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    Lngua Portuguesa

    9 ano do Ensino Fundamental

    SEO 1

    Avaliao: o ensino-aprendizagem

    como desafio

    SEO 2

    Interpretao de resultados e

    anlises pedaggicas

    SEO 3

    Os resultados desta escola

    SEO 4

    Desenvolvimento de habilidades

    REVISTA PEDAGGICA

    SISTEMA DE AVALIAO DA EDUCAO

    DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    SAERJ2012ISSN 1948-5456

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    ISSN 1948-5456

    Sistema de Avaliao da Educaodo Estado do Rio de Janeiro

    Revista PedaggicaLngua Portuguesa

    9 ano do Ensino Fundamental

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    PREZADOS EDUCADORES,

    Apresentamos, neste documento, os resultados do Saerj 2012. No seu quinto ano de aplicao, a avaliaodiagnstica, criada como mais uma erramenta de trabalho para os nossos educadores, mostra-se, cada vezmais, imprescindvel no planejamento e na execuo de aes para o avano dos resultados positivos naeducao do estado. Atualmente, com o reconhecimento de muitos, essa avaliao se firma como um eficientesistema para ornecer subsdios para a ormulao, reviso e implementao de polticas pblicas para a rede

    estadual de ensino do Rio de Janeiro.

    A partir de outubro de 2010, desenvolvemos diversas aes com a colaborao de gestores e proessores denossas unidades escolares e das Regionais para divulgar e comprovar a importncia da contribuio de todosna aplicao do Saerj. Como resultado dessa iniciativa, a comunidade escolar passou a dar um novo suporte aosistema, e a participao no exame aumentou acima do esperado. Agora, verificamos que o Saerj j se integrouao dia a dia dos alunos e da comunidade escolar. possvel perceber que eles j comeam a ver esse sistemade avaliao como uma preparao para outros testes e provas uturas que podem levar nossos estudantes aum novo emprego, a uma aculdade desejada ou a uma prestigiada escola tcnica.

    Esse movimento de proessores, gestores, estudantes e seus amiliares nos leva a prenunciar resultados cadavez mais positivos nas metas estabelecidas para os prximos anos. Em 2011, as avaliaes j revelaram vrios

    casos de sucesso e alcance das metas de muitas de nossas unidades escolares. Agora, em 2012, registramosmais avanos. A participao e a mobilizao dos alunos superaram as expectativas, o que nos deixa ainda maismotivados para continuar o trabalho.

    Esperamos, assim, que o material aqui divulgado seja utilizado para despertar novos processos motivacionaisnas escolas e no sistema de ensino.

    Atualmente, alm de colaborar para a implantao de polticas de reoro escolar, para a redefinio de trajetriase para a melhoria nas prticas escolares, a avaliao tambm serve como base para premiar os profissionaisque vm trabalhando em conjunto nas escolas, melhorar o desempenho dos alunos e atingir suas metas. Elatambm continua premiando com computadores portteis os alunos que atingem melhores resultados nasprovas, assim como com viagens cidade do Rio de Janeiro. Vagas em projetos como o Pronatec tambm soobtidas com a participao no Saerj. Essas iniciativas so o merecido reconhecimento da dedicao de alunose proessores.

    Agradecemos a todos os nossos educadores pelo esoro na consolidao do Saerj, que vem revelando oexcelente trabalho de tantos proessores da rede e mostrando que nossos estudantes esto sempre prontospara encarar novos desafios.

    Conscientes de que o compromisso com a melhoria da educao no nosso estado , mais do que tudo, umcompromisso com o uturo de todos esses jovens, desejamos que as inormaes aqui disponibilizadas resultemem mais sucesso no trabalho de todos.

    Wilson Risolia, Secretrio de Estado de Educao

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    4. DESENVOLVIMENTODE HABILIDADESPGINA 49

    3. OS RESULTADOSDESTA ESCOLAPGINA 47

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    6 Saerj 2012

    Um importante movimento em busca da qualidade da educao vem

    ganhando sustentao em paralelo s avaliaes tradicionais: asavaliaes externas, que so geralmente em larga escala e possuem

    objetivos e procedimentos diferenciados daquelas realizadas pelos

    professores nas salas de aula. Essas avaliaes so, em geral,

    organizadas a partir de um sistema de avaliao cognitiva dos alunos

    e aplicadas, de forma padronizada, a um grande nmero de pessoas.

    Os resultados aferidos pela aplicao de testes padronizados tm

    como objetivo subsidiar medidas que visem ao progresso do sistema

    de ensino e atendam a dois propsitos principais: prestar contas

    sociedade sobre a eficcia dos servios educacionais oferecidos populao e implementar aes que promovam a equidade e a

    qualidade da educao.

    A avaliao em larga escala deve ser concebida como instrumento

    capaz de oferecer condies para o desenvolvimento dos alunos

    e s tem sentido quando utilizada, na sala de aula, como uma

    ferramenta do professor para fazer com que os alunos avancem.

    O uso dessa avaliao de acordo com esse princpio demanda o

    Cro() Educdor(), Revist Pedggic present os undmentos, metodoogi e os resutdos d vio,

    com o objetivo de suscitr discusses pr que s inormes disponibiizds possm ser debtids e utiizds

    no trbho pedggico.

    AVALIAO:O ENSINOAPRENDIZAGEM COMO DESAFIO

    1

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    Revista Pedaggica 7

    seguinte raciocnio: por meio dos dados levantados, possvel que

    o professor obtenha uma medida da aprendizagem de seus alunos,contrapondo tais resultados queles alcanados no estado e at

    mesmo sua prpria avaliao em sala de aula. Verificar essas

    informaes e compar-las amplia a viso do professor quanto ao

    seu aluno, identificando aspectos que, no dia a dia, possam ter

    passado despercebidos. Desta forma, os resultados da avaliao

    devem ser interpretados em um contexto especfico, servindo para a

    reorientao do processo de ensino, confirmando quais as prticas

    bem-sucedidas em sala de aula e fazendo com que os docentes

    repensem suas aes e estratgias para enfrentar as dificuldadesde aprendizagem detectadas.

    A articulao dessas informaes possibilita consolidar a ideia

    de que os resultados de desempenho dos alunos, mesmo quando

    abaixo do esperado, sempre constituem uma oportunidade

    para o aprimoramento do trabalho docente, representando um

    desafio a ser superado em prol da qualidade e da equidade

    na educao.

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    Saerjtrajetria

    O SISTEMA DE AVALIAO DA EDUCAODO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    O Sistema de Avaliao da Educao do Estado do Rio de Janeiro (Saerj) avaliou em 2012 alunos

    das escolas estaduais do Rio de Janeiro nas reas do conhecimento de Lngua Portuguesa e

    Matemtica do 5 e 9 anos do Ensino Fundamental e da 3 srie do Ensino Mdio. Na linha

    do tempo a seguir, pode-se verificar a trajetria do Saerj e, ainda, perceber como tem se

    consolidado diante das informaes que apresenta sobre o desempenho dos alunos.

    2010

    1.042.119

    617.139

    59,2%

    4 FASE DA EJA4 ANO5 FASE DA EJA5 ANO6 FASE DA EJA6 ANO7 FASE DA EJA7 ANO8 FASE DA EJA

    8 ANO9 FASE DA EJA9 ANO1 FASE DO EM DA EJA1 SRIE CURSO NORMAL1 SRIE EM1 SRIE EM INTEGRADO2 FASE DO EM DA EJA2 SRIE CURSO NORMAL

    2 SRIE EM2 SRIE EM INTEGRADO3 FASE DO EM DA EJA3 SRIE CURSO NORMAL3 SRIE EM3 SRIE EM INTEGRADO4 SRIE DO CURSO NORMAL

    8 Saerj 2012

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    Nmero de alunos previstos

    Nmero de alunos efetivos

    Percentual de participao

    2011

    227.226

    166.213

    2012

    216.718

    164.381

    75,9%

    73,1%

    5 ANO5 FASE DA EJA9 ANO9 FASE DA EJA3 SRIE CURSO NORMAL3 SRIE EM

    3 SRIE EM INTEGRADO4 SRIE DO CURSO NORMAL4 SRIE INTEGRADO3 FASE DO EM DA EJA

    5 FASE DA EJA5 ANO9 FASE DA EJA9 ANOPAEF I - IV3 FASE DO EM DA EJA3 SRIE DO CURSO NORMAL3 SRIE EM3 SRIE EM INTEGRADO4 SRIE DO CURSO NORMAL4 SRIE EM INTEGRADOPAEM I - IV

    Revista Pedaggica 9

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    10 Saerj 2012

    O diagrama a seguir apresenta, passo a passo, a lgica do sistema de avaliao de forma sinttica,

    indicando as pginas onde podem ser buscados maiores detalhes sobre os conceitos apresentados.

    Para ter acesso a toda a

    Coleo e a outras inormaes

    sobre a avaliao e seus

    resultados, acesse o site

    www.saerj.caeduf.net.

    (Matriz de Reerncia)

    Pgina 14

    Esse recorte se traduz em

    habilidades consideradas

    essenciais que ormam a

    Matriz de Reerncia para

    avaliao.

    Para realizar a avaliao,

    necessrio definir o contedo

    a ser avaliado. Isso eito por

    especialistas, com base em

    um recorte do currculo e nas

    especialidades educacionais.

    A avaliao em larga escala

    surge como um importante

    instrumento para reflexo

    sobre como melhorar o ensino.

    A educao apresenta um grande

    desafio: ensinar com qualidade e

    de orma equnime, respeitando

    a individualidade e a diversidade.

    A AVALIAO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA

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    12 Saerj 2012

    2

    MATRIZ DE REFERNCIA

    Para realizar uma avaliao, necessrio

    definir o contedo que se deseja avaliar. Em

    uma avaliao em larga escala, essa definio

    dada pela construo de uma MATRIZ DE

    REFERNCIA, que um recorte do currculo

    e apresenta as habilidades definidas para

    serem avaliadas. No Brasil, os Parmetros

    Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino

    Fundamental e para o Ensino Mdio, publicados,respectivamente, em 1997 e em 2000, visam

    garantia de que todos tenham, mesmo em

    lugares e condies diferentes, acesso a

    conhecimentos considerados essenciais para o

    exerccio da cidadania. No caso do estado do Rio

    de Janeiro, cada disciplina possui um Currculo

    Mnimo que orienta o trabalho pedaggico da

    rede como um todo. Esse documento pode ser

    consultado em http://www.conexaoprofessor.

    rj.gov.br/curriculo_identificacao.asp.

