Distancia de Fortaleza as Municipios do Ceara Das Cidades MaisCeará
RMN_H_C
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1
Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C
Mara Mara RubiaRubia Costa Costa CouriCouri
Orgânica IV Orgânica IV
2
Introdução
3
Introdução
� Ressonância Magnética Nuclear (RMN)� Utilização rotineira;� Técnica não-destrutiva;� Espectroscopia de absorção;� Propriedades magnéticas de núcleos atômicos;� Fase líquida e fase sólida;� Apresenta muita informação;� Utilizada por diferentes áreas.
4
Introdução
5
Introdução
6
Introdução
� Uma amostra, sob condições apropriadas em um campo magnético,
pode absorver radiação eletromagnética na região de
radiofreqüência (rf), em uma frequência regida pelas características
estruturais da amostra.
7
Introdução
� Absorção é função de determinados núcleos da molécula
� Espectro de RMN ⇒ registro gráfico das freqüências dos picos de absorção contra suas intensidades.
0123PPM
RMN de 1H para o etanol
8
Propriedades Magnéticas dos Núcleos� Núcleo possui carga ⇒ comportam-se como se fossem ímãs
girando em torno do seu eixo ⇒ o movimento das cargas
elétricas gera uma corrente elétrica ⇒ uma corrente elétrica cria
um campo magnético ao seu redor (com um pólo norte, um pólo
sul e um momento magnético).
� Dipolo magnético – momento angular (P) da carga em movimento pode
ser descrito em termos do n° de Spin I (0, ½, 1, 3/2,...)�um próton está
constantemente girando em torno do seu próprio eixo �Se diz que ele
possui Spin S com sentido definido.
� Momento magnético nuclear (µ) – magnitude do dipolo gerado
µµµµ
++µµµµ = γ I
γ = cte magnetogírica(ou giromagnética)
9
Influência de um Campo Magnético Externo
Pólo magnético
Pólo magnético
B0
αααα αααα
αααα
ββββ
ββββ ββββ
Momentos magnéticos estão orientados de forma aleatória
Prótons podem assumir duas orientações possíveis
O primeiro passo de uma mediO primeiro passo de uma mediçção de RMN ão de RMN éé o alinhamento dos o alinhamento dos íímãs nucleares com mãs nucleares com um forte campo magnum forte campo magnéético, produzido por um grande tico, produzido por um grande íímã no qual eles são mã no qual eles são
colocados.colocados.
Quando o campo magnético está
desligado ( Β0 = 0 )
Quando o campo magnético
está ligado ( Β0≠ 0 )
Momentos
magnéticos
orientados sob
ação de Β0
10
Núcleos com spin ½
⇒ dois níveis
de energia (-½ e
+½)
Excitação dos Núcleos com Spin ½
Nα ⟩ Nβ Segundo a distribuição de Boltzmann
∆Ε = (hλ/2π)Βο ∆Ε = (hν)
ν = (λ/2π)ΒοEquação fundamental da RMN – correlaciona
radiofreqüência aplicada com a intensidade
do campo magnético
αααα
ββββ
∆E = hνE
Nível de energia com
excesso de população dos
hidrogênios – estado de
energia mais baixo
Intensidade do campo Bo
IntroduIntroduçção de energia na forma de radiofreqão de energia na forma de radiofreqüüência (ência (ν1ν1) induz a transi) induz a transiçção entre esses não entre esses nííveis de energia em veis de energia em
um campo magnum campo magnéético de intensidade tico de intensidade ΒοΒο..
11
αααα
ββββ
∆E
A favordo campo
Contrao campo
Estado αα
Pólo magnético
Pólo magnético
B0
αααα αααα
Pólo magnético
Pólo magnético
B0ββββαααα
αααα
ββββ
Estado αβ
αααα
ββββ
O Processo da Ressonância
Irradiação comabsorção de hνννν
Irradiação comabsorção de hνννν≠
Núcleos em ressonância com a radiação eletromagnética
12
B0 (Teslas) νννν 1H (MHz) νννν 13C (MHz)
4,7 200 50,3
7,0 300 75,4
11,7 500 125,7
1H13C
γC = 1/4 γH
Frequências de Ressonância
γ Bo
2πν =
Freqüência de LarmorγC = 6,73 x 107 /Ts
γH = 26,76 x 107 /Ts
A rf é da ordem de MHz.
