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FUTEB Lem Ação
Quem é o verdaeiro campeão brasileiro de 1987?Reportagem Especial
Vitrória - ES, Terça-feira, 30 de junho de 2009
CA
MPE
ÃO
CAMPEONATO BRASILEIROBotafogo depois da derrota para o Goias tenta diblar a fúria da torcida
Fluminense per-deu o seu princi-pal jogador para o futebol árabe
COPA DO BRASILINTERNACIONAL
OU CORINTHIANS quem levan-
tará a taça de campeão e ser
o primeiro repre-sentante brasileiro na Libertadores da
América
E MAIS
ENTREVISTA COM DORIVAL JUNIOR
TIME DOS SONHOS
COPA DAS CONFEDERAÇÕES
R$ 1,50
Entrevista
A direção do Vasco sofreu duras críticas de um ex-diretor e, dias depois, o clube foi eliminado das semifinais da Taça Guanabara. Como foi trabalhar a cabeça do elenco com essas “bombas”?O futebol está convivendo com alguns problemas já há algum tempo. Queira ou não, fazemos parte de um contexto e o Vasco está dentro desse processo. Todo atleta sabe que um ou outro clube está sempre apresentando dificuldades um pouco maiores e buscando soluções. Tivemos vários problemas, que acabaram se acumulando com outros fatos que vinham acontecendo. Somos profissionais e temos que procurar fazer o melhor possível, defend-er o clube de todas as formas. Tentamos mostrar aos jogadores que ali na frente tem alguma coisa boa que pode compensar todo o esforço que foi despendi-do nesse momento. Acredito que teremos coisas boas.
Seu salário foi comentado publi-camente durante esses dias. Isso te incomodou muito?Foi uma declaração indelicada [de José Roberto Coelho, ex-vice de marketing do Vasco]. Mas para mim, não interfere em nada. Transfiro meu trabalho para o campo e tenho certeza que os clubes que me contrataram, fi-caram satisfeitos com o que fiz. É um detalhe que passa desperce-bido para mim.
Você acha que o Vasco está es-truturalmente pronto, ou ao me-nos caminhando bem, para uma grande temporada?Temos que mudar muitas coisas e elas estão acontecendo. Em al-guns aspectos, ainda se demora em ter uma mudança completa e precisamos acelerar. Dentro de campo, as coisas têm aconte-cido e o trabalho dos jogadores tem até surpreendido. Espero que mantenhamos essa postura para que daqui a pouco esses fatos todos estejam resolvidos para
a equipe ter uma tranqüilidade maior.
Como você tem avaliado a pos-tura do Carlos Alberto no início de ano?Muito profissional em todos os as-pectos. Está interessado e tentan-do melhorar. Ele se entrega nos treinamentos e tem me surpreen-dido positivamente em todos os sentidos.
Por que aceitar trabalhar no Vasco em um cenário tão turbu-
lento?Acredito nas pessoas e no que me foi proposto como plano de trabalho. Espero que coloquemos tudo planejado em prática o quanto antes.
Você sente que ainda falta uma visão mais profissional aos clubes do Rio?Existe mesmo uma defasagem, que tem que ser vista rapidam-ente. Essa distância tem que di-minuir e tem tudo para ter clubes sólidos. O futebol carioca tem tudo para ter equipes que sem-pre abasteceram as seleções brasileiras. Mas realmente essa distância é grande e em outros estados estão mais estruturados que o Rio de Janeiro.
Você acha que a tua serenidade faria bem ao Cuca, que parece muito instável psicologicamente?Tenho um respeito muito grande por ele. É um amigo particular. O Cuca tem uma carreira vito-riosa em todos os sentidos e não avalio treinador só por títulos. Ele
Rio de Janeiro (RJ) - Dorival Júnior comanda a missão de resgatar o Vasco à primeira divisão. Apesar de sua serenidade, põe o dedo na ferida e cobra avanços no clube e no futebol do Rio.
Acredito nas pessoas e no que me foi pro-posto como plano de trabalho. Espero
que coloquemos tudo planejado em
prática o quanto an-tes.
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Dorival Junior em en-trevista conta como esta se sentindo agora no Vasco
3O DE JUNHO DE 2009 FUTEBOL em Ação
A caravela tem dono
tem excelentes trabalhos, com sustentação, e o que vejo é que de repente está por acontecer uma grande conquista em razão do trabalho que ele tem desen-volvido.