    O Currculo Mnimo do estado do Rio de Janeiro

    apresenta contedos com caractersticas prprias,

    como concepes e objetivos educacionais

    compartilhados. Desta forma, o estado visa a

    desenvolver o processo de ensino-aprendizagem

    em seu sistema educacional com qualidade,atendendo s particularidades de seus alunos.

    Pensando nisso, foi criada uma Matriz de Referncia

    especfica para a realizao da avaliao em larga

    escala do Saerj.

    A Matriz de Referncia tem, entre seus fundamentos,

    os conceitos de competncia e habilidade. A

    COMPETNCIA corresponde a um grupo de

    Est seo trz os undmentos d metodoogi de vio extern do Serj 2012, Mtriz de Reernci, Teori

    de Respost o Item (TRI) e Esc de Proicinci.

    INTERPRETAODE RESULTADOS E ANLISES PEDAGGICAS

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    AUTO ESCOLA

    CARTEIRADEHABILITA

    O

    Revista Pedaggica 13

    habilidades que operam em conjunto para a obteno

    de um resultado, sendo cada HABILIDADE entendida

    como um saber fazer.

    Por exemplo, para adquirir a carteira de motorista

    para dirigir automveis preciso demonstrar

    competncia na prova escrita e competncia na

    prova prtica especfica, sendo que cada uma

    delas requer uma srie de habilidades.

    A competncia na prova escrita demanda

    algumas habilidades, como: interpretao de

    texto, reconhecimento de sinais de trnsito,

    memorizao, raciocnio lgico para perceberquais regras de trnsito se aplicam a uma

    determinada situao etc.

    A competncia na prova prtica especfica, por

    sua vez, requer outras habilidades: viso espacial,

    leitura dos sinais de trnsito na rua, compreenso

    do funcionamento de comandos de interao

    com o veculo, tais como os pedais de freio e de

    acelerador etc.

    importante ressaltar que a Matriz de Referncia

    no abarca todo o currculo; portanto, no deve ser

    confundida com ele nem utilizada como ferramenta

    para a definio do contedo a ser ensinado em sala de

    aula. As habilidades selecionadas para a composio

    dos testes so escolhidas por serem consideradas

    essenciais para o perodo de escolaridade avaliado e

    por serem passveis de medio por meio de testes

    padronizados de desempenho, compostos, na maioria

    das vezes, apenas por itens de mltipla escolha. H,

    tambm, outras habilidades necessrias ao pleno

    desenvolvimento do aluno que no se encontram na

    Matriz de Referncia por no serem compatveis com

    o modelo de teste adotado. No exemplo acima, pode-

    se perceber que a competncia na prova escrita para

    habilitao de motorista inclui mais habilidades que

    podem ser medidas em testes padronizados do que

    aquelas da prova prtica.

    A avaliao em larga escala pretende obter

    informaes gerais, importantes para se pensar aqualidade da educao, porm, ela s ser uma

    ferramenta para esse fim se utilizada de maneira

    coerente, agregando novas informaes s j

    obtidas por professores e gestores nas devidas

    instncias educacionais, em consonncia com a

    realidade local.

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    Leia o texto abaixo.

    Como se livrar de mosquitos

    Querendo se livrar dos mosquitos, chamou o pai no meio da noite e disse:

    Pai, tem muitos mosquitos no meu quarto! Como fao pra me livrar desses mosquitos?

    Apague a luz que eles vo embora, lhote! diz o pai, carinhosamente.Logo depois apareceu um vaga-lume. O menino chamou o pai outra vez:

    Pai, socorro! Agora os mosquitos esto vindo com lanternas!

    Disponvel em: Acesso em: 1 abr. 2010. (P090457EX_SUP)

    (P090457EX) O humor desse texto est no fato de o menino

    A) chamar o pai duas vezes na mesma noite.B) desconhecer o que seria um vaga-lume.C) dizer que havia muitos mosquitos no quarto.D) querer se livrar dos mosquitos.

    O item um questoutiizd nos testes de umvio em rg esc, e

    se crcteriz por vir umnic hbiidde indicdpor um descritor d Mtriz

    de Reernci.

    MATRIZ DE REFERNCIA DE LNGUA PORTUGUESA9 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA

    D1 Localizar inormaes explcitas em um texto.

    D3 Inerir o sentido de uma palavra ou expresso.

    D4 Inerir uma inormao implcita em um texto.

    D 6 Ide nt ificar o tema de u m texto.

    D14 Distinguir um ato da opinio relativa a esse ato.

    II. IMPLICAES DO SUPORTE, DO GNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSO DO TEXTO

    D5 Interpretar texto com auxlio de material grfico diverso (propagandas, quadrinhos, oto, etc.).

    D12 Identificar a finalidade de textos de dierentes gneros.

    III. RELAO ENTRE TEXTOS

    D20Reconhecer dierentes ormas de tratar uma inormao na comparao de textos que tratam do mesmo tema,em uno das condies em que ele oi produzido e daquelas em que ser recebido.

    D21 Reconhecer posies distintas entre duas ou mais opinies relativas ao mesmo ato ou ao mesmo tema.

    O tpico grup porfinidde um conjunto

    de hbiiddesindicds peos

    descritores.

    14 Saerj 2012

    D

    Os descritores ssocimo contedo curricur operes cognitivs,

    indicndo s hbiiddesque sero vids por

    meio de um item.

    MATRIZ DE REFERNCIA DE LNGUA PORTUGUESA9 ano do Ensino Fundamental

    Elementos que compem a Matriz

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    Revista Pedaggica 15

    MATRIZ DE REFERNCIA DE LNGUA PORTUGUESA9 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA

    D1 Localizar inormaes explcitas em um texto.

    D3 Inerir o sentido de uma palavra ou expresso.

    D4 Inerir uma inormao implcita em um texto.

    D6 Identificar o tema de um texto.

    D14 Distinguir um ato da opinio relativa a esse ato.

    II. IMPLICAES DO SUPORTE, DO GNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSO DO TEXTO

    D5 Interpretar texto com auxlio de material grfico diverso (propagandas, quadrinhos, oto etc.).

    D12 Identificar a finalidade de textos de dierentes gneros.

    III. RELAO ENTRE TEXTOS

    D20Reconhecer dierentes ormas de tratar uma inormao na comparao de textos que tratam do mesmo tema,em uno das condies em que ele oi produzido e daquelas em que ser recebido.

    D21 Reconhecer posies distintas entre duas ou mais opinies relativas ao mesmo ato ou ao mesmo tema.

    IV. COERNCIA E COESO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO

    D2Estabelecer relaes entre partes de um texto, identificando repeties ou substituies que contribuem para acontinuidade de um texto.

    D7 Identificar a tese de um texto.

    D8 Estabelecer relao entre a tese e os argumentos oerecidos para sustent-la.

    D9 Dierenciar as partes principais das secundrias em um texto.

    D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

    D11 Estabelecer relao causa/consequncia entre partes e elementos do texto.

    D15 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunes, advrbios etc.

    V. RELAES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO

    D16 Identificar eeitos de ironia ou humor em textos variados.

    D17 Reconhecer o eeito de sentido decorrente do uso da pontuao e de outras notaes.

    D18 Reconhecer o eeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expresso.

    D19 Reconhecer o eeito de sentido decorrente da explorao de recursos ortogrficos e/ou morossintticos.

    VI. VARIAO LINGUSTICA

    D13 Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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    16 Saerj 2012

    TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM TRI

    A Teoria de Resposta ao Item (TRI) , em termos gerais, uma forma de analisar e avaliar

    os resultados obtidos pelos alunos nos testes, levando em considerao as habilidades

    demonstradas e os graus de dificuldade dos itens, permitindo a comparao entre testes

    realizados em diferentes anos.

    Ao realizarem os testes, os alunos obtm um determinado nvel de desempenho nas

    habilidades testadas. Esse nvel de desempenho denomina-se PROFICINCIA.

    A TRI uma forma de calcular a proficincia alcanada, com base em um modelo estatstico

    capaz de determinar um valor diferenciado para cada item que o aluno respondeu em um

    teste padronizado de mltipla escolha. Essa teoria leva em conta trs parmetros:

    Parmetro "A"A capacidade de um item de discriminar, entre os alunos avaliados, aqueles que

    desenvolveram as habilidades avaliadas daqueles que no as desenvolveram.

    Parmetro "B"O grau de dificuldade dos itens: fceis, mdios ou difceis. Os itens esto distribudos

    de forma equnime entre os diferentes cadernos de testes, possibilitando a criao de

    diversos cadernos com o mesmo grau de dificuldade.

    Parmetro "C"A anlise das respostas do aluno para verificar aleatoriedade nas respostas: se for

    constatado que ele errou muitos itens de baixo grau de dificuldade e acertou outros de

    grau elevado o que estatisticamente improvvel, o modelo deduz que ele respondeu

    aleatoriamente s questes.

    O Saerj utiliza a TRI para o clculo de acerto do aluno. No final, a proficincia no dependeapenas do valor absoluto de acertos, depende tambm da dificuldade e da capacidade de

    discriminao das questes que o aluno acertou e/ou errou. O valor absoluto de acertos

    permitiria, em tese, que um aluno que respondeu aleatoriamente tivesse o mesmo resultado

    que outro que tenha respondido com base em suas habilidades. O modelo da TRI evita

    essa situao e gera um balanceamento de graus de dificuldade entre as questes que

    compem os diferentes cadernos e as habilidades avaliadas em relao ao contexto escolar.

    Esse balanceamento permite a comparao dos resultados dos alunos ao longo do tempo

    e entre diferentes escolas.

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    CADERNO

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    Revista Pedaggica 17

    Matemtica

    Lngua Portuguesa

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    = 1 item

    Ao todo, so 21 modelosdiferentes de cadernos.

    4 blocosformam um modelo de cadernototalizando 52 itens, sendo 26 itens de LnguaPortuguesae 26 itens de Matemtica.

    No 9 ano do Ensino Fundamental,em Lngua Portuguesa e Matemtica,so 91 itens/disciplina, divididos em7 blocos/disciplina, com 13 itenscada

    COMPOSIO DOS CADERNOSPARA A AVALIAO

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    18 Saerj 2012

    A ESCALA DE PROFICINCIA foi

    desenvolvida com o objetivo de traduzirmedidas em diagnsticos qualitativos

    do desempenho escolar. Ela orienta, por

    exemplo, o trabalho do professor com

    relao s competncias que seus alunos

    desenvolveram, apresentando os resultados

    em uma espcie de rgua onde os valores

    obtidos so ordenados e categorizados em

    intervalos ou faixas que indicam o grau de

    desenvolvimento das habilidades para os

    alunos que alcanaram determinado nvelde desempenho.

