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PROJETO DE GRADUAÇÃO ROTEIRIZAÇÃO NA DISTRIBUIÇÃO DE REFRIGERANTES: UM ESTUDO DE CASO EM EMPRESA DO DF Por, André Antonio Telles Simões Brasília, 05 de Dezembro de 2016 UNIVERSIDADE DE BRASILIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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PROJETO DE GRADUAÇÃO

ROTEIRIZAÇÃO NA DISTRIBUIÇÃO DE REFRIGERANTES: UM ESTUDO DE CASO

EM EMPRESA DO DF

Por, André Antonio Telles Simões

Brasília, 05 de Dezembro de 2016

UNIVERSIDADE DE BRASILIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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UNIVERSIDADE DE BRASILIA

Faculdade de Tecnologia Departamento de Engenharia de Produção

PROJETO DE GRADUAÇÃO

ROTEIRIZAÇÃO NA DISTRIBUIÇÃO DE REFRIGERANTES: UM ESTUDO DE CASO EM

EMPRESA DO DF

Por,

André Antonio Telles Simões

Relatório submetido como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro de Produção

Banca Examinadora

Prof. Dr. Sérgio R. Granemann, UnB/ EPR (Orientador)

Prof.Dr. Carlos Henrique M. da Rocha, UnB/ EPR

R

Brasília, 05 de Dezembro de 2016

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FICHA CATALOGRÁFICA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SIMÕES, André Antonio T. Roteirização na distribuição de refrigerantes: estudo de cada em empresa

do DF. 2016. 52 f, il. Monografia (Bacharelado em Engenharia de Produção) – Universidade de

Brasília, Brasília, 2016.

CESSÃO DE DIREITOS

AUTOR: André Antonio Telles Simões

TÍTULO DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO: Roteirização na distribuição de refrigerantes: estudo

de cada em empresa do DF

GRAU: Engenheiro ANO: 2016

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias deste Trabalho de Graduação

e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor

reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desse Trabalho de Graduação pode ser

reproduzida nem modificada sem autorização por escrito do autor.

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Agradecimentos

À minha mãe Vera, meu pai José e meu irmão Fábio, por estarem comigo em todos os momentos da

minha vida, sempre me dando suporte em qualquer dificuldade.

Aos meus avós que sempre estiveram presentes em minha vida, em especial ao meu avô Alceu que

estava ansioso pela minha formatura.

Ao professor orientador Sérgio Granemann pela disposição, paciência e orientação dada na

conclusão deste trabalho.

Aos meus grandes amigos, aqueles de longa data e continuam comigo até hoje e aos amigos da

graduação que tive o prazer de compartilhar momentos no curso.

André Antonio Telles Simões

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RESUMO

A roteirização é um fator chave para redução dos custos logísticos, trazendo diversos benefícios para

empresas como a redução das distâncias percorridas pela sua frota e a redução do tempo engajado para

realização das entregas. A roteirização surge como uma ferramenta importante para a melhoria do nível

de serviço prestado aos clientes e uma maneira eficaz de otimizar a distribuição física de produtos. Este

trabalho busca então, através de um estudo de caso, aplicação um modelo de roteirização para a empresa

e verificar como esses roteiros gerados permitem melhorar o dimensionamento da frota e reduzir os

custos envolvidos na operação.

Palavras-chave: Roteirização. Distribuição física. Cadeia Logística. Utilização de frota. Custos

Logísticos.

ABSTRACT

Routing is a key factor to reducing the costs of the logistics, bringing diverse benefits to companies such

as the reduction of the distances covered by their fleet and reducing the time spent to make deliveries.

Routing is an important tool for improving the level of service provided to the customers and an effective

way to optimize the physical distribution of products. This work seeks, through a case study, apply a

routing model for a company and verify how the generated scripts improve the fleet seizing and reduce

the costs involved in the operation.

Keywords: Routing. Physical distribution. Logistic management. Fleet management.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 11

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 11

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA .................................................................................................. 15

1.3 OBJETIVO GERAL.................................................................................................................... 16

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 16

1.4 METODOLOGIA DO PROJETO ............................................................................................... 17

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................ 17

2 REVISAO BIBLIOGRAFICA ........................................................................................................ 19

2.1 PROBLEMAS DE ROTEIRIZAÇÃO ........................................................................................ 22

2.2 APLICAÇÕES DE MÉTODOS DE SOLUÇÃO ........................................................................ 24

2.2.1 Implementação de Algoritmos para o Roteamento de Veículos ......................... 25

2.2.2 Roteamento de veículos aplicado no sistema de coleta dos Correios ............... 25

2.2.3 Distribuição e custos de transporte em uma empresa de bebidas ..................... 25

2.2.4 Metodologia para PRV para a distribuição da água mineral ............................... 26

2.2.5 Roteamento de veículos em uma empresa transportadora ................................. 26

2.2.6 Captação de produtos de agronegócio ................................................................... 27

2.2.7 Roteirização de veículos em uma empresa de médio porte ................................ 27

2.2.8 Roteirização de veículos utilizando a técnica de varredura ................................. 27

3 METODO DE RESOLUCAO ......................................................................................................... 29

3.1 PROPOSTA DE SOLUÇÃO ...................................................................................................... 29

3.2 DESCRIÇÃO DO MODELO .................................................................................................... 29

3.3 IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO......................................................................................... 30

4 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................................... 34

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ...................................................................................... 34

4.2 MODELO ATUAL DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................. 34

4.3 MODELO ALTERNATIVO DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................... 39

5 ANALISE DOS CUSTOS ................................................................................................................ 43

6 CONCLUSOES ................................................................................................................................ 46

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................................................. 47

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Planilha de Clarke e Wright iteração 2 ................................................................................. 33 Figura 2 - Planilha de Clarke e Wright - Roteiro final .......................................................................... 33 Figura 3 - Mapa de distribuição de clientes por região ......................................................................... 37

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LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Classificação dos problemas de roteirização pura ............................................................... 23 Quadro 2 - Cadastramento de clientes ................................................................................................... 31 Quadro 3 - Matriz de distâncias ............................................................................................................ 31 Quadro 4 - Matriz de tempos ................................................................................................................. 32 Quadro 5 - Clientes atendidos no sistema ............................................................................................. 35 Quadro 6 - Clientes e demanda por rota ................................................................................................ 36 Quadro 7– Custos da rota 1 ................................................................................................................... 43 Quadro 8 - Custos da rota 1 otimizada .................................................................................................. 44 Quadro 9 - Custo mensal por rota ......................................................................................................... 45 Quadro 10 - Ganho mensal entre comparações de modelos .................................................................. 45

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LISTA DE GRAFICOS Gráfico 1 - Produção de Refrigerantes por ano (em bilhões de litros) .................................................. 12

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Cacacterísticas de uma roteirização .................................................................................... 20 Tabela 2 - Rota 1 otimizada .................................................................................................................. 40 Tabela 3 - Rota 2 otimizada .................................................................................................................. 41 Tabela 4 - Rota 3 otimizada .................................................................................................................. 41

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1 INTRODUÇÃO

Este capítulo apresenta as informações necessárias

para a compreensão dos dados abordados durante

o trabalho, seja o contexto envolvido, o problema

em estudo, os objetivos a serem alcançados e a

metodologia abordada.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O mercado de bebidas sempre foi muito forte no Brasil, motivado principalmente pelo clima tropical e

o calor constante na maior parte do ano, favorecendo assim o consumo de bebidas geladas. Além das

condições naturais favoráveis, a venda de bebidas é diretamente impactada pelo poder de consumo dos

brasileiros, pois refrigerantes e cervejas não são itens de primeira necessidade para o consumo do

brasileiro, por exemplo.

Esse mercado é afetado pela sazonalidade, cujas vendas de refrigerantes aumentam durante o verão e

em feriados regionais. O consumo do brasileiro tem maior intensidade então no último trimestre do ano,

época do verão e uma época festiva. (DA SILVA, 2012).

Para atender aos desejos e hábitos dos consumidores, as fábricas de bebidas procuram desenvolver seu

portfólio em diversos tamanhos, desde embalagens individuais a serem consumidas imediatamente

(latas, por exemplo) até embalagens com um tamanho maior, dirigido a um coletivo de consumidores.

No Brasil, a produção de refrigerantes é o principal item do setor de bebidas, seguido pela produção de

cervejas. O Brasil consome cerca de 85 litros/habitante/ano de refrigerante, ocupando o 12º lugar no

ranking de consumo per capita mundial. Os EUA ocupam o primeiro lugar (170 litros/habitante/ano).

Já o consumo de cervejas é de 67 litros/habitante/ano, ocupando o 24º lugar no mundo, liderado pela

República Tcheca (147 litros/habitante/ano). Esses dados classificam o Brasil em terceiro lugar em

consumo de bebidas no mundo (CERVIERI JÚNIOR et al. , 2014).

Segundo a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (CERVIERI JÚNIOR et al. 2014), o crescimento

acumulado na produção física de bebidas no Brasil chegou a 50% no período de 2004-2013. Nesse

período, o volume produzido crescia aproximadamente 4,2% em cada ano, diferente da situação atual

em que o país encontra-se desde 2011, reduzindo suas taxas de produção de refrigerantes, como

observado no Gráfico 1.

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Gráfico 1 - Produção de Refrigerantes por ano (em bilhões de litros)

*Última consulta em 22 de novembro de 2016.

Fonte: SICOBE (2016)

Os motivos dessa redução foram decorrentes do período de crise econômica e instabilidade política

vivida pelo país, culminando para uma diminuição desse crescimento e estagnação da economia. Para

reduzir o efeito da crise nas contas públicas, o governo acabou alterando sua cobrança de tributação,

sendo que de 2003 a 2012 a arrecadação tributária do setor de bebidas cresceu em 100%, alterando-se

de 5 bilhões de reais arrecadados para 10 bilhões. Consequentemente, o setor de bebidas elevou seus

preços, repassando para o consumidor esse valor, ocasionando em um aumento no preço dos

refrigerantes de 9%, valor maior que o IPCA, índice de referência das metas de inflação do governo,

que avançou 6,28% entre maio de 2013 e abril de 2014 (ROSA e BECK, 2014).

As bebidas são comercializadas em diferentes mercados, desde grandes mercados de varejo e

hipermercados, caracterizados por possuírem mais de quatro caixas de atendimento ao cliente

(checkouts), quanto para minimercados, mercearias, armazéns e padarias, tradicionais lojas de varejo

brasileiro, que possuem geralmente de um a quatro checkouts. Este último segmento movimentou cerca

de R$ 34 Bilhões em 2012, com taxas de vendas maiores que apresentadas pelos grandes varejistas

(ABRAS, 2013).

Alguns fatores têm impulsionado esses mercados. Os principais motivos são a comodidade, a

proximidade e a praticidade para a realização das compras. O brasileiro procura gastar menos tempo nas

compras, buscando os mercados de vizinhança para suprir suas necessidades. Um estudo realizado pela

FIA – Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo, mostrou que as pessoas

atualmente visitam o supermercado cerca de uma vez por semana, reduzindo seus estoques em casa e

buscando o necessário no mercado mais próximo. Outro fator importante é o nivelamento de preços

entre os diferentes tipos de mercados, proporcionando um fator competitivo entre eles. Também é

10,5911,55

13,07 13,62 14,17

16,56 16,20 16,17 15,58 15,8314,90

12,10

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*

Produção Refrigerantes por ano(em milhões de litros)

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favorecido pelo crescimento das Classes C e D como força de consumo, aos quais são atraídas pela

qualidade e preços disponibilizados nos mercadinhos (SEBRAE, 2013).

O Distrito Federal apresentou crescimento em pequenos mercados e estabelecimentos, segundo a

Associação de Supermercados de Brasília (ASSOCIAÇÃO DE SUPERMERCADOS DE BRASÍLIA,

2016), esse setor cresceu 1,2% seu volume de vendas frente a queda de 3% dos grandes mercados em

2013. Esse setor acompanha as mudanças de hábito do consumidor, que procura praticidade e a

proximidade das conveniências, que oferecem em seu pequeno espaço de loja, todas as necessidades

dos consumidores.

Segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (BARBOSA e SANTOS, 2016), o

percentual de jovens brasilienses de até 16 anos que consomem refrigerantes em cinco dias ou mais por

semana é de 32,3%, um pouco inferior do percentual observado para o Brasil, 33,2%. No Brasil, 22%

das pessoas com mais de 18 anos relataram a ingestão regular de refrigerantes e o Distrito Federal

apresentou o mesmo percentual observado. Nesse sentido, percebe-se uma alta demanda por

refrigerantes em um público que pode encontrá-los em nesses estabelecimentos próximos da vizinhança,

sendo importante então existir uma dedicação especial na distribuição de produtos pelas empresas para

estes locais.

De forma geral, não existem limitações para a quantidade comprada para cada loja e o fornecimento dos

produtos não apresenta restrições pelo fornecedor. Ainda segundo o Sebrae (2013), percebe-se como o

espaço do estoque tem ficado cada vez menor no estabelecimento, muitas vezes deixando de existir.

Identificou-se no ano de 2012 que 83% do pequeno varejo possuía estoque, inclusive um terço das

operações com apenas um checkout não possuíam área de estoques, valor que atualmente reduziu-se

pela metade.

Devido a esse fator, entende-se a necessidade de comprar menores quantidades de produtos, porém

numa frequência de abastecimento maior. O estoque é mínimo, garantindo elevada rotatividade dos

produtos, da mesma forma que gera maior dependência do abastecimento e aumento da frequência de

visitas.

O consumidor final possui sensibilidade ao preço aplicado no produto, migrando para produtos

concorrentes em casos de grandes aumentos. Da mesma forma o produto precisa estar disponível na

gôndola para ser comercializado, caso contrário, o consumidor muitas vezes pode migrar para outro

produto em sua ausência. Ballou (2006) afirma que produtos e serviços não têm valor a menos que

estejam em poder dos clientes quando e onde eles pretenderem consumi-los.

Diante do contexto exposto, é de fundamental importância o entendimento sobre a eficácia da

movimentação realizada na operação de distribuição física, pois é ela que permite o abastecimento dos

pontos de venda.

Para avaliar a eficácia na realização das entregas dos produtos, é importante conhecer o quanto a

movimentação gera custos para a empresa e torna o negócio lucrativo. Segundo Novaes (2007), o

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gerenciamento da cadeia de suprimentos esforça-se sistematicamente para agregar mais valor para o

consumidor final e eliminar os desperdícios, reduzindo assim os custos.

Bowersox et al. (2006) afirmam que o transporte de produtos tem um dos maiores pesos dentro da

composição de custos logísticos. Em média absorve o percentual mais elevado dos custos logísticos em

relação a outras atividades logísticas. Tratando-se de uma via urbana em que o transporte é realizado

por caminhões, as decisões mais importantes relacionam-se com o modelo de roteirização empregado,

a programação de veículos da frota e a consolidação do embarque.

O custo da distribuição relaciona-se diretamente com a qualidade do serviço prestado. Quanto maior a

qualidade almejada, consequentemente maiores serão os custos associados. Por exemplo, para reduzir

os prazos de entregas aos clientes, exige-se um aumento de velocidade na operação, consequentemente

exigem-se veículos melhores e softwares de apoio ao sistema, que agregam maiores custos ao serviço.

De acordo com Alvarenga e Novaes (2014), algumas variáveis destacam-se mais em relação às outras.

O custo de transporte tem uma forte relação com a distância percorrida e com o tempo de viagem.

Quanto mais longe for o destino do Ponto de Venda mais caro será o transporte, da mesma forma que

quanto mais demorada for a viagem maior o custo também. Assim, as despesas com o combustível estão

fortemente correlacionadas com a distância percorrida, enquanto o tempo relaciona-se com o salário

pago ao motorista, por exemplo.

Escolhe-se analisar prioritariamente a distância percorrida, pois essa variável explica melhor os custos

logísticos do que o tempo. O custo de combustível e as despesas com pneus, por exemplo, variam

diretamente com a quilometragem percorrida. Portanto, necessita-se entender bem os custos fixos e

variáveis presentes na operação e de que maneira gerar roteiros de viagem que minimizem as distâncias

e consequentemente esses custos.

O processo de distribuição física de produtos incorpora um roteiro de coleta ou de entrega, em que o

veículo visita um certo número de clientes em uma determinada zona. É comum as empresas possuírem

roteiros fixos, em que os clientes já foram previamente cadastrados e são visitados periodicamente.

Tradicionalmente o processo de roteirização baseia-se na experiência do encarregado do depósito. Com

base na prática na sua experiência e conhecimento sobre as condições viárias e de trafego da região, o

mesmo define os roteiros. Ainda hoje muitas empresas utilizam esse método para a elaboração de seus

roteiros (ALVARENGA e NOVAES, 2014).

Como os problemas de roteirização são variados, com diversos requisitos a serem considerados, cada

vez mais se torna complicada a criação de roteiros. Atualmente o desenvolvimento da informática tem

promovido softwares que ajudam bastante na tarefa de criar roteiros. No âmbito desse trabalho serão

apresentados modelos para criar um roteiro utilizando artifícios matemáticos usados em algoritmos

desses programas e que são capazes de criar bons roteiros, ou seja, que possam gerar ganhos para a

empresa e criar valor para o cliente.

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Entre os atributos mais valorizados pelos pequenos varejistas estão a entrega dos produtos em perfeitas

condições (90%), a pontualidade da entrega, a realização de promoções na loja e o desconto com base

na quantidade de itens comprados (SEBRAE, 2013). Entende-se que a roteirização deve favorecer esse

atendimento.

Os desafios apresentados exigem um planejamento especializado da forma de distribuição, Segundo

Naruo (2003), as decisões de transporte e distribuição física se expressam em variados modelos de

atendimento, configurando assim a roteirização e a programação da operação logística. A criação de

roteiros assertivos é uma forma eficaz de cumprir os compromissos com os mais variados clientes e

favorece a diminuição dos custos logísticos envolvidos, sendo um diferencial competitivo da companhia

para enfrentar a exigência do mercado.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Nos dias atuais, a distribuição física de produtos passou a ocupar um papel de destaque nos problemas

logísticos das empresas. O elevado custo com estoques força as empresas a reduzirem quantidade de

mercadorias presentes no local e assim, agilizar o manuseio, transporte e distribuição destes produtos

(ALVARENGA e NOVAES, 2014).

São comuns os problemas de distribuição física no Brasil, envolvendo desde o planejamento e projeto

dos respectivos sistemas (frota, depósitos, coleta, transferências, distribuição etc.), até sua operação e

controle. Assim há a necessidade de se planejar com um nível de detalhe importante cada aspecto da

composição da operação de distribuição de bebidas da fábrica até os clientes.

O planejamento e execução dessa operação é complexa, devido a diferentes aspectos que precisam ser

especificados, além de diferentes peculiaridades próprias de cada negócio. Segundo Alvarenga e Novaes

(2007), no dimensionamento de um sistema de distribuição física, é importante considerar os seguintes

aspectos:

a) A relação existente entre o número necessário de veículos, a periodicidade das visitas, o número de

zonas e o número de clientes atendidos por roteiro. A dificuldade básica dos problemas de roteirização

é o aumento considerável de clientes a serem distribuídos num roteiro, de maneira que precise de

cálculos específicos e talvez possa exigir configurações computadorizadas específicas para a resolução.

b) Cada região tem sua peculiaridade, assim como cada cliente. Existem restrições relacionadas ao

horário de funcionamento e a quantidade de produtos entregues por pedido. Exige uma configuração

precisa da capacidade do caminhão e super/sub dimensionamentos podem gerar ajustes nas zonas de

entrega e geração de novos custos.

c) A distância e o volume consumido por clientes em regiões mais próximas e distintas da fábrica e seus

centros de distribuição. Os clientes mais afastados consomem mais esforços do que os clientes mais

próximos, necessitando assim de uma configuração equilibrada do tamanho das zonas de atendimento.

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d) Outro fator é com relação à natureza probabilística do tempo de ciclo empregado para o atendimento.

Como o tempo é afetado por fatores externos, seu desvio padrão é relativamente alto, e quando isso

ocorre, há um excesso de horas de trabalho e consequentemente custos associados a isso. É importante

prever essas situações ao planejar o roteiro de forma a evitá-las.

e) É fundamental o estudo de problemas de distribuição vinculados a roteirização e programação de

veículos devido à magnitude dos custos associados para cada atividade envolvida.

Em geral, quando se deseja melhorar o nível de serviço é natural que também sejam aumentados os

custos. Para Alvarenga e Novaes (2007), a aplicação de um enfoque sistêmico tende a melhorar o serviço

de forma a reduzir os custos envolvidos. Entretanto, em virtude de todos os aspectos citados, nem sempre

otimizar um roteiro pode gerar as melhorias esperadas, devido à complexidade e a correlação envolvida

nas inter-relações.

O problema de roteirização busca determinar roteiros ótimos para uma frota de veículos que, partindo

da garagem da fábrica, destina-se a atender um conjunto de clientes geograficamente dispersos numa

mesma viagem. (RIBEIRO, RUIZ e DEXHEIMER, 2001). As atividades de distribuição almejam

melhorar a qualidade do serviço prestado e melhorar a produtividade, seja pelo melhor aproveitamento

da frota ou pelo melhor aproveitamento do percurso.

No cenário altamente competitivo atual, a concorrência exige níveis de serviço de atendimento cada vez

melhores. A melhora na qualidade exigida é traduzida na prática por entregas cada vez mais rápidas,

que propiciem maior confiabilidade e segurança no processo (ALVARENGA e NOVAES, 2007).

Dentro do panorama apresentado, o problema presente nesse projeto pode ser resumido na seguinte

pergunta:

Como planejar a entrega de bebidas para diversos clientes do Distrito Federal, localizados em regiões

próximas entre si, numa única viagem, de forma a reduzir a quilometragem percorrida pelos veículos, a

gastar menos tempo em viagens, menos recursos e a melhorar a qualidade do serviço oferecido?

1.3 OBJETIVO GERAL

O trabalho tem como objetivo a definição da aplicação de um modelo de roteirização para a distribuição

de bebidas numa determinada região do DF, de forma a reduzir os custos logísticos do processo.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para alcançar o objetivo do trabalho, o mesmo subdivide-se nos objetivos específicos a seguir:

Identificar a forma de roteirização de uma grande empresa de distribuição de bebidas no DF.

Realizar uma análise comparativa do modelo atual de roteirização com o modelo proposto;

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Calcular os custos logísticos envolvidos na operação de roteirização dos veículos e das equipes

de entregas.

1.4 METODOLOGIA DO PROJETO

Para a elaboração da pesquisa, as seguintes etapas serão adotadas como metodologia:

a) Revisão bibliográfica sobre os principais métodos e aplicações de roteirização para a

distribuição de produtos no varejo.

b) Diagnóstico da forma de roteirização aplicada atualmente na empresa estudada, seguido por um

acompanhamento e avaliação sobre o método utilizado.

Diagnostico realiza-se através do acompanhamento de um ciclo de entregas por uma

determinada equipe. A escolha da equipe relaciona-se com o tamanho da região trabalhada, o

volume de entregas que movimenta e o impacto econômico para a organização.

c) Coleta de dados da operação logística.

Durante o acompanhamento das entregas registra-se então diversos dados necessários para a

elaboração da roteirização, entre eles a quantidade de clientes atendidos, a localização

geográfica dos clientes, o volume entregue a cada cliente, o trajeto realizado, a quilometragem

percorrida, o tempo empregado em cada etapa (viagem, paradas, descarregamento,

manutenção), entre diversos outros fatores

Os dados relacionados à distância serão registrados com o auxílio de sistemas de

posicionamento global, mais conhecidos como GPS (em inglês, global positioning

system).

Dados de volume e carga serão fornecidos pelos softwares internos da organização

utilizados para a administração de recursos.

d) Definição de um modelo de roteirização para a distribuição dos produtos para a região escolhida.

e) Definição da roteirização para um período fixado, utilizando os dados coletados pela empresa.

f) Comparação entre a roteirização com o modelo proposto nesta pesquisa e àquela realizada pela

empresa. A comparação acontece entre os dados coletados e os novos dados gerados, além da

comparação de desempenho dos indicadores de custos, distância, tempos utilizados e utilização

dos recursos.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho organizou-se em cinco capítulos, descritos a seguir.

