RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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Relatório Anual2009
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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Para a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN),
um sistema nanceiro saudável, ético e eciente
é condição essencial para o desenvolvimentoeconômico, social e sustentável do País. A atuação
dos bancos está alinhada aos princípios que
estimulam o comportamento responsável, o que
inclui, necessariamente, a transparência em suas
ações e o diálogo permanente, comprovando
o compromisso com o desenvolvimento e a
criação de valor para toda a sociedade. Por isso,
a federação vem publicando, desde 1993, um
balanço anual de suas atividades.
A partir desta edição, em mais uma etapa de
aperfeiçoamento, o relatório da FEBRABAN
passa a seguir as diretrizes internacionais daGlobal Reporting Initiative (GRI). Para cada tema
identicado, há o posicionamento da FEBRABAN,
as iniciativas institucionais em andamento e,
sempre que possível, as metas e os compromissos
assumidos para os próximos anos. O desempenho
qualitativo e quantitativo consolidado do setor
bancário de acordo com os indicadores da GRI
também integra a publicação. Para este primeiro
relato, consideramos ter alcançado o nível C
de aplicação das diretrizes. Ao selecionar as
informações que seriam relatadas, tivemosde considerar a disponibilidade dos dados já
monitorados pelos bancos, tendo como desao
a consolidação dos diferentes formatos utilizados
por eles. Tal complexidade nos levou a publicar o
relatório apenas em novembro de 2010. Assim,
para o próximo ano, as metas são antecipar o
planejamento das atividades e incluir um número
maior de bancos no levantamento de informações.
Para atender ao princípio da GRI referente
à inclusão dos stakeholders, a FEBRABAN
convidou especialistas externos a dar seu
parecer sobre o conteúdo produzido e, assim,promover a melhoria contínua do processo de
relato. Essas declarações estão publicadas ao
nal do relatório, onde você também encontra
os detalhes sobre como ele foi idealizado e
produzido. Para mais informações, estamos à
disposição no e-mail [email protected].
Boa leitura!
Apresentação
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O Setor Bancário em 2009 16
Atendimento e Serviços a Clientes 28
Inclusão Financeira 36
Finanças Sustentáveis 44
Relações de Trabalho 52
Diversidade 58
Investimentos Sociais 62
Sobre o Relatório 66
Índice Remissivo GRI 68
Parecer dos Especialistas 71
Créditos 77
Índice
Mensagem da Presidência 2
Perfl Institucional 4
Governança 8
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Uma das necessidades mais prementes dos clientes
durante os anos de instabilidade crônica – a de dispor
de recursos o mais cedo possível para prevenir ou
mitigar a corrosão inacionária – tornou o sistema de
pagamentos brasileiro um dos mais ágeis do mundo.
O progresso tecnológico dos bancos avoreceu a
criação de produtos e serviços efcientes, enquanto
seu pioneirismo em termos de tecnologia da
inormação acelerou a disseminação das inovações por
toda a sociedade.
A mais recente delas é o DDA (Débito Direto
Autorizado). Lançada em 2009, a novidade superou
rapidamente a expectativa para os primeiros sete
meses, com um grau de adesão surpreendente. As
empresas, principalmente, logo perceberam que a
apresentação eletrônica do boleto de pagamento
bancário representa economia, agilidade e segurança.
Para os próximos anos, os bancos brasileiros poderão
dispensar o papel na compensação de cheques com
a introdução de processos de captura e distribuição
digital dos documentos entre os bancos. A próxima
ronteira é o banco no celular, o uso da teleonia móvel
para serviços de transerência de valores e pagamentos.
Nos últimos dez anos, o número de contas-correntes,
que hoje passa de 120 milhões, cresceu 127%. A
quantidade de cartões de crédito oi multiplicada por
quatro e supera os 130 milhões. Os bancos também
aumentaram em quatro vezes a oerta de empréstimos
e fnanciamentos, que totaliza R$ 1,4 trilhão. Como
parcela do PIB, isso signifca que o crédito cresceu de
menos de 30% para 45%, sem interrupção mesmo na
crise, pois, ao contrário de outros países, os bancos
brasileiros continuaram emprestando, o que reorça a
contribuição do setor para a evolução da economia.
Esses números indicam, ainda, uma vigorosa inclusão
de consumidores nos serviços bancários – o que nos
apresenta o desafo de orientá-los para o melhor uso
dos produtos e serviços fnanceiros, seja para guardar
seu dinheiro ou para fnanciar a casa própria, o primeiro
O ano de 2009 oi um marco para osistema fnanceiro brasileiro. A crise que
ez a economia mundial encolher 6%,segundo estimativa do Fundo MonetárioInternacional (FMI), permitiu que o Brasil
eetivamente colhesse os rutos de,pelo menos, 20 anos de aprendizado e
prounda transormação institucional. Noperíodo entre as décadas de 70 e 90, o
setor bancário oi um dos mais exigidos
em termos de adaptação aos cenáriosinstáveis da economia brasileira.
carro ou a TV de LCD. A experiência dos divers
revela que, quanto mais as pessoas conhecem
produtos e serviços fnanceiros, melhor tiram p
deles. A transparência é, portanto, o caminho p
o bom relacionamento entre bancos, consumi
reguladores e o conjunto da sociedade.
Ter uma relação melhor com o dinheiro vale ta
quando se trata de crédito para as empresas.
Sabemos que a orientação e o incentivo ao cré
ambientalmente e socialmente responsável sãconsistentes do que a simples negativa e a exc
clientes. Quanto mais claro or esse relacionam
com o crédito, melhor será para os clientes, pa
bancos e para o nosso país. Todos ganham.
Para tanto, os bancos creem que seja impresci
estimular os mecanismos de mercado. Daí a c
de um sistema de autorregulação bancária a p
própria FEBRABAN. Essa oi uma das diversas
tomadas nos últimos anos que mudaram o pe
entidade, posicionando-a em um novo patama
interação com os diversos segmentos da socie
Como reexo dessa abertura, tornou-se necess
modifcar nossos mecanismos de governança,
projeto de contratação de um executivo profs
para a Presidência, de modo a permitir que ele
mais presente no dia a dia da ederação.
Os bancos podem e devem desempenhar um p
undamental na construção do Brasil que quer
com oportunidades para todos e a serviço do p
de desenvolvimento econômico e social. Acred
que esse novo modelo seja uma demonstração
maturidade, que ortalece a disposição da FEB
de participar mais ativamente desses movimenque envolvem não só os destinos do sistema f
mas de toda a sociedade brasileira.
Cordialmente,
Fabio Colletti BarbosaPresidente da FEBRABAN
2 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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A transparência é o caminho parao bom relacionamento entre bancos,consumidores, reguladores e o conjuntoda sociedade.
Mensagem da Presidência
FEBRABAN – Relatório Anua
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Perfl Institucional
04
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A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) éa principal entidade de classe sem fns lucrativos
representativa do setor bancário, com 125 bancos
associados, de um total de 178 registrados no Banco
Central do Brasil até o fm de 2009. O seu objetivo
é azer a ponte entre as instituições fnanceiras em
todas as eseras – Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário e organizações da sociedade civil –
para o apereiçoamento do sistema normativo, a
contínua melhoria da oerta de produtos e serviços, a
ampliação do crédito e da inormação ao consumidor
e a redução dos níveis de risco.
Fundada em 9 de novembro de 1967, na cidade
de São Paulo, com o compromisso de ortalecer o
sistema fnanceiro e suas relações com a sociedade, a
FEBRABAN busca contribuir para o desenvolvimento
econômico e social do País, concentrando esorços
que avoreçam o crescente acesso da população
aos produtos e serviços fnanceiros. Ao longo de
mais de quatro décadas, testemunhou as proundas
mudanças sociais, econômicas e políticas do País,
marcadas pela consolidação da industrialização, pelo
amadurecimento político e pelo ortalecimento das
instituições democráticas e da economia de mercado.
Questões undamentais como a crise da dívida
externa, o uso de sete moedas distintas e a diícil
passagem da hiperinação para a estabilização da
moeda – etapa imprescindível para possibilitar o
resgate do imenso passivo social do Brasil – oram
vivenciadas, e suas soluções, encaminhadas.
De lá para cá, as instituições e os mercados eve amadureceram.
Na recente crise fnanceira internacional, entre
anos de 2008 e 2009, o sistema bancário naci
mostrou sua solidez, sua qualidade de gestão e
adequação à regulação, atuando como um dos
do bom desempenho da economia brasileira n
período. Sempre presente nesse processo, a ed
auxiliou os bancos, desde sua undação, a cum
suas três unções básicas: rentabilizar a poupa
que lhe é confada pelos indivíduos e pelas em
fnanciar o consumo e o investimento e viabili
pagamentos e recebimentos.
O novo papeldos bancos
Quarenta e três anos após sua undação,a FEBRABAN vive o desafo de mudar suaimagem de “uma ederação que protege os
bancos” para uma “ederação que dialogacom a sociedade”.
FEBRABAN – Relatório Anua
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Portas abertasHoje, a FEBRABAN busca a melhoria de sua im
perante a sociedade. O desafo é mostrar que
entidade que dialoga com a sociedade e ortal
os indivíduos, mantendo a deesa dos interesse
associados. Para atender a esse objetivo estrat
revisou, em 2009, sua missão e seus valores e
uma nova logomarca.
A valorização das pessoas e da diversidade, a p
de valores éticos e morais, o diálogo e a transp
em sua atuação, a deesa da livre iniciativa e d
empreendedorismo e o respeito aos consumid
assim como o incentivo a práticas de cidadani
responsabilidade social, norteiam a nova missã
FEBRABAN. As novas exigências da sociedade e
cenário econômico, que emergiram nos anos r
exigem que a FEBRABAN e o setor bancário re
a desafos como o crescimento sustentado e s
do crédito, a inclusão fnanceira de consumido
de baixa renda, a implementação de um sistem
de autorregulação, o contínuo apereiçoament
atendimento diante de um volume cada vez m
clientes e transações, a capacitação do profss
bancário e, por fm, o ortalecimento de uma p
portas abertas em relação à sociedade.
A FEBRABAN revisou, em 2009,sua missão e seus valores elançou uma nova logomarca
Principais indicadores do setor
Ativos totais: R$ 3,6 trilhões
Patrimônio líquido total: R$ 293,8 bilhões
Índice de Basileia: 19,8%
Crédito total: R$ 1,4 trilhão
Depósitos totais: R$ 1,9 trilhão
Municípios atendidos:5.657Funcionários: cerca de 460 mil
Investimentos sociais e culturais: aproximadamente R$ 1 bilhão
Nota: dados consolidados reerentes a 31 de dezembro de 2009
oi o volume total de crédito concedido pelos bancos em 2009R$ 1,4 trilhão
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Visão, Missão e Valores VisãoUm sistema fnanceiro saudável, ético e efciente
é condição essencial para o desenvolvimento
econômico, social e sustentável do País.
MissãoContribuir para o desenvolvimento econômico, social e
sustentável do País representando os seus associados e
buscando a melhoria contínua do sistema fnanceiro e
de suas relações com a sociedade.
Valores• Promover valores éticos, morais e legais
• Valorizar as pessoas, o trabalho e o
empreendedorismo
• Incentivar práticas de cidadania e responsabilidade
socioambiental
• Deender a iniciativa privada, o livre mercado e a
livre concorrência
• Deender o diálogo, o respeito e a transparência
nas relações com os clientes e com a sociedade
• Atuar com profssionalismo e transparência
• Valorizar a diversidade e a inclusão social
Objetivos estratégicos• Representar os seus associados perante os poderes
constituídos e as entidades representativas da sociedade
• Interagir com autoridades e instituições na elaboração
e no apereiçoamento do sistema normativo
• Desenvolver iniciativas para a contínua melhoria
da produtividade do sistema e a redução dos
níveis de risco
• Zelar pela efciência da intermediação fnanceira e
aumentar a sua contribuição para a sociedade,
inclusive desenvolvendo esorços que viabilizem o
crescente acesso da população a produtos e
serviços fnanceiros
• Transmitir à sociedade o papel e a contribuição do
sistema fnanceiro para o desenvolvimento econômico,
social e sustentável do País
Linhas de atuação• Propor e deender mudanças ou edição de normas
que aumentem a efciência do sistema fnanceiro e
aprimorem seus instrumentos
• Desenvolver e manter canais de comunicação com o
Executivo, o Legislativo, o Judiciário, as associações
de classe, os órgãos de deesa dos consumidores, os
sindicatos e demais entidades e organismos nacionais
e internacionais
• Coordenar, quando necessária, a contratação
profssionais para a deesa de legítimos inter
dos associados
• Realizar e divulgar estudos e pesquisas visand
apereiçoamento do sistema fnanceiro
• Comunicar o papel e a atuação do sistema f
de orma pró-ativa
• Maniestar-se, quando or o caso, sobre tema
interesse da opinião pública
• Desenvolver programas de ormação e qualif
para os uncionários dos associados
• Implementar programas de autorregulação
• Divulgar aos associados inormações relevant
assuntos que são objeto de sua atuação
• Incentivar e apoiar projetos voltados à prese
biodiversidade e ao uso racional dos recursos
• Incentivar e promover o fnanciamento de in
que estejam em harmonia com o desenvolvi
sustentável
FEBRABAN – Relatório Anua
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Governança
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A evolução do modelo de governança da FEBRABANganhou impulso a partir de outubro de 2008, com
a criação do Conselho Consultivo, ormado por
representantes de outros setores da economia e da
sociedade civil. A existência de um conselho consultivo é
tida como uma boa prática, sobretudo para organizações
da sociedade civil. O papel dessa nova instância é
permitir que conselheiros independentes contribuam
para a promoção do diálogo e a participação da
sociedade nos processos de tomada
de decisão da FEBRABAN.
Conselho Consultivo
PRESIDENTE
Fabio Colletti Barbosa – Banco Santander (Brasil) S.A.
SETOR BANCÁRIO
Aldemir Bendine – Banco do Brasil
Conrado Engel – HSBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo
José Ermírio de Moraes Neto – Banco Votorantim
Luiz Carlos Trabuco Cappi – Banco Bradesco
Maria Fernanda Ramos Coelho – Caixa Econômica Federal
Pedro Moreira Salles – Itaú Unibanco S.A.
Roberto Egydio Setubal – Itaú Unibanco S.A.
OUTROS SETORES
Abram Abe Szajman – Fecomercio (Federação
Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São P
Jackson Schneider – Anfavea (Associação Naci
Fabricantes de Veículos Automotores)
João Batista Crestana – Secovi/SP (Sindicato d
Habitação de São Paulo)
José Roberto Mendonça de Barros – MB Associ
Luiz Fernando Furlan – Brasil Foods S.A.
Paulo Skaf – Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo)
Roberto Rodrigues – Fundação Getulio Vargas
Viviane Senna – Instituto Ayrton Senna
Além do Conselho Consultivo, integram a gove
da FEBRABAN o Conselho Fiscal, o Conselho D
o Conselho de Representantes e o Conselho de
Autorregulação (saiba mais na página 11). Esse
grupos defnem as orientações estratégicas qu
serão executadas pela Diretoria Executiva, com
por 13 representantes de bancos associados. A
entidade conta, ainda, com o apoio de três com
executivos e 31 comissões técnicas, que desen
estudos e trabalhos voltados a orientar as ativda FEBRABAN e de seus associados. Ao todo, 9
uncionários atuam no dia a dia da gestão da e
Compromisso coma transparência
O desenvolvimento de novosmecanismos de governança confrma adisposição da FEBRABAN para ampliar
a participação dos skholds emseus processos de gestão.
FEBRABAN – Relatório Anua
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Relações Institucionais Suporte e Controles Negócios
Diretoresexecutivos
Hélio Ribeiro Duarte (HSBC) Coordenador
Carlos Alberto Vieira (Safra)Márcio Percival Alves Pinto (CEF)
Oswaldo de Assis Filho (BTG Pactual) Coordenador
Marcos de Barros Lisboa (Itaú Unibanco)Milton Roberto Pereira (Votorantim)Angelim Curiel (Citi)
José de M. Berenguer Neto (Santander)Coordenador
José Luiz Acar Pedro (Bradesco)Renato Martins Oliva (Cacique)Ricardo José da Costa Flores (Banco do Brasil)
Diretoressetoriais
EconomiaTomás Málaga (Itaú Unibanco)
Marketing e ComunicaçãoFernando Byington Egydio Martins(Santander)
Relações InstitucionaisVasco Azevedo (Bradesco)
Responsabilidade Social eSustentabilidadeRicardo Terenzi (Itaú Unibanco)
Recursos Humanos
Lilian Maria Ferezim Guimarães(Santander)
Ouvidorias e Relações com ClientesFrancisco Calazans Araújo Jr.(Itaú Unibanco)
JurídicoArnaldo Penteado Laudísio (Santander)
Assuntos Latino-AmericanosRicardo Villela Marino(Itaú Unibanco)
Pequenos e Médios Bancosvago
Assuntos Contábeis e FiscaisDaniel José Liberati (Bradesco)
Auditoria InternaPaulo Sérgio Cavalheiro (Safra)
ComplianceFernando Ribeiro (Santander)
Prevenção a FraudesMarcelo Ribeiro Câmara (Bradesco)
Gestão de RiscosFrederico Willian Wolf (Bradesco)
NumerárioLaerte Paulo Viana (Caixa)
Segurança BancáriaPedro Oscar Viotto (Bradesco)
Serviços BancáriosIézio Ribeiro Sousa (Bradesco)
Tecnologia e Automação BancáriaGustavo José C. Roxo da Fonseca(Santander)
TributáriaCarlos Pelá (Safra)
Custosvago
CorrespondentesFrederico G. F. de Queiroz Filho (Banco do Brasil)
Financiamento de VeículosLuis Félix Cardamone (Santander)
Operações de TesourariaAndré Guilherme Brandão (HSBC)
Operações InternacionaisRichard Allen Bird (ING)
Política de CréditoOscar Rodriguez Herrero (Santander)
Produtos de FinanciamentoMáximo Hernández González (Itaú Unibanco)
Bancos Internacionais (AssociaçãoBrasileira de Bancos Internacionais – ABBI)Luis Eduardo Ramos Lisboa
Cartões (Associação Brasileira de Cartõesde Crédito e Serviço – Abecs)Paulo Rogério Caffarelli (BB)
Crédito Imobiliário e Poupança(Associação Brasileira das Entidades deCrédito Imobiliário e Poupança – Abecip)Luiz Antonio França (Itaú Unibanco)
Associação Brasileira das Empresas deLeasing (Abel)
Osmar Roncolato Pinho (Bradesco)
Associação Nacional das Instituições deCrédito, Financiamento e Investimento(Acref)Adalberto Savioli (PanAmericano)
Comitês executivos
31comissões técnicasdesenvolvem estudos que orientamas atividades da FEBRABAN
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Conselho de AutorregulaçãoEm linha com o objetivo de ortalecer os vínculos
de confança com a sociedade, a FEBRABAN criou,
em dezembro de 2008, o Sistema Brasileiro de
Autorregulação Bancária (saiba mais na pág. 29),
cujo conselho é ormado por 15 representantes
de bancos e cinco membros da sociedade civil. A
autorregulação tem como oco a harmonização da
oerta de serviços pelo setor bancário às pessoas
ísicas, especifcando e elevando o padrão das condutas
que devem ser adotadas pelos bancos nos artigos
previstos pelo Código de Deesa do Consumidor (CDC).
Em 2009, 18 conglomerados fnanceiros, que reúnem
os maiores bancos do varejo, eram signatários do
Sistema de Autorregulação.
Geraldo José Carbone – Presidente (Itaú Unibanco)
Élcio Aníbal de Lucca – Vice-presidente (LUCCRA)
Affonso Rodrigues Vianna Neto (Banpará)
Alencar Burti (Associação Comercial de SP)*
Carlos Augusto Borges (CEF)
Carlos Eduardo Monteiro (Safra)
Décio Carbonari de Almeida (Volkswagen)
José de Paiva Ferreira (Santander)
José Luiz Acar Pedro (Bradesco)
José Pastore (Concord Relações do Trabalho S/C LTDA.)*
José Vicente (AFRBRS)*
Luiz Horácio da Silva Montenegro (Toyota)
Ademar Schardong (SICREDI)
Alexandre Correa Abreu (BB)
Angelim Curiel (Citi)
Henrique Frayha (HSBC)
Luiz Carlos Everton de Farias (BNB)
Luiz Lara (Lew Lara)*
Milto Bardini (BIC)
* Conselheiros independentes
Estrutura Geral
FEBRABAN
IBCB
FENABAN
Conselho Fiscal Conselho
Conselho Fiscal
Diretoria de Relaçõesdo Trabalho
Secretaria GeralDiretoria de
Autorregulação
Conselho Fiscal
Conselho Consultivo
Conselho deAutorregulação
Conselho deRepresentantes
Conselho Diretor
Diretoria Executiva
Diretoria Geral
Assembleia Geral
Assembleia Geral
Assembleia Geral
Assembleia Geral
SINDICATOSREGIONAIS
Diretoria de Administração,Finanças e TI
DiretoriaJurídica
Diretoriade Eventos
Diretoria deEducação Financeira
DiretoriaTécnica
Diretoria deAssuntos Econômicos
Diretoria deRelações Institucionais
DiretorComun
SINDICATOSSP PR MT MS
FEBRABAN – Relatório Anual
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Assembleia GeralÓrgão deliberativo máximo, a Assembleia Geral é integrada por todas as suas associadas,
que se reúnem ordinariamente, nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, e,
extraordinariamente, sempre que os interesses sociais o exigirem.