    Em geral, para as avaliaes em larga

    escala da Educao Bsica realizadas

    no Brasil, os resultados dos alunos em

    Lngua Portuguesa so colocados em uma

    mesma Escala de Proficincia definida

    pelo Sistema Nacional de Avaliao da

    COMPETNCIAS DESCRITORES

    Identifica letras *

    Reconhece convenes grficas *

    Manifesta conscincia fonolgica *

    L palavras *

    Localiza informao D1

    Identifica tema D6

    Realiza inferncia D3, D4, D5, D16, D17, D18 e D19

    Identifica gnero, funo e destinatrio de um texto D12

    Estabelece relaes lgico-discursivas D2, D9, D11 e D15

    Identifica elementos de um texto narrativo D10

    Estabelece relaes entre textos D20

    Distingue posicionamentos D7, D8, D14 e D21

    Identifica marcas lingusticas D13

    PADRES DE DESEMPENHO 9 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    DOMNIOS

    Apropriaodo sistema da

    escrita

    Estratgias deleitura

    Processamentodo texto

    * As hbiiddes retivs esss competncis

    so vids nssries iniciis doEnsino Fundment.

  • 7/21/2019 SAERJ_LP_9EF_2012.pdf

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    Revista Pedaggica 19

    Educao Bsica (Saeb). Por permitirem

    ordenar os resultados de desempenho, asEscalas so importantes ferramentas para a

    interpretao dos resultados da avaliao.

    A partir da interpretao dos intervalos da

    Escala, os professores, em parceria com a

    equipe pedaggica, podem diagnosticar

    as habilidades j desenvolvidas pelos

    alunos, bem como aquelas que ainda

    precisam ser trabalhadas em sala de

    aula, em cada etapa de escolaridadeavaliada. Com isso, os educadores

    podem atuar com maior preciso

    na deteco das dificuldades dos

    alunos, possibilitando o planejamento

    e a execuo de novas aes para o

    processo de ensino-aprendizagem.

    A seguir apresentada a estrutura da

    Escala de Proficincia.

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    ESCALA DE PROFICINCIA EM LNGUA PORTUGUESA

    A grdo ds coresindic compexidde

    d tre.

    Baixo

    Intermedirio

    Adequado

    Avanado

  • 7/21/2019 SAERJ_LP_9EF_2012.pdf

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    20 Saerj 2012

    A ESTRUTURA DA ESCALA DE PROFICINCIANa primeira coluna da Escala so apresentados

    os grandes Domnios do conhecimento em

    Lngua Portuguesa para toda a Educao

    Bsica. Esses Domnios so agrupamentos de

    competncias que, por sua vez, agregam as

    habilidades presentes na Matriz de Referncia.

    Nas colunas seguintes so apresentadas,

    respectivamente, as competncias presentes na

    Escala de Proficincia e os descritores da Matriz

    de Referncia a elas relacionados.

    As competncias esto dispostas nas vrias linhas

    da Escala. Para cada competncia h diferentes

    graus de complexidade representados por uma

    gradao de cores, que vai do amarelo-claro ao

    vermelho. Assim, a cor amarelo-claro indica o

    primeiro nvel de complexidade da competncia,passando pelo amarelo-escuro, laranja-claro,

    laranja-escuro e chegando ao nvel mais complexo,

    representado pela cor vermelha.

    Na primeira linha da Escala de Proficincia,

    podem ser observados, numa escala numrica,

    intervalos divididos em faixas de 25 pontos,

    que esto representados de zero a 500.

    Cada intervalo corresponde a um nvel e um

    conjunto de nveis forma um PADRO DE

    DESEMPENHO. Esses Padres so definidos pela

    Secretaria de Estado de Educao (SEEDUC) e

    representados em verde. Eles trazem, de forma

    sucinta, um quadro geral das tarefas que os alunos

    so capazes de fazer, a partir do conjunto de

    habilidades que desenvolveram.

    Para compreender as informaes presentes na

    Escala de Proficincia, pode-se interpret-la de

    trs maneiras:

    Primeira

    Perceber, a partir de um determinado Domnio,

    o grau de complexidade das competncias a eleassociadas, atravs da gradao de cores ao

    longo da Escala. Desse modo, possvel analisar

    como os alunos desenvolvem as habilidades

    relacionadas a cada competncia e realizar uma

    interpretao que contribua para o planejamento

    do professor, bem como para as intervenes

    pedaggicas em sala de aula.

    Segunda

    Ler a Escala por meio dos Padres de

    Desempenho, que apresentam um panorama do

    desenvolvimento dos alunos em um determinado

    intervalo. Dessa forma, possvel relacionar as

    habilidades desenvolvidas com o percentual de

    alunos situado em cada Padro.

    Terceira

    Interpretar a Escala de Proficincia a partir da

    abrangncia da proficincia de cada instncia

    avaliada: estado, Diretoria Regional Pedaggica,

    municpio e escola. Dessa forma, possvel

    verificar o intervalo em que a escola se encontra

    em relao s demais instncias.

  • 7/21/2019 SAERJ_LP_9EF_2012.pdf

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    Revista Pedaggica 21

    competncias descritas para este domnio

    OS DOMNIOS E COMPETNCIASDA ESCALA DE PROFICINCIA

    Apropriao do sistema da escrita

    Professor, a apropriao do sistema de escrita condio para que o

    aluno leia com compreenso e de forma autnoma. Essa apropriao

    o foco do trabalho nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ao

    longo dos quais se espera que o aluno avance em suas hipteses

    sobre a lngua escrita. Neste domnio, encontram-se reunidas

    quatro competncias que envolvem percepes acerca dos sinais

    grficos que utilizamos na escrita as letras e sua organizao

    na pgina e aquelas referentes a correspondncias entre som egrafia. O conjunto dessas competncias permite ao alfabetizando ler

    com compreenso.

    Identifica letras

    Reconhece convenes grficas

    Manifesta conscincia fonolgica

    L palavras

    Pr uxiir n tre de compnhr o desempenho dos unos, n seo Desenvovimento de hbiiddes, h um

    nise representtiv por meio ds hbiiddes retivs Coernci e coeso, bordndo perspectiv do seu ensino

    pr est etp e sugestes de tividdes e recursos pedggicos que podem ser utiizdos peo proessor. A escohdesse exempo oi bsed em um dignstico que identificou gums hbiiddes que presentrm bixo ndice de

    certo no 9 no do Ensino Fundment ns vies educcionis reizds em nos nteriores.

    DOMNIOS E COMPETNCIAS

    Ao relacionar os resultados a cada um

    dos Domnios da Escala de Proficincia e

    aos respectivos intervalos de gradao decomplexidade de cada competncia, possvel

    observar o nvel de desenvolvimento das

    habilidades aferido pelo teste e o desempenho

    esperado dos alunos nas etapas de escolaridade

    em que se encontram.

    Esta seo apresenta o detalhamento dos nveis

    de complexidade das competncias (com suas

    respectivas habilidades), nos diferentes intervalosda Escala de Proficincia. Essa descrio focaliza

    o desenvolvimento cognitivo do aluno ao longo

    do processo de escolarizao e o agrupamento

    das competncias bsicas ao aprendizado da

    Lngua Portuguesa para toda a Educao Bsica.

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    22 Saerj 2012

    IDENTIFICA LETRAS

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Uma das primeiras hipteses que a criana formula com relao lngua escrita a de que escrita e

    desenho so uma mesma coisa. Sendo assim, quando solicitada a escrever, por exemplo, casa, a crianapode simplesmente desenhar uma casa. Quando comea a ter contato mais sistemtico com textos

    escritos, a criana observa o uso feito por outras pessoas e comea a perceber que escrita e desenho so

    coisas diferentes, reconhecendo as letras como os sinais que se deve utilizar para escrever. Para chegar a

    essa percepo, a criana dever, inicialmente, diferenciar as letras de outros smbolos grficos, como os

    nmeros, por exemplo. Uma vez percebendo essa diferenciao, um prximo passo ser o de identificar as

    letras do alfabeto, nomeando-as e sabendo identific-las mesmo quando escritas em diferentes padres.

    cinza 0 a 75 pontos

    Os alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram ashabilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 75 a 100 pontosAlunos que se encontram em nveis de proficincia entre 75 e 100 pontos so capazes de diferenciar

    letras de outros rabiscos, desenhos e/ou outros sinais grficos tambm utilizados na escrita. Esse um

    nvel bsico de desenvolvimento desta competncia, representado na Escala pelo amarelo-claro.

    amarelo-escuro 100 a 125 pontosAlunos com proficincia entre 100 e 125 pontos so capazes de identificar as letras do alfabeto. Este

    novo nvel de complexidade desta competncia indicado, na Escala, pelo amarelo-escuro.

    vermelho acima de 125 pontosAlunos com nvel de proficincia acima de 125 pontos diferenciam as letras de outros sinais grficos e

    identificam as letras do alfabeto, mesmo quando escritas em diferentes padres grficos. Esse dado est

    indicado na Escala de Proficincia pela cor vermelha.

    RECONHECE CONVENES GRFICAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Mesmo quando ainda bem pequenas, muitas crianas que tm contatos frequentes com situaes de leitura

    imitam gestos leitores dos adultos. Fazem de conta, por exemplo, que leem um livro, folheando-o e olhando

    suas pginas. Esse um primeiro indcio de reconhecimento das convenes grficas. Essas convenes

    incluem saber que a leitura se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo ou, ainda, que, diferentemente

    da fala, se apresenta num fluxo contnuo e na escrita necessrio deixar espaos entre as palavras.

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    Revista Pedaggica 23

    cinza 0 a 75 pontos

    Os alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 75 a 100 pontos

    Alunos que se encontram em nveis de proficincia de 75 a 100 pontos reconhecem que o texto organizado na pgina escrita da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esse fato representado

    na Escala pelo amarelo-claro.

    vermelho acima de 100 pontos

    Alunos com proficincia acima de 100 pontos, alm de reconhecerem as direes da esquerda para a

    direita e de cima para baixo na organizao da pgina escrita, tambm identificam os espaamentos

    adequados entre palavras na construo do texto. Na Escala, este novo nvel de complexidade da

    competncia est representado pela cor vermelha.

