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Revista Verde-Oliva Nº 198

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  • BRASLIA-DF ANO XXXV N 195 JAN/FEV/MAR 2008CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITOBRASLIA-DF ANO XXXV N 195 JAN/FEV/MAR 2008CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa F F F F Fortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tursticoursticoursticoursticourstico V V V V Veculo areo No Teculo areo No Teculo areo No Teculo areo No Teculo areo No Tripulado - Vripulado - Vripulado - Vripulado - Vripulado - VANTANTANTANTANT

    Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa 100 anos da Imigrao Japonesa F F F F Fortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tortificaes de Niteri - Patrimnio Tursticoursticoursticoursticourstico V V V V Veculo areo No Teculo areo No Teculo areo No Teculo areo No Teculo areo No Tripulado - Vripulado - Vripulado - Vripulado - Vripulado - VANTANTANTANTANT

  • PUBLICAO DO CENTRO DE COMUNICAOSOCIAL DO EXRCITO (CCOMSEx)

    Chefe do CCOMSEx:Gen Div Adhemar da Costa Machado Filho

    Subchefe do CCOMSEx:Cel Cav QEMA Luiz Felipe Kraemer Carbonell

    Chefe de Produo e Divulgao:Cel QMB QEMA Eduardo Arnaud Cypriano

    CONSELHO EDITORIALCel Inf QEMA Jos Carlos Sappi

    Cel QMB QEMA Eduardo Arnaud CyprianoCel R/1 Jefferson dos Santos Motta

    SUPERVISO TCNICACel R/1 Jefferson dos Santos Motta

    REDAOTC QMB QEMA Ivan Ferreira Neiva Filho

    Maj Art QEMA Ricardo Piai Carmona Cap QCO Regina Clia de Souza Lemos Barros

    ST Ernando Corra Pereira

    PROJETO GRFICO1 Ten QAO Osmar Leo Rodrigues

    1 Ten OTT Aline Sanchotene AlvesST Pallemberg Pinto de AquinoSC Margonete Nazide Nogueira

    COORDENAO E DISTRIBUIOCentro de Comunicao Social do Exrcito

    IMPRESSOGRFICA EDITORA PALLOTTI

    Av. Plnio Brasil Milano, 2145 Passo DAreia90520-003 Porto Alegre-RS

    Fone: (51) 3021-5001

    TIRAGEM30.000 exemplares Circulao dirigida

    (no Pas e no exterior)

    FOTOGRAFIASArquivo CCOMSEx

    JORNALISTA RESPONSVELMaria Jos dos Santos Oliveira RP/DF/MS 3199

    PERIODICIDADETrimestral

    permitida a reproduo de artigos, desde que citada a fonte,exceto das matrias que contiverem indicao em contrrio.

    DISTRIBUIO GRATUITAQuartel-General do Exrcito Bloco B Trreo70630-901 Setor Militar Urbano Braslia/DF

    Telefone: (61) 3415-6514 Fax: (61) 3415-5263www.exercito.gov.br

    [email protected]

    NOSSA CAPALuis Osorio Marqus de Herval

    leo sobre tela de Joaquim Rocha FragosoFoto: 2 Sgt Everaldo Ferreira Martins/AMAN

    CCCCC ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Gen Div Adhemar da Costa Machado FilhoChefe do CCOMSEx

    aros leitores, A Revista Verde-Oliva vem, em sua 196 edio, renovar seu objetivo de oferecer-lhe uma

    leitura agradvel e informativa sobre o Exrcito Brasileiro. Para tal, os integrantes do Centro deComunicao Social do Exrcito prepararam, juntamente com nossos colaboradores, interessantesmatrias que abordam a nossa Histria, nossos heris e nossas Organizaes Militares.

    No ano do Bicentenrio do Marechal Manoel Luis Osorio, Marqus do Herval, a RevistaVerde-Oliva presta homenagem especial a um dos principais chefes militares brasileiros do ScXIX. Osorio foi um dos mais destacados comandantes brasileiros na Guerra do Paraguai, sendoconsagrado como Patrono da Arma de Cavalaria do Exrcito Brasileiro. Apresentamos a sua vida,as homenagens pstumas e as comemoraes do aniversrio dos 200 anos de seu nascimento.

    Na rea da Cincia e Tecnologia, apresentamos um interessante artigo sobre a pesquisa e odesenvolvimento do Veculo Areo No Tripulado realizados pelo Centro Tecnolgico do Exrcito,para fins de aplicao dual desse material.

    Na seqncia, mostramos o simbolismo que envolve a promoo dos Oficiais-Generais denosso Exrcito, incluindo sua histria e seu significado para a Fora Terrestre.

    No campo turstico, relatamos a exuberncia dos fortes em que se instala a Artilharia Divisio-nria da 1 Diviso de Exrcito, em Niteri (RJ), bem como a beleza pantaneira prxima ao2 Batalho de Fronteira , em Cceres (MT).

    A mo amiga do Exrcito Brasileiro se faz presente no semi-rido nordestino com a OperaoPipa, coordenada pelo Comando Militar do Nordeste, quando relatamos os trabalhos essenciais deapoio populao para atenuar os efeitos da seca na regio.

    O 1 Regimento de Cavalaria de Guardas, sediado em Braslia (DF), comemora, este ano, osseus 200 anos de criao. Em nossa matria apresentamos a sua origem, misso e participao naHistria do Brasil, desde o reinado de D.Joo.

    Um sistema de segurana eficiente e eficaz foi estabelecido na Vila Militar do Rio de Janeiro. Ele baseado na vigilncia eletrnica controlada pelos centros de monitoramento distribudos nasOrganizaes Militares dessa Guarnio.

    O relato de militares brasileiros que estiveram no Iraque aps a Guerra do Golfo permitevisualizar a complexidade desse conflito histrico e a atuao de integrantes de nossa Fora naComisso Especial das Naes Unidas (UNSCOM) para a eliminao das possveis armas dedestruio em massa existentes naquele pas.

    O trabalho de nossa Engenharia de Construo executado em consonncia com os estudosdo Centro de Excelncia em Engenharia de Transportes (CENTRAN) por meio de projetos dire-cionados para a evoluo tecnolgica com enfoque na proteo ambiental, justia social e riquezanacional. As aes da Engenharia do Exrcito tambm se fazem presentes na fronteira norte, ondeo 6 Batalho de Engenharia de Construo est finalizando a construo de uma ponte sobre oRio Itacutu, que ligar o Brasil Guiana, integrando e desenvolvendo essa regio.

    Homenageamos os 100 anos da imigrao japonesa no Brasil em uma matria com interes-santes depoimentos de descendentes de japoneses que integram o Exrcito Brasileiro e relatamsua histria e de seus antepassados.

    Na ltima matria, destacamos os feitos hericos do General Joo Manoel Menna Barreto,que tomou parte de diversas campanhas e combates no Rio Grande do Sul.

    Desejamos uma boa leitura e at a prxima edio!

  • 44444 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    12 12 12 12 1288888

    7 7 7 7 7Bicentenrio deBicentenrio deBicentenrio deBicentenrio deBicentenrio deNascimento doNascimento doNascimento doNascimento doNascimento do

    OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio

    Morte, Exumao eMorte, Exumao eMorte, Exumao eMorte, Exumao eMorte, Exumao eTTTTTranslado dosranslado dosranslado dosranslado dosranslado dosRestos mortaisRestos mortaisRestos mortaisRestos mortaisRestos mortais

    1 1 1 1 1VVVVVeculeculeculeculeculNo TNo TNo TNo TNo TVVVVVAAAAA

    34 34 34 34 34Sistema deSistema deSistema deSistema deSistema deVigilnciaVigilnciaVigilnciaVigilnciaVigilncia

    Eletrnica daEletrnica daEletrnica daEletrnica daEletrnica daVila Militar doVila Militar doVila Militar doVila Militar doVila Militar do

    Rio JaneirRio JaneirRio JaneirRio JaneirRio Janeirooooo

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    BrasileirBrasileirBrasileirBrasileirBrasileiros noos noos noos noos noIraqueIraqueIraqueIraqueIraque

    26 26 26 26 26TTTTTurismourismourismourismourismo

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    1 Regimento de1 Regimento de1 Regimento de1 Regimento de1 Regimento deCavalaria de GuarCavalaria de GuarCavalaria de GuarCavalaria de GuarCavalaria de Guardasdasdasdasdas

    200 anos de sua200 anos de sua200 anos de sua200 anos de sua200 anos de suacriaocriaocriaocriaocriao

    Marechal ManoelMarechal ManoelMarechal ManoelMarechal ManoelMarechal ManoelLuis OsorioLuis OsorioLuis OsorioLuis OsorioLuis Osorio

  • 55555 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    22 22 22 22 22Operao PipaOperao PipaOperao PipaOperao PipaOperao Pipagua para ogua para ogua para ogua para ogua para oSemi-ridoSemi-ridoSemi-ridoSemi-ridoSemi-ridoNorNorNorNorNordestinodestinodestinodestinodestino55555lo areoo areolo areoo areolo areoTTTTTripuladoripuladoripuladoripuladoripuladoANTANTANTANTANT

    18 18 18 18 18PrPrPrPrPromoo deomoo deomoo deomoo deomoo deOficiais GeneraisOficiais GeneraisOficiais GeneraisOficiais GeneraisOficiais Generais 20 20 20 20 20FFFFFortificaes deortificaes deortificaes deortificaes deortificaes de

    NiteriNiteriNiteriNiteriNiteriPatrimnioPatrimnioPatrimnioPatrimnioPatrimnioTTTTTursticoursticoursticoursticourstico

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    Excelncia emExcelncia emExcelncia emExcelncia emExcelncia emEngenharia deEngenharia deEngenharia deEngenharia deEngenharia deTTTTTransportesransportesransportesransportesransportes

    44 44 44 44 44100 anos100 anos100 anos100 anos100 anosda Imigraoda Imigraoda Imigraoda Imigraoda ImigraoJaponesaJaponesaJaponesaJaponesaJaponesa4848484848PPPPPonte sobreonte sobreonte sobreonte sobreonte sobreo Rio Itacutuo Rio Itacutuo Rio Itacutuo Rio Itacutuo Rio ItacutuIntegrao eIntegrao eIntegrao eIntegrao eIntegrao e

    DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento 5050505050PPPPPersonagem deersonagem deersonagem deersonagem deersonagem deNossa HistriaNossa HistriaNossa HistriaNossa HistriaNossa HistriaBrigadeirBrigadeirBrigadeirBrigadeirBrigadeirooooo JooJooJooJooJoo

    Manoel Menna Barreto Manoel Menna Barreto Manoel Menna Barreto Manoel Menna Barreto Manoel Menna Barreto

  • 66666 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Por oportuno, toda equipe Verde-Oliva est de parabnspelos artigos que esto contidos no exemplar da N 194,na qual esclarece a todo cidado que a l que a ForaTerrestre Brasileira educa sua tropa, bem como se adestra,preocupada com a preservao do meio ambiente.

    Algo que, importante destacar, no coisa de agora.Certamente quem filho de militar - como eu - se lembraque j nos anos 80, nos quartis, era possvel ler avisosestimulando o uso racional dos meios, como o famoso "aluz que voc apaga o Exrcito no paga"; uma forma simplesde educar e que, sem sombra de dvidas, geraram muitosfrutos".

    Luiz Eduardo ParreiraAdvogado - Presidente do Instituto para o

    Desenvolvimento Socioambiental Pantanal Sul

    Parabenizo os integrantes da Revista Verde-Oliva pelaexcelncia da qualidade no contedo das matrias veiculadasna edio de n 194, versando sobre o meio ambiente".

    Andr Freitas PintoMajor - CMM - Manaus

    Ol, meu nome Amanda e sou estudante da Univasfdo curso de Arqueologia. Recentemente conheci a RevistaVerde-Oliva e adorei! Gostaria de saber como fao paraadquiri-la, e se possvel gostaria de receber a edio Out/Nov/Dez de 2007, que traz uma reportagem muito boasobre meio ambiente, cuja cadeira estou pagando!!!"

