Samarco queria Bento -dossie mirandinha
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Confluências 25 de setembro às 17:16 · DOSSIÊ MIRANDINHA "Queriam transformar nossa cidade numa barragem e conseguiram." Essa frase foi dita por um morador de Bento Rodrigues enquanto contemplava, na manhã seguinte ao rompimento da barragem da Vale/Bhp/Samarco, a sua cidade destruída. Ele se referia a um projeto da Vale de 2009 para a construção de uma nova barragem de rejeitos a ser construída na área da cidade. A mineradora, no entanto, encontrou alguns sérios obstáculos para concretizar o projeto: de um lado, os muitos moradores que, na maioria, não concordavam com o projeto e portanto não aceitaram vender seus terrenos; de outro lado, os impactos ambientais e sobre o patrimônio histórico, difíceis de serem contornados. Agora, no último dia 21 de setembro, o governo de Minas, passando por cima dos moradores, do MPF e da juíza que analisa o caso, concedeu via portaria uma permissão sem restrições ao uso da área de Bento Rodrigues pela Vale/Bhp/Samarco, abrindo finalmente a possibilidade da construção da nova Barragem, chamada Mirandinha. "Os acionistas querem tirar a turma do Bento de qualquer jeito." Essa outra frase foi dita em 2012 por Kleber Terra , diretor de operações da Samarco, cuja interceptação foi divulgada recentemente pela Polícia Federal, e revela uma pressão exercida por acionistas para que o projeto da nova barragem acontecesse "de qualquer jeito". Esse "de qualquer jeito" significaria negligenciar os limites da estrutura das barragens antes de Bento Rodrigues para que um dia rompessem e transformassem a cidade numa barragem e ainda com o álibi de um "acidente"? Esta é uma hipótese que não pode ser descartada. EM REDE COLABORATIVA Dia a dia, muitas informações vem surgindo de forma espontânea e colaborativa. São peças de um quebra-cabeças a ser decodificado, que revelam um caminho diverso ao que a tradicional mídia, e os causadores do desastre noticiam e querem fazer crer. Não somos apenas expectadores da história, somos agentes transformadores.Muitas pessoas envolvidas sabem parte do que de fato aconteceu neste processo. Engenheiros, pesquisadores, trabalhadores do canteiro de obras da empresa, agentes de órgãos fiscalizadores, biólogos, cientistas... Todos os envolvidos direta ou indiretamente podem contribuir para entendermos o que realmente aconteceu. Confluências, Narrativas do Vale e outros tantos observadores reuniram um pacote de documentos que estão agora disponibilizados neste endereço: http://tinyurl.com/jqytgks É o ponto de partida para que você também contribua. DOSSIÊ MIRANDINHA é apenas parte do trabalho. Colabore você também em busca de novos documentos que nos façam entender as causas e consequências do
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Confluências25 de setembro às 17:16 ·
DOSSIÊ MIRANDINHA
"Queriam transformar nossa cidade numa barragem e conseguiram."
Essa frase foi dita por um morador de Bento Rodrigues enquanto contemplava, na manhã seguinte ao rompimento da barragem da Vale/Bhp/Samarco, a sua cidade destruída. Ele se referia a um projeto da Vale de 2009 para a construção de uma nova barragem de rejeitos a ser construída na área da cidade. A mineradora, no entanto, encontrou alguns sérios obstáculos para concretizar o projeto: de um lado, os muitos moradores que, na maioria, não concordavam com o projeto e portanto não aceitaram vender seus terrenos; de outro lado, os impactos ambientais e sobre o patrimônio histórico, difíceis de serem contornados.
Agora, no último dia 21 de setembro, o governo de Minas, passando por cima dos moradores, do MPF e da juíza que analisa o caso, concedeu via portaria uma permissão sem restrições ao uso da área de Bento Rodrigues pela Vale/Bhp/Samarco, abrindo finalmente a possibilidade da construção da nova Barragem, chamada Mirandinha.
"Os acionistas querem tirar a turma do Bento de qualquer jeito."
Essa outra frase foi dita em 2012 por Kleber Terra , diretor de operações da Samarco, cuja interceptação foi divulgada recentemente pela Polícia Federal, e revela uma pressão exercida por acionistas para que o projeto da nova barragem acontecesse "de qualquer jeito". Esse "de qualquer jeito" significaria negligenciar os limites da estrutura das barragens antes de Bento Rodrigues para que um dia rompessem e transformassem a cidade numa barragem e ainda com o álibi de um "acidente"? Esta é uma hipótese que não pode ser descartada.
EM REDE COLABORATIVA
Dia a dia, muitas informações vem surgindo de forma espontânea e colaborativa. São peças de um quebra-cabeças a ser decodificado, que revelam um caminho diverso ao que a tradicional mídia, e os causadores do desastre noticiam e querem fazer crer.
Não somos apenas expectadores da história, somos agentes transformadores.Muitas pessoas envolvidas sabem parte do que de fato aconteceu neste processo. Engenheiros, pesquisadores, trabalhadores do canteiro de obras da empresa, agentes de órgãos fiscalizadores, biólogos, cientistas... Todos os envolvidos direta ou indiretamente podem contribuir para entendermos o que realmente aconteceu.
Confluências, Narrativas do Vale e outros tantos observadores reuniram um pacote de documentos que estão agora disponibilizados neste endereço:
http://tinyurl.com/jqytgks
É o ponto de partida para que você também contribua.DOSSIÊ MIRANDINHA é apenas parte do trabalho. Colabore você também em busca de novos documentos que nos façam entender as causas e consequências do rompimento de Fundão.Ao trabalho amigos.
Dossiê Mirandinha:http://tinyurl.com/jqytgks
Para ver este vídeo no youtube:https://youtu.be/2KEEd25ylUA
Estrada Real (-Mariana mg a Bento Rodrigues), documentário, rancharia tricentenária das tropas.https://youtu.be/7H9cojtLjcs
contato:[email protected]
![dossie[1] QUERATINA](https://static.fdocumentos.com/doc/165x107/5572138b497959fc0b928288/dossie1-queratina.jpg)