RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia...

52
SUMÁRIO Editorial 03 Katia Siqueira de Freitas Minicurso - Como transformar um grupo em uma equipe de sucesso na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes 05 Maria Augusta da Silva Moura Martha Sahade Araújo Participação do PGP/LIDERE no Semário Temático II – PRADEM 07 Rita Cristina Mira de Souza Avaliação - um constante desafio 09 Natacha d’Almeida Monteiro XX Simpósio da Associação Nacional de Políticas e Admistração da Educação - ANPAE 11 Célia Maria Ferreira Cordeiro Semana Pedagógica da Escola Estadual Professora Maria Anita 15 Maria Augusta da Silva Moura Natacha d’Almeida Monteiro Vivências Pedagógicas - Escola Municipal Esther Felix da Silva 17 Maria Cleide de Sousa Mira Módulos e Oficinas: atualização em serviço da equipe escolar 21 A Força da Equipe: gestão compartilhada como um diferencial de qualidade 23 Coordenação Katia Siqueira de Freitas Organização, concepção e elaboração Valdinei Costa Souza Colaboração Equipe PGP/LIDERE

Transcript of RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia...

Page 1: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

1

SUMÁRIO

Editorial 03Katia Siqueira de Freitas

Minicurso - Como transformar um grupo em uma equipe de sucesso naEscola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes 05Maria Augusta da Silva MouraMartha Sahade Araújo

Participação do PGP/LIDERE no Semário Temático II – PRADEM 07Rita Cristina Mira de Souza

Avaliação - um constante desafio 09Natacha d’Almeida Monteiro

XX Simpósio da Associação Nacional de Políticas e Admistração daEducação - ANPAE 11Célia Maria Ferreira Cordeiro

Semana Pedagógica da Escola Estadual Professora Maria Anita 15Maria Augusta da Silva MouraNatacha d’Almeida Monteiro

Vivências Pedagógicas - Escola Municipal Esther Felix da Silva 17Maria Cleide de Sousa Mira

Módulos e Oficinas: atualização em serviço da equipe escolar 21

A Força da Equipe: gestão compartilhada como um diferencial de qualidade 23CoordenaçãoKatia Siqueira de Freitas

Organização, concepção e elaboraçãoValdinei Costa Souza

ColaboraçãoEquipe PGP/LIDERE

Page 2: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

2

Notícias 49

Natal Solidário - Escola Municipal Fazenda Grande II

Confraternização PGP/LIDERE

Confraternização FAPEX

Visita a Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SMEC

Entre em contato 53

Page 3: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

3

EDITORIAL

Esse é o último número do GERIR no ano de 2001. A força da equipe do ProgramaGestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE- tem sido o diferencialpara mantermos, ininterruptamente, essa publicação que já está no seu sexto ano.

O GERIR se tornou, ao longo dos seus seis anos de existência, um veículo de comu-nicação eficaz entre educadores. Ele vem socializando conhecimentos construídos e asatividades realizadas pelas equipes em colaboração com as escolas participantes do PGP/LIDERE. Sem essas escolas e suas comunidades escolar e local, o trabalho não fluiriacomo almejado. Essas atividades são realizadas por equipes de educadores estimuladosa desenvolverem um trabalho educativo compartilhado e voltado para a re-construção dapaz e da harmonia no planeta terra, priorizando a formação do cidadão crítico, competente,consciente dos seus direitos e deveres perante a sociedade que ele faz parte, independentede cor, credo religioso, status socioeconômico cultural, opção política ou localizaçãogeográfica.

Conscientes do dever de desenvolver um trabalho qualitativo que atenda as expecta-tivas de uma visão de mundo melhor, o GERIR e a sua equipe de colaboradores lançamseus bons fluidos para todo o planeta, rogando que o espírito de amor e paz do Natal Cris-tão preencha todos os espaços do coração das crianças, jovens e adultos, inundando ouniverso.

Katia Siqueira de FreitasEditor

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 03, nov./dez. 2001.

Page 4: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

4

Page 5: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

5

Martha Sahade Araújo 1

Maria Augusta da Silva Moura 2

A equipe PGP/LIDERE esteve na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, localizadana rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como transformar um grupo em uma equipede sucesso”. Essa equipe contou com a participação da especialista em Educação Inclusiva, MaraSchwingel (vice-coordenadora PGP/LIDERE), da especialista em Psicopedagogia, Martha SahadeAraújo (bolsista PGP/LIDERE), da pedagoga Rita Cristina Mira de Souza (consultora PGP/LIDERE),da estudante de graduação em Administração de Empresa com habilitação em Gestão de Negóci-os Gilka Santana do Espírito Santo (estagiária PGP/LIDERE), das estudantes em PedagogiaMaria Augusta da Silva Moura (estagiária PGP/LIDERE), Elaine Xavier de Sousa (estagiáriaPGP/LIDERE), Rosemy Soares Marques (estagiária PGP/LIDERE) e Dione Sá Leite Carvalho(bolsista IC/CNPq).

O minicurso foi liderado por Dione Sá Leite Carvalho, Elaine Xavier de Sousa e RosemySoares Marques. O público alvo foram as comunidades escolar e local representadas pelavice-diretora da escola do turno vespertino, professora Maria das Graças Guimarães dosSantos, a coordenadora do turno vespertino, professora Ruth Goes da Silva, quatro professoras,duas mães de alunos e nove alunas da oitava série do ensino fundamental.

A vice-coordenadora PGP/LIDERE Mara Schwingel fez a abertura do minicurso enfatizandoa importância desse evento para a construção coletiva de conceitos relativos à liderança e àgestão participativa no contexto escolar.

A dinâmica despertou reflexões sobre a necessidade do trabalho em equipe ser baseado namotivação e coesão dos seus integrantes.

1 Pedagoga – UFBA, especialista em Psicopedagogia – INBRAPE, e-mail: [email protected] Estudante em Pedagogia – UFBA, e-mail: [email protected]

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 05-06, nov./dez. 2001.

Minicurso - Como transformar um grupo em uma equipe desucesso na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes

Em destaque: Elaine Xavier de Sousa - estagiária,Dione Sá Leite Carvalho - bolsista IC/CNPq eRosemy Soares Marques - estagiária PGP/LIDERE

Page 6: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

6

As líderes dos cursos explanaram sobre os conceitos e as diferenças entre grupo e equipe.Grupo é a reunião de um certo número de pessoas que interagem e estão juntas até concluíremuma atividade, tem caráter imediatista. Equipe é um grupo de pessoas que trabalham para ummesmo fim, através da cooperação, em prol do contínuo aperfeiçoamento de seus membros.

A exposição centrou-se nos instrumentos e na maneira de utilizá-los a favor da construção deuma equipe de sucesso. Esse processo é iniciado na primeira reunião anual, considerando impres-cindível explicitar a meta e a missão propostas pela equipe, planejar ações assumdo riscos calcu-lados e concentrar nos resultados obtidos.

Visando manter o sucesso da equipe, é necessário esclarecer funções e responsabilidadesdos partícipes, organizar ações e fazê-las de forma criativa, eleger e apoiar lideranças, manter acomunicação clara, tomar decisões objetivas e avaliar retrocessos e avanços alcançados.

Todas essas atitudes são importantes para transformar um grupo em uma equipe desucesso, porém o elemento fundamental para qualquer ação bem sucedida é a crença nopoder de mudança e de realização que todos nós possuímos!

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 05-06, nov./dez. 2001.

Page 7: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

7

PARTICIPAÇÃO DO PGP/LIDERE

NO SEMINÁRIO TEMÁTICO II – PRADEM

Rita Cristina Mira de Souza1

Foi promovido pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Educação Municipal –PRADEM - ISP, coordenado pela Professora Adélia Portela, o Seminário Temático II com o temaO Financiamento da Educação no Brasil: retomando o antigo debate – escassez ou uso inade-quado dos recursos? O Seminário ocorreu nos dias 25 e 26 de outubro de 2001, no Centro deAperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Salvador- CAPS,na rua Rio Grande do Sul, 509 – Pituba, Salvador-BA.

Os principais objetivos do evento foram: discutir o financiamento da educação no Brasil,suas possibilidades e limitações; identificar fontes de financiamento da educação básica; avaliaras políticas públicas de descentralização, suas implicações para a gestão da educação municipal eem particular, da escola.

Houve co-participação dos presentes: a equipe do Programa Gestão Participativa comLiderança em Educação - PGP/LIDERE, secretários de Educação; equipes técnico-pedagógicas,gestores escolares e conselheiros de municípios baianos; participantes do PRADEM; conselheirosdo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magisté-rio - FUNDEF; professores e alunos da Faculdade de Educação/UFBA.

Durante o evento, foram debatidas e elucidadas várias questões em torno da necessi-dade de continuar a desvendar aspectos do financiamento da Educação Fundamental no Brasil:a autonomia, a descentralização, mapeamento das fontes de financiamento, de onde vêm osrecursos, se são realmente escassos e usados adequadamente, entre outras.

Ficou claro, que no contexto atual da educação brasileira, existe uma necessidade emer-gente de desenvolver uma cultura de investigação e controle do Financiamento da Educação noBrasil. Foi levantada como sugestão, a importância, que educadores articulem a implementaçãoda proposta pedagógica na escola com as questões admistrativas e financeiras, buscando infor-mações e fundamentos sobre direitos e deveres diante dos recursos disponibilizados para aescola, desenvolvendo assim uma educação de qualidade, com eficiência e eqüidade.

A equipe PGP/LIDERE sentiu-se contemplada e satisfeita em participar do evento, poisele foi rico em conhecimentos, aumentando o interesse dos educadores em pesquisar sobre atemática em foco: Financiamento da Educação no Brasil. O financiamento da educação é vivenciadano cotidiano das salas de aula, nas diretorias, secretarias, corredores das escolas, enfim, portodos que estão engajados no processo educativo.

O Seminário foi significativo para a equipe, considerando-se que a mesma tem como alvode suas ações, a qualidade da educação pública baiana.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 07, nov./dez. 2001.

1Pedagoga - UNEB e Consultora PGP/LIDERE- e-mail: [email protected]

Page 8: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

8

Page 9: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

9

Avaliação - um constante desafio

Natacha d‘Almeida Monteiro1

A Sociedade Brasileira de Educação Comparada, em ação conjunta com a Agência deAvaliação da UFBA/ISP/FAPEX e com o apoio do Núcleo de Avaliação de Educação do ISP/UFBA, realizou em Salvador- Bahia, a Reunião Anual da SBEC entre os dias 29 e 30 de novem-bro de 2001, a qual foi direcionada ao tema: “Tendências Nacionais e Internacionais na AvaliaçãoEducacional do Terceiro Milênio”. Entre os diversos palestrantes estiveram presentes, JayMoskowitz (vice-presidente institucional do American Institute for Research (AIR); Cândido AlbertoGomes (UCB/DF); Lúcia Browne Rego (SEC/PE); Lys Vinhaes (Agência de Avaliação UFBA/ISP– FAPEX); Rosa Hashimoto (FLEM/BA); Katia Siqueira de Freitas (UFBA-PGP/LIDERE-FORD);Renata Prosepio (SEC/BA); Cipriano Luckesi (FFCH/UFBA); Jussiara Xavier Pinheiro (BolsistaPIBIC/CNPQ); Dione Sá Leite Carvalho (Bolsista IC/CNPq); as professoras da Escola MunicipalEsther Felix da Silva: Gleide Maria Fonseca dos Santos e Marli Bispo de Jesus e a vice-diretorada Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes: Maria das Graças Guimarães.

O encontro focalizou comparativamente as diferentes perspectivas e tendências nacionaise internacionais de avaliação educacional. Foram debatidos aspectos relevantes das avaliaçõese as alterações que podem produzir nas escolas. Refletiu-se sobre o impacto dos usos e abu-sos da avaliação nas escolas, e as possibilidades de usufruir dos benefícios que ela possa pro-duzir para detectar áreas de problemas e propor soluções.

Embora a introdução dos progressos da informática, do raio laser e dos supercondutoresdesafiem a escola atual preocupada em mostrar ao aluno como buscar por si mesmo as fontesde conhecimento e saber selecioná-las, alterando a forma de ensinar e aprender, o problema dasavaliações continua presente.

As distorções da prática da avaliação, usadas somente como verificação da aprendizagemou punição, foram amplamente criticadas. Este tipo de verificação pontual, supervaloriza as pro-vas e constitui-se em fator de estresse para os alunos, torna-os desinteressados em aprender eestabelece critérios discrimatórios de exclusão.

O professor Cipriano Luckesi trouxe com muita clareza, a questão das distinções entreexame e avaliação. Demonstrou que a avaliação pela sua complexidade não pode ser pontual ouclassificatória, mas é diagnóstica e inclusiva, ou seja, ao perceber que os resultados apuradosnão correspondem ao que deles se esperava, não se cogita de excluir, mas de corrigir asdistorções. O que não é possível admitir é a confusão entre exame e avaliação, frisou Luckesi. Aavaliação não lineariza a realidade, nem tem caráter seletivo ou excludente. O desempenho naavaliação é provisório e sucessivo. Tem a finalidade de diagnosticar problemas existentes e bus-car soluções de forma ampla e abrangente por isso é construtiva, dinâmica e complexa.

