RV_pais04

A PRIMEIRAESCOLA

ENTrEVIsTAMos proFEssorAsE pAIs QUE TÊM DICAs pArA VoCÊ

CARROS ANTIGOSUM sUpErBrINQUEDo pArA pAIs DE BoM GosTo

PAIS INSPIRADORESEXEMpLos DE VIDA E DE TrABALHo pArA ToDos os FILHos

FERNANDO JALES. UMA VIDA ENTRE

5 MULHERES.

Ano iV | número 4 | 2012

UmA PUbliCAçãO dA ReViSTA VeRSAilleS

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E MAIS: pAIs NA sALA DE pArTo, GAsTroNoMIA CoM ELEs NA CoZINHA,HoMENAGEM NA QUArTA CApA, prosA E MUITAs DICAs DE prEsENTEs Dos FILHos

Ano iV | número 4 | 2012

UmA PUbliCAçãO dA ReViSTA VeRSAilleS

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12 de Agosto, Dia dos Pais.Parabens aos nossos maiores herois.

Av. Afonso Pena, 624 - Tirol - 3211.7920

EXEC

UTIVA

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Untitled-1 1 27/07/12 11:59

10 RV Pais AGOSTO 2012

Índice.

12. EDITORIAL 14. RÁPIDAS16. CAPA: UM PAI CERCADO DE MULHERES COmO é A VidA de

FeRnAndO JAleS COm A eSPOSA e AS QUATRO FilhAS.

26. CONSUMO E MODA AS CRiAnçAS Se PROdUzem e VãO àS COmPRAS dO PReSenTe

dO PAPAi.

38. EDITORIAL: PAIS E CARROS ANTIGOS VeRdAdeiRAS JOiAS

SObRe ROdAS QUe SãO UmA delíCiA PARA OS COleCiOnAdOReS.

49. A ESCOLHA DA PRIMEIRA ESCOLA leiA O QUe dizem OS

edUCAdOReS e OS PAiS QUe Já Têm FilhOS nA eSCOlA.

61. QUE PARTO! COmO OS PAiS PARTiCiPAm dO nASCimenTO dOS FilhOS.

Índice.

38.

Coordenação geral e edição: larissa borges Conselho editorial: larissa borges e Thiago Cavalcanti Redação: eliade Pimentel, larissa borges, lucílio barbosa Projeto gráfico: Caio Vitoriano Direção de arte: GR design editorial Produção: Sarah lira Revisão: lucílio barbosa Comercial: lilian Agra Fotógrafos: humberto lopes, Rámon Vasconcelos e m.A. diniz Jornalista responsável: Eliade Pimentel – dRT JP875 Rn

Capa: O pai Fernando com a família: Janaína, isabel, Fernanda, maria Antônia e Sofia Foto: humberto lopes

Tiragem: 7.000 exemplares Gráfica: moura Ramos

Contatos: 84 3217.6162 | [email protected] | [email protected] |@RV_versailles | Facebook: RV Versailles | www.versaillesrecepcoes.com.br

16.

RV Pais AGOSTO 2012 11

69. PAIS GOURMET eleS ASSUmem A COzinhA e dãO diCAS de menU PARA O diA dOS PAiS.

74. PROFISSÃO DENTISTA PRA CUidAR de CRiAnçA, mUiTA ATençãO e

PROFiSSiOnAliSmO.

76. FALA SÉRIO UmA PAlAVRinhA COm A PSiCólOGA ROSSineide FOnSêCA SObRe limiTeS.

77. PAIS INSPIRADORES PROFiSSõeS diFeRenTeS, PAiS inUSiTAdOS, FilhOS COm UmA

liçãO de VidA A APRendeR.

84. RETRATOS DE FAMÍLIA Um ReGiSTRO PARA TOdA A VidA.

86. PROSA Um TexTO emOCiOnAl dO eSCRiTOR CeFAS CARVAlhO.

88. BASTIDORES O QUe eSTá POR TRáS de CAdA PáGinA dA ReViSTA.

A RV Pais é uma publicação anual

da Revista Versaillespor Larissa BorgesProjetos Editoriais

69.

26.

49.


de repente, se é pai. Sem aulas nem

cursos preparatórios, sem seminários nem

mestrados para tal. de repente, chega o

filho, e o homem vira pai. Ou o menino

ainda, vira pai. Quem ensina a sê-lo é a

própria paternidade, e quem dá forças

para tal é o amor imensurável pela família,

como vocês verão nas tantas páginas

desta publicação, com personagens

da vida real, pais que contaram suas

experiências, cada um a seu modo, e

todos com um sentimento em comum: o

orgulho de ser pai.

Orgulho de quem sabe que essa

missão não é cronológica, temporal ou

biológica, a missão “paternidade” não

tem prazo de validade, não acaba com o

amadurecimento dos filhos, não termina

com a chegada da velhice. Orgulho de

quem sabe que cada fase é única e

inesquecível, como a de acompanhar o

nascimento dos filhos na sala de parto,

a de escolher a primeira escola, como

a fase de cozinhar para eles, de ganhar

presente que eles próprios escolheram, de

testemunhar a primeira mesntruação, de

apresentar seus hobbies e ofícios.

Fases estas publicadas aqui, em

histórias que desvendam os tantos papéis

a exercer e intervenções a assumir. Que

nunca lhes faltem forças para manter os

filhos seguros e preparados para a vida,

com a convicção de quem sabe e ama

exercer esse privilégio. Parabéns a todos

que fizeram parte desta publicação, que

termina cheia de admiração.

TEXTO | larissa borges | FOTO | humberto lopes

Editorial.

Larissa Borges Publicitária, diretora de mKTdo Versailles Recepções, editora da Revista Versailles e RV mães.

AOS PRIVILEGIADOS


Rápidas.

TEXTO | lucílio barbosa | FOTOS | m.a. Diniz

Os pequeninos artistas da escola infantil Primeiros Passos deram um show no nosso

concurso de desenhos. Trabalhos coloridos e alegres, com técnicas inovadoras, que

traduzem a relação de pais e filhos e encantam a todos os leitores da RV Pais.

“no Dia em que eu nasci

ele já estava ali

me recebenDo nos braços

Da família

eu não sabia De naDa

mas ele já me amava.”

Cristina Mel - “Meu Pai, Meu amigo”

01. davi Passos Sales, 6 anos, foi

escolhido o melhor trabalho-homenagem

ao pai, Antônio Cardoso Sales. Confira na

quarta capa desta edição o surpreendente

trabalho em lixa de davi.

02. A diretora do espaço infantil Primeiros

Passos, luciana Azevêdo, e a editora desta

publicação, larissa borges, orgulhosas do

talento precoce.

02.

talentososE CRIATIVOS

01.


A criatividade dos alunos extrapolou as expectativas com artes feitas com lixa e lápis colorido. Acima, os 3 desenhos vencedores. 1º lugar: davi Passos, 2º lugar: Pedro Guedes e 3º lugar: maria eduarda.

Os bastidores dos vídeos produzidos por Ph Vídeo, feitos para a versão iPad desta publicação. baixe o APP com o nome RV Pais.


Capa.


fernanDo e suas5 MULHERESTEXTO | lucílio barbosa

FOTOS | humberto lopes

manhã de inverno. Promessa de

um clima frio e pouco acolhedor. mas,

ao encontrarmos nosso entrevistado,

Fernando de Araújo Jales Costa, nossa

manhã se transformou e o coração se

aqueceu com a história de um pai cercado

de mulheres e muita emoção. Fernando é

natalense, 33 anos, pai de isabel, 7 anos,

e das trigêmeas Fernanda, Sofia e maria

Antônia, 3 anos, e casado com Janaína

lopes Gomes, empresária.

Até o ambiente sério e sisudo do

escritório de advocacia contrastava com

a alegria e o entusiasmo de Fernando ao

falar das cinco mulheres de sua vida. isso

mesmo, cinco mulheres que governam a

vida desse simpático advogado.

“eu nunca dei entrevista. não gosto.

mesmo que fosse outro assunto, na área

jurídica, não é meu perfil.” A exceção foi

feita pra RV Pais porque o assunto era

suas filhas e sua família.

em meio a uma entrevista cheia de

reflexões sobre a vida, nós embarcamos

no expresso feminino de Fernando Jales,

uma montanha-russa de emoções, na

qual ele transita com a desenvoltura de

um fruto bendito entre as mulheres.

“eu nunca dei entrevista.

não gosto... não é meu

perfil.” A exceção foi feita

por Fernando pra RV Pais

porque o assunto era suas

filhas e sua família.