Conselho DiretorComposto por no mínimo 18 membros e no máximo 30, com mandato de três anos. Sua missão é
estabelecer a orientação geral das atividades da FEBRABAN para a execução de suas nalidades;
deliberar sobre as propostas submetidas pela Diretoria; scalizar e orientar a atuação da Diretoria; e
convocar reunião do Conselho Diretor ou da Assembleia Geral.
Conselho de AutorregulaçãoÉ o órgão normativo e de administração do Sistema de Autorregulação Bancária. É composto
por representantes dos bancos signatários e representantes da sociedade civil. Cabe a ele editar
normativos; estabelecer, por meio de resoluções, as diretrizes, as políticas e os procedimentos do
Sistema de Autorregulação Bancária e efetuar a revisão periódica das regras; e deliberar sobre os
assuntos relevantes ao sistema, entre outros. mandato dos conselheiros é de três anos.
Diretoria ExecutivaComposta por até 15 membros eleitos, com mandato de três anos. É formada por um presidente,
até dois vices-presidentes e os demais diretores, sem designação especíca. Ela é responsável pela
administração e pela gestão das atividades da FEBRABAN, cumprindo as deliberações do Conselho
Diretor e da Assembleia Geral. A Diretoria se reúne a cada quinzena ou extraordinariamente.
Conselho Consultivo
É integrado pelo presidente do Conselho Diretor e por 15 representantes, ou mais, escolhidos
pelo Conselho Diretor, com mandato de 18 meses e podendo ser reeleitos por igual período. Esses
representantes são dos segmentos empresariais, da sociedade civil e do pensamento nanceiro,
econômico e jurídico, do País ou do exterior. Conselho Consultivo será presidido pelo presidente
do Conselho Diretor da FEBRABAN. Compete ao Conselho Consultivo manifestar-se sobre quaisquer
temas, por convocação do seu presidente.
Conselho FiscalFormado por três membros efetivos e três suplentes, o Conselho Fiscal tem como atribuições scalizar a
gestão da administração e examinar os registros, os títulos e os documentos da entidade; acompanhar
os trabalhos da auditoria externa contratada; e examinar as demonstrações nanceiras, as contas e o
relatório anual de gestão apresentados pela Diretoria, entre outras. Conselho Fiscal se reúne sempre
na primeira quinzena de abril de cada ano ou extraordinariamente. Seu mandato é de três anos.
Estruturas de governança
Diretoria Executiva Fabio Colletti Barbosa – Presidente
(Banco Santander Brasil S.A.)
José Luiz Acar Pedro – Vice-presidente
(Banco Bradesco S.A.)
Marcos de Barros Lisboa – Vice-presidente
(Itaú Unibanco S.A.)
Adalberto Savioli
(Banco Panamericano S.A.)
Angelim Curiel
(Banco Citibank S.A.)
Carlos Alberto Vieira
(Banco Safra S.A.)
Hélio Ribeiro Duarte
(HSBC Bank Brasil S.A.– Banco Múltiplo)
José de Menezes Berenguer Neto
(Banco Santander Brasil S.A.)
Márcio Percival Alves Pinto(Caixa Econômica Federal)
Milton Roberto Pereira
(Banco Votorantin S.A.)
swaldo de Assis Filho
(Banco BTG Pactual S.A.)
Renato Martins liva
(Banco Cacique S.A.)
Ricardo José da Costa Flores
(Banco do Brasil S.A.)
12 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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A FEBRABAN defende o respeitoe a transparência em todos osseus relacionamentos
Os skholds da FEBRABANAssociados
SociedadeBancários
SindicatosAssociações de classe
Reguladores do sistema financeiroPoderes constituídos
Entidades representativas da sociedadeFormadores de opiniãoImprensa
utros setores econômicosrganismos internacionais
Conselho Diretor Fabio Colletti Barbosa – Presidente
(Banco Santander Brasil S.A.)
Aldemir Bendine
(Banco do Brasil S.A.)
André Santos Esteves
(Banco BTG Pactual S.A.)
Carlos Alberto Vieira
(Banco Safra S.A.)
Conrado Engel
(HSBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo)
Gustavo Carlos Marin Garat
(Banco Citibank S.A.)
João Heraldo Lima
(Banco Rural S.A.)
José Bezerra de Menezes
(Banco Industrial e Comercial S.A.)
Louis Marie Antoine Bazire(Banco BNP Paribas Brasil S.A.)
Luiz Carlos Trabuco Cappi
(Banco Bradesco S.A.)
Luiz Horácio da Silva Montenegro
(Banco Toyota do Brasil S.A.)
Maria Fernanda Ramos Coelho
(Caixa Econômica Federal)
Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro
(Banco Alfa S.A.)
Pedro Henrique Mariani Bittencourt
(Banco BBM S.A.)
Roberto Egydio Setúbal(Itaú Unibanco S.A.)
Tito Enrique da Silva Neto
(Banco ABC Brasil S.A.)
Wilson Massao Kazuhara
(Banco Votorantim S.A.)
FEBRABAN – Relatório Anual
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Um plano integrado decomunicação orienta o diálogocom os stakeholders
Comunicação e engajamenA comunicação da FEBRABAN com seus stake
intensifcada nos últimos anos. A partir de um
sobre a percepção dos seus públicos de relacio
a entidade elaborou um plano integrado de copara ortalecer a imagem do setor bancário e d
ederação, com monitoramento e análise siste
iniciativas envolvendo erramentas de relacion
com a mídia, relações públicas, propaganda e
comunicação com os uncionários do setor.
As diretrizes do plano contemplam o comprom
FEBRABAN com a transparência, concretizado
de iniciativas que englobam os seguintes tema
• Promoção da cidadania e educação fnance
abrangendo microfnanças e bancarização, edu
fnanceira, Programa de Valorização da DiversiPrograma de Inclusão e Capacitação de Pessoa
Defciência;
• Diálogo com a sociedade, explorando e explic
economia bancária (juros, tarias, crédito, conco
flas), planos econômicos e a autorregulação pa
• Compromisso com o desenvolvimento
socioeconômico sustentável, por meio da c
Brain (Brasil Investimentos & Negócios), em
com a BM&FBOVESPA e a ANBIMA (Associaç
Brasileira das Entidades dos Mercados Financ
de Capitais). A agenda inclui, ainda, a BEST (B
Excellence in Securities Transactions), a expa
do crédito de longo prazo e os protocolos e a
visando a práticas socioambientais;
Pesquisas indicam que a falta de informação
sobre os serviços prestados pelos bancos geraproblemas de relacionamento com os clientes
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As iniciativas dos bancos brasileiros no incentivo às políticas públicas são diversicadas, com difer
de atuação. Algumas se destacam pelo apoio e pela criação de projetos para benefício e desenvo
das comunidades onde os bancos atuam, além de contribuir por meio de suas fundações e de seus
Em relação ao meio ambiente, o Protocolo Verde foi assinado pela FEBRABAN, junto do MinistérioAmbiente, para promover a sustentabilidade no setor nanceiro.
Para apoiar o combate ao trabalho escravo nas operações e nas cadeias produtivas, alguns dos ma
brasileiros participam do Comitê de Mercado de Capitais do Fórum Latino-Americano de Finanças
(LASFF) e da Round Table on Responsible Soy – associação global sobre produção responsável de
combate à corrupção, há representantes dos bancos nas reuniões de elaboração da Estratégia Na
Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, inclusive como responsável pela execução de pro
governo para o segmento de agronegócios do País.
Os institutos e as fundações materializam o compromisso do setor com os maiores desaos do de
sustentável da sociedade e são importantes canais de posicionamento quanto às políticas pública
em áreas como educação e democratização do acesso à cultura. São exemplos de ações estaduais
para a inclusão digital, o incentivo às micro e pequenas empresas, o apoio à agricultura familiar eda economia e da cultura de comunidades regionais – como a promoção da cidadania e da auton
econômica das trabalhadoras rurais, dos assentados da reforma agrária, dos quilombolas, dos ext
pescadoras artesanais e das populações ribeirinhas.
Sugestão de pauta
A FEBRABAN deu início, em 2009, à divulgação de uma série de sugestões de pautas à im
conhecidas como “Você Sabia?”, com informações sobre como os clientes podem fazer
dos serviços bancários. Pesquisas da FEBRABAN indicam que a falta de informação sobre
prestados por ela e pelas instituições nanceiras é fonte comum de problemas de relacio
clientes com os bancos. Exemplos de temas abordados no ano foram a utilização do chea cobrança de tarifas e a segurança nos caixas eletrônicos. A utilização consciente do cré
foi abordada, em especial com o lançamento do portal “Meu Bolso em Dia”, como parte
de educação nanceira (saiba mais na pág. 37). A cada 40 dias, a FEBRABAN realiza tam
coletiva de imprensa, com conexão em sistema de teleconferência para todo o País, par
da Pesquisa de Indicadores, realizada com os bancos associados, sobre as projeções de c
econômico, a evolução do crédito e a taxa de juros, entre outras expectativas.
GRI SO5: Posição e participação na elaboração de políticas públicas e lobbis
• Apereiçoamento do sistema fnanceiro nacional,
com beneício para a sociedade, como o Selo de
Autorregulação, o desenvolvimento de estudos para
a implementação do mobile payment e o lançamento
de novos serviços, como o STAR (sistema que inormatarias de instituições fnanceiras) e o DDA (Débito
Direto Autorizado).
Esse diálogo vem sendo realizado por meio de
participação em óruns, eventos e congressos,
atendimento à imprensa e disponibilidade de porta-
-vozes, além da geração e divulgação de inormações
e notícias, pesquisas, comunicados e agenda da
entidade, por meio de site e outros canais de
comunicação, deendendo, assim, o respeito e a
transparência em todos os relacionamentos. Em 2009,
oram realizados 29 congressos e seminários, com a
presença de 7.911 participantes.
O CMEP (Congresso Brasileiro de Meios Eletrônicos
de Pagamento) – realizado em parceria com a Abecs
(Associação Brasileira das Empresas de Cartões
de Crédito e Serviços) –, o Semarc (Seminário
de Marketing e Relacionamento com Clientes),
o Seminário de Economia e o Fórum de Saúde
Ocupacional, assim como os Congressos FEBRABAN de
Recursos Humanos, de Direito Bancário e de Auditoria
Interna, Compliance e Gestão de Riscos, são eventos
tradicionais, que atraem um público qualifcado e
diversifcado. Já o Ciab FEBRABAN – Congresso e
Exposição de Tecnologia da Inormação das Instituições
Financeiras se tornou um órum internacional de
excelência na discussão dos temas de negócios mais
importantes e atuais, além de ser berço de lançamento
das principais inovações tecnológicas do setor.
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O Setor Bancário em 2009
16
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A solidez do sistema fnanceiro oi undamental para
atenuar os eeitos da crise internacional na economiabrasileira. Enquanto nos Estados Unidos e na Europa os
bancos oram os geradores da instabilidade, as instituições
fnanceiras no Brasil oram as aliadas do governo ederal
na administração da crise, contribuindo positivamente
para injetar dinheiro na economia. Mesmo em um cenário
adverso, as operações de crédito, em 2009, somaram
R$ 1,4 trilhão.
As redes de atendimento continuaram a se expandir, e
as transações realizadas pelos bancos brasileiros, entre
as mais rápidas e efcientes do mundo, subiram 7% em
relação a 2008, chegando a 47,5 bilhões. O patrimônio
líquido somou R$ 293,8 bilhões. Os 50 maiores bancos
brasileiros mantêm o Índice de Basileia em 19,8%, bem
acima do mínimo exigido, de 11%. Esse índice mede a
solidez dos bancos e é calculado pelo valor do patrimônio
líquido ajustado dividido pelo valor do ativo ponderado
pelo risco. No total, o setor encerrou 2009 com captação
de R$ 1,9 trilhão. O número de contas-correntes atingiu
133,6 milhões, aumento de 6,3% sobre o ano anterior, e
os clientes com conta poupança somaram 91,1 milhões,
aumento de 1,2% no período.
Cenário econômico
Apesar dos inevitáveis reexos ainda sentidos no primeirosemestre de 2009, o Brasil reagiu bem à crise fnanceira
global. O ato de a economia estar pouco alavancada,
apresentar indicadores estáveis e contar com reservas
cambiais adequadas ajudou a atenuar os eeitos externos e,
a partir do segundo semestre do ano, a dar início à retomada
do crescimento, com o aumento da atividade econômica.
Em meio ao cenário de instabilidade, os bancos
brasileiros demonstraram orte resiliência em 2O setor não registrou problemas de insolvência
como em outros países, nem interrompeu a oe
de crédito. Alguns atores, como a orte capitali
dos bancos, a pouca exposição ao risco em deriv
e em empréstimos imobiliários e a regulamenta
ampla e rigorosa realizada pelo Banco Central, e
a robustez dos bancos com atuação local. Com
o setor bancário brasileiro ganhou importância
cenário internacional, após a crise global.
É ato que o ritmo de crescimento dos bancos c
em relação aos anos anteriores, que registraram
rentabilidade média em torno de 20% do patrim
de acordo com o anuário Valor 1000. Em 2009,
rentabilidade fcou na aixa de 15%, segundo a
Exame, um resultado considerado bom, levando
em conta que oi um ano de muita turbulência,
a economia mundial enrentando difculdades.
desempenho positivo do setor bancário é um in
importante de boa gestão. Além disso, uma sér
medidas adotadas pelo governo ederal oi relev
para o setor ultrapassar com relativa tranquilida
período mais conturbado da crise global.
Embora os bancos brasileiros não registrassemproblemas de insolvência, o risco de liquidez e
alto, particularmente entre os bancos médios
pequenos. Para azer rente a isso, o Banco Cen
realizou leilões de dólar e de swap de dólar, lib
depósito compulsório em dinheiro para a com
carteira de CDB (Certifcado de Depósito Banc
Quando a solidezaz a dierença
A orte capitalização e a baixa exposição
dos bancos ao risco, aliadas a umarigorosa regulamentação e às políticasanticíclicas do governo, oram decisivaspara que o País superasse rapidamente
os eeitos da crise internacional.
FEBRABAN – Relatório Anual
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das instituições menores e autorizou a emissão de CDB
com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Outros atores relevantes no ano oram a aquisição da
Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, a abertura de capital
realizada pelo Santander – esta oi a primeira vez que
um banco de capital estrangeiro eetua tal operação – ea queda do juro básico da economia, a Selic.
As perspectivas do setor para 2010 são otimistas. A
previsão é de que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça
cerca de 7%, puxado principalmente pelo consumo
e pelos investimentos. O País encontra-se em uma
posição dierenciada, atraindo o capital externo.
Nesse ambiente positivo, a preocupação é quanto ao
aquecimento econômico, com a discussão centrada na
sustentabilidade desse crescimento. Os primeiros sinais
apontam para pressão inacionária, capacidade de
produção das indústrias próxima ao limite e aumento
no défcit em conta-corrente do País. Uma medida
esperada pelo setor para conter o consumo é a elevação
da Selic. A expectativa é de que a taxa encerre 2010
entre 11,75% e 12% ao ano.
Internacionalização
À medida que a economia brasileira cresce e se internacionaliza, os bancostambém tendem a aumentar sua presença no exterior. Para viabilizar um promultissetorial, que integre iniciativa privada e poder público para, no longoprazo, consolidar o Brasil como polo internacional de investimentos e negócAmérica Latina, foi criada a Brain (Brasil Investimentos & Negócios), em mar
de 2010. A iniciativa envolveu a FEBRABAN, a Associação Brasileira das Entiddos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) e a Bolsa de Valores,Mercadorias& Futuros (BM&FBVESPA).
A Brain foi criada para catalisar iniciativas e coordenar esforços dos diversos
setores da economia, identicando problemas comuns e propondo soluções
convergentes para qualicar o Brasil como uma ponte entre os mercados lat
-americanos e os mercados mundiais. A associação também incentivará pesq
e estudos, patrocinará fóruns de discussão, participará de entendimentos co
poder público em todas as suas esferas e instâncias e buscará a a proximação
interesses dos diversos setores da economia em torno de propostas converg
Em milhões
Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Variação
2009/2008Contas-correntes(1) 63,7 71,5 77,3 87,0 90,2 95,1 102,6 112,1 125,7 133,6 6,3%
Movimentadas(1) 48,2 53,6 55,7 61,4 66,9 70,5 73,7 77,1 82,6 81,1 -1,8%
Não movimentadas (1 e 2) 15,5 17,9 21,6 25,6 23,3 24,6 28,9 35,0 43,1 52,5 21,8%
Clientes com contas de poupança (3)* 45,8 51,2 58,2 62,4 67,9 71,8 76,8 82,1 90,0 91,1 1,2%
Clientes com Internet banking (4) 8,3 8,8 9,2 11,7 18,1 26,3 27,3 29,8 32,3 35,1 9%
Pessoas ísicas - - - - - - - 25,3 27,5 30,2 10%
Pessoas jurídicas - - - - - - - 4,5 4,8 4,9 2%
Clientes com mobile banking (4) - - - - - - - - - 1,3 -
Pessoas ísicas - - - - - - - - - 1,3 -
Pessoas jurídicas - - - - - - - - - - -
Fontes: (1) Banco Central do Brasil; (2) Contas inativas há mais de seis meses; (3) Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança); (4) FEBRABAN* Número de 2008 revisado pelo Bacen
Evolução de clientes
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Em meio ao cenário deinstabilidade, os bancos
brasileiros demonstraramforte resiliência em 2009
GRI EC1: Distribuição do valor adicionado
Em R$ mil Part.% Part.% Part.% Part.%
1. Distribuição do valor adicionado 2005 2006 2007 2008 2009
1.1 Recursos Humanos 33.055.399 37,9 36.661.986 39,6 45.510.058 33,2 51.978.955 37,2 50.995.80
1.1.1 Salários e honorários 18.577.723 20.180.641 24.620.044 27.094.797 27.950.83
1.1.2 Encargos sociais (30%) 9.288.861 10.090.321 12.310.022 13.052.448 13.309.26
1.1.3 Beneícios (10%) 3.096.287 3.363.440 4.103.341 4.350.816 4.436.42
1.1.4 Participações (uncionários e minoritários) 2.092.528 3.027.584 4.476.651 7.480.894 5.299.29
1.2 Governo 21.884.869 25,1 23.976.949 25,9 33.211.547 24,3 26.137.275 18,7 39.267.36
1.2.1 Despesas tributárias 7.914.813 9.135.230 12.014.572 10.944.112 13.564.85
1.2.2 Imposto de renda e Contribuição social 7.003.410 7.273.979 11.964.458 5.403.827 15.720.56
1.2.3 INSS sobre salário (22,5%) 6.966.646 7.567.740 9.232.517 9.789.336 9.981.94
1.3 Líquido para acionistas 32.305.947 37,0 31.850.668 34,4 58.175.993 42,5 61.559.171 44,1 53.441.86
1.3.1 Dividendos distribuídos 8.292.455 8.256.006 14.626.988 15.723.382 14.171.45
1.3.2 Lucro retido 24.877.366 24.768.017 43.880.963 48.266.540 40.664.62
1.3.3 Prejuízos -863.874 -1.173.354 -331.958 -2.430.751 -1.394.22
Valor adicionado bruto 87.246.215 100,0 92.489.603 100,0 136.897.598 100,0 139.675.401 100,0 143.705.03
Amostragem 127 bancos 146 bancos 150 bancos 150 bancos 157 banco
Fonte: Austin Asis
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Evolução do crédito
O volume de crédito total no Brasil somou R$ 1,4trilhão em 2009, um crescimento de 15,2% em relação
a 2008. Com isso, o volume total das operações
representou 45% do PIB em 2009, acima dos 40,8%
do ano anterior. Esse desempenho, mesmo positivo,
ainda sentiu os impactos do cenário global. Até 2008, os
recursos livres registravam aumentos acima de 25% ao
ano. No caso das empresas, houve queda de 1,5% em
2009, pois o segmento oi o mais aetado pela crise. Em
2009, os empréstimos reerenciados em recursos livres
totalizaram R$ 954,5 bilhões, 9,6% acima do registrado
no ano anterior.
Já as operações de crédito direcionado aumentaram
29,1%, sustentadas por maior renda e maior consumo
por parte do segmento pessoa ísica, e somaraR$ 459,8 bilhões, no ano passado. A política do
bancos públicos de elevar a oerta de recursos
empréstimos e fnanciamentos resultou na sua
participação no segmento de crédito. A partici
de mercado dessas instituições no total das op
de crédito subiu de 36% em 2008 para 42% n
ano passado.
Para 2010, as projeções apontam para uma exp
superior a 20% no total da carteira de crédito d
Sistema Financeiro Nacional. É esperado um cre
mais signifcativo nos empréstimos com recurso
para pessoa jurídica, de 20,8%. O crédito destin
pessoas ísicas deve crescer na aixa de 20,7%.
Em R$ milhões
Crédito total Dez/03 Dez/04 Dez/05 Dez/06 Dez/07 Dez/08 Dez/09 Var.
Recursos livres (1) 255.642 317.917 403.707 498.331 660.811 871.177 954.524
Pessoa jurídica 154.638 179.355 212.976 260.363 343.250 476.890 469.863
Pessoa ísica 101.004 138.562 190.731 237.968 317.561 394.287 484.661
Direcionados 162.617 180.805 203.317 234.259 275.163 356.117 459.820
Habitação 23.673 24.694 28.125 34.479 43.583 59.714 87.361
Rural 34.576 40.712 45.113 54.376 64.270 78.304 78.754
BNDES 100.182 110.013 124.100 138.984 159.974 209.259 283.032
Outros (2) 4.186 5.386 5.979 6.420 7.336 8.840 10.673
Total 418.259 498.722 607.024 732.590 935.974 1.227.294 1.414.344
Fonte: Banco Central
(1) Incluem leasing, cooperativas de crédito rural não direcionado e parcela das aturas de cartão de crédito não fnanciada(2) Incluem créditos de bancos de desenvolvimento e agências de omento
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Tempus magnatellus aliquet rivitae, ultrices w
Inadimplência
Por conta da crise internacional, a
inadimplência aumentou 5,5% em 2
puxada principalmente pelo segmen
de pessoas jurídicas, que registrou ín
de 3,8% no ano passado, diante de
em 2008. segmento de pessoas fí
encerrou o ano em 7,7%, ligeiramen
abaixo dos 7,9% registrados em 200
Para 2010, o percentual esperado p
inadimplência é de 4,6%.