O Keirrison não para de fazer gols. Você previa um sucesso tão grande? O que mais te impres-siona nele?Ele é um jogador iluminado. Sem querer comparar com um ou outro, mas são jogadores que aparecem e que brilham e tem luz própria. Do tipo de Romário, Bebeto e Careca. É especial, tem um poder de concentração acima do normal, mesmo em treinamentos. Tenho certeza que ele terá um caminho maravilhoso pela frente se mantiver a postura que teve comigo. Ele é acima da média.
Quem são os grandes treinadores do exterior?Acho que os grandes treinadores são os brasileiros. Vejo o Mourinho como um treinador que tem outro padrão de treinamento. Usa pouco o trabalho físico e valoriza o trabalho com bola. Só que tem uma vantagem que é de mudar o time como ele de-seja e contrata quem ele queira, por estar em equipes grandes. Mas já fez trabalhos bons em times menores, o que comprova que é um grande treinador. E é respeitado, alcança resultados, tem equipes equilibradas, com marcação por zona ou homem a homem, e a gente percebe vari-ações dentro do jogo. Na minha concepção, o Mourinho se de-staca dos demais.
Projeta uma carreira por lá para médio ou longo prazo?Nunca programei nada na minha vida e as coisas foram aconte-cendo naturalmente. Lógico que todo profissional gostaria disso e não fujo da regra. Mas acontece naturalmente, dentro do mérito de cada um. Tento sempre inovar e evoluir.
Como você avaliou o Felipão no Chelsea?Ele trabalha muito com a emoção do atleta e para isso é preciso ter uma oratória ex-celente. O Felipão usou bem no Brasil, em Portugal, e talvez não tenha tido esse tempo para adaptação no Chelsea. É um
treinador que exige, motiva, e a entonação da voz dele ajuda muito. Talvez essa tenha sido uma das dificuldades, para ele poder transmitir tudo isso com a emoção de sempre.
Que sensação ficou sobre a perda de pontos na Taça Guana-bara?Profissionalmente é ruim em todos os aspectos. É mais um fato que, queira ou não, faz parte do dia a dia do futebol e os problemas acabam aparecendo em uma entidade. A nossa teve isso e tem alguns problemas realmente, que estamos tentando solucionar para ter dias melhores.
Espera que o Vasco navegue sem sustos como o Corinthians?Tenho certeza que as coisas serão mais difíceis. Ano passado, o Corinthians chamou a atenção da maioria dos clubes e mostrou que todos terão de estar mais preparados, pois, queira ou não, o Corinthians, pela capacidade que teve e qualidade, se prep-
arou e conseguiu a condição de conquistar o campeonato bem antes do momento mais difícil da competição.
O que ficou de lição das passa-gens por Cruzeiro e Coritiba?Foram dois trabalhos que alca-nçaram seus objetivos. No Cru-zeiro, em um primeiro momento, havia dúvidas sobre a equipe e o Zezé Perrela falava que brig-aria contra o rebaixamento. Mas acreditaram no trabalho e as coi-sas foram acontecendo e rendeu vaga na Libertadores. Agora, é um grande trabalho do Adílson e o Cruzeiro promete muito nesse ano, por esse trabalho bem con-duzido por ele. Também existiu no Coritiba esse trabalho de refor-mular. Perdemos vários titulares e começamos com jogadores que só eram opções do René Simões. Remontamos o grupo e foi um trabalho bem conduzido, sério. Foi uma experiência muito impor-tante para minha carreira e es-pero que tenha contribuído para que essas duas equipes vivam hoje um momento melhor.
Você acha que, taticamente e fisicamente, o futebol brasileiro ainda deve muito ao da Europa?Físico em momento nenhum. Nós os superamos em todos os aspectos, mas não respeitamos aqui o que é fundamental para um trabalho de ponta, que é uma pré-temporada. Você inicia o trabalho no dia 5 e no dia 10 a equipe precisa estar jogando. É um absurdo do ponto de vista fisiológico. As equipes européias fazem pré-temporada de 40 dias e aqui já te cobram no primeiro
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Dorival se apresentando ao Vas-co da Gama
Dorival e o atual time do Vasco da Gama
3O DE JUNHO DE 2009 FUTEBOL em Ação
Time dos Sonhos
Todo mês, um jogador ou ex-boleiro escala a sua seleção dos sonhos. O time pode ter três zagueiros, três atacantes, líbero, ou seja, qualquer esquema tático. Além disso, um jogador pode ser impro-visado em outra posição,
que não a sua de origem. As personalidades do futebol também votam no seu técnico preferido. Futebol em ação fez uma seleção dos mais vota-dos: o Time dos Sonhos do Meu Time dos Sonhos. Deu para entender?
