Dir

ecto

ra: R

aque

l Lou

çã S

ilva

| Seg

unda

-fei

ra, 7

de

Junh

o de

20

10 |

N.º

165

| Q

uinz

enal

| D

istr

ibui

ção

grat

uita

| w

ww

.mun

doun

iver

sita

rio.

pt

DA EMENTA QUE TE APRESENTAMOS NA CAPA, NÃO SE ESCAPA NADA. ACHAS MESMO QUE ALGUM DESTES PRATOS É SAUDÁVEL E EQUILIBRADO O SUFICIENTE PARA TE AJUDAR A ENFRENTAR A DESGASTANTE ÉPOCA DE EXAMES? NÃO, CLARO QUE NÃO. DESCOBRE O QUE REALMENTE DEVES COMER E VISITA A HORTA DO PESSOAL DE LETRAS. P. 10

OS EXAMES

DR

PUBLICIDADE

» APRENDER ARTESAS ESCOLAS DA FUNDAÇÃO RICARDO DO ESPÍRITO SANTO SILVA OFERECEM UM ENSINO ESPECIAL. P.08

» BOA MÚSICA ‘TUGAÀ CONVERSA COM OS NOVATOS PONTOS NEGROS E OS VETERANOS TERRAKOTA P.14/15

» HOMER SIMPSONELEITO MELHOR PERSONAGEM DO MUNDO DAS SÉRIES TELEVISIVAS E DO CINEMA P.16

EMENTAPARA

EDIÇÃO 165 de 7 a 23 de Junho de 2010

ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva | Directora: Raquel Louçã Silva | Redacção: Andreia Arenga, Graziela Costa (estagiária) | Colaboradores: João Tomé, Luís Magalhães, Miguel Pedreira, Ricardo Queirós | Cronistas: Luís Franco-Bastos, Mariana Seruya Cabral, Vasco Duarte | Projecto Gráfi ico: Joana Túlio | Paginação: Pedro Castro | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rego (Directora Comercial); Francisco Sousa Coutinho (Senior Brand Activator) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

• WWW.FACEBOOK.COM

WWW.MUNDOUNIVERSITARIO.PT

• WWW.MYSPACE.COM/MUNDOUNIVERSITARIO • WWW.TWITTER.COM/MUniversitario

» EditorialRaquel Louçã Silva • Directorarsilva@mundouniversitario.pt

«Nenhum trabalho de qualidade pode ser fei-to sem concentração e auto-sacrifício, esforço e dúvida», disse um tal de Max Beerbohm, um caricaturista inglês que também era muito dado à paródia. Isto de engraçado nada tem, é muito séria por sinal esta afi rmação e acenta que nem uma luva no período de estudos que @s estu-dantes deste País agora enfrentam.

Enquanto se estuda e o auto-sacrifício vai tirando alguma paciência, o importante é não desesperar e, já agora, não entulhar o organis-mo com bolas de berlim e pacotes de batatas fritas gordurosas. Não é que não saibam bem e não ajudem a acalmar a ansiedade, mas vão prejudicar-te a linha e a saúde, isso é certo. O

que é importante saber é que nesta altura em que tudo te é exigido deves, mais do que nun-ca, cuidar da tua alimentação. Comer saudável para estares com a concentração ao máximo, despachares o que tens para despachar e ires para férias descansadinh@. Nós damos-te a mão (lê a reportagem das p. 10/11).

Por falar em concentrção, no outro dia li so-bre os resultados de um estudo que vinha lá da terra de Sua Majestade e que dizia que a difi -culdade de concentração da malta jovem se de-via ao excesso de massa cinzenta. Experiências feitas enquanto jovens resolviam um problema e, à partida, tinham que estar absolutamente concentrad@s, revelavam que havia uma eleva-

da, e surpreendente, troca de informação cerebral. Resumin-do, uma enorme actividade cerebral que fazia com que não houvesse total concentração na re-solução do problema proposto. O estudo di-zia ainda que à media que envelhecemos a nossa massa cinzenta vai diminuido e que é por isso que vamos tendo mais facilidade de concentração e de tomada de decisão.

Curioso, no míni-mo. Não ajuda a ex-plicar totalmente uma possível nota menos boa que por aí venha, mas nun-ca se sabe se não

é um argumento a que te possas agarrar

para justifi car alguma coisa lá em casa.

Só queremos é que te con-centres, leves os estudos a sério,

comas como deve ser e tires boas no-tas. Pensa positivo: as férias não tardam!

» Próxima edição - 24 de Junho

Porque a época de entrega de trabalhos, frequências e/ou exames já veio para fi car e as tuas idas à faculdade vão passar a ser mais curtas do que o habitual, a partir de 24 de Junho o MU sai num formato diferente. Mais lúdico e virado para a boa vida dá-te sugestões para viveres o melhor do dia e da noite. Vêm aí as edições Night&Day com distribuição numa praia ou esplanada perto de ti.

Massa cinzenta a mais só atrapalha

» Em foco

Alguém tem prestado atenção ao desastre petrolífero do Golfo do México? A 20 de Abril foi enviado um alerta de explosão na plataforma Deepwater Horizon - era o primeiro alerta para o desastre ecológico que se iria seguir. ‘Alerta Vermelho: O Desastre Petrolífero do Golfo do México’ é um documentário sobre as primeiras 36 horas depois do desas-tre. Passa dia 8, às 22h15, no National Geographic.

DR

PUBLICIDADE

4 [7 JUN 2010]

Andreia Arengaaarenga@mundouniversitario.pt

ESA ROBOTS (Escola Se-cundária de Amares) e Ro-botic Jazz (Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, Vieira do Minho) são as duas equipas que vão participar no campeonato mundial de robótica RoboCup 2010.

UMINHO NA ORIGEM DOS PROJECTOS

A participação no Ro-boCup 2010 em Singapu-ra resulta do apuramento destas duas equipas no Festival Nacional de Robó-tica, que este ano decorreu na Batalha e foi organizado pelo Instituto Politécnico de Leiria. A Universida-de do Minho, através do Professor Doutor Manuel Filipe Costa, do Departa-mento de Física da Escola de Ciências, juntamente com a associação Hands-

on Science, está na origem dos projectos de robótica que decorrem nas duas escolas, coordenados pelos professores Rui Baptista (ES Amares) e João Cunha (AEVA – V. Minho).

EQUIPAS DISTINGUIDAS INTERNACIONALMENTE

Este é o segundo ano con-secutivo que as equipas são convidadas a participar na competição. A equipa da Escola Secundária de Vieira

do Minho sagrou-se cam-peã mundial na categoria de SuperTeam, em dança robótica, no último ano, na Áustria. Aquelas duas equipas foram convidadas a representar Portugal, na

área de Robótica, no Cam-pus Party Europe, entre 14 e 18 de Abril, em Madrid (http://hands-on-robots.weebly.com). A Presidência Espanhola da União Euro-peia organizou este evento especial, para o qual convi-dou 800 pessoas dos 27 pa-íses da UE. O Campus Party Europe foi descrito pela im-prensa internacional como o maior evento de Ciência e Tecnologia realizado em 2010 em todo o mundo.

O projecto de Robótica da ES Amares foi também dis-tinguido no Rali Solar, orga-nizado pela Ciência Viva no fi m-de-semana de 22 e 23 de Maio. A equipa Heliocientis-tas evidenciou-se entre as 126 equipas a concurso com o projecto ‘Girassol Robótico’ e fi cou em 2.º lugar na catego-ria ‘Criassol’, em que compe-tiam protótipos de sistemas de aproveitamento fotovol-taico da energia solar.

RESPONSABILIDADE SOCIAL DISTINGUIDA COM PRÉMIO

A British Airways vai patrocinar, em coope-ração com a Embaixa-da de Inglaterra em Portugal, a primeira edição do Prémio GRACE de Investigação em Responsabilidade Social Empresarial. O objectivo é promover a discussão e a investigação desta temática e distinguir projectos inovadores com aplicabilidade no mundo empresarial português.O Prémio destina-se a estudantes de pós--graduação, mestrado e doutoramento, portu-gueses ou estrangeiros, desde que a instituição de ensino superior frequentada seja nacio-nal. O melhor projecto recebe um prémio no valor de €5.000,00. O vencedor terá ainda a possibilidade de passar uma semana em Londres em contacto com algumas das mais reputadas organizações do Reino Unido nesta área. Os alunos podem inscrever-se junto da GRACE (www.grace.pt), para o e-mail grace@grace.pt ou para a morada: Campo Grande, n.º 30 – 6.º B, 1700-093 Lisboa.

CIÊNCIA. PROJECTOS COORDENADOS PELA UNIVERSIDADE DO MINHO REPRESENTAM PORTUGAL NO MUNDIAL DE ROBÓTICA ROBOCUP2010

Robôs portugueses em SingapuraPELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO, ALUNOS DE ESCOLAS SECUNDÁRIAS DO DISTRITO DE BRAGA PARTICIPAM NO MUNDIAL DE ROBÓTICA ROBOCUP’2010, A DECORRER DURANTE ESTE MÊS EM SINGAPURA. OS PROJECTOS SÃO COORDENADOS PELA UNIVERSIDADE DO MINHO ATRAVÉS DO DEPARTAMENTO DE FÍSICA DA ESCOLA DE CIÊNCIAS JUNTAMENTE COM A ASSOCIAÇÃO HANDS ON SCIENCE. CABE AOS CIENTISTAS JÚNIORES MOSTRAREM O QUE VALEM DURANTE A COMPETIÇÃO.