Nessa razão, o sistema
está em ressonância e
energia é absorvida pelo
hidrogênio, que passa para
o estado de energia mais
alta, resultando o espectro.
γ = 2πµ/hI
Constante de proporcionalidade entre o momento magnético (m), e o n° de spin I
13
Spin Nuclear – A Origem do Sinal
� Núcleos de determinados isótopos giram – possuem n°quântico de
spin I ⇒ 2I+1
� 1H ⇒⇒⇒⇒ I = ½ ⇒ pode assumir um dos dois estados de spin +½ ou -½ .
I = ½ ⇒ m = + ½ ou m = - ½ Momentos magnéticos permitidos
n° de orientações diferentes que um núcleo pode assumir quando
colocado em um campo magnético
Distribuição de carga esférica e uniforme
Distribuição de carga não-
esférica, afeta o tempo de
relaxação e,
consequentemente a largura
dos picos e o acoplamento
com os núcleos vizinhos.
Número quântico de spin(I) de alguns núcleos
14
Tipos de Espectrômetros � A energia de radiofreqüência (rf) pode ser introduzida de duas formas – correspondem
a dois “tipos” diferentes de espectrômetros de RMN.
� Varredura de onda contínua (CW) da faixa de frequências:
� a amostra é colocada em um Bo e irradiada por uma lenta varredura de faixa
de freqüência de interesse.
� o espectro resultante é o registro da energia absorvida em função da
freqüência.
� Pulso de radiofreqüências:
� a amostra é colocada no Bo e irradiada com um pulso de energia de rf de alta
potência que atinge uma faixa de freqüências suficiente para cobrir a região
de interesse.
� esse pulso excita simultaneamente todos os núcleos da molécula.
� após o pulso, os núcleos excitados começam a voltar ao estado fundamental
e irradiar energia.
� detector coleta a energia emitida e produz o FID (decaimento livre de indução).
� a informação contida no FID (função do tempo), é convertida (FT) em um
espectro convencional, que é função da frequência.
15
Espectrômetro de FT-RMN
Amostra
Magnetização
Resposta
Dados
Espectro
Armazenar
Βο
Pulso
Detecção (FID)
Transformada de Fourier (FT)
FID
0123PPM
++++
16
Deslocamento Químico
(νsinal – νref)νo
(νsinal – νref)νo
×××× 106 δ =
Deslocamento químico (δ) : Posição de um sinal no espectroSe expressa em função de uma substância de referência
Padrão – TETRAMETILSILANO (TMS)Vantagens do TMS :
1) Sinal único2) Líquido volátil3) Aparece a ν < ν sinais (ν TMS = 0 ppm)4) Não interação com a amostra
Partes por milhão(ppm)
� Força real do campo no qual a absorção ocorre� Depende do ambiente magnético de cada próton
� Em um determinada molécula alguns núcleos de hidrogênio estão em regiões de maior densidade eletrônica do que outros, absorvendo energia em forças de campo ligeiramente diferentes.
17
Si
H3C CH3
CH3
CH3
δ+
δ−
� 12 prótons equivalentes ⇒ ponto zero da escala� Pequena quantidade do composto provoca um sinal relativamente forte,
bem nítido;� Si é menos eletronegativo que o C, então os prótons do TMS estão em
regiões de grande densidade eletrônica. Por isso estão muito blindados e o sinal ocorre numa região do espectro onde poucos átomos de hidrogênio absorvem energia, interferindo raramente nos sinais de outros prótons.