GOLEIRO1° Taffarel2° Dida3° Rogério Ceni4° Marcos5° Schmeichel
LATERAL DIREITO1° Cafu2° Leandro3° Carlos Alberto Torres4° Jorginho5° Arce
ZAGUEIRO1° Baresi2° Beckenbauer3° Aldair4° Luís Pereira5° Mozer
LATERAL ESQUERDO1° Maldini2° Roberto Carlos3° Júnior4° Nilton Santos5° Serginho
VOLANTE1° Falcão2° Zidane3° Gérson4° Makelele5° Dunga
MEIA1° Pelé2° Zico3° Maradona4° Ronaldinho Gaúcho5° Kaká
ATACANTE1° Romário2° Ronaldo3° Garrincha4° Careca5° Van Basten
TÉCNICO1° Telê Santana2° Luiz Felipe Scolari3° Cláudio Coutinho4° Vaderlei Luxemburgo5° Paulo Autuori
O time dos sonhos vencedor
Pode não ser uma formação
clássica, mas para todos aqueles que
votaram são os melhores de todos
os tempos
“
Os melhores de todos os tempo para os torcedores
4 3O DE JUNHO DE 2009 FUTEBOL em Ação
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Se o lema dos americanos era “Yes, we can” (“Sim, nós podemos), imor-talizado pelo presidente Barack Obama, a seleção de Dunga mostrou que é brasileira e não desiste nun-ca. Após sair perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo, virou na etapa final e conquistou neste domingo a Copa das Confederações pela terceira vez na história (ganhou também em 1997 e 2005) com a vitória de 3 a 2 sobre os Estados Unidos no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. A tempera-tura na África do Sul marcava 7ºC, com sensação térmica de 2ºC. Frio, assim como será na Copa do Mun-do de 2010. Mas uma final quente, movimentada, e que os sul-africanos esperam ver novamente no ano que vem. No primeiro tempo, dois gols
americanos: Dempsey e Donovan. Na etapa final, três gols brasileiros: dois de Luís Fabiano, artilheiro do torneio com cinco, e um de Lúcio, que pela primeira vez levantou a taça como capitão do Brasil
Poderia ter tido mais, caso o ban-deirinha Henrik Andren tivesse marcado um de Kaká, também após o intervalo: a bola cruzou a linha an-tes de o goleiro Howard pegar, mas o auxiliar não viu e o árbitro sueco Martin Hansson mandou o lance seguir.
Com o título, o Brasil passa a ser o maior campeão nas duas com-petições oficiais da Fifa de futebol profissional: cinco Copas do Mundo e três Copa das Confederações (a França tem duas conquistas). Em
Jogadores brasileiros comemoram o título da Copa das Confederações
45 jogos com o técnico Dunga, são 31 vitórias, 10 empates e apenas quatro derrotas. Com os dois gols deste domingo, Luís Fabiano virou o artilheiro da era Dunga, com 16, um a mais que Robinho. Aos 24, Felipe Melo arriscou de longe e Howard voltou a defender. Aos 25, Kaká to-cou de calcanhar para Maicon pela direita e o lateral bateu cruzado, forte, mas o goleiro salvou de novo. E foi de Maicon o erro que originou o segundo gol americano. Aos 26, o camisa 2 saiu jogando errado no ataque, os Estados Unidos saíram rapidamente no contra-ataque com Donovan. O camisa 10 tocou na es-querda para Davies, que devolveu para Donovan driblar Ramires e bater sem chances para Julio Cés-
Brasil consegue virada maiúscula so-bre os Estados Unidos e leva a taçaSeleção conquista a Copa das Confederações depois de começar
com desvantagem de dois gols.