Conforme ressaltou o professor Cândido A. Gomes, a avaliação depende do envolvimentodo avaliado e é indispensável uma dialogicidade entre quem avalia e quem está sendo avaliado,devendo haver entre ambos, uma comunicação clara. Do ponto de vista de Gomes, a avaliaçãodeve sempre ser clara, transparente, sem deixar dúvidas quanto à veracidade e esmerar-se noprocesso de alcançar seus objetivos, como o de enfatizar a análise dos resultados apresentan-do-os mais inteligíveis e conclusivos. É de dentro do sistema educacional que as mudançasdevem surgir, conclui o professor Cândido Gomes. É do conhecimento geral que os estereótiposprovocaram resistências dentro das escolas à avaliação; resistências que são produto da inse-gurança e do medo que toda possibilidade de mudança costuma acarretar.

1Estudante de letras UNIFACS - e-mail: [email protected]

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 09-10, nov./dez. 2001.

Page 10: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

10

Em boa parte dos países, a avaliação é reduzida a uma exposição de dados que servempara comparar instituições. É preciso expor esses resultados e propor soluções para os novosproblemas.

Sabe-se que até meados dos anos 80, o Brasil não dispunha de um sistema de avaliação.Jay Moskowitz deixa claro que o Brasil esta engatinhando no que se refere à avaliação, o que nãoinvalida as tentativas de continuar a apurar o processo, adequando-o à realidade social, históricae política do país. Para Moskowitz fatores substantivos, técnicos e práticos variam a depender doobjeto específico de cada avaliação. As avaliações de cumprimento de metas devem ser compa-ráveis entre contextos; quem é que avalia, o que é avaliado, como a avaliação é admistrada, quetipos de itens são utilizados, qual a freqüência necessária da avaliação, que procedimentos esta-tísticos são utilizados e quem recebe os resultados. Quanto às avaliações internacionais, sãorealizadas de 4 em 4 anos, sendo aconselhável usar-se sempre os mesmos instrumentos paramedir coisas semelhantes. Nos EUA as avaliações são feitas de baixo para cima ou de cima parabaixo. Os professores avaliam os alunos de acordo com o currículo para construção de novoscurrículos que ofereçam melhoria no Sistema de Ensino. Funcionam de forma substancial nãosendo meros retoques no Sistema de Avaliação.

A professora Silvia Coelho considerou no contexto da avaliação institucional das escolaspúblicas, a avaliação, como instrumento de discussão e participação coletiva sobre as práticasvivenciadas no cotidiano da escola. O intuito do Estado ao instituir este modelo foi capacitar aescola para sua auto-avaliação nos mesmo moldes da SAEB, bem como disponibilizar informa-ções que permitam à comunidade participar do processo de construção. Nesse processo sãoutilizados o cadastro da escola, o questionário do Núcleo de Gestores e Professores, o roteiro dediscussão dos alunos da 1a à 4a e da 5a à 8a série, o roteiro de discussão dos funcionários, oroteiro de discussão dos pais e a ficha de acompanhamento da avaliação institucional pelo Con-selho Escolar. Para Silva Coelho, “a função da escola é formar cidadãos críticos, participativos,reflexivos e conscientes dos seus direitos, deveres com habilidades conseguidas através dosconteúdos explorados”. E conclui “a avaliação institucional, ao contrário da avaliação de rendi-mento tem obtido adesão significativa da parte das escolas e está cumprindo seu objetivo, mas éfundamental capacitar o Conselho Escolar para avaliar o processo”. Nesse tipo de avaliaçãoalguns itens, como a melhoria da qualidade do ensino, a eficiência do fluxo de matrícula.

O Estado está investindo ultimamente na área de avaliação e em breve este investimentoserá questionado. O kit da gestão escolar já implantado e constituído pela câmara de certificaçãocomposta por educadores, gente que atua na área e representante de alunos, avalia também ocargo de coordenador e o desenvolvimento dos textos. O objetivo desse kit é fazer um trabalhopróximo ao de universidades, aplicando testes de conhecimento específico do tipo múltipla esco-lha para avaliar o desenvolvimento integral do aluno, incluindo teste de comunicação e expressãoda língua portuguesa e teste de questões práticas, planejamento estratégico e gestão escolar. Ocoordenador pedagógico deverá conhecer metodologia, orientar e fazer articulações com o pro-fessor e analisar a aprendizagem global do aluno.

Para ilustrar a utilização do instrumento de avaliação utilizado atualmente em escolas pú-blicas de Salvador, Dra. Katia Siqueira de Freitas e suas bolsistas de iniciação científica, DioneSá Leite Carvalho e Jussiara Xavier Pinheiro utilizaram além de dados de pesquisa, o depoimentodas professoras Gleide Maria Fonseca da Silva, Marli Bispo de Jesus e Maria das Graças Guima-rães. Em suas conclusões, Dra. Katia Siqueira de Freitas assinalou a linearização do processo,o quão distante a avaliação se encontra do seu real papel de sinalizadora de dificuldades e pro-blemas, bem como a necessidade de adequar a avaliação ao contexto das escolas.

A riqueza de conteúdo e a variedade de elementos das contribuições constituíram umencontro proveitoso, apontando para a possibilidade de maiores aprofundamentos e reflexõessobre o tema.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 09-10, nov./dez. 2001.

Page 11: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

11

XX Simpósio Brasileiro de Política eAdministração da Educação - Momentos e Movimentos

Célia Maria Ferreira Cordeiro1

O XX Simpósio foi promovido pela Associação Nacional de Política e Admistração daEducação–ANPAE, com o apoio da Ford Foundation, da Universidade Federal da Bahia e doCNPq.

Integraram a Comissão Organizadora os profissionais:

• Graziela Alves Miranda,• Katia Siqueira de Freitas,• Lourdes Marcelino Machado,• Maria do Carmo Paoliello,• João Ferreira de Oliveira.

O XX Simpósio congregou pesquisadores, professores, admistradores educacionais,assim como estudantes da área de educação e membros de entidades educativas reafirmandoa necessidade de se pensar a educação, num espaço democrático de reflexão e construção denovas idéias.Os objetivos do Simpósio contemplaram os seguintes aspectos:

• Aprofundar reflexões sobre a natureza e impactos dos diversos momentos e movimentos da política e admistração da educação no Brasil;• Analisar as políticas, o planejamento, a gestão e a avaliação de novas idéias e práticas educacionais a partir dos diferentes momentos e movimentos;• Promover a interlocução entre pesquisadores, gestores, professores, e estudantes da área de políticas e administração da educação, tendo em vista maior articulação entre teoria e prática.

Foram previstas diversas modalidades de participação agregando vários elementos teóricos epráticos, decorrentes de pesquisas e de experiências públicas e institucionais em educação,contemplando as modalidades:

• grandes conferências proferidas por especialistas na temática;• painéis que possibilitaram uma visão diversificada sobre um tema;• debates de pesquisas concluídas ou em andamento;• relato de experiências.

Os temas apresentados contemplaram os seguintes enfoques:

1. Política e Gestão do Ensino Superior 2 .Política e Gestão do Ensino Médio 3 .Política e Gestão do Ensino Fundamental 4 .Política e Gestão da Educação Infantil 5 .Descentralização e Autonomia Escolar 6 .Financiamento da Educação 7 .Gestão de Projetos de ONG’s 8 .Gestão Democrática 9 .A Sociedade do Conhecimento, a educação e os multimeios

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 11-14, nov./dez. 2001.

1A professora Célia Maria Ferreira Cordeiro é professora aposentada da Universidade Federal da Bahia; Mestre em Ciências Sociais Aplicadas à Educação e Bolsista do PGP/LIDERE.

Page 12: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

12

A atividades em destaque foram as a seguir enumeradas:

Dia 25:• Conferência de abertura “Política e administração da educação: Momentos e Movimentos”

Dia 26:• Mesa Redonda “Admistração da Educação no Brasil: concepções e tendências”.• Painel “Financiamento da Educação no Educação no Brasil: políticas e práticas”.• Apresentação de trabalhos acadêmicos com debatedores.• Experiências exitosas.

Dia 27• Mesa Redonda”Sistema Nacional de Educação: regulando a flexibilidade”.• Mesa Redonda “Formação dos profissionais da Educação pós LDB: vicissitudes e perspectivas‘’.• Apresentação de trabalhos acadêmicos com debatedores.• Experiências exitosas.

Dia 28:• Mesa Redonda “O terceiro setor na Educação: as diferentes faces do público e do privado”.• Painel “Reforma do Ensino Médio e Profissional: dualidade renovada”.• Plenária dos Grupos de Discussão.• Assembléia de Sócios da ANPAE.

O PGP/LIDERE participou do XX Simpósio através da atuação dos seus representantes naComissão Organizadora, Coordenação e apresentação de trabalhos nas seções “ExperiênciasExitosas” e também da participação de bolsistas e estagiários do PGP/LIDERE.

Coordenadores das Seções “Experiências Exitosas:

Avelar Luiz Bastos Mutim - Doutor em EducaçãoDoralice Marques de Araújo Cerqueira - Mestre em EducaçãoFlorisbela Nunes dos Santos - PedagogaLígia Barreto Jacob, estagiária - Estudante de Pedagogia UFBAMara Schwingel - Especialista em Educação InclusivaMaria Bernadette Pataro de Queiroz - Psicóloga

Apresentação de trabalhos:

Titulo : Democratização da gestão escolar: uma construção a ser alcançada.Doralice Marques de Araújo Cerqueira

Título: Programa PGP/LIDERE: avanços e perspectivasAvelar Luiz Bastos Mutim, Mestre em EducaçãoFlorisbela Nunes dos Santos - Pedagoga - UCSALMaria Cleide de Sousa Mira - Pedagoga - UFBA

Participantes PGP/LIDERE

Rosemy Soares Marques,estagiáriaMaria Augusta da Silva Moura, estagiáriaAlessandra Caldeira Pimentel, voluntáriaRita Cristina Mira de Souza, bolsistaJussiara Xavier Pinheiro, bolsistaElaine Xavier de Souza, estagiáriaElisa Maria de Jesus Santos, pedagogaReginaldo Perreira dos Santos Junior, estagiáriosDione Sá Leite de Carvalho, bolsista

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 11-14, nov./dez. 2001.

Page 13: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

13

Os participantes construíram uma visão do Simpósio em seus relatórios sobre o evento,destacando a validação dos seguintes aspectos, resultantes das reflexões procedidas durante oSimpósio:

• A importância da reflexão coletiva sobre a realidade educacional, e sobre o redirecionamento dos papéis na atuação profissional da área ,em função das transformações decorrentes dos anseios de construção de uma sociedade mais democrática, justa e equânime.

• A rearfirmação e o reconhecimento do potencial de intervenção dos educadores, a partir da análise do pensamento educacional no curso da história brasileira.

• A validade e o significado da reunião de pesquisadores ,professores e estudantes para refletir num espaço aberto sobre a realidade, anseios, experiências particulares e propostas para o enfrentamento dos problemas.

• O significado da forma dinâmica e enriquecedora de realização dos debates, discussões, mesas redondas, painéis e relatos de experiências.

• O conhecimento de várias experiências exitosas comprometidas com a melhoria da qualidade dos serviços educacionais.

A cerimônia de abertura contou com a apresentação do grupo “Musicales”, composto porprofessores e estudantes de música da Universidade Federal da Bahia.

A conferência inaugural foi proferida pelo Prof. Dr. Benno Sander da Universidade de Harvard,um estudioso da Gestão Educacional na América Latina, profissional com larga experiência elonga trajetória na área educacional. Iniciou a sua fala afirmando que a “Bahia é a imagem viva doBrasil, rico e pobre, diversificado, mas solidário... enfim um Brasil brasileiro”. Assegura ainda quea mudança requerer esforço coletivo de toda a sociedade, mas especialmente dos professores.

Em seguida o Prof. João Borroso também refletiu sobre as questões da mudança emeducação, destacando as defasagens entre a teoria e a prática, concluindo pelos avanços dodiscurso e uma certa imobilidade da prática concreta. Afirma que vivenciamos a tirania da trans-formação e o paradoxo da continuidade da mudança. E ainda que o mito da reforma global daeducação está em crescente declínio. Nas suas considerações sobre a mudança expressa queela não se constitui numa caminhada heróica por um mundo idealizado, sendo o conceito atualbastante relativizado diante da teoria do caos que implica outros ideais em torno da mudança.

Por outro lado destaca as diferenças entre reforma e inovação, destacanda a crise da dimen-são normativa e o distanciamento da realidade da reforma discursiva e o seu valor puramente simbó-lico, daí a discrepância entre a teoria e a prática.

Com reflexões sobre o Financiamento da Educação, o Prof. Dr. Robert Verhine (UFBA)deixou claro que a primeira lição para se descobrir dados importantes é a persistência. ParaVerhine, o FUNDEF tem representado uma mudança significativa para os municípios no sentidoapropriação e acessibilidade das informações educacionais. Nigel Brooke (Fundação Ford), especialista em financiamento, falou que as questões definanciamento da educação têm se centrado no uso e no abuso das políticas. Afirmou que odiscurso da reforma responde a incapacidade de se estabelecer mudanças, e que o anúncio dareforma constitue-se numa forma de conter a pressão social. Assim, a retórica da reforma tendea tornar-se mais redundante quando diminuem os recursos financeiros e aumentam as dificulda-des

Em relação à admistração e a gestão do ensino, o Prof. Vicente Paulo de Carvalho consi-dera a conscientização, a politização e o engajamento histórico, premissas necessárias para asua efetivação.