Deslocamento Químico
×××× 106 δ = (νsinal – νref)
νo
νsinal = Deslocamento observado a partir do TMS em Hz
νo = frequência de operação do instrumento em HZ
18
� Ambiente magnético depende de dois fatores:� Campos magnéticos gerados pelos elétrons em circulação;� Campos magnéticos que resultam de outros prótons vizinhos (ou de
outros núcleos magnéticos)
DESLOCAMENTO QUÍMICO
H
H
H
H
HHH
HHH
1,4-dimetilbenzeno
2 tipos de H ambientes diferentesdeslocamento químico diferente
01234567PPM
Deslocamento químico é medido ao
longo da base do espectro em uma
escala de δ (em ppm)
TMS
Força externa do campo magnético
Força externa do
campo magnético mais
baixa
Força externa do
campo magnético mais
alta
19
Deslocamento Químico
δ (1H) ppm
012345678
TMS
(ν)
(δ)
BLINDAGEM
Desblindado Blindado
Próton mais blindado
Próton menos blindado
20
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
21
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
Alquila primário RCH3 0,8 – 1,0
Alquila secundário R2CH2 1,2 – 1,4
Alquila terciário R3CH 1,4 – 1,7
δ (ppm)
δδδδ aumenta com a substituição
1.01.52.02.53.0 δ (ppm)
Propano
CH2 CH3
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
22δ aumenta com a ELETRONEGATIVIDADE (EN) do substituinte
CH3X EN (X) δ (ppm)
CH3F 4,0 4,26CH3OH 3,4 3,40CH3Cl 3,2 3,05CH3Br 3,0 2,68CH3I 2,7 2,16CH3H 2,2 0,23
Reproduzido de P.J. Hore, “Nuclear Magnetic Resonance”, OCP, 1995
Eletronegatividade de Pauling
δ C
H3X
(pp
m)1 – Grau de substituição
2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
δ (ppm)
CH3Cl 3,05
CH2Cl2 5,30
CHCl3 7,27
O efeito da EN é aditivo
23
1,01,52,02,53,0 δ (ppm)
Butano CH2 CH3
CH2CH2CH3
1 2 3 4Cl–CH2
O efeito do substituinte diminuirapidamente com a distância
Ex.: CH3–CH2–CH2–Br
1,06 1,81 3,47
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
24
C2H6C2H4C2H2 C2H6C2H4C2H2 C2H6C2H4C2H2
C2H6C2H2C2H4Etano , Etileno , Acetileno
H3C–CH3 H2C=CH2 HC≡≡≡≡CH
C2H6 C2H4 C2H2
δH–Csp3 < δH–Csp2 < δH–Csp
(em princípio)
Devido a presença de elétrons π
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
25
Nuvem eletrônica circulante sob a influência de Bo
Campo magnético externo, Bo
Núcleo
Campo local induzido, B’oposto a Bo no núcleo
Blindagem Nuclear� A posição de um sinal em um espectro de RMN pode estar relacionada com as densidades eletrônicas e com a circulação de elétrons nos compostos.
Por serem partículas carregadas e por estarem sob ação de um campo Bo externo, eles se movimentam e geram campos
minúsculos (campo induzido)
Blinda o próton em relação ao campo externo. O campo induzido se opõe ao campo externo, ou seja, o campo magnético real que atua sobre o próton é menor que Bo
26
ν = × (1 – σ)γ × Bo
2π
Blindagem Nuclear
Bnúcleo = Bo – B’elétronsNuvem eletrônica circulante Sob a influência de Bo
Campo magnético externo, Bo
Núcleo
Campo local induzido, B’oposto a Bo no núcleo B’ é proporcional a Bo ( B’ = σ × Bo )
σ = constante de blindagem
B = Bo – B’ B = Bo × (1 – σ)
Portanto:γ Bo
2πν =
Freqüência de Larmor
o campo magnético real que atua
sobre o próton é menor que Bo
27
Campo externo, B0 Campo externo, B0
Blocal
Blocal
Blocal
Blocal
Blocal Blocal
Blocal
Blocal
ALQUENOS ALQUINOS
alcanosalquinosalquenos
δ
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
28
CH2 CH3OH
1 M
02,04,06,0 δ (ppm)
0,001 M
a) Produzem grandes deslocamentos 0,1 M
0,01 M
[EtOH]
Ex.: Etanol CH3-CH2-OH
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
29
H3C CH3
O O
H
H
b) O efeito é maior em ligações intramoleculares Ex.: Acetilacetona
H3C CH3
O O
H H
15,2
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
30
OMe OMe OMe OMe
O O O OOMe OMe OMe OMe
+M+M
–M–M
OMe COOMe
H
Exemplos:
7,3 6,8
7,2
6,9
8,0
7,4
7,5
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
31
CDCl3
DMSO
FATORES QUE AFETAM O DESLOCAMENTO QUÍMICO δδδδ
1 – Grau de substituição2 - Eletronegatividade do substituinte3 - Distância do substituinte4 - Presença de duplas e/ou triplas ligações5 - Formação de ligações de hidrogênio6 - Conjugação7 - Outros fatores
32
Efeitos do Solvente
Interações soluto-solvente, afetam o deslocamento químico. Muito difícil quantificar esse efeito.