3O DE JUNHO DE 2009 FUTEBOL em Ação
Copa das Confederações
Reportagem Especial
A polêmica Sport Recife e Flamengo
É uma verdadeira guerra de rubro-negros, que já completa 20 anos. De acordo com a Confederação Brasilei-ra de Futebol (CBF), que foi obriga-da pela Justiça federal a reconhecer o Sport como campeão, o título é do Sport. O time do Recife conquistou o módulo amarelo, que reunia equi-pes como o Guarani, vice-campeão brasileiro de 86, Vitória-BA, Atlé-tico-PR, Portuguesa-SP, Bangu-RJ e outros não que aceitavam ficar de fora do Módulo Verde e por isso a proposta do Conselho foi aprovada por todos os clubes.. Para o Flamen-
go, que conquistou o módulo verde, que reuniu os fundadores do Clube dos Treze, o título é dele.
O regulamento do Brasileirão de 87 previa o cruzamento dos campeões dos módulos verde e amarelo. Du-rante a competição, os clubes que disputavam o módulo verde, entre eles o São Paulo, decidiram não dis-putar o cruzamento. Com isso, Sport e Guarani, os dois primeiros do módulo amarelo, decidiram o título, vencido pelo rubro-negro pernambu-cano, e, posteriormente, representa-ram o Brasil na Copa Libertadores da América de 1988.
“É o único Brasileiro (1987) que não pode ser questionado porque é objeto de sentença transitada em julgado. Além da decisão da CBF, da Fifa, de o Sport ter ido à Liberta-dores e ter recebido o troféu, o Fla-
mengo questionou na Justiça. Gan-hamos em todas as instâncias, e o veredicto foi o de que o Campeonato Brasileiro de 1987 foi vencido pelo Sport”, diz Horacio Lacerda, presi-dente do time à época.
Como a decisão judicial transitou em julgado, não cabe mais recurso. “Nem que o Lula (presidente) qui-sesse, que o Congresso quisesse, que a CBF quisesse, ninguém pode (re-conhecer o Flamengo campeão de 87). É impossível. Encerrou o assun-to”, afirma Lacerda, que hoje é vice de futebol do Sport Clube Recife.
O fato é que a a CBF reconhece o time pernambucano como campeão brasileiro de 1987, e não o Flamen-go, que venceu o Módulo Verde (Copa União) naquele ano.
A verdade é que foi um campeonato complicado, mas a imprensa, até o inicio do brasileiro de 2007, não considerava em hipotese nenhuma, o Sport como campeão legitimado pela CBF, hoje já se fala em divisão
Quem é o verdadeiro
É o único Brasileiro (1987) que não pode ser
questionado porque é ob-jeto de sentença transita-
da em julgado.
do titulo entre Sport e Flamengo.Outro absurdo é que estão dizen-
do que o modulo amarelo represen-tava a segunda divisão, o que é um absurdo, pois como pode o Guarani vice campeão brasileiro de 1986 ter sido rebaixado em 1987? O America carioca, que foi o 3° em 1986? - De-pois dessa copa união começou a decadencia e fracasso desse clube, pois o “Pai de todos os Américas”, re-voltado por não participar da Copa União, não quis disputar o campe-onato do modulo amarelo, o que lhe levou a 3ª divisão, criada após esse “conflito”, para o ano de 1988.
Não se pode esquecer também, que a Copa União de 1987 ou Modulo Verde, foi disputada pelos maiores clubes da época - e que, se o Fla-mengo busca o reconhecimento do titulo, este talvez seja o seu maior trunfo. Mas o que vale é o que é de direito. E de fato e de direito, o Títu-lo Brasileiro de 1987, é do Sport Re-cife, restando ao glorioso Flamengo
Ao lado o time do Sport comemorando o campronato de 1987.
Abaixo o Flamengo se considera campeão
junto com o Sport
A Confederação Brasilei-ra de Futebol (CBF) con-siderar o Sport campeão de 1987, já os Clube dos Treze prefere dizer que o Flamengo é campeão
6 3O DE JUNHO DE 2009 FUTEBOL em Ação
Campeão Brasileiro de 1987?