O primeiro capítulo, introdutório, busca contextualizar o problema a ser estudado, definir os objetivos

o trabalho, a metodologia e a estrutura do presente trabalho.

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No segundo capítulo encontra-se todo o embasamento teórico utilizado para o desenvolvimento do

trabalho sobre logística e roteirização.

O terceiro capítulo apresenta a definição e descrição do modelo de roteirização proposto para solucionar

o problema de distribuição de bebidas.

O quarto capítulo apresenta o estudo de caso realizado, apresentando os dados coletados e o

desenvolvimento da aplicação do método proposto neste trabalho.

O quinto capítulo analisa os custos envolvidos nos roteiros criados e faz uma análise comparativa com

os custos da maneira atual.

No sexto capítulo são evidenciadas as conclusões sobre o estudo realizado e propostas de novos estudos

neste tema.

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2 REVISAO BIBLIOGRAFICA

Este capítulo engloba uma revisão sobre as

principais pesquisas existentes no campo

acadêmico relacionado à distribuição física de

produtos e métodos de roteirização.

O termo roteirização de veículos deriva do inglês “routing” e significa o processo de determinação de

um ou mais roteiros, ou sequência de paradas, a serem percorridos por um veículo de uma frota,

objetivando visitar um conjunto de pontos geometricamente espaçados em locais pré-determinados e

que necessitam de atendimento (CUNHA, 1997).

A definição de roteiros envolve não apenas aspectos geográficos, mas também aspectos temporais, como

restrições de horários, de atendimento no ponto de venda, denominados então como problemas de

roteirização e programação (CUNHA, 1997).

Para gerar um bom nível de satisfação ao consumidor, é importante para as empresas estabelecer contato

direto com seus clientes e cumprir com seus compromissos. Negociar uma venda de maneira eficaz e

direta com os clientes e entregar o produto negociado apropriadamente é de fundamental importância

para a sobrevivência do negócio.

Partyka e Hall (2000) caracterizam um problema real de roteirização e programação de veículos por três

fatores fundamentais: decisões, objetivos e restrições. As decisões estão relacionadas à alocação de

determinados clientes a serem visitados, a um conjunto de veículos e motoristas, além da programação

e o sequenciamento destas visitas. Por objetivos, entende-se que o processo de roteirização visa

proporcionar um elevado nível de serviço aos clientes, mas ao mesmo tempo mantendo os menores

custos possíveis. Ao fator restrições compreende-se que rotas devem ser feitas com os recursos

disponíveis e cumprindo os compromissos assumidos com os clientes, além da necessidade de respeitar

os limites de tempo impostos pela jornada de trabalho dos motoristas e as restrições de trânsito, como

velocidades máximas e horários de carga e descarga.

Bodin et al. (1983) definem as características dos problemas de roteirização e programação de acordo

com critérios e descrições que podem ser utilizados para modelar os problemas reais, como pode ser

observado na Tabela1 a seguir:

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Tabela 1 - Características dos problemas de roteirização e programação

Características Possibilidades

1. Tamanho da frota disponível Um veículo

Vários veículos

2. Tipo de frota disponível

Homogênea (somente um tipo de veículo)

Heterogênea (vários tipos de veículos)

Veículos especiais (divididos em compartimentos)

3. Garagem dos veículos Um único depósito

Vários depósitos

4. Natureza da demanda

Determinística

Probabilística

Parcialmente satisfeita

5. Localização da demanda

Nos nós (não necessariamente em todos)

Nos arcos (não necessariamente em todos)

Misto

6. Características da rede

Não orientada

Orientada

Mista

Euclidiana

7. Restrições de capacidade dos veículos

Impostas (todos os veículos com as mesmas capacidades)

Impostas (rotas com diferentes tempos máximos)

Não impostos

8. Tempos máximos de rotas

Impostos (todas as rotas com o mesmo tempo máximo)

Impostos (rotas com diferentes tempos máximos)

Não impostos

9. Operações envolvidas

Somente coletas

Somente entregas

Mistas

Entregas com 'quebras' (permitidas ou proibidas)

Volta carregada

10. Custos

Variáveis ou custos de roteirização

Fixos de operação ou custos de aquisição de veículos

Custos comuns de transporte

11. Objetivos

Minimizar os custos totais de roteirização

Minimizar a soma dos custos fixos e variáveis

Minimizar o número necessário de veículos

Maximizar a função utilidade

(Baseada no serviço ou na conveniência) ou,

(Baseada nas prioridades do cliente)

Fonte: BODIN et al. (1983)

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Para complementar esses critérios, Ballou (2006) cita oito princípios para um bom processo de

roteirização e programação de veículos:

Carregar os caminhões de acordo com a demanda de clientes próximos entre si;

Combinar paradas em dias diferentes para produzir agrupamentos concentrados;

As rotas devem ser construídas iniciando pela parada mais distante do depósito;

Sequenciar as paradas num roteiro em formato de gota, a fim de não ocorrer nenhuma

sobreposição entre elas;

Quando aplicável, utilizar os maiores veículos disponíveis, melhor utilizando as rotas;

Combinar as rotas de entrega com as de coleta e não deixar para o final;

Evitar pequenas janelas de tempo de paradas;

Analisar a parada que é removível de um agrupamento de rotas, identificando uma forma

alternativa de entrega, considerando a utilização de veículos menores, por exemplo.

A aplicabilidade dos problemas de roteirização e de programação de veículos é notável na distribuição

física de produtos e serviços nos mais diferenciados segmentos de mercado. Como exemplo, Novaes

(2007) lista algumas aplicações:

Entrega em domicílio de produtos comprados em lojas de varejo ou pela Internet;

Distribuição de bebidas para bares e restaurantes;

Distribuição de dinheiro em caixas eletrônicos;

Distribuição de combustíveis em postos de gasolina;

Entrega domiciliar de correspondências, jornais e revistas;

Coleta de lixo urbano.

As aplicabilidades de situações reais para a solução de problemas comuns entre as diversas situações da

distribuição, com ênfase nos requisitos para a distribuição de bebidas, serão destacadas nos tópicos a

seguir.

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2.1 PROBLEMAS DE ROTEIRIZAÇÃO

O objetivo desse tópico é retratar os diferentes tipos de problemas que envolvem roteirização e as formas

de classificação propostas pela literatura, discutindo aspectos necessários para a obtenção, manutenção

e atualização dos dados de entrada para a programação dos roteiros.

Segundo Laporte et al (2000), o problema de roteirização de veículos consiste em definir roteiros que

minimizem o custo total de atendimento, partindo e retornando de um centro de distribuição e visitando

todos os pontos, atendendo-os uma única vez e com uma demanda que não exceda a capacidade do

veículo que a atende.

Bodin et al (1983) apresentaram os primeiros trabalhos relacionados à modelagem de problemas de

roteirização e programação de veículos. Para os autores, os problemas de roteirização podem ser

classificados em roteirização pura ou uma combinação de roteirização e programação.

Nos problemas de roteirização pura, condicionantes temporais não são importantes para a definição dos

roteiros e das sequências de atendimento. As estratégias de solução são direcionadas aos aspectos

espaciais de localização dos pontos a serem atendidos (CUNHA, 2000). Os principais tipos de problemas

de roteirização pura são relacionados no Quadro 1:

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Quadro 1 - Classificação dos problemas de roteirização pura

Denominação Número

de

roteiros

Localização

de Clientes

Limite de

capacidade

dos veículos

Número

de bases

Demandas

Problema do

caixeiro

viajante

Um Nós Não Uma Determinísticas

Problema do

carteiro chinês

Um Arcos Não Uma Determinísticas

Problema de

múltiplos

caixeiros

viajantes

Múltiplos Nós Não Uma Determinísticas

Problema de

roteirização em

nós com uma

única base

Múltiplos Nós Sim Uma Determinísticas

Problema de

roteirização em

nós com

múltiplas bases

Múltiplos Nós Sim Múltiplas Determinísticas

Problema de

roteirização em

nós com

demandas

incertas

Múltiplos Nós Sim Uma Estocásticas

Problema de

roteirização em

arcos com limite

de capacidade

Múltiplos Arcos Sim Uma Determinísticas

Fonte: Cunha (2000)

Observa-se que os problemas listados derivam do problema clássico do caixeiro viajante (com exceção

do problema do carteiro chinês, em que a demanda se localiza nos arcos ao invés dos nós e a otimização

envolve os percursos ociosos, já que o veículo precisa passar em todos os arcos uma vez para o

atendimento).

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Para Cunha (2000), a maioria dos problemas combinados de programação e roteirização ocorrem em

situações em que estão presentes restrições de tempo (horário de atendimento) e de precedência entre

tarefas (coleta deve preceder a entrega e ambas devem estar alocadas ao mesmo veículo).

Ronen (1988) propôs uma classificação dos diversos problemas de roteamento e programação baseada

nos ambientes operacionais e nos objetivos a serem alcançados, descritos a seguir:

Problemas relativos ao transporte de passageiros: programação de linhas de ônibus; sistemas de

táxi; sistema de transporte de pessoas, em geral idosos e portadores de necessidades especiais,

conhecidas como “dial-a-ride”;

Problemas de prestação de serviços: programação e roteirização de equipes de reparos, serviços

públicos como correios e recolhimento do lixo, entre outros;

Problemas relativos aos transportes de carga (coleta e distribuição)

Partyka e Hall (1997) adotam essa forma de classificação e generalizam os problemas citados como de

natureza operacional, ou seja, fazem parte da rotina de organizações, programadas regularmente com

periodicidade de curto prazo, muitas vezes diária ou semanal.

2.2 APLICAÇÕES DE MÉTODOS DE SOLUÇÃO

Para solução de problemas de roteirização pura, há diversos métodos heurísticos que podem ser

encontrados na literatura. Novaes (2007) aponta o método do vizinho mais próximo e o método de

inserção do ponto mais distante como principais métodos de soluções para este tipo de problema.

No caso de problemas de roteirização e programação, Ballou (2009) ressalta que elaborar boas soluções

para este tipo de problema torna-se cada vez mais difícil à medida que novas restrições são impostas.

Algumas dessas restrições são: janelas de tempo, caminhões múltiplos com diferentes capacidades de

peso e cubagem, tempo máximo de permanência no trabalho, velocidade máxima a ser percorrida em

diferentes zonas e os intervalos para o motorista. Essas restrições acabam pesando no momento de

solução do problema.

Bodin et al. (1983) definiu algumas estratégias de resolução para os problemas de roteirização. Uma

dessas estratégias sugere o agrupamento dos nós e arcos de demanda e a construção de rotas econômicas

para cada agrupamento. A medida que uma grande rota ou ciclo é formada, divide-se essa rota em rotas

menores. Considera-se como restrição que um veículo saia do depósito, atenda cada um dos pontos e

retorne. O procedimento busca uma melhoria das rotas formadas, encontrando através de trocas dos

arcos e arestas, verificando se a solução encontrada é viável e resulta em uma redução dos custos que a

versão anterior. O processo é realizado até não existir mais possibilidade de redução dos custos.

A seguir, identificam-se modelos de roteirização aplicados em simulações cotidianas, com o objetivo de

demonstrar como foi a solução dos problemas enfrentados:

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2.2.1 Implementação de Algoritmos para o Roteamento de Veículos

O artigo de Heinen (2005) descreve o problema de roteamento de veículos e em seguida descreve duas

heurísticas de aproximação para uma solução ótima. O objetivo foi solucionar o problema de

roteirização utilizando os modelos de Clarke e Wright (CW) (1964) e o modelo de Mole e Jameson

(1976).

O foco do artigo é encontrar a solução mais apropriada, possuindo o menor custo possível, utilizando

essas heurísticas. Um programa foi elaborado em linguagem C++ para avaliar o desempenho dos

algoritmos, gerando simulações de modelos com 100, 500, 1000, 1500 e 2000 nodos.

Os resultados obtidos mostraram o método de Mole e Jameson como mais eficiente que o método de

Clarke & Wrightem relação à qualidade de resolução do problema. Entretanto, o método de CW obteve

um tempo de processamento bem mais rápido que o outro e, como o tempo de processamento se torna

maior para cada aumento do número de nodos, este é mais recomendado para problemas com uma maior

quantidade de clientes.