Ligações de hidrogênio; Interações de van der Waals; Interações dipolo-dipolo, etc.
Solvente
Soluto CDCl3 (CD3)2SO Piridina Benzeno CF3COOH
Acetona 2,17 2,12 2,00 1,62 2,41
Cloroformio 7,27 8,35 8,41 6,41 7,25
Dimetilsulfóxido 2,62 2,52 2,49 1,91 2,98
Cicloexano 1,43 1,42 1,38 1,40 1,47
33
34
INTEGRAL DOS SINAIS
A integral do sinal é proporcional ao número de núcleos equivalentes que o originou
A INTEGRAL de um espectro representa somente as
PROPORÇÕES RELATIVAS dos hidrogênios equivalentes
2 3
Ex.: Dietilcetona
O
CH2CH3
δ (ppm)
1,02,03,0 0,0
Integral = área total do sinal
35
INTEGRAL DOS SINAIS
Integral = área total do sinal
A RMN de 1H A RMN de 1H éé quantitativa: a integraquantitativa: a integraçção dos ão dos picos obtidos permitepicos obtidos permite
determinar o ndeterminar o núúmero de mero de áátomos de hidrogêniotomos de hidrogênio
36
ACOPLAMENTO ESCALAR
Consideremos dois prótons (A e X) quimicamente diferentese vizinhos na molécula (nº de ligações entre ambos ≤3).
δδδδXδδδδA
HA HX
ν (freqüência)
R1 C
HA
R2
C R4
HX
R3
Pelo fato dos núcleos dos átomos possuem I ≠ 0 terem momento magnético, comportam-se como “ímãs”. Por se comportarem como ímãs, os núcleos “sentirão” uns aos outros através de ligações químicas (acoplamento spin-spin, ou acoplamento escalar).
Os prótons interagem magneticamente (“acoplamento”) o que permite estabelecer a conectividade dos átomos em uma estrutura.
37
δδδδXδδδδA
X2 X1A2 A1
ν (freqüência)
R1 C
HA
R2
C R4
HX
R3
ACOPLAMENTO ESCALAR
Consideremos dois prótons (A e X) quimicamente diferentese vizinhos na molécula (nº de ligações entre ambos ≤3).
38
δXδδδδA
X2 X1A2 A1
Aα
Aβ
AαXα
AβXα
AαXβ
AβXβ
R1 C
HA
R2
C R4
HX
R3
As duas possíveis orientações de X(Xαααα e Xββββ) provocam dois campos
locais diferentes em A
R1 C
HA
R2
C R4
HXββββ
R3
R1 C
HA
R2
C R4
HXαααα
R3
Como NXαααα ≅≅≅≅ NXββββ
Intens. A1 = Intens. A2
Diz-se que HA aparececomo um DUPLETO
ACOPLAMENTO ESCALAR
Consideremos dois prótons (A e X) quimicamente diferentese vizinhos na molécula (nº de ligações entre ambos ≤3).