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O INICIO DA GUERRADepois de tantos desmandos final-
mente no dia 15/09/87 é aprovada uma tabela e um regulamento para a competição possibilitando assim o seu inicio. A idéia inicial de Nabi Abi Chedid foi mantida e a 1ª divisão passou a ser constituída pelo módulo verde formado por Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Cru-zeiro, Atlético-MG, Grêmio, Interna-cional, Bahia, Coritiba, Goiás e San-ta Cruz, e o módulo amarelo formado por: Sport, Guarani, Bangu, Inter de Limeira, Náutico, América-RJ, Vitória, Atlético-PR, Criciúma, Join-ville, Rio Branco, Atlético de Goiás, Portuguesa, Ceará, CSA e Treze. O módulo amarelo seria dividido em duas chaves, A e B, da qual sairia um representante de cada uma para disputar o titulo do modulo amarelo e, por conseguinte, o titulo nacio-nal contra os vencedores do módulo verde.
Já no dia 16/09 o Sport faz sua estréia, na Ilha, empatando contra o Atlético PR em 1x1. Começou o campeonato e prosseguia a confusão. O América carioca não aceita o regu-lamento e se retira da competição, impetrando um mandato de segu-rança contra a CBF.
O Sport, em defesa de seus direi-tos, aciona a TV Globo, que tinha o direito de televisionamento exclu-sivo sobre o campeonato Brasileiro, pois só quem via a cor do dinheiro eram os componentes do clube dos 13. Também recebiam com exclu-sividade um milionário patrocínio da Coca-Cola e do açúcar União, que emprestou seu nome para batizar a disputa do modulo verde.
O clima fica feio entre a TV e o mod-lo amarelo que passa a ser boicotado pela mesma. Em retaliação a esse fato o Sport também boicota a tv e proíbe a comercialização de Coca Cola na Ilha do Retiro. No campo de jogo, o Sport vai vencendo seus ad-versários, sendo imbatível dentro da Ilha e irresistível fora dela.
Pra vc,quem foi campeão brasileiro de 87,Sport ou Fla-
mengo?
“O Flamengo foi, de fato, o campeão brasileiro de 1987.`` ´´O Clube dos 13 acionou o Con-selho Nacional dos Desportos que reconheceu, por unanimi-dade, o título rubro-negro como o verdadeiro título brasileiro.” Sérgio Vitor, estudante e fla-menguista
“Flamengo campeão legíti-mo de 1987, porque o Brasil inteiro acompanhou a Copa União como o Campeonato Brasileiro. O Sport não pode ser descartado, porque é ofi-cial. E eu preciso contar a história inteira. Por isso, em-bora eu julgue o Flamengo o campeão legítimo, quando me perguntam, digo: Flamengo e Sport são campeões de 1987. É o único jeito de alimentar a cu-riosidade e contar a história in-teira, como todo mundo merece saber.” Vitorhugo , estudante e Flamenguista
“Foi o Sporte porque a regra era clara que o campeão do módulo verde e amarelo deveriam se enfrentar. Como o bonitão do Flamengo não quis, perdeu o tí-tulo!” Drieli Volponi, torcedora do Sport
Pra mim, pra vc, e pra o resto do mundo, ponha uma coisa na sua cabeça: Sport Club do Recife, Campeão Brasileiro de 1987. Ana Elisa, estudante e torce-dora do Sport
A CBF pode te responder. Basta ver quem disput-ou a libertadores
88.
apenas a conquista da Copa União (campeonato Brasileiro não oficial).
A briga ainda vai durar por mui-tos anos, ainda mais, pelo fato do Flamengo ter entrado em campo, na partida contra o Cruzeiro, em 4
de novembro de 2007, com os atle-tas vestindo uma camiseta com os dizeres “Mengão é penta”.