2.2.2 Roteamento de veículos aplicado no sistema de coleta dos Correios

O objetivo do trabalho de Ribeiro et al. (2001) é apresentar um Programa de Roteamento e Programação

Veicular utilizando a heurística de ganhos proposta por Novaes (1989). A aplicação do modelo foi

exemplificada em uma aplicação no sistema de coleta da Empresa de Correios e Telégrafos do Rio de

Janeiro.

Baseado no modelo de Clarke e Wright (1964), foi criado um programa em Delphi 5.0 que analisava as

coordenadas geográficas dos pontos a serem visitados, a demanda destes, a capacidade do veículo, o

tempo de ciclo do veículo, o tempo médio de parada para descarga em cada ponto, a velocidade média

do veículo e o fator de correção da distância em relação à distância Euclidiana, calculando os roteiros

otimizados. Por distância Euclidiana, entende-se, à distância em linha reta entre dois pontos

O programa gerou quatro roteiros obedecendo o tempo de ciclo (3 horas) e a capacidade do veículo (12

toneladas). Assim, foram necessários quatro veículos para realizar esse serviço de coleta e cada um deles

deveria seguir os pontos indicados pelo programa.

A ferramenta possibilita a roteirização de veículos de forma fácil e com um baixo custo, possível de ser

aplicável em pequenas e médias empresas, desenvolvendo as devidas adaptações.

2.2.3 Distribuição e custos de transporte em uma empresa de bebidas

O objetivo do trabalho de Silva (2006) foi de estudar os impactos na gestão de transportes a partir da

centralização das atividades de distribuição física na AmBev.

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O foco do estudo foi monitorar a operação de transporte de mercadorias entre as fábricas e o principal

Centro de Distribuição da empresa. As fábricas localizam-se em diferentes distâncias docentro de

distribuição, cujos custos da distribuição e seus reflexos na operação foram mensurados durante o

trabalho.

Os resultados obtidosforam:

Redução de 30% do número de funcionários próprios envolvidos na atividade de

programação e acompanhamento de transferências;

Aumento da capacidade de transportes em 18%, a partir da utilização de veículos

desenvolvidos especialmente para a operação de bebidas;

Padronização da frota própria, facilitando a negociação com empresas responsáveis pela

manutenção.

No período acumulado de 2002 a 2005, os custos de transporte sofreram aumentos de

10,62%, contra 39,87% do IPCA transportes, uma das principais referências nacionais em

índices de inflação em transportes

2.2.4 Metodologia para PRV para a distribuição da água mineral

O objetivo principal de Gonçalves et al. (2013) é apresentar uma metodologia para realizar a tarefa de

roteamento no serviço de distribuição de água para o município de Itú, SP. A metodologia utiliza

ferramentas de programação matemática, através dos quais possa se apresentar uma solução para o

atendimento de todos os clientes, minimizando a distância percorrida pela frota de veículos.

Para solucionar o problema de roteirização, os autores aplicaram alguns algoritmos heurísticos e meta-

heurísticos e compararam os resultados obtidos. Os algoritmos utilizados foram de Clarke e Wright

(Novaes, 2007), Gilett e Johnson (Bodin et al. 1983; Corrêa, 2000) e Busca Tabu (Glover e Laguna,

1997).

Para o desenvolvimento dos algoritmos para a resolução deste problema, a programação dos algoritmos

aconteceu em Visual Basic, assim como o desenvolvimento deste trabalho acadêmico.

Os resultados obtidos tiveram como melhores opções o método de Clarke & Wright juntamente com o

método de Busca Tabu que forneceram a mesma distância para os roteiros. A diferença encontra-se na

complexidade de programação, sendo o último recomendados para problemas de pequeno porte.

2.2.5 Roteamento de veículos em uma empresa transportadora

O trabalho de Miura (2003) apresenta um modelo para a resolução do problema de roteamento de

veículos em uma empresa transportadora de cargas, utilizando o método de Clarke & Wright com

adaptações.

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Os resultados obtidos possibilitaram uma melhoria após a utilização do modelo: 29,3% em distância

total percorrida pelos veículos, além de apresentar também uma redução de 15,3 % no tempo total

percorrido em relação a situação inicial.

Esses resultados comprovam a eficácia do método que, apesar de não fornecer uma solução ótima para

o problema, fornece uma solução aproximada interessante, além da baixa complexidade do modelo e da

rapidez de obtenção da solução.

2.2.6 Captação de produtos de agronegócio

A pesquisa de Lobo et al. (2005) tinha o objetivo de determinar uma boa roteirização para a coleta de

produtos agropecuários nas propriedades produtoras. Foi desenvolvido um modelo matemático usando

a heurística de Clark e Wright, minimizando a distância total percorrida pela frota.

O modelo desenvolvido gera informações para dois dias de coleta, garantindo a visita de todos os

clientes no período. Como resultado obteve-se a coleta organizada em 37 rotas diárias, percorrendo 2,5

mil km, captando um volume médio de 435 mil unidades e visitando 260 produtores.

Foram realizadas simulações sobre a escolha do tipo de veículo mais adequado, comparando as

capacidades dos caminhões do tipo toco, truck e carreta. Os resultados obtidos possibilitaram uma

melhora na gestão da logística, à medida que são racionalizados os custos da coleta e da frota utilizada.

2.2.7 Roteirização de veículos em uma empresa de médio porte

O trabalho de Rodrigues et al. (2006) apresenta uma aplicação prática do método de Clarke & Wright,

uma heurística simples e de fácil codificação, em uma empresa transportadora de médio porte. A

heurística foi aplicada a uma operação de distribuição de aço em uma empresa na grande São Paulo,

buscando economias de recursos.

A implementação de uma ferramenta de roteirização possibilitou a redução do número de veículos

alocados através da utilização máxima da capacidade de cada veículo e, com isso, diminuiu o custo

operacional.

2.2.8 Roteirização de veículos utilizando a técnica de varredura

De Alencar et al. (2015) propuseram novas rotas para o processo de distribuição da produção de uma

indústria situada na cidade de Natal, RN. O resultado esperadofoi a redução nos trajetos, maximização

do uso dos veículos e a otimização do tempo necessário para realizar o processo.

Através do método de varredura o presente trabalho atingiu o resultado esperado, visto que foi proposto

uma nova forma de realizar o planejamento das entregas. O método configura o carregamento do

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caminhão até sua capacidade máxima, percorrendo uma distância menor entre os pontos, em um

intervalo de tempo reduzido, sendo útil para otimizar as entregas da indústria.

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3 METODO DE RESOLUCAO

Demonstração do trabalho realizado para

solucionar o problema utilizando roteirização

3.1 PROPOSTA DE SOLUÇÃO

Como visto no capítulo anterior, existem diversas estratégias para a resolução dos problemas de

roteamento de veículos, sendo alguns métodos mais adequados do que outros para a resolução de

problemas complexos.

Para resolver os problemas de roteirização, foi escolhido o método de Clarke e Wright em virtude da

sua praticidade e rapidez de aplicação. Este método soluciona o problema de roteirização a partir de um

depósito para múltiplos clientes, levando em conta múltiplas restrições, encontrando um resultado

próximo do ótimo.

Segundo Novaes (2007) a heurística de Clarke e Wright tem o objetivo de gerar roteiros que respeitem

as restrições de tempo e de capacidade, visando ao mesmo tempo a redução da distância total percorrida

pela frota.

Esse método baseia-se no conceito de economias, ou seja, para cada agrupamento de clientes próximos

entre si em um mesmo roteiro, existe uma economia em relação a distância percorrida e aos custos

exigidos para a realização do serviço.

3.2 DESCRIÇÃO DO MODELO

Para a resolução do problema, as seguintes restrições foram levantadas:

Cada rota inicia e termina no depósito;

Cada cliente pertence a uma única rota;

Tempo de início e término do roteiro;

A capacidade máxima do veículo não pode ser ultrapassada.

O algoritmo considera a saída de um depósito D, atendendo n pontos espalhados geograficamente e

retornando ao mesmo ponto ao final do ciclo. Supondo que um veículo ao atender a um ponto i, também

possa visitar um ponto j na mesma viagem, retornando para origem após isso. Entre esses pontos existe

um ganho em distância, característico do algoritmo, obtido da seguinte maneira:

𝑆𝑖,𝑗 = 𝐿 − 𝐿′ = 2 𝑑𝐷𝑖 + 2 𝑑𝐷𝑗 − ( 𝑑𝐷𝑖 + 𝑑𝑖,𝑗 + 𝑑𝐷𝑗) = 𝑑𝐷𝑖 + 𝑑𝐷𝑗 − 𝑑𝑖,𝑗 (1)

Sendo i o ponto inicial, j o ponto final (que representam os clientes) e D o depósito de origem do sistema.

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Na escolha de dois pontos i e j para a construção de um roteiro, procura-se selecionar o par com maior

valor de ganho 𝑆𝑖,𝑗. Entretanto, a escolha precisa respeitar as restrições pré-estabelecidas, formando as

seguintes propriedades, segundo Novaes (2007):

O ganho tende a crescer quando os pontos i e j se afastam do CD;

O ganho tende a crescer quando estão mais próximos entre si.

Novaes (2007) descreve a aplicação do método de Clarke e Wright seguindo as seguintes etapas:

1. Combinação de todos os ganhos 𝑆𝑖,𝑗 para todos os pares i,j (i ≠ j, i ≠ D e j ≠ D);

2. Ordenação dos pares em ordem decrescente em relação aos ganhos;

3. Combinação de dois nós que apresentem o maior ganho para iniciação do sistema;

4. Para um par de pontos i, j correspondente ao k-ésimo elemento da sequência, verificar se i e j

estão ou não incluídos num roteiro já existente:

a. Se i e j não foram incluídos em nenhum dos roteiros já abertos, então criar um novo roteiro

com os nós i e j;

b. Se exatamente um dos pontos i ou j já pertence a um roteiro preestabelecido, verificar se esse

ponto é o primeiro ou último do roteiro. Se isso ocorrer, acrescentar o arco (i, j) a esse roteiro. Caso

contrário, passar para a etapa seguinte, saltando o par i, j;

c. Se ambos os nós i, j já pertencerem a dois roteiros construídos, verificar se ambos são

extremos dos respectivos roteiros (adjacentes ao nó D). Nesse caso fundir os dois roteiros num só. Caso

contrário, passar para a etapa seguinte, pulando esse par;

d. Se ambos os nós i, j pertencem a um mesmo roteiro, seguir para a etapa seguinte; e

5. Verificar se a nova configuração respeita as restrições de tempo e capacidade. Em caso

afirmativo, a nova configuração é aceita.

O processo termina quando todos os pontos (clientes) tiverem sido incluídos em um roteiro.

3.3 IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO

Conforme discutido, o modelo de Clarke e Wright se destaca pela sua facilidade computacional e pela

eficiência dos roteiros gerados. Nesse sentido, para cumprir os objetivos do trabalho de encontrar

melhores roteiros para a distribuição da empresa, foram construídas planilhas em Excel. As planilhas

permitem a replicação do algoritmo para outras rotas existentes na organização, sendo uma ferramenta

útil para a redução de custos.

O funcionamento da planilha funciona da seguinte forma: o usuário acessa a tela inicial da planilha

(Apêndice A) e seleciona a opção desejada. A primeira funcionalidade é o cadastramento de clientes a

(Apêndice B) no sistema, identificando cada uma de suas funções e preenchendo a última linha

disponível. Os registros das distâncias e tempos são obtidos através de um código VBA apoiado pelas

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informações do Google Maps. A planilha calcula os ganhos de acordo com as informações obtidas e o

usuário obtém a ordem de ganhos para cada par, em ordem decrescente. Baseado nessas informações

ele acessa o Gerador de Roteiros para aplicar o algoritmo de roteirização (Apêndice C). A programação

da planilha encontra-se no Apêndice D.

Como demonstração da aplicação do algoritmo nas planilhas, essa seção exibirá a otimização realizada

em uma das rotas discutidas no capítulo seguinte, no Estudo de Caso.