» POLITÉCNICOS TÊM PAPEL CRUCIAL NO COMBATE À CRISEA declaração é de Mariano Gago e foi feita durante uma visita realizada no passado dia 24 de Maio pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ao Instituto Politécnico do Porto. Durante a visita, o Ministro realçou o papel preponderante do Ensino Politécnico na recuperação económica do País, em especial devido à sua proximidade com a sociedade e o tecido empresarial envolvente.

» TÉCNICA DE LISBOA DISTINGUE JOVENS INVESTIGADORES Com o patrocínio da Deloitte Portugal e da Caixa Geral de Depósitos, a Univer-sidade Técnica de Lisboa distingue, pelo terceiro ano consecutivo, jovens inves-tigadores pelo impacto dos seus trabalhos na comunidade científi ca interna-cional. A cerimónia de entrega dos Prémios UTL, presidida por Ramôa Ribeiro, Reitor da Universidade Técnica de Lisboa, acontece hoje, dia 7 de Junho, às 15h30, no Auditório - Piso 0 do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

O 70.º Congresso Mundial da Farmácia e das Ciências Far ma cêuticas, organizado anual mente pela Federação Farmacêutica Mundial, realiza-se este ano em Portugal, com o apoio da Associação Nacional das Farmácias, de 28 de Agosto a 2 de Setembro, no Centro de Congressos de Lisboa.

Cerca de três mil participan-tes, oriundos de mais de 200 países, vão reunir-se sob o

tema ‘Da molécula ao medica-mento com vista à maximiza-ção de resultados – uma viagem exploratória pela farmácia’, pondo na agenda as questões da actualidade e do futuro da profi ssão.

O congresso é um momento de afi rmação dos farmacêu-ticos, a nível nacional e inter-nacional, e uma oportunidade para comunicar o trabalho dos profi ssionais portugueses. Con-

sulta o programa em www.fi p.org/Lisbon2010. As inscri-ções podem ser feitas através do telefone 21 3400650.

ERRATAAproveitamos esta notícia

para corrigir uma outra que foi publicada na edição passa-da sobre a nova licenciatura de Ciências da Saúde da Uni-versidade de Lisboa. Nesse ar-tigo, e por lapso, não foi refe-

rida a presença da Faculdade de Medicina no programa e o facto de, com esta licenciatu-ra, os estudantes poderem ter acesso a outros mestrados, além dos integrados. É de sublinhar também que esta li-cenciatura já existe há 3 anos, mas só este ano é que se apre-senta com esta nova estrutu-ra. Pedimos desculpa por não termos feito referência a estas informações no artigo.

Congresso Mundial de Farmácia decorre em Portugal

A ESA Robots e a Robotic Jazz são as duas equipas portuguesas que vão participar no RobotCup2010 em Singapura

info@mundouniversitario.pt

O Prémio ZON Criativida-de em Multimédia é o maior Prémio monetário nacional, atribuído num concurso multi-disciplinar, com o valor global de 200 mil euros e Bolsas de Estudo nos Estado Unidos.

JÚRI CONCEITUADO AVALIA PROJECTOS

Com o objectivo de promo-ver a inovação e premiar a ex-celência, o Júri - presidido pelo CEO da ZON Rodrigo Costa - foi seleccionado com base nas capacidades, prestígio e com-petências demonstradas nas respectivas áreas de trabalho. O júri é composto por: António Câmara, director do Programa Austin-Portugal e CEO da Ydre-ams, e José Alberto Carvalho, director de informação da RTP, na categoria de Aplica-ções e Conteúdos Multimédia; Leonor Silveira, Sub-directora do Instituto do Cinema e do Au-diovisual (ICA), Mário Augusto, apresentador do programa ‘Janela Indiscreta’ na RTP, An-

tunes João da ZON Lusomundo Audiovisuais e Nuno Sena, di-rector e programador do Indie Lisboa, na categoria de curtas-metragens. Na categoria de animação digital destacam-se Nelson Zagalo, professor Au-diovisual e Multimédia da Uni-versidade do Minho, co-direc-tor do Laboratório EngageLab do Centro de Computação Grá-fi ca de Guimarães e presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências dos Videojogos, Luis Galrito do Festival de Anima-ção Monstra, e Nuno Cintra Torres, director estratégico da ZON Multimédia.

ESTIMULAR A CRIAÇÃO DE NOVOS PROJECTOS

De acordo com António Câmara, o Prémio ZON Multi-média em Criatividade é im-portante para dar visibilidade a novas ideias e estimular a criação de novos projectos. «Este Prémio vem contribuir para o sucesso de programas emergentes, como o Progra-ma UT Austin-Portugal, desti-nados a criar a massa crítica

de talento necessária para que Portugal possa competir globalmente na área de con-teúdos Multimédia.»

Inspirado na ‘The Acade-my of Motion Picture Arts and Sciences’ fundada em

Hollywood em 1927, uma montra de inovações tecno-lógicas e artísticas nas áreas do cinema, o Prémio ZON Criatividade e Multimédia, pretende promover a criati-vidade e a inovação em Por-

tugal. «É uma iniciativa de grande fôlego que promove a criatividade, a competência e a inovação nas artes e ciên-cias da indústria multimédia e audiovisual em Portugal», sublinha Nuno Cintra Torres, Director de Estratégia da ZON Multimédia.

NOVAS EXPERIÊNCIAS E NOVOS HORIZONTES

Além disso, o prémio pre-tende também colocar Portu-gal no mapa internacional nas áreas da fi cção, do entreteni-mento e das tecnologias.

«A criatividade produz-se para um mundo global em que se vivem profundas mudanças tecnológicas e em que a fi cção e entretenimento se criam e divulgam em novas platafor-mas. Com esta iniciativa, a ZON mostra e promove uma abertura a novas experiên-cias e a novos conteúdos que podem ser inspiradores para as novas gerações», reforça Leonor Silveira, Sub-directora do Instituto do Cinema e Au-diovisual.

ZON SCREENINGS DEBATE CINEMA PORTUGUÊS

Em paralelo com o Pré-mio ZON Criatividade em Multimédia, a ZON apresenta, todos os meses, sessões de ci-nema e debate. O pró-ximo ZON Screenings acontece já no dia 17 de Junho, às 11 horas, nas salas ZON Lusomundo VIP Amoreiras e conta com a presença de Tino Navarro e António Pe-dro Vasconcelos para falar sobre cinema português. Entrada Gratuita. Inscrições em premiozon@zon.pt.

PRÉMIO. JÚRI DE PESO VAI ESCOLHER QUEM SÃO OS PRÓXIMOS VENCEDORES DO ZON CRIATIVIDADE EM MULTIMÉDIA

Júri conceituado escolhe os vencedoresAS CANDIDATURAS PARA O PRÉMIO ZON CRIATIVIDADE EM MULTIMÉDIA JÁ ESTÃO ABERTAS E, PARA ESCOLHER OS PROJECTOS MAIS CRIATIVOS, A ZON REÚNE UM JÚRI CONCEITUADO. COM A INTRODUÇÃO DE NOVAS CATEGORIAS NESTA EDIÇÃO DO PRÉMIO, A ZON REFORÇOU A QUALIDADE DA EQUIPA DE AVALIAÇÃO NA ÁREA DA ANIMAÇÃO DIGITAL E CINEMA.

PUBLIREPORTAGEM

6 [7 JUN 2010]

Andreia Arengaaarenga@mundouniversitario.pt

Vocês foram uma das duplas vencedoras para estarem em Cannes. Como concorre-ram ao Young Lions?

RLB | Sim, é verdade (ri-sos). Nós estamos na Lisbon AD School que é uma escola de Publicidade e falaram-nos do concurso, juntámo-nos em

grupo – um Director de Arte e um Copywriter – e tivémos que criar uma campanha da MOP para a Antena 3. E pron-to! (risos)

No que consistia a campa-nha? O que é que tinham que fazer?

RLB | O desafi o era criar uma campanha integrada para a Antena 3 que envolves-

se a publicação de anúncios em Televisão, Rádio e Internet a partir da ideia de aposta na nova música e nos novos ta-lentos. A partir desse concei-to, criámos uma campanha de tributo a bandas portuguesas que existem há um ano. Fizé-mos um script para televisão, outro para rádio e criámos uma acção na Internet em que as pessoas votavam na banda que gostavam de ver tributada.

Já conheciam a Academia Roger Hatchuel?

RLB | Conhecia o Festival Cannes Lions e o Young Lions, mas não sabia que havia esta possibilidade de fi car uma semana a aprender na Aca-demia com workshops e for-mação.

RM | Eu também não conhe-cia.

O que esperas desta experi-

ência?RLB | Espero aprender o

mais possível com outras pes-soas e com os profi ssionais da área da Publicidade. Espero conseguir falar com elas e aprender algumas coisas no-vas.

RM | Espero aprender coisas novas, uma vez que vamos ter aulas com directores criativos de todo o mundo e alunos de outros países. Acho que esse é o aspecto interessante disto.

Espero que seja uma experi-ência diferente.

No futuro, o que queres fazer?

RLB | Gostava de trabalhar em Publicidade como Co-pywriter e espero conseguir entrar numa agência e fazer disto a minha carreira.

RM | Eu gostava de ser Di-rectora Criativa numa agência de Publicidade ou ter a minha própria agência (risos).

ESTUDANTE DESENHA CARRO PARA O 24 HORAS DE LE MANS

Jovem designer amador pode vir a criar o pró-ximo carro de corrida Dunlop para o campe-onato 24 Horas de Le Mans. Luís Santos tem 24 anos, é um apai-xonado pelo desporto motorizado e fã do 24 Horas de Le Mans. Está a fazer um mestrado em publicidade no IADE e tem uma licenciatura em Marketing.O Luís e outros quatro fi nalistas do concurso vão poder ver o seu design no Aston Martin Vantage da JMW Mo-torsport Team, equipa campeã mundial em 2007 e 2008 na classe GT2, para as 24 Horas de Le Mans. O mesmo carro vai ser também utilizado na restante temporada de 2010 do Le Mans Series.A prova 24 Horas de Le Mans acontece dias 12 e 13 de Junho na cidade francesa de Le Mans, e os cinco fi nalistas vão ser convidados VIP da Dunlop Motorsport para assistir à prova.