Paralelamente a estes fatos, os principais clubes do Rio de Janei-ro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Bahia decidem se reunir e criar uma associação de-nominada Clube dos 13, presidida pelo então presidente do São Paulo Michel Aidar, que serviria exclusi-vamente para a formação de uma liga constituída somente por eles próprios e alguns outros poucos con-vidados, tentado assim, monopolizar toda mídia nacional e toda receita de patrocinadores a seu redor. As-sim, Otavio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, respectivamente presi-dente e vice-presidente da CBF na época, começaram a ser pressiona-dos de todos os lados pelo Clube dos 13, que contava com o apoio de Ma-noel Tubino, presidente do C.N.D., para que o campeonato Brasileiro daquele ano fosse disputado a seus moldes. Queriam escolher os par-ticipantes e toda renda publicitária mesmo que tudo isso ferisse os regi-mentos da confederação brasileira de futebol e os direitos adquiridos
O Sport venceu o Guarani na final da primeira fase por 1 x 0
3O DE JUNHO DE 2009 FUTEBOL em Ação
8 3O DE JUNHO DE 2009
Campeonato Brasileiro
Derrota por 4 a 1 para o Goiás evidencia a insatis-fação da torcida do Bota-fogo com Lucio Flavio. Mas sobrou palavrão para quase todos
Os jogadores treinam para esque-cerem a derrota e serguir em frente
no campeonato
Na linguagem televisiva, palavrões são suprimidos com um “pi”. Para transcrever a revolta da torcida do Botafogo após a goleada por 4 a 1 para o Goiás, no sábado, tal artifício seria bastante necessário. Os pouco menos de sete mil torcedores que compareceram ao estádio não per-doaram a derrota e a permanência na zona de rebaixamento do Campe-onato Brasileiro.
Do goleiro ao ponta esquerda, in-cluindo o técnico Ney Franco e a di-retoria, todos foram xingados com um grito tradicional de hostilidade das torcidas cariocas. Houve os pou-pados. Leandro Guerreiro foi um deles, Victor Simões outro. Mas nem o goleiro reserva Castillo escapou da lista negra. No topo dela, aliás, está Lucio Flavio.
Depois de trocar de alvinegros e mudar-se para o Santos no início deste ano, o apoiador viu seu prestí-gio despencar. Mal no time paulista, rescindiu contrato e pediu abrigo na antiga casa. Até o momento, aqueles que o acolheriam foram cruéis: “... o Botafogo não precisa de você”, foi a canção nada amigável que ele rece-beu. E não foi só. Quando saiu ma-chucado para a entrada de Rodrigo Dantas, o ex-capitão teve de ouvir a maioria dos torcedores comemoran-do seu problema físico.
Também vítima de gritos hostis, Ney Franco compreende a postura do torcedor.
Mesmo quando eu sair nunca pode-ria reclamar da torcida do Botafogo. Independente se tem muitos torce-dores ou não, eles nos apóiam. A re-sponsabilidade é totalmente nossa. Temos que entender essa manifesta-ção porque há uma paixão pelo clube e quando o torcedor vê o time em situação desconfortável mexe com o sentimento de qualquer um – disse o treinador.
A derrota por 4 a 1 para o Goiás não derrubou Ney Franco no Bota-fogo. Protegido pela diretoria, o trei-nador reconheceu que o tropeço no Engenhão deixou o seu cargo em situação delicada.
Perdemos por um placar enorme e isso mancha todo mundo que está neste projeto. Mas a diretoria me deu uma prova de confiança no vestiário – disse o técnico, durante entrevista
coletiva na noite de sábado. Em 19ª lugar no Brasileiro, com
eis pontos e apenas uma vitória em oito jogos, o Botafogo pode terminar a rodada na lanterna se o Sport pelo menos empatar com o Grêmio, na Ilha do Retiro. Para o treinador, a possibilidade serve como ponto de partida para a reação.
É hora de colocar o pé no fundo do poço e arrancar. Sei que teremos mais uma semana turbulenta. Va-mos cobrar ao máximo dos jogadores e também nos cobrar. Não medirei esforços para mudar esta situação. Espero que semana que vem esteja aqui falando de coisas boas – disse Ney Franco.
Os próximos dois jogos do Alvine-gro são fora de casa contra Atlético-MG e Avaí.
Entre o aplauso e repúdio a joga-dores do passado, a torcida do Bota-fogo encontrou a ira destinada ao elenco que disputa o Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, o Goiás passeou no Engenhão, goleou por 4 a 1 e deflagrou uma crise de relacionamento entre torcedores e jogadores alvinegros.
O segundo tempo do duelo, válido pela oitava rodada, praticamente foi dominado pelos gritos de protestos vindos das arquibancadas. Os xin-gamentos se multiplicaram – Lucio Flavio foi o principal alvo - e a ses-são nostalgia ganhou voz:
- Que saudade enorme, que eu sin-to de 89.
