSOO santuário de S. Bento da Porta Aberta popularizou-se até às

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“as águas mais

valiosas da Europa na Serra mais formosa de Portugal

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terras mais longínquas, sendo conhecido pela incomparável devoção dos milhares de peregrinos que chegam de toda a parte. Este santuário integra um templo centenário e uma nova cripta. Nas caminhadas diurnas e nocturnas com destino a S. Bento da Porta Aberta, vê-se e sente-se a crença de um povo. Uma tradição vincada nas maiores festividades do concelho a 21 de Março e a 11 de Julho, mas especialmente a 12 e 13 de Agosto. TURISMO ACTIVOConselho de Terras de Bouro apresenta grande potencialidade turística, no qual permanecem intactos os mais puros dos

recursos naturais, fauna, flora variada, seus recantos quase agrestes escondem cavalos selvagens, javalis, lobos, texugos, lontras, corças, a conhecida e rara águia-real, miradouros e cascatas. Actualmente este cenário é propício ao turismo de aventura onde os desportos radicais, equitação, passeios, caminhadas e trilhos, auferem cada vez mais adeptos. Os percursos pedestres são a melhor forma de conhecer

e de contactar com os valores naturais e culturais do Parque Nacional. Vários trilhos pedestres estão sinalizados e a maioria dispõe de um desdobrável de apoio à sua interpretação. Para além destes, é possível percorrer outros percursos, que não estão assinalados no terreno, e que correspondem geralmente a caminhos rurais ou trilhos de pastores.

trilho da Cidade de CalCedónia

É um Trilho pedestre denominado pequena rota, com uma distância real a percorrer de 9,3 Km e o tempo médio é de aproximadamente 5 horas - constituído por traçados escarpados, que o tornam de elevada dificuldade. Este Trilho

desenvolve-se nos territórios de Covide e de Campo do Gerês, os quais apresentam um importante enredo histórico-cultural, pelas suas tradições comunitárias e antiguidades arqueológicas. Este traçado circular, pretende atingir o mítico sítio arqueológico denominado “Fraga da Cidade”, que os eruditos seiscentistas imortalizaram com o clássico topónimo de Calcedónia.

Extensão: 7KmDuração - 4 horasGrau de dificuldade - ElevadoLocalização - Covide Ponto de partida/Chegada - Lugar do Calvário - CovidePontos de Interesse - Cruzeiro “Outeiro do Rei”, Várzea de S.

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“percursos pedestres

são a melhor forma de conhecer e de contactar com os valores naturais

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Eufémia, Vestígios da Fraga da Cidade, Poço Azul.

trilho do Castelo Este trilho prolonga-se pelas chãs e cumeadas da serra de Santa Isabel. O seu percurso, de 16.376 metros, percorre-se com dificuldade média, por trilhos singulares, ladeados pelos maciços montanhosos da Amarela e do Gerês e atinge uma cota altimétrica de 990 metros. Ao longo do seu traçado, deparam-se as modalidades de organização da paisagem natural e construída, oriundas da época medieval. 0 Trilho do Castelo abarca o território de três freguesias: Sta. Isabel, Chamoim e Covide. O seu traçado apresenta dois pontos de início que são a Igreja de Sta Isabel do Monte até ao Monte do Castelo ou o Lugar do Calvário, em Covide, até ao Monte Castelo. Assim, o visitante tem duas opções para percorrer o Trilho do Castelo, a primeira, mais longa, possibilita um contacto directo com a riqueza arquitectónica rural e com a comunidade e tradição agro-silvo-pastoril da freguesia

de Sta Isabel e a segunda, mais curta, onde poderá contemplar a natureza paisagística e o Castelo de Covide.