O volume de crédito chegou a45% do PIB em 2009
Distribuição do crédito – Pessoa ísica (recursos livres)
Distribuição do crédito – Pessoa jurídica (recursos livres)
Fonte: Banco Central do Brasil
Fonte: Banco Central do Brasil
Aquisição de bens e lsing
Crédito pessoal e consignado
Cooperativas
Outros
Cheque especial
Financiamento imobiliário
Cartão de crédito
Ho mony , capital de giro e conta garantida
Descontos de duplicatas e promissórias
Lsing e aquisição de bens
Vndo
ACC e repasses externos
Financiamento a importações e outros
Rural
Outros
36%
34%
4%
16%
3% 1%6%
54%
15%
1%
3%
9%
2%
13%
3%
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Concorrência em alta
O aumento da concorrência bancária está associadoao recente movimento de concentração no setor.
Essa é a conclusão de um estudo da FEBRABAN,
divulgado em abril de 2010, que mostra que o
aumento na concentração bancária, ao contrário do
que possa sugerir, não reduziu a concorrência nem
gerou condutas menos competitivas no setor. Também
constatou que a concentração não é alta no Brasil em
relação aos outros países.
O estudo também não apontou evidências de que
o setor tenha uma rentabilidade ora dos padrões
internacionais. O indicador de retorno sobre o
patrimônio (ROE) para a média do setor bancáriobrasileiro, em 2007, era de 14,9%, bem próximo ao
registrado para a média dos países de renda alta e média,
de 14,7% em ambos os casos. A Tendências Consultoria
Integrada oi a responsável pela elaboração do estudo,
cuja coordenação oi realizada pelo coordenador técnico
e proessor da FEA-USP Márcio Nakane.
Com o movimento de usões e aquisições, o número de
bancos registrou queda de 159, em 2008, para 158, noano passado, retração de 0,6%. O setor está dividido em
88 bancos privados nacionais, com ou sem participação
estrangeira, 60 estrangeiros e/ou com controle
estrangeiro e 10 públicos ederais estrangeiros e com
controle ou ederais e estaduais, que tiveram 16,7% de
redução em relação a 2008. O principal motivo oi a
aquisição da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil.
Spread em quedaAo lado das tarias (veja mais na pág. 30), o spread
bancário é alvo de muitas discussões e análises. Para
esclarecer a sociedade sobre o real comportamento
dos spreads, a FEBRABAN vem divulgando, desdenovembro de 2009, estudos relativos ao spread
bancário no Brasil, suas tendências de longo prazo, as
questões metodológicas e a evolução recente.
O levantamento, reerente a março de 2010 , mostra
que permanece a tendência de queda nos spreads em
Composição do spd
Uma série de variáveis compõem o spread bancário brasileiro. Entre elas, destacam-se os
depósitos compulsórios – a prazo e à vista. A incidência desses depósitos compulsórios no Paísé de 47%, enquanto na Argentina a alíquota é de 19% e, nos Estados Unidos, de 10%. s cinco
itens que fazem parte da composição do spread são: custos administrativos (11,8%), impostos
(23,3%), custo de direcionamento (1,9%), margem líquida, erros e omissões (29,4%) e
inadimplência (33,6%).
Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Vari
2009
Número de bancos(1) 192 182 167 165 164 161 159 156 159 158 -0,
Privados nacionais com ou sem participação estrangeira 105 95 87 88 92 90 90 87 85 88 3,5Privados estrangeiros e com controle estrangeiro(2) 70 72 65 62 58 57 56 56 62 60 -3,
Públicos ederais e estaduais(3) 17 15 15 15 14 14 13 13 12 10 -16
Fonte: Banco Central do Brasil – Departamento de Organização do Sistema Financeiro(1) Bancos múltiplos, bancos comerciais e Caixa Econômica(2) Filiais de bancos estrangeiros e bancos múltiplos e comerciais com controle estrangeiro(3) Caixas Econômicas Estaduais e Caixa Econômica Federal
Composição do spd bancário – 20
Impostos
(encargos fscais + FGC + impostos dire
Custos de direcionamento
(compulsório + subsídios cruzados)
Margem líquida, erros e omissões
Inadimplência
Custo administrativo
33,6%
11,8%
1
29,4%
Bancos por origem de capital
Fonte: Elaborado por FEBRABAN com dados doBanco Central do Brasil
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25,7% oi o crescimento da redede atendimento bancário
Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Va
2009
Número de agências 16.396 16.841 17.049 16.829 17.260 17.627 18.087 18.572 19.142 20.046
Postos tradicionais(1) 9.495 10.241 10.148 10.054 9.856 9.985 10.220 10.555 11.661 12.131
Postos eletrônicos 14.453 16.748 22.428 24.367 25.595 30.112 32.776 34.669 38.710 41.472
Correspondentes não bancários 13.731 18.653 32.511 36.474 46.035 69.546 73.031 95.849 108.074 149.507
Total de dependências 54.075 62.483 82.136 87.724 98.746 127.270 134.114 159.645 177.587 223.156
Fonte: Banco Central do Brasil/Desig(1) Incluem postos de atendimento bancário (PAB), postos de arrecadação e pagamentos (PAP), postos avançados de atendimento (PAA), postos de atendimento cooperativo (PAC), postos deatendimento ao microcrédito (PAM), postos avançados de crédito rural (Pacre), postos de compra de ouro (PCO) e unidades administrativas desmembradas (UAD)
operações de crédito para pessoas ísicas. Em janeiro
de 2004, eles representavam 50% da taxa de jurocobrada, e caíram para 31,9%, em dezembro de 2007.
Em dezembro de 2008, no auge da crise fnanceira
internacional e da exposição ao risco, o spread subiu
para 44,9%. Em março de 2010, esse percentual oi
reduzido para 29,7%.
A conclusão do estudo aponta para spreads mais
próximos do ponto de equilíbrio no cenário econômico
atual. Também prevê, para os próximos meses,
mudanças mais lentas e de intensidade menor. Emrelação ao longo prazo, o estudo mostra que, para
reduzir os spreads, é preciso haver desoneração
fscal sobre o crédito, redução da inadimplência
e dos custos associados, redução dos depósitos
compulsórios, queda nos custos administrativos,
inclusive nos associados à regulação, ambiente
macroeconômico estável, ganhos de efciência e
de escala e avanços no marco regulatório.
Redes de atendimentoem expansão
O setor bancário está presente em todos os 5.municípios, de acordo com o Instituto Brasileir
Geografa e Estatística (IBGE). Em 2009, a exp
rede de atendimento oi de 25,7%, em relação
O número de agências registrou aumento de 4
somando 20.046. Os correspondentes não ban
subiram de 108.074 no fnal de 2008 para 149
2009, o que representou aumento de 38,3%. O
de postos eletrônicos cresceu 7,1%, totalizand
Evolução da rede de atendimento
FEBRABAN – Relatório Anual
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2005 2006 2007 2008 2009 Variação 2009/2008
Quant. Part. Quant. Part. Quant. Part. Quant. Part. Quant. Part.
1.412 4,0% 1.479 4,0% 1.748 4,3% 1.824 4,2% 2.217 4,7% 21,6%
8.639 24,6% 7.516 20,5% 7.961 19,4% 8.296 19,1% 8.496 17,9% 2,4%
10.790 30,7% 11.901 32,4% 13.735 33,5% 14.363 33,1% 15.811 33,2% 10,1%
9.491 23,1% 9.595 22,1% 10.567 22,2% 10,1%
4.244 10,3% 4.767 11,0% 5.243 11,0% 10,0%
5.849 6.163 6.937 16,9% 7.933 18,3% 9.338 19,6% 17,7%
2.682 7,6% 2.885 7,9% 3.479 8,5% 3.929 9,0% 4.758 10,0% 21,1%
2.192 5,3% 2.367 5,5% 2.807 5,9% 18,6%
1.287 3,1% 1.562 3,6% 1.951 4,1% 24,9%
3.167 9,0% 3.278 8,9% 3.458 8,4% 4.005 9,2% 4.579 9,6% 14,4%
1.608 3,9% 1.727 4,0% 1.896 4,0% 9,8%
1.850 4,5% 2.278 5,2% 2.684 5,6% 17,8%
1.117 3,2% 1.492 4,1% 1.700 4,1% 1.670 3,8% 2.038 4,3% 22,1%
3.719 10,6% 3.799 10,4% 4.281 10,4% 4.360 10,0% 4.357 9,2% -0,1%
3.544 8,6% 3.747 8,6% 3.728 7,8% -0,5% 737 1,8% 613 1,4% 629 1,3% 2,5%
1.940 5,5% 1.709 4,7% 1.533 3,7% 1.396 3,2% 1.235 2,6% -11,5%
1.362 1.194 1.319 3,2% 1.275 2,9% 1.292 2,7% 1,4%
348 1,0% 393 1,1% 445 1,1% 468 1,1% 521 1,1% 11,4%
131 0,3% 111 0,3% 93 0,2% -15,5%
314 0,8% 357 0,8% 428 0,9% 19,7%
1.014 2,9% 801 2,2% 874 2,1% 807 1,9% 771 1,6% -4,4%
220 0,5% 218 0,5% 138 0,3% -37,0%
654 1,6% 588 1,4% 634 1,3% 7,7%
296 0,8% 1.429 3,9% 1.845 4,5% 2.307 5,3% 2.772 5,8% 20,1%
1.672 4,1% 2.133 4,9% 2.572 5,4% 20,6%
173 0,4% 174 0,4% 200 0,4% 14,5%
35.124 100,0% 36.682 100,0% 41.059 100,0% 43.425 100,0% 47.555 100,0% 7,0%
O autoatendimento é o canalmais utilizado pelos clientes, co33,2% do total das transações
(5) Transerências, pagamentos, investimentos, fnanciamentos etc.(6) Consultas em geral, solicitações, remessas de arquivos, instruções de cobrança etc.(7) Transerências, pagamentos, investimentos, empréstimos, agendamentos de transações etc.(8) Consultas em geral, solicitações, desbloqueios, senhas etc.(9) Pagamentos no comércio em lojas, supermercados, postos de gasolina etc.(10) Estabelecimentos comerciais, correios, casas lotéricas etc.
FEBRABAN – Relatório Anual
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2,5 bilhõesde transações com
cartões de crédito
Pagamentos com celular
A FEBRABAN está estudando a padronização de uma plataforma tecnológica,
para a utilização por todo o mercado, que poderá aumentar a oferta dos serviços
de pagamentos via celular (mobile payments, ou m-payment) no Brasil. Hoje,
pelos dados da entidade, há 1,3 milhão de clientes pessoa física usuários do
serviço. A padronização é necessária porque existem vários modelos no mercado
– japonês, asiático, lipino, queniano – e diversas tecnologias, como a NFC (Near
Field Communication), para o pagamento sem contato, apenas por proximidade
(modelo japonês), mensagens SMS, WAP e Browsers.
A denição de um padrão tecnológico deverá ser norteada pelas características de
formalização das operações, observação dos melhores princípios de governança,
segurança, facilidade no uso e garantia de inclusão nanceira da população.
O crescente uso dos cartões de débito e de créd
como meio de pagamento provocou redução na
utilização de cheques, cuja compensação está em
nos últimos anos. Em 2009, oram compensado
bilhão de cheques, contra 1,3 bilhão registrados
2008. No total das transações, os cheques comp
representam apenas 2,6%, percentual que super
em 2000. As transações com cartão de crédito c
a 2,5 bilhões, aumento de 14% sobre o volume
Em valores, essas operações cresceram 19%, sub
de R$ 215 bilhões em 2008 para R$ 256 bilhões
ano passado. O valor médio das transações, em
superou a cira de R$ 100, enquanto o gasto mé
mensal fcou em R$ 156 por cartão.
Período Unidade 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Variação
2009/2008
Cartões de crédito milhões 29 38 42 45 53 68 82 104 124 136 10%
Transações com cartões de crédito bilhões 0,6 0,7 0,8 0,9 1,1 1,3 1,6 1,9 2,2 2,5 14%
Valor total de transações com cartões R$ bilhões 45 60 69 83 95 115 142 174 215 256 19%
Fonte: Abecs – Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços
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Efciência na vanguardaAs transações realizadas pelo sistema fnanceiro
brasileiro estão entre as mais efcientes, seguras e
confáveis do mundo. Para se ter uma ideia, as TEDs são
realizadas online em tempo real; os DOCs, em um dia
útil; e a compensação de cheques, em 24 horas a 48
horas, mesmo em relação a cidades distantes entre si.
Em outros países, como nos Estados Unidos, esse prazo
pode superar uma semana. Tal agilidade é resultado
de três décadas de investimentos em inraestrutura
logística e do uso constante da tecnologia da
inormação nos sistemas e nos processos. Nos anos
80, período marcado pelas altas taxas de inação,
os bancos passaram a aumentar a velocidade e a
efciência do processamento das transações fnanceiras.
Mesmo com a estabilização monetária, a partir de
1994, continuaram agregando inovações. Em 2009, os
investimentos em tecnologia da inormação superaram
a cira de R$ 19,4 bilhões, um aumento de 6% em
relação ao ano anterior. As despesas correntes, que
representam 75% desse montante e são direcionadas
para o atendimento da crescente demanda por serviços,
cresceram 22% no período.
O Débito Direto Autorizado (DDA), lançado em novembrode 2009, é um exemplo recente da vanguarda do setor.
Trata-se de um sistema inédito no mundo que permite
a apresentação eletrônica de boletos de cobrança. O
sistema oi desenvolvido pela FEBRABAN, com o apoio
do Banco Central, tendo a CIP (Câmara Interbancária de
Pagamentos) como seu braço tecnológico.
O serviço proporciona ao cobrador (cedente)
comodidade (ao ter todas as inormações num único
lugar), agilidade (o ciclo comercial poderá ser reduzido
para dois dias), rapidez, certeza da entrega, integridade
dos dados e segurança e acilidade no envio de
instruções. Para o pagador (sacado), os beneícios são
acilidade de acesso, sigilo, segurança e certeza do
recebimento – e em tempo –, além de automação do
processo da área de contas a pagar, no caso específco
de empresas.
Nos seis primeiros meses de operação, o DDA registrou
um total de 3,5 milhões de clientes cadastrados e 85
milhões de boletos eletrônicos gerados. Essa marca
superou as expectativas, que inicialmente eram de
alcançar esses montantes em 11 meses. No total,
33 bancos integram o DDA, responsáveis por 99,2%do volume de boletos emitidos no Brasil, e estão
trabalhando para conscientizar seus clientes sobre as
vantagens de aderir ao DDA. A previsão da FEBRABAN
é de que, em três anos, 50% dos boletos de cobrança
sejam eletrônicos. Atualmente, esse percentual está
entre 7% e 8%.
O Débito Direto Autorizado(DDA) é um exemplo devanguarda e eciência do setor bancário brasileiro
FEBRABAN – Relatório Anual
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28
Atendimento e Serviços a Clientes
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A FEBRABAN intensifcou, nos últimos anos, o
desenvolvimento de ações que imprimem maior
transparência, visando à melhoria do relacionamentocom seus clientes. Essa trajetória ganhou orça,
especialmente, a partir de 2007, com o lançamento
do STAR (Sistema de Divulgação de Tarias de Serviços
Financeiros), e, em dezembro de 2008, passou a
contar com mais um importante aliado: o Sistema de
Autorregulação Bancária.
Com regras norteadas pela ética e pela legalidade,
pelo respeito ao consumidor, pela comunicação
efciente e pela melhoria contínua, o sistema de
autorregulação ormaliza os princípios comuns a todo
o setor bancário no que se reere ao cliente pessoa
ísica. A elaboração das regras oi baseada nas leis e
nos regulamentos do Sistema Financeiro Nacional,
nos princípios do Código de Deesa do Consumidor
e nas demandas dos clientes registradas nos canais
de atendimento dos bancos e nos Procons de todo
o País. O sistema é monitorado pelo Conselho de
Autorregulação da FEBRABAN (saiba mais na pág. 11).
O projeto de autorregulação é de longo prazo
e pretende complementar a regulação vigente,
especifcando as condutas que devem ser seguidas
pelo setor bancário. Em 2009, as estruturas
normativas oram ampliadas, e os primeirosprocessos de supervisão começaram a ser
executados em 2010, incluindo a criação de uma
central de atendimento que atuará como um canal
de denúncias para os consumidores que quiserem
comunicar à FEBRABAN eventuais inrações dos
bancos às normas de autorregulação.
Até dezembro de 2009, aderiram ao Sistema de
Autorregulação Bancária o Banco do Brasil, a N
o Banpará, o BIC, o Bradesco, a Caixa Econômico Citi, o HSBC, o Itaú Unibanco, o Santander, o
Sicredi, o Toyota e o Votorantim. Além do própr
de Autorregulação, que defne as bases de opera
do sistema, já oram implementadas oito norm
regulam, de orma voluntária, a conduta dos ba
seguintes aspectos:
• Atendimento: nas agências, por teleone, no ca
eletrônico, na Internet e pela Ouvidoria;
• Oerta e publicidade: práticas comerciais, tax
juros e tarias;
• Contratação: procedimentos e cancelamento d
• Conta-corrente: abertura de contas, conta sim
conta especial de registro de salário;
• Movimentação de conta-corrente: extrato ban
depósito e transerência de valores, débito aut
cartão de crédito;
• Encerramento de conta: encerramento de con
movimentação espontânea ou iniciativa do co
encerramento de conta por iniciativa do banco
• Crédito: difculdades fnanceiras, cadastro e se
proteção ao crédito;
• Sigilo e segurança: confdencialidade, seguranç
inormações e operações e responsabilidade p
Ajustes de rota
Os bancos trabalham para adotar umaatitude mais equilibrada na construção
de relações com seus clientes, buscandoa excelência nos serviços prestados e nagestão dos canais de atendimento.
FEBRABAN – Relatório Anual
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Sistema “STAR”
09/2007Ferramenta, no site daFEBRABAN na Internet, deinormação ao consumidor sobretarias de serviços bancários.Permite a comparação, numa sótela, dos valores praticados paraum mesmo serviço por mais de30 bancos.
Canais de atendimento
09/2007Numa só página no site da FEBRABAN,o consumidor tem inormaçõessobre o acesso aos diversos canais de
atendimento de mais de 30 bancos.Estão disponíveis endereços eletrônicos,números de teleone e horários deuncionamento de atendimentos pelaInternet, SACs e ouvidorias.
Encerramento deconta-corrente
01/2008Lançamento do Roteirode Procedimentos para o
Encerramento de Contas-correntes, que buscapadronizar o serviço emtodo o sistema bancário.
Sistema“BuscaBanco”
06/2008Localizaçãoimediata, pelo site da FEBRABAN, dequalquer agência ouposto de atendimentobancário, em todas ascidades do País.
Diretiva deem agência
12/2008Lançamento dAtendimento eestabelecendomais elevadosatendimento nagências banc
Tarias: o que sãoe por que cobrá-lasUm dos temas de maior visibilidade na relação
bancos com o consumidor é a cobrança de tari
Atualmente, existe um vasto leque de serviços p
pelas instituições fnanceiras, que vai desde créd
salários, transerências eletrônicas disponíveis (
agendamento de transações e investimentos at
depósitos e pagamentos de aposentadorias. A b
esses serviços cresceu signifcativamente nos úl
anos. Em 2009, as transações realizadas em ban
somaram 47,5 bilhões, crescimento de 7% sobr
Como toda prestação de serviços, aqueles oere
pelos bancos também são tariados. Por muitos
na época da hiperinação, não era possível calc
segurança o real custo dessas oertas. A partir d
com a estabilização monetária, oi possível aze
mensuração e iniciar a cobrança pelos serviços
de orma clara e justa, buscando o equilíbrio ec
fnanceiro do negócio.
A última regulamentação sobre cobrança de tar
editada pelo Conselho Monetário Nacional e pe
Central em dezembro de 2007, entrando em vig
abril de 2008. As medidas padronizaram a nome
dos serviços mais utilizados pelas pessoas ísica
que as tarias se reerem. Além disso, oram def
os serviços essenciais gratuitos, tanto os relacio
à conta-corrente – como ornecimento de cartã
Ações de atendimento bancário
Star
Antes mesmo que a regulamentação sobre tarifas entrasse em vigor, a FEBRABANjá havia lançado, em setembro de 2007, o STAR (Sistema de Divulgação deTarifas de Ser viços Financeiros). sistema, disponível na Internet e que recebeaproximadamente 3 milhões de visitas ao ano, fornece informações e permite a
comparabilidade entre tarifas de serviços praticadas por 30 bancos. consumidor tem acesso aos valores individuais de serviços e dos pacotes e à indicação sobre oque é gratuito, além de um simulador que permite ao cliente estimar o quanto elevai pagar pela utilização dos serviços adicionais que pretende utilizar.
Inicialmente, foram identicados os 46 serviços mais utilizados pelos clientespessoa física. Desde 2008, a classicação segue uma norma do Banco Central paratais serviços, que estabeleceu quatro grupos: essenciais, prioritários, especiais ediferenciados. No site www.febraban-star.org.br estão os preços de tabela, ou seja,sem eventuais descontos que as instituições podem dar aos clientes, bem comoa regulamentação existente. Para 2010, a meta é incluir no sistema os preços dospacotes oferecidos pelas instituições.