COMPETIÇÃO. RITA MELO E RITA LEON BERNARD SÃO UMA DAS DUPLAS VENCEDORAS DA FINAL NACIONAL DA YOUNG LIONS

As Ritas vão para CannesCRIARAM UMA CAMPANHA INTEGRADA PARA A ANTENA 3, NO ÂMBITO DA COMPETIÇÃO YOUNG LIONS, E FORAM UMA DAS DUPLAS VENCEDORAS. A RITA MELO E A RITA LEON BERNARD SÃO ESTUDANTES DE PUBLICIDADE NA LISBON AD SCHOOL E VÃO TER AULAS COM OS MELHORES PROFISSIONAIS DA ÁREA DURANTE UMA SEMANA NA ACADEMIA ROGER HATCHUEL, EM CANNES.

» O QUE É A COMPETIÇÃO YOUNG LIONS?

No âmbito do Festival Cannes Lions, um dos maiores e mais prestigiados festivais da indústria da comunicação dirigido a profi ssionais, em cada um dos vários países é lançada a competição Young Lions. Um concurso dirigido a jovens pro-fi ssionais até aos 28 anos de idade, que tem como objectivo identifi car as duplas de jovens que vão estar em Cannes. Além de poderem representar o seu país através de pro-jectos profi ssionais, a Young Lions dá ainda a oportunidade a jovens universitários até aos 23 anos de passarem uma semana em Cannes a aprender com os melhores do mundo da área da Publicidade na Academia Roger Hatchuel.

» BI DA EQUIPA

Rita MeloLicenciada em Design e a frequentar o Curso de Direcção Artistíca na Lisbon AD School. Quer ser Directora Criativa e, quem sabe, criar a sua própria agência de publicidade.

Rita Leon BernardA frequentar a licenciatura em Comunicação e Publicidade na Lisbon AD School.Quer ser Copywriter numa agência de publicidade e fazer disso carreira profi ssional.

» PRÉMIO INTERNACIONAL DISTINGUE ALUNO DA NOVALuís Rocha Filipe, aluno do segundo ano de licenciatura em gestão da Faculdade de Economia da Nova, foi um dos quatro vencedores do ‘Discer-no Contest – Responsabilidade Social das Empresas’, promovido pelo CEEP (European Centre of Employers and Enterprises providing Public Services). O concurso, co-fi nanciado pela Comissão Europeia é aberto a estudantes universitários de seis países europeus.

» EQUIPA DO ISCTE VENCE L’ORÉAL BRANDSTORM Das seis equipas que participaram este ano no L’Oréal Brandstorm - jogo de estratégia que a L’Oréal dedica aos alunos de marketing das Universidades Católica, Nova e Iscte -, a equipa Diesel Ignition conquistou o primeiro lugar na fi nal nacional. Composta por três alunos do Mestrado de Marketing do ISCTE, a Diesel Ignition vai representar Portugal à fi nal em Paris, no dia 17 de Junho.

A Rita Melo e a Rita Leon Bernardo vão estudar Publicidade durante uma semana na Academia Roger Hatchuel em Cannes

FOTOREPORTAGEM

O MUNDO UNIVERSITÁRIO E TRINA DISTRIBUÍRAM EM 114 UNIVERSIDADES, DE LISBOA E PORTO, TODOS OS SABORES TRINA DESTE VERÃO: ANANÁS, TROPICAL, LARANJA, LARANJA SEM AÇÚCAR, LIMÃO, MAÇÃ E MARACUJÁ/LARANJA. OS ESTUDANTES GOSTARAM? OS ESTUDANTES ADORARAM! E DESCOBRIRAM QUE PODEM IR A BARCELONA. A MARCA ESTÁ A OFERECER 2 VIAGENS A BARCELONA (PARA 3 PESSOAS CADA VIAGEM) QUE INCLUI AINDA UM JANTAR ESPECIAL COM TRINA NUM DOS RESTAURANTES DE REFERÊNCIA DA CIDADE DE GAUDI. QUERES IR A BARCELONA? VAI A WWW.TRINA.PT, FAZ O UPLOAD DO TEU VÍDEO OU FOTO E SE A TUA PARTICIPAÇÃO FOR A MAIS VOTADA, A VIAGEM É MESMO TUA!

É NATURAL QUE TE

APETEÇA IR A BARCELONA

8 [7 JUN 2010]

Raquel Louçã Silvarsilva@mundouniversitario.pt

Decorria o ano de 1953. Dois anos antes de falecer, o banqueiro e coleccionador Ricardo do Espírito Santo Silva doava o Palácio Azur-ra e parte da sua colecção privada ao Estado Portu-guês. Nascia a Fundação que herdou o nome do mecenas e nascia um Museu-Escola com a missão de proteger e ensinar as Artes Decorativas tradicionais portuguesas e os seus ofícios.

A Fundação, além do Mu-seu, dispõe de 18 Ofi cinas de Artes Decorativas e Ofícios tradicionais portugueses. Mas foi a vertente de ensino pro-tagonizada pelas escolas que verdadeiramente nos chamou a atenção.

AS ESCOLAS DA FUNDAÇÃO: IAO

Relativamente vizinha ao Museu, nas ruas estreitas cer-canas à Feira da Ladra, fi ca o Instituto de Artes e Ofícios.

Com 120 alunos durante o dia e outros tantos à noite, em cursos de curta duração, o ambiente da escola é fami-liar. «É uma escola especial pela natureza da formação, porque é uma formação em artesanato que mantém as técnicas tradicionais, e pela proximidade que existe en-tre todos», conta a Directora Paula Folhadela «Aqui não se faz uma formação superior mas técnica e profi ssionali-zante.»

Há os CEF (Cursos de Edu-cação e Formação), que são cursos diurnos, a que têm acesso alunos com o 11.º e 12.º anos e que saem dali com o equivalente o grau 3 de qualificação profissional. E há também os CET (Cursos de Especialização Tecnoló-gica) a que podem aceder os alunos com 12.º ano, no mínimo, que se estruturam

em três semestres e que têm uma fortíssima componente prática.

«Desde pessoas com 17 anos, portanto alunos que vêm acabar o 12.º ano, a pessoas na casa dos 50, que querem uma requalificação profissional, passando por alunos que estão em Eco-nomia e Direito e resolvem mudar de vida, o público da escola não podia ser mais heterogéneo», conta a Directora. E é entre Maio, Junho e Julho que aceitam pré-inscrições [ver caixa IAO].AS ESCOLAS DA FUNDAÇÃO:

ESADSílvia Pelham é directora

da ESAD há só um ano. mas conhece bem os cantos à casa porque há muito que dá ali aulas. «Também cheguei a ser professora na Facul-dade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, portanto sei bem a diferença entre os cursos.» A Directora fala de uma dife-rença «cultural».

No seu entender, os alunos saem dali muito bem prepa-rados em termos de conheci-mento não só da história de arte, mas também da histó-ria do mobiliário, o que, para

quem vai fazer decoraçaõ de interiores se revela um trunfo. «Em termos práticos, aqui temos a ideia de como é

importante o “saber fazer”. Temos a ligação à Fundação e às suas Ofi cinas e ao IAO também (os CET têm a prática lá e a teoria aqui) e de resto, os cursos superiores leccio-nados aqui que estão ligados às ofi cinas exercem lá.»

A ESAD, em Alcântara, tem cerca de 300 alunos. Um grupo restrito para que o ensino seja o mais perso-nalizado possível. Mas nem todos entram. O processo de candidatura é o normal para entrar numa qualquer insti-tuição de ensino superior, à excepção da entrevista em que se medem, digamos, «os índices de motivação», como explica a Directora. É uma escola exigente? «Damos sempre o primeiro semestre para eles se adaptarem, mas a partir daí é mesmo a ma-tar. Quem não acompanha, reprova.»

ENSINO DAS ARTES. IAO E ESAD SÃO OS NOMES DAS ESCOLAS ONDE A FUNDAÇÃO RICARDO DO ESPÍRITO SANTO SILVA PROMOVE UM ENSINO SINGULAR

Para se ser artista é preciso conhecer a tradiçãoESTE ARTIGO INTERESSA A TODOS AQUELES QUE ESTUDAM ARTES E ESTÃO À PROCURA DE COMPLEMENTAR A SUA FORMAÇÃO OU ATÉ DE MUDAR PARA UM MÉTODO NOVO DE ENSINO. E ESTE ARTIGO INTERESSA DE IGUAL MANEIRA A QUEM FAZ OUTRA COISA QUALQUER, MAS GOSTAVA DE APRENDER UM OFÍCIO. EM LISBOA, A ESCOLA SUPERIOR DE ARTES DECORATIVAS E O INSTITUTO DE ARTES E OFÍCIOS OFERECEM LICENCIATURAS E CURSOS PROFISSIONALIZANTES, RESPECTIVAMENTE. E QUEM LÁ ESTUDA ARTES OU UM OFÍCIO APERCEBE-SE DE QUE FAZ PARTE DE UM PROJECTO MAIOR ONDE HÁ UMA MISSÃO MUITO ESPECIAL.