39
δXδA
ACOPLAMENTO ESCALAR
R1 C
HA
R2
C R4
HX
R3
O espectro seria:
ν (freqüência)
JAX JXA
JAX = JXA
J = constante de acoplamento. Se mede em (Hz)
J é independente de campo magnético aplicado(mesmo valor em qualquer aparelho)
dupleto Dupleto
40
ACOPLAMENTO ESCALAR
nJH,X Acoplamento HETERONUCLEAR (Ex.: 1H,13C)
nJH,H Acoplamento HOMONUCLEAR
O acoplamento escalar nos forneceinformação direta sobre a VIZINHANÇA
do núcleo objeto de estudo
Neste sentido, o acoplamento escalar complementaos dados de deslocamento químico (δ) e integral (I):
δδδδ Onde se encontra o núcleo
I Quantos núcleos dão o sinal
J Quem são os vizinhos
41
JA,X JA,X
ννννA ννννx
∆ν∆ν∆ν∆νA,X
Origina espectros dePRIMEIRA ORDEM
∆ν∆ν∆ν∆νA,X >> JA,X
JA,B
ννννA ννννx
∆ν∆ν∆ν∆νA,B
JA,B
Origina espectrosCOMPLEXOS
∆ν∆ν∆ν∆νA,X ≈≈≈≈ JA,X
TIPOS DE ACOPLAMENTO ESCALAR
1) ACOPLAMENTO FRACO
2) ACOPLAMENTO FORTE
42
PADRÕES DE ACOPLAMENTO
1) espectros de primeira ordem2) espectros complexos
a) Acoplamento com um núcleode spin ½ (sistema AX)
a) Acoplamento com um núcleode spin ½ (sistema AX)
1 1
α β
δδδδA
JAX
DUPLETO
Ex.:
C C
HA HX
b) Acoplamento com dois núcleosequivalentes (sistema AX2)
b) Acoplamento com dois núcleosequivalentes (sistema AX2)
1 1
αα ββ
δδδδA
JAX
TRIPLETO
JAX JAX
2
αβ
βα
C C
HA HX
HX
Ex.:
43
d) Acoplamento com n núcleos equivalentes (sistema AXn)
d) Acoplamento com n núcleos equivalentes (sistema AXn)
Em geral A se desdobra em n + 1 linhas, separadas cada uma por uma distância = JAX
11 1
1 2 11 3 3 1
1 4 6 4 11 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
A simpleto (s)
AX dupleto (d)
AX2 tripleto (t)
AX3 quarteto (c)
AX4 quinteto (q)
AX5 sexteto (m)
AX6 septeto (m)
c) Acoplamento com três núcleosequivalentes (sistema AX3)
c) Acoplamento com três núcleosequivalentes (sistema AX3)
1 1
δδδδA
JAX
QUARTETO
JAX JAX
3
JAX JAX JAX
3
Ex.:
C C
HA HX
HX
HX
PADRÕES DE ACOPLAMENTO
1) espectros de primeira ordem2) espectros complexos
44
f) Outros acoplamentos (sistemas AMmXn)
f) Outros acoplamentos (sistemas AMmXn)
1
DUPLO TRIPLETO
2
ES.:
C C
HA HX
C HX
HM
AMX2
δδδδA
JAM
JAX JAX
JAX JAX
1 12
1
e) Acoplamento com dois núcleos não equivalentes (sistema AMX)
e) Acoplamento com dois núcleos não equivalentes (sistema AMX)
1 1
δδδδA
JAM
DUPLO DUPLETO
JAX JAX
1 1
Ex.:
C C
HA HX
C
HM
JAM ≠≠≠≠ JAX
PADRÕES DE ACOPLAMENTO
1) Espetros de primeira ordem2) Espetros complexos
45
J e ESTRUTURA QUÍMICA
1) Acoplamentos a 2 ligações (2J)2) Acoplamentos a 3 ligações (3J)3) Acoplamentos a grande distância
2JHH varia entre 0-40 Hz
terminais 0-3 Hz
saturados 5-18CH2
CH2
ACOPLAMENTO GEMINALACOPLAMENTO GEMINAL H
C H
1) Acoplamentos a 2 ligações (2J)2) Acoplamentos a 3 ligações (3J)3) Acoplamentos a grande distância (4J e 5J)
Segundo o número de ligações entre os núcleos, teremos:
46
Ha
HeHe