Na análise do Sistema Nacional de Educação, a Prof. Regina Vinhaes Gracindo (UNB)discutiu a eficácia do Estado em relação a regulação da flexibilidade configuradas entre o taylorismox neoliberalismo clássico apresentando as características:

• A importância das tecnologias• O caráter de flexibilidade• A tercerização• O controle de qualidade• Gestão/descentralização• Desempenho estrutural• Papel do Estado e necessidade de avaliação contínua e padronizada

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 11-14, nov./dez. 2001.

Page 14: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

14

No sistema nacional de ensino, a flexibilização se apresenta como descentralização, auto-nomia, propostas e políticas de democratização.

O Prof. Cipriano Luckesi (UFBA) coloca a avaliação como uma das formas de regular aflexibilidade, afirmando o contraponto da inexistência da flexibilidade substituída pela manipulação.Reflete sobre as diferenças entre examar e avaliar, transitando entre a dimensão classificatória eexcludente e o desempenho construtivo.

Em relação à temática, o terceiro setor e a educação, o Prof. Petrônio Leche estabeleceinicialmente diferenciações entre o público e o privado, termos que comportam uma multiplicidadede sentidos e envolvem conotações políticas e ideológicas. Na educação a referência diz respeitoao que se caracteriza como patrimônio da coletividade.

A administração pública é marcada pelo patrimonialismo burocrático e gerencial e enfrentauma descrença muito forte. Considera–se no processo de descentralização, a transparência, adesburocratização, o profissionalismo, a competitividade, a ética e o foco no cidadão são atributospara o setor público alcançar o padrão de excelência. Assegura que o que está em questão não é aqualidade dos gestores, mas o próprio modelo de funcionamento do serviço público. Todas essasconsiderações apontam para o significado da participação dos integrantes do PGP/LIDERE no XXSimpósio da ANPAE transfigurado no dizer de Cora Coralina, citado em um dos relatórios:

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 11-14, nov./dez. 2001.

Page 15: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

15GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 15-16, nov./dez. 2001.

1 Estudante do curso de Pedagogia - UFBA e estagiária do PGP/LIDERE, e-mail: [email protected] Estudante do curso de Letras - UNIFACS e voluntária do PGP/LIDERE, e-mail: [email protected]

SEMANA PEDAGÓGICA DA ESCOLA ESTADUALPROFESSORA MARIA ANITA

Maria Augusta da Silva Moura1

Natacha d’Almeida Monteiro2

A Semana Pedagógica da Escola Estadual Professora Maria Anita, no Conjunto Colina II dePeriperi, s/n. Periperi, Salvador - BA- CEP: 40725-430 aconteceu durante os dias 18, 19, 20 e 21dezembro de 2001.

Participaram deste evento a diretora Heronita Silva Castros, a vice-diretora Jandira Domingas de Lima, a coordenadora pedagógica Valuza Maria Saraiva Hodel e os professores da Esco-la, que abrange o ensino fundamental de 1a à 4a série. Apenas o corpo docente esteve presentedurante esta semana, no entanto, o mesmo reconhece a importância da participação dos demaissegmentos dessa comunidade (pais, alunos e funcionários). Segundo a coordenadora pedagógicaValuza Maria Saraiva Hodel, os demais membros não participaram porque não se sentem àvontade.

O corpo pedagógico constatou que a maioria dos pais de alunos que freqüenta as reuniõesé formada por pais de alunos até a 5a série, sendo que os pais dos alunos da 7a e 8a séries sócostumam comparecer no final do ano para esclarecimento das notas.

A Escola Estadual Professora Maria Anita conta com os seguintes projetos em andamento:

1- Clube de tecnologia da Lego (Protagonismo Juvenil);

2- Grupo e Monitoramento “Todos têm acesso ao saber”;

3- Grupo e capoeira da Escola Estadual Professora Maria Anita “Saúde Total”;

4- Projeto Lego Dacta (SEC);

5- Programa “A sua Escola a 200 por hora” - Laboratório de Informática;

6- Projeto Biblioteca Viva – Fundação Abrina (Incentivo à Leitura);

7- Projeto Amigos da Escola – Voluntários;

8- Projeto Minha Escola, meu lugar (contraturno);

9- Projeto de Socialização “Minha diretora é minha madrinha” (Projeto de socialização para alunos com dificuldades de relacionamento, de rebeldia, de indisciplina, usuários de drogas, com problemas familiares);

10- CEPUC – Projeto Recontando a Vida;

11- TERRES DES HOMMES (Projeto ONG – Genebra – Suíça).

Dia 18/12, a coordenadora pedagógica Valuza Maria Saraiva Hodel, fez uma dinâmica como grupo, a brincadeira da cadeira, mas de uma forma inovadora, ou seja, as pessoas que ficavamem pé não saíam da brincadeira, apenas uma cadeira era retirada de cada vez. Esta brincadeirafoi interpretada de diversas maneiras. Uns a identificaram como uma competição no mercado detrabalho, outros, como uma forma de unir mais as pessoas e outros, ainda, com a confirmação:vence o mais esperto. Em seguida, a coordenadora pedagógica fez uma explanação de conceitossobre habilidades e competências utilizando transparências. Estes conceitos foram fundamen-tados no dicionário Aurélio e nos textos de Philippe Perrenoud.

Page 16: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

16

A professora Valuza ressaltou a importância da constante atualização dos profissionais daárea de educação através da leitura de revistas, jornais, livros, oficinas, cursos e palestras entreoutros. Ela se preocupa em fazer constantes reuniões utilizando os recursos audiovisuais de quea Escola dispõe, com o objetivo de facilitar e dinamizar a aprendizagem, além de incentivar osprofessores a utilizarem-nos em suas aulas.

No primeiro dia em que as estagiárias do PGP/LIDERE, Maria Augusta da Silva Moura eNatacha Monteiro estiveram na Escola Maria Anita, a diretora Heronita Silva Castros apresentoua prestação de contas, esclarecendo gastos de verbas fornecidas pelo PDE, Projeto Bahia eFNDE. Este dinheiro foi investido na compra de materiais didáticos e equipamentos. A Escoladisponibiliza de sete computadores e mais uma quantia para os gastos com a Internet que foramadquiridos com o prêmio do Instituto Ayrton Senna.

A reunião do dia 18 encerrou com a leitura do texto “Pipoca”, da autoria de Rubem Alves,sobre a necessidade dos profissionais acompanharem as mudanças e transformações do mer-cado de trabalho de uma sociedade globalizada.

No dia 19/12/2001, a palestra foi conferida pelo consultor Clairton Quintela, que fez umareflexão histórica, filosófica e social da Interdisciplinaridade, discutindo mito, religião, ciência eholística.

O consultor Quintela abordou a simbologia dos mitos, pois quando o homem não conse-guia explicar alguma coisa ele mitificava. Ele revela que a Interdisciplinaridade está presente emtodos os setores, em todas as ciências, portanto, à medida que o professor tem uma visãopanorâmica do conhecimento, naturalmente a efetivará em classe. A palestra fez com que osprofissionais que participaram deste momento, refletissem sobre a sua prática e de como atuarde maneira interdisciplinar.

No dia 20/12, aconteceu uma palestra com o consultor Washington Bacelar que abordou otema Interdisciplinaridade, baseando-se nos seguintes tópicos: práxis pedagógica, paradigmasemergentes, educação integral, aspecto emocional, elaboração de projetos e avaliação doencontro.

O Consultor Bacelar ratifica que a Interdisciplinaridade engloba questões como opluriculturalismo e multirreferencialidade.

No dia 21/12, a palestrante Elyene Adorno, do Projeto Ayrton Senna, apresentou transparênciassobre a Interdisciplinaridade, ressaltando a relevância da sua efetivação em educação.

Em seguida, a diretora da Escola, professora Heronita, trabalhou o texto “Presente”, deautor desconhecido, que aborda a boa utilização do tempo, a necessidade de valorizar o temposem desperdiçá-lo com atividades e comportamentos improdutivos.

A coordenadora Valuza fez uma sensibilização com a música “Teu sonho não acabou”, docompositor Taiguara. Essa música mostra a importância do ser humano, do próximo, de reco-nhecer o valor do outro.

Como atividade de encerramento, as estagiárias do PGP/LIDERE, Maria Augusta da SilvaMoura e Natacha d’Almeida Monteiro oportunizaram um momento de descontração e subseqüentereflexão. Foi pedido que os professores ficassem de pé, fizessem exercícios de relaxamento como auxílio de uma música instrumental. Em seguida, os professores sentaram-se lentamente, eforam distribuídos bombons. Maria Augusta e Natacha apresentaram o texto “Parábola da Rosa”que aborda a importância de estar atento às próprias qualidades, investir e valorizá-las.

Após as apresentações deste dia, foi promovido um churrasco de confraternização entre osparticipantes da Semana Pedagógica e os Amigos da Escola.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 15-16, nov./dez. 2001.

Page 17: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

17GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 17-20, nov./dez. 2001.

VIVÊNCIAS PEDAGÓGICASESCOLA MUNICIPAL ESTHER FELIX DA SILVA

Maria Cleide de Sousa Mira1

No dia 20 de dezembro de 2001, na Escola Municipal Esther Felix da Silva, Colinas dasMalvinas, 3a etapa n. 59, Fazenda Coutos, Salvador/BA, realizou-se o trabalho intitulado: “VivênciasPedagógicas Participativas” pelas professoras Maria Cleide de Sousa Mira bolsista PGP/LIDEREe Maria Auxiliadora Garrido, voluntária do Programa Gestão Participativa com Liderança em Edu-cação-PGP/LIDERE, para a comunidade escolar. Com o objetivo de oportunizar ao corpo docen-te e discente da escola, momentos de reflexão de como viver e conviver participativamente o dia-a-dia na escola, o trabalho teve uma pauta que foi elaborada pela equipe, seguindo etapasseqüenciais: 1º Apresentação, 2º Sensibilização, 3º Fundamentação Teórica, 4º Apresentaçãodas equipes, 5º Dinâmica de encerramento, 6º Avaliação dos trabalhos desenvolvidos. Para trabalhar a fundamentação teórica selecionou-se, o texto: Uma Abordagem Participativapara Gestão Escolar, do livro, A Escola Participativa: o trabalho do gestor escolar, dos autores:Heloisa Luck, Katia Siqueira de Freitas, Robert Girling e Sherry Keith. O estudo do texto foi da seguinte forma: a equipe de trabalho solicita que o grupo se sub-divida em grupos de no máximo seis componentes. Formados os subgrupos o texto é divididoem tópicos seguindo a seqüência da leitura, e a equipe de trabalho orienta aos subgrupos que ostópicos estudados sejam apresentados em forma de poesia, rapp, samba, mensagens, música.O que foi aceito com muito entusiasmo pelos grupos: Vinte cinco minutos depois, os resultadosforam apresentados pelos subgrupos, ficando evidente para os presentes que os profissionaisdessa escola pública estão abertos para as inovações que o momento exige, na procura pelaqualidade do ensino público.

Seqüência das atividades que foram desenvolvidas pela equipe.

1º - Apresentação:A técnica usada para apresentação do grupo foi a entrevista. Sentaram-se em du-

pla e entrevistaram-se um ao outro. Após cinco minutos de conversa a equipe de trabalhoiniciou a apresentação do grupo, um apresentando o outro.

2º - Sensibilização:A professora Maria Cleide, do PGP/LIDERE distribuiu com o grupo de trabalho

uma folha de papel de ofício em branco. Sugeriu que os componentes fechassem osolhos e começassem a balançar a folha, próximo ao ouvido, e expressassem em pala-vras, a correspondência dos sons produzidos pela folha. Dando seqüência àsensibilização, ela solicitou que todos abrissem os olhos, fixassem e transportassemos pensamentos negativos e atitudes que atrapalhassem o desenvolvimento das rela-ções da equipe de trabalho da escola, para o centro da folha de papel. E em seguida,pediu que amassassem bem a folha com as mãos, e logo depois abrissem a folha depapel. Assim, percebeu-se que o som, antes ouvido por todos, já era não mais o mesmo.

A equipe do PGP/LIDERE fez o fechamento da atividade, falando que eles nãoestavam mais conseguindo ouvir o som anterior, porque os mesmos se dissiparam noespaço como os pensamentos negativos e as atitudes que atrapalhavam o relacionamentosaudável da equipe no desenvolvimento das atividades da escola e das relações de convi-vência da equipe.

Atividade Adaptada

1 Estudante de Especialização em Planejamento Educacional - Universo. e-mail: [email protected]

Page 18: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

18 GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 17-20, nov./dez. 2001.

3o – Fundamentação teórica:“Uma Abordagem Participativa para a Gestão Escolar” foi o texto selecionado

para ser trabalhado nas equipes. Todos receberam uma cópia doada pelo PGP/LIDEREpara lerem, fazer uma reflexão e discutirem nas suas equipes de trabalho a compreensãodo texto. Em seguida, organizaram os trabalhos que foram apresentados aos colegas.