» IAO

O quê? Instituto de Artes e Ofí-cios da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.Para quê? Formação profi ssional nos domínios das Artes e Ofícios da Madeira, da Pintura Decorativa e ainda de Conservação e Restauro.Contacto? www.fress.pt

» CURIOSIDADES

» Sempre que se fala em Mestre ao longo do artigo, quer isso designar o topo de uma carreira de ofi cina, que se estrutura ainda pelos antigos ofícios medievais, e não em estatuto académico.» Os troféus do Estoril Film Festival foram os alunos do IAO que fi zeram.» Para entrar na ESAD os alunos são sujeitos a entrevista.» Na Ofi cina de Encadernação e Decoração da Fundação procedeu-se, recentemente, ao restauro da primeira edição impressa (1572) de um original de Os Lusíadas.

» ESAD

O quê? Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo do Espírito Santo SilvaPara quê? Licenciaturas e Mestrados em Design de Interiores e Artes Decorativas, em Ciências da Cultura e em Conservação e Restauro.Contacto? www.fress.pt

Alunos das escolas da Fundação ajudaram a recuperar Seteais

FOTOREPORTAGEM

Era uma vez uma Universidade transformada em praiaPENSAVAS QUE ERA IMPOSSÍVEL APANHAR BANHOS DE SOL NA FACULDADE? O MUNDO UNIVERSITÁRIO E A PIZ BUIN ENTRARAM EM 31 UNIVERSIDADES DE LISBOA E PORTO E PROVARAM QUE CADA UM APANHA BANHOS DE SOL ONDE QUISER, DESDE QUE DEVIDAMENTE PROTEGIDO. CONFIRMA NAS FOTOGRAFIAS QUE REALMENTE A VIDA É MELHOR AO SOL.

Andreia Arengaaarenga@mundouniversitario.pt

Às 13h00, a cantina da Escola Superior de Comunicação Social, em Benfica, Lisboa, já está bem movimentada. Os estudantes fa-zem fila para o almoço. O barulho de pratos e talheres confunde-se com as conversas sobre os primei-ros trabalhos para entregar e sobre os métodos de avaliação de alguns professores.

DOSES REDUZIDASNuma das mesas do meio da can-

tina bem iluminada, a Lília prepa-ra-se para começar a almoçar. Ela estuda Audiovisual e Multimédia e costuma almoçar aqui. Hoje esco-lheu a têmpura de tofu com legu-mes, mas acha que a comida não é a melhor. «Acho que a qualidade não é muito boa... Mas o pior, além da qualidade, é a quantidade. As do-ses são muito pequenas. Têm quase sempre arroz ou qualquer coisa com arroz a acompanhar. Costumam ter sempre um prato vegetariano que é questionável. Normalmente é sempre o pior prato, em termos de sabor e de tempero. Costumam ter carne, peixe...», conta.

Apesar disso, a Lília diz que tam-bém não costuma ter nenhum cui-dado especial com alimentação na altura dos exames. «Tento ter uma alimentação regular, mas não faço nenhuma mudança especial».

COMER BEM A UM PREÇO BAIXOO Nelson é do mesmo curso que

a Lília, mas tem uma opinião dife-rente. Também costuma almoçar na cantina e acha que, tendo em conta o preço da senha de almoço - cerca de 2,20 euros -, a comida é boa. «Eu acho que, tendo em conta aquilo que pagamos, isto é fantás-tico!», diz quase maravilhado.

O Nelson confessa que, às ve-zes, a carne não é a mais tenra do mundo, mas salienta o facto de ter várias escolhas na ementa. «Chego

aqui e há sempre qualquer coisa que eu posso comer. Tenho sempre três opções de escolha. Sopa, um prato de carne, peixe ou vegetaria-no, sumo ou água e sobremesa», enumera.

O MELHOR DA EMENTANa cantina da Cidade Universitá-

ria, o espaço de refeições é agradá-vel, com a esplanada ao ar livre e algumas árvores que protegem do sol. A Tânia e três colegas do curso de Ciências da Linguagem da Uni-

versidade de Lisboa já acabaram de almoçar e aproveitam a pausa para pôr a conversa em dia. Todas almo-çam aqui regularmente e também acham que, tal como na cantina da ESCS, a comida é não é grande coisa. «Tem dias... (risos) mas na maioria das vezes é má. O acompa-nhamento é quase sempre arroz, depois varia entre o peixe frito, a carne, que tem sempre o mesmo molho, e a salada é pouca. Sopa há sempre e acho que é o melhor de tudo», conta.

EXAMES. NA ALTURA DE ESTUDAR, O QUE COMEM OS ALUNOS?

MAIS UMA ÉPOCA DE EXAMES E TRABALHOS PRÁTICOS À PORTA. OS ESPECIALISTAS DIZEM QUE UMA ALIMENTAÇÃO CUIDADA PODE AJUDAR NESTA ALTURA DE MAIOR ESFORÇO. MAS SERÁ QUE A ALIMENTAÇÃO DOS ESTUDANTES É SAUDÁVEL? O MU FOI VISITAR AS CANTINAS DAS FACULDADES E DESCOBRIR O QUE COMEM OS ALUNOS.

As boas notas pra

» Como comer de forma responsável na Universidade?

No livro ‘A dieta dos estudantes’, Daphne Oz, fi lha do médico da Oprah, dá algumas dicas sobre como ter uma alimentação saudável em 8 passos. Num deles, a estudante ensina a escolher o que comer nos menus oferecidos pela cantina. Assim, deves optar por:

» Grelhados, cozidos, salteados e assados;» Produtos de baixas calorias, com baixo teor de açúcar;» Comer em doses mais reduzidas;» Fruta;» Legumes;» Pão e cereais integrais;» Ovos (excepto estrelados).

nascem no

Na Cantina da Escola Superior de Comunicação Social

FOTOS: GRAZIELA COSTA

STRESS TRAZ MAUS HÁBITOS ALIMENTARES

Gostavam que houvesse mais va-riedade nas ementas e mais quali-dade nos alimentos que a cantina oferece aos estudantes. «Às vezes podiam optar por coisas mais sau-dáveis. Mais massas e saladas, por-que são alimentos que ajudam mais ao nosso desenvolvimento.»

Mas confessam que em tempo de exames não têm um especial cuida-

do com a alimentação. Aliás, todas elas contam que é a altura em que comem pior porque, com os nervos à flor da pele, tendem a consumir alimentos mais calóricos. «Não tenho cuidado nenhum, pelo con-trário. Quanto mais nervosa estou, menos cuidado tenho na alimenta-ção. Os nervos dão sempre para co-mer mais e pior. Mais doces, mais salgados...», diz a Tânia, um pouco envergonhada.

PUBLICIDADE

» Horta biológica em plena Faculdade

O Andrea é de Nápo-les, Itália, e está a fazer Erasmus em Filosofi a na Faculdade de Letras da Universidade de Lis-boa. Em Março, ele e outros colegas Erasmus decidiram criar uma horta biológica nas traseiras da faculdade. Chama-se ‘O Jardim das Letras’ e tem como base a permacultura. O objectivo destes estu-dantes é estimular uma alimentação sustentá-vel e contribuir para um estilo de vida mais saudável em harmonia com a natureza.

Como é que te lembraste desta ideia?Bem, sou um activista-ecologista (risos). Acho que se não voltarmos a ter uma atitude de cidadania activa não

vamos conseguir combater a loucura do sistema de efi ciência dos centros urbanos. Acho que, em geral, estamos a caminhar para um holocausto de dimensões intercontinentais. Se calhar os povos do Ocidente vão mesmo sofrer uma crise ambiental no futuro, é inevitável.

Utilizam a permacultura para cultivar os alimentos. Em que é que se baseia a permacultura?A ideia base da permacultura é cuidar da terra para cuidar das pessoas e voltar a partilhar de forma justa. A

ideia é que as plantas têm propriedades e forças naturais que se complementam no sentido de todas precisarem umas das outras para viver. As fl ores, por exemplo, estão junto com as hortaliças, porque atraem as joaninhas, borboletas e outros bichos que combatem as pragas. Também plantamos coisas que ajudam o solo, por isso, preparamos a terra com muito material orgânico em baixo: canas, troncos e estrume, para criar adubo natural que ajuda a terra a absorver melhor a água. A função primeira é proteger o solo para absorver todos os nutrien-tes necessários.

Estes alimentos que vocês cultivam aqui são para consumo próprio?Para já, fi cava contente se conseguíssemos produzir sementes num primeiro ciclo de plantação ecológica.

A agricultura que temos hoje nunca deixa terminar esse ciclo, porque os alimentos têm que chegar ao supermer-cado para serem consumidos pelas pessoas. Isso está a destruir a diversidade mundial e todas as culturas que se desenvolvem em harmonia com o meio envolvente. Um dos maiores crimes invisíveis é misturar o orgânico com produtos industriais. Depois, há uma taxa de cancro enorme actualmente. Para mim, importante é não consumir muitos produtos embalados, e sim o mais frescos possível, e voltar a ter este género de culturas mesmo nos centros urbanos ou na periferia das cidades.

Achas que ao plantares esta horta, isso também pode ser uma forma de incentivar os estudantes a ter uma alimentação mais saudável?

Claro. Para mim, signifi ca acabar de comer porcaria industrial. Porque a nossa saúde melhoraria muito. A ques-tão da alimentação sustentável e saudável é complementar com a ideia de parar de consumir produtos embalados e que põem em risco as nossas defesas naturais. Por isso, há um aspecto positivo de propor este sistema e de criticar fortemente os hábitos alimentares que adquirimos e o sistema de produção industrial dos alimentos.