Fernando e Janaína se casaram em

outubro de 2004. na época, ele tinha

apenas 26 anos, e eles tinham planos de

aproveitar a vida de casados viajando,

passeando, curtindo. mas a curtição

veio de outra forma, porque isabel não

demorou a chegar.

em menos de 6 meses de casados,

Janaína estava grávida e, em julho de

2005, isabel chegava pra ser o centro

do universo de Fernando, que confessa

que não se sentia, até então, preparado

para ser pai. mas isabel veio de surpresa

mudar a vida e a cabeça de Fernando.

“na primeira vez eu dizia que queria

uma menina, aí veio... Foi uma felicidade

enorme. eu era abestalhado por ela. Vivia

a vida toda girando em torno dela.”

então, em 2008, veio outra notícia

surpreendente: era vez das trigêmeas.

“eu fiquei atordoado. é a palavra certa.

Abalado porque a responsabilidade estava

pesando. A gente tinha um planejamento

de crescimento familiar. Tinha uma filha

e queria a segunda. Com a notícia das

trigêmeas, quase caí pra trás de susto.”

- Fernando, você ‘tá podendo falar?

- Tô.

- Você ‘tá sentado?

- Tô.

- Você ‘tá sentado mesmo?

- Tô.

- Você está sentado meeeesmo?

- Tô, Janaína. O que foi que

aconteceu?

- A gente vai ter trigêmeos.

um começo inesperaDo

um abalo

sísmico,

um terremoto


“A gente tinha um

planejamento de crescimento

familiar. Tinha uma filha e

queria a segunda. Com a

notícia das trigêmeas, quase

caí pra trás de susto.”

Fernando Jales, pai.

mas a vida ensina e o abalo de Fernando não

durou um dia.

“no outro dia, eu fui a uma audiência na vara

de família. é uma área onde as emoções estão

à flor da pele. Você termina se envolvendo com

o problema dos outros. Quando você vê está

sofrendo junto com seu cliente. e eu vi casal que

não podia ter filho. e eu pensei: poxa, eu aqui

abalado porque vou ter mais três, ampliar minha

família... passei a ver como uma graça. eu sou

um privilegiado. eu e Janaína, a minha família

como um todo, fomos abençoados. eu não

merecia tanta felicidade. e isso é pura verdade.”


A escolha dos nomes das quatro

filhas também foi revestida de emoções

diversas: sonhos, promessas e uma

homenagem ao pai.

Quando Janaína estava grávida da

primeira filha, um amigo do casal, igor

medeiros de melo, sonhou que a menina

se chamaria isabel. Os pais gostaram

tanto do nome que não tiveram dúvida em

batizar a primeira filha.

Para as trigêmeas, cada nome teve

uma razão especial. Fernanda era das

três a mais folgada, ocupava o melhor

lugar na barriga, era a maior, ou seja,

segundo Janaína, a cara do pai, e nada

mais justo que ter o nome dele.

Sofia era um nome doce, suave, que a

mãe adorava e achava belo. e mãe, sabe

como é, tem direito de preferência nessas

horas.

maria Antônia, por sua vez, foi

uma promessa da mãe de Janaína

pra Santo Antônio, porque o médico

disse que ela poderia ser absorvida

pelo organismo. na gravidez múltipla,

segundo os médicos, sempre tem um

feto que tem menos possibilidades de se

desenvolver completamente, e pode até

ser reabsorvido, naturalmente.

mas não foi isso que aconteceu com

maria Antônia, que cresceu bem na

barriga da mamãe, nasceu menorzinha

que as outras é verdade, mas com uma

delicadeza e força que cativaram ainda

mais o pai.

“ela é um grude comigo e eu com ela.”

Ah, e maria Antônia era o nome da

bisavó de Fernando. Tudo se encaixa,

tudo conspira a favor da felicidade dessa

família.

depois do nascimento das

meninas, muita coisa mudou. inclusive

um medo de viajar que surgiu em

Fernando. ele fala que demorou cinco

anos pra poder voltar a fazer uma

viagem tranquilo.

entre 2005 e 2010, Fernando

evitou andar de avião. Fez uma

ou outra viagem de negócios por

obrigação.

“eu falava com deus: deixa eu

chegar em casa, dar um beijo nas

minhas filhas e depois pode me levar

se quiser. mas primeiro deixa eu voltar

pra casa.”

este ano, vai viajar com as cinco.

A primeira viagem com toda a família.

e sem medo de ir, nem de avião.

caDa nome, caDa histÓria!

meDo De avião


Fernando acompanhou os partos

de suas filhas, uma tendência hoje de

pais que querem participar de todos os

momentos da vida das crianças (veja

matéria sobre partos nesta edição). Como

todo pai que se preze, Fernando filmou

os partos, se emocionou muito e, pra

não fugir do script dessa novela paterna,

passou mal.

“Quase desmaio. Sai da sala, tomei

ar e voltei pra assistir o resto. Tive

uma turica, né?”

“tive uma

turica!”


A pergunta era: Fernando, você cuida

delas ou elas cuidam de você?

depois de alguns momentos de

hesitação, vem o desabafo: “eu tenho uma

atividade profissional estressante. na vara

de família, você se envolve muito com os

clientes. Recebo ligação às 17 horas de

um sábado pra ir resolver problema de

guarda de filhos. às vezes, eu chego em

quem cuiDa

De quem?


“minha mulher é uma

guerreira! lá em casa é

uma loucura! eu fico só

com a parte boa: brincar.”


A vida traçou o destino de

Fernando. ele foi preparado desde

cedo pra compreender esse

universo feminino e lidar com ele.

Filho de pais separados, conviveu,

desde criança, com a mãe, duas

irmãs mais novas e a segunda

mulher de seu pai, que é uma

segunda mãe pra Fernando.

“Quando a minha irmã mais

nova nasceu, eu tinha 12 anos. eu

acompanhei o crescimento dela.

Quando eu tinha 15 anos, eu curtia

Renata como eu curto minhas

filhas hoje. Quando eu tive isabel,

passava aquele filme da minha irmã

pequenininha.”

sempre ligaDo

ao munDo

feminino

casa esgotado. e eu pego as meninas, até

como diversão. é um escape.”

e, como todo super-herói, reconhece

seus limites: “minha mulher é uma

guerreira! lá em casa é uma loucura! eu

fico só com a parte boa: brincar.”

Quer dizer, no fundo no fundo, a

resposta pra pergunta do início é: elas é

que cuidam desse paizão!


Fernando, como era sua vida antes e

depois das filhas?

“Você muda totalmente sua visão de

mundo. eu começo a raciocinar: hoje,

tudo que eu faço, seja pessoal ou seja

profissional, é pensando na minha família.

eu tenho uma responsabilidade muito

grande de não decepcioná-las.”

é uma vida com mais emoção por

você ser cercado de mulheres e não ter

filhos homens?

“A mulher é diferente. Sempre tem um

carinho. Você nota. é natural dela. não

sinto essa falta (de um filho homem).”

Você já imagina como vai lidar com

seus ciúmes com as filhas?

“eu acho que não vou ter ciúmes,

como não tive de minhas irmãs.” e

completa de mansinho: “eu acho. Só vou

saber quando vier”.

O que você pensa do futuro delas?

“eu quero formar mulheres íntegras,

dignas.”

entenDenDo as mulheres

“A mulher é diferente.

Sempre tem um carinho.

Você nota. é natural

dela. não sinto essa falta

(de um filho homem).”


“Quando me falam: você vive com mulher e 4 filhas? eu respondo: minhas filhas,

minha mulher, minha mãe e minhas irmãs vão diariamente lá em casa, e minha sogra

também. Tem dia que são 9 mulheres lá em casa, é coisa de novela!”, complementa

Fernando, rindo muito.

coisa De novela


Certamente você já ganhou

presente do seu filho, não é? mas

já imaginou ele na loja, fazendo

a escolha com todo o carinho e

cuidado, só pra acertar? Flagramos

esses preciosos momentos pra você

e aprovamos todas as escolhas dos

pequenos. Tem roupa bonita, moda

praia, perfume gostoso e óculos

charmoso. Qual será o seu presente?

Consumo.

escolhenDoO PRESENTE DO PAPAI

01.

TEXTO | larissa borges

FOTOS | m.a. Diniz

01.

Camisas Adji.

As princesas

do paizão bruno

vestem Aire.


02.

03.

04.

04.

Kit óculos + porta-óculos

Ótica Diniz Prime.

Os filhos de Flávio usam Tindolelê.

02 e 03.

óculos de sol

Ótica Diniz Prime.


05.

