Robinson Crusoé Quadrinhos Trecho

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    ROBINSON CRUSOÉ

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    Texto de acordo com a nova ortografia.

    Título original: Robinson Crusoé 

    Adaptação e roteiro : Christophe LemoineDesenhos e cores : Jean-Christophe Vergne

    Tradução : Alexandre BoidePreparação : Gustavo de Azambuja Feix 

    Revisão : Guilherme da Silva Braga

    CIP-Brasil. Catalogação na FonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

    L574r

    Lemoine, Christophe  Robinson Crusoé / Daniel Defoe; adaptação e roteiro de Christophe Lemoine; arte de Jean-Christophe

    Vergne; tradução de Alexandre Boide. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2011.60p. : principalmente il.

      Tradução de: Robinson Crusoe   Apêndice

      Texto em quadrinhosISBN 978-85-254-2453-2

      1. Histórias em quadrinhos. I. Defoe, Daniel, 1661?-1731. Robinson Crusoé. II. Vergne, Jean-Chris-tophe. II. Título.

    11-5851. CDD: 741.5  CDU: 741.5

    © 2010, Editions Adonis / Glénat Editions

    Todos os direitos desta edição reservados a L&PM EditoresRua Comendador Coruja, 314, loja 9 – Floresta – 90220-180Porto Alegre – RS – Brasil / Fone: 51.3225.5777 – Fax: 51.3221.5380

    PEDIDOS & DEPTO. COMERCIAL: [email protected] CONOSCO: [email protected]

    Impresso no BrasilPrimavera de 2011

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    ROBINSON CRUSOÉ

    Daniel Defoe 

    Adaptação e roteiro: Christophe Lemoine Desenhos e cores: Jean-Christophe Vergne 

    Tradução de  ALEXANDRE BOIDE

    L&PM EDITORES

    apoio da Unesco

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    No dia 30 de setembro do ano da graçade 1659, o navio de carga que estava

    sob meu comando encalhou em um bancode areia no meio da tempestade...

    Toda traição mereceser punida...

    Tínhamos saído do Brasil haviaquatro semanas, com o objetivo decapturar e transportar escravos

    da costa da Guiné.

    Nunca chegamos à África.

    Eu tinha 27 anos naépoca.

    Esses vagalhõesvão despedaçaro navio, senhor

    Crusoé!

    Precisamos lançarum escaler no mar!

    Eu não passava de um jovenzinhopresunçoso.

    Nós não temos nenhuma chan-ce! Vamos ser engolidos pelasondas ou então arremessados

    contra os rochedos!

    Ficar no navio não seria umaideia muito melhor! Remem!fui inconsequente,agi contra o meu

    próprio bem. Nasci para causar a minha própria ruína.

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    Depressa...Preciso correr...

    Antes que...

    Oito anos antes, na casa em queeu nasci e cresci em York, na

    Inglaterra, expressei ao meu pai odesejo de me lançar ao mar...

    Por que abandonaros seus pais, que

    estão ficando velhos, Robinson, e o seu

    país, onde você tem agarantia de uma vida

    confortável?...

    …Por que percorrer omundo para encontrar nofim somente infortúnios e

    desilusões?

    Se não ficarconosco, Deus

    deixará de aben-çoá-lo, ouviu bem?

    Eu prometo quevou ficar ao seu

    lado, pai.

    Infelizmente, minha resolu-ção não durou muito, e logo

    embarquei em um navio.

    Aaaaaaaaaah!

    Preciso chegar atéa praia... Eu tenho...Uma chance...

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    Obrigado, meuDeus, por ter pou-pado minha vida.

    Enfrentei todo tipo deadversidades. Naveguei

    da áfrica à américa.

    fui capturado pelos mouros,mas consegui fugir. Nessa

    ocasião, enquanto arriscavaa minha vida, compreendi

    perfeitamente o valor daspalavras do meu pai...

    Por fim me estabeleci no Brasil, onde prosperei plantando umcanavial. Mas por que então não me contentei com um destino

    que me era favorável?Eu me associei a outros

    proprietários de canaviais, coma intenção de buscar escravos

    na África.

    E embarquei de novo em um navio,mais uma vez ignorando as minhaspromessas, graças ao meu desejo

    infantil de percorrer o mundo.

    Preciso

    segurar firme...subir...Sobreviver...

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    O que seráde mim?

     Onde estou?... Sem rou-pas para vestir... Sem ter

    o que beber... Sem tero que comer... Perdido...

    Estou perdido...

    O que me restou?... Nãotenho nada aqui comigo...A não ser uma faca, um

    cachimbo... E uma caixinhacom um pouco de tabaco...

    E os outros?Será que

    sobreviveram?

    E está anoitecendo! Eeste lugar deve estarinfestado de animaisselvagens!

    Enfim umafonte de água

    doce!

    Vou mascar umpouco de tabacopara enganar a

    fome...

    Ah, meu Deus, oque será de mim?