Tiveram alguns apoios da Universidade?Em geral, a Universidade ajudou. Autorizou o projecto e concedeu-nos o espaço. Agora estamos a pedir ajuda

para comprar material para um sistema de rega gota a gota, mas isso ainda não foi concedido. Mas o reitor é uma pessoa muito sensível e disponível, aceitou sempre falar comigo. A intenção da horta é estimular a ideia de que parte do abastecimento das cantinas pode ser produzido aqui, sem gastos de transporte dos alimentos, sem poluição, proporcionando uma qualidade de vida melhor numa perspectiva de crescimento sustentável que está a ser trabalhado em todo o mundo por pessoas de várias áreas.

at» Alimentos para uma noitada a estudar

Daphne Oz explica como ultrapassar o stress dos pra-zos para estudar e evitar comer doces ou alimentos pouco saudáveis durante as horas de estudo. Em vez de comeres snacks, batatas fritas, pizzas, opta por:

» Cenouras;» Amêndoas;» Fruta (toranjas, maçãs ou peras);» Bolachas de arroz;Para aumentar a concentração, faz algumas pausas durante o estudo.

Na Cantina da Cidade Universitária

12 [7 JUN 2010]

Andreia Arengaaarenga@mundouniversitario.pt

O concurso pretende juntar estudantes e pessoas que vi-vem em situação de pobreza e contribuir para a redução da exclusão social. O elo de ligação entre os estudantes e as pessoas que vivem em situ-ação de pobreza vai ter o apoio das organizações que estão li-gadas ao combate à exclusão social.

ARTE POR UMA CAUSAAs duplas de estudantes têm

até 6 de Julho para aceitarem este desafi o e até 15 de Outu-bro para fazerem o upload de um máximo de cinco fotogra-fi as no site da campanha, www.2010againstpoverty.eu/artpartnerproject. Todas as fotografi as serão publica-das numa exposição virtual e uma amostra de 50 serão mesmo apresentadas numa exposição em Bruxelas, no fi nal de Novembro.

«Este projecto permite que as pessoas em condições pre-cárias se tornem visíveis de novo, sem censura. Quase

84 milhões de europeus vivem em risco de pobreza. Encorajo todos os jovens criativos a en-volverem-se nesta importante

iniciativa e a fazerem a dife-rença através da arte», diz Loïc Delvaulx, membro da comissão artística do Art in Project.

FOTOGRAFIA. CONCURSO DESAFIA ESTUDANTES EUROPEUS A ELIMINAR A POBREZA ATRAVÉS DE IMAGENS

Erradicar a pobreza através da ArteÉ ESTE O DESAFIO LANÇADO PELA COMISSÃO EUROPEIA NO ANO EUROPEU DO COMBATE À POBREZA E À EXCLU-SÃO SOCIAL A TODOS OS ESTUDANTES EUROPEUS DE ARTES E DESIGN. SOB O TEMA ‘(IN) VISIBLE – WHEN ART MAKES THE INDIVIDUALS BEHIND POVERTY VISIBLE’, O ART IN PROJECT CONVIDA OS ESTUDANTES A APROXI-MAREM-SE DE PESSOAS QUE VIVEM EM CONDIÇÕES DE POBREZA E A FOTOGRAFÁ-LAS COMO FORMA DE INTER-VENÇÃO SOCIAL. AS CANDIDATURAS TERMINAM A 6 DE JULHO.

TEATRO

Até 9 de JunhoFITEI- Festival Interna-cional de Teatro @ Teatro Nacional São João (Porto)De 9 a 20 de JunhoO Quarto + A Comemora-ção de Harold Pinter @ Teatro Municipal de Almada (Almada)Dias 8 e 9 de JunhoDeserve @ Teatro Munici-pal Maria Matos (Lisboa)Até 27 de JunhoNoites Brancas @ Teatro da Trindade (Lisboa)O Rei está a morrer @ Te-atro da Comuna (Lisboa)

DANÇA

Dia 12 de JunhoAté que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza de Vera Mantero @ Teatro Viriato (Viseu)Até 7 de JunhoGiant City + Evaporated Landscapes de Mette In-gvartsen (Estreia em Por-tugal) @ CCB (Lisboa)De 7 a 9 JunhoVamos sentir falta de tudo aquilo de que não preci-samos de Vera Mantero @ Culturgest (Lisboa)Dia 11 de JunhoAgain from the Beginning / Outra vez do início @ Teatro Municipal de Almada (Almada)Dia 18 de JunhoMaiorca de Paulo Ribeiro @ Teatro Municipal de Faro (Algarve)

EXPOSIÇÕES

De 16 A 19 JunhoAudiomenus de PATRÍCIA PORTELA @ Teatro Viria-to (Viseu)Até 20 de JunhoLinguagem e Experiência: Obras da Colecção da Cai-xa Geral de Depósitos @ Centro Cultural Palácio do Egipto (Oeiras)Até 21 de JunhoDentro do Labirinto - Pier-re Coulibeuf @ Museu Co-lecção Berardo (Lisboa)Até 26 de JunhoCornelius Cardew e a Liberdade da Escuta @ Culturgest (Porto)

» Ler com Fartura

Título: A INCRÍVEL E TRISTE HISTÓRIA DA CÂNDIDA ERÉNDIRA E DA SUA AVÓ DESALMADAAutor: GABRIEL GARCIA MARQUEZEditora: D. QUIXOTE

Quem já leu ‘Cem Anos de Solidão’ e gostou, vai querer ler também este de Gabriel Garcia Márquez. Em ‘A in-crível e Triste história...’, o Nobel da Literatura de 1982 reúne sete contos mágicos bem ao estilo do autor em que o fantástico e o quoti-diano se misturam. Estas histórias, à semelhança de outros livros de Marquez, refl ectem as tradições e o imaginário cultural e folcló-rico sul-americano.

Título: QUEM ME DERA QUE ESTIVESSES AQUIAutor: FRANCESC MIRALLESEditora: CONTRAPONTO

Do autor de ‘Amor em mi-núsculas’, este livro conta a história de um rapaz de 30 anos, Daniel, que foi aban-donado pela sua noiva. Para recuperar dessa desilusão amorosa, Daniel começa a ouvir um CD que uma amiga lhe tinha oferecido. É então que percebe que todas as músicas falam da sua vida ao pormenor e resolve par-tir para Paris para conhecer Eva Winter, a cantora.

Título: TIME OUT ESSENCIAL GUIA DE NOVA IORQUEEditora: TEXTO

Ora aqui está uma bela sugestão de férias, Nova Iorque. E para te ajudar nessa viagem nada melhor do que este guia da Time Out Essencial lançado pela Texto Editora. Aqui podes fi -car a conhecer as paragens obrigatórias na cidade onde tudo acontece. Os melhores museus, os restaurantes mais saborosos, hotéis, compras, vida nocturna e divertimento.

» Agenda

Cycle Mechanics em CoimbraDe 27 de Maio a 9 de Junho,

Coimbra recebe uma mostra de arte internacional e pluridiscipli-nar que procura refl ectir sobre o mundo tecnológico que habita-mos, explorando as intersecções entre a performance teatral, as ferramentas audiovisuais e os novos ‘media’.

Nascido da fusão de dois even-tos - o (Re)Ciclo, ciclo de teatro do CITAC, e o Video Mechanics,

mostra de vídeo da produtora PUT SOME... – esta mostra apresenta uma programação internacional e pluridisciplinar. Conta com a apresentação de peças de teatro, mostra de vídeos nacionais e in-ternacionais, três workshops nas áreas de fotografi a, performance e videojamming e uma exposição. Para saberes mais sobre este fes-tival consulta http://receyecler.blogspot.com.

» Microfi lmes para Macrocausas

A nível nacional, também há uma proposta de empe-nhar a Arte no combate à pobreza. Em conjunto com a Santa Casa da Misericórdia, o Clube Português de Artes e Ideias e o sapo.pt criaram o Prémio Microfilmes para Macrocausas. Este concurso é dirigido a jovens entre os 16 e os 35 anos, que podem fazer o upload dos seus ví-deos no site http://www.artesideias.com. O melhor mi-crofilme documental, de ficção ou de animação, sobre temas relacionados com a pobreza e a exclusão social recebe um prémio no valor de 3.000 euros. O registo deve ter a duração máxima de 3 minutos e ser apresen-tado em formato digital, gravado a partir do telemóvel, de câmara digital ou outro. O regulamento e o proces-so de inscrição estão igualmente disponíveis no mesmo Website.

Mundo Mega

Eis que o teu olhar cai na página direita do jornal e… espera lá “quem é esta miúda aqui ao lado”? É só a miúda que te pode servir de passaporte para ires à África do Sul de graça! É melhor tratares bem dela e, se calhar, tirares o dedinho do canto infe-rior direito e não te atreveres a virar a página!

Sou a Letícia Pinheiro, a rapariga que te leva de regresso a casa todos os dias na MEGA HITS às 18h da tarde e te dá música até às 22h! Diz-se que aos 12 anos esta rapariga decidiu que ia ser animadora de rádio… fez-se a pequenota, não?

E pequenota, porque o meu BI diz que tenho 1,50 de altura, mas grande porque me altiva, sem arro-gâncias, o orgulho genuíno de fazer aquilo que me apaixona, na rádio com que me identifi co: A MEGA HITS!

Mas querias saber de uma tal viagem à África do Sul, verdade? E o que eu adoro viagens! Adoro viajar, coleccionar histórias, lugares e pessoas tam-bém com histórias e que deixem marcas em mim.