05.

Sunga do paizão + sunga do filhão em

diversas estampas Romance Brazil

As crianças de Robson

vestem Aire


06.

06.

Perfume malbec Gran Reserva O Boticário.O filho de Jaeslen veste Tindolelê.


07.

07.

Kit Portinari com caixa de ferramentas

O Boticário

A filhota de Alberto veste Lilica Ripilica


08.

08.

estojo Uomini

O Boticário

A dupla de

Alexandre veste

Tindolelê


09.

10.

11.

09.

mochila em couro

Richards

10.

Sapato em couro

Richards

11.

Camisa em algodão

Richards

O trio do paizão emerson veste Tindolelê


12.

12.

óculos de sol Ótica Diniz Prime

Os rapazes de Francisco vestem Tigor T. Tigre

DIREÇÃO larissa borges

PRODUÇÃO Sarah lira

FOTOGRAFIA m.A. diniz

AGRADECIMENTOSAs irmãs Carol, Ana luiza e bruna, filhos de bruno lacerda;

natália e Guilherme, filhos de Flávio maia;

João Arthur e maria eduarda, filhos de Robson medeiros;

Felipe, filho de Jaeslen Costa; Clara, filha de Alberto dantas;

mateus e manuela, filhos de Alexandre Santos;

Vinicius e Gabriel, filhos de Francisco lopes;

mariana, maria luisa e João Victor, filhos de emerson matos.

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OD open doors anuncio RV pais.ai 1 01/08/12 11:06


o prazerDA DEGUSTAÇÃO

Quando nascem os bebês, é

comum em algumas sociedades os

pais distribuírem charutos para seus

amigos. é um sinal de masculinidade. A

banca Cidade do Sol oferece um serviço

específico de tabacaria, com uma gama de

charutos e cigarrilhas da melhor qualidade.

O proprietário Tota (Antônio barbosa) aos

poucos se aperfeiçoou no tema e tira todas

as dúvidas pessoalmente, sobre questões

como origens, qual o melhor produto para

iniciação etc. “Os melhores charutos do

mundo são os cubanos e os brasileiros,

mas existem outras fontes produtoras e

cada cliente descobre o que acha mais

interessante.”

Publicações diversas, nacionais

e internacionais, balas, chocolates e

chicletes, recargas de celulares, cigarros

e charutos, atendimento exclusivo, de

domingo a domingo (das 6h às 22h), e o

mix de produtos faz da banca Cidade do

Sol a mais tradicional da cidade, a primeira

com ambiente climatizado e a que oferece

o mais completo serviço de tabacaria.

Tabacaria.

TEXTO | eliaDe pimentel | FOTOS | m.a. Diniz

Banca Cidade do SolAv. Afonso Pena, s/n - Petrópolis.Tel.: 84 3202-4484.

Rua Mossoró, 602 - Petropólis / 3133-2506

Seja em casa, no trabalho, ou no escritório, a Diniz Prime sabe que o homem moderno não tem tempo a perder.

Por isso conta com um atendimento personalizado.

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Você sabe o quanto seu tempo é precioso.Felizmente, nós também.

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Diniz Prime - Anúncio Versailles - PRIME.ai 1 20/07/11 17:58


Editorial.

paiXão VINTAGETEXTO | eliaDe pimentel

FOTOS | ramÓn vasconcelos

O entusiasmo é quase infantil. Quatro homens feitos, profissionais renomados,

têm em comum uma paixão: são loucos por carros antigos! Convidados a ilustrar

este editorial, posam orgulhosos com seus possantes preferidos em frente a prédios

históricos da cidade. Pedro Cavalcanti Filho, Augusto maranhão, Adriano Rocha e

djalma Rocha são colecionadores e se reúnem periodicamente para trocar informações,

notícias de compra e venda, e, por que não dizer, para flertar com “as máquinas”

dos amigos. Para quem gosta de admirar a passagem do tempo através de veículos

preservados, uma oportunidade a olhos vistos. O encontro do Clube de Carros Antigos

do Rn ocorre no largo do Atheneu, em Petrópolis, no primeiro sábado de cada mês.

Colecionador e usuário de carros

antigos, Pedro Cavalcanti Filho começou

a adquirir os veículos de seus sonhos

a partir do seu aniversário de cinquenta

anos. hoje, passados seis anos,

entre dodges, landaus e mavericks,

devidamente resguardados num galpão

alugado, aos cuidados de um mecânico

particular, ele mantém uma herança bem

peculiar, um Ford 1928 e uma harley

davidson 75, que pertenceram ao seu pai.

“Sou apaixonado por motores V8. Comprei

alguns carros que eu desejava, mas não

tinha meios de adquiri-los na época.”

“A diferença entre o menino

e o homem é o tamanho do

carro.”

Pedro Cavalcanti Filho, médico, presidente do Clube de Carros Antigos do RN


Apaixonado por carros da década de 70, Pedro Cavalcanti

tem como um dos seus mimos o dodge le baron 1979, cuja

placa preta - atestando a originalidade - é motivo de orgulho.

(Casa da Viúva machado, Cidade Alta).


A afinidade por veículos é algo que vai além

da rotina de trabalho do empresário Augusto

maranhão, que atua no setor de transportes

urbanos de natal. Proprietário de Ford lP,

mustang, dodge e Opalas, é com maior

orgulho que ele fala do caminhão GmC, de

1942, que pertenceu ao 16 Ri (16º Regimento

de infantaria motorizada do exército), ainda no

tempo da Segunda Guerra mundial. “e tenho

também um Torino Station Wagon 74, ainda

em processo de recuperação, que pertenceu a

João havelange.”

“A associação por carros

antigos geralmente é

vinculada a algum carro que

marcou a infância.”

Augusto Maranhão, empresário

O mercury Cougar xR

75 foi o último veículo

importado adquirido por

um famoso deputado

pernambucano, o zé

bodinho (José marques

da Silva). Tem todas as

novidades da época: vidros

elétricos, ar-condicionado

e desembaçadores. (Solar

bela Vista, Cidade Alta).


há oito anos, djalma Rocha foi

convidado para a inauguração de uma

restauradora de veículos clássicos em

Recife, onde também visitou um museu

particular de um grande colecionador

pernambucano. na volta, não resistiu:

adquiriu um Opala, modelo preferido do

seu pai, no qual ele aprendeu a dirigir

antes mesmo dos 18 anos. “O cuidado

dispensado aos carros antigos é muito

maior, porque enquanto os novos se

desvalorizam, os antigos agregam valor

sempre.”

“minha paixão por carros

vem desde a minha infância.

Tornei-me colecionador

de miniaturas, dispondo

atualmente de mais de 500

modelos.”

Djalma Rocha, economista


este Ford mustang lx 88 tem histórias... Além de ter

conduzido a filha ao altar, djalma Rocha integra um

grupo que se desloca ao interior do estado promovendo

ações de solidariedade em pequenas comunidades

carentes. (Atheneu norte-Riograndense, Petrópolis).


“eu cuido pessoalmente do

carro como se fosse uma

joia. Possuir veículo antigo

significa alegria, satisfação

e exclusividade.”

Adriano Rocha, funcionário público

Cor vermelha da Ferrari,

motor V8 302 canadense

e muitas outras

características tornam

o Ford maverick GT 74

uma relíquia nas mãos de

Adriano Rocha, que se

orgulha de ter conduzido

a filha Sophia, 3, da

maternidade para casa.

(estação Central, Rocas).

DIREÇÃO larissa borges

PRODUÇÃO Sarah lira e lilian Agra

STyLING Weuquens Queiroz

FOTOGRAFIA Ramón Vasconcelos

Os convidados vestem Adji.

AGRADECIMENTOSdr. Pedro Cavalcanti, Augusto maranhão,

djalma Rocha e Adriano Rocha.


A paixão por dirigir e por velocidade é herança

genética. Seu pai, André barbosa, é um verdadeiro

entusiasta de veículos antigos e contagiou vários membros

da família, que estão sempre em contato resolvendo algo

relativo aos carros. Adriano Rocha cita que a importância

dessa paixão vai além do valor sentimental que cada

proprietário nutre por seus veículos. “Se não fossem os

colecionadores, não seria possível reproduzir com tanta

fidelidade os cenários de época para filmes e novelas.”

O que seu pai ensinou fica marcado para sempre.Neste Dia dos Pais, dê Malbec Gran Reserva Edição Limitada.