Ha
Exemplo:Cicloexano
θθθθ (graus)
3 J (H
z)
J e ESTRUTURA QUÍMICA
1) Acoplamentos a 2 ligações (2J)2) Acoplamentos a 3 ligações (3J)3) Acoplamentos a grande distância
ACOPLAMENTO VICINALACOPLAMENTO VICINAL H
CC
H
3JHH é o acoplamento mais útil, uma vez que existe umarelação com o ângulo diedro (θ) RELAÇÃO DE KARPLUS
H
H
H
H
HH
HH
θθθθC
Ha
HaC θ = 180º
3J = 9 -11 Hz
C
HaHeC
HeC
HeC
θ = 60º3J = 2 -5 Hz
3J = A + BCosθθθθ + CCos2θθθθ
47
J e ESTRUTURA QUÍMICA
Ha
HeHe
Ha
Exemplo:Cicloexano C
Ha
HaC θ = 180º
3J = 9 -11 Hz
C
HaHeC
HeC
HeC
θ = 60º3J = 2 -5 Hz
R1
R2
H
H
Exemplo:Cadeia aberta R1
H
HR2 θ = 180º
3J = 9 -11 Hz
R1
HHR2
R1
R2
HH
θ = 60ºJ = 2 -5 Hz
Jmédio = 7 Hz
1) Acoplamentos a 2 ligações (2J)2) Acoplamentos a 3 ligações (3J)3) Acoplamentos a grande distância
ACOPLAMENTO VICINALACOPLAMENTO VICINALH
CC
H
3JHH é o acoplamento mais útil, uma vez que existe umarelação com o ângulo diedro (θ) RELAÇÃO DE KARPLUS
48
H
HH
R
Exemplo:Alquenos
Jcis < Jtrans
θ = 0ºJ = 8 -12 HzJcis
Jcis
θ = 180ºJ = 15 -18 HzJtrans
Jtrans
H
H
Exemplo:Arenos
θ = 0ºJ = 7 - 8 HzJorto
Jorto
J e ESTRUTURA QUÍMICA
1) Acoplamentos a 2 ligações (2J)2) Acoplamentos a 3 ligações (3J)3) Acoplamentos a grande distância
ACOPLAMENTO VICINALACOPLAMENTO VICINALH
CC
H
3JHH é o acoplamento mais útil, uma vez que existe umarelação com o ângulo diedro (θ) RELAÇÃO DE KARPLUS
49
J e ESTRUTURA QUÍMICA
1) Acoplamentos a 2 ligações (2J)2) Acoplamentos a 3 ligações (3J)3) Acoplamentos a grande distância (4J e 5J)
H
CCCC
HH
São raros. Quando se apresentam são geralmente pequenos em magnitude (1 – 3Hz).
HH
Sistemas saturadosSistemas saturados
4JHH ≈ 0,1 – 3 Hz
Somente disposição em ZIG-ZAG(acoplamento em W)
HH C CH C C H
H
H
H
H
H
H
Sistemas conjugadosSistemas conjugados
4JHH ≈ 1 – 2 HzAcoplamento alílico
5JHH = 2,2 Hz
3J ≈ 7 - 8 Hzorto
4J ≈ 2 - 3 Hzmeta
5J ≈ 0 - 1 Hzpara
50
51
52
53
54
Exercícios
Br
01234PPM
55
Exercícios
O
01234PPM
56
Exercícios
O
O
01234PPM
57
Exercícios
012345PPM
OH
58
Exercícios
0.90
1.682.52
1.98
1.11
O
0123PPM
CH3 C
O
CH3
H2C
CH3 CH2
59
Exercícios
H2N
012PPM
60
Exercícios
H
O
0123456789PPM
61
Exercícios
012345678PPM
62
Exercícios
OH
O
012345678910111213PPM
63
ESPECTROMETRIA DE CARBONO-13
Características da espectrometria de 13C:
� Os princípios por trás da espectroscopia de RMN de 1H e de RMN de 13C são essencialmente os mesmos.
� RMN de 13C �Interpretação mais fácil
� Sinais individuais sinais de 13C são fracos �isótopo de 13C constitui apenas 1,11% dos átomos de carbono 12C �isótopo mais abundante �não possui spin nuclear (I = 0), então não pode produzir um sinal de RMN.
� RMN de 13C �deslocamentos químicos aparecem em torno de 220 ppm, comparados com aproximadamente 12 ppm do RMN de 1H. Isso significa que os sinais são menos propensos a se sobreporem.