4o- Apresentação dos trabalhos.

RAPPAutores: Diretor, Vice-diretor, Coordenador Pedagógico, professores, auxiliares. Ana Rosa, Crispiniana, Jorge, Lúcia, Marli, Ranael, Sônia

TENDÊNCIAS

Desde 1980 a escola tradicionalCom a sua metodologia arcaicaInculcava nos alunos e obrigava a não pensarA instituição escolar foi mudandoGradativamente a sua maneira de agirCom a nova tendência ganhamosMas condições de enfrentar e batalharPor uma sociedade mais consciente e democráticaNa terceira tendência vemos os nossos gestores, maistranqüilosEficientes e com garraJuntando todas as capacidades de toda uma instituiçãoEstabelecemos uma meta;Da qual seremos vencedores com bravura e otimismoHeróis desta educação que antes era conservadoraAgora com as mudanças, vejamos que felicidade, osnossos ideais realizados.Devemos isto aos nossos antigos pensadoresO valoroso Karl Marx que embora não deixando nada porescrito,Mas alguns dos seus amigos logo a deduzir publicou.Este homem valorizou a educação e muitos os desco-nheceramHoje eu vejo os nossos lideres; diretores e toda essacomunidade,Unindo os seus valores e os seus conhecimentos, tor-nando assimGlobal os nossos esforços, valeu a pena

O ânimo e a satisfação não são responsabilidades exclusivas dos gestores. Os professorese todos os participantes da comunidade escolar trabalham juntos para melhorar a qualidade daeducação e do ambiente.

Page 19: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

19GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 17-20, nov./dez. 2001.

SAMBAAutores: Diretor, Vice-diretor, Coordenador Pedagógico, professores, auxiliares Maria, Arlete, Roseli, Francimara, Osvaldo

Analisando os problemas da escolaE a responsabilidade BISSobre uma só pessoa

Eles criaram gestão participativaE daí o diretor deixou de serO único a ter que resolver

E o motivo todo mundo já conheceSe não há união nada acontece

Liberdade e autonomiaGestão participativa BIS

MÚSICAAutores: Diretor, Vice-diretor, Coordenador Pedagógico, professores, auxiliares Jocimara, Karina, Alba, Marilucia, Edilucia, Dejanira

Eu preciso de você, você, precisa de mimSó participando de tudo vamos crescer

Cooperar ajudar sem reclamarColaborar para mudar o ensino escolar.

POESIAAutores: Diretor, Vice-diretor, Coordenador Pedagógico, professores, auxiliares José Carlos, Márcia Cristina, Nildes Santana, Jaci Santos

Se há uma coisa que tem qualidadeÉ o compartilhamento de autoridade.O bom gestor tem que dividir o poderSe não, irá se arrepender.

Pois é melhor responsabilidade assumida pelo grupoEvitando assim, fugir do assunto.

E se há valorização e mobilização da sinergia da equipeNão há tempestade que desabilite.

Com a canalização de talentos, veja lá o elementoHaverá iniciativa em todos os segmentos.

Finalizando amigo, compartilhamento constante na organização, é canal aberto de informação.

Page 20: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

20

MENSAGEMAutores: Diretor, Vice-diretor, Coordenador Pedagógico, professores, auxiliares Patricia, Denise, Juarez, Solange, Gecina, Rosana

O homem não nasceu para gerir sozinho;Que bom encontrar companheiros no camho;Se dois é bom , quatro é bem melhor;O homem não nasceu para gerir sozinho, BIS,Gestão democrática aprimora a qualidade educacional,Gestão escolar promove a redistribuição das responsa-bilidades,A atual gestão democrática brasileira é coerente com astendências mundiais em educação,Gestão escolar através do projeto pedagógico promove aeducação para uma sociedade moderna e justa,A gestão participativa é uma força poderosa para gerir es-colas no BRASIL,Gestão participativa é praticar cidadania.

5o. Dinâmica do presente:Uma caixa de presente com bombons é coloca sobre a mesa. A coordenadora

da atividade solicita que a equipe eleja a pessoas mais participativa e colaboradora da esco-la e esta vai até a caixa de presente e retira 1 bombom. Este indica outra pessoa com osmesmos requisitos. A dinâmica encerra até que todos tenham participado.

Após a escolha pela equipe de uma pessoa com o perfil sugerido pela facilitadora, queentrega o presente ao ganhador, e, imediatamente, lembra, por ser ele tão comprometido com aequipe ele não deve ficar de posse do presente e sim, designar um outro componente para rece-ber a caixa de bombons e continuar a atividade que só terma quando todos tiverem participado. Afacilitadora nesse momento assume a dinâmica, e faz com que a pessoa perceba que, mesmoganhando o presente, este não pertence só a ela. Em um gesto de solidariedade, a pessoa abre acaixa e divide com todos da equipe.

6o. Avaliação: as facilitadoras do PGP/LIDERE solicitam que os participantes avaliem asatividades desenvolvidas.

Avaliação:

Eu felicito:____________________________Eu critico:____________________________Eu sugiro:____________________________

A equipe PGP/LIDERE, de posse das avaliações, dá por encerrado a atividade, falando daimportância de todos para que a escola possa desenvolver um bom trabalho junto a sua comuni-dade escolar e local, e busque alcançar a qualidade e eficiência na escola.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 17-20, nov./dez. 2001.

Page 21: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

21

MÓDULOS E OFICINAS: ATUALIZAÇÃO EM SERVIÇO DA

EQUIPE ESCOLAR

INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz parte de uma coleção de módulos que tem por objetivo aperfeiçoartécnicos, diretores, professores e demais participantes das comunidades escolar e local, visandoa melhoria da qualidade do ensino. A linguagem utilizada é de fácil acesso, permitindo à comuni-dade escolar e demais interessados difundir os temas tratados, aplicando-os diretamente à suaprática. A proposta é convidar a escola a um refletir- aprender-fazer coletivo e constante na buscade uma educação cidadã.

A concepção teórica da coleção está fundamentada na gestão compartilhada, a partir daqual a equipe torna-se responsável pelo planejamento, implementação e avaliação de ações deci-didas coletivamente. Fundamenta-se também pela concepção de qualificação permanente e con-tinuada do indivíduo ou da equipe, seja em serviço ou para desenvolver o propósito educativo deforma mais efetiva.

A metodologia utilizada tem como base o trabalho desenvolvido pelo Programa GestãoParticipativa (PGP), criado em 1995 na Faculdade de Educação da Bahia – FACED/UFBA, a partir deconvênio entre a Universidade Federal da Bahia e a Fundação Ford; consiste em: fortalecer liderançaspróativas; desenvolver equipes coesas; aumentar habilidades para solução de problemas em grupos;trabalhar com orçamento e finança escolar; (re)elaborar Projeto Pedagógico e Plano de Desen-volvimento Escolar (PDE);desenvolver temas transversais e Parâmetros Curriculares Nacionais(PCNs); ajudar o cidadão a participar da educação nacional; trabalhar arte, emoção e comunicação;apoiar escolas, secretarias municipais e estaduais de educação, preocupadas em implementargestão participativa, Conselhos e Caixas Escolares; desenvolver múltiplas inteligências; estabe-lecer parcerias com organizações públicas e privadas e construir e reconstruir, juntos, mais emelhor.

O desenvolvimento dessa metodologia é feito através de módulos temáticos, aglutinadoresde vivências pedagógicas. Essas atividades têm objetivo de ajudar às comunidades escolar elocal, no desafio de melhorar a qualidade dos seus processos gestor e pedagógico, com foco noprogresso do aluno.

O PGP/LIDERE considera a gestão escolar como responsável pelos processos admis-trativo, financeiro e pedagógico. Nesse sentido, as atividades preparam o gestor e a equipe para asuperação de desafios.

A coleção é composta atualmente por mais de dez módulos, sumarizados a seguir.Outros módulos estão em construção e testagem, como por exemplo: Grêmio Estudantil.

1. A força da Equipe: gestão compartilhada como um diferencial de qualidadeAnalisa teoria e prática da gestão compartilhada, características e condições requeridas para uma gestãoeficaz. Desenvolve atitudes e valores: comunicação, processo de identificação, análise, priorização e resolu-ção de problemas, liderança democrática, funções do líder, fortalecimento da equipe escolar, condução dereuniões, uso do tempo, registro da memória e portifólio.

2. Dinheiro na escola: a gestão dos recursos financeirosEnfatiza os princípios e etapas orçamentárias envolvidas no processo de execução dos recursos da escola,legislação vigente, conceitos e elementos de receita e despesas, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimentodo Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF e desenvolvimento prático dos conteúdosabordados.Módulo publicado no Gerir v.7, n.19, mai./jun. 2001.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 21-22, nov./dez. 2001.

Page 22: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

22

A seguir será trabalhado o módulo A Força da Equipe: gestão compartilhada como um diferencial de qualidade(II Parte) . Na sua essência, esse módulo aborda os temas que auxiliam a admistração de organizações, concentrando-se nas especificidades da gestão escolar. O pressuposto básico é que a participação dos indivíduos possibilita e garantea qualidade do processo e resultados da entidade educacional.

3. A LDB 9394/96 e o desenvolvimento escolarAnalisa as implicações da Lei 9394/96, a escola e os sistemas de ensino, o planejamento e a avaliação deprogramas educacionais. O que mudou na prática? O que ainda pode mudar?Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

4. Gestão compartilhada na prática: o Colegiado/Conselho EscolarDesenvolve o potencial dos conselheiros para o exercício de responsabilidades e funções do Colegiado/Conselho Escolar (CE), processo em grupo e construção de equipes, organização e condução de reunião,planejamento, acompanhamento, avaliação e condução do trabalho do CE para atingir maior efetividade.Publicado pela Secretaria de Educação e Cultura – SEC em 1998.Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

5. Mudança consentida: projeto pedagógico e o plano de desenvolvimento escolarDiscute planejamento e desenvolvimento do projeto pedagógico, abordando o currículo, temas transver-sais e parâmetros curriculares nacionais para construção de quadro analítico e delineamento da realidadeescolar; (re)elaboraração do “Plano de Desenvolvimento da Escola”- PDE, definindo os princípios, objeti-vos e metas, definidos pelo projeto pedagógico, bem como a avaliação do seu desenvolvimento.Módulo publicado no Gerir v.7, n.18, mar./abr. 2001.

6. Do sonho à realidade da escola: elaboração, desenvolvimento, avaliação e acompanhamento deprojetos educacionaisAborda temas relativos ao processo de planejamento compartilhado: elementos constitutivos, identifica-ção da realidade, estabelecimento de metas e objetivos; processo de acompanhamento, avaliação eimplementação de projetos para a melhoria da qualidade da educação, elaboração do plano de ação e asua execução.

7. Educação aqui, ali e acolá – ontem, hoje e amanhãRevisa o referencial teórico da educação a distância, sua interface com o ensino presencial e aplicaçãovinculada ao conceito de educação continuada; analisa sua relevância e aplicação no mundo contemporâ-neo, caracterizado por mudanças; discute pontos positivos, negativos e possibilidades de superação deprogramas governamentais para desenvolvimento profissional de gestores e professores, a utilização demulti-meios na educação continuada presencial e a distância.

8. Passar de ano ou de conteúdo? A avaliação do processo ensino-aprendizagemAborda a (re)compreensão da avaliação como processo permanente de (re)pensar a prática da organiza-ção escolar, seus objetivos e funcionalidade e o processo ensino-aprendizagem.Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

9. Vôo, e volto, criando...Trabalha a arte, liberando e (re)construindo emoções, (re)unindo cognição e emoção na (re)construção docidadão pleno.Módulo publicado no Gerir v.7, n.17, jan./fev. 2001.

10. Educação e Gestão da SaúdePreservação da saúde, cuidados básicos com a saúde emocional, sexualidade e higiene.Está sendo atualizado pela equipe PGP/LIDERE.

11. Como transformar um grupo em uma equipe de sucessoOportuniza reflexão sobre quais os instrumentos, e como utilizá-los a favor da construção de uma equipe desucesso

12. Grêmio EstudantilInstrumentaliza a implantação/fortalecimento do grêmio estudantil em escolas públicas contribuindo paraa formação do aluno crítico, criativo,democrático e participativo.

13. Liderança EducacionalDesenvolve competências básicas em liderança educacional mediante reflexão-ação-reflexão.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 21-22, nov./dez. 2001.

Page 23: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

23

A FORÇA DA EQUIPE: GESTÃOCOMPARTILHADA COMO UM DIFERENCIAL

DE QUALIDADE

II PARTE

CoordenaçãoKatia Siqueira de Freitas

Organização, concepção e elaboraçãoValdinei Costa Souza1

ColaboraçãoEquipe PGP/LIDERE 1995-2001

1 Administradora – UFBA. Especialista em educação de jovens e adultos. Mestranda em Administração Pública – UnB.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 24: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

24

A FORÇA DA EQUIPE: GESTÃO COMPARTILHADA COMO UMDIFERENCIAL DE QUALIDADE

II PARTE

A escola é uma organização que combina esforços individuais de pais, alunos, professores,funcionários (da escola e das secretarias de educação estadual e municipal), diretor, coordenadorespedagógicos, orientadores educacionais e membros da comunidade para realizarem o propósitocoletivo da educação. A exemplo de outras organizações, a escola possui características fundamen-tais como: propósito, divisão do trabalho e coordenação, que a distinguem de grupamentos humanoscomo a família, equipe de consumidores ou de amigos.