Para a aplicação do modelo de Clarke e Wright, necessita-se da coleta das informações relativas aos

clientes da organização, das distâncias entre cada um deles e do depósito, além do tempo previsto de

deslocamento para cada um deles, inclusive entre eles.

Inicialmente coletam-se os dados referentes aos clientes para a configuração do sistema. Nessa planilha

são registrados os dados referentes ao nome fantasia deste cliente, em qual cidade se localiza, o bairro,

o endereço, CEP, e quando possível, latitude e longitude. Quanto maior o nível de detalhamento dos

dados do cliente registrados, mais precisos se tornam os resultados. Importante também o cadastramento

correto de qual rota o cliente pertence, possibilitando ao algoritmo encontrar os ganhos para clientes de

uma mesma região. O Quadro 2 a seguir exibe os clientes cadastrados para a rota modelo:

Quadro 2 - Cadastramento de clientes

Para o cálculo das distâncias entre os pontos e o tempo de deslocamento, utilizou-se o aplicativo de

mapas do Google, Google Maps API, que registra todos os dados utilizando um GPS. Foram realizadas

as combinações de cada um dos pontos da rota, registrando-se os dados obtidos na matriz de distâncias

(Quadro 3) e matriz de tempos (Quadro 4). As matrizessão do tipo De/Para, exibindo a informação entre

um cliente i (linha da matriz) e um cliente j (coluna da matriz).

Quadro 3 - Matriz de distâncias

Id. Fantasia Subcanal Cidade Rota Endereco Longitude Latitude Telefone_1 CEP Demanda

1 PANIF CASTANHEIRAS 1 PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 AV ARAUCARIAS LT 525 S/N -48,015000000000 -15,837000000000 0061-34357500 71936-250 33,533

2 PREMIER PAO PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 Q 301 R A CJ. 2 LT 1 LJ 2/4 S/N -48,011000000000 -15,829000000000 0061-39633540 71901-180 49,133

3 CINCO ESTR PAES E GAST PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 R 9 SUL LT 9 LJ 5/6 S/N -48,015000000000 -15,837000000000 0061-34367260 71938-360 33,667

4 PANIF REI DO PAO PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 Q 107 LT 1 LJ 1 A 5 S/N -48,038000000000 -15,832000000000 0061-34360084 71919-720 58,05

5 PAO DOURADO CASTANHEIR PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 AV DAS CAST LT 1060 LJ 1/2 S/N -48,021000000000 -15,841000000000 0061-30362575 71900-100 62,083

6 BONNAPAN BAHAMAS PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 AV JEQUITIBA LT 685 LJ 4/5 S/N -48,019000000000 -15,839000000000 0061-39670129 71929-540 87

7 PAO DOURADO AGUAS CLAR PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 R 36 LT 7 LJ 5 TERREO S/N -48,038000000000 -15,835000000000 0061-30362378 71919-180 22,3

8 STOCK PAES E CONV PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 AC Q 105 LT 1 LJ T4/T8 TERREO T8 -48,038000000000 -15,852000000000 0061-84850300 71915-250 42,317

9 ATELIE DO PAO PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 R 37 SUL LT 6 LJ 1 E 2 S/N -48,040000000000 -15,836000000000 0061-35226228 71931-540 39,483

10 BONNAPAN PAES E DELICI PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 R 28 NORTE LT 5 LJ 1/3 S/N -48,031000000000 -15,838000000000 0061-35471158 71917-720 45,333

11 ARMAZEM DO VILLA MINIMERC/MERCE AGUAS CLARAS ROTA B01 AV ARAUCARIAS LT 4530/4750 L10 S/N -48,023000000000 -15,842000000000 0061-98711043 71936-250 13,35

12 FORNO D'OURO PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 R 24 NORT LT 2 E AV PAU BRASIL S/N -48,028000000000 -15,838000000000 0061-35540024 71916-750 18,317

13 O REI DO PAO PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 AV.DAS ARAUCARIAS 4155 LJ 4/5 S/N -48,022000000000 -15,841000000000 0061-85322361 71936-250 41,75

14 GRUPO ENJOLYS NAILS PADARIA AGUAS CLARAS ROTA B01 R COPAIBA LT 10/11 S/N 061-36377498 71919-540 0,867

15 IMPORIO PAES E PROSA AGUAS CLARAS ROTA B01 RUA 25 LT 30 BL A LOJA 9 S/N

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

BRASAL

REFRIGER

ANTES

PANIF

CASTANH

EIRAS 1

PREMIE

R PAO

CINCO

ESTR PAES

E GAST

PANIF

REI DO

PAO

PAO

DOURADO

CASTANHEIR

BONNAPA

N

BAHAMAS

PAO

DOURADO

AGUAS CLAR

STOCK

PAES E

CONV

ATELIE

DO PAO

BONNAPA

N PAES E

DELICI

ARMAZE

M DO

VILLA

FORNO

D'OUR

O

O REI

DO PAO

GRUPO

ENJOLY

S NAILS

IMPORI

O PAES

E PROSA

0 BRASAL REFRIGERANTES 0 8 9 8 8 8,5 7 8 7,5 7,1 7,1 7 7 7,5 7,5 8

1 PANIF CASTANHEIRAS 1 8 0 2 4,9 5,5 1,5 3,4 4,7 3 4 3 4 2,5 4,5 4,5 1

2 PREMIER PAO 9 2 0 0,6 5 1,2 4 4 4 4,5 4 5 4 5 4,5 2

3 CINCO ESTR PAES E GAST 8 4,9 0,6 0 4 0,5 2,8 3,4 2,5 3,3 2,5 4,5 2,5 4,3 4,3 0,9

4 PANIF REI DO PAO 8 5,5 5 4 0 3,5 2,4 1 2 2 2 2,5 2,3 2 3 3,6

5 PAO DOURADO CASTANHEIR 8,5 1,5 1,2 0,5 3,5 0 3 3,5 2,5 3,7 2,5 4,2 2,5 4,3 4,2 0,7

6 BONNAPAN BAHAMAS 7 3,4 4 2,8 2,4 3 0 2,2 2,5 2,4 2,5 2 2,3 1,5 2,4 3

7 PAO DOURADO AGUAS CLAR 8 4,7 4 3,4 1 3,5 2,2 0 1,5 2 1,5 2 2,5 2 2 3,3

8 STOCK PAES E CONV 7,5 3 4 2,5 2 2,5 2,5 1,5 0 2,5 0,3 3 0,5 3 3,7 2,5

9 ATELIE DO PAO 7,1 4 4,5 3,3 2 3,7 2,4 2 2,5 0 3 1 2,5 4,7 1,2 3,5

10 BONNAPAN PAES E DELICI 7,1 3 4 2,5 2 2,5 2,5 2 0,3 3 0 3,3 0,4 2,8 3,3 2,2

11 ARMAZEM DO VILLA 7 4 5 4,5 2,5 4,2 2 2 3 1 3,3 0 3,2 0,5 1 4,7

12 FORNO D'OURO 7 2,5 4 2,5 2,3 2,5 2,3 1,5 0,5 2,5 0,4 3,2 0 3 3 2

13 O REI DO PAO 7,5 4,5 5 4,3 2 4,3 1,5 2 3 4,7 2,8 0,5 3 0 1 4,3

14 GRUPO ENJOLYS NAILS 7,5 4,5 4,5 4,3 3 4,2 2,4 2 3,7 1,2 3,3 1 3 1 0 4,3

15 IMPORIO PAES E PROSA 8 1 2 0,9 3,6 0,7 3 3,3 2,5 3,5 2,2 4,7 2 4,3 4,3 0

DE/PARA

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32

Quadro 4 - Matriz de tempos

Utilizando as distâncias calculam-se os ganhos, a principal característica do algoritmo proposto. Através

dos ganhos que são selecionados os clientes que serão inseridos no roteiro, definindo a sequência de

clientes visitados. Os ganhos são então consolidados na Matriz de Ganhos que segue a mesma

configuração que as duas matrizes anteriores.

Para a continuidade do algoritmo, organizam-se os ganhos calculados para cada par de clientes de

maneira decrescente, hierarquizando do maior ganho até o menor. Essa configuração é importante para

selecionar os clientes que serão inseridos corretamente, dando prioridade para os clientes com maiores

ganhos e localizados mais acima da tabela.Na tabela 2 a seguir são apresentados alguns dos ganhos

dessa rota:

Tabela 2 - Hierarquia de ganhos

Cliente i Cliente j Ganho

2 3 16,4

2 5 16,3

3 5 16,0

5 15 15,8

3 15 15,1

1 2 15,0

1 5 15,0

1 15 15,0

2 15 15,0

4 7 15,0

8 10 14,3

7 8 14,0

8 12 14,0

11 13 14,0

13 14 14,0

Finalmente utiliza-se a planilha geradora de roteiros para o sistema. Para a simulação necessitam-se de

todos as informações calculadas das planilhas anteriores. Identifica-se incialmente quais são os dois

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

BRASAL

REFRIGER

ANTES

PANIF

CASTANH

EIRAS 1

PREMIER

PAO

CINCO

ESTR

PAES E

GAST

PANIF

REI DO

PAO

PAO

DOURAD

O

CASTANH

EIR

BONNAP

AN

BAHAMA

S

PAO

DOURAD

O AGUAS

CLAR

STOCK

PAES E

CONV

ATELIE

DO PAO

BONNAP

AN PAES

E DELICI

ARMAZE

M DO

VILLA

FORNO

D'OURO

O REI DO

PAO

GRUPO

ENJOLYS

NAILS

IMPORIO

PAES E

PROSA

0 BRASAL REFRIGERANTES 0 00:09:00 00:06:00 00:06:00 00:09:00 00:06:00 00:12:00 00:06:00 00:06:00 00:13:00 00:09:00 00:09:00 00:13:00 00:09:00 00:13:00 00:06:00

1 PANIF CASTANHEIRAS 1 00:09:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:11:00 00:13:00 00:01:00 00:12:00 00:01:00 00:11:00 00:08:00

2 PREMIER PAO 00:06:00 00:10:00 00:01:00 00:01:00 00:01:00 00:07:00 00:01:00 00:01:00 00:09:00 00:08:00 00:10:00 00:10:00 00:10:00 00:09:00 00:01:00

3 CINCO ESTR PAES E GAST 00:06:00 00:09:00 00:01:00 00:01:00 00:01:00 00:05:00 00:01:00 00:01:00 00:08:00 00:10:00 00:09:00 00:09:00 00:09:00 00:08:00 00:01:00

4 PANIF REI DO PAO 00:09:00 00:16:00 00:12:00 00:11:00 00:01:00 00:05:00 00:01:00 00:01:00 00:08:00 00:10:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:01:00

5 PAO DOURADO CASTANHEIR 00:06:00 00:08:00 00:01:00 00:01:00 00:01:00 00:05:00 00:01:00 00:01:00 00:08:00 00:10:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:01:00

6 BONNAPAN BAHAMAS 00:12:00 00:05:00 00:10:00 00:10:00 00:10:00 00:10:00 00:10:00 00:10:00 00:06:00 00:16:00 00:05:00 00:07:00 00:05:00 00:06:00 00:10:00

7 PAO DOURADO AGUAS CLAR 00:06:00 00:10:00 00:01:00 00:01:00 00:01:00 00:01:00 00:07:00 00:01:00 00:09:00 00:08:00 00:10:00 00:10:00 00:10:00 00:09:00 00:01:00

8 STOCK PAES E CONV 00:06:00 00:08:00 00:01:00 00:02:00 00:01:00 00:01:00 00:05:00 00:01:00 00:08:00 00:10:00 00:08:00 00:02:00 00:08:00 00:08:00 00:01:00

9 ATELIE DO PAO 00:13:00 00:10:00 00:09:00 00:09:00 00:09:00 00:09:00 00:08:00 00:09:00 00:09:00 00:16:00 00:10:00 00:03:00 00:10:00 00:01:00 00:09:00

10 BONNAPAN PAES E DELICI 00:09:00 00:16:00 00:12:00 00:11:00 00:12:00 00:12:00 00:17:00 00:12:00 00:02:00 00:12:00 00:16:00 00:02:00 00:16:00 00:12:00 00:12:00

11 ARMAZEM DO VILLA 00:09:00 00:01:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:11:00 00:13:00 00:12:00 00:01:00 00:11:00 00:08:00

12 FORNO D'OURO 00:13:00 00:11:00 00:09:00 00:09:00 00:09:00 00:09:00 00:08:00 00:09:00 00:02:00 00:03:00 00:15:00 00:11:00 00:11:00 00:03:00 00:09:00

13 O REI DO PAO 00:09:00 00:01:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:08:00 00:11:00 00:13:00 00:01:00 00:12:00 00:11:00 00:08:00

14 GRUPO ENJOLYS NAILS 00:13:00 00:10:00 00:09:00 00:09:00 00:09:00 00:09:00 00:08:00 00:09:00 00:09:00 00:01:00 00:16:00 00:10:00 00:03:00 00:10:00 00:09:00

15 IMPORIO PAES E PROSA 00:06:00 00:10:00 00:01:00 00:01:00 00:01:00 00:01:00 00:07:00 00:01:00 00:01:00 00:09:00 00:08:00 00:10:00 00:10:00 00:10:00 00:09:00

DE/PARA

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pontos que possuem o maior ganho, nesse caso, os pontos 2 e 3. Essa é a primeira iteração da simulação.