Extensão - 16, 4 kmDuração - 6 HorasDificuldade - Moderado/MédioLocalização - Sta Isabel do Monte, Chamoim e CovidePartida/chegada - Sta Isabel do Monte e CovideAcessos - EN-205-3 e EN-307 EM-536, EM-536-1

O Trilho dos CurraisEste trilho incluído na temática “tradições comunitárias”, percorre uma área de particular beleza natural da Serra do Gerês. Estende-se ao longo de três currais do Baldio de Vilar da Veiga (o Curral da Espinheira, o Curral da Carvalha das Éguas e o Curral da Lomba do Vidoeiro) e constitui um percurso de pequena rota cuja distância a percorrer é de 10 km, sendo o grau de dificuldade médio a elevado.O Trilho dos Currais proporciona um contacto directo com o espírito e tradições comunitárias locais, a partir da organização

silvo-pastoril na forma de vezeira.

Extensão - 10 kmDuração - 4 HorasDificuldade - Médio a ElevadoLocalização - Serra do Gerês - PNPGPartida/chegada - Parque de Campismo do Vidoeiro – GerêsAcessos - EN-308-1 o trilho dos moinhos e reGadios tradiCionais

Este trilho abarca as aldeias rurais de Lagoa, Sequeirós e Pergoim, pertencentes à freguesia de Chamoim. Apresenta uma extensão de 9 km, com uma duração de 4 horas e tem um grau de dificuldade médio a elevado. No sítio do Espigão é atingida a cota altimétrica máxima de 590m onde existe um miradouro e a cota mais baixa é de 140m, na margem do Rio Homem.Neste trilho as linhas de água, as levadas, os poços, os regadios e os moinhos de água, constituem autênticas relíquias da arquitectura popular de tempos remotos.O Trilho dos Moinhos e Regadios Tradicionais inclui um pequeno troço da Via Militar Romana XVIII do Itinerário Antonino, entre as milhas XXI e XXII. A calçada, em excelente estado de conservação, encontra-se murada em alvenaria granítica. Extensão - 9 kmDuração - 4 HorasDificuldade - MédioLocalização - ChamoimPartida/chegada - Lugar da Lagoa – ChamoimAcessos - EN-307 e EN-304

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o trilho da ÁGuia do sarilhão O Trilho da Águia do Sarilhão, localizado na freguesia do Campo do Gerês, possui um património de fortes tradições culturais e etnográficas. Este trilho pedestre de pequena rota, tem uma extensão de 9 km, com cerca de 3 horas de duração e apresenta um grau de dificuldade médio. Estende-se por terrenos planos do vale, por onde passa o Ribeiro de Rodas, entre o Museu Etnográfico e a margem esquerda da albufeira de Vilarinho das Furnas, sendo esta a sua extremidade Norte. Percorre os aglomerados rurais deste antigo povoado e descortina os espigueiros e habitações com as suas cruzes cimeiras e varandas com madeiramentos costumeiros abertas ao logradouro.Incluído numa importante área do Parque Nacional da Peneda Gerês, este trilho aproxima-se de outros locais de interesse, como a fraga do Sarilhão, a Mata Nacional de Albergaria e a extinta aldeia comunitária de Vilarinho das Furnas. Distancia - 9 kmDuração - 3 HorasDificuldade - MédioLocalização - Campo do GerêsPartida/chegada - Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas

Acessos - EN-307 e EN-304 Estrada florestal de Lamas e da Portela do Homem (Mata da Albergaria) o trilho dos miradouros

O Trilho dos Miradouros, um percurso pedestre de pequena rota, de âmbito ecológico e paisagístico, tem uma extensão de aproximadamente 9 km e uma duração de 5 horas. Este trilho tem atribuído um grau de dificuldade de médio a elevado, com relevos bastante acidentados, em áreas de cume e de planalto, encostas íngremes e vales apertados, pelo que alguns dos locais do percurso exijam ao visitante cuidados especiais. O seu traçado localiza-se quase exclusivamente na encosta oeste do vale do Rio Gerês. No Trilho dos Miradouros aprecia-se muitos dos ‘cabeços de granito’ e os miradouros da serra do Gerês, destacando-se a Fraga Negra, a Boneca, os Mirantes Velho e Novo e o Penedo da Freira. Desses locais vislumbra-se um horizonte paisagístico de inigualável beleza natural. Extensão - 10,5 KmDuração - 5 HorasDificuldade - Elevado com declives acentuadosLocalização - Vila do Gerês