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Autorregulaçãobancária
01/2009Todos os normativosdo Sistema, naíntegra, no site daFEBRABAN, parapleno acesso portodos os usuáriosda rede.
Wokshop “Aprimorando oAtendimento nas Agências Bancárias”
03/2009Evento voltado a gestores de qualidadede rede de agências e de varejo, paramostrar em detalhes o trabalho emparceria com o Sistema Nacional de Deesado Consumidor. Nele oi apresentadae discutida a “Diretiva de Atendimentoem Agências Bancárias”.
Campanha “Falandocom seu Banco”
03/2009Anúncios no rádio e na mídiaimpressa que incentivam apopulação a utilizar os canaisde comunicação que os bancoscolocam à disposição de seusclientes, como as agências, osSACs e as ouvidorias.
Cartilha “Use Melhor o seuBanco”
04/2009Dirigida ao público em geral, comorientações e dicas para melhorutilização dos serviços prestadospelos bancos, de modo a propiciar umatendimento mais célere e efcaz.
débito e dois extratos mensais – como aqueles ligados
à poupança, como consultas via Internet e dois saques
mensais. As novas regras determinam que os valores
podem ser alterados a cada seis meses e que a criação de
novas tarias só pode ocorrer com a aprovação do Banco
Central. Os principais objetivos da regulamentação oram
possibilitar a comparação entre os serviços oerecidos
pelos bancos e, assim, aumentar a transparência para as
pessoas ísicas e a escolha consciente entre as oertas
disponíveis. A regulamentação não impede os bancos de
criar pacotes específcos para atender às necessidades
de cada público, às suas estratégias de marketing e à
demanda de seus clientes. Com isso, a concorrência
manteve-se acirrada.
Após dois anos de vigência da regulamentação, um
levantamento elaborado pela FEBRABAN com 20
instituições fnanceiras apontou um balanço geral do
comportamento das tarias bancárias no período. Dos
30 serviços bancários cuja cobrança oi regulamentada,
23 registraram redução de tarias. Os destaques
oram os serviços de transerências entre contas deuma mesma instituição fnanceira no terminal de
autoatendimento e em outros meios eletrônicos
(redução de 42,8%).
As tarias de outros serviços bastante utilizados pelos
clientes também caíram: saque da conta-corrente e
da conta poupança (diminuição de 5,8% para as
transações realizadas nos caixas das agências e de
8,2%, nos caixas eletrônicos); extrato mensal de
conta-corrente ou conta poupança no caixa das
agências (15,8%); e segunda via de car tão de débito
(10,9%). No intervalo de tempo avaliado, apenas seis
serviços registraram aumento nas tarias, como a
conecção de cadastro para início de relacionamento
(56,2%) e o adiantamento a depositantes (4,2%).
Para um serviço (emissão de olha de cheque), a
variação oi zero. Para eeito de comparação, no
período de abril de 2008 a março de 2010, a inação,
medida pelo IPCA, do IBGE, oi de 10,5%.
Outro ponto relevante é o questionamento quanto
à participação das tarias cobradas de pessoas
ísicas em relação às receitas totais das instituições
fnanceiras. Segundo cálculos dos grandes bancos
que atuam no varejo, elas representam apenas um
terço da receita total com tarias. A maior parte
das receitas provém, na verdade, de serviços que
têm crescido de orma expressiva nos últimos anos,como arrecadação, administração de recursos de
terceiros, lançamento de ações, debêntures e notas
promissórias e operações de comércio exterior e
câmbio, como resultado da abertura e da maior
exposição da economia brasileira ao mercado de
capitais e ao comércio internacional.
As tarifas cobradas pelos bancos como remuneração dos serviços prestadossão distribuídas para outros agentes econômicos, ou seja, eles não cam comtodo o recurso. De cada R$ 1 recebido em receitas brutas de tarifas, apenas
12% a 15% são revertidos, efetivamente, em lucro líquido para os bancos
Canais de soluçãoConstruir e manter um relacionamento transp
entre o setor e o Sistema Nacional de Deesa
Consumidor (SNDC) também está entre as m
da FEBRABAN. Para isso, promove a aproxima
e o debate constante de ideias com o SNDC,
participando ativamente de todos os eventos
óruns direcionados aos direitos dos consumid
A contratação de profssionais com experiênc
tema para ocupar ca rgos executivos na entida
tem contribuído para a construção do diálogo
promoção de uma prestação de serviços dent
padrões de conduta que os clientes querem e
que precisam.
A implementação das ouvidorias, criadas pelo
Central em 2007, e as mudanças do SAC (Serv
Atendimento ao Consumidor), regulamentado
Decreto 6.523, em 2008, são exemplos de com
bancos estão trabalhando para rever seu pape
responsabilidades na deesa do consumidor, e
atitude positiva em relação à busca de excelê
nos serviços prestados. Os resultados dos esode adequação às novas regulamentações já
começaram a render bons rutos. O diálogo e
construção de soluções conjuntas para os prin
problemas identifcados representam atores
primordiais desta nova etapa de relacionamen
entre os bancos e o SNDC.
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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A FEBRABAN reconhece que ainda há grandes
desafos, como melhorar a comunicação com
clientes. Em 2009, o lançamento das campanhpublicitárias “Falando com seu Banco” e “Fala q
Resolvo” procurou demonstrar a disposição do
não só em resolver os problemas gerados na p
de serviços, mas também em oerecer ácil ace
às soluções. Por isso, oram apontadas as dier
entre os diversos canais de atendimento dispo
Fundamentalmente, o atendimento teleônico
utilizado para se azer negócios ou operações
a dia – é o chamado “banco por teleone”. Já o
tem como unção receber reclamações e pedid
cancelamentos e dar esclarecimentos sobre pr
serviços oertados ou contratados.
Atualmente, do total dligações recebidas peloSACs dos bancos, asreclamações representaapenas entre 5% e 8% ddemandas dos clientes
Com relação às ouvidorias, o oco da FEBRABA
é entender a dinâmica das reclamações. Os te
que ganham dimensão sistêmica são tratados
pelas comissões da entidade, como é o caso do
consciente do crédito (saiba mais na pág. 37).
meta é criar um sistema de indicadores setori
desempenho dos serviços de atendimento aos
e, assim, poder monitorar de perto os principa
Ainda há grandes desaospara melhorar a comunicaçãocom os clientes
BuscaBanco
ser viço BuscaBanco (www.febraban.org.br/buscabanco), da FEBRABAN,
registrou 4,8 milhões de acessos em 2009, um aumento de mais de 70%
sobre os 2,8 milhões registrados em 2008. A ferramenta foi criada em 2007,
para fornecer informações a respeito de feriados bancários e localizaçãode agências e postos de atendimento. Por meio de mapas e serviços de
localização por satélite, os usuários podem identicar o endereço das cerca
de 19 mil agências e dos 41 mil postos de atendimento, com a opção de
seleção por banco.
32 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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6,7 é a satisaçãomédia dos clientes com os serviçosprestados pelas ouvidorias
problemas. Uma pesquisa inicial, realizada em 2009 ,
pelo Instituto GK Brasil, com uma amostra de 851
pessoas, identifcou que a satisação média dos clientescom o atendimento prestado pelas ouvidorias é de
6,7, numa escala de 0 a 10 pontos. Apesar disso, a
satisação desses clientes com relação ao atendimento
do seu banco de orma geral é de 5,8. O principal
motivo de reclamação está relacionado à defciência
no atendimento prestado na agência, seguido do canal
teleônico. Outros motivos, em ordem de importância,
oram tarias e assemelhados, conta-corrente, cartão de
crédito e operação de crédito.
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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34 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
AGNCIAS
SiteS DOS
BANCOS
CAIAS
EETRôNICOS
E x E M P O S : • C o n s u l t a d e s a l d o s • S a q u e s • T r a n s f e r ê n c i a s
• Ap l i c a ç õ e s • P e d i d o d e t a l ã o d e c h e q u e s
ExEMPOS
• Reclama
ções sob
re
atendime
nto, tarif
as etc.
• Cancelam
ento de p
rodutos
ou serviç
os
• Dúvida
s sobre o
funciona
mento de
produtos
ou serviç
os
• Endereç
os e telef
ones de
ag ências
bancárias
1
2
3
5 4
EXECUÇÃOREGULARDE SERVIÇOS
SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
Custo dachamada
Horário deuncionamento
igaçãotariada e/ougratuita
A critériode cadainstituição
Número da agência,conta, senhapessoal, entreoutros dispositivosde segurança
nasatendeletrô
nasatendatravdireto
Não há obrigatoriedadede identifcação préviapara ter acesso aoatendimento
24 horas por dia,diariamente
igação gratuita
Aten
PROBLEMANÃORESOLVIDO
BANCOPOR TEEFONE
SAC
O cliente deveoptar pelo canalde relacionamentocom o banco, deacordo com suanecessidade
Nos dois casos, o clientepode optar pela redebancária ou pelo si dobanco na inn
Caso o clienteopte por entrarem contatocom o bancopor teleone,há dois tipos decanais distintos:
OUVIDORIARepresenta osinteresses dosconsumidoresdentro da
instituição. Étambém a últimainstância de soluçãodos problemasnão resolvidos noscanais anteriores
Para todas asreclamações e pedidos cancelamento, o clientereceberá um número deprotocolo, para que posacompanhar o andamendo processo. O banco teaté cinco dias úteis paraornecer uma resposta à
demanda do cliente
Identifcação
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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GRI PR6 e PR7: Códigos voluntários de comunicação de mking
Os bancos seguem as diretrizes do Conselho de Autorregulamentação Publicitária
(Conar) e também dos órgãos de regulamentação do setor fnanceiro. Alguns bancos
delegados com serviços públicos seguem também as diretrizes estabelecidas pelo
governo ederal. Em 2009, não houve casos de não conormidade com regulamentos
e códigos voluntários relativos à comunicação de marketing.
Segurança dos clientesOs investimentos do setor bancário na segurança ísica
de seus clientes e uncionários superaram os R$ 7,5
bilhões, em 2009. O resultado é a redução em 73% no
número de casos de roubos a bancos, de 2000 a 2009.
Os investimentos têm como oco o trabalho preventivo
e visam criar cada vez mais difculdades aos criminosos.
O sistema de segurança das agências bancárias está
disciplinado na lei ederal nº 7.102/83 e é fscalizado,
anualmente, pelo Departamento de Polícia Federal.
A FEBRABAN mantém uma comissão técnica de
assuntos de segurança patrimonial que, entre outras
questões, discute práticas e procedimentos relativosà segurança nas agências. A entidade e os bancos
associados têm trabalhado em estreita parceria com os
órgãos policiais na prevenção e repressão dos crimes.
Em 2009, em parceria com a Polícia Militar do Estado
de São Paulo, implementou o programa Conheça o seu
Ofcial, buscando aproximar os gerentes das agências
dos comandantes dos batalhões responsáveis pelopoliciamento nas regiões onde os bancos estão presentes.
O treinamento e capacitação dos vigilantes também
é um dos pontos de atenção do setor. Os cursos de
ormação são regulamentados pela Polícia Federal, que
determina a reciclagem desses profssionais a cada dois
anos. A grade curricular também prevê a qualifcação
dos vigilantes em temas como direitos humanos e
relações humanas no trabalho. Adicionalmente, os
bancos ministram palestras e ormações específcas, de
acordo com suas políticas individuais de segurança.
Mesmo com todas essas iniciativas, muitos inratoresfcam à espera de um consumidor desatento que possa
ser abordado. Por isso, a FEBRABAN tem buscado
reorçar a orientação aos clientes bancários para que
adotem uma atitude segura na utilização dos serviços,
seja dentro das agências ou ora delas, como nos caixas
eletrônicos e ATMs.
Combate aos crimes virtuais
s bancos brasileiros investem,
anualmente, cerca de R$ 1,5 bilhão e
sistemas de segurança eletrônica, o q
inclui o desenvolvimento e a distribuide mecanismos geradores de senhas
instantâneas (tokens), cartões com c
e equipamentos identicadores a par
de biometria. Por meio de uma comiss
técnica especíca sobre o tema e de s
subcomissões, os bancos trocam info
e discutem as medidas que precisam s
adotadas para conter o volume de fra
ação criminosa de hackers.
Em dezembro de 2009, a FEBRABAN a
um convênio com a Polícia Federal pa
troca de informações sobre a ocorrênde crimes eletrônicos em todo o territ
nacional, possibilitando o rastreamen
toda a transação. fato de o Brasil ai
possuir uma lei que reconheça, espec
tipique as fraudes virtuais diculta a
de combate e prevenção a esses crim
Do ponto de vista do consumidor, a
FEBRABAN vem realizando um intenso
trabalho de divulgação na imprensa,
orientações sobre o uso seguro dos se
alertas sobre e-mails suspeitos e uso c
de senhas e recomendação para que o
clientes não façam transações em lan
O treinamento e capacitaçãodos vigilantes das agênciasé um dos pontos de atenção
dos bancos
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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36
Inclusão Financeira
36 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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O crescimento da economia e a implementação de
programas sociais pelo governo estão permitindo ao
Brasil viver uma grande evolução social, marcada pelo
aumento nos níveis de emprego e pela elevação do
poder aquisitivo das classes mais baixas, omentandoo consumo interno das amílias. A emergente classe
C lidera esse movimento, graças à maior renda e
ao acesso à educação, atores que provocaram uma
mudança em seus hábitos e a tornaram apta a utilizar
mais serviços, inclusive os fnanceiros.
A crescente bancarização pode ser constatada pela
evolução no número de contas-correntes, que subiu de
63,7 milhões em 2000 para 133,6 milhões em 2009. O
acesso ao crédito para pessoa ísica também aumentou:
representava 5,5% do PIB em janeiro de 2001 e, em
janeiro de 2010, correspondia a 14,7%. Uma pesquisa
realizada pelo Datapopular em 2009, com pessoas demais de 16 anos, mostra que, do total de contas-
-correntes, 60,2% pertencem à classe C; 25,3%, à classe
D/E; e 14,5%, à A/B. A classe C também lidera em outros
serviços: poupança (57,8%), cartões (61%), planos de
saúde (63,6%) e seguros (61,9%).
Para a FEBRABAN, o acesso ao crédito e aos ser
bancários é, sem dúvida, uma erramenta de inc
social. Com essa visão, a entidade exerce um pa
coordenação e compartilhamento de práticas e
comuns, no que se reere a estimular os bancosoerecer produtos mais adequados aos vários p
clientes. Uma das erramentas que ajudam a no
esse processo é a adesão dos bancos a comprom
e pactos voluntários (saiba mais na pág. 45) qu
contribuem para o desenvolvimento de práticas
produtos e serviços sustentáveis.
Ainda assim, é preciso reconhecer que o eeito c
do aumento expressivo do acesso ao crédito pod
o superendividamento, que compromete a capac
de pagamento dos cidadãos. O consumidor brasi
acredita que sua vida melhorou e que vai contin
melhorando nos próximos anos. Esse otimismo qao uturo estimula as compras a prazo e desperta
necessidade de um planejamento maior dos gas
e de controle dos dierentes meios de pagament
estratégias de educação fnanceira não podem, p
caminhar na direção contrária a esse otimismo.
Educação já
Para prestar serviços à sociedadee prevenir e combater o
superendividamento, um dos eeitoscolaterais da orte expansão docrédito, a FEBRABAN propõe a
disseminação de uma nova culturade educação fnanceira.
Maior acesso223 mil pontos de atendimento ao público (+154%)136 milhões de cartões de crédito (+203%)
35,1 milhões de clientes com acesso à Internet (+200%) Maior bancarização
133,6 milhões de contas-correntes (+54%)91,1 milhões de clientes de poupança (+46%)2,5 bilhões de transações com cartões de crédito (+188%)47,5 bilhões de transações bancárias (+81%)3 bilhões de transações de utilidade pública (+31%)
A bancarização de 2003 a 2009
FEBRABAN – Relatório Anual
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Abertas
Ativas
Evolução das contas simplifcadas
Dez/04 Dez/05 Dez/06 Dez/07 Dez/08 Dez/09
4.021
3.884
6.292
4.467
6.793
4.590
7.622
4.488
9.872
5.772
10.0372%
-1%5.714
Fonte: Bacen/Microfnanças
Variação 2009/2008
A FEBRABAN propõe disseminar uma nova cultura no que serefere à educação nanceira
Serviços à sociedadePor meio da estruturação de uma nova proposta
educação corporativa, composta por quatro rent
atuação, que atendem a públicos distintos (veja b
pág. 39), a FEBRABAN propõe disseminar uma no
cultura no que se reere à educação fnanceira. A é direcionar esorços para a prestação de serviços
sociedade, defnida como um dos pilares estratég
no ortalecimento da imagem da FEBRABAN e d
bancário, de acordo com os resultados de uma p
de opinião realizada com os principais stakeholde
entidade. Em 2009, a iniciativa levou à realização
cursos, que reuniram 2.068 participantes.
O desenvolvimento do projeto, conduzido com a
consultoria de Marisa Pereira Eboli, proessora dou
da Universidade de São Paulo (USP), ainda levou
consideração a experiência acumulada desde 197
pelo Instituto Brasileiro de Ciências Bancárias (IBCormação técnica de profssionais do setor (saiba
na pág. 54) e, principalmente, o reconhecimento
importância de orientar os novos clientes, proven
processo de bancarização, sobre como ter uma bo
com o dinheiro e estabelecer um canal de diálogo
transparente com seu banco sobre os produtos e
oertados, diminuindo, assim, os índices de reclam
Na prática, as iniciativas de orientação fnanceir
existentes hoje para esse público ainda são mui
ocadas em ações de consultoria fnanceira, que
à realidade da maior parte da população. Por iss
FEBRABAN lançou, em março de 2010, o portal
Bolso em Dia (www.meubolsoemdia.com.br), pa
pessoas e amílias a administrar sua vida fnanc
orma consciente, produtiva e saudável. A inova
no ato de aliar educação com práticas de consu
uma linguagem acessível.
38 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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Conheça o portal
No Meu Bolso em Dia, os internautas têm acesso a
planilhas para controle de gastos, dicas para o uso
consciente do dinheiro e inormações a respeito
de produtos e serviços bancários. Com erramentas
e linguagem acessíveis a dierentes segmentos
da sociedade, o portal é de ácil navegação e traz
inormações úteis para todos os perfs de consumidores.
O portal traz ainda jogos, que aumentam a interatividade
e tornam mais ácil e prazeroso o acesso e o uso das
inormações. O Simulador de Sonhos, por exemplo,
é uma erramenta para calcular em quanto tempo,
poupando certa quantia mensal, é possível adquirir
R$ 7 milhõesinvestidos no desenvolvimento do
portal Meu Bolso em Dia
O programa, primeira iniciativa da escola de Cidadania
Financeira, oi orientado e ganhou consistência a partir
de subsídios obtidos por meio de pesquisa qualitativa
realizada pelo Data Popular, com 400 consumidores, que
procurou identifcar e entender os hábitos de consumoe de uso do dinheiro por parte da população. Com
oco na nova classe média, o levantamento constatou
que o brasileiro é cuidadoso na pesquisa de preços e
tem consciência das suas dívidas e dos compromissos
mensais, mas necessita de orientação para controlar
o orçamento na ponta do lápis. Gastos com lazer,
pequenas despesas do dia a dia e imprevistos escapam
do planejamento e do controle do orçamento individual
e amiliar. Isso az com que muitas dessas pessoas e
amílias vivam no limite de seus orçamentos, e qualquer
ato inesperado pode levá-las à inadimplência.
Escola de Formação Prossional: destin
bancários e demais públicos corporativo
escola forma o prossional nas competê
técnicas e comportamentais ligadas ao snanceiro e aos demais setores empresa
s programas abrangem as principais ár
de conhecimento para formar um pross
versátil e preparado para as novas dema
dos negócios.
Escola de Líderes: forma gestores ou pro
que irão exercer liderança no Sistema Fin
Nacional. São programas de média e lon
duração, em nível de extensão e pós-gra
Escola de Cidadania Financeira: busca fo
o cidadão e seus familiares nos princípioeducação nanceira, a m de que esteja
preparados para fazer decisões conscien
quanto ao uso do dinheiro e do crédito e
aquisição de produtos nanceiros.
Escola de Finanças para Públicos Estraté
braço do projeto de educação corporativ
a juristas, jornalistas, sindicalistas e func
do setor público com o objetivo de capa
nos temas nanceiros, com conteúdos e
para cada área de atuação desses pross
A primeira experiência aconteceu em ma
2010, com a realização de um fórum de
para 50 lideranças sindicais, procurando
debater e desmisticar temas como juro
planos econômicos, provisões, lucros e r
dos bancos.
As quatro escolas
A FEBRABAN investiu R$ 7 milhões no desenvolvimento
do portal. O próximo passo é levar esses ensinamentos
para as escolas públicas. Um projeto piloto, do governo
ederal, está capacitando 3 mil proessores em 800
escolas de ensino médio de São Paulo, Minas Gerais,Tocantins, Brasília, Rio de Janeiro e Ceará, como parte
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Ene).
Trata-se de uma iniciativa do Comitê de Regulação e
Fiscalização dos Mercados Financeiros, de Capitais, de
Seguros, de Previdência e Capitalização (Coremec), do
Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e da
Superintendência de Seguros Privados (Susep). De orma
multidisciplinar, o portal www.meubolsoemdia.com.br está
sendo usado como erramenta pedagógica e serviço de
orientação online para a ormação dos proessores.
um bem ou serviço (máquina de lavar, celular, moto,
viagem de lazer e aculdade). Outras sessões do portal
são Orçamento Financeiro, Entenda o Banco, dicas de
como azer economia em datas específcas (Dia das
Mães, Páscoa, Natal), chat com especialistas e dicas de
como comprar melhor (utilizando bônus de cartões e
outros programas de recompensas).