    MANIFESTA CONSCINCIA FONOLGICA0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A conscincia fonolgica se desenvolve quando o sujeito percebe que a palavra composta de

    unidades menores que ela prpria. Essas unidades podem ser a slaba ou o fonema. As habilidades

    relacionadas a essa competncia so importantes para que o aluno seja capaz de compreender que

    existe correspondncia entre o que se fala e o que se escreve.

    cinza 0 a 75 pontos

    Os alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 75 a 100 pontos

    Os alunos que se encontram em nveis de proficincia entre 75 e 100 pontos identificam rimas e slabas que

    se repetem em incio ou fim de palavra. Ouvir e recitar poesias, alm de participar de jogos e brincadeiras

    que explorem a sonoridade das palavras contribui para o desenvolvimento dessas habilidades.

    amarelo-escuro 100 a 125 pontos

    Alunos com proficincia entre 100 e 125 pontos contam slabas de uma palavra lida ou ditada. Este novo

    nvel de complexidade da competncia est representado na Escala pelo amarelo-escuro.

    vermelho acima de 125 pontos

    Alunos com proficincia acima de 125 pontos j desenvolveram essa competncia e esse fato est

    representado na Escala de Proficincia pela cor vermelha.

  • 7/21/2019 SAERJ_LP_9EF_2012.pdf

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    24 Saerj 2012

    competncias descritas para este domnio

    Estratgias de leitura

    A concepo de linguagem que fundamenta o trabalho com a lngua

    materna no Ensino Fundamental a de que a linguagem uma

    forma de interao entre os falantes. Consequentemente, o texto

    deve ser o foco do ensino da lngua, uma vez que as interaes entre

    os sujeitos, mediadas pela linguagem, se materializam na forma de

    textos de diferentes gneros. O domnio Estratgias de Leitura rene

    as competncias que possibilitam ao leitor utilizar recursos variados

    para ler com compreenso textos de diferentes gneros.

    Localiza informao.

    Identifica tema.

    Realiza inferncia.

    Identifica gnero, funo edestinatrio de um texto.

    L PALAVRAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Para ler palavras com compreenso, o alfabetizando precisa desenvolver algumas habilidades. Uma delas,

    bastante elementar, a de identificar as direes da escrita: de cima para baixo e da esquerda para direita. Emgeral, ao iniciar o processo de alfabetizao, o alfabetizando l com maior facilidade as palavras formadas por

    slabas no padro consoante/vogal, isso porque, quando esto se apropriando da base alfabtica, as crianas

    constroem uma hiptese inicial de que todas as slabas so formadas por esse padro. Posteriormente, em

    funo de sua exposio a um vocabulrio mais amplo e a atividades nas quais so solicitadas a refletir sobre

    a lngua escrita, tornam-se hbeis na leitura de palavras compostas por outros padres silbicos.

    cinza 0 a 75 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 75 a 100 pontosNa Escala de Proficincia, o amarelo-claro indica que os alunos que apresentam nveis de proficincia de

    entre 75 e 100 pontos so capazes de ler palavras formadas por slabas no padro consoante/vogal, o

    mais simples, e que, geralmente, objeto de ensino nas etapas iniciais da alfabetizao.

    amarelo-escuro 100 a 125 pontosO amarelo-escuro indica, na Escala, que alunos com proficincia entre 100 e 125 pontos alcanaram um

    novo nvel de complexidade da competncia de ler palavras: a leitura de palavra formada por slabas

    com padro diferente do padro consoante/vogal.

    vermelho acima de 125 pontosA cor vermelha indica que alunos com proficincia acima de 125 pontos j desenvolveram as habilidades

    que concorrem para a construo da competncia de ler palavras.

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    Revista Pedaggica 25

    LOCALIZA INFORMAO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de localizar informao explcita em textos pode ser considerada uma das mais

    elementares. Com o seu desenvolvimento o leitor pode recorrer a textos de diversos gneros, buscandoneles informaes de que possa necessitar. Essa competncia pode apresentar diferentes nveis de

    complexidade - desde localizar informaes em frases, por exemplo, at fazer essa localizao em textos

    mais extensos - e se consolida a partir do desenvolvimento de um conjunto de habilidades que devem

    ser objeto de trabalho do professor em cada perodo de escolarizao. Isso est indicado, na Escala de

    Proficincia, pela gradao de cores.

    cinza 0 a 100 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 100 a 125 pontosAlunos que se encontram em um nvel de proficincia entre 100 e 125 pontos localizam informaes em

    frases, pequenos avisos, bilhetes curtos, um verso. Esta uma habilidade importante porque mostra que

    o leitor consegue estabelecer nexos entre as palavras que compem uma sentena, produzindo sentido

    para o todo e no apenas para as palavras isoladamente. Na Escala de Proficincia, o desenvolvimento

    desta habilidade est indicado pelo amarelo-claro.

    amarelo-escuro 125 a 175 pontosOs alunos que apresentam proficincia entre 125 e 175 pontos localizam informaes em textos curtos, de

    gnero familiar e com poucas informaes. Esses leitores conseguem, por exemplo, a partir da leitura deum convite, localizar o lugar onde a festa acontecer ou ainda, a partir da leitura de uma fbula, localizar

    uma informao relativa caracterizao de um dos personagens. Essa habilidade est indicada, na

    Escala, pelo amarelo-escuro.

    laranja-claro 175 a 225 pontosOs alunos com proficincia entre 175 e 225 pontos localizam informaes em textos mais extensos,

    desde que o texto se apresente em gnero que lhes seja familiar. Esses leitores selecionam, dentre as

    vrias informaes apresentadas pelo texto, aquela(s) que lhes interessa(m). Na Escala de Proficincia, o

    laranja-claro indica o desenvolvimento dessa habilidade.

    laranja-escuro 225 a 250 pontosOs alunos com proficincia entre 225 e 250 pontos, alm de localizar informaes em textos mais

    extensos, conseguem localiz-las, mesmo quando o gnero e o tipo textual lhe so menos familiares.

    Isso est indicado, na Escala de Proficincia, pelo laranja-escuro.

    vermelho acima de 250 pontosA partir de 250 pontos, encontram-se os alunos que localizam informaes explcitas, mesmo quando

    essas se encontram sob a forma de parfrases. Esses alunos j desenvolveram a habilidade de localizar

    informaes explcitas, o que est indicado, na Escala de Proficincia, pela cor vermelha.

  • 7/21/2019 SAERJ_LP_9EF_2012.pdf

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    26 Saerj 2012

    IDENTIFICA TEMA0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de identificar tema se constri pelo desenvolvimento de um conjunto de habilidades que

    permitem ao leitor perceber o texto como um todo significativo pela articulao entre suas partes.

    cinza 0 a 125 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 125 a 175 pontosAlunos que apresentam um nvel de proficincia entre 125 e 175 pontos identificam o tema de um texto

    desde que esse venha indicado no ttulo, como no caso de textos informativos curtos, notcias de jornal

    ou revista e textos instrucionais. Esses alunos comeam a desenvolver a competncia de identificar tema

    de um texto, fato indicado, na Escala de Proficincia, pelo amarelo-claro.

    amarelo-escuro 175 a 225 pontosAlunos com proficincia entre 175 e 225 pontos fazem a identificao do tema de um texto, valendo-

    se de pistas textuais. Na Escala de Proficincia, o amarelo-escuro indica este nvel mais complexo de

    desenvolvimento da competncia de identificar tema de um texto.

    laranja-claro 225 a 275 pontosAlunos com proficincia entre 225 e 275 pontos identificam o tema de um texto mesmo quando esse tema

    no est marcado apenas por pistas textuais, mas inferido a partir da conjugao dessas pistas com a

    experincia de mundo do leitor. Justamente por mobilizar intensamente a experincia de mundo, alunos

    com este nvel de proficincia conseguem identificar o tema em textos que exijam inferncias, desde

    que os mesmos sejam de gnero e tipo familiares. O laranja-claro indica este nvel de complexidade mais

    elevado da competncia.

    vermelho acima de 275 pontosJ os alunos com nvel de proficincia a partir de 275 pontos identificam o tema em textos de tipo

    e gnero menos familiares que exijam a realizao de inferncias nesse processo. Esses alunos j

    desenvolveram a competncia de identificar tema em textos, o que est indicado na Escala de Proficinciapela cor vermelha.

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    Revista Pedaggica 27

    REALIZA INFERNCIA0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Fazer inferncias uma competncia bastante ampla e que caracteriza leitores mais experientes, que

    conseguem ir alm daquelas informaes que se encontram na superfcie textual, atingindo camadas

    mais profundas de significao. Para realizar inferncias, o leitor deve conjugar, no processo de

    produo de sentidos para o que l, as pistas oferecidas pelo texto aos seus conhecimentos prvios,

    sua experincia de mundo. Esto envolvidas na construo da competncia de fazer inferncias as

    habilidades de: inferir o sentido de uma palavra ou expresso a partir do contexto no qual ela aparece;

    inferir o sentido de sinais de pontuao ou outros recursos morfossintticos; inferir uma informao a

    partir de outras que o texto apresenta ou, ainda, o efeito de humor ou ironia em um texto.

    cinza 0 a 125 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 125 a 175 pontosO nvel de complexidade desta competncia tambm pode variar em funo de alguns fatores: se o texto

    apresenta linguagem no verbal, verbal ou mista; se o vocabulrio mais ou menos complexo; se o gnero

    textual e a temtica abordada so mais ou menos familiares ao leitor, dentre outros. Alunos com proficincia

    entre 125 e 175 pontos apresentam um nvel bsico de construo desta competncia, podendo realizar

    inferncias em textos no verbais como, por exemplo, tirinhas ou histrias sem texto verbal, e, ainda, inferir o

    sentido de palavras ou expresses a partir do contexto em que elas se apresentam. Na Escala de Proficincia,

    o amarelo-claro indica essa etapa inicial de desenvolvimento da competncia de realizar inferncias.

    amarelo-escuro 175 a 225 pontosAlunos que apresentam proficincia entre 175 e 225 pontos inferem informaes em textos no verbais

    e de linguagem mista, desde que a temtica desenvolvida e o vocabulrio empregado sejam familiares.