O que diferencia a organização escolar de outras equipes sociais é a existência de umobjetivo definido e compartilhado por todos (educar pessoas), a contribuição individual para arealização desse objetivo (ensino, aprendizagem, apoio pedagógico, orientação, apoio admistra-tivo, incentivo, acompanhamento familiar...) e a harmonização das diversas contribuições indivi-duais (coordenação de esforços).

Como a escola, outros tipos de organizações existem porque algumas atividades não podemser realizadas por um único indivíduo, ou ainda, porque algumas pessoas descobrem que, seunirem suas forças, conseguirão fazer coisas mais fáceis e melhor. Por isso existem escolas,indústrias, fazendas, creches... Independentemente do propósito capitalista do lucro, as organiza-ções existem porque têm uma missão social a cumprir. A missão da escola é educar, preparandoo cidadão e o profissional para a vida em sociedade.

Dessa forma, podemos entender uma organização como um agrupamento humano organi-zado por regras próprias, dotado de recursos materiais e tecnológicos com vistas a atingir deter-mados objetivos. Mas como garantir a criação e permanência dessa equipe organizada? Comodar vida, concretizar os objetivos dessa equipe?

Para que a organização efetivamente exista, torna-se necessário tomar decisões sobre autilização dos recursos disponíveis e sobre os próprios objetivos organizacionais. Esse processoé chamado admistração. Para ter vida, a organização precisa ser admistrada, gerida. Admistraruma organização, seja ela escolar ou de qualquer outro tipo, envolve, segundo Maximiano (1995),quatro tipos de decisões:

a) Planejamento: definir objetivos, atividades e recursos.b) Organização: definir o trabalho a ser realizado, os responsáveis pela realização e a alocação dos

recursos disponíveis.c) Direção: mobilizar as pessoas para realização das atividades que levarão aos objetivos.d) Controle: assegurar a realização dos objetivos e identificar a necessidade de modificá-los.

Tomar decisões é a essência da atividade admistrativa. É o que provoca o movimento da estruturaorganizacional em busca dos seus objetivos. Em virtude disso, muitas vezes tende-se a centrarna figura do líder (presidente da empresa, diretor de escola...) o sucesso ou fracasso da organiza-ção. O líder é quem decide. Uma admistração ou gestão desse tipo, centralizada em uma pessoa,

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 25: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

25

é chamada de diretiva. Nela, o líder estabelece os objetivos de toda a organização, define o que vai serrealizado, por quem, quando e com que recursos. Ele dirige as pessoas para que cumpram o que foiestabelecido e verifica se o que foi determado efetivamente foi realizado. Existe uma clara divisãoentre quem manda e quem obedece.

Contudo, a admistração não precisa ser desse jeito. A figura do líder é importante, mas issonão impede que a admistração seja exercida de forma participativa: os objetivos da organizaçãosão definidos pela equipe que a forma, existe participação nas definições sobre as atividades queserão desempenhadas, bem como no desenvolvimento das mesmas e dos recursos que serãonelas alocados; a mobilização para a realização das atividades não é diretiva e o controle darealização dos objetivos organizacionais é exercido por todos.

Embora ainda seja possível encontrar organizações admistrações diretivas, existe uma ten-dência crescente na descentralização de decisões, maior autonomia dos indivíduos na realizaçãode suas tarefas e participação no planejamento e resultados organizacionais. Esse movimentonão acontece por acaso. A ciência da admistração tem apontado cada vez mais as vantagens eoportunidades de uma gestão democrática e participativa: compromisso, motivação, criatividade,atitudes colaborativas são algumas delas. A escola não tem fugido a essa tendência: utilizandoum processo admistrativo fundamentado em decisões democráticas, a escola tem buscado, cadavez mais, a melhor utilização dos recursos disponíveis em prol de resultados positivos.

Assim, considerando essencial a participação daqueles que formam a organização escolarem sua admistração, propomos desenvolver a equipe que forma a escola para uma efetiva admis-tração participativa, a partir de decisões compartilhadas.

A escola pode ser entendida como interação dos sistemas técnico e social. O sistematécnico envolvendo o propósito, a divisão do trabalho, a coordenação, a burocracia (regras for-mais, profissionais e impessoais) e a tecnologia (máquinas, conhecimento especializado). O sis-tema social envolvendo as pessoas e seus comportamentos (valores, rituais, hábitos...), ambosinterdependentes e complementares para seu sucesso. Nesse sentido, o presente módulo sepropõe a apresentar algumas técnicas para melhorar os sistemas técnico e social da escola,visando a melhoria do seu desempenho.

OBJETIVO DO MÓDULO

Incentivar a utilização de técnicas gerenciais no desenvolvimento das diversas atividades daescola para atingir resultados mais eficientes, apoiados na participação da comunidade escolar edemais envolvidos nos processos educacionais.

ESTRUTURA DO MÓDULO

Para atingir o objetivo proposto, estruturamos este módulo através de seis oficinastemáticas: equipe participativa: liderança e motivação; comunicação: elemento integrador; pro-blemas: como solucioná-los?; planejamento: importância e utilização; reuniões eficazes; portifólioescolar: preservar o passado é construir o futuro. As três primeiras relacionadas ao sistemasocial da organização escolar e as três últimas, ao sistema técnico.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 26: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

26

Essas oficinas foram construídas a partir da experiência do PGP em escolas públicas du-rante os anos de 1995 e 2000. Algumas delas também foram aplicadas com Secretários Munici-pais de Educação durante o Projeto Nordeste, em 1996, e no Sistema de Educação do Estado daBahia entre 1998 e 1999. Outras foram apresentadas nos Encontros da Associação Nacional dePolítica e Admistração da Educação, durante os fóruns regionais em Natal, Porto Alegre e Santos,como também para o Sistema Municipal de Educação de Aracaju, década de noventa.

Com base nessa experiência, alguns conteúdos foram reorganizados e repensados paracompor a proposta desta publicação. Não existe regra para a sua aplicação: as oficinas possuemconteúdos complementares, mas podem ser trabalhadas isoladamente; não existe necessidadede ser obedecida a ordem em que elas são apresentadas nem que os conteúdos sejam aplicadossem sofrerem alterações. Para incentivar a (re)elaboração das oficinas - seu desmembramento ereformulação - ao final desse módulo, é sugerida a consulta de alguns textos que podem servir dereferência.

A estrutura das oficinas segue um padrão estabelecido pelas experiências do PGP. Essaestrutura privilegia a apreensão de conteúdos a partir de vivências pedagógicas (oficinas com-postas por sensibilizações e dinâmicas), sendo o suporte teórico utilizado como sistematizadorda “teoria vivenciada”. A estrutura das oficinas consiste nas seguintes atividades interconectadas:apresentação da oficina; sensibilização para os trabalhos que serão desenvolvidos; referencialteórico sobre o tema abordado; dinâmica de aplicação da teoria discutida e avaliação da vivênciaem relação ao objetivo proposto.

É preciso reforçar, ainda, que este módulo não pretende esgotar as abordagens de cadaum dos temas que traz. A pretensão do conteúdo aqui exposto é exemplificar como técnicasutilizadas em diversas organizações humanas, podem ser adaptadas e enriquecidas no cotidianoda escola, fomentando um processo “gestor de teorias” admistrativas e, consequentemente,alimentador da prática escolar.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 27: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

27

OFICINA D - Planejamento: importância e utilização

Objetivo: incentivar a comunidade escolar e demais interessados a utilizar intensivamentetécnicas de planejamento nas atividades administrativas e pedagógicas.

Pauta:

1. Atividade de apresentação: refletindo sobre planejamento.

2. Atividade de sensibilização: a vaca.

3. Atividade de referencial teórico: transparências.

4. Atividade de dinâmica: antecipando o futuro.

5. Atividade de avaliação: enquete.

Público alvo: diretores, professores, líderes estudantis, funcionários, membros do Colegiado/Conselho Escolar, representantes da comunidade local, técnicos de Secretaria de Educação edemais interessados.

Número médio de participantes: 30 pessoas

Habilidades requeridas para os facilitadores: compreensão teórica e/ou práticado tema a ser trabalhado.

Duração: 4 horas

Recursos necessários:

1. Folhas de papel ofício;

2. Aparelho retroprojetor;

3. Cartaz com a pauta de atividades;

4. Transparências ou apostilas;

5. Lista de presença;

6. Papel metro (flip chart);

7. Pincéis atômicos;

8. Canetas coloridas;

9. Canetas esferográficas;

10. Blocos de notas;

11. Fitas adesivas;

12. Colas.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 28: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

28

APRESENTAÇÃO: Refletindo sobre planejamento

Objetivo da atividade : introduzir a oficina “planejamento: importância e utilização”, permitindoum refletir inicial sobre o processo de planejamento e a sua utilização no cotidiano da escola.

Tempo aproximado : 15 minutos.

Material : cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelaequipe.

Processo de trabalho :

1) Após os cumprimentos iniciais, é recomendável que o facilitador se apresente e solicite aos presentes fazerem o mesmo (caso a equipe não se conheça).

2) Depois, apresentar cartaz, contendo o objetivo e a pauta prevista para oficina. Fazer umpequeno comentário sobre o conteúdo das atividades e o tempo previsto para cada

uma delas.

CARTAZ: sugestão

3) Convidar, em seguida os presentes a lembrar dos sonhos pessoais que eles conseguiram realizar: a viagem inesquecível, o casamento, a formatura, a compra/construção da casa própria.

4) Solicitar que eles, mentalmente, escolham um desses eventos.5) Pedir, após a escolha, que eles reflitam por alguns minutos sobre as dificuldades para

realizá-los, o que foi necessário enfrentar, o tempo que foi necessário para conseguir, as tentativas e erros...

6) Convidar um voluntário para relatar a sua história.7) Estabelecer relação entre a realização do sonho do voluntário com as etapas do processo

de planejamento: atingir uma realidade desejável, identificação dos recursos disponíveis e recursos ainda necessários, estabelecimento de prioridades e metas, elaboração de um plano simplificado (ou mesmo estruturado, como a planta de uma casa); identificar os responsáveis pela realização do sonho, o tempo para sua realização e se os resultados alcançados foram satisfatórios. Demonstrar a importância de serem estabelecidos padrões para que a pessoa possa considerar os resultados como positivos e/ou negativos.

8) Convidar os presentes a refletir sobre a natureza do processo de planejamento: como ele faz parte da nossa vida e nós não percebemos - planejamos até para ir ao supermercado: o que vamos comprar, quanto queremos gastar, se vamos pagar à vista ou a prazo, se

precisaremos passar antes no banco ou se iremos a este, ou àquele supermercado por ser mais próximo da nossa casa ou do trabalho.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

OFICINA D - Planejamento: importância e utilização

Objetivo : incentivar a comunidade escolar e demais interessados a utilizarem inten-sivamente técnicas de planejamento nas atividades admistrativas e pedagógicas.

Pauta:15 m - apresentação45 m - sensibilização45 m - referêncial teórico15 m - intervalo90 m - dinâmica

30 m - avaliação

Page 29: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

29

9) Solicitar que os presentes reflitam individualmente e comentem em voz alta, se preferir, sobre questões como:

a) Por que estamos sempre planejando?b) Por que é importante estudar planejamento?c) Qual a diferença do nosso planejamento pessoal para o planejamento da escola?

SENSIBILIZAÇÃO: A vaca (adaptação de dinâmica publicada pelo Centro de Capacitação daJuventude).

Objetivo da atividade : refletir sobre a importância da discussão, integração de idéias e coorde-nação das atividades individuais na realização de um objetivo comum.

Tempo aproximado : 45 minutos.

Material : papel metro, lápis coloridos, tesouras, cola, fita adesiva, cartões com os pedaços deuma vaca: cabeça; rabo, tronco, perna dianteira direita, perna dianteira esquerda, perna traseiradireita, perna traseira esquerda, orelha direita, orelha esquerda olho direito, olho esquerdo, narinase boca.

Processo de trabalho :

1) Solicitar a treze voluntários que participem da montagem de uma “obra de arte” chamada a vaca.

2) Distribuir os cartões com as partes indicadas para cada um dos participantes e pedir a eles para desenharem e recortarem cada parte para uní-las e formar a vaca.

3) Solicitar que os voluntários montem a vaca em papel metro, especialmente afixado em lugar visível.

4) Analisar na plenária o resultado da “obra de arte”. O que resultou? Uma vaca ou um monstro? Está bonito ou feio? O que levou a vaca a ficar desse jeito? Será que às

vezes não fazemos a mesma coisa com a escola, cada um desenhando uma parte que não combina com o todo?...

5) Solicitar depois que a equipe indique o que poderia ser melhorado para se obter um melhor resultado.

6) Finalizar introduzindo a atividade seguinte.