A meta é expandir o acesso da população ao portal
por meio do lançamento contínuo de conteúdos
e serviços de utilidade pública . A estratégia de
divulgação do portal inclui interações nas redes sociais,
como blogs e Twitter.
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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É preciso rever as normas dosprogramas de microcrédito,alinhando-as à nova realidadesocioeconômica do Brasil
GRI FS16: Iniciativas para melhorar a educação fnanceira
Em 2009, a educação fnanceira oi tema de campanhas e materiais de comunicação dos maiores
bancos no Brasil, com a publicação de cartilhas e programas voltados ao público interno. Os bancos
realizaram também parcerias com ONGs para atingir um maior número de benefciados e levar
inormações sobre o consumo consciente de produtos e serviços e divulgar o uncionamento do setor
fnanceiro para empreendedores, alunos de escolas públicas e privadas, universitários e comunidades.
MicrocréditoO setor bancário está comprometido com as ações
do governo ederal para a expansão do microcrédito,
destinado à baixa renda, mas az algumas ressalvas. ALei nº 11.110, de 24/04/2005, que instituiu o Programa
Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO),
estabelece que 2% da média diária dos depósitos à
vista das instituições fnanceiras seja direcionada ao
microcrédito. Esse percentual oi estabelecido sem que
houvesse um estudo aproundado que identifcasse
a demanda por recursos, a localização dos potenciais
tomadores e sua real necessidade, para então defnir
uma política para o setor. Considerando a crescente
atividade econômica, os recursos disponíveis aumentam,
mas o número de tomadores não. O mesmo acontece
com o Microcrédito Rural, do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Prona), cujosrecursos provêm do montante equivalente a 10% da
média diária dos depósitos à vista.
Na visão da FEBRABAN, isso engessa o processo de
repasses, mesmo com as tentativas do Banco Central de
ampliar o emprego desse dinheiro por meio do Depósito
Interfnanceiro de Microcrédito (DIM) e do Depósito
Interfnanceiro Rural (DIR). Com eles, o banco q
tem para quem emprestar nessa modalidade re
os recursos para cooperativas ou outras entidadmicrocrédito. Mesmo assim, ainda fcam retidos
bilhão, no caso do microcrédito direcionado, e R
milhões, no caso da atividade rural, sem aplicaç
atividades produtivas.
Para resolver essas distorções, a FEBRABAN pro
e deende mudanças nas normas, de maneira q
aumentem a efciência do sistema fnanceiro e
aprimorem seus instrumentos, como a revisão d
necessário para o tomador de crédito, em linha
a nova realidade da economia brasileira. Em ter
mais amplos, apoia também a criação do Cadas
Crédito, que compõe um conjunto de medidas apereiçoarão o sistema de crédito brasileiro, co
impactos positivos para toda a sociedade (saiba
lado). Para se ter uma ideia, no caso do microcr
que a inadimplência atinge 28%, não há como a
risco do tomador de dinheiro, uma vez que os b
conseguem obter o perfl de crédito e de endivi
das operações com valores acima de R$ 5 mil.
Quem é quem
Micocédio poduivo oindo:
crédito concedido para o atendimento das
necessidades nanceiras de pessoas físicas
e jurídicas empreendedoras de atividadesprodutivas de pequeno porte. Com ele, é
possível obter recursos para nanciar desde o
capital de giro até a compra de equipamentos.
Para ter acesso ao microcrédito, é preciso
que o empreendedor atenda a uma série de
requisitos, como não ultrapassar determinados
valores em transações no banco nem manter
aplicações nanceiras.
Micofnnçs: modalidade que envolve o
cidadão de baixa renda que é cliente bancário,
mas não é tomador de crédito. Ele usa o banco
para fazer pagamentos e tem conta poupança,seguro e cartão de débito. Vale ressaltar
que há uma linha muito tênue separando
o microcrédito da micronança. No Brasil,
essa questão evolui para a ampla e inclusiva
utilização dos serviços bancários, como o
pagamento, via banco, de tributos e benefícios
aos aposentados e pensionistas.
Micocédio ul: criado em 1999, atende
famílias agricultoras, pescadoras, extrativistas,
ribeirinhas, quilombolas e indígenas que
desenvolvam atividades produtivas no meio
rural. Elas devem ter renda bruta anual
familiar de até R$ 6 mil, sendo que até 70%
da renda pode ser proveniente de outras
atividades além daquelas desenvolvidas no
estabelecimento rural.
40 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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Cadastro de créditoAdotado há décadas por mais de 120 países, como
Estados Unidos, Inglaterra, Chile e Colômbia, o cadastro
único de inormações, ou “positivo”, é uma erramentaimportante para ampliar a oerta de crédito, combater
o superendividamento e promover a inclusão fnanceira.
Atualmente, o sistema de inormações e dados
cadastrais utilizado no Brasil limita-se às inormações
negativas de crédito – quando o indivíduo ou a
empresa interrompeu o pagamento de uma dívida.
Embora relevante, essa inormação é insufciente
quando se trata de avaliar os tomadores de crédito de
orma mais justa e equilibrada, pois omite o histórico
dos bons pagadores e exclui aqueles de alto risco que
já acumularam muitas dívidas, mas que ainda não
alharam em seus pagamentos.
Segundo a IFC (International Finance Corporation),
ligada ao Banco Mundial, em sua publicação Credit
Bureau Knowledge Guide, de 2006, menos de 25% das
pessoas que vivem em países em desenvolvimento
têm acesso aos serviços fnanceiros, enquanto nos
mercados desenvolvidos esse percentual atinge 90%.
Para a FEBRABAN, a regulamentação de um histórico
de crédito acilitaria a concessão de dinheiro a preços
mais adequados aos consumidores e às empresas com
bons antecedentes de pagamentos e, ao mesmo tempo,
garantiria o respeito aos direitos à privacidade e à
veracidade das inormações cadastrais.
Para o médio prazo, a combinação de inormações
positivas contribuiria para a redução agregada dos
spreads bancários, dos quais a inadimplência é um
dos principais componentes (saiba mais na pág. 22),
A regulamentação de um histórico de créditofacilitaria a concessão de dinheiro a preços
mais justos e garantiria o direito à privacidadedas informações dos clientes
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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além de aumentar a concorrência entre institu
fnanceiras. Com base em estudos estatísticos
dados dos cadastros de crédito dos Estados U
a IFC identifcou que a inclusão de inormaçõepositivas nos modelos de rating diminui as tax
inadimplência de 3,35% para 1,9%, uma dier
43% em relação àquelas derivadas de análises
apenas nas inormações negativas. O mesmo e
com inormações da Argentina e do Brasil reve
a inclusão de inormações positivas produziria
diminuição de 22% e 45%, respectivamente, n
inadimplência para os bancos.
As simulações com os dados norte-americano
mostram também que, mantendo-se a taxa de
inadimplência em 3%, a utilização de inorma
positivas az com que o número de créditos apsalte de 39,8% para 74,8%.
Ainda de acordo com a IFC , a partilha de inor
positivas entre os diversos credores proporcion
melhoria da efciência operacional, seja por me
redução dos custos decorrentes da inadimplên
ou pelo aumento nos volumes de empréstimo
novas categorias de clientes. De ato, os cadas
crédito existentes hoje em todo o mundo inclu
maioria dos casos, inormações não só dos ban
também de emissores de cartões de crédito, v
e concessionárias de serviços públicos, como á
energia e telecomunicações. Isso signifca uma
de 38% na taxa de inadimplência dos varejista
outros credores e um aumento de 11% no vol
créditos aprovados.
120 paísesjá adotaram o cadastro únicode inormações
Eeito da inclusão de inormaçõespositivas na taxa de inadimplência(simulação com dados dos EUA)
Eeito da inclusão deinormações positivas novolume de operações aprovadas
Taxa de inadimplência
Taxa de aprovações
3,35%
39,8%
1,9%
74,8%
Inormações negativas
Inormações negativas
Inormações positivas e negativas
Inormações positivas e negativas
Queda de 43% na inadimplência
Aumento de 88
% das aprovações
Fonte: Credit Bureau Knowledge Guide, 2006, IFC
42 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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GRI FS7: Produtos e serviços para beneício social
Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES). Entre elas estão o apoio
a projetos de implantação, ampliação,
recuperação e modernização de empresas(instalações e capacidade produtiva) e
à aquisição de máquinas, equipamentos
e veículos pesados, novos, nacionais e
credenciados. Com oco na redução do
impacto ambiental das pequenas empresas
e no estímulo ao agronegócio sustentável,
são oerecidas, ainda, linhas de crédito para
o apoio a p rojetos de efciência energética
e plantio ou recuperação de orestas para
uso industrial ou agrícola, ou tidas como
áreas de preservação e reserva legal – que
agregam características de efciência e de
boas práticas de produção e preservação.
Alguns bancos desenvolvem projetos
especiais de disseminação de boas práticas
para que pequenas empresas possam
melhorar o uso da tecnologia e aumentar
sua efciência. Uma iniciativa interessante é
a realização de uma consultoria específca
de sustentabilidade, que prevê aplicação
de conceitos de ecoefciência, menor
geração de resíduos e melhor utilização dos
recursos naturais, além da incorporação da
sustentabilidade aos negócios.
Para democratizar o acesso ao crédito, os
bancos vêm desenvolvendo carteiras de
microcrédito a partir da criação de novos
produtos e da adequação das políticas edos processos internos. Mas ainda há um
caminho longo a percorrer, pois a maioria das
instituições fnanceiras ainda tem como oco
apenas o cumprimento da determinação do
Banco Central, que prevê a destinação de
2% do saldo dos depósitos à vista em
operações de microfnanças para a
população de baixa renda (consumo) e para
microempreendedores (produtivo).
Entre as iniciativas atuais de destaque
estão as operações de crédito para
microempreendedores com difculdade deacesso às linhas de fnanciamento tradicionais,
como microcrédito produtivo orientado para a
concessão direta de empréstimos em parcerias
com organizações da sociedade civil (Oscips) –
que operam como instituições de microcrédito
em comunidades carentes. Há também práticas
de concessão de microcrédito para correntistas
com menor nível de renda.
O aumento das opções de crédito para
empreendedores também se dá com o repasse
de diversas linhas de fnanciamento do Banco
Segundo estimativas da IFC,a inclusão de informaçõespositivas na avaliação de crédito
reduziria em 45% a taxa deinadimplência no Brasil
FEBRABAN – Relatório Anual
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Finanças Sustentáveis
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Os bancos no Brasil estiveram atentos às questões da
responsabilidade socioambiental ao longo da década
e aderiram maciçamente a pactos internacionais enacionais. Essa adesão está ligada ao posicionamento
institucional das empresas, ao reconhecimento da
importância desses pactos, à postura ética, à reputação
e à imagem. Alguns exemplos desses compromissos,
assumidos gradualmente e em escala variada pelos
diversos bancos no Brasil, são:
• Princípios do Equador: estabelecem critérios
socioambientais para avaliação de crédito em projetos
que exigem investimentos acima de US$ 10 milhões;
• Pacto Global: orienta as organizações a redefnir suas
estratégias e ações e estabelece dez princípios nas
áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e
combate à corrupção;
• United Nations Environment Programme Finance
Initiative (Unep FI): braço do Programa de Meio
Ambiente das Nações Unidas para o setor fnanceiro.
Sua missão é identifcar e promover as melhores
práticas relacionadas à sustentabilidade. Todos os
membros assinam uma declaração por meio da
qual se comprometem a integrar, cada vez mais, o
desenvolvimento sustentável às suas operações;
• Objetivos do Milênio: os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecem
compromissos aprovados entre líderes de 191 países-
-membros das Nações Unidas em 2000. Para alcançar
os ODM, oram defnidas oito Metas do Milênio:
erradicar a extrema pobreza e a ome, atingir o ensino
básico universal, promover a igualdade entre
e a autonomia das mulheres, reduzir a morta
inantil, melhorar a saúde materna, combateHIV/aids, a malária e outras doenças, garanti
sustentabilidade ambiental e estabelecer um
Parceria Mundial para o Desenvolvimento. O
coletivo deve garantir, até 2015, o atingimen
objetivos;
• PRI: uma das realizações do Unep FI, em con
com o Pacto Global, oi a criação da declaraç
Princípios para Investimento Responsável (PR
sigla em inglês). Com essa iniciativa, o objetiv
que os investidores de todo o mundo incorpo
voluntariamente, aspectos ambientais, sociai
de governança corporativa no momento em
eetuarem suas aplicações;
• Pacto Empresarial pela Integridade e cont
Corrupção: lançado em 2006 durante a Con
Internacional do Ethos, o pacto contém um c
de sugestões, diretrizes e procedimentos para
serem adotados pelas empresas e entidades
relacionamento com o poder público;
• Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho E
no Brasil: criado em maio de 2005, é coordenado
e monitorado pelo Instituto Ethos de EmpresasResponsabilidade Social, pelo Instituto Obse
Social, pela ONG Repórter Brasil e pela Orga
Internacional do Trabalho. Sua missão é impl
erramentas para que o setor empresarial e a
sociedade brasileira não comercializem produ
ornecedores que utilizam trabalho escravo;
Construção coletiva
Com a assinatura do Protocolo Verde,a FEBRABAN dá um passo importante
para incentivar os bancos associadosa adotar práticas que promovam asmudanças necessárias rumo a uma
economia mais sustentável.
FEBRABAN – Relatório Anual
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• Carbon Disclosure Project (CDP): é um requerimento
coletivo ormulado por um grupo de 534 investidores
institucionais responsável pela administração de um
patrimônio estimado em US$ 64 trilhões. O projetooi idealizado para que empresas e investidores em
todo o mundo tenham acesso a inormações sobre o
impacto provocado pelas emissões de gases de eeito
estua e pelas mudanças climáticas nos resultados das
companhias. O CDP é coordenado por uma entidade
sem fns lucrativos fnanciada pelo Carbon Trust,
do governo britânico, e por um grupo de undações
liderado pela Rockeeller Foundation.
A postura da FEBRABAN é de incentivar os bancos
associados a adotar práticas que promovam as
mudanças necessárias aos modelos de negócios e aos
processos internos para que os compromissos com
os diversos pactos sejam, de ato, eetivos. Além de
manter uma comissão técnica específca para tratar do
tema, a entidade deu início, em 2007, a uma série de
encontros conhecida como Caé com Sustentabilidade,
com o objetivo de discutir temas relacionados à
sustentabilidade que aetam o dia a dia dos bancos e
de seus stakeholders. São convidados para o evento
representantes dos bancos associados, de organizações
sociais e governamentais e de ederações e ormadores
de opinião. Em 2009, a FEBRABAN realizou três
encontros, em um total de 15 promovidos em dois
anos, discutindo os pactos e os compromissos do setorbancário, as fnanças sustentáveis e o Fundo para a
Inância e Adolescência, o FIA (saiba mais na pág. 63). A
cada evento, prepara-se uma sistematização do debate,
cujo papel é disseminar e multiplicar conhecimentos
e experiências relatadas durante o encontro. Esses
relatórios estão disponíveis em www.ebraban.org.br.
Protocolo VerdeUm passo mais concreto no compromisso dos bancos
com as fnanças sustentáveis oi dado em abril de
2009, com assinatura de um protocolo de intenções
entre a FEBRABAN e o Ministério do Meio Ambienteconhecido como Protocolo Verde. Ele é ruto do esorço
comum para adotar pol íticas socioambientais que
sejam precursoras, multiplicadoras, demonstrativas
ou exemplares de práticas bancárias e que estejam
em harmonia com o objetivo de promover o
desenvolvimento sustentável.
Para construir e implementar uma agenda comum de
sustentabilidade no setor, alinhada aos princípios e
às diretrizes do Protocolo Verde, a FEBRABAN, com o
apoio da Fundação Getulio Vargas (FGV), deu início, em
2009, à construção de uma matriz de indicadores de
sustentabilidade para as instituições fnanceiras. Além de
criar índices próprios, o projeto irá se inspirar em outras
reerências existentes e reconhecidas no mercado, como
o suplemento setorial para instituições fnanceiras da
Global Reporting Initiative (GRI), os indicadores Ethos/
Princípios do Protocolo VerdeOs bancos signatários comprometem-se a:
Produtos e Serviços: oerecer linhas de fnanciamento e programas que omentem a qualidadede vida da população e o uso sustentável do meio ambiente;
Crédito: considerar os impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e nas
análises de risco de projetos, tendo por base a Política Nacional de Meio Ambiente; Ecoefciência: promover o consumo consciente de recursos naturais e de materiais delesderivados nos processos internos, nas compras e na contratação de serviços;
Engajamento: inormar, sensibilizar e engajar continuamente as partes interessadas (clientes,uncionários e ornecedores) nas políticas e práticas de sustentabilidade da instituição;
Cooperação: promover a integração de esorços entre os bancos signatários do protocolo.
Para implementar uma agendade sustentabilidade do setor, aFEBRABAN está construindo umamatriz de indicadores para asinstituições nanceiras
FEBRABAN e o questionário de avaliação do Índ
Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOV
Além da participação dos bancos associados, es
processo de construção coletiva conta com acolaboração de representantes de organizações
sociedade civil.
O objetivo é oerecer uma erramenta de gestão
trace um diagnóstico do desempenho individua
setorial, avaliando a contribuição dos bancos pa
geração de riquezas com o olhar da sustentabili
Pretende-se ainda que a matriz sirva de instrum
de comunicação e de prestação de contas à soc
incluindo o desenvolvimento de novos produtos
serviços que contribuam para a transição rápida
economia verde e mais inclusiva. Individualmen
os bancos devem confrmar seu comprometime
com as diretrizes do Protocolo Verde. Tornaram-
signatários do documento os bancos Bradesco, C
Citi, Itaú Unibanco, Sara, Santander, BNP Brasil,
Votorantim e Bancoob - Banco Cooperativo do
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Políticas e critérios
Alinhados às principais tendências internacionais, os maiores bancos do
Brasil possuem critérios socioambientais para a concessão de crédito
e a realização de investimentos. As iniciativas, ainda que não incluamtodas as modalidades de operações, buscam integrar os valores de
responsabilidade corporativa – como empréstimos para empresas e
governos, empréstimos para agências de exportação e multilaterais,
fnanciamentos para aquisições, investimentos em participações
acionárias e operações de subscrição de ações e cartas de crédito – ao
dia a dia do setor.
Alguns bancos já possuem políticas específcas para riscos
socioambientais nos fnanciamentos com base em critérios
internacionalmente reconhecidos: os Padrões de Desempenho da
International Finance Corporation (IFC). Esses critérios buscam a
exclusão de clientes que não estejam em conormidade com as
práticas de direitos humanos, como aqueles que utilizam mão deobra inantil ou análoga à escrava. Na gestão de ativos, os bancos
incorporam cada vez mais os critérios dos Princípios para Investimento
Responsável (PRI), que incluem aspectos ambientais, sociais e de
governança para o alcance de melhores retornos de longo prazo e o
desenvolvimento de mercados de capitais mais sustentáveis.
Já os Princípios do Equador são aplicados quando o banco atua na
assessoria de project e corporate nance, o que implica análise e
monitoramento socioambiental de empreendimentos de grande
porte. Nas operações de valor total igual ou superior a US$ 10
milhões, o monitoramento é obrigatório para projetos de alto risco
socioambiental e, conorme necessário, também nos projetos de médio
risco socioambiental. Para a concessão de crédito, os bancos podem
avaliar, ainda, se a empresa atua de orma antiética, identifcando seu
envolvimento com lavagem de dinheiro ou terrorismo, ou ainda se não
desenvolve as melhores práticas ambientais.
Os bancos que não possuem uma política específca para o meio
ambiente e as relações sociais azem reerência à responsabilidade
socioambiental em seu código de ética e na política institucionalde patrocínio.
Avaliação e monitoramento dos riscos
Para avaliar e classifcar os riscos socioambientais nas linhas de
negócios, a erramenta mais utilizada pelos bancos é o questionário
socioambiental, que inclui checagem de inormações relacionadas
a compliance, exigência de licenças ambientais e visitas in loco. Há
bancos que aproundam essas avaliações por meio de análise dos
potenciais riscos socioambientais do cliente, setor ou projeto com a
gestão da prática por equipe especializada, que realiza a pesquisa de
inormações públicas, com consultoria e auditoria independentes e,
quando necessário, com assessoria técnica para o fnanciamento de
melhorias socioambientais.
O processo de auditoriasocioambiental ainda é um desaopara o setor bancário
Já para assegurar que o cliente esteja de ato cumprindo as exigências
socioambientais previstas em contrato, os bancos realizam auditorias
ambientais, visitas técnicas, avaliações das propriedades, monitoramento
das carteiras de crédito e reavaliação dos projetos. Apesar de todas essas
práticas, o processo de auditoria para políticas e riscos socioambientais é
ainda um desafo do setor. A maioria dos bancos não possui verifcação
com oco em sustentabilidade, mas tem a intenção de estruturá-la nos
próximos anos. O objetivo é prevenir riscos e incentivar a adoção de
melhores práticas entre os clientes.
GRI FS1 a FS5 e FS9: Práticas socioambientais
>>
FEBRABAN – Relatório Anual
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Alguns, no entanto, já desenvolvem esse processo para algumas linhas
de projetos, com base nos Princípios do Equador. O destaque é a
aplicação periódica da política de risco socioambiental para o créditopessoa jurídica, com supervisão técnica do comitê de auditoria interno
e aplicação de testes de eetividade. Os resultados dessas avaliações
são reportados aos principais executivos, como os membros do
conselho de administração e do comitê de sustentabilidade.