Partida/Chegada - Centro de Artesanato do GerêsAcessos - EN-308-1 e Estrada Florestal do Campo do Gerês e da Portela do Homem

trilho do são bento Este trilho, de âmbito cultural e paisagístico, tem um percurso pedestre de pequena rota. Apresenta um grau de dificuldade médio, com alguns desníveis acentuados.Estende-se ao longo da encosta sudoeste do vale do Rio Caldo e o seu traçado caracteriza-se por locais de interesse histórico-cultural, de cariz religioso, que despertam curiosidade do visitante. Os pontos de interesse deste trilho são os antigos fornos de fabrico de carvão, denominados de furnas, o fojo do lobo - locais de captura do animal e as rochas graníticas com as pegadas de Santa Eufémia, representando vestígios que remetem às tradições e mitologias da freguesia de Rio Caldo. Extensão - 10,5 kmDuração - 4 HorasDificuldade - Médio a ElevadoLocalização - Rio CaldoPartida/chegada - Lugar da Seara - Rio CaldoAcessos - EN 304 e EN-308-1

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trilho do Couto de souto O Trilho do Couto de Souto, de âmbito histórico-cultural, é um percurso pedestre de pequena rota. Desenvolve-se em áreas situadas na encosta sudeste do vale do Rio Homem, em que atravessa povoações rurais pertencentes às freguesias de Souto e Ribeira. Este traçado circular, com início e fim na freguesia de Souto, visita vestígios edificados pertencentes ao Couto.

Extensão - 5 KmDuração - 4 HorasDificuldade - MédioLocalização - Souto e RibeiraPartida/chegada - Lugar do Paço – SoutoAcessos - EN 205 e EN-307 trilho da Geira

O Trilho da Geira, um percurso pedestre de pequena rota, de âmbito histórico e paisagístico, apresenta uma extensão de 9,5 km, com um tempo de duração de 4 horas, sendo o grau de dificuldade médio. Este percurso alonga-se pelos caminhos agrícolas das freguesias de Chorense e da Balança, que encerram em si vestígios históricos de elevado interesse turístico e cultural. Esse interesse advém, sobretudo, da existência de marcas da actividade romana mas, pode estender-se ao

ambiente arquitectónico das aldeias típicas em granito, onde subsiste um ambiente rural, e ao ambiente físico e natural que é facilmente visível em muitos dos locais do trilho.

Extensão - 9,5 kmDuração - 4 HorasDificuldade - MédioLocalização - Chorense e BalançaPartida/chegada - S. Sebastião da Geira – ChorenseAcessos - EN - 205 e EN - 307 EN- 535, 536 e 1265

trilho da PreGuiça

Percurso pedestre de pequena rota. De destacar a passagem pela Ecologia do Carvalhal, a cascata de Leonte e o vale de falha do rio Gerês, em plena Serra do Gerês. Este percurso engloba áreas de menor altitude entre a casa da Preguiça e a Cascata de Leonte, tendo início e término na casa da Preguiça. Os principais pontos de interesse são a Casa da Preguiça, Miradouros, Ribeira da Laja, Ribeira da Cantina, Rio Gerês e a Cascata de Leonte.O conjunto de percursos definido – trilhos I, II e III – centra-se num percurso mais longo, assinalado por trilho I, com uma distância real próxima dos 5 500 metros. O trilho I tem um grau de dificuldade médio, atendendo, principalmente, ao início do trajecto, ascendente e com

alguma inclinação, passando de uma cota de 665 para 852 metros, ao longo de uma distância de 1000 metros. Os restantes percursos assinalados por trilhos II e III são mais curtos e de menor grau de dificuldade.