Não gosto do Inverno e não podia viver sem o Verão, como não podia viver sem música. Por isso marco já encontro contigo no Cascais Live Concert 2010 que vai trazer o Verão mais cedo à praia de Carcavelos com a MEGA HITS! Até ao nascer do sol, tu e os teus melhores amigos com um cartaz de luxo: Roger Sanchez, Pete Tha Zouk, Pedro Cazanova e Juan Magan… até caíres na areia de cansaço, ao luar e se possível ao lado de alguém que valha a pena! Só falta dizer o dia: 9 de Junho a partir das 9 da noite!

Está visto que o 9 é um número bom! Por isso, que dizes a 9 dias na África do Sul de graça? Estavas a ver que não falava?! Ufa!

Na MEGA HITS queremos que tenhas umas férias di-ferentes e com muitas histórias para coleccionares! Por isso queremos oferecer-te uma viagem à África do Sul durante 9 dias! É só fazeres um vídeo em que mostres todo o teu apoio à Selecção Nacional e se for dos mais votados vais 9 dias para a África do Sul sem pagares nada! Em www.mega.fm tens tudo o que precisas para concorreres!

E por falar em África do Sul… que o número 9 do Real Madrid faça magia com os outros rapazes da nossa Selecção… e força Portugal!

E, agora confessa, com prémios destes não te dá von-tade de ouvir a MEGA HITS 9 dias por semana? A sema-na não tem 9 dias? Pois não…, mas até apetecia!

DestaquesCRÓNICA

Número 9

Letícia Pinheiro

Animadora Mega Hits 18-22h

WWW.MUNDOUNIVERSITARIO.PT

Andreia Arengaaarenga@mundouniversitario.pt

Depois da revolução que foi ‘Magnífico Material Inútil’, estão de volta desta vez com ‘Pequeno-almoço Continen-tal’. De que modo o sucesso do primeiro disco contaminou a produção deste segundo?

Bem, defi nir o primeiro disco como sendo uma revolução, é por si só algo que contamina obviamente o segundo disco (risos). O ‘Magnifi co Material Inútil’ foi uma revolução para nós porque a nossa vida mu-dou bastante desde a edição do disco, com os concertos todos e tudo aquilo que pudemos fazer e viver. Mas eu acho que este segundo disco veio fazer com que o outro vivesse por ele próprio. ‘Pequeno-almoço Con-tinental’ é bastante diferente, nós não pegámos no disco an-terior como ponto de partida porque não quisémos repetir a fórmula.

Achas que este disco é mais festivo do que o primeiro? Porque tem-se dito muito isso.

Acho isso muito curioso por-que o poder que a música exer-ce também parte muito daqui-lo que a conjugação dos vários instrumentos nos consegue fazer sentir. E é esse lado tam-

bém um pouco mais irracional e físico da música que salta e que faz com que as pessoas se sintam bem, mas que tem pou-co a ver com as letras. A parte da ambiência é mais festiva, o que tem mais a ver com o som e com as melodias.

Porque continua a haver uma certa ironia nas canções não é?

Sim, essa ironia continua lá porque isto não é um disco de letras alegres. A ironia é um re-curso estilístico bastante diver-tido de usar e que também aca-ba por ser um pouco a imagem de marca dos Pontos Negros. Se pegarmos numa música como ‘São Torpes não é Saint Tropez’, aí é chapado!

Numa das canções imagi-nam como seria se o Variações fosse o vosso barbeiro. Esta é uma canção-homenagem?

É, é uma canção-homena-gem. A questão do barbeiro é toda ela uma metáfora para dizer que a música portugue-sa estaria muito melhor hoje em dia com as canções do Variações se ele continuasse connosco, a escrever e a fazer música.

Por outro lado, os Pontos Ne-gros trouxeram um novo fôle-go à música portuguesa e can-

tada em português....

Nós só fazemos canções (ri-sos). Não acho que tenhamos aberto nenhum caminho por-que já havia muita gente a fa-zer música em português. Acho que houve uma fase em que fazer música rock cantada em português não era tão bem vis-to nem tão bem recebido pelo público como tem sido agora. Na altura contavam-se pelos dedos das mãos aqueles que tinham vontade e coragem de fazê-lo no panorama rock. Nos anos 90 tinhamos os Ornatos Violeta, um caso de sucesso como não houve outro igual, e os Super-Ego do Jorge Cruz [Diabo na Cruz]. Projectos que acabaram por morrer, então houve ali um interregno entre os anos 90 e os anos 2000. Obviamente isto funciona por ciclos e assim como deixou de haver, teria que chegar alguém a certa altura e voltar a fazer música em português. E não fo-mos só nós na Flor Caveira que o fi zémos. [Lê a entrevista na íntegra e descobre também mais discos do momento em www.mundouniversitario.pt]

DISCO. ‘PEQUENO-ALMOÇO CONTINENTAL’ É O NOVO DOS PONTOS NEGROS

«Nós só fazemos canções»PREPARADOS PARA O CALOR DO VERÃO E MUNIDOS COM OS ÓCULOS DE SOL, OS PON-TOS NEGROS REGRESSAM À MÚSICA COM ‘PEQUENO-ALMOÇO CONTINENTAL’. RECHEADO DE CANÇÕES ROCK QUE, AO OUVIR, É QUASE IMPOSSÍVEL NÃO BATER O PÉ, O SEGUNDO DISCO MANTÉM A IRONIA E IRREVERÊNCIA DAS LETRAS JÁ CARACTERÍSTICAS DO COLEC-TIVO DE QUELUZ. JÓNATAS, O GUITARRISTA DA BANDA, RECEBEU-NOS NOS ESTÚDIOS DA UNIVERSAL E CONTOU-NOS O QUE MUDOU DESDE ‘MAGNÍFICO MATERIAL INÚTIL’.

PUBLICIDADE

15[7 JUN 2010]

BRAGA12 JUN. |La Shica @ Theatro Circo18 JUN. |Deolinda @ Theatro Circo

GUIMARÃES12 JUN. |Son of Dave @ Centro de Artes e Espectáculos São Mamede19 JUN. |The Ruby Suns @ Centro Cultural Vila Flor

PORTO07 JUN. |Deolinda @ Casa da Música11 JUN. |Contradiction + Pitch Black + Echidna + Gates of Hell @ MetalpointKap Bambino + Pnau + Dan-ger @ Teatro Sá da Bandeira12 JUN. |Madame Godard @ CDGOBurst of Death + Blackja-ckers + Molly Lou + 714 + Burning Soundsystem + Eskizofrenicos @ Escola Ar-tística Soares dos Reis13 JUN. |Rodrigo Leão & Cinema En-semble @ Casa da Música17 JUN. |Sean Riley & The Slowriders @ Teatro do Campo Alegre20 JUN. |Air @ Coliseu

AVEIRO11 JUN. |B Fachada @ Teatro Aveirense

COIMBRA08 JUN. |Son of Dave @ Teatro Académico de Gil Vicente11 JUN. |JP Simões @ Ofi cina Municipal do Teatro

LISBOA08 JUN. |Deolinda @ Centro Cultural de Belém09 JUN. |Emir Kusturica & No Smoking Orchestra + Mele-ch Mechaya @ Coliseu 10 JUN. |Samuel Úria @ MaximeFeromona + Os Golpes + Os Capitães da Areia + Matilha + Orphelia @ Instituto Superior Técnico11 JUN. |Pedro Moutinho & Tiago Bettencourt @ Castelo 16 JUN. |Fuck Buttons @ LuxCynic @ MusicBox19 JUN. |Noiserv @ Jardim da Estrela

» AgendaTERRAKOTA. CONCERTO DE COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS DE CARREIRA E DOCUMENTÁRIO DE VIAGEM À ÍNDIA E HIMALAIAS

Um outro postal de PortugalSENTAMO-NOS NA ESPLANADA NO LARGO DE CAMÕES, COM VISTA PARA UMA LISBOA COLORIDA E DIVERSA. «ESTA CIDADE É MUITO MESTI-ÇA», DIZ-NOS ALEX, ELEMENTO DOS TERRAKOTA, A BANDA QUE COMEMORA AGORA DEZ ANOS DE CARREIRA. FALAMOS DO PERCURSO, DA GRANDE VIAGEM À ÍNDIA QUE RESULTOU NUM DOCUMENTÁRIO, DO DISCO ‘WORLD MASSALA’ QUE SAI EM OUTUBRO, DAS MÚSICAS QUE SE FAZEM POR CÁ. PORTUGAL NÃO É APENAS FADO: HÁ RITMOS E ODORES DE ESPECIARIAS DE TODOS OS CONTINENTES A CORRER-NOS NAS VEIAS. E OS TERRAKOTA VÃO CELEBRAR ESSA MISTURA NUM CONCERTO NO CINEMA S. JORGE, NO PRÓXIMO DIA 9. JÁ SENTES A ENERGIA?

Laura Alvesinfo@mundouniversitario.pt

Se comparares os Terrako-ta de hoje com os de há uma década, sentes que há muitas diferenças?

Na ideia original não. Agora, quanto à forma, à comunicação com as pessoas, à presença em palco, o tipo de espectáculo, isso sim. Os próprios discos vão fi cando cada vez mais adultos, menos espontâneos e muito mais trabalhados. Nesse sentido mudámos muito.

Mas podemos dizer que conti-nuam sonhadores e idealistas, ou sentem já o peso da idade?

Sonhadores e idealistas va-mos continuar a ser sempre. Mas, por outro lado, como qual-quer artista, sentimos também que temos uma responsabili-dade de transmitir alguma coi-sa de positivo às pessoas e de marcar uma posição em relação ao meio e à sociedade. Temos aprendido a fazer isso cada vez melhor, e reparamos que, para muitos artistas, o que os move é apenas a necessidade de serem famosos.

E o que é que move os Terrakota?

Em primeiro lugar o público. Em segundo lugar, esta respon-sabilidade. E, claro, o prazer que nos dá tocar.