Capacitação do público interno
A capacitação e o engajamento dos profssionais em políticas
socioambientais é outro desafo para a incorporação e a avaliação de
critérios de sustentabilidade, tornando-se meta estratégica das áreas
de negócio dos bancos. Entre as principais iniciativas existentes estão
treinamentos conceituais e de análise de risco socioambiental para
as gerências de relacionamento, para as auditorias internas e para os
analistas. No entanto, a maioria dos bancos tem como meta ampliara oerta de capacitações para uma parcela maior do público interno.
Em 2009, alguns destaques podem ser evidenciados, como
treinamentos específcos sobre riscos socioambientais para auditorias
internas e para os gerentes de relacionamento de dierentes
segmentos, como atacado, gestão de ativos e compliance. A
capacitação de gerentes e analistas para disseminar a política de risco
socioambiental e promover a avaliação de riscos socioambientais
em toda a área de crédito oi outra importante prática realizada em
2009, com o objetivo de instruir as equipes para identifcar riscos em
grupos econômicos e setores considerados críticos, como de petróleo,
químico, petroquímico, de celulose e siderúrgico.
Tiveram destaque, ainda, as iniciativas de capacitação de
multiplicadores em diversos países latino-americanos e a inserção
de cursos práticos sobre os conceitos e as ações socioambientais
na grade de cursos corporativos. A maioria dos bancos, entretanto,
ainda realiza treinamentos com oco em aspectos relacionados aoscódigos de conduta e campanhas pontuais de conscientização sobre
ecoefciência.
Engajamento de stakeholders
De orma mais ampla, o engajamento e a interação com os
stakeholders são realizados de orma segmentada por uma área
específca dos bancos. Algumas iniciativas já apontam evolução
e buscam contribuir para a educação e a conscientização de
clientes, uncionários e demais públicos sobre temas como fnanças
sustentáveis, uso consciente do dinheiro, mudanças climáticas e boas
práticas de negócio. Mas já há bancos que vão além, com a criação
de áreas de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis e de Gestão
e Monitoramento Socioambiental de Projetos, com o objetivo deauxiliar na geração de negócios, identifcar oportunidades e oerecer
suporte conceitual, estratégico e erramental às áreas comerciais
e de produtos.
Dentre os destaques de 2009, a parceria com organizações de
diversas partes do mundo para fnanciar projetos, pesquisas e
atividades de engajamento e conscientização sobre as mudanças
climáticas tornou-se uma das reerências da atuação brasileira, já
reconhecida internacionalmente. Os maiores bancos participam
também de eventos e óruns de discussão sobre o tema, como os da
FEBRABAN, a Câmara Temática de Finanças Sustentáveis – CTFin, a
Câmara de Mudanças Climáticas – CTClima, o Comitê Brasileiro para
o Pacto Global, o IFC Perormance Standards Community o Learning,
a Reunião Anual dos Princípios do Equador e a Reunião Anual da
Unep FI (United Nations Environment Programme Finance Initiative).
A capacitação e o engajamento dopúblico interno é o desao paraa integração da sustentabilidadeno dia a dia dos negócios
>>
48 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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GRI FS8: Produtos e serviços para beneício ambiental
Os produtos oerecidos pelos bancos têm oco em programas
de fnanciamento, undos de aplicação e cartões de afnidade
com anuidades destinadas a ONGs que se dediquem à questão
ambiental. Entre os destaques estão os undos de ações de empresque compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da
Bovespa e os programas de fnanciamento para conservação do me
ambiente e recuperação ambiental, com o objetivo de regularizar
e recuperar áreas de reserva legal e de preservação permanente
degradadas. Foram criadas, ainda, novas linhas ambientais para o
fnanciamento de reorestamento, o desenvolvimento de sistemas
agroorestais e o investimento em energias renováveis.
Os bancos também oerecem linhas de crédito para a aquisição de
máquinas e equipamentos com taxa de juros reduzida às empresas
que queiram desenvolver processos produtivos mais limpos. Para a
redução do impacto ambiental, há ainda programas voltados para
despoluição de bacias hidrográfcas, compensações ambientais,implantação e manutenção de Unidades de Conservação e uso de
biodiesel e produção orgânica. Existem exemplos de undos criados
para destinar 30% da taxa de administração a ações de redução
da emissão de carbono e também de investimentos relacionados a
índices de créditos de carbono.
Outros dois undos são voltados para o reorestamento. O primeir
deles é um undo de investimento em participações que tem por
objetivo a valorização das cotas por meio de ações ou participaçõe
em empresas que atuem nas áreas de orestamento, manejo
orestal, industrialização, processamento e comercialização de
produtos orestais e demais atividades relacionadas aos setores
orestal e madeireiro. O segundo é um undo de renda fxa que
assegura aos cotistas o direito de receber o valor fnanceiro em rea
reerente aos créditos de carbono gerados por um programa orest
FEBRABAN – Relatório Anual
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O monitoramento do consumo de energia elé
por sua vez, é realizado por quase todos os ban
mas os dados reerem-se, em sua maioria, às u
administrativas. O acompanhamento e a siste
do consumo em agências, caixas eletrônicos e
independentes ainda são uma meta para os pr
anos. Em suas principais unidades, os bancos r
ações de efciência energética com o objetivo propiciar o uso adequado dos espaços e a redu
consumo. As iniciativas estão centradas na sub
de equipamentos e da estrutura de tecnologia
inormação, como a consolidação e a virtualiz
servidores e a certifcação da efciência dos sis
com os selos EnergyStar e Procel. O consumo
energia é realizado por ontes renováveis orne
por concessionárias, totalizando, em 2009, 7.2
GJoules. Os geradores representam uma parce
pequena do consumo total.
Já entre as boas práticas do setor para a dimin
do consumo de água estão os projetos de sub
Promover atitudes que reduzam o consumo de água,
papel e energia e as emissões de gases de eeito estua
em suas operações também az par te das iniciativas
dos bancos. No entanto, eles ainda consomem um
grande volume de papel em campanhas promocionais
e nos escritórios. Somente as seis maiores instituições
fnanceiras do Brasil consumiram, em 2009, mais
de 20 mil toneladas do material em suas unidadesadministrativas. Para reduzir a quantidade de papel para
impressão, os bancos realizam anualmente campanhas
de conscientização dos uncionários, que buscam evitar
o desperdício e racionalizar o uso do insumo. Outra
importante iniciativa envolve a política de compra
do papel. A maior parte dos bancos já dá prioridade
ao material certifcado pelo FSC (Forest Stewardship
Council), seja branco ou reciclado. No entanto, o
monitoramento do consumo de papel para fns
promocionais ainda é um desafo de todo o setor. O
único banco que conseguiu azer o levantamento dessa
inormação em 2009 inorma que o volume utilizado
fcou em mais de 2 milhões de toneladas.
GRI EN1, EN4 e EN8: Consumo de papel, água e energia
Campanhas para evitar odesperdício e políticas de comprasque privilegiem o selo FSC sãoiniciativas dos bancos para oconsumo adequado de papel
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de válvulas de sanitários e a utilização de água de
reúso em torres de rerigeração e na irrigação de
áreas verdes. Em 2009, o consumo de água oi de
5.423.159 m3, sendo a maior parte proveniente da rede
de abastecimento. Nesse total não é considerado o
consumo de água mineral comprada em galões, ainda
utilizado por alguns bancos.
Por outro lado, não oi possível consolidar o volume
de emissões de gases de eeito estua (GEE) do
setor, uma vez que ainda são poucas a s instituições
fnanceiras que realizam o inventário e possuem
metas para a redução dessas emissões. Dentre aquelas
que já têm a prática, destaca-se a utilização do
GHG Protocol Brasil, padronizado e adaptado para
a realidade brasileira, especialmente nas questões
relacionadas à matriz energética e de combustíveis,
bem como a participação no programa brasileiro
do Carbon Disclosure Project (CDP) e na iniciativa
Empresas pelo Clima (EPC), uma plataorma nacional
destinada a criar as bases regulatórias para o processo
de adaptação econômica às mudanças climáticas.Para compensar ou diminuir a s emissões, esses
bancos realizam iniciativas pontuais, como projetos
de reorestamento, compra de créditos de carbono,
campanhas de conscientização e programas que
incentivem o uso do transporte alternativo e solidário,
como a bicicleta e a carona.
As iniciativas de eciência energética contemplamsubstituição de equipamentos, uso adequado dos
espaços e redução do consumo
GRI EN30: Investimentos em proteção ambiental
2009 (em R$)
Tratamento e disposição de resíduos, tratamento de emissões e despesas com compra e usode certifcados de emissão 18.800.840
Educação e treinamento, serviços externos de gestão ambiental, certifcação externa de sistemasde gestão, pessoal para atividades gerais de gestão ambiental e pesquisa e desenvolvimento
3.936.785
Total do indicador 22.737.626
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52
Relações de Trabalho
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Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), o setor bancário encerrou
2009 com aproximadamente 460 mil trabalhadores.Embora tenha sido um ano marcado por incertezas,
principalmente durante o primeiro semestre, em
unção da desaceleração econômica causada pela crise
fnanceira internacional, o quadro total do setor teve
variação abaixo de 0,5%.
A variação reetiu principalmente o movimento de
grandes usões e aquisições de bancos – BB/Nossa
Caixa, Itaú/Unibanco e Santander/Real. As instituições
fnanceiras procuraram absorver seu excedente em
outras áreas de atuação, como negócios e vendas de
produtos. Outro ator undamental que possibilitou
a absorção de profssionais oi o crescimento
orgânico dos bancos, estimulado pelo alto nível de
competitividade no setor.
O esperado crescimento do PIB brasileiro, o ganho de
escala alcançado pelas usões e o aumento nos índices de
bancarização contribuirão para a elevação no número de
agências. Com isso, a FEBRABAN aponta tendênc
aumento na geração de empregos para o setor, t
diretos quanto indiretos, como reexo do aumenatividade também em outros setores da econom
O nível de rotatividade do sistema bancário é con
baixo, quando comparado com as demais categor
profssionais. Ele fca em torno de 7% a 8%, enqu
rotatividade média do mercado de trabalho é de 3
podendo chegar a 120% em alguns setores. O tem
de permanência médio dos profssionais em banc
11 anos, permitindo um bom desenvolvimento de
carreira e o crescimento profssional.
Como estratégia de atração e retenção de tale
bancos têm como oco a contratação na base
desenvolvimento dos uncionários dentro das
instituições fnanceiras. Dentro desse processo
realizadas avaliações de desempenho e potenc
a identifcação dos talentos que são priorizado
programas internos ou externos de desenvolvi
das uturas lideranças.
Celeiro de talentos
A alta escolaridade e o contatodiário com o público e com a
tecnologia avançada criam umdierencial que torna o bancário umdos profssionais mais atraentes do
mercado de trabalho.
GRI A1: Distribuição dos colaboradores por cargo %
Diretoria
Gerência
Chefa/Coordenação
Técnica/Supe
Administrativ
Operacional
Nota: Total de colaboradores 446.920 (dados reporta15 bancos conorme escopo inormado na pág. 69). Testagiários: 29.47838,7%
27,3%
12,6%0,1%
3,7
17,6%
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Mobilidade educacional
Treinamento e desenvolvimNos últimos anos, o perfl do trabalhador ban
mudou signifcativamente. Esse movimento o
na esteira dos avanços tecnológicos, que levar
à substituição das unções burocráticas pelosprocedimentos automatizados. Os bancos pas
a demandar profssionais mais capacitados pa
com processos complexos e com o relacionam
com o consumidor. Com isso, o nível de escol
aumentou, acompanhando a evolução do seto
Alguns atores explicam essa mobilidade educ
como o incentivo dos próprios bancos para m
o nível escolar de seus colaboradores, com a o
de programas de bolsas de estudos, e os desa
as oportunidades de carreira dentro das instit
fnanceiras. Os programas de desenvolviment
permitem ainda o preparo do bancário para e
outras unções no mercado de trabalho. O tree o contato diário com a tecnologia avançada
bancos, aliados à orte ligação com o público,
um dierencial que o torna bem-visto pelo me
aumentando a sua empregabilidade.
Para apoiar seus associados na constante capac
trabalhadores do setor, a FEBRABAN oerece um
de educação corporativa composto por quatro e
atendem públicos estratégicos (saiba mais na pá
Para a Escola de Formação Profssional e a Escol
Líderes, que substituíram os trabalhos desenvolv
pelo Instituto Brasileiro de Ciências Bancárias (IB
entidade teve o cuidado de criar programas de e
que aliassem o desenvolvimento humano à estr
competitiva de cada banco, considerando os asp
técnicos e comportamentais do uncionário, alé
criação de um ambiente avorável ao aprendizad
Escolaridade atual
Outros 0,63% 0,45% 0,79% 1,92% 2,04%
MBA 6,98% 5,58% 8,01% 8,52% 97,96%
Pós-graduação 8,46% 9,00% 14,90% 89,56%
Superior 51,94% 63,98% 76,30%
Médio 24,05% 20,99%Fundamental 7,94%
Fundamental Médio Superior Pós-graduação MBA
Escolaridade admissão
Distribuição de colaboradoresPor região
Região Sul 12,5%
Região Sudeste 62,5%
Região Centro-Oeste 8,6%
Região Nordeste 12,8%
Região Norte 3,4%
Banco de Talentos
Sucesso desde 1994, o Banco de Talentos da FEBRABAN é uma iniciativa de valorização de
pessoas que, além de prossionais do setor bancário, sejam ar tistas amadores. As inscrições
alternam as categorias de fotograa e pintura, nos anos pares, com as de artesanato, esculturae literatura (contos e poesia), nos anos ímpares. Apenas a categoria música é mantida todos os
anos. s trabalhos são escolhidos por comissões integradas por artistas, críticos e prossionais
de destaque nos meios artístico e cultural.
Em 2009, foram 553 inscritos, para as categorias artesanato (15 trabalhos selecionados),
escultura (8), música (11) e literatura (49). Para prestigiar os trabalhos selecionados, 1.000
pessoas estiveram presentes no Citibank Hall, em São Paulo, e assistiram ao espetáculo de
música. De acordo com as estatísticas, o evento já atingiu mais de 22 mil bancários, espalhados
em 150 municípios, de 19 estados do Brasil.
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100 cursosde capacitação são oerecidos pela
FEBRABAN aos trabalhadores do setor
São mais de 100 cursos em 22 áreas de conhecimento,
como gestão de riscos, contabilidade, câmbio e
comércio exterior, agronegócios, gestão de pessoas e
tecnologia da inormação.
RemuneraçãoAs políticas de remuneração comuns a todos os
bancos reerem-se ao piso salarial, aos reajustes
coletivos e a beneícios da convenção coletiva de
trabalho, que são revisados anualmente. As demais
políticas de compensação são específcas de cada
instituição fnanceira, pois variam em unção do
mercado de atuação e das iniciativas para atração e
retenção de seus talentos.
O setor bancário é um dos poucos que realizam
convenção coletiva nacional As demandas sindicais são
estudadas e negociadas a cada ano, por meio da avaliaçãode uma extensa pauta de reivindicações. A negociação
envolve a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN),
braço sindical das instituições fnanceiras, e mais de 230
sindicatos, ligados a variadas correntes trabalhistas. Há
décadas, a negociação ganha visibilidade na época da
data base da categoria, em setembro de cada ano.
Os resultados das negociações geram garantias
mínimas iguais para todos em um contrato coletivo,
como a defnição de patamares de piso salarial,
beneícios e participação nos lucros e resultados
(PLR). A PLR pode representar um signifcativo
aumento na remuneração total do bancário. Um
operador de caixa, por exemplo, pode chegar a
quatro salários, o que representa, se calculado por
meses, um incremento de 30% no salário, vinculado
ao resultado do banco.
Com os avanços tecnológicos, os bancáriostornaram-se mais capacitados para lidar comprocessos complexos e direcionar esforços para orelacionamento com o cliente
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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Promoção da saúdeDesde 1996, a FEBRABAN mantém uma com
com especialistas na área de saúde ocupacion
identifcar problemas comuns aos bancos e p
soluções. Assim, já oram realizados vários pro
e campanhas de prevenção de doenças e con
como aids, LER/DORT e assédio sexual. Anual
os bancos realizam a vacinação em massa do
uncionários contra a gripe, atingindo mais de
mil pessoas e investimentos da ordem de R$
milhões. As negociações com planos de saúde
uncionários e seus amiliares, envolvem cerc
milhão de vidas.
Em 2009, teve início um programa de reabilita
o objetivo de resgatar a autoestima e a conviv
profssional e social dos uncionários aastado
atividades diárias. Por meio de um convênio q
assinado com a Previdência Social, esses profs
passarão por uma avaliação médica para ident
as suas limitações e as possibilidades de traba
próximo passo é identifcar nos bancos ativida
compatíveis com a capacidade laboral e treiná
exercer suas novas unções progressivamente e
prejuízo à saúde.
Canais de denúnciaOs bancos possuem em suas estruturas áreas
especializadas e canais específcos para recebe
denúncias de seus trabalhadores. A Federação
dos Bancos (FENABAN), que representa os sin
patronais do setor, orienta e estimula todos os
GRI HR3 e HR4: Direitos humanos
O tema dos direitos humanos é abordado pelos bancos nos treinamentos sobre
políticas e procedimentos internos, como Código de Conduta e Ética, Políticas de
Contratação de Fornecedores e Políticas de Compras. São adotados também programas
que atendem aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, do Pacto
Global das Nações Unidas e do SA8000, além de iniciativas para o desenvolvimento de
aprendizes e pessoas com defciência e dos Cursos de Libras I e II.
Em parceria com a área de compliance, são realizadas palestras sobre assédio
moral para a prevenção e o tratamento de casos de discriminação. Em 2009, oram
registrados 111 casos, dos quais apenas 13 oram julgados como procedentes.
Denúncias de racismo, assédio moral e comportamento inadequado no ambiente de
trabalho oram apresentadas às ouvidorias internas por colaboradores, pela Comissão
de Ética, por ornecedores e também por anônimos. Como medidas corretivas, oram
adotadas advertências ormais e, em alguns casos, demissões.
O setor bancário é um dos poucos que realizamconvenção coletiva nacional. A participação noslucros e resultados pode representar, no ano, umincremento de quatro salários na remuneraçãode um operador de caixa
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GRI SO4: Casos de corrupção
Para prevenção de casos de corrupção, os bancos possuem uma série de políticas, auditorias
e erramentas de controle. Outra tendência do setor é a segmentação de produtos e serviços
considerados como de risco operacional, que requerem atenção dierenciada nas áreas de
compliance . Para a capacitação do público interno quanto às raudes e à corrupção, os bancosrealizam palestras e treinamentos em temas relacionados à prevenção, além de implementar
programas, grupos e comitês que propõem medidas educativas e ações corretivas nos casos
identifcados. Em 2009, são exemplos de casos registrados pelas instituições denúncias de
uncionários que buscavam vantagens fnanceiras e/ou avorecimento pessoal no relacionamento
com ornecedores e clientes. Todas as transações identifcadas como suspeitas são encaminhadas
a comitês de prevenção e compliance , que, após análises e comprovação de evidências, decidem
medidas corretivas em conormidade com a legislação vigente – como demissões por justa causa,
além de inormar a ocorrência aos órgãos reguladores.
associados a desenvolver esses canais como umaorma de diagnosticar práticas e procedimentos que,
eventualmente, levem a ajustes em suas políticas de
recursos humanos.
Em 2009, a FENABAN sugeriu às representações
sindicais dos bancários a inclusão de uma cláusula de
Prevenção de Conitos no Ambiente de Trabalho na
convenção coletiva anual. Assim, seria implementado
mais um canal de comunicação entre o trabalhador e
seu banco, de maneira a corrigir ou prevenir situações
que apresentem desajuste entre as políticas e as
eventuais práticas na gestão diária do quadro de
profssionais. No entanto, bancos e sindicatos nãochegaram a um consenso, e a cláusula não oi incluída.
A ideia é retornar ao tema na próxima negociação
com a categoria, a partir de agosto de 2010.
1,5 milhãode uncionários e seus amiliaressão cobertos pelos planos de saúde
oerecidos pelos bancos
Os bancários sãotreinados em políticas eprocedimentos internos,que incluem as questõesde direitos humanos
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Diversidade
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A crença de que os bancos são omentadores do
desenvolvimento social do País levou a FEBRABAN
a lançar, em 2008, o Programa de Valorizaçãoda Diversidade, para promover a igualdade de
oportunidades de trabalho para todas as pessoas,
independentemente de raça ou cor, gênero ou
orientação sexual, idade e eventual defciência.
O programa procura realizar ações afrmativas
e posicionar os bancos em um tema sensível à
cidadania, construir coletivamente uma ação de
responsabilidade e gerar iniciativas que sensibilizem
os demais setores da sociedade.
O primeiro passo oi a realização do Censo de
Diversidade, em 2008, com a participação de
17 bancos e mais de 200 mil colaboradores. A
iniciativa inédita, que será renovada periodicamente,
contribui para acelerar o trabalho que já é realizado
individualmente pelos bancos, como a inclusão de
critérios de diversidade nos processos internos de
recrutamento e a inserção de cláusulas de valorização
da diversidade nos contratos com ornecedores
e parceiros. Nesse quesito, um grupo de trabalho
da FEBRABAN pretende realizar pesquisas com os
profssionais de recursos humanos das empresas
que integram a cadeia de valor dos bancos, como
as do segmento de tecnologia e de administração
patrimonial. A meta é preparar um guia prático sobrediversidade que apoie os ornecedores a trilhar o
mesmo caminho das instituições fnanceiras.