Extensão - 5 kmDuração - 3 HorasDificuldade - MédioPartida/chegada - Casa da Preguiça

trilho interPretativo das silhas dos ursos Percurso pedestre de pequena rota que se desenvolve na Serra do Gerês, sobre uma das vertentes do vale da falha do Rio Gerês, a altitudes compreendidas entre os 900 e os 1100 metros, no âmbito da apicultura e arqueologia rural. Este trilho pedestre denominado pequena rota. O espaço que o trilho percorre é constituído por encostas íngremes e cobertas de matos, linhas de água, pequenos bosques de carvalhos, vidoeiros e azevinhos e prados. Neste território é frequente a observação de animais, em especial as aves.

Extensão - 5 kmDuração - 3 HorasDificuldade - MédioLocalização - Vilar da Veiga e Campo do GerêsPartida/chegada - Casa da Junceda (antiga casa Florestal)

trilho dos moinhos de st.ª isabel do monte

Extensão - 2,5 km a 8,5 kmDuração - 3 HorasDificuldade - baixa

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rio Homem

Comprimento: 48,2 kmNascente: Serra do GerêsFoz: CávadoÁrea da bacia: 257 km²

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Localização - Freguesia do MontePartida/chegada - Casa da Junceda (antiga casa Florestal)

trilho das aldeias de montanha

Este percurso pedestre de grande rota, de âmbito histórico-cultural e paisagístico. Desenvolve-se na vertente mais amena a jusante da Serra Amarela, percorrendo caminhos carreteiros, de pé-posto, agrícolas e estradas municipais das freguesias de Brufe, Carvalheira, Covide e Campo do Gerês que, no conjunto, marcam um património de elevado interesse cultural e histórico. Os sítios de interesse a visitar representam a identidade cultural inerente a cada uma das freguesias, cujo valor se estende ao património natural e arquitectónico das aldeias típicas, onde subsiste um ambiente rural acolhedor.

Extensão - 30 kmDuração - 2 dias com pernoitaDificuldade - Média/elevadaLocalização - Brufe, Carvalheira, Covide e Campo do GerêsPartida/chegada - Brufe - sítio do Espelho de Água.

MIRADOUROSAs serras do Gerês e Amarela, as cascatas, as lagoas, os

miradouros, a fauna, flora e geologia fazem desta região um legado patrimonial no sector ambiental e turístico.Os miradouros permitem admirar a imensa paisagem deste património natural, salientando-se os Miradouros da Junceda, Boneca, Fraga Negra, Penedo da Freira, Pedra Bela, Mirante Novo e Velho e o miradouro de Bom Jesus das Mós.

GASTRONOMIAUma vez que uma terra é sempre atractiva quando se trata dos seus sabores, Terras de Bouro não foge à regra pois possui agradáveis espaços de restauração recheados de diversas iguarias características da região, tais como cozido de feijão com couves, cabrito da serra do Gerês no forno, caldeirada de cabra, leite-creme, aletria, rabanadas, pastéis de Sta. Eufémia, entre outros pratos típicos.

TURISMO NÁUTICO A Albufeira da Caniçada oferece serviços e condições atractivas para a prática de um variado número de actividades náuticas. A embarcação “Rio Caldo” é um barco de recreio que dispõe de 46 lugares sentados, navega todo o ano pelos 689ha de espelho

de água, num passeio de 1:30 horas, numa vertente turística e pedagógica.A Marina de Rio Caldo e o Centro Náutico são estruturas turísticas muito procuradas, quer pela sua paisagem de excelência, quer pelas excelentes condições de prática desportiva que oferece. A Marina de Rio Caldo proporciona actividades desportivas aos visitantes e turistas, desenvolvidas na albufeira da Caniçada pelas empresas de Animação Turística locais, acrescentando mais-valias na oferta turística. As empresas de animação turística, disponibilizam programas, equipamentos e serviços para a prática de desportos náuticos a funcionar todo o ano.

TURISMO DE CULTURAO Município de Terras de Bouro possui um extenso e diversificado património cultural. Os turistas ao visitar o território têm oportunidade de encontrar um valioso legado patrimonial, salientando-se a Via Romana/Geira classificada de Monumento Nacional. A recriação da aldeia de Vilarinho das Furnas e o próprio Museu foi construído com objectos originais e pedras retiradas da aldeia.