Para cada cliente inserido no roteiro, a planilha busca, através das planilhas anteriores, o tempo de

chegada e a distância deste em relação ao ponto em que foi inserido.

Após a verificação da não violação das restrições pré-estabelecidas, adiciona-se mais um cliente em uma

no sistema, localizando o próximo par de pontos com maior ganho, sendo que que uma das referências

do par esteja em uma das pontas do roteiro. Nesse caso, o cliente 5 cumpre essas restrições e é inserido

na ponta onde localiza-se o cliente 2. A Figura 2 exibe essa iteração na planilha geradora de roteiros:

Figura 1 - Planilha de Clarke e Wright iteração 2

Enfim, todas as etapas discutidas na seção são seguidas conforme determinado pelo algoritmo de Clarke

e Wright, concluindo o roteiro quando todos os clientes estiverem inseridos. Ao final, observa-se a

sequência de clientes encontrada, a distância total percorrida e o tempo total de operação.

Alvarenga e Novaes (2011) afirmam que ainda é possível encontrar melhorias para o sistema. Utilizando

o método heurístico 3-opt, que combina três arcos quaisquer (arcos são as ligações entre dois pontos no

roteiro), altera-se a ordem dos pontos, encontrando uma redução das distâncias encontradas pelo método

anterior.

Terminando a simulação do roteiro para os clientes dessa rota, obtém-se a seguinte configuração de

modelo, exposta na Figura 2 a seguir:

Figura 2 - Planilha de Clarke e Wright - Roteiro final

ROTEIRO 0 3 2 5 0

TEMPO PARA CHEGADA - 00:04:00 00:01:00 00:02:00 00:14:00

CAPACIDADE - 32 60 46 0

QUILOMETRAGEM - 0,9 0,5 1,2 7

TEMPO TOTAL 01:27:00

CAPACIDADE 532

QUILOMETRAGEM 33,7

ROTEIRO 0 1 15 3 5 2 8 10 12 4 7 13 11 14 9 6 0

TEMPO PARA CHEGADA - 00:12:00 00:03:00 00:04:00 00:01:00 00:02:00 00:04:00 00:02:00 00:02:00 00:06:00 00:05:00 00:05:00 00:01:00 00:10:00 00:01:00 00:05:00 00:14:00

CAPACIDADE - 32 5 32 60 46 41 46 18 53 18 40 12 1 34 94 0

QUILOMETRAGEM - 8 1 0,9 0,5 1,2 4 0,3 0,4 2,3 1 2 0,5 1 1,2 2,4 7

TEMPO TOTAL 06:47:00

CAPACIDADE 532

QUILOMETRAGEM 33,7

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4 ESTUDO DE CASO

Neste capítulo será realizado o estudo de caso para

a aplicação do modelo proposto e em seguida será

feita uma comparação entre o modelo atual da

organização o modelo proposto nesse trabalho.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A distribuidora corresponde a uma grande empresa produtora e comercializadora de refrigerantes no

Distrito Federal. A empresa entrega com sua própria frota, em estabelecimentos que incluem bares,

restaurantes, lanchonetes, mercados de todos os tamanhos, etc. no DF e no Entorno. O gerenciamento

do atendimento é feito dividindo-se o grupo de clientes de acordo com as características de cada

estabelecimento, envolvendo a quantidade de produtos demandados e a região geográfica em que se

localizam os clientes.

A empresa tem mais de 14.000 clientes e estes são divididos entre os mais de 30 coordenadores de

vendas, de acordo com as características do negócio. Os clientes são subsequentemente alocados para

um vendedor subordinado nessa coordenação. A quantidade de visitas demandadas pelo ponto de venda

pode ser classificada em semanal, bissemanal ou uma forma de atendimento especial, configurando

assim a rota.

Esse atendimento consiste na visita do ponto de venda pelos vendedores em um dia, seguido pela visita

do caminhão de entrega impreterivelmente no dia seguinte. É um trabalho em conjunto entre a área

comercial e área logística da organização.

A empresa tem o horário de funcionamento de segunda a sábado, configurando 44 horas trabalhadas

durante a semana.

Para a realização do estudo de caso foram escolhidas as rotas atribuídas para um vendedor específico

dos mercados tradicionais, cuja particularidade de atendimento envolve algumas padarias da região.

4.2 MODELO ATUAL DE DISTRIBUIÇÃO

O modelo de atendimento ao cliente mais comum realizado pela empresa é o modelo bissemanal, ou

seja, um mesmo cliente é visitado duas vezes na semana para a entrega dos produtos e para o

recolhimento de vasilhames retornáveis, quando necessário. Para o entendimento dessa situação, será

estudadaa região de responsabilidade de um vendedor, cujos clientes estão distribuídosem uma

determinada configuração de rotas.

O vendedor selecionado atende 50 clientes espalhados nas regiões de Taguatinga, Águas Claras e Guará,

no Distrito Federal. Esses clientes dividem-se então em três rotas, uma para cada região visitada. A

divisão de clientes e rotas para cada vendedor da empresa ocorreu em 2014, onde foi considerado o

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histórico do volume comercializado por cada cliente, dividindo-os em uma maneira que tornasse

equilibrada a quantidade de visitas ao mês e mantivesse a competitividade dos funcionários para o

atingimento de suas metas salariais.

As rotas têm a finalidade de organizar os clientes em suas regiões e determinar o dia de visita pela equipe

de distribuição. A distribuição dos produtos ocorre sempre um dia após a venda realizada pelos

vendedores nos pontos de venda, seguindo essas rotas.

As rotas são percorridas duas vezes por semana no caso estudado, cuja denominação segue a mesma

padronização para qualquer outra equipe da empresa. As rotas selecionadas para o estudo são

identificadas como B01, B02 e B03. As rotas são classificadas utilizando três siglas, sendo o primeiro

correspondente a qual equipe de vendas pertence a região atendida (no caso equipe B), o segundo dígito

refere-se ao vendedor que atende a região (No caso o vendedor de código 0) e por último, o dia de

atendimento (sendo 1 para entregas dos produtos pelos caminhões nas terças e sextas feiras, 2 para as

entregas nas quartas e sábados, e 3 para entregas nas segundas e quintas feiras). Essa maneira de

padronização é utilizada tanto pelaárea comercial quanto pela área logística da organização, sendo

construída em conjunto entre as duas.

Considerando o vendedor selecionado e essas informações apresentadas, o Quadro 5 a seguir exibe a

lista de clientes atendidos, sua rota correspondente e um identificador numérico para representa-los nos

roteiros:

Quadro 5 - Clientes atendidos no sistema

Id. Nome Fantasia Cidade Rota

1 PANIF CASTANHEIRAS 1 AGUAS CLARAS ROTA B01

2 PREMIER PAO AGUAS CLARAS ROTA B01

3 CINCO ESTR PAES E GAST AGUAS CLARAS ROTA B01

4 PANIF REI DO PAO AGUAS CLARAS ROTA B01

5 PAO DOURADO CASTANHEIR AGUAS CLARAS ROTA B01

6 BONNAPAN BAHAMAS AGUAS CLARAS ROTA B01

7 PAO DOURADO AGUAS CLAR AGUAS CLARAS ROTA B01

8 STOCK PAES E CONV AGUAS CLARAS ROTA B01

9 ATELIE DO PAO AGUAS CLARAS ROTA B01

10 BONNAPAN PAES E DELICI AGUAS CLARAS ROTA B01

11 ARMAZEM DO VILLA AGUAS CLARAS ROTA B01

12 FORNO D'OURO AGUAS CLARAS ROTA B01

13 O REI DO PAO AGUAS CLARAS ROTA B01

14 GRUPO ENJOLYS NAILS AGUAS CLARAS ROTA B01

15 IMPORIO PAES E PROSA AGUAS CLARAS ROTA B01

16 PANIF E CONF SCAPIM TAGUATINGA ROTA B02

17 PANIF CONF SABORITA TAGUATINGA ROTA B02

18 MINAS PAO TAGUATINGA ROTA B02

19 PANIF CONF PAO GOSTOSO TAGUATINGA ROTA B02

20 PAO DO CEU TAGUATINGA ROTA B02

21 PANIF PRINC ISABEL TAGUATINGA ROTA B02

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Dessa lista de clientes encontra-se a divisão das rotas de acordo com cada região. A rota B01 agrupa os

clientes da região de Águas Claras, enquanto a rota B02 os clientes da região de Taguatinga e a rota B03

os clientes do Guará.O quadro a seguir apresenta um resumo da divisão de clientes por rota e o volume

atendido por elas:

Quadro 6 - Clientes e demanda por rota

Rota Número de Clientes Volume

ROTA B01 15 532

ROTA B02 11 294

ROTA B03 24 682

TOTAL 50 1.508

É notório então como a rota B03, que atende a região do Guará, é a região com a maior quantidade de

clientes visitados (24) e transportou o maior volume (682). Esse volume é representado pela média do

volume diário no período ocorrido no primeiro semestre de 2016, na unidade de cubos, ou seja, o volume

cúbico ao qual as caixas de refrigerantes ocupam no espaço de armazenamento. Essa é a unidade

22 BELISSIMA TAGUATINGA ROTA B02

23 PANIFIC REAL SABOR TAGUATINGA ROTA B02

24 PANIF REI DO PAO TAGUATINGA ROTA B02

25 PANIFI NOVA ALIANCA TAGUATINGA ROTA B02

26 PAODERIA TAGUATINGA ROTA B02

27 JULI PAN GUARA ROTA B03

28 PANIF GUARA PAO GUARA ROTA B03

29 CONF OURO BRANCO GUARA ROTA B03

30 PAIHOCA PANET. GUARA ROTA B03

32 PANIF CENTRAL DO PAO GUARA ROTA B03

33 PANIFICADORA ROMA GUARA ROTA B03

34 PANIF PAO ITALIANO GUARA ROTA B03

35 PAES E DELICIAS GUARA ROTA B03

36 PANIF E MERC RF GUARA ROTA B03

37 DELICIAS DO TRIGO GUARA ROTA B03

38 GANASHO PAES E CONF GUARA ROTA B03

39 EXTRA PAO GUARA ROTA B03

40 PAO DOURADO QE 15 GUAR GUARA ROTA B03

41 PAO DOURADO QI 25 GUAR GUARA ROTA B03

42 DELICIA DO TRIGO GUARA ROTA B03

43 FORNO DE OURO GUARA ROTA B03

44 PANIF DONA DE CASA GUARA ROTA B03

45 CINCO ESTRELA CASA PAE GUARA ROTA B03

46 OUROPAO PANIF GUARA ROTA B03

47 KI DELICIA GUARA ROTA B03

48 PANIF VITORIA GUARA ROTA B03

31 FLOR DE TRIGO GUARA ROTA B03

49 SUPREMA GUARA ROTA B03

50 GRAO BRASILIA GUARA ROTA B03

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37

utilizada pela empresa e a mesma adotada nesse trabalho. A rota B01, que atende a região de Águas

Claras é a segunda mais exigida pela equipe enquanto a rota B02, da região de Taguatinga, possui a rota

menos carregada em quantidade de clientes, consequentemente, em volume a ser entregue

A unidade de cubagem adotada para o volume é a relação existente entre o volume e o peso da

mercadoria, que é mensurado através de cálculos matemáticos, verificando o quanto a carga corresponde

em peso em função do volume que ela ocupa no veículo de transporte (AXADO, 2012). Os caminhões

utilizados pela empresa possuem a capacidade de carregar até 800 cubos em cada viagem e a equipe

logística utiliza essa unidade no processo de carregamento dos caminhões, de acordo com os pedidos

dos clientes que convertem as caixas de produtos em unidades cúbicas.