Engatinhar Andar Pedalar Dirigir

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igir

só

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ente

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dos.


a primeira escolaA GENTE NUNCA ESQUECE

Todos os anos de estudo de uma pessoa são como uma bagagem levada por

toda a vida. Com a necessidade que pais e mães têm de trabalhar, opta-se por matricular

a criança cada vez mais cedo. Aí vem o xis da questão. A escolha por esta ou aquela

escola é delicada porque envolve muitos fatores. é comum os pais questionarem sobre

projeto pedagógico, estrutura, assistência médica e, claro, os diferenciais que cada

instituição oferece. nesta reportagem, convidamos as escolas Cei Romualdo Galvão,

lápis de Cor, maple bear e Primeiros Passos para mostrarem um pouco de suas

características. Ao mesmo tempo, perguntamos também aos pais quais foram os critérios

utilizados para matricularem os filhos nas escolas selecionadas. O resultado dessa

equação toda é a satisfação de cada família.

TEXTO | eliaDe pimentel | FOTOS | m.a. Diniz

Educação.


Ao levar em conta fatores como idade,

desenvolvimento psicomotor, necessidades

especiais, entre outras coisas, os pais devem

pensar em questões como arquitetura e

mobiliário. As escolas Primeiros Passos e

maple bear conceberam estrutura especial

visando receber crianças menores. A

coordenadora Ana Flávia (Primeiros Passos)

explica que, desta forma, a escola pode

oferecer total segurança para o seu público,

que é voltado à educação infantil. “As salas

são dotadas de câmeras, para os pais

acompanharem o dia a dia dos fihos, pela

internet; criamos ambientes diferenciados,

como o salão de banho, para oferecer mais

conforto às crianças”, descreve. na maple

bear, o mobiliário é confeccionado com

material à prova de queda e todas as salas

são dotadas de centros de aprendizagem.

“As salas de aulas são espaçosas,

atendendo a todas as necessidades dos

alunos”, explica Carolina bezerra, diretora

administrativa.

arquitetura planejaDa


“inicialmente o que me chamou

a atenção na Primeiros Passos

foi a proposta pedagógica, que

resulta em ensino de qualidade,

mas eu também destaco a

estrutura, que oferece total

conforto e segurança para as

meninas” – José Miranda Júnior,

engenheiro civil, pai de Ana

Clara, 7, e hanna lethicia, 3.


Saber falar inglês é abrir portas:

aumentam as chances para as bolsas

de estudos no exterior e para o mercado

de trabalho. A maple bear, franquia

canadense, dispõe de professores nativos

do Canadá e dos estados Unidos, além

de promover treinamentos para a equipe

local regularmente. “nós seguimos a

grade curricular proposta pelo meC, mas

as crianças são alfabetizadas nos dois

idiomas”, esclarece a diretora Carolina

bezerra.

A lápis de Cor é uma instituição

reconhecida devido a esta proposta, cujos

frutos são constatados, no dia a dia, por

crianças bem pequenas que já estão

avançadas no idioma. “nós estimulamos a

segunda língua porque consideramos que

é importante para a formação da criança”,

declara a coordenadora pedagógica

luciana Fortunato.

my name is...


“eu apostei na proposta

inovadora da maple bear por

acreditar que a escola tem a

função de inserir o aluno no

contexto de um mundo atual

e globalizado. A equipe de

profissionais e a estrutura

denotam que a escola está apta

a cumprir esses requisitos” –

Guilherme Pinto, juiz de direito,

pai de luís Guilherme, 4.


O Cei Romualdo Galvão tem um

histórico importante no ranking do

vestibular e está sempre inovando,

porque muitos pais pensam neste

critério quando decidem a escola para

os filhos. Para facilitar a compreensão

do conteúdo, a escola disponibiliza

equipamentos de projeção em todas as

salas. “O nosso laboratório de informática

estimula a curiosidade dos alunos

através da robótica”, explica Ana Flávia,

coordenadora, que adianta projeto da

escola em resumir material em tablet.

O mesmo aparelho que virou atração

principal na lápis de Cor, onde foi criada

a Sala do iPad para estimular o acesso

às tecnologias cada vez mais cedo. “é

uma forma de conjugar entretenimento

com aprendizado, com aplicativos de

fácil acesso”, afirma luciana.

tecnologia e eDucação


“eu queria uma escola para toda

a vida, que garantisse o acesso

à universidade, que tivesse boa

infraestrutura. O Cei tem um

projeto pedagógico muito bom.

Além disso, a escola promove

integração entre a família e

a escola. Acho importante

participar” - Rodrigo Fernandes

Wanderley, engenheiro civil, pai

de Raphael, 5.


Afetividade, boa acolhida para a

família e uma boa nutrição. Tudo isso

caminha junto para o desenvolvimento

das crianças, que geralmente passam

boa parte do tempo na escola e precisam

de um bom atendimento em diversos

aspectos. na lápis de Cor, receber

bem os pais é uma regra para toda a

equipe. na Primeiros Passos, a nutrição

correta também faz parte do currículo.

Simplificando para os pais e evitando

compartilhamentos indevidos, a escola

incluiu o serviço de lanches como

indispensável. “Todo mundo saboreia o

mesmo cardápio, mas nós respeitamos

as particularidades de cada aluno”,

afirma Ana Flávia, referindo às restrições

alimentares.

participação e afeto


“A escola cumpre muito bem

o seu papel de fiscalizar e

orientar a família sobre o lanche

correto. na lápis de Cor, uma

característica que me deixa

muito satisfeito é a acolhida. nós

somos bem tratados desde a

portaria até a direção” - Gláucio

Uchôa, pai de Vitória, 2, e Victor,

11, que estudou na lápis de

Cor até completar o ensino

Fundamental 1.


INFRAESTRUTURA

O Cei Romualdo inaugura mais duas

bibliotecas este ano, para estimular a

leitura e a produção textual. Primeiros

Passos dedica espaço exclusivo de

psicomotricidade, para estimular o

desenvolvimento psicomotor de todos os

seus alunos.

e mais...

ÉTICA E CONVÍVIO SOCIAL

A maple bear oferece aulas regulares

de música como forma de socializar os

alunos. O Cei Romualdo criou disciplina

específica de ética, para todas as séries.

na lápis de Cor, a boa acolhida aos pais

é uma orientação da direção a todos os

colaboradores.

ALUNOS E PROFESSORES

POR SALA

Faça questão de conferir

qual é a quantidade de crianças

e professores por sala de

aula. As escolas consultadas

garantem número reduzido de

alunos e equipe qualificada

para atender a todos.


FAMÍLIA/ESCOLA

Cabe à família decidir a escola mais

adequada, mas é interessante que haja

a participação de todos na construção

da escola ideal. Através de sugestões

e reivindicações, ajude a transformar

a escola do seu filho num ambiente

favorável à formação de excelência.

NUTRIÇÃO

A preocupação com nutrição saudável é uma

realidade na maioria das escolas, que buscam

inserir no dia a dia das crianças bons hábitos

alimentares. O ideal é que os pais tenham

consciência na elaboração do cardápio das

lancheiras para evitar problemas futuros como

obesidade.

ASSISTêNCIA MÉDICA

As escolas de educação infantil

e ensino Fundamental têm serviços

complementares de nutrição,

Odontopediatria e Psicologia. Algumas

ampliam a assistëncia médica, como é o

caso da lápis de Cor, cuja área é protegida

pela Unimed, e da Primeiros Passos, que

tem convênio com o PAPi para garantir

atendimento prioritário, com autorização

prévia dos pais.

Av. Afonso Pena, 766 | 4005. 9000 I 3220.4404Dir. Médica: Dra. Zélia Dias - CRM 513/RN

URGÊNCIAS 24H:Ortopedia | Pediatria | Clínica Geral

Ginecologia | Obstetrícia

Maternidade | Laboratório de Análises Clínicas Centro de Vacinas | UTI Adulta | Ultrassonografia

Geral e Especializada | Atendimento Clínico UTI Neonatal | Tomografia Computadorizada Único Hospital com UTI Pediátrica do Estado

Dar o melhor apoio é fazer de tudo para que as surpresas da vida se transformem em tranquilidade.

Feliz Dia dos Pais.

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Grávidos.

aventurasNA SALA DE PARTO TEXTO | lucílio barbosa | FOTOS | ceDiDas

Cada um na sua: mãe na sala de

parto, tendo o bebê, e pai no corredor,

roendo as unhas. Até há alguns anos, era

assim que acontecia a chegada dos filhos.

O nascimento do bebê não comportava

pai e mãe juntos, se apoiando. O parto

era um evento quase que exclusivamente

feminino.

mas o tempo passa, as pessoas

mudam e cada vez mais a hora do

parto se torna o momento de reunir pais

participativos, compartilhando todas as

emoções da chegada de um filho. no

brasil, a participação dos homens na hora

do parto é um fenômeno relativamente

novo, que especialistas apontam ter início

na década de 1980.