    Esses alunos conseguem, ainda, inferir o efeito de sentido produzido por alguns sinais de pontuao

    e o efeito de humor em textos como, por exemplo, piadas e tirinhas. Na Escala de Proficincia, o

    desenvolvimento dessas habilidades pelos alunos est indicado pelo amarelo-escuro.

    laranja-claro 225 a 275 pontosAlunos com proficincia entre 225 e 275 pontos realizam tarefas mais sofisticadas como inferir o sentido de

    uma expresso metafrica ou efeito de sentido de uma onomatopeia; inferir o efeito de sentido produzido

    pelo uso de uma palavra em sentido conotativo e pelo uso de notaes grficas e, ainda, o efeito de sentido

    produzido pelo uso de determinadas expresses em textos pouco familiares e/ou com vocabulrio maiscomplexo. Na Escala de Proficincia o desenvolvimento dessas habilidades est indicado pelo laranja-claro.

    vermelho acima de 275 pontosAlunos com proficincia a partir de 275 pontos j desenvolveram a habilidade de realizar inferncias, pois,

    alm das habilidades relacionadas aos nveis anteriores da Escala, inferem informaes em textos de

    vocabulrio mais complexo e temtica pouco familiar, valendo-se das pistas textuais, de sua experincia

    de mundo e de leitor e, ainda, de inferir o efeito de ironia em textos diversos, alm de reconhecer o efeito

    do uso de recursos estilsticos. O desenvolvimento das habilidades relacionadas a esta competncia

    est indicada na Escala de Proficincia pela cor vermelha.

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    28 Saerj 2012

    IDENTIFICA GNERO, FUNO E DESTINATRIO DE UM TEXTO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de identificar gnero, funo ou destinatrio de um texto envolve habilidades cujo

    desenvolvimento permite ao leitor uma participao mais ativa em situaes sociais diversas, nas quaiso texto escrito utilizado com funes comunicativas reais. Essas habilidades vo desde a identificao

    da finalidade com que um texto foi produzido at a percepo de a quem ele se dirige. O nvel de

    complexidade que esta competncia pode apresentar depender da familiaridade do leitor com o gnero

    textual, portanto, quanto mais amplo for o repertrio de gneros de que o aluno dispuser, maiores suas

    possibilidades de perceber a finalidade dos textos que l. importante destacar que o repertrio de

    gneros textuais se amplia medida que os alunos tm possibilidades de participar de situaes variadas,

    nas quais a leitura e a escrita tenham funes reais e atendam a propsitos comunicativos concretos.

    cinza 0 a 100 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 100 a 175 pontosAlunos que apresentam um nvel de proficincia de 100 a 175 pontos identificam a finalidade de textos de

    gnero familiar como receitas culinrias, bilhetes, poesias. Essa identificao pode ser feita em funo

    da forma do texto, quando ele se apresenta na forma estvel em que o gnero geralmente se encontra

    em situaes da vida cotidiana. Por exemplo, no caso da receita culinria, quando ela traz inicialmente os

    ingredientes, seguidos do modo de preparo dos mesmos. Alm de identificarem uma notcia. Na Escala

    de Proficincia esse incio de desenvolvimento da competncia est indicado pelo amarelo-claro.

    amarelo-escuro 175 a 250 pontosAqueles alunos com proficincia de 175 a 250 pontos identificam o gnero e o destinatrio de textos de

    ampla circulao na sociedade, menos comuns no ambiente escolar, valendo-se das pistas oferecidas

    pelo texto, tais como: o tipo de linguagem e o apelo que faz a seus leitores em potencial. Na Escala de

    Proficincia, o grau de complexidade desta competncia est indicado pelo amarelo-escuro.

    vermelho acima de 250 pontos

    Os alunos que apresentam proficincia a partir de 250 pontos j desenvolveram a competncia deidentificar gnero, funo e destinatrio de textos, ainda que estes se apresentem em gnero pouco

    familiar e com vocabulrio mais complexo. Esse fato est representado na Escala de Proficincia pela

    cor vermelha.

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    Revista Pedaggica 29

    ESTABELECE RELAES LGICODISCURSIVAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de estabelecer relaes lgico-discursivas envolve habilidades necessrias para que

    o leitor estabelea relaes que contribuem para a continuidade, progresso do texto, garantindo sua

    coeso e coerncia. Essas habilidades relacionam-se, por exemplo, ao reconhecimento de relaes

    semnticas indicadas por conjunes, preposies, advrbios ou verbos. Ainda podemos indicar a

    capacidade de o aluno reconhecer as relaes anafricas marcadas pelos diversos tipos de pronome.

    O grau de complexidade das habilidades associadas a essa competncia est diretamente associado

    a dois fatores: a presena dos elementos lingusticos que estabelecem a relao e o posicionamento

    desses elementos dentro do texto, por exemplo, se um pronome est mais prximo ou mais distante do

    termo a que ele se refere.

    cinza 0 a 150 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 150 a 200 pontosOs alunos que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 150 a 200, comeam a desenvolver a

    habilidade de perceber relaes de causa e consequncia em texto no verbal e em texto com linguagem

    competncias descritas para este domnio

    Processamento do texto

    Neste domnio esto agrupadas competncias cujo desenvolvimento

    tem incio nas sries iniciais do Ensino Fundamental, progredindo

    em grau de complexidade at o final do Ensino Mdio. Para melhor

    compreendermos o desenvolvimento destas competncias,

    precisamos lembrar que a avaliao tem como foco a leitura,no se fixando em nenhum contedo especfico. Na verdade,

    diversos contedos trabalhados no decorrer de todo o perodo

    de escolarizao contribuem para o desenvolvimento das

    competncias e habilidades associadas a este domnio. Chamamos

    de processamento do texto as estratgias utilizadas na sua

    constituio e sua utilizao na e para a construo do sentido do

    texto. Neste domnio, encontramos cinco competncias, as quais

    sero detalhadas a seguir, considerando que as cores apresentadas

    na Escala indicam o incio do desenvolvimento da habilidade, asgradaes de dificuldade e sua consequente consolidao.

    Estabelece relaes lgico-discursivas

    Identifica elementos de um textonarrativo

    Estabelece relaes entre textos

    Distingue posicionamentos

    Identifica marcas lingusticas

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    30 Saerj 2012

    mista, alm de perceberem aquelas relaes expressas por meio de advrbios ou locues adverbiais

    como, por exemplo, de tempo, lugar e modo.

    amarelo-escuro 200 a 250 pontosNo intervalo de 200 a 250, indicado pelo amarelo-escuro, os alunos j conseguem realizar tarefas mais

    complexas como estabelecer relaes anafricas por meio do uso de pronomes pessoais retos, e por

    meio de substituies lexicais. Acrescente-se que j comeam a estabelecer relaes semnticas pelouso de conjunes, como as comparativas.

    laranja-claro 250 a 300 pontosNo laranja-claro, intervalo de 250 a 300 pontos na Escala, os alunos atingem um nvel maior de

    abstrao na construo dos elos que do continuidade ao texto, pois reconhecem relaes de causa e

    consequncia sem que haja marcas textuais explcitas indicando essa relao semntica. Esses alunos

    tambm reconhecem, na estrutura textual, os termos retomados por pronomes pessoais oblquos, por

    pronomes demonstrativos e possessivos.

    vermelho acima de 300 pontosOs alunos com proficincia acima de 300 pontos na Escala estabelecem relaes lgico-semnticas

    mais complexas, pelo uso de conectivos menos comuns ou mesmo pela ausncia de conectores. A

    cor vermelha indica o desenvolvimento das habilidades associadas a essa competncia. importante

    ressaltar que o trabalho com elementos de coeso e coerncia do texto deve ser algo que promova

    a compreenso de que os elementos lingusticos que constroem uma estrutura sinttica estabelecem

    entre si uma rede de sentido, a qual deve ser construda pelo leitor.

    IDENTIFICA ELEMENTOS DE UM TEXTO NARRATIVO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Os textos com sequncias narrativas so os primeiros com os quais todos ns entramos em contato,

    tanto na oralidade quanto na escrita. Da, observarmos o desenvolvimento das habilidades associadas

    a essa competncia em nveis mais baixos da Escala de Proficincia, ao contrrio do que foi visto na

    competncia anterior. Identificar os elementos estruturadores de uma narrativa significa conseguir dizer

    onde, quando e com quem os fatos ocorrem, bem como sob que ponto de vista a histria narrada.Essa competncia envolve, ainda, a habilidade de reconhecer o fato que deu origem histria (conflito

    ou fato gerador), o clmax e o desfecho da narrativa. Esses elementos dizem respeito tanto s narrativas

    literrias (contos, fbulas, crnicas, romances...) como s narrativas de carter no literrio, uma notcia,

    por exemplo.

    cinza 0 a 150 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

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    Revista Pedaggica 31

    amarelo-claro 150 a 175 pontos

    Os alunos cuja proficincia se encontra entre 150 e 175 pontos na Escala nvel marcado pelo amarelo-

    claro, esto comeando a desenvolver essa competncia. Esses alunos identificam o fato gerador de

    uma narrativa curta e simples, bem como reconhecem o espao em que transcorrem os fatos narrados.

    amarelo-escuro 175 a 200 pontos

    Entre 175 e 200 pontos na Escala, h um segundo nvel de complexidade, marcado pelo amarelo-escuro.

    Nesse nvel, os alunos reconhecem, por exemplo, a ordem em que os fatos so narrados.

    vermelho acima de 200 pontos

    A partir de 200 pontos, os alunos agregam a essa competncia mais duas habilidades: o reconhecimento

    da soluo de conflitos e do tempo em que os fatos ocorrem. Nessa ltima habilidade, isso pode ocorrer

    sem que haja marcas explcitas, ou seja, pode ser necessrio fazer uma inferncia. A faixa vermelha

    indica o desenvolvimento das habilidades envolvidas nesta competncia.

    ESTABELECE RELAES ENTRE TEXTOS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Esta competncia diz respeito ao estabelecimento de relaes intertextuais, as quais podem ocorrer

    dentro de um texto ou entre textos diferentes. importante lembrar, tambm, que a intertextualidade

    um fator importante para o estabelecimento dos tipos e dos gneros, na medida em que os relaciona

    e os distingue. As habilidades envolvidas nessa competncia comeam a ser desenvolvidas em nveismais altos da Escala de Proficincia, revelando, portanto, tratar-se de habilidades mais complexas, que

    exigem do leitor uma maior experincia de leitura.

    cinza 0 a 225 pontos

    Os alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 225 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 225 a 275 pontos

    Os alunos que se encontram entre 225 e 275 pontos na Escala, marcado pelo amarelo-claro, comeam a

    desenvolver as habilidades desta competncia. Esses alunos reconhecem diferenas e semelhanas no

    tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos, alm de identificar um tema comum na comparao

    entre diferentes textos informativos.

    amarelo-escuro 275 a 325 pontos

    O amarelo-escuro, 275 a 325 pontos, indica que os alunos com uma proficincia que se encontra

    neste intervalo j conseguem realizar tarefas mais complexas ao comparar textos, como, por exemplo,

    reconhecer, na comparao entre textos, posies contrrias acerca de um determinado assunto.