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ARTESANATO E PRODUTOS NATURAIS O artesanato que prevalece na região é à base do linho, tais como, a conhecida toalha de água-nas-mãos e os bordados, realçando-se o lenço dos namorados e os trabalhos em Madeira no Gerês. Todos estes trabalhos são verdadeiras obras de arte, saídas das mãos dos artesãos que trabalham no Centro de Artesanato Pedras Brancas em Covide, Brufe, Cibões e Gerês. Salientam-se também os produtos locais tais como os diferentes chás do Gerês e as diversas variedades de mel da Serra do Gerês.

ASSOCIAÇÃO PEDRAS BRANCASA associação possui um posto de vendas onde se podem encontrar variados trabalhos em linho, imitações de peças antigas, artesanato em madeira, arranjos florais, produtos em vime, produtos em barro, diversas peças de tecelagem em tirela, lã, entre outros.

ARTESANATO DO GERÊSA madeira é utilizada como matéria-prima e transformada em brinquedos, barcos, espigueiros, tabuleiros e outros objectos. A infância de antigamente é recordada através da construção de miniaturas de barcos à escala dos materiais de ornamentação, a relembrar a época dos descobrimentos, e os brinquedos pintados em cores fortes.

CESTARIAUma actividade tradicional bastante implantada era a cestaria

que servia de suporte financeiro a imensas famílias. Esta divide-se em tradicional e de junco, com a produção de vestuário para proteger os pastores do frio e da chuva.A sua técnica de confecção é a colagem de «tiras» (nome atribuído à madeira cortada e tratada), umas na vertical e outras na horizontal. Estes produtos são feitos com madeira de mimosa, salgueiro, amieiro, freixo, carvalho e castanheiro. Devido à concorrência dos plásticos esta actividade tem vindo a desaparecer, só subsiste em regiões onde o artesão se adaptou às actuais circunstâncias, trabalhando com um fim essencialmente decorativo. O cesteiro confeccionava todo o tipo de cestas e cestos fundamentais às várias tarefas agrícolas e do quotidiano: o canastro, o cesto para vindima, a cesta da feira, etc. Quanto à cestaria de junco, os produtos produzidos são: a croça (capa colocada sobre os ombros), o croço (croça sem capucho) e o corucho (protecção para a cabeça). Estes produtos eram uma protecção eficaz para o frio e a chuva nas zonas serranas. De forma geral em quase todas as povoações, havia um artesão mais habilidoso que abastecia os vizinhos. Estas peças também perderam a sua função original, sendo actualmente peças decorativas.

TECELAGEM EM LINHOTecelagem em linho também conhecida por tecelagem tradicional, utiliza um tear manual

e tem características próprias.

TECELAGEM EM LÃA criação de gado ovino e caprino acontece naturalmente numa paisagem agreste e de altitude. A ovelha e a cabra asseguravam um rendimento às famílias, pela venda das crias, e pelo abastecimento de leite e carne. A ovelha fornecia a lã, uma matéria-prima muito importante para a confecção de vestuário que as protegia do frio nos invernos rigorosos.

ROCASActualmente as Rocas adoptam uma funcionalidade particular-mente decorativa. É um instru-mento imprescindível para a fiação do linho, uma das maté-rias-primas utilizadas na tecela-gem.

TORCENDO A LÃA lã satisfazia quase todas as necessidades de vestuário da população: capas, calças, meias, calções, gorros, mantas, cobertores, etc. Estas peças bastante rústicas são manufacturadas com lã pura e segundo técnicas tradicionais.

TAMANCARIAOs «tamancos», «socos» ou «chancas» eram o calçado tradicional dos habitantes das aldeias minhotas. Os tamancos podem ser abertos ou fechados e de diferentes feitios. Actualmente são utilizados como decoração. Um exemplo disso são os tamancos em miniatura ou o tamanco aberto que serve de suporte para garrafas.

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