A própria Organização mundial

da Saúde e o ministério da Saúde

reconhecem, hoje, que a presença

de um acompanhante é um fator que

contribui para a saúde física e psíquica da

parturiente.

e não é só na hora do parto que os

pais estão mais presentes. eles estão

acompanhando a gravidez desde o início,

fazem o pré-natal junto com a esposa, vão

às consultas, ajudam a escolher o enxoval,

fazem curso para gestantes, fotografam,

filmam e até desmaiam. Porque pai que é

pai é assim, mostra cada dia mais um lado

terno escondido atrás da força masculina.

A RV entrevistou três pais que têm

muito pra contar sobre gravidez e parto.

Cada um é unânime em falar de uma

emoção indescritível e cada um, do seu

jeito, contribuiu para que esse momento

se tornasse inesquecível.


Arturo Arruda Câmara, publicitário

de 38 anos, já era pai de maria, hoje

com 4 anos, quando soube que sua

esposa, larissa luana, estava grávida do

segundo: um menino. “eu queria muito

um menino no primeiro. depois que veio

maria, ela já com dois anos, tinha me

conquistado, e, sinceramente, pra mim

tanto fazia se o segundo seria homem ou

mulher.”

no parto de maria, tudo correu

tranquilo e na presença desse pai que

é um “frouxo pra sangue” assumido.

“Quando ela nasceu e chorou, eu

comecei a chorar compulsivamente, sem

explicação. era um choro espontâneo e

sem controle. dei um beijinho na testa de

larissa e fui comemorar.”

Aí o marinheiro, que já tinha feito a

primeira viagem, se achando o lobo do

mar, foi com tudo assistir ao parto do

segundo filho.

Câmera fotográfica em punho, avó

presente, o cenário todo preparado pra

grande estreia do segundo filho, só faltava

combinar o nome da criança. A mãe queria

outro, mas o pai avisou: “Se nascer com

minha cara, vai ser Arturo Filho”.

o parto visto De um lugar especial:

o chão.

“Eu agradeço muito por eles serem do jeito que são.”


“...rapaz, tô passando

mal! Só me lembro do

escurecimento de vista,

quando eu pensei que não

estava deitado no chão.”

Arturo Câmara, publicitário.

Chega o dia do parto, o pai

superatarefado, dia corrido, gravação

de comercial, meio-dia em ponto, sol a

pino, no meio de um roseiral, sem tempo

de almoçar, sai de lá direto pra pegar a

esposa e corre pra maternidade.

“Fui pra sala de parto, tinha a tensão

toda, nisso o cheiro do bisturi elétrico,

aquele cheiro foi me incomodando. Aí,

eu disse, rapaz, tô passando mal! Só

me lembro do escurecimento de vista,

quando eu pensei que não estava deitado

no chão.”

Pai no chão, médico espirituoso.

doutor ney, que já foi capa da 2ª RV

Pais: “Rapaz, você veio dar trabalho a

gente aqui. Agora, fique aí deitado que

nós vamos cuidar de seu filho que está

nascendo”.

Cenário na sala do parto: Arturo

deitado, com as pernas pra cima num

banquinho, só levantava a cabeça pra

ver o que estava acontecendo e ouvir a

conversa da equipe. Assistiu do chão a

chegada de Arturo Filho.

“não sei se pelo desmaio ou porque

eu estava meio desorientado, mas eu não

escutei ele chorar. Aí eu disse, ele não

chorou! e comecei a ficar agoniado. eu

pedia: Arturo Filho, chore. meu filho, chore.

Papai tá aqui, chore. Quando ele abriu o

berreiro, meu amigo, eu chorava mais do

que ele. Chorei feito menino pequeno.”

Recuperado do desmaio, a primeira

providência de Arturo foi sair da sala

de parto e comunicar oficialmente:

“Vai chamar Arturo Filho”. Afinal, quem

desmaia tem prioridade na escolha.

Saldo deste pai: dois partos, duas

choradeiras e um desmaio.

Arturo Filho, hoje com 2 anos, já

entrou em campo acompanhando o time

de futebol do AbC, grande paixão do pai e

da irmã, assiste desenho animado com o

pai, mas na hora de dormir prefere mesmo

é a mãe.


A doula cuida do bem-estar

físico e emocional da mãe,

mas nada substitui o pai

nessa hora. Por isso, lá

estava luís acompanhando

todo o trabalho de parto,

que durou 7 horas.

Foi na volta de uma viagem à disney

que luís henrique medeiros e Renata

dantas descobriram que estavam

grávidos. luís, um advogado de 36 anos,

conta que um mal-estar persistente, pós-

viagem, virou suspeita de gravidez em

poucos dias. mesmo sem a confirmação

de um exame de sangue, apenas com um

teste de farmácia, os dois não aguentaram

guardar o segredo e marcaram um jantar

com os pais pra contar a novidade. Vinha

aí o primeiro neto e o primeiro bisneto da

família de luís.

Após a 10ª semana, um novo teste

de farmácia indicou o sexo: era menino!

mãe e avó correm pra marcar viagem aos

estados Unidos para comprar o enxoval.

“eu fiquei animado, já botei no

Facebook. Aí, resultado, quando a médica

começou a fazer a ultra pra confirmar

o sexo, não aparecia o pintinho lá. não

aparecia. e aí a médica disse: é menina.”

laurinha estava a caminho.

entre uma ida e outra à médica,

entre uma ultra e uma roupinha de bebê,

Renata e luís foram amadurecendo a

o parto humanizaDo.

muita preparação para pai e mãe.


“Minha vida, eu considero tão melhor do que era antes que é difícil até mensurar

com palavras. Aquele amor incondicional vai crescendo no dia a dia, vai crescendo, e

até aqui eu não encontrei limites.”

ideia de ter um parto normal. Uma decisão

inusitada já que o parto normal não é mais

tão normal assim. Os partos cesáreas já

chegam a 80% na rede privada, segundo

dados do departamento de informática do

SUS.

“A médica concordou, encampou a

ideia e indicou uma doula, uma enfermeira

especializada, que auxilia a mãe durante o

trabalho de parto.”

doula vem do grego “mulher que

serve”. Uma profissional que existe em

muitos países e começa a aparecer no

brasil.

“O pai, embora seja coadjuvante,

termina se envolvendo em todo o

processo”, falou luís henrique, que,

como não podia deixar de ser, chorou

muito na hora que laurinha chegou, num

verdadeiro turbilhão de emoções e de

felicidade.

laurinha, hoje com 10 meses, tomou

apenas leite materno nos primeiros 6

meses e nunca adoeceu. Uma menina

privilegiada.


André de Paula, um jovem

administrador de 34 anos, acompanhou

o nascimento de seu primeiro filho, davi,

com um bom humor que lhe é peculiar.

Começando com a notícia da gravidez

dada por sua esposa, larissa Vieira, que

foi literalmente um presente.

“eu estava na churrascaria,

comemorando meu aniversário num

almoço com os amigos, e ela me ligou:

tenho um presente pra você. mas

não precisa vir pegar não. eu estou

carregando ele pra você”, conta André,

que chorou, subiu na mesa, fez os amigos

escreverem mensagens na toalha de

mesa, que foi levada como souvenir,

amarrada ao pescoço como a capa de um

pai super-herói.

depois de uma gravidez normal,

tranquila, com todo acompanhamento

médico que tem direito, inclusive curso

de gestante feito pelo casal, chegou o

grande dia.

“A gente saiu pra jantar. Quando

voltou a bolsa estourou. na hora do

parto, me deu um branco, me deu uma

‘geladeira’. eu só filmei muito os pés dos

médicos, quase desmaiando. não caí,

um parto emocionante. histÓrias

De um Dia muito feliz.

“Ele é a maior alegria da minha vida.”


“Chorei, chorei. Foi a maior

emoção que eu senti na

minha vida. Fiquei meio

bobão.”

André de Paula, administrador.

mas fiquei meio bambo.”

André sofreu a síndrome típica de

um pai na hora do parto. O pai envolvido

com a experiência da gravidez, que

acompanha todo o processo, acumula

tanta emoção que desemboca durante

o trabalho de parto. Foram 6 horas até

nascer um “moleque lindão”.

“Chorei, chorei. Foi a maior emoção

que eu senti na minha vida. Fiquei meio

bobão.” emoção tão grande que André

esqueceu a mãe, o filho e começou a

entrevistar a parteira:

(André) - e aí, o que a senhora achou?

e o parto?