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    32 Saerj 2012

    vermelho acima de 325 pontosA partir de 325 pontos, temos o vermelho que indica o desenvolvimento das habilidades relacionadas

    a esta competncia. Os alunos que ultrapassam esse nvel na Escala de Proficincia so considerados

    leitores proficientes.

    DISTINGUE POSICIONAMENTOS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Distinguir posicionamentos est diretamente associado a uma relao mais dinmica entre o leitor e

    o texto.

    cinza 0 a 200 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 200 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 200 a 225 pontosEsta competncia comea a se desenvolver entre 200 e 225 pontos na Escala de Proficincia. Os alunos

    que se encontram no nvel indicado pelo amarelo-claro distinguem, por exemplo, fato de opinio em um

    texto narrativo.

    amarelo-escuro 225 a 275 pontosNo amarelo-escuro, de 225 a 275 pontos, encontram-se os alunos que j se relacionam com o texto de

    modo mais avanado. Neste nvel de proficincia, encontram-se as habilidades de identificar trechos de

    textos em que est expressa uma opinio e a tese de um texto.

    laranja-claro 275 a 325 pontosO laranja-claro, 275 a 325 pontos, indica uma nova gradao de complexidade das habilidades

    associadas a esta competncia. Os alunos cujo desempenho se localiza neste intervalo da Escala de

    Proficincia conseguem reconhecer, na comparao entre textos, posies contrrias acerca de um

    determinado assunto.

    vermelho acima de 325 pontosO vermelho, acima do nvel 325, indica o desenvolvimento das habilidades envolvidas nesta competncia.

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    Revista Pedaggica 33

    IDENTIFICA MARCAS LINGUSTICAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Esta competncia relaciona-se ao reconhecimento de que a lngua no imutvel e faz parte do

    patrimnio social e cultural de uma sociedade. Assim, identificar marcas lingusticas significa reconheceras variaes que uma lngua apresenta, de acordo com as condies sociais, culturais, regionais e

    histricas em que utilizada. Esta competncia envolve as habilidades de reconhecer, por exemplo,

    marcas de coloquialidade ou formalidade de uma forma lingustica e identificar o locutor ou interlocutor

    por meio de marcas lingusticas.

    cinza 0 a 125 pontosOs alunos cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda no desenvolveram as

    habilidades relacionadas a esta competncia.

    amarelo-claro 125 a 175 pontosOs alunos que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 125 a 175 pontos na Escala, comeam a

    desenvolver esta competncia ao reconhecer expresses prprias da oralidade.

    amarelo-escuro 175 a 225 pontosNo intervalo de 175 a 225, amarelo-escuro, os alunos j conseguem identificar marcas lingusticas que

    diferenciam o estilo de linguagem em textos de gneros distintos.

    laranja-claro 225 a 275 pontos

    No intervalo de 225 a 275, laranja-claro, os alunos apresentam a habilidade de reconhecer marcas de

    formalidade ou de regionalismos e aquelas que evidenciam o locutor de um texto expositivo.

    laranja-escuro 275 a 325 pontosOs alunos que apresentam uma proficincia de 275 a 325 pontos, laranja-escuro, identificam marcas de

    coloquialidade que evidenciam o locutor e o interlocutor, as quais so indicadas por expresses idiomticas.

    vermelho acima de 325 pontosA faixa vermelha, a partir do nvel 325 da Escala de Proficincia, indica o desenvolvimento das habilidades

    associadas a essa competncia. O desenvolvimento dessas habilidades muito importante, pois implicaa capacidade de realizar uma reflexo metalingustica.

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    34 Saerj 2012

    *O percentu de resposts em brnco enus no oi contempdo n nise.

    Am disso, s competncis e hbiiddes grupds nos Pdres no esgotm tudo quio que os unos

    desenvoverm e so cpzes de zer, um vez que s hbiiddes vids so ques considerds essenciis

    em cd etp de escorizo e possveis de serem vids num teste de mtip escoh. Cbe os

    docentes, trvs de instrumentos de observo e registro utiizdos em su prtic cotidin, identificrem outrs

    crcterstics presentds por seus unos e no so contempds peos Pdres. Isso porque, despeito dos

    tros comuns unos que se encontrm em um mesmo intervo de proficinci, existem dierens individuis

    que precism ser considerds pr reoriento d prtic pedggic.

    PADRES DE DESEMPENHO ESTUDANTIL

    Os Padres de Desempenho so categorias

    definidas a partir de cortes numricos que

    agrupam os nveis da Escala de Proficincia, com

    base nas metas educacionais estabelecidas pelo

    Saerj. Esses cortes do origem a quatro Padres

    de Desempenho Baixo, Intermedirio, Adequado

    e Avanado , os quais apresentam o perfil de

    desempenho dos alunos.

    Desta forma, alunos que se encontram em um

    Padro de Desempenho abaixo do esperado para

    sua etapa de escolaridade precisam ser foco de

    aes pedaggicas mais especializadas, de modo

    a garantir o desenvolvimento das habilidades

    necessrias ao sucesso escolar, evitando, assim, a

    repetncia e a evaso.

    Por outro lado, estar no Padro mais elevado

    indica o caminho para o xito e a qualidade da

    aprendizagem dos alunos. Contudo, preciso

    salientar que mesmo os alunos posicionados no

    Padro mais elevado precisam de ateno, pois

    necessrio estimul-los para que progridam cada

    vez mais.

    So apresentados, a seguir, exemplos de itens*

    caractersticos de cada Padro.

    AvanadoAdequadoIntermedirioBaixo

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    Revista Pedaggica 35

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    at 200 pontos

    BAIXO

    Neste Padro de Desempenho, os alunos se limitam a realizar

    operaes bsicas de leitura, interagindo apenas com textos do

    cotidiano, de estrutura simples e de temticas que lhes so familiares.

    Eles localizam informaes explcitas. Alm disso, realizam inferncias

    de informaes, de efeito de sentido de palavra ou expresso, de

    efeito do emprego de pontuao e de efeitos de humor. Identificam,

    tambm, a finalidade desses textos.

    Quanto aos textos de estrutura narrativa, identificam personagem,

    cenrio e tempo.

    Na apropriao de elementos que estruturam o texto, manifestam-se operaes de retomada de informaes por meio de pronomes

    pessoais retos, por substituio lexical e por reconhecimento de

    relaes lgico-discursivas no texto, marcadas por advrbios e

    locues adverbiais e por marcadores de causa e consequncia.

    No campo da variao lingstica, eles reconhecem expresses

    representativas da linguagem coloquial.

    Considerando as habilidades descritas, constata-se que essesalunos, aps nove anos de escolaridade, apresentam lacunas no

    processo de desenvolvimento da competncia leitora.

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    36 Saerj 2012

    Leia o texto abaixo.

    SOUZA, Mauricio de. Mnica tem uma novidade. Ed.L&PM.1984.p.81. (P060027B1_SUP)

    (P060027B1) No ltimo quadrinho, a expresso arrastando uma asinha sugere que o anjinho

    A) arrasta as asas no cho.B) bate suas asas no ar.C) est apaixonado pela menina.

    D) est com a asinha quebrada.

    Esse item avalia a habilidade de os alunos

    compreenderem o sentido de uma expresso no

    contexto em que se insere. O texto que d suporte

    ao item uma tirinha, gnero de grande circulao

    no meio escolar e fora dele, portanto bastante

    familiar aos alunos desse nvel de escolaridade.

    Para resoluo do item, os alunos deveriam associar

    as falas do balo sequncia das imagens dos

    quadrinhos, alm de acionarem o conhecimento de

    mundo, j que a expresso arrastar uma asinha faz

    parte de um grupo de termos populares utilizados

    com frequncia no cotidiano.

    Os alunos que optaram pela alternativa A

    2,6% no conseguiram realizar a inferncianecessria, pois apontaram o sentido literal da

    expresso metafrica.

    De forma semelhante, aqueles que

    marcaram a alternativa B 4,8% tambm

    demonstraram interpretar a expresso de

    forma literal, considerando, principalmente, o

    primeiro quadrinho.

    Os alunos que escolheram a alternativa C

    89,3% demonstraram que j desenvolveram a

    habilidade avaliada, pois conseguiram perceber,

    na associao dos trs quadrinhos, que arrastar

    uma asinha sinnimo de demonstrao

    de afetividade.

    A escolha da alternativa D 2,9% demonstra que

    os alunos apoiaram-se mais nos conhecimentos

    externos do que no texto, pois, possivelmente,

    inferiram que o anjinho arrastava a asa pois a

    mesma estaria quebrada.

    81percentude certo89,3%

    A B C D

    2,6% 4,8% 89,3% 2,9%

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    Revista Pedaggica 37

    de 200 a 275 pontos

    INTERMEDIRIO

    Os alunos cujas mdias de proficincia esto situadas neste Padro

    de Desempenho ampliam suas habilidades de leitura, sendo capazes

    de interagir com textos de temtica menos familiar e de estrutura um

    pouco mais complexa.

    No que diz respeito percepo de posicionamentos no texto, esses

    alunos conseguem distinguir fato de opinio e identificar a tese e os

    argumentos que a defende.

    Na apropriao de elementos que estruturam o texto, manifestam-

    se operaes de retomada de informaes por meio de pronomes

    pessoais e, tambm, de indefinidos, por substituio lexical e por

    reconhecimento de relaes lgico-discursivas no texto, marcadaspor advrbios e locues adverbiais e por marcadores de causa e

    consequncia.

    No que diz respeito ao tratamento das informaes globais, esses

    alunos inferem o assunto de textos de temtica do cotidiano.

    Revelam a capacidade de selecionar informaes do texto,

    distinguindo a principal das secundrias.

    No campo da variao lingustica, identificam interlocutores por meio

    das marcas lingusticas.

    Com relao s operaes inferenciais, eles depreendem

    informaes implcitas, o sentido de palavras ou expresses, o efeito

    do uso pontuao e de situaes de humor. Alm disso, reconhecem

    o efeito de sentido de notaes em um texto de linguagem mista.