    Amanda CavalcanteEstudante - Cachoeirinha - PE

    Prezados Senhores,Cordiais Saudaes,Agradeo a deferncia da remessa da Verde-Oliva, a

    revista cuja leitura me mantm informado sobre o nossoExrcito e ao qual me mantenho afetivamente ligado, mercdas gratas recordaes que tenho em que, soldado, vestiaorgulhoso a farda de nosso Exrcito.Sobre a Revista, peo permisso ao Exmo. Sr. General IranCarvalho, meu antigo Comandante na Companhia deEngenharia Aeroterrestre, para fazer minhas as suaspalavras, no Espao do Leitor, da revista nmero 194. que no saberia, eu, fazer melhor, e com ele concordoplenamente".

    Antonio Luiz dos ReisRio das Ostras - RJ

    Prezados Senhores,Como colecionador de distintivos de bolso do ExrcitoBrasileiro, tenho na VO excelente fonte de informaespara o meu acervo. E como ex-militar, ainda afetivamentevinculado Fora Terrestre, considero de extremaimportncia a leitura da revista, como forma de manter-me em dia com o que vai pela Instituio. Acrescento querecebo a VO porque, generosamente, precioso amigo deralo e gag no CFS 70, cadastrou-me como 'assinante'.Muito Obrigado"

    Reinaldo Costa MouraCampinas - SP

    Estou escrevendo para pedir ou como conseguir arevista Verde-Oliva,... Trabalhei de voluntrio no Tiro-de-Guerra de Esprito Santo do Pinhal em So Paulo e sempreganhava do Sargento uma revista. Agora estou emFlorianpolis e h um ano no recebo essa tima revistado Exrcito que eu amo muito... ainda posso recebergratuitas essas revistas?"

    Walmor Raulino JniorFlorianpolis - SC

    Ilustre leitor, este espao reservado para voc. Aproveite!Para fazer o melhor, precisamos da participao e da opinio de vocs.

    Equipe da Revista Verde-Oliva

  • 77777 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Inspiraopara os jovense para os velhossoldados

    Marechal-de-Exrcito Manoel Luis OsorioManoel Luis OsorioManoel Luis OsorioManoel Luis OsorioManoel Luis Osorio,e tambm Marqus de Herval, ou simplesmen-te o General OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, foi um dos principaischefes militares brasileiros do Sculo XIX. Fez-se presente em todas as campanhas travadas

    pela manuteno e configurao de nossas fronteiras sul eoeste empreendidas contra os revoltosos farroupilhas e con-tra os vizinhos argentinos, uruguaios e paraguaios.

    Nasceu em 10 de maio de 1808, na ento Vila de Nos-sa Senhora da Conceio do Arroio, atual Osorio (RS), emlocal transformado em Parque Histrico com o seu nome.

    Filho do militar Manoel Luis da Silva BorgesManoel Luis da Silva BorgesManoel Luis da Silva BorgesManoel Luis da Silva BorgesManoel Luis da Silva Borges e deAna Joaquina Lusa OsorioAna Joaquina Lusa OsorioAna Joaquina Lusa OsorioAna Joaquina Lusa OsorioAna Joaquina Lusa Osorio, foi criado na fazenda doav materno, onde a dureza da vida no campo e seu talentonato para as atividades agrestes forneceram-lhe a matria-prima para a forja do grande lder e chefe militar.

    Em 1823, com 15 anos incompletos, assentou praana Cavalaria da Regio de So Paulo. Contrariado, o fezpara agradar ao pai, pois tinha interesse de estudar. Entre-tanto, depois que prestou o compromisso Bandeira, trans-formou-se completamente, compenetrando-se da responsa-bilidade que havia assumido.

    Teve o seu batismo de fogo margem do Arroio Migue-lete, nas proximidades de Montevidu, na Guerra da Con-solidao da Independncia. Em 1866, na Campanha daTrplice Aliana, destacou-se na Batalha de Tuiuti, quandoproferiu a clebre frase fcil a misso de comandarhomens livres: basta mostrar-lhes o caminho do dever em sua ordem do dia.

    Manteve uma slida e ntima amizade com o Duque deCaxiasCaxiasCaxiasCaxiasCaxias. Essa amizade trouxe benefcios para o Exrcito tantona boa conduo das operaes nas guerras externas do IIReinado quanto no trato dos interesses da Fora Terrestrejunto aos polticos da poca. Lamentavelmente, ambos fo-ram vtimas de intrigas polticas que chegaram a lhes abalara amizade, mas nunca o respeito e a admirao recprocos.

    Em 1877, o General Osorio Osorio Osorio Osorio Osorio foi escolhido Senador doImprio.

    Por decreto de n 51429, de 13 de maro de 1962,foi consagrado Patrono da Arma de Cavalaria, em cujo seiodespontou como o lder de combate mais bravo e audaz,querido e carismtico do Exrcito, a ponto de ter sido onico a concorrer com o Duque de Caxias Caxias Caxias Caxias Caxias consagraocomo Patrono do Exrcito.

    Faleceu em 04 de outubro de 1879, no Rio de Janeiro,em pleno desempenho da funo de Ministro da Guerra doImprio do Brasil.Sentando Praa - ASentando Praa - ASentando Praa - ASentando Praa - ASentando Praa - Acercercercercer vo do 5 RCMec, Quara/RSvo do 5 RCMec, Quara/RSvo do 5 RCMec, Quara/RSvo do 5 RCMec, Quara/RSvo do 5 RCMec, Quara/RS

    O

    MarechalMANOEL LUISOSORIO

    Compromisso Bandeira pelo jovem OsorioCompromisso Bandeira pelo jovem OsorioCompromisso Bandeira pelo jovem OsorioCompromisso Bandeira pelo jovem OsorioCompromisso Bandeira pelo jovem Osorio

  • 88888 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    BICENTENRIO DE

    O 200 ANIVERSRIOO 200 ANIVERSRIOO 200 ANIVERSRIOO 200 ANIVERSRIOO 200 ANIVERSRIOExrcito Brasileiro, com o objetivo de cultuar amemria do Legendrio Marechal ManoelMarechal ManoelMarechal ManoelMarechal ManoelMarechal ManoelLuis OsorioLuis OsorioLuis OsorioLuis OsorioLuis Osorio, vem, desde o incio do ano de2008, celebrando o Bicentenrio de Nascimentodo Patrono da Arma de Cavalaria. Figura ilustre

    de notvel carreira militar, o Marechal Osorio encarnou,em vida, os ideais de coragem, arrojo e habilidade no com-bate que o inseriram na Histria do Brasil como um deseus personagens mais significativos, um de nossos gran-des vultos nacionais.

    A manuteno da Memria Nacional por meio da di-vulgao de uma figura que, ainda hoje, cultuada pelogrande pblico e tem sua imagem multiplicada em monu-mentos, livros, revistas, o grande objetivo de todas asatividades ligadas s comemoraes dos duzentos anos denascimento do Patrono da Cavalaria. Afinal, para oEstado do Rio Grande do Sul e para o Brasil, o MarechalManoel Luis OsorioManoel Luis OsorioManoel Luis OsorioManoel Luis OsorioManoel Luis Osorio permanece como consulta

    A data mais feliz da minha vida seria aquela em que dessem a notcia de que os povosA data mais feliz da minha vida seria aquela em que dessem a notcia de que os povosA data mais feliz da minha vida seria aquela em que dessem a notcia de que os povosA data mais feliz da minha vida seria aquela em que dessem a notcia de que os povosA data mais feliz da minha vida seria aquela em que dessem a notcia de que os povoscivilizados festejam sua confraternizao queimando seus arsenaiscivilizados festejam sua confraternizao queimando seus arsenaiscivilizados festejam sua confraternizao queimando seus arsenaiscivilizados festejam sua confraternizao queimando seus arsenaiscivilizados festejam sua confraternizao queimando seus arsenais

    O

    obrigatria quele que deseja se debruar sobre os fatoshistricos ocorridos no Pas e na Amrica do Sul, na crti-ca fase da transio de antigas colnias luso-espanholaspara naes independentes e progressistas.

    AS COMEMORAES NO MBITOAS COMEMORAES NO MBITOAS COMEMORAES NO MBITOAS COMEMORAES NO MBITOAS COMEMORAES NO MBITODO CMSDO CMSDO CMSDO CMSDO CMS

    Na rea do Comando Militar do Sul (CMS), todas asGrandes Unidades, Unidades e Subunidades de Cavalariadedicaram-se a prestar as justas homenagens ao seuPatrono.

    As comemoraes tiveram incio com uma formaturano Monumento ao General OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, situado Praa daAlfndega, Porto Alegre (RS), no dia 12 de maro, quecontou com a presena de autoridades civis e militares,alm de grande pblico local. Na ocasio, o Monumentoao "Legendrio" recebeu uma corbelha de flores.

    A seguir, no Anfiteatro Pr-do-sol, houve a apresen-tao de equipe de volteio e do tradicional Carrossel Mili-tar - caracterstica apresentao na qual os cavalos se po-sicionam formando figuras de grande simbolismo para aCavalaria, revivendo a evoluo da Arma.

    Ainda celebrando OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, o Museu Militar do CMSe o 3 Regimento de Cavalaria de Guarda (3 RCG) expu-seram a mostra "Osorio 200 Anos", a fim de divulgar avida daquele que foi um soldado exemplar e um polticode grande destaque no cenrio brasileiro. A exposio foi

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    NASCIMENTONASCIMENTOBICENTENRIO DE

  • 99999 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Nunca se deve descuidar de manter a capacidade de movimento de um ExrNunca se deve descuidar de manter a capacidade de movimento de um ExrNunca se deve descuidar de manter a capacidade de movimento de um ExrNunca se deve descuidar de manter a capacidade de movimento de um ExrNunca se deve descuidar de manter a capacidade de movimento de um Exrcito e,cito e,cito e,cito e,cito e,muito menos, enfraquec-lo na sua Cavalariamuito menos, enfraquec-lo na sua Cavalariamuito menos, enfraquec-lo na sua Cavalariamuito menos, enfraquec-lo na sua Cavalariamuito menos, enfraquec-lo na sua Cavalaria

    aberta, oficialmente, no dia 3 de abril, nas dependnciasdo prprio Museu.

    A 6 Diviso de Exrcito (6 DE) coordenou toda alogstica para o desenrolar da Cavalgada em Comemora-o ao Bicentenrio de Nascimento do Marechal OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio,evento que contou com a presena da imprensa local e deintegrantes dos movimentos tradicionalistas; e que amaior cavalgada j realizada por militares no Brasil.

    A CAA CAA CAA CAA CAVVVVVALGADALGADALGADALGADALGADAAAAA

    A Cavalgada teve incio no dia 10 de abril, a partir dacidade de Jaguaro (RS). Dela participaram 31 cavaleiros 21 dos quais militares, conduzindo os smbolos dasOrganizaes Militares de Cavalaria dos Estados doParan, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e mais 10integrantes do Instituto Cavaleiro Farroupilha. Em algunstrechos, juntaram-se marcha cavaleiros do MovimentoTradicionalista Gacho.

    Dois dias depois, a Cavalgada alcanou Uruguaiana(RS), de onde seguiu por um itinerrio percorridoanteriormente pelo Marechal OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio: Pelotas, Quara,Santana do Livramento, Bag, Dom Pedrito, Caapavado Sul, Cachoeira do Sul, Rio Pardo, Porto Alegre eTramandai. O evento contou com o apoio logstico detodas as Unidades de Cavalaria das cidades que acolhe-ram os cavaleiros. A chegada ocorreu no dia 08 de maio,no Parque Histrico Marechal Manoel Luis OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, emTramanda (RS).

    O LIVRO OSORIOO LIVRO OSORIOO LIVRO OSORIOO LIVRO OSORIOO LIVRO OSORIOEm cerimnia bastante prestigiada, na data de 30 de

    abril, houve o lanamento do livro OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, obra de dis-tribuio gratuita, que veio a pblico simultaneamente exposio de painis e pertences do Marechal.

    A ocasio foi prestigiada por autoridades civis e militares, egrandemente abrilhantada pela presena da tataraneta do Ma-rechal, Glria OsorioGlria OsorioGlria OsorioGlria OsorioGlria Osorio, que cantou a "Cano da Cavalariaacompanhada pela fanfarra do 3 RCG.

    A obra vem acompanhar algumas outras, j clssicas quetratam muito de perto a biografia de OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio: os dois volu-mes escritos por seu filho Fernando OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, e os cinco volu-mes sobre a Guerra do Paraguai, de autoria do General TTTTTas-as-as-as-as-so Fso Fso Fso Fso Fragosoragosoragosoragosoragoso. Alm dessas publicaes, outras, em sucessivo,vo analisando-o ora como soldado, ora como poltico.