� Substância de referência � TMS
64
ESPECTROMETRIA DE CARBONO-13
Características da espectrometria de 13C:
� 13C pouco abundante (1,1%) não existe acoplamento 13C − 13C
� Se existe acoplamento 13C−1H sinais de 13C desdobrados
� γC é pequena (= ¼ γH) muito menos sensível que o RMN de 1H
RMN de 13CRMN de 1H
HC
O−−−−
O
13
1ruído
sinal
ruídosinal
S/R (13C) << S/R (1H)S/R (13C) << S/R (1H)
65
ESPECTROSCOPIA DE CARBONO 13
� A área sob o sinal de RMN de 13C não é proporcional ao número de átomos que dá origem ao sinal �o n° de carbonos que dá origem ao sinal não pode ser medido por integração.
As posiAs posiçções relativas dos sinais, em geral, dependem do mesmo fator que ões relativas dos sinais, em geral, dependem do mesmo fator que
determina a posidetermina a posiçção relativa dos sinais de prão relativa dos sinais de próótons no RMN de tons no RMN de 11H.H.
��Carbonos em ambientes de alta densidade eletrônica produzem sinaCarbonos em ambientes de alta densidade eletrônica produzem sinais em is em
baixas freqbaixas freqüüências;ências;
��Carbonos prCarbonos próóximos a grupos ximos a grupos retiradoresretiradores de elde eléétrons produzem sinais em trons produzem sinais em
altas freqaltas freqüüências.ências.
66
Espectro de RMN de 13C desacoplado do 2-butanol
a
d
b
c
�� Os sinais em um espectro de RMN de Os sinais em um espectro de RMN de 1313C são C são simpletossimpletos..
CDClCDCl33
67
Espectro de RMN de 13C acoplado do 2-butanol
� Os sinais no espectro de RMN de 13C podem ser desdobrados por hidrogênios próximos.No
entanto, o desdobramento não é normalmente observado porque o espectro é registrado
com a utilização do desacoplamento de spin, o que impede as interações carbono-próton.
abc
d
O desdobramento não é promovido por carbonos adjacentes,
mas por hidrogênios ligados ao carbono que produz o sinal.N + 1
CDCl3
68
ESPECTROSCOPIA DE CARBONO-13
Espetro 13C-RMNEspetro 13C-RMNEspetro 1H-RMNEspetro 1H-RMN
1JH,C
1JC,H
Não produz sinal(12C apresenta I = 0)
HC
O−−−−
O
13
1
99%
1%
HC
O−−−−
O
12
1
Ex.: Ânion formiato
O que ocorre no caso de acoplamento 1H-13C?
69
Espectro de RMN de 13C do 2,2-dimetilbutano
0510152025303540PPM
H3C C
CH3
CH3
CH2CH3a
b
c
d
ad
b
c
� Carbonos não-hidrogenados �Em geral, fornecem sinais muito pequenos.
� A intensidade do sinal está de algum modo relacionada ao nº de carbonos que dá
origem ao sinal.
70
ESPECTROMETRIA DE CARBONO-13
Exemplo: N-metilpirrolidinona
ns = 2
ns = 200
H2C CH2
CN
H2CO
CH3
α
γβ
ns = 200+
desacop. de 1H
H2C CH2
CN
H2CO
CH3
α
γβ
71
Valores aproximados de deslocamento para RMN de 13C
72
ESPECTROS DE RMN ESPECTROS DE RMN 1313C DEPTC DEPT
�DEPT �Intensificação de pequenas deformações por transferência de polarização.�Desenvolvida para distinguir os grupos CH3, CH2 e CH.� Não mostra sinais para carbonos não hidrogenados.� Exemplo: DEPT 2-butanona �apresenta três sinais
O
não produzirá sinal
73
ESPECTROS DE RMN ESPECTROS DE RMN 1313C DEPT DO CITRONELALC DEPT DO CITRONELAL
O
BnO
OCH3
OBn
OBnS
N
N
N
N
Ph
O
BnO
OCH3
OBn
OBnS
N
N
N
N
Ph
79
SolventesSolventes
aNão-resolvido; acoplamento de longa distância
Estrutura
Septeto60,5nitrometano-d3CD3NO2
Septeto
Septetoa
1,3 (metila)
118,2 (CN)
acetonitrila-d3CD3CN
Septeto
Septetoa
29,8 (metila)
206,5 (carbonila)
acetona-d6
Tripleto
Tripleto
167,7
128,0
benzeno-d6C6D6
Septeto39,7dimetilsulfóxido-d6
Septeto49,0metanol-d4CD3OD
Tripleto77,0clorofórmio-d1CDCl3
Multiplicidadeδδδδ (ppm)Nome
D3CS
O
CD3
D3CC
O
CD3
Tripleto
Tripleto
Tripleto
123,5 (C-3,5)
135,5 (C-4)
149,2 (C-2,6)
piridina-d5
N
D
D
D
D
D
80
SolventesSolventes
� Amostras são usualmente dissolvidas em CDCl3.