(larissa) - Ô, André, filma a gente

aqui.

Agora, larissa está grávida do

segundo filho, lucas. André, sempre

A presença do pai na hora do parto aproxima o homem do processo de

nascimento e de crescimento do filho. Os vínculos com a mãe e o bebê se

tornam mais fortes, fazendo nascer um novo homem: o pai moderno, atarefado,

mas presente.

As mães agradecem o auxílio luxuoso. e as histórias ficam registradas nos

álbuns de família e na memória afetiva de todos.

Além do que, como diria uma velha propaganda de televisão, “não basta

ser pai, tem que participar”, porque os momentos são raros e devem ser

aproveitados em toda sua plenitude.

pais na sala De parto.

pais na viDa Das crianças.

presente, dá banho em davi e até prepara

uma mamadeirazinha de vez em quando.

“Você começa a mudar os conceitos,

trabalhar sua cabeça, tanto profissional,

emocional, sua família, muda tudo. Fiquei

mais tranquilo.”

DALIANA


Menu.

papaizinho TÁ NA

COzINHA...TEXTO | eliaDe pimentel

FOTOS | m.a. Diniz

Fazendo comidinha para as filhinhas... Suas idas ao fogão são sempre por puro prazer

e apenas pessoas muito privilegiadas desfrutam do talento gastronômico dos empresários

marcelo Gurgel e Adelino marinho. Além de cozinharem muito bem, eles têm consciência

de que assumir o avental e as panelas é visto como um charme pela família. Seja no

veraneio, na reunião do fim de semana, ou até mesmo no dia a dia, não existe problema

algum em se aventurar pela cozinha. Como típicos pais gourmets residentes na terra

de Poti*, os convidados da RV Pais servem pratos à base de camarão feitos no maior

capricho. Aproveite as dicas e não tenha receio de fazer seus entes queridos ainda mais

felizes, além de muito orgulhosos do papai aí.

*Pot

i: ca

mar

ão, n

a lín

gua

tupi

.


Ovo caipira e manteiga da terra: uma

combinação que dá gosto. Por volta dos

10 anos de idade, marcelo Gurgel fazia

suas primeiras incursões na cozinha. na

infância, “o velho e bom ovo frito foi o pai

da matéria”, relembra. ele não precisou

entrar em detalhes quanto à qualidade

dos ingredientes utilizados, mas como um

potiguar nato, um começo tão original só

pode ter acontecido com produtos típicos

dessa terrinha boa, que gerou uma das

culinárias mais gostosas do país, quem

duvida?

“Fiz um minicurso com a banqueteira

carioca neca mena barreto e me espantei

com a forma com que ela tratou a nossa

manteiga do Sertão, chegando ao ponto

de tratá-la como iguaria e espalhar por

seus braços como se fosse, e ao mesmo

tempo comparando com um hidratante

natural”, admira-se. Filho de uma família

numerosa, que tem a mãe como grande

inspiração, marcelo arrasa na preparação

de massas, carnes e frutos do mar...

no dia a dia, a esposa luciana e a filha

malu (5 anos) são seu público-alvo. Aos

domingos, a família inteira, e, de vez em

quando, os amigos.

receita Do papai marcelo


“Gosto de ir pra cozinha

para desopilar, coloco um

som e viajo pelo mundo da

gastronomia.”

Marcelo Gurgel,empresário natalense.

SEGREDINHO DO CHEF“Tenho minha faca predileta, a panela da

massa é uma, do molho é outra... mas o

que eu não dispenso é uma colher de pau

que sempre uso, me dá a impressão de

que no dia que não cozinho com ela, a

comida não ficou tão bacana.”

LINGUINE AO CREME DE CAMARÃO(2 porçõEs)

Ingredientes:2 colheres (sopa) de azeite, 4 dentes

de alho batidos,1/4 de cebola ralada, 4

colheres de creme de leite, 1 porção de

creme cheese, 150g de massa do tipo

linguine, mostarda e ketchup a gosto,

300g camarão.

Modo de preparo:Tempere o camarão com sal,

pimenta, limão e Ajinomoto® e deixe

descansando por uma hora. Cozinhe

o linguine com um pouco de azeite.

Aqueça uma panela à parte e coloque

o alho e a cebola para dourar no azeite,

em seguida coloque o camarão e mexa

bem até iniciar o cozimento. Acrescente

o creme de leite, o creme cheese,

mexendo até unificar. Adicione mostarda

e ketchup a gosto. O creme deverá ser

servido com o linguine ainda quente.


receita Do papai aDelinoA curiosidade de descobrir um talento a mais e

o amor pelas filhas mariana, 13, maite, 6, e Alice,

4, deram o empurrãozinho necessário para que

Adelino marinho tomasse gosto pela gastronomia.

“Comecei preparando comidinhas para elas”, diz

modestamente. hoje, após algumas tentativas e

erros, garante que não passa nenhuma vergonha

na cozinha. O empresário relembra com pesar o

dia em que abriu “um bom barolo e a cozinheira

desavisada utilizou no molho”. entusiasta, ele

manda um recadinho para quem ainda não se

aventurou pelas caçarolas: “A vida precisa de

novas experiências. Seja ousado. As mulheres

adoram os homens que cozinham”.

SEGREDINHO DO CHEF“Uma boa exaustão é essencial. lugar de

suar é na sauna e não na cozinha.”


RISOTO DE CAMARÃO à MERCATTO (4 porçõEs)

Ingredientes:1 litro e meio de caldo de legumes (se usar

tablete, dissolver 2 unidades), 2 xícaras

(chá) de arroz arbóreo, 1 colher (sopa) de

azeite, meia xícara (chá) de vinho branco,

meia xícara (chá) de cebola picada, meia

colher (sopa) de alho picado, 500g de

camarões limpos, 4 colheres (sopa) de

manteiga, 200g de creme de leite, 300g de

jerimum, 100g de queijo parmesão ralado

grosso, sal e pimenta do reino a gosto.

Modo de preparo:Cozinhe bem o jerimum, faça um creme

acrescentando o creme de leite e reserve.

em uma frigideira, aqueça o azeite em

fogo médio. Junte o alho e refogue por

dois minutos. Acrescente os camarões

e refogue, mexendo até que fiquem

rosados. desligue o fogo e reserve. leve

uma panela ao fogo alto com o caldo de

legumes. Quando ferver, abaixe o fogo.

Coloque duas colheres de manteiga em

outra panela e leve ao fogo baixo. Quando

a manteiga derreter, junte a cebola

picada e refogue, mexendo bem, até que

a cebola fique transparente. Aumente

o fogo e acrescente o arroz. Refogue

por dois minutos, mexendo sempre.

Adicione o vinho e misture até evaporar;

vá adicionando o caldo ao risoto aos

poucos, mexendo sempre. Quando secar,

adicione mais caldo e repita a operação

por, aproximadamente, 15 minutos,

sempre em fogo alto. Verifique o ponto: o

risoto deve ficar cremoso, mas os grãos

de arroz devem estar al dente. não deixe

o caldo secar todo ou o resultado será um

risoto ressecado. Quando o risoto estiver

no ponto, adicione o creme de jerimum e

o camarão, lembrando de guardar alguns

para decoração. misture bem, acrescente

o restante da manteiga e o queijo

parmesão e sirva na sequência.

“A cozinha une as pessoas.

deveríamos frequentá-la

mais vezes.”

Adelino Marinho, empresário paulistano.


Perfil.

profissão DENTISTATEXTO | eliaDe pimentel | FOTOS | m.a. Diniz

Algumas crianças são calmas,

outras inquietas. mas, com seu jeito

cativante, ela convence a todos os seus

pequenos clientes de que uma boca

saudável é o caminho certo para se

conquistar um sorriso franco e seguro. A

odontopediatra Andréa dias faz uma série

de recomendações aos pais e alerta que a

primeira visita ao consultório deve ocorrer

ainda na primeira infância. dessa forma, a

criança e a profissional estabelecem uma

relação de confiança.

“O ideal é começarmos a atender

a gestante, depois o bebê ainda sem

dentes, passando pela dentição, até a

troca completa dos dentes, para liberar

o paciente na adolescência”, afirma. ela

explica que a odontopediatria abrange

todas as áreas da odontologia, por isso

a responsabilidade do profissional que

atende exclusivamente às crianças é

redobrada.