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

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    38 Saerj 2012

    Esse item avalia a habilidade de reconhecer a

    relao de causa e consequncia entre elementos

    do texto. O suporte apresenta o fragmento de uma

    narrativa infanto-juvenil, com linguagem simples,adequada ao perodo de escolarizao avaliado.

    Para resoluo do item, os alunos deveriam

    identificar a causa de o cientista querer reduzir o

    tamanho das pessoas, devendo fazer uma leitura

    global do texto, articulando suas partes para

    compreender qual fato d origem a outro.

    Os alunos que assinalaram a alternativa A 76,5% ,

    o gabarito, provavelmente seguiram a sequncia

    narrativa e observaram que a justificativa para o ato

    do cientista foi achar que o planeta era pequeno

    demais para caber tanta gente, informao

    presente no primeiro e no segundo pargrafos.

    Os alunos que optaram pela alternativa B 6,5%

    fixaram-se principalmente no final do texto, no

    considerando a sequncia dos acontecimentos.

    Aqueles que optaram pela alternativa C 7,8%

    realizaram uma inferncia equivocada,

    provavelmente considerando o nome do cientista

    (Dr. Mirim) e o plano de reduzir as pessoas.

    De forma semelhante, os alunos que optaram pela

    alternativa D 8,8% tambm consideraram o

    plano de Dr. Mirim, mas no se atentaram para a

    tarefa solicitada no comando para resposta.

    72percentude certo76,5%

    A B C D

    76,5% 6,5% 7,8% 8,8%

    Leia o texto abaixo.

    5

    10

    15

    O incrvel raio redutor

    Miro Mirim era um cientista muito preocupado com o problema da superpopulao do mundo. Eleachava que o planeta estava ficando pequeno para tanta gente. Um dia, no haveria mais espaopara todos.

    A soluo reduzir o tamanho das pessoas, ele calculou. Minipessoas ocuparo menosespao.

    Da, ele inventou um incrvel raio redutor, capaz de encolher gente ao mximo, quer dizer, aomnimo.

    Tarde da noite, o Dr. Mirim resolveu testar o invento em si mesmo. Ligou a mquina e ficou nafrente do raio de energia ziiing! Funcionou!

    Mirim ficou menor do que um filhote de pulga. To minsculo que agora no podia mais manejaro controle do raio redutor para voltar ao seu tamanho normal.

    Para piorar a situao, o minirraio ligado a noite toda acabou provocando um incndio no

    laboratrio. Para salvar sua minscula vidinha, o microcientista pulou na garupa de seu cachorroBrutus e caiu fora!

    De l para c, ningum teve mais notcias do Dr. Miro Mirim. [...]

    GUEDES, Luiz Roberto. Cincia Hoje das crianas, Out. 2009, p.13. Fragmento. (P060037B1_SUP)

    (P060038B1) De acordo com esse texto, o cientista queria reduzir o tamanho das pessoas porqueA) achava o planeta pequeno para caber tanta gente.B) achava seu tamanho minsculo, fora do normal.C) queria ser um microcientista de minipessoas.D) queria testar seu incrvel raio redutor na populao.

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    Revista Pedaggica 39

    Esse item avalia a habilidade de os alunos

    identificarem o elemento gerador do humor em um

    texto. Nesse caso, o suporte apresenta uma piada,

    gnero textual que se caracteriza por apresentar

    um trao de comicidade. O texto curto e de

    linguagem simples, no apresentando obstculos

    compreenso, alm de ser um gnero bastante

    familiar aos alunos desse nvel de escolaridade.

    Para chegar ao gabarito, os alunos deveriam

    perceber a inocncia do menino ao dizer ao pai

    que os mosquitos expulsos aps apagar a luz do

    quarto estavam voltando com lanternas, sendo

    esse fato o gerador de humor, pois o menino

    revela desconhecer um vaga-lume, confundindo-o

    com mosquito.

    Os alunos que optaram pela alternativa

    B 75,9% , o gabarito, apresentam essa

    percepo, demonstrando, dessa forma, ter

    desenvolvido a habilidade avaliada.

    Os alunos que optaram pela alternativa A 7,6%

    apoiaram-se na insistncia do filho em chamar o

    pai, no considerando a ltima fala do filho.

    Aqueles que escolheram a alternativa C 5,9% ,

    provavelmente, entenderam de forma equivocada

    que o filho exagerava ou mentia sobre os

    mosquitos no quarto.

    Os alunos que escolheram a alternativa

    D 10,2% enganaram-se ao considerar que o

    desejo do menino em afastar os mosquitos seria ofato gerador de humor, possivelmente, associando

    apenas a primeira fala do garoto, porm esses

    alunos desconsideraram o restante do texto.

    72percentude certo75,9%

    A B C D

    7,6% 75,9% 5,9% 10,2%

    Leia o texto abaixo.

    Como se livrar de mosquitos

    Querendo se livrar dos mosquitos, chamou o pai no meio da noite e disse:

    Pai, tem muitos mosquitos no meu quarto! Como fao pra me livrar desses mosquitos?

    Apague a luz que eles vo embora, lhote! diz o pai, carinhosamente.Logo depois apareceu um vaga-lume. O menino chamou o pai outra vez:

    Pai, socorro! Agora os mosquitos esto vindo com lanternas!

    Disponvel em: Acesso em: 1 abr. 2010. (P090457EX_SUP)

    (P090457EX) O humor desse texto est no fato de o menino

    A) chamar o pai duas vezes na mesma noite.B) desconhecer o que seria um vaga-lume.C) dizer que havia muitos mosquitos no quarto.D) querer se livrar dos mosquitos.

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    40 Saerj 2012

    A habilidade avaliada por esse item a de

    compreender o efeito de sentido provocado pela

    escolha de determinado sinal de pontuao.

    Nesse caso, suporte apresenta um texto curto, de

    tipologia narrativa e inteno moralizante.

    A compreenso da mensagem implcita expressaatravs da histria essencial para a soluo do

    item, j que preciso que os alunos percebam o

    sentimento do cavalo em relao ao tratamento

    recebido por seu dono.

    A fala do cavalo revela indignao em relao

    ao seu dono que s o tratou adequadamente

    enquanto precisava dele. Os alunos 60,9%

    compreenderam essa mensagem, optando pelaletra B, o gabarito.

    Os alunos que optaram pela alternativa A 20,9%

    podem ter sido influenciados por um sentido usual

    do ponto de interrogao, mas que no se aplica

    ao contexto, o que demonstra que esses alunos

    fizeram uso mais do conhecimento de mundo do

    que do trecho do texto.

    Aqueles que optaram pela letra C 11,7% pode ter

    interpretado que o cavalo queria se vingar de seu

    dono, portanto estava satisfeito em desobedecer

    s ordens para prosseguir a cavalgada.

    Os alunos que marcaram a letra D 6,3% podem

    ter confundido o ponto de interrogao com o

    pode exclamao, presente na frase anterior.

    6percentude certo60,9%

    A B C D

    20,9% 60,9% 11,7% 6,3%

    Leia o texto abaixo.

    O cavalo e o soldado

    Enquanto durou a guerra, um soldado alimentara com cevada seu cavalo, que lhe era muitoprecioso. Quando veio a paz e o animal s servia, como um escravo, para carregar pesadascargas, a palha substituiu a cevada. De novo, vieram os rumores de guerra. Ouviu-se o soar dastrombetas. O dono do cavalo se armou, arreou-o e se foi cavalgando. Mas o cavalo depauperadocaa a cada passo. Ele disse ento ao dono: Vai agora te juntar aos outros soldados! Como possohoje agir como um cavalo depois de ter recebido tratamento de asno?

    Em tempos de paz, bom no esquecer o tempo dos infortnios.

    Disponvel em: . Acesso em: 25 maio 2008. (P090143A8_SUP)

    (P090143A8)Na fala do cavalo sobre o tratamento que recebera do dono, o ponto de interrogao indica

    A) dvida.B) indignao.C) satisfao.

    D) surpresa.

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    Revista Pedaggica 41

    de 275 a 325 pontos

    ADEQUADO

    As habilidades caractersticas deste Padro de Desempenho

    revelam um avano no desenvolvimento da competncia leitora,

    pois os alunos demonstram ser capazes de realizar inferncia de

    sentido de palavras/expresses em textos literrios em prosa e

    verso, interpretar textos de linguagem mista, reconhecer o efeito de

    sentido do uso de recursos estilsticos e de ironia e identificar o valor

    semntico de expresses adverbiais pouco usuais.

    No campo da variao lingustica, reconhecem expresses de

    linguagem informal e marcas de regionalismo. Alm de reconhecerem

    a gria como trao de informalidade.

    Quanto ao tratamento das informaes globais do texto, distinguema informao principal das secundrias e identificam gneros

    textuais diversos.

    No que concerne estrutura textual, reconhecem relaes lgico-

    discursivas expressas por advrbios, locues adverbiais e

    conjunes. Na realizao de atividades de retomada por meio do

    uso de pronomes, esses alunos conseguem recuperar informaes

    por meio do uso de pronomes relativos.

    Eles demonstram, ainda, a capacidade de localizar informaes em

    textos expositivos e argumentativos, alm de identificar a tese de

    um artigo de opinio e reconhecer a adequao vocabular como

    estratgia argumentativa.

    Neste Padro, os alunos demonstram, portanto, uma maior

    familiaridade com textos de diferentes gneros e tipologias.

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

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    42 Saerj 2012

    Esse item avalia a habilidade de estabelecer a

    diferena entre um fato e uma opinio relativa

    a esse fato. O suporte um texto narrativo de

    linguagem simples e de fcil compreenso. um

    gnero de bastante familiaridade para alunos

    desse nvel de escolarizao.

    O comando solicita que o aluno identifique um

    fragmento em que h uma manifestao de

    opinio. importante que o aluno retome a leitura

    do texto para observar cada uma das opes em

    seu contexto, acionando seus conhecimentos

    prvios para distinguir qual dos fragmentosapresentados nas alternativas de resposta carrega

    uma apreciao do menino.

    Na fala reproduzida na letra A, o menino revela

    sua viso a respeito do dicionrio tradicional. Os

    alunos que escolheram essa alternativa 47,2%

    conseguiram perceber o desnimo do menino

    em relao ao dicionrio escolar, identificando,

    portanto, o gabarito.

    Os alunos que optaram pela alternativa B 17,6%

    no conseguiram perceber que esse fragmento

    refere-se fala do narrador e no do menino.