    Tambm se escreveu bastante sobre seus pendores depoeta, sua vida amorosa e o lado pitoresco de sua per-sonalidade: o homem espirituoso e bem-humorado.

    O REGIMENTO OSORIOO REGIMENTO OSORIOO REGIMENTO OSORIOO REGIMENTO OSORIOO REGIMENTO OSORIONo dia 02 de maio, mesmo sob a forte chuva

    que acompanhou a passagem de um ciclone na cida-de de Porto Alegre (RS), os Lanceiros de OsorioOsorioOsorioOsorioOsoriomantiveram a tradio comemorando o 271 aniver-srio de criao do 3 RCG, a mais antiga Unidadede Cavalaria do Exrcito Brasileiro. Centenas de pes-soas prestigiaram o evento, no qual foi lembrada, aimportncia de manter as tradies da CavalariaBrasi leira com a manuteno de suas unidadeshistricas.

    AS PROVAS PROVAS PROVAS PROVAS PROVAS HPICAS HPICAS HPICAS HPICAS HPICASASASASASComo no poderia deixar de ser, no dia 08 de

    maio, aconteceu a Prova Hpica Internacional de Sal-to de Cadetes, que reuniu, em Porto Alegre, trs na-es amigas: Brasil, Estados Unidos e Uruguai. O Uru-guai sagrou-se campeo geral, o Brasil foi o vice-cam-peo.

    99999 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

  • 1 01 01 01 01 0 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    QuerQuerQuerQuerQuero a oro a oro a oro a oro a ordem e a liberdem e a liberdem e a liberdem e a liberdem e a liberdade, mas quando esta perigardade, mas quando esta perigardade, mas quando esta perigardade, mas quando esta perigardade, mas quando esta perigar, minha espada estar pr, minha espada estar pr, minha espada estar pr, minha espada estar pr, minha espada estar pronta paraonta paraonta paraonta paraonta paradefend-la. As dificuldades no me quebrantam o nimodefend-la. As dificuldades no me quebrantam o nimodefend-la. As dificuldades no me quebrantam o nimodefend-la. As dificuldades no me quebrantam o nimodefend-la. As dificuldades no me quebrantam o nimo

    A FESTA FESTA FESTA FESTA FESTA NACIONAL DA NACIONAL DA NACIONAL DA NACIONAL DA NACIONAL DA CAA CAA CAA CAA CAVVVVVALALALALALARIAARIAARIAARIAARIARealizada em 10 de maio no Parque Histrico Mare-

    chal Manoel Luis Osorio, a Festa Nacional da Cavalariacontou com a presena da Governadora do Estado, YYYYYedaedaedaedaedaCrusiusCrusiusCrusiusCrusiusCrusius; do Ministro da Defesa, Nelson JobimNelson JobimNelson JobimNelson JobimNelson Jobim; doComandante do Exrcito, General-de-Exrcito EnzoEnzoEnzoEnzoEnzoMartins PeriMartins PeriMartins PeriMartins PeriMartins Peri; de outras autoridades civis e militares,de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras e,ainda, de cerca de quatro mil convidados de todo o Pas.

    O incio da Festa foi marcado pelo recebimentodas Lanas de Guerra e de Honra e pelo Sabre quepertenceram ao Marechal Osorio. Este, veio especial-mente para a Festa partindo do museu do Forte deCopacabana, Rio de Janeiro (RJ). Aquelas, foram trans-portadas de Porto Alegre (RS) na j tradicional "Ma-ratona da Lana", realizada por militares a cavalo pelaBR-290, o chamado "trecho General Osorio".

    Ainda durante a Festa, aconteceu o lanamentoda Medalha de Ouro do Marechal Osorio, cunhadapela Casa da Moeda; e a inaugurao do painel alusi-vo ao Legendrio. Este, de autoria do artista plsticoAdoaldo LenziAdoaldo LenziAdoaldo LenziAdoaldo LenziAdoaldo Lenzi, foi uma doao do Colgio Militar

    de Curitiba. A seguir, foi lanada a Pedra Fundamen-tal do Projeto Museu da Cavalaria, que tem o inciode sua construo previsto, ainda, para o ano de2008.

    Tambm foram realizadas demonstraes cnicasda Vida e Carreira de Osorio; de volteio da Equipe daPolcia Militar de So Paulo (SP); de Ares Altos daEscola de Equitao do Exrcito, Rio de Janeiro (RJ);do Carrossel Militar do 3 RCG; entre outras.Como ponto alto da Festa, houve, em honra mem-ria do Marqus do Herval, a "Carga de Cavalaria".

    Carga de Cavalaria uma encenao de um ata-que como era poca de Osorio. Os cavalarianos,montados em cavalos e com a espada em riste, ao ou-virem o brado de Carga!, saem em disparada paracombater o inimigo.

    No domingo, 11 de maio, somou-se s comemo-raes a Corrida Rstica Bicentenrio de Nascimentodo Patrono da Arma de Cavalaria. Foram dois percur-sos, um de 5 Km (revezamento de duplas) e o outrode 10 Km (individual) com a participao de centenasde atletas.

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    fcil a misso de comandar homens livres - basta mostrar fcil a misso de comandar homens livres - basta mostrar fcil a misso de comandar homens livres - basta mostrar fcil a misso de comandar homens livres - basta mostrar fcil a misso de comandar homens livres - basta mostrar-lhes o caminho do dever-lhes o caminho do dever-lhes o caminho do dever-lhes o caminho do dever-lhes o caminho do dever

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  • 1 21 21 21 21 2 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    A MORTEA MORTEA MORTEA MORTEA MORTE- Como vai, Marqus?- guas abaixo... para a eternidade..., responde

    OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, em seu leito de morte, pergunta do seumdico, Dr. FloresFloresFloresFloresFlores.

    Dias depois, pressente a chegada do seu dia derra-deiro. Perdoa as ingratides e vai deixando a vida.

    "Tranqilo... Independente... Ptria... Sacrifcio...ltimo infelizmente".

    So as ltimas palavras do grande chefe que, man-samente, comea a sua peregrinao pela Histria.

    A notcia de seu passamento corre clere na cidadeque to carinhosamente o acolheu em seu seio. Verda-deira massa humana corre casa das treze janelas daRua de Mata Cavalos, n 117, hoje Riachuelo. Todosquerem ver o corpo do velho Marqus que se exonera-ra, na vspera, do cargo de Ministro da Guerra.

    OSORIO 200 AMORTE, EXUMAO E TRANDOS RESTOS MORTAIS

    OSORIO 200 A

    Cadetes daCadetes daCadetes daCadetes daCadetes daA M A NA M A NA M A NA M A NA M A Nconduzindo osconduzindo osconduzindo osconduzindo osconduzindo osrestos mortaisrestos mortaisrestos mortaisrestos mortaisrestos mortaisde OSORIOde OSORIOde OSORIOde OSORIOde OSORIOpara a Igrejapara a Igrejapara a Igrejapara a Igrejapara a IgrejaSanta Cruz dosSanta Cruz dosSanta Cruz dosSanta Cruz dosSanta Cruz dosMilitares, aps aMilitares, aps aMilitares, aps aMilitares, aps aMilitares, aps aexumao noexumao noexumao noexumao noexumao noMonumento daMonumento daMonumento daMonumento daMonumento daPraa XV dePraa XV dePraa XV dePraa XV dePraa XV denovembronovembronovembronovembronovembro

    Os velhos combatentes do Paraguai, ansiosos por home-nagear o vencedor de Tuiuti, aglomeravam-se nas imedia-es da casa onde seu corpo inerte era embalsamado parao translado que se pretendia rumo sua terra natal.

    As homenagens so tantas que a famlia desiste delev-lo para o Sul, deixando-o na Corte, aguardando queum belo monumento se erigisse, por vontade popular, nomais importante stio da cidade, a Praa do Pao, hoje XVde Novembro.

    No dia seguinte, os seus restos mortais so transpor-tados para o Arsenal de Guerra da Corte, onde veladoem cmara ardente. No dia 16 de novembro de 1879, transferido para o Asilo dos Invlidos da Ptria, na Ilha doBom Jesus, sob a guarda dos seus velhos companheiros decombate.

    Em busca de melhores condies para a conservaodo seu corpo, foi aconselhada a transferncia dos restosmortais para o centro da cidade, onde foram depositadosno interior da Igreja da Santa Cruz dos Militares, oitoanos depois.

    espera da conclusoda primorosa obra artsticade BernarBernarBernarBernarBernardellidellidellidellidelli, nova trans-ferncia realizada em 21 dejulho de 1892, j na Rep-blica, quando a urna queguardava os seus restos mor-tais foi entronizada na criptaque serviria de base ao mo-numento que se encontravaem fase de produo com pe-dras de Mdena, Itlia, e a magnfica esttua eqestre, embronze.

    Nova cerimnia pblica sensibilizou o povo da entoCapital da Repblica.

    "Sinto no poder reunir todo o Exrcito em torno doesquife do General OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio para lhe prestar as honras de-vidas. Tudo que se fizesse em sua honra seria pouco".

    Acervo do Cel Dartanham

    "T"T"T"T"Tranqilo...ranqilo...ranqilo...ranqilo...ranqilo...Independente...Independente...Independente...Independente...Independente...Ptria...Ptria...Ptria...Ptria...Ptria...Sacrifcio...Sacrifcio...Sacrifcio...Sacrifcio...Sacrifcio...ltimoltimoltimoltimoltimoinfelizmente"infelizmente"infelizmente"infelizmente"infelizmente"

    CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

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    ANOSNSLADO

    ANOS

    Espada, condecoraes, dragonas eEspada, condecoraes, dragonas eEspada, condecoraes, dragonas eEspada, condecoraes, dragonas eEspada, condecoraes, dragonas edemais componentes do 1demais componentes do 1demais componentes do 1demais componentes do 1demais componentes do 1uniforme, com o qual Osorio foiuniforme, com o qual Osorio foiuniforme, com o qual Osorio foiuniforme, com o qual Osorio foiuniforme, com o qual Osorio foiemba l samado.emba l samado.emba l samado.emba l samado.emba l samado.

    Acervo do A

    rquivo Nacional

    Inaugurao da Esttua doInaugurao da Esttua doInaugurao da Esttua doInaugurao da Esttua doInaugurao da Esttua doGen OsorioGen OsorioGen OsorioGen OsorioGen Osorio

    Foram as palavras do Chefe do Governo Republicano,Floriano PFloriano PFloriano PFloriano PFloriano Peixeixeixeixeixotootootootooto, Vice-Presidente no exerccio da Presi-dncia e que passou histria como o Marechal de Ferro.

    A monumental esttua eqestre, em homenagem aoMarechal foi inaugurada no dia 12 de novembro de 1894.Alm da numerosa assistncia, estavam presentes represen-tantes dos povos das repblicas platinas.

    Pensava-se que ali seria o repouso eterno do corpo doheri. Ledo engano!

    EXUMAOEXUMAOEXUMAOEXUMAOEXUMAOPassaram-se os anos e a memria cvica do povo e das

    instituies culturais no olvidaram a vida e os feitos dogrande General OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio.

    O seu centenrio, em 1908, foi comemorado no Rio deJaneiro. Ainda estavam nessa vida muitos dos que o conhe-ceram e at mesmo sob as suas ordens combateram noParaguai.

    Sempre foi desejo do povo riograndense do sul levarpara o regao do seu solo os restos mortais do filho toamado, merc da glria conquistada nos campos de batalhae nas lides polticas.

    Ace

    rvo

    do C

    el D

    arta

    nham

    Tratava-se, ento, de levar para terras do Sul aquelerelicrio cvico que, h mais de cem anos, repousava emsolo carioca.

    Criou-se, no municpio de OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio, um parque hist-rico destinado a cultivar-lhe a memria e, quem sabe, umdia, receber seus restos mortais.

    Movimentos nesse sentido nasceram e morreram aosabor das circunstncias e dos homens que os inspiraram.

    Finalmente, tornaram-se realidade as condies ne-cessrias para a conquista do objetivo colimado. OsorioOsorioOsorioOsorioOsorioiria finalmente retornar aos pagos da sua infncia, no stioonde nascera; cenrio dos seus primeiros dias, palco dosseus primeiros ensinamentos.