Dica :Alguns elementos que devem ser colocados para melhorar o resultado de uma ação coletiva, casoa equipe exclua alguns deles: comunicação, objetivo comum (não é qualquer vaca: ela deve tertamanho, cor, forma homogêneos) antecipação das ações individuais do planejamento (todos sabe-rão o que terão que fazer para atingir o objetivo). Compromisso individual para fazer a tarefa notempo certo e dentro do que foi previamente combinado (mesmo planejando coletivamente, se osindivíduos não se comprometem no momento da execução o resultado ainda pode ser desastroso).

REFERENCIAL TEÓRICO : Transparências

Objetivo da atividade : discutir técnica de planejamento participativo, incentivando a sua utilização naprática cotidiana da escola.

Tempo aproximado : 45 minutos.

Material : aparelho retroprojetor e lâminas de transparências. Podem ser também utilizadas apos-tilas individuais com o conteúdo das lâminas.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 30: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

30

Processo de trabalho :

1) Apresentar as lâminas, analisando o seu conteúdo e tirando as dúvidas dos participantes, no momento que ocorrerem.

2) Estabelecer sempre que possível, relações com o que já foi vivenciado pela equipe durante a oficina.

TRANSPARÊNCIA 1

TRANSPARÊNCIA 2

TRANSPARÊNCIA 3

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

O QUE É PLANEJAMENTO?

É um processo que começa com os objetivos e define os planos para alcançá-los.Consiste em tomar decisões antecipadamente. Essas decisões são formuladas nopresente para serem postas em prática no futuro. Assim, o processo de planejamentoenvolve a definição de objetivos e os meios para atingí-los.

POR QUE PLANEJAR?

� Para enfrentar situações que fatalmente acontecerão, evitando problemas. Ex.: Executar os recursos do caixa escolar.

� Para criar um futuro desejável. Ex.: Reduzir os números de alunos reprovados.

� Para coordenar fatos entre si. Ex.: Desenhar uma vaca coletivamente ou implantar uma nova metodologia de ensino.

Page 31: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

31

TRANSPARÊNCIA 4

TRANSPARÊNCIA 5

TRANSPARÊNCIA 6

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

PARA QUE ANALISAR O CONTEXTO

Para identificar:

� condição atual (detectar pontos fortes e fracos dos elementos envolvidos);� recursos necessários para o que se pretende (disponíveis e que precisarão ser conseguidos);� fatores limitadores de ações (o que podemos interferir e melhorar; o que não depende de

nós, mas podemos conviver com suas deficiências; o que não depende de nós, mas precisamos e podemos provocar a mudança, o que depende de nós).

POR QUE DEFINIR OBJETIVOS?Para:

� direcionar esforços.

� orientar o trabalho de indivíduos e organizações.

� estabelecer um resultado que se pretende atingir.

� condicionar a forma e o conteúdo de planos que possibilitem a sua realização.

POR QUE DEFINIR MEIOS PARA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO?

� porque os recursos são limitados.� pela necessidade de definir a melhor forma de utilizar os recursos disponíveis.� para estabelecer responsáveis e prazos para execução das atividades.� para permitir a busca de recursos materiais e humanos necessários, mas aparentemente não disponíveis, para realizar os objetivos.

Page 32: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

32

TRANSPARÊNCIA 7

TRANSPARÊNCIA 8

TRANSPARÊNCIA 9

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

POR QUE DEFINIR MEIOS DE ACOMPANHAMENTO?

Para:� avaliar o objetivo estabelecido e o resultado alcançado.� permitir a análise dos fatores que contribuíram e/ou atrapalharam os resultados.� permitir o replanejamento de objetivos.� facilitar a discussão racional sobre a execução do plano.

Page 33: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

33

TRANSPARÊNCIA 10

TRANSPARÊNCIA 11

TRANSPARÊNCIA 12

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

ASPECTOS FUNDAMENTAIS NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

� definir os responsáveis por ação, no plano.� incentivar que o(s) responsável(is) pela ação elabore(m) seu(s) subplano(s).� definir o(s) responsável(is) pelo acompanhamento do(s) plano(s) e subplano(s).� garantir o amplo diálogo sobre as dificuldades de execução do plano: o acompanhamento

não existe para punir pessoas, mas, sobretudo, para permitir uma avaliação das ações e a superação das dificuldades.� planejar ações e atividades possíveis de acontecer com os recursos disponíveis e no tempo necessário.

SISTEMATIZANDO O PROCESSO DE PLANEJAMENTO

Por uma questão de memória, aperfeiçoamento constante e divulgação do processo de planejamen-to, etapas planejadas devem ser condensadas em um documento. Assim, teríamos o seguinteconjunto de tópicos constituintes desses documentos:

1. Título (objetivo).2. Justificativa (análise do contexto).3. Objetivos (resultados esperados).4. Metodologia (meios para a execução: plano com ações, datas e

recursos apresentado anteriormente).5. Conclusão (outros passos que poderão ser seguidos quando os

objetivos forem atingidos; outros aspectos relevantes).

Esse documento podeser bem simples. O im-portante é sintetizar o tra-balho que será feito, vi-sando a compreensãode todos os envolvidos.

RESULTADO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

Por uma questão de memória e divulgação do trabalho da escola e de seus participantes, são extrema-mente importantes o acompanhamento e a avaliação dos resultados alcançados com as ações daescola, tenham sido elas planejadas formal ou informalmente.Esse resultado também deve ser sistematizado em um documento ou relatório, cujo conteúdo pode sero que segue:

1. Título (avaliação do “título do planejamento”).2. Situação anterior (contexto que motivou o planejamento da ação).3. Resultados esperados (objetivos do planejamento).4. Resultados alcançados (avaliação da execução do plano).5. Conclusões (comentários sobre o que foi bom, ruim e o que precisa melhorar para atingir os resultados planejados).

Disponíveis

Page 34: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

34

TRANSPARÊNCIA 13

TRANSPARÊNCIA 14

DINÂMICA: antecipando o futuro

Objetivo da atividade : exercitar técnicas de planejamento em ações cotidianas da escola.

Tempo aproximado : 90 minutos

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 35: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

35

Material : papel ofício, canetas, fita adesiva, seis a oito folhas de papel metro e canetas tipohidrocor para montar cartazes.

Processo de trabalho

1) Dividir os participantes em quatro ou seis equipes de seis a oito integrantes.

2) Solicitar que as equipes identifiquem um sonho comum que os participantes têm em relação à escola e que eles próprios possam se responsabilizar pela execução.

3) Solicitar a montagem de um plano para que o sonho possa se tornar realidade.

4) O plano e subplanos, conforme modelo apresentado, devem ser elaborados no papel metro e apresentados em plenária. Essa apresentação deve ocorrer, no máximo, após

sessenta minutos do início da atividade.

AVALIAÇÃO : Enquete

Objetivo da atividade : avaliar o processo de planejamento da escola.

Tempo aproximado : 30 minutos.

Material: canetas e folhas de papel ofício, fita adesiva.

Processo de trabalho :

1) Fixar as questões norteadoras em lugar visível:

I. Como acontece o planejamento na nossa escola nos aspectos administrativos pedagógico?

II. O que precisamos melhorar no nosso processo de planejamento?

III. O que devemos manter no nosso processo de planejamento?

IV. O plano que elaboramos pode ser executado?

2) Solicitar que cada participante, pense sobre as questões, e dê respostas escritas em folhas diferentes.

3) Em plenária, solicitar aos participantes a leitura das questões, e que elas sejam fixadas abaixo das respectivas questões. Não permitir críticas da equipe às respostas individuais

nesse momento.

4) Finalizar, analisando com a equipe o conteúdo das respostas: São semelhantes? Muito divergentes? É possível de serem implementadas? Como vamos agir daqui para frente em relação ao planejamento escolar?

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 36: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

36

OFICINA E - Reuniões eficazes

Objetivo: discutir técnicas que permitam o desenvolvimento de reuniões produtivas, e maioreficácia na organização e integração do trabalho coletivo.

Pauta:

1. Atividade de apresentação: reunião... mais uma

2. Atividade de sensibilização: nós e as reuniões

3. Atividade de referencial teórico: transparências

4. Atividade de dinâmica: como queremos nossas reuniões

5. Atividade de avaliação:reuniões por que precisamos delas.

Público alvo: diretores, professores, líderes estudantis, funcionários, membros do Conselho/Colegiado Escolar, representantes da comunidade local, técnicos da secretaria deeducação e demais interessados.

Número médio de participantes: 30 pessoas

Habilidades requeridas para os facilitadores: compreensão teórica e/ou prática do tema a sertrabalhado.

Duração: 2 horas

Recursos Necessários:

1. Folhas de papel ofício;

2. Aparelho retroprojetor;

3. Cartaz com a pauta de atividades;

4. Transparências ou apostilas;

5. Lista de presença;

6. Papel metro (flip chart);

7. Pincel atômico;

8. Canetas coloridas;

9. Canetas esferográficas;

10. Bloco de notas;

11. Fitas adesivas;

12. Colas.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 37: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

37

APRESENTAÇÃO: Reunião... mais uma

Objetivo da atividade : Introduzir a oficina “reuniões eficazes”, iniciando os trabalhos.

Tempo aproximado : 15 minutos.

Material: Cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelaequipe.

Processo de trabalho :

1) Cumprimentar os presentes, sintetizando os motivos para a realização do encontro. É indicado auto-apresentação do facilitador e dos presentes.

2) Questionar a equipe o porquê de mais essa reunião.3) Apresentar o cartaz, contendo o objetivo e a pauta prevista para oficina. Fazer um

pequeno comentário sobre o conteúdo das atividades e o tempo previsto para cada.

CARTAZ: sugestão

SENSIBILIZAÇÃO: Nós e as reuniões

Objetivo da atividade : refletir sobre: os sentimentos, as impressões, concepções individuais ereuniões que acontecem na escola.

Tempo aproximado : 20 minutos.

Material: folha de papel e canetas.

Processo de Trabalho:

1) Solicitar que os participantes expressem com um desenho o tema “eu e as reuniões da nossa escola”.

2) Solicitar em plenária que voluntários apresentem seus desenhos e a interpretação que deram ao tema proposto.

3) Instigar à medida que as pessoas apresentem seus desenhos, a reflexão da plenária sobre a importância das reuniões para a qualidade das decisões democráticas e a própria

importância da participação para a qualidade da escola. Discutir as posturas pessoais, o processo de comunicação durante as reuniões e a atenção dos participantes. Antecipar

tópicos que serão sistematizados com as transparências despertando o interesse para o conteúdo que será trabalhado em seguida.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

OFICINA E - Reuniões eficazes

Objetivo : discutir técnicas que permitam o desenvolvimento de reuniões produtivase maior eficácia na organização e integração do trabalho coletivo.

Pauta :15 m - reunião... mais uma20 m - nós e as reuniões20 m - transparências15 m - intervalo40 m - como queremos nossas reuniões10 m - reuniões: para que precisamos delas.

Page 38: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

38

Dica:

Aproveite o momento de descontração para antecipar a discussão de tópicos importantes que serão sistema-tizados com as transparências. Procure despertar o interesse para o conteúdo que será trabalhado, de carátermuitas vezes óbvio, mas importante para a eficácia de encontros coletivos.

REFERENCIAL TEÓRICO : Transparências

Objetivo da atividade : sistematizar dicas importantes para a condução de reuniões eficazes.

Tempo aproximado : 20 minutos.

Material : aparelho retroprojetor e transparências. Também podem ser utilizadas apostilas indivi-duais com o conteúdo das lâminas.

Processo de trabalho :1) Apresentar as transparências, analisando o seu conteúdo e tirando as dúvidas dos

participantes, no momento que ocorrerem.

TRANSPARÊNCIA 1

TRANSPARÊNCIA 2

TRANSPARÊNCIA 3

GGERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

COMO PODEMOS CLASSIFICAR AS REUNIÕES

1. FUNCIONAIS: fazem parte da estrutura normal e permanente de uma organização. Ex.: reuniões de conselho ou colegiado, reuniões de atividade complementar.

2. OPERACIONAIS : estabelecem-se por um tempo e um objetivo limitado. Quando o objetivo é atingido,desaparecem para serem eventualmente substituidas por outras, respondendo a novas preocupações.Ex.: reuniões anuais de planejamento, reuniões para resolver problemas específicos.

COMO O COORDENADOR PODE PREPARAR REUNIÕES MAIS EFICAZES?

� � Desenvolvendo uma pauta que contenha o objetivo da reunião, as atividades que serão desenvolvidas e duração;� � Divulgando a pauta com no mínimo uma semana de antecedência;� � Expedindo convite para a reunião, contendo a pauta, o horário, a data, o local e o objetivo da reunião;� � Desenvolvendo documentos que norteiam a discussão, despertem a atenção sobre determinado tema ou sirva de ponto de partida para a construção coletiva;� � Distribuindo antecipadamente documentos que serão discutidos;� � Usando os vários meios de comunicação para convocar os interessados: bilhete, cartaz, faixa, lembretes (em ponto de ônibus ou no supermercado, açougue, quitanda), nota no jornal do bairro, ou na emissora de rádio local, quadro de avisos, comunicação verbal - boca a boca.

REUNIÃO PARA QUÊ?