Momentos antes do jogo, diversos jogadores que participaram do títu-lo do Campeonato Carioca de 1989 foram ao gramado e receberam os aplausos da torcida. O mesmo trata-mento não teve Zé Roberto. O joga-dor está cotado para voltar ao clube, mas antes mesmo de a negociação avançar foi xingado e “homenagea-do” com uma faixa contra a sua contratação.
Em situação delicada no comando do Botafogo, Ney Franco foi “dispen-sado” pela torcida: “Fora, Ney Fran-co”, cantaram os botafoguenses.
O time está na 19º colocação, com seis pontos, e pode terminar a roda-da na lanternaIlha do Retiro.
Alvinegro inicia sua semana turbulenta
“É hora de colocar o pé no fundo do poço e arrancar”,
diz Ney Franco
FUTEBOL em Ação
93O DE JUNHO DE 2009
Campeonato Brasileiro
Treinador afirma que ataque do Flamengo, for-mado por Adriano e Em-erson, é muito poderoso e afirma ter quatro atletas que tem condições de at-uar no ataque com Fred
Enfrentar o atacante Adriano in-spirado não é moleza para as def-esas, mas Carlos Alberto Parreira disse que a zaga do Fluminense se comportou bem diante do Impera-dor, que deu algum trabalho para o goleiro Ricardo Berna. O treinador classificou o ataque rubro-negro de altamente poderoso.
A linha de frente do Flamengo não se restringe ao Adriano. Há o Emer-son, um jogador muito perigoso tam-bém. A nossa defesa se saiu muito bem no Fla-Flu e conseguiu neutral-izar as investidas deles, principal-mente no meio-de-campo – analisou Carlos Alberto Parreira.
O treinador não apenas elogiou a sua defesa. Ele fez questão de lem-brar de Diguinho, volante que atuou na armação, e de que o time não é dependente de Fred para fazer gols. Segundo ele, o Fluminense tem joga-dores importantes.
Diguinho ficou muito tempo para-do, mas voltou bem. Porém, acho que o primeiro tempo foi muito puxado, não só para ele, mas para todos os jogadores. Queremos que outros
jogadores também façam gols. Acho que não somos dependentes dele, mas Fred é o nosso jogador de refer-ência – completou o treinador.
Apesar de completar o terceiro jogo consecutivo sem vitória no Brasileirão, Ricardo Berna tem mo-tivos para comemorar. O goleiro mostrou-se feliz com a sua boa atu-ação no Fla-Flu, já que foi um dos principais responsáveis para que o placar continuasse em 0 a 0 até o fim.
Em se tratando de um Fla-Flu, um clássico tradicional e de imen-sa importância para ambos, posso considerar que foi uma das minhas melhores atuações com a camisa do Fluminense – afirmou, em entrev-ista à Rádio Brasil.
Quando perguntado sobre os lanc-es, o goleiro foi preciso ao apontar uma defesa decisivaForam pelo menos três defesas bas-tante difíceis, mas vou destacar aquela do primeiro tempo (aos 12 minutos), no lance que o Everton cruzou, a bola desviou no Mariano e quase me encobriu. Houve uma mudança de trajetória rápida, e ter conseguido defender naquela cir-cunstância foi muito importante – disse. Desde que assumiu a posição deti-tular, contra o Náutico, o goleiro só sofreu gols em dois jogos: contra o próprio Timbu, e diante do Avaí. No total, são cinco partidas e quatro
gols, com média de menos de um por jogo.Tartá, que pensa deixar o Flumi-nense porque diz não estar sendo aproveitado pelo técnico Carlos Al-berto Parreira, ganhou conselhos de um jogador que muito o admira. Thiago Neves, que vai para o Al-Hi-lal, da Arábia Saudita e se despediu dos tricolores no Fla-Flu, afirmou ter passado por algo semelhante quando defendia o Paraná Clube.