Entre os principais desafos identifcados no censo
está a inclusão de pessoas com defciência, o que
levou à implementação, em 2008, do Programa
FEBRABAN de Capacitação Profssional e Inclu
de Pessoas com Defciência no Setor Bancário
iniciativa, única no País promovida por uma erepresentativa setorial, é uma ação afrmativa
FEBRABAN que tem como objetivo garantir a
de profssionais qualifcados para o setor banc
Cerca de 80% das pessoas com defciência no
Brasil têm menos de oito anos de estudo, ato
limitante para o desenvolvimento pessoal e
profssional dessa população.
Em 2009, 497 pessoas participaram do piloto
programa, sendo 48% delas com defciência í
28% visual e 24% auditiva. Elas oram dividida
dois grupos: aprimoramento, concluído em ou
de 2009, e supletivo. Esse segundo grupo receb
em maio de 2010, seus certifcados – todos os
estudantes oram aprovados nos exames. O ín
médio de evasão oi de apenas 4%, com 476 a
completando o curso, sendo 342 no aprimoram
educacional e 134 no supletivo ensino médio.
média no exame do Ministério da Educação (M
de 6,87 – o mínimo exigido para aprovação é 5
Todos os alunos, desde o primeiro dia de aula,
estavam contratados pelos bancos, recebendo
o equivalente ao salário inicial da categoria do
bancários, para uma jornada de quatro horas, dos períodos de escolarização e ormação profs
Esses trabalhadores também têm direito a tod
beneícios assegurados na convenção coletiva,
como vale-reeição, cesta alimentação, par tici
nos lucros e resultados (PLR), vale-transporte,
de vida e plano de saúde.
Quebra de paradigmas
Ao posicionar a diversidade como umvalor transversal, o setor bancário abre
espaço para promover a inclusão sociale aumentar sua capacidade de inovar emelhor atender os seus clientes.
FEBRABAN – Relatório Anual
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Participaram do projeto piloto os bancos BIC, Bradesco,
Citi, Indusval, Itaú Unibanco, Sara, Santander e
Votorantim. A iniciativa contou com a parceria da
Preeitura de São Paulo, por meio das SecretariasMunicipais do Trabalho e da Pessoa com Defciência e
Mobilidade Reduzida, da Universidade Uni Sant’Anna, do
Cursinho da Poli e da Consultoria i.Social. A FEBRABAN
pretende realizar uma nova edição do programa, para
capacitar cerca de 400 pessoas com defciência, em 2011.
Também está nos planos da entidade ormatar um curso
destinado a pessoas com defciência intelectual.
A vez dos jovensAs iniciativas de valorização da diversidade remetem
também à questão da idade. Por isso, a FEBRABAN criou o
Programa Jovem Aprendiz do Setor Bancário, direcionado a
jovens de 14 a 24 anos de idade que estejam cursando ou jáconcluíram o ensino undamental. O programa é conduzido
de acordo com a Lei da Aprendizagem, tem duração de
dois anos e prevê aprendizagem teórica e prática. Ao fm
do treinamento e da qualifcação, o jovem está apto a
trabalhar no próprio banco ou buscar outras oportunidades
no mercado de trabalho.
Para o setor bancário, a aprendizagem é uma associação
de objetivos: além de ser uma oportunidade para
empregar jovens em situação de vulnerabilidade social,
treina profssionais para atuar na base dos bancos, com
possibilidades de crescimento na carreira. No site da
FEBRABAN, há uma cartilha para os bancos cujo objetivo
é oerecer orientações gerais sobre o programa, incluindo a
legislação vigente e uma seção de perguntas e respostas.
Entre 2004 e 2009, os programas desenvolvidos contaram
com a participação de 6 mil jovens. O aproveitamento
tem sido positivo, azendo com que o setor bancá
hoje um signifcativo empregador de jovens inicia
mercado de trabalho. A média de contratação pelo
subiu de 42% no biênio 2004/2006 para 62% ente 2009. A FEBRABAN mantém um Acordo de Coo
Técnica com o Ministério do Trabalho e Emprego
a cada biênio, que determina as metas e as condiç
específcas para a contratação desses jovens apre
setor bancário.
O índice de eetivação dos jovens aprendizes, nos
destaca-se pela capacitação desenvolvida: o progr
abrange 2 anos de aprendizagem, com a duração
4 horas para os adolescentes e de 6 horas para os
compreendendo 25% de aprendizagem teórica e
aulas práticas. Os temas da grade curricular obser
quadro geral, as exigências do Ministério do TrabaEmprego e do Ministério da Educação, abordando
“empresa, empregado, cidadania e globalização”.
Já os temas específcos, voltados à ormação banc
são abrangentes e cobrem desde os conceitos bás
conceituação da “moeda”, a estrutura do sistema
nacional com todas as respectivas políticas, produ
serviços, até a educação fnanceira pessoal.
Mulheres para o topoA presença das mulheres nos bancos já é equivale
homens, segundo dados do Censo de Diversidade
pela FEBRABAN em 2008. Do total de uncionário
do setor, 48,4% são mulheres e 51,6%, homens, e
proporção um pouco abaixo da média nacional da
População Economicamente Ativa (PEA), em que 5
dos trabalhadores são do sexo eminino. As mulhe
maioria nos cargos uncionais (53,3%).
As ações armativas relacionadasà diversidade procuramposicionar os bancos em umtema sensível à cidadania
GRI A13: Indicadores de diversidade
Total de colaboradoresPor aixa etária
Até 30 anos 31,6%
Entre 30 e 50 anos 58,6%
Acima de 50 anos 9,7%
Total de colaboradoresGrupos de diversidade
Negros 15,0%
Pessoas com defciência 1,4%
53,5%46,5%
Composição dos colaboradores por gênero (%)
Homens
Mulheres
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Igualdade racialApesar de alguns bancos já promoverem,individualmente, práticas para a inclusãoe a capacitação de negros, a FEBRABAN ea Secretaria de Políticas de Promoção daIgualdade Racial (Seppir), ligada à Presidênciada República, iniciaram em 2010 um convêniode cooperação para implementar açõesafrmativas que promovam maior participação
dessas pessoas nos quadros de uncionários dosbancos. A proposta pretende também buscar sinergias com outros programas e iniciativas devalorização da diversidade, com recortes comogênero e idade.
O outro lado da moeda na valorização da diversidade é promover a acessibilidade das pessoas com
defciência aos serviços bancários. Em outubro de 2008, a FEBRABAN assinou um Termo de Ajustament
de Conduta de Acessibilidade (TAC) com os Ministérios Públicos Federal e Estaduais de São Paulo e de
Minas Gerais, com a Secretaria Especial de Direitos Humanos e com a Coordenadoria Nacional paraIntegração da Pessoa com Defciência. Em 2009, os estados do Ceará, Paraná e Rio de Janeiro aderiram
TAC Acessibilidade e, até agosto de 2010, outros seis Ministérios Públicos estaduais também ormalizar
sua participação: Rondônia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Bahia, Espírito Santo e Pará.
Mais de 20 bancos (saiba quais no índice remissivo GRI, na pág. 66) vêm realizando as adaptações
necessárias para garantir a adequada utilização dos serviços, em todo o território nacional, por pessoas
com defciência. O número de caixas eletrônicos (ATMs) adaptados já totalizou 76 mil equipamentos e
2009, um crescimento de 118% em relação a 2008. Os caixas eletrônicos adaptados já representam 44
do parque de ATMs do Brasil, composto por 173 mil máquinas.
As principais medidas previstas no TAC são:
• Agências: adaptadas e com atendimento preerencial e instalação de rampas, móveis e vagas especiais
de estacionamento;
• Caixa Eletrônico Universal: no mínimo, um por agência, instalado segundo as normas da ABNT
15.250/2005 e 9.050/2004, com adequação total das máquinas em até dez anos;
• Folhetos e porta-cartões: escritos em braile e alto-relevo e com letras ampliadas, que possibilitarão
o uso de cartões magnéticos;
• Extrato mensal de conta-corrente: escrito em braile ou com caracteres ampliados;
• Internet banking: página adaptada às pessoas com defciência visual que tenham equipamentos
compatíveis (softwares de voz);
• Centrais de atendimento teleônico: pontos de recepção acessíveis às pessoas com defciência auditiv
• Atendimento nas agências: uncionários capacitados com o curso básico de libras.
GRI FS14: Iniciativas para melhorar o acesso de pessoas com defciência
Apesar de o setor bancário remunerar igualmente homens e
mulheres que ocupam a mesma unção, as mulheres ainda
têm rendimento médio por hora equivalente a 77,7% do
que recebem os homens, o total do mercado de trabalhoormal (RAIS 2007 – Relação Anual de Inormações Sociais)
aponta proporção de 56,5% do rendimento masculino no
caso de mulheres que têm curso superior completo e 64,6%
no caso de superior incompleto.
Atualmente, as mulheres representam perto de 40% das
unções de nível técnico superior (gerentes e supervisores).
Vale ressaltar que são os profssionais que ocupam hoje
essas posições que irão comandar os bancos daqui a dez
anos. Ainda assim, a FEBRABAN reconhece que é preciso
ampliar a consciência sobre os desafos e os anseios da
mulher no mercado de trabalho e buscar ações afrmativas
que permitam sua ascensão aos altos cargos executivosem números maiores do que os existentes hoje.
FEBRABAN – Relatório Anual
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62
Investimentos Sociais
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A promoção da cidadania e do desenvolvimentosocial está na agenda da FEBRABAN, seja por meio
de iniciativas implementadas pelos seus bancos
associados ou pelos projetos desenvolvidos pela própria
entidade. Esses temas são debatidos na Comissão
de Responsabilidade Social e Sustentabilidade,
que vem ampliando seu escopo nos últimos anos.
Tradicionalmente voltado para questões relativas ao
investimento social, o grupo passou a tratar de orma
ampla as questões ligadas à sustentabilidade, atuando
de orma transversal em relação às demais Comissões
Técnicas da FEBRABAN. Atualmente, a comissão conta
com 42 representantes, de 28 bancos associados.
O carro-chee das ações institucionais da FEBRABAN
voltadas ao investimento social é a “Campanha pelos
Direitos da Criança e do Adolescente”, criada em
Um olhar adiante
Apesar de já ter avançadosignifcativamente na conscientizaçãosobre a deesa dos direitos das
crianças, os bancos colocam-se emposição de avançar nos mecanismos
de apoio e melhoria das condiçõesda inância no Brasil.
2006. Ela busca estimular os bancos associados,uncionários e outras empresas integrantes de s
de valor a destinar até 1% do imposto de renda
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente
recursos são direcionados para a execução de pr
e projetos que cumpram políticas de atenção ao
da criança e do adolescente, visando à diminuiç
evasão escolar, à promoção da nutrição e da saú
prevenção ao trabalho inantil e a abusos e expl
sexual, entre outros.
A FEBRABAN oerece em seu site um manual t
com inormações sobre o FIA, esclarecendo dú
apoiando a divulgação desse mecanismo legal.
estão à disposição das empresas e pessoas int
uma cartilha e um ôlder inormativo, além do
http://www.ebraban.org.br/fa.
FEBRABAN – Relatório Anual
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A atuação da FEBRABAN também está presente no
Programa de Formação e Mobilização Social paraa Convivência com o Semiárido: Um Milhão de
Cisternas Rurais. Desde o lançamento do projeto, em
2003, os bancos contribuíram com R$ 39,4 milhões
para a construção de 29.629 reservatórios de água,
benefciando 141.533 pessoas em 554 municípios
das regiões Nordeste e Sudeste. A entidade também
oereceu os recursos necessários para o planejamento
e a estruturação do programa, garantindo assim
sua operacionalização e êxito. Apoiou a montagemde 52 unidades gestoras microrregionais e de uma
unidade central, ornecendo automóveis, motocicletas,
computadores e mobiliário.
O projeto, gerenciado pela organização civil AP1MC
(Associação Programa Um Milhão de Cisternas),
é um movimento de articulação e de convivência
Em 2009, os bancos investiram cerca de
R$ 960 mil em projetos com fns sociais.
O oco comum são os recursos destinados
à educação, principalmente nas cidades
e comunidades com maior difculdade de
acesso a escolas de qualidade. Por meio de
seus institutos e undações, investem na
construção de escolas, centros educativos
e centrais de inormática e desenvolvem
cursos presenciais e a distância e materiais
didáticos, além de implantar e disseminar
metodologias e tecnologias educacionais
que visam aprimorar a política pública de
educação no Brasil.
GRI EC8: Investimentos em serviços públicos e projetos voltados para a comunidade
sustentável com o ecossistema do semiárido
nordestino, por meio do ortalecimento dasociedade civil e da mobilização, do envolvime
e da capacitação das amílias. Cada cisterna te
capacidade de armazenar 16 mil litros de água
captada das chuvas por calhas instaladas nos
telhados, e é construída pelos pedreiros das pró
localidades. Com o reservatório em casa, a am
não precisa gastar horas por dia para buscar a á
suja dos açudes ou depender de terceiros. Apre
noções básicas de saúde, higiene e ecologia e n
precisa migrar, além de fcar menos sujeita a do
como amebíase, diarreia, verminoses, tio e cól
Ao completar 6 anos em 2009, o projeto amadue, agora, entra em uma nova ase. A FEBRABAN
alterou o enoque de seu apoio à iniciativa para
torná-lo autossustentável. Nos próximos dois a
ará os últimos aportes fnanceiros para a const
de cisternas e investirá na sistematização da
tecnologia social, na realização de um processo
auditoria independente que verifque sua viabil
e aderência às boas práticas de gestão, em proc
e equipe de marketing . Nos próximos dois anos
concentrará esorços para que a AP1MC esteja a
para captar diretamente os recursos necessários
manutenção e à expansão de suas atividades ju
investidores nacionais ou internacionais. Com is
programa ganhará autonomia e terá continuida
longo prazo. A FEBRABAN considera que esse é
passo tão importante quanto o seu apoio inicia
a estruturação do programa.
Projeto Cisternas
64 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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Indicadores de interesse Impactos avaliados Resultados obtidos
Melhoria no acesso à água Diminuição do tempo médio para buscar água Beber e cozinhar 40 min
Lavar louças e roupas 18 min
Tomar banho 24 min
Incidência de doenças Diminuição da incidência de doenças Asma 3,90%
Chagas 2,60%
Verminoses 4,20%
Dengue 3,60%
Hepatite Não signifcativo
Diarreia Não signifcativo
Frequência escolar e probabilidadede trabalho
Aumento na probabilidade de requentar a escolapara crianças e jovens de 7 a 17 anos Frequência escolar 7,50%
Aumento na probabilidade de trabalho Probabilidade de trabalho Não houve
Mobilização social Part ic ipação em atividades comunitár ia s Pa rt ic ipação dos benefciários em reuniões 28%
Mobilização com vizinhos para resolver problemas comuns 17,50%
Trabalho voluntário 14%
Número de moradores membros de alguma organização 12%
Qualidade da cisterna A água da cisterna é sufciente?
Sim
Não
75%
25%
Divide água da cisterna com outras amílias? SimNão
42%58%
Alguém da amília recebeu treinamento paraconstrução da cisterna?
SimNão
46%54%
Retorno econômico Cálculo baseado no tempo adicional na escola paracada criança e no ganho adicional por ano de escola Taxa Interna de Retorno (TIR) 4,8% ao ano
Avaliação de impactos socioeconômicos
Em 2007, por acreditar na importância da mensuração de resultados como instrumento de gestão, a FEBRABAN investiu na Avaliaçãode Impacto Socioeconômico do Projeto Cisternas. O estudo oi realizado pelos proessores Naércio Menezes Filho (Ibmec São Paulo
e Universidade de São Paulo – USP) e Elaine Pazello (USP) e pela Sensus Pesquisa e Consultoria. Os resultados mostram que, além
de melhorar a saúde das comunidades locais, ao acilitar o acesso à água de qualidade, o programa conseguiu aumentar a requência
escolar entre as crianças e os jovens e permitir uma maior mobilização social da comunidade, que ganhou independência e tempo
para se dedicar a outras atividades, como buscar novas maneiras e técnicas de conviver com o semiárido de orma sustentável. Além
do retorno social, oram medidos os resultados econômicos gerados pelo projeto. O beneício total gerado pelo programa em um ano
chegou a R$ 1 milhão, com uma taxa interna de retorno de 4,8% ao ano, tendo como base o valor investido em 2004.
Além de melhorar a saúde dascomunidades locais, ao facilitar oacesso à água de qualidade, o projeto
Cisternas conseguiu aumentar afrequência escolar e permitir umamaior mobilização social
FEBRABAN – Relatório Anual
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66
Sobre o Relatório
C C+ B B+ A A+
Perfl da G3
Responder aos itens:1.1;2.1 a 2.10;3.1 a 3.8, 3.10 a3.12; 4.1 a 4.4;4.14 a 4.15
Responder a todos oscritérios elencados parao nível C mais:1.2;3.9, 3.13;4.5 a 4.13,4.16 a 4.17
O mesmo exigidopara o nível B
Forma degestão da G3
Não exigidoInormações sobre aorma de gestão para cadacategoria de indicador
Forma de gestãodivulgada para cadacategoria de indicador
Indicadores deDesempenhoda G3 &Indicadores deDesempenhodo SuplementoSetorial
Responder a ummínimo de 10indicadores dedesempenho,incluindo pelomenos um decada uma dasseguintes áreas:social, econômica eambiental.
Responder a um mínimode 20 indicadores dedesempenho, incluindo pelomenos um de cada uma dasseguintes áreas: econômica,ambiental, direitos humanos,práticas trabalhistas,sociedade e responsabilidadepelo produto.
Responder a cadaindicador essencial daG3 e do suplementosetorial, com a devidaconsideração ao Princípioda Materialidade, de umadas seguintes ormas: (a)respondendo ao indicadorou (b) explicando omotivo da omissão.
Conteúdo
do relatório
Com verifc
ação externa
Com verifc
ação externa
Com verifc
ação externa
A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) publica seu primeiro relatório de sustentabilidade
de acordo com os parâmetros da Global Reporting Initiative (GRI). Consideramos que a publicação
atende ao nível C de aplicação das diretrizes, sendo destaque a utilização do suplemento setorial para
o setor fnanceiro. A elaboração do relatório de sustentabilidade GRI da FEBRABAN é parte de um
ciclo de aprendizados para promover o desenvolvimento sustentável do setor bancário.
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O desafo na construção deste panorama setorial oi
consolidar inormações distintas sem perder a legitimidade
do aprendizado e garantir a representatividade do segmento.
Os bancos já respondiam anualmente a um questionário de
dados baseado nos Indicadores Ethos de ResponsabilidadeSocial, e, a partir desta publicação, a FEBRABAN busca a
evolução para o padrão internacionalmente adotado pela
GRI – também já aplicado pelos maiores bancos brasileiros.
Além do alinhamento com as melhores práticas, os objetivos
são é simplifcar processos de preenchimento e envio
de inormações e estabelecer uma base que possa ser
comparada ano a ano.
A defnição dos indicadores a serem relatados em 2009 oi
realizada com a avaliação dos relatórios já divulgados pelos,
bancos, e, como nem todos possuíam dados monitorados
no padrão GRI, oram utilizados os dados já disponíveis.
A publicação busca reerenciar as iniciativas de destaque
das instituições fnanceiras e divulgar as melhores práticas
que contribuam para disseminar o desenvolvimento
sustentável no setor.
Para que o relatório abordasse os assuntos mais relevantes
e de maior impacto para o setor, representantes dos bancos
oram convidados a uma ofcina realizada em 12 de abril de
2010, em São Paulo. Como resultado, oram sugeridos os
temas que norteiam esta publicação – como governança,
educação fnanceira, relações de trabalho e diversidade,
ecoefciência, qualidade do serviço etc. Para cada tema
identifcado, o relatório apresenta o posicionamento daFEBRABAN e as iniciativas institucionais em andamento. Na
reunião, também fcou defnida a avaliação do relatório por
um grupo de especialistas, promovendo, assim, a melhoria
contínua do processo de relato. As pessoas convidadas
são representantes dos principais stakeholders – ONGs,
ornecedores e entidades ligadas ao governo e ao setor.
A coleta de dados para o relatório oi realizada
três etapas distintas. As inormações institucion
ederação oram levantadas em 18 entrevistas
com os gestores de núcleos, e os indicadores G
consolidados a partir de inormações divulgadabancos. Os indicadores buscam dar um panoram
principais impactos sociais, ambientais e econô
dos bancos brasileiros – no período de 1º de jan
31 de dezembro de 2009. No entanto, com a d
da publicação no segundo semestre de 2010, al
inormações qualitativas relevantes do ano ora
incluídas, por contribuírem para a contextualiza
panorama e das iniciativas da entidade.
Todos os bancos associados oram convidados
participar, e enviaram os seus relatórios o Banc
Brasil, o Banrisul, o Bradesco, a Caixa Econômic
o Citi, o HSBC, o I taú Unibanco, o Santander, o
o Votorantim. Na terceira etapa, a FEBRABAN c
todos aqueles que ainda não publicam relatório
para uma ofcina. Participaram representantes
o País – Banco Ala, Banco da Amazônia, Banco
Landen Brasil, Banco do Nordeste, Banco do Es
do Espírito Santo, Banco Indusval, Banrisul, Deu
Bank, Rabobank, Sara e Votorantim. As inorma
reportadas por eles também estão contemplad
nesta publicação.
Considerando que, na composição dos dados, ti
a participação dos maiores bancos do País, assimrepresentantes de médias e pequenas instituiçõ
fnanceiras, é possível estimar uma representati
de mais de 90% dos bancos, se considerarmos o
totais do setor. As dierenças de escopo e as lim
específcas estão observadas nas notas relacion
cada indicador no índice remissivo.