O que se pode esperar do concerto de comemoração, no S. Jorge?

Vamos ter a participação de alguns músicos de uma forma bem enraizada, ou seja, em vez de convidarmos artistas que es-tão sempre a entrar e sair, op-támos por criar um núcleo forte com elementos dos Cool Hip-noise e dos Kumpania Algazar-ra, que são pessoas com quem colaboramos noutros projectos paralelos. Vamos buscar algu-mas das músicas antigas que

sentimos terem sido mais im-portantes no início da carreira, alguns temas do ‘Oba Train’ que constituem a raiz dos nossos espectáculos actuais e uma boa metade do ‘World Massala’, que será editado em Outubro. Será uma viagem por toda a nossa carreira.

No dia 9 vamos também poder assistir a um documentário realizado durante uma via-gem dos Terrakota à Índia. O que é que podemos esperar deste registo?

O documentário é um diário

de bordo da nossa viagem re-alizado pelo Pedro Costa, da Fazuma [www.radiofazuma.com]. Convidámo-lo a vir con-nosco e foi registando o nosso percurso. Nessa altura tínha-mos sido desafi ados a partici-par na primeira edição de um festival nos Himalaias, o que foi uma cena… Éramos a única banda europeia a participar no festival, o que também nos leva a crer que a nossa mensagem passa e é apreciada. E, para nós, isto é o retorno que sem-pre procurámos. Os elementos da banda são todos viajantes e

estudantes de música de dife-rentes sítios: uns apaixonados pela música de Cuba, outros pela música do Burkina Faso… E o que nós ambicionamos é que a música nos dê isso de volta, ou seja, que nos ponha a tocar nos sítios mais incon-cebíveis e nos faça conhecer o mundo.

O vosso próximo álbum dá pelo nome de ‘World Massala’. Dada a vossa aventura pela Índia e Himalais, podemos es-perar um trabalho temperado com ritmos mais orientais?

Um bocadinho, mas não é preponderante. Houve uma conjugação de factores, incluin-do a entrada de um novo ele-mento para os Terrakota cuja paixão é a música mais para Leste, desde a Turquia à Índia. Quando estávamos a compor já

havia essa infl uência, e a viagem à Índia proporcionou que gra-vássemos com músicos que ti-nham sido também convidados para o festival. Então no álbum encontramos overdubs, que são gravações desses artistas, em pelo menos três músicas. Essas infl uências estão lá, mas a nossa infl uência maior continua a ser África, que tem uma riqueza que não acaba.

Hoje em dia há mais festivais e eventos onde é possível con-tactar com músicas do mundo. Sentes que, actualmente, as pessoas estão mais abertas para os sons da multicultura-lidade?

Penso que há mais abertura, ainda que as pessoas sejam mui-to infl uenciadas pelo marketing e pela máquina de divulgação. É certo que as mentalidades já estavam muito abertas quando avançámos, e acredito que os Terrakota contribuíram ainda mais para isso. Sabe muito bem perceber que alguém foi des-cobrir Youssou N’Dour ou Ali Farka Touré, ou outros grandes nomes que até aí não conhecia, por nossa infl uência. Mas ainda falta fazer muito. Tanto em Por-tugal como no resto da Europa continua a gostar-se muito de postais. E o postal de Portugal, em world music, é o fado. Ou este conceito de novo fado, mais folk. E nós, felizmente, temos conseguido ir tocar em festivais por toda a Europa, mas conti-nuamos a sentir que as pessoas não entendem muito bem e não nos vêem à imagem de Lisboa. Mas a verdade é que Lisboa é muito mestiça. Basta olhar para quem anda na rua.

» Concerto dia 9 de Junho

Os Terrakota comemoram o 10.º aniver-sário já na próxima 4.ª feira, com um mega concerto no Cinema S. Jorge, em Lisboa. Para além dos êxitos do último ano e, em especial, do álbum ‘Oba Train’, de 2007, a banda promete avançar com alguns dos temas do próximo disco – ‘World Massala’, que vai estar pronto em Outubro deste ano.Hora: 22hLocal: Cinema S. Jorge, Av. da Liberdade, LisboaPreço dos bilhetes: 12 euros

» Onde é que podes ouvir o som dos Terrakota?

É simples… Vai a um destes locais e deixa-te contagiar pela energia positiva da banda.www.myspace.com/terrakotawww.facebook.com/terrakota.page

16 [7 JUN 2010]

João Toméinfo@mundouniversitario.pt

A amizade, o sexo e a cida-de tem sido aquilo que une as quatro amigas nova-iorquinas mais conhecidas do planeta. Carrie (Sarah Jessica Parker), Samantha (Kim Cattrall), Char-lotte (Kristin Davis) e Miranda (Cynthia Nixon) começaram por ser protagonistas do ro-mance de Candace Bushnell, num livro de crónicas basea-das na sua própria vida. De-pois ganharam vida além das páginas na adaptação para série de televisão que elevou a fenómeno a saga de ‘Sexo e a Cidade’.

Após seis tem-poradas e o fi m da série, Sarah Jessica Parker, que é uma das produtoras, jun-tou todos para um fi lme de enlace (e casamentos) em 2008, que resultou num sucesso es-trondoso. Dois anos depois, a sequela tem desiludido críticos um pouco por todo o mundo, na-quilo que chamam um enredo esticado ao limite e demasia-do pobre.

Uma das críticas mais fero-zes passa pelo facto de o fi lme ter pouco daquilo que alimen-

tou a saga: poucas re-ferênc ias s e x u a i s , quase ine-xistência de cidade,

quando an-tes Nova Iorque era uma das ‘personagens’ centrais, e um enredo forçado.

FÉRIAS DE LUXO EM ABU DHABI

O que acontece a quatro amigas independentes e ou-

trora em busca do amor, que agora estão casadas e com fi lhos? Essa é a premissa ini-cial do fi lme que começa com fl ashbacks sobre como as amigas se conheceram.

‘Sexo e a Cidade 2’ aposta mais na diversão e na moda do que noutras característi-cas que antes determinaram o sucesso. Agora as quatro amigas de sempre, em que Samantha é a única ainda solteira (e com os desafi os da menopausa pela frente) vão ter uma surpresa na forma

de um convite. Um sheikh árabe convida Samantha e as amigas para umas fé-rias luxuosas na paisagem solarenga e deserta de Abu Dhabi (longe da cidade). É a altura certa para se distra-írem enquanto lidam com os papéis tradicionais como casamento, maternidade, e muitos outros. O fi lme conta ainda com pequenas partici-pações de Liza Minnelli, Miley Cyrus e Penélope Cruz.

A julgar pelas críticas ne-gativas e pela idade das pro-

tagonistas, cada vez menos novas, parece ser difícil haver mais um fi lme da saga de Car-rie e companhia.

HOMER SIMPSON ELEITO A MELHOR PERSONAGEM

O mundo das séries televisivas e do cinema já teve personagens memoráveis, das mais infantis às mais adultas. A revista americana ‘Entertainment Weekly’ fez uma pesquisa para saber qual a melhor per-sonagem de televisão e cinema dos últimos 20 anos e o eleito foi o carismático Homer Simpson, da série de desenhos animados que se tornou recentemente em fi lme, ‘Os Simpsons’. «As pessoas identifi cam--se com o Homer, porque todos somos secretamente impulsio-nados por desejos que não podemos admitir», afi rmou o criador do personagem, Matt Groe-ning. Em segundo lugar fi cou Harry Potter, inter-pretado no cinema pelo actor Daniel Radcliffe. E Buffy, a Caçadora de Vampiros, a quem Sarah Michelle Gellar deu vida, fi cou na terceira posição. Na lista fi guram também personagens como Eduardo Mãos de Tesoura, interpretado por Johnny Depp, e o desenho animado SpongeBob.

ESTREIA A 10 DE JUNHO

Nanny McPhee e o Toque de Magia

Pode ter uma cara pouco simpática, mas conquistou muita e boa gente ao ponto de ter uma sequela. Nesta nova aventura, Nanny McPhee (novamente interpretada por Emma Thompson) bate à porta de uma jovem mãe, Mrs. Isabel Green (Maggie Gyllenhaal), que tenta desesperadamente gerir a quin-ta familiar enquanto o marido está longe na guerra.

Quando chega, Nanny McPhee des-cobre que os fi lhos de Mrs. Green tra-vam uma guerra contra dois primos mimados vindos da cidade, que se mudaram para a quinta. Socorrendo--se de tudo, desde uma mota voadora e uma estátua que ganha vida, a um

porquinho que trepa árvores e um ele-fante bebé que surge nos lugares mais estranhos, Nanny McPhee usa a sua magia para ensinar às crianças cinco novas lições. A personagem que tem agradado a miúdos e graúdos parece ter força para continuar.

ESTREIA A 16 DE JUNHO

Whiskey

Pode ter sido lançado pela primeira vez em 2004, mas depois de um périplo intenso por vários festivais do mundo, que lhe renderam vários prémios, in-cluindo em Cannes e nos prémios Goya, este fi lme uruguaio estreia agora por cá. Incluída na estreia está a curta-me-tragem portuguesa ‘A Dama da Lapa’, de Joana Toste, que mais não é do que um melodrama policial que também tem recebido alguns prémios.

Já sobre o drama ‘Whiskey’, acom-panhamos Jacobo, o proprietário de uma velha fábrica de meias em Mon-tevidéu. Jacobo tem 60 anos e vive só desde a morte da mãe. A sua vida resume-se à administração da velha

fábrica e à relação profi ssional com a sua solitária assistente Marta. Tudo muda quando Jacobo vê a sua rotina ameaçada com a visita do irmão Her-man que não vê há 20 anos já que ele vive no Brasil. Jacobo vai fazer tudo para mostrar ao irmão que é feliz.