Com consultório adaptado à

garotada, Andréa atende casos que

vão desde uma consulta dos pais, que

Dra. Andréa Dias da SilvaRua Coronel Joaquim manoel, 615ed. harmony Center, 17º Andar - Sl. 1703Petrópolis . Tel.: 3211.4985 | 8726.7317

buscam informações, ou simplesmente

restaurações, aplicação de flúor, limpeza

e raio x, até os problemas de dentição

mais complexos, que envolvem próteses

infantis, aparelhos interceptativos e outros.

“Tenho observado que atualmente a

família vem toda reunida ao consultório e

isso é muito importante, porque elimina a

possibilidade de traumas futuros”, atesta.


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Fala Sério.

a importância Do limite NO DESENVOLVIMENTO INFANTILTEXTO | rossineiDe fonsêca FOTOS | m.a. Diniz

Rossineide Moura FonsêcaPsicóloga Escolar – UFRN/ Pós-graduação em Psicopedagogia e Psicomotricidade - UnP - Cursando Pós-graduação em Gestão, Saúde e educação especial e inclusiva. Cei - Centro de educação integrada.

limites, um assunto complexo que

nos leva a refletir o que faz com que os

pais, às vezes, não saibam quando devem

impor. hoje, os pais passam a maior parte

do tempo trabalhando e, nos momentos

em que estão com seus filhos, tentam

suprir esta ausência permitindo que a

criança faça tudo. Agindo dessa forma,

a criança vai internalizando que seus

desejos são atendidos prontamente.

A criança que não aprende a ter limites

não tem percepção do outro, só enxerga

a si mesma, quer apenas satisfazer seus

desejos. ela crê que pode tudo e espera

ser atendida de imediato. Os pais precisam

intervir e ajudá-la a compreender que

nem sempre o que ela quer é possível. é

importante que a criança aprenda a ouvir

o “não”. O “não” educa, ele possibilita a

compreensão que certos comportamentos

e atitudes são possíveis em determinados

momentos e em outros não.

Winnicott dizia: “muitos desses pais

que cedem sempre veem o filho no

presente, ao passo que aqueles que

sabem dar sem mimar veem o filho no

tempo e no futuro”. estabelecer regras

auxilia na formação da criança e no seu

amadurecimento. Com isso permitimos

que ela aprenda as regras sociais de

convivência e o respeito ao outro e

consiga lidar com as frustrações.


Comportamento.

pais reais, presentes e DIFERENTES TEXTO | eliaDe pimentel

FOTOS | m.a. Diniz

existem pais de todos os jeitos, formas,

estilos e profissões. Alguns trabalham

em escritórios, vestem paletó e gravata,

correm de um lado para outro, sofrem e

se desgastam com o trânsito. mesmo não

sendo os únicos, eles é que levam a fama

no mercado. Ciente de que o sentimento

paterno é capaz de transcender a todos e

quaisquer estereótipos, a reportagem de

RV Pais saiu à caça de pais de espírito

bem mais leve, que vivem com a cabeça

nas nuvens e os pés muito firmes no chão.

A seguir, você vai conhecer a história

do artista plástico Flávio Freitas, do

estilista Ricardo San martini e do velejador

Antônio morais. eles se comportam de

maneira bem especial com seus filhos.

mas quem pensa que esse tipo de

homem é exceção à regra está

muito enganado. não foi difícil

destacar esse tipo de pai em

nossa sociedade, porque os

homens que consideram

a paternidade como algo

sublime e elevam essa

condição sobre todas as suas outras

funções na vida estão em toda parte.

eles fazem um excelente trabalho,

educando seres humanos íntegros,

corretos e bem resolvidos. A preocupação

com a formação dos princípios de

humanidade, por mais que este assunto

pareça fora de moda, é algo que todos os

entrevistados têm em comum. ensinar os

filhos a viver o presente sem esquecer o

amanhã é uma forma de educá-los para

a vida, valorizando as coisas simples.

educação, saúde e vida para todos. esta

é a principal lição aprendida com nossos

super-heróis em forma de pais reais,

presentes e diferentes.


“eles são tuDo o que eu

pretenDi para mim”O pai Flávio Freitas, 51 anos, é

arquiteto por formação, que atuou por

uma década em Fernando de noronha.

lá surfou e colocou os filhos em contato

com o mar. Vive do trabalho como artista

plástico. dá expediente no atelier próprio

localizado num prédio antigo na Ribeira,

um velho casarão que surpreende pela

simplicidade e imponência ao mesmo

tempo. durante a conversa, tira de

gavetas desenhos de edwards, 22, daniel,

23, e maria Clara, 26, retratos de criança

feitos por um pai que se rendeu totalmente

à responsabilidade de ter gerado uma

Pais e filhos resolveram pôr em

prática um antigo projeto de Flávio,

pedalar até Fortaleza pelo litoral.

não chegaram à capital cearense,

mas se realizaram ao encerrar a

aventura em Canoa Quebrada. Ao

final, reuniram os diários de bordo

e publicaram o livro Três bicicletas

à beira-mar. Três relatos de uma

viagem incrível, que durou seis dias

no mês de janeiro de 2006.


“eles também me criticam.

minha filha vive falando:

troca esse carro.”

Flávio Freitas, artista plástico, referindo-se ao Fusca 72, seu meio de transporte.

“SOU MUITO FELIz POR PERCEBER QUE OS MENINOS CONQUISTARAM SEU PRÓPRIO ESPAÇO”

maria Clara é arquiteta.

daniel faz aulas de aviação

nos estados Unidos, para ser

piloto, outra profissão que o

pai artista sonhou um dia ser.

edw, o mais novo, está se

preparando para ingressar

na marinha mercante. entre

outros, herdou mais um talento.

integra a equipe de velejadores

da escola de marinha de

Guerra. Os filhos e o pai se

completam e mantêm um forte

laço de amizade. “Procuro ser

sempre um amigo com quem

eles podem contar”, diz Flávio.

família com a mulher por quem é apaixonado

até hoje, Ana Guará.

“A minha prioridade na minha existência é

ser pai”, dispara. Flávio é um professor nato.

Ao longo da infância e adolescência dos filhos,

foi ele mesmo quem os ensinou a nadar, a

mergulhar e deu aulas de desenho, inglês e

música. maria Clara relembra que cada um

escolhia o instrumento e ela preferiu o teclado.

Também fala do “batismo” do mergulho, em

Fernando de noronha. “ele, às vezes, dava

uns foras nas minhas amigas que vinham me

chamar para brincar à tarde. era um professor

durão às vezes.”


“a maior parte

Do tempo

eu estou,

naveganDo”Comandante de um barco de

expedições, o velejador Antônio morais,

48, mantém-se presente mesmo à

distância. Casado com a fisioterapeuta

elisa, com quem tem dois filhos

adolescentes, Felipe, 14, e Pedro, 12, ele

costuma intensificar o tempo com a família

quando está em terra. “Gostamos de viajar

para o interior, onde é mais fácil assimilar

os pequenos prazeres da vida”, referindo-

se às coisas simples como fruta colhida do

pé, leite tirado na hora. “A garotada está

tão confinada hoje em dia, em shoppings

ou diante do computador, que eu busco

mostrar uma visão diferente.”

no dia a dia, os garotos andam de

ônibus, mas quando o pai está presente,

eles gostam de “abusar” um pouco da

convivência e, de vez em quando, Antônio

recebe uma ligação: “pai, vem nos buscar”.

O navegador tem consciência de que

é necessário compensar sua ausência,

então participa da vida escolar dos filhos a

ponto de acompanhá-los às competições

esportivas que acontecem fora da cidade.

“O mais velho joga basquete e o mais

novo pratica natação. eles gostam muito

de esportes, identificam-se com vida ao ar

livre e já fizeram curso de mergulho.”

“EU E MINHA MULHER NOS FALAMOS PRATICAMENTE TODOS OS DIAS, ATRAVÉS DO TELEFONE VIA SATÉLITE”

Antônio conta que começou a

trabalhar embarcado por acaso.

Antes, atuava como engenheiro civil

e passava a maior parte do tempo

em escritório. era uma rotina muito

desgastante. no começo do novo

trabalho, ele e a mulher sofreram

um pouco para se adaptarem ao

novo estilo de vida. “Algumas vezes,

eu viajo em datas especiais, como

natal, ano-novo e aniversários da

família. é difícil administrar isso.”


“O que a gente percebe

é que faltam valores e

estamos conseguindo

passar bons valores de

simplicidade.”

Antônio Morais, velejador.


“criança Dá mais energia

para a gente trabalhar”Três filhos concebidos pelo destino.

Ricardo San martini se tornou pai de

eloah, 6, e de Osiris, 5, por pura vocação.

e de quebra, ainda foi adotado como pai

por Paulino Chacon, 25, um jovem dJ

performático que tinha alguns problemas

de aceitação na sua família de origem.