Para que pessoas com objetivos comuns possam trocar informações e/ou legitimardecisões de forma democrática.

Page 39: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

39

TRANSPARÊNCIA 4

TRANSPARÊNCIA 5

TRANSPARÊNCIA 6

TRANSPARÊNCIA 7

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

COMO COORDENAR REUNIÕES MAIS EFICAZES

� � Identificando o secretário da reunião para elaborar a ata;� � Solicitando ao secretário que, com base na ata, resuma as questões discutidas e soluções estabelecidas, anotando-as no papel metro (flip-chart) e divulgue-as;� � Estabelecendo acordos entre membros da equipe sobre objetivos e procedimentos da reunião.� � Comportando-se de forma imparcial e atento com a equipe;� � Estimulando a participação de todos os membros em igualdade de condições, sem ter receio de expor posições contrárias;� � Legitimando as idéias que surgem;� � Conduzindo as discussões de modo ético, cordial e solidário;� � Esgotando a discussão do assunto antes de proceder a votação;� � Definindo como as decisões poderão ser implementadas;� � Promovendo a avaliação da reunião, melhorando-a no próximo encontro.

QUAL O PAPEL DO SECRETÁRIO?

Durante a reunião:� Ler a ata da reunião.� Observar o tempo previsto para cada atividade indicada na pauta.� Anotar resultados - conclusões.

Após a reunião:� Divulgar resultados da reunião no mural da escola, boletim informativo interno e externo.

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL: CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS EM UMA REUNIÃO EFICAZ

� respeito com o interlocutor: seja um bom ouvinte;� idéias mentalmente claras, antes de expressá-las em voz alta;� definição do real objetivo da comunicação;� considerações ao ambiente e às pessoas;� coerência entre a linguagem verbal e não verbal;� considerações dos interesses e conhecimentos do interlocutor;� verificação e acompanhamento dos efeitos da comunicação;� demonstração de interesse pelo interlocutor, mantendo contato visual;� concisão, precisão e clareza;� compeensão mútua.

COMO EVITAR O DESPERDÍCIO DE TEMPO DURANTE AS REUNIÕES?

� Verifique se existe razão para realizar a reunião. O objetivo da reunião deve justificar a sua realização. Cancele reuniões programadas sem objetivos justificáveis.� Garanta que todos tenham a posse da pauta, se não for possível cópias individuais aos partici-

pantes, fixe um grande cartaz no local da reunião. Estabeleça um tempo para a reunião e cumpra-o.� Certifique-se de que os participantes presentes à reunião foram avisados com antecedência para que assim possam trazer o necessário para a realização da atividade programada.

Page 40: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

40

TRANSPARÊNCIA 9

DINÂMICA: como queremos nossas reuniões

Objetivo da atividade : entender como acontecem as reuniões na escola e identificar alternati-vas para torná-las eficazes.

Tempo aproximado : 40 minutos.

Material : papel ofício, canetas, uma cópia dos questionários 1, 2, 3 e 4 para cada participante.

Processo de trabalho:

1) Dividir os participantes em quatro equipes e solicitar que respondam os questionários sob sua responsabilidade, discutindo cada uma da questões até chegar a um consenso.

2) Pedir em plenária, que as equipes apresentem as conclusões do seu trabalho. Após a apresentação discutir como foi a reunião da equipe em relação aos aspectos discutidos.

Questionário 1

1) Houve um coordenador no processo? No que ele contribuiu?2) Houve um secretário para essa reunião nas equipes? Qual sua importância?3) Foi identificado um objetivo na reunião da equipe, ele era comum a todos os membros?4) Como aconteceu o processo de comunicação interpessoal na equipe?5) A equipe atingiu o objetivo?

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

DETALHES IMPORTANTES

� Chegar com antecedência de pelo menos trinta minutos: a reunião deve começar no horário.� Checar a hora em um relógio que deve ficar bem à vista de todos.� Chamar a atenção para a pauta toda vez que houver desvios.� Escolher um local convenientemente equipado e de tamanho apropriado.� Evitar horas de baixa energia corporal, como logo após o almoço.� Discutir os itens mais importantes no começo, quando as pessoas estão mais alertas.� Evitar que ligações telefônicas sejam transferidas para a sala de reuniões.� Testar os equipamentos antes da reunião.� Evitar debate paralelo ou conversa privada: são improdutivos.� Obedeça o quorum sob pena de invalidar os resultados da reunião.

COMO É POSSÍVEL IDENTIFICAR UMA REUNIÃO EFICAZ?

Avaliando a proximidade entre o objetivo previsto e os resultados alcançados ao final da reunião.

TRANSPARÊNCIA 8

Page 41: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

41

Questionário 2

1) Como acontecem as reuniões na nossa escola?2) O ambiente é propício para apresentar qualquer tipo de idéia?3) Todos têm oportunidade de participar? Comente.4) De que forma acontece o processo de comunicação nas reuniões da escola?5) Para quem os membros olham ao falar?

Questionário 3

1) Que comentário pode ser feito sobre os resultados das nossas reuniões?2) Nossas reuniões são eficazes? Por quê?3) O tempo dispensado nas nossas reuniões é bem aproveitado?4) Os pontos mais importantes da pauta são discutidos?5) Como a equipe se comporta durante as reuniões?

Questionário 4

1) Nossas reuniões têm objetivos definidos?2) Decisões são tomadas durante as reuniões?3) Como acontece a organização das reuniões?4) Como as reuniões são conduzidas?5) Qual a atitude dos participantes sobre as reuniões?

Questionário 5

1) Como acontece o relacionamento entre os participantes das reuniões?2) As reuniões são produtivas?3) Em geral, as pautas são adequadas para as reuniões?4) Como a equipe se comporta durante as reuniões?5) Como acontece a coordenação das reuniões?

AVALIAÇÃO : reunião: para que precisamos dela?

Objetivo da atividade : avaliar a importância das reuniões para a equipe e sua disposição paraque elas se tornem mais eficazes.

Tempo aproximado : 10 minutos.

Material: canetas coloridas, folhas de papel ofício e fita adesiva.

Processo de trabalho:

1) Solicitar que, individualmente, os participantes expressem como se sentiam em relação às reuniões da escola e qual sua condição atual em relação ao tema.

2) Solicitar em plenária que alguns voluntários expressem suas respostas.

3) Analisar, com a equipe, o conteúdo das respostas: queremos melhorar nossos encontros na escola? Por que é importante melhorar a qualidade das nossas reuniões? Podemos melhorá-las? O que precisamos fazer?

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 42: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

42

OFICINA F - Portifólio escolar: preservar o passado é construir o futuro

Objetivo: despertar a importância de registrar as ações da escola como fonte de informaçãohistórica e, consequentemente, diagnosticar a situação presente da escola e o pensar sobresituações futuras desejáveis, corrigindo erros e reforçando acertos.

Pauta:1. Atividade de apresentação: vamos lá?2. Atividade de sensibilização: jogo da memória3. Atividade de referencial teórico: transparências4. Atividade de dinâmica: exercitando o registro da nossa história5. Atividade de avaliação: o que queremos?

Público alvo: diretores, professores, líderes estudantis, funcionários, membros do Conselho/Colegiado Escolar, representantes da comunidade local, técnicos de Secretaria de Educação edemais interessados.

Número médio de participantes: 30 pessoas

Habilidades requeridas para os facilitadores: compreensão teórica e/ou prática do tema a sertrabalhado.

Duração: 2 horas

Recursos Necessários:

1. Folhas de papel ofício;

2. Aparelho retroprojetor;

3. Cartaz com a pauta de atividades;

4. Transparências ou apostilas;

5. Lista de presença;

6. Papel metro (flip chart);

7. Pincel atômico;

8. Canetas coloridas;

9. Canetas esferográficas;

10. Bloco de notas;

11. Revistas velhas;

12. Cola;

13. Fita adesiva.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 43: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

43

APRESENTAÇÃO: Vamos lá?

Objetivo da atividade : introduzir a oficina “Portifólio Escolar: preservar o passado é construir ofuturo”.

Tempo aproximado : 15 minutos.

Material : cartaz contendo o objetivo da oficina e as atividades que serão desenvolvidas pelaequipe.

Processo de trabalho:

1) Cumprimentar os presentes, sintetizando os motivos para a realização do encontro. É indicado auto-apresentação do facilitador e dos presentes.

2) Questionar o significado da frase “preservar o passado é construir o futuro” para a escola.3) Apresentar o cartaz, contendo o objetivo e a agenda prevista para oficina. Faça um pequeno comentário

sobre o conteúdo das atividades e o tempo previsto para cada uma delas.

CARTAZ: sugestão

SENSIBILIZAÇÃO: Jogo da memória

Objetivo da atividade : refletir sobre a importância das experiências e conhecimentos acumula-dos para a realização de ações na escola.

Tempo aproximado : 20 minutos.

Material : folha de papel metro, revistas velhas, cola, lápis, canetas coloridas e fita adesiva.

Processo de trabalho:

1) Formar equipes com seis a oito membros.2) Solicitar que cada equipe, utilizando a memória, liste fatos e ações importantes acontecidas

na escola nos últimos cinco anos. Vence o jogo quem listar o maior número de fatos e ações no prazo estabelecido (recomendamos dez mutos, utilizando o tempo restante para a apuração dos resultados e comentários).

3) Solicitar em plenária que as equipes relatem as ações e fatos que lembraram. A própria equipe deve ser o juiz, validando as respostas. Vence o jogo a equipe que tiver o maior número de respostas válidas.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

OFICINA F- Portifólio Escolar: preservar o passado é construir o futuro

Objetivo : despertar a importância de registrar as ações da escola como fonte de informaçãohistórica e, consequentemente, diagnosticar a situação escolar presente e o pensar sobresituações futuras desejáveis, corrigindo erros e reforçando acertos.

Pauta:15 m - vamos lá?20 m - jogos de memória10 m - transparência15 m - intervalo30 m - exercitando o registro da nossa história30 m - o que queremos?

Page 44: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

44

4) Perguntar ao encerrar o jogo, aos participantes, o que chamou mais lhe chamou atençãonesse jogo: todos lembravam de todos os fatos? Muitos fatos foram esquecidos? Por que aspessoas esquecem? E quando as pessoas que viveram esses fatos forem embora o

que acontecerá com a memória da escola? Como a escola pode preservar sua memória? Qual a importância de preservar a história da escola?

5) Finalizar introduzindo a próxima atividade.

REFERENCIAL TEÓRICO : Transparências

Objetivo da atividade : discutir aspectos importantes na construção do portifólio escolar.

Tempo aproximado : 10 minutos.

Material: aparelho retroprojetor e transparências. Podem ser também utilizadas apostilas indivi-duais com o conteúdo das lâminas.

Processo de trabalho:

Apresentar as transparências, analisando o seu conteúdo e tirando as dúvidas dos participantes, no momento que ocorrerem.

TRANSPARÊNCIA 1

TRANSPARÊNCIA 2

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

PARA QUE SERVE O PORTIFÓLIO ESCOLAR?

O Portifólio Escolar pode ser utilizado pela comunidade escolar para:

� demonstrar para a comunidade escolar, inclusive pais, técnicos da secretaria, agências financeiras, e para si mesmo, as suas conquistas e realizações;� servir como referência para a análise da escola nos seus vários momentos;� possibilitar a avaliação do seu desempenho no tempo: a realização de sonhos, objetivos e metas concretas, aspecto físico, material pedagógico e admistrativo;� facilitar a sugestão e implementação de ações concretas, fundamentadas pelo registro da realidade existente.

QUE É PORTIFÓLIO ESCOLAR:

Portifólio Escolar é como portifólio do artista... É uma coleção dos trabalhos realizados através dotempo. O Portifólio Escolar é um instrumento de memória que mostra o trajeto da escola: ondecomeçou, andou e chegou através do tempo.

Page 45: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

45

TRANSPARÊNCIA 3

TRANSPARÊNCIA 4

TRANSPARÊNCIA 5

TRANSPARÊNCIA 6

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

COMO SE CONSTRÓI O PORTIFÓLIO ESCOLAR?

Essencialmente se constrói o Portifólio sobre o tempo: colecionando, registrando e documentandotudo que a comunidade escolar quer recordar sobre o seu desempenho ao longo do ano letivo, àmedida que as ações acontecem, os resultados estão disponíveis.

QUAIS ELEMENTOS CONSTITUEM O PORTIFÓLIO?

O portifólio é um conjunto abrangente. A escola deve decidir sobre os elementos importantes desua trajetória que devem ser registrados. Nossa sugestão é que ele o portifólio complete os seguintesaspectos:� ensino : conteúdo curricular, métodos de ensino e avaliação do aluno;� aprendizagem : número de aprovados e reprovados por disciplina e séries, número de evadidos por turmas e séries, atividades realizadas para implementar a aprendizagem: reforço escolar, monitoria, qualificação do professor...� infra-estrutura: banheiros, equipamentos, móveis, pessoal docente e técnico;� ações: passeios, jogos, atividades extra-curiculares, reuniões de planejamento, gincanas, equipes de trabalho, projetos...� lições : resumo do que foi importante para a escola ao longo do ano. Ex.: Como foi possível reduzir a reprovação. Por que aumentou a indisciplina... É importante documentar o como

QUEM É RESPONSÁVEL PELO PORTIFÓLIO ESCOLAR?

