Ricardo vargas Entrevista com Ricardo Vargas na Revista Expansão
Ricardo Silvestrin
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Transcript of Ricardo Silvestrin
Este poema Este poema
é uma boa chance é uma boa chance pra você ficar calado. pra você ficar calado.
Nada soa Nada soa além do silêncio além do silêncio desta partitura. desta partitura.
Uma palavra Uma palavra como esta como esta dançando dançando
na sua cabeça. na sua cabeça. Nenhuma outra lei Nenhuma outra lei
além da leitura.além da leitura.
(O menos vendido)(O menos vendido)
““...a poesia de Ricardo Silvestrin pulsa em estado líquido. ...a poesia de Ricardo Silvestrin pulsa em estado líquido. (...) Em nossa tradição poética predominam os sólidos e (...) Em nossa tradição poética predominam os sólidos e gasosos. Por isso me derreto diante da beleza não gasosos. Por isso me derreto diante da beleza não regulamentada da sua poesia: um chega-pra-lá naquele regulamentada da sua poesia: um chega-pra-lá naquele antagonismo. Poesia que não traz conhecimento, não antagonismo. Poesia que não traz conhecimento, não produz saber, nem resolve enigmas. Ela nunca produz saber, nem resolve enigmas. Ela nunca permanece no lugar onde até há pouco a deixamos. permanece no lugar onde até há pouco a deixamos. Vazante socrática. (...) Não há poeta mais inteligente do Vazante socrática. (...) Não há poeta mais inteligente do que ele no território ignoto da invenção verbal que ele no território ignoto da invenção verbal contemporânea. ”contemporânea. ”
Fabrício Carpinejar(Site da ed. Ática, resenha sobre o livro infantil É tudo invenção)
MINI BIOGRAFIAMINI BIOGRAFIA
Poeta, escritor e músico brasileiro, Ricardo Silvestrin Poeta, escritor e músico brasileiro, Ricardo Silvestrin
nasceu em Porto Alegre, no dia 17 de maio de 1963.nasceu em Porto Alegre, no dia 17 de maio de 1963.
Formou-se em Letras pela Formou-se em Letras pela UFRGSUFRGS em 1985, mesmo ano em em 1985, mesmo ano em
que publicou seu primeiro livro de poemas, "Viagem dosque publicou seu primeiro livro de poemas, "Viagem dos
olhos", pela editora Coolírica. olhos", pela editora Coolírica.
Desde então, Silvestrin teve 12 obras de poesia editadas,Desde então, Silvestrin teve 12 obras de poesia editadas,
muitas delas dedicadas ao público infantil. Ganhou 5 vezes omuitas delas dedicadas ao público infantil. Ganhou 5 vezes o
Prêmio Açorianos de Literatura, como poeta (1995 e 2007),Prêmio Açorianos de Literatura, como poeta (1995 e 2007),
autor de livro infantil (1998), editor (editora Ameopoema,autor de livro infantil (1998), editor (editora Ameopoema,
2005) e destaque de mídia (pelo programa de rádio2005) e destaque de mídia (pelo programa de rádio
"Transmissão de pensamento", 2008)."Transmissão de pensamento", 2008).
BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA
2009: O videogame do reiO videogame do rei (romance, ed. Record) 2009: A moda genéticaA moda genética (poesia infantil, ed. Ática) 2008: TranspoemasTranspoemas (poesia infantil, ed. Cosac Naify) 2008: PlayPlay (contos, ed. Record) 2006: O menos vendidoO menos vendido (poesia, ed. Nankin) 2005: MmmmmonstrosMmmmmonstros!! (poesia infantil, ed. Salamandra) 2004: ex, Peri, mentalex, Peri, mental (poesia, ed. Ameopoema) 2003: É tudo invençãoÉ tudo invenção (poesia infantil, ed. Ática) 1998: Pequenas observações sobre a vida em outros Pequenas observações sobre a vida em outros
planetasplanetas (poesia infantil, ed. Projeto) (reed. em 2004 pela ed. Salamandra) 1995: Palavra mágicaPalavra mágica (poesia, Ed. Massao Ohno) 1992: Quase euQuase eu (poesia, coleção Petit Poa, SMC) 1988: O Baú do GogóO Baú do Gogó (poesia infantil, ed. Sulina) 1988: BashôBashô um santo em mim um santo em mim (haicais, ed. Tchê) 1985: Viagem dos olhosViagem dos olhos (poesia, ed. Coolírica)
ALGUMA POESIAALGUMA POESIA
outro outono outro outono
no chão entre as no chão entre as folhas folhas
sonhos do verãosonhos do verão
********
conviverconviverviver conviver contigo é andartigo é andardigo estardigo estarpor ora forapor ora forade perigode perigo ********
na rua da praiana rua da praia todo olhar com todo olhar com
vida a mar vida a mar
um dia o espelhoum dia o espelhome devolverá um velhome devolverá um velho
tomara que eu valhatomara que eu valhao tempo que o tempoo tempo que o tempo
levou no trabalholevou no trabalhode esculpir a minha carade esculpir a minha cara
um dia o espelhoum dia o espelhome devolverá o vaziome devolverá o vazio
quem sabe eu já estejaquem sabe eu já estejamorrendo de friomorrendo de frio
e quem chegar pertoe quem chegar pertopra ver se respiropra ver se respiro
vai ver pelas marcasvai ver pelas marcasque virei um vampiroque virei um vampiro
(Palavra Mágica - 5)
não mais que a beleza de um artistanão mais que a beleza de um artistaque faz o que quer porque sabe fazerque faz o que quer porque sabe fazero que quero que quer
não mais que a indiferença do temponão mais que a indiferença do tempotransformando tudo em passadotransformando tudo em passadoaté a grandezaaté a grandeza
não mais que o afeto por coisasnão mais que o afeto por coisasidéias bichos pessoasidéias bichos pessoasdado de graçadado de graça
não mais que o ficar em silêncionão mais que o ficar em silênciona beira da praiana beira da praiacom os olhos abertoscom os olhos abertos
não mais que o respeito pela palavranão mais que o respeito pela palavramesmo que ela seja usada contra vocêmesmo que ela seja usada contra vocêe ée é
(Quase eu - 4)
ENTREVISTAENTREVISTA
Quanto ao seu trabalho, Silvestrin dá especial Quanto ao seu trabalho, Silvestrin dá especial atenção aos versos curtos, devido ao seu ritmo atenção aos versos curtos, devido ao seu ritmo particular. Perguntado sobre a influência dos breves particular. Perguntado sobre a influência dos breves hai kais japoneses em sua obra, ele diz que o contato hai kais japoneses em sua obra, ele diz que o contato com essa literatura foi posterior aos seus primeiros com essa literatura foi posterior aos seus primeiros trabalhos. trabalhos.
A licença poética foi outro tópico abordado. "Uma A licença poética foi outro tópico abordado. "Uma questão extensa de dois pés", disse Silvestrin, questão extensa de dois pés", disse Silvestrin, lançando em seguida dois questionamentos: "o que é lançando em seguida dois questionamentos: "o que é padrão culto?" e "o que é verso e o que é frase?". padrão culto?" e "o que é verso e o que é frase?". Para ele, a questão de licença poética não existe para Para ele, a questão de licença poética não existe para o artista. O que existe é o trabalho sobre o o artista. O que existe é o trabalho sobre o inesperado de sentido, de som e de desenho da inesperado de sentido, de som e de desenho da
palavrapalavra. .
Quanto ao verso, esse nasceu como Quanto ao verso, esse nasceu como imitação da fala. Portanto, Silvestrin imitação da fala. Portanto, Silvestrin afirma que a frase veio depois do verso. afirma que a frase veio depois do verso. "O verso é critério de ouvido, de ritmos", "O verso é critério de ouvido, de ritmos", disse. E só quando foi transcrito para o disse. E só quando foi transcrito para o papel ele se tornou desenho, explorado papel ele se tornou desenho, explorado em seus aspectos gráficos e estéticosem seus aspectos gráficos e estéticos.
Trechos de entrevista da Folha On Line- Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u589650.shtml
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
Site autor:Site autor:www.ricardosilvestrin.com.br
Wikipedia:Wikipedia:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Silvestrin
Editora:Editora:http://editora.cosacnaify.com.br/ObraEntrevista/10968/23/
Transpoemas.aspx
Folha On Line:Folha On Line:http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/
ult10082u589650.shtml
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Angela MendezAngela Mendez
Valeska GhidiniValeska Ghidini