� Os picos de 13C e 1H de um dado solvente deuterado diferem em multiplicidade.
CDClCDCl33 �� RMN de RMN de 11H H �� simpletosimpleto em em δδ 7,26 (res7,26 (resííduo de CHClduo de CHCl33))
��
O pico de O pico de 11H não se divide H não se divide ��1212C C éé magneticamente inativomagneticamente inativo
DMSODMSO--dd66 �� RMN de RMN de 11H H �� quinteto em quinteto em δδ 2,49 2,49 ��
(res(resííduo de duo de HH--CDCD22--S(=O)S(=O)--CDCD33))
��
Sinal de Sinal de 11H H éé dividido por dois ndividido por dois núúcleos de deutcleos de deutéério rio ��2n2nII + 1+ 1 = = 5 5 ��������quintetoquinteto
81
SolventesSolventes
CDClCDCl33 �� RMN de RMN de 1313CC �� tripleto em tripleto em δδ 77,0 (res77,0 (resííduo de CHClduo de CHCl3 3 éé irrelevante)irrelevante)
��
Divisão do pico de Divisão do pico de 1313C pelo nC pelo núúcleo D cleo D ��2n2nII + 1+ 1 = 2= 2x1x1 + 1 =x1x1 + 1 = 3 3 �������� tripletotripleto
DMSODMSO--dd66 �� RMN de RMN de 1313CC �� septetosepteto em em δδ 39,7 39,7 ��
(res(resííduo de duo de HH--CDCD22--S(=O)S(=O)--CDCD3 3 éé irrelevante)irrelevante)
��
Sinal de Sinal de 1313C C éé dividido por três ndividido por três núúcleos de deutcleos de deutéério rio
��2n2nII + 1+ 1 = = 7 7 ��������septetosepteto
82
Espectroscopia de RMN em duas dimensõesEspectroscopia de RMN em duas dimensões
� Usado para moléculas mais complexas.
�Permite determinar as estruturas de moléculas complexas em solução.
� RMN 2-D ����possuem dois eixos de freqüência e um eixo de intensidade.
� COSY (Espectroscopia de Correlação) ����envolve correlação de deslocamento 1H-1H
� HETCOR (Correlação Heteronuclear)����apresentam correlações de 1H-13C
����mostram o acoplamento entre prótons e o carbono ao qual eles estão ligados.
83
Espectro Espectro CosyCosy do do ééter ter etilvinetilviníílicolico
Picos cruzados Picos cruzados �� pontos que não estão na pontos que não estão na diagonal diagonal �� pares de prpares de próótons que estão tons que estão
acopladosacoplados
COSY (HCOSY (H--H H COCOrrelationrrelation SSpectroscoppectroscopYY))
84
COSYCOSY
85
COSYCOSY
86
HETCORHETCOR
CH3
aCH3
b
CH2
cCHd
87
H1
H1
MAPA DE
CONTORNOS
COSY
H2
H1 H
3H3 H
4H4H
5H5H
6H6
H1
H1H
3H3 H4H4 H5H5COSY
O
O
O
OH
OH
HO
OH
OH
HO
HO
HO 34
56
1
3 4
5
H2
H1
H1H
3H3 H4H4 H5H5
H1 H
3H3 H
4H4H
5H5H
6H6
H2
H3