ESTREOU A 3 DE JUNHO | SEXO E A CIDADE

Sexo com pouca CidadeÀ SEGUNDA PODE TER SIDO DE VEZ. A SAGA DE SEXO E A CIDADE, QUE JÁ FOI UMA SÉRIE PLANETÁRIA (INSPIRADA NUM LIVRO) FOI FILME PELA PRIMEIRA VEZ HÁ DOIS ANOS E AGORA É UMA SEQUELA QUE TEM SIDO ALGO CRITICADA, MAS AS AMIGAS CONTINUAM AS MESMAS.

» Ficha

Realizador:Michael Patrick KingCom:Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis, Cynthia Nixon, Chris NothGénero:Comédia/RomânticaEUA 2010; 146 minutos

Split/Second: acção na estrada como nunca antes vista

IMAGINEMOS UM CONCURSO DE TELEVISÃO EM QUE OS MELHORES PILOTOS DE CORRIDA SE CONFRONTAM NUMA PISTA CHEIA DE ARMADILHAS EXPLOSIVAS, QUE PODEM SER USADAS CONTRA OS OPONENTES. ESSE CONCURSO É SPLIT/SECOND, O ESPANTOSO JOGO DE CORRIDAS DA DISNEY.

Luís Magalhãesluis.magalhaes@ene3.com

Destacando-se dos jogos de simulação que se tornaram a nor-ma nas consolas de nova geração, a condução aqui enfatiza os derrapes e a agressividade, o que dá pontos ao jogador que po-dem ser utilizados na altura certa para despoletar as armadilhas do percurso.

As mais brandas armadilhas implicam explosões, pontes que desabam e colocação de obstáculos na pista, enquanto as mais poderosas podem destruir edifícios inteiros e alterar permanen-temente o trajecto das corridas - no aeroporto, o embate de um avião na pista tem como consequência os jogadores sobreviven-tes terem que se esquivar de destroços em chamas.

Mais do que um grande es-pectáculo visual, este tipo de acção adiciona um novo pla-no estratégico às corridas. Se tradicionalmente era uma questão de memorizar a pista e a melhor forma de fazer cada

curva, em Split/Second é premiado também o conhecimento dos locais armadilhados e o planeamento de como os utilizar para ganhar a liderança.

Há muitos modos de jogo com os seus objectivos específi cos, mas nada que altere este princípio básico - mais relevante é o tipo de veículo que escolhemos, pois privilegiar velocidade e evasão signifi ca que mais frequentemente nos encontraremos na frente do grupo e logo dos principais alvos, necessitando de nervos de aço para ver e esquivar as armadilhas a tempo. Um carro com maior capacidade de manobra permite uma condução mais agressiva e portanto mais pontos para activar armadilhas; e fi nalmente um bólide resistente privilegia a condução defensi-va que permite sobreviver até à mais extrema catástrofe.

Não será jogo para os fãs de simulação, mas Split/Second é a representação perfeita daqui-lo que o tradicional escapismo fantástico dos videojogos pode fazer quando combinado com o mundo do automobilismo - um fantástico jogo de acção vindo, pouco usualmente, da Disney.

» Sabias que... »Podes jogar Split/Second online contra outros 7 joga-dores?»Split/Second está disponível para PC, PS3 e Xbox 360?

PUBLICIDADE

» TecnologiasPor Ricardo Queirósinfo@mundouniversitario.pt

Movensis

Hoje em dia a utilização do SMS como canal de inte-racção com o banco garante o acesso a todos os serviços do banco em situações que exista pouca cobertura de rede. A Movensis recentemente desenvolveu o produto Interface Suite, que introduz um interface gráfico para simplificar a utilização do canal SMS, assim sendo, o uti-lizador não necessita de introduzir as mensagens no ter-minal. Em vez disso, o utilizador recorre a uma interface gráfica de fácil manuseamento, que compõe as mensa-gens SMS e as envia para o serviço de Mobile Banking por SMS do banco. Este produto é suportado nas plata-formas Java Micro Edition, Android e Blackberry.

DESBLOQUEAR TELEMÓVEIS É GRÁTIS

Foi finalmente publicado o decreto-lei que obriga os operadores de telecomunicações a desbloquear sem custos os equipamentos que estavam bloqueados à rede, mas só depois de terminado o período de fideli-zação (normalmente é de 24 meses). O documento já tinha sido promulgado depois de alterado, passando a integrar não só os telemóveis, mas também outros dis-positivos como placas de acesso à Internet, modems e routers e set top boxes. Agora os operadores não podem cobrar qualquer valor adicional pelo desbloqueio dos terminais, nem taxas, ficando a fiscalização do cumpri-mento das regras a cargo da Anacom. A nova legisla-ção entra em vigor a 1 de Setembro, 90 dias depois da data de publicação, e aplica-se a todos os contratos em execução no momento da sua entrada em vigor, o que exclui os terminais cujo contrato de fidelização já tenha terminado.

BREVES

DEPUTADOS VÃO RECEBER IPADS DE BORLAOs 736 deputados do Parlamento Europeu vão rece-

ber, sem custos, um iPad, o novo gadget da Apple. No total, vão ser gastos mais de cinco milhões de euros num novo projecto de tecnologias móveis.

SELECÇÃO ESPANHOLA PROIBIDA DE USAR REDES SOCIAIS

Os jogadores da selecção espanhola estão proibidos de acederem às redes sociais. A decisão foi tomada pelo seleccionador Vicente del Bosque e vai ser mantida em vigor até ao final da participação dos espanhóis no Mundial da África do sul.

CARRO ELÉCTRICO DA NISSAN VAI CUSTAR 34.955 EUROS

O carro eléctrico da Nissan, o Leaf, vai custar em Portu-gal 34.955 euros, podendo ainda contar com um desconto de 5.000 euros que o Governo dará aos cinco mil primei-ros compradores de carros exclusivamente eléctricos.

» Crónicas do Bom FalanteVASCO DUARTE vasco-duarte78@hotmail.com

Fiquei há muito pouco tempo a sa-ber que existem drogas legais. Drogas legais, de certo modo parecer estra-nho, mas não, é um fenómeno novo e altamente perigoso, talvez não mais que beber 3 garrafas de vodca de se-guida, mas vodca não é uma droga le-gal é apenas bebida alcoólica, o que é completamente diferente.

A legalidade é um assunto subjecti-vo, assim como são todos os objectos, um exemplo, uma pistola e um piano de

cauda longa, a pistola serve para matar e o piano para tocar, mas se um indivíduo for a passar na rua e eu atirar o piano da janela o resultado é o mesmo que o de uma pistola, assim como se eu utilizar mal a pistola o resultado é o mesmo que num piano, só vou produzir barulho. O segredo estará então na utilização das matérias? Ou a sua fi nalidade? Fico confuso pois a marijuana serve para mil fi nalidades, mas como uma faz mal

é proibida, por este p e n s a r , p r o i b a m

tambem o Jorge Jesus de

ser um icone dos jovens, pois prejudica-

os e muito nas suas formações grama-ticais. Não eu não me drogo, mas por este texto parece que sim não é?

Bons estudos!

A legalidade é um assunto subjectivo

» Correio do LeitorEDUARDO JOÃO BALTAZAR VERA-CRUZ PINTOLicenciatura em Economia na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa

A nossa forma de vida é artifi cial, imo-ral, dispendiosa, irreal e injusta. Reparem na quantidade de desequilíbrios tanto económicos como sociais que existem no mundo! Reparem que a própria economia é infl accionária do consumismo. Já se cria valor a partir do que ainda não existe sequer e transacciona-se com o futuro a uma velocidade alucinante e em quntida-des astronómicas. As grandes mentes do MIT estão, neste momento, não a salvar vidas, nem a descobrir novas formas de termos uma forma de vida mais equlibra-da e contínua, mas a estudar modelos im-produtivos e demasiado complexos para prever oscilações de acções na NYSE e a ganharem milhões! Por cada milhão que é “criado” nestes laboratórios de mate-mática aplicada, infi nita e desconexa da realidade (hoje em dia é tudo feito virtual-mente) das duas uma: ou uma quantida-de enorme de gente fi ca mais pobre ou as coisas perdem o seu valor (o preço pode aumentar, mas o valor delas diminui).

No entanto, o que eu quero falar é mais directo e próximo do que a Bolsa de Nova Iorque. Eu tenho 21 anos e estou a acabar a minha licenciatura em Economia, estou a pensar fazer mestrado antes de me ini-ciar no Mercado de Trabalho Português (o nome assusta tanto que tive que o pôr em letra grande) e se quiser casar ou morar numa casa só minha (necessidade bási-ca para qualquer ser humano que esteja num país minimamente desenvolvido) te-rei que depender de um banco. Não tenho outra alternativa não é? Ou ganho o Euro-milhões ou alugo uma casa até ao fi m dos

meus dias ou vivo na casa do meu pai até...sei lá... até que ele não me possa aturar mais! Portanto, o meu ponto é (my point is...) que estarei sempre em dívida para com um banco, seja ele qual for, e isso não só me assusta (odeio estar em dívida seja para com quem for!) como me revol-

ta, pois dizemo-nos países desenvolvidos mas somos, ao fi m e ao cabo, escravos das dívidas que criamos para sustentar um es-tilo de vida que só será nosso no futuro (se conseguirmos pagar as prestações).

(...) O nosso futuro é para pagar o presente e o passado que não soubemos aproveitar!

Nunca sou, para sempre serei

Envia a tua opinião construtiva para info@mundouniversitario.pt

PUBLICIDADE