    Cumprindo ordens emanadas do Ministro do Exrci-to, e com o aval das autoridades culturais da Nao e doEstado do Rio de Janeiro, coube ao autor desse artigo,com a participao tcnica da Santa Casa da Misericrdiado Rio de Janeiro, executar a exumao dos restos mortaisdo Patrono da Cavalaria, da cripta onde fora inumado, nabase do monumento da Praa XV de Novembro, e prepa-r-los para o translado com destino ao Parque Osorio, noRio Grande do Sul.

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    Irmo da Irmandande da Cruz dos Militares. Ttulo concedidoIrmo da Irmandande da Cruz dos Militares. Ttulo concedidoIrmo da Irmandande da Cruz dos Militares. Ttulo concedidoIrmo da Irmandande da Cruz dos Militares. Ttulo concedidoIrmo da Irmandande da Cruz dos Militares. Ttulo concedidoPost-mortem a Osorio - Cerimnia de aposio durante a missaPost-mortem a Osorio - Cerimnia de aposio durante a missaPost-mortem a Osorio - Cerimnia de aposio durante a missaPost-mortem a Osorio - Cerimnia de aposio durante a missaPost-mortem a Osorio - Cerimnia de aposio durante a missacom os restos mortais. Recebeu-a em seu nome o Cel Dartanham.com os restos mortais. Recebeu-a em seu nome o Cel Dartanham.com os restos mortais. Recebeu-a em seu nome o Cel Dartanham.com os restos mortais. Recebeu-a em seu nome o Cel Dartanham.com os restos mortais. Recebeu-a em seu nome o Cel Dartanham.

    TRANSLTRANSLTRANSLTRANSLTRANSLADO DOS RESTOS MORADO DOS RESTOS MORADO DOS RESTOS MORADO DOS RESTOS MORADO DOS RESTOS MORTTTTTAISAISAISAISAISAntes de partir, novamente foi reverenciado o grande

    lder. Dessa vez, no Saguo do Palcio Duque de Caxias,quartel onde exercera as funes de Ministro da Guerrae no Palcio Guanabara, sede do Governo do Rio deJaneiro.

    O material retornou em uma aeronave da ForaArea Brasileira com destino cidade de Pelotas, onderesidira com a sua famlia. De Pelotas, seguiu para o RioGrande, onde seus restos mortais foram embarcados emuma corveta da Marinha, que o transportou para PortoAlegre.

    Seus restos permaneceram expostos visitao p-blica no Palcio Piratini, seguindo depois para o ParqueHistrico General Osorio onde, finalmente, aps como-vente solenidade cvico-militar, foi colocado no jazigoconstrudo para receber definitivamente seu corpo.

    "SMB"SMB"SMB"SMB"SMBOLO DE UM POVOOLO DE UM POVOOLO DE UM POVOOLO DE UM POVOOLO DE UM POVO,,,,, SNTESE DE UMA POC SNTESE DE UMA POC SNTESE DE UMA POC SNTESE DE UMA POC SNTESE DE UMA POCAAAAA.....

    AOS COMANDANTES, CHEFES EDIRETORES DE ORGANIZAES

    MILITARES

    O Centro de Comunicao Social do Exrcitonecessita de fotos recentes das fachadas e, sepossvel, vistas areas, dos aquartelamentos, parafins de atualizao da memria deste Centro.

    Solicita-se, outrossim, que novas fotos sejamremetidas medida que surjam melhoramentosno conjunto arquitetnico das OM.

    Acervo do Cel D

    artanham

    Matria elaborada pelo Comando Militar do Leste.

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    V

    Sistema deSistema deSistema deSistema deSistema dedemonstrao dedemonstrao dedemonstrao dedemonstrao dedemonstrao de

    tecnologia: Vtecnologia: Vtecnologia: Vtecnologia: Vtecnologia: VANT VT15ANT VT15ANT VT15ANT VT15ANT VT15

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    isando a atender s necessidades do Exrcito Brasi-leiro, o Centro Tecnolgico do Exrcito (CTEx) vemempregando, desde 2005, parte de sua capacidadeem recursos humanos e instalaes na pesquisa e

    desenvolvimento de um sistema de Veculo Areo No Tripulado(VANT).

    A demanda do mercado mundial para VANT representava, em2002, R$4,8 bilhes. Em 2007 foi estimado em R$5,6 bilhes edeve crescer para mais de R$10 bilhes em 2012.

    VECULOAREO NOTRIPULADO(VANT)

  • 1 61 61 61 61 6 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Tais nmeros, sejam eles de pes-quisa, desenvolvimento ou do mer-cado, indicam o vulto do investimen-to tecnolgico e a seriedade com aqual a questo deve ser tratada.

    Outro aspecto que abordado deforma equivocada a comparao dopreo final do sistema VANT com ocusto de seu desenvolvimento. O pre-o de um sistema "de prateleira" noexpressa o custo total de todo o pro-cesso de P&D do sistema. A tabela aseguir mostra, para fins de compara-o, o oramento em P&D e testespara dois sistemas VANT:

    A definio precisa do conceitode um sistema VANT mandatriapara que no ocorram interpretaesdiminutivas do sistema. A definioclssica de um VANT ou "UnmannedAerial Vehicle" (UAV) uma aeronavesem piloto a bordo. No entanto, taldefinio genrica e no traduz areal complexidade de um sistemaVANT, sobretudo quando do seu em-prego como Material de EmpregoMilitar (MEM). Observa-se, ento, anecessidade da categorizao destesveculos.

    Internacionalmente, a classifica-o dos VANT pode se dar por cate-goria funcional ou por alcance e alti-tude. Funcionalmente, os VANT po-dem ser empregados no reconheci-mento e localizao de alvos em com-bate e em aplicaes civis. Em relaoao conjunto altitude/alcance so clas-sificados como: manuais (lanados amo) 600m/2km; curto alcance 1500m/10km; Tipo OTAN 3000m/50km; tticos 6000m/150km; m-dia altitude e longa autonomia (MALE- "Medium Altitude, Long Enduran-ce") e grande altitude e longa autono-mia (HALE - "High Altitude, Long En-durance").

    No Brasil, a Agncia Nacional deAviao Civil (ANAC), segundo o guiaIS-RBHA 91- NN, define um aero-modelo como um veculo areo no

    cumprimento de sua funo tticapassa por reas de tecnologias sens-veis e pesquisas acadmicas avana-das. Para tanto, o CTEx concentra seusesforos nas reas:

    Sistemas embarcados; Sistemas georeferenciados; Planejamento de trajetrias

    timas; Combinao de sensores; Materiais; Enlace de dados; e Comunicao segura.Todo este esforo est suportado

    por meio de uma slida base da En-genharia de Sistemas e de tcnicasavanadas de gerenciamento de pro-jetos, implantadas de modo a norma-lizar e interfacear reas comuns den-tre os demais projetos do CTEx.

    Para chegar ao produto final, umVANT com alcance de 70 km, optou-se pelo desenvolvimento em trs fa-ses: alcances de 15 km, 30 km e 70km. O CTEx desenvolveu um sistemademonstrador de tecnologia que ser-viu como base para as especificaesdo VANT VT15 (alcance 15km).

    Esse sistema se encontra em de-

    Imagem da tela principal doImagem da tela principal doImagem da tela principal doImagem da tela principal doImagem da tela principal doprograma computacional, queprograma computacional, queprograma computacional, queprograma computacional, queprograma computacional, que

    trata de cartastrata de cartastrata de cartastrata de cartastrata de cartasgeorreferenciadas e controlegeorreferenciadas e controlegeorreferenciadas e controlegeorreferenciadas e controlegeorreferenciadas e controle

    da missoda missoda missoda missoda misso

    tripulado, utilizado nica e exclusiva-mente para esporte ou lazer; j VANT definido como uma aeronave proje-tada ou modificada para operar sempiloto humano a bordo, mas no trataespecificamente de aeronaves no-tri-puladas militares. A ANAC tambmclassifica os VANT em quatro grupos,em funo de sua utilizao no espa-o areo brasileiro. No estabelecimen-to dessas categorias, est embutido,em propores exponenciais, o saltotecnolgico e investimento em P&D,que muitas vezes no aparece e queleva a definies errneas do VANT

    como Material de Emprego Militar(MEM). No se deve confundir aero-modelos ou aeromodelos com trans-misso de vdeo, pilotados por huma-nos, com VANT. Estes esto na cate-goria de "drones".

    O passo adiante est em contro-lar a aeronave autonomamente, coma presena de sistemas de navegao

    e controle, estabilizao de vo e cum-primento de trajetria por pontos depassagem ("waypoints").

    A busca do VANT autnomo no

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  • 1 71 71 71 71 7 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Simulao de misso em 2DSimulao de misso em 2DSimulao de misso em 2DSimulao de misso em 2DSimulao de misso em 2D

    Simulao da mesma trajetria em 3DSimulao da mesma trajetria em 3DSimulao da mesma trajetria em 3DSimulao da mesma trajetria em 3DSimulao da mesma trajetria em 3D

    senvolvimento, sob orientao doCTEx, em uma empresa nacional lo-calizada em So Jos dos Campos (SP).Ser realizada a integrao de umaplataforma area, de um sistema decontrole e de uma estao de solo.Na primeira fase, sero realizadas asrevises nas especificaes tcnicas doprojeto bsico. Na segunda, haver odesenvolvimento das solues, e naterceira, a fabricao e entrega do sis-tema. As especificaes do VANTVT30 devem estar prontas at mea-dos de 2008.

    Paralelamente, o CTEx respon-svel por especificar e desenvolver osequipamentos e programas computa-cionais da estao de solo do VANTdo Ministrio da Defesa, desenvolvi-do em conjunto pelos Institutos dePesquisa das trs Foras Singulares.O desenvolvimento dos programascomputacionais j est em andamen-to e o projeto bsico dos equipamen-tos est em fase final de anlise paralicitao. Como parte do desenvolvi-mento, esto sendo realizadas simu-laes de trajetrias do veculo areo.

    " A pesquisa, odesenvolvimento, a

    fabricao e a avaliao autnomos

    de materiais de emprego militarcondicionam as

    aspiraes polticas emilitares de um pas.

    Exemplos: Prsia,Macednia, Grcia,Roma, ... Rssia,Estados Unidos e

    China "Foto:

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    As aplicaes duais desse sistemaso inmeras, como, por exemplo, con-trole agrcola, inspeo de linhas detransmisso, vigilncia civil etc. O do-mnio de tais tecnologias pretende le-var o CTEx um passo adiante na satis-fao das necessidades do Exrcito Bra-sileiro, proporcionando ao Pas condi-es para despontar como lder dessesegmento na Amrica Latina.

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    Matria elaborada pelo Centro Tecnolgico do Exrcito.

  • 1 81 81 81 81 8 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    as vrias reunies anuais do Alto-Comando do Exrcito colegiado compostopelo Comandante do Exrcito so tomadas as principais decises da ForaTerrestre. Entre estas, escolher os coronis que sero apresentados ao Presi-dente da Repblica para a promoo a Oficial-General.

    Aps a confirmao pelo Chefe do Executivo, o escolhido atinge a patentemais elevada dentro da hierarquia militar, coroando uma carreira de dedicao

    Fora Terrestre.So smbolos perenes do posto de Oficial-General o Basto de Comando, a Espada de Oficial-

    General e a Carta-Patente de Oficial-General.A Revista Verde-Oliva, buscando resgatar as tradies que envolvem o posto de Oficial-Gene-

    ral, apresenta um pouco da histria e dos smbolos representativos desse posto.

    DA COLNIA ADA COLNIA ADA COLNIA ADA COLNIA ADA COLNIA AT OS DIAS DE HOJET OS DIAS DE HOJET OS DIAS DE HOJET OS DIAS DE HOJET OS DIAS DE HOJECom a restaurao portuguesa, em 1640, quando as coroas de Portugal e Espanha se separa-

    ram, houve a necessidade de se reerguer a estrutura militar lusitana. Foram criados, ento, noExrcito Portugus, os postos de:

    Capito-General-de-Exrcito ou das Armas do Reino, cargo inerente ao presidente do Conse-lho de Guerra Permanente;

    Governadores das Armas; eMestres-de-Campo-Generais.Depois de 300 anos e aps muitas outras mudanas de denominao, em 1946 chegou-se

    estrutura que conhecemos hoje.

    Promoo deOFICIAIS GEN

    N

    1 81 81 81 81 8 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    O que significam?O Basto de Comando, a Espada de Ofic

    O BASTO DE COMANDOO BASTO DE COMANDOO BASTO DE COMANDOO BASTO DE COMANDOO BASTO DE COMANDOO Basto, como smbolo de autoridade e insgnia de comando, vem de tempos remotos tinham-no os

    reis, assim como os grandes capites. Em campanha, as batalhas s se iniciavam quando o monarca ou ogeneral-em-chefe fazia o sinal com o basto.