“eu me identifiquei com ele, nós nos

entendemos como pai e filho”, explica. O

estilista tinha um desejo latente de ser pai,

mas, devido a problemas de saúde, sabia

que não poderia realizá-lo por vias naturais.


“estou realizado com

meus filhos, mas continuo

aberto. Se tiver vontade,

terei outro.”

Ricardo San Martini, estilista.

Quando apareceu a oportunidade de

adotar eloah, Ricardo foi conhecer a mãe

biológica, que ainda estava grávida. “eu

senti que dentro daquela barriga tinha um

filho meu. naquele instante escolhi o nome

eloah, que em hebraico significa deus e

é usado para meninos e meninas.” Osiris

veio em seguida, como um presente,

deixado em sua casa. no momento da

entrevista, o menino passa correndo pelo

pai, que o aponta como seu assistente.

“eu ajudo ele”, confirma. e é assim, com

sua prole, que ele se vê cada dia mais

entusiasmado para criar, para trabalhar.

“não tem pra quê ter medo de alguma

coisa. muito menos preconceito. Se surgir

a vontade, adoto mesmo”, revela.

“CRESCI NUMA FAMÍLIA DE FILHOS BIOLÓGICOS E ADOTIVOS, POR ISSO A ADOÇÃO É TÃO NATURAL PARA MIM”

Ricardo tem uma

concepção pessoal sobre a

composição de uma família.

Criado em mato Grosso,

filho de uma catalã com

italiano, reside há 16 anos

em natal. O pai faleceu, a

mãe e algumas irmãs residem

fora do brasil. “Para mim,

quanto mais, melhor. Gosto

da confraternização. hoje,

minha família é composta por

agregados, por meus filhos,

minha mulher Cida, minhas

enteadas”, enumera.


uma boa fotoEM FAMÍLIA

Os bons momentos com os filhos começam cada vez mais cedo, já na hora do parto,

como vimos em matéria nesta edição. depois do nascimento, aniversários, casamentos,

viagens, tudo é motivo para uma bela foto, de pais, filhos, filhas, família. e a gente aqui fica

só na espera que eles abram o sorriso pra fazer o registro e mostrar pra vocês. Porque ter

uma boa foto em família é ter histórias pra contar por toda vida.

TExTO | lucílio barbosa | FOTO | fernanDo bronzeaDo fátima melo freD filho

Wellington barbosa sérgio luiz WanDerley aDams

Retratos.

beatriz e Gilvan Trigueiro

Júlia dutra e Cláudio Soares

Roger Chaves e matheus daher

esta é uma homenagem da RV

Pais a todos os pais que festejam

a vida ao lado de seus filhos,

noivos e noivas. Um brinde à vida

bem vivida entre pais e filhos.


Adelino e marina Cavalcanti

leticia e henrique Fonseca leticia e Jose Garcia nóbrega Ronaldo e marcos méllo

Kayoma eUbaldo Fonsecabruno e João maria Souza


DESABROCHANDOTEXTO | cefas carvalho | FOTOS | ceDiDas

Cefas Carvalho é escritor, jornalista e poeta cordelista. nasceu em São Paulo por acaso, mas mora em natal “desde sempre”. Tem quatro livros publicados, “Ponto de fuga”, “Três”, “Reinvenções” e “encontos e desencontos”, além de 15 folhetos de cordel lançados. é coordenador do Concurso de Poesia zila mamede e atualmente é editor-chefe do jornal Potiguar notícias. Prepara o lançamento do romance “Os olhos salgados”, vencedor do Concurso Câmara Cascudo (Funcarte), edição 2011-2012.

Prosa.

Ainda que não fosse religioso,

lembrei do eclesiastes naquela manhã

chuvosa de agosto: Tudo tem o seu

tempo determinado e há tempo para

todo propósito debaixo do céu: há tempo

de nascer e tempo de morrer; tempo de

chorar e tempo de rir; tempo de abraçar

e tempo de afastar-se. na verdade,

eu começara a refletir sobre a questão

desde que os cabelos insistiam em partir

e as dores nas pernas e nas costas

ficavam mais constantes. mas, o passar

dos anos não me assustava: realizado

profissionalmente, bem casado com

helena, pai de Amanda, uma filha linda

e saudável, eu fizera do tempo um bom

amigo.

às voltas com a administração da

minha empresa de informática, recebi

– naquela manhã de forte chuva – um

telefonema de helena. disse que

tinha algo importante a me comunicar.

imaginei tratar-se de contas a pagar ou o

pedido para levar algo para casa. nada

disso. entre a satisfação e indisfarçável

constrangimento, ela disse que Amanda

menstruara pela primeira vez.

A primeira sensação foi de uma

estranha angústia. Claro que eu sabia

– posto que ela tinha treze anos – que

tal dia chegaria. Contudo, uma vez

acontecido o fato temos uma estranha

sensação de surpresa, como se tal coisa

jamais fosse acontecer. Tolice. Claro


que aconteceria, e naquele instante eu

percebia que o fato provocaria mudanças

na vida de Amanda e, certamente, na

minha.

O pensamento que me invadiu foi

o óbvio: a minha menina estava se

transformando em mulher. não sem certa

melancolia, lembrei de quando ela era

um bebê, ninada em meus braços sob o

encanto de velhas cantigas. boi, boi, boi,

boi da cara preta, pega essa menina que

tem medo de careta...

Recordei das fraldas sujas que troquei

nela e das vezes que a levantei do chão,

quando caía, no exercício penoso – e por

fim bem sucedido – de andar sozinha.

Como um filme, todas as cenas da menina

que vi nascer e crescer passaram por mim

como se em despedida. Afinal, a menina

não existiria mais. daria lugar a uma

mulher – antes disso a uma adolescente,

com suas espinhas, neuras, chiliques e

caprichos - que teria de encontrar seu

espaço em meio a um mundo de homens,

como se diz.

Outra recordação: das aulas de

biologia. menarca era o nome da primeira

menstruação, sim, o termo me vinha à

cabeça como um chicote, a lembrar de

tecnicidades, de ações hormonais, do

sangue, enfim. Um sangue simbólico que

levaria minha menina para sempre para

as terras da memória e me daria alguém

diferente em troca.

Fui tomar um café na copa enquanto

meu cérebro funcionava febrilmente.

Pouco ou nada eu havia conversado com

Amanda, embora fôssemos próximos,

sobre menstruação e a passagem da

infância para a adolescência. Talvez eu

acreditasse que era um assunto para

ser trado com a mãe , em conversa de

mulheres. Quem sabe meu subconsciente

não quisesse esconder dela própria que

minha menininha um dia cresceria. de

qualquer maneira eu estava arrependido

de jamais ter explorando o tema. Como

fazê-lo a partir dali? Como adentrar no

mundo secreto que Amanda e helena

viveriam a partir de então, um mundo

feito de absorventes íntimos, olhares

cúmplices, alterações de humor. era como

se Amanda estivesse definitivamente

abandonando o universo que eu

construíra para nós dois.

em seguida, comecei a me sentir

ridículo. Claro que Amanda continuaria

sendo a filha que sempre foi, com a

diferença que estava crescendo. Comecei

a imaginá-la como uma flor. era uma flor,

uma flor desabrochando: uma flor que,

mais tarde, possibilitaria o nascimento

dos frutos, frutos que seriam meus netos

e então fui inebriado pela imagem de mim

mesmo correndo no jardim com os netos.

Tomei, então, uma decisão. Saí

do trabalho mais cedo, passei em um

shopping e comprei uma caixa de

bombons com licor e um buquê de rosas

brancas. Celebraria com minha filha e com

minha esposa a nova fase que aguardava

a todos nós. daria adeus a menina e daria

um abraço na mulher que eu teria o prazer

de ver surgir aos poucos.


Bastidores.

o nascimento DA EDIÇÃO TEXTO | larissa borges

FOTOS | m.a. Diniz

Cada foto, uma história. Cada história,

um jornalista pra acompanhar, uma

equipe inteira por trás. Uma produção

pra fazer acontecer. Um comercial pra

viabilizar os milhares de exemplares

distribuídos. Fazer essa edição-

homenagem aos pais foi, simplesmente,

fazer amigos. e se orgulhar deles.

tponline.com.br

SÓ ELE SABE

SÓ ELE MANDA

SÓ ELE PODE

DIA DOS PAIS.

o melhor para você.

você ir para o caminho certo.

ser seu amigo de verdade.

12 de agosto.

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