Já estive na situação dele e não me entreguei. Passei por isso no Paraná, não jogava muito e pouco ficava no banco de reservas. Disse a ele para não baixar a cabeça porque ele tem um bom futuro pela frente – disse Thiago Neves. O apoiador teve a preocupação de conversar com o pai de Tartá para tentar convencê-lo a não deixar o Fluminense. Thiago acredita que o momento do jovem meia de 20 anos vai chegar a qualquer momento. É só uma questão de tempo. No último treino que fizemos nas Laranjeiras, na véspera do Fla-Flu, conversei com Tartá e com o pai dele. Tartá é muito novo, mas é um grande amigo que fiz no Fluminense. Sei que ele vai pensar bem – disse Thiago. O ex-camisa 10 é tão ami-go de Tartá que já o indicou várias vezes para assumir o seu posto no time. Mas Thiago Neves lembra que esta decisão é de Carlos Alberto Par-
Parreira orienta os jogadores do fluminense depois da despe-dida de Thiago Neves
Depois do FLA-FLU a ordem é treinar
“Perdemos um ex-celente atacante,
mas temos out-ros jogadores que poderão entrar no
time.”
FUTEBOL em Ação
10 3O DE JUNHO DE 2009
Copa do Brasil
Quem será campeão ?
Jorge Henrique e o Fenô-meno anotaram os gols do triunfo por 2 a 0 dos paulis-tas, que agora podem até perder no Beira-Rio de 1 a o, mas o Inter continua na briga pelo título
O oportunismo de Jorge Henrique, o poder de decisão de Ronaldo e a ótima fase de Felipe - aliados ao con-tagiante apoio dos mais de 35 mil fiéis que estiveram no Pacaembu na noite desta quarta-feira - ajudaram o Corinthians a dar importante pas-so rumo ao tricampeonato da Copa do Brasil. Eficiente e vibrante, o Timão fez 2 a 0 no Internacional, na primeira final, e agora joga no dia 1º de julho, no Beira-Rio, em Porto
Alegre, com boa vantagem.Para ficar com o título e assegurar
vaga na Taça Libertadores de 2010, ano do seu centenário, o Timão pode perder por um gol de diferença no Sul ou até mesmo por dois gols com qualquer placar que não o 2 a 0. A missão do Internacional é vencer por 2 a 0 para levar a decisão aos pênaltis ou então por três gols de diferença para ser campeão.
No próximo domingo, ainda em clima de Copa do Brasil, Corinthi-ans e Internacional entram em cam-po pelo Campeonato Brasileiro. O Timão tem pela frente um clássico contra o São Paulo, às 18h30m, no Pacaembu. Já o Colorado atua fora de casa, no mesmo horário, diante do Flamengo, no Rio de Janeiro.
A esperança vermelha está em Nilmar. O atacante do Internacio-nal retornou nesta segunda-feira da seleção brasileira e deu de cara com
Caso leve um gol no Beira-Rio, o time
gaúcho tem que au-mentar a diferença
para três
uma realidade da qual ele não con-seguirá escapar: o papel de salvador da pátria colorada em uma decisão complicada, moldada com expres-siva desvantagem em sua primeira metade. Em São Paulo, sem Nilmar, o Inter levou 2 a 0 do Corinthians. Em Porto Alegre, com Nilmar, os torcedores do clube gaúcho clamam pelos três gols de diferença que po-dem tornar o Colorado bicampeão da Copa do Brasil.
Na divisão do bolo da responsabi-lidade entre os jogadores do Inter, a maior fatia ficou com Nilmar. Ele sabe disso. E mais: parece disposto a assumir o papel.
A minha responsabilidade sempre foi grande aqui. Sei da importância que tenho. Tudo isso só aumenta a minha confiança. Espero retribuir. Responsabilidade é algo que sem-pre tive no Inter, principalmente depois que voltei do Corinthi-ans. A cobrança sempre foi muito grande. Estou acostumado a isso. Vou procurar corresponder - disse
o jogador. Mas Nilmar faz um alerta: uma
decisão não passa apenas por um jogador. Ele quer que todos estejam em alto nível no duelo com o Corin-thians.
- Não é só um jogador que vai deci-dir. Precisamos de todo mundo - co-mentou o atacante.
Nilmar diz que está bem. Ele du-vida que possa ser atrapalhado pelo cansaço, mesmo que tenha acabado de voltar da África do Sul, onde con-quistou a Copa das Confederações com a seleção. A ansiedade faz com que o craque do Inter queira aceler-ar os ponteiros do relógio.
Faz tempo que não jogo. Estava treinando com a seleção, mas não é a mesma coisa. Queria que o jogo já fosse amanhã - afirmou Nilmar.
Os dois times estão treinando muito, o
campeão garante a vaga na Libertadores
da América do ano que vem
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