  • 1 91 91 91 91 9 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008 1 91 91 91 91 9 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    ERAIScial-General e a Carta Patente

    A CARA CARA CARA CARA CARTTTTTAAAAA-PA-PA-PA-PA-PATENTETENTETENTETENTETENTEA expresso carta-patente est relacionada composi-

    o da Companhia de Ordenanas das tropas luso-brasilei-ras dos sculos XVIII e XIX. Os oficiais de uma Companhiade Ordenanas formavam o seu Estado-Maior e se dividiamem dois grupos: oficiais de patente e oficiais inferiores. Adesignao de oficiais de patente deriva do fato de essesoficiais serem nomeados por meio de "carta-patente" assina-da pelo Rei de Portugal ou por autoridade com poder dele-gado por aquele, o que no ocorria com os oficiais inferio-res ou subalternos.

    Atualmente, coerente com o que prescreve as IG 10-41, Instrues Gerais para a Lavratura, Apostila e Expedi-o de Carta-Patentes, ao ser promovido ao posto de Gene-ral-de-Brigada, o militar faz jus a uma nova carta-patente,assinada pelo Comandante do Exrcito. Nas promoes sub-seqentes, as folhas de apostila da carta-patente de Oficial-General so assinadas pelo Chefe do Departamento-Geraldo Pessoal.

    PROMOO NA ORDEM DO MRITOPROMOO NA ORDEM DO MRITOPROMOO NA ORDEM DO MRITOPROMOO NA ORDEM DO MRITOPROMOO NA ORDEM DO MRITOMIL ITMIL ITMIL ITMIL ITMIL ITARARARARAR

    A Ordem do Mrito Militar (OMM) a mais elevadadistino honorfica do Exrcito Brasileiro e tem por finali-dade premiar os militares do Exrcito que tenham prestadonotveis servios ao Pas ou que se tenham distinguido noexerccio de sua profisso.

    Por ocasio de sua promoo, os Oficiais-Generais sotambm promovidos, dentro da hierarquia da Ordem do M-rito Militar, aos graus de Comendador; Grande-Oficial eGr-Cruz.

    Na Idade Mdia, o basto era liso e simples, com 60 a 70centmetros de comprimento. No sculo XVIII, o basto passoua ser curto, coberto de veludo e ornamentado com emblemas eguarnio de ouro.

    Para a confeco do Basto de Comando do Exrcito Brasi-leiro foi escolhido o "pau-brasil", madeira que gerou o nome denosso Pas poucos anos aps o descobrimento.

    Esse Basto de posse exclusiva dos Oficiais-Generais daativa. Seu uso obrigatrio para os Oficiais-Generais em fun-o de Comando; facultativo para os demais, mas obrigatrionas Cerimnias Militares, com os 2, 3 e 4 uniformes.

    ESPESPESPESPESPADADADADADA DE OFICIALA DE OFICIALA DE OFICIALA DE OFICIALA DE OFICIAL-----GENERALGENERALGENERALGENERALGENERALA solenidade de entrega da espada de Oficial-General obe-

    dece a um cerimonial que simboliza a importncia da investidurado oficial como chefe militar, enfatizando os vnculos que o unemao passado e ao futuro da Instituio.

    A espada de Oficial-General um smbolo que envolve ocompromisso e a tradio. O compromisso tcito, firmado pes-soalmente pelo General, e assinala a sua posio hierrquica nomais alto crculo de oficial da Fora Terrestre.

    A tradio destaca o uso da espada pelos militares, em espe-cial, a espada de General, cujo modelo a rplica da invicta espa-da de campanha do Marechal Lus Alves de Lima e SilvaLus Alves de Lima e SilvaLus Alves de Lima e SilvaLus Alves de Lima e SilvaLus Alves de Lima e Silva, oDuque de CaxiasCaxiasCaxiasCaxiasCaxias, Patrono do Exrcito Brasileiro.

    Na cerimnia da entrega da espada, cadetes da AcademiaMilitar das Agulhas Negras (AMAN) conduzem as espadas dosOficiais-Generais promovidos. Nessa ocasio, o Cadete porta,em seu uniforme histrico, o espadim, rplica em miniatura daespada do Duque de CaxiasCaxiasCaxiasCaxiasCaxias. Este ato simblico marca a renova-o dos ideais firmados no 1 ano do curso da AMAN e a preser-vao das tradies do Exrcito Brasileiro.

    Tradicionalmente, os novos Oficiais-Generais recebem a espa-da das mos do general paraninfo,- escolhido pelo promovido. Matria elaborada pela Secretaria-Geral do Exrcito.Matria elaborada pela Secretaria-Geral do Exrcito.Matria elaborada pela Secretaria-Geral do Exrcito.Matria elaborada pela Secretaria-Geral do Exrcito.Matria elaborada pela Secretaria-Geral do Exrcito.

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    55555

    FORTIFICAES

    DE NITERI

    PATRIMNIOTURSTICO

    11111 22222

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    44444

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    11111 Caminhada Ecolgica na Fortaleza deCaminhada Ecolgica na Fortaleza deCaminhada Ecolgica na Fortaleza deCaminhada Ecolgica na Fortaleza deCaminhada Ecolgica na Fortaleza deSanta CruzSanta CruzSanta CruzSanta CruzSanta Cruz

    Capela de Santa BrbaraCapela de Santa BrbaraCapela de Santa BrbaraCapela de Santa BrbaraCapela de Santa Brbara

    Fortaleza de Santa Cruz da BarraFortaleza de Santa Cruz da BarraFortaleza de Santa Cruz da BarraFortaleza de Santa Cruz da BarraFortaleza de Santa Cruz da Barra

    Forte So LuizForte So LuizForte So LuizForte So LuizForte So Luiz

    Forte ImbuhyForte ImbuhyForte ImbuhyForte ImbuhyForte Imbuhy

    Forte do GragoatForte do GragoatForte do GragoatForte do GragoatForte do Gragoat

    Forte do PicoForte do PicoForte do PicoForte do PicoForte do Pico

  • 2 12 12 12 12 1 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    cidade de Niteri (RJ), devido a sua geografia privi-legiada, tem um importante complexo histrico e ar-quitetnico que faz do lugar um requisitado pontoturstico do Estado do Rio de Janeiro.

    O conjunto, formado pela Fortaleza de Santa Cruz daBarra e pelos Fortes So Luiz, do Pico, Imbuhy e Barodo Rio Branco, situados no bairro de Jurujuba, a aproxi-madamente 15km da Ponte Rio - Niteri, um referencialda cultura do povo brasileiro devido preservao da me-mria de acontecimentos histricos.

    Tambm merece destaque o fato de que o complexo pro-tege uma grande rea natural, considerada, desde o perodocolonial, uma das mais belas paisagens do litoral brasileiro.

    HISTRIA E BELEZA EM NITERIHISTRIA E BELEZA EM NITERIHISTRIA E BELEZA EM NITERIHISTRIA E BELEZA EM NITERIHISTRIA E BELEZA EM NITERIA Fortaleza de Santa Cruz da Barra, uma das mais

    fortes e temidas fortificaes brasileiras, representou a prin-cipal defesa da Baa de Guanabara. Sua existncia data de1555 e sua origem est no estabelecimento de uma bate-ria de dois canhes pelo Almirante francs VileganhonVileganhonVileganhonVileganhonVileganhon,a qual, posteriormente, veio a ser conquistada por Memde S. Essa conquista antecedeu fundao da cidade doRio de Janeiro e, desde aquela poca, a fortaleza se cons-tituiu em aquartelamento de lusos, de luso-brasileiros e debrasileiros. considerado o aquartelamento mais antigodo Exrcito Brasileiro, e hoje a sede do Comando daArtilharia Divisionria "Cordeiro de Farias".

    O Forte Baro do Rio Branco, to antigo quanto aFortaleza de Santa Cruz e nascido como Bateria da Praiade Fora, tambm j foi denominado Forte Marechal Flori-ano e guarda registros preciosos. A importncia e eficciada sua proteo contra as incurses dos piratas francesesno Sculo XVII so fatos conhecidos.

    Em 1769, foi iniciada a construo do Forte So Luiz.No local, funcionava importante posto de observao queguardava a entrada da baa de Guanabara desde 1567.

    Por estar situada 230m acima do nvel do mar, a fortifica-o vislumbra uma rica paisagem: de um lado a Fortalezade Santa Cruz, o morro da Urca e o Po de Acar e, deoutro, o Forte Imbuhy e o imenso mar azul.

    O Forte do Pico, construdo no sculo XVIII, era, ini-cialmente, a Bateria do Pico, que estava vinculada ao For-te So Luiz. Tinha como funo a defesa das praias doSaco de Jurujuba. Durante a Questo Christie (1861 a1863), foram necessrias obras para recuperar e aumen-tar seu poderio blico.

    O antigo Forte Dom Pedro II, hoje denominado ForteImbuhy, comeou a ser erguido em 1863. Inaugurado em1901, o ento Forte Imbuhy exibe uma cpula encoura-ada, armada com canhes de 75 e 280 milmetros - equi-pamento mais moderno daquela poca.

    Tambm de grande importncia, ainda se pode en-contrar em Niteri o Forte de Gragoat, componente doComplexo dos Fortes da baa de Guanabara. Localizadoem posio estratgica, com ampla viso da entrada dabaa, foi construdo entre 1610 e 1702, com o nome deForte de So Domingos. Lamentavelmente, estava desar-tilhado quando o Rio de Janeiro foi invadido e pilhadopelo corsrio francs Duguay-Trouin em 1711. Rearma-do em 1718 e reformado de 1768 a 1863, foi duramen-te bombardeado, em 1893, durante a Revolta da Arma-da, quando resistiu bravamente aos revoltosos. Nesse fatohistrico, sua guarnio foi reforada pelo Batalho deAcadmicos Voluntrios. Sua ltima reforma foi em 1936,e considerado patrimnio histrico nacional desde 1938.

    digno de destaque a Capela de Santa Brbara, er-guida, em 1612, na Fortaleza de Santa Cruz, que abrigauma rara imagem de Santa Brbara Padroeira dos Arti-lheiros. Essa imagem, em madeira macia, de 1632 etem 1,73m de altura.

    Conhecer e visitar esse importante complexo histricoe turstico, aberto visitao pblica, significa fazer umaviagem no tempo, percorrendo stios de importantes mo-mentos da Histria do Brasil, podendo-se, ainda, desfru-tar de paisagem belssima e de natureza exuberante.

    4444433333

    Matria elaborada pela Arti lharia Divisionria da 1 DivisoMatria elaborada pela Arti lharia Divisionria da 1 DivisoMatria elaborada pela Arti lharia Divisionria da 1 DivisoMatria elaborada pela Arti lharia Divisionria da 1 DivisoMatria elaborada pela Arti lharia Divisionria da 1 Divisode Exrcito.de Exrcito.de Exrcito.de Exrcito.de Exrcito.

    A

  • 2 22 22 22 22 2 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    nualmente, a falta de chuvas que atinge todo o Nordeste sensibiliza a sociedade brasileira, que assiste ao sofrimentodo sertanejo na sua rotina de conviver com os efeitos da seca. Para atenuar os prejuzos causados pela estiagem, oGoverno Federal, por intermdio do Ministrio da Integrao Nacional e do Ministrio da Defesa, vem conduzindo oPrograma Emergencial de Distribuio de gua, tambm chamado de Operao Pipa.

    A Operao Pipa tem por finalidade complementar a distribuio de gua potvel no semi-rido nordestino. Envolve os governosestaduais e municipais nos estados do Nordeste, norte de Minas Gerais e Esprito Santo.

    Nesse contexto, desde 1998, o Exrcito Brasileiro apia as vtimas da escassez de chuvas, coordenando e fiscalizando adistribuio de gua para o consumo humano, minimizando o sofrimento na labuta diria pela sobrevivncia e levando a esperana paramilhares de sertanejos.

    So atendidos, pela Operao, 612 municpios nos estados de Alagoas, Bahia, Cear, Esprito Santo, Minas Gerais, Paraba,Pernambuco, Piau, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. O Cear o Estado com o maior nmero de municpios beneficiados pelaoperao, com 138 ao todo, seguido pela Paraba, com 116 municpios, Rio Grande do Norte (80), Bahia (78), Pernambuco (64), Piau(47), Minas Gerais (42), Alagoas (30), Sergipe (9), Tocantins (5) e Esprito Santo (3).