A publicação buscadestacar as iniciativas das
instituições nanceiras
e divulgar as melhorespráticas que contribuampara disseminar odesenvolvimento
sustentável no setor.
90% dos ativostotais do setor estãorepresentados neste relatório
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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Item Assunto Capítulo Página
1 ESTRATÉGIA E ANÁISE
1.1 Declaração do presidente Mensagem da Presidência 2
2 PERFI ORGANIZACIONA
2.1 Nome da organização Perfl Institucional 5
2.2 Produtos e serviços, incluindo marcas Perfl Institucional 5
2.3 Estrutura operacional Governança 10
2.4 Localização da sede da organização Perfl Institucional 5
2.5 Países e região onde a organização atua Perfl Institucional 5
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade Perfl Institucional 52.7 Mercados atendidos Perfl Institucional 5
2.8 Porte da organização Perfl Institucional 5
2.9 Mudanças durante o período coberto pelo relatório Sobre o Relatório 65
2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório *
3 PARÂMETROS PARA O REATÓRIO
3.1 Período coberto pelo relatório Sobre o Relatório 67
3.2 Data do relatório anterior Sobre o Relatório 67
3.3 Ciclo de emissão dos relatórios Sobre o Relatório 67
3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório e a seu conteúdo Apresentação 1
3.5 Defnição do conteúdo do relatório (temas, prioridades e stakeholders) Sobre o Relatório 67
3.6 Limite do relatório Sobre o Relatório 673.7 Limitações específcas quanto ao escopo ou ao limite do relatório Sobre o Relatório 67
3.8Base para o relatório no que se reere a outras instalações que possam aetarsignifcativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações
Sobre o Relatório 67
3.10 Reormu lações de inormações ornecidas em relatórios anteriores Sobre o Relatório 67
3.11 Mudanças signifcativas em comparação com anos anteriores (escopo e/ou medições) Sobre o Relatório 67
3.12 Tabela que identifca a localização das inormações no relatório Sobre o Relatório 68
4 GOVERNANÇA, COMPROMISSO E ENGAJAMENTO
4.1 Estrutura de governança da organização Governança 12
4.2 Presidência do grupo de governança Governança 13
4.3 Porcentagem dos conselheiros que são independentes, não executivos Governança 9
4.4 Mecanismos para acionistas azerem recomendações ao Conselho de Administração Não se aplica –
ENGAJAMENTO DOS StaKeHOLDerS
4.14 Relação dos grupos de stakeholders engajados pela organização Governança 13
4.15 Base para a identifcação e seleção de stakeholders com os quais engajar Governança 14
Índice Remissivo GRI
* 2.10 – Como instituição de classe, a FEBRABAN não se candidata a prêmios e reconhecimentos
68 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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INDICADORES DE DESEMPENHO Escopo Capítulo Página
Essencial EC1 DVA 157 bancos O Setor Bancário em 2009 19
Essencial EC8 Investimento em serviços públicosBanco da Amazônia, Banco do Nordeste,Banco Votorantim, Bradesco, Caixa, HSBC, ItaúUnibanco, Rabobank e Santander
Investimento Social 64
Essencial A1 Total de colaboradores
Banco Ala, Banco da Amazônia, Banco doBrasil, Banco do Nordeste, Banco Mercantil,Banco Votorantim, Banese, Banpará, BNPParibas, Bradesco, Caixa, Citi, Itaú Unibanco,Rabobank e SantanderNota: o total de colaboradores por região éequivalente a 443.681, pois um dos bancosparticipantes não considera os colaboradoresdas unidades externas
Relações de Trabalho 53
Essencial A13 Diversidade
Banco Ala, Banco da Amazônia, Banco doBrasil, Banco de Brasília, Banco Mercantil,Banco do Nordeste, Banco Votorantim, Bancodo Estado de Sergipe, Banpará, BNP Paribas,Bradesco, Caixa, Citi, Rabobank e SantanderNota: na distribuição dos trabalhadores poraixa etária, oi considerado um total de342.518 trabalhadores, de 14 bancos. Já oindicador de gênero considera um universode 348.414 colaboradores, de 15 bancos.Para os negros, oram contemplados 52.492colaboradores, de 12 bancos que reportaramo indicador. Para as pessoas com defciência,o universo oi de 5.072 colaboradores, de 13bancos participantes do indicador
Diversidade 68
Essencial EN1 Materiais consumidosBanco do Brasil, Banco Fibra, Caixa, Citi, HSBC,Itaú Unibanco e Santander
Finanças Sustentáveis 50
Essencial EN4 Total de energia elétrica consumida
Banco Ala, Banco da Amazônia, Banco doBrasil, Banco do Nordeste, Banco Votorantim,BNP Paribas, Caixa, Citi, HSBC, Itaú Unibanco,Rabobank e Santander
Finanças Sustentáveis 50
Essencial EN8 Total de água consumidaBanco Ala, Banco do Brasil, Banco doNordeste, Banco Votorantim, BNP Paribas,Caixa, Citi, HSBC, Itaú Unibanco e Santander
Finanças Sustentáveis 50
Essencial EN30 Investimento em meio ambienteBanco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco doNordeste, Caixa, Itaú Unibanco e Santander
Finanças Sustentáveis 51
Adicional HR3 Treinamento em direitos humanosBanco Ala, Banco do Brasil, Banco Votorantim,Caixa, Citi, HSBC, Itaú Unibanco, Rabobank eSantander
Relações de Trabalho 56
Essencial HR4Número total de casos dediscriminação e as medidas tomadas
Banco Ala, Banco do Brasil, Banco Votorantim,BNP Paribas, Bradesco, Caixa, Citi, HSBC,
Itaú Unibanco, Rabobank e Santander
Relações de Trabalho 56
Essencial SO4Medidas tomadas em resposta acasos de corrupção
Banco Ala, Banco do Brasil, Banco Votorantim,BNP Paribas, Bradesco, Caixa, Citi, HSBC, ItaúUnibanco, Rabobank e Santander
Relações de Trabalho 57
FEBRABAN – Relatório Anual
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INDICADORES DE DESEMPENHO Escopo Capítulo Página
Essencial SO5Posição quanto a políticas públicase participação na elaboração depolíticas públicas e lobbies
Banco Ala, Banco do Brasil, Banco Votorantim,Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco, Rabobank eSantander
Governança 15
Essencial PR6
Programas de adesão às leis, normase códigos voluntários relacionados àcomunicação de marketing, incluindopublicidade, promoção e patrocínio
Banco Ala, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa,HSBC, Rabobank e Santander
Atendimento e Serviçosaos Clientes
35
Adicional PR7
Número total de casos de nãoconormidade com regulamentose códigos voluntários relativos àcomunicação de marketing, incluindopublicidade, promoção e patrocínio,discriminado por tipo de resultado
Banco Ala, Banco Votorantim, BNP Paribas,Bradesco, HSBC, Itaú Unibanco, Rabobank eSantander
Atendimento e Serviçosaos Clientes
35
Setorial FS1 Políticas socioambientaisBanco do Brasil, Banco Brasília, BancoVotorantim, Banpará, Bradesco, Caixa, Citi,HSBC, Itaú Unibanco, Rabobank e Santander
Finanças Sustentáveis 47
Setorial FS2Procedimentos para avaliação eclassifcação de riscos ambientais esociais nas linhas de negócios
Banco do Brasil, Banco Votorantim, Banpará,Bradesco, Caixa, Citi, HSBC, Itaú Unibanco,Rabobank e Santander
Finanças Sustentáveis 47
Setorial FS3
Processos para o monitoramentoda implantação por parte do clientedo cumprimento de exigênciasambientais e sociais incluídas emcontratos ou transações
Banco do Brasil, Banco Brasília, BancoVotorantim, Bradesco, Caixa, Citi, HSBC, ItaúUnibanco, Rabobank e Santander
Finanças Sustentáveis 47
Setorial FS4Capacitação em políticassocioambientais
Banco do Brasil, Banco Votorantim, Banpará,Bradesco, Caixa, Citi, HSBC, Itaú Unibanco,Rabobank e Santander
Finanças Sustentáveis 47
Setorial FS5Interações sobre riscos/
oportunidades socioambientais
Banco do Brasil, Bradesco, HSBC, Itaú
Unibanco, Rabobank e Santander
Finanças Sustentáveis 47
Setorial FS7Produtos e serviços para beneíciosocial
Banco do Brasil, Banco Brasília, Banco doEstado de Sergipe, Bradesco, Caixa, HSBC, ItaúUnibanco e Santander
Inclusão Financeira 43
Setorial FS8Produtos e serviços para beneícioambiental
Banco do Brasil, Banco Brasília, Banco doNordeste, Banco Votorantim, Banpará,Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander
Finanças Sustentáveis 49
Setorial FS9Auditorias de políticassocioambientais
Banco do Brasil, Banco Votorantim, Banpará,BNP Paribas, Bradesco, Caixa, Citi, HSBC, ItaúUnibanco, Rabobank e Santander
Finanças Sustentáveis 47
Setorial FS13Pontos de acesso em áreas poucopopulosas ou em desvantagemeconômica
Disponível no indicador pág. 23 O setor bancário em 2009 23
Setorial FS14 Iniciativas para melhorar o acessoaos serviços fnanceiros de pessoascom defciência
Banco Ala, BMG, Bradesco, Calyon Brasil, Citi,Citicard, Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil,Banco do Brasil/Nossa Caixa, Banco Industrial
e Comercial, Itaú Unibanco, Banco Mercantil doBrasil, Rabobank, Sara, Santander/Real, Bancode Brasília, Caixa Econômica Federal, HSBC,Banco do Nordeste, Banrisul, Sara, Sofsa eBPN Brasil
Diversidade 61
Setorial FS16Iniciativas para melhorar a educaçãofnanceira
Banco Ala, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa,HSBC, Itaú Unibanco, Rabobank e Santander
Inclusão Financeira 40
70 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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Reinaldo Bulgarelli
Especialista em Sustentabilidade
e Responsabilidade Social
Txai Consultoria e Educação
“O tema da valorização da diversidade ganhou relevância no Brasil por meio da atuação dos bancos. Foi o seto
que primeiro compreendeu a importância de agir a favor da diversidade na composição de seu público interno,
bem como a importância de di vulgar essas ações como forma de mobilizar a sociedade. No entanto, ainda é umdesao perceber os públicos-alvos dos programas como clientes ou potenciais clientes. É preciso, assim, ampli
trabalho para o aprimoramento de processos e educação para a diversidade. O não investimento nesses temas
comprometer os bons resultados que estão sendo obtidos, por exemplo, na capacitação de pessoas com deci
A ascensão social da população negra, demonstrada nos dados sobre a nova classe média brasileira, oferec
desaos às empresas em geral e, portanto, aos bancos. O enfrentamento da questão do racismo, com suas
múltiplas faces e impactos no cotidiano das organizações, torna-se cada vez mais estratégico, em sintonia
valores universais de direitos humanos. A mesma relevância tem a questão da mulher, para a qual não há a
justicativa da baixa escolaridade para explicar os números ainda tímidos na ascensão a postos de lideranç
mulheres são maioria na sociedade brasileira e, em pouco tempo, serão maioria na população economicam
ativa, como já acontece em outros países.
O tema do bullying ou assédio moral, bem como outras formas de assédio, deve ser cada vez mais incorporaos programas de valorização da diversidade do setor e dos bancos. Quando analisados os casos que chega
à Justiça, há uma combinação dessa prática com aspectos de intolerância, racismo, machismo e homofobi
entre outros. Algumas características, como raça, deciência, gênero e orientação sexual, geram maior
vulnerabilidade em relação a práticas de assédio. Investir na qualidade das relações e na construção de um
ambiente de trabalho inclusivo e respeitoso é cada vez mais uma exigência que encontra nos programas de
diversidade a possibilidade de maior sucesso.
Além de oferecer dados relevantes para o entendimento da situação atual nos temas tratados no relatório,
também um pouco do histórico das ações e do contexto, o posicionamento e a indicação de melhoria prev
É o melhor relatório do setor realizado até o momento, pela qualidade das informações e pela forma como
contribui para um melhor entendimento dos avanços, dos desaos e dos resultados alcançados na agenda
sustentabilidade, com seus muitos temas. Ele permitirá maior visibilidade do setor e, ao mesmo tempo, ate
ao papel de mobilização da sociedade que esse setor vem realizando nos últimos anos.”
Parecer dos Especialistas
FEBRABAN – Relatório Anual
8/7/2019 RSE - Reporte de Sustentabilidad de FEBRAFAN Brasil 2009
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Roland Widmer
Coordenador do Programa Eco-Finanças e
Membro do BankTrack
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
“A inclusão de declarações de stakeholders no presente relatório é
louvável. Essa consulta pontual pode aumentar a conformidade do
relatório com as diretrizes da GRI, mas o que é necessário mesmo é cultivar um engajamento contínuo com as partes interessadas. Para ilustrar essa
questão, mencionamos a consulta pública sobre o Protocolo de Intenções
assinado pela FEBRABAN e pelo MMA, em que stakeholders zeram
contribuições construtivas e substanciais. Mais de quatro meses depois,
não há retorno sobre o aproveitamento dessas contribuições, e, um ano e
meio após a assinatura do Protocolo, a prática dos bancos continua aquém
dos compromissos assumidos. Nesse sentido, seria bom dar mais ênfase à
transparência e ao engajamento contínuo.
Sobre o conteúdo, o relatório às vezes frisa assuntos sem tocar na essência
dos pontos levantados. Por exemplo, a mera existência de um produto
ou serviço para suposto benefício ambiental (GRI FS8) em si não diz
muito. É essencial conhecer o peso relativo desses produtos dentro das
carteiras e segmentos respectivos. No mais, como o maior impacto dos
bancos na sociedade é indireto, seria bom abordar questões essenciais, a
exemplo da questão das emissões de gases de efeito estufa nanciadas
pelo setor nanceiro. Isso fortaleceria a postura bem-vinda da FEBRABAN
de ‘incentivar os bancos associados a adotar práticas que promovam as
mudanças necessárias aos modelos de negócios e aos processos internos’.”
Aloisio L. P. de Melo
Especialista em Agricultura e Meio Ambiente
Secretaria de Política Econômica –
Ministério da Fazenda
“Parabenizamos a iniciativa da FEBRABAN de divulgação do Relató
Anual 2009, elaborado sob as diretrizes internacionais da Global R
Initiative (GRI). O documento registra o reconhecimento, pelos bque atuam no Brasil, do seu papel diante dos desaos econômicos
e ambientais a serem enfrentados no processo de desenvolviment
Em especial, o capítulo ‘Finanças Sustentáveis’ revela a disposição
dos bancos que atuam no Brasil de assumir compromissos e partic
voluntariamente de iniciativas como os Princípios do Equador, o P
Global, os Objetivos do Milênio e o Carbon Disclosure Project. Des
iniciativas da FEBRABAN de assinatura do Protocolo Verde e de ela
de uma matriz de indicadores de sustentabilidade para as instituiç
nanceiras. Esse capítulo traz ainda interessante mapeamento de
inovadoras no sentido da concretização dos princípios de sustenta
Os avanços relatados apontam para os desaos da disseminação d
iniciativas e do monitoramento da sua incorporação pelos bancos
próximos relatórios poderão trazer novas informações e análises s
os avanços nesse campo, inclusive quanto à incidência dos parâm
ambientais sobre a gestão de ativos, a análise de risco de projetos
processos internos e ainda sobre a interação dos bancos com clien
funcionários e outras instituições.”
72 FEBRABAN – Relatório Anual 2009
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Aerton Paiva
Negócios Sustentáveis
Gestão Origami
“O resultado está bastante consistente. Vejo uma total conexão do setor nanceiro como um agente indut
sustentabilidade, em primeiro plano: seja pelo crédito, pelo segmento de investimentos e mercado de capi
pelo varejo. Mas, como sempre, há muitas oportunidades para aprimoramentos, motivo este que me fez se
crítico (construtivamente) quanto à percepção sobre o primeiro relatório de sustentabilidade GRI da FEBRA
1. Os temas centrais em que o setor nanceiro deve prestar maior atenção quando nos referimos à sustentabili
• Pessoa jurídica (grandes corporações): intensicar a adoção de práticas de análise de risco socioambien
norteadas pelos Princípios do Equador;
• Pessoa jurídica (pequenas e médias empresas): desenvolver aplicações dos produtos bancários para fom
práticas de sustentabilidade;
• Pessoa física: educação nanceira, mas sobretudo a proatividade de antecipar o impacto negativo do cr
demasia quando este compromete o desenvolvimento básico do núcleo familiar.
2. Dado que a premissa do relatório é que seja lido pela sociedade, penso que deveriam evitar conceitos té
como por exemplo o quadro em que é mostrado o Índice de Basileia. Ao mesmo tempo, informar os ativo
o patrimônio liquido etc. sem dar uma noção comparativa global (comparando com outros países) acab
disponibilizar uma informação sem muita praticidade interpretativa.
3. No item ‘Portas Abertas’, quando mencionado que a FEBRABAN busca a melhoria de sua imagem perant
sociedade, penso que a sociedade não está interessada na imagem da FEBRABAN, mas sim na efetividad
ações no que se refere à ponte entre a sociedade e os bancos. Um exemplo disso é o próprio Conselho Co
cuja representação da pessoa física não está ali colocada, sendo que, para tanto, sugiro para o futuro
a participação de um representante do SNDC.
4. Stakeholders da FEBRABAN – Onde estão os clientes pessoa física? Não considero ‘sociedade’ como est
que os demais setores estão ali representados.
5. Por m, mas não menos importante, penso ser necessário a FEBRABAN conduzir a criação de um modeloreporte que permita a comparação da perormance em sustentabilidade entre os bancos. Sei que isso nã
simples, muito menos fácil de se fazer em um ambiente concorrencial como é a realidade vivida pela ent
considerando-se seus integrantes concorrentes em suas atividades. Mas é necessário para o movimento
sustentabilidade avançar na direção almejada. Imagino que se focar nos principais temas e desenvolver
page report’ para o setor seria de grande valia para a sociedade.”
FEBRABAN – Relatório Anual
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Ricardo Algis Zibas
Gerente da Área de Sustentabilidade
KPMG
“Nos últimos anos, é possível notar que as questões relacionadas à sustentabilidade têm permeado, cada vez
mais, as discussões que envolvem o setor nanceiro. Nesse sentido, é visível uma demanda cada vez maior
por parte da sociedade (principalmente nos países desenvolvidos) em relação à prestação de contas e à
transparência na divulgação de informações, especialmente após a crise deagrada em setembro de 2008,em que muitas organizações passaram a contar com o apoio estatal para a continuidade de suas operações,
ou simplesmente deixaram de existir da noite para o dia.
A partir desse contexto, os temas centrais que envolvem o setor nanceiro passaram a exigir não só um maior
controle das demonstrações contábeis, mas também um relato mais detalhado das informações de cunho
não monetário, visando permitir uma análise mais aprofundada das organizações e de sua perenidade.
Assim, alguns temas passaram a ter maior protagonismo, quando falamos desse setor especicamente: o uso
consciente do crédito, o acesso universal aos serviços bancários, a análise dos impactos socioambientais dos
projetos nanciados, a distribuição de valor para a sociedade como um todo e o relacionamento com todas
as partes interessadas, não apenas os acionistas, mas também órgãos reguladores, funcionários, sindicatos e
a sociedade civil em geral.
Dessa forma, este primeiro relatório de sustentabilidade da FEBRABAN é uma iniciativa bem-vinda, pois
caminha na direção de sistematizar e divulgar de forma transparente as questões relativas aos temas de
sustentabilidade discutidos por seus membros. Como todo relatório de sustentabilidade, é o início de uma
jornada, pois o uso de indicadores globais, como no caso da GRI, é também uma forma de mensuração e
gestão das informações socioambientais que permitirá, ao longo do tempo, o aprofundamento nos temas
sensíveis e materiais e a comparabilidade com outras organizações.”
FEBRABAN – Relatório Anual
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CoordenaçãoMário Sérgio Fernandes de Vasconcelos
Diretor de Relações Institucionais
ApoioRicardo Terenzi Neuenschwander
Diretor Setorial da Comissão de Responsabilidade Social e Sustentabilida
Consultoria GRIReport Comunicação
Redação e EdiçãoReport Comunicação
Projeto Gráfco, Diagramação e Produção GráfcaReport Comunicação
IlustraçãoDenis Freitas (página 34)
RevisãoAssertiva Produções Editoriais
Fotos
Banco de Imagens FEBRABAN – págs. 3 (presidente), 5, 13 (superior), 17, 32, 33(inferior), 45, 47, 49 (superior), 56, 60, 61 (esquerda), 62, 63, 64 e 66.
NaLata – págs. 3 (fundo), 7, 8, 9, 10, 13 (inferior), 14, 15, 23, 29, 30, 33(superior), 34, 36, 37, 38, 39, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 57, 58, 59 e 61 (direita).
©Thinkstock – índice, págs. 4, 26 e 49; ©Thinkstock/Stockbyte – págs.16, 28 e62; ©Thinkstock/Yamini Chao – pág.19; ©Thinkstock/Jupiterimages – pág.20;
©Thinkstock/Rayes – pág.21; ©Thinkstock/Felipe Dupouy e ©Thinkstock/
Hemera – pág.41, ©Thinkstock/Jupiterimages – pág.42, ©Thinkstock/JamesWoodson – pág.43, ©Thinkstock/Hemera – pág.44, (inferior).
©iStockphoto/blackred – Capa (números)
Tiragem
1.000 exemplares
Impressão
Garilli Gráca e Editora LTDA.
Papel capa: Couché Fosco Matte, 240 g/m2Papel miolo: Couché Fosco Matte, 115 g/m2
Créditos
Selo FSC
Produto impresso em papel ce
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