A operação de distribuição inicia-se às 07:30 horas com a saída dos caminhões do depósito. Cada

caminhão possui um motorista e dois auxiliares que realizam a atividade de descarregar os produtos e

recolher os vasilhames dos pontos de venda, quando necessário. O retorno previsto é para 17:30 horas,

configurando uma jornada de trabalho de 44 horas semanais para a equipe.

A localização geográfica dos clientes pode ser observada na Figura 3 a seguir:

Figura 3 - Mapa de distribuição de clientes por região

Com o objetivo de aplicar o algoritmo descrito na seção anterior e com isso obter ganhos em relação à

operação atual, observou-se o comportamento na prática da distribuição de refrigerantes nas três rotas

selecionadas. Acompanhou-se o trajeto realizado pelo caminhão em três dias, correspondente ao dia de

entrega de cada rota. Nesse acompanhamento registrou-se o tempo de chegada ao ponto de venda e o

tempo de saída, calculando assim o tempo de parada. Nesse tempo parado que os dois auxiliares

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descarregam o caminhão e entregam os produtos até o estoque do cliente, recolhendo vasilhames

retornáveis quando existente.

Para a realização das entregas, o motorista não conta com um roteiro pré-definido. Ele geralmente recebe

no início da jornada os pedidos faturados e atende os clientes de acordo com sua experiência prática.

Nesse sentido, a sequência de atendimento nas rotas previamente definidas e os seus dados operacionais

apresentados nas tabelas 3,4,5.

Tabela 3 – Dados da Rota B01

Seguindo esse roteiro o caminhão percorreu 40,4 quilômetros em um trajeto que levou sete horas e um

minuto para visitar todos os 15 clientes e retornar ao depósito. O caminhão ficou parado por 05:31,

totalizando um tempo de parada médio de 22 minutos.

Tabela 4 - Dados da Rota B02

ID. ESTABELECIMENTO HORÁRIO CHEGADA HORÁRIO SAÍDA TEMPO DE PARADAVOLUME ENTREGA

(CUBOS)

0 FÁBRICA REFRIGERANTES 07:40

11 ARMAZEM DO VILLA 07:52 08:23 00:31 12

13 O REI DO PAO 08:26 08:54 00:28 40

7 PAO DOURADO AGUAS CLAR 08:58 09:19 00:21 18

14 GRUPO ENJOLYS NAILS 09:28 09:33 00:05 1

9 ATELIE DO PAO 09:35 09:57 00:22 34

6 BONNAPAN BAHAMAS 10:01 10:34 00:33 94

15 IMPORIO PAES E PROSA 10:41 10:48 00:07 5

3 CINCO ESTR PAES E GAST 10:50 11:10 00:20 32

1 PANIF CASTANHEIRAS 1 11:14 11:33 00:19 32

2 PREMIER PAO 11:38 12:03 00:25 46

5 PAO DOURADO CASTANHEIR 12:08 12:36 00:28 60

PARADA PARA O ALMOÇO - - - -

12 FORNO D'OURO 13:45 13:59 00:14 18

8 STOCK PAES E CONV 14:01 14:26 00:25 41

10 BONNAPAN PAES E DELICI 14:28 14:52 00:24 46

4 PANIF REI DO PAO 14:56 15:25 00:29 53

0 FÁBRICA REFRIGERANTES 15:41 05:31 532

ID. ESTABELECIMENTO HORÁRIO CHEGADA HORÁRIO SAÍDA TEMPO DE PARADAVOLUME ENTREGA

(CUBOS)

0 FÁBRICA REFRIGERANTES 07:40 0

24 PANIF REI DO PAO 07:54 08:29 00:35 53

26 PAODERIA 08:36 09:01 00:25 16

17 PANIF CONF SABORITA 09:05 09:22 00:17 15

20 PAO DO CEU 09:26 09:48 00:22 21

21 PANIF PRINC ISABEL 09:50 10:13 00:23 33

22 BELISSIMA 10:15 10:41 00:26 48

16 PANIF E CONF SCAPIM 10:44 11:16 00:32 34

18 MINAS PAO 11:20 11:29 00:09 17

PARADA PARA O ALMOÇO - - -

23 PANIFIC REAL SABOR 12:35 12:51 00:16 19

25 PANIFI NOVA ALIANCA 12:53 13:05 00:12 8

19 PANIF CONF PAO GOSTOSO 13:10 13:33 00:23 25

0 FÁBRICA REFRIGERANTES 13:53 04:00 289

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39

Este é o menor roteiro entre os três, ao qual são visitados 11 clientes em cinco horas e 13 minutos. O

caminhão percorreu 31,3 quilômetros para percorrer toda a rota. O tempo de parada médio foi 22

minutos, assim como o roteiro anterior.

Tabela 5 - Dados da Rota B03

Essa é a rota com a maior quantidade de clientescujo roteiro apresentou a maior quantidade de esforço

pela equipe de distribuição. Foram percorridos 57,9 quilômetros em um trajeto que levou nove horas e

35 minutos. O tempo de parada médio foi de 19 minutos.

Observando as situações apresentadas, notam-se diversas oportunidades de melhorias que uma

roteirização eficaz poderia fornecer ao sistema, desde um melhor aproveitamento das horas de trabalho,

até uma redução das distâncias percorridas pelos caminhões nas rotas.

4.3 MODELO ALTERNATIVO DE DISTRIBUIÇÃO

Utilizando os dados coletados, aplicou-se o algoritmo de Clarke e Wright em simulações de roteiros

para as rotas, com o objetivo de encontrar uma melhoria para o sistema e consequentemente uma

otimização do sistema de distribuição. Foram utilizadas as planilhas descritas na seção 3.3 desse

trabalho.

Utilizou-se a mesma distribuição de clientes para cada região, criando roteiros que minimizassem as

distâncias percorridas pelo caminhão, consequentemente reduzindo custos na operação. A planilha

otimizou cada um dos roteiros anteriores, criando novos roteiros que mantivessem mesma sigla

ID. ESTABELECIMENTO HORÁRIO CHEGADA HORÁRIO SAÍDA TEMPO DE PARADAVOLUME ENTREGA

(CUBOS)

0 FÁBRICA REFRIGERANTES 07:35

45 CINCO ESTRELA CASA PAE 07:58 08:20 00:22 36

42 DELICIA DO TRIGO 08:23 08:55 00:32 17

44 PANIF DONA DE CASA 08:57 09:19 00:22 36

40 PAO DOURADO QE 15 GUAR 09:27 09:47 00:20 35

34 PANIF PAO ITALIANO 09:50 10:09 00:19 30

28 PANIF GUARA PAO 10:12 10:27 00:15 20

35 PAES E DELICIAS 10:28 10:44 00:16 12

27 JULI PAN 10:47 11:12 00:25 43

41 PAO DOURADO QI 25 GUAR 11:15 11:40 00:25 46

38 GANASHO PAES E CONF 11:45 12:00 00:15 62

46 OUROPAO PANIF 12:03 12:18 00:15 40

48 PANIF VITORIA 12:21 12:29 00:08 12

PARADA PARA O ALMOÇO

32 PANIF CENTRAL DO PAO 13:30 13:35 00:05 28

37 DELICIAS DO TRIGO 13:36 13:59 00:23 49

47 KI DELICIA 14:05 14:35 00:30 21

49 SUPREMA 14:38 14:54 00:16 7

50 GRAO BRASILIA 14:56 15:13 00:17 5

39 EXTRA PAO 15:17 15:39 00:22 31

31 FLOR DE TRIGO 15:44 16:06 00:22 32

30 PAIHOCA PANET. 16:09 16:27 00:18 34

43 FORNO DE OURO 16:34 16:48 00:14 19

33 PANIFICADORA ROMA 16:51 17:10 00:19 32

29 CONF OURO BRANCO 17:14 17:37 00:23 26

36 PANIF E MERC RF 17:38 17:54 00:16 14

36 FÁBRICA REFRIGERANTES 18:10 07:39 687

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40

correspondente ao dia de atendimento das rotas originais. As rotas otimizadas 1,2 e 3 são simulações

das rotas B01, B02 e B03, respectivamente.

Para a configuração dos novos roteiros, foi o adotado o tempo de parada médio correspondente de cada

rota do modelo anterior, correspondente a 22 minutos para os roteiros nas regiões de Taguatinga e Águas

Claras e 19 minutos para a região do Guará. A capacidade máxima permitida pelo caminhão mantém-

se os 800 cuboscorrespondentes ao tipo de caminhão disponível pela empresa.

Os roteiros resultantes da simulação da planilha podem ser vistos nas Tabelas 6,7 e 8 abaixo:

Tabela 6 - Rota 1 otimizada

ID. ESTABELECIMENTO

TEMPO PARA

CHEGADA

(MINUTOS)

VOLUME

(CUBOS)

DISTÂNCIA

PARA

CHEGADA (KM)

0 FÁBRICA REFRIGERANTES - - -

1 PANIF CASTANHEIRAS 1 00:12:00 32 8

15 IMPORIO PAES E PROSA 00:03:00 5 1

3 CINCO ESTR PAES E GAST 00:04:00 32 0,9

5 PAO DOURADO CASTANHEIR 00:01:00 60 0,5

2 PREMIER PAO 00:02:00 46 1,2

8 STOCK PAES E CONV 00:04:00 41 4

10 BONNAPAN PAES E DELICI 00:02:00 46 0,3

12 FORNO D'OURO 00:02:00 18 0,4

4 PANIF REI DO PAO 00:06:00 53 2,3

7 PAO DOURADO AGUAS CLAR 00:05:00 18 1

13 O REI DO PAO 00:05:00 40 2

11 ARMAZEM DO VILLA 00:01:00 12 0,5

14 GRUPO ENJOLYS NAILS 00:10:00 1 1

9 ATELIE DO PAO 00:01:00 34 1,2

6 BONNAPAN BAHAMAS 00:05:00 94 2,4

0 FÁBRICA REFRIGERANTES 00:14:00 0 7

- TOTAL 06:47:00 532,0 33,7

Analisando essa configuração de roteiro para a região de Águas Claras, obteve-se um percurso de 33,7

quilômetros, percorrendo 6,7 quilômetros a menos do que o executado pela empresa. O tempo de jornada

também obteve uma redução em relação ao modelo original, sendo tempo necessário para a realização

das mesmas entregas 14 minutos menor.

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41

Tabela 7 - Rota 2 otimizada

ID. ESTABELECIMENTO

TEMPO PARA

CHEGADA

(MINUTOS)

VOLUME

(CUBOS)

DISTÂNCIA

PARA

CHEGADA (KM)

0 FÁBRICA REFRIGERANTES - - -

19 PANIF CONF PAO GOSTOSO 00:15:00 25 11

25 PANIFI NOVA ALIANCA 00:04:00 8 0,9

23 PANIFIC REAL SABOR 00:01:00 19 0,5

22 BELISSIMA 00:04:00 48 1,1

20 PAO DO CEU 00:03:00 21 0,5

21 PANIF PRINC ISABEL 00:01:00 33 0,5

18 MINAS PAO 00:01:00 17 1

17 PANIF CONF SABORITA 00:04:00 15 1,1

26 PAODERIA 00:04:00 16 0,4

16 PANIF E CONF SCAPIM 00:01:00 34 0,9

24 PANIF REI DO PAO 00:07:00 53 1,9

0 FÁBRICA REFRIGERANTES 00:11:00 0 9

- TOTAL 04:58:00 289,0 28,8

Esse roteiro permitiu uma redução da quilometragem percorrida assim como o modelo anterior,

percorrendo 28,8 quilômetros em todo o trajeto, reduzindo a distância percorrida em 2,5 quilômetros. O

tempo exigido para a realização de todas as entregas reduziu-se em 15 minutos em relação ao método

anterior.