    Para o municpio participar do Programa Emergencial de Distribuio de gua necessrio que declare estado de emergncia oude calamidade pblica e que essa situao seja reconhecida pelo governo estadual e pelo Ministrio da Integrao Nacional.

    A

    gua para o semi-rido nordestino

    Operao Pipa

    2 22 22 22 22 2 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

  • 2 32 32 32 32 3 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Aps a aprovao, a cidade nomeiauma Comisso Municipal de Combate Seca ou Comisso Municipal de DefesaCivil (COMDEC), constituda por um re-presentante da Prefeitura, um vereador daoposio, um vereador da situao, ummembro da Igreja Catlica, um represen-tante da Igreja Evanglica, presidentes dossindicatos e lderes comunitrios.

    Uma vez includo no Programa pelo Mi-nistrio por meio da Secretaria Nacional deDefesa Civil, o municpio passa a ser atendi-do por uma Organizao Militar. Os recur-sos necessrios distribuio da gua sorepassados ao Comando de Operaes Ter-restres (COTER), que, por sua vez, descen-traliza os crditos diretamente s OM.

    No mbito do Comando Militar do Nor-deste (CMNE), os comandantes de GrandesComandos e Grandes Unidades definem

    quais as unidades que devem fiscalizar osmunicpios includos no Programa, levandoem considerao as reas de responsabilida-de de cada OM.

    Entre a chegada dos recursos destina-dos ao apoio a um municpio recm-inclu-do e a efetiva distribuio de gua decorreum prazo de sete a dez dias, necessrioaos trabalhos de reconhecimento.

    As comisses informam s OM res-ponsveis pelo apoio os seguintes dados:localidades do municpio a serem atendi-das; populao beneficiada; possveis ma-nanciais para a captao da gua e as distn-cias a serem percorridas.

    No ano de 2007, foram atendidos umtotal de 659 municpios e utilizados 1763carros-pipas, que atenderam uma popula-o de mais de 1.978.000 (um milho,novecentos e setenta e oito mil) pessoas.

    Para executar a Operao necessrioo envolvimento de 29 OM, almde trs Grandes Comandos(10 Regio Militar, 6 Re-gio Militar e 7 Regio Mi-litar - 7 Diviso de Exr-cito) e de trs GrandesUnidades (10 Brigadade Infantaria Motorizada,7 Brigada de InfantariaMotorizada e 1 Grupa-mento de Engenharia).

    A distribuio emer-gencial de gua no semi-ri-do nordestino OperaoPipa uma ao subsidiriade vulto, com emprego consider-vel de recursos financeiros, de pessoale de material. Os recursos recebidos e em-pregados para a Operao Pipa 2007, at 31de dezembro de 2007, esto em torno de

    R$69.059.771,00 (sessenta e novemilhes, cinqenta e nove mil e

    setecentos e setenta e umreais), a maioria para a ativi-

    dade-fim de levar gua paraquem dela necessita.

    O alcance social doprograma inquestion-vel. Durante as visitase inspees das equi-pes de fiscalizao, ob-serva-se o elevado n-

    vel de satisfao das pes-soas beneficiadas com o

    empreendimento, que po-dem, durante os meses mais

    secos do perodo de estiagem,dispor de gua de boa qualidade e

    em quantidade suficiente para atenderas necessidades bsicas da famlia. Ajudar aminimizar o sofrimento da populaocom a oferta de to necessriobem o maior incentivo ao tra-balho realizado pelas equi-pes. Estas so compostaspor militares altamentequalificados e treinados,responsveis e entusi-asmados, que partem,semanalmente, para osdiversos rinces do ser-to, atentos fiscaliza-o dos procedimentosrelacionados a distribuiode gua, para o cumprimen-to da misso recebida nas me-lhores condies possveis.

    As dificuldades da operao, des-de a seleo dos carros-pipa e de seusmotoristas, a captao da gua em fontes

    Operao Pipa

    2 32 32 32 32 3 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    saudveis, a sua distribuio, passando pe-las adversidades enfrentadas na sua execu-o, tais como as grandes distnciaspercorridas, o afastamento temporrio domilitar de suas atividades no quartel e desua famlia, entre outras, no reduzem emnada o nimo dos militares envolvidos namisso.

    CHUVCHUVCHUVCHUVCHUVA RECENTE ESCONDEA RECENTE ESCONDEA RECENTE ESCONDEA RECENTE ESCONDEA RECENTE ESCONDESITUAO DIFCILSITUAO DIFCILSITUAO DIFCILSITUAO DIFCILSITUAO DIFCIL

    As oraes para So Jos surtiram efei-to, trazendo gua do cu ao serto nordes-tino nesse princpio de outono de 2008. Acostumeira aridez da paisagem ganhou pin-celadas de verde, dando esperana de diasmelhores populao local. Mas o sertane-jo parece cada vez mais desafiado a provarque, antes de tudo, um forte. A to aguar-dada chuva chegou de forma excessiva em

    TTTTTestamento da guaestamento da guaestamento da guaestamento da guaestamento da gua

    Captao de guaCaptao de guaCaptao de guaCaptao de guaCaptao de gua

    Alegria das crianas com a chegadaAlegria das crianas com a chegadaAlegria das crianas com a chegadaAlegria das crianas com a chegadaAlegria das crianas com a chegadados caminhes de abastecimentodos caminhes de abastecimentodos caminhes de abastecimentodos caminhes de abastecimentodos caminhes de abastecimento

  • 2 42 42 42 42 4 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    diversas localidades. No Serto do Cariri,no Cear, na Paraba e at no Piau houveenchentes.

    Entretanto, se parte da regio foi cas-tigada com enxurradas, em outras a novacor do cenrio enganosa. As pancadasde chuva ainda no foram suficientes paraencher os reservatrios. A reside a im-portncia da Operao Pipa, um dos maisimportantes focos de atuao do ExrcitoBrasileiro, em conjunto com o Ministrioda Integrao Nacional.

    Em localidades como Riacho das Al-mas, no interior de Pernambuco, essa aoserve como alento para as camadas maisnecessitadas da populao. No dia 25 demaio de 2007, foi desencadeada aOperao Pipa nas comunidades rurais da-quele municpio, amenizando o sofrimen-

    Ope

    ra

    o Pi

    pa

    2 42 42 42 42 4 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    to causado pela estiagem. So oitocaminhes-pipa em ao na cida-

    de, que ganhou esse nome de-pois que uma enxurrada in-

    vadiu o cemitrio local.Gente como a Sra.

    Delice SilvaDelice SilvaDelice SilvaDelice SilvaDelice Silva no pre-cisa mais retirar dosrsticos barreiros (es-pcie de reservatrio acu aberto, cavado no

    cho) a gua para o con-sumo e o cozimento de

    alimentos dos sete filhos.O precioso lquido, tratado e

    livre de coliformes fecais, agoravem da cisterna da vizinha, Zulei-Zulei-Zulei-Zulei-Zulei-

    dedededede. Ela responsvel pelo controle dadistribuio na comunidade de Stio Bar-rinhas, onde h 50 casas. "Cada pes-soa tem direito a 20 litros pordia. pouco, mas ajuda mui-to e melhorou demais nos-sa vida aqui", comenta.

    gua salgada - j noStio Chico de Cima,grupo de 20 casas lo-calizadas em rea decomplicado acesso, noalto de um morro, o res-ponsvel pela distribui-o da gua na comunida-de o Sr. Antonio Vi-Antonio Vi-Antonio Vi-Antonio Vi-Antonio Vi-cente da Silvacente da Silvacente da Silvacente da Silvacente da Silva. Quandoo caminho-pipa chega, l vemele com sua pastinha azul, onderegistra o abastecimento quinzenal dacisterna. "Antes, quando o pessoal aquino tinha dinheiro para dividir um carro-pipa,

    o jeito era caminhar uma lgua e se virarcom gua salgada mesmo. E ainda

    dava graas a Deus quando en-contrava", recorda.

    Cheia de pose, no altode seus 10 anos, a pe-

    quena GabrielaGabrielaGabrielaGabrielaGabriela garan-te que no deixa ocor-rer desperdcio degua na comunidadede Gavio. Ao lado doprimo ElenlsonElenlsonElenlsonElenlsonElenlson, demesma idade, ela aju-

    da no abastecimento dacisterna do povoado.

    "Tem que usar direito, prano faltar depois", ensina, com

    um sorriso tmido.Entre os militares do Exrcito

    que participam da Operao Pipa, a satisfa-o por participar de to nobre misso explcita. O Tenente CabralCabralCabralCabralCabral, do4 Batalho de Comunicaes, no Recife,atua na fiscalizao do abastecimento e dis-tribuio, visitando diferentes localidadesdo interior pernambucano. "Uma das nos-sas atribuies mais importantes testar aqualidade da gua, verificando o nvel decloro, o pH e a presena de partculas. umtrabalho muito importante desempenhadopelas equipes do Exrcito", destaca.

    Alm do Nordeste, a Operao Pipaocorre no norte de Minas Gerais, regioafetada pela estiagem. So atendidos 33municpios pelo 55 Batalho de Infantaria,da cidade de Montes Claros. A coordena-o est a cargo da 6 Regio Militar, que

    tambm controla a operao nos Estados daBahia e de Sergipe, apoiando a distribuiode gua em 98 municpios. Em Sergipe, o28 Batalho de Caadores (BC), de Aracaju,atende a quatro municpios. Na Bahia, so 61municpios que recebem gua por meio doemprego do 19 BC e do Parque Regional deManuteno/6, de Salvador, e do 35 Bata-lho de Infantaria, de Feira de Santana.

    Apesar das recentes chuvas, a distri-buio emergencial de gua potvel no temdata prevista para encerrar. E o Exrcito Bra-sileiro, fazendo valer a "mo amiga" e a mis-so constitucional de cooperar para o de-senvolvimento nacional e atuar na defesacivil, continua pronto para cumprir suamisso.

    Orientao de como controlar guaOrientao de como controlar guaOrientao de como controlar guaOrientao de como controlar guaOrientao de como controlar gua

    Re lac ionamentoRe lac ionamentoRe lac ionamentoRe lac ionamentoRe lac ionamentocom a populaocom a populaocom a populaocom a populaocom a populao

    gua perfeitamente potvelgua perfeitamente potvelgua perfeitamente potvelgua perfeitamente potvelgua perfeitamente potvel

    Matria elaborada pelo ComandoMatria elaborada pelo ComandoMatria elaborada pelo ComandoMatria elaborada pelo ComandoMatria elaborada pelo ComandoMilitar do Nordeste.Militar do Nordeste.Militar do Nordeste.Militar do Nordeste.Militar do Nordeste.

  • 2 52 52 52 52 5 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    www.exercito.gov.br

  • 2 62 62 62 62 6 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    TURISMO VERDE-OLIVA

    municpio de Cceres (MT) est localiza-do margem esquerda do Rio Paraguai.Distante 210 km de Cuiab, capital deMato Grosso, faz divisa com a Bolvia (SanMathias) a oeste. A extenso territorial

    de 23.400 Km2. Cceres uma das portas de entrada doPantanal pelo lado norte, no cruzamento da BR 070. Se-gundo dados da contagem populacional feita pelo IBGE/2007, a cidade possui 84.174 habitantes.

    Cceres foi fundada no dia 06 de outubro de 1778,pelo Capito-General Luiz de Albuquerque de MeloPereira e Cceres, governador da Provncia de MatoGrosso.

    A sua histria econmica foi construda a partir daproduo de acar, cachaa, carne e extrativismo da po-aia (planta com propriedades medicinais), tendo se torna-do um importante plo econmico que, poca, mudouas caractersticas de Mato Grosso. Fazem parte desse ce-nrio histrico as fazendas Jacobina, Descalvados, Bar-ranco Vermelho, Ressaca e Faco, que ficam distantes doncleo urbano. No ncleo urbano, preservado o patri-mnio histrico, de arquitetura colonial bicentenria.