Qualquer membro da comunidade escolar pode contribuir com a construção do Portifólio. O ideal éque uma equipe de duas ou três pessoas seja responsável pelo Portifólio, dividindo entre si as ativida-des necessárias para a sua construção e/ou sistematização.

QUAIS AS FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO PORTIFÓLIO?

Álbum : contendo fotos, gráficos e pequenos comentários.Relatório : contendo texto, algumas tabelas, gráficos e/ou fotos.Filme : contendo um roteiro que mostra em fita a história da escola naquele ano.CD Rom ou página na Internet: contendo as informações relevantes sobre as atividades da escola,facilitando o acesso de interessados.Mural : apresentando à comunidade escolar as suas ações.Outras : combinações dessas estruturas ou outras formas criativas de preservar a memória da escola,sem perder a perspectiva de utilizar a experiência para melhorar o futuro.

Page 46: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

46

DINÂMICA: Exercitando o registro da nossa história.

Objetivo da atividade : exercitar a criatividade no processo de registro da vida escolar.

Tempo aproximado : 30 minutos.

Material : papel ofício, canetas coloridas, revistas velhas, colas, tesouras, fitas adesivas.

Processo de trabalho:

1) Dividir os participantes em equipes com seis a oito membros.2) Solicitar que os participantes, exercitando a memória e a criatividade, estruturem um

portifólio com as ações (ou um fato específico) dentre aqueles já identificados anteriormente ou com todos eles, a critério da equipe.

3) Pedir em plenária, que as equipes apresentem os portifólios construídos. À medida que as histórias forem contadas, estabelecer interlocução com os participantes perguntando como foi o processo de construção do portifólio simplificado, o porquê de ter sido escolhido determada forma de apresentação, que outras ações a equipe colocaria num portifólio

real e que outras formas a equipe identificaria como possíveis para o portifólio da escola.

Dica:Como na vida real, os recursos disponíveis são sempre limitados. Procure incentivar os partici-pantes a utilizar soluções criativas às limitações de tempo e de material na condução dessarealidade.

AVALIAÇÃO : o quê queremos?

Objetivo da atividade : avaliar, em conjunto, se as ações da escola estão sendo devidamenteregistradas e se a forma de registro é a mais indicada pela comunidade escolar.

Tempo aproximado : 30 minutos.

Material : folhas de papel metro, ofício e fita adesiva ou cavalete (flip chart) para permitir a escritae exposição do que estará sendo escrito.

Processo de trabalho :

1) Proceder em plenária, uma tempestade de idéias com os participantes. Utilizem uma pergunta geradora como a do exemplo. Lembrar que na tempestade de idéias, críticas,

comentários e posicionamentos pessoais devem ser analisados e discutidos apenas no final; deixar a equipe à vontade para responder das mais variadas formas a questão geradora.

Qual a melhor forma de registrar nossas histórias?

2) Selecionar com a equipe, com base nas respostas, as alternativas complementares e que melhor reflitam o desejo coletivo para o registro da sua história. Utilizar como critério

de seleção a possibilidade de execução de ações e a existência de recursos e pessoas disponíveis para concretizar a idéia.

3) Finalizar indicando a utilização, ou mesmo utilizando, a técnica do 4W2H para possibilitar a execução da idéia. Indique as razões da necessidade de serem respondidas as

seguintes questões para que a idéia seja concretizada:

1. O Quê (what) foi decidido?2. O Quê (why) motivou essa decisão?3. Quem (who) é o responsável por implementar a decisão, realizando as tarefas?4. Quando (when) os responsáveis devem apresentar as tarefas prontas?5. Quanto (how much) deve ser gasto para realizar a tarefa e de onde virão os recursos?

6. Como (how) deve ser realizada a tarefa?

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 47: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(literatura recomendada para aprofundamento)

BARRA, R. Trabalho em equipe : guia prático para formar equipes eficazes. Rio de Janeiro : Qualitymark,1993. 43p. (Comentário: livro de bolso, resume de forma clara e direta métodos e técnicas de utilização naresolução de problema em equipe).

CABRAL, Amorim, C. de. et al. Planejamento educacional e suas estratégias básicas . Gestão em Rede,n.7, p. 11-15. Curitiba, maio/1998. (Comentário: texto acessível que trata a questão do planejamento naescola de forma direta e clara, fundamentando a sua prática cotidiana).

CEAE/UFRJ. Programa de Apoio a Melhoria do Ensino Municipal : capacitação de diretores de escola.Rio de Janeiro : UFRJ, 1999. 24p. (Comentário: conjunto de textos especialmente preparados para a melhorfundamentação teórica do trabalho dos dirigentes de unidade de ensino).

COSTA, R. M. C. et al. Como praticar 5S na Escola . Belo Horizonte: UFMG, 1996. 147p.(Comentário: livroque conta a experiência da Fundação Cristiano Ottoni na ajuda a escolas, em Belo Horizonte, no desenvolvimentoda qualidade total, tendo como base os princípios do 5S).

CHANG, Richard Y. Construindo uma equipe de sucesso . Tradução Eduard Lasserre – São Paulo; Futura,1999.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da admistração . edição compacta 2 ed, - Rio de Janei-ro: Campus, 1999.

D’SOUZA, A. Torne-se um líder : estratégias para uma liderança efetiva. São Paulo : Edições Loyola, v.1 ,1996. 214p. (Comentário: sintetiza de forma clara e concisa princípios fundamentais no trabalho em equipe:liderança, reuniões, motivação, dinâmica de equipe e planejamento).

FISCMANN, A. A.; Almeida, M. I. R. Planejamento Estratégico na Prática . São Paulo: Atlas, 1991. 149p.(Comentário: discute a questão do planejamento estratégico enfatizando o seu aspecto prático; ideal parauma fundamentação sobre o tema).

MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à admistração . São Paulo : Atlas, 1995. 447p. (Comentário: permite oentendimento integrado dos diversos aspectos da ciência da admistração, instigando o leitor ao aprofundamento,em obras específicas, dos conceitos e teorias nele introduzidos).

OLIVEIRA, M. A. Escola ou empresa ? Petropolis : Vozes, 1998. 174p.(Comentário: discute o impacto doprograma de qualidade total em escolas públicas meiras; analisa criticamente o significado do conceito dequalidade na escola).

PELEGRINI, M. Z.; Gschwenter, E. S. A nova escola pública . Gestão em Rede, n. 1, p. 8-14, Curitiba,set.1997. (Comentário: aborda as conceitos sobre as demandas que a sociedade tem em relação à da escolapública e a forma de sua atuação nos dias atuais).

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 23-47, nov./dez. 2001.

Page 48: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

48

Page 49: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

49

Foi realizado no dia 13 de dezembro de2001, na Escola Municipal Fazenda Grande II,no bairro de Cajazeiras - Salvador - BA, oencontro de confraternização: Natal Solidário,sob a coordenação das professoras MariaCleide de Sousa Mira, Martha Sahade Araújoe a estagiária Lígia Barreto Jacob. O objetivoda atividade foi promover a integração daequipe PGP/LIDERE, com a comunidadeescolar e contribuir para a criação de umabrinquedoteca. A equipe PGP/LIDERE e acomunidade escolar realizaram diversasatividades ludo-pedagógica, dinâmicas e ofici-nas com os alunos da Educação Infantil e da1º e 4º séries.

As atividades foram intercaladas commomentos para orientação e aconselhamentoaos alunos no tocante aos aspectosrelacionados a boa convivência humanae a utilização cuidadosa dos brinquedosdoados à escola pelo PGP/LIDERE e colabo-radores.

Segundo avaliação, a promoção da atividade dessa natureza favorece o inter-câmbio de idéias, estimula a criatividade, a espontaneidade e o desenvolvimento de

habilidades nos alunos. Contribui,s igni f icat ivamente para o bomdesempenho dos mesmos nosprocessos escolares e para melhorara disciplina, que no caso em parti-cular da Escola Municipal FazendaGrande II , ainda é bastanteexpressíva.

A realização do evento contribuiupara fortalecer a interação e odesenvolvimento dos educandos.Acreditamos que ainda há muito o queser feito para uma efetiva articulaçãoentre as comunidades escolar e locale o PGP/LIDERE. Os primeiros passosdessa caminhada têm sido altamenteprodutivos e já foram dados.

NOTÍCIAS

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 49-51, nov./dez. 2001.

1Estudante de Especialização em Planejamento Educacional - Projeto Universo - Voluntária do PGP/LIDERE -e-mail:[email protected]

NATAL SOLIDÁRIO Texto baseado no Relatório de Maria Barnadette Pataro de Queiroz - Bolsista PGP/LIDERE.

Soraia Silva Sousa1

Page 50: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

50

No sentido horário: Mara Schwingel, Maria Auxiliadora Garrido, Elaine Xavier, Reginaldo Pereira, Lígia Jacob, Léia Barbosa, DioneCarvalho,Elisa Santos, Sônia Ferreira, Marilene da Silva, Jussiara Pinheiro, Florisbela Nunes, Rosemy Marques, Maria Augusta Moura e Gilka Santana.

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 49-51, nov./dez. 2001.

CONFRATERNIZAÇÃO I -Equipe PGP/LIDERE, em Confraternização do Final de Ano

VISITA À SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA - SMEC

As estagiárias Gilka Santana do Espirito Santo e Rosemy Soares Marques realizaramuma pesquisa pelo PGP/LIDERE, em junho de 2001. Elas aplicaram questionários a sub-coordenadores, coordenadores, assessores técnicos, assessores de ensino, assessores –chefe e funcionários para verificar a necessidade e demanda de cursos, oficinas, palestras ecomo são desenvolvidas a gestão participativa e a liderança no ambiente educacional.

O resultado da pesquisa indica necessidade de desenvolvimento e/ou aprofundamentodos seguintes aspectos sugeridos no âmbito da gestão/liderança participativa: relação intere intra – pessoal, gestão democrática, cidadania, política educacionais, autonomia/ autoridade,comunicação eficaz/escuta ativa, equipe/grupo, ética/postura profissional.

No âmbito administrativo: planejamento e organização do trabalho, teorias gerais deadministração educacional, administração pública e privada, administração de projetos. Noâmbito pedagógico: concepção de educação com base na história, visão quântica/visãomecanicista e diversidade cultural.

Para desenvolver os temas citados, foram indicadas no resultado da pesquisa asseguintes metodologias: estudo de textos, exposições orais, estudos de caso, dramatizações,discussões, simulações, sensibilizações/dinâmicas de grupo/jogos participativos, vivênciaspedagógicas e oficinas.

Dia 14 de novembro de 2001, no Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público-ISP/UFBA, às 16h, aconteceu uma animada confraternização com todos os membros desta instituição:professores da FACED/UFBA e professores de escolas públicas parceiras do PGP/LIDERE.

O encontro foi promovido pelo Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação PGP/LIDERE. Foi uma tarde muito alegre devido à oportunidade de maior aproximação entre pessoas nummomento de grande descontração.

Estavam presentes os representantes das Escolas: Escola Estadual Luiz Fernando MacedoCosta, Escola Estadual Cleto Araponga, Escola Municipal Engenho Velho da Federação, Escola MunicipalEsther Felix da Silva, Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes. Participaram ainda integrantes do PGP/LIDERE e professores da Faculdade de Educação – FACED.

Page 51: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

51

CONFRATERNIZAÇÃO II -Conraternização F APEX-ISP-PGP/LIDERE

GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 49-51, nov./dez. 2001.

A Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão - FAPEX realizou, no dia vinte e dois denovembro de 2001, entre nove horas e doze horas, um evento comemorativo dos seus vinte eum anos de prestação de serviço a instituições de pesquisa e extensão, tendo como local aEscola Politécnica da UFBA.

Na agenda, constavam pontos importantes a serem apresentados, tendo comodestaque a apresentação do Módulo de Acompanhamento de Projetos via internet, seguidode um excelente café colonial. Na oportunidade, estava presente a vice-coordenadora doPGP/LIDERE - Profª Mara Schwingel representando a coordenadora Dra. Katia Siqueira deFreitas.

O evento foi significativo. Coordenadores de vários projetos tiveram a oportunidade detrocar sugestões e idéias referentes à sistemática utilizada pela FAPEX para aprimorar e agilizarsolicitações feitas à instituição.

Parabenizamos a FAPEX pelo evento e pela coragem de implementar um sistemamoderno de intercâmbio entre instituição e seus parceiros. Esperamos que as inovaçõessejam acompanhadas de treinamento em serviço dos seus funcionários para menores enganose falhas no desempenho de suas funções.

Da esquerda para a direita: Eva Peixinho, Rosalba Oliveira, Dra. Maria Liana Mendonça ( FAPEX),Maria José Rodrigues e Jocenice Barbalho (ISP).

Page 52: RGA v7 n22 2001 v7 n22 2001.pdfna rua Lauro de Freitas, em São Cristóvão, Salvador-BA, no dia seis de novembro de 2001, das 14 às 16h,com o objetivo de oferecer o minicurso “Como

52 GERIR, Salvador, v. 7, n. 22, p. 47-50, nov./dez. 2001.