Tabela 8 - Rota 3 otimizada

ID. ESTABELECIMENTO

TEMPO PARA

CHEGADA

(MINUTOS)

VOLUME

(CUBOS)

DISTÂNCIA

PARA

CHEGADA

(KM)

0 FÁBRICA

REFRIGERANTES - - -

29 CONF OURO BRANCO 00:17:00 26 15,0

36 PANIF E MERC RF 00:01:00 14 0,8

33 PANIFICADORA ROMA 00:04:00 32 1,6

43 FORNO DE OURO 00:05:00 19 0,5

30 PAIHOCA PANET. 00:06:00 34 0,5

46 OUROPAO PANIF 00:02:00 40 1,0

48 PANIF VITORIA 00:02:00 12 0,6

38 GANASHO PAES E CONF 00:01:00 62 0,5

32 PANIF CENTRAL DO PAO 00:03:00 28 1,2

40 PAO DOURADO QE 15

GUAR 00:05:00 35 1,6

41 PAO DOURADO QI 25

GUAR 00:04:00 46 0,8

27 JULI PAN 00:03:00 43 0,9

37 DELICIAS DO TRIGO 00:08:00 49 0,5

35 PAES E DELICIAS 00:04:00 12 1,6

28 PANIF GUARA PAO 00:01:00 20 0,1

34 PANIF PAO ITALIANO 00:02:00 30 0,5

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42

42 DELICIA DO TRIGO 00:04:00 17 1,0

44 PANIF DONA DE CASA 00:02:00 36 1,0

45 CINCO ESTRELA CASA

PAE 00:04:00 36 1,0

47 KI DELICIA 00:01:00 21 3,0

49 SUPREMA 00:03:00 7 0,5

50 GRAO BRASILIA 00:01:00 5 0,3

39 EXTRA PAO 00:02:00 31 0,4

31 FLOR DE TRIGO 00:04:00 32 1,6

0 FÁBRICA

REFRIGERANTES 00:16:00 0 14,0

- TOTAL 09:21:00 687 50,5

A maior de todas as rotas obteve uma redução de 7,4 quilômetros percorridos e reduziu o tempo de

viagem em 14 minutos em relação ao modelo utilizado pela empresa.

Em geral cada um dos novos roteiros elaborados reduziu o tempo de operação em relação aos roteiros

originais. No total, a empresa reduziu em 13% a quilometragem percorrida pela sua frota e exigiu 43

minutos a menos em todas as viagens. Isso em termos financeiros pode ser uma economia importante.

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43

5 ANALISE DOS CUSTOS

Análise referente aos custos logísticos envolvidos

no processo de distribuição de bebidas.

No capítulo anterior discutiu-se a comparação entre os parâmetros distância, tempo e volume carregado

e quais melhorias foram obtidas com a aplicação da roteirização. A seguir serão comparados os custos

envolvidos nas duas operações, ou seja, no modelo atual realizado pela empresa e no modelo proposto

neste trabalho.

Para o cálculo dos custos, uma planilha em Excel foi utilizada, juntamente com os dados coletados junto

aos responsáveis pela área logística na empresa. Utilizou-se a mesma forma de cálculo desempenhada

pelos membros da equipe logística e da área financeira, servindo de referencial para a estruturação da

planilha e elaboração dos resultados. Como suporte, utilizou-se a obra de Alvarenga e Novaes (2014)

para detalhar os elementos que formam os custos logísticos de transporte. Dessa maneira, as seguintes

informações foram levantadas:

Informações referentes ao caminhão: peso, capacidade;

Número de viagens;

Tempo gasto nas viagens;

Número de veículos na frota;

Custos fixos em geral: depreciação contábil, remuneração de capital, licenciamento, seguro,

entre outros custos;

Custos variáveis relacionados a combustível, manutenção, salários e encargos trabalhistas,

pneus, óleos filtros etc.

A seguir são apresentados os resultados resumidos relativos aos custos do roteiro 1 (Quadro 7) e os

custos para a nova proposta de atuação (Quadro 8). Os custos dos outros roteiros seguem o mesmo

procedimento, variando-se somente a demanda, a distância e o tempo correspondente.

Quadro 7– Custos da rota 1

Tipo de Custo Critério ($ /Mês) ($ /Km) ( % )

Custos Fixo

1 - Depreciação contábil 833,33 0,774 3,85

2 - Remuneração de Capital 1.636,43 5,063 7,56

3 – Licenciamento 7.600,00 23,515 35,12

4 - Seguro Facultativo 126,67 0,392 0,59

5 - Outros Custos Fixos 350,00 1,083 1,62

Total de Custos Fixos 10.546,43 30,826 48,74

Custos

Variáveis

6 – Combustíveis 323,20 1,000 1,49

7 - Óleo do Motor 129,28 0,400 0,60

8 – Pneus 129,28 0,400 0,60

9 – Reparos 1.370,00 4,239 6,33

10-Manutenção 129,28 0,400 0,60

11-Outros Custos Variáveis 3,23 0,010 0,01

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44

Total de Custos Variáveis 2.084,27 6,449 9,63

Custos com

Pessoal

12 - Motoristas e Ajudantes 8.008,00 24,777 37,01

13 - Despesas Administrativas e Terminais 1.000,00 3,094 4,62

Resultado Custo total 21.638,70 65,147 100,00

Quadro 8 - Custos da rota 1 otimizada

Tipo de Custo

Critério ($ / Mês) ($ / Km) ( % )

Custos Fixo

1 - Depreciação contábil 833,33 0,93 3,87

2 - Remuneração de Capital 1.636,43 6,07 7,60

3 – Licenciamento 7.600,00 28,19 35,32

4 - Seguro Facultativo 126,67 0,47 0,59

5 - Outros Custos Fixos 350,00 1,30 1,63

Total de Custos Fixos 10.546,43 36,96 49,01

Custos

Variáveis

6 – Combustíveis 269,60 1,00 1,25

7 - Óleo do Motor 107,84 0,40 0,50

8 – Pneus 107,84 0,40 0,50

9 – Reparos 1.370,00 5,08 6,37

10-Manutenção 107,84 0,40 0,50

11-Outros Custos Variáveis 2,70 0,01 0,01

Total de Custos Variáveis 1.965,82 7,29 9,13

Custos com

Pessoal

12 - Motoristas e Ajudantes 8.008,00 29,70 37,21

13 - Despesas Administrativas e Terminais 1.000,00 3,71 4,65

Resultado Custo total 21.520,24 77,66 100,00

Comparando esses dois roteiros percebe-se que a redução das distâncias percorridas trouxe benefícios

econômicos para a organização. A empresa economiza R$ 53,60 por mês em gastos com combustíveis

nessa otimização, totalizando R$ 118,46 mensais envolvendo todos os custos variáveis.

Para obter os valores de custos por mês, foi considerado o mês contendo quatro semanas úteis. Dado

que as rotas são visitadas duas vezes por semana, foram então utilizados valores médios para 8 dias de

visita.

O Quadro 9 a seguir apresenta um resumo dos resultados dos custos de todos os roteiros nas duas

situações estudadas:

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45

Quadro 9 - Custo mensal por rota

ROTA CUSTO

MENSAL

ROTA 1 R$ 21.638,70

ROTA 2 R$ 21.495,34

ROTA 3 R$ 21.980,52

TOTAL R$ 65.114,56

ROTA 1 OTIMIZADA R$ 21.520,24

ROTA 2 OTIMIZADA R$ 21.449,74

ROTA 3 OTIMIZADA R$ 21.845,55

TOTAL R$ 64.815,53

O Quadro 10 apresenta então a comparação entre as rotas originais e as rotas otimizadas utilizando o

algoritmo de Clarke e Wright da seção anterior.

Quadro 10 - Ganho mensal entre comparações de modelos

RESULTADO GANHO

MENSAL

ROTA 1 X ROTA 1 OTIMIZADA R$ 118,46

ROTA 2 X ROTA 2 OTIMIZADA R$ 45,60

ROTA 3 X ROTA 3 OTIMIZADA R$ 134,98

TOTAL R$ 299,03

Os roteiros otimizados possibilitaram então uma economia financeira para a empresa. Esse benefício

econômico motiva a implantação do modelo de roteirização para todas as outras rotas da empresa,

possibilitando então novos ganhos e com isso uma diminuição dos custos logísticos.

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46

6 CONCLUSOES

Divulgação dos resultados e conclusões tiradas

com o modelo aplicado.

Através desse trabalho conclui-se que a criação de roteiros para a distribuição de produtos por uma

empresa pode representar economias importantes em relação aos seus custos logísticos mas também

podem melhorar o gerenciamento da equipe logística.

A criação de roteiros mostra-se bem viável para implementação em Excel por uma empresa, sendo essa

uma programação acessível e relativamente fácil de ser construída. O método de Clarke & Wright

fornece resultados melhores que os observados na prática das empresas e pode ser aprimorado,

automatizando suas funções em programação e gerando roteiros para qualquer cliente novo adicionado

pela empresa.

O Estudo de caso mostrou que as rotas existentes, por não seguirem um roteiro previamente definido,

podem gerar desperdícios em relação ao tempo e à distância percorrida. Os resultados obtidos fornecem

uma boa justificativa para a empresa adotar uma prática de programação de roteiros para suas rotas.

Após a aplicação do modelo de Clarke e Wright para simular roteiros alternativos aos utilizados pelos

motoristas nas rotas, foram obtidos ganhos em distância percorrida, tempo de operação e economia

financeira. Esses resultados são referentes as três rotas de um vendedor e a entrega dos produtos de cada

um dos seus clientes. Recomenda-se a aplicação da roteirização para todas as outras rotas de vendedores

da organização, sendo mais de 500 rotas diferentes percorridas pelos caminhões no processo de

distribuição para todos os clientes. Por hipótese, ao considerar que cada vendedor possui três rotas e são

mais de 200 vendedores, a empresa pode lucrar aproximadamente R$ 60.000,00 se aplicado esse modelo

de roteirização e os mesmos ganhos econômicos fossem obtidos para cada trio de rotas.

Uma aplicação mais ampla contemplando todos os clientes atendidos pela empresa, de fato pode gerar

ganhos econômicos significantes e uma melhoria do nível de serviço prestado.

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APÊNDICE A – Tela inicial

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APÊNDICE B – Cadastro de Clientes

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51

APÊNDICE C – Gerador de Roteiros

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52

APÊNDICE D – Programação da planilha

Inicio

Em Tela inicial selecionar a opção Cadastro de Clientes

Na planilha Cadastro de Clientes inserir na última linha disponível da planilha todos os dados

referentes ao cliente, de acordo com o cabeçalho. Após o preenchimento seguir para a planilha seguinte

utilizando o atalho (para cada planilha há um atalho de ir, voltar e retornar a tela inicial).

Se preenchida corretamente a planilha anterior, as planilhas Distâncias e Tempos buscarão o novo

cliente cadastrado e buscarão os dados correspondentes no Google Maps, através de um código VBA.

A planilha Ganhos calcula cada ganho para cada par de clientes cadastrados, a partir das

distâncias da planilha anterior.

A planilha Hierarquia busca todos os pares de clientes e seus respectivos ganhos. O usuário

então ordena cada cliente do maior para o menor.

Em Gerador de Roteiros configurar inicialmente qual o tempo de parada médio e a capacidade

máxima do veículo para o problema, servindo como restrições para o problema.

Adicionar então o identificador numérico correspondente a cada cliente no espaço para roteiro. Insere-

se cada cliente de acordo com o ganho gerado, seguindo a planilha de Hierarquia.

A planilha busca então a distância, o tempo de chegada de um ponto até o outro e a demanda do cliente,

conforme cadastrado nas planilhas anteriores.

Caso o valor buscado não cumpra uma das restrições, a planilha emite uma notificação e o roteiro então

termina. Inicia-se então o próximo roteiro no espaço correspondente a seguir.

Ao final obtém-se cada um dos roteiros e as informações referentes a cada um deles.

Fim