    Aqueles que escolheram a alternativa C 16,7%

    confundiram uma dvida com uma opinio.

    Os alunos que optaram pela alternativa D 18,1%

    no compreenderam que esse fragmento, apesar

    de fazer parte da fala do menino, consiste em

    um fato.

    percentude certo

    47,2%

    A B C D

    47,2% 17,6% 16,7% 18,1%

    Leia o texto abaixo.

    5

    10

    15

    20

    Dicionrio de criana

    O menino de sete anos chegou at o pai e pediu um dicionrio.O pai lhe botou na mo um dicionrio escolar, bastante simples. A criana olhou, leu, sacudiu a

    cabea:

    T difcil, pai, isso a no interessa. No tem dicionrio de criana?Hoje deve ter, mas naquele tempo no tinha. Enquanto os adultos pensavam no que fazer, o

    menino decidiu: Eu vou escrever um, posso?Claro que podia. Pegou-se um arquivo, que ainda existe, com folhas amarelas e sua caprichada

    letra de menino. O alfabeto ele conhecia, escrevia direitinho, e depois de uma semana chuvosa defrias saram vrios verbetes.

    Alguns deles aqui vo: [...]Seco. Seco o contrrio de molhado. Por exemplo: quando no chove ca tudo seco. Quando o

    sol ca raiando muitos dias tudo ca seco. Sem sol nada ca seco. A a me reclama que est tudomido. mido um tipo de molhado, mas o sol no pode raiar o tempo todo. Porque da todas asplantas se queimam e ento tambm tem que existir a chuva. Que molhada.

    Zero. Eu lembrei outra palavra com essa letra, o zero. O zero no e uma palavra porque umnmero. Mas nmero a gente tambm escreve o nome dele. Outro dia minha me disse que ela umzero na cozinha. Eu no entendi direito isso. Nota zero parece que quando algum preguioso naescola ou burro. O zero que eu conheo um nmero assim meio redondo quase como um ovo. Um

    cara um zero esquerda quando no trabalha direito. Isso a foi meu pai quem falou.LUFT, Lya. Pensar transgredir. 7. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. p.149-152. Fragmento. (P090273A9_SUP)

    (P090273A9)Com relao pesquisa no dicionrio, h uma opinio do menino em:

    A) T difcil, pai, isso a no interessa.. (. 4)B) Hoje deve ter, mas naquele tempo no tinha.. (. 5)C) ... vou escrever um, posso? Claro que podia.. (. 7-8)D) ... Mas o sol no pode raiar o tempo todo.. (. 14-15)

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    Revista Pedaggica 43

    Esse item avalia a habilidade de compreender a

    relao semntica estabelecida por um conector

    no interior do texto. O suporte uma anedota,

    gnero de grande circulao no meio social e

    entre alunos desse nvel de escolaridade.

    Entretanto, devido ao fato de o humor nem sempre

    estar explcito, pode haver certa dificuldade na

    compreenso de outros elementos do texto.

    O comando pede que os alunos identifiquem

    o sentido expresso pela conjuno quando

    no contexto. Os alunos que acompanharam a

    sequncia narrativa concluram que o vocbulo

    se refere ideia de tempo, letra C 43,5% ,

    sinnimo de no momento em que.

    Aqueles que marcaram a alternativa A 23%

    entenderam equivocadamente que a sentena

    introduzida pelo conectivo Quando teria o

    valor causal.

    Os alunos que escolheram a alternativa B

    22,2% provavelmente confundiram a conjuno

    quando presente no comando com o mesmo

    conectivo presente na ltima linha do texto,

    entendendo que o mesmo teria valor conclusivo.

    A opo pela alternativa C 11,1% revela que os

    alunos relacionaram equivocadamente o conectivo

    a uma relao de condio.

    percentude certo

    43,5%

    A B C D

    23% 22,2% 11,1% 43,5%

    Leia o texto abaixo.

    Era melhor ter perguntado...

    Fui visitar meu irmo na Alemanha e escolhi viajar de trem. Um funcionrio foi muito amvele, apesar de no falar ingls, e eu no entender nada de alemo, conseguimos nos comunicarmuito bem por sinais. Quando ele saiu do vago, uma mulher sentada perto de mim perguntou,em ingls, se eu falava alemo.

    No falo uma palavra eu disse.

    Ah, ento est explicado por que voc no saiu quando ele disse que voc pegou o trem errado.

    Selees Readers Digest. jan. 2009. p. 158. (P080133B1_SUP)

    (P080134B1)No trecho Quandoele saiu do vago,..., a palavra destacada estabelece uma relao deA) causa.B) concluso.C) condio.

    D) tempo.

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    44 Saerj 2012

    Esse item avalia a habilidade de identificar relaes

    entre um pronome e seu referente dentro de um

    texto. O suporte apresenta uma propaganda

    governamental que conjuga elementos verbais

    e no verbais que busca incentivar a valorizao

    da educao atravs da divulgao da importncia

    do IDEB.

    Nesse caso, o termo em destaque no comando um

    pronome feminino singular do caso reto e retoma a

    palavra escola, o elemento central do texto.

    Os alunos que marcaram a alternativa C 45% demonstraram ter seguido a sequncia textual e

    realizado a operao de retomada corretamente e

    identificando o gabarito.

    Os alunos que optaram pela letra A 48%

    demonstraram perceber o carter anafrico do

    pronome ela, porm se detiveram somente nos

    resultados do IDEB e no conseguiram identificar

    o referente correto desse pronome.

    Aqueles que escolheram a alternativa B 3,2%

    compreendeu de forma equivocada o fragmento

    em destaque, no considerando o contexto de uso

    do pronome.

    Os alunos que optaram pela alternativa

    D 3,3% apontaram por um termo feminino

    singular posposto ao pronome em destaque

    no comando para resposta, demonstrando

    no compreender que, nesse caso, o pronome

    retomaria um termo j mencionado.

    45percentude certo

    45%

    A B C D

    48% 3,2% 45% 3,3%

    Leia o texto abaixo.

    Disponvel em: http//. Acesso em: 6 jun. 2010. (P060095B1_SUP)

    (P060098B1)No trecho Assim vocs sabero se elaest bem..., a palavra destacada refere-se

    A) nota.B) idade.C) escola.D) diretoria.

  • 7/21/2019 SAERJ_LP_9EF_2012.pdf

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    Revista Pedaggica 45

    acima de 325 pontos

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    AVANADO

    A anlise das habilidades encontradas neste

    Padro permite afirmar que os alunos que nele se

    encontram so capazes de interagir com textos de

    tema e vocabulrio complexos e no familiares.

    Os alunos reconhecem os efeitos de sentido

    do uso de recursos morfossintticos diversos,

    de notaes, de repeties, de escolha lexical,

    em gneros de vrias naturezas e temticas, ou

    seja, demonstram maior conhecimento lingustico

    associado aos aspectos discursivos dos textos.

    Eles realizam, ainda, operaes de retomadascom alta complexidade (usando pronomes

    demonstrativos e indefinidos, retos, incluindo

    tambm elipses).

    So capazes de analisar, com profundidade, uma

    maior gama de textos argumentativos, narrativos,

    expositivos, instrucionais e de relato, observando

    diversas categorias ainda no atingidas

    anteriormente, tanto no interior do texto quanto nacomparao entre eles. Na comparao, inferem

    diferentes posicionamentos em relao ao mesmo

    assunto em textos de tipologias diferentes.

    No tocante anlise de textos que conjugam

    diversas tipologias, so capazes de identific-

    las e analis-las, reconhecendo seus objetivos

    separada ou conjuntamente. Analisam

    gneros textuais hbridos, considerando

    as condies de produo e os efeitos de

    sentido pretendidos.

    Em textos literrios complexos, inferem o

    significado da metfora e o efeito de sentidopretendido com seu uso.

    Assim, os alunos que se posicionam acima de

    325 pontos na Escala de Proficincia podem ser

    considerados leitores proficientes, ou seja, so

    leitores que conseguem selecionar informaes,

    levantar hipteses, realizar inferncias,

    autorregular sua leitura, corrigindo sua trajetria

    de leitura quando suas hipteses no soconfirmadas pelo texto.

  • 7/21/2019 SAERJ_LP_9EF_2012.pdf

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    46 Saerj 2012

    Esse item avalia a habilidade de compararposies manifestas em relao a um mesmo

    assunto em textos distintos. Os dois textos tm

    carter informativo e relatam fatos ligados ao

    Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa.

    Para encontrar o gabarito, os alunos deveriam

    comparar como o autor de cada texto retrata a

    questo da assinatura do Acordo e sua inteno de

    unificar pontos divergentes da Lngua Portuguesaem todos os pases lusfonos, percebendo alguns

    pontos presentes em um texto e no em outro.

    Os alunos que perceberam abordagem comum em

    ambos os textos optaram pela letra A 34,1% , o

    gabarito, demonstrando que j desenvolveram a

    habilidade avaliada.

    Os alunos que optaram pelas demais alternativas,letras B 14% , C 14,2% ou D 37,4% , no

    conseguira selecionar nos textos os trechos em

    que os autores assumem posicionamento em

    relao ao novo acordo ortogrfico e compar-

    los, demonstrando, dessa forma, dificuldades

    na compreenso dos mesmos ou, ainda, na

    comparao de informaes.

    3percentude certo

    34,1%

    A B C D

    34,1% 1 4% 14,2% 37,4%

    Leia os textos abaixo.

    Texto 1

    5

    10

    Acordo Ortogrfco da Lngua Portuguesa

    Em 2009, as mudanas previstas pelo Acordo Ortogrco da Lngua Portuguesa rmado no Brasilem 1990 e aprovado pelo Congresso Nacional em 1995 entram em vigor em todo o pas. Essasmodicaes tm como objetivo padronizar alguns pontos discordantes, como o emprego do hfen,algumas regras de acentuao e a queda de consoantes mudas. A transio da norma ortogrcaatual para a nova ser feita durante os trs anos seguintes vigncia dos termos do acordo.

    O Ministrio da Educao, juntamente com os Ministrios da Cultura e das Relaes Exteriores, iroxar orientaes para que a sociedade se adapte a essas alteraes. Para isso, est aberta uma consultapblica para que os interessados encaminhem dvidas ou sugestes que podero ser incorporadas aodecreto que ir regulamentar este processo de transio.

    O envio de sugestes pode ser realizado at o dia 1 de setembro, pelo endere