    No setor tercirio da economia, a atividade turstica muito relevante, com variada oferta hoteleira e gastron-mica. Existem ainda os barcos-hotis (chalanas), que ofe-recem camarotes com ar-condicionado, restaurantes comTV, antena parablica, piloteiros especializados, iscas, en-tre outros servios que facilitam a estada do turista. Agastronomia pode ser descrita como extica, com card-pio a base de peixe e de jacar, caldos de piranha e moco-t. Outra curiosidade referente ao municpio o nmerode bicicletas, cerca de duas para cada habitante, fazendocom que seja considerada a capital nacional da bicicleta.

    GUARNIO DE CCERES-MTGUARNIO DE CCERES-MTGUARNIO DE CCERES-MTGUARNIO DE CCERES-MTGUARNIO DE CCERES-MT

    O

  • 2 72 72 72 72 7 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Em Cceres, realizado anual-mente, no ms de setembro, o Festi-val Internacional da Pesca (FIP), re-gistrado no Guiness Book como omaior torneio de pesca embarcadaamadora em gua doce do mundo.Esse festival, que recebe visitantes deoutras regies e pases vizinhos, temvrias modalidades de competies noRio Paraguai, atendendo ao pblicoinfantil e adulto. J foram realizadas28 edies at 2007, com oito diasde durao, em mdia, cada uma. Naprogramao, alm dos campeonatosde pesca embarcada, h pesca de ca-noa e pesca de praia infanto-juvenil.H, tambm, feiras de artesanato eartes plsticas, espetculos de danae teatro, oficinas ambientais, shows fol-clricos, entre outras atividades de la-zer. O folclore destaca-se com as dan-as de siriri e cururu ao som de viola-de-cocho, atividade cultural tpica daregio mato-grossense.

    Nas baas do Rio Paraguai que fi-cam prximas cidade, no perododas cheias, o visitante pode observaras vitrias-rgias do Pantanal. A pr-tica de ecoturismo, caminhadas, pes-ca esportiva, safris fotogrficos, pas-seios de barco a motor ou a remo ecavalgadas so algumas alternativas delazer em Cceres.

    O 2 Batalho de Fronteira pos-sui Hotis de Trnsito para Oficiais;Subtenentes e Sargentos e Cabos eSoldados. As reservas podem ser fei-tas junto Seo de ComunicaoSocial, pelo telefone (65) 3223 4413ramal 211, ou atravs do e-mail:[email protected]

    AAAAATRATRATRATRATRATIVOSTIVOSTIVOSTIVOSTIVOSTURSTICOS NATURSTICOS NATURSTICOS NATURSTICOS NATURSTICOS NATURAISTURAISTURAISTURAISTURAISCachoeira da PiraputangaCachoeira da PiraputangaCachoeira da PiraputangaCachoeira da PiraputangaCachoeira da Piraputanga

    Localizada na MT 343, a 13 Kmdo ncleo urbano. A cachoeira ti-ma para banho.Dolina gua MilagrosaDolina gua MilagrosaDolina gua MilagrosaDolina gua MilagrosaDolina gua Milagrosa

    Acesso pela rodovia MT 343, anoroeste de Cceres, a 20 Km doncleo urbano, em estrada no pavi-mentada. O local onde est situada alagoa, na Serra das Araras,

    propriedade particular. Trata-se deum espao natural de rara beleza.Caminhar ali estar em total conta-to com a natureza. Avistam-se mor-ros altos com formaes arenticas,escarpas em reas com muito verde egado em seu entorno. H no localuma pequena pousada com restauran-te. A gua da Dolina possui uma co-lorao verde na poca seca e na cheiatem uma colorao azul anil. Mergu-lhadores profissionais j atingiram aprofundidade de 183 metros sem al-canar o fundo. A Dolina gua Mi-lagrosa um local misterioso, queencanta cada um que tem a oportu-nidade de visit-la.

    ReserReserReserReserReserva ecolgica do Tva ecolgica do Tva ecolgica do Tva ecolgica do Tva ecolgica do TaiamaiamaiamaiamaiamConsiderada Patrimnio da Hu-

    manidade, uma rea de 14.500 hec-tares, localizada margem esquerdado Rio Paraguai, a 180 Km ao sul deCceres. Por ser uma reserva ambi-ental, somente permitida a visitaoembarcada. Ao se navegar pelo RioParaguai, avista-se grandes varieda-des de pssaros, mamferos e rpteis.

    CavernasCavernasCavernasCavernasCavernasCceres possui um riqussimo

    patrimnio espeleolgico. Entre osdestaques esto as cavernas do Ja-pons, do Sobradinho, das Marita-cas, do Faco, Rola Pedra, Pita Ca-nudo I e II, as locas da Revoada, daOna e do Sobradinho e a gruta doSio. Elas esto localizadas em di-versos pontos do municpio.

    PraiasPraiasPraiasPraiasPraiasNo perodo da seca (julho a ou-

    tubro), Cceres oferece inmeraspraias de areias brancas localizadass margens do Rio Paraguai. Entreelas, destacam- se as praias doDaveron, Ximbuva e Julio, todasapropriadas para banho, atividadesesportivas e acampamentos.

    Afluentes do ParaguaiAfluentes do ParaguaiAfluentes do ParaguaiAfluentes do ParaguaiAfluentes do ParaguaiNas proximidades de Cceres des-

    tacam-se importantes afluentes do RioParaguai, como o Sepotuba, mais aonorte, com guas cristalinas que, aose encontrarem com as guas do RioParaguai, produzem interessante

    2 72 72 72 72 7 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Festival Internacional de Pesca na Baa dos Malheiros, Rio ParaguaiFestival Internacional de Pesca na Baa dos Malheiros, Rio ParaguaiFestival Internacional de Pesca na Baa dos Malheiros, Rio ParaguaiFestival Internacional de Pesca na Baa dos Malheiros, Rio ParaguaiFestival Internacional de Pesca na Baa dos Malheiros, Rio Paraguai

    Fazenda Histrica de DescalvadosFazenda Histrica de DescalvadosFazenda Histrica de DescalvadosFazenda Histrica de DescalvadosFazenda Histrica de Descalvados

    Regio da Ponta do MorroRegio da Ponta do MorroRegio da Ponta do MorroRegio da Ponta do MorroRegio da Ponta do Morro

    TTTTTu iu iu iu iu iu iu iu iu iu i

    Clube Recreativo de Subtenentes e Sargentos de CceresClube Recreativo de Subtenentes e Sargentos de CceresClube Recreativo de Subtenentes e Sargentos de CceresClube Recreativo de Subtenentes e Sargentos de CceresClube Recreativo de Subtenentes e Sargentos de Cceres

  • 2 82 82 82 82 8 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO2 82 82 82 82 8 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

  • 2 92 92 92 92 9 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    DICAS DE HOTISDICAS DE HOTISDICAS DE HOTISDICAS DE HOTISDICAS DE HOTISLLLLLa Bara Bara Bara Bara Barca Hotelca Hotelca Hotelca Hotelca Hotel

    Rua General Osrio, s/n.Fone: (65) 3223-5047

    Riviera Pantanal HotelRiviera Pantanal HotelRiviera Pantanal HotelRiviera Pantanal HotelRiviera Pantanal HotelRua General Osorio,

    n 540 Centro.Fone: (65) 3223-1177

    www.rivierapantanalhotel.com.brPorto Bello HotelPorto Bello HotelPorto Bello HotelPorto Bello HotelPorto Bello Hotel

    Av. So Luiz, n1888.(65) 3224-1437

    HOTIS FHOTIS FHOTIS FHOTIS FHOTIS FAZENDAZENDAZENDAZENDAZENDAAAAABeira do Rio ParaguaiaBeira do Rio ParaguaiaBeira do Rio ParaguaiaBeira do Rio ParaguaiaBeira do Rio Paraguaiawww.hotelbaiazinha.com.brwww.pantanal3rios.com.br

    www.recantododourado.com.brBARCOS-HOTISBARCOS-HOTISBARCOS-HOTISBARCOS-HOTISBARCOS-HOTIS

    www.barcobabilnia.com.brwww.barcobonanca.com.brwww.cobragrande.com.br

    www.cruzeirodopantanal.com.br

    fenmeno correndo lado-a-lado, poralgum tempo, sem se misturarem.Mais abaixo, o Cabaal queengrossa as guas do rio Paraguai. Aosul de Cceres, mais distantes, aflu-em os rios Padre Incio e Jauru.

    CULCULCULCULCULTURAISTURAISTURAISTURAISTURAISCentro HistricoCentro HistricoCentro HistricoCentro HistricoCentro Histrico

    Casario antigo preservado nazona central, com destaque para a RuaQuintino Bocaiva. Foram tombados48 imveis, num conjunto de casari-os bicentenrios que pertencerame(ou) pertencem s famlias tradicio-nais da regio.

    Igreja So Luiz de CceresIgreja So Luiz de CceresIgreja So Luiz de CceresIgreja So Luiz de CceresIgreja So Luiz de CceresPraa Baro do Rio Branco, ncleo

    urbano. Em 6 de outubro de 1919, foilanada a pedra fundamental para aconstruo, levando 46 anos at o tr-mino, em 25 de agosto de 1965. Suaarquitetura de estilo gtico romano,com paredes largas, similar catedralde Notre Dame da Frana.

    Festa de So Luiz, PadroeiroFesta de So Luiz, PadroeiroFesta de So Luiz, PadroeiroFesta de So Luiz, PadroeiroFesta de So Luiz, Padroeirode Cceresde Cceresde Cceresde Cceresde Cceres

    Comemorado em 25 de agosto,com devota festa religiosa em que sorealizadas missa e novena na IgrejaMatriz e procisso pelas ruas da acon-chegante Princesinha do Rio Paraguai,como conhecida a cidade de Cceres.No sbado seguinte, realizada a FestaSocial, na Praa Baro do Rio Branco,com quermesse (leilo, festival de pr-mios, barraquinha com doce, bebidasdiversas, churrasco e pescaria).

    MarMarMarMarMarco do Jauruco do Jauruco do Jauruco do Jauruco do JauruPirmide Quadrangular localiza-

    da na Praa Baro do Rio Branco,defronte Catedral So Luiz de C-ceres. um monumento de rocha lu-sitana. O marco foi colocado na fozdo Rio Jauru em 1754, demarcandoa nova diviso territorial da Amrica,prevista no Tratado de Madri, assina-do pelos reis de Portugal e Espanha.Este monumento foi assentado na Pra-a Baro do Rio Branco em 2 de fe-vereiro de 1885, sendo tombado peloPatrimnio Histrico e Artstico Na-cional (IPHAN) em 13 de setembrode 1978, ano do bicentenrio de C-

    ceres, e inscrito nos livros deTombo Histrico e Tombo das Bela Ar-tes no dia 4 de outubro de 1978. OMarco do Jauru o nico que restouentre os 17 semelhantes projetados paraserem instalados em diversos lugares daFronteira Oeste, visto que os espanhismandaram destruir os outros.

    Fazenda JacobinaFazenda JacobinaFazenda JacobinaFazenda JacobinaFazenda JacobinaTambm localizada a sudeste de

    Cceres, a 25 Km do ncleo urbano,entre a Serra da Jacobina e a Serra doBarreiro Preto. O acesso feito atra-vs da BR 070. "No ano de 1827, afazenda tinha cerca de 60 mil cabeasde gado, 200 escravos e igual nmerode alforriados" (Batista, Martha. Jaco-bina. Onde comea a histria de C-ceres. Dissertao de Mestrado).

    Fazenda RessacaFazenda RessacaFazenda RessacaFazenda RessacaFazenda RessacaLocalizada no Vale do Rio Para-

    guai, a 3 quilmetros do rio e a 17Km do ncleo urbano, com acesso viaterrestre. Nesse local, em 1872, fo-ram importadas mquinas da Alema-nha para produo de acar e rapa-dura. Em 1902, a Usina Ressaca pro-duziu a primeira safra de acar ecachaa realmente dentro dos padresde industrializao. poca, a fazen-da tinha mais de 27 mil hectares, casaprincipal, edifcio da fbrica, casaspara moradia dos empregados, dep-sitos, armazns, oficinas mecnicas eoficina de carpintaria.

    Museu Histrico MunicipalMuseu Histrico MunicipalMuseu Histrico MunicipalMuseu Histrico MunicipalMuseu Histrico MunicipalCriado no dia 09 de maio de

    1978 pela Lei 695, foi inauguradoem 03 de outubro do mesmo ano,durante a comemorao do bicente-nrio da Princesinha do Rio Paraguai.Localizado na Rua Antnio Maria, s/n Ncleo urbano. O acervo domuseu est dividido em quatro salascom as temticas: 1- Sala de Arqueo-logia (objetos oriundos dos stios ar-queolgicos localizado s margens dorio Paraguai); 2- Sala Histrica Regi-onal (fotos, mobilirios, documentos,armas e histrico de vultos caceren-ses); 3- Sala Sacra (parmetros,instrumentos musicais e imagens desantos); 4- Sala de Comunicaes

    (documentos com registro de expedi-es cientficas e colonizadoras dasregies).

    V O LTA G E M E L T R IC A F U S O H O R R IO C d ig o D D D

    220V01 hora a menos emrelao ao horrio de

    B ras lia65

    2 92 92 92 92 9 ANO XXXV N 196 ABR/MAI/JUN 2008

    Matria elaborada pelo 2 BatalhoMatria elaborada pelo 2 BatalhoMatria elaborada pelo 2 BatalhoMatria elaborada pelo 2 BatalhoMatria elaborada pelo 2 Batalhode Fronteira.de Fronteira.de Fronteira.de Fronteira.de Fronteira.

  • 3 03 03 03 03 0 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    riado em 13 de maio de 1808, pelo ento Prncipe Re-gente D. JooJooJooJooJoo, o Regimento teve como seu primeiro Co-mandante o Coronel FFFFFrancisco de Paula Magessirancisco de Paula Magessirancisco de Paula Magessirancisco de Paula Magessirancisco de Paula MagessiTTTTTavares de Caravares de Caravares de Caravares de Caravares de Carvalhovalhovalhovalhovalho, Baro de Vila Bela.

    Quando de sua criao, absorveu o Esquadro de Ca-valaria da Guarda dos Vice-Reis, existente no Rio de Ja-neiro desde 1765. Seu primeiro quartel foi no Largo daCarioca e a cavalhada ficava estabulada na Rua do Piolho,atual Rua da Carioca, prxima ao Campo dos Ciganos.Hoje, o local uma das laterais da Praa Tiradentes.

    Durante sua existncia, o Regimento teve diversas de-nominaes, mantendo sempre a mesma numerao: Re-gimento de Cavalaria de 1 Linha; Cavalaria Ligeira; Ca-valaria Divisionria e, a partir de 1946, Cavalaria de Guar-das.

    Em todas as aes nas quais esteve empenhado, o 1Regimento de Cavalaria sempre fez jus aos mais exaltadoselogios pela bravura, destreza e disciplina de sua tropa.

    1 REGIMENTO DE CAV

    NO IMPRIONO IMPRIONO IMPRIONO IMPRIONO IMPRIONessa fase da nossa Histria, a unidade desempenhou

    diversas misses no Sul, Nordeste e Centro do territriobrasileiro. Atuou, em 1817, na Revoluo Pernambucana.Participou das aes que levaram expulso das tropas doGeneral TTTTTito Aito Aito Aito Aito Avilezvilezvilezvilezvilez em 1822, fato esse muito importan-te para a Independncia do Brasil. E, em 1824, estevepresente na Confederao do Equador, em Pernambuco.

    Em 1825, foi deslocado para o Rio Grande do Sul.Esteve acampado em So Jos do Norte, Pelotas, Bag eSantana do Livramento. Em 1827, participou da Batalhado Passo do Rosrio. O Marqus de Barbacena, em cartaao Imperador, atesta: "os batalhes de infantaria sustenta-ram a retirada a passo ordinrio, cabendo ao 1 Regimen-to de Cavalaria cobrir a retaguarda da marcha para o RioJacu, salvando-se o Exrcito". Durante o combate, o Re-gimento protegeu quatro peas de artilharia do entoTenente Emlio Luis MalletEmlio Luis MalletEmlio Luis MalletEmlio Luis MalletEmlio Luis Mallet. No boletim do Quartel-

    200 Anos de1 REGIMENTO DE CAV

    200 Anos de

    C

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    VALARIA DE GUARDAS

    Mestre General do Exrcito em operaes consta: "o 1Regimento perdeu muitos oficiais e soldados, mas nuncavoltou a cara ao inimigo".

    Regressou ao Rio de Janeiro em maio de 1829. Em1831, houve a fuso com o 2 Regimento de Cavalariade 1 Linha formando o 1 Corpo de Cavalaria e sua sedefoi transferida para Ouro Preto. O 2 Regimento de Ca-valaria era o antigo Regimento de Cavalaria de Minas quesubstituiu as Companhias de Drages em suas tarefas nasmontanhas mineiras. O Alferes Joaquim Jos da SilvaJoaquim Jos da SilvaJoaquim Jos da SilvaJoaquim Jos da SilvaJoaquim Jos da SilvaXavierXavierXavierXavierXavier pertenceu 6 Companhia do Regimento de Mi-nas. A fuso dos dois regimentos mostra que a Histria doatual 1 RCG pode comear em 1775, data da criaodo Regimento de Minas; ou mesmo em 1719, data dacriao das Companhias de Drages de Minas. A perma-nncia em Ouro Preto foi curta: em 1835, iniciou suavolta ao Rio de Janeiro, novamente com o nome de 1Regimento de Cavalaria.

    Como Unidade sediada na Corte, participou de diver-sas solenidades importantes na Histria do Brasil e doExrcito: Aclamao de D. Joo Joo Joo Joo Joo VI como Rei do Brasil,Portugal e Algarves; cerimnia de chegada ao Brasil dafutura Imperatriz Leopoldina; coroao dos imperadoresPedro I e Pedro II. Em 1879, esteve nas cerimnias f-nebres do Marechal Osorio e, no ano seguinte, seis deseus soldados conduziram a urna com o corpo do Duquede CaxiasCaxiasCaxiasCaxiasCaxias, quando de seu sepultamento.

    NA REPBLICANA REPBLICANA REPBLICANA REPBLICANA REPBLICAO 1. Regimento de Cavalaria foi, talvez, a mais entu-

    siasta Unidade do Exrcito nos movimentos que levaram Proclamao da Repblica em 1889. No dia 11 de no-vembro, 21 oficiais assinaram um pacto comprometen-do-se com a causa republicana. s 05h30 do dia 15 denovembro, o Tenente-Coronel Benjamim ConstantBenjamim ConstantBenjamim ConstantBenjamim ConstantBenjamim Constant che-gou ao quartel do Regimento em So Cristvo e dirigiumensagens ao Clube Naval e ao General FlorianoFlorianoFlorianoFlorianoFloriano

    e sua criaoVALARIA DE GUARDASe sua criao

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    PPPPPeixeixeixeixeixoooootototototo. Em seguida, o Regimento marchou em direoao Campo de Santana. O Marechal DeodoroDeodoroDeodoroDeodoroDeodoro foi ao en-contro das foras que l se achavam. Um alferes do Regi-mento apeou de seu cavalo e o cedeu ao marechal. Mon-tado naquele cavalo, que era um baio e tinha o nmero 6,Deodoro Deodoro Deodoro Deodoro Deodoro passou em revista as tropas e transps os

    portes do ento Ministrio da Guerra. Em homenagem aesse ato, o Regimento conserva, at hoje, como montadado seu comandante, um cavalo baio de nmero 6.

    Batalha Passo do RosrioBatalha Passo do RosrioBatalha Passo do RosrioBatalha Passo do RosrioBatalha Passo do Rosrio Carrossel Mil itar executado para a TV Excelsior noCarrossel Mil itar executado para a TV Excelsior noCarrossel Mil itar executado para a TV Excelsior noCarrossel Mil itar executado para a TV Excelsior noCarrossel Mil itar executado para a TV Excelsior noRio de Janeiro-1965Rio de Janeiro-1965Rio de Janeiro-1965Rio de Janeiro-1965Rio de Janeiro-1965

    Sada para o Desfi le de 07 de Setembro noSada para o Desfi le de 07 de Setembro noSada para o Desfi le de 07 de Setembro noSada para o Desfi le de 07 de Setembro noSada para o Desfi le de 07 de Setembro no Rio de Janeiro - 1967 Rio de Janeiro - 1967 Rio de Janeiro - 1967 Rio de Janeiro - 1967 Rio de Janeiro - 1967

    No perodo republicano, o Regimento desempenhoumisses nas Revoltas da Esquadra, Federalista, Canudos,da Vacina Obrigatria e do Batalho Naval; e nos Movi-mentos tenentistas de 1922, 24 e 30. Em 1932, atuouna regio de Resende (RJ), quando da RevoluoConstitucionalista de So Paulo. Protegeu o Quartel-

    General durante a Intentona Comunista em 1935 e oMovimento Integralista em 1938.

    No dia 7 de setembro de 1926, desfilou pela primeira

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    Carrossel em Brasl ia-1968Carrossel em Brasl ia-1968Carrossel em Brasl ia-1968Carrossel em Brasl ia-1968Carrossel em Brasl ia-1968Desfi le 7 de Setembro na Avenida PresidenteDesfi le 7 de Setembro na Avenida PresidenteDesfi le 7 de Setembro na Avenida PresidenteDesfi le 7 de Setembro na Avenida PresidenteDesfi le 7 de Setembro na Avenida PresidenteVVVVVararararargas no Rio de Janeirgas no Rio de Janeirgas no Rio de Janeirgas no Rio de Janeirgas no Rio de Janeirooooo-1967-1967-1967-1967-1967

    Desfi le de 7 de Setembro na Esplanada dosDesfi le de 7 de Setembro na Esplanada dosDesfi le de 7 de Setembro na Esplanada dosDesfi le de 7 de Setembro na Esplanada dosDesfi le de 7 de Setembro na Esplanada dosMinistrios em Brasl ia-2007Ministrios em Brasl ia-2007Ministrios em Brasl ia-2007Ministrios em Brasl ia-2007Ministrios em Brasl ia-2007

    vez usando o uniforme da Imperial Guarda de Honra deD. Pedro ID. Pedro ID. Pedro ID. Pedro ID. Pedro I.

    Por decreto de 20 de agosto de 1936, a Unidadepassou a ter o ttulo de Drages da Independncia, con-cretizando idia do historiador Gustavo BarrosoGustavo BarrosoGustavo BarrosoGustavo BarrosoGustavo Barroso, que,alm do ttulo, sugeriu o uso, nas paradas e grandes sole-nidades, do uniforme da Imperial Guarda de Honra, re-tratado no quadro " O Grito do Ipiranga", de PedroPedroPedroPedroPedroAmricoAmricoAmricoAmricoAmrico.

    O 1 RCG tambm o bero da equitao acadmica,difundida pelo Capito Armando JorgeArmando JorgeArmando JorgeArmando JorgeArmando Jorge no quartel deSo Cristvo, e forja de notrios cavaleiros de renomenacional e internacional. Ainda no Imprio, em 1876, foirealizado o 1 concurso hpico nos moldes europeus noCampo de So Cristvo, em homenagem ao Conde D'EuD'EuD'EuD'EuD'Eu.

    Em setembro de 1965, chegava a Brasl ia o3 Esquadro de Fuzileiros para formar o escalo avan-ado na nova capital. Em 1 de janeiro de 1968, osDrages, oficialmente, tiveram sua sede transferida doRio de Janeiro para Braslia. O Regimento foi a primeiraUnidade do Exrcito a receber a Ordem do Mrito Mi-litar, cujo diploma de concesso selado e registradosob o nmero 1. Tem hoje oito condecoraes nacio-nais, duas estaduais e trs estrangeiras. Na capital daRepblica, o Regimento continua a manter as tradiesda legendria e imorredoura arma de OsorioOsorioOsorioOsorioOsorio.

    MISSES AMISSES AMISSES AMISSES AMISSES ATUAISTUAISTUAISTUAISTUAISO 1 RCG organizado da seguinte maneira: Esquadro de

    Comando e Apoio, Esquadro de Cerimonial, 1 e 2 Esqua-dro de Drages, 3 Esquadro de Choque e Centro Hpico.

    Tem como misses: prover a guarda das instalaes da Presi-dncia da Repblica, executar o cerimonial militar representativodo Pas, contribuir na formao do cidado brasileiro, manter astradies eqestres da Fora Terrestre e estar pronto para cum-prir misses de GLO.

    A famlia Drago, buscando estreitar ainda mais os la-

    os de amizade entre os militares da unidade e o pblicoexterno, desenvolve vrias atividades culturais e projetossociais, cedendo suas instalaes para encontros, cavalga-das, confraternizaes, equoterapia e outros eventos,tornando-se, assim, um